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 PROCESSO CIVIL CURSO: TÉCNICO TJPE Prof: ARTHUR CAVALCANTI

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PROCESSO CIVILCURSO: TÉCNICO TJPE

Prof: ARTHUR CAVALCANTI

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Técnico Judiciário ² TJPE

Programa:

Noções de jurisdição e da ação.

Das partes e dos procuradores. Do Ministério Público. Do Juiz. DosAuxiliares da Justiça.

Dos atos processuais. Do Processo e do Procedimento: dasdisposições gerais. Da antecipação dos efeitos da tutela de mérito.

Do Procedimento ordinário: Da petição inicial. Da resposta do réu.Da revelia. Da sentença e a coisa julgada.

Dos recursos.

Do processo de execução em geral: Das disposições gerais.

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O Programa no CPC:

Arts. 1º ao 85; 125 ao 261; 270 ao 274; 282 ao322; 458 ao 475; 496 ao 565; 598 ao 601;

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Conceito - é o poder do estado, através do Judiciário

, dedizer o direito no caso concreto. É o poder, função e atividade

de aplicar o direito a um fato concreto, pelos órgãos públicosdestinados a tal, obtendo-se a justa composição da lide.

Lide e litígio são sinônimos e correspondem a ´um conflito deinteresses qualificado por uma pretensão resistidaµ.

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CARACTERÍSTICAS DA JURISDIÇÃO

secundária ² porque realiza coativamente uma atividade quedeveria ser exercida primariamente de maneira pacífica entreos sujeitos da lide;

in strumental  ² porque é um instrumento que o próprio direitodispõe para impor a obediência dos cidadãos;

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declarativa ou executiva ² declarativadeclarativa porque declara quala regra que se deve aplicar ao caso concreto, e executivaexecutivaporque aplica ulteriores medidas de reparação ou desanção previstas pelo direito;

de sintere ssada ² porque o Estado aplica as vontadesconcretas da lei que se dirige às partes e não ao órgãojurisdicional, agindo este com a maior imparcialidadepossível para a solução do conflito de interesses;

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provocada ² como em sua maioria os conflitos versam sobreinteresses privados (direitos materiais subjetivos das partes),a prestação jurisdicional apenas ocorre quando solicitadapor uma das partes interessadas, não podendo o órgãojurisdicional dar início ao processo de ofício (art. 2º, CPC).

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PRINCÍ PIOS FUNDAMENTAIS DA JURISDIÇÃO

princí  pio do juiz natural  ² só pode exercer a jurisdição oórgão a que a Constituição atribui o poder jurisdicional,não podendo a lei infraconstitucional criar juízes outribunais de exceção; precisa ser competente;

a juri  sdição é im prorrogável  ² os limites da jurisdição são

traçados pela Constituição, não sendo permitido aolegislador ordinário alterá-la, nem para restringi-la nempara ampliá-la;

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a juri  sdição é indeclinável  ² o órgão constitucionalmenteinvestido no poder de jurisdição tem a obrigação de

prestar a tutela jurisdicional e não a simples faculdade, nãopodendo recusar-se a prestá-la quando legitimamenteprovocado, nem delegá-la a terceiros.

I nve stidura ² a jurisdição só será exercida por quem tenhasido regularmente investido na autoridade do juiz.

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T erritorialidade ²  os magistrados só têm autoridade noslimites territoriais do seu Estado, ou seja, nos limitesterritoriais da sua jurisdição;

I ndelegabilidade ²  a função jurisdicional não pode serdelegada. Não pode o órgão jurisdicional delegar suasfunções a outros órgãos.

Princí  pio da inafa stabilidade da juri  sdição ² aa leilei nãonão excluiráexcluirádada apreciaçãoapreciação dodo PoderPoder JudiciárioJudiciário lesão ou ameaça adireito;;

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CLASSIFICAÇÃO DA JURISDIÇÃO CIVIL

QUANTO AO OBJETO

CONTENCIOSA

É a verdadeira jurisdição, face a existência do conflito. Éesta jurisdição o Estado desempenha na pacificação ou

composição dos litígios.

Necessidade de provocação - Só se instaura por solicitaçãode uma parte e se houver litígio ou contestação das partes.

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GRACIOSA, VOLUNTÁRIA OU ADMINISTRATIVA

Não depende de julgamento, porque a questão nãoenvolve litígio que requeira uma decisão. Nela o juizapenas realiza a gestãogestão públicapública emem tornotorno dede interessesinteressesprivadosprivados.

O juiz atua apenas para proteger o patrimônio ou apessoa, intervindo para garantir a legitimidadelegitimidade dede umum atoatodede interesseinteresse privadoprivado..

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Interessados - Os sujeitos não são chamados partes e siminteressados.

Procedimento - Na jurisdição voluntária não existeprocesso e sim procedimento;

Ex.: nomeação de tutores, alienação de bens de incapazes,extinção de usufruto ou fideicomisso etc.

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CLASSIFICAÇÃO DA JURISDIÇÃO

QUANTO AOS ORGÃOS QUE A EXERCEM

HIERARQUICAMENTE

JURISDIÇÃO INFERIOR - 1º GRAU ou INSTÂNCIA

Juízes de Direito, em primeiro grau, os quais conhecem oprocesso desde o seu início e fazem o primeiro julgamento.

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JURISDIÇÃO SUPERIOR - 2º GRAU ou INSTÂNCIA

Não se conformando com a decisão, o vencido pode pedira sua revisão a um juízo colegiado, composto por juizessuperiores (desembargadores). São os Tribunais.

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QUANTO AO TIPO DE PRETENSÃO SUBMETIDA AOESTADO-JUIZ

JURISDIÇÃO PENAL

O Estado exerce tal função diante de pretensões denatureza penal. Seu estudo é feito pelo Direito Processual

Penal e quase sempre tem o intuito punitivo (com exceções,como no caso do habeas corpus).

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JURISDIÇÃO CIVIL LATO SENSU 

Pode ser subdividida em três espécies:

juri  sdição trabalhi  sta ² é estudada pelo Direito Processual doTrabalho;

juri  sdição coletiva ² estudada pelo Direito Processual Coletivo;

juri  sdição civil  pro priamente dita ² estudada pelo Direito ProcessualCivil. Este é um conceito dado por exclusão, de forma que tudo oque não fizer parte da jurisdição penal, trabalhista ou coletiva fazparte da jurisdição civil.

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Obs.: a jurisdição civil trata tanto do direito materialpúblico (constitucional, administrativo etc.), quanto do direito

material privado (civil, comercial etc.).

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SUBSTITUTIVO DA JURISDIÇÃO

Substitutivos da Jurisdição ² nosso ordenamentojurídico reconhece formas de autocomposiçãoautocomposição dada lidelideee dede soluçãosolução porpor decisãodecisão dede pessoaspessoas estranhasestranhas aoaparelhamento judiciário (árbitros):

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- Transação ² é o negócio jurídico em que os sujeitossujeitosdada lidelide fazemfazem concessõesconcessões recíprocasrecíprocas para afastar acontrovérsia estabelecida entre eles. Pode ocorrer

antes da instauração do processo ou na suapendência.

- Conciliação ² nada mais é do que uma transaçãotransaçãoobtidaobtida emem juízo,juízo, pelapela intervençãointervenção dodo juizjuiz junto aspartes, antes de iniciar a instrução do processo.

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- Juízo arbitral ² importaimporta renúnciarenúncia àà viavia JudiciáriaJudiciária,confiando as partes a solução da lide a pessoaspessoas

desinteressadas,desinteressadas, masmas nãonão integrantesintegrantes dodo PoderPoderJudiciárioJudiciário. A sentença arbitral produz entre as partese seus sucessores, os mesmos efeitos da sentençaproferida pelos órgãos do Poder Judiciário (art. 31,

Lei n° 9.307/96).

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AÇÃO

Conceito - é o direito subjetivo, tanto do réu quanto doautor, de terter umum pronunciamentopronunciamento estatalestatal queque solucionesolucione oolitígiolitígio, fazendo desaparecer a incerteza ou a insegurançagerada pelo conflito de interesses, pouco importando qualseja a solução a ser dada pelo juiz.

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NATUREZA JURÍDICA DA AÇÃO

A ação é um direito subjetivo processual abstrato e denatureza pública;

a) direito subjetivo proce ssual ² o direto de ação não tem porobjeto a prestação do devedor, mas sim, tem por objetoprovocar a atividade do órgão jurisdicional;

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b) ab strato ² atua independentemente da existência ouinexistência do direito substancial que se pretende fazerreconhecido e executado;

c) natureza pública ² se volta contra o Estado e não contra aparte adversa.

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CONDIÇÕES DA AÇÃO

A existência de uma ação depende de alguns requisitosconstitutivos, os quais se chamam de condições da ação.SemSem estesestes requisitos,requisitos, aa açãoação nãonão iráirá sese desenvolverdesenvolvervalidamentevalidamente, levando à extinção do processo semjulgamento de mérito, ou seja, sem que o juiz chegue adecidir a quem pertence o direito.

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São três as condições da ação:

Possibilidade jurídica do pedido ² por este requisito exige-se que exista, abstratamente, no ordenamento jurídico umtipo de providência como a que se pede na ação.JuridicamenteJuridicamente impossívelimpossível seria,seria, portanto,portanto, umum pedidopedido queque nãonãoencontrasseencontrasse amparoamparo nono direitodireito emem vigorvigor.

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Interesse de agir ² Consiste na utilidade/necessidadeutilidade/necessidade dodoprocessoprocesso e na sua adequaçãoadequação.

Inicialmente, para que haja interesse de agir é necessárioque o processo seja útil e necessário a persecução doprovimento jurisdicional.

Além de útil e necessário, o procedimento tem que ser

adequado, ou seja, a via eleita pelo autor para buscar oseu direito tem que ser a adequada. Caso contrário oprocesso será extinto sem julgamento de mérito por falta deinteresse de agir.

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Legitimidade da parte ou legitimidade ad cau sam ² é atitularidade ativa e passiva para a ação. É preciso que os

sujeitos sejam, de acordo com a lei, partes legítimas, sobpena de extinção do processo sem julgamento de mérito porilegitimidade da parte;

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Obs.: carência de ação - Não estando presente uma dascondições da ação, o juiz deve extinguir o feito semsemjulgamentojulgamento dede méritomérito com base na carência de ação, nãopodendo apreciar o mérito da causa.

Momento ² o juiz pode extinguir o feito sem julgamento demérito a qualquer momento do processo, de ofício, ou arequerimento das partes, .

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CLASSIFICAÇÃO DAS AÇÕES

Ação de cognição ou de conhecimento ² é a ação atravésda qual se vai procurarprocurar reconhecerreconhecer quemquem éé oo detentordetentor dedeumum direitodireito. Assim, compõe-se o litígio declarando a vontadeconcreta da lei através do litígio;

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Ação de Execução ² com a reforma processual, naexecução baseada em título executivo extrajudicial, não

existe mais um processo a parte de execução, mas apenasuma fase de execução (cumprimento de sentença). AAexecuçãoexecução sese inicialinicial nosnos própriospróprios autosautos dodo processoprocesso dedeconhecimentoconhecimento (processo(processo sincrético)sincrético).. Mas ainda existemprocessos de execução, fundados em títulostítulos executivosexecutivos

extrajudiciaisextrajudiciais.

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Ação cautelar ² é utilizado não para satisfazer o direitode alguém, mas apenas para prevenir em caráter

emergencial e provisório, aa situaçãosituação dada lidelide contracontra asasalteraçõesalterações dede fatofato ee dede direitodireito queque possampossam ocorrerocorrer antesantesdada soluçãosolução dede méritomérito..

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CLASSIFICAÇÃO DA AÇÃO DE COGNIÇÃO (OUCONHECIMENTO)

A ação de cognição (ou conhecimento) pode serdesdobrada em:

Ação condenatória ² é aquela que busca a declaração deum direito subjetivo material do autor mais um comando queimponha uma prestaçãoprestação aa serser cumpridacumprida pelopelo réuréu. Tende àformação de um título executivo; ( EX. INDENIZAÇÃO PORDANOS MORAIS)

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Ação constitutiva ² além da declaração do direito daparte, também cria,cria, modificamodifica ouou extingueextingue umum estadoestado ouou

relaçãorelação jurídicajurídica materialmaterial; (EX. DIVORCIO)

Ação declaratória ² é aquela que apenas se destina adeclarar a certeza dada existênciaexistência ouou inexistênciainexistência dada relaçãorelaçãojurídica,jurídica, ouou dada autenticidadeautenticidade ouou validadevalidade dede umum documentodocumento(art.4º); (EX. RECONHECIMENTO DE PATERNIDADE)

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Ação mandamental ² são aquelas que trazem em seu teorumum conteúdoconteúdo dede mandomando, que se descumprida provoca

desrespeito à ordem do Juiz (ex.:habeas corpus, mandadode segurança, imissão na posse, busca e apreensão etc.).

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Processo ² é o instrumento de atuação da jurisdição.

Procedimento ² é a forma material com que o processo se

realiza em cada caso concreto. É ele que dá exterioridade aoprocesso, ou à relação processual, revelando-lhe o modus

faciendi com que se vai atingir o escopo da tutela jurisdicional.

Em outras palavras, é o procedimento que nos diferentes tiposde demandas, define e ordena os diversos atos processuaisnecessários.

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PRINCÍ PIOS DO PROCESSO CIVIL

Classificação ² os princípios do processo podem ser:

Informativos do processo;

informativos do procedimento;

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PRINCÍ PIOS INFORMATIVOS DO PROCESSO

a) princípio do devido processo legal ² Na concepção modernaestá assimilado à idéia de um processoprocesso justojusto, ou seja, umprocesso que se desenvolve respeitando os parâmetros fixadospelas normas constitucionais e pelos valores consagrados pelacoletividade, perante um juiz imparcial, em contraditório e ampla

defesa entre todos os interessados e em tempo razoável.

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b) princípio inquisitivo e princípio dispositivo:

princípio do inquisitivo - caracteriza-se pela liberdade da iniciativado processo pelo juiz, bem como o seu desenvolvimento, sem anecessidade de requerimento das partes;

princípio do dispositivo - atribui às partes toda a iniciativa, seja nainstauração do processo, seja no seu impulso.

OBS.: Modernamente, nenhum desses dois princípios sãoconsagrados em sua pureza. Daí o art. 262 ter estabelecido queembora a iniciativa da abertura do processo seja da parte, o seuimpulso é oficial, isto é, é o juiz que promove o andamento dofeito até o provimento final, independentemente da provocaçãodas partes.

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c) princípio do contraditório ² consiste na necessidade de ouvira pessoa perante a qual será proferida a decisão, garantindo-lhe o pleno direito de defesa e de pronunciamento durante todo

o curso do processo. Não há, portanto, qualquer privilégio.

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d) princípio da recorribilidade e do duplo grau de jurisdição

princípio da recorribilidade - tem-se que todo ato do juiz que possaprejudicar um direito ou um interesse da parte deve ser recorrível,

como meio de evitar ou emendar os erros e falhas que sãoinerentes aos julgamentos humanos.

Princípio do duplo grau de jurisdição - tem-se que a parte tem odireito de que a sua pretensão seja conhecida e julgada por dois

juízos distintos, mediante recurso, caso não se conforme com aprimeira decisão. Daí a necessidade de órgãos jurisdicionais comhierarquia diferente (1º e 2º grau de jurisdição).

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e) princípio da boa-fé e da lealdade processual

princípio da boa-fé - tem-se que a lei não tolera a má-fé e arma ojuiz com poderes para atuar de ofício contra a fraude processual.

Princípio da lealdade processual - é conseqüência da boa-fé noprocesso e exclui a fraude processual, os recursos torcidos, a provadeformada, as imoralidades de toda ordem.

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f) princípio da verdade real ² o juiz deve buscar no processo ajusta composição da lide no intuito de alcançar a verdade real.Para isso, não pode promover julgamentos arbitrários. TeráTerá eleele

queque julgarjulgar oo processoprocesso formandoformando seuseu convencimentoconvencimento dede acordoacordocomcom asas provasprovas trazidastrazidas aosaos autosautos dando-lhes valores segundocritérios lógicos e fundamentando a sua decisão.

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Princípios informativos do procedimento:

a) princípio da oralidade ² por ele, sempre que possível os atosdevem ser produzidos de forma oral.

b) princípio da publicidade ² todos os julgamentos devem ser

públicos, no intuito de evitar arbitrariedades (CF, art. 93, IX).

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c) princípio da economia processual ² o processo civil ideal éaquele capaz de garantir às partes uma Justiça baratabarata ee rápidarápida.Daí tem-se por esse princípio que a Justiça deve obter o maior

resultado com o mínimo de emprego de atividade processual.

d) princípio da eventualidade ou da preclusão ² por esteprincípio cada faculdade processual deve ser exercitada dentro

da fase adequada, sob pena de se perder a oportunidade depraticar o ato respectivo.

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FORMAÇÃO DO PROCESSO

Relação jurídica ² é o vínculo estabelecido entre pessoas,provocado por um fato que produz mudança de situação,regido por norma jurídica.

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Sujeitos da relação jurídica ² de acordo com a teoria angular

o processo vincula três pessoas (autor, réu e juiz). Entretanto, as

partes, autor e réu, se submetem a autoridade do juiz,enquanto que este se limita à solução do litígio. O vínculo daspartes não é, portanto, estabelecido entre si, mas entre elas eo juiz. Daí a sua forma angular.

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Teoria Angular

Juiz

Autor Réu

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Início do processo ² o processo civil começa por iniciativa daspartes, mas se desenvolve por impulso oficial.

Início gradual da relação processual ² inicialmente, com apetição inicial, apenas o autor se vincula ao Estado. Sóposteriormente com a citação do réu, é que este passatambém a se vincular ao Estado.

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Estabilização do processo ² com a citação válida do réu oprocesso se estabiliza, sendosendo defesodefeso (proibido)(proibido) aoao autorautormodificarmodificar oo pedidopedido ouou aa causacausa dede pedir,pedir, semsem oo consentimentoconsentimentododo réuréu, mantendo-se as mesmas partes, salvo as substituiçõespermitidas em lei.

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Alteração do pedido:

a) antes da citação do réu o pedido pode ser alterado pelavontade única do autor (ato(ato unilateralunilateral dede vontade)vontade);

b) após a citação válida do réu e antes do saneamento doprocesso pelo juiz, o pedido do autor pode ser alterado sehouver concordância do réu (ato(ato bilateralbilateral dede vontade)vontade);

c) após a fase de saneamento do processo o pedido do autornão poderá ser alterado nem mesmo com o consentimento doréu.

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SUSPENSÃO DO PROCESSO

Suspensão do processo - ocorre a suspensão do processo quando umacontecimento voluntário ou não provoca, temporariamente, aparalisação da marcha dos atos processuais. ART. 265.

Prática de atos processuais durante a suspensão do processo -durante a suspensão é defeso (proibido) praticar qualquer atoprocessual; poderá o juiz, todavia, determinardeterminar aa realizaçãorealização dede atosatosurgentes,urgentes, aa fimfim dede evitarevitar danodano irreparávelirreparável (art. 266).

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EXTINÇÃO DO PROCESSO

Encerramento do processo ² o processo se encerra com asentença, podendo esta extinguir o processo com resoluçãode mérito (pondo fim ao processo solucionando a lide) ART.269 ou sem resolução de mérito (corresponde ao fim doprocesso sem resolver a lide) ART. 267

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PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS ² arts. 7º ao art. 13

Pressupostos processuais ² são as exigências legais sem cujoatendimento o processo, como relação jurídica, não seestabelece ou não se desenvolve validamente. E,conseqüentemente, não atinge a sentença que deveria analisar

o mérito. São em suma, requisitos jurídicos de validade darelação proce ssual .

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Obs.: Não se deve confundir pressupostos processuais comcondições da ação, pois estas são requisitos que o juiz teráque observar para atingir o mérito (condições de eficácia),importando necessariamente o cotejo do processo com aviabilidade abstrata do direito material. Já aqueles sãorequisitos de validade do processo, ou seja, mantém contatodireto com a relação processual e não com o mérito da causa.

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Classificação dos pressupostos processuais ²doutrinariamente, os pressupostos processuais costumam serclassificados em:

Pre ssu po sto s de exi  stência ² são os requisitos para que a relaçãoprocessual se constituaconstitua validamentevalidamente. Podem ser subjetivossubjetivos e objetivosobjetivos.

Pre ssu po sto s de de senvolvimento ou de validade ²  são aqueles a ser

atendidos, depois que o processo se estabeleceu regularmente, a fim deque possapossa terter cursocurso tambémtambém regularregular, até a sentença de mérito ou aprovidência jurisdicional definitiva. Também podem ser subjetivos ouobjetivos.

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PRESSUPOSTOS DE EXISTÊNCIA

SUBJETIVOS (JUIZ E PARTES)

1. I nve stidura - consubstancia-se na necessidade do processo ser julgadopor quem é Juiz regularmente investido no cargo. Assim, um atopraticado por um não-juiz é considerada uma não-decisão.

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2. Ca pacidade de ser  parte (ad cau sam) ² é a aptidão para, em tese, ser sujeitoda relação jurídica processual (processo) ou assumir uma situação jurídicaprocessual (autor, réu, assistente etc.). São aqueles que podem ser sujeitos darelação jurídica material, como as: pessoas físicas

pessoas jurídicas, sociedades não personificadas,

sociedade irregular,

sociedade de fato,

os nascituros,

os condomínios,

as pessoas formais massas patrimoniais necessárias que, embora não possuampersonalidade jurídica, são admitidas como sujeitos da relação processual Ex.:massa falida, espólio.

os órgãos públicos despersonalizados (Ministério Público, PROCON, Tribunal deContas etc.), dentre outros.

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OBJETIVOS

Pressupostos processuais objetivos - relacionam-se com a forma

procedimental e com a ausência de fatos que impeçam a regularconstituição do processo, segundo a sistemática do direito processual civil.

Pressupostos processuais objetivos de existência do processo:

1. Observância da forma processual adequada a pretensão; existência deuma demanda que se consubstancia na apresentação de uma petiçãoinicial.

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PRESSUPOSTOS DE DESENVOLVIMENTO OU DE VALIDADE

SUBJETIVOS (JUIZ E PARTES)

Pressupostos processuais das partes - relacionam-se com ossujeitos do processo;

1. Com petência do juiz para a cau sa e im parcialidade ² além de estarinvestido na função jurisdicional necessária ao julgamento da causa, nãodeve haver contra o juiz nenhum fato que o torne impedido ou suspeito(art. 134-138).

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2. Capacidade de estar em Juízo (ad  proce ssum) ² Somente quem éplenamente capaz para estar em Juízo, é que pode ajuizar a ação e serParte do processo. Assim, a capacidade processual é a aptidão para

pratica os atos processuais independentemente de assistência ourepresentação (pais, tutor, curador etc.) pessoalmente ou por pessoaindicada na lei, tais como síndicos, administrador de condomínio,inventariante etc (art. 12 do CPC).

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Capacidade civil - é a aptidão de participar da relaçãoprocessual, em nome próprio ou alheio:

A- capacidade plena ² a pessoa que tem capacidade plena não

precisa de representação;

B- capacidade relativa ² os relativamente incapazes precisam serassistidos em juízo por seus pais, tutores ou curadores na forma da lei(art. 8º do CC);

C- incapacidade absoluta - os absolutamente incapazes precisam serrepresentados em juízo por seus pais, tutores ou curadores na forma dalei (art. 8º do CC); O representante processual não é consideradoparte, mas sim, ge stor de negócio s.

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São relativamente incapazes ² 

os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;

os ébrios habituais;

os viciados em tóxicos;

e os que, por deficiência mental, tenham o discernimento reduzido; os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo;

os pródigos.

São absolutamente incapazes ² 

os menores de dezesseis anos;

os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessáriodiscernimento para a prática desses atos;

os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade.

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3. Ca pacidade po stulatória do s procuradore s (iu s po stulandi) - é aaptidão para realizar atos do processo de maneira eficaz. Regra geral,as partes devem estar representadas por advogados, que são aqueles

que detêm a capacidade postulatória. Ex. Advogados e representantesdo Ministério Público.

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OBJETIVOS

1. Existência nos autos de instrumento de mandato conferido a advogado;

2. Ine xistência de litispendência, coisa julgada, compromisso, ou de inépcia

da petição inicial; (pressuposto processual negativo)

3. Ine xistência de qualquer das nulidades previstas na legislação

processual.

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OBSERVAÇÕES

Ausência de pressupostos processuais - Inobservados algumdos pressupostos processuais, o juiz irá extinguirprematuramente o feito sem julgamento de mérito (art. 267).

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TIPOS DE PROCEDIMENTO

Procedimento ² enquanto o processo é uma relaçãoprocessual em busca da prestação jurisdicional, oprocedimento é a exteriorização dessa relação, ou seja, podeassumir diversas feições ou modo de ser.

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Rito ² procedimento é sinônimo de rito do processo, ou seja, omodo e a forma porque se movem os atos do processo;

Processo de conhecimento ² o processo de conhecimentopode ser de:

rito comum;

ou rito especial.

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1. Procedimento comum - é o aplicado para as causas nasquais a lei processual não prevê um tipo especial, de modoque onde não houver previsão de procedimento especial,aplicar-se-á, residualmente, o comum. Pode ser:

Procedimento s ordinário ² é o que se aplica às causas para asquais não são previstos o procedimento sumário ou especial;

Procedimento s sumário ² se aplica a certas causas em razão dovalor ou da matéria.

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2. Procedimentos especiais ² são os ritos próprios para oprocessamento de determinadas causas selecionadas pelolegislador no Livro IV do Código de Processo Civil e em leisextravagantes. Podem ser:

V oluntário ² quando não envolve litígio;

Contencio so ² quando envolve litígio;

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Exemplos de procedimentos especiais de jurisdiçãocontenciosa: ação de consignação em pagamento, ação dedepósito, ação de anulação e substituição de títulos aoportador, ação de prestação de contas, ações possessórias eação de usucapião de terras particulares.

Exemplos de procedimentos especiais de jurisdição

voluntária: a separação consensual e os testamentos, dentreoutros.

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PARTES

Conceito - São as pessoas que pedem (autores) e contra asquais se pede (réus), em nome próprio, a tutela jurisdicional.

Autor ² integra o pólo ativo da ação;

Réu ² integra o pólo passivo da ação;

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Exemplo de substituição processual ² uma pessoa que alienadurante o processo um bem litigioso, mas continua a defendê-lo em juízo como se ainda fosse o seu dono.

Art. 41. Só é permitida, no curso do processo, a substituiçãovoluntária das partes nos casos expressos em lei.

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Art. 42. A alienação da coisa ou do direito litigioso, a títuloparticular, por ato entre vivos, não altera a legitimidade daspartes.

§ 1o O adquirente ou o cessionário não poderá ingressarem juízo, substituindo o alienante, ou o cedente, sem que oconsinta a parte contrária.

§ 2o O adquirente ou o cessionário poderá, no entanto,intervir no processo, assistindo o alienante ou o cedente.

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Diferença entre substituição processual e substituição daparte

substituição da parte -ocorre uma alteração nos pólos subjetivosdo processo. Uma outra pessoa passa a ocupar o lugar primitivo do

sujeito da relação processual.

substituição processual - nenhuma alteração se registra nos sujeitos

do processo. Apenas um deles age, por especial autorização da lei,na defesa de direito material de quem não é parte na relaçãoprocessual.

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Art. 42. A alienação da coisa ou do direito litigioso, a títuloparticular, por ato entre vivos, não altera a legitimidade daspartes.

§ 1o O adquirente ou o cessionário não poderá ingressar emjuízo, substituindo o alienante, ou o cedente, sem que oconsinta a parte contrária.

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Deveres das partes - São deveres das partes e de todosaqueles que de qualquer forma participam do processo (art.14): I - expor os fatos em juízo conforme a verdade;

II - proceder com lealdade e boa-fé;

III - não formular pretensões, nem alegar defesa, cientes de que sãodestituídas de fundamento;

IV - não produzir provas, nem praticar atos inúteis ou desnecessários àdeclaração ou defesa do direito.

V - cumprir com exatidão os provimentos mandamentais e não criarembaraços à efetivação de provimentos judiciais, de naturezaantecipatória ou final.

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Extensão dos deveres aos demais que participarem doprocesso ² esses deveres são aplicados às partes e seusprocuradores e estendidos a ´todos aqueles que de qualquerforma participaram do processoµ como, p. ex., o funcionário ouo empregado da empresa privada.

Responsabilidade das partes do danos processuais -responde por perdasperdas ee danosdanos aquele que pleitear de má-fécomo autor, réu ou interveniente (art. 16 do CPC).

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Litigância de má-fé (responsabilidade) - Reputa-se litigantede má-fé aquele que (art. 17): I - deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou fato

incontroverso;

II - alterar a verdade dos fatos;

III - usar do processo para conseguir objetivo ilegal;

IV - opuser resistência injustificada ao andamento do processo;

V - proceder de modo temerário em qualquer incidente ou ato doprocesso;

VI - provocar incidentes manifestamente infundados.

VII - interpuser recurso com intuito manifestamente protelatório.

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Sanções pela litigância de má-fé - o juiz ou tribunal, de ofícioou a requerimento, condenará o litigante de má-fé a (art. 18): a) pagar multa não excedente a um 1% sobre o valor da causa;

b) indenizar a parte contrária dos prejuízos que esta sofreu;

c) pagamento dos honorários advocatícios;

d) e indenizar por todas as despesas que o lesado efetuou.

Obs.: O valor da indenização será desde logo fixado pelo

juiz, em quantia não superior a 20% (vinte por cento) sobreo valor da causa, ou liquidado por arbitramento (art. 19, §2o).

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Direitos das partes  ² são direitos das partes:

direito de ação como forma de obter um provimento judicial capaz desolucionar o conflito, mediante concretização da vontade da lei. Esse é o

denominado direito de acessoacesso àà JustiçaJustiça.

direito de exigir que a função jurisdicional seja regularmenteregularmente exercida.

Direito especial do litigante idoso ² os litigantes idosos comidade igual ou superior a 65 anos têm direito à preferênciapreferência detramitação quando figurarem como parte (autor ou réu) oucomo terceiro interveniente.

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Custas iniciais ² cabe ao autorautor efetuar o preparo inicial(pagamento das custas iniciais) do processo, logo após apropositura da ação.

Ônus financeiro do processo ² Tirando as exceções legais,cabe às partes prover as despesas dos atos que realizam ourequerem no processo (art. 19).

Exceções ² habeas corpus, habeas data, assistência gratuita,juizados etc.

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Deserção ² quando a falta do preparo prévio é de custas

recursais dá-se a deserção. Não sendo pagas em 30 diasextingue-se a ação sem julgamento de mérito.

Antecipação das despesas ² cabe a cada uma das partes oônus processual de pagar antecipadamente as despesas dosatos que realizar ou requerer, em curso do processo.

Custeio das despesas determinadas pelo juiz de ofício ou arequerimento do Ministério Público - compete ao autorautoradiantar as despesas relativas a atos, cuja realização o juizdeterminar de ofício ou a requerimento do Ministério Público.

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Sucumbência e obrigações financeiras do processo ² cabeao vencido pagar ao vencedor as despesas que antecipou e oshonorários advocatícios.

Sucumbência recíproca ² ocorre a sucumbência recíprocaquando o autor sai vitorioso apenas em parte de suapretensão. Tanto o autor como o réu são, portanto, vencidos e

vencedores, a um só tempo. Nesses casos, serão recíproca eproporcionalmente distribuídos e compensados entre eles oshonorários e as despesas.

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Fixação dos honorários advocatícios sucumbenciais - Oshonorários serão fixados entre o mínimomínimo dede 1010%% ee oo máximomáximodede 2020%% sobre o valor da condenação, atendidos : a) o grau de zelo do profissional;

b) o lugar de prestação do serviço;

c) a natureza e importância da causa, o trabalho realizado peloadvogado e o tempo exigido para o seu serviço.

Obs.: note-se que o valor dos honorários advocatícios serãoatribuídos em detrimento do valor da condenação e não dovalor atribuído à causa.

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Pluralidade das partes (litisconsórcio) ² ocorre olitisconsórcio, quando uma das partes do processo se compõede várias pessoas. Nesse caso, os diversos litigantes de um

mesmo pólo são chamados de litisconsortes.

Litisconsórcio ativo e passivo

litisconsórcio ativo - é aquele que se estabelece entre vários autoresautores;;

litisconsórcio pa ssivo - é o que se estabelece entre vários réusréus.

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ADVOGADOS

Pressupostos processuais dos procuradores

Capacidade postulatória ² é a capacidade de realizar osatos do processo de maneira eficaz.

Presença do advogado ² é obrigatória a presença deadvogado legalmente habilitado no processo, sob pena denulidade do mesmo. Trata-se de pressuposto processual.

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Postulação em causa própria - é lícito postular em causaprópria quando:

tiver habilitação, ou seja, quando a parte for advogado

legalmente habilitado;

ou quando não existem advogados no lugar, ou os advogadosexistentes se recusam a patrocinar a causa ou se encontremimpedidos de patrocinar a causa.

Obs.: Também nos Juizados Especiais é lícito postular em causaprópria, sem ser advogado, quando o valor da causa nãoultrapasse 2020 saláriossalários mínimosmínimos.

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Procuração - instrumento necessário

Procuração ² a procuração conferida ao advogado pode ser:

1. Particular ou ad judicia (regra geral);

2. Instrumento público ² no caso dos analfabetos ou para os quenão tenham condições de assinar o nome;

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Poderes expressos da procuração - os poderes da cláusula ad 

judicia conferem poderes gerais ao advogado para que esteatue no processo. Mas existem alguns atos que o advogadoapenas poderá realizar se lhes forem concedidos

expressamente na procuração. São eles: (ART. 38) receber citação inicial;

confessar;

reconhecer a procedência do pedido;

transigir;

desistir;

renunciar ao direito sobre que se funda a ação;

receber, dar quitação;

e firmar compromisso.

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Ingresso em juízo sem procuração

Necessidade de procuração - sem instrumento de mandato, oadvogado não será admitido a postular em juízo;

Exceção - poderá, todavia, em nome da parte intentar ação,a fim de evitar decadência ou prescrição, bem como intervir,no processo, para praticar atos reputados urgentes;

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Prazo para apresentação da procuração - nestes casos, seobrigará, independentemente de caução, a exibir oinstrumento do mandato no prazo de 15 dias, prorrogável atéoutros 15 dias por despacho do juiz.

Não juntada da procuração ² Não exibido o instrumento demandato no prazo do art. 37, caput , os atos do advogadosem procuração serão havidos como ine xistentesine xistentes, ficando o

causídico (advogado), ainda, responsável pelas despesas eperdas e danos que acarretar ao processo (art. 37,parágrafo único).

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Substituição do advogado

Revogação do mandato outorgado ao advogado - a parte,que revogar o mandato outorgado ao seu advogado, nomesmo ato constituirá outro que assuma o patrocínio da causa,caso contrário o processo será extintos sem julgamento demérito no caso do autor ou decretada a revelia no caso do

réu.

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Renúncia do mandato pelo advogado - o advogado poderá,a qualquer tempo, renunciar ao mandato, provando quecientificou o mandante a fim de que este nomeie substituto.

Durante os 10 (dez) dias seguintes, o advogado continuará arepresentar o mandante, desde que necessário para lhe evitarprejuízo.

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Morte ou incapacidade do advogado - na hipótese de morteou incapacidade do advogado, o juiz suspenderá o processo emarcará o prazo de 20 dias para a parte constituir novo

procurador, sob pena de extinção do processo sem julgamentode mérito, no caso do autor, ou revelia, no caso do réu.

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Deveres dos advogados - Compete ao advogado, ou à partequando postular em causa própria (art. 39):

I - declarar, na petição inicial ou na contestação, o endereço em quereceberá intimação;

II - comunicar ao escrivão do processo qualquer mudança de endereço.

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Direitos dos advogados - O advogado tem direito de (art.40):

I - examinar, em cartório de justiça e secretaria de tribunal, autos de

qualquer processo, salvo o disposto no art. 155;

II - requerer, como procurador, vista dos autos de qualquer processopelo prazo de 5 (cinco) dias;

III - retirar os autos do cartório ou secretaria, pelo prazo legal, sempreque lhe competir falar neles por determinação do juiz, nos casosprevistos em lei.

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Prazo comum - Sendo comum às partes o prazo, os autos sópodem ser retirados do cartório:

em conjunto;

ou mediante prévio ajuste por petição nos autos,

ou pelo prazo de uma hora para tirar cópias, independentemente de

ajuste.

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Expressões injuriosas - É defeso (proibido) às partes e seusadvogados empregar expressõesexpressões injuriosasinjuriosas nos escritosapresentados no processo, cabendo ao juiz, de ofício ou a

requerimento do ofendido, mandar riscá-las (art. 15). Quandoas expressões injuriosas forem proferidas em defesa oral, ojuiz advertirá o advogado que não as use, sob pena de lheser cassada a palavra (art. 15, parágrafo único).

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DOS JUÍZES

Conceito - genericamente chama-se de juízes as pessoas queexercem o poder jurisdicional;

1º grau ² no 1º grau de jurisdição o órgão julgador é singular,formado por apenas um juiz;

2º grau ² no 2º grau de jurisdição o órgão julgador é colegiadoou coletivo, formado por desembargadores ou ministros;

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REQUISITOS DA ATUAÇÃO DO JUIZ

Requisitos da atuação do juiz ² são requisitos jurídicos daatuação do juiz:

a) Juri  sdicionalidade ² os juízes devem estar investidos no poderjurisdicional;

b) Com petência ² devem estar dentro da faixa de atribuições que, por

lei, se lhe assegura;

c) I m parcialidade ou alheabilidade ² devem ficar na posição de terceirosem relação às partes interessadas;

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d) I nde pendência ² não possuem subordinação jurídica aos tribunaissuperiores, ou ao Legislativo ou executivo, vinculando-se exclusivamenteao ordenamento jurídico;

e) proce ssualidade ² devem obedecer à ordem processual instituída porlei, a fim de evitar arbitrariedade, o tumulto, a inconseqüência e acontradição desordenada.

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GARANTIAS DA MAGISTRATURA

a) Vitaliciedade ² o juiz somente poderá perder o seu cargo pordecisão judicial transitada em julgado.

b) Inamovibilidade ² uma vez titular do respectivo cargo, o juizsomente poderá ser removido ou promovido por iniciativa própria,nunca e x officio de qualquer outra autoridade, salvo em uma únicaexceção constitucional por motivo de interesse público e por voto damaioria absoluta do respectivo tribunal ou do Conselho Nacional de

Justiça, assegurada a ampla defesa.

c) Irredutibilidade de subsídios ² o salário, vencimentos ou o subsidiodos magistrados não podem ser reduzidos como forma de pressão,garantindo-lhe assim o livre exercício de suas atribuições.

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VEDAÇÕES CONSTITUCIONAIS APLICÁVEIS AOSMAGISTRADOS

exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo

uma de magistério;

receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação emprocessos;

dedicar-se a atividade político-partidária;

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DEVERES DO JUIZ

Deveres do juiz ² são deveres do juiz (art. 125):

I - assegurar às partes igualdade de tratamento;

II - velar pela rápida solução do litígio;

III - prevenir ou reprimir qualquer ato contrário à dignidade da Justiça;

IV - tentar, a qualquer tempo, conciliar as partes.

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GARANTIA DE IMPARCIALIDADE DO JUIZ

Impedimento ² o juiz será impedido no processo contencioso ou voluntário

(art. 134):

quando for parte;

quando interveio como mandatário da parte, oficiou como perito,

funcionou como órgão do Ministério Público, ou prestou depoimento comotestemunha;

quando conheceu o processo em primeiro grau de jurisdição, tendo-lheproferido sentença ou decisão;

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quando tiver postulado no processo, como advogado da parte, o seucônjuge ou qualquer parente seu, consangüíneo ou afim, em linha reta,ou na linha colateral até segundo grau;

quando for cônjuge, parente, consangüíneo ou afim, de alguma daspartes, em linha reta ou, na colateral, até o terceiro grau;

quando for órgão de direção ou de administração de pessoa jurídica,

parte na causa.

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Hipótese especial de impedimento - quando dois ou maisjuízes forem parentes, consangüíneos ou afins, em linha reta eno segundo grau na linha colateral, oo primeiro,primeiro, queque conhecerconhecer

dada causacausa nono tribunal,tribunal, impedeimpede queque oo outrooutro participeparticipe dodojulgamentojulgamento, caso em que o segundo se escusará, remetendo oprocesso ao seu substituto legal (art. 136).

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suspeição ² ocorre suspeição de parcialidade do juiz quando:

for amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer das partes;

alguma das partes for credora ou devedora do juiz, de seu cônjuge oude parentes destes, em linha reta ou na colateral até o terceiro grau;

herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de alguma das partes;

receber dádivas antes ou depois de iniciado o processo, aconselharalguma das partes acerca do objeto da causa, ou subministrar meiospara atender às despesas do litígio;

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admite-se, ainda, que o próprio juiz se declare suspeito por motivo deforo íntimo, o que não precisa de justificativa;

Implicações da suspeição e do impedimento

Implicações do impedimento - os casos de impedimentos são mais gravese, uma vez desobedecidos, tornamtornam vulneráveisvulneráveis aa coisacoisa julgadajulgada, poisensejam ação rescisóriarescisória da sentença (art. 458, II);

Implicações da suspeição - já os de suspeição permitem o afastamento dojuiz do processo, mas nãonão afetamafetam aa coisacoisa julgadajulgada, se não houver aoportuna recusa do julgador pela parte.

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DO MINISTÉRIO PÚBLICO

Conceito ² o Ministério público é o órgão através do qual oEstado procura tutelar, com atuação militante, o interessepúblico e a ordem jurídica, na relação processual e nosprocedimentos de jurisdição voluntária.

Ministério Público = Parquet

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Independência - o Ministério Público é uma instituiçãoautônoma e não integra o Poder Judiciário, emboradesenvolva suas funções essenciais basicamente no processo eperante órgãos da jurisdição. É uma instituição independenteque não se subordina ao Poder Judiciário.

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Funções do Ministério Público

Natureza jurídica do Ministério Público ² o Ministério Públiconão faz parte do Poder Judiciário. É considerado um órgãoórgãopermanentepermanente suisui generisgeneris, integrante da Administração Pública,que exerce uma função considerada essencial à Justiça,incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime

democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis(art. 127, CF/88).

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Funções do Ministério Público

Parte ² o Ministério Público poderá atuar no processo naqualidade de parte, nos casos previstos em lei, com os mesmospoderespoderes ee ônusônus dasdas partespartes (art. 81). Pode agir na qualidadede parte ou de substituto processual, onde será tambémconsiderado parte (ex.: ADIn, ação civil pública etc.).

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Fiscal da lei ( cu sto s legi  s ) ²  nas causas em que atua comofiscal da lei, o Ministério Público não tem compromisso nemcom a parte ativa, nem com a passiva da relação processual.

Ele só defende a prevalência da ordem jurídica e do bemcomum.

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O Ministério Público agirá como fiscal da lei :

nas causas em que há interesses de incapazes;

nas causas concernentes ao estado da pessoa, pátrio poder,tutela, curatela, interdição, casamento, declaração de ausência edisposições de última vontade;

nas ações que envolvam litígios coletivos pela posse da terrarural e nas demais causas em que há interesse públicoevidenciado pela natureza da lide ou qualidade da parte.

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Obs.: Nos casos em que a presença do Ministério Públicofor obrigatória, a sua ausência acarretará a nulidade doprocesso.

Obs.: Cabe a parte autora requerer a intimação doMinistério Público, sob pena de não comparecendo o MP noprocesso, ser este considerado nulo.

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Garantia dos membros do Ministério Público ² os membrosdo Ministério Público possuem três garantias:

vitaliciedade ² os membros do Ministério Público adquirem vitaliciedade

após dois anos de efetivo exercício na carreira, mediante aprovaçãoem concurso de provas e títulos, não podendo perder o cargo senão porsentença judicial transitada em julgado;

inamovibilidade ² os membros do Ministério Público somente podem ser

removidos ou promovidos por iniciativa própria, e não de ofício pordecisão de qualquer autoridade, salvo por motivo de interesse público,mediante decisão do órgão colegiado competente do Ministério Público,pelo voto da maioria absoluta de seus membros, assegurada ampladefesa.

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irredutibilidade de sub sídio s ² o subsídio dos membros do MinistérioPúblico é irredutível. Essa irredutibilidade é nominal e não real.

Vedações constitucionais ² é vedado ao Ministério Público

(art. 128, § 5º, II):

a) receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários,percentagens ou custas processuais;

b) exercer a advocacia;

c) participar de sociedade comercial, na forma da lei;

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d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra funçãopública, salvo uma de magistério;

e) exercer atividade político-partidária (incluído pela EC n° 45/2004);obs.: os membros do Ministério Público possuem inelegibilidade

absoluta. Não podem se filiar a partido político, tampouco concorrera mandato eletivo.

f) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições depessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceçõesprevistas em lei.

é vedado exercer a advocacia no juízo ou tribunal em quedesempenhava suas funções, antes de decorridos três anos doafastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração.

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AUXILIARES DA JUSTIÇA

Juízo ² o juízo é formado pelo juiz e pelos órgãos auxiliares da Justiça;

Auxiliares da Justiça ² para cada tarefa existirá um auxiliarespecífico para cumpri-la.

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Enumeração dos auxiliares da justiça - são auxiliares dajustiça, além de outros estabelecidos pelas normas deorganização judiciária: o escrivão;

o oficial de justiça; o perito;

o depositário;

o administrador;

e o intérprete.

Além dos não mencionados no artigo (o distribuidor, o partidor, ocontador e o tesoureiro)

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1. Escrivão - é o encarregado de dar andamento ao processoe de documentar os atos que se praticam no seu curso.

Tem fé pública (presumem-se verdadeiros os atos praticados e suas

declarações, até prova em contrário);

Sua função é chamada pelo Código de Ofício de Justiça;

É ele responsável pelo cartório;

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2. oficial de justiça - funcionário do juízo encarregadoencarregado dedecumprircumprir osos mandadosmandados relativosrelativos aa diligênciasdiligências forafora dodo cartóriocartório(citação, intimação, notificação, penhora, seqüestro, busca eapreensão, imissão de posse, etc.). Era chamado de meirinho.

gozam de fé-pública, da mesma forma que os escrivães;

Cumpre ordens do juiz constantes dos mandados.

Em caso de danos, respondem civilmente, de forma semelhante aosescrivães;

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3. perito - é auxiliar eventual do juízo e assiste ao juiz quandoa prova do fato delituoso depender de conhecimento técnicoou científico. É, portanto, um auxiliar eventualeventual por necessidade

técnica.

Sua função é remunerada e o ônus das despesas atribuído às partes.

É geralmente pessoa estranha ao quadro de funcionários permanentesda Justiça, escolhido pelo juiz para atuar em um determinado processo.

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4. Depositário - depositário é o serventuário ou auxiliar dajustiça encarregado da guarda e conservação dos benscolocados à disposição do juízo, por força de medidasconstritivas como penhora, arresto, seqüestro, busca e

apreensão e a arrecadação. 5. Administrador - quando além da guarda e conservação,

ao auxiliar da justiça compete atos de gestão. Ex: penhora deempresa.

6. intérprete - auxiliar da Justiça (por necessidade técnica,como o perito), que tem o encargo de traduzir para oportuguês os atos ou documentos em língua estrangeira ou emlinguagem mímica dos surdos-mudos.

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7. Outros auxiliares eventuais ² serviço postal e telegráfico;

imprensa oficial;

força policial;

Leiloeiro;

junta comercial;

curador especial etc.;

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ATOS PROCESSUAIS

Conceito - ato processual é toda manifestação de vontadehumana que tem por fim criar, modificar, conservar ou

extinguir a relação jurídica processual.

Quem pode praticar os atos processuais ² os atosprocessuais podem ser praticados pelas: partes do processo;

pelo órgão jurisdicional (o próprio juiz);

seus auxiliares;

terceiros estranhos à lide (ex.: testemunhas);

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CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS TRAZIDA PELOCPC

Critério objetivo (finalidade) ² são os critérios que consideramo objetivo do ato praticado. Com relação a este critério, osatos processuais podem ser:

ato s de iniciativa ² são os que se destinam a instaurar a relaçãoprocessual (a petição inicial);

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ato s de de senvolvimento ² são os que movimentam o processo,compreendendo os atos de instrução (provas e alegações) e osde ordenação (impulso, direção e formação);

ato s de conclu são ² atos decisórios do juiz ou dispositivos daspartes, como a renúncia, a desistência e a transação.

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Critério subjetivo (quanto ao sujeito) - são os critérios queconsideram o sujeito que pratica o ato. Com relação a estecritério, os atos processuais podem ser:

ato s da s parte s - em sentido amplo, abrangendo tanto os atos: das partes (autor e réu),

do Ministério Público (quando atual como parte)

de terceiros intervenientes;

ato s do s agente s da Juri  sdição - que compreendem os atos do:

Juiz;

do Escrivão ou Chefe de Secretaria.

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FORMA DOS ATOS PROCESSUAIS

Forma dos atos processuais - de acordo com o art. 154 doCPC, os atos e termos não dependem de forma determinada,senão quando a lei exigir, reputando válidos os quepreencherem a finalidade essencial.

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Classificação dos atos processuais quanto à forma ² quantoà forma, os atos processuais podem ser:

solene s ²  são aqueles para os quais a lei prevê uma determinada

forma como condição de validade;

não- solene s ² são os atos de forma livre, ou seja, aqueles quepodem ser praticados independentemente de qualquer validadee que se provam por quaisquer dos meios de convencimento

admitidos em direito.

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A PUBLICIDADE DOS ATOS PROCESSUAIS

Publicidade dos atos - regra geral, os atos processuais sãopúblicos, uma vez que a própria Constituição Federal veda,em seu art. 93, julgamentos secretos. E essa publicidade paraos atos vem também prescrita no art. 155 do CPC;

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segredo de justiça ² alguns processos correm em segredo dejustiça, visando resguardar, preservar a intimidade doslitigantes, nas hipóteses em que a publicidade poderia

ocasionar grande transtorno ou comoção social.

Processo restrito às partes e ao advogado - Neste caso, aconsulta do processo e o pedido de certidões ficam restritos às

partes e procuradores.

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Hipóteses de segredo de justiça (rol taxativo) :

a) quando exigir o interesse público;

b) quando disserem respeito a casamento, filiação, divórcio doscônjuges, conversão em divórcio, alimentos e guarda de menores.

Obs.: o casamento é público, o que é mantido em segredo

de justiça são as ações relativas ao casamento, como aação de nulidade de casamento.

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USO DE SISTEMA DE TRAMISSÃO DE DADOS E PROCESSO ELETRÔNICO

Ato praticado via fax - a utilização de sistema de transmissão de dados eimagens (como o fac-símile) não prejudica o cumprimento dos prazos,devendo os originais ser entregues em juízo, necessariamente, atéaté cincocinco diasdias

da data de seu término (art. 2º, caput , da Lei n° 9.800/99). Nos atos nãosujeitos a prazo, os originais deverão ser entregues, necessariamente, até

cinco dias da data da recepção do material (art. 2º, parágrafo único, da Lein° 9.800/99).

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Processo Eletrônico ² a Lei n° 11.419/2006, com vigência apartir de 2007, traçou o programa de implementação doprocesso judicial eletrônico a ser utilizado na Justiça cível,

penal e trabalhista, bem como nos juizados especiais, emqualquer grau de jurisdição (art. 1º, § 1º, da Lei n°11.419/2006). Esse sistema já está sendo implementado emvários estados brasileiros.

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DOS ATOS DAS PARTES

Atos das partes ² consideram-se atos das partes ospraticados pelo autor ou réu, pelos terceiros intervenientes oupelo Ministério Público, no exercício de direitos ou poderesprocessuais ou para cumprimento de ânus, obrigações oudeveres decorrentes da relação processual.

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- DOS ATOS DO JUIZ

sentença - é o ato pelo qual o Juiz põe termo ao processo,decidindo ou não o mérito da causa. Classificam-se as

sentenças em:

a) terminativa s ou proce ssuai  s - quando proferidas nos casos elencadospelo art. 267 do CPC, nos quais o juiz nãonão analisa o mérito;

b) definitiva s ou de mérito - quando se julga o mérito ou se homologamanifestação de vontade das partes, resolvendo a lide.

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deci  são interlocutória - é o pronunciamento do Juiz, de caráter decisório, nocurso do processo, resolvendo questões incidentais, que nãonão têm o efeito deencerrar o processo. Resolvem, por assim dizer, um impasse momentâneo, oqual necessita da decisão judicial para que o processo possa prosseguir.

de spacho s - não envolvem o direito que se discute, nem tampouco osinteresses das partes. Dizem respeito ao regular andamento da marchaprocessual, como por exemplo, o despacho da inicial, mandando citar oréu.

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Atos meramente ordinatórios - visam proporcionar maioragilidade, passarampassaram aa serser dede iniciativainiciativa dodo servidorservidor, apenaspassíveis de revisão pelo Juiz (§ 4º, do art. 162). Exemplos: a

intimação das testemunhas arroladas, a entrega dos autos aoperito, a juntada e a vista obrigatória.

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O USO DO VERNÁCULO

Obrigatoridade da língua portuguesa - É obrigatório o uso donosso vernáculo (português), não se admitindo o uso de idiomaestrangeiro;

Tradução juramentada - No entanto, se for necessário juntaraos autos documento redigido em outro idioma, tal somenteserá admitido caso acompanhado de tradução, feita porprofissional juramentado.

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Expressões em latim ² Quanto às expressões latinas,comumente utilizadas por advogados, promotores e juízes, sãoadmitidas, não se incluindo em tal vedação, uma vez que são

termos já incorporados ao vocabulário jurídico pátrio.

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DO TEMPO

Momento da prática dos atos processuais - os atosprocessuais devem ser praticados, em regra, nos dia s útei  s, das6:00 às 20:00 horas, devendo ser respeitado o horário defuncionamento do Fórum, nono queque sese refererefere aosaos atosatos quequedependemdependem dede protocoloprotocolo.

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Dias úteis - entende-se por dias úteis aqueles em que háexpediente forense, excluídos, portanto, aqueles quecoincidem com férias, feriados, sábados e domingos, já quenestes dois últimos dias, por força da maioria das Leis de

Organização Judiciária não há expediente forense.

Prolongamento dos atos processuais ² o art. 172, § 1º,permite que os atos iniciados em momento adequado possam

prolongar além das 20h, quando o adiamento prejudicar adiligência ou causar grave dano.

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Exceção nos casos de citação e penhora - a citação e apenhora poderão, EMEM CASOSCASOS EXCEPCIONAISEXCEPCIONAIS,, EE MEDIANTEMEDIANTEAUTORIZAÇÃOAUTORIZAÇÃO EXPRESSAEXPRESSA DODO JUIZJUIZ, realizar-se em

domingos e feriados, ou nos dias úteis, fora do horárioestabelecido neste artigo, observado o disposto no art. 5o,inciso Xl, da Constituição Federal.

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Requisitos para a realização da citação e penhora em diasnão-úteis ² a citação e penhora para serem realizadas emdias não-úteis deverão seguir os seguintes requisitos:

pedido da parte, que demonstre a excepcionalidade do caso e aurgência da medida;

autorização expressa do juiz;

observância do disposto no art. 5º, XI, da CF/88, que só permiteviolação de domicílio por ordem judicial durante o dia.

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Intimações realizadas em dias não-úteis ² também háautorização legal para que as intimações ocorram em dias emque não haja expediente forense, mas em tal conjuntura,

reputar-se-ão praticadas no primeiro dia útil seguinte, paratodos os efeitos (art. 240, parágrafo único).

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Processos eletrônicos ² caso tenha sido implantado oprocesso eletrônico no Tribunal, as petições são consideradastempestivas quando remetidas por meio eletrônico até as 24h

do último dia do prazo;

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Férias e feriados forenses

Feriados forenses ² consideram-se feriados os dias não-úteis;

Férias forenses - férias forenses são paralisações que afetam,regular e coletivamente, durante determinados períodos doano, todo o funcionamento do juízo, por determinação da lei

de organização judiciária.

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Impossibilidade de praticar atos processuais durante asférias forenses ² Durante as férias e nos feriados não sepraticarão atos processuais (art. 173).

Exceção - Excetuam-se:

I - a produção antecipada de provas (art. 846);

II - a citação, aa fimfim dede evitarevitar oo perecimentoperecimento dede direitodireito; e bem assim o

arresto, o seqüestro, a penhora, a arrecadação, a busca e apreensão, odepósito, a prisão, a separação de corpos, a abertura de testamento,os embargos de terceiro, a nunciação de obra nova e outros atosanálogos.

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Processos que tramitam mesmo durante as férias forenses - processam-se, durante as férias, não se suspendendo em virtude delas:

os procedimentos de jurisdição voluntária e os necessários àconservação de direitos, quando possam ser prejudicados pelo

adiamento;

os processos ou procedimentos de alimentos provisionais, de dação ouremoção de tutores ou curadores, bem como as de procedimentosumário do art. 275 do CPC;

todas as causas que a lei federal determinar (rol enumerativo).

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Fim das férias forenses nos juízos e tribunais ² a EC n°42/2004 determinou que a atividade jurisdicional seráininterrupta , ficando, por isso, vedadas ´férias coletivas nosjuízos e tribunais de segundo grauµ e determinando os

plantões permanentes de juízes nos dias em que não houverexpediente forense normal.

Obs.: esta regra, não se refere aos tribunais superiores, de

forma que as férias forenses não foram abolidas porcompleto em nossos tribunais, sendo, portanto, ainda,aplicáveis as regras acima mencionadas.

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DO LUGAR

Local para a prática dos atos - ordinariamente, os atosprocessuais são praticados na sede do Juízo.

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Atos praticados fora do juízo - no entanto, três ordens derazão justificam a prática do ato em outro local. São eles:

a) deferência em razão do cargo. Algumas pessoas, em razão docargo que exercem serão inquiridas em sua residência ou nolocal onde exercem suas funções. (Ex.: Presidente e Vice daRepública, Governadores do Estado ou do DF, Deputados eSenadores, embaixador de país e demais pessoas elencadas no

art. 411);

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b) intere sse da ju stiça (art. 442 do CPC), quando o juiz entendernecessário ou a coisa não puder ser apresentada em juízo, semconsideráveis despesas ou graves dificuldades, ou quandodeterminar a reconstituição do fato (ex.: inspeção judicial in

loco);

c) ob stáculo argüido pelo intere ssado e acolhido pelo Juiz (art.410, III, c/c o art. 336, parágrafo único, do CPC), como quando

uma testemunha estiver enferma e for imprescindível a suaouvida.

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Validade dos atos processuais ² para que o ato processualseja considerado válido é necessário que o agenteagente sejasejacapaz,capaz, oo objetoobjeto sejaseja lícitolícito ee aa formaforma prescritaprescrita ee nãonão defesadefesaemem leilei. Além disso, é necessário satisfazer as exigências do iusius

postulandipostulandi, de modo que as partes devem ser representadaspor advogados regularmente habilitados e inscritos na OAB;

Nulidades ² a nulidade é uma sanção que incide sobre adeclaração de vontade contrária a algum preceito de direitopositivo. A sançãosanção éé aa privaçãoprivação dede validadevalidade, que pode se darem diversos graus de intensidade.

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DOS PRAZOS PROCESSUAIS

Prática dos atos dentro do prazo legal - cada ato deve terassim um prazo máximo, dentro do qual deve necessariamenteser realizado.

Prazo - é o espaço de tempo para o ato processual ser

praticado.

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T ermo - é o momento inicial (dies a quo) ou o momento final(dies ad quem) de um prazo;

A quem os prazos se dirigem ² os prazos podem se dirigir àspartes e aos juízes ou auxiliares da justiça;

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CLASSIFICAÇÃO DOS PRAZOS

Classificação dos Prazos ² em geral os prazos processuaissão classificados em:

Prazo s legai  s - são aqueles definidos em lei, e a respeito dosquais nem as partes e nem o juiz, em princípio, têm

disponibilidade (ex.: prazo para resposta do réu etc.).

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Prazo s judiciai  s - são os fixados pelo próprio Juiz, supletivamente,nos casos em que a lei não prevê (ex.: data de audiência, prazode edital, cumprimento de carta precatória etc.).

Prazo s convencionai  s ² são aqueles ajustados de comum acordopelas partes (ex.: suspensão do processo etc.);

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Demais classificação dos prazos processuais ² além daclassificação geral, os prazos processuais se classificam aindaem:

Prazo comum - é o que corre simultaneamente contra ambas aspartes (ex: prazo para apelar de sentença concessiva em partedo pedido inicial). No curso do prazo comum, os autos nãopodem sair do cartório, exceto em conjunto ou sob acordoprévio das partes.

Prazo particular  - por sua vez, é aquele que corre somente contrauma das partes.

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O prazo pode ser ainda próprio ou impróprio:

Prazo pró prio - é o que, uma vez inobservado, acarretaconseqüências processuais ao interessado. Aplica-se às partes.

Prazo im pró prio - é o que não acarreta conseqüênciasprocessuais, podendo apenas corresponder conseqüênciasadministrativas ou disciplinares. Corre contra o juiz e seusauxiliares.

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Natureza dos prazos processuais ² os prazos processuaispodem ser de duas naturezas:

Prazo s dilatório s - são aqueles que, embora fixados na lei, podemser ampliados ou reduzidos pela vontade das partes e pelo Juiz.

Prazo s perem ptório s - são inalteráveis, seja pelas partes ou pelo

Juiz (ex.: prazo de contestação).

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CURSO DOS PRAZOS PROCESSUAIS

Continuidade dos prazos processuais - os prazos legais oujudiciais são contínuos e não se interrompem com osferiados, embora não se iniciem nem se encerrem em dia nãoútil.

T odavia, a superveniência de férias suspenderá o curso do

prazo, recomeçando a correr do primeiro dia útil seguinte ao

termo das férias.

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CONTAGEM DOS PRAZOS

Prazos - em regra, os prazos são contados em dias, havendo,no entanto, contagem de prazo que se faz em horas, minutos

ou até meses e ano.

Exemplo de prazo contado em horas é na execução, quando oexecutado tem 24 horas para oferecer bens à penhora;

exemplo de prazo contado em minutos é o dos debates oraisna audiência de instrução e julgamento.

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Contagem dos prazos - Salvo disposição em contrário,computar-se-ão os prazos, excluindo-se o dia do começo eincluindo o do vencimento.

O prazo nunca começa nem termina em dia feriado, nempode terminar em dia que tenha o fechamento do fórum, ouque o expediente termine antes do horário normal.

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Início da contagem dos prazos

Início da contagem dos prazos nas citações e intimações

realizadas por oficial de justiça - os prazos que corram pormotivo de citação ou intimação começam a correr da juntadaaos autos do mandado cumprido. Isso ocorre mesmo que a

citação se dê por hora certa;

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Início da contagem dos prazos nas citações e intimaçõesrealizadas por oficial de justiça quando houver mais de umréu ² havendo mais de um réu, o prazo começa a contar da

juntada aos autos do último mandado cumprido.

Início da contagem dos prazos nas citações e intimaçõespor edital - caso a citação ou intimação se dê por edital, o

prazo começa a correr da data em que se finda a dilaçãoassinada pelo Juiz.

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Início da contagem dos prazos nos casos de cartaprecatória, de ordem ou rogatória ² se o ato de comunicaçãose der através de carta de ordem, precatória ou rogatória, o

termo inicial do prazo será a data de sua juntada aos autos,depois de realizada a diligência.

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Início da contagem dos prazos nas intimações pelaimprensa oficial - se a intimação se der pela imprensa oficial,o que é regra, o prazo começa então a correr da data da

publicação, o dies a quo será o primeiro dia útil subseqüente àpublicação;

Início da contagem dos prazos nas citações e intimações

por via postal - se a citação ou intimação se der por viapostal, a contagem do prazo será feita a partir da juntadaaos autos do aviso de recebimento (AR);

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Regras especiais para publicação veiculada na imprensaoficial

Regras especiais em relação às intimações veiculadas pela

imprensa ² com relação às intimações veiculadas pelaimprensa, há duas situações a se considerar: a do s jornai  s que circulam a noite ou que só são di  stribuído s no dia

 seguinte à data nele s e stam pada s ² a doutrina tem salientado que adata da publicação deve ser a real e não a formal, não podendo a

parte ser prejudicada pelo atraso na distribuição do Diário de Justiçaou outro órgão oficial. A data da publicação será, portanto, o da

distribuição do periódico;

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a s da s publicaçõe s feita s ao s sábado s, onde não há ex pediente foren se em

tai  s dia s ² se a publicação circula no sábado, a intimação éconsiderada feita na segunda-feira e o primeiro dia computado paraa contagem do prazo do recurso é a terça-feira, de acordo com a

Súmula 310, jurisprudência no STF e par. único do art. 240 do CPC,com redação introduzida pela Lei n° 8.079/90.

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intimação eventualmente realizada durante o período de féria sforen se s ² caso eventualmente alguma intimação sejarealizada durante o período de férias forenses, em processos

que nelas não correm, será considerada como efetivada noprimeiro dia útil subseqüente a elas. O prazo respectivo teráinício no dia seguinte ao da reabertura dos trabalhos nofórum.

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Regras para a contagem do prazo no processo eletrônico

Intimação no processo eletrônico ² a intimação no processoeletrônico poderá ocorrer de duas formas:

atravé s de publicação no Diário de Ju stiça eletrônico, havendopublicação no Diário de Justiça Eletrônico, considera-se como data dapublicação o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização dainformação no Diário da Justiça eletrônico (art. 4º, § 3º, da Lei n°

11.419/2006). Os prazos processuais, porém, terão início no primeirodia útil que seguir ao considerado como data da publicação (art. 4º §4º, da Lei n° 11.419/2006).

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atravé s de comunicação pe ssoal em portal  pró prio àquele s que secada strem no Poder  Judiciário, segundo a regras que os órgãosjudiciais instituírem ² neste caso, considera-se realizada aintimação no dia em que o intimado efetivar a consultaeletrônica do teor da intimação, fato que será certificado nos

autos (art. 5º, § 1º, da Lei n° 11.419). Não ficará, contudo, oaperfeiçoamento da intimação sujeito ao puro alvedrio do

destinatário de consultar ou não a mensagem eletrônica. Se não o

fizer em 10 dias contados da data do envio da intimação

eletrônica, esta será considerada automaticamente realizada na

data do término deste prazo.

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Problemas operacionais no sistema - Caso o sistema técnico-operacional do Poder Judiciário não esteja em funcionamentono último dia do prazo, para o envio da petição eletrônica,

nos tribunais que houverem implantado o processo eletrônico,o prazo ficará automaticamente prorrogado para o primeirodia útil subseqüente à resolução do problema.

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Prazo para protocolo de atos no processo eletrônico - regrageral, os atos devem ser praticados por meio de petiçãoprotocolada dentro do horário de expediente forense até oúltimo dia do respectivo prazo (art. 172, § 3º). Sendo,todavia, o caso de petição eletrônica, esta será consideradatempestiva se transmitida até as 24 horas do último dia doprazo (Lei n° 11.419/2006, art. 3º, parágrafo único, e 10, §1º).

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Contagem do prazo para recurso

Contagem do prazo para recurso ² existem duas formas dese intimar o advogado da sentença:

a intimação da sentença pode ser feita na pró pria audiência ² quando o juiz publica a decisão ou a sentença na própriaaudiência, reputam-se intimados os advogados na própriaaudiência, ainda que ausentes, mas previamente cientificados dos

atos.

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a intimação da sentença pode ainda se dar  pelo s meio s normai  s de

intimação ² se a sentença for publicada em cartório, ou se aparte não for intimada do dia e da hora para a audiência depublicação, o prazo do recurso será contado apenas daintimação a ser feita pelo escrivão, segundo as regras normaisdos arts. 236 e 237;

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Intimação do advogado - o advogado pode ser intimado devárias maneiras:

pelo escrivão,

pelos correios,

pelo Oficial de Justiça,

pela imprensa

e em audiência.

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Intimação do recurso deve ser feita na pessoa do advogado- as intimações das decisões judiciais devem ser feitas semprena pessoa do advogado e, se a parte for intimada, o prazo

recursal se contará da intimação do advogado e não daciência pessoal da parte.

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Termo final

Termo final ² o termo final de qualquer prazo processualnuncanunca cairácairá emem diadia nãonão útil,útil, ouou emem queque nãonão houverhouver expedienteexpediente

normalnormal dodo juízojuízo. Dessa forma, considera-se prorrogado oprazo até o primeiro dia útil (art. 184, § 1º), se:

O vencimento cair em feriado;

Em dia em que for determinado fechamento do fórum;

Em que o expediente forense for encerrado antes da hora normal;

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Hora para a prática dos atos processuais ² a prática dosatos processuais no último dia do prazo deverá observar ohorário normal do expediente do fórum, de sorte que no

último dia do prazo o ato da parte deverá ser praticado atéas 20 horas (art. 172, CPC), momento em que os protocolosdos cartórios deverão fechar. Porém, sese oo expedienteexpediente dodocartório,cartório, pelapela organizaçãoorganização judiciáriajudiciária local,local, encerrarencerrar--sese antesantesdasdas 2020 horas,horas, oo momentomomento finalfinal dodo prazoprazo seráserá oo dodo fechamentofechamento

dada repartiçãorepartição e não o do limite do art. 172.

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Prazo para as partes

Prazos gerais ² quando nem a lei nem o juiz fixar prazo paraum ato, o prazo para a sua prática será de 05 dias;

Renúncia do prazo ² pode a parte renunciar, expressa outacitamente, um prazo, desde que: não seja comum;

o direito seja disponível;

e a parte seja capaz de transigir;

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Contagem de prazo em caso de existência de litisconsortescom advogados diversos - havendo litisconsortes comdiferentesdiferentes procuradoresprocuradores, contam-se em dobro os prazos.

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Inobservância do prazo da parte ² compete ao advogadorestituir os autos no prazo legal (art. 195). Caso não o façaneste prazo poderão ocorrer 02 conseqüências:

uma de ordem proce ssual : que é a preclusão, em decorrência da qual, ojuiz mandará, de ofício, riscar o que neles houver escrito o faltoso edesentranhar as alegações e documentos que apresentar (art. 195).

outra de ordem di  sci  plinar : que é a comunicação da ocorrência à Ordem

dos Advogados do Brasil (OAB), para o procedimento adequado eimposição de multa (art. 195). Além disso, o causídico (advogado)perderá o direito de novas vistas dos autos fora do cartório. Essasprovidências são aplicáveis também aos órgãos do Ministério Públicoe aos representantes da Fazenda Pública.

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Prazos para os juízes

Prazos aplicados aos juízes ² o juiz possui os seguintesprazos:

dois dias para os despachos de expedientes (art. 189, I); dez dias para as decisões interlocutórias (art. 189, II) e

sentenças (art. 456);

Obs.: Havendo, porém, motivo justificado, pode o juizexceder, por igual tempo, os prazos que o código lhesassina.

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Inobservância dos prazos do juiz ² se ocorrer desrespeito aprazo processual pelo juiz, qualquer das partes ou o órgão doMinistério Público poderá representar ao Presidente do

Tribunal de Justiça, a quem incumbirá o encaminhamento docaso ao órgão competente, para instauração do procedimentopara apuração de responsabilidade (art. 198, primeiraparte). O relator, conforme as circunstâncias, poderá avocaros autos em que ocorreu o excesso de prazo e designar outro

juiz para decidir a causa (art. 198, segunda parte).

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Prazos para o escrivão

Prazos aplicados ao escrivão ² o escrivão terá:

24 horas, para remeter os autos conclusos; e

48 horas, para executar os demais atos do processo;

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Prazos para o Ministério Público e para a Fazenda Pública

Prazos para o Ministério Público e para a Fazenda Pública -

a Fazenda Pública (entendo-se neste conceito a União,Estados, Distrito Federal, Municípios, Territórios e autarquias) eo Ministério Público gozam de especial privilégio de ter seusprazos contados em QUÁDRUPLOQUÁDRUPLO para contestar e em

DOBRODOBRO para recorrer.

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DAS PENALIDADES PELO DESCUMPRIMENTO DOS PRAZOS

Preclu são tem poral ² é perda da faculdade ou direito pelo seu

nãonão exercício no momento oportuno. Assim, em regra,decorrido o prazo, extingue-se, independentemente dedeclaração judicial, o direito de praticar o ato.

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Concessão de novo prazo em caso de motivo de forçamaior ou caso fortuito - é possível, havendo motivo de forçamaior ou caso fortuito, o juiz assinalar novo prazo para a

prática de um ato após o decurso do prazo inicialmenteestipulado por lei ou pelo juízo.

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CITAÇÃO

conceito - a citação é o ato de comunicação processual pelo

que se chama a Juízo o Réu ou o interessado a fim de quevenha se defender.

Estabilização da relação processual - com a citação, a

relação processual se estabiliza. Por isso, para a validade doprocesso é indispensável a citação válida do réu.

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Nulidade do processo ² a citação realizada sem aobediência aos requisitos legais não é válida, de forma quetorna nulo o processo (art. 247). T rata-se de nulidade insanável.

Local da citação ² a citação efetuar-se-á em qualquer lugar

em que se encontre o réu (art. 216).

Citação do militar - o militar, em serviço ativo, será citado naunidade em que estiver servindo se não for conhecida a sua

residência ou nela não for encontrado (art. 216, parágrafoúnico).

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Impedimento legal para a realização da citação - não sefará, porém, a citação, salvo para evitar o perecimento dodireito (como nos casos de prescrição e decadência iminentes)(art. 217): I - a quem estiver assistindo a qualquer ato de culto religioso;

II - ao cônjuge ou a qualquer parente do morto, consangüíneo ou afim,em linha reta, ou na linha colateral em segundo grau, no dia dofalecimento e nos 7 (sete) dias seguintes;

III - aos noivos, nos 3 (três) primeiros dias de bodas;

IV - aos doentes, enquanto grave o seu estado.

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Classificação da citação - quanto ao de stinatário, a citaçãopode ser classificada em pessoal e não pessoal.

a) Pe ssoal  - se dá quando dirigida ao próprio réu ou representantelegal, sendo a regra geral (art. 215). Caso o demandado seja incapaz, a

citação será feita na pessoa do seu representante legal (pai, tutor,

curador);

b) Não pe ssoal  se dá quando o chamamento do réu ou interessado sefaz na pessoa do seu procurador legalmente autorizado. É a exceção,

ocorrendo, por exemplo, na reconvenção.

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Classificação da citação - quanto à forma, a citação pode serpor:

via postal;

por oficial de justiça;

por edital;

por meio eletrônico, conforme regulado pela Lei n° 11.419/2006.

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a) POST  AL

Conceito ² é aquela efetuada pelos Correios, através decarta com aviso de recebimento (A.R.). Hoje, tal citação é a

regra geral.

Necessidade de citação diretamente ao réu ² impõe-se aocarteiro a obrigação de entregar a carta pessoalmente ao

citando, de quem exigirá a assinatura no recibo (art. 223, par.único).

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Recusa em assinar o AR - como o carteiro não dispõe de fépública para certificar a entrega ou a recusa, s e odestinatário se negar a assinar o recibo, a citação postalestará fatalmente frustrada, cabendo neste caso ser renovadaa citação por meio de oficial de justiça;

Possibilidade de realizar a citação postal em qualquercomarca do país ² a citação pela via postal é possível mesmofora da circunscrição territorial do juízo, podendo ser

realizada em qualquer comarca do país).

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b) POR OFI C I  AL DE JUSTIÇ A

Conceito ² é aquela feita por meio de oficial de justiça;

ocorre nos casos do art. 222, em que não se pode utilizar acitação postal, ou quando esta restar frustrada. Possui, assim,um caráter nitidamente subsidiário.

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Citação por oficial de justiça  ² a citação se dará por oficialde justiça quando se tratar de (art. 222):

ações de estado;

réu incapaz;

réu pessoa de direito público;

processo de execução;

réu residente em local não atendido pela entrega domiciliar decorrespondência; ou

quando o autor requerer de outra forma.

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Requisitos do mandado de citação - o mandado, que ooficial de justiça tiver de cumprir, deverá conter (art. 225):

I - os nomes do autor e do réu, bem como os respectivos domicílios ouresidências;

II - o fim da citação, com todas as especificações constantes da petiçãoinicial, bem como a advertência a que se refere o art. 285, segundaparte (efeitos da revelia), se o litígio versar sobre direitos disponíveis;

III - a cominação, se houver (no caso da penhora, por exemplo);

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IV - o dia, hora e lugar do comparecimento (como no rito sumaríssimoem que o comparecimento é para audiência de conciliação, porexemplo);

V - a cópia do despacho;

VI - o prazo para defesa;

VII - a assinatura do escrivão e a declaração de que o subscreve porordem do juiz.

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Procedimento da citação por oficial de Justiça - Incumbe aooficial de justiça procurar o réu e, onde o encontrar, citá-lo(art. 226):

I ² deve ler o mandado e entregar-lhe a contrafé;

II - portar por fé se recebeu ou recusou a contrafé;

III - obter a nota de ciente, ou certificar que o réu não a apôs no

mandado.

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Frustração da via postal - A citação será feita por oficial dejustiça, ainda, quando a citação pela via postal for frustrada(art. 224);

Citação por hora certa - merece destaque, na citação que élevada a efeito pelo oficial de justiça, a citação com horacerta, que pressupõe três tentativas infrutíferas de encontrar oréu no domicílio ou residência e a suspeita de estar ele seocultando.

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Procedimento da citação por hora certa ² A citação por horacerta segue o seguinte procedimento:

Quando, por três vezes, o oficial de justiça houver procurado o réu emseu domicílio ou residência, sem o encontrar, deverá, havendo suspeitade ocultação, intimar qualquer pessoa da família, ou em sua falta aqualquer vizinho, que, no dia imediato, voltará, a fim de efetuar acitação, na hora que designar (art. 227).

No dia e hora designados, o oficial de justiça, independentemente denovo despacho, comparecerá ao domicílio ou residência do citando, afim de realizar a diligência (art. 228).

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Se o citando não estiver presente, o oficial de justiça procuraráinformar-se das razões da ausência, dando por feita a citação, aindaque o citando se tenha ocultado em outra comarca (art. 228, § 1º);

Da certidão da ocorrência, o oficial de justiça deixará contrafé compessoa da família ou com qualquer vizinho, conforme o caso,declarando-lhe o nome (art. 228, § 2º).

Feita a citação com hora certa, oo escrivãoescrivão enviaráenviará aoao réuréu carta,carta,

telegramatelegrama ouou radiogramaradiograma, dando-lhe de tudo ciência (art. 229).

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Comarcas contí guas - nas comarcas contíguas, de fácilcomunicação, e nas que se situem na mesma regiãometropolitana, o oficial de justiça poderá efetuar citações ou

intimações em qualquer delas (art. 230).

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c) POR E D IT  AL

Conceito ² é a citação ficta ou presumida que se realiza pormeio de edital;

Casos de citação por edital ² a citação por edital serárealizada quando:

de sconhecido ou incerto o réu ² neste caso se convocam eventuaisinteressados. Aqui o desconhecido é o sujeito da relação (ex.:usucapião, falência etc.);

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ignorado , incerto ou inace ssível o lugar em que se encontra o réu ² aqui o sujeito é conhecido, mas não se conhece o local onde elese encontra; equipara-se com o local ignorado, para efeito decitação por edital, aquele que embora seja conhecido éinacessível à Justiça para a realização do ato citatório;

no s ca so s ex pre ssamente previ  sto s em lei ;

Obs.: É a citação por edital, em verdade, um artifício

jurídico, uma espécie de citação ficta, para que se atenda oquanto possível ao princípio do contraditório.

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Citação por edital em caso de réu em local inacessível - nocaso de ser inacessível o lugar em que se encontrar o réu, anotícia de sua citação será divulgada, além da imprensa,também pelo rádio, se na comarca houver emissora deradiodifusão;

Curador especial ² por se tratar de citação ficta, quando ocitado por edital deixa de comparecer e contestar a ação, ojuiz nomeia-lhe curador especial para acompanhar o processo

em seu nome e defender o seu interesse na causa (art. 9º, III);

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Responsabilidade na citação por edital - a parte querequerer maliciosamente a citação por edital, fazendoafirmação falsa, incorrerá em multa de 5 (cinco) vezes o

salário mínimo vigente na sede do juízo (art. 233). A multa,neste caso, se reverterá em benefício do citando (art. 233,parágrafo único). Além disso, a citação por edital seráconsiderada nula.

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d) C IT  AÇÃO E LETRÔNI C A

Conceito ² é a citação feita por meios eletrônicos;

Casos em que é possível ² só é possível a citação por meioseletrônicos quando os Órgãos do Poder Judiciário tiveremimplantado o sistema adequado para viabilizar este ato;

Necessidade de cadastro prévio do advogado - só é possívela citação por meios eletrônicos quando o advogado forpreviamente cadastrado no Poder Judiciário para este tipo decomunicação processual.

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Efeitos da citação

Efeito s da citação - há os efeitos:

processuais

materiais.

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Efeitos processuais:

a) a citação completa a relação processual;

b) torna prevento o juízo, isto é, o juiz que primeiro citou passa aser competente para as ações conexas ou continentes;

c) induz a litispendência, vedando a repetição de demandaajuizada e ainda em curso;

d) torna inadmissível a mudança das partes, salvo hipótesesexpressamente previstas em lei.

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Efeitos materiais (art. 219):

a) faz a coisa litigiosa, vinculando-a ao processo, de modo que

se alienada, não alterará a legitimidade das partes e pode serobjeto de apreensão;

b) constitui em mora o devedor, fluindo a partir de então os jurosde mora;