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Prefeitura Municipal de Rio Verde de Mato Grosso Estado de Mato Grosso do Sul CNPJ. 03 354 560/0001- 32 ____________________________________________________________ DECRETO Nº 1859, DE 16 DE AGOSTO DE 2016 “DISPÕE SOBRE O REGULAMENTO DO SERVIÇO DE INSPEÇÃO MUNICIPAL DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL (SIM/POA) DE RIO VERDE DE MATO GROSSO, (CRIADO PELA LEI Nº 1104, DE 26 DE ABRIL DE 2016), E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS”. O PREFEITO MUNICIPAL DE RIO VERDE DE MATO GROSSO, ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL, no uso de suas atribuições legais, e CONSIDERANDO a necessidade de regulamentação do Serviço de Inspeção Municipal (SIM) na divisão de Produtos de Origem Animal (POA) implantado no Município de Rio Verde de Mato Grosso, através da Lei nº 1104, de 26 de Abril de 2016, D E C R E T A: DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1º - O presente regulamento estabelece normas e procedimentos que regulam o Serviço de Inspeção Municipal, instituído pela Lei nº 1104, de 26 de abril de 2016, na Divisão de Produtos de Origem Animal (SIM/POA). PARÁGRAFO ÚNICO - A inspeção de vegetais que sofram mínimo de manipulação fica a cargo da Vigilância Sanitária, alocada na Secretaria de Saúde da Prefeitura Municipal de Rio Verde de Mato Grosso. Art. 2º - O Serviço de Inspeção Municipal tem por finalidade coordenar e executar as atividades de inspeção e fiscalização industrial e sanitária instituindo medidas que normatizem a agroindustrialização de produtos de origem animal. É de competência do SIM/POA a prévia inspeção e fiscalização, sob o ponto de vista sanitário, higiênico e tecnológico, dos matadouros, frigoríficos, fábricas de conserva de produtos cárneos e de pescado, fábricas de produtos gordurosos, usinas e fábricas de laticínios, entrepostos de carnes, peixes, ovos, mel, cera e demais derivados de produtos de origem animal, que sejam produzidos, manipulados, elaborados, armazenados, transformados e preparados no Município de Rio Verde de Mato Grosso , excetuando-se aquelas fontes produtores ou propriedades rurais, trânsito e comércio destinados a estabelecimentos cuja inspeção seja de competência de órgãos estaduais ou federais, devidamente registrados ou relacionados nos respectivos órgãos estaduais ou federais. PARÁGRAFO ÚNICO - Os estabelecimentos que tenham Serviço de Inspeção Estadual ou Federal estarão isentos de inspeção municipal. Art. 3º - A Inspeção higiênico-sanitária de produtos de origem animal, de competência do SIM/POA, depois de instalada, poderá ser executada de forma permanente ou periódica, conforme a avaliação do Coordenador do Serviço de Inspeção e a classificação dos estabelecimentos. § 1º - A inspeção de produtos de origem animal abrange os seguintes procedimentos:

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Prefeitura Municipal de Rio Verde de Mato Grosso Estado de Mato Grosso do Sul

CNPJ. 03 354 560/0001- 32 ____________________________________________________________

DECRETO Nº 1859, DE 16 DE AGOSTO DE 2016

“DISPÕE SOBRE O REGULAMENTO DO SERVIÇO DE INSPEÇÃO MUNICIPAL DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL (SIM/POA) DE RIO VERDE DE MATO GROSSO, (CRIADO PELA LEI Nº 1104, DE 26 DE ABRIL DE 2016), E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS”.

O PREFEITO MUNICIPAL DE RIO VERDE DE MATO GROSSO, ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL, no uso de suas atribuições legais, e CONSIDERANDO a necessidade de regulamentação do Serviço de Inspeção Municipal (SIM) na divisão de Produtos de Origem Animal (POA) implantado no Município de Rio Verde de Mato Grosso, através da Lei nº 1104, de 26 de Abril de 2016,

D E C R E T A:

DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º - O presente regulamento estabelece normas e procedimentos que regulam o Serviço de Inspeção Municipal, instituído pela Lei nº 1104, de 26 de abril de 2016, na Divisão de Produtos de Origem Animal (SIM/POA).

PARÁGRAFO ÚNICO - A inspeção de vegetais que sofram mínimo de manipulação fica a cargo da Vigilância Sanitária, alocada na Secretaria de Saúde da Prefeitura Municipal de Rio Verde de Mato Grosso.

Art. 2º - O Serviço de Inspeção Municipal tem por finalidade coordenar e executar as atividades de inspeção e fiscalização industrial e sanitária instituindo medidas que normatizem a agroindustrialização de produtos de origem animal. É de competência do SIM/POA a prévia inspeção e fiscalização, sob o ponto de vista sanitário, higiênico e tecnológico, dos matadouros, frigoríficos, fábricas de conserva de produtos cárneos e de pescado, fábricas de produtos gordurosos, usinas e fábricas de laticínios, entrepostos de carnes, peixes, ovos, mel, cera e demais derivados de produtos de origem animal, que sejam produzidos, manipulados, elaborados, armazenados, transformados e preparados no Município de Rio Verde de Mato Grosso , excetuando-se aquelas fontes produtores ou propriedades rurais, trânsito e comércio destinados a estabelecimentos cuja inspeção seja de competência de órgãos estaduais ou federais, devidamente registrados ou relacionados nos respectivos órgãos estaduais ou federais.

PARÁGRAFO ÚNICO - Os estabelecimentos que tenham Serviço de Inspeção Estadual ou Federal estarão isentos de inspeção municipal.

Art. 3º - A Inspeção higiênico-sanitária de produtos de origem animal, de competência do SIM/POA, depois de instalada, poderá ser executada de forma permanente ou periódica, conforme a avaliação do Coordenador do Serviço de Inspeção e a classificação dos estabelecimentos. § 1º - A inspeção de produtos de origem animal abrange os seguintes procedimentos:

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a) Higiene geral dos estabelecimentos, registrados ou relacionados; b) A verificação dos programas de autocontrole dos estabelecimentos dirigido ao

atendimento dos regulamentos técnicos de identidade e qualidade do produto específico;

c) A inspeção “ante” e “post mortem” das diferentes espécies animais; d) Captação, canalização, depósito, tratamento e distribuição de águas para

abastecimento e de águas servidas respectivamente; e) O funcionamento dos estabelecimentos; f) O bem-estar animal no carregamento antes e durante o transporte, na

quarentena, e no abate; g) As fases de recebimento, elaboração, manipulação, preparo, acondicionamento,

conservação, transporte e depósito de todos os produtos e subprodutos de origem animal e suas matérias-primas adicionadas ou não de produtos de origem vegetal;

h) A embalagem e rotulagem dos produtos e subprodutos destinados à venda; i) Classificação de produtos e subprodutos de acordo com padrões previstos nesse

regulamento ou fórmulas aprovadas; j) Os resultados dos exames tecnológicos, microbiológicos, histológicos,

toxicológicos, físico-químicos ou sensoriais e as respectivas práticas nos laboratórios, utilizadas na verificação da conformidade dos seus processos de produção;

k) A verificação do controle de resíduos de produtos veterinários e contaminantes ambientais utilizados pelos estabelecimentos industriais;

l) A produção e os meios de transporte de animais vivos e produtos de origem animal processados, e seus derivados, destinados a alimentação humana e animal;

Art. 4º - Para fins deste Regulamento são adotadas as seguintes definições: I – análise de controle: análise efetuada pelo estabelecimento para controle de

processo e monitoramento da qualidade das matérias-primas, ingredientes e produtos; II – análise fiscal: análise efetuada por laboratório de controle oficial ou credenciado

ou pela autoridade sanitária competente, em amostras colhidas pela Inspeção Municipal; III – análise pericial: análise laboratorial realizada a partir da amostra oficial de

contraprova quando o resultado da amostra de fiscalização for contestado por uma das partes envolvidas, para assegurar amplo direito de defesa ao interessado; ou de amostras colhidas em caso de denúncias, fraudes ou problemas endêmicos constatados a partir da fiscalização no município;

IV – animais exóticos: todos aqueles pertencentes às espécies da fauna exótica, criados em cativeiro, cuja distribuição geográfica não inclui o território brasileiro, aquelas introduzidas pelo homem, inclusive domésticas em estado asselvajado, e também aquelas que tenham sido introduzidas fora das fronteiras brasileiras e das suas águas jurisdicionais e que tenham entrado em território brasileiro;

V – animais silvestres: todos aqueles pertencentes às espécies das faunas silvestres, nativas, migratórias e quaisquer outras aquáticas ou terrestres, que tenham todo ou parte do

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seu ciclo de vida ocorrendo dentro dos limites do território brasileiro ou das águas jurisdicionais brasileiras;

VI – auditoria: procedimento de fiscalização realizado sistematicamente por equipe designada pelo SIM, funcionalmente independente, para avaliar a conformidade dos procedimentos técnicos e administrativos da inspeção oficial e do estabelecimento;

VII – Boas Práticas de Fabricação – BPF: condições e procedimentos higiênico – sanitários e operacionais sistematizados aplicados em todo o fluxo de produção, com o objetivo de garantir a qualidade, conformidade e inocuidade dos produtos de origem animal, incluindo atividades e controles complementares;

VIII – desinfecção: procedimento que consiste na eliminação de agentes infecciosos por meio de tratamentos físicos, biológicos ou agentes químicos;

IX – equivalência de sistemas de inspeção: estado no qual as medidas de inspeção higiênico-sanitária e tecnológica aplicadas por diferentes sistemas de inspeção ainda que não sejam iguais as medidas aplicadas por outro serviço de inspeção, permitem alcançar os mesmos objetivos de inocuidade e qualidade dos produtos, na inspeção e fiscalização, estabelecidos neste regulamento e de acordo com o Suasa.

X – fiscalização: procedimento oficial exercido pela autoridade sanitária competente, junto ou indiretamente aos estabelecimentos de produtos de origem animal, com o objetivo de verificar o atendimento aos procedimentos de inspeção, aos requisitos previstos no presente Regulamento e em normas complementares;

XI – higienização: procedimento que consiste na execução de duas etapas distintas, limpeza e sanitização;

XII – inspeção: atividade de fiscalização executada pela autoridade sanitária competente junto ao estabelecimento, que consiste no exame dos animais, das matérias-primas e dos produtos de origem animal; na verificação do cumprimento dos programas de autocontrole, suas adequações às operações industriais e os requisitos necessários à sua implementação; na verificação da rastreabilidade, dos requisitos relativos aos aspectos higiênicos, sanitários e tecnológicos inerentes aos processos produtivos; na verificação do cumprimento dos requisitos sanitários na exportação e importação de produtos de origem animal; na certificação sanitária, na execução de procedimentos administrativos e na verificação de demais instrumentos de avaliação do processo relacionados com a segurança alimentar, qualidade e integridade econômica, visando o cumprimento do disposto no presente Regulamento e em normas complementares;

XIII – laboratório de controle oficial: laboratório conveniado com a Secretaria de Desenvolvimento, ou laboratório público ou privado credenciado e conveniado com os serviços de inspeção equivalentes para realizar análises, por método oficial, visando atender às demandas dos controles oficiais;

XIV – legislação específica: atos normativos emitidos pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, ou por outros órgãos oficiais e responsáveis pela legislação de alimentos e correlatas;

XV – limpeza: remoção física de resíduos orgânicos, inorgânicos ou outro material indesejável das superfícies das instalações, equipamentos e utensílios;

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XVI – memorial descritivo: documento que descreve, conforme o caso, as instalações,

equipamentos, procedimentos, processos ou produtos relacionados ao estabelecimento de produtos de origem animal;

XVII – norma complementar: ato normativo emitido pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, contendo diretrizes técnicas ou administrativas a serem executadas durante as atividades de inspeção e fiscalização junto aos estabelecimentos ou trânsito de produtos de origem animal, respeitadas as competências específicas;

XVIII – padrão de identidade: conjunto de parâmetros que permitem identificar um produto de origem animal quanto à sua origem geográfica, natureza, característica sensorial, composição, tipo ou modo de processamento ou modo de apresentação;

XIX – Procedimento Padrão de Higiene Operacional – PPHO: procedimentos descritos, implantados e monitorados, visando estabelecer a forma rotineira pela qual o estabelecimento industrial evita a contaminação direta ou cruzada do produto, preservando sua qualidade e integridade, por meio da higiene, antes, durante e depois das operações industriais;

XX – produto de origem animal: aquele obtido total ou predominantemente a partir de matérias-primas comestíveis ou não, procedentes das diferentes espécies animais, podendo ser adicionado de ingredientes de origem vegetal e mineral, aditivos e demais substâncias permitidas pela autoridade competente;

XXI – produto de origem animal comestível: produto de origem animal destinado ao consumo humano;

XXII – produto de origem animal não comestível: produto de origem animal não destinado ao consumo humano;

XXIII – programas de autocontrole: programas desenvolvidos, implantados, mantidos e monitorados pelo estabelecimento, visando assegurar a inocuidade, a qualidade e a integridade dos seus produtos, que incluem BPF, PPHO ou programas equivalentes reconhecidos pelo Serviço de Inspeção Municipal

XXIV – qualidade: conjunto de parâmetros mensuráveis (físicos, químicos, microbiológicos e sensoriais) que permite caracterizar as especificações de um produto de origem animal em relação a um padrão desejável ou definido em legislação específica, quanto aos seus fatores intrínsecos e extrínsecos, higiênico-sanitários e tecnológicos;

XXV – rastreabilidade: capacidade de detectar no produto final a origem e de seguir o rastro da matéria-prima e produtos de origem animal, de um alimento para animais, de um animal produtor de alimentos ou de uma substância a ser incorporada em produtos de origem animal, ou em alimentos para animais ou com probabilidade de o ser, ao longo de todas as fases de produção, transformação e distribuição;

XXVI – Sanitização: aplicação de agentes químicos, biológicos ou de métodos físicos nas superfícies das instalações, equipamentos e utensílios, posteriormente aos procedimentos de limpeza, visando assegurar um nível de higiene microbiologicamente aceitável;

XXVII – Supervisão: procedimento de fiscalização realizado sistematicamente por equipe designada pelo Serviço de Inspeção Municipal, funcionalmente independente, para avaliar a conformidade dos procedimentos técnicos e administrativos da inspeção oficial e do estabelecimento.

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XXVIII – Entende-se por estabelecimento agroindustrial rural de pequeno porte o

estabelecimento de propriedade de agricultores familiares, de forma individual ou coletiva, localizada no meio rural, com área útil construída não superior a duzentos e cinquenta metros quadrados, destinado exclusivamente ao processamento de produtos de origem animal, dispondo de instalações para abate e/ou industrialização de animais produtores de carnes, bem como onde são recebidos, manipulados, elaborados, transformados, preparados, conservados, armazenados, depositados, acondicionados, embalados e rotulados a carne e seus derivados, o pescado e seus derivados, o leite e seus derivados, o ovo e seus derivados, os produtos das abelhas e seus derivados, não ultrapassando as seguintes escalas de produção:

a) estabelecimento de abate e industrialização de pequenos animais (coelhos, rãs, aves e outros pequenos animais) – aqueles destinado ao abate e industrialização de produtos e subprodutos de pequenos animais de importância econômica, com produção máxima de 5 toneladas de carnes por mês. b) estabelecimento de abate e industrialização de médios (suínos, ovinos, caprinos) e grandes animais (bovinos/ bubalinos/ equinos) – aqueles destinados ao abate e/ou industrialização de produtos e subprodutos de médios e grandes animais de importância econômica, com produção máxima de 08 toneladas de carnes por mês. c) Fábrica de produtos cárneos – aqueles destinados à agroindustrialização de produtos e subprodutos cárneos em embutidos, defumados e salgados, com produção máxima de 5 toneladas de carnes por mês. d) estabelecimento de abate e industrialização de pescado – enquadram-se os estabelecimentos destinados ao abate e/ou industrialização de produtos e subprodutos de peixes, moluscos, anfíbios e crustáceos, com produção máxima de 4 toneladas de carnes por mês. e) estabelecimento de ovos – destinado à recepção e acondicionamento de ovos, com produção máxima de 5.000 dúzias/mês. f) Unidade de extração e beneficiamento do produtos das abelhas – destinado à recepção e industrialização de produtos das abelhas, com produção máxima de 30 toneladas por ano. g) estabelecimentos industrial de leite e derivados: enquadram-se todos os tipos de estabelecimentos de industrialização de leite e derivados previstos no presente Regulamento destinado à recepção, pasteurização, industrialização, processamento e elaboração de queijo, iogurte e outros derivados de leite, com processamento máximo de 30.000 litros de leite por mês. XXIX – Instalações referem-se a toda a área “útil” do que diz respeito à construção civil

do estabelecimento propriamente dito e das dependências anexas. XXX – Equipamentos referem-se a tudo que diz respeito ao maquinário e demais

utensílios utilizados nos estabelecimentos; XXXI – Agroindustrialização é o beneficiamento, processamento, industrialização e/ou

transformação de matérias-primas provenientes de exploração pecuárias, pesca, aquícolas, extrativistas, incluído o abate de animais, abrangendo desde processos simples, como secagem, classificação, limpeza e embalagem, até processos mais complexos que incluem operações física, química ou biológica.

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DA ORGANIZAÇÃO E ESTRUTURA DO SERVIÇO DE INSPEÇÃO MUNICIPAL

Art. 5° - A Divisão Animal do Serviço de Inspeção deve dispor, em seu quadro, de pessoal técnico de nível superior e médio, em número adequado, à realização de inspeção sanitária "ante" e "post-mortem" e tecnológica, em conformidade com a legislação vigente.

PARÁGRAFO ÚNICO - O município deve promover o treinamento dos servidores de nível superior (Médico Veterinário) e nível médio, quando houver, sob a supervisão do Coordenador do Serviço de Inspeção, para a adequada execução de tal serviço.

Art. 6° - O SIM/POA deve dispor de meios para registro, em compilação, dos dados estatísticos referentes ao abate, industrialização de carnes, produção de leite e derivados, condenações e outros dados que se façam necessários.

Art. 7º - Será constituído um sistema único de informações sobre o trabalho e procedimentos de inspeção e de fiscalização sanitária, gerando registros auditáveis.

PARÁGRAFO ÚNICO - Será de responsabilidade da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e da Vigilância Sanitária a alimentação e manutenção do sistema único de informações sobre a inspeção e a fiscalização sanitária do município de Rio Verde de Mato Grosso.

DA CLASSIFICAÇÃO DOS ESTABELECIMENTOS

Art. 8º - Os estabelecimentos que atuem na produção, manipulação, beneficiamento, acondicionamento, armazenagem, transporte e/ou distribuição produtos de origem animal, são classificados em:

a) Os de carne e derivados; b) Os de leite e derivados; c) Os de ovos e derivados; d) Os de pescado e derivados; e) Produtos de abelhas e seus derivados; PARÁGRAFO ÚNICO – Entende-se por estabelecimento de produtos de origem animal,

para efeito deste regulamento, qualquer instalação ou local nos quais são abatidos ou industrializados animais produtores de carnes, bem como onde são recebidos, manipulados, fracionados, elaborados, transformados, preparados, conservados, armazenados, depositados, acondicionados, rotulados e embalados com finalidade industrial ou comercial, a carne e seus derivados, a caça e seus derivados, o pescado e seus derivados, o mel e seus derivados, a cera de abelhas e seus derivados e o leite e seus derivados

Art. 9 – os estabelecimentos de carnes e derivados são classificados em: I - matadouros-frigoríficos; II - matadouros de pequenos e médios animais; III - charqueadas; IV - fábricas de produtos cárneos; V - fábricas de produtos gordurosos; VI - entrepostos de carnes e derivados;

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VII - fábricas de produtos não comestíveis; VIII - matadouros de aves e coelhos; IX - entrepostos-frigoríficos. § 1º - Entende-se por “matadouro-frigorífico” o estabelecimento dotado de instalações

completas e equipamentos adequados para o abate, manipulação, elaboração, preparo e conservação das espécies de açougue sob variadas formas, com aproveitamento completo, racional e perfeito, de subprodutos não comestíveis; possuirá instalações de frio industrial.

§ 2º - Entende-se por “charqueada” o estabelecimento que realiza matança com o objetivo principal de produzir charque, dispondo obrigatoriamente de instalações próprias para o aproveitamento integral e perfeito de todas as matérias-primas e preparo de subprodutos não comestíveis. Instalações de frio industrial.

§ 3º - Entende-se por “fábrica de conservas” o estabelecimento que industrialize a carne de variadas espécies de açougue, com ou sem sala de matança anexa, e em qualquer dos casos seja dotado de instalações de frio industrial e aparelhagem adequada para o preparo de subprodutos não comestíveis.

§ 4º - Entende-se por “fábrica de produtos suínos”, o estabelecimento que dispõe de sala de matança e demais dependências, industrialize animais da espécie suína e, em escala estritamente necessária aos seus trabalhos, animais de outras espécies; disponha de instalações de frio industrial e aparelhagem adequada ao aproveitamento completo de subprodutos não comestíveis.

§ 5º - Entende-se por “fábrica de produtos gordurosos” os estabelecimentos destinados exclusivamente ao preparo de gorduras, excluída a manteiga, adicionadas ou não de matérias-primas de origem vegetal.

§ 6º - Entende-se por “entreposto de carnes e derivados” o estabelecimento destinado ao recebimento, guarda, conservação, acondicionamento e distribuição de carnes frescas ou frigorificadas das diversas espécies de açougue e outros produtos animais, dispondo ou não de dependências anexas para a industrialização, atendidas as exigências necessárias, a juízo do SIM; instalações de frio industrial.

§ 7º - Entende-se por “fábrica de produtos não comestíveis” o estabelecimento que manipula matérias-primas e resíduos de animais de várias procedências, para o preparo exclusivo de produtos não utilizados na alimentação humana.

§ 8º - Entende-se por “matadouro de aves e coelhos” o estabelecimento dotado de instalações para o abate e industrialização de:

I - aves dispondo de frio industrial; II - Coelhos dispondo de frio industrial e, a juízo do SIM; de instalações para o

aproveitamento de subprodutos não comestíveis. § 9º - Entende-se por “entreposto-frigorífico” o estabelecimento destinado,

principalmente, à estocagem de produtos de origem animal pelo emprego de frio industrial. § 10º - As fábricas de conservas, as charqueadas e as fábricas de produtos suínos,

registradas no SIM, poderão fornecer carnes frescas ou frigorificadas aos mercados de consumo da localidade onde estiverem localizadas, desde que a medida atenda aos interesses da municipalidade.

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§ 11º - Na constituição de razões sociais ou denominação de estabelecimentos que

industrializem produtos de origem animal, a designação “frigorífico”, só pode ser incluída quando plenamente justificada pela exploração do frio industrial.

Art. 10º – Os estabelecimentos para leite e derivados são classificados em: I – Propriedades Rurais, compreendendo Fazenda Leiteira e Estábulo Leiteiro; II – Estabelecimentos Industriais, compreendendo Granja Leiteira, Usina para

Beneficiamento, Fábrica para Laticínios, Queijaria e Entreposto para Laticínios. § 1º – Entende-se por Propriedades Rurais aquelas destinadas à produção de leite para

posterior processamento em estabelecimento industrial sob fiscalização e inspeção sanitária oficial.

I – as propriedades rurais devem atender às normas complementares. § 2º – Entendem-se por Estabelecimentos Industriais os destinados à recepção,

transferência, refrigeração, beneficiamento, industrialização, manipulação, fabricação, maturação, fracionamento, embalagem, rotulagem, acondicionamento, conservação, armazenagem e expedição de leite e seus derivados.

Art. 11 – Os estabelecimentos industriais para leite e derivados são classificados em: I – Granja Leiteira; II – Usina de Beneficiamento; III – Fabrica de Laticínios; IV – Queijaria; V – Entreposto de Laticínios. § 1º – Entende-se por Granja Leiteira o estabelecimento destinado à produção,

pasteurização e envase de leite para o consumo humano direto e à elaboração de derivados lácteos, a partir de leite de sua própria produção e/ou associados.

§ 2º – Entende-se por Usina de Beneficiamento o estabelecimento que tem por finalidade principal a recepção, pré-beneficiamento, beneficiamento e envase de leite destinado ao consumo humano direto.

§ 3º – Entende-se por Fábrica de Laticínios o estabelecimento destinado à recepção de leite e derivados para o preparo o de quaisquer derivados lácteos.

§ 4º – Entende-se por Queijaria o estabelecimento localizado em propriedade rural, destinado à fabricação de queijos tradicionais com características específicas, elaborados exclusivamente com leite de sua própria produção, ou de seus associados.

I – a propriedade rural, caracterizada por se situar em área rural do município, deve ser livre de tuberculose e brucelose;

II – a Queijaria deve estar obrigatoriamente vinculada a um Entreposto para Laticínios registrado no SIM, ou possuir estrutura própria de maturação em escala proporcional à produção da Queijaria, na qual será finalizado o processo produtivo com toalete, maturação, embalagem, rotulagem e armazenagem do queijo, garantindo-se a rastreabilidade.

§ 5º – Entende-se por Entreposto de Laticínios o estabelecimento destinado à recepção, toalete, maturação, classificação, fracionamento, acondicionamento e armazenagem de derivados lácteos.

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I – permite-se a armazenagem de leite para consumo humano direto, desde que o

Entreposto de Laticínios possua instalações que satisfaçam as exigências do presente Regulamento.

Art. 12 – Estabelecimento de Abate e Industrialização de Pescado: PARÁGRAFO ÚNICO – Entende-se por Estabelecimento de Abate e Industrialização de

Pescado o estabelecimento que possui dependências, instalações e equipamentos para recepção, lavagem, insensibilização, abate, processamento, transformação, preparação, acondicionamento e frigorificação, com fluxo adequado à espécie de pescado a ser abatida, dispondo ou não de instalações para o aproveitamento de produtos não comestíveis.

Art. 13 – Os estabelecimentos de ovos e derivados são classificados em: I - entrepostos de ovos; II - fábricas de conservas de ovos. § 1º - Entende-se por “entreposto de ovos”, o estabelecimento destinado ao

recebimento, classificação, acondicionamento, identificação e distribuição de ovos em natureza, dispondo ou não de instalações para sua industrialização.

§ 2º - Entende-se por “fábrica de conservas de ovos” o estabelecimento destinado ao recebimento e à industrialização de ovos.

Art. 14 – Os estabelecimentos destinados ao mel e cera de abelhas são classificados em: I - unidade de Extração e beneficiamento de produtos de abelhas e derivados. II - Entreposto de beneficiamento de produtos de abelhas e derivados.

Daí define cada um: I - São estabelecimentos destinados a extração, produção, acondicionamento,

rotulagem, industrialização armazenamento, e expedição de produtos de abelhas podendo realizar o beneficiamento e fracionamento desde que possua instalações e equipamentos compatíveis com o conjunto de operações e processos estabelecidos para cada tipo de produto;

II - O entreposto é o que faz recepção, classificação beneficiamento, industrialização, acondicionamento, rotulagem, armazenamento, e expedição de produtos e matérias prima pré–beneficiadas provenientes de outros estabelecimentos de produtos de abelhas podendo realizar a extração e recepção de matéria prima oriunda de proprietário rurais desde que tenha instalações e equipamentos compatíveis com o conjunto de operações e processos estabelecidos para cada tipo de produto.

§ 1º – Permite-se a utilização de Unidade de Extração Móvel de Produtos das Abelhas montada em veículo, provida de equipamentos que atendam às condições higiênico-sanitárias e tecnológicas, operando em locais previamente aprovados pela Inspeção Municipal, que atendam às condições estabelecidas em normas complementares e deverá ser relacionada junto ao SIM.

DO REGISTRO E RELACIONAMENTO DOS ESTABELECIMENTOS

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Art. 15 – É vedado a qualquer estabelecimento que atue na produção, manipulação, beneficiamento, acondicionamento, armazenagem, transporte e/ou distribuição de produtos de origem animal desenvolver sua atividade no Município de Rio Verde de Mato Grosso, sem estar devidamente registrado no SIM, SIE, SIF ou SUASA/SISBI.

§ 1º - Para o desenvolvimento das atividades elencadas no caput deste artigo, além do devido registro, o estabelecimento deverá atender às necessidades técnico-sanitárias fixadas pelos Serviços de Inspeções de acordo com sua classificação.

§ 2º - O Título de Registro é o documento emitido pelo chefe do SIM ao estabelecimento, depois de cumpridas as exigências previstas no presente Regulamento;

§ 3º - O Título de Relacionamento é o documento emitido pelo chefe do Serviço de Inspeção Municipal ao estabelecimento depois de cumpridas as exigências previstas no Regulamento.

Art. 16 – Estão sujeitos a registro os seguintes estabelecimentos: a) Granja Leiteira; Usina de Beneficiamento; Fábrica de Laticínios; Entreposto de

Laticínios. b) Estabelecimento de abate e industrialização de pequenos animais;

Estabelecimento de abate e industrialização de médios e grandes animais; Fábrica de produtos cárneos.

c) Estabelecimento de Abate e Industrialização de Pescado. d) Estabelecimentos de Ovos Comerciais e Derivados. e) Unidade de Extração e/ou Beneficiamento de Produtos das Abelhas. § 1º - os demais estabelecimentos previstos neste Regulamento serão relacionados.

Art. 17 - O registro de que trata o art. 15, deste Decreto, deverá ser solicitado pelo representante legal do estabelecimento interessado, mediante requerimento escrito dirigido ao Secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico solicitando o registro da empresa/estabelecimento no SIM/POA, instruindo-se tal solicitação com os seguintes documentos e/ou informações:

a) requerimento simples dirigido ao responsável pelo serviço de inspeção municipal; b) laudo de aprovação prévia do terreno, realizado de acordo com instruções

baixadas pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico; c) Licença Ambiental emitida pelo Órgão Ambiental competente ou estar de acordo

com a Resolução do CONAMA nº 385/2006, a critério do SIM; d) Documento da autoridade municipal e órgão de saúde pública competentes que

não se opõem à instalação do estabelecimento. e) apresentação da inscrição estadual, contrato social registrado na junta comercial e

cópia do Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas – CNPJ, ou CPF do produtor para empreendimentos individuais, sendo que esses documentos serão dispensados quando apresentarem documentação que comprove legalização fiscal e tributária dos estabelecimentos, próprios ou de uma Figura Jurídica a qual estejam vinculados;

f) planta baixa ou croquis das instalações, com layout dos equipamentos e memorial descritivo simples e sucinto da obra, com destaque para a fonte e a forma de

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abastecimento de água, sistema de escoamento e de tratamento do esgoto e resíduos industriais e proteção empregada contra insetos;

a. planta baixa da empresa/estabelecimento com cortes e fachadas da construção em escala de 1:50, com legenda, acompanhada de memorial descritivo e assinada pelo responsável técnico pela obra;

b. planta baixa em escala de 1:100, com detalhes dos equipamentos e legenda, assinada pelo responsável técnico pela obra;

c. planta de situação (localização) em escala de 1:500; g) boletim oficial de exame da água de abastecimento, caso não disponha de água

tratada, cujas características devem se enquadrar nos padrões microbiológicos e químicos oficiais;

h) documento que comprove o domínio, posse ou permissão de uso do terreno; i) inscrição na Secretaria Municipal de Fazenda; j) alvará de licença para construção/ampliação/reforma concedida pela Secretaria

Municipal de Obras e Urbanismo; k) cronograma de execução; l) demais projetos complementares que se fizerem necessários. § 1º – Tratando-se de agroindústria rural de pequeno porte as plantas poderão ser

substituídas por croquis a serem elaborados por engenheiro responsável ou técnicos dos Serviços de Extensão Rural do Estado ou do Município.

§ 2º – Tratando-se de aprovação de estabelecimento já edificado, será realizada uma inspeção prévia das dependências industriais e sociais, bem como da água de abastecimento, redes de esgoto, tratamento de efluentes e situação em relação ao terreno.

Art. 18 - Após apresentação dos documentos elencados no artigo 17 e análise pelo Coordenador do SIM/POA, a empresa/estabelecimento solicitante será notificada a apresentar os seguintes documentos complementares exigidos das empresas/estabelecimentos que atuem na produção, manipulação, beneficiamento, acondicionamento, armazenagem, transporte e/ou distribuição produtos de origem animal:

a) ofício ao Coordenador do SIM/POA, informando o nome do responsável técnico pela atividade da empresa/estabelecimento, bem como documentos de registro do profissional em seu respectivo órgão de classe;

b) documento hábil a comprovar a responsabilidade técnica do profissional pela atividade desenvolvida pela empresa;

c) relação de todos os produtos que serão produzidos, manipulados, beneficiados, acondicionados, armazenados, transportados e/ou distribuídos pela empresa/estabelecimento;

d) programas de auto controle - BPF (Manual de Boas Práticas) e PPHO (Procedimentos Padrão de Higiene Operacional) - praticados pela empresa/estabelecimento na produção, manipulação, beneficiamento, acondicionamento, armazenagem, transporte e/ou distribuição de produtos de origem animal;

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e) regulamento técnico de identidade e qualidade (RTIQ) dos produtos que

serão produzidos, manipulados, beneficiados, acondicionados, armazenados, transportados e/ou distribuídos pela empresa/estabelecimento;

f) modelos dos rótulos de cada produto produzido, manipulado, beneficiado, acondicionado, armazenado, transportado e/ou distribuído pela empresa.

PARÁGRAFO ÚNICO - Após a nomeação do responsável técnico pela empresa/estabelecimento solicitante, caberá a este a representar perante o SIMM/POA no que concerne às questões técnicas relativas à atividade desenvolvida pela empresa/estabelecimento, devendo o mesmo manter atualizadas as informações referentes ao controle de qualidade dos seus produtos, através de relatórios mensais.

Art. 19 - Aprovados os projetos e o cronograma de execução, o requerente deverá dar início às obras de Construção/Ampliação/Reforma no prazo máximo de 90 (noventa) dias.

PARÁGRAFO ÚNICO - Qualquer ampliação, remodelação ou construção nos estabelecimentos registrados ou relacionados tanto de suas dependências como novas instalações, só pode ser feita após aprovação prévia dos projetos.

Art. 20 – Não será registrado o estabelecimento destinado a produção de alimentos para consumo humano, quando situado nas proximidades de outro que por sua natureza, possa prejudicá-lo.

Art. 21 - Nos estabelecimentos de produtos de origem animal, destinados à alimentação humana, para fins de registro ou relacionamento e funcionamento, exceto para unidade móvel de extração, é obrigatória a apresentação prévia de boletim oficial de análise da água de abastecimento, atendendo os padrões de potabilidade estabelecidos pelo órgão competente.

§ 1º – Nos casos em que o estabelecimento é servido por rede de abastecimento pública ou privada, as análises prévias da água de abastecimento não se fazem necessárias.

§ 2º – Onde não for constatada a potabilidade da água, e o caso permitir, mediante autorização do Serviço de Inspeção o Municipal, se fará necessário a implementação de equipamento de cloração da água de abastecimento.

Art. 22 - Concluídas as obras e instalados os equipamentos, de acordo com o cronograma, será requerido ao "SIM" a vistoria para autorização do início dos trabalhos.

Art. 23 - O Coordenador do Serviço de Inspeção mandará vistoriar o estabelecimento, para apresentação do competente laudo, a ser organizado de acordo com instruções aprovadas pelo SIM.

Art. 24 - Autorizado o registro, uma das vias das plantas e dos memoriais descritivos será arquivada na Coordenação do SIM e outra via no estabelecimento.

Art. 25 - Satisfeitas as exigências fixadas no presente Decreto, o Coordenador do SIM, autorizará a expedição do "TÍTULO DE REGISTRO" ou “TÍTULO DE REGISTRO PROVISÓRIO”,

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constando do mesmo o número do registro, nome da empresa, classificação do estabelecimento, localização, e outras informações necessárias. PARÁGRAFO ÚNICO – Quando expedido “TÍTULO DE REGISTRO PROVISÓRIO”, a documentação deverá conter data limite de sua validade.

Art. 26 – Cumpridas as exigências do presente Regulamento será autorizado o funcionamento do estabelecimento e será instalado o Serviço de Inspeção.

Art. 27 – Qualquer estabelecimento que interrompa seu funcionamento por período superior a 6 (seis) meses, só poderá reiniciar os trabalhos mediante inspeção prévia de todas as dependências, instalações e equipamentos, respeitada a sazonalidade das atividades industriais.

PARÁGRAFO ÚNICO – Será cancelado o registro ou relacionamento do estabelecimento que interromper seu funcionamento pelo prazo de 3 (três) anos.

DO FUNCIONAMENTO DOS ESTABELECIMENTOS

Art. 28 - O(s) proprietário(s) de qualquer estabelecimento que abata ou industrialize produtos de origem animal deverá, obrigatoriamente, requerer sua aprovação e registro junto ao "SIM".

PARÁGRAFO ÚNICO - É de responsabilidade do estabelecimento, após a liberação para funcionamento, o pagamento das taxas decorrente de sua atividade cobradas pelo órgão competente.

Art. 29 - Fica o funcionamento dos estabelecimentos que atuem na produção, manipulação, beneficiamento, acondicionamento, armazenagem, transporte e/ou distribuição de produtos de origem animal, condicionado ao cumprimento, no que couber, às disposições constantes da legislação vigente pertinente à matéria, seja ela Federal, Estadual ou Municipal.

Art. 30 - Não será autorizado o funcionamento de estabelecimentos que atuem na produção, manipulação, beneficiamento, acondicionamento, armazenagem, transporte e/ou distribuição de produtos de origem animal, para exploração do comércio municipal, sem que esteja devidamente instalado e equipado para a finalidade a que se propõe.

Art. 31 – O estabelecimento deverá ser instalado afastado dos limites da via pública, preferentemente a 5m (cinco metros), com que permitam a movimentação e circulação de veículos transportadores de matérias-primas e veículos transportadores de produtos, quando possível com entradas independentes.

PARÁGRAFO ÚNICO – As dependências que por sua natureza produzam mau cheiro devem estar localizadas de maneira que os ventos predominantes e a situação topográfica do terreno não levem em direção ao estabelecimento poeiras ou emanações.

Art. 32 – Os estabelecimentos de produtos de origem animal devem satisfazer às condições básicas e comuns solicitadas pelo Serviço de Inspeção Municipal e estipuladas por legislação pertinente, respeitadas as peculiaridades de ordem tecnológica cabíveis.

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Art. 33 - O estabelecimento poderá trabalhar com mais de um tipo de atividade e produto e de diferentes cadeias produtivas, devendo, para isso, prever os equipamentos de acordo com a necessidade para tal e, no caso de empregar a mesma linha de processamento, deverá ser concluída uma atividade ou tipo de produção para depois iniciar a outra.

PARÁGRAFO ÚNICO – O Serviço de Inspeção Municipal pode permitir a utilização dos equipamentos e instalações destinados à fabricação de produtos de origem animal, para o preparo de produtos industrializados que em sua composição principal, não haja produtos de origem animal, mas estes produtos não seguirão as normas previstas neste Regulamento, devendo os mesmos seguir a legislação pertinente.

DAS CONDIÇÕES DE HIGIENE

Art. 34 – Os estabelecimentos são responsáveis por assegurar que todas as etapas de fabricação dos produtos de origem animal são realizadas de forma higiênica, a fim de obter produtos inócuos, que atendam aos padrões de qualidade, que não apresentem risco à saúde, à segurança e ao interesse econômico do consumidor.

PARÁGRAFO ÚNICO – O controle dos processos de fabricação deve ser desenvolvido e aplicado pelo estabelecimento, o qual deve apresentar os registros sistematizados auditáveis que comprovem o atendimento aos requisitos higiênico-sanitários e tecnológicos estabelecidos no presente Regulamento.

Art. 35 – Todas as dependências, equipamentos e utensílios dos estabelecimentos, inclusive reservatórios de água e fábrica e silos de reservatório de gelo, devem ser mantidos em condições de higiene, antes, durante e após a elaboração dos produtos.

§ 1º – Durante os procedimentos de higienização nenhuma matéria–prima ou produto deve permanecer nos locais o onde está sendo realizada a operação de limpeza;

§ 2º – Os produtos utilizados na higienização deverão ser previamente aprovados pelo órgão competente;

Art. 36 – Os equipamentos e utensílios devem ser higienizados de modo a evitar a contaminação cruzada entre aqueles utilizados no acondicionamento de produtos comestíveis daqueles utilizados no acondicionamento de produtos não comestíveis.

Art. 37 – Os estabelecimentos devem ser mantidos livres de pragas e vetores. § 1º - O uso de substâncias para o controle de pragas só é permitido nas dependências

não destinadas à manipulação ou o depósito de produtos comestíveis e mediante conhecimento do Serviço de Inspeção Municipal.

§ 2º - É proibida a permanência de cães e gatos e de outros animais nos estabelecimentos.

Art. 38 – Os funcionários envolvidos de forma direta ou indireta em todas as etapas de produção ficam obrigados a cumprir práticas de higiene pessoal e operacional que preservem a inocuidade dos produtos.

PARÁGRAFO ÚNICO – Os funcionários que trabalham em setores em que se manipule material contaminado, ou que exista maior risco de contaminação, devem praticar hábitos

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higiênicos com maior frequência e não circular em áreas de menor risco de contaminação, de forma a evitar a contaminação cruzada.

Art. 39 – A embalagem produtos de origem animal deverá obedecer às condições de higiene necessárias à boa conservação do produto, sem colocar em risco a saúde do consumidor, obedecendo às normas estipuladas em legislação pertinente.

PARÁGRAFO PRIMEIRO – Quando a granel, os produtos serão expostos ao consumo acompanhados de folhetos ou cartazes de forma bem visível, contendo informações previstas no caput deste artigo.

Art. 40 – É proibida em toda a área industrial, a prática de qualquer hábito que possa causar contaminações nos alimentos, tais como comer, fumar, cuspir ou outras práticas anti-higiênicas, bem como a guarda de alimentos, roupas, objetos e materiais estranhos.

PARÁGRAFO ÚNICO – Deve ser prevista a separação de áreas ou a definição de fluxo de funcionários dos diferentes setores nas áreas de circulação comuns, de forma a evitar a contaminação cruzada.

Art. 41 – Durante todas as etapas de elaboração, desde o recebimento da matéria-prima até a expedição, incluindo o transporte, é proibido utilizar utensílios que pela sua forma ou composição possam comprometer a inocuidade da matéria-prima ou do produto, devendo os mesmos ser mantidos em perfeitas condições de higiene e que impeçam contaminações de qualquer natureza.

Art. 42 – Os funcionários que trabalham na indústria de produtos de origem animal devem estar em boas condições de saúde.

§ 1º – Os funcionários envolvidos na manipulação de produtos devem estar aptos a manipular alimentos, a critério o SIM.

§ 2º – O funcionário envolvido na manipulação de produtos deve ser imediatamente afastado do trabalho sempre que o fique comprovada a existência de doenças que possam contaminar os produtos, comprometendo sua inocuidade.

§ 3º – Nos casos de afastamento por questões de saúde, o funcionário só poderá retornar às atividades depois de apresentar documento de saúde que ateste sua aptidão a manipular alimentos.

Art. 43 – Todo o pessoal que trabalha com produtos comestíveis, desde o recebimento até a expedição, deverá usar uniformes claros, em perfeito estado de higiene e conservação, sendo: calça, jaleco, gorro, boné ou touca e botas.

§ 1º – Quando utilizados protetores impermeáveis, estes deverão ser de plástico transparente ou branco, proibindo-se o uso de lona ou similares.

§ 2º – O avental, bem como quaisquer outras peças de uso pessoal, serão guardados em local próprio, sendo proibida a entrada de operários nos sanitários portando tais aventais.

Art. 44 – Câmara frigorífica, ante-câmara e túnel de congelamento, quando houverem, devem ser higienizados regularmente, respeitadas suas particularidades, pelo emprego de substâncias previamente aprovadas pelo órgão competente.

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Art. 45 - Informações relativas à rede de abastecimento de água em cada estabelecimento, no tocante à quantidade, qualidade, canalização, captação, filtração, tratamento e distribuição deverão ser fixadas pelo SIM por ocasião da aprovação dos projetos.

Art. 46 - A distribuição da rede de esgoto, compreendendo canaletas, ralos sifonados, declives, canalização, distribuição, depuração, tratamento e escoadouros, será fixada pelo SIM em cada estabelecimento.

Art. 47 - Em hipótese alguma será permitido o acondicionamento de matérias-primas e produtos destinados à alimentação humana em carros, recipientes ou continentes que tenham servido a produtos não comestíveis.

Art. 48 - Será exigido que os funcionários lavem as mãos antes de entrar no ambiente de trabalho, quando necessário durante a manipulação e na saída de sanitários

Art. 49 – Nos estabelecimentos de leite e derivados é obrigatória a rigorosa lavagem e sanitização de vasilhames e dos veículos transportadores de matérias-primas e produtos.

Art. 50 – Nos estabelecimentos de produtos das abelhas que recebem matéria-prima em baldes ou tambores, é obrigatória a rigorosa lavagem e sanitização dos vasilhames para sua devolução.

DAS OBRIGAÇÕES DAS EMPRESAS

Art. 51 - Ficam os proprietários de estabelecimentos obrigados a:

I - observar e cumprir todas as exigências contidas no presente regulamento; II - fornecer pessoal necessário e habilitado, bem como material adequado julgado

indispensável aos trabalhos de inspeção, inclusive acondicionamento e autenticidade de amostras para exames de laboratório;

III - fornecer, até o décimo dia útil de cada mês, subsequente ao vencido, os dados estatísticos de interesse na avaliação da produção, industrialização, transporte e comércio de produtos de origem animal, bem como as guias de recolhimento da taxa de inspeção sanitária, devidamente quitadas pela repartição arrecadadora;

IV - avisar, com antecedência mínima de 48 (quarenta e oito) horas, da realização de quaisquer trabalhos nos estabelecimentos sob inspeção permanente, mencionando sua natureza e hora de início e de provável conclusão;

V - avisar, com antecedência, da chegada de animais fornecendo todos os dados que sejam solicitados pela Inspeção;

VI - fornecer gratuitamente alimentação à equipe de Inspeção, quando os serviços inspecionados não possam ser interrompidos para que os mesmos ausentem-se em horários de refeições, a critério do Fiscal do SIM;

VII - fornecer material próprio e utensílios para guarda, conservação e transporte de matérias-primas, produtos normais e peças patológicas, que deverão ser remetidos às dependências do SIM;

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VIII - fornecer armários, mesas, arquivos, mapas, livros e outro material destinado à

Inspeção, para seu uso exclusivo; IX - fornecer material próprio, utensílios e substâncias adequadas para os trabalhos de

coleta e transporte de amostras para laboratório, bem como para limpeza; desinfecção e esterilização de instrumentos, aparelhos ou instalações;

X - manter locais apropriados, a critério da Inspeção para recebimento e guarda de matérias-primas de retorno de centros de consumo para serem reinspecionados bem como para sequestro de carcaças ou partes de carcaça, matérias-primas e produtos suspeitos;

XI - manter em dia o registro do recebimento de animais e matérias-primas, especificando-se procedência e qualidade, produtos fabricados, saída e destino dos mesmos;

XII - manter pessoal habilitado e treinado na direção dos trabalhos técnicos do estabelecimento;

XIII - recolher as taxas de inspeção sanitária, previstas na legislação vigente; XIV - os funcionários fornecidos pelos estabelecimentos ficarão sob as ordens diretas

do Fiscal do SIM; XV - o material fornecido pelas empresas constitui patrimônio das mesmas, porém,

ficará à disposição e sob responsabilidade da Inspeção Municipal; XVI - cancelado o registro, o material pertencente ao SIM, o arquivo e os carimbos

oficiais de Inspeção serão recolhidos pelo Serviço de Inspeção Municipal. XVII - fornecer substâncias apropriadas para desnaturação de produtos condenados,

quando não haja instalações para sua transformação imediata; XVIII - garantir o livre acesso de servidores à todas as instalações do estabelecimento

para a realização dos trabalhos de inspeção, fiscalização, supervisão, auditoria, colheita de amostras, verificação de documentos ou outros procedimentos de inspeção previstos no presente Regulamento;

XIX – realizar imediatamente o recolhimento dos produtos elaborados e eventualmente expostos à venda quando for constatado desvio no controle de processo, que possa incorrer em risco á saúde ou aos interesses do consumidor. Art. 52 - No caso de cancelamento de registro ou relacionamento de estabelecimento, fica o mesmo obrigado a inutilizar a rotulagem existente em estoque, sob supervisão do Serviço de Inspeção.

DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE CARNES E DERIVADOS

Art. 53 - Aos estabelecimentos subordinados à Inspeção Municipal será permitida a matança de bovídeos, suínos, ovinos e caprinos bem como das diferentes aves domésticas, animais exóticos, animais silvestres e pescado, usadas na alimentação humana, desde que atendidas às demais disposições do presente regulamento.

§ 1º – O abate de diferentes espécies em um mesmo estabelecimento pode ser realizado desde que haja instalações e equipamentos adequados para a finalidade.

§ 2º – O abate pode ser realizado desde que seja evidenciada a completa segregação entre as diferentes espécies e seus respectivos produtos durante todas as etapas do processo,

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respeitadas as particularidades de cada espécie, inclusive quanto a higienização das instalações e equipamentos.

DA INSPEÇÃO "ANTE-MORTEM"

Art. 54 - É proibida a entrada de animais em qualquer dependência do estabelecimento, sem prévio conhecimento da Inspeção Municipal.

§ 1º - Por ocasião da chegada de animais, a Inspeção Municipal deverá exigir e verificar os documentos de procedência (GTA) e avaliar das condições de saúde do lote.

§ 2º - Qualquer caso suspeito implica no exame clínico do animal ou animais incriminados, procedendo-se, quando necessário, ao isolamento de todo o lote e aplicando-se medidas próprias de política sanitária animal, que cada caso exigir.

§ 3º - Se no momento da chegada de animais no estabelecimento o funcionário do SIM estiver ausente, o ingresso destes somente será permitido em um depósito à parte, exclusivamente destinado a essa finalidade, denominado "depósito de chegada", ficando a retirada dos mesmos de tal depósito condicionados à realização da inspeção.

Art. 55 – Quando houver suspeita de doenças infecto-contagiosas de notificação imediata determinada pelo setor competente pela sanidade animal, além das medidas já estabelecidas, cabe à Inspeção proceder como se segue:

I – notificar ao setor competente pela sanidade animal; II – isolar os animais suspeitos e manter o lote sob observação enquanto se aguarda

definição das medidas epidemiológicas de sanidade animal a serem adotadas; e III – determinar a imediata desinfecção dos locais, equipamentos e utensílios que

possam ter tido contato com resídu- os dos animais ou qualquer outro material que possa ter sido contaminado, atendendo as recomendações estabelecidas pelo setor competente.

Art. 56 – Nos casos em que no ato da inspeção “ante mortem” os animais sejam suspeitos de zoonoses, enfermidades infectocontagiosas ou tenham apresentado reação inconclusiva ou positiva em testes diagnósticos para essas enfermidades, o abate deve ser realizado em separado dos demais animais, adotando-se as medidas profiláticas cabíveis.

PARÁGRAFO ÚNICO – No caso de suspeita de outras doenças não previstas no presente Regulamento, o abate deve ser realizado também em separado, para melhor estudo das lesões e verificações complementares.

Art. 57 - A administração dos estabelecimentos fica obrigada a tomar as medidas mais adequadas, no sentido de serem evitados maus tratos aos animais, pelos quais é responsável desde o momento do seu desembarque.

PARÁGRAFO ÚNICO - É proibido, no desembarque ou movimentação de animais, o uso de instrumentos pontiagudos ou de quaisquer outros que possam lesar o couro ou a musculatura do animal.

Art. 58 - É proibida a matança de qualquer animal que não tenha permanecido pelo menos 24 (vinte e quatro) horas em descanso, jejum e dieta hídrica nos depósitos do estabelecimento.

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§ 1º - O período de repouso pode ser reduzido, quando o tempo de viagem não for

superior a 2 (duas) horas e os animais sejam oriundos de campos próximos, mercados ou feiras, sob controle sanitário permanente; o repouso, porém, em hipótese alguma, deve ser inferior a 6 (seis) horas.

§ 2º - Em tais casos a autoridade sanitária do ponto de partida deve fornecer um documento mencionando claramente as condições de saúde anteriores dos animais.

§ 3º - O tempo de repouso de que trata este artigo, pode ser ampliado, sempre que a Inspeção Municipal julgar necessário.

Art. 59 - Nenhum animal ou lote poderá ser abatido sem autorização da Inspeção Municipal.

Art. 60 - Deverá ser evitada, a critério da Inspeção Municipal a matança de: I - fêmeas em estado adiantado de gestação (mais de dois terços do tempo normal da

gravidez); II – animais fadigados; III - animais caquéticos; IV - animais com menos de 30 (trinta) dias de vida extrauterina; V – aves que apresentem repleção do trato gastrointestinal; VI - animais que padeçam de qualquer enfermidade, que torne a carne imprópria para

o consumo.

Art. 61 - Animais com sintomas de paralisia "post-partum" e de "doença de transporte" serão condenados.

Art. 62 – Quando no exame “ante mortem” forem constatados casos isolados de doenças não contagiosas, que pelo presente Regulamento permitam o aproveitamento condicional ou impliquem na condenação total do animal, o mesmo deve ser abatido ao final do abate ou em instalações próprias para este fim.

Art. 63 – A existência de animais mortos ou impossibilitados de locomoção, em veículos transportadores, nas instalações para recepção e acomodação de animais ou em qualquer dependência do estabelecimento, deve ser imediatamente levada ao conhecimento da Inspeção, para providenciar o sacrifício ou necropsia, bem como determinar as medidas que se façam necessárias.

PARÁGRAFO ÚNICO – As necropsias devem ser realizadas em local específico.

Art. 64 – É obrigação da direção do estabelecimento fornecer à Inspeção Municipal dados referentes aos animais entrados, detalhando-se a procedência, espécie, número, meio de condução utilizado e hora de chegada, utilizando- se para tal fim impresso denominado "Mapa de Movimento de Animais", onde constará também o estoque existente nos currais, campos de repouso e outros locais.

DA MATANÇA DE EMERGÊNCIA

Art. 65 - Matança de emergência é o abate imediato de animais que apresentam condições que indiquem essa providência, após exame “ante mortem”.

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PARÁGRAFO ÚNICO - Devem ser abatidos de emergência animais doentes, agonizantes, contundidos, com fraturas, hemorragia, hipotermia ou hipertermia, impossibilitados de locomoção, com sinais clínicos neurológicos e outros estados, a critério da Inspeção.

Art. 66 - Fica proibida a matança de emergência na ausência de funcionário da Inspeção Municipal.

Art. 67 - Os animais sacrificados de emergência, que se enquadrem nos casos de condenação previstos em legislação pertinente ou por outras razões justificadas pela Inspeção Municipal, serão considerados impróprios para consumo

PARÁGRAFO ÚNICO - Sempre que os animais abatidos de emergência apresentem, logo após a morte, carne com reação francamente ácida, as carcaças serão consideradas, impróprias para consumo.

Art. 67 – Se utilizadas as instalações destinadas ao abate normal, as mesmas deverão ser, após o uso, limpas e desinfetadas para reutilização.

DA MATANÇA NORMAL

Art. 68 - Somente será permitido o sacrifício de animais de açougue por métodos humanitários, utilizando-se de prévia insensibilização baseada em princípios científicos, seguidos de imediata sangria.

Art. 69 – A sangria deve ser realizada com o animal suspenso pelos membros posteriores ou outro método aprovado pelo SIM, devendo escoar o máximo de sangue possível.

PARÁGRAFO ÚNICO - Nenhuma manipulação pode ser iniciada antes que a sangria ocorra de maneira mais completa.

Art. 70 - Os métodos empregados para cada espécie de animal de açougue deverão ser aprovados pelo órgão oficial competente, cujas especificações e procedimentos serão disciplinados em regulamento técnico.

Art. 71 - Os métodos de insensibilização para o abate humanitário dos animais classificam-se em:

a) Percussivo penetrativo: pistola com dardo cativo, posicionada de modo a assegurar que o dardo penetre no córtex cerebral, através da região frontal, sendo que os animais não serão colocados no recinto de insensibilização se o operador responsável pelo atordoamento não puder proceder a essa ação imediatamente após a introdução do animal nesse recinto; não se deve proceder a imobilização da cabeça do animal até que o magarefe possa efetuar a insensibilização.

b) Percussivo não penetrativo: permitido somente se for utilizada a pistola que provoque um golpe no crânio, devendo o equipamento ser posicionado na cabeça, nas regiões indicadas pelo fabricante.

c) Eletronarcose: os eletrodos deverão ser colocados de modo a permitir que a corrente elétrica atravesse o cérebro; deverão ter um firme contato com a pele e,

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caso necessário, devem ser adotadas medidas que garantam um bom contato dos mesmos com a pele, tais como molhar a região e eliminar o excesso de pelos; o equipamento deverá possuir um dispositivo de segurança que o controle, a fim de garantir a indução e a manutenção dos animais em estado de inconsciência até a operação de sangria, bem como de um dispositivo sonoro ou visual que indique o período de tempo de sua aplicação, além de um dispositivo de segurança, posicionado de modo visível, indicando a tensão e a intensidade da corrente, para o seu controle, a fim de garantir a indução e a manutenção dos animais em estado de inconsciência; o equipamento deverá se dotado de sensores para verificação da resistência, a corrente elétrica que o corpo do animal oferece, a fim de se garantir que a voltagem e a amperagem empregadas na insensibilização sejam proporcionais ao porte do animal, evitando-se lesões e sofrimento desnecessário; caso seja utilizado equipamento de imersão de aves em grupo, deve ser mantida uma tensão suficiente para produzir uma intensidade de corrente eficaz para garantir a insensibilização das aves; medidas apropriadas devem ser tomadas a fim de se assegurar uma passagem satisfatória da corrente elétrica, mediante um bom contato através da umidificação das patas das aves e dos ganchos de suspensão.

d) Método da exposição à atmosfera controlada: a atmosfera com dióxido de carbono ou com mistura de dióxido de carbono e gases do ar onde os animais serão expostos para insensibilização deve ser controlada para induzir e manter os animais em estado de inconsciência até a sangria, sem submetê-los a lesões e sofrimento físico; os equipamentos onde os animais serão expostos à atmosfera controlada deverão ser concebidos, construídos e mantidos de forma a conter o animal adequadamente, eliminando-se a possibilidade de compressão sobre o corpo do animal, de forma que não provoque lesões e sofrimento físico; o equipamento deve dispor de aparelhos para medir a concentração de gás no ponto de exposição máxima, devendo emitir sinal de alerta, visível e/ou audível pelo operador, caso a concentração de dióxido de carbono esteja fora dos limites recomendáveis pelo fabricante; a concentração de dióxido de carbono, em seu nível máximo, em volume, deve ser de pelo menos 70% (setenta por cento) para suínos e 30% (trinta por cento) para aves.

Art. 72 - Cabe ao estabelecimento, realizar, pelo menos uma vez ao dia, o monitoramento do processo de insensibilização e sangria.

Art. 73 - Fica o Serviço de Inspeção Municipal responsável por proceder à verificação do processo de insensibilização e sangria, mediante:

I - observação, em caráter aleatório, das operações de insensibilização e sangria e inspeção dos equipamentos respectivos;

II - revisão dos registros de monitoramento levados a efeito pelo estabelecimento; III - comparação do resultado das observações e da inspeção efetuadas com os

registros correspondentes ao monitoramento realizado pelo Controle de Qualidade do estabelecimento.

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DA INSPEÇÃO “POST MORTEM”

DOS BOVINOS

Art. 74 - A inspeção "post-mortem" consiste no exame da carcaça, de todos os órgãos, cavidades e tecidos, observando e apreciando seus caracteres externos, sua palpação e abertura dos gânglios linfáticos correspondentes, além de cortes sobre o parênquima dos órgãos, quando necessário.

Art. 75 - Deverão ser sempre examinadas, após incisão, os gânglios inguinais ou retro-mamários, os ilíacos, os pré-crurais, os pré-escapulares e os pré-peitorais.

§ 1º - Nas espécies ovina e caprina, a simples palpação dos pré- escapulares e pré-crurais constitui a norma geral, praticando-se incisões sempre que necessário, para esclarecimento da anormalidade percebida na apalpação.

§ 2º - Nas aves, cujo sistema linfático apresente formações ganglionares (palmípedes em geral) estas devem ser examinadas

Art. 76 - Todos os órgãos, inclusive os rins, serão examinados na sala de matança, imediatamente depois de removidos das carcaças, assegurada sempre a identificação entre órgãos e carcaças.

Art. 77 - Toda carcaça, partes de carcaça e órgãos com lesões ou anormalidades que possam torná-los impróprios para o consumo, deverão ser adequadamente assinalados pela Inspeção Municipal e diretamente conduzidos ao "Departamento de Inspeção Final", onde serão julgados após exame completo.

§ 1º - Todo material condenado ficará sob custódia da Inspeção Municipal, não poderão ser subdivididas ou removidas para outro local, quando não possa ser inutilizado no próprio dia da matança.

Art. 78 - As carcaças julgadas em condições de consumo serão assinaladas com os carimbos previstos neste Decreto, por funcionário da Inspeção Municipal.

Art. 79 - Em hipótese alguma será permitida a remoção, raspagem ou qualquer prática que possa mascarar lesões antes do exame da Inspeção Municipal.

Art. 80 - O couro de animais condenados por qualquer doença contagiosa, bem como os couros que eventualmente tenham tido contato com eles, serão desinfetados por processos previamente aprovados pelo SIM, e sob as vistas da Inspeção Municipal.

Art. 81 - Abscessos e lesões supuradas - carcaças, partes de carcaça ou órgãos atingidos de abscesso ou de lesões supuradas devem ser julgados pelo seguinte critério:

I - quando a lesão for externa, múltipla ou disseminada, de modo a atingir grande parte da carcaça, esta deve ser condenada;

II - carcaças ou partes de carcaça que se contaminarem acidentalmente com pus serão também condenadas;

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III - abscessos ou lesões supuradas localizadas podem ser removidas, condenados

apenas os órgãos e partes atingidas; IV - serão ainda condenadas as carcaças com alterações gerais (emagrecimento,

anemia, icterícia) decorrentes de processo purulento.

Art. 82 - As carcaças que apresentarem lesões generalizadas de actinomicose ou actinobacilose deverão ser assim consideradas:

I - quando as lesões forem localizadas, sem complicações secundárias e o animal se encontrar em boas condições de nutrição, a carcaça deverá ser aproveitada, depois de removidas e condenadas as partes atingidas;

II - serão condenadas as cabeças com lesões de actinomicose, exceto quando a lesão maxilar for discreta, estritamente localizada, sem supuração ou trajetos fistulosos;

III - quando a actinomicose for discreta e limitada à língua, interessando ou não os gânglios linfáticos correspondentes, a cabeça poderá ser aproveitada, depois da remoção e condenação da língua e de seus gânglios.

Art. 83 - As adenites localizadas implicarão em rejeição da região que drena a linfa para o gânglio ou gânglios atingidos.

Art. 84 - Em caso de Anasarca, deverão ser condenadas as carcaças que no exame "post-mortem" demonstrarem edema generalizado.

Art. 85 - Serão condenados animais novos nos seguintes casos: I - quando a carne tiver aparências aquosas, flácidas, dilacerando- se com facilidade,

podendo ser perfurada sem dificuldade; II - quando a carne se apresentar vemelho-acinzentada; III - quando o desenvolvimento muscular, considerando-se em conjunto, for

incompleto e as massas musculares apresentarem ligeira infiltração serosa ou pequenas áreas edematosas;

IV - quando a gordura perineal for edematosa, de cor amarelo-sujo ou de um vermelho-acinzentado, mostrando apenas algumas ilhotas de gordura.

Art. 86 - Em casos de broncopneumonia verminótica, enfisema pulmonar e outras afecções ou alterações, deverão ser condenados os pulmões que apresentarem localizações parasitárias (broncopneumonia verminótica), bem como os que apresentarem enfisema, aspirações de sangue ou alimentos, alterações pré-agônicas ou outras lesões localizadas, sem reflexo sobre a musculatura.

Art. 87 - Deverão ser condenadas as carcaças com lesões extensas de brucelose. PARÁGRAFO ÚNICO - Nos casos de lesões localizadas encaminhar-se-ão as carcaças à

esterilização pelo calor, depois de removidas e condenadas as partes atingidas, a critério do Fiscal do SIM.

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Art. 88 - Serão condenadas as carcaças e órgãos de animais atacados por carbúnculo sintomático, anaplasmose, hemoglobinúria bacilar dos bovinos, septicemia hemorrágica, catarro maligno epizoótico, piroplasmoses, pioemia, septicemia e vacina.

Art. 89 - As carcaças ou partes de carcaça que se contaminarem por fezes durante a evisceração ou em qualquer outra fase dos trabalhos deverão ser condenadas.

§ 1º - Serão também condenadas as carcaças, partes de carcaça, órgãos ou qualquer outro produto comestível que se contamine por contato com os pisos ou de qualquer outra forma, desde que não seja possível uma limpeza completa.

§ 2º - Nos casos do parágrafo anterior, o material contaminado poderá ser destinado à esterilização pelo calor, a critério da Inspeção Municipal, tendo-se em vista a limpeza praticada.

Art. 90 – Deverão ser condenadas as carcaças portadoras de carbúnculo hemático, inclusive couro, chifres, cascos, pêlos, vísceras, conteúdo intestinal, sangue e gordura, impondo-se a imediata execução das seguintes medidas:

I - não poderão ser evisceradas as carcaças reconhecidas portadoras de carbúnculo hemático;

II - quando o reconhecimento ocorrer depois da evisceração, impõe-se a imediata limpeza e desinfecção de todos os locais que possam ter tido contato com resíduos do animal, tais como: áreas de sangria, pisos, paredes, plataformas, facas, machados, serras, ganchos, equipamento em geral, bem como a indumentária dos operários e qualquer outro material que possa ter sido contaminado;

III - uma vez constatada a presença de carbúnculo, a matança será automaticamente interrompida e imediatamente se iniciará a desinfecção;

IV - recomenda-se, para desinfecção, o emprego de uma solução a 5% (cinco por cento) de hidróxido de sódio, contendo, no mínimo, 94% (noventa e quatro por cento) deste sal, que deverá ser empregada imediatamente, tão quente quanto possível, tomadas as medidas de precaução, tendo em vista sua natureza extremamente cáustica, devendo-se ainda fazer proteger os olhos e as mãos dos que se encarregarem dos trabalhos de desinfecção sendo prudente ter pronta uma solução ácida fraca de ácido acético, para ser utilizada em caso de queimaduras pela solução desinfetante;

V - poderá ser empregada também, uma solução recente de hipoclorito de sódio, em diluição a 1% (um por cento);

VI - a aplicação de qualquer desinfetante deve ser seguida de abundante lavagem com água corrente;

VII - os funcionários que tiverem manipulado material carbunculoso, depois de acurada lavagem das mãos e braços, usarão como desinfetante uma solução de bicloreto de mercúrio a 1:1000 (um por mil), por contato mínimo de um minuto;

VIII - como medida de precaução, todas as pessoas que tiverem contato com material infeccioso serão mandadas ao serviço médico do estabelecimento ou ao serviço de Saúde Pública mais próximo;

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IX - todas as carcaças ou partes de carcaças, inclusive couros, cascos, chifres, vísceras e

seu conteúdo, que entrarem em contato com animais ou material infeccioso, deverão ser condenados;

X - a água do tanque de escaldagem de suínos, por onde tenha passado animal carbunculoso, também receberá desinfetante e será imediatamente removida para o esgoto, devendo o tanque ser, ao final, adequadamente lavado e desinfetado.

Art. 91 – Em todos os casos em que se comprovarem alterações por febre de fadiga (carnes cansadas), far-se-á a rejeição total.

PARÁGRAFO ÚNICO - No caso de alterações localizadas e bem circunscritas a um só grupo muscular e depois de negativo o exame microscópico direto, a carcaça será destinada à esterilização pelo calor após remoção e condenação das partes atingidas.

Art. 92 – Serão condenadas as carcaças em estado de caquexia.

Art. 93 – Animais magros, livres de qualquer processo patológico, poderão ser destinados a aproveitamento condicional (conserva ou salsicharia).

Art. 94 – Serão condenadas as carcaças de animais que apresentem infiltrações edematosas dos parênquimas ou do tecido conjuntivo (carnes hidroêmicas).

Art. 95 – Deverão ser condenadas as carcaças de animais que apresentarem alterações musculares acentuadas e difusas, bem como quando existir degeneração do miocárdio, fígado, rins ou reação do sistema linfático, acompanhado de alterações musculares.

§ 1º - Também serão condenadas as carcaças em início de processo putrefativo, ainda que em área muito limitada.

§ 2º - A rejeição também será total, quando o processo coexista com lesões inflamatórias de origem gástrica ou intestinal e, principalmente, quando se tratar de vitelos, suínos.

§ 3º - Far-se-á rejeição parcial quando a alteração for limitada a um grupo muscular e as modificações musculares forem pouco acentuadas.

Art. 96 – Serão consideradas carnes repugnantes e condenadas as carcaças que apresentarem mal aspecto, coloração anormal ou que exalem odores medicamentosos, excrementícias, sexuais e outros considerados anormais.

Art. 97 – Casos de carnes sanguinolentas condenarão as carcaças, desde que a alteração seja consequência de doenças do aparelho digestivo.

PARÁGRAFO ÚNICO - Quando as lesões hemorrágicas ou congestivas decorrerem de contusões, traumatismo ou fratura, a rejeição deverá ser limitada às regiões atingidas.

Art. 98 – Todas as carcaças de animais doentes, cujo consumo possa ser causa de toxiinfecção alimentar, deverão ser condenadas.

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Art. 99 – Os fígados com cirrose atrófica ou hipertrófica deverão ser condenados, exigindo-se, neste caso, rigoroso exame do animal, no intuito de se eliminar a hipótese de doenças infecto-contagiosas.

PARÁGRAFO ÚNICO - Serão também condenados os fígados com cirrose decorrente de localização parasitária.

Art. 100 – Serão condenadas as carcaças com infestações intensas pelo "Cysticercus bovis" ou quando a carne for aquosa ou descorada. § 1º - Entende-se por infestação intensa a comprovação de um ou mais cistos em incisões praticadas em várias partes de musculatura e numa área correspondente aproximadamente à palma da mão.

§ 2º - Far-se-á rejeição parcial nos seguintes casos: I - quando se verifique infestação discreta ou moderada, após cuidadoso exame sobre

o coração, músculos da mastigação, língua, diafragma e seus pilares, bem como, sobre músculos facilmente acessíveis, casos em que deverão ser removidas e condenadas todas as partes com cistos, inclusive os tecidos circunvizinhos, devendo as carcaças serem recolhidas às câmaras frigoríficas ou desossadas e a carne tratada por salmoura, pelo prazo mínimo de 21 (vinte e um) dias, em condições que permitam, a qualquer momento, sua identificação e reconhecimento, período tal que poderá ser reduzido para 10 (dez) dias, desde que a temperatura nas câmaras frigoríficas seja mantida sem oscilação e no máximo a 1ºC (um grau centígrado);

II - quando o número de cistos for maior que o mencionado no item anterior, mas a infestação não alcance generalização, a carcaça será destinada à esterilização pelo calor;

III - poderão ser aproveitadas para consumo as carcaças que apresentarem um único cisto já calcificado, após remoção e condenação dessa parte.

§ 3º - As vísceras, com exceção dos pulmões, coração e porção carnosa do esôfago e a gordura das carcaças destinadas ao consumo ou à refrigeração, não sofrerão qualquer restrição, desde que consideradas isentas de infestação, bem como os intestinos que poderão ser aproveitados para envoltório, depois de normalmente trabalhados.

§ 4º - Quando se tratar de bovinos com menos de 6 (seis) meses de idade, a pesquisa do "Cysticercus bovis" poderá ficar limitada a um cuidadoso exame da superfície do coração e de outras superfícies musculares normalmente visíveis.

§ 5º - Na rotina de inspeção serão obedecidas as seguintes normas: I - Cabeça: observam-se e incisam-se os masseteres e pterigóideos internos e externos; II - Língua: o órgão deverá ser observado externamente, palpado e praticados cortes

quando surgir suspeita quanto à existência de cistos ou quando encontrados cistos nos músculos da cabeça;

III - Coração: será examinada a superfície externa do coração e far-se-á uma incisão longitudinal, da base à ponta, através da parede do ventrículo esquerdo e do septo interventricular, examinando-se as superfícies de cortes, bem como as superfícies mais internas dos ventrículos, devendo, a seguir, praticar-se largas incisões em toda a musculatura do órgão, tão numerosa quanto possível, desde que já tenha sido verificada a presença de "Cysticercus bovis", na cabeça ou na língua;

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IV - Inspeção final: identifica-se a lesão parasitária inicialmente observada e

examinam-se sistematicamente os músculos mastigadores, coração, porção muscular do diafragma, inclusive seus pilares, bem como os músculos do pescoço, estendendo-se o exame aos intercostais e a outros músculos, sempre que necessário, devendo-se evitar tanto quanto possíveis cortes desnecessários que possam acarretar maior depreciação à carcaça.

Art. 101 – Os animais que apresentarem contusão generalizada deverão ser condenados. PARÁGRAFO ÚNICO - Nos casos de contusão localizada, o aproveitamento deverá ser

condicional, a critério da Inspeção Municipal, depois de removidas e condenadas as partes atingidas.

Art. 102 – Parasitoses como Cisticercose ("C. Tenuicollis"), estrongilose, teniase e ascaridioses, bem como outras não trasmíssíveis ao homem, permitem o aproveitamento do animal desde que não sejam secundadas por alterações da carne, devendo apenas órgãos e partes afetadas ser condenadas.

Art. 103 – As carcaças de animais portadores de distomatose hepática deverão ser condenadas quando houver caquexia consecutiva.

PARÁGRAFO ÚNICO - Os fígados infestados com fascíola serão sempre condenados.

Art. 104 – Poderão ser condenadas as carcaças de animais portadores de equinococose, desde que concomitantemente haja caquexia.

§ 1º - Os órgãos e as partes atingidas serão sempre condenados. Art. 105 – As carcaças de animais portadores de Esofagostomoses, sempre que haja caquexia consecutiva devem ser condenadas.

Art. 106 – As carcaças de animais em gestação adiantada ou que apresentem sinais de parto recente, deverão ser destinadas à esterilização, desde que não haja evidência de infecção.

PARÁGRAFO ÚNICO - Os fetos serão condenados.

Art. 107 – As glândulas mamárias deverão ser removidas intactas. § 1º - A presença de pus nas mamas, entrando em contato com a carcaça ou partes da

carcaça, determina a remoção e condenação das partes contaminadas. § 2º - O aproveitamento da glândula mamária para fins alimentícios poderá ser

permitido depois de rigoroso exame do órgão, devendo sua retirada da carcaça ser feita com o cuidado de se manter a identificação de sua procedência.

§ 3º - As glândulas mamárias portadoras de mastite, bem como as de animais reagentes à brucelose, serão sempre condenadas.

Art. 108 – Serão condenadas todas as línguas portadoras de glossite

Art. 109 – Serão condenados os fígados com necrose nodular. PARÁGRAFO ÚNICO - Quando a lesão coexistir com outras alterações, a carcaça

também deverá ser condenada.

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Art. 110 – Deverão ser condenadas as carcaças que apresentarem coloração amarela intensa ou amarelo-esverdeada, não só na gordura, mas também no tecido conjuntivo, aponevroses, ossos, túnica interna dos vasos, ao lado de caracteres de afecção do fígado ou quando o animal não tenha sido sangrado bem e mostre numerosas manchas sanguíneas, musculatura avermelhada e gelatinosa, ou ainda quando revelar sinais de caquexia ou anemia, decorrentes de intoxicação ou infecção.

§ 1º - Quando tais carcaças não revelarem caracteres de infecção ou intoxicação e venham a perder a cor anormal após a refrigeração, poderão ser dadas ao consumo.

§ 2º - Quando, no caso de parágrafo anterior, as carcaças conservarem sua coloração depois de resfriadas, poderão ser destinadas ao aproveitamento condicional, a critério da Inspeção Municipal.

§ 3º - Nos casos de coloração amarela somente na gordura de cobertura, quando a musculatura e vísceras forem normais e o animal se encontrar em bom estado e de engorda com gordura muscular brilhante, firme e de odor agradável, a carcaça poderá ser dada ao consumo.

§ 4º - O julgamento de carcaças com tonalidade amarela ou amarelo-esverdeada será sempre realizado com luz natural.

Art. 111 – As carcaças provenientes de animais sacrificados, após a ingestão de produtos tóxicos, acidentalmente ou em virtude de tratamento terapêutico, incidirão em rejeição total.

Art. 112 – Deverão ser condenados os corações com lesões de miocardite, linfangiectasia e endocardite.

Art. 113 – A presença de lesões renais (nefrites, nefroses, pielonefrites ou outras) implicará em investigação se estão ou não ligadas a doenças infectocontagiosas.

PARÁGRAFO ÚNICO - Em todos os casos os rins lesados deverão ser condenados.

Art. 114 – Serão condenadas as regiões ou órgãos invadidos por larvas (Miíases). PARÁGRAFO ÚNICO - Quando a infestação já tiver determinado alterações

musculares, com mau cheiro nas regiões atingidas, a carcaça deverá ser julgada de acordo com a extensão da alteração, removendo-se e condenando-se em todos os casos as partes atingidas.

Art. 115 – Deverão ser condenados os órgãos com coloração anormal, os que apresentarem aderências, congestão, bem como os casos hemorrágicos.

Art. 116 – Serão condenados os pâncreas infestados pelo "Euritrema Caelomaticum".

Art. 117 – Deverão ser condenados os rins císticos.

Art. 118 – As carcaças de animais portadores de sarnas em estado avançado, acompanhadas de caquexia ou de reflexo sobre a musculatura, deverão ser condenadas.

PARÁGRAFO ÚNICO - Quando a sarna for discreta e ainda limitada, a carcaça poderá ser dada ao consumo, depois de remoção e condenação das partes afetadas.

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Art. 119 – Nos casos de Telangiectasia maculosa do fígado (angiomatose) serão observados os seguintes procedimentos:

I - condenação total, quando a lesão atingir metade ou mais do órgão; II - aproveitamento condicional no caso de lesões discretas, após remoção e

condenação das partes atingidas.

Art. 120 – A condenação total em caso de Tuberculose deverá ser feita nos seguintes casos: I - se quando do exame "ante-mortem" o animal estivesse febril; II - quando a tuberculose for acompanhada de anemia ou caquexia; III - quando se constatarem alterações tuberculosas nos músculos, nos tecidos

intramusculares, nos ossos (vértebras) ou nas articulações ou, ainda, nos gânglios linfáticos que drenarem a linfa dessas partes;

IV - quando ocorrerem lesões caseosas concomitantemente em órgãos torácicos e abdominais, com alteração de suas serosas;

V - quando houver lesões miliares de parênquimas ou serosas; VI - quando as lesões forem múltiplas, agudas e ativamente progressivas,

considerando-se o processo nestas condições quando houver inflamação aguda nas proximidades das lesões, necrose de liquefação ou presença de tubérculos jovens;

VII - quando existir tuberculose generalizada, ou seja, quando além das lesões dos aparelhos respiratórios, digestivos e seus gânglios linfáticos, forem encontradas lesões no baço, rins, útero, ovário, testículos, cápsulas supra-renais, cérebro, medula espinhal ou suas membranas, além da presença de tubérculos numerosos uniformemente distribuídos em ambos os pulmões.

§ 1º - A rejeição parcial será feita nos seguintes casos: a) quando partes da carcaça ou órgão apresentarem lesões de tuberculose; b) quando se tratar de tuberculose localizada em tecidos imediatamente sob a musculatura, como a tuberculose da pleura e peritônio parietais, caso em que a condenação incidirá não apenas sobre a membrana ou parte atingida, mas também sobre a parede torácica ou abdominal correspondente; c) quando parte da carcaça ou órgãos se contaminarem com material tuberculoso, por contato acidental de qualquer natureza; d) as cabeças com lesões tuberculosas deverão ser condenadas, exceto quando corresponderem a carcaças julgadas em condições de consumo e desde que na cabeça as lesões sejam discretas, calcificadas ou encapsuladas, limitadas no máximo a dois gânglios, caso em que serão consideradas em condições de esterilização pelo calor, após remoção e condenação dos tecidos lesados; e) deverão ser condenados os órgãos cujos gânglios linfáticos correspondentes apresentem lesões tuberculosas; f) intestino e mesentério com lesões de tuberculose serão também condenados, a menos que as lesões sejam discretas, confinadas a gânglios linfáticos e a respectiva carcaça não tenha sofrido qualquer restrição, casos em que os intestinos poderão ser aproveitados como envoltório e a gordura para fusão, depois de remoção e condenação dos gânglios atingidos.

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§ 2º - Após esterilização pelo calor poderão ser aproveitadas as carcaças com

alterações de origem tuberculosa, desde que as lesões sejam discretas, localizadas, calcificadas ou encapsuladas e estejam limitadas a gânglios ou gânglios e órgãos, não havendo evidência de uma invasão recente do bacilo tuberculoso, através do sistema circulatório e feito sempre remoção e condenação das partes atingidas, enquadrando-se neste parágrafo os seguintes casos:

a) quando houver lesão de um gânglio linfático cervical e de dois grupos ganglionares viscerais de uma só cavidade orgânica, tais como, gânglios cervicais, brônquicos e mediastinais ou então gânglios cervicais e hepáticos e mesentéricos; b) quando houver lesão nos gânglios cervicais, um único grupo de gânglios viscerais e num órgão de uma só cavidade orgânica, tais como, gânglios cervicais e brônquicos e no pulmão ou então nos gânglios cervicais e hepáticos e no fígado; c) quando houver lesão em dois grupos de gânglios viscerais e num órgão de uma única cavidade orgânica, tais como: nos gânglios brônquicos e mediastinais e nos pulmões ou nos gânglios hepáticos e mesentéricos e no fígado; d) quando houver lesão em dois de grupos gânglios viscerais da cavidade torácica e num único grupo da cavidade abdominal ou então nos brônquicos, hepáticos e mesentéricos num só grupo de gânglios linfáticos viscerais da cavidade torácica e em dois grupos da cavidade abdominal, tais como, gânglios brônquicos, mediastinais e hepáticos, ou então nos brônquicos, hepáticos e mesentéricos; e) quando houver lesão nos gânglios linfáticos cervicais, num grupo de gânglios viscerais em cada cavidade orgânica, tais como, cervicais, brônquicos e hepáticos; f) quando houver lesão nos gânglios cervicais e num grupo de gânglios viscerais em cada cavidade orgânica, com focos discretos e perfeitamente limitados no fígado, especialmente quando se trata de suínos, pois as lesões tuberculosas do fígado são nesta espécie consideradas primárias e de origem alimentar. § 3º - Carcaças que apresentarem lesões de caráter mais grave e em maior número do

que as assinaladas no parágrafo anterior, não se enquadrando, porém, nos casos enumerados para condenação total, a critério da Inspeção Municipal poderão ser utilizadas para preparo de gorduras comestíveis, desde que seja possível remover as partes lesadas.

§ 4º - O aproveitamento condicional, por esterilização pelo calor, poderá ser permitido, depois de removidas e condenadas as partes ou órgãos alterados, exceto quando não houver no estabelecimento industrial instalações apropriadas para a esterilização pelo calor, casos em que serão considerados de rejeição total.

Art. 121 – Serão condenadas as carcaças, partes de carcaça ou órgão que apresentarem tumores malignos, com ou sem metástase.

PARÁGRAFO ÚNICO - Quando o tumor de um órgão interno tiver repercussão, por qualquer modo sobre o estado geral do animal, a carcaça deverá ser condenada, mesmo que não se tenha verificado metástase.

Art. 122 – Condenam-se os rins com uronefrose.

DOS SUÍNOS

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Art. 123 – Na inspeção de suínos aplicam-se os dispositivos cabíveis estabelecidos aos Bovídeos além dos que se consignam nesta Seção.

Art. 124 – Os suínos atingidos por urticária, "Demodex Folliculorum", eritema e esclerodermia poderão ser aproveitados para consumo, depois de removidas e condenadas as partes afetadas e desde que a musculatura se apresente normal

Art. 125 – Será permitido o aproveitamento de tecidos adiposos procedentes de carcaças com infestações intensas por "Cysticercus Cellulosae", para o fabrico de banha, rejeitando-se as demais partes do animal.

Art. 126 – Deverá ser condenada a carcaça sempre que o enfisema cutâneo resulte de doenças orgânicas ou infecciosas.

PARÁGRAFO ÚNICO - Nos casos limitados, basta condenar-se as regiões atingidas, inclusive a musculatura adjacente.

Art. 127 – As lesões de gordura peri renal provocadas por "Stephanurus dentatus" implicarão na eliminação das partes alteradas, devendo-se, entretanto, todas as vezes que for possível, conservar-se os rins aderentes à carcaça.

Art. 128 – A verificação de numerosas vesículas na pele (Hipotricose cística) implica na remoção e condenação da mesma.

Art. 129 – Deverão ser condenadas todas as carcaças que apresentem coloração amarela intensa, ou amarelo-esverdeada (Icterícia).

Art. 130 – Serão condenadas as carcaças de suínos atingidos por peste suína.

Art. 131 – Todos os porcos que morrerem asfixiados, seja qual for a causa, bem como os que caírem vivos no tanque de escaldagem são condenados.

Art. 132 – Será condenada toda a carcaça com infestação intensa, quando existem alterações aparentes da carne, em virtude de degenerescência caseosa ou calcárea (Sarcosporidiose).

Art. 133 – Quando a infestação por parasitas não transmissíveis ao homem for discreta e for possível a retirada das partes atingidas, os órgãos ou carcaças poderão ser aproveitados para consumo.

Art. 134 – Lesões, tais como, congestão, infartos, degenerescência gordurosa, angiestasia e outras, quando não ligadas ao processo patológico geral, somente determinarão rejeição do órgão, quando não puderem ser retiradas as partes lesadas.

Art. 135 – Será permitido o aproveitamento para fabrico de banha, a critério da Inspeção Municipal, além das carcaças infestadas por "Cysticercus cellulosae", também das que apresentarem tuberculose localizada, abscessos e lesões interessando porções musculares que puderem ser isoladas, depois de removidas e condenadas as partes atingidas.

DOS OVINOS E CAPRINOS

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Art. 136 – Na inspeção de ovinos e caprinos aplicar-se-ão também os dispositivos cabíveis estabelecidos nas seções anteriores.

Art. 137 – Serão condenados unicamente os órgãos atingidos por Cenurose (cérebro ou medula espinhal).

Art. 138 – Deverão ser condenadas as carcaças com infestações intensas pelo "Cysticercus ovis".

§ 1º - Entende-se por infestação intensa a presença de cinco ou mais cistos na superfície muscular de cortes ou nos tecidos circunvizinhos, inclusive o coração.

§ 2º - Quando o número de cisto for menor, após a inspeção final, a carcaça será destinada à esterilização pelo calor, depois de removidas e condenadas as partes infestadas.

Art. 139 – Nos casos de linfadenite caseosa observar-se-ão os seguintes critérios: I - condenar-se-ão as carcaças de animais magros, mostrando lesões extensas de

qualquer região; II - serão condenadas também carcaças de animais gordos quando as lesões forem

numerosas e extensas; III - poderão ser aproveitadas, para consumo, mesmo as carcaças de animais magros

com lesões discretas dos gânglios e das vísceras, após remoção e condenação das partes atingidas;

IV - poderão igualmente ser aproveitadas para consumo as carcaças de animais gordos, revelando lesões pronunciadas das vísceras desde que só existam lesões discretas noutras partes, como também aquelas com lesões pronunciadas, confinadas aos gânglios, associadas a lesões discretas de outra localização;

V - carcaças de animais magros, mostrando lesões bem pronunciadas das vísceras, acompanhadas de lesões discretas de outras partes, como também as que mostrarem lesões pronunciadas dos gânglios ao lado de outras lesões discretas, poderão ser esterilizadas pelo calor após remoção e condenação das partes atingidas;

VI - carcaças de animais gordos com lesões pronunciadas das vísceras e dos gânglios serão também esterilizadas pelo calor, após remoção e condenação das partes atingidas.

Art. 140 – Em casos de Sarcosporidiose será observado o mesmo critério adotado para os suínos.

DAS AVES E PEQUENOS ANIMAIS

Art. 141 – É permitido o preparo de aves com as respectivas vísceras, desde que o estabelecimento esteja adequadamente aparelhado para tanto, a critério da Inspeção Municipal.

PARÁGRAFO ÚNICO - Nesse caso, as aves deverão ser purgadas na véspera do abate.

Art. 142 – Todas as aves que no exame "ante" ou "post-mortem" apresentarem sintomas ou forem suspeitas de tuberculose, pseudotuberculose, difteria, cólera, varíola, tifose aviária,

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diarréia branca, paratifose, leucoses, peste, septicemia em geral, psitacose e infecções estafilocócicas em geral, deverão ser condenadas.

Art. 143 – As enfermidades tais como coccidiose, êntero-hepatite, espiroquetose, coriza infectuosa, epitelioma contagioso, neuro-linfomatose, laringo- traqueíte, aspergilose, determinam rejeição total quando em período agudo ou quando os animais estiverem em estado de magreza pronunciada.

Art. 144 – As endo e ecto parasitoses, quando não acompanhadas de magreza, determinam a condenação das vísceras ou das partes alteradas.

Art. 145 – Os animais caquéticos deverão ser rejeitados, sejam quais forem as causas a que esteja ligado o processo de desnutrição.

Art. 146 – Os abscessos e lesões supuradas, quando não influírem sobre o estado geral, ocasionarão rejeição da parte alterada.

Art. 147 – A presença de neoplasias acarretará rejeição total, exceto no caso de angioma cutâneo circunscrito, que determinará a retirada da parte lesada.

Art. 148 – As lesões traumáticas, quando limitadas, implicarão apenas na rejeição da parte atingida.

Art. 149 – Deverão ser condenadas as aves, inclusive de caça, que apresentarem alterações putrefativas, exalando odor sulfídrico-amoniacal, revelando crepitação gasosa à palpação ou modificação de coloração da musculatura.

Art. 150 – Quando as aves forem submetidas à ação de frio industrial, a Inspeção Municipal controlará cuidadosamente o estado, tempo de permanência e funcionamento das câmaras a fim de prevenir dessecação excessiva e desenvolvimento da rancificação.

Art. 151 – Fica a critério da Inspeção Municipal resolver sobre os casos não previstos para a inspeção "post-mortem", levando-se ao conhecimento da autoridade superior.

DAS DISPOSIÇÕES DIVERSAS

Art. 152 – Nos casos de aproveitamento condicional, a que se refere este Decreto, os produtos deverão ser submetidos, a critério da Inspeção Municipal a uma das seguintes operações de beneficiamento:

I - esterilização ou fusão pelo calor; II - tratamento pelo frio; III - salgamento; IV - rebeneficiamento.

Art. 153 – Todas as carnes, inclusive as de ave, bem como órgãos e vísceras, antes de serem recolhidas às câmaras frias onde já se encontrem outras matérias-primas, armazenadas, deverão permanecer por espaço de tempo suficiente de resfriamento.

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Art. 154 – A Inspeção Municipal exigirá que as carcaças ou partes de carcaças sejam penduradas nas câmaras com espaço suficiente entre cada peça e entre elas e as paredes.

PARÁGRAFO ÚNICO - A carne estivada deverá ser depositada sobre estrados gradeados, proibindo-se depositá-la diretamente sobre o piso.

DA TRIPARIA

Art. 155 – A triparia é o departamento destinado à manipulação, limpeza e preparo para melhor apresentação ou subsequente tratamento dos órgãos e vísceras retiradas dos animais abatidos.

§ 1º - A Inspeção Municipal providenciará para que a abertura dos órgãos abdominais se faça tão distante quanto possível do local das demais manipulações, preferentemente em compartimentos separados.

§ 2º - É proibida qualquer manipulação de couros e peles na triparia.

Art. 156 – Serão considerados produtos de triparia as cabeças, miolos, línguas, mocotós, esôfagos e todas as vísceras e órgãos, torácicos e abdominais, não rejeitados pela Inspeção Municipal.

Art. 157 – Os intestinos não poderão ser empregados na composição de produtos alimentícios, exceto os de bovinos, suínos, ovinos e caprinos que poderão ser utilizados como envoltório para embutidos.

§ 1º - Para seu aproveitamento é necessário que sejam adequadamente raspados e lavados, considerando-se como processos usuais de conservação a dessecação, a salga ou outros aprovados pelo SIM.

§ 2º - Permite-se o tratamento dos intestinos de suínos e ovinos com soluções de papaína ou por extrato pancreático, para que a ação enzimática desses produtos, torne as tripas mais maleáveis, devendo, após o tratamento, as tripas ser bem lavadas com água para remoção total do produto empregado.

Art. 158 – As manipulações realizadas sobre tripas, que exijam prévio preparo (fermentação, tratamento por soda ou bicarbonatos alcalinos), só poderão ser realizadas em locais apropriados, completamente isolados, exclusivamente destinados a essa finalidade.

Art. 159 – As tripas destinadas a embutidos serão cuidadosamente inspecionadas, principalmente quanto à sua integridade e limpeza.

§ 1º - Tripas, porções de tripas e esôfagos infestados por parasitas que produzam nódulos deverão ser condenados, exceto nos casos de infestação discreta e quando os nódulos possam ser facilmente removidos.

§ 2º - Deverão ser também condenadas quando a limpeza for ineficaz ou seu estado de conservação não seja perfeito.

Art. 160 – Poderão servir ainda como continentes para produtos cárneos as bexigas, o epíplon, estômago de porco, desprovido de sua mucosa e a pele de porco devidamente depilada.

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Art. 161 – Os estômagos de bovinos destinados à alimentação humana, deverão ser rigorosamente lavados imediatamente após o esvaziamento, permitindo-se quando do escaldamento, o emprego da solução de soda no máximo até 2% (dois por cento) ou de outras substâncias aprovadas pelo SIM, que facilitem a remoção da mucosa.

§ 1º - Permite-se o branqueamento de estômagos de bovinos pelo emprego de fosfato trissódico, metasilicato de sódio ou uma combinação desses produtos, pelo emprego da cal ou de sua combinação com carbonato de sódio, além de outras substâncias aprovadas pelo SIM.

§ 2º - Os estômagos assim tratados serão a seguir lavados com água fria, até remoção total da substância empregada.

Art. 162 – As cabeças destinadas ao preparo de produtos para consumo deverão ser previamente abertas, retirados os olhos, cartuchos, etmóides e as partes cartilaginosas internas do conduto auditivo externo.

§ 1º - Essas operações deverão ser realizadas tão longe quanto possível do local onde são abertos e lavados os estômagos e intestinos.

§ 2º - A Inspeção Municipal deverá determinar medidas especiais quanto às condições de retirada e subsequentes cuidados para aproveitamento dos miolos.

Art. 163 – A medula espinhal poderá ser dessecada ou congelada e destinada à elaboração de conservas enlatadas, em percentagens estabelecidas pelo SIM.

Art. 164 – Os miúdos (coração, pulmão, fígado, rins, miolos, timos, mocotós, língua) serão submetidos a manipulações e limpeza adequadas, antes de serem entregues ao consumo ou de entrarem para as câmaras frias.

§ 1º - Os rins destinados ao preparo de produtos cárneos deverão ser previamente retalhados e, a seguir, abundantemente lavados.

§ 2º - No coração dos suínos deve-se verificar a existência de coágulos sanguíneos, os quais serão sempre retirados.

§ 3º - As línguas mutiladas, portadoras de cicatrizes ou lesões superficiais poderão ser destinadas à salsicharia, depois de removida e condenada a parte lesada.

Art. 165 – É proibido o emprego de testículos no preparo de produtos comestíveis. PARÁGRAFO ÚNICO - Quando destinados ao consumo em estado fresco ou após

tratamento pelo frio, os testículos só poderão sair do estabelecimento em peças inteiras devidamente embaladas.

Art. 166 – As amídalas, glândulas salivares, ovários, baço, outras glândulas, gânglios linfáticos e hemolinfáticos, não se prestam, sob qualquer forma, ao preparo de produtos alimentícios.

GRAXARIA

Art. 167 – Graxaria é a seção destinada ao aproveitamento de matérias-primas gordurosas e de subprodutos não comestíveis.

PARÁGRAFO ÚNICO - A graxaria compreende: a) seção de produtos gordurosos comestíveis;

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b) seção de produtos gordurosos não comestíveis; c) seção de subprodutos não comestíveis.

Art. 168 – As dependências e equipamentos destinados a produtos gordurosos comestíveis serão privativos para esses produtos, sendo proibida sua utilização para manipulação de produtos ou subprodutos não comestíveis.

Art. 169 – Ficarão em poder da Inspeção Municipal plantas e diagramas com a descrição e percurso dos condutos, torneiras, válvulas, uniões e outros detalhes referentes à instalação.

§ 1º - Todos os encanamentos, torneiras, válvulas e recipientes que servem à condução e depósito de gorduras comestíveis, devem ser pintados em branco; os reservados a gorduras não comestíveis, em azul.

§ 2º - Nenhuma modificação nessas instalações poderá ser feita sem prévia autorização da Inspeção Municipal. Art. 170 – Entende-se por produtos gordurosos os que resultam do aproveitamento de tecidos animais, por fusão ou por outros processos que venham a ser aprovados pelo SIM.

§ 1º - Os produtos gordurosos, segundo a espécie animal de que procedem, se distinguem em produtos gordurosos de bovinos, de ovino, de caprino, de suíno, de aves, de ovos e de pescado.

§ 2º - Os produtos gordurosos segundo o emprego a que se destinam e suas características compreendem:

a) comestíveis; b) não comestíveis.

PRODUTOS GORDUROSOS COMESTÍVEIS

Art. 171 – Os produtos gordurosos comestíveis são genericamente denominados "gorduras" com exceção da "banha" e da "manteiga".

Art. 172 – Quando os produtos gordurosos forem apresentados em estado líquido serão denominados "óleos".

Art. 173 – É proibido o emprego de corantes ou conservadores nas gorduras comestíveis.

Art. 174 – É permitido o emprego de antioxidantes nos produtos gordurosos comestíveis desde que aprovados pelo SIM e mediante declaração nos respectivos rótulos.

Art. 175 – Entende-se por "gordura bovina" o produto obtido pela fusão de tecidos adiposos de bovino, tanto cavitários (visceral, mesentério, mediastinal, peri-renal e pélvico), como de cobertura (esternal, inguinal e subcutâneo), previamente lavados e triturados, devendo enquadrar-se nas seguintes especificações:

I - ponto de fusão final entre 49°C (quarenta e nove graus centígrados) e 51°C (cinquenta e um graus centígrados);

II - acidez na fábrica de até 2ml (dois mililitros) de soluto alcalino normal em 100g (cem gramas) de gordura;

III - ausência de ranço ao sair do estabelecimento produtor;

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IV - umidade e resíduos de até 1% (um por cento) no máximo. PARÁGRAFO ÚNICO - Somente pela extração da estearina, o produto definido neste

artigo poderá ser destinado a fins comestíveis (oleína).

Art. 176 – Entende-se por "oleína" o produto gorduroso comestível resultante da separação da estearina existente na gordura bovina, por prensagem ou por outro processo aprovado pelo SIM, devendo se enquadrar nas seguintes especificações:

I - ponto de fusão final não superior a 42°C (quarenta e dois graus centígrados); II - acidez no estabelecimento produtor de 2ml (dois mililitros) de soluto normal

alcalino em 100g (cem gramas) do produto; III - ausência de ranço (Kreis) ao sair do estabelecimento produtor; IV - isento de substâncias estranhas; V - umidade de no máximo 0,5% (meio por cento); VI - odor e sabor agradáveis; VII - presença de revelador. PARÁGRAFO ÚNICO - Considera-se fraude a adição de óleos ou gorduras estranhas.

Art. 177 – Entende-se por "estearina" o resíduo que resulta da extração da oleína, devendo enquadrar-se nas seguintes especificações:

I - acidez no estabelecimento produtor de 2ml (dois mililitros) em soluto alcalino normal em 100g (cem gramas) do produto;

II - ausência de ranço ao sair do estabelecimento produtor; III - ponto de fusão final não superior a 45°C (quarenta e cinco graus centígrados); IV - umidade e resíduos de no máximo 1% (um por cento); V - presença de revelador.

Art. 178 – Entende-se por banha, genericamente, o produto obtido pela fusão de tecidos adiposos frescos de suínos ou de matérias-primas outras como definido neste regulamento.

PARÁGRAFO ÚNICO - É proibido no fabrico da banha o emprego de ossos da cabeça, órgãos das cavidades torácicas e abdominal, de gorduras rançosas ou com outros defeitos, de restos de produtos tratados por via úmida, de amídalas, de pálpebras, de gorduras de raspagem, de retenção nas "piletas" ou semelhantes, sendo proibido também, o aproveitamento de carcaças e partes de carcaças condenadas pela Inspeção Municipal, devendo os tecidos adiposos estarem razoavelmente isentos de tecidos musculares e de sangue.

Art. 179 – A banha se classifica em: I - banha; II - banha refinada; III - banha comum; IV - banha comum refinada.

Art. 180 – Entende-se por "banha" o produto obtido pela fusão exclusiva de tecidos adiposos frescos de suínos inclusive quando procedentes de animais destinados a aproveitamento condicional pela Inspeção Municipal, em autoclaves sob pressão, em tachos abertos de dupla

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parede em digestores a seco, ou por outro processo aprovado pelo SIM, e tão somente submetido à sedimentação, filtração e eliminação da umidade.

PARÁGRAFO ÚNICO - Permite-se para o produto referido neste artigo a cristalização da gordura em batedores abertos de dupla parede com circulação de água fria ou outro processo adequado.

Art. 181 – A "banha" deverá satisfazer às seguintes especificações: I - cor branca ou branco-creme; II - inodora ou com odor a torresmo; III - textura homogênea ou ligeiramente granulada; IV - umidade e resíduos de no máximo 1% (um por cento); V - acidez no estabelecimento produtor de 1ml (um mililitro) em soluto alcalino normal

por 100g (cem gramas); VI - ausência de ranço (Kreis).

Art. 182 – A banha que não se enquadrar nas especificações deste Decreto será considerada imprópria para o consumo e tratada como nele e disposições para os produtos gordurosos não comestíveis.

Art. 183 – A matéria-prima destinada ao preparo da banha quando não trabalhada no mesmo dia do abate dos animais, deverá ser mantida em câmaras frias até sua fusão.

PARÁGRAFO ÚNICO - Em todos os casos, a matéria prima será previamente lavada.

Art. 184 – É permitido o emprego de antioxidantes na banha desde que aprovados pelo SIM, e mediante declaração nos respectivos rótulos.

PRODUTOS GORDUROSOS NÃO COMESTÍVEIS

Art. 185 – Entende-se por "produtos gordurosos não comestíveis", todos aqueles obtidos pela fusão de partes e tecidos não empregados na alimentação humana, bem como de carcaças, partes de carcaça, órgãos e vísceras, que forem rejeitados pela Inspeção Municipal.

PARÁGRAFO ÚNICO - São também considerados produtos gordurosos não comestíveis, os obtidos em estabelecimentos que não dispõem de instalações e equipamento para elaboração de gorduras comestíveis.

Art. 186 – Os produtos gordurosos não comestíveis são genericamente denominados "Sebo", seguindo-se à especificação da espécie animal de que procedem.

Art. 187 – É obrigatório o aproveitamento de carcaças, partes de carcaças e órgãos de animais condenados, varredura em geral, restos e recortes de todas as seções do estabelecimento, para o preparo de subprodutos não comestíveis.

PARÁGRAFO ÚNICO - Quando o estabelecimento não dispuser de aparelhagem, para a adequada secagem da tancagem ela será pelo menos prensada antes de deixar a fábrica.

Art. 188 – O envasamento das gorduras comestíveis só poderá ser feito em presença de funcionários da Inspeção Municipal.

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Art. 189 – Somente poderão ser usados para acondicionamento e transporte de gorduras, recipientes aprovados pelo SIM.

§ 1º - Para as gorduras comestíveis os recipientes, deverão ser preferentemente novos.

§ 2º - Para produtos gordurosos não comestíveis, os recipientes deverão igualmente ser perfeitamente limpo, em bom estado de conservação e não estar impregnados por substâncias capazes e transmitir às gorduras cor ou odor estranhos.

SUBPRODUTOS NÃO COMESTÍVEIS

Art. 190 – Entende-se por "subproduto não comestível" todo e qualquer resíduo devidamente elaborado, que se enquadre nas denominações e especificações deste Decreto.

PARÁGRAFO ÚNICO - Permitem-se denominações de fantasia mediante declaração nos rótulos, dos componentes de produto, qualitativa e quantitativamente.

Art. 191 – Entende-se por "alimento para animais" todo e qualquer subproduto industrial usado na alimentação de animais, tais como:

I - farinha de carne: subproduto obtido pelo cozimento em digestores a seco de restos de carne de todas as seções, de recortes e aparas diversas que não se prestem a outro aproveitamento, bem como de carcaças, partes de carcaça e órgãos rejeitados pela Inspeção Municipal, a seguir desengordurado por prensagem ou centrifugação e finalmente triturado;

II - farinha de sangue: subproduto industrial obtido pelo cozimento a seco do sangue dos animais de açougue, submetido ou não a uma previa prensagem ou centrifugação e posteriormente triturado;

III - sangue em pó: subproduto industrial obtido pela desidratação do sangue por processos especiais;

IV - farinha de ossos crus: subproduto seco e triturado, resultante do cozimento na água, em tanques abertos, de ossos inteiros após a remoção de gordura e do excesso de outros tecidos;

V - farinha de ossos autoclavados: subproduto obtido pelo cozimento de ossos em vapor sob pressão, secado e triturado;

VI - farinha de osso degelatinizados: subproduto seco e triturado, obtido pelo cozimento de ossos, após a remoção de gordura e outros tecidos, em vapor sob pressão, resultante do processamento para obtenção de cola ou gelatina;

VII - farinha de fígado: subproduto seco e triturado, obtido pelo cozimento a seco de fígados, rins, pulmões, baços e corações, previamente desengordurados;

VIII - farinha de pulmão: subproduto seco e triturado, obtido pelo cozimento a seco de pulmões;

IX - farinha de carne e ossos: subproduto seco e triturado, obtido pelo cozimento a seco de recortes em geral, aparas, resíduos e limpeza decorrentes das operações nas diversas seções; ligamentos mucosas, fetos e placentas, orelhas e pontas de cauda; órgãos não comestíveis ou órgãos e carnes rejeitados pela Inspeção Municipal, além de ossos diversos;

PARÁGRAFO ÚNICO - É proibida a mistura de pêlos, cerdas, cascos, chifres, sangue, fezes e conteúdo estomacal à matéria-prima destinada ao preparo da farinha de carne e ossos.

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XX - rações preparadas: toda e qualquer mistura em proporções adequadas de

produtos diversos destinados à alimentação de animais que tenha também em sua composição subprodutos designados neste Regulamento como "alimento para animais".

PARÁGRAFO ÚNICO - A critério do SIM, poderá ser permitido o aproveitamento de outras matérias-primas (vísceras, cerdas, penas, conteúdo do estômago) na elaboração de subprodutos destinados a rações preparadas.

DOS PESCADOS E DERIVADOS

Art. 192 – A denominação genérica, "PESCADO" compreende os peixes, crustáceos, moluscos, anfíbios, quelônios e mamíferos de água doce ou salgada, usados na alimentação humana.

Art. 193 – O pescado em natureza pode ser: I - fresco; II - resfriado; III – congelado.

Art. 194 – Entende-se por "fresco" o pescado dado ao consumo sem ter sofrido qualquer processo de conservação, a não ser a ação do gelo.

Art. 195 – Entende-se por "resfriado" o pescado devidamente acondicionado em gelo e mantido em temperatura entre -0,5°C (menos meio grau centígrado) a -2ºC (menos dois graus centígrados).

Art. 196 – Entende-se por "congelado" o pescado tratado por processos adequados de congelamento em temperatura não superior a -25°C (menos vinte e cinco graus centígrados).

Art. 197 – Depois de submetido à congelamento, o pescado deve ser mantido em câmara frigorífica a -15°C (menos quinze graus centígrados).

PARÁGRAFO ÚNICO - O pescado uma vez descongelado não pode ser novamente recolhido a câmaras frigoríficas.

Art. 198 – A critério do SIM poderá ser tornada obrigatória a evisceração do pescado, qualquer que seja a forma de sua apresentação para consumo.

Art. 199 – O pescado fresco próprio para consumo deverá apresentar as seguintes características organolépticas:

I - superfície do corpo limpa, com relativo brilho metálico; II - olhos transparentes, brilhantes e salientes, ocupando completamente as órbitas; III - guelras róseas ou vermelhas, úmidas e brilhantes com odor natural, próprio e

suave; IV - ventre roliço, firme, não deixando impressão duradoura à pressão dos dedos; V - escamas brilhantes, bem aderentes à pele e nadadeiras apresentando certa

resistência aos movimentos provocados; VI - carne firme, consistência elástica, de cor própria à espécie; VII - vísceras íntegras, perfeitamente diferenciadas;

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VIII - ânus fechado; IX - cheiro específico, lembrando o das plantas marinhas.

Art. 200 – Considera-se impróprio para o consumo, o pescado: I - de aspecto repugnante, mutilado, traumatizado ou deformado; II - que apresente coloração, cheiro ou sabor anormais; III - portador de lesões ou doenças microbianas que possam prejudicar a saúde do

consumidor; IV - que apresente infestação muscular maciça por parasitas, que possam prejudicar ou

não a saúde do consumidor; V - tratado por anti-sépticos ou conservadores não aprovados pelo SIM; VI - provenientes de águas contaminadas ou poluídas; VII - procedente de pesca realizada em desacordo com a legislação vigente ou

recolhido já morto, salvo quando capturado em operações de pesca; VIII - em mau estado de conservação; IX - quando não se enquadrar nos limites físicos e químicos fixados para o pescado

fresco. PARÁGRAFO ÚNICO - O pescado, nas condições deste artigo, deverá ser condenado e

transformado em subprodutos não comestíveis.

DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DO LEITE E DERIVADOS

DO LEITE EM NATUREZA

Art. 201 – Entende-se por leite, sem outra especificação, o produto oriundo da ordenha completa, ininterrupta, em condições de higiene, de vacas sadias, bem alimentadas e descansadas, devendo o leite de outros animais denominar-se segundo a espécie de que proceda.

Art. 202 – Considera-se leite normal, o produto que apresente: I - características normais; II - teor de gordura mínimo de 3% (três por cento); III - acidez em graus Dornic entre 15 e 20 (quinze e vinte); IV - densidade a 15°C (quinze graus centígrados) entre 1.028 (mil e vinte e oito) e 1.033

(mil e trinta e três); V - teor mínimo de lactose de 4,3% (quatro e três décimos por cento); VI - extrato seco desengordurado mínimo de 8,5% (oito e cinco décimos por cento); VII - extrato seco total mínimo de 11,5% (onze e cinco décimos por cento); VIII - índice crioscópico mínimo de -0,55°C (menos cinquenta e cinco décimos de grau

centígrado); IX - índice refratométrico no soro cúprico a 20°C (vinte e graus centígrados) não

inferior a 37° (trinta e sete graus) Zeiss.

Art. 203 – Considera-se leite impróprio para consumo em natureza, o que não satisfaça às exigências previstas para sua produção e que:

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I - revele acidez inferior a 15°D (quinze graus Dornic) e superior a 20°D (vinte graus

Dornic); II - contenha colostro ou elementos figurados em excesso; III - não satisfaça ao padrão bacteriológico previsto; IV - revele presença de nitratos ou nitritos; V - apresente modificações de suas propriedades organolépticas normais; VI - apresente elementos estranhos à sua composição normal; VII - revele quaisquer alterações que o tornem impróprio ao consumo inclusive corpos

estranhos de qualquer natureza.

Art. 204 – Considera-se fraudado, adulterado ou falsificado o leite que: I - for adicionado de água; II - for adicionado de substâncias conservadoras ou de quaisquer elementos estranhos

à sua composição; III - for de um tipo e se apresentar rotulado como de outro de categoria superior; IV - estiver cru e for vendido como pasteurizado; V - for exposto ao consumo sem as devidas garantias de inviolabilidade. § 1º - Só poderá ser inutilizado leite considerado impróprio para consumo ou

fraudado, que a critério da Inspeção Municipal não possa ter aproveitamento condicional. § 2º - Considera-se aproveitamento condicional: a) a desnaturação do leite e sua aplicação na alimentação animal; b) a desnatação do leite para obtenção de creme para manteiga e leite desnatado para fabricação de caseína industrial ou alimento para animais.

Art. 205 – Quando as condições de produção, conservação e transporte, composição química ou carga bacteriológica não permitirem que o leite satisfaça ao padrão a que se destina, poderá ser aproveitado na obtenção de tipo inferior, desde que se enquadre no respectivo padrão. PARÁGRAFO ÚNICO - Não sendo possível o aproveitamento do leite a que se refere este artigo, a critério da Inspeção Municipal, poderá ser destinado a aproveitamento condicional.

Art. 206 – Serão aplicadas as multas previstas neste Regulamento ao estabelecimento que expuser à venda, leites com padrões não correspondentes ao respectivo tipo:

I - em 3 (três) análises sucessivas, persistindo o defeito apesar de notificação ao estabelecimento produtor;

II - em 5 (cinco) análises interpoladas no período de 1 (um) mês. PARÁGRAFO ÚNICO - Nos casos de perícia, o interessado ou seu preposto poderá

acompanhar as análises que deverão ser realizadas em laboratórios oficiais.

Art. 207 – É obrigatória a produção de leite em adequadas condições higiênicas desde a fonte de origem seja qual for a quantidade produzida e seu aproveitamento.

PARÁGRAFO ÚNICO - Esta obrigatoriedade se estende ao trato do gado leiteiro, à ordenha, ao vasilhame e ao transporte.

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Art. 208 – A inspeção de leite e seus derivados abrange:

I - o estado sanitário do rebanho, o local da ordenha, o ordenhador, o material empregado, o acondicionamento, a conservação e o transporte do leite;

II - as matérias-primas e seu beneficiamento até a expedição, nos postos de leite e derivados e nos estabelecimentos industriais.

PARÁGRAFO ÚNICO - Nos postos de leite e derivados e nos estabelecimentos industriais o leite será obrigatoriamente analisado:

a) na recepção, para se verificar a existência de anormalidade e proceder a seleção que couber; b) no conjunto, antes das operações de beneficiamento, para verificação dos caracteres organolépticos, realização das provas de lacto-filtração, densidade, teor de gordura, acidez, exames bacteriológicos e outros que se fizerem necessários; c) durante as diferentes fases de beneficiamento para verificação das operações de filtração, padronização e pasteurização; d) após o beneficiamento total ou parcial, para verificação da eficiência das operações; e) depois do acondicionamento, para verificar a observância aos padrões dos tipos a que pertencerem, se engarrafado ou acondicionado em carros-tanque.

Art. 209 – A inspeção de leite nas granjas abrange, além das condições higiênicas locais, estado sanitário dos animais, higiene e esterilização do vasilhame, exame do leite produzido, realizando entre outras, as seguintes provas:

I - lacto-filtração; II - caracteres organolépticos; III - densidade a mais 15°C (quinze graus centígrados) e temperatura do leite; IV - verificação do teor gorduroso pelo método de Gerber; V - prova de catalase e presença de pus ou de elementos figurados no exame do leite

individual; VI - acidez pelo acidímetro de Dornic e pelas provas de cocção, do álcool e do alizarol; VII - extrato seco e desengordurado. § 1º - Nos postos de leite e derivados, serão feitos no mínimo o exame organoléptico e

as provas de densidade, gordura e acidez. § 2º - Nas usinas de beneficiamento e nos entrepostos-usina, a Inspeção Municipal

verificará: a) as condições higiênicas do estabelecimento; b) controle de documentos de sanidade dos operários; c) a higiene e limpeza de todos os aparelhos, instalações e vasilhame; d) o estado de conservação e funcionamento de todos os aparelhos; e) os livros de registro e diagramas termo-registradores; f) as condições do leite recebido, por procedência; g) o produto final beneficiado. § 3º - Quando o leite for considerado alterado, adulterado ou fraudado, o servidor

responsável pela Inspeção Municipal fornecerá ao industrial o resultado do exame e respectivas conclusões, para conhecimento dos fornecedores.

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Art. 210 – Nas fábricas de laticínios será integralmente obedecido o mesmo critério de inspeção adotada nas usinas de beneficiamento e entreposto-usina, realizando-se para o creme, no mínimo os seguintes exames:

I - caracteres organolépticos; II - acidez; III - matéria gorda. § 1º - Nos exames de leite serão feitas ainda as seguintes provas: a) de redutase e lacto-fermentação, quando houver fabricação de queijos; b) de redutase, lacto-fermentação e bacteriologia quando houver fabricação de leite

condensado, em pó ou produtos dietéticos. § 2º - O exame dos queijos será feito também durante a cura, visando especialmente

os caracteres organolépticos e o tipo fabricado. § 3º - O exame de manteiga será precedido de verificação sobre o leite e o creme,

realizando-se para o produto final as seguintes provas mínimas: a) caracteres organolépticos; b) acidez; c) umidade, sal e insolúveis; d) matéria gorda.

Art. 211 – O servidor do SIM realizará obrigatoriamente nos estabelecimentos sob sua inspeção os exames previstos nos artigos anteriores.

Art. 212 – Quando houver dúvidas sobre as condições industriais e sanitárias de qualquer produto, ficará a partida sequestrada, sob a guarda e conservação do interessado, até esclarecimento final pelos exames tecnológicos, químicos e bacteriológicos que forem realizados.

Art. 213 – Os exames exigidos na inspeção do leite e seus derivados, consignados nos artigos anteriores, devem ser realizados diariamente por servidores das próprias empresas nos estabelecimentos sujeitos à inspeção periódica e constarão de boletins que serão exibidos ao funcionário responsável pela Inspeção Municipal.

PARÁGRAFO ÚNICO - Nos casos de perícia, o interessado ou seu preposto poderá acompanhar as análises que deverão ser realizadas em laboratórios oficiais.

Art. 214 – É obrigatória a produção de leite em condições adequadas higiênicas desde a fonte de origem seja qual for a quantidade produzida e seu aproveitamento.

PARÁGRAFO ÚNICO - Esta obrigatoriedade se estenderá ao trato do gado leiteiro, à ordenha, ao vasilhame e ao transporte.

Art. 215 – Para venda ao consumo humano o leite tipo A terá a seguinte designação: I - Leite Pasteurizado tipo A Integral; II - Leite Pasteurizado tipo A Semidesnatado; e III - Leite Pasteurizado tipo A Desnatado.

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PARÁGRAFO ÚNICO - Deverá constar a expressão "homogeneizado" na rotulagem do

produto, quando for submetido a esse tratamento.

Art. 216 – Entende-se por Leite Pasteurizado tipo A o leite classificado quanto ao teor de gordura em integral, semidesnatado ou desnatado, produzido, beneficiado e envasado em estabelecimento denominado "Granja Leiteira".

PARÁGRAFO ÚNICO - Imediatamente após a pasteurização, o produto assim processado deverá apresentar teste qualitativo negativo para fosfatase alcalina, teste positivo para peroxidase e enumeração de coliformes a 30/35°C (trinta/trinta e cinco graus Celsius) menor do que 0,3 NMP/ml (zero vírgula três Número Mais Provável/mililitro) da amostra.

Art. 217 – Entende-se por "Granja Leiteira" o estabelecimento destinado à produção, pasteurização e envase de leite Pasteurizado tipo A para o consumo humano, podendo, ainda, elaborar derivados lácteos a partir de leite de sua própria produção.

§ 1º - A Granja Leiteira deverá ser localizada fora da área urbana, devendo dispor de terreno para as pastagens, manejo do gado e construção das dependências e anexos, com disponibilidade para futura expansão das edificações e aumento do plantel, distante de fontes poluidoras, oferecendo facilidades para o fornecimento de água de abastecimento, bem como para a eliminação de resíduos e águas servidas.

§ 2º - A localização da Granja Leiteira e o tratamento e eliminação de águas residuais deverão sempre atender as prescrições das autoridades e órgãos competentes, devendo estar afastada no mínimo 50m (cinquenta metros) das vias públicas de tráfego de veículos estranhos às suas atividades, bem como possuir perfeita circulação interna de veículos, devendo ainda os acessos nas proximidades das instalações e os locais de estacionamento e manobra estarem devidamente pavimentados de modo a não permitir a formação de poeira e lama.

§ 3º - As demais áreas deverão ser tratadas e/ou drenadas visando facilitar o escoamento das águas, para evitar estagnação, bem como a área das instalações industriais que deverá ser delimitada através de cercas que impeçam a entrada de pequenos animais, sendo que as residências, quando existentes, deverão situar-se fora dessa delimitação, sendo vedada a residência nas construções destinadas às instalações da Granja Leiteira, como também a criação de outros animais nas proximidades das instalações.

Art. 218 – A Granja Leiteira deverá obrigatoriamente possuir currais de espera e manejo, com área mínima de 2,50m² (dois vírgula cinquenta metros quadrados) por animal a ser ordenhado, pavimentação de paralelepípedos rejuntados, lajotas ou piso concretado, cercas de material adequado (tubos de ferro galvanizado, correntes, réguas de madeira, etc) e mangueiras com água sob pressão para sanitização, devendo ser situado estrategicamente em relação à dependência de ordenha.

PARÁGRAFO ÚNICO - Quando a Granja Leiteira possuir outras instalações destinadas a confinamento, abrigo de touros, etc., que exijam a existência de currais específicos, estes deverão ser separados dos currais dos animais de ordenha.

Art. 219 – A Granja Leiteira deverá possuir dependência de abrigo e arraçoamento destinada somente para os fins mencionados, observando-se as seguintes exigências:

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I - estrutura coberta bem acabada e de material de boa qualidade, devendo as

paredes, quando existentes, ser de alvenaria, com acabamento e pintadas com tintas de cor clara, podendo ser as paredes substituídas por tubos galvanizados, correntes ou outro material adequado;

II - piso impermeável, revestido de cimento áspero ou outro material de qualidade superior, com dimensões e inclinação suficiente para o fácil escoamento de águas e resíduos orgânicos;

III - sistema de contenção de fácil limpeza e sanitização; IV - manjedouras (cochos) de fácil limpeza e sanitização sem cantos vivos, revestidas

com material impermeável, de modo a facilitar o escoamento das águas de limpeza, devendo os bebedouros ser igualmente de material de bom acabamento, côncavos e de fácil limpeza, recomendando-se o uso de bebedouros individuais, com instalação de água sob pressão para limpeza.

Art. 220 – A Granja Leiteira deverá obrigatoriamente possuir dependências de ordenha apropriada, destinada exclusivamente a esta finalidade, e localizada afastada da dependência de abrigo e arraçoamento, bem como de outras construções para alojamento de animais, devendo observar as seguintes condições:

I - construção em alvenaria, com pé-direito, iluminação e ventilação suficientes, recomendando-se o emprego de parede ou meia-parede para proteção contra poeira, ventos ou chuva, podendo estas ser revestidas com material que facilite a limpeza;

II - piso impermeável, antiderrapante, revestido de cimento ou outro material de qualidade superior, provido de canaletas de fundo côncavo, com dimensões e inclinação suficientes para fácil escoamento de águas e resíduos orgânicos;

III - o teto deverá possuir forro em material impermeável de fácil limpeza e, em se tratando de cobertura em estrutura metálica com telhas de alumínio ou tipo "calhetão", é dispensado o forro;

IV - portas e caixilhos das janelas metálicos; V - instalação de água sob pressão, para limpeza e sanitização da dependência; VI - sistema de contenção de fácil limpeza e sanitização, não sendo permitido nesta

dependência o uso de canzil de madeira; VII - possuir, obrigatoriamente, equipamento para a ordenha mecânica, pré-filtragem

e bombeamento até o tanque de depósito (este localizado na dependência de beneficiamento e envase) em circuito fechado, não sendo permitida a ordenha manual ou ordenha mecânica em sistema semifechado, tipo "balde-ao-pé" ou similar.

PARÁGRAFO ÚNICO - O equipamento para ordenha mecânica, constituído de ordenhadeiras, tubulações, bombas sanitárias e outros, deverá ser, conforme o caso, em aço inoxidável, vidro, fibra de vidro, ou outros materiais, desde que observado o Regulamento Técnico específico, devendo possuir bom acabamento garantindo facilidade de sanitização mecânica e conservação, recomendando-se a instalação de coletores individuais de amostra no equipamento de ordenha.

Art. 221 – A Granja Leiteira deverá possuir dependência de sanitização e guarda do material de ordenha, localizada anexa à dependência de ordenha, devendo observar, quanto às

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características da construção civil, as mesmas condições da dependência de ordenha, devendo as janelas ser providas de telas à prova de insetos, dependência onde localizar-se-ão:

I - os tanques para sanitização de ordenhadeiras e outros utensílios; II - tanques e bombas para a circulação de solução para sanitização do circuito de

ordenha; III - prateleiras, estantes, suportes para a guarda de material e equipamentos

utilizados na ordenha, além do material usado na sanitização, tais como recipientes com soluções, escovas, etc, devendo os tanques, prateleiras, estantes e suportes aqui mencionados ser construídos com material adequado, tais como, revestimento em azulejo, fibra de vidro, alumínio ou similar, devendo o equipamento para a produção do vácuo ser situado em lugar isolado e de acesso externo.

Art. 222 – A Granja Leiteira deverá possuir dependências de beneficiamento, industrialização e envase, localizadas no mesmo prédio da dependência de ordenha ou contíguas a esta, obedecendo, entretanto, completo isolamento e permitindo a condução do leite da ordenha em circuito fechado, através de tubulação menos extensa possível, devendo estar afastadas de outras construções para abrigo de animais.

§ 1º - As características de construção civil devem atender às condições exigidas pelo Serviço de Inspeção Municipal (SIM) para uma usina de beneficiamento.

§ 2º - Estas dependências deverão dispor de equipamentos em aço inoxidável, de bom acabamento, para realização das operações de beneficiamento e envase do leite, em sistema automático de circuito fechado, constituído de refrigerador a placas para o leite proveniente da ordenha, tanque regulador de nível constante provido de tampa, bombas sanitárias, filtro-padronizadora centrífuga, pasteurizador, tanque isotérmico para leite pasteurizado e máquinas de envase, não devendo ser aceito pelo SIM o resfriamento do leite pasteurizado pelo sistema de tanque de expansão.

§ 3º - No conjunto de equipamentos, será obrigatório o emprego de homogeneizador, se a validade do produto for superior a 24h (vinte e quatro horas), devendo tais equipamentos ser localizados de acordo com o fluxo operacional, com o espaçamento entre si, e entre as paredes e divisórias, que proporcione facilidades de operação e sanitização.

§ 4º - Para a fabricação de outros produtos lácteos deverão ser previstas as instalações dos equipamentos exigidos em normas ou Regulamentos Técnicos.

§ 5º - A Câmara Frigorífica deverá ter capacidade compatível com a produção da granja, devendo ser situada anexa à dependência de beneficiamento e em fluxo lógico em relação ao local de envase e à expedição, sendo aceitas câmaras pré- moldadas ou construídas em outros materiais, desde que de bom acabamento e funcionamento, devendo ainda possuir termômetro de leitura para o exterior e assegurar a manutenção do leite em temperatura máxima de 4°C (quatro graus Celsius), e os demais produtos, conforme indicação tecnológica.

Art. 223 – A Granja Leiteira deverá possuir dependências de recepção e sanitização de caixas plásticas possuindo as mesmas características físicas relativas ao pé direito, piso, paredes e teto da dependência de beneficiamento, envase, devendo ser situadas anexas à mesma, porém isoladas, com abertura apenas suficiente para passagem das caixas lavadas.

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§ 1º - Na sua localização deverá ser levada em conta a posição do local de envase, de

forma que ofereça facilidade ao fluxo de caixas lavadas até o mesmo, devendo suas dimensões ser suficientes para comportar os tanques ou máquinas para lavagem e oferecer espaço para a guarda da quantidade de caixas em uso.

§ 2º - A expedição deverá ser localizada levando-se em conta a posição das câmaras frigoríficas e a saída do leite e dos demais produtos do estabelecimento, devendo estar separada da recepção de caixas plásticas, considerada como "área suja", bem como ser provida de cobertura com dimensões para abrigo dos veículos em operação.

Art. 224 – A Granja Leiteira deverá possuir condições para a realização do controle físico-químico e microbiológico do leite e demais produtos, a critério do SIM.

Art. 225 – A Granja Leiteira deverá possuir dependência para guarda de embalagens, devendo esta estar situada no prédio da dependência de beneficiamento e envase ou em algum dos seus anexos, a critério do SIM.

Art. 226 – A Granja Leiteira deverá possuir abastecimento de água. § 1º - A água deverá ser de boa qualidade e apresentar, obrigatoriamente, as

características de potabilidade a critério do SIM. § 2º - Nos casos em que for necessário, deverá ser feito o tratamento completo da

água (floculação, sedimentação, filtração, neutralização e outras fases). § 3º - Os reservatórios de água tratada deverão ser situados com adequada distância

das instalações que lhes possam trazer prejuízos e mantidos permanentemente tampados e isolados através de cerca, devendo, diariamente, ser feito o controle da taxa de cloro.

§ 4º - A água de recuperação utilizada na refrigeração somente poderá ser reutilizada na produção de vapor.

Art. 227 – Todas as dependências da Granja Leiteira destinadas ao abrigo devem possuir escoamento de dejetos a critério do SIM.

§ 1º - As instalações sanitárias deverão ter sistema de esgotos independente.

Art. 228 – O bezerreiro deverá ser localizado em áreas afastadas das dependências de ordenha e de beneficiamento, industrialização e envase, sendo que as características gerais da construção devem observar às mesmas estabelecidas para a dependência de abrigo e arraçoamento.

Art. 229 – A Granja Leiteira deverá possuir dependência para isolamento e tratamento de animais doentes, de existência obrigatória e específica para os fins mencionados, devidamente afastados das demais construções e instalações, de forma que assegurem o necessário isolamento dos animais.

Art. 230 – Silos, depósitos de feno, dependência para preparo e depósito de ração, banheiros ou pulverizadores de carrapaticidas e brete, quando existentes, deverão ser situadas em locais apropriados, suficientemente distanciadas das dependências de ordenha e de beneficiamento,

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industrialização e envase, de modo a não prejudicar o funcionamento e higiene operacional das mesmas.

Art. 231 – A sala de máquinas deve possuir área suficiente para comportar os equipamentos a serem instalados, e, quando localizada no corpo do prédio, deverá ser separada por paredes completas, podendo ser aplicados elementos vazados somente nas paredes externas, quando existentes.

Art. 232 – A caldeira, quando existente, deverá ser localizada em prédio específico, guardando adequado afastamento de quaisquer outras construções, observando-se a legislação específica, bem como os depósitos de lenha ou de outros combustíveis que deverão ser localizados adequadamente e de modo a não prejudicar a higiene e o funcionamento do estabelecimento.

Art. 233 – Os sanitários e vestiários deverão ser localizados de forma adequada ao fluxo de operários.

§ 1º - Estas instalações deverão ser dimensionadas de acordo com o número de funcionários, de forma que sejam de uso separado para os operários do setor de beneficiamento e envase, e para os demais ligados aos trabalhos nas instalações de animais.

§ 2º - Quanto às características da construção, deverão possuir paredes e pisos impermeáveis, e forros adequados, ventilação e iluminação suficientes, devendo os lavatórios ter à disposição, permanentemente, sabão, toalhas descartáveis de papel e cestas coletoras.

Art. 234 – Quando necessário, os operários deverão dispor de instalações adequadas para as suas refeições, sendo proibido realizá-las nas dependências de trabalho ou em locais impróprios.

Art. 235 – Almoxarifado, escritórios e farmácia veterinária deverão ser localizados de modo a não permitir acesso direto às dependências destinadas à produção e beneficiamento do leite, devendo estas instalações constar de dependências específicas para cada finalidade.

PARÁGRAFO ÚNICO - O almoxarifado deverá se destinar à guarda dos materiais de uso geral nas instalações voltadas à produção e ao beneficiamento do leite, possuindo dimensões suficientes para o depósito dos mesmos em locais separados, de acordo com sua natureza.

Art. 236 – A Granja Leiteira deverá possuir ambiente que facilite a Inspeção Municipal.

Art. 237 – Garagem, oficinas e local para lavagem de veículos deverão ser situadas em setor específico, observando o devido afastamento das demais construções, devendo ser depositados, anexos às mesmas, os materiais e insumos do setor, tais como máquinas, peças, arados, pneus, etc.

Art. 238 – As atribuições do médico veterinário responsável pela granja leiteira incluem: I - Controle sistemático de parasitoses; II - Controle sistemático de mastites; III - Controle rigoroso de brucelose (Brucella abortus) e tuberculose (Mycobacterium

bovis), devendo o estabelecimento de criação cumprir normas e procedimentos de profilaxia e

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saneamento com o objetivo de obter certificado de livre de brucelose e de tuberculose, em conformidade com o Regulamento Técnico do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal;

IV - Controle zootécnico dos animais.

Art. 239 – Não será permitido o processamento na Granja Leiteira ou o envio de leite a Posto de Refrigeração ou estabelecimento industrial adequado, quando oriundo de animais que:

I - estejam em fase colostral; II - cujo diagnóstico clínico ou resultado positivo a provas diagnósticas indiquem

presença de doenças infectocontagiosas que possam ser transmitidas ao homem através do leite;

III - estejam sendo submetidos a tratamento com drogas e medicamentos de uso veterinário em geral, passíveis de eliminação pelo leite, motivo pelo qual devem ser afastados da produção pelo período recomendado pelo fabricante, de forma a assegurar que os resíduos da droga não sejam superiores aos níveis fixados em normas específicas;

IV - tenham diagnosticado qualquer alteração no estado de saúde dos animais, capaz de modificar a qualidade sanitária do leite, constatada durante ou após a ordenha, o que implicará condenação imediata desse leite e do conjunto a ele misturado, devendo as fêmeas em tais condições ser afastadas do rebanho, em caráter provisório ou definitivo, de acordo com a gravidade da doença.

PARÁGRAFO ÚNICO - É proibido: a) o fornecimento de alimentos com medicamentos às vacas em lactação, sempre que tais alimentos possam prejudicar a qualidade do leite destinado ao consumo humano; b) ministrar alimentos que possam prejudicar os animais lactantes ou a qualidade do leite, incluindo-se nesta proibição substâncias estimulantes de qualquer natureza, não aprovadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, capazes de provocarem aumento de secreção láctea.

Art. 240 – Deverão ser seguidos os preceitos contidos no "Regulamento Técnico sobre as Condições Higiênico-Sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação para Estabelecimentos Elaboradores/Industrializadores de Alimentos”.

Art. 241 – O controle de qualidade do leite cru refrigerado no estabelecimento industrial deverá ser realizado diariamente, a critério do SIM.

§ 1º - O leite de conjunto de produtores, quando do seu recebimento no Estabelecimento Beneficiador (para cada compartimento do tanque) deverá ser submetido a análises, a critério do SIM

§ 2º - Não se admitirão qualquer tipo de aditivo ou coadjuvante de Tecnologia/Elaboração.

§ 3º - O leite deverá atender a legislação vigente quanto aos contaminantes orgânicos, inorgânicos e os resíduos biológicos.

Art. 242 – Deverão ser seguidos os preceitos contidos no "Regulamento Técnico sobre as Condições Higiênico-Sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação para Estabelecimentos

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Elaboradores/Industrializadores de Alimentos", item 3: Dos Princípios Gerais Higiênico-Sanitários das Matérias-Primas para Alimentos Elaborados/Industrializados, aprovado pela Portaria MA nº 368, de 4 de setembro de 1997, para os seguintes itens:

I - Localização e adequação dos currais à finalidade; II - Condições gerais das edificações (área coberta, piso, paredes ou equivalentes),

relativas à prevenção de contaminações; III - Controle de pragas; IV - Água de abastecimento; V - Eliminação de resíduos orgânicos; VI - Rotina de trabalho e procedimentos gerais de manipulação; VII - Equipamentos, vasilhame e utensílios; VIII - Proteção contra a contaminação da matéria-prima; IX - Acondicionamento, refrigeração, estocagem e transporte.

Art. 243 – As tetas do animal a ser ordenhado deverão passar por prévia lavagem com água corrente, seguindo-se secagem com toalhas descartáveis e início imediato da ordenha, com descarte dos jatos iniciais de leite em caneca de fundo escuro ou em outro recipiente específico para essa finalidade.

§ 1º - Em casos especiais, como os de alta prevalência de mamite causada por microrganismos do ambiente, poderá ser adotado o sistema de desinfecção das tetas antes da ordenha, mediante técnica e produtos desinfetantes apropriados, adotando-se rigorosos cuidados para se evitar a transferência de resíduos desses produtos para o leite (secagem criteriosa das tetas antes da ordenha).

§ 2º - Após a ordenha, as tetas deverão ser desinfetadas imediatamente com produtos apropriados, devendo os animais ser mantidos em pé por tempo suficiente para que o esfíncter da teta volte a se fechar, recomendando-se para isso o oferecimento de alimentação no cocho após a ordenha.

Art. 244 – Os trabalhadores da Granja Leiteira, quaisquer que sejam suas funções, deverão dispor de condição de saúde, que deverá ser monitorada frequentemente.

§ 1º - A divisão dos trabalhos na Granja Leiteira deverá ser feita de maneira com que o ordenhador se restrinja a sua função, cabendo a outros trabalhadores as demais operações, por ocasião da ordenha.

§ 2º - Todos os funcionários ocupados com operações nas dependências de ordenha e de beneficiamento e envase devem usar uniformes completos.

§ 3º - Todo o pessoal que trabalhar nas dependências voltadas à produção deverá apresentar hábitos higiênicos adequados.

§ 4º - O operador do equipamento de ordenha deverá, no seu manuseio, conservar as mãos sempre limpas.

§ 5º - Todas as dependências da granja leiteira deverão ser mantidas permanentemente limpas.

§ 6º - A dependência de ordenha deverá ser mantida limpa antes, durante e após a permanência dos animais, devendo, ao término de seu uso, ser realizada completa sanitização do piso e paredes para total remoção de resíduos.

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§ 7º - Todo equipamento, após a utilização, deverá ser cuidadosamente lavado e

sanitizado, de acordo com Procedimentos Padronizados de Higiene Operacional (PPHO), além de deverem ser seguidas as recomendações do fabricante quanto à desmontagem, limpeza e substituição de componentes nos períodos indicados, devendo a realização desses procedimentos ser registrada em documentos específicos, caracterizando a padronização e garantia da qualidade, para gerar rastreabilidade e confiabilidade, a exemplo do processo de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle - APPCC.

Art. 245 – O Controle da Produção se fará mediante observação das seguintes normas: I - As instalações e equipamentos deverão estar em perfeitas condições de

conservação e funcionamento, de forma a assegurar a obtenção, tratamento e conservação do produto dentro dos níveis de garantia obrigatórios;

II - Na pasteurização deverão ser fielmente observados os limites quanto à temperatura e ao tempo de aquecimento de 72°C (setenta e dois graus Celsius) a 75°C (setenta e cinco graus Celsius) por 15 (quinze) a 20 (vinte) segundos e, na refrigeração subsequente, a temperatura de saída do leite não deverá ser superior a 4°C (quatro graus Celsius);

III - Especial cuidado deverá ser sempre dispensado para a correta observação do tempo de sangria do pasteurizador, de forma que a água acumulada no seu interior seja totalmente eliminada;

IV - Os gráficos de registro das temperaturas do pasteurizador deverão ser rubricados e datados pelo encarregado dos trabalhos;

V - O envase deverá iniciar-se em seguida à pasteurização e de modo a otimizar as operações;

VI - A máquina de envase (quando o processo de envase empregar lactofilme) deverá possuir lâmpada ultravioleta sempre em funcionamento e, antes de iniciar-se a operação, deverá se assegurar de que o sistema de alimentação esteja esgotado;

VII - O leite envasado deverá ser imediatamente depositado na câmara frigorífica e mantido à temperatura máxima de 4°C (quatro graus Celsius), aguardando a expedição.

Art. 246 – O Controle de Qualidade da Matéria-Prima se fará mediante observação de procedimentos, a critério do SIM.

I - Contagem Padrão em Placas (CPP); II - Contagem de Células Somáticas (CCS); III - Pesquisa de Resíduos de Antibióticos; IV - Determinação do Índice Crioscópico (Depressão do Ponto de Congelamento, DPC); V - Determinação do Teor de Sólidos Totais e Não-Gordurosos; VI - Determinação da Densidade Relativa; VII - Determinação da Acidez Titulável; VIII - Determinação do Teor de Gordura; e IX - Medição da Temperatura do Leite Cru Refrigerado. § 1º - Periodicidade das análises: a) Gordura, Acidez Titulável, Densidade Relativa, Índice Crioscópico (Depressão do Ponto de Congelamento), Sólidos Não Gordurosos, Alizarol: diária, tantas vezes quanto necessário.

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b) Contagem Padrão em Placas: média geométrica sobre um período de 03 (três) meses, com pelo menos 01 (uma) análise mensal, em Unidade Operacional da Rede Brasileira de Laboratórios para Controle da Qualidade do Leite, independentemente das análises realizadas na frequência estipulada pelo Programa de Controle de Qualidade interno da Granja Leiteira. c) Contagem de Células Somáticas: média geométrica sobre um período de 03 (três) meses, com pelo menos 01 (uma) análise mensal em Unidade Operacional da Rede Brasileira de Laboratórios para Controle da Qualidade do Leite, independentemente das análises realizadas na frequência estipulada pelo Programa de Controle de Qualidade interno da Granja Leiteira. d) Pesquisa de Resíduos de Antibióticos: pelo menos 01 (uma) análise mensal, em Unidade Operacional da Rede Brasileira de Laboratórios para Controle da Qualidade do Leite, independentemente das análises realizadas na frequência estipulada pelo Programa de Controle de Qualidade interno da Granja Leiteira. § 2º - A Granja Leiteira poderá medir alguns destes parâmetros ou outros não

relacionados, via análise instrumental, a critério do SIM. § 4º - É permitido às Granjas Leiteiras utilizar, individual ou coletivamente, laboratórios

credenciados ou reconhecidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para a realização do seu controle de qualidade, rotineiro ou não, por meio de metodologia analítica convencional ou instrumental, de parâmetros físicos, químicos e microbiológicos usualmente não realizados nos laboratórios das Granjas Leiteiras, tanto por questões de risco biológico quanto pelo custo e nível de dificuldade da metodologia analítica ou dos equipamentos requeridos para sua execução.

§ 5º - A responsabilidade pelo controle de qualidade do produto elaborado é exclusiva da Granja Leiteira, inclusive durante sua distribuição, devendo sua verificação ser feita periódica ou permanentemente pelo Serviço de Inspeção Municipal, de acordo com procedimentos oficialmente previstos, a exemplo das Auditorias de Boas Práticas de Fabricação (BPF) e dos Sistemas de Análise de Perigos e de Pontos Críticos de Controle (APPCC) de cada estabelecimento e segundo a classificação que este receber como conclusão da Auditoria realizada.

Art. 247 – Deverão ser observados os Regulamentos Técnicos de Boas Práticas de Fabricação e os Procedimentos Padronizados de Higiene Operacional (PPHO) no que se refere à higiene geral e sanitização das instalações e equipamentos de beneficiamento, industrialização e envase.

§ 1º - Deverá ser aplicada a legislação específica no que concerne a pesos e medidas e rotulagem.

§ 2º - A seguinte denominação do produto deverá constar de sua rotulagem, de acordo com o seu teor de gordura:

I - Leite Pasteurizado tipo A Integral; II - Leite Pasteurizado tipo A Semidesnatado; III - Leite Pasteurizado tipo A Desnatado.

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§ 3º - Deverá constar do rótulo a expressão "Homogeneizado", quando o leite for

submetido a esse tratamento. § 4º - O leite pasteurizado deverá ser envasado com material adequado para as

condições previstas de armazenamento e que garanta a hermeticidade da embalagem e proteção apropriada contra contaminação.

§ 5º - A expedição do Leite Pasteurizado tipo A deverá ser conduzida sob temperatura máxima de 4°C (quatro graus Celsius), mediante adequado acondicionamento, e levado ao comércio distribuidor através de veículos com carroçarias providas de isolamento térmico e dotadas de unidade frigorífica, para alcançar os pontos de venda com temperatura não superior a 7°C (sete graus Celsius), não sendo permitido o transvase do produto para outros veículos fora dos entrepostos.

§ 6º - Não é permitida a utilização de Aditivos e Coadjuvantes de Tecnologia/Elaboração.

§ 7º - Os contaminantes orgânicos e inorgânicos eventualmente presentes no produto não devem superar os limites estabelecidos pela legislação específica.

§ 8º - Todo equipamento, após a utilização, deverá ser cuidadosamente lavado e sanitizado, de acordo com Procedimentos Padronizados de Higiene Operacional (PPHO), devendo a realização desses procedimentos ser registrada em documentos específicos, caracterizando a padronização e garantia da qualidade, para gerar rastreabilidade e confiabilidade.

§ 9º - As práticas de higiene para elaboração do produto deverão estar de acordo com o estabelecido no Código Internacional Recomendado de Práticas, Princípios Gerais de Higiene dos Alimentos (CAC/RCP I-1969, Rev. 3, 1997), além do disposto no "Regulamento Técnico sobre as Condições Higiênico-Sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação para Estabelecimentos Elaboradores/Industrializadores de Alimentos, aprovado pela Portaria do M.A. nº 368, de 4 de setembro de 1997.

§ 10 - Critérios Macroscópicos e Microscópicos: ausência de qualquer tipo de impurezas ou elementos estranhos.

§ 11 - Deverão ser utilizados os métodos de análises oficiais reconhecidos pelo SIM, podendo ser utilizados outros métodos de controle operacional, desde que conhecidos os seus desvios e correlações em relação aos respectivos métodos de referência.

§ 12 - Relativamente à amostragem, deverão ser seguidos os procedimentos recomendados na Norma IDF 50 C : 1995.

§ 13 - Os critérios a serem observados para a desclassificação do Leite tipo A serão aqueles previstos nos Critérios de Inspeção de Leite e Derivados.

Art. 248 – Entende-se por Leite Cru Refrigerado, o produto (líquido branco opalescente homogêneo) refrigerado e mantido nas temperaturas constantes exigidas por lei, transportado em carro tanque isotérmico da propriedade rural para um Posto de Refrigeração de leite ou estabelecimento industrial adequado, para ser processado.

§ 1º - O Leite Cru Refrigerado deve apresentar-se isento de sabores e odores estranhos, bom como ausente de neutralizantes da acidez e reconstituintes de densidade.

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§ 2º - O Leite Cru Refrigerado deverá seguir os requisitos físicos e químicos

relacionados na Tabelas 1, abaixo:

Requisitos Físicos e Químicos Requisitos Limites Matéria Gorda, g/100 g Teor Original, com o mínimo de 3,0⁽¹⁾ Densidade relativa a 15/15°C g/mL⁽²⁾ 1,020 a 1,034 Acidez Titulável, g ácido lático/100 mL 0,14 a 0,18 Extrato seco desengordurado, g/100 g Mínimo 8,4 Índice Crioscópico -0,530°H a -0,550°H (equivalente a -0,512°C e a -0,531°C) Proteínas, g/100 g Mínimo 2,9 Nota nº 1: é proibida a realização de padronização ou desnate a propriedade rural. Nota nº 2: dispensada a realização quando o ESD for determinado eletronicamente.

§ 3º - Deverão ser utilizados os métodos de análises a critério do SIM, desde que conhecidos os seus desvios e correlações em relação aos respectivos métodos de referência.

§ 4º - A coleta de amostras deverá seguir os procedimentos padronizados recomendados pelo Serviço de Inspeção Municipal, por meio de portaria interna.

§ 5º - As determinações analíticas de caráter oficial deverão ser realizadas por laboratório a critério do SIM.

Art. 249 – A coleta de amostras nos tanques de refrigeração individuais localizados nas propriedades rurais e nos tanques comunitários, o seu encaminhamento e o requerimento para realização de análises laboratoriais de caráter oficial, serão de responsabilidade e correrão às expensas do estabelecimento que primeiramente receber o leite de produtores individuais.

PARÁGRAFO ÚNICO - No caso de tanques comunitários, deverão ser enviadas juntamente com a amostra do tanque amostras individualizadas de todos os produtores que utilizam os tanques comunitários, as quais devem ser colhidas antes da entrega do leite nos tanques e mantidas em temperatura de refrigeração de até 7°C (sete graus Celsius) até o envio ao laboratório.

Art. 250 – O controle da qualidade do Leite Cru Refrigerado na propriedade rural ou em tanques comunitários, nos termos do presente regulamento e dos demais instrumentos legais pertinentes ao assunto, somente será reconhecido pelo sistema oficial de inspeção sanitária a que estiver ligado o estabelecimento, quando realizado exclusivamente em unidade operacional reconhecida pelo SIM.

Art. 251 – O SIM, a seu critério, poderá colher amostras de leite cru refrigerado na propriedade rural para realização de análises fiscais.

Art. 252 – Admite-se o transporte do leite em latões ou tarros e em temperatura ambiente, desde que:

I - O estabelecimento processador concorde em aceitar trabalhar com esse tipo de matéria-prima;

II - A matéria-prima atinja os padrões de qualidade fixadas no presente Decreto;

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III - O leite seja entregue ao estabelecimento processador no máximo até 2h (duas

horas) após a conclusão da ordenha. PARÁGRAFO ÚNICO - O estabelecimento industrial que receber leite em latões deverá

realizar todas as análises exigidas para leite de conjunto.

Art. 253 – Leite Pasteurizado é o leite fluído elaborado a partir do Leite Cru Refrigerado na propriedade rural, que apresente as especificações de produção, de coleta e de qualidade dessa matéria-prima contidas no Regulamento.

§ 1º - O Leite Pasteurizado deverá ser classificado quanto ao teor de gordura como integral, semidesnatado ou desnatado, e, quando destinado ao consumo humano direto na forma fluída, submetido a tratamento térmico na faixa de temperatura de 72°C (setenta e dois graus Celsius) a 75°C (setenta e cinco graus Celsius) durante 15 (quinze) a 20 (vinte) segundos, em equipamento de pasteurização a placas, dotado de painel de controle com termo-registrador e termo-regulador automáticos, válvula automática de desvio de fluxo, termômetros e torneiras de prova, seguindo-se resfriamento imediato em aparelhagem a placas até temperatura igual ou inferior a 4°C (quatro graus Celsius) e envase em circuito fechado no menor prazo possível, sob condições que minimizem contaminações.

§ 2º - Imediatamente após a pasteurização, o produto assim processado deverá apresentar teste negativo para fosfatase alcalina, teste positivo para peroxidase e coliformes 30/35°C (trinta/trinta e cinco graus Celsius) menor que 0,3 NMP/ml (zero vírgula três Número Mais Provável/mililitro) da amostra.

§ 3º - Poderão ser aceitos outros binômios para o tratamento térmico acima descrito, equivalentes ao da pasteurização rápida clássica e de acordo com as indicações tecnológicas pertinentes, visando à destinação do leite para a elaboração de derivados lácteos.

§ 4º - Em estabelecimentos de laticínios de pequeno porte, a critério do SIM, poderá ser adotada a pasteurização lenta ("Low Temperature, Long Time" - LTLT, equivalente à expressão em vernáculo "Baixa Temperatura/Longo Tempo") para produção de Leite Pasteurizado para abastecimento público ou para a produção de derivados lácteos, nos termos do presente Regulamento, desde que:

a) O equipamento de pasteurização a ser utilizado cumpra com os requisitos ditados por Regulamento Técnico específico, no que for pertinente;

b) O envase seja realizado no menor tempo possível e sob condições que minimizem contaminações;

c) A matéria-prima satisfaça às especificações de qualidade estabelecidas pela legislação referente à produção de Leite Pasteurizado, excetuando-se a refrigeração do leite e o seu transporte a granel, quando o leite puder ser entregue em latões ou tarros e em temperatura ambiente ao estabelecimento processador no máximo 2 (duas) horas após o término da ordenha.

§ 5º - Não será permitida a pasteurização lenta de leite previamente envasado.

Art. 254 – De acordo com o conteúdo da matéria gorda, o leite pasteurizado classifica-se em: I - Leite Pasteurizado Integral; II - Leite Pasteurizado Semidesnatado; III - Leite Pasteurizado Desnatado.

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§ 1º - O leite pasteurizado deverá ser denominado "Leite Pasteurizado Integral,

Semidesnatado ou Desnatado", de acordo com a classificação mencionada. § 2º - Deverá constar da rotulagem a expressão "Homogeneizado", quando o produto

for submetido a esse tratamento. § 3º - Deverá atender aos seguintes requisitos:

Características Físicas, Químicas e Microbiológicas Requisitos Integral Semidesnatado Desnatado Gordura (g/100g) Mínimo 3,0 0,6 a 2,9 Máximo 0,5 Acidez, (g ác. lático /100mL) 0,14 a 0,18 para todas as variedades quanto ao teor de gordura Estabilidade ao Alizarol 72% (v/v) Estável para todas as variedades quanto ao teor de gordura Sólidos Não Gordurosos (g/100g) Mínimo 8,4⁽¹⁾ Índice Crioscópico -0,530°H a -0,550°H (equivalente a -0,512°C e a -0,531°C) Contagem Padrão em Placas (UFC/mL) n = 5; c = 2; m = 4,0 x 104; M = 8,0 x 104 Coliformes, NMP/mL (30/35°C) n = 5; c = 2; m = 2; M = 4 Coliformes, NMP/mL (45°C) n = 5; c = 1; m = 1; M = 2 Salmonella SP.p /25mL n = 5; c = 0; m = ausência Nota nº 1: teor mínimo de SNG, com base no leite integral. Para os demais teores de gordura, esse valor deve ser corrigido pela seguinte fórmula:

SNG = 8,652 – (0,084 x G) (na qual SNG = Sólidos Não Gordurosos, g/100 g; G = Gordura, g100/ g)

§ 4º - O Leite Pasteurizado deverá ser envasado com materiais adequados para as condições previstas de armazenamento e que garantam a hermeticidade da embalagem e proteção apropriada contra a contaminação.

§ 5º - Não será permitida a utilização de aditivos e coadjuvantes de tecnologia/elaboração.

§ 6º - Os contaminantes orgânicos e inorgânicos presentes não deverão superar os limites estabelecidos pela legislação específica.

§ 7º - Todo equipamento, após a utilização, deverá ser cuidadosamente lavado e sanitizado, de acordo com o descrito nos Programas de autocontrole, devendo a realização desses procedimentos ser registrada em documentos específicos, caracterizando a padronização e garantia da qualidade, para gerar rastreabilidade e confiabilidade.

§ 8º - As práticas de higiene para elaboração do produto deverão estar de acordo com o estabelecido no "Regulamento Técnico sobre as Condições Higiênico-Sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação para Estabelecimentos Elaboradores/Industrializadores de Alimentos", aprovado pela Portaria MA no 368, de 4 de setembro de 1997.

§ 9º - Critérios Macroscópicos e Microscópicos: ausência de qualquer tipo de impurezas ou elementos estranhos.

§ 10 - Deverá ser aplicada a legislação específica vigente no que concerne a pesos e medidas e rotulagem.

§ 11 - O produto deverá ser rotulado como "Leite Pasteurizado Integral", "Leite Pasteurizado Semidesnatado" e "Leite Pasteurizado Desnatado", segundo o tipo correspondente.

§ 12 - Deverá ser usada a expressão "Homogeneizado" quando for o caso. § 13 - A expedição do Leite Pasteurizado deve ser conduzida sob temperatura máxima

de 4°C (quatro graus Celsius), mediante seu acondicionamento adequado, e levado ao

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comércio distribuidor, para alcançar os pontos de venda com temperatura não superior a 7°C (sete graus Celsius).

Art. 255 – O processo de coleta de Leite Cru Refrigerado a Granel consiste em recolher o produto de uma ou mais propriedades.

§ 1º - Deverá existir local próprio e específico para a instalação do tanque de refrigeração e armazenagem do leite, mantido sob condições adequadas de limpeza e higiene, atendendo, ainda, o seguinte:

a) ser coberto, arejado, pavimentado e de fácil acesso ao veículo coletor, recomendando-se isolamento por paredes; b) ter iluminação natural e artificial adequadas; c) ter ponto de água corrente de boa qualidade, tanque para lavagem de latões (quando utilizados) e de utensílios de coleta, que deverão estar reunidos sobre uma bancada de apoio às operações de coleta de amostras. § 2º - Os equipamentos de refrigeração deverão ter capacidade mínima de armazenar

a produção de acordo com a estratégia de coleta, devendo, em se tratando de tanque de refrigeração por expansão direta, ser dimensionado de modo tal que permita refrigerar o leite até temperatura igual ou inferior a 4°C (quatro graus Celsius) no tempo máximo de 3h (três horas) após o término da ordenha, independentemente de sua capacidade e, em se tratando de tanque de refrigeração por imersão, ser dimensionado de modo tal que permita refrigerar o leite até temperatura igual ou inferior a 7°C (sete graus Celsius) no tempo máximo de 3h (três horas) após o término da ordenha, independentemente de sua capacidade.

§ 3º - O motor do refrigerador deverá ser instalado em local arejado. § 4º - Os tanques de expansão direta deverão ser construídos eoperados de acordo

com Regulamento Técnico específico. § 5º - Admite-se o uso coletivo de tanques de refrigeração a granel ("tanques

comunitários"), por produtores de leite, desde que baseados no princípio de operação por expansão direta.

§ 6º - Não será permitido o acumulo, em determinada propriedade rural, da produção de mais de uma ordenha para enviá-la uma única vez por dia ao tanque comunitário.

§ 7º - Os latões deverão ser higienizados logo após a entrega do leite, através do enxágue com água corrente e a utilização de detergentes biodegradáveis e escovas apropriadas.

§ 8º - A capacidade do tanque de refrigeração para uso coletivo deve ser dimensionada de modo a propiciar condições mais adequadas de operacionalização do sistema, particularmente no que diz respeito à velocidade de refrigeração da matéria-prima.

§ 9º - Além das especificações gerais relativamente a carros- tanque, em legislação específica, deverão ser observadas as seguintes:

a) A mangueira coletora deverá ser constituída de material atóxico e apto para entrar em contato com alimentos, apresentar-se internamente lisa e fazer parte dos equipamentos do carro-tanque;

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b) Deverá ser provido de caixa isotérmica de fácil sanitização para transporte de amostras e local para guarda dos utensílios e aparelhos utilizados na coleta, que deve ser mantida em temperatura de até 7°C para envio das amostras ao laboratório; c) Deve ser dotado de dispositivo para guarda e proteção da ponteira, da conexão e da régua de medição do volume de leite; d) Deverá ser, obrigatoriamente, submetido à limpeza e sanitização após cada descarregamento, juntamente com os seus componentes e acessórios. § 10 - O funcionário encarregado da coleta deverá receber treinamento básico sobre

higiene, análises preliminares do produto e coleta de amostras, podendo ser o próprio motorista do carro-tanque, que deverá estar devidamente uniformizado durante a coleta, cabendo a ele rejeitar o leite que não atender às exigências, o qual deve permanecer na propriedade.

§ 11 - A transferência do leite do tanque de refrigeração por expansão direta para o carro-tanque deverá se processar sempre em circuito fechado.

§ 12 - O tempo transcorrido entre a ordenha inicial e seu recebimento no estabelecimento que vai beneficiá-lo (pasteurização, esterilização, etc.) deverá ser no máximo de 48h (quarenta e oito horas), recomendando-se como ideal um período de tempo não superior a 24h (vinte e quatro horas).

§ 13 - A eventual passagem do Leite Cru Refrigerado na propriedade rural por um Posto de Refrigeração implicará sua refrigeração em equipamento a placas até temperatura não superior a 4ºC (quatro graus Celsius), admitindo-se sua permanência nesse tipo de estabelecimento pelo período máximo de 6h (seis horas).

§ 14 - Antes do início da coleta, o leite deverá ser agitado com utensílio próprio e ter a temperatura anotada, realizando-se a prova de alizarol na concentração mínima de 72% v/v (setenta e dois por cento volume/volume), devendo, em seguida, ser feita a coleta da amostra, bem como a sanitização do engate da mangueira e da saída do tanque de expansão ou da ponteira coletora de aço inoxidável.

§ 15 - A coleta do leite refrigerado deverá ser realizada no local de refrigeração e armazenagem do leite.

§ 16 - Após a coleta, a mangueira e demais utensílios utilizados na transferência do leite deverão ser enxaguados para retirada dos resíduos de leite com água em abundância.

§ 17 - No caso de tanque de expansão comunitário, o responsável pela recepção do leite e manutenção das suas adequadas condições operacionais deverá realizar a prova do alizarol na concentração mínima de 72% v/v (setenta e dois por cento volume/volume) no leite de cada latão antes de transferir o seu conteúdo para o tanque, no próprio interesse de todos os seus usuários.

§ 18 - As amostras de leite a serem submetidas a análises laboratoriais deverão ser transportadas em caixas térmicas higienizáveis, na temperatura e demais condições recomendadas pelo laboratório que procederá às análises.

§ 19 - A temperatura e o volume do leite deverão ser registrados em formulários próprios.

§ 20 - As instalações deverão ser limpas diariamente, devendo as vassouras utilizadas na sanitização do piso ser exclusivas para este fim.

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§ 21 - O leite que apresentar qualquer anormalidade ou não estiver refrigerado até a

temperatura máxima admitida pela legislação em vigor não deverá ser coletado a granel. § 22 - A temperatura máxima do Leite Cru Refrigerado no ato de sua recepção no

estabelecimento processador é a estabelecida no Regulamento Técnico específico. § 23 - As análises laboratoriais de cada compartimento dos carros- tanque deverão ser

realizadas no mínimo de acordo com a frequência estabelecida nos Regulamentos Técnicos específicos.

§ 24 - O Serviço de Inspeção Municipal poderá determinar a alteração dessa frequência mínima, abrangendo total ou parcialmente os tipos de análises indicadas, sempre que constatar desvios graves nos dados analíticos obtidos ou que ficar evidenciado risco à saúde pública.

§ 25 - No descarregamento do leite contido nos carros-tanques, poderão ser utilizadas mangueiras no comprimento estritamente necessário para efetuar as conexões, devendo tais mangueiras apresentar as características de acabamento mencionadas neste Regulamento.

§ 26 - Os caminhões de transporte do leite deverão ser lavados externamente antes do descarregamento e higienizados internamente após cada descarga.

§ 27 - O leite refrigerado a granel poderá ser recebido a qualquer hora, de comum acordo com a empresa, observados os prazos de permanência na propriedade / estabelecimentos intermediários e as temperaturas de refrigeração.

§ 28 - O leite do produtor cujas análises revelarem resultados fora do padrão deverão ser, obrigatoriamente, submetido a nova coleta para análises em até 30 (trinta) dias, devendo, nesse caso, o produtor ser comunicado da anormalidade para que adote as ações corretivas necessárias para o atendimento aos padrões de qualidade do leite.

§ 29 - O leite que não atender aos requisitos de qualidade deverá sofrer destinação conforme Plano de Controle de Qualidade do estabelecimento, que deverá tratar da questão baseando-se nas Normas de Destinação do Leite e Derivados.

§ 30 - Os estabelecimentos deverão realizar o cadastramento de seus fornecedores em sistema próprio e atualizá-lo sempre que necessário.

DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DOS OVOS E DERIVADOS

DOS OVOS EM NATUREZA

Art. 256 – Só poderão ser expostos ao consumo público ovos frescos ou conservados, quando previamente submetidos à exame e classificação previstos neste regulamento.

Art. 257 – Consideram-se ovos frescos os que não forem conservados por qualquer processo e se enquadrem na classificação estabelecida neste regulamento.

Art. 258 – Tratando-se de granjas sob controle sanitário oficial, o SIM poderá permitir a inspeção e classificação dos ovos na própria granja, desde que existam locais apropriados.

PARÁGRAFO ÚNICO - Estas granjas ficarão sujeitas a inspeções periódicas e serão relacionadas no SIM, recebendo o número correspondente ao relacionamento.

Art. 259 – Pela simples designação "ovos" entendem-se os ovos de galinha.

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PARÁGRAFO ÚNICO - Demais ovos serão acompanhados de designação da espécie de

que procedam.

Art. 260 – A Inspeção Municipal adotará o sistema de identificação das partidas, agrupando-as em lotes convenientemente numerados, de modo a ser possível o reconhecimento da procedência, logo após a conclusão dos trabalhos de classificação.

Art. 261 – A Inspeção dos ovos incidirá sobre as seguintes características: I - verificação das condições de embalagem, tendo em vista sua limpeza, mau cheiro

por ovos anteriormente quebrados ou por qualquer outra causa; II - apreciação geral do estado de limpeza e integridade da casca; III - o exame pela ovoscopia.

Art. 262 – Todos os recipientes destinados a embalagem de ovos, julgados em mal estado ou impróprio, deverão ser apreendidos e inutilizados.

Art. 263 – As pequenas propriedades rurais deverão realizar ovoscopia e classificação, a critério do SIM.

Art. 264 – Os ovos destinados aos comércios interno serão classificados em: a) extra; b) especial; c) primeira qualidade; d) segunda qualidade; e) terceira qualidade; f) fabrico.

Art. 265 – São características do ovo "Extra": I - ter peso superior a 61g (sessenta e um gramas); II - apresentar câmara de ar fixa, no máximo com 6mm (seis milímetros) de altura; III - deverão ser uniformes, íntegros, limpos e de casca lisa; IV - apresentar gemas translúcidas, firmes, consistentes, ocupando a parte central do

ovo e sem germe desenvolvido; V - apresentar claras transparentes, consistentes, límpidas, sem manchas ou turvação

e com as chalazas intactas.

Art. 266 – São características do ovo "especial": I - ter entre 55g (cinquenta e cinco gramas) a 60g (sessenta gramas) de peso; II - apresentar câmara de ar fixa, no máximo com 6mm (seis milímetros) de altura; III - deverão ser uniformes, íntegros, limpos e de casca lisa; IV - apresentar gemas translúcidas, firmes, consistentes, ocupando a parte central do

ovo e sem germe desenvolvido; V - apresentar claras transparentes, consistentes, límpidas, sem manchas ou turvação

e com as chalazas intactas.

Art. 267 – São características de ovo de primeira qualidade:

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I - ter entre 49g (quarenta e nove gramas) e 54g (cinquenta e quatro gramas) de peso; II. apresentar câmara de ar fixa, no máximo com 6mm (seis milímetros) de altura; III - deverão ser uniformes, íntegros, limpos e de casca lisa; IV - apresentar gemas translúcidas, firmes, consistentes, ocupando a parte central do

ovo e sem germe desenvolvido; V - apresentar claras transparentes, consistentes, límpidas, sem manchas ou turvação

e com as chalazas intactas.

Art. 268 – São características do ovo de segunda qualidade: I - ter entre 43g (quarenta e três gramas) a 48g (quarenta e oito gramas) de peso; II - apresentar câmara de ar fixa, no máximo com 10mm (dez milímetros) de altura; III - deverão ser uniformes, íntegros, limpos e de casca lisa; IV - apresentar gemas translúcidas, firmes, consistentes, ocupando a parte central do

ovo e sem germe desenvolvido; V - apresentar claras transparentes, consistentes, límpidas, sem manchas ou turvação

e com as chalazas intactas.

Art. 269 – São características do ovo de terceira qualidade: I - ter entre 35g (trinta e cinco gramas) e 42g (quarenta e duas gramas) de peso; II - apresentar câmara de ar fixa, no máximo com 10mm (dez milímetros) de altura; III - deverão ser uniformes, íntegros, limpos e de casca lisa; IV - apresentar gemas translúcidas, firmes, consistentes, ocupando a parte central do

ovo e sem germe desenvolvido; V - apresentar claras transparentes, consistentes, límpidas, sem manchas ou turvação

e com as chalazas intactas.

Art. 270 – Os ovos partidos ou trincados, quando considerados em boas condições, poderão também ser destinados a confeitarias, padarias e estabelecimentos similares, ou transformados em conserva, desde que o estabelecimento disponha de instalações e equipamento adequados para tanto.

PARÁGRAFO ÚNICO - Quando o estabelecimento não se dedicar ao preparo dessas conservas, os ovos partidos ou trincados poderão ser encaminhados a outros, satisfeitas exigências previstas para os classificados "Fabrico".

Art. 271 – Os ovos enquadrados em uma classificação não poderão ser vendidos misturados aos de outra.

Art. 272 – Serão considerados impróprios para consumo os ovos que apresentem: I - alterações da gema e da clara (gema aderente à casca, gema arrebentada, com

manchas escuras, presença de sangue alcançando também a clara, presença de embrião com mancha orbitária ou em adiantado estado de desenvolvimento);

II - mumificação (ovo seco); III - podridão (vermelha, negra ou branca); IV - presença de fungos, externa ou internamente);

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V - cor, odor ou sabor anormais; VI - ovos sujos externamente por materiais estercais ou que tenham estado em

contato com substâncias capazes de transmitir odores ou sabores estranhos, que possam infectá-los ou infestá-los;

VII - rompimento da casca e da membrana testácea, desde que seu conteúdo tenha entrado em contato com material de embalagem;

VIII - quando contenham substâncias tóxicas; IX - por outras razões a critério da Inspeção Municipal.

Art. 273 – Sempre que a Inspeção Municipal julgar necessário, remeterá amostras de ovos e conservas de ovos para exame bacteriológicos e químicos.

PARÁGRAFO ÚNICO - O ovo em pó ou qualquer produto em que o ovo seja a principal matéria prima, somente poderá ser dado ao consumo após exame bacteriológico da partida.

Art. 274 – Os ovos considerados impróprios para o consumo serão condenados, podendo ser aproveitados para uso não comestível, desde que a industrialização seja realizada em instalações adequadas a critério do SIM.

Art. 275 – Os ovos deverão ser acondicionados em em,balagens, indicando os tipos contidos.

Art. 276 – Somente os ovos de galinha poderão ser classificados "extra", "especial", "1ª qualidade", "2ª qualidade" e "3ª qualidade".

Art. 277 – Serão considerados "fabrico" os ovos que não se enquadrarem nas características fixadas nos artigos anteriores, mas forem considerados em boas condições, podendo ser destinados ao emprego em confeitarias, padarias e similares ou à industrialização.

§ 1º - Os ovos que apresentarem pequenas e pouco numerosas manchas sanguíneas na clara e na gema deverão ser também classificados "fabrico".

§ 2º - Os ovos assim classificados somente poderão sair dos entrepostos acompanhados de documento oficial, em 2 (duas) vias, mencionando sua quantidade, nome e endereço do estabelecimento a que se destinam e o prazo para seu aproveitamento.

§ 3º - A 2ª (segunda) via desse documento será devolvida à Inspeção Municipal para arquivamento no dia imediato à remessa dos ovos ao destinatário, devidamente assinada e carimbada.

§ 4º - Os ovos classificados "fabrico" não poderão ser objeto de comércio internacional.

DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DO MEL E CERA DE ABELHAS

DO MEL

Art. 278 – Entende-se por Mel o produto alimentício produzido pelas abelhas melíferas a partir do néctar das flores ou das secreções procedentes de partes vivas das plantas ou de excreções de insetos sugadores de plantas, que ficam sobre partes vivas de plantas, que as abelhas recolhem, transformam, combinam com substâncias específicas próprias e deixam maturar nos favos da colmeia.

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PARÁGRAFO ÚNICO - Deverá ser atendido o instrução normativa nº 11, de 20 de

outubro de 2000 que institui o regulamento Técnico de Identidade e Qualidade do Mel, oficialmente adotado.

Art. 279 – Entende-se por "Cera de abelha" o produto de consistência plástica, de cor amarelada, muito fusível, segregado pelas abelhas para formação dos favos nas colméias.

Art. 280 – A cera de abelhas será classificada em: I - cera bruta: quando não tiver sofrido qualquer processo de purificação, apresentar

cor desde o amarelo, até o pardo, untuosa ao tato, mole e plástica ao calor da mão, fratura granulosa, cheiro especial lembrando o do mel, sabor levemente balsâmico e ainda com traços de mel;

II - cera branca: quando tiver sido descolorada pela ação da luz, do ar ou por processos químicos, isenta de restos de mel, apresentando-se de cor branca, ou creme, frágil, pouco untuosa e de odor acentuado.

Art. 281 – A cera de abelha, seja qual for sua qualidade, deverá ser quase insolúvel no álcool frio, parcialmente solúvel no álcool fervente, solúvel no éter fervente pouco solúvel no éter frio, solúvel no clorofórmio e no benzol, apresentando os seguintes caracteres físico-químicos:

I - peso específico de 0,963 (novecentos e sessenta e três milésimos) a 0,966 (novecentos e sessenta e seis milésimos) a 15°C (a quinze graus centígrados);

II - ponto de fusão de 62°C (sessenta e dois graus Celsius) a 63,5°C (sessenta e três e cinco décimos de graus Celsius);

III - índice de acidez de 18 (dezoito) a 21 (vinte e um); IV - índice de ésteres de 73 (setenta e três) a 77 (setenta e sete); V - índice de relação ésteres e acidez de 3,6 (três e seis décimos) a 3,8 (três e oito

décimos); VI - índice de iodo de 8 (oito) a 11 (onze).

Art. 282 – Será considerada fraudada a cera na qual haja sido verificada presença de estearina, resinas, parafina, cera de carnaúba, cera do Japão, sebo ou outras gorduras animais ou vegetais e corantes artificiais vegetais ou minerais.

DAS CONSERVAS E EMBUTIDOS

Art. 283 - É proibido o emprego de substâncias que possam diminuir o valor nutritivo das conservas, ser prejudiciais ou nocivas ao consumidor.

PARÁGRAFO ÚNICO - É proibido o emprego de anti-sépticos corantes, produtos químicos, extratos e infusões de plantas ou tinturas, a menos que constem neste Regulamento ou que venham a ser aprovados pelo órgão competente.

Art. 284 - Só podem ser adicionados aos produtos cárneos, substâncias permitidas e mencionadas nos regulamentos técnicos de identidade e qualidade. A tolerância da presença dessas substâncias também seguirá as legislações específicas.

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Art. 285 - Entende-se por “condimento” substâncias aromáticas, sápidas, com ou sem valor alimentício, empregadas com a finalidade de temperar as conservas.

Art. 286 - Entende-se por “corantes” as substâncias que dêem um melhor e mais sugestivo aspecto as conservas, ao mesmo tempo que se prestam a uniformidade de sua coloração.

Art. 287 - O emprego de corantes e condimentos não especificados neste Regulamento depende de prévia autorização do S.I.M. bem como o emprego de mistura ou de produtos prontos, contendo condimentos e corantes.

Art. 288 - Aos estabelecimentos sob Inspeção Municipal é proibida a entrada de produtos que não tenham sido aprovados pelo órgão competente.

Art. 289 - É permitido o emprego de produtos que realcem o sabor das conservas, desde que aprovadas pelo órgão competente e mediante declaração nos rótulos.

Art. 290 - O sal (cloreto de sódio) empregado no preparo de produtos cárneos comestíveis deve se enquadrar nas especificações vigentes.

Art. 291 - Não é permitido o emprego de salmouras turvas, sujas, alcalinas, com cheiro amoniacal, fermentadas ou inadequadas por qualquer outra razão.

PARÁGRAFO ÚNICO - Permite-se, todavia, a recuperação de salmouras por fervura e filtração, para subsequência aproveitamento, a juízo da Inspeção Municipal.

Art. 292 - Entende-se por “conservas enlatadas” todo produto em que a matéria-prima foi ou não curada, condimentada, embalada em recipiente metálico hermeticamente fechado, submetido a vácuo direto ou indireto e afinal convenientemente esterilizado pelo calor úmido e imediatamente esfriado, respeitada a peculiaridade do produto.

Art. 293 - Entende-se por “presunto” seguido das especificações constadas no regulamento técnico de identidade e qualidade, exclusivamente o produto obtido com o pernil dos suínos.

Art. 294 - Entende-se por “paleta”, seguido das especificações que couberem, o produto obtido com o membro dianteiro dos suínos.

Art. 295 - A designação “apresuntado” só pode ser dada a produtos elaborados com recortes de presunto ou paleta de suínos, transformados em massa, condimentados, enlatados ou não e esterilizados.

Art. 296 - O lombo, as costelas ou outras partes do suíno, podem servir para o preparo de conservas que serão designadas pelas respectivas regiões empregadas, seguidas de peculiaridades de caracterização.

Art. 297 - Entende-se por “caldo de carne” o produto líquido que resulta do cozimento de carnes, isento de gorduras, tendões, cartilagens e ossos, filtrados, envasados e esterilizados.

Art. 298 - Entende-se por “pasta” o produto elaborado com carne ou órgão, reduzido a massa, condimentado, adicionado ou não de farináceos e gordura, enlatado e esterilizado.

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Art. 299 - Entende-se por “embutido” todo produto elaborado com carne ou órgãos comestíveis curado ou não, condimentado, cozido ou não, defumado e dessecado ou não, tendo como envoltório tripa, bexiga ou outra membrana animal.

PARÁGRAFO ÚNICO - É permitido o emprego de películas artificiais no preparo de embutidos, desde que aprovados pelo órgão competente.

Art. 300 - Entende-se por “morcela” o embutido contendo principalmente sangue, adicionado de toucinho moído ou não, condimentos e convenientemente cozido.

Art. 301 - A Inspeção Municipal só permitirá o preparo de embutidos de sangue, quando a matéria-prima seja colhida isoladamente de cada animal e em recipiente separado, rejeitando o sangue procedente dos que venham a ser considerados impróprios para o consumo.

Art. 302 - Os embutidos são considerados fraudados: I - quando forem empregados carnes e matérias-primas de qualidade ou em proporção

diferente das constantes da fórmula aprovada; II - quando forem empregados conservadores e corantes não permitidos neste

Regulamento; III - quando houver adição de água ou de gelo com intuito de aumentar o volume e o

peso do produto e em proporção superior a permitida neste Regulamento; IV - quando forem adicionados tecidos inferiores.

Art. 303 - Devem ser considerados alimentos e impróprios para consumo: I - quando a superfície é úmida, pegajosa, exsudando líquido; II - quando à palpação se verifique, partes ou área flácida ou consistência anormal; III - quando há indícios de fermentação pútrida; IV - quando a massa apresenta manchas esverdeadas ou pardacentas ou coloração

sem uniformidade; V - quando a gordura esta rançosa; VI - quando o envoltório está perfurado por parasitas que atingiram também a massa; VII - nos casos de odor e sabor anormais; VIII - quando se constatem germes patogênicos; IX - quando manipulados em mas condições de higiene, traduzidas pela presença de E.

coli típica.

Art. 304 - Entende-se por “salgados” produtos preparados com carnes ou órgãos comestíveis, tratados pelo sal (cloreto de sódio) ou misturas de sal, açúcar, nitratos, nitritos e condimentos.

Art. 305 - Entende-se por “defumados” os produtos que após o processo de cura são submetidos a defumação, para lhes dar cheiro e sabor característicos, além de um maior prazo de vida comercial por desidratação parcial.

Art. 306 - Entende-se por “bacon” e por “barriga – defumada” o corte da parede torácico abdominal do porco que vai do externo ao púbis, com ou sem costelas, com seus músculos, tecidos adiposos e pele convenientemente curado e defumado.

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Art. 307 - Entende-se por “língua defumada” a língua de bovino curada, cozida ou não e defumada.

Art. 308 - Entende-se por “lombo” seguido de designação da técnica de preparo (salgado, curado, defumado) o produto obtido com o corte da região lombar dos suínos.

Art. 309 - Os órgãos comestíveis conservados pela salga, serão genericamente designados “miúdos salgados” seguindo-se a denominação de espécie animal de procedência.

Art. 310 - Entende-se por “dessecados” produtos preparados com carnes ou órgãos comestíveis, curados ou não e submetidos a desidratação mais ou menos profunda.

Art. 311 - Entende-se por “charque”, sem qualquer outra especificação, a carne bovina salgada e dessecada.

§ 1° - Quando a carne empregada não for de bovino, depois da designação “charque” deve esclarecer a espécie de procedência.

§ 2° - Permite-se na elaboração do charque a pulverização do sal com soluções contendo substâncias aprovadas pelo S.I.M., que se destinem a evitar alterações de origem microbiana, segundo técnica e proporções indicadas.

Art. 312 - O charque deve ser considerado alterado: I - quando tem odor e sabor desagradáveis, anormais; II - quando a gordura esta rançosa; III - quando amolecido, úmido e pegajoso; IV - quando com áreas de coloração anormal; V - quando é “seboso”; VI - quando apresenta larvas ou parasitas; VII - por alterações outras, a juízo da Inspeção Municipal.

Art. 313 - Entende-se por “carne desidratada” o produto obtido pela desidratação de carne bovina fragmentada, convenientemente cozida, adicionada ou não de caldo concentrado ou de gordura fundida, dessecada em aparelhagem e sob temperatura adequada.

Art. 314 - É permitido o preparo de conservas vegetais em estabelecimento sob inspeção municipal de acordo com o que prevê este Regulamento.

Art. 315 - Permitem-se nomes de fantasia nas conservas de carne, desde que se trate de produto com fórmula previamente aprovada.

Art. 316 - É permitida a produção de outros produtos cárneos comestíveis que não se enquadram neste regulamento desde que seja comprovado cientificamente a sua inocuidade e o seu teor nutritivo.

Art. 317 - As questões relacionadas aos produtos e subprodutos não mencionados neste regulamento seguirão as condições e orientações preconizadas nas normas gerais de inspeção e regulamentos técnicos de identidade e qualidade dos produtos correlacionados.

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DOS COAGULANTES, CONSERVADORES, AGENTES DE CURA E OUTROS

Art. 318 - Entende-se por coagulantes, conservadores, agentes de cura e outros, substâncias empregadas na indústria de produtos de origem animal, tendo em vista sua tecnologia e valor bromatológico, conservação e apresentação.

Art. 319 - Entende-se por “coalho” o extrato aquoso, concentrado a baixa temperatura, dessecado ou não, preparado com o estômago de ruminantes. Distinguem-se os coalhos líquidos, em pó, em pastilhas, e natural seco.

Art. 320 - Só é permitido o uso de coalhos aprovados pelo órgão competente e os laboratórios que os fabricam ficam sujeitos á sua fiscalização, abrangendo a instalação, o equipamento, a elaboração, o acondicionamento e a rotulagem dos coalhos.

Art. 321 - Entende-se por “sal”, para uso na indústria animal, o cloreto de sódio obtido de jazidas, fontes naturais ou de água do mar.

Art. 322 - Nos estabelecimentos de produtos de origem animal deve existir depósito apropriado para guarda e conservação do sal.

Art. 323 - É proibido o emprego de salmouras turvas, sujas, alcalinas, com cheiro amoniacal, fermentadas o inadequadas por qualquer outra razão.

PARÁGRAFO ÚNICO - É permitida a recuperação dessas salmouras, após fervura e filtração, a juízo do SIM.

Art. 324 - Entende-se por “condimento” o produto contendo substâncias aromáticas, sápidas, com ou sem valor alimentício, empregado com o fim de temperar alimentos, dando-lhe melhor aroma e sabor.

Art. 325 - Entende-se por “corante” substância que confere um melhor e mais sugestivo aspecto aos produtos alimentícios, dando-lhe tonalidades de cor mais atraente.

Art. 326 - É proibido o uso ou emprego de substâncias químicas conservadores, nocivas à saúde do homem, nos produtos de origem animal.

Art. 327 - Os nitratos e nitritos, de sódio e de potássio, usados na elaboração dos produtos de origem animal não devem conter metais pesados, nem substâncias tóxicas ou não permitidas em legislações específicas.

DA EMBALAGEM E ROTULAGEM

Art. 328 – Aprovado o projeto de construção, reforma ou ampliação e estando o estabelecimento apto a funcionar, deverá ser providenciada a aprovação da embalagem, rotulagem, plano de marcação, etiquetas ou carimbos a serem utilizados nos produtos e/ou matérias-primas.

Art. 329 – Aprovado o projeto de construção, reforma ou ampliação e estando o estabelecimento apto a funcionar, deverá ser providenciada a aprovação da embalagem,

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rotulagem, plano de marcação, etiquetas ou carimbos a serem utilizados nos produtos e/ou matérias-primas.

Art. 330 – Todos os produtos de origem animal entregues ao comércio deverão estar identificados por meio de rótulos registrados, aplicados sobre as matérias-primas, produtos, vasilhames ou containers, quando diretamente destinados a outros estabelecimentos para beneficiamento.

Art. 331 – Os rótulos deverão conter as seguintes indicações: I - nome verdadeiro do produto ou nome aceito por ocasião da aprovação da

rotulagem, em caracteres destacados e uniformes em corpo e cores contrastantes, sem intercalação de desenhos e outros dizeres, obedecendo as discriminações estabelecidas neste Regulamento;

II - nome e endereço da firma responsável pela produção; III - nome e endereço completo da firma que tenha realizado operações de

acondicionamento quando for o caso; IV - carimbo oficial do Serviço de Inspeção Municipal; V - natureza do estabelecimento, de acordo com a classificação oficial prevista neste

regulamento; VI - CNPJ e Inscrição Estadual da empresa responsável pelo acondicionamento do

produto; VII - marca comercial do produto; VIII - algarismos correspondentes à data de fabricação e data de validade em

caracteres ostensivos na ordem de dia, mês e ano; IX - pesos líquido e da embalagem, quando for possível; X - componentes do produto e outros dizeres quando previsto neste regulamento e

devidamente aprovado pelo órgão competente; XI - Os rótulos registrados trarão impressa a declaração de seu registro no S.I.M.,

seguida do número respectivo. XII - instruções básicas de conservação e uso; XIII - a especificação “Indústria Brasileira”; XIV - outras informações que as autoridades sanitárias competentes julgarem

necessárias para perfeita apresentação do produto e esclarecimento ao consumidor. PARÁGRAFO ÚNICO - Deverá constar a seguinte frase de registro no rótulo: “Rótulo

Registrado no SIM de Rio Verde de Mato Grosso/MS sob o Nº ___/___”.

Art. 332 – O número de registro do estabelecimento, com as iniciais “SIM N°___” e, conforme o caso, as palavras “Inspecionado” representam os elementos básicos do carimbo oficial da Inspeção Municipal, cujos formatos, dimensões e empregos serão estabelecidas a critério do SIM.

§ 1º - As iniciais "SIM" traduzem "Serviço de Inspeção Municipal". § 2º - O carimbo de Inspeção Municipal representa a marca oficial usada unicamente

em estabelecimento sujeito a fiscalização do SIM/POA, e constituído o sinal de garantia de que o produto foi inspecionado pela autoridade competente.

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Art. 333 – Para o registro de rotulagem, etiquetas, planos de marcação ou carimbos, são necessários:

I - requerimento encaminhado ao SIM/POA assinado pelo Responsável Técnico e responsável pela empresa;

II - croquis de rotulagem mencionando as cores dos letreiros e desenhos e os dados exigidos no artigo 285 deste regulamento;

III - memorial descritivo do processo de fabricação do produto, em 2 (duas) vias, detalhando sua composição e respectivas percentagens.

DO CARIMBO DE INSPEÇÃO E SEU USO

Art. 334 – O número de registro do estabelecimento as iniciais "SIM" e, a palavras "Inspecionado" representam os elementos básicos do carimbo oficial da Inspeção Municipal.

Art. 335 – Será de responsabilidade do estabelecimento as taxas e emolumentos cobrados pelos órgãos competentes aos produtos sujeitos a inspeção conforme tabela a critério do SIM.

Art. 336 – O Carimbo de Inspeção de cada estabelecimento ficará sob responsabilidade do SIM, que fará a aplicação no ato da inspeção, salvo os casos em que o Serviço autorize a utilização em embalagens.

Art. 337 – O carimbo de inspeção será expedido pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente mediante autorização do SIM/POA.

Art. 338 – A constatação de fraude no Carimbo sujeitará o estabelecimento a cassação de seu registro junto ao SIM, sem prejuízo de seu fechamento.

Art. 339 – Os carimbos de Inspeção Municipal deverão obedecer exatamente a descrição e os modelos a critério do SIM, respeitadas as dimensões, formas, dizeres, tipo e corpo de letra, devendo ainda ser colocados em destaque nas testeiras das caixas e outros continentes, nos rótulos ou produtos, numa cor única, preferentemente preto, quando impressos, gravados ou litografados.

Art. 340 – No tocante a embalagem e rotulagem de produtos de origem animal deverão ser observadas as legislações federais dos órgãos correlatos, assim como o Código de Defesa do Consumidor.

Art. 341 – Os rótulos somente poderão ser usados para os produtos a que tenham sido destinados e nenhuma modificação em seus dizeres, cores ou desenhos poderá ser feita sem prévia aprovação do SIM.

Art. 342 – Nenhum rótulo, etiqueta ou selo poderá ser aplicado escondendo ou encobrindo, total ou parcialmente, dizeres de rotulagem ou o carimbo da Inspeção Municipal.

Art. 343 – Nenhum estabelecimento de produtos de origem animal poderá ter ultimado o seu registro, sem que os rótulos dos principais produtos e subprodutos a serem fabricados estejam previamente aprovados e registrados no SIM.

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DOS EXAMES DE LABORATÓRIO

Art. 344 – Os produtos de origem animal prontos para consumo, bem como toda e qualquer substância que entre em sua elaboração, estarão sujeitos a exames tecnológicos, químicos e microbiológicos.

Art. 345 – As técnicas de exame e a orientação analítica serão aprovada pelo Coordenador do SIM.

Art. 346 – Os exames de caráter tecnológico visarão a técnica de elaboração dos produtos de origem animal, em qualquer de suas fases.

PARÁGRAFO ÚNICO - Sempre que houver necessidade, o laboratório requisitará informações à Inspeção Municipal junto ao estabelecimento produtor.

Art. 347 – O exame químico compreende: I - Os caracteres organolépticos; II - Princípios básicos ou composição centesimal; III - Índices físicos e químicos; IV - Corantes, conservadores ou outros aditivos; V - Provas especiais de caracterização e verificação de qualidade; VI - Exame químico da água que abastece os estabelecimentos sob Inspeção Municipal. § 1º - Os caracteres organolépticos, a composição centesimal e os índices físico-

químicos serão enquadrados nos padrões normais aprovados. § 2º - A orientação analítica obedecerá à seguinte seriação: a) caracteres organolépticos; b) pesquisa de corantes e conservadores; c) determinação de fraudes, falsificações e alterações.

Art. 348 – O exame microbiológico deverá verificar: I - Presença de germes, quando se trate de conservas submetidas à esterilização; II - Presença de produtos do metabolismo bacteriano, quando necessário; III - Contagem global de germes sobre produtos de origem animal; IV - Pesquisa e contagem da flora de contaminação; V - Pesquisa de flora patogênica; VI - Exame bacteriológico de água que abastece os estabelecimentos sob Inspeção

Municipal; VII - Exame bacteriológico de matérias-primas e produtos afins empregados na

elaboração de produtos de origem animal.

Art. 349 – Quando necessário, os laboratórios poderão recorrer a outras técnicas de exame, além das adotadas oficialmente pelo SIM, mencionando-as obrigatoriamente nos respectivos laudos.

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DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES

Art. 350 – As infrações ao presente regulamento serão punidas administrativamente e, quando for o caso, mediante responsabilização criminal.

PARÁGRAFO ÚNICO - Incluem-se entre as infrações previstas neste regulamento, atos que procurem embaraçar a ação dos servidores do SIM, visando impedir, dificultar ou burlar os trabalhos de fiscalização; desacato, suborno, ou simples tentativa; informações inexatas sobre dados estatísticos referente à quantidade, qualidade e procedência dos produtos e, de modo geral, qualquer sonegação relativamente a assunto que direta ou indiretamente interesse à Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal.

Art. 351 – As infrações sanitárias serão punidas, alternativa ou cumulativamente com as penalidades de:

I - advertência; II - multa; III - multa diária; IV - apreensão do produto, equipamento e utensílio; V - perda do produto, equipamento e utensílio; VI - inutilização do produto; VII - interdição do produto, equipamento e utensílio; VIII - suspensão de fabricação de produto; IX - interdição parcial ou total do estabelecimento; X - suspensão das atividades; XI - cancelamento do Registro do estabelecimento.

Art. 352 – As penalidades por infração sanitária serão imputáveis: I - ao proprietário do estabelecimento; II - a quem tenha dado causa ao cometimento da infração; § 1º - Considera-se causa, a ação ou omissão sem a qual a infração não teria ocorrido. § 2º - Exclui-se a imputação de penalidade à infração cometida decorrente de força

maior ou proveniente de eventos naturais ou circunstanciais imprevisíveis, que vierem a determinar a avaria, deterioração ou alteração de produtos ou bens de interesse da saúde pública.

§ 3º - Na ausência do proprietário, o mesmo será notificado na pessoa de seu preposto ou funcionário, ou na pessoa que estiver respondendo pelo estabelecimento ou atividade.

§ 4º - O Auto de Infração deverá obedecer o modelo em anexo a este regulamento.

Art. 353 – As infrações sanitárias classificam-se em: I - leves: quando for verificada alguma circunstância atenuante; II - graves: quando for verificada alguma circunstância agravante; III - gravíssimas: quando forem verificadas a ocorrência de duas ou mais circunstâncias

agravantes.

Art. 354 – A pena de multa consistirá no pagamento dos seguintes valores: I - infrações leves: de 1 a 500 Unidades Fiscais de Rio Verde de Mato Grosso (UFIRVS);

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II - infrações graves: de 501 a 1.000 Unidades Fiscais de Rio Verde de Mato Grosso

(UFIRVS); III - infrações gravíssimas: de 1.001 a 1.500 Unidades Fiscais de Rio Verde de Mato

Grosso (UFIRVS). § 1º - Sem prejuízo do disposto nos demais artigos, na aplicação da penalidade de

multa, a autoridade sanitária competente levará em consideração a capacidade econômica do infrator.

§ 2º - O valor da multa será calculada em UFIRV, previsto no parágrafo único do Art. 6º da Lei Complementar nº 004/2016 – Código Tributário do Município de Rio Verde de Mato Grosso/MS, ou valor equivalente ao referencial que a substituir.

Art. 355 – Para imposição da pena e sua graduação, a autoridade sanitária considerará: I - a ocorrência de circunstâncias atenuantes e agravantes; II - a gravidade dos fatos, tendo em vista suas consequências para a saúde pública; III - os antecedentes do infrator quanto às normas sanitárias.

Art. 356 – São consideradas circunstâncias atenuantes: I - a ação do infrator não tiver sido fundamental para a consecução do evento; II - a compreensão equivocada da norma sanitária, admitida como escusável, quando

patente a incapacidade do agente para atender o caráter ilícito do ato; III - a iniciativa do infrator, espontaneamente e imediatamente após o fato, em

procurar reparar ou diminuir as consequências do ato lesivo à saúde pública; IV - ter o infrator sofrido coação para a prática do ato lesivo; V - se a falta cometida acarretar consequências de pequena monta e o infrator for

primário.

Art. 357 – São consideradas circunstâncias agravantes: I - ser o infrator reincidente; II - ter o infrator cometido a infração para obter vantagem pecuniária decorrente do

consumo, pela população, de produto ou serviço elaborado em desacordo com a disposição na legislação sanitária;

III - existir coação de outrem para a execução material da infração; IV - ter a infração consequências danosa à saúde pública; V - se, tendo conhecimento do ato lesivo à saúde pública, o infrator deixar de tomar as

providências cabível tendentes a evitá-lo; VI - ter o infrator agido com dolo, ainda que eventual, fraude ou má-fé. PARÁGRAFO ÚNICO - A reincidência específica torna o infrator passível de

enquadramento na penalidade máxima e caracterização da infração como gravíssima.

Art. 358 – Havendo concurso de circunstâncias atenuantes e agravantes, a aplicação da pena será considerada em razão das que forem preponderantes.

Art. 359 – São consideradas infrações sanitárias:

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I - construir, instalar ou fazer funcionar estabelecimento de abate ou industrialização

de produtos de origem animal sem estar autorizado pelo Serviço de Inspeção Municipal – SIM ou órgão competente;

II - prestar serviço sem estar autorizado pelo SIM; III - produzir, fabricar, armazenar, transportar, expor, comercializar, divulgar ou

entregar para consumo, produto em desacordo com a legislação; IV - descumprir normas legais e regulamentares, medidas, formalidades e outras

exigências sanitárias; V - descumprir atos emanados das autoridades sanitárias competentes, visando a

aplicação da legislação pertinente; VI - opor-se, dificultar ou impedir medidas e ações sanitárias que visem a prevenção de

agravos à saúde; VII - obstar, dificultar, desacatar, impedir ou embaraçar a ação da autoridade sanitária

competente.

Art. 360 – As penas administrativas a serem aplicadas por servidores do SIM, quando houver delegação de competência para realização das inspeções previstas neste Regulamento, constarão de apreensão ou condenação das matérias primas e produtos, multas, suspensão temporária da Inspeção Municipal e cassação do registro ou relacionamento do estabelecimento.

Art. 361 – Para efeito de apreensão ou condenação, além dos casos específicos previstos neste Regulamento, consideram-se impróprios para o consumo, no todo ou em parte, os produtos de origem animal que:

I - se apresentem danificados por umidade ou fermentação, rançosos, mofados ou bolorentos, de caracteres físicos ou organolépticos anormais, contendo quaisquer sujidades ou que demonstrem pouco cuidado na manipulação, elaboração, preparo, conservação ou acondicionamento;

II - forem adulterados, fraudados ou falsificados; III - contiverem substâncias tóxicas ou nocivas à saúde; IV - forem prejudiciais ou imprestáveis à alimentação por qualquer motivo; V - não estiverem de acordo com o previsto no presente Regulamento. PARÁGRAFO ÚNICO - Nos casos do presente artigo, independentemente de quaisquer

outras penalidades que couberem tais como multas, suspensão da Inspeção Municipal ou cassação de registro ou relacionamento, será adotado o seguinte critério:

a) Nos casos de apreensão, após reinspeção completa será autorizado o aproveitamento condicional que couber para alimentação humana, após o rebeneficiamento determinado pela Inspeção Municipal; b) Nos casos de condenação, permite-se sempre o aproveitamento das matérias primas e produtos para fins não comestíveis ou alimentação de animais, em ambos os casos, mediante assistência da Inspeção Municipal.

Art. 352 – Além dos casos específicos previstos neste Regulamento, serão considerados: I - Adulterações:

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a) quando os produtos tenham sido elaborados em condições, que contrariem as especificações e determinações fixadas; b) quando, no preparo dos produtos, haja sido empregada matéria-prima alterada ou impura; c) quando tenham sido empregadas substâncias de qualquer qualidade, tipo e espécies diferentes das da composição normal do produto sem prévia autorização do SIM/POA; d) quando os produtos tenham sido coloridos ou aromatizados sem prévia autorização e não conste declaração nos rótulos; e) intenção dolosa em mascarar a data de fabricação. II - Fraudes: a) alteração ou modificação total ou parcial de um ou mais elementos normais do produto, de acordo com os padrões estabelecidos ou fórmulas aprovadas pelo SIM/POA; b) quando as operações de manipulação e elaboração forem executadas com a intenção deliberada de estabelecer falsa impressão aos produtos fabricados; c) supressão de um ou mais elementos e substituição por outros visando aumento de volume ou de peso, em detrimento da sua composição normal ou do valor nutritivo intrínseco; d) conservação com substâncias proibidas; e) especificação total, ou parcial na rotulagem de um determinado produto que não seja o contido na embalagem ou recipiente. III - Falsificações: a) quando os produtos forem elaborados, preparados, e expostos ao consumo com forma, caracteres e rotulagem que constituem processos especiais de privilégio ou exclusividade de outrem, sem que seus legítimos proprietários tenham dado autorização; b) quando forem usadas denominações diferentes das previstas neste Regulamento ou em fórmulas aprovadas.

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 353 – O SIM publicará todas as resoluções que expedir, para conhecimento das autoridades municipais e, conforme o caso, fará comunicação direta aos órgãos municipais competentes.

Art. 354 – Dúvidas ou omissões que se suscitarem na execução do presente regulamento serão resolvidos por decisão do Coordenador do SIM, que utilizará sempre como parâmetro legal o Regulamento Industrial e Sanitário dos Produtos de Origem Animal (RIISPOA).

Art. 355 – As despesas decorrentes deste regulamento correrão por conta de dotações orçamentárias próprias através dos recursos arrecadados com a cobrança das taxas, ações de fiscalizações e infrações impostas pelo Serviço Municipal de Inspeção.

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Art. 356 – Ficam revogados todos os atos oficiais relativos à inspeção industrial e sanitária municipal de quaisquer produtos de origem animal, a qual passará a reger-se pelo presente Decreto em todo o Município de Rio Verde de Mato Grosso.

Art. 357 – Os servidores das Secretarias de Desenvolvimento Econômico e da Saúde/Vigilância Sanitária, a serviço da Inspeção Municipal têm livre acesso, em qualquer dia ou hora, em qualquer estabelecimento abrangido por este regulamento.

Art. 358 – Poderão existir propriedades rurais e pequenos estabelecimentos destinados ao processamento artesanal de produtos de origem animal que deverão atender a exigências técnico-sanitárias particularmente regulamentadas a critério do SIM.

Art. 359 – Serão solicitadas às autoridades de saúde pública estadual ou federal, as medidas necessárias visando a uniformidade nos trabalhos de fiscalização sanitária e industrial estabelecidas neste regulamento.

Art. 360 – Sempre que possível, o SIM deve facilitar a seus técnicos a realização de estágios e cursos em laboratórios, estabelecimentos ou escolas nacionais ou estrangeiras.

Art. 361 – Em instruções aprovadas pelo órgão executor serão fixadas as atribuições dos servidores do SIM junto aos estabelecimentos industriais, bem como seus deveres e responsabilidades nos serviços que lhes forem confiados.

Art. 362 – O SIM promoverá a mais estreita cooperação com os órgãos congêneres do governo federal e estaduais, comunicando-se com os respectivos serviços no sentido de conseguir o máximo de eficiência nos trabalhos de inspeção industrial e sanitária dos produtos de origem animal, a fim de que desta colaboração recíproca sejam beneficiadas a indústria, a saúde pública e economia nacional.

Art. 363 – Nos pequenos estabelecimentos de produtos de origem animal, cujo volume de resíduos industrializáveis não justifique a instalação de aparelhagem para sua transformação, fica, a juízo do SIM, permitindo o encaminhamento dessa matéria-prima a estabelecimentos dotados de maquinário próprio à finalidade.

Art. 364 – Os rótulos e carimbos que não satisfaçam as exigências do presente Regulamento, só podem ser utilizados dentro do período fixado pelo SIM para cada caso.

Art. 365 – Tratando-se de produto de origem animal in natura ou industrializado, destinados à alimentação humana, a inspeção a cargo do órgão competente observará também as prescrições estabelecidas por órgão competente, quanto aos aspectos de defesa da saúde, individual ou coletiva.

Art. 366 – É vedado o comércio de produtos provenientes de estabelecimentos que ainda não estiverem sujeitos à inspeção municipal nas áreas onde esta já tenha sido implantado.

Art. 367 – Na inspeção e fiscalização de que trata este Regulamento, o SIM observará, também, as prescrições estabelecidas pelo Ministério da Saúde e agência regulamentadora,

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relativamente aos coagulantes, condimentos, corantes, conservantes, antioxidantes, fermentos e outros aditivos utilizados na indústria de produtos de origem animal, elementos e substâncias contaminantes.

Art. 368 – Para garantir o cumprimento das disposições legais pertinentes a Inspeção Municipal, as autoridades policiais operarão em estreita colaboração com os órgãos da Secretaria de Saúde e Secretaria de Finanças.

Art. 369 – o presente Decreto entrará em vigor a partir da data de sua publicação.

Gabinete do Prefeito Municipal de Rio Verde de Mato Grosso/MS, ao 16º dia do mês de Agosto de 2016.

Mário Alberto Kruger Prefeito Municipal