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TRANSCRIPT
FUNDADOR: PEDRO CORRÊA DA SILVA
TELEPHONE N.° 117
Qaarta feira 20 de março de 1895
Editor responsável J. M. Baptista de Carvalho
Animaliirai aai profiaciai
8 meies, psgiu£Ç?to adiantado.?*#..... 1JI50
A correspondeooia sobr® fi sáminiitração, a
Rodrigo de Mello Carneiro Zagallo.
Ai«l|natarat em Lisboa
1 roei... 300 réis Annuncios: linha, 20 rs.;
3 mezes. 900 » pag., 100 m.; corpo dojor-
Avulio.. 10 » nal com travessão, 60 réis.
Communicados a outros artigos, coatraotam-se
na administração.
O «Diário UluMrndò»
com me mor a o renfabe-
lecimento Uni relaçôen
entre Portugal e Brazil
com gravuras especiaea
que bão-de completar a
«na l.B pagina cie sexla
feira» 22 do corrente.
Silo dois magnlflcos re-
tratou do dr. A««it Bra-
zil, ministro do Brazil
em Liaboa e do Conse-
lheiro Tbomaz Ribeiro,
ministro de Portugal no
Rio* encimados pelos
brazões dos dois paizes,
enramados em louro,
oliveira e carvalho de
um magnifico desenbo
emblemático.
Os srs. corresponden-
tes tenham a bondade
de nos dizer os núme-
ros que querem a mais,
sobre a remessa ordina-
ria. para regularmos a
tiragem.
«DIÁRIO ILLtSTRADO*
A ma redacção acceita e agra-
dece toda e qualquer informação
que lhe queiram enviar os aeua as-
signantes e leitores, principalmen-
te o que diga respeito a High life,
festas religiosas, anecdotas, movi-
mento de associações, casos munda-
nos (em termos hábeis), etc.
Jeronymo José d'Abrea
Realisou se ante hontem a tras-
ladação dos restos mortaes d'este
nosso querido amigo, do jazigo do
ar. Joaô Antonio doa Reia para o
de sua familia. Antes da ceremo-
nia fúnebre rezou se uma missa
na egreja de 8. José, a que assis
tiram, além da familia, muitos
amigos do saudoso extincto.
Lopo Vaz
E* hoje, 20, que Monsenhor
Santos Viegas, reza na egreja doa
Martyrea, á8 11 horas, uma mis-
sa por alma do illustre estadista,
que ha trea annoa foi roubado pa-
la morte ao amor da familia, ao
serviço da patria e á admiração
dos sous amigos.
O conselho do Instituto de
Agricultura resolveu felicitar a
Real Associação de Agricultura
Portuguesa pela sua attitude na
defeza doa interesses agrícolas e
pela maneira brilhante como ella
conseguiu levar a effeito a re
união do Congresso Vitícola, que
tão altos resultados deve produ-
zir em favor da viticultura nacio-
nal, e bem assim congratular se
pelo modo distincto como n'elle
se houveram os professores, agro-
nomos e estudantes d'esta eschola,
que n'elle tomaram parte.
Apresentou-se no conselho do
almirantado por ter entregado
commando da escola pratica de
artilheria naval e recebeu guia
para o commando do corpo de
marinheiroB o capitão de mar e
guerra Cyprianno Lopea de An-
drade.
Quando os seus olhos em prece
Reflectem a cor do ceu,
Da terra a gente se esquece
Tão grande encanto é o teu!
Quando ella vai caminhando
Bem como a alveola, indecisa,
Fica a gente desejando
Beijar o chão que e la pisa!
Quando ella se some além,
Escondida á nossa vista,
Não pode sumir se a quem
Sem a ver ainda a avista!
ABAMIDE8.
Dr. Mello
taea homceepathicoa. Coasultorio
especial de medicina homcepathi-
cs; da 1 ás 3 h. R. das Chagas,
22.
K' roda di •Figiri»
Calino, á mesa d'um hotel:
—Diz um provérbio francez
que, em a gente comendo, vem lo-
go o appetite...
—Poia eu ha trea horas que
estou para aqui a comer e cada
vez tenho menos vontade,
O cambio do Biazil fieou hon
tem a 9 9|16.
Fígados de bacalhau
Tomar não queira ninguém:
Quem corre dores a pau
E' o do Caldense Armazém.
Arco de Bandeira» 104
Fallecimentos
Falleceram a ir.* D. Luiza Hen-
riqueta de Sampaio e o sr. Fran-
cisco Namura.
Pesames a suaB familial.
Apresentou-se no conselho do al-
mirantado com guia da corveta
«Duque da Terceira» e recebeu
guia para o commando do Corpo
de marinheiros o I o tenente Ma-
nuel da Gama d'Oliveira Pinto da
França.
CAKiomo Foruus
MANUEL HENRIQUES PINTO
hl minha pombinha biatca,
Já Dão vens beber ao tanque;
D'este amor por ti, pombinha,
São ha ninguém que me arranque.
O conselho director da Camara
do Commercio nomeou uma com-
missão composta dos srs. Gomes
Netto, Pinto Basto, Ferreira Mar-
ques e Francisco Maria Bacellar,
para dar parecer aobre a repre
aentação que a Real Aiaociação
de Agricultura Portugueza dirigiu
ao governo para a alteração noB
direitoa pautaea doa vinhoa im-
portadoa nas colonias portuguezas
e bem assim sobre a junta con-
sultiva do Ultramar.
Nomeou outra commissão, com-
osta dos srs. Schrceter, Jorge
'Neill, Mello e Sousa, Ferreira
Marques, Francisco Bacellar, Lima
Mayer e Izidoro José de Freitas,
para se occupar do regimen bsn-
cario no Ultramar.
B
Apprehensao
O soldado n.° 280 da guarda
fiscal, apprehendeu a bordo da
fragata 79 E 408, como contra-
bando, cinco pares de sapatos de
trança, um queijo da Serra, um
frasco de tinta, assucar e bacalhau
tudo no valor de 9$000 réis.
A fragata pertence a um tal
Adelino.
0 cruzador kespanhol
"Reina Regente
No dia 18 sahiu de Cadiz um
grande troço de mergulhadores,
para explorarem o Atlântico.
Os vapores Sevillano e Cabo
Lanao, que andaram percorrendo
todo o Estreito, não encontraram
o menor vestígio do Reina Re•
gente.
O cruzador Alfonso XII vai
Sroceder a sondagens no cabo de
'rafalgar, depois de ter percorri-
do todas as costas de Hespanha e
de Marrocos sem resultado.
E' fora de duvida que o Reina
Regente e toda a sua tripulação fo-
ram tragados pelo mar.
Em Cadiz reina a mais profun
da desolação. Os passeios e os
theatros eneontram se desertos.
Olho por olho...
N'uma hospedaria da calçada
do Desterro, 10, 3.°, estavam hos-
pedados José Rodrigues e Anto-
nio Luiz de Carvalho.
Aquelle furtou a este quatro
camisas, e este, para lhe não ficar
atras, subtrahiu-lhe 3*5500 réis
em dinheiro.
Foram ambos capturados.
Por telegrammaa particulares,
recebidos hontem á noite, sabe se
que o cruzador Affonso XII já
trouxe a seu bordo cadaveres do
vapor submergido.
Cadiz, 19, m.
0 cruzador «Alfonso XII» achou o
«Reina Regente» submerso iunto do
baixo de Aceitunas, á entraaa do es-
treito, tendo meio metro do mastro
fóra de agua.
0 «Alfonso XII» partiu novamente
para o sitio do sinistro. (Havas)
Foi mandado apresentar hon-
tem na 5.a repartição da secretaria
do conselho do Almirantado o me-
dico naval de 1.* classe Francisco
Xavier da Silva Telles.
SIGE-LIFE
El-Ilei e o Senhor Infante D. Af-
fonso andaram hontem na Avenida,
dirigindo os seus carros.
*
Suas Magestades e o Senhor In-
fante D. Affonso assistiram ao espe-
ctáculo de hontem em S. Carlos.
Fazem amar hi innos as sr.":
D. Maria d'Assumpção Ferreira
Pinto Basto.
D. Maria Avelina Rebello de An-
drade.
D. Maria do Carmo da Costa Guer-
reiro d'Amorim.
D. Maria lgnacia Santiago de Le-
mos. D. Arthemisa Fernandina Corroa
da Costa.
D. Josephina Augusta Campeão.
. D. Emilia Adelaide dos Reis Farto.
D. Maria Hermínia Dias de Castro
Monteiro.
D. Maria das Dores de Moura de
Mendonça Pessanha.
E os srs.:
Visconde de Melicio.
Manuel d'Oliveira Pinto da França.
José da Paixão Castanheira das
Neves.
Raphael Bordallo Pinheiro.
Fez hontem annos a menina Alice
da Silva Pereira.
Está em Lisboa com sua esposa o
sr. dr. José Victorino d'Albuquer-
que. —Está em Setúbal o talentoso en-
genheiro sr. Augusto Ricca.
—Regressou de Guimarães o sr.
dr. Mattos Chaves.
—Parte hoje para Angra o rev.
bispo d'aquella diocese.
—Chega brevemente a Lisboa o
sr. Conde de Macedo. —Está em Lisboa o sr. Visconde
de Chancelleiros. —De passagem para o Porto, vin-
dos de Faro, estiveram n'esta capi-
tal, o sr. Antonio Luiz Cardoso de
Menezes e sua esposa a sr.* D. Anna
Pereira da Cunha. —Regressou a Castello granco o
sr. dr Ruivo Godinho, antigo depu-
tado da nação.
—Regressou a Paris de sua via-
gem a Londres o sr. Thomaz Rosa.
—0 sr. bispo d'Angola parte para
a sua diocese no paquete de 23 do
corrente.
—Chegou de Cabo Verde a sr.4 D.
Olympia das Neves Freitas e Pinho.
#
Vimos hontem em S. Carlos as sr."
Marquezas Frederico Spinola e de
Fronteira, COndessa de Thomar e fi-
lhas, D. Marianna Andrade de Cas-
tro Guimarães e sobrinhas, Condes-
sa de Almedina e filha, Condessa de
Valbom, D. Leonor Lobo d'Avila Ma-
nuel, Atalayas, Galveias, D. Izabel
O'Neill, D. Maria Francisca da Costa
Lima, D. Livia Schindler C. Branco e
irmã, Condessa de Valenças e filhas,
Condessa de Mesquitella, D. Augus-
ta Ferreira d'Azevedo Castello Bran-
co e irmã, Mac1. Driesel Schroter e
filha, Viscondessa de Valmor, D. Ju-
lia e D. Henriqueta Seabra de Cas-
tro, D. Alice Franco Ribeiro, Con-
dessa de Porto Covo, Condessa de
Monsaraz, D. Josepha Papança, Vis-
condessa de Ferreira Lima e filha,
D Bertha Ortigão Ramos, D. Felicia-
na Ortigão Burnay, Condessa do La-
vradio, D. Constança Pacini da Ca-
mara, Iglezias, Madame Gomes, Con-
dessa de Penalva d'Alva, D. Mathil-
de An;os Pindella e irmãs, D. Jose-
pha de Sandoval, D. Maria Carlota
de Sá Pereira de Lancastre, Condes- sa da Anadia, Viscondessa de Alfer-
rarede, D. Andralina dos Santos Mo-
reira e filhas, Madame Oliveira Soa-
res e filhas, Condessa d'Avila, D.
Maria de Lacerda Aguiar, D. Horten-
se Ferreira, D. Perpetua Mendes Mon-
teiro e filha, etc.
A vida elegant?* «o es-
trangeiro -
Argel, 18, t.
Chegou esta manhã aqui o Tzare-
vitch a bordo do «yacht» imperial «Estrella Polar», vindo de Corfu.
*
Paria, 18, t.
Segundo todas todas as probabili-
dades, a noticia official do pedido de
casamento do duque de Aosta será
communicada esta noite.
#
Pari8, 19, m.
Diz o «Soleil» que está feito o ac-
cordo a respeito do casamento da
Princeza Helena d'Orleans com o Du-
que d'Aosta; a noticia não é ainda
official, mas não pôde tardar que o
seja.
Segando afíirma o «Figaro», a no-
to e ao
ticia foi já telegrada ao Rei Humber-
Duque d'Orleans.
Londres, 19, t.
0 sr. Soveral, ministro plenipoten-
ciário de Portugal em Londres, par-
tiu esta manhã para Lisbca, no goso
de licença.
(Havas)
Cruz Vermelha
E' hoje que El-Rei recebe, pela
uma hora e meia da tarde, oa co-
ronéis commandantea da guarni-
ção de Liaboa e commandantea de
navioa de gaerra, que vão convi-
dar Sua Magestade para presidir
á commissão que promove a festa
de caridade, em beneficio da be-
nemerita Sociedade da Cruz Ver-
melha.
Assumia o commando da esco-
la de alumncs marinheiros de Lis-
boa, que lhe foi entregue pelo ca-
pitão de mar e guerra conselheiro
Francisco Joaquim Ferreira do
Amaral o capitão de fragata João
Augusto Botto.
S. José
O conceituado jornal do Porto,
«A Palavra», dedicoa o sea na-
mero de hontem ao glorioso Pa-
triarcha.
Insere o retrato do santo e o do
Cardeal Bispo do Porto, D. Amé-
rico.
Está melhor dos seusincommodos,
o que muito estimamos, o sr. João Candido de Moraes.
—Tem estado bastante doente,
mas já se encontra quasi restabele-
cida, a sr." D. Carolina Oguiea. —Continua doente a sr.a D. Maria
Izabel Zea Bermudes Calheiros.
—Tem estado doente o sr. Manuel
da Cunha e Lorena (S. Vicente).
—Passa ainda incommodado o sr.
Conselheiro Jeronymo Pimentel.
—Está melhor o sr. Conde do Alto
Mearim. . . „ .
—Está doente a sr." D. Mana Emí-
lia Silveira, esposa do sr. general
Sebastião Calheiros.
A's quartas feiras de quaresma
na egreja de Santa Martha faz-se
via-aacra ás 5 horas com ser-
mão.
O sr. Joié Maria Alcobia anti-
go professor de musica e chefe da
orchestra da Real camara foi se-
pultado no cemiterio oriental, teve
as honras militares por ter a pa-
tente de capitão tenente como em-
pregado reformado do arsenal de
marinha.
S. Carlos
Tem logar amanhã, em S. Car-
los, a recita de gala para solem-
ni8ar o anniversario natalício de
Saa Alteia o Principe Real, que
pela primeira vez vai ao theatro,
e que assiste ao espectáculo, bem
como toda a Familia Real e a
corte, da grande tribuna de gala.
Canta-se a Lucrécia Borgia, am
dos mais notáveis trabalhos do te-
nor Moretti.
Brevemente estrear se-ha o dis-
tincto barytono Kaschmann, na
bella opera de Ambroise Thomas,
o Hamlet.
Estão já maito adiantados os
ensaios da Irbne, que ainda este
mez vai á scena.
REVISTA ALEGRE
Santo Antonio, o festejado
Thaumatargo e orador,
Por quem ea tenho am amor
Feroz, dos mais violentos,
Foi Bobretudo, no mundo,
O maior e mais profundo
Protector dos casamentos...
Por isso eu lembro ás meninas
Solteiras, com coração,
Que façam já commissão
P'ra fazer festas bonitas,
Que o santo é pessoa mei^a.,.
E, se lhe derem manteiga,
Arranja noivos catitas.
Monsió.
*24.° anno Numero 7:898
Conferencia
O illustre professor do Carso
Superior de Lettras, o sr. Adol-
pho Coelho, fez hontem ama con-
ferencia, na sala do Atheneu Com-
mercial, tomando por themaa «A
hiatoria do progresso e a historia
aaiversal», e «A evolução do ves-
tuário e do trabalho».
Como sempre, o sr. Adolpho
Coelho houve-Be com rara habili-
dade e proficiência, prendendo o
audiorio, que o escutava attenta-
mente, com a facilidade da sua
palavra e com a exposição clara
das suas idéas.
A concorrência era grande,
vendo-se também na sala alga-
mas senhoras.
Furto
Antonio Joaquim Ferreira foi
preso por subtrahir de um esta-
belecimento da raa de S. Julião,
164, ama peça de setineta ava-
liada em 3£000 réis.
Exposição de pintura
IV
Mannel Henriques Pinto
Discípulo de Annunciação.J
Pouco citado o qae não quer di-
zer que deixe de merecel-o.
Os seus trabalhos, no geral mo-
destos, não attrahem exclamações
do visitante/aneur, mas impõem-
se a quem procara cuidadosamen-
e ao jniy que ob estuda atten-
tfficio.
E' assim que na sua corbeille
trea medalhaa reverberam: a de
3 ■ classe, com distineção, da So-
ciedade Promotora das Bellas-Ar-
tes, a de cobre da exposição in-
dustrial (em 1888) e a de 3.*claa-
ae, da aegunda tx posição do Gré-
mio Artisiico, em 1892.
Estudou na Academia.
Teve um mau começo de vida,
que a sua foiça de vontade ven-
ceu.
Depois lactou outra vez, contra
uns defeitos do métier, que uma
errada orientação creára; como
um ingles que reconhece oa erros
proprios, assimilou conselhos, es-
tudou se a ai mesmo e fez uma
raridade na caturrice nacional—
mudou de rumo...
Se todos asiim fiaessem, creio
que varias artes eá da terra esta-
riam hoje mais guindadas—mas
isto é gente de antes quebrar qae
torcer... deixal-a em psz e ás
moscas, é o melhor.
Manael Pinto fez assim pro-
gressos rápidos, abalando por es-
se paiz adiante em cata de as
sumptoe, suggestionando se com
os simples, no ambiente puro, em
contacto directo com a Natureza.
Os seus quadros, desde 1883 para
cá, accentuam em arte uma pro-
gressão geometrica crescente, on-
de a razão é positiva.
Pertenceu ao Grupo do Leão,
creio que leccionou desenho na
escola de Portalegre e é hoje pro
fessor da escola Jacome Ratton,
em Thomar.
Expõa uma tela grande a que
deu o titulo Uma teima e onde um
rapazito de pé descalço pretende
á força obrigar uma cabra a sal-
tar um fio d'agua. A cabra, que é
socialista, não reconhece auctori-
dades e finca as patas, n'uma at-
titude de menina malcreada. Eitá
bem definido o assumpto e os
pormenores. O quadro tem um tom
glauco, geral, uniforme, que lhe
dá foros de tela antiga sem lhe
tirar o valor.
Mais duas paisagens, paciente-
mente pormenorisadas,—Moinhos
dos Martins e Cabanas perto do
Zezere—fecham a pequena expo-
sição d'este profeisor provinciano,
que passa no iéyUio do campo as
horas vagas, em que os rapazes
da escola lhe não fazem a cabeça
doida, n'uma grande calmaria de
espirito, que parece traduzir se
nos bucolicos bocadinhos campes-
tres que a gente vê, bem dispos-
to, na exposição, todos os annos.
Chàntillt.
D BAR! O 1LLLKTRADO
As camaras
de Lisboa e Porto
As impertinências audaciosas
da minoria da camara de Lisboa
e da maioria da camará do Por-
to, em representarem contra as
attributes tutelares da sua ge-
rencia, teve o merecido castigo,
no indifferimento da maioria em
Lisboa, ao requerimento para se
celebrar uma sessão extraor Jina-
ria, e no procedimento correcto e
patriotico da minoria da vereaçào
portuense, conforme os telegraan
mas que hontem publicámos.
No mo;" de tanta anar úa, jo
cabos do <• no qae nos i
foca, a maioria de Lisbj^^^mlj
nor:;i do Porto conr
ma3... todos sabem! Em Lisboa
é o Estado que suppre os deficits
e que paga os juros dos emprés-
timos—uma annuidade de perto
de 2:000 contos; no Porto, como
disse o sr. dr. Sousa Avides, ca-
ra a cara, frente a frente, os di-
nheiros do município vão-se em
grande parte nas despezas da po-
litica!
Ora, vir pedir que continuasse
8imilbante estado de coisas, tâo
bonito, tão consolador; querer
que o Estado emprpstajsp, r
gaw, déase e qae^nâ) b?cali8^-
no conselho do Sumo Pontífice;
em minimo, o discurso do sr.
Eduardo d'Abrea, em Braga, pre-
tende insinuar se—elle!—no es-
pirito de clero.
No que toca á mandreice, o de-
creto não faz mais do qua legali-
se uma pratica, pois que o dia
do Santo Patriarcha foi de todo o
sempre, de facto, sanctifícado pa
ra a grands maioria dos verdadei-
ros catholicos.
Pelo qco respeita & politica do
governo, é aceucaçSo por tat for- . >c
4 crise ministerial em Iles-
panha
São já sobejamente conhecidos,
em face dai informsçõas da agen-
cia HavaB, os factos que determi-
naram a actual crise em Hespa-
nba.
O jornal madrileno «El Resu-
men» extranhou, em artigo, que os
oSr'iiie* subalternos do % exercito
fceuv "• am revelado uma grande
re u . uncia em marchar para Cu-
IO<
nonnf. con t< LI ir»! \ VI í. I. • t _ _ I _ A A ' _ m oamboc bata '1 u
VO!
opno aia em
O «Diário Illastrado»
coromemora o remnbe-
lecimento da» relações
entre l»ortu|al e Brazil
com gravaras especiaes
que hão-de completar a
•na 1.* pagina de sexta
feira» 22 do corrente.
São dois magníficos re-
tratos do dr. Assis Bra
zll, ministro do Brr X
em Lisboa e do Co *<
llielro Thomaz Bir
ministro de Porli^t. no
Começaram já os trabalhos no
magnifico orgâo da egreja de S.
Vicente são encarregados os srs.
Amor Machado, e Duarte Silva.
I AA |.t«.
I tu uw u w • • u *»v
!01j 1 luQ o em
' effeito, é mister haver
coi. u?i i nos republicanos de
-i e dc, progressistas do
Porto para se atreverem, n'um
paiz pequeno, onde tudo se sabe,
onde todos no3 conhecemos, a
quererem protestar, com um cy-
nismo relapso, contra o acto de
excellente administração que se
poz em pratica—providencia que
não representa uma doutrina
abstracta, nem tão pouco um ca-
pricho de estadista, mas traduz
uma prescripção necessaria, ur-
gente, que a observação dos fa-
ctos determinou e impoz! Aquel-
las funeções tutelare3, que res-
tringem despezas, que regulari-
sam escripturação, que relacio-
nam o poder municipal com o
poder central, não são conserva-
doras, nem são liberaes: são ver-
dadeiros remedios ao vicio dos
nossos costumes, cautério effi^az
á chaga da politiquice, ou seja
progressista, ou seja republica-
na, ou seja regeneradora! Não se
trata de escolas, de doutrinas, de
theorias, de palavriados, de fal-
lacia3, de dec!ama;oes: trata-se
de boa3 praticas, impostas pela
experiencia. Tanto nos importa
que possam ser, essas funeções,
acoimadas de conservadoras ou
de liberaes; o titulo não nos im-
porta para nada, não nos com-
move, não no3 impressiona. Dei-
xamos esse entretenimento para
especuladores, para innocentes
e para plumitivos—tres entida-
des que, por inspirações diver-
sas, de boa e de má fé, se har-
monisam, se comprebendem, se
admiram e se completam. 0 que
queremos, o que quer o paiz, o
que quer Lisboa, o que quer o
Porto, o que querem as provín-
cias, é que se administre bem,
cercando-se a administração de
todos os meios e providencias
que tornem este ideal n'uma rea-
lidade palpavel e evidente!
Com os demonios! Todos sa-
bem como se tem administrado a
camara de Lisboa, de3de que os
immortaes princípios ali tiveram
ingresso! Todos sabem como se
administra,a camara do Porto,
desde que 03 progressistas, á
sombra de Pinto Bessa, um re-
formista bem intencionado, se
apoderaram da vereação, que se
transformou no centro partidá-
rio da terra!
filies podem, uns e outros, di-
zerem quanto quizerem: todos
sabem! Elles podem, republica-
nos e progressistas, lavrar pro-
testos, celebrar comicios, invo-
car doutrinas, ameaçar a Corôa:
I vuuuijuiit. tiu u;i
ma vereação, -» cíijui dos con-
j tribuintetí^ fig lornar o sustenta-
J-CUtf/íôs caprichos e dao vaida-
I dcò d'uQl cotlt-'it de políticos, 6
mferlinencia, é audacia, é atre-
vimento descarado, é cynismo
relapso, e bem hajam—o gover-
no que se inspirou na gravidade
das circumstancias, a maioria de
Lisboa que indeferiu ao requeri-
mento, a minoria do Porto que
poz tudo, como vulgarmente e
apropriadamente se costuma di-
zer, em pratos limpos, para que
todos vissem a sinceridade do
protesto!
Deixem-no8 exclamar a phrase
alliviante, que no3 está a saltar
da penna, e que é esta:
—Arre, que é demais!
E' abusar da paciência publica
o andarem taes goliardos com
taes comedias! Cá os de Lisboa
fallaram em princípios immor-
taes; lá os do Porto, n'uma gran-
de tirada, invocaram o baluarte
das liberdades patrias, e o tal
baluarte veiu por ahi fóra, nos
fios, como tropo de primeira gran-
deza, decisivo da questão!
Mas a que vôm os princípios,
mas a que veiu o baluarte?
De certo que os princípios são
respeitáveis na sua pureza, mas
quando encobrem e irresponsabi-
sam praticas ruins, esses princí-
pios, bypocritas como Tartufos,
eão uns maladrins de primeira
ordem! De certo que o Porto, a
grande cidade, tem um titulo de
gloria, pagina de ouro na histo-
ria da patria, sm ter sido o ba-
luarte das liberdade3 legitimas;
mas quando essa tradicção se in-
voca para e3Conder maus exem-
plos, faz-se uma injuria á libar-
dade e á cidade, pretendendo
tornal-as connivente3, parceiras
inconscientes da politica d'uma
facção!
Senhores colligados, republi-
canos de cá, progressistas de lá:
não forcem a nota. Isto não vai
com palavriados, vai com factos;
olhem que a paciência publica
tem limites, e se ella tem razões
para se revoltar é contra os que,
por politica, pretendem difficul-
tar uma administração honrada!
Do J' Or ítOiÇo(
345
FOLHETIM
JULES CARDOZE
O SINEIRO
SAINT-NIERRY
SEGUNDA PARTE
- IX
O pavlllião mysterloso
(Ooatimuado do numero 7:896)
—Deve ficar aqui!
Joanna insistia exclamando:
—Porque me trouxe para aqui?
Porque me impede de ir ter com
aquelles que amo e dos quaes me
separaram violentamente?
—Não pesso proceder de outro
Pela politica
e pela administração
Sumula do artigo editorial do
Século de hontem:
—Que a religião vai em deea-
dencia ..
—Que a santificação do dia de
S. João é um incitamento á madra•
ceira...
—Que o governo, aanccionando
o breve pontifício, o fez por politi-
ca...
Enquanto á decadencia da re-
ligião, que o digam: em grande, a
republica francesa, que tem a sua
maior garantia de estabilidade
modo, respondeu Timon com voi
mais branda.
—Mas emfim, inaistiu a rapari-
ga com extrema vehemencia, se
eu estava no pavilhão é porque
fora ali na companhia de uma da-
ma e com a permissão de seu amo.
Qae foi feito da pessoa que me
acompanhava?
—Que importa o que foi feito
de Dolcia! exclamou Timon com
um movimento de impaciência que
não pôde reprimir. O importante
é que meu amo não seja importu-
nado na conversação a que está
entregue n'este momento.
—Com aquelles que me procu-
ram?
Timon teve um sobresalto e
perguntou:
—Quem é que a pôde vir pro-
curar aqui? A senhora veio com a
Dolcia e eu não sei que essa mu-
lher tenha o que quer que seja de
coed mum com as pessoas que se
acham n'este momento no pavi- I
lhào, em companhia do senhor su-1
F
íiisco—cbnr.am aiguas joraaes
ao factojda Relação não ter dado
rovimento aos embargos do sr.
raucisco Beirão, por illegal cobran-
ça de impostos.
«Fiasco, sem duvida!
«Mas, fiasco de quem?
«Fiasco, infelizmente, da justiça,
do direito, da lei!»
MagÍ8ter dixit!
*
* #
Chegaram hontem do Porto os
srs. Ezequiel Vieira de Castro e
Pinto Saraiva, que vêm, perante
a commiisão revisora de plutas
aduaneiras, apresentar algumas
reclamações.
—El-Rei, acompanhado pelo sr.
ministro da Gaerra, vae no dia
29 a Vendas Novas, onde se de-
morará até ao fim do mes, assis
tindo ás experiencias com tres
boccas de fogo que não estão
adoptados em Portugal: um ca-
nhão revolver, uma peça automa»
tica e uma metralhadora.
—Era a seguinte a situsção do
Banco de Portugal em 13 do cor-
rente: Natas em circulação, róis
52.541:574$750; conta corrente
com o thesouro 14 978:574^100
réis.
—Na administração geral das
alfandegas está-se confeccionando
a lista de antiguidades de todo o
pessoal civil, dependente d'squel-
la repartição superior.
—Os srs. Sousa Larcber, Leão
d'Oliveira, Cupertino Ribeiro,
João Pedro d'Almeida e Teixeira
Bastos, quo formam a maioria da
camara municipal de Lisboa, pu-
blicaram hontem um manifesto
declarando que abandonam as
suaB cadeiras de vereadores, co
mo protesto contra a reforma
administrativa.
Pois passem por lá muito bem!
Portugal e Brazil
A bandeira brazileira foi hon-
tem haateada, era meio dia, no
consulado d'aquella naçlo, na rua
do Alecrim.
Ao qae nos consta, o digno con-
sul geral, o sr. Vieira da Silva,
hontem meamo recebeu telegra-
phicamente a notificação do seu
governo de se terem reatado as
relações entre os dois povoa, par
ticipando-se-lhe também, segando
ouvimos, que o ministério brazilei-
ro agradecera ao ministro dos Es-
tados Unidos da America do Norte
a protecção dispensada aos seus
nacionaes, protecção que cessava,
entrando o consul em relações
com o governo portuguez, até á
vinda do sr. dr. Assis Brazil, que
deve chegar brevemente a Lisboa.
O «r. Vieira da Silva expediu
ordens aos vice-consul para que
hasteassem a bandeira brasileira
durante tres dias.
Hoje e em todas as quartas fei
ras de quaresma, pelas Ave Ma
rias, haverá na egreja de Bellas
o exercicio de Via Sacra em suf-
fragio das almas do Purgatorio,
concluindo com sermões de dou-
trina e Miserere. E' orador o re-
verendo prior de S. Thiago.
perintendente daB Finanças, meu
amo.
Joanna, se bem que ralada pela
angustia, notára o desprezo com
que o creado pronunciava o nome
da Dolcia.
Lembrou-8e do logar e do meio
em que encontrára aquella crea-
tara.
A recordação da orgia á qual a
tinham obrigado a assistir, acu-
diu lhe á memoria, e olhou fixa-
mente para o servo, dizendo:
—Eu vim aqui porque a pes-
soa qae me condusiu me assegu
rou qae o senhor superintendente
dai Finanças era assaz poderoso
oo reino para me proteger, pri-
meiro contra os amigos que se en-
carniçam contra meu pae e contra
mim, e depois para me fazer en-
contrar aqaelles que me são ca-
ros.
—Mas de quem quer a senhora
fallar?
—De meu pae... o lenhador
Cláudio.
o, vario» offi
rigiram-Bd ás salai dt redacçílt
do «Itjfiumen», e praticaram ali
ec "evanche», alguns actos de
violência contra os redactores e di-
rector do j or uai.
No dia immediato foi o governo
interpollado no Congresso ácerca
do occorrido, o o ministro da guer
ra, em resposta, dirigiu acres ac-
cussções aos jornalistas. Da gale-
ria da imprensa sahiram logo,em si-
gnal de protesto, todos quantoa lá
estavam, e f jram para ob seus jor
naes dar uma carga a fundo no
governo e n'uma parte do exer
cito.
Como a attitude do ministro da
guerra;desagradasi3 geralmente, o
sr. Sagasta viu-se constrangido a
apresentar a demissão collectiva
do gabinete, allegando que a este
faltava a auctoridade para gover-
nar.
O governador militar de Ma-
drid, general Bermudes Reina pe-
diu também a sua demissão, sendo
substituido n'aquelle cargo pelo
marechal Martinez Campos.
O Congresso e o Sanado sus-
penderam ante hontem as suas
sessões, até que haja novo gover-
no.
O partido conservador, se fôr
chamado a organisar gover-
no, não acceitará, ao que se
diz.
#
Madrid, 18, t.
Foi hoje lida ao senado e á cama-
ra dos deputados a communicaçáo
da demissão dos ministros, sendo
em seguida levantadas as sessões. O marechal Martinez Campos rece-
beu os offleiaes da guarnição de Ma-
drid, e decidiu fazer respeitar a lei por toda a gente.
Dois jornaes republicanos serão
processados pelo tribunal marcial.
#
Madrid, 18, t.
A Rainha Regente recebeu esta
noite os srs. Montero Rios e Marquez
de la Veja de Armijo, presidentes do senado e da camara dos deputados,
e o sr. Canovas dei Castillo. Guar-
da-se grande silencio sobre os seus
conselhos e opiniões. 0 boato da
declaração do estado de guerra em
Madrid e completamente infundado
(Havas).
ELVAS, 19, t.
Sómente hoje ao meio dia foi
possivel entrar na cadeia d'eita
cidade.
Os presos que se achavam na
enxovia foram conduzidos para
um segredo, afim de se passar re-
vista á enxovia, encontrando-se
ahi tudo de louça partida, alguns
canivetes e baralhos de cartas.
Acabada a revista ficaram sõ-
mente no segredo dois, que foram
os cabeças de motim. O dr. dele-
gado Serra ordenou que darante
oito dias não lh d fosse diatribuido
senão pão e agua.
Rcceia-se hoje novo tumulto, fi-
cando por isso a guarda comman-
dada por um sargento.
—Choveu hoje, cahindo algum
graniso.
M.
Consistorio
Roma, 18, t.
Celebrou-se esta manhã o consis-
torio annunciado.
(Havae).
—Cláudio?... O que habitava
na floresta de CroissyV
—Vivia ahi antes de aer preso.
—E as outras pessoas de quem
pretende também ser amiga?
—Essas estão egualmente amea-
çadas por poderosos inimigos...
Ah! o senhor deve ter ouvido fal-
lar em Magdalena de Blangis...
—Como! pois seria...
—E em Luiz... e no sineiro de
Saint- Merry? continuou Joanna
que via modificar-se o jogo de
physionomia do seu interlocutor,
á medida que ella fallava.
Com effeito, Timon estava admi-
rado e de severo qae se moitrára
até alli para com aquella que jul-
gava ser uma creatura protegida
pela Dolcia, tornava se subita-
mente brando como se realmente
bo interessasse por aquella joven.
Chegou mesmo a tomar um ar pa-
ternal.
—Miaha filha, disse elle, acon-
selho lhe que não se assuste.
—Mas o senhor deve compre-
hender o quanto me tarda tornar
ibrazue
I exirami
r»
r% L IA là íiailco. ; senho i
O* srs, corresponden-
tes ten2tsro n bonflaáe
de nos uiser os números
querem a mais* sobre a
remessaordinaria, para
regalarmos a tiragem.
SETÚBAL, 19, t.
Circulares insultuosas da Eri-
ceira foram enviadas a differentes
cavalheiros d'esta cidade. As cir-
culares eram redigidas em termos
profundamente baixos e vergo-
nhosos.
Estas circulares, que visam uma
alta dignidade ecclesiastics, são
firmadas por Hermano Franco
Mattos, naturalmente pseudonymo
do auctor de tão sordidos manus-
cript08. Bom será que a auctori-
dade o descubra, pois merece um
castigo exemplar.
Estas circulares produziram
profunda indignação.
M.
Atiradores civis "Eslrtlla"
Recebemos convite d'esta nova
e magnifica associação de tiro,
para a festa da sua inauguração,
que se realisa no dia 24, palas 2
horas da tarde.
O convite é feito pelos corpos
gerentes, que se compõem dos
srs.: Cunha Belem, Dias de Al-
meida, Eduardo de Noronhs,
Eduardo Nunes da Motta, Eduar-
do Rodrigues, Gil Antonio Dias
d'A8sumpção, Henrique Affonso
Pires, José Antonio de Carvalho
Gandars, Joaquim José de Bar-
ros, Luiz de Oliveira Miranda
Vienna, Manuel José Gonçalves
Vianna, Manuel Mariz Costa, Pe-
dro Caldeira, Sebastião Machado
Correia.
A marinha ingleza
Londres, 18, n.
A camara dos communs rejeitou
por 153 votos contra 32 a proposta
do sr. Lawson, pedindo a reducção de 1:000 libras esterlinas no orça-
mento, para protestar contra as des-
pezas da marinha, e approvou o ca-
pitulo das soldadas dos marinhei-
ros.!
Transporte de varia3 merca-
dorias
A Companhia Real dos cami-
nhos de ferro portuguezes annuo-
cia que desde 1 d'abril de 1895
fica annullada a tarifa conbinada
P. H. F. n.° 7, de pequena veloci-
dade, de 1 de março de 1887, em
vigor desde 15 do mesmo mez, ap-
plicavel ao transporte de varias
mercadorias das estaçõ ís de Lis-
boa ou Entroncamento para 88
das Companhias do Meio-Dia de
França e de Orleans ou vice-ver-
sa.
O Encanto
Está publicado o n.# 14 d'esta
excellente publicação que trsz o
retiato do sr. Conde do Alto Mea-
rim.
A parte musical consta d'umas
deliciosas trovas populares, dedi-
cadas ao grande poeta João de
Deus pelo sr. Henri Muller, Fils.
A lettra das trovaB é do sr. Pe-
dro Pinto, um moço intelligente e
muito trabalhador.
a vêl-os, o quanto estou anciosa e
inquieta. Oh ! não posso esperar
mai* para saber o que fizeram de
meu pobre pae, o que fizeram de
Magdalena.
—A respeito d'essa posso dar-
lhe alguns esclarecimentos.
—O senhor ? Oh ! por Deus,
falle!
— Está salva ! pronunciou Ti-
mon.
E' impossível descrever o mo-
vimento de alegria que se operou
na filha do lenhador.
—Salva ! repetiu ella, salva !
D'esta vez, Timon sentiu-se
commovido.
E brandamente, com as precau-
ções necessárias para não emocio-
nar a desditosa rapariga que tre-
mia como varas verdes, aceres-
centou:
—Sim, minha filha, Magdalena
de Blangis escapou áquelle que
retendia fazer d'ella sua mu-
her.
—O Marquez de Crivellie !
Joaqnim Aagnslo da Gosti
FABRICANTE
E'ernecedore«ela«lvo dc
Hlnisterlo dos ^ffo-
" o*
ciedade de tteo|r?A«
pbla.KnsiUmo de Coim-
bra. elet
< u rua de *
Jaiião, tiJO, 3.°, onde tem
um completo sortimento no
sen genero e para onde, devi
ser dirigida toda a corres-
pondência.
Para fizer dormir um astbma-
tico, supprimindo a oppressao, os
accessoa do tosse, as sufFjcaçõás,
basta fazei o fumar um Cigarro
Índio de G/imault e C.a.
S
José Antonio dos Santos
Ha dois annos, pelo menos, que
se recebiam na redacção do Diá-
rio lllu8trado successivas cartas,
qaasi qae uma por dia, sobrescri-
ptadas ao nomo que serve de epi-
graphe a esta noticia.
Por mais de uma ves se annun-
ciou que não havia, nem houvera
nunca, na redacção, administrac-
ção e typographia do jornal se-
melhante individuo.
Mas as cartas continuavam.•.
Ha dias procedeu-se á abertura
de algumas, todas extensas—fo-
lhas e folhas de papel cheias de
lettra miudinha—averiguando-se
que se tratava de uma pobre 83-
nhora, que não sabamos quem se-
ja, mas que se conclue que é uma
pobre louca, que deu aquelle no-
me e aquelles appellidos a um en-
te amado, escrevendo lhe, expan-
dindo-so em grandes manifesta-
ções de amor, attribuindo todos os
versos, todos os pensamentos, to-
dos ob annuncios a palavras que
lhe manda o seu idolatrado!
Julgamos de nosso dever fazer
conhecido este facto, porque ven-
do-se que a pobre ssnhora é leito-
ra assídua do Diário lllustrado%
talvez assim obstemos á continua-
ção da remessa.
N'uma das ultimas cartas, até
nos versos de Fernandes Costa,
de João de Deus, de Luiz Osorio e
de outros poetas,versos commcmo-
rativos da fista do eminente lyrico,
foram por ella considerados como
expressões que lhe dirigia o seu
José Antonio dos Santos, o ente
idolatrado, que a ama e que a tor-
tura!
Nolasliundanas
XLII
0 sr. Ningucm é um idea-
lista innocente ou é marido
de modista: deixe gosar, ho-
memsinho, a vista da gente,
porque essas visões, a que se
refere com reticencias, são o
único linitivo á semsaboria
da inverneira.
A portugueza, meio caro
senhor, n'esse ponto de er-
guer o vestido, é a mais cau-
telosa de todas as mulheres.
A hespanhola ergue um pal-
no; a franceza, dois. Esta sim,
que entende bem... a eco-
nomia da seda e das rendas!
Portanto faço votos para
que o seu conselho seja lan-
çado no desprezo; aliaz a mu-
lher perdia a elegancia, pa-
recendo um manequim feito
de uma só peça.
Alguém,
—E' justamente esse o nome do
gentilhomem em questão.
Joanna estava offeganto de ale-
gria.
—Oh ! deixe-me ir para junto
de Magdalena !... Sapponho que
ella estará aqui!... E os ou-
tros?... Creia que teem pressa
de me tornar a vêr.•. Ah! le-
ve-me onde elles estão.
—E' impossivel n'este momento.
—Se o senhor me não concede
o que lhe peço, exclamou a joven,
cujo espirito se exaltava, vou gri-
tar, chamai a pelo seu nome
para que elles saibam que estou
aqui...
Timon estava deveras embara-
çado.
—Socegue, minha filha, disse
elle com extrema doçura. Se resis-
to aos seus desejes é porque sou
forçado a isso. Recebi ordens...
—Para me impedir de vêr os
meus amigos, de lhes fallar, de me
lançar nos braços d'elles ?
(Continua)
DO
Aqui e acolá
O duque d'0/léAii*
O Matin reproduz n'estei ter
mos uma interessante converssção
Ou eMii dantes de Pariu
E' sabido que os estudantes de
Paris publicam todoi os annos, na
Micarême, o numero único d'um
jornal intitulado Au quartier la
tin} cuja venda reverte a favor
que um dos seus redactores teve I dos pobres.
tm Londres com o duque d'Or- N'esse jornal, collaboram os es
léans. irmão da nossa gentil so- criptores parisienses mais conhe
berana: eidos.
OjornalÍ8ta.—Fallou-se ultima- Do numero d'este anno, que
ente muito de V. A. nos jornaes, acaba de publicar-se, copiamos ob
a proposito do dinheiro do boulan- seguintes graciosíssimos versos de
gismo e da duquesa d*Uaèj... Jules Jouy, sob o titulo: Le Mar-
0 príncipe.—Isso tudo são pu-1 di gras des va-nu*pieds:
ras blagues; não passaram de con
tos veibos em que nuuca me en- J'voudrais trimer comme um nègre
volvi, nem quero hoje envolver- Et turbiner comma un eh'vai.
me. C'est 1'mardi gras et j'suis maigre;
—E o respeito de crise presi- Ca m'embêt', le carnaval,
dencial? Devia ter-vos surprehen- La faim m'fait fair' la grimace;
dido, de certo... Y'a six mois qu' je m'suia rasé
—Nem por isso. Com umgover- Et par derrièr1 ma ch'mis' passe:
no como o da república, nada nes On m' prend pour un déguiiô-
deve surprehender; ó preciso es-
tarmos prevenidos para as peiores Uo' gargotiè^e, à 1'ân'boane,
catastrophes. Crise ministerial, M'a donné deux bouts d' pain
crise presidencial, ausência de mi- blanc
nistros e do chefe do Estado; com- J'cherche un coin cú y'ait person
plicaçoss graves no interior, que ne,
podem determinar complicações Pour les manger sur un bane.
ainda maia graves lá fora, tudo J'en cache un sous mon aisselle;
isso se repetirá talvez amanhã, e L'aut, dans l'dos, je l ai r'misé.
é possivel que se resolva d'um mo- Je r'ssemble á Polichinelle:
do menos pacifico, mercê da vossa | On m'prend pour un dóguiaó
anarebia republicana.
Por essa occasião, essrevi a car-1 Zola firma, no interessante jor-
ta que deve ter lido, aconselhando | nal, estas linhas:
o meu partido a manter-se na re
serva mais absoluta: Ao ter co-
nhecimento da demissão do sr. Ca-
simir Perier, metti-me immedia-
tameate no comboio; cheguei a
«Ah! a eterna comedia! O que
se póie diíer, não poderia escre-
ver-se. A moral litteraria é Cen-
drillon que cuida da coiinha, em-
Londres, e como não encontrasse I quanto sua irmã mais velha, a
um caò,fui a pé até Charing-Cross, moral d'uso quotidiano, se veste
onde tomei o expresso para Do- de seda e se deixa debochar pelos
ver. Disse-se que fretára ali um Princip3s de passagem. Silencio
vapor. E' falso. O momento de ázerca dos nossos vicios! Roubai,
proceder não tinha ainda chega- seduzi as mulheres dos outros, vi-
do. vei na sociedade dos vossos appe-
—E o sr. Faure? tites. Porque não? Sois homem, e
—O sr. Faure votou contra as os vossos irmãos na fraqueza hão
leis de expultãí. A terem que es- de perdoar-vos. Descobrir-se-hão
colher, melhor foi escolhel-o a elle circumstancias attenuantes. E de-
do que um outro. O que pode elle pois, só muito baixinho se fallará
fazer, de resto, e o que pode fa- do caso. Vói, conservar-vos-heis
zer a pobre França, esmagada em silencio. Todos os salões ea-
pelo duplo jugo doB agitadores so- bem que Madame X... tem aman-
cialistas e dos franc-maçona? tes, e todos os oalões a recebem.
O povo sacudirá ura dia esse O marido cala-se, e não ha escan-
jugo que lhe pêza, mas quando dalo e não ha nads
«O Diário lllawtrado»
commemora o rentabe
lecimento das relações
entre Portugal e o Bra-
zil com gravuras espe-
ciaes que lião-de com-
pletar a sua l.1 pagina
de sexta feira» 28 do
corrente.
São dois magnifico s
retratos do dr. Assis
B<azil, ministro do Bra-
zil em Liislioa e do Con-
selheiro Tliomaz Bibel-
ro, ministro de Portu-
gal no Bio* encimados
pelos brazões dos dois
paizes. enramados em
louro* oliveira e carva-
lho* de um magnifico de-
senho emblemático.
Os srs. corresponden-
tes tenham a bondade
de nos dizer os núme-
ros que querem a mais*
sobre a remessa ordina-
ria* para regalarmos a
tiragem.
VII Centenario de Santo An-
' loaio
Hontem, pelas quatro horas da
tarde, reuniu nas salas da Acade-
mia Recreativa Raphael Croner a
commiaaão organisadora doa f late-
jos commemorativos do sétimo
centenário de Santo Antonio.
Ficaram eleitos oa corpos geren-
tes.
A presidencia era occupada pa-
io reverendo prior de S. Cruz do
Castello, secretariado pelos srs.
Manuel Coelho de Magalhães e
Augusto de Passos.
Faz parte tambam dos corpos
gerentes o sr. dr. Cavalheiro,cirur-
gião-mór do batalhão de caçado-
res 5.
Na próxima segunda feira ha
nova reunião, devendo tratar-se do
programma dos festejos.
A commissâo tenciona embolia-
zar e illuminar á veneziana a pra-
ça d'armas, o que deve produzir
um eífiito phantastico, visto de
qualquer ponto da cidade.
N'aquelle recinto haverá bailes,
bazares, ete.
Os membros da commiBsão vão
SPORT
Carcavellos c. Gymnasio
Realiaou-se hontem, como o
«Diário Iilustrado» annunciou, a
desforra do ultimo «match» entre
estes dois clubs.
Conforme é costume em Carca-
vellos, deu se o «k:ck off» ás duas
horas da tarde; vendo-se pelo R.
G. C. P. o Beguínte «team»:
Hansen, g. Godefroy e Sprunt,
f-b; Lage, Dawson e Gardé, h b;
Xafredo (captain), M. Garen, Mil-
lar, Awata e Ettur, f.
A lista do C. F. C. indicava o
•team»:
Phillipa, g.; Keating (captain)
e Loek-j, f-b.; Palmer, Ilardwick
e Tarmer, h-b; Thomson, Cox,
Fraspr, Ford e Pittuck, f.
«Umpire»—Sr. Wyse.
Durante a primeira parte R. G.
C. marcou um «goal»; antes, tinha
C. F. C. marcado um outro, e ao
acabar esta parte, sob um formi-
das suas idéas politicas têm o
amor da sua patria.
A nós admira-nos como n'um
congresso partidario, que sempre
deve S8r sério, se consente a apre-
sentação de qualquer suj sito de-
clarando que vai representar esta
ou aquella localidade, sem que pa-
ra isso apresente qualquer docu-
mento. Cuso contrario, poder-se-
hia lá apresentar o Nicolau Ma-
luco ou o Manuel Quatorze, de-
clarando que ia representar Oei-
raa ou outra qualquer terra.
Finalmente, nós deaculpamos o
tal congre8aÍ8ta porque o conhe-
cemos perfeitamente, e sabemos
que elle tem a monomania da re-
publica depois que recebeu a no-
ticie de ser eleito vice vereador da
camara municipal d'este concelho.
Disem que ha alegrias que ma-
tam, mas é facto que também ha
alegrias que transtornam as fa-
culdades mentaes. «São os pobres
d'espirito que formam o reino dos
céos».
—Foi aqui recebida com geral
agrado a noticia de se terem re-
atado as relações diplomáticas
com o Brazil.
E' mais um
davel chuveiro, mais dois.
Na segunda parte, C. F. C.
marcou mais três «goals», ficando,
portanto, o seu «team» vencedor I ministro dos Negocios* Estrangei
por 6 c. 1. ros tem que dar a roer aos patrio-
ts, F. C. conseguiu fazer pas- ticos que tanto trabalharam para
aar mais uma vez na 1.* parte e D0B deaacreditar junto do nobre
outra na 2 a, a bola entre os «goala-1 presidente da republica brazilei-
Feio estrangeiro
TELEGRAMAS
Milão, 18, t.
Foi hoje celebrada com grande af-
fluência de povo a inauguração do
monumento erigido aos mortos das
cinco jornadas de março de 1848.
New York, 18, n.
Depois de dois mezes de inquéri-
to acerca da corrupção da policia
de New-York comparecerão perante
o tribunal criminal vinte e cinco agen-
tes, entre elles vários altos funccio-
narios e nomeadamente o chefe de
policia.
S Petersburgo, 18, n.
0 general Werder, embaixador da
Àllemanha, apresentará amanhã ao
Tzar Nicolau II as suas recreden-
ciaes. Corre o boato de que será
substituído pelo Conde Herberto de
Bismarck.
Muiiigua, 18, t.
0 ministro britannico apresentará
ao governo de Nicaragua um «ulti-
matum», exigindo 15:000 libras es-
terlinas como reparação da expulsão oiso que o nobre] d0 vice-consul inglez de Blueíields.
(Havas).
Contra a debilidade
Recommendamoa o Vinho Nu-
posts», não tendo lido contados 1 r3l com o fim de se não chegar a tritivo do Carne e a Farinha Pei-
como «goals», pois ao tempo eate um accordo, para assim eatiafaze- toral Ferruginosa, da pharmacia
club tinha homens «off side». 1 rem mais á sua vontade a sua ga- Franco & Filhos por se acharem
O jogo do R. G. C. foi, por ve-1 nancia politiqueira. legalmente auctorisados pelas au
zes, mais unido do que em geral, Honra, pois, ao nobre ministro ctoridades sanitarias de Portugal
o que é nm progresso para regis I doa Estrangeiros, ao governo, e a
tar; por vezes conseguiu entrar | Prudente de Moraes!
o do Brazil.
valorosamente na «metade» dos
adversarios, embora a maior per-
manência do jogo fosse sobre o
seu «goal».
DevemoB notar a magnifica
avançada do grupo dos «for-
Viva Portugal!
Viva o Brazil!
(Correspondente).
O concerto de hoje
A Real Academia de Amadores wards, do C. F. C., na qual con- ^ "eai aeaaomia ae amaaore.
seguiu marcar o «eu primeiro de Musica realisa hoje um bell»-
•goal», petfeitiiiimo e irresi.ti- concerto no aalâo da Trin-
vel. dade-
R. G. C. embora de pouco ef-1 Como «empre, entre os amado-
feito, foi em todo o caso levado a
cabo; o «keeper» de Carca
vellos, tinha sabido do seu logar,
confiando nos «backi»; cremos
que já outra vez vimos marcar, em
Carcavellos, um outro «goal» em
identicaa condiçõja. Um «goal
tenha encontrado uma authorida
de em que poisa apoiar-se sem
receio. Apenas eu, qie sou o legi
timo representante da monarebia
tradicional e nacional, posso sej
essa authoridade; eu eó posso rea
tituir a verdadeira liberdade
se escreva.»
Faça-se tudo, comtanto que não | hoje fallar com o ar. ministro da
guerra afim de que Be permitta
que o ar. governador do Castello,
ceda a praça d'armas para o fim
deapjido.
As salas da Academia Raphael
Inauguração da tpocha
lauromachica
Parece que Berá brilhantemente I Croner continuam á disposição do
esse povo que hoje esmagam, por-1 inaugurada a epocha tauromachi- comité organisador para alli reali
que quero— b am o sabe—a íibor- ca do corrente anno. Para isto 1 sarem as auas sessões,
dade de tudo quanto é bom ejus- está-se preparando para a tarde
to. de 25 do corrente, uma corridal AlfilíldC^llS
—Estaes convencido que os col- na praça do Barreiro, que é com- n m
ligados vos auxiliarão n'essa em-1 posia com oa melhores elementos. Apresentou se ao serviço na al-
O «espada® Conejito, que tão fandega de Lisboa o 3.° aspiran-
contra seis não~é grande gloria, I mes, que actualmente se encontra
mas é uma boa vantagem; porque | enJre noa
não fazer nenhum, desanima; ao
Homenagem a Eduardo Coelho
Subscripção aberta no Diaric
Iilustrado:
Transporte... 16jS20C
(Continua)*
TeUgitaaas to ?#rt®
PORTO, 19, t.—Ao Diário B-
lustrado.
_ . O Cardeal D. Américo celebrou res da musica quintessenciada, ha ho;0 milga nB capella da Officina
um grande desejo de assistir ao de s. j0B$f e ministrou a commu-
concerto, onáe ae farão ouvir oa nfcj0 80I educandos. O edifício es-
mais notáveis «virtuoaei» d'aquel teve embandeirado naoccaaiãoda
la belliasima Academia. mÍ8Ba. Fez a guarda de honra a
O concerto é em honra do illus- forÇ4 de infanteria 18, com a rea-
tre maestro brazileiro, Carloa Go- pectiva banda. *_ » . companhia equestre Ale-
preza?
—Os colligados entenderam po
der combater mais effijazmente a
intolerância do governo, inclinan-
do se diante dos factos consuma-
dos. Deixem0l-0B n'eaaa illusão
até que a percam. Quanto aos meus
amigos, aos que reputam com ra-
aão essa intolerância como sendo
da propria eBaencia da nossa re-
publica franc maçónica, o seu de-
ver é luctarem mais do qae nun-
ca pelo principio que eu represen-
to—a monarchia.
—Mav o Papa, monsenhor, re-
commendou aos fiais que não com-
batessem a republica...
—E que outra razão poderia ter
S. Santidade para adberir á repu-
blica, senão a de que esta é um
facto conBummado? Imagina acaso
que no dia em que eu suba ao
throno, o Papa me recusará a sua
benção, se lh'a pedir?
—E quando e como esparaes
VÓ3 aubir ao throno?
—Iasfl é o meu segredo e o do
futuro. Posso apenas dizer lhe que
trabalho pira tal fim, e que hei
de luctar ,até conseguil o. E se o
perigo se tornar muito ameaça-'
dor pira o nosso desgraçado paiz,
então...
Houve uma pausa.
Depois, o Principe concluiu aa-
applandido foi naa arenas he»pa- te, ir. Adriano .Teixeira Lançai-
nholas, na passada temporada, e tre, que pertencia á do Porto,
que no Porto alcançou os mais —Pela direcção geral das ai-
phreaetiooa applauios, é o «dies- fandegas foi communicado o se
tro» contractado para esta tarde, guinte em ordem de serviço: 1.® O
O resto do grupo dos lidadores de imposto da 100 réis, a que se re-
pó é composto de «Minuto», Theo- fere o n.° 363 da lei do sello (por
doro Gonçalves, Jorge Cadete, declaração de valor nos despachos
João Lanreanno e o apreciado I de entrada ou aahida, quando não
amador d'Aldegallega, sr. Sal- seja o da tabella official, e quando
g.ido. essa declaração não venha acom-
A lide a cavallo, parte tão ca panhada de factura) é sempre de
racteristica e brilhante do toureio vido, mesmo nos caaos em que o
portuguez, está confiada a Fer- valor não serve de base para di
nando d'Oliveira e Adelino Ra- reito. 2 ° A importancia do sello
poso, um novo a quem não falta do citado n.# 368 será contada e
coragem e vontade de progredir. I cobrada por averbamento nos des
O curro é pertencente ao sr. pachos (em vez de ser por meio
Ferreira Jordão, de Coruche, que | de estampilha) conjuctamente com
nas ultimas corridas effectuadas doa n." 322 a 329 da menciona<
da tabella.
—Vae fazer serviço na delega-
ção de Villa Verde de Raia, o 1.°
aspirante da alfandega do Porto,
sr. José Caetano de Moraes Soa-
res.
— ... Quer que lhe diga? Quan-
do se trata da salvação da Fran-
ça e quando se tem o direito de a
salvar, entra-se n'ella... confor-
me se poder!
•
A proposito do Duque d'Or-
léans:
8. A. pôs á disposição do Prin-
cipe de Galles, que as fará trans-
portar ao Instituto I®perial de
Londres, as famosas collecções
existentes em 8tow-House, adqui-
ridas pelo sr. Conde de Paris.
Essas collecções comprehendem
trophéos de caça, armas, trsjes e
curiosidades trazidas de varias
possessões inglezaa, e mais de três
mil aves, animaes ftrozes e reptis
empalhados.
O Duque d'Orléans é socio do
Instituto Imperial, que tem por
seu presidente o Principe de Gal-
les.
nas praçaa de Thomar e Barqui-
nha, ju8tificou bem os seus crédi-
tos de lavrador escrupuloso.
Olympio Martins
Este pobre velho pede entre la-
grimas um soccorro para não mor-
rer á mingua, elle e sua mulher
doente! Não tem já que empe-1 Ha quinze dias que fechou a
nhar, e a grande dor moral que o relojoaria da rua dos Fanqueiros,
opprime, torna-o como louco! R. 218, podendo nóa hoje averiguar
de S. João da Praça, 51, 1.* E. j qae o seu proprietário Antonio
I Pinto Ferreira Baptiata, se au
sentára com os relogios que lhe
tinham sido confiados para con-
contrario, marcar um, para am
mar, é o bastante—um «team»
que o consegue, tem direito a ter
toda a esperança em boas victo-
rias nos seus futuros «matches».
De reato, todos nós, oa que temos
seguido o «football» nas ultimas
temporadas, sabemos quanto nos
nossos campos vale um «goal», eó
que seja, contra um «team» como
o do C. F. C.
PedestrlanlNmo
Organisou-se em Lisboa um
grupo de excursionistas, com o
fim de promover passeios a pé
nos nossos arredores, em dias san-
tificados.
A primeira excursão do «Grupo
de Excursionistas Lisbonense#»,
que assim se intitula, realisa-se
no dia 7 d'abril, sendo o itinerá-
rio: de Liiboa a Cintra, de Cin-
tra a Cascaes e de Cascaes a Lis-
boa.
A partida é áa 4 horas da ma-
nhã.
Os excursionistas fazem relató-
rios, tiram photographias e levan-
tam plantas, á imitação do que se
faz na Suissa.
Relojoeiro fugido
Queixa
Antonio Josqaim Rebollo, dono certar e bem alíim oom a impor.
de uma mercearia na Baixa quel- tanoia Bdiantada de algum con-
xou-se á policia de que Joaquim certo que recebera.
Pereira lhe frequenta a loja ape- já foram entre«aes algumas
nas com o intuito de o explorar. queixaa á policia judiciaria, mas
Já deu por ftuta de *-£000 réis a^ hojo ainda se não ponde des-
da sua gaveta e de um par de cal- cobrir 0 paradeiro do fugitivo,
ças. I —
O mesmo individuo se vae levar Assumiu o commando da escola
algumas compras aos fregueses, pratica de artilheria naval, que
gasta o dinheiro e diz que elles lhe foi entregue pelo capitão de
ficaram devendo. | mar e guerra Cypriano Lopes de
Andrade, o capitão de mar e guer-
ra conselheiro Francisco Joaquim
Ferreira do Amaral.
Snmmo d'uva
Espalbou-se hontem pela cida-
de uma grande porção d este bal*
samo da vida.
Molharam-ae José Rodrigues,
Julia Emilia, Antonio Marques,
Creança abandonada
A's 9 boras e um quarto da
noite de hontem appareceu aban-
Manuel Maria, Antonio Francisco I donada na escada n.° 61 do largo .
e Manuel Alves. I da Graça uma creança do sexo fe* ber do seu trabalho, e mesmo tum
Foram seccar ao sol que bate I minino.
nas grades dos calabouços do go-1 Foi levada para a Santa Casa
verno civil. Ida Misericórdia de Lisboa.
Oeiras
18 de março.
Realisou-se hontem n'esta villa
a festividade de Nosso Senhor Je-
sus dos Passos.
A procissão sahiu da egreja ma-
triz ás 4 e meia da tarde, percor-
rendo as ruas da villa.
Apesar da chuva, que começou
cahindo ao meio dia, não deixou
de concorrer muita gente de di-
versas partes.
—Também hontem teve logar
n'esta villa o mercado mensal que
aqui se realisa no terceiro domin-
go de cada mes.
Esteve muito concorrido de ga-
do, especialmente bovino.
Fizeram-se algumas transac-
ções.
—Lavra grande descontenta-
mento n'esta villa, pelo facto d'um
«quidam» qualquer se ir apresen-
tar no chamado 6.° congresso re-
publicano, declarando ir ali re-
presentar Oeiras!
Ora esse tal congressista nem
morador é n'esta villa, e não nos
consta que alguém lhe encommen
dasse qualquer recado.
E' facto que ha aqui republica-
nos, mas esses apenas querem sa
ill
louvado a tenacidade edm que o
Por isso tocar se ha a sympho-
nia imponente da sua opera,
«Guaraoy», que ante-hontem tão
enthusiaaticamente applaudida foi
em S. CarloB.
Agradecemos o convite que nos
enviaram.
gria teve hontem auspiciosa es-
treia. O theatro D. Affonao estava
cheio.
M.
Aggre»são
Secção útil
Estado geral do tempo
Felicidade Alves deu uma bofe- I , -í™
tada em Rosaria Maris, moradora * JíZa fZ?»
na rua de Santa Justa 38. £ dej (^ _ • _ior,a EIS. e SE., com chuvas abunaan- Uomo o caso se deu em plena . r - - 1 tes ao o. do paiz.
A depressão do Algarve tem
seguido para SE., tendo dado
chuvas abundantes, e hoj 3 SE.
forte em Lagos.
governo tem trabalhado para o
engrandecimento do paiz. Acima
praça da Figueira, o aggressor foi
logo capturado.
Desordens
Na rua Luz Soriano houve tro
ca de tabefes entre Eduardo Raul
Feijó, Augusto José da Silva e
Amaral José.
Appareceu a policia e momen-
tos depois estava engaiolada
troupe desordeira.
—João da Costa e Domingos da
Costa aggrediram-se reciproca-
mente na rua 24 de Julho.
Foram presos.
Mina de S. Domingos 13.—Es-
tão se aqui fazendo grandes pre-
parativos para receber os srs. vis-
condes de Pomarão, James Fran-
cis Mansoy e Lady Evely Lind-
say, que chegam a esta m&na a 27
ou 28 do corrente.
O rebocador «Rita"», d'esta com-
panhia, transportará de Mértola
ao Pomarão os srs. viscondes e
d'ali a esta localidade virão s. ex."
pelo caminho de ferro, que per-
tence também á companhia. As
feataa constarão: d'um grande jan-
tar, regata, illuminaçõss, fogo de
artificio, baile, etc., etc.
Entre as senhoras principaes
d'esta povoação ha o maior enthu-
aiasmo em receber com grande
esplendor os recem-casados. A
Lisboa teem sido encommendados
vários artigos de «toilette», ex-
pressamente para as próximas
festas.
Por lapso dissemos na anterior
correspondência que esta compa-
nhia tinha contemplado os pesca-
dores do Algarve, que com os últi-
mos temporaes ficaram redusidos
á miséria, com 500*000 róis; hoje,
melhor informado, sei que a quan-
tia distribuida pelos pobres marí-
timos foi de 567^700 réis, pela se-
guinte forma: Os de Villa Real
com 400#000 réis, os de Monte
Gorgo com 67£700 réis e os de
Castro Marim com lOOjSOOO róis.
Foi uma louvável idéa e uma
quantia Importante, que attenuou
muito a miséria d'aquella pobre
gente.
(Çorrespondente).
EspeetacDloc
Vs 8 h —1 HEiTRO D. AM1LIA.
Cadiz.
Lucero dei Alba.
Grau danza Valenciana (baile). 8 lj4—GYMNAS10.
Beneficio.
Zaragueta.
Os Anexins.
0 Terrível.
Guitarristas.
A Corda Bamba.l
A's 8 1)2—AVKNIDA.
Ave do Paraizo.
As' 8 —RUA DOS CONDES.
Beneficio.
Tosca.
A's 8 1|2 REAL C0LYSED.
Pipelet.
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Companhia equestre, gymnastic»
acrobatica e cómica^
Typ7 da f. da OneimafaT35 1 ■
Condecorações
A. G. Bragança & Moniz
49, Rua Áurea, 51
CONTRA
A DEBILIDADE
Farinha Peitoral Ferrnginoa
da pharmacia Franco
Reconhecida como prccioao
■to reparador e excellent©
■constituinte, esta Farinha, a
bfahnente auctorisada t privilegimêa
m Portugal, onde é de use quasi pa-
«á ha muitos annos, applica-se cêm
• saais reconhecido proveito ens m»-
mi débeis, idosas, nas que padeces
èê peito, em convalescentes de qaasa-
fwr em^nan^ui,
DIÁRIO ILLL'STRADb
Pl LU LAS
Para o tratamento t prompta cura das
Moléstias do estoraaço e dos intesti-
nos, moléstias do fígado, dyspepsia, in-
digestões, cólicas, nauseas, diarrhea-
prisão de ventre, falta de appetite,
incominodos depois do comer, enxa-
quecas e dores chronica» de cabeça»
rheumatismo e nevralgias, moléstias da pelle, moléstias periódicas da.s
senhoras, e, alC*m d'estas, muitas outras
enfermidades que se classiflcão debaixo de uma
infinidade de uomos, todas porém, oriundas da
mesma causa, a *"ber,
orgSos de digestão
sim ilação,
'-eza e o enfraquecimento
«lidade e congestão de
o systema.
Desarr?
donde
do sangiiv.,
todos os orgà.
Procurem-se
AS PÍLULAS catharticas de ayer,
PRE PARA D A8 PELO
IDIR,. 0". O. AYER Sc CA.,
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Tosses, defluxos e
constipacoes, bron-
cliite, catarrlio pul-
monar* da tisica pul-
monar no gráo inci-
piente, e para propor-
cionar allivio esocego
aos doentes da tysica
ou dos tubérculos
pulmonares, mesmo
no estado mais adian-
tado dessa moléstia.
A protecção que proporciona aos que applicão
h tempo este medicamento nas moléstias da
garganta e do peito, torna-o um remédio de
Incalculável valor e que todos devem ter á mão.
Seria má economia não o ter era casa, e quem o
tiver empregado, não deixará mais de servir-se
d'elle.
Por lhes serem conhecidas a sua composição
e effeitos, os medicos empregão muito o Peito-
ral de Cereja entre a sua clientela, e 6 tam-
bém recommendado pelo clero. Os seus effeitos
hyglenicos são de uma certeza absoluta, e cu-
rará sempre que este flm desejado estiver dentro
ios limites da possibilidade.
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J"_ O. Ayer Sc
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Tome-se em consideração o aoiso abaixo exarado:
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lão do theatro Luiz de Camões, calçada da Ajuda, em Belem, Mad. Alting
Mees, realisará uma conferencia publica, com demonstrações praticas
sobre as vantagens da G0&1NHA A GAZ.
A entrada é livre
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Leitura para todos
Com este titulo, e em continuação da Bibliotheca
■omlci, que foi o maior aucoesao de livraria quo teoa havido es
Portugal, eatá-ae publicando uma larga aérie de romances, aahinde
regularmente doio volumes por mes, ao preço de 1QO réim ead»
volume, de SOO paginas, em média:::
O que ha de maia imaginario, aenaional e interesaante na gale
ria romantica antiga e moderna, na litteratura francesa, heapanhola
italiana, ingleza, allemâ e ruaaa, tudo aerá trasladado para a noiai
lingua; e assim, em breve, por diminutisaimo dispêndio, ÍOO réle
por qatmena» terá cada familia constituído ama bibliothee»
que entretenha, Instrua ç eduque» Será o verdadeirc
theaouro das famílias.
Chamamos para eata empreia a attenç&o de todos, ricos e po-
lires, porque a todos utilisa, porque todos teem a ganhar con a
acquiaiçSo dos livros que ella se propõe publicar, aendo a aua preoc
cupação conatante bem servir o publico pela seleeçi#
dos romances e pela maxima regularidade m$
publicarão.
Em Lisboa, 100 réia por volume; nas províncias, 120 réis, frsa*
ao de porte; correspondentes, 20 p. o. de commissSo da importaseU
daa snas compras.
Na America 600 réis.
tas.
EstSo já publicados os seguintes volumes:
▲ estalagem maldita, de Luiz Noir, traducç&o de C. Dan-
Os companheiros do crime* de E. Chavette, traducçâo
áe Alfredo Sarmento.
O romance d'um auctor dramatlco, do Visconde
Henri de Bornier, traducçâo de Portugal da Silva.
A Mestra* de Mauricio Drak, traducçâo de Nuno de Bulhão
Pato.
«João das Galés» de Edgar Monteil, traducçâo de C. Dan-
tas.
LUl, Túfú-Bébette. de Eugénio Chavette, traducçâo de
Alfredo Sarmento.
«loanna d'Armalllac, de Araenio Housaaye, traducçâo de
EL de Oliveira.
A rainha dos estudantes» de Paulo Péval, traducçâo
de Segurado de Mendonça
Os rebeldes» de Mayne Reid, traducçâo do inglez, por M.
Leal.
No prelo:
Uma mulher perigosa» de Victor Perceval, traducçâo
de Segurado de Mendonça.
Dá-se nm exemplar, gratis, i qnem se respinsabilisai
pelagvenda de 6 exemplares.
Toda a correspondência dirigida a RODRIGO Dl IEL-
LO CARNEIRO ZAGALL0
Travessa da Queimada, 35, Lisboa
PURGAÇÕES
A Sandolina de Nobre Sob inho éo
remedio mais efflcaz até hoje conhe-
cido para a cura das purgações. Os
seus effeitos são mais rápidos do que
os da essencia de sandalo, não tendo os inconvenientes da copahiba e das
cubebas. Ph. Nobre Sobrinho, rua do Ouro, 77 e 79. Pelo correio 900 réis.
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puro e delicioso vinho. Único deposito em Lisboa, rua do Aiecria
Chargeurs Reunis
Paquetes francezes para o Brazil
Para Rio de Janeiro e Santos
Directamente
0 paquete V1LLE DG CEARÁ commandante DE A. J0RES, esperado
25 do corrente, sahirá depois de curta demora.
Para carga epassagens, trata-se com Os agentes
F. Garay 4 C.■
Prça do Município. 19.
em
Aguas chloretadas
da Amieira
/") successivo augmento no con-
^sumo d'estas aguas, attestam
bem a sua efflcacia. Usam-se no tra-
tamente da escrophulose reumathis*
mo, moléstias de pelle, ainda as
mais rebeldes, syphilis, padecimen-
tos do estomago, flgado e baço, in-
flamações de qualquer orgãos, úte-
ro, ovários, entestmos, leucorrhéas,
anemias e chlorose.
Deposito no escriptorio da compa-
nhia, rua de S. Julião, 142—Pharma-
cia Azevedos Filhos—Rocio.
VERMÍFUGO
DE
R. li. Fahnestoc&t
PROPRIETÁRIO d'este remedio w sem egual, com a experien-
ca de quasi toda a sua vida na pre-
paração do VERMÍFUGO, pôde con-
fiadamente recommendar ao publico
este artigo, como o destruidor mais
efllcaz das lombrigas.
Sendo differente das mais prepa-
rações que existem, a maior parte
das quaes são imitações muito in-
feriores, cuio fim é enganar o pu-
blico, este Vermífugo tem passado
pela prova do tempo, realisando in-
variavelmente tudo o que se lhe at-
tribue. Suave na sua operação, a
sua efflcacia é sempre a mesma,
podendo usar-se sem receio sem-
pre que haja lombrigas, seia o
doente novo ou velho. Se não hou-
ver lombrigas, os seus effeitos são
os mesmos que um purgante suave,
empando o sangue. 0 proprietário,
listando inteiramente convencido da
impossibilidade de que elle falhe,
está prompto a devolver o dinheiro
a todas, as pessoas em quem o re-
medio nao faça effeito quando o
doente tiver lombrigas e seguir
exactamente as instrucções. cç<
Deposito—JAMES CASSELS & C.«.
Loteria
Vigessimos a 300 rs.
A commissão administrativa das " loterias, determinou subdivi-
dir os bilhetes em vigessimos a fim
dos jogadores preferem os originaes
ás cautelas terem mais facilidade
em se habilitar. A próxima loteria
effectua-se a 21 do corrente, sendo o premio maior 12 contos. A thesou-
raria da Misericórdia está aberta
das 10 heras da manhã ás 8 da noi-
te, e ainda restam alguns bilhetes e
vigessimos por vender.
Casa no campo
A LUGA-SE por preço muito ra~ ^zoavel, uma casa situada entre
Algés e Dafundo, com accommoda-
çõts para nunrerosa familia, t ma
parte que ainda se pode sub-arren- dar por estar independente, com co-
cheira, palheiro, cavallariça, agua e gaz encanado, jardim e terraços com
explendida vista de mar. Tem algu-
ma mobília.
Para tratar—Arco do Bandeira, 22
1.° andar.
Para Bordeaux e Leith
O vapor
OSSIAN
Espera-se de 19 a 20 do corrente.
Para carga, trata-se no Caes do So-
dré, 64, 1.®.
Os agentes,
E. Pinto Basto & C.\
Para Londres
no
CADIZ
Espera-se de 19 a 20 do corrente.
Os agentes,
Bt E. Pinto Basto <& C.1.
Compagnie
DIS
SESSAGERIES MARITIlll
PÁQUEBOT8 POSTS FRAHÇAIB
LINHA TRANSATLANTIC*
Para Dakar» Peraanba.
«o, Bahia, Bia de *a-
nelro* Montevideo *
Buenos-Ayres
Sahirão os se-
guintes naoue- tes: ORENOQUB,
c o m m andante
. Gall, que se es- pera de Bordeaux em 23 do corren-
BRÉS1L, commandante Minier que
se espera de Bordeaux de 7 a 8 de
abril.
0 paquete BRES1L não fará ei-
cala por Pernambuco e Bahia.
Para Pernambuco, Ba«
hfla. Bio de Janeira,
Santos, Montevideo a
Bnenos-Ayres
Sahirá o paquete:
MED0C. commandante ••• qre se
espera de Bordeaux de 7 a 8 de
abril.
Bordeaux,
reitora
•■i dl-
Sahirão os seguintes paquete»:
PORTUGAL, commandante Vaquier
que se espera do Braxil de 24 a 25
de março.
EQUATEUR, commandante Larti-
gue, que se espera do Braxil de 12
a 15 do corrente.
Para mais informações trata-ie nt
escriptorio de Torlades 4 C.\ ondi
se acha estabelecida a agencia, rua
Áurea, 32,1.*
Pela Agencia da Compagnie de Hes-
sageries Maritime! •
Térlada 4 O.1
I
Para Pernaulmci, Bahia. Ri« de Jaicirt,
Montevideo, Bnenes Ayres, Yilpariixe c
Portos do Pacific*.
SAIRaO os paquetes
Galicia a 20 de março. I Orissa a 17 de abril.
•Orcana a 3 de abril. ) Iberia a 1 de maio.
•Os paquetes Orcana e Iberia vao directamente a Montevideu íje po^
isso não recebem passageiros para os portos do Brazil.
••0 paquete Orcana não recebe passageiros de *.• classe.
Fax-se abatimento às famílias que viajarem para »s penai de Elraifj
e Rio da Prata.
Na passagem de 3.» classe por estes magníficos vaperei, está in«l«!fl
do vinho á hora da comida, cama, roupa, etc.
A bordo ha criados, cosinheiros portugueses e nediet.
Para La Pallice Plymonth e [Liverpool
O PAQUETE POTOSI
Espera-se a 22 de março.
NB. A viagem para Paris por esta nova Tia, La SPslllce.CéaiMJàS
pida mais commoda aue por Bordéus.
Para carga e passagens trata-se com os agentes
NO PORTOj
M» Kendall A C."
Bus do Infante D. Henrique, 89
EM LISBOA
B. Pinta Basta <
Can do Sodré, 64