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Page 1: D BAR! O 1LLLKTRADO - purl.ptpurl.pt/14328/1/j-1244-g_1895-03-20/j-1244-g_1895-03-20_item2/j...Reflectem a cor do ceu, Da terra a gente se esquece Tão grande encanto é o teu! Quando

FUNDADOR: PEDRO CORRÊA DA SILVA

TELEPHONE N.° 117

Qaarta feira 20 de março de 1895

Editor responsável J. M. Baptista de Carvalho

Animaliirai aai profiaciai

8 meies, psgiu£Ç?to adiantado.?*#..... 1JI50

A correspondeooia sobr® fi sáminiitração, a

Rodrigo de Mello Carneiro Zagallo.

Ai«l|natarat em Lisboa

1 roei... 300 réis Annuncios: linha, 20 rs.;

3 mezes. 900 » pag., 100 m.; corpo dojor-

Avulio.. 10 » nal com travessão, 60 réis.

Communicados a outros artigos, coatraotam-se

na administração.

O «Diário UluMrndò»

com me mor a o renfabe-

lecimento Uni relaçôen

entre Portugal e Brazil

com gravuras especiaea

que bão-de completar a

«na l.B pagina cie sexla

feira» 22 do corrente.

Silo dois magnlflcos re-

tratou do dr. A««it Bra-

zil, ministro do Brazil

em Liaboa e do Conse-

lheiro Tbomaz Ribeiro,

ministro de Portugal no

Rio* encimados pelos

brazões dos dois paizes,

enramados em louro,

oliveira e carvalho de

um magnifico desenbo

emblemático.

Os srs. corresponden-

tes tenham a bondade

de nos dizer os núme-

ros que querem a mais,

sobre a remessa ordina-

ria. para regularmos a

tiragem.

«DIÁRIO ILLtSTRADO*

A ma redacção acceita e agra-

dece toda e qualquer informação

que lhe queiram enviar os aeua as-

signantes e leitores, principalmen-

te o que diga respeito a High life,

festas religiosas, anecdotas, movi-

mento de associações, casos munda-

nos (em termos hábeis), etc.

Jeronymo José d'Abrea

Realisou se ante hontem a tras-

ladação dos restos mortaes d'este

nosso querido amigo, do jazigo do

ar. Joaô Antonio doa Reia para o

de sua familia. Antes da ceremo-

nia fúnebre rezou se uma missa

na egreja de 8. José, a que assis

tiram, além da familia, muitos

amigos do saudoso extincto.

Lopo Vaz

E* hoje, 20, que Monsenhor

Santos Viegas, reza na egreja doa

Martyrea, á8 11 horas, uma mis-

sa por alma do illustre estadista,

que ha trea annoa foi roubado pa-

la morte ao amor da familia, ao

serviço da patria e á admiração

dos sous amigos.

O conselho do Instituto de

Agricultura resolveu felicitar a

Real Associação de Agricultura

Portuguesa pela sua attitude na

defeza doa interesses agrícolas e

pela maneira brilhante como ella

conseguiu levar a effeito a re

união do Congresso Vitícola, que

tão altos resultados deve produ-

zir em favor da viticultura nacio-

nal, e bem assim congratular se

pelo modo distincto como n'elle

se houveram os professores, agro-

nomos e estudantes d'esta eschola,

que n'elle tomaram parte.

Apresentou-se no conselho do

almirantado por ter entregado

commando da escola pratica de

artilheria naval e recebeu guia

para o commando do corpo de

marinheiroB o capitão de mar e

guerra Cyprianno Lopea de An-

drade.

Quando os seus olhos em prece

Reflectem a cor do ceu,

Da terra a gente se esquece

Tão grande encanto é o teu!

Quando ella vai caminhando

Bem como a alveola, indecisa,

Fica a gente desejando

Beijar o chão que e la pisa!

Quando ella se some além,

Escondida á nossa vista,

Não pode sumir se a quem

Sem a ver ainda a avista!

ABAMIDE8.

Dr. Mello

taea homceepathicoa. Coasultorio

especial de medicina homcepathi-

cs; da 1 ás 3 h. R. das Chagas,

22.

K' roda di •Figiri»

Calino, á mesa d'um hotel:

—Diz um provérbio francez

que, em a gente comendo, vem lo-

go o appetite...

—Poia eu ha trea horas que

estou para aqui a comer e cada

vez tenho menos vontade,

O cambio do Biazil fieou hon

tem a 9 9|16.

Fígados de bacalhau

Tomar não queira ninguém:

Quem corre dores a pau

E' o do Caldense Armazém.

Arco de Bandeira» 104

Fallecimentos

Falleceram a ir.* D. Luiza Hen-

riqueta de Sampaio e o sr. Fran-

cisco Namura.

Pesames a suaB familial.

Apresentou-se no conselho do al-

mirantado com guia da corveta

«Duque da Terceira» e recebeu

guia para o commando do Corpo

de marinheiros o I o tenente Ma-

nuel da Gama d'Oliveira Pinto da

França.

CAKiomo Foruus

MANUEL HENRIQUES PINTO

hl minha pombinha biatca,

Já Dão vens beber ao tanque;

D'este amor por ti, pombinha,

São ha ninguém que me arranque.

O conselho director da Camara

do Commercio nomeou uma com-

missão composta dos srs. Gomes

Netto, Pinto Basto, Ferreira Mar-

ques e Francisco Maria Bacellar,

para dar parecer aobre a repre

aentação que a Real Aiaociação

de Agricultura Portugueza dirigiu

ao governo para a alteração noB

direitoa pautaea doa vinhoa im-

portadoa nas colonias portuguezas

e bem assim sobre a junta con-

sultiva do Ultramar.

Nomeou outra commissão, com-

osta dos srs. Schrceter, Jorge

'Neill, Mello e Sousa, Ferreira

Marques, Francisco Bacellar, Lima

Mayer e Izidoro José de Freitas,

para se occupar do regimen bsn-

cario no Ultramar.

B

Apprehensao

O soldado n.° 280 da guarda

fiscal, apprehendeu a bordo da

fragata 79 E 408, como contra-

bando, cinco pares de sapatos de

trança, um queijo da Serra, um

frasco de tinta, assucar e bacalhau

tudo no valor de 9$000 réis.

A fragata pertence a um tal

Adelino.

0 cruzador kespanhol

"Reina Regente

No dia 18 sahiu de Cadiz um

grande troço de mergulhadores,

para explorarem o Atlântico.

Os vapores Sevillano e Cabo

Lanao, que andaram percorrendo

todo o Estreito, não encontraram

o menor vestígio do Reina Re•

gente.

O cruzador Alfonso XII vai

Sroceder a sondagens no cabo de

'rafalgar, depois de ter percorri-

do todas as costas de Hespanha e

de Marrocos sem resultado.

E' fora de duvida que o Reina

Regente e toda a sua tripulação fo-

ram tragados pelo mar.

Em Cadiz reina a mais profun

da desolação. Os passeios e os

theatros eneontram se desertos.

Olho por olho...

N'uma hospedaria da calçada

do Desterro, 10, 3.°, estavam hos-

pedados José Rodrigues e Anto-

nio Luiz de Carvalho.

Aquelle furtou a este quatro

camisas, e este, para lhe não ficar

atras, subtrahiu-lhe 3*5500 réis

em dinheiro.

Foram ambos capturados.

Por telegrammaa particulares,

recebidos hontem á noite, sabe se

que o cruzador Affonso XII já

trouxe a seu bordo cadaveres do

vapor submergido.

Cadiz, 19, m.

0 cruzador «Alfonso XII» achou o

«Reina Regente» submerso iunto do

baixo de Aceitunas, á entraaa do es-

treito, tendo meio metro do mastro

fóra de agua.

0 «Alfonso XII» partiu novamente

para o sitio do sinistro. (Havas)

Foi mandado apresentar hon-

tem na 5.a repartição da secretaria

do conselho do Almirantado o me-

dico naval de 1.* classe Francisco

Xavier da Silva Telles.

SIGE-LIFE

El-Ilei e o Senhor Infante D. Af-

fonso andaram hontem na Avenida,

dirigindo os seus carros.

*

Suas Magestades e o Senhor In-

fante D. Affonso assistiram ao espe-

ctáculo de hontem em S. Carlos.

Fazem amar hi innos as sr.":

D. Maria d'Assumpção Ferreira

Pinto Basto.

D. Maria Avelina Rebello de An-

drade.

D. Maria do Carmo da Costa Guer-

reiro d'Amorim.

D. Maria lgnacia Santiago de Le-

mos. D. Arthemisa Fernandina Corroa

da Costa.

D. Josephina Augusta Campeão.

. D. Emilia Adelaide dos Reis Farto.

D. Maria Hermínia Dias de Castro

Monteiro.

D. Maria das Dores de Moura de

Mendonça Pessanha.

E os srs.:

Visconde de Melicio.

Manuel d'Oliveira Pinto da França.

José da Paixão Castanheira das

Neves.

Raphael Bordallo Pinheiro.

Fez hontem annos a menina Alice

da Silva Pereira.

Está em Lisboa com sua esposa o

sr. dr. José Victorino d'Albuquer-

que. —Está em Setúbal o talentoso en-

genheiro sr. Augusto Ricca.

—Regressou de Guimarães o sr.

dr. Mattos Chaves.

—Parte hoje para Angra o rev.

bispo d'aquella diocese.

—Chega brevemente a Lisboa o

sr. Conde de Macedo. —Está em Lisboa o sr. Visconde

de Chancelleiros. —De passagem para o Porto, vin-

dos de Faro, estiveram n'esta capi-

tal, o sr. Antonio Luiz Cardoso de

Menezes e sua esposa a sr.* D. Anna

Pereira da Cunha. —Regressou a Castello granco o

sr. dr Ruivo Godinho, antigo depu-

tado da nação.

—Regressou a Paris de sua via-

gem a Londres o sr. Thomaz Rosa.

—0 sr. bispo d'Angola parte para

a sua diocese no paquete de 23 do

corrente.

—Chegou de Cabo Verde a sr.4 D.

Olympia das Neves Freitas e Pinho.

#

Vimos hontem em S. Carlos as sr."

Marquezas Frederico Spinola e de

Fronteira, COndessa de Thomar e fi-

lhas, D. Marianna Andrade de Cas-

tro Guimarães e sobrinhas, Condes-

sa de Almedina e filha, Condessa de

Valbom, D. Leonor Lobo d'Avila Ma-

nuel, Atalayas, Galveias, D. Izabel

O'Neill, D. Maria Francisca da Costa

Lima, D. Livia Schindler C. Branco e

irmã, Condessa de Valenças e filhas,

Condessa de Mesquitella, D. Augus-

ta Ferreira d'Azevedo Castello Bran-

co e irmã, Mac1. Driesel Schroter e

filha, Viscondessa de Valmor, D. Ju-

lia e D. Henriqueta Seabra de Cas-

tro, D. Alice Franco Ribeiro, Con-

dessa de Porto Covo, Condessa de

Monsaraz, D. Josepha Papança, Vis-

condessa de Ferreira Lima e filha,

D Bertha Ortigão Ramos, D. Felicia-

na Ortigão Burnay, Condessa do La-

vradio, D. Constança Pacini da Ca-

mara, Iglezias, Madame Gomes, Con-

dessa de Penalva d'Alva, D. Mathil-

de An;os Pindella e irmãs, D. Jose-

pha de Sandoval, D. Maria Carlota

de Sá Pereira de Lancastre, Condes- sa da Anadia, Viscondessa de Alfer-

rarede, D. Andralina dos Santos Mo-

reira e filhas, Madame Oliveira Soa-

res e filhas, Condessa d'Avila, D.

Maria de Lacerda Aguiar, D. Horten-

se Ferreira, D. Perpetua Mendes Mon-

teiro e filha, etc.

A vida elegant?* «o es-

trangeiro -

Argel, 18, t.

Chegou esta manhã aqui o Tzare-

vitch a bordo do «yacht» imperial «Estrella Polar», vindo de Corfu.

*

Paria, 18, t.

Segundo todas todas as probabili-

dades, a noticia official do pedido de

casamento do duque de Aosta será

communicada esta noite.

#

Pari8, 19, m.

Diz o «Soleil» que está feito o ac-

cordo a respeito do casamento da

Princeza Helena d'Orleans com o Du-

que d'Aosta; a noticia não é ainda

official, mas não pôde tardar que o

seja.

Segando afíirma o «Figaro», a no-

to e ao

ticia foi já telegrada ao Rei Humber-

Duque d'Orleans.

Londres, 19, t.

0 sr. Soveral, ministro plenipoten-

ciário de Portugal em Londres, par-

tiu esta manhã para Lisbca, no goso

de licença.

(Havas)

Cruz Vermelha

E' hoje que El-Rei recebe, pela

uma hora e meia da tarde, oa co-

ronéis commandantea da guarni-

ção de Liaboa e commandantea de

navioa de gaerra, que vão convi-

dar Sua Magestade para presidir

á commissão que promove a festa

de caridade, em beneficio da be-

nemerita Sociedade da Cruz Ver-

melha.

Assumia o commando da esco-

la de alumncs marinheiros de Lis-

boa, que lhe foi entregue pelo ca-

pitão de mar e guerra conselheiro

Francisco Joaquim Ferreira do

Amaral o capitão de fragata João

Augusto Botto.

S. José

O conceituado jornal do Porto,

«A Palavra», dedicoa o sea na-

mero de hontem ao glorioso Pa-

triarcha.

Insere o retrato do santo e o do

Cardeal Bispo do Porto, D. Amé-

rico.

Está melhor dos seusincommodos,

o que muito estimamos, o sr. João Candido de Moraes.

—Tem estado bastante doente,

mas já se encontra quasi restabele-

cida, a sr." D. Carolina Oguiea. —Continua doente a sr.a D. Maria

Izabel Zea Bermudes Calheiros.

—Tem estado doente o sr. Manuel

da Cunha e Lorena (S. Vicente).

—Passa ainda incommodado o sr.

Conselheiro Jeronymo Pimentel.

—Está melhor o sr. Conde do Alto

Mearim. . . „ .

—Está doente a sr." D. Mana Emí-

lia Silveira, esposa do sr. general

Sebastião Calheiros.

A's quartas feiras de quaresma

na egreja de Santa Martha faz-se

via-aacra ás 5 horas com ser-

mão.

O sr. Joié Maria Alcobia anti-

go professor de musica e chefe da

orchestra da Real camara foi se-

pultado no cemiterio oriental, teve

as honras militares por ter a pa-

tente de capitão tenente como em-

pregado reformado do arsenal de

marinha.

S. Carlos

Tem logar amanhã, em S. Car-

los, a recita de gala para solem-

ni8ar o anniversario natalício de

Saa Alteia o Principe Real, que

pela primeira vez vai ao theatro,

e que assiste ao espectáculo, bem

como toda a Familia Real e a

corte, da grande tribuna de gala.

Canta-se a Lucrécia Borgia, am

dos mais notáveis trabalhos do te-

nor Moretti.

Brevemente estrear se-ha o dis-

tincto barytono Kaschmann, na

bella opera de Ambroise Thomas,

o Hamlet.

Estão já maito adiantados os

ensaios da Irbne, que ainda este

mez vai á scena.

REVISTA ALEGRE

Santo Antonio, o festejado

Thaumatargo e orador,

Por quem ea tenho am amor

Feroz, dos mais violentos,

Foi Bobretudo, no mundo,

O maior e mais profundo

Protector dos casamentos...

Por isso eu lembro ás meninas

Solteiras, com coração,

Que façam já commissão

P'ra fazer festas bonitas,

Que o santo é pessoa mei^a.,.

E, se lhe derem manteiga,

Arranja noivos catitas.

Monsió.

*24.° anno Numero 7:898

Conferencia

O illustre professor do Carso

Superior de Lettras, o sr. Adol-

pho Coelho, fez hontem ama con-

ferencia, na sala do Atheneu Com-

mercial, tomando por themaa «A

hiatoria do progresso e a historia

aaiversal», e «A evolução do ves-

tuário e do trabalho».

Como sempre, o sr. Adolpho

Coelho houve-Be com rara habili-

dade e proficiência, prendendo o

audiorio, que o escutava attenta-

mente, com a facilidade da sua

palavra e com a exposição clara

das suas idéas.

A concorrência era grande,

vendo-se também na sala alga-

mas senhoras.

Furto

Antonio Joaquim Ferreira foi

preso por subtrahir de um esta-

belecimento da raa de S. Julião,

164, ama peça de setineta ava-

liada em 3£000 réis.

Exposição de pintura

IV

Mannel Henriques Pinto

Discípulo de Annunciação.J

Pouco citado o qae não quer di-

zer que deixe de merecel-o.

Os seus trabalhos, no geral mo-

destos, não attrahem exclamações

do visitante/aneur, mas impõem-

se a quem procara cuidadosamen-

e ao jniy que ob estuda atten-

tfficio.

E' assim que na sua corbeille

trea medalhaa reverberam: a de

3 ■ classe, com distineção, da So-

ciedade Promotora das Bellas-Ar-

tes, a de cobre da exposição in-

dustrial (em 1888) e a de 3.*claa-

ae, da aegunda tx posição do Gré-

mio Artisiico, em 1892.

Estudou na Academia.

Teve um mau começo de vida,

que a sua foiça de vontade ven-

ceu.

Depois lactou outra vez, contra

uns defeitos do métier, que uma

errada orientação creára; como

um ingles que reconhece oa erros

proprios, assimilou conselhos, es-

tudou se a ai mesmo e fez uma

raridade na caturrice nacional—

mudou de rumo...

Se todos asiim fiaessem, creio

que varias artes eá da terra esta-

riam hoje mais guindadas—mas

isto é gente de antes quebrar qae

torcer... deixal-a em psz e ás

moscas, é o melhor.

Manael Pinto fez assim pro-

gressos rápidos, abalando por es-

se paiz adiante em cata de as

sumptoe, suggestionando se com

os simples, no ambiente puro, em

contacto directo com a Natureza.

Os seus quadros, desde 1883 para

cá, accentuam em arte uma pro-

gressão geometrica crescente, on-

de a razão é positiva.

Pertenceu ao Grupo do Leão,

creio que leccionou desenho na

escola de Portalegre e é hoje pro

fessor da escola Jacome Ratton,

em Thomar.

Expõa uma tela grande a que

deu o titulo Uma teima e onde um

rapazito de pé descalço pretende

á força obrigar uma cabra a sal-

tar um fio d'agua. A cabra, que é

socialista, não reconhece auctori-

dades e finca as patas, n'uma at-

titude de menina malcreada. Eitá

bem definido o assumpto e os

pormenores. O quadro tem um tom

glauco, geral, uniforme, que lhe

dá foros de tela antiga sem lhe

tirar o valor.

Mais duas paisagens, paciente-

mente pormenorisadas,—Moinhos

dos Martins e Cabanas perto do

Zezere—fecham a pequena expo-

sição d'este profeisor provinciano,

que passa no iéyUio do campo as

horas vagas, em que os rapazes

da escola lhe não fazem a cabeça

doida, n'uma grande calmaria de

espirito, que parece traduzir se

nos bucolicos bocadinhos campes-

tres que a gente vê, bem dispos-

to, na exposição, todos os annos.

Chàntillt.

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D BAR! O 1LLLKTRADO

As camaras

de Lisboa e Porto

As impertinências audaciosas

da minoria da camara de Lisboa

e da maioria da camará do Por-

to, em representarem contra as

attributes tutelares da sua ge-

rencia, teve o merecido castigo,

no indifferimento da maioria em

Lisboa, ao requerimento para se

celebrar uma sessão extraor Jina-

ria, e no procedimento correcto e

patriotico da minoria da vereaçào

portuense, conforme os telegraan

mas que hontem publicámos.

No mo;" de tanta anar úa, jo

cabos do <• no qae nos i

foca, a maioria de Lisbj^^^mlj

nor:;i do Porto conr

ma3... todos sabem! Em Lisboa

é o Estado que suppre os deficits

e que paga os juros dos emprés-

timos—uma annuidade de perto

de 2:000 contos; no Porto, como

disse o sr. dr. Sousa Avides, ca-

ra a cara, frente a frente, os di-

nheiros do município vão-se em

grande parte nas despezas da po-

litica!

Ora, vir pedir que continuasse

8imilbante estado de coisas, tâo

bonito, tão consolador; querer

que o Estado emprpstajsp, r

gaw, déase e qae^nâ) b?cali8^-

no conselho do Sumo Pontífice;

em minimo, o discurso do sr.

Eduardo d'Abrea, em Braga, pre-

tende insinuar se—elle!—no es-

pirito de clero.

No que toca á mandreice, o de-

creto não faz mais do qua legali-

se uma pratica, pois que o dia

do Santo Patriarcha foi de todo o

sempre, de facto, sanctifícado pa

ra a grands maioria dos verdadei-

ros catholicos.

Pelo qco respeita & politica do

governo, é aceucaçSo por tat for- . >c

4 crise ministerial em Iles-

panha

São já sobejamente conhecidos,

em face dai informsçõas da agen-

cia HavaB, os factos que determi-

naram a actual crise em Hespa-

nba.

O jornal madrileno «El Resu-

men» extranhou, em artigo, que os

oSr'iiie* subalternos do % exercito

fceuv "• am revelado uma grande

re u . uncia em marchar para Cu-

IO<

nonnf. con t< LI ir»! \ VI í. I. • t _ _ I _ A A ' _ m oamboc bata '1 u

VO!

opno aia em

O «Diário Illastrado»

coromemora o remnbe-

lecimento da» relações

entre l»ortu|al e Brazil

com gravaras especiaes

que hão-de completar a

•na 1.* pagina de sexta

feira» 22 do corrente.

São dois magníficos re-

tratos do dr. Assis Bra

zll, ministro do Brr X

em Lisboa e do Co *<

llielro Thomaz Bir

ministro de Porli^t. no

Começaram já os trabalhos no

magnifico orgâo da egreja de S.

Vicente são encarregados os srs.

Amor Machado, e Duarte Silva.

I AA |.t«.

I tu uw u w • • u *»v

!01j 1 luQ o em

' effeito, é mister haver

coi. u?i i nos republicanos de

-i e dc, progressistas do

Porto para se atreverem, n'um

paiz pequeno, onde tudo se sabe,

onde todos no3 conhecemos, a

quererem protestar, com um cy-

nismo relapso, contra o acto de

excellente administração que se

poz em pratica—providencia que

não representa uma doutrina

abstracta, nem tão pouco um ca-

pricho de estadista, mas traduz

uma prescripção necessaria, ur-

gente, que a observação dos fa-

ctos determinou e impoz! Aquel-

las funeções tutelare3, que res-

tringem despezas, que regulari-

sam escripturação, que relacio-

nam o poder municipal com o

poder central, não são conserva-

doras, nem são liberaes: são ver-

dadeiros remedios ao vicio dos

nossos costumes, cautério effi^az

á chaga da politiquice, ou seja

progressista, ou seja republica-

na, ou seja regeneradora! Não se

trata de escolas, de doutrinas, de

theorias, de palavriados, de fal-

lacia3, de dec!ama;oes: trata-se

de boa3 praticas, impostas pela

experiencia. Tanto nos importa

que possam ser, essas funeções,

acoimadas de conservadoras ou

de liberaes; o titulo não nos im-

porta para nada, não nos com-

move, não no3 impressiona. Dei-

xamos esse entretenimento para

especuladores, para innocentes

e para plumitivos—tres entida-

des que, por inspirações diver-

sas, de boa e de má fé, se har-

monisam, se comprebendem, se

admiram e se completam. 0 que

queremos, o que quer o paiz, o

que quer Lisboa, o que quer o

Porto, o que querem as provín-

cias, é que se administre bem,

cercando-se a administração de

todos os meios e providencias

que tornem este ideal n'uma rea-

lidade palpavel e evidente!

Com os demonios! Todos sa-

bem como se tem administrado a

camara de Lisboa, de3de que os

immortaes princípios ali tiveram

ingresso! Todos sabem como se

administra,a camara do Porto,

desde que 03 progressistas, á

sombra de Pinto Bessa, um re-

formista bem intencionado, se

apoderaram da vereação, que se

transformou no centro partidá-

rio da terra!

filies podem, uns e outros, di-

zerem quanto quizerem: todos

sabem! Elles podem, republica-

nos e progressistas, lavrar pro-

testos, celebrar comicios, invo-

car doutrinas, ameaçar a Corôa:

I vuuuijuiit. tiu u;i

ma vereação, -» cíijui dos con-

j tribuintetí^ fig lornar o sustenta-

J-CUtf/íôs caprichos e dao vaida-

I dcò d'uQl cotlt-'it de políticos, 6

mferlinencia, é audacia, é atre-

vimento descarado, é cynismo

relapso, e bem hajam—o gover-

no que se inspirou na gravidade

das circumstancias, a maioria de

Lisboa que indeferiu ao requeri-

mento, a minoria do Porto que

poz tudo, como vulgarmente e

apropriadamente se costuma di-

zer, em pratos limpos, para que

todos vissem a sinceridade do

protesto!

Deixem-no8 exclamar a phrase

alliviante, que no3 está a saltar

da penna, e que é esta:

—Arre, que é demais!

E' abusar da paciência publica

o andarem taes goliardos com

taes comedias! Cá os de Lisboa

fallaram em princípios immor-

taes; lá os do Porto, n'uma gran-

de tirada, invocaram o baluarte

das liberdades patrias, e o tal

baluarte veiu por ahi fóra, nos

fios, como tropo de primeira gran-

deza, decisivo da questão!

Mas a que vôm os princípios,

mas a que veiu o baluarte?

De certo que os princípios são

respeitáveis na sua pureza, mas

quando encobrem e irresponsabi-

sam praticas ruins, esses princí-

pios, bypocritas como Tartufos,

eão uns maladrins de primeira

ordem! De certo que o Porto, a

grande cidade, tem um titulo de

gloria, pagina de ouro na histo-

ria da patria, sm ter sido o ba-

luarte das liberdade3 legitimas;

mas quando essa tradicção se in-

voca para e3Conder maus exem-

plos, faz-se uma injuria á libar-

dade e á cidade, pretendendo

tornal-as connivente3, parceiras

inconscientes da politica d'uma

facção!

Senhores colligados, republi-

canos de cá, progressistas de lá:

não forcem a nota. Isto não vai

com palavriados, vai com factos;

olhem que a paciência publica

tem limites, e se ella tem razões

para se revoltar é contra os que,

por politica, pretendem difficul-

tar uma administração honrada!

Do J' Or ítOiÇo(

345

FOLHETIM

JULES CARDOZE

O SINEIRO

SAINT-NIERRY

SEGUNDA PARTE

- IX

O pavlllião mysterloso

(Ooatimuado do numero 7:896)

—Deve ficar aqui!

Joanna insistia exclamando:

—Porque me trouxe para aqui?

Porque me impede de ir ter com

aquelles que amo e dos quaes me

separaram violentamente?

—Não pesso proceder de outro

Pela politica

e pela administração

Sumula do artigo editorial do

Século de hontem:

—Que a religião vai em deea-

dencia ..

—Que a santificação do dia de

S. João é um incitamento á madra•

ceira...

—Que o governo, aanccionando

o breve pontifício, o fez por politi-

ca...

Enquanto á decadencia da re-

ligião, que o digam: em grande, a

republica francesa, que tem a sua

maior garantia de estabilidade

modo, respondeu Timon com voi

mais branda.

—Mas emfim, inaistiu a rapari-

ga com extrema vehemencia, se

eu estava no pavilhão é porque

fora ali na companhia de uma da-

ma e com a permissão de seu amo.

Qae foi feito da pessoa que me

acompanhava?

—Que importa o que foi feito

de Dolcia! exclamou Timon com

um movimento de impaciência que

não pôde reprimir. O importante

é que meu amo não seja importu-

nado na conversação a que está

entregue n'este momento.

—Com aquelles que me procu-

ram?

Timon teve um sobresalto e

perguntou:

—Quem é que a pôde vir pro-

curar aqui? A senhora veio com a

Dolcia e eu não sei que essa mu-

lher tenha o que quer que seja de

coed mum com as pessoas que se

acham n'este momento no pavi- I

lhào, em companhia do senhor su-1

F

íiisco—cbnr.am aiguas joraaes

ao factojda Relação não ter dado

rovimento aos embargos do sr.

raucisco Beirão, por illegal cobran-

ça de impostos.

«Fiasco, sem duvida!

«Mas, fiasco de quem?

«Fiasco, infelizmente, da justiça,

do direito, da lei!»

MagÍ8ter dixit!

*

* #

Chegaram hontem do Porto os

srs. Ezequiel Vieira de Castro e

Pinto Saraiva, que vêm, perante

a commiisão revisora de plutas

aduaneiras, apresentar algumas

reclamações.

—El-Rei, acompanhado pelo sr.

ministro da Gaerra, vae no dia

29 a Vendas Novas, onde se de-

morará até ao fim do mes, assis

tindo ás experiencias com tres

boccas de fogo que não estão

adoptados em Portugal: um ca-

nhão revolver, uma peça automa»

tica e uma metralhadora.

—Era a seguinte a situsção do

Banco de Portugal em 13 do cor-

rente: Natas em circulação, róis

52.541:574$750; conta corrente

com o thesouro 14 978:574^100

réis.

—Na administração geral das

alfandegas está-se confeccionando

a lista de antiguidades de todo o

pessoal civil, dependente d'squel-

la repartição superior.

—Os srs. Sousa Larcber, Leão

d'Oliveira, Cupertino Ribeiro,

João Pedro d'Almeida e Teixeira

Bastos, quo formam a maioria da

camara municipal de Lisboa, pu-

blicaram hontem um manifesto

declarando que abandonam as

suaB cadeiras de vereadores, co

mo protesto contra a reforma

administrativa.

Pois passem por lá muito bem!

Portugal e Brazil

A bandeira brazileira foi hon-

tem haateada, era meio dia, no

consulado d'aquella naçlo, na rua

do Alecrim.

Ao qae nos consta, o digno con-

sul geral, o sr. Vieira da Silva,

hontem meamo recebeu telegra-

phicamente a notificação do seu

governo de se terem reatado as

relações entre os dois povoa, par

ticipando-se-lhe também, segando

ouvimos, que o ministério brazilei-

ro agradecera ao ministro dos Es-

tados Unidos da America do Norte

a protecção dispensada aos seus

nacionaes, protecção que cessava,

entrando o consul em relações

com o governo portuguez, até á

vinda do sr. dr. Assis Brazil, que

deve chegar brevemente a Lisboa.

O «r. Vieira da Silva expediu

ordens aos vice-consul para que

hasteassem a bandeira brasileira

durante tres dias.

Hoje e em todas as quartas fei

ras de quaresma, pelas Ave Ma

rias, haverá na egreja de Bellas

o exercicio de Via Sacra em suf-

fragio das almas do Purgatorio,

concluindo com sermões de dou-

trina e Miserere. E' orador o re-

verendo prior de S. Thiago.

perintendente daB Finanças, meu

amo.

Joanna, se bem que ralada pela

angustia, notára o desprezo com

que o creado pronunciava o nome

da Dolcia.

Lembrou-8e do logar e do meio

em que encontrára aquella crea-

tara.

A recordação da orgia á qual a

tinham obrigado a assistir, acu-

diu lhe á memoria, e olhou fixa-

mente para o servo, dizendo:

—Eu vim aqui porque a pes-

soa qae me condusiu me assegu

rou qae o senhor superintendente

dai Finanças era assaz poderoso

oo reino para me proteger, pri-

meiro contra os amigos que se en-

carniçam contra meu pae e contra

mim, e depois para me fazer en-

contrar aqaelles que me são ca-

ros.

—Mas de quem quer a senhora

fallar?

—De meu pae... o lenhador

Cláudio.

o, vario» offi

rigiram-Bd ás salai dt redacçílt

do «Itjfiumen», e praticaram ali

ec "evanche», alguns actos de

violência contra os redactores e di-

rector do j or uai.

No dia immediato foi o governo

interpollado no Congresso ácerca

do occorrido, o o ministro da guer

ra, em resposta, dirigiu acres ac-

cussções aos jornalistas. Da gale-

ria da imprensa sahiram logo,em si-

gnal de protesto, todos quantoa lá

estavam, e f jram para ob seus jor

naes dar uma carga a fundo no

governo e n'uma parte do exer

cito.

Como a attitude do ministro da

guerra;desagradasi3 geralmente, o

sr. Sagasta viu-se constrangido a

apresentar a demissão collectiva

do gabinete, allegando que a este

faltava a auctoridade para gover-

nar.

O governador militar de Ma-

drid, general Bermudes Reina pe-

diu também a sua demissão, sendo

substituido n'aquelle cargo pelo

marechal Martinez Campos.

O Congresso e o Sanado sus-

penderam ante hontem as suas

sessões, até que haja novo gover-

no.

O partido conservador, se fôr

chamado a organisar gover-

no, não acceitará, ao que se

diz.

#

Madrid, 18, t.

Foi hoje lida ao senado e á cama-

ra dos deputados a communicaçáo

da demissão dos ministros, sendo

em seguida levantadas as sessões. O marechal Martinez Campos rece-

beu os offleiaes da guarnição de Ma-

drid, e decidiu fazer respeitar a lei por toda a gente.

Dois jornaes republicanos serão

processados pelo tribunal marcial.

#

Madrid, 18, t.

A Rainha Regente recebeu esta

noite os srs. Montero Rios e Marquez

de la Veja de Armijo, presidentes do senado e da camara dos deputados,

e o sr. Canovas dei Castillo. Guar-

da-se grande silencio sobre os seus

conselhos e opiniões. 0 boato da

declaração do estado de guerra em

Madrid e completamente infundado

(Havas).

ELVAS, 19, t.

Sómente hoje ao meio dia foi

possivel entrar na cadeia d'eita

cidade.

Os presos que se achavam na

enxovia foram conduzidos para

um segredo, afim de se passar re-

vista á enxovia, encontrando-se

ahi tudo de louça partida, alguns

canivetes e baralhos de cartas.

Acabada a revista ficaram sõ-

mente no segredo dois, que foram

os cabeças de motim. O dr. dele-

gado Serra ordenou que darante

oito dias não lh d fosse diatribuido

senão pão e agua.

Rcceia-se hoje novo tumulto, fi-

cando por isso a guarda comman-

dada por um sargento.

—Choveu hoje, cahindo algum

graniso.

M.

Consistorio

Roma, 18, t.

Celebrou-se esta manhã o consis-

torio annunciado.

(Havae).

—Cláudio?... O que habitava

na floresta de CroissyV

—Vivia ahi antes de aer preso.

—E as outras pessoas de quem

pretende também ser amiga?

—Essas estão egualmente amea-

çadas por poderosos inimigos...

Ah! o senhor deve ter ouvido fal-

lar em Magdalena de Blangis...

—Como! pois seria...

—E em Luiz... e no sineiro de

Saint- Merry? continuou Joanna

que via modificar-se o jogo de

physionomia do seu interlocutor,

á medida que ella fallava.

Com effeito, Timon estava admi-

rado e de severo qae se moitrára

até alli para com aquella que jul-

gava ser uma creatura protegida

pela Dolcia, tornava se subita-

mente brando como se realmente

bo interessasse por aquella joven.

Chegou mesmo a tomar um ar pa-

ternal.

—Miaha filha, disse elle, acon-

selho lhe que não se assuste.

—Mas o senhor deve compre-

hender o quanto me tarda tornar

ibrazue

I exirami

r% L IA là íiailco. ; senho i

O* srs, corresponden-

tes ten2tsro n bonflaáe

de nos uiser os números

querem a mais* sobre a

remessaordinaria, para

regalarmos a tiragem.

SETÚBAL, 19, t.

Circulares insultuosas da Eri-

ceira foram enviadas a differentes

cavalheiros d'esta cidade. As cir-

culares eram redigidas em termos

profundamente baixos e vergo-

nhosos.

Estas circulares, que visam uma

alta dignidade ecclesiastics, são

firmadas por Hermano Franco

Mattos, naturalmente pseudonymo

do auctor de tão sordidos manus-

cript08. Bom será que a auctori-

dade o descubra, pois merece um

castigo exemplar.

Estas circulares produziram

profunda indignação.

M.

Atiradores civis "Eslrtlla"

Recebemos convite d'esta nova

e magnifica associação de tiro,

para a festa da sua inauguração,

que se realisa no dia 24, palas 2

horas da tarde.

O convite é feito pelos corpos

gerentes, que se compõem dos

srs.: Cunha Belem, Dias de Al-

meida, Eduardo de Noronhs,

Eduardo Nunes da Motta, Eduar-

do Rodrigues, Gil Antonio Dias

d'A8sumpção, Henrique Affonso

Pires, José Antonio de Carvalho

Gandars, Joaquim José de Bar-

ros, Luiz de Oliveira Miranda

Vienna, Manuel José Gonçalves

Vianna, Manuel Mariz Costa, Pe-

dro Caldeira, Sebastião Machado

Correia.

A marinha ingleza

Londres, 18, n.

A camara dos communs rejeitou

por 153 votos contra 32 a proposta

do sr. Lawson, pedindo a reducção de 1:000 libras esterlinas no orça-

mento, para protestar contra as des-

pezas da marinha, e approvou o ca-

pitulo das soldadas dos marinhei-

ros.!

Transporte de varia3 merca-

dorias

A Companhia Real dos cami-

nhos de ferro portuguezes annuo-

cia que desde 1 d'abril de 1895

fica annullada a tarifa conbinada

P. H. F. n.° 7, de pequena veloci-

dade, de 1 de março de 1887, em

vigor desde 15 do mesmo mez, ap-

plicavel ao transporte de varias

mercadorias das estaçõ ís de Lis-

boa ou Entroncamento para 88

das Companhias do Meio-Dia de

França e de Orleans ou vice-ver-

sa.

O Encanto

Está publicado o n.# 14 d'esta

excellente publicação que trsz o

retiato do sr. Conde do Alto Mea-

rim.

A parte musical consta d'umas

deliciosas trovas populares, dedi-

cadas ao grande poeta João de

Deus pelo sr. Henri Muller, Fils.

A lettra das trovaB é do sr. Pe-

dro Pinto, um moço intelligente e

muito trabalhador.

a vêl-os, o quanto estou anciosa e

inquieta. Oh ! não posso esperar

mai* para saber o que fizeram de

meu pobre pae, o que fizeram de

Magdalena.

—A respeito d'essa posso dar-

lhe alguns esclarecimentos.

—O senhor ? Oh ! por Deus,

falle!

— Está salva ! pronunciou Ti-

mon.

E' impossível descrever o mo-

vimento de alegria que se operou

na filha do lenhador.

—Salva ! repetiu ella, salva !

D'esta vez, Timon sentiu-se

commovido.

E brandamente, com as precau-

ções necessárias para não emocio-

nar a desditosa rapariga que tre-

mia como varas verdes, aceres-

centou:

—Sim, minha filha, Magdalena

de Blangis escapou áquelle que

retendia fazer d'ella sua mu-

her.

—O Marquez de Crivellie !

Joaqnim Aagnslo da Gosti

FABRICANTE

E'ernecedore«ela«lvo dc

Hlnisterlo dos ^ffo-

" o*

ciedade de tteo|r?A«

pbla.KnsiUmo de Coim-

bra. elet

< u rua de *

Jaiião, tiJO, 3.°, onde tem

um completo sortimento no

sen genero e para onde, devi

ser dirigida toda a corres-

pondência.

Para fizer dormir um astbma-

tico, supprimindo a oppressao, os

accessoa do tosse, as sufFjcaçõás,

basta fazei o fumar um Cigarro

Índio de G/imault e C.a.

S

José Antonio dos Santos

Ha dois annos, pelo menos, que

se recebiam na redacção do Diá-

rio lllu8trado successivas cartas,

qaasi qae uma por dia, sobrescri-

ptadas ao nomo que serve de epi-

graphe a esta noticia.

Por mais de uma ves se annun-

ciou que não havia, nem houvera

nunca, na redacção, administrac-

ção e typographia do jornal se-

melhante individuo.

Mas as cartas continuavam.•.

Ha dias procedeu-se á abertura

de algumas, todas extensas—fo-

lhas e folhas de papel cheias de

lettra miudinha—averiguando-se

que se tratava de uma pobre 83-

nhora, que não sabamos quem se-

ja, mas que se conclue que é uma

pobre louca, que deu aquelle no-

me e aquelles appellidos a um en-

te amado, escrevendo lhe, expan-

dindo-so em grandes manifesta-

ções de amor, attribuindo todos os

versos, todos os pensamentos, to-

dos ob annuncios a palavras que

lhe manda o seu idolatrado!

Julgamos de nosso dever fazer

conhecido este facto, porque ven-

do-se que a pobre ssnhora é leito-

ra assídua do Diário lllustrado%

talvez assim obstemos á continua-

ção da remessa.

N'uma das ultimas cartas, até

nos versos de Fernandes Costa,

de João de Deus, de Luiz Osorio e

de outros poetas,versos commcmo-

rativos da fista do eminente lyrico,

foram por ella considerados como

expressões que lhe dirigia o seu

José Antonio dos Santos, o ente

idolatrado, que a ama e que a tor-

tura!

Nolasliundanas

XLII

0 sr. Ningucm é um idea-

lista innocente ou é marido

de modista: deixe gosar, ho-

memsinho, a vista da gente,

porque essas visões, a que se

refere com reticencias, são o

único linitivo á semsaboria

da inverneira.

A portugueza, meio caro

senhor, n'esse ponto de er-

guer o vestido, é a mais cau-

telosa de todas as mulheres.

A hespanhola ergue um pal-

no; a franceza, dois. Esta sim,

que entende bem... a eco-

nomia da seda e das rendas!

Portanto faço votos para

que o seu conselho seja lan-

çado no desprezo; aliaz a mu-

lher perdia a elegancia, pa-

recendo um manequim feito

de uma só peça.

Alguém,

—E' justamente esse o nome do

gentilhomem em questão.

Joanna estava offeganto de ale-

gria.

—Oh ! deixe-me ir para junto

de Magdalena !... Sapponho que

ella estará aqui!... E os ou-

tros?... Creia que teem pressa

de me tornar a vêr.•. Ah! le-

ve-me onde elles estão.

—E' impossivel n'este momento.

—Se o senhor me não concede

o que lhe peço, exclamou a joven,

cujo espirito se exaltava, vou gri-

tar, chamai a pelo seu nome

para que elles saibam que estou

aqui...

Timon estava deveras embara-

çado.

—Socegue, minha filha, disse

elle com extrema doçura. Se resis-

to aos seus desejes é porque sou

forçado a isso. Recebi ordens...

—Para me impedir de vêr os

meus amigos, de lhes fallar, de me

lançar nos braços d'elles ?

(Continua)

Page 3: D BAR! O 1LLLKTRADO - purl.ptpurl.pt/14328/1/j-1244-g_1895-03-20/j-1244-g_1895-03-20_item2/j...Reflectem a cor do ceu, Da terra a gente se esquece Tão grande encanto é o teu! Quando

DO

Aqui e acolá

O duque d'0/léAii*

O Matin reproduz n'estei ter

mos uma interessante converssção

Ou eMii dantes de Pariu

E' sabido que os estudantes de

Paris publicam todoi os annos, na

Micarême, o numero único d'um

jornal intitulado Au quartier la

tin} cuja venda reverte a favor

que um dos seus redactores teve I dos pobres.

tm Londres com o duque d'Or- N'esse jornal, collaboram os es

léans. irmão da nossa gentil so- criptores parisienses mais conhe

berana: eidos.

OjornalÍ8ta.—Fallou-se ultima- Do numero d'este anno, que

ente muito de V. A. nos jornaes, acaba de publicar-se, copiamos ob

a proposito do dinheiro do boulan- seguintes graciosíssimos versos de

gismo e da duquesa d*Uaèj... Jules Jouy, sob o titulo: Le Mar-

0 príncipe.—Isso tudo são pu-1 di gras des va-nu*pieds:

ras blagues; não passaram de con

tos veibos em que nuuca me en- J'voudrais trimer comme um nègre

volvi, nem quero hoje envolver- Et turbiner comma un eh'vai.

me. C'est 1'mardi gras et j'suis maigre;

—E o respeito de crise presi- Ca m'embêt', le carnaval,

dencial? Devia ter-vos surprehen- La faim m'fait fair' la grimace;

dido, de certo... Y'a six mois qu' je m'suia rasé

—Nem por isso. Com umgover- Et par derrièr1 ma ch'mis' passe:

no como o da república, nada nes On m' prend pour un déguiiô-

deve surprehender; ó preciso es-

tarmos prevenidos para as peiores Uo' gargotiè^e, à 1'ân'boane,

catastrophes. Crise ministerial, M'a donné deux bouts d' pain

crise presidencial, ausência de mi- blanc

nistros e do chefe do Estado; com- J'cherche un coin cú y'ait person

plicaçoss graves no interior, que ne,

podem determinar complicações Pour les manger sur un bane.

ainda maia graves lá fora, tudo J'en cache un sous mon aisselle;

isso se repetirá talvez amanhã, e L'aut, dans l'dos, je l ai r'misé.

é possivel que se resolva d'um mo- Je r'ssemble á Polichinelle:

do menos pacifico, mercê da vossa | On m'prend pour un dóguiaó

anarebia republicana.

Por essa occasião, essrevi a car-1 Zola firma, no interessante jor-

ta que deve ter lido, aconselhando | nal, estas linhas:

o meu partido a manter-se na re

serva mais absoluta: Ao ter co-

nhecimento da demissão do sr. Ca-

simir Perier, metti-me immedia-

tameate no comboio; cheguei a

«Ah! a eterna comedia! O que

se póie diíer, não poderia escre-

ver-se. A moral litteraria é Cen-

drillon que cuida da coiinha, em-

Londres, e como não encontrasse I quanto sua irmã mais velha, a

um caò,fui a pé até Charing-Cross, moral d'uso quotidiano, se veste

onde tomei o expresso para Do- de seda e se deixa debochar pelos

ver. Disse-se que fretára ali um Princip3s de passagem. Silencio

vapor. E' falso. O momento de ázerca dos nossos vicios! Roubai,

proceder não tinha ainda chega- seduzi as mulheres dos outros, vi-

do. vei na sociedade dos vossos appe-

—E o sr. Faure? tites. Porque não? Sois homem, e

—O sr. Faure votou contra as os vossos irmãos na fraqueza hão

leis de expultãí. A terem que es- de perdoar-vos. Descobrir-se-hão

colher, melhor foi escolhel-o a elle circumstancias attenuantes. E de-

do que um outro. O que pode elle pois, só muito baixinho se fallará

fazer, de resto, e o que pode fa- do caso. Vói, conservar-vos-heis

zer a pobre França, esmagada em silencio. Todos os salões ea-

pelo duplo jugo doB agitadores so- bem que Madame X... tem aman-

cialistas e dos franc-maçona? tes, e todos os oalões a recebem.

O povo sacudirá ura dia esse O marido cala-se, e não ha escan-

jugo que lhe pêza, mas quando dalo e não ha nads

«O Diário lllawtrado»

commemora o rentabe

lecimento das relações

entre Portugal e o Bra-

zil com gravuras espe-

ciaes que lião-de com-

pletar a sua l.1 pagina

de sexta feira» 28 do

corrente.

São dois magnifico s

retratos do dr. Assis

B<azil, ministro do Bra-

zil em Liislioa e do Con-

selheiro Tliomaz Bibel-

ro, ministro de Portu-

gal no Bio* encimados

pelos brazões dos dois

paizes. enramados em

louro* oliveira e carva-

lho* de um magnifico de-

senho emblemático.

Os srs. corresponden-

tes tenham a bondade

de nos dizer os núme-

ros que querem a mais*

sobre a remessa ordina-

ria* para regalarmos a

tiragem.

VII Centenario de Santo An-

' loaio

Hontem, pelas quatro horas da

tarde, reuniu nas salas da Acade-

mia Recreativa Raphael Croner a

commiaaão organisadora doa f late-

jos commemorativos do sétimo

centenário de Santo Antonio.

Ficaram eleitos oa corpos geren-

tes.

A presidencia era occupada pa-

io reverendo prior de S. Cruz do

Castello, secretariado pelos srs.

Manuel Coelho de Magalhães e

Augusto de Passos.

Faz parte tambam dos corpos

gerentes o sr. dr. Cavalheiro,cirur-

gião-mór do batalhão de caçado-

res 5.

Na próxima segunda feira ha

nova reunião, devendo tratar-se do

programma dos festejos.

A commissâo tenciona embolia-

zar e illuminar á veneziana a pra-

ça d'armas, o que deve produzir

um eífiito phantastico, visto de

qualquer ponto da cidade.

N'aquelle recinto haverá bailes,

bazares, ete.

Os membros da commiBsão vão

SPORT

Carcavellos c. Gymnasio

Realiaou-se hontem, como o

«Diário Iilustrado» annunciou, a

desforra do ultimo «match» entre

estes dois clubs.

Conforme é costume em Carca-

vellos, deu se o «k:ck off» ás duas

horas da tarde; vendo-se pelo R.

G. C. P. o Beguínte «team»:

Hansen, g. Godefroy e Sprunt,

f-b; Lage, Dawson e Gardé, h b;

Xafredo (captain), M. Garen, Mil-

lar, Awata e Ettur, f.

A lista do C. F. C. indicava o

•team»:

Phillipa, g.; Keating (captain)

e Loek-j, f-b.; Palmer, Ilardwick

e Tarmer, h-b; Thomson, Cox,

Fraspr, Ford e Pittuck, f.

«Umpire»—Sr. Wyse.

Durante a primeira parte R. G.

C. marcou um «goal»; antes, tinha

C. F. C. marcado um outro, e ao

acabar esta parte, sob um formi-

das suas idéas politicas têm o

amor da sua patria.

A nós admira-nos como n'um

congresso partidario, que sempre

deve S8r sério, se consente a apre-

sentação de qualquer suj sito de-

clarando que vai representar esta

ou aquella localidade, sem que pa-

ra isso apresente qualquer docu-

mento. Cuso contrario, poder-se-

hia lá apresentar o Nicolau Ma-

luco ou o Manuel Quatorze, de-

clarando que ia representar Oei-

raa ou outra qualquer terra.

Finalmente, nós deaculpamos o

tal congre8aÍ8ta porque o conhe-

cemos perfeitamente, e sabemos

que elle tem a monomania da re-

publica depois que recebeu a no-

ticie de ser eleito vice vereador da

camara municipal d'este concelho.

Disem que ha alegrias que ma-

tam, mas é facto que também ha

alegrias que transtornam as fa-

culdades mentaes. «São os pobres

d'espirito que formam o reino dos

céos».

—Foi aqui recebida com geral

agrado a noticia de se terem re-

atado as relações diplomáticas

com o Brazil.

E' mais um

davel chuveiro, mais dois.

Na segunda parte, C. F. C.

marcou mais três «goals», ficando,

portanto, o seu «team» vencedor I ministro dos Negocios* Estrangei

por 6 c. 1. ros tem que dar a roer aos patrio-

ts, F. C. conseguiu fazer pas- ticos que tanto trabalharam para

aar mais uma vez na 1.* parte e D0B deaacreditar junto do nobre

outra na 2 a, a bola entre os «goala-1 presidente da republica brazilei-

Feio estrangeiro

TELEGRAMAS

Milão, 18, t.

Foi hoje celebrada com grande af-

fluência de povo a inauguração do

monumento erigido aos mortos das

cinco jornadas de março de 1848.

New York, 18, n.

Depois de dois mezes de inquéri-

to acerca da corrupção da policia

de New-York comparecerão perante

o tribunal criminal vinte e cinco agen-

tes, entre elles vários altos funccio-

narios e nomeadamente o chefe de

policia.

S Petersburgo, 18, n.

0 general Werder, embaixador da

Àllemanha, apresentará amanhã ao

Tzar Nicolau II as suas recreden-

ciaes. Corre o boato de que será

substituído pelo Conde Herberto de

Bismarck.

Muiiigua, 18, t.

0 ministro britannico apresentará

ao governo de Nicaragua um «ulti-

matum», exigindo 15:000 libras es-

terlinas como reparação da expulsão oiso que o nobre] d0 vice-consul inglez de Blueíields.

(Havas).

Contra a debilidade

Recommendamoa o Vinho Nu-

posts», não tendo lido contados 1 r3l com o fim de se não chegar a tritivo do Carne e a Farinha Pei-

como «goals», pois ao tempo eate um accordo, para assim eatiafaze- toral Ferruginosa, da pharmacia

club tinha homens «off side». 1 rem mais á sua vontade a sua ga- Franco & Filhos por se acharem

O jogo do R. G. C. foi, por ve-1 nancia politiqueira. legalmente auctorisados pelas au

zes, mais unido do que em geral, Honra, pois, ao nobre ministro ctoridades sanitarias de Portugal

o que é nm progresso para regis I doa Estrangeiros, ao governo, e a

tar; por vezes conseguiu entrar | Prudente de Moraes!

o do Brazil.

valorosamente na «metade» dos

adversarios, embora a maior per-

manência do jogo fosse sobre o

seu «goal».

DevemoB notar a magnifica

avançada do grupo dos «for-

Viva Portugal!

Viva o Brazil!

(Correspondente).

O concerto de hoje

A Real Academia de Amadores wards, do C. F. C., na qual con- ^ "eai aeaaomia ae amaaore.

seguiu marcar o «eu primeiro de Musica realisa hoje um bell»-

•goal», petfeitiiiimo e irresi.ti- concerto no aalâo da Trin-

vel. dade-

R. G. C. embora de pouco ef-1 Como «empre, entre os amado-

feito, foi em todo o caso levado a

cabo; o «keeper» de Carca

vellos, tinha sabido do seu logar,

confiando nos «backi»; cremos

que já outra vez vimos marcar, em

Carcavellos, um outro «goal» em

identicaa condiçõja. Um «goal

tenha encontrado uma authorida

de em que poisa apoiar-se sem

receio. Apenas eu, qie sou o legi

timo representante da monarebia

tradicional e nacional, posso sej

essa authoridade; eu eó posso rea

tituir a verdadeira liberdade

se escreva.»

Faça-se tudo, comtanto que não | hoje fallar com o ar. ministro da

guerra afim de que Be permitta

que o ar. governador do Castello,

ceda a praça d'armas para o fim

deapjido.

As salas da Academia Raphael

Inauguração da tpocha

lauromachica

Parece que Berá brilhantemente I Croner continuam á disposição do

esse povo que hoje esmagam, por-1 inaugurada a epocha tauromachi- comité organisador para alli reali

que quero— b am o sabe—a íibor- ca do corrente anno. Para isto 1 sarem as auas sessões,

dade de tudo quanto é bom ejus- está-se preparando para a tarde

to. de 25 do corrente, uma corridal AlfilíldC^llS

—Estaes convencido que os col- na praça do Barreiro, que é com- n m

ligados vos auxiliarão n'essa em-1 posia com oa melhores elementos. Apresentou se ao serviço na al-

O «espada® Conejito, que tão fandega de Lisboa o 3.° aspiran-

contra seis não~é grande gloria, I mes, que actualmente se encontra

mas é uma boa vantagem; porque | enJre noa

não fazer nenhum, desanima; ao

Homenagem a Eduardo Coelho

Subscripção aberta no Diaric

Iilustrado:

Transporte... 16jS20C

(Continua)*

TeUgitaaas to ?#rt®

PORTO, 19, t.—Ao Diário B-

lustrado.

_ . O Cardeal D. Américo celebrou res da musica quintessenciada, ha ho;0 milga nB capella da Officina

um grande desejo de assistir ao de s. j0B$f e ministrou a commu-

concerto, onáe ae farão ouvir oa nfcj0 80I educandos. O edifício es-

mais notáveis «virtuoaei» d'aquel teve embandeirado naoccaaiãoda

la belliasima Academia. mÍ8Ba. Fez a guarda de honra a

O concerto é em honra do illus- forÇ4 de infanteria 18, com a rea-

tre maestro brazileiro, Carloa Go- pectiva banda. *_ » . companhia equestre Ale-

preza?

—Os colligados entenderam po

der combater mais effijazmente a

intolerância do governo, inclinan-

do se diante dos factos consuma-

dos. Deixem0l-0B n'eaaa illusão

até que a percam. Quanto aos meus

amigos, aos que reputam com ra-

aão essa intolerância como sendo

da propria eBaencia da nossa re-

publica franc maçónica, o seu de-

ver é luctarem mais do qae nun-

ca pelo principio que eu represen-

to—a monarchia.

—Mav o Papa, monsenhor, re-

commendou aos fiais que não com-

batessem a republica...

—E que outra razão poderia ter

S. Santidade para adberir á repu-

blica, senão a de que esta é um

facto conBummado? Imagina acaso

que no dia em que eu suba ao

throno, o Papa me recusará a sua

benção, se lh'a pedir?

—E quando e como esparaes

VÓ3 aubir ao throno?

—Iasfl é o meu segredo e o do

futuro. Posso apenas dizer lhe que

trabalho pira tal fim, e que hei

de luctar ,até conseguil o. E se o

perigo se tornar muito ameaça-'

dor pira o nosso desgraçado paiz,

então...

Houve uma pausa.

Depois, o Principe concluiu aa-

applandido foi naa arenas he»pa- te, ir. Adriano .Teixeira Lançai-

nholas, na passada temporada, e tre, que pertencia á do Porto,

que no Porto alcançou os mais —Pela direcção geral das ai-

phreaetiooa applauios, é o «dies- fandegas foi communicado o se

tro» contractado para esta tarde, guinte em ordem de serviço: 1.® O

O resto do grupo dos lidadores de imposto da 100 réis, a que se re-

pó é composto de «Minuto», Theo- fere o n.° 363 da lei do sello (por

doro Gonçalves, Jorge Cadete, declaração de valor nos despachos

João Lanreanno e o apreciado I de entrada ou aahida, quando não

amador d'Aldegallega, sr. Sal- seja o da tabella official, e quando

g.ido. essa declaração não venha acom-

A lide a cavallo, parte tão ca panhada de factura) é sempre de

racteristica e brilhante do toureio vido, mesmo nos caaos em que o

portuguez, está confiada a Fer- valor não serve de base para di

nando d'Oliveira e Adelino Ra- reito. 2 ° A importancia do sello

poso, um novo a quem não falta do citado n.# 368 será contada e

coragem e vontade de progredir. I cobrada por averbamento nos des

O curro é pertencente ao sr. pachos (em vez de ser por meio

Ferreira Jordão, de Coruche, que | de estampilha) conjuctamente com

nas ultimas corridas effectuadas doa n." 322 a 329 da menciona<

da tabella.

—Vae fazer serviço na delega-

ção de Villa Verde de Raia, o 1.°

aspirante da alfandega do Porto,

sr. José Caetano de Moraes Soa-

res.

— ... Quer que lhe diga? Quan-

do se trata da salvação da Fran-

ça e quando se tem o direito de a

salvar, entra-se n'ella... confor-

me se poder!

A proposito do Duque d'Or-

léans:

8. A. pôs á disposição do Prin-

cipe de Galles, que as fará trans-

portar ao Instituto I®perial de

Londres, as famosas collecções

existentes em 8tow-House, adqui-

ridas pelo sr. Conde de Paris.

Essas collecções comprehendem

trophéos de caça, armas, trsjes e

curiosidades trazidas de varias

possessões inglezaa, e mais de três

mil aves, animaes ftrozes e reptis

empalhados.

O Duque d'Orléans é socio do

Instituto Imperial, que tem por

seu presidente o Principe de Gal-

les.

nas praçaa de Thomar e Barqui-

nha, ju8tificou bem os seus crédi-

tos de lavrador escrupuloso.

Olympio Martins

Este pobre velho pede entre la-

grimas um soccorro para não mor-

rer á mingua, elle e sua mulher

doente! Não tem já que empe-1 Ha quinze dias que fechou a

nhar, e a grande dor moral que o relojoaria da rua dos Fanqueiros,

opprime, torna-o como louco! R. 218, podendo nóa hoje averiguar

de S. João da Praça, 51, 1.* E. j qae o seu proprietário Antonio

I Pinto Ferreira Baptiata, se au

sentára com os relogios que lhe

tinham sido confiados para con-

contrario, marcar um, para am

mar, é o bastante—um «team»

que o consegue, tem direito a ter

toda a esperança em boas victo-

rias nos seus futuros «matches».

De reato, todos nós, oa que temos

seguido o «football» nas ultimas

temporadas, sabemos quanto nos

nossos campos vale um «goal», eó

que seja, contra um «team» como

o do C. F. C.

PedestrlanlNmo

Organisou-se em Lisboa um

grupo de excursionistas, com o

fim de promover passeios a pé

nos nossos arredores, em dias san-

tificados.

A primeira excursão do «Grupo

de Excursionistas Lisbonense#»,

que assim se intitula, realisa-se

no dia 7 d'abril, sendo o itinerá-

rio: de Liiboa a Cintra, de Cin-

tra a Cascaes e de Cascaes a Lis-

boa.

A partida é áa 4 horas da ma-

nhã.

Os excursionistas fazem relató-

rios, tiram photographias e levan-

tam plantas, á imitação do que se

faz na Suissa.

Relojoeiro fugido

Queixa

Antonio Josqaim Rebollo, dono certar e bem alíim oom a impor.

de uma mercearia na Baixa quel- tanoia Bdiantada de algum con-

xou-se á policia de que Joaquim certo que recebera.

Pereira lhe frequenta a loja ape- já foram entre«aes algumas

nas com o intuito de o explorar. queixaa á policia judiciaria, mas

Já deu por ftuta de *-£000 réis a^ hojo ainda se não ponde des-

da sua gaveta e de um par de cal- cobrir 0 paradeiro do fugitivo,

ças. I —

O mesmo individuo se vae levar Assumiu o commando da escola

algumas compras aos fregueses, pratica de artilheria naval, que

gasta o dinheiro e diz que elles lhe foi entregue pelo capitão de

ficaram devendo. | mar e guerra Cypriano Lopes de

Andrade, o capitão de mar e guer-

ra conselheiro Francisco Joaquim

Ferreira do Amaral.

Snmmo d'uva

Espalbou-se hontem pela cida-

de uma grande porção d este bal*

samo da vida.

Molharam-ae José Rodrigues,

Julia Emilia, Antonio Marques,

Creança abandonada

A's 9 boras e um quarto da

noite de hontem appareceu aban-

Manuel Maria, Antonio Francisco I donada na escada n.° 61 do largo .

e Manuel Alves. I da Graça uma creança do sexo fe* ber do seu trabalho, e mesmo tum

Foram seccar ao sol que bate I minino.

nas grades dos calabouços do go-1 Foi levada para a Santa Casa

verno civil. Ida Misericórdia de Lisboa.

Oeiras

18 de março.

Realisou-se hontem n'esta villa

a festividade de Nosso Senhor Je-

sus dos Passos.

A procissão sahiu da egreja ma-

triz ás 4 e meia da tarde, percor-

rendo as ruas da villa.

Apesar da chuva, que começou

cahindo ao meio dia, não deixou

de concorrer muita gente de di-

versas partes.

—Também hontem teve logar

n'esta villa o mercado mensal que

aqui se realisa no terceiro domin-

go de cada mes.

Esteve muito concorrido de ga-

do, especialmente bovino.

Fizeram-se algumas transac-

ções.

—Lavra grande descontenta-

mento n'esta villa, pelo facto d'um

«quidam» qualquer se ir apresen-

tar no chamado 6.° congresso re-

publicano, declarando ir ali re-

presentar Oeiras!

Ora esse tal congressista nem

morador é n'esta villa, e não nos

consta que alguém lhe encommen

dasse qualquer recado.

E' facto que ha aqui republica-

nos, mas esses apenas querem sa

ill

louvado a tenacidade edm que o

Por isso tocar se ha a sympho-

nia imponente da sua opera,

«Guaraoy», que ante-hontem tão

enthusiaaticamente applaudida foi

em S. CarloB.

Agradecemos o convite que nos

enviaram.

gria teve hontem auspiciosa es-

treia. O theatro D. Affonao estava

cheio.

M.

Aggre»são

Secção útil

Estado geral do tempo

Felicidade Alves deu uma bofe- I , -í™

tada em Rosaria Maris, moradora * JíZa fZ?»

na rua de Santa Justa 38. £ dej (^ _ • _ior,a EIS. e SE., com chuvas abunaan- Uomo o caso se deu em plena . r - - 1 tes ao o. do paiz.

A depressão do Algarve tem

seguido para SE., tendo dado

chuvas abundantes, e hoj 3 SE.

forte em Lagos.

governo tem trabalhado para o

engrandecimento do paiz. Acima

praça da Figueira, o aggressor foi

logo capturado.

Desordens

Na rua Luz Soriano houve tro

ca de tabefes entre Eduardo Raul

Feijó, Augusto José da Silva e

Amaral José.

Appareceu a policia e momen-

tos depois estava engaiolada

troupe desordeira.

—João da Costa e Domingos da

Costa aggrediram-se reciproca-

mente na rua 24 de Julho.

Foram presos.

Mina de S. Domingos 13.—Es-

tão se aqui fazendo grandes pre-

parativos para receber os srs. vis-

condes de Pomarão, James Fran-

cis Mansoy e Lady Evely Lind-

say, que chegam a esta m&na a 27

ou 28 do corrente.

O rebocador «Rita"», d'esta com-

panhia, transportará de Mértola

ao Pomarão os srs. viscondes e

d'ali a esta localidade virão s. ex."

pelo caminho de ferro, que per-

tence também á companhia. As

feataa constarão: d'um grande jan-

tar, regata, illuminaçõss, fogo de

artificio, baile, etc., etc.

Entre as senhoras principaes

d'esta povoação ha o maior enthu-

aiasmo em receber com grande

esplendor os recem-casados. A

Lisboa teem sido encommendados

vários artigos de «toilette», ex-

pressamente para as próximas

festas.

Por lapso dissemos na anterior

correspondência que esta compa-

nhia tinha contemplado os pesca-

dores do Algarve, que com os últi-

mos temporaes ficaram redusidos

á miséria, com 500*000 róis; hoje,

melhor informado, sei que a quan-

tia distribuida pelos pobres marí-

timos foi de 567^700 réis, pela se-

guinte forma: Os de Villa Real

com 400#000 réis, os de Monte

Gorgo com 67£700 réis e os de

Castro Marim com lOOjSOOO róis.

Foi uma louvável idéa e uma

quantia Importante, que attenuou

muito a miséria d'aquella pobre

gente.

(Çorrespondente).

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«á ha muitos annos, applica-se cêm

• saais reconhecido proveito ens m»-

mi débeis, idosas, nas que padeces

èê peito, em convalescentes de qaasa-

fwr em^nan^ui,

Page 4: D BAR! O 1LLLKTRADO - purl.ptpurl.pt/14328/1/j-1244-g_1895-03-20/j-1244-g_1895-03-20_item2/j...Reflectem a cor do ceu, Da terra a gente se esquece Tão grande encanto é o teu! Quando

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Moléstias do estoraaço e dos intesti-

nos, moléstias do fígado, dyspepsia, in-

digestões, cólicas, nauseas, diarrhea-

prisão de ventre, falta de appetite,

incominodos depois do comer, enxa-

quecas e dores chronica» de cabeça»

rheumatismo e nevralgias, moléstias da pelle, moléstias periódicas da.s

senhoras, e, alC*m d'estas, muitas outras

enfermidades que se classiflcão debaixo de uma

infinidade de uomos, todas porém, oriundas da

mesma causa, a *"ber,

orgSos de digestão

sim ilação,

'-eza e o enfraquecimento

«lidade e congestão de

o systema.

Desarr?

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garganta e do peito, torna-o um remédio de

Incalculável valor e que todos devem ter á mão.

Seria má economia não o ter era casa, e quem o

tiver empregado, não deixará mais de servir-se

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Por lhes serem conhecidas a sua composição

e effeitos, os medicos empregão muito o Peito-

ral de Cereja entre a sua clientela, e 6 tam-

bém recommendado pelo clero. Os seus effeitos

hyglenicos são de uma certeza absoluta, e cu-

rará sempre que este flm desejado estiver dentro

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Portugal, eatá-ae publicando uma larga aérie de romances, aahinde

regularmente doio volumes por mes, ao preço de 1QO réim ead»

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O que ha de maia imaginario, aenaional e interesaante na gale

ria romantica antiga e moderna, na litteratura francesa, heapanhola

italiana, ingleza, allemâ e ruaaa, tudo aerá trasladado para a noiai

lingua; e assim, em breve, por diminutisaimo dispêndio, ÍOO réle

por qatmena» terá cada familia constituído ama bibliothee»

que entretenha, Instrua ç eduque» Será o verdadeirc

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A Mestra* de Mauricio Drak, traducçâo de Nuno de Bulhão

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LUl, Túfú-Bébette. de Eugénio Chavette, traducçâo de

Alfredo Sarmento.

«loanna d'Armalllac, de Araenio Housaaye, traducçâo de

EL de Oliveira.

A rainha dos estudantes» de Paulo Péval, traducçâo

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Os rebeldes» de Mayne Reid, traducçâo do inglez, por M.

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Uma mulher perigosa» de Victor Perceval, traducçâo

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PROPRIETÁRIO d'este remedio w sem egual, com a experien-

ca de quasi toda a sua vida na pre-

paração do VERMÍFUGO, pôde con-

fiadamente recommendar ao publico

este artigo, como o destruidor mais

efllcaz das lombrigas.

Sendo differente das mais prepa-

rações que existem, a maior parte

das quaes são imitações muito in-

feriores, cuio fim é enganar o pu-

blico, este Vermífugo tem passado

pela prova do tempo, realisando in-

variavelmente tudo o que se lhe at-

tribue. Suave na sua operação, a

sua efflcacia é sempre a mesma,

podendo usar-se sem receio sem-

pre que haja lombrigas, seia o

doente novo ou velho. Se não hou-

ver lombrigas, os seus effeitos são

os mesmos que um purgante suave,

empando o sangue. 0 proprietário,

listando inteiramente convencido da

impossibilidade de que elle falhe,

está prompto a devolver o dinheiro

a todas, as pessoas em quem o re-

medio nao faça effeito quando o

doente tiver lombrigas e seguir

exactamente as instrucções. cç<

Deposito—JAMES CASSELS & C.«.

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Vigessimos a 300 rs.

A commissão administrativa das " loterias, determinou subdivi-

dir os bilhetes em vigessimos a fim

dos jogadores preferem os originaes

ás cautelas terem mais facilidade

em se habilitar. A próxima loteria

effectua-se a 21 do corrente, sendo o premio maior 12 contos. A thesou-

raria da Misericórdia está aberta

das 10 heras da manhã ás 8 da noi-

te, e ainda restam alguns bilhetes e

vigessimos por vender.

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c o m m andante

. Gall, que se es- pera de Bordeaux em 23 do corren-

BRÉS1L, commandante Minier que

se espera de Bordeaux de 7 a 8 de

abril.

0 paquete BRES1L não fará ei-

cala por Pernambuco e Bahia.

Para Pernambuco, Ba«

hfla. Bio de Janeira,

Santos, Montevideo a

Bnenos-Ayres

Sahirá o paquete:

MED0C. commandante ••• qre se

espera de Bordeaux de 7 a 8 de

abril.

Bordeaux,

reitora

•■i dl-

Sahirão os seguintes paquete»:

PORTUGAL, commandante Vaquier

que se espera do Braxil de 24 a 25

de março.

EQUATEUR, commandante Larti-

gue, que se espera do Braxil de 12

a 15 do corrente.

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Portos do Pacific*.

SAIRaO os paquetes

Galicia a 20 de março. I Orissa a 17 de abril.

•Orcana a 3 de abril. ) Iberia a 1 de maio.

•Os paquetes Orcana e Iberia vao directamente a Montevideu íje po^

isso não recebem passageiros para os portos do Brazil.

••0 paquete Orcana não recebe passageiros de *.• classe.

Fax-se abatimento às famílias que viajarem para »s penai de Elraifj

e Rio da Prata.

Na passagem de 3.» classe por estes magníficos vaperei, está in«l«!fl

do vinho á hora da comida, cama, roupa, etc.

A bordo ha criados, cosinheiros portugueses e nediet.

Para La Pallice Plymonth e [Liverpool

O PAQUETE POTOSI

Espera-se a 22 de março.

NB. A viagem para Paris por esta nova Tia, La SPslllce.CéaiMJàS

pida mais commoda aue por Bordéus.

Para carga e passagens trata-se com os agentes

NO PORTOj

M» Kendall A C."

Bus do Infante D. Henrique, 89

EM LISBOA

B. Pinta Basta <

Can do Sodré, 64