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Curso de Prevenção de Acidentes do Trabalho

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Curso de CIPA

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Galilei Paiva dos Santos

Eng. Eletro Eletrnico e de Seg. do Trabalho

Curso de Preveno de Acidentes do Trabalho

ndiceIntroduo03

Conceito e Objetivos da CIPA03

CIPA Comisso Interna de Preveno de Acidentes04

Acidente do Trabalho17

Fatores Determinantes dos Acidentes do Trabalho19

Benefcios Previdencirios Devidos aos Acidentes de Trabalho21

Inspeo de Segurana22

Investigao e Anlise dos Acidentes26

Meio Ambiente29

EPI / EPC Equipamento de Proteo Individual / Coletivo31

Campanhas de Segurana32

Plano de Ao da CIPA33

Preveno e Combate a Incndio34

Primeiros Socorros37

AIDS Sndrome da Imunodeficincia Adquirida39

I - IntroduoOs acidentes e doenas de trabalho constituem hoje no Brasil um grave problema de sade pblica. A reduo da capacidade de produo de uma empresa em conseqncia de acidentes de trabalho talvez seja um dos maiores problemas para a produtividade, no s em nosso pas como em todo o mundo. Se esse aspecto econmico importante, talvez no seja o mais grave: antes de tudo existe o lado humano da questo, pois o acidentado, alm do trauma fsico, sofre prejuzos pessoais, financeiros e sociais.

Apesar de todo o processo de desenvolvimento ocorrido at os dias de hoje, o acidente com o ser humano ainda uma questo concreta, que traz seqelas tanto para a vtima e as pessoas que a cercam quanto para a sociedade. Infelizmente, por questes culturais e educacionais, ainda comum aceitarmos o acidente como um fato inevitvel, at mesmo predestinado. Poucas pessoas compreendem ou valorizam a importncia da preveno de acidentes, embora, na maioria dos casos, verifique-se que teria sido possvel "prevenir" o acidente mediante providncias adequadas, tomadas antes da sua ocorrncia.

Diante de algumas questes, muitas vezes costumamos aguardar que o problema se manifeste para tomar as providncias cabveis com maior clareza e segurana. Mas, quando se trata de acidentes, a correo nem sempre possvel, pois um nico episdio pode provocar uma leso irreversvel ou at mesmo ser fatal.

Esta apostila tem como objetivo despertar o interesse e a conscincia de todos os que estejam dispostos a prevenir acidentes, no s os que ocorrem no ambiente de trabalho como tambm os domsticos, de trfego e de locais pblicos.

II - Conceito e Objetivos da CIPA

A CIPA surgiu de uma recomendao da OIT (Organizao Internacional do Trabalho) em 1921 e transformou-se em determinao legal no Brasil em 1944, vinte e trs anos depois.

Conceito

Partindo do significado da sigla CIPA - Comisso Interna de Preveno de Acidentes, podemos assim conceitu-la:

Comisso: grupo de pessoas conjuntamente encarregadas de tratar de um determinado assunto.

Como grupo, deve haver a preocupao de um trabalho unitrio, onde seus objetivos estejam sempre em primeiro plano. A Comisso enseja a participao do empregador e dos empregados na preveno de acidentes.

Interna: seu campo de atuao est restrito prpria empresa.

Preveno: o que define claramente o papel da Comisso Interna de Preveno de Acidentes. sua meta principal. Preveno significa caminhar antes do acidente. a atuao do cipeiro quando se depara com alguma situao de risco capaz de provocar um acidente, inerente atividade laboral desenvolvida.

Acidente: "qualquer ocorrncia imprevista e sem inteno que possa causar danos ou prejuzos propriedade ou pessoa".

H dois aspectos a serem considerados quando nos referimos ao acidente: o legal e o prevencionista. Aspectos que trataremos no prximo capitulo.

Objetivos da CIPA

O objetivo fundamental da CIPA a preveno de acidentes. Porm, visando maior esclarecimento, devemos socorrer-nos da Norma Regulamentadora (NR) 5, da Portaria n 33 de 27/10/83, baixada pelo Ministrio do Trabalho:

observar e relatar condies de risco nos ambientes de trabalho;

solicitar medidas para reduzir at eliminar ou neutralizar os riscos existentes;

discutir os acidentes ocorridos, encaminhando relatrio ao SESMT (Servio Especializado em Engenharia de Segurana e Medicina do Trabalho) e ao empregador;

solicitar medidas que previnam acidentes semelhantes;

orientar os demais trabalhadores quanto preveno de acidentes.

Esses objetivos sero atingidos na medida em que a CIPA tiver uma atuao positiva, no interesse em resguardar a integridade fsica dos trabalhadores da empresa.

III Comisso Interna de Preveno de Acidentes - CIPA

NR 05 COMISSO INTERNA DE PREVENO DE ACIDENTES CIPA

Edio de julho de 1999

5.1 A CIPA tem como objetivo a preveno de acidentes e doenas decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatvel permanentemente o trabalho com a preservao da vida e a promoo da vida e a promoo da sade do trabalhador.

5.3 As disposies contidas nesta NR aplicam-se, no que couber, aos trabalhadores avulsos e s entidades que lhe tomem servios, observadas as disposies estabelecidas em NR de setores econmicos especficos.

5.4 A Empresa que possuir em um mesmo municpio dois ou mais estabelecimentos, dever garantir a integrao da CIPA e dos designados, conforme caso, com o objetivo de harmonizar as polticas de segurana e sade do trabalho.

5.4.2 Aps cada eleio, a empresa fica obrigada a encaminhar a DRT ou DTM as Atas e Calendrio referidos no subitem 5.4.1.

5.5 As Empresas instaladas em centro comercial ou industrial estabelecero, atravs dos membros de CIPA ou designados, mecanismos de integrao com objetivo de promover o desenvolvimento de aes de preveno de acidentes e doenas decorrentes do ambiente e instalaes de uso coletivo, podendo contar com a participao da administrao do mesmo.

5.5.4 Para cada eleio dever haver uma folha de votao que ficar arquivada na empresa por um perodo mnimo de 3 (trs) anos.

5.6 A CIPA ser composta de representantes do empregador e dos empregados, de acordo com o dimensionamento previsto no quadro I desta NR, ressalvadas as alteraes disciplinadas em atos normativos para setores econmicos especficos.

5.5.6.1 O Dispositivo no item 5.5.6 no se aplica ao membro suplente que durante o seu mandato tenha participado de menos da metade do nmero de reunies da CIPA.

5.3.1 A composio da CIPA dever obedecer a critrios que permitam estar representada a maior parte dos setores do estabelecimento no devendo faltar em qualquer hiptese, a representao dos setores que ofeream maior nmero de acidentes.

5.6.1 Os representantes dos empregadores, titulares e suplentes por eles designados.

5.3.4 Os Membros titulares da CIPA , designados pelo empregador, no podero ser reconduzidos para mais de dois mandatos consecutivos.

5.6.2 Os representantes dos empregados, titulares e suplentes, sero eleitos em escrutnio secreto, do qual participem, independentemente de filiao sindical, exclusivamente os empregados.

5.6.3 O nmero de membros titulares e suplentes da CIPA, considerado a ordem decrescente de votos recebidos, observar o dimensionamento previsto no quadro I desta NR, ressalvadas as alteraes disciplinadas em atos normativos de setores econmicos especficos.

Nota: No existe mais a colocao, de acordo com os setores mais votados.

5.6.4 Quando o estabelecimento no se enquadrar no quadro I, a empresa designar um responsvel pelo cumprimento dos objetos desta NR, podendo ser adotados mecanismos de participao dos empregados atravs de negociaes coletivas.

5.7 O mandato dos membros eleitos da CIPA ter a durao de um ano, permitida uma reeleio.

5.8 vedada a dispensa arbitrria ou sem justa causa do empregado eleito para o cargo de direo de comisses internas de preveno de acidentes desde o registro da sua candidatura at um ano aps o final do seu mandato.

Nota: Surge uma nova nomenclatura (cargo de direo) e a estabilidade de emprego torna-se extensiva aos titulares e suplentes (empossados)

5.9 Sero garantidas aos membros da CIPA condies que no descaracterizem suas atividades normais na empresa, sendo vedada a transferncia para outro estabelecimento sem a sua anuncia, ressalvando o disposto nos pargrafo primeiro e segundo do artigo 469, da CLT.

5.10 O empregador dever garantir que seus indicados tenham a representao necessria para a discusso e encaminhamento das solues de questes de segurana e sade no trabalho analisadas na CIPA.

Nota: Surgiu de acordos coletivos de trabalho, neste caso, a CIPA complementa a atividade do trabalhador.

5.11 O empregador designar entre seus representantes o presidente da CIPA, e os representantes dos empregados escolhero entre os titulares o Vice-Presidente.

5.9 O Vice-Presidente da CIPA ser escolhido pelos representantes dos Empregados, dentre os titulares.

5.10 O Presidente da CIPA ser substitudo pelo Vice-Presidente nos seus impedimentos eventuais ou afastamentos temporrios.

5.11 O Suplente assumir como membro titular nas condies a seguir discriminadas, devendo o empregador comunicar ao rgo regional do MTB, as alteraes e justificar os motivos:

a) quando tiver participado de quatro reunies ordinrias da CIPA, como substituto do titular, que faltou por motivo no justificado previamente;

b) quando ocorrer cesso do contrato de trabalho do membro titular.

5.11.1 Nos impedimentos eventuais ou afastamentos temporrios do Presidente da CIPA o seu suplente assumir o lugar de representante titular do empregador e no as funes do Presidente.

5.11.2 Nos impedimentos eventuais ou afastamentos temporrios do Vice-Presidente, o seu suplente assumir o lugar de representante titular dos empregados e no as funes do Vice-Presidente.

5.12 Os membros da CIPA, eleitos e designados sero empossados no primeiro dia til aps o trmino do mandato anterior.

5.13 Ser indicado, de comum acordo com os membros da CIPA, um secretrio e seu substituto, entre os componentes ou no da comisso, sendo neste caso necessrio a concordncia do empregador.

5.20.1 O Substituto do secretrio da CIPA dever substitui-lo nos seus impedimentos eventuais os afastamentos temporrios, podendo assumir o lugar do secretrio.

5.14 Empossados os membros da CIPA, a empresa dever protocolizar, em at dez dias, na unidade descentralizada do MTE, cpias das Atas de eleio e de posse e o calendrio anual de reunies ordinrias.

Nota: No existe mais o registro da CIPA (n de identificao), basta apenas protocolar os documentos.

5.4.1 O registro da CIPA ser feito mediante requerimento ao Delegado Regional do Trabalho, acompanhada de cpias das atas de eleio e da instalao e posse, contendo o calendrio das reunies ordinrias da CIPA, constando dia, ms, hora e local de realizao das mesmas.

5.15 Quando houver constatao de risco e/ou ocorrer acidentes do trabalho, com o sem vtima, o responsvel pelo setor dever comunicar a ocorrncia, de imediato, ao Presidente da CIPA, o qual, em funo da gravidade, convocar reunio extraordinria ou incluir na pauta ordinria.

5.15.1 A CIPA dever discutir o acidente e encaminhar ao SESMT e ao empregador o resultado e as solicitaes de providencias.

5.15.3 Quando o empregador discordar das solicitaes da CIPA e esta no aceitar a justificativa, o empregador dever solicitar a presena do MTE no prazo de 8 (oito) dias a contar da data de comunicao da aceitao pela CIPA.

5.15 Protocolizada na unidade descentralizada MTE e Emprego, a CIPA no poder ter seu nmero de representantes reduzidos, bem como no poder ser desativada pelo empregador, antes do trmino do mandato de seus membros, ainda que haja reduo do nmero de empregados da empresa, exceto no caso de encerramento das atividades do estabelecimento.

5.16 A CIPA ter por atribuio:

a) identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o mapa de riscos, com a participao do maior nmero de trabalhadores, com acessria do SESMT, onde houver;

b) elaborar plano de trabalho que possibilite a ao preventiva na soluo de problemas de segurana e sade no trabalho;

c) participar da implementao e do controle de qualidade das medidas de preveno necessria, bem como da avaliao das prioridades de ao nos locais de trabalho;

d) realizar, periodicamente, verificaes nos ambientes e condies de trabalho visando a identificao de situaes que venham a trazer riscos para a segurana e sade do trabalhadores;

e) realizar, cada reunio, avaliao do cumprimento das metas fixadas em seu plano de trabalho e discutir as situaes de risco que foram identificadas;

f) divulgar aos trabalhadores informaes relativas Segurana e sade do trabalho;

g) participar, com o SESMT, onde houver, das discusses promovidas pelo empregador, para avaliar os impactos de alterao no ambiente e processo de trabalho relacionado segurana dos trabalhadores;

h) requerer ao SESMT, quando houver, ou ao empregador, a paralisao de maquina ou setor onde considere haver risco grave e eminente Segurana e Sade dos trabalhadores;

i) colocar no desenvolvimento e implementao do PCMSO e PPRA e dos outros programas relacionados segurana e sade no trabalho;

j) divulgar e promover o cumprimento das Normas regulamentadoras, bem como clusulas de acordos e convenes coletivas de trabalho, relativas Segurana e sade no trabalho;

k) participar, em conjunto com o SESMT, onde houver, ou com o empregador da anlise das causas das doenas e acidentes de trabalho e propor medidas de soluo dos problemas identificados;

l) requisitar ao empregador e analisar as informaes sobre questes que tenham interferido na segurana e sade dos trabalhadores;

m) requisitar as cpias da CAT emitidas;

n) promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, onde houver, a Semana Interna de preveno de acidentes do trabalho SIPAT;

o) participar, anualmente, em conjunto com a empresa, de campanhas de preveno da AIDS;

p) Sugerir medidas de preveno de acidentes julgadas necessrias, por iniciativa prpria ou sugestes de outros empregados, encaminhando-a ao SESMT e ao empregador;

q) despertar o interesse dos empregados pela preveno de acidentes e de doenas ocupacionais e estimul-los permanentemente a dotar o comportamento preventivo durante o trabalho;

r) participar da campanha permanente de preveno de acidentes promovida pela empresa;

s) registrar em livro prprio, as atas das reunies da CIPA e enviar, mensalmente, aos SESMT e ao empregador cpias das mesmas;

t) investigar ou participar, com o SESMT, da investigao de causas, circunstanciais e conseqncias dos acidentes e doenas ocupacionais, acompanhando a execuo das medidas corretivas;

u) sugerir a realizao de cursos, treinamentos e campanhas que julgar necessrios para melhorar o desempenho dos empregados quanto segurana e medicina do trabalho;

v) preencher os anexos I e II e mant-los arquivados, de maneira a permitir acesso a qualquer momento, sendo de livre escolha o mtodo de arquivamento;

w) enviar trimestralmente cpia do Anexo I ao empregador;

x) convocar pessoas, no mbito da empresa, quando necessrio, para tomada de informaes, depoimentos e dados ilustrativos e/ou esclarecedores, por ocasio de investigao dos acidentes do trabalho;

5.17 Cabe ao empregador proporcionar os meios necessrios ao desempenho de suas atribuies, garantindo tempo suficiente para a realizao das tarefas constantes do plano de trabalho.

5.22 Compete ao empregador:

a) prestigiar integralmente a CIPA, proporcionado aos seus componentes os meios necessrios ao desempenho de suas atribuies;

b) convocar eleies para a escolha dos representantes dos empregados na CIPA, at 45 dias antes do trmino do mandato;

c) promover cursos de atualizao para os membros da CIPA;

d) cuidar para que todos os titulares de representaes na CIPA compaream as reunies ordinrias e/ou extraordinrias;

e) encaminhar ao rgo do MTE, trimestralmente, at o dia 30 dos meses de janeiro, abril, julho e outubro, o anexo I, devidamente preenchido, podendo ser entregue contra recibo ou atravs de servio postal (A. R).

5.18 Cabe aos empregados:

a) participar da eleio de seus representantes;

b) colocar com a gesto da CIPA;

c) indicar CIPA, ao SESMT e ao empregador situao de riscos e apresentar sugestes para melhoria das condies de trabalho;

d) observar e aplicar no ambiente de trabalho as recomendaes quanto a preveno de acidentes e doenas decorrentes do trabalho;

5.19 Cabe ao presidente da CIPA:

a) Convocar os membros para as reunies da CIPA;

b) coordenaras reunies da CIPA, encaminhando ao empregador e ao SESMT, quando houver, as decises da comisso;

c) manter o empregador informado sobre os trabalhas da CIPA;

d) coordenar e supervisionar as atividades da secretaria;

e) designar membro da CIPA ou grupo de trabalho partidrio para investigar o acidente do trabalho ou acompanhar investigao feita pelo SESMT, imediatamente aps receber a comunicao de encarregados do setor onde ocorreu o acidente;

f) determinar tarefas aos membros da CIPA;

g) coordenar todas as atribuies da CIPA;

h) manter e promover o relacionamento da CIPA com o SESMT e demais rgo da empresa;

i) delegar atribuies ao Vice-Presidente;

5.19 Compete aos membros da CIPA:

a) elaborar o calendrio anual de reunies da CIPA;

b) participar das reunies da CIPA, discutindo os assuntos em pauta e aprovando as recomendaes;

c) investigar os acidentes do trabalho, isoladamente ou em grupo, e discutir os acidentes ocorridos;

d) freqentar o curso sobre preveno de acidentes do trabalho promovido pelo empregador nos termos do item 5.21 desta NR;

e) cuidar para que as atribuies da CIPA previstas no item 5.16 sejam cumpridas durante a respectiva gesto.

5.20 Cabe ao Vice-Presidente:

a) executar atribuies que lhe forem delegadas;

b) substituir o Presidente nos seus impedimentos eventuais ou nos seus afastamentos temporrios.

5.21 O Presidente e o Vice-Presidente da CIPA, em conjunto, tero as seguintes atribuies:

a) cuidar para a CIPA disponha da condies necessrias p/o desenvolvimento dos trabalhadores;

b) coordenar a supervisionar as atividades da CIPA, zelando para que os objetivos propostos sejam alcanados;

c) delegar atribuies aos membros da CIPA;

d) promover o relacionamento da CIPA a todos dos trabalhadores do estabelecimento;

e) encaminhar os pedidos de reconsiderao das decises da CIPA ;

f) constituir a comisso eleitoral.

5.22 O secretario da CIPA ter por atribuio:

a) acompanhar as reunies da CIPA, a redigir as atas apresentando-as p/ aprovao e assinatura dos membros presentes;

b) preparar as correspondncias e

c) outras que lhe forem conferidas.

5.23 A CIPA ter reunies ordinrias mensais, de acordo com o calendrio preestabelecido.

5.24 As Reunies ordinrias da CIPA sero realizadas durante o expediente normal da empresa e em local apropriado.

5.25 As reunies da CIPA tero as atas assinadas pelos presentes com encaminhamento da cpias para todos os membros.

5.26 As atas ficaro no estabelecimento disposio dos agentes da inspeo do trabalho AIT.

5.27 Reunies extraordinrias devero ser realizadas quanto:

a) houver denncia de situao de risco grave e eminente que determine aplicao de medidas corretivas de emergncia;

b) ocorrer acidentes do trabalho grave ou fatal;

c) houver solicitao expressa de uma das representaes.

5.28 As decises da CIPA sero preferencialmente por consenso.

5.25.1 No havendo consenso, e frustradas as tentativas de negociao direta ou com medio, ser instalado processo de votao, registrando-se a ocorrncia na ata de reunio.

5.28 A CIPA das empresas que trabalhem em regime sazonal ser constituda considerando-se mdia aritmtica do nmero de empregados do ano civil anterior e obedecendo o Quadro I, anexo.

5.29 Das decises da CIPA caber pedido de reconsiderao, mediante requerimento justificado.

5.29 A CIPA poder ter acessado aos quadros III, IV, V e VI referidos na alnea i, do item 4.12, da NR 4, quando julgar necessrio.

5.29.1 O pedido de reconsiderao ser apresentado a CIPA at a prxima reunio ordinria, quando ser analisado, devendo o Presidente e o Vice-Presidente efetivar os encaminhamentos necessrios.

5.30 O membro titular perder o mandato, sendo substitudo por suplente, quando faltar a mais de quatro reunies ordinrias sem justificativa.

5.31 A vacncia definitiva de cargo, ocorrida durante o mandato, ser suprida por suplente, obedecida ordem de colocao decrescente registrada na ata de eleio, devendo o empregador comunicar a unidade descentralizada do MTE e Emprego, as alteraes e justificar os motivos.

5.31.1 No caso do afastamento definitivo do presidente, o empregador indicar um substituto, em dois dias teis, preferencialmente entre os membros da CIPA.

5.31.2 No caso do afastamento definitivo do Vice-Presidente, os membros e titulares da representao dos empregados, escolhero o substituto, entre seus titulares, em dois dias teis.

5.32 A empresa dever promover treinamento para os membros da CIPA, titulares e suplentes, antes da posse.

5.32.1 O treinamento de CIPA em primeiro mandato ser realizado no prazo mximo de trinta dias, contados a partir da data da posse.

5.32.2 As empresas que no se enquadrarem no Quadro, promovero anualmente treinamento p/ o designado responsvel pelo cumprimento do objetivo desta NR.

5.21.2 Ficam desobrigados de freqentar o curso no item 5.21, desta NR, os membros da CIPA que tenham registro no MTE, conforme NR especifica, ou os que j possuam certificado deste curso, entretanto, participam de cursos de atualizao promovidos pela empresa.

5.33 O treinamento para a CIPA dever contemplar, no mnimo, os seguintes itens:

a) estudo do ambiente, das condies de trabalho, bem como dos riscos originados do processo produtivo;

b) metodologia de investigao e analise de acidentes e doenas do trabalho;

c) noes sobre acidentes e doenas do trabalho decorrentes de exposio aos riscos existentes na empresa;

d) noes sobre AIDS, e medidas de preveno;

e) noes sobre as legislao trabalhista e providenciaria relativas segurana e sade no trabalho;

f) princpios gerais de higiene do trabalho e de medidas de controle dos riscos;

g) organizao da CIPA e outros assuntos necessrios ao exerccios das atribuies da comisso.

5.34 O treinamento ter carga horria de 20hrs, distribudas em no mximo 8 hs. dirias e ser realizado durante o expediente normal da empresa.

5.35 O treinamento poder ser ministrado pelo SESMT da empresa, entidade patronal, entidade de trabalhadores ou por profissional que possua conhecimentos sobre os temas ministrados.

5.36 A CIPA ser ouvida sobre o treinamento a ser realizado, inclusive quanto entidade ou profissional que o ministrar, constando em ata, cabendo a empresa escolher a entidade ou profissional que ministrar o treinamento.

5.37 Quando comprova a no observncia ao disposto nos itens relacionados ao treinamento, a unidade descentralizada do MTE e Emprego, determinar a complementao ou a realizao de outro, que ser efetuado no prazo mximo de trinta dias, contados da data da cincia da empresa sobre deciso.

5.38 Compete ao empregador convocar eleio para escolha dos representantes dos empregados da CIPA, at sessenta dias antes do trmino do mandato em curso.

5.38.1 A empresa estabelecer mecanismos p/comunicar o inicio do processo eleitoral ao sindicato da categoria profissional.

5.39 O presidente e o Vice da CIPA, constituiro dentre seus membros c/no mnimo 55 dias do incio do pleito, a comisso eleitoral CE, que ser a responsvel pela organizao e acompanhamento do processo eleitoral.

5.39.1 Nos estabelecimentos onde no houver CIPA, a Comisso Eleitoral ser constituda pela empresa.

5.40 O processo eleitoral observar as seguintes condies:

a) publicao e divulgao de edital, em locais de fcil acesso e visualizao, no mnimo 45 dias antes da data marcada p/a eleio;

b) inscrio e eleio individual, sendo que o perodo mnimo para a inscrio ser de 15 dias;

c) liberdade de inscrio para todos os empregados do estabelecimento, independentemente de setores ou locais de trabalho, como fornecimento de comprovante;

d) garantia de emprego para todos os inscritos at a eleio;

e) realizao de eleio no mnimo trinta dias antes do trmino do trmino do mandato da CIPA, quando houver;

f) realizao de eleio em dia normal de trabalho, respeitando, os horrios de turnos e em horrio que possibilite a participao da maioria dos empregados;

g) garantia de emprego para todos os inscritos at a eleio;

h) realizao da eleio no mnimo 30 dias antes do termino do mandato da CIPA, quando houver;

i) realizao de eleio em dia normal de trabalho, respeitando os horrios de turnos e em horrio que possibilite a participao da maioria dos empregados;

j) Voto secreto;

k) Apurao dos votos, em horrio normal de trabalho, c/ o acompanhamento do representante do empregador e empregados, em nmero a ser definido pela comisso eleitoral ;

l) faculdade de eleio por meios eletrnicos;

m) Guarda pelo empregador, de todos os documentos relativos eleio, por um perodo mnimo de 5 anos.

5.41 Havendo participao inferior a 50% dos empregados na votao, no haver a apurao dos votos e a comisso eleitoral dever organizar outra votao que dever ocorrer em 10 dias.

5.42 As denncias sobre o processo eleitoral devero ser protocolizados na unidade descentralizada do MTE, at 30 dias aps a data da posse dos novos membros da CIPA.

5.42.1 Compete a unidade descentralizada do MTE, confirmadas irregularidades no processo eleitoral, determinar a sua correo ou proceder a anulao quando for o caso.

5.42.2 Em caso de anulao a empresa convocar nova eleio no prazo de 5 dias, a contar da data de cincias, garantidas as inscries anteriores.

5.42.3 Quando a anulao se der antes da posse dos membros da CIPA, ficar assegurada a prorrogao do mandato anterior, quando houver, at a complementao do processo eleitoral.

5.43 Assumiro a condio de membros titulares e suplentes os candidatos mais votados.

5.44 Em caso de empate, assumir aquele que tiver maior tempo de servio no estabelecimento.

5.45 Os candidatos votados e no eleitos sero relacionados na ata de eleio e apurao, em ordem decrescente de votos, possibilitando nomeao posterior, em caso de vacncia de suplentes.

5.46 Quando se tratar de empreiteiras ou empresas prestadoras de servios, considera-se estabelecimento, para fins de aplicao desta NR, o local em que seus empregados estiverem exercendo suas atividades.

5.47 Sempre que duas ou mais empresas atuarem em um mesmo estabelecimento, a CIPA ou designado da empresa contratante dever, em conjunto as das contratadas ou com os designados, definir mecanismos de integrao e de participao de todos os trabalhadores em relao s decises das CIPA existentes no estabelecimento.

5.48 A contratante e as contratadas, que atuem num mesmo estabelecimento, devero implementar, de forma integrada, medidas de preveno de acidentes e doenas do trabalho, decorrentes da presente NR, de forma a garantir o mesmo nvel de proteo em matria de segurana e sade a todos os trabalhadores do estabelecimento.

5.49 A empresa contratante adotar medidas necessrias para que as empresas contratadas, suas CIPA, os designados e os demais trabalhadores lotados naquele estabelecimento recebam informaes sobre riscos presentes nos ambientes de trabalho, bem como sobre as medidas de proteo adequadas.

5.50A empresa contratante adotar as providncias necessrias para acompanhar o cumprimento pelas empresas contratadas que atuam no seu estabelecimento, das medidas se segurana e sade no trabalho.

5.51 Esta norma poder ser aprimorada mediante a negociao, nos termos de portaria especfica.

Documentos Exigidos pela Legislao

A seguir detalhamos os documentos exigidos pela legislao que competem CIPA:

1. Edital de Convocao de Eleio

Modelo de Edital de Convocao de Eleio

Ficam convocados os empregados desta empresa para a eleio dos membros da Comisso Interna de Preveno de Acidentes CIPA, de acordo com a Norma Regulamentadora NR-05, aprovada pela Portaria N 33, de 27 de outubro de 1983, baixada pelo Ministrio do Trabalho, a ser realizada, em escrutnio secreto, no dia ...................................................... s ............................... horas, no .................................................................

(Local)

Apresentaram-se e sero votados os seguintes candidatos................................................................................

............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................

.............................., .......... de ................................. de 19....

................................................................................................

(Assinatura do Empregador)

2. Ata de Eleio dos Representantes dos Empregados na CIPA

Modelo de Ata de Eleio dos Representantes dos Empregados na CIPA

Aos.........dias do ms......................................................................, 19............ no local designado no Edital de Convocao.............................................................................., com a presena dos Senhores ........................

..............................................................................................................................................................................

instalou-se a mesa receptora e apuradora dos votos s ................. horas, o Sr. Presidente da mesa declarou iniciados os trabalhos. Durante a votao, verificaram-se as seguintes ocorrncias: ........................................

..............................................................................................................................................................................

(quando existirem ocorrncias anotar aqui). s ............................... horas, o Sr. Presidente declarou encerrados os trabalhos de eleio, verificando-se que compareceram ..................... empregados e passando-se apurao, na presena de quantos desejassem.

Aps a apurao chegou-se ao seguinte resultado:

TitularesSuplentes

votosvotos

votosvotos

votosvotos

Aps a classificao, dos representantes dos empregados por ordem de votao, dos titulares e suplentes, esses representantes elegeram o ............................................ para VICE-PRESIDENTE.

(Nome)

Demais votados em ordem decrescente de votos:

votosvotos

votosvotos

E, para constar, mandou o Sr. Presidente da mesa fosse lavrada a presente ATA, por mim assinada..............

..........................................................., Secretrio, pelos Membros da mesa e pelos eleitos.

3. Ata de Instalao e Posse da Comisso Interna de Preveno de Acidentes - CIPA

Modelo de Ata de Instalao e Posse da CIPA

Aos ................................................. dias do ms de......................................................., do ano de mil novecentos e .................................., no .................................................................... nesta cidade, presente(s)

(Local)

o(s) Senhor(es) Diretor(es) da Empresa, bem como os demais presentes, conforme Livro de Presena, reuniram-se para Instalao e Posse da CIPA desta Empresa, conforme o estabelecido pela Portaria n .......

............ o Senhor......................................................., representante da Empresa e Presidente da sesso, tendo convidado a mim, ............................................., para Secretrio da mesma, declarou abertos os trabalhos, lembrando a todos os objetivos da Reunio, quais sejam: Instalao e Posse dos componentes da CIPA. Continuando, declarou instalada a Comisso e empossados os Representantes do Empregador:

TitularesSuplentes

Da mesma forma declarou empossados os Representantes eleitos dos Empregados:

TitularesSuplentes

seguir, foi designado para Presidente da CIPA o Senhor.................................................................................

tendo sido escolhido entre os Representantes eleitos dos Empregados o Senhor.............................................

para Vice-Presidente. Os Representantes do Empregador e dos Empregados, em comum acordo, acolheram tambm o Senhor ....................................................................... Nada mais havendo a tratar, o Senhor Presidente da Sesso deu por encerrada a reunio, lembrando a todos que o perodo de gesto da CIPA ora instalada ser de 01 (um) ano a contar da presente data. Para constar, lavrou-se a presente Ata, que, lida e aprovada, vai assinada por mim, Secretrio, pelo Presidente da Sesso, por todos os Representantes eleitos e/ou designados inclusive os Suplentes.

Presidente da SessoSecretrio

TitularesSuplentes

4. Edital de Convocao para Reunio Mensal Ordinria

Modelo de Edital de Convocao para Reunio Mensal Ordinria

REUNIO MENSAL ORDINRIA N __________

CIPA da ................................................................

(Empresa)

EDITAL DE CONVOCAO

Ficam convocados os senhores componentes da Comisso Interna de Preveno de Acidentes CIPA desta empresa, para se reunirem em sesso ordinria, no dia ....................., de .............................., de ..................... s .............. horas, na sala ............................................., para tratar da seguinte ordem do dia:

1. Verificao do andamento das sugestes apresentadas em reunies anteriores;

2. Verificao e discusso dos acidentes do trabalho ocorridos aps a ltima reunio;

3. Discusso de assuntos sobre segurana e medicina do trabalho de interesse da empresa.

................................................., ....... de........................... de 19.......

...........................................................................................................

(Presidente da CIPA)

IV Acidente do Trabalho

1. Conceito Legal

O artigo 19 da Lei n 8.213, de 24/07/91, estabelece:

Acidente do Trabalho o que ocorre pelo exerccio do trabalho a servio da empresa ou pelo exerccio do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do artigo 11 desta Lei, provocando leso corporal ou perturbao funcional que cause a morte ou a perda ou reduo, permanente ou temporria, da capacidade para o trabalho".

Exerccio do trabalho a servio da empresa

Para que uma leso ou molstia seja considerada acidente do trabalho necessrio que haja entre o resultado e o trabalho uma ligao, ou seja, que o resultado danoso tenha origem no trabalho desempenhado e em funo do servio. Assim, por exemplo, se um empregado for assistir a um jogo de futebol e cair a arquibancada onde se sentou, no se tratar de acidente do trabalho. Todavia, se com ele cai o empregado do clube que estava a efetuar a limpeza da arquibancada, a legislao referida proteger o funcionrio do clube.

Leso corporalPor leso corporal deve ser entendido qualquer dano anatmico, por exemplo: uma fratura, um machucado, a perda de um membro.

Perturbao funcional

Por perturbao funcional deve ser entendido o prejuzo ao funcionamento de qualquer rgo ou sentido, como uma perturbao mental devida a uma pancada, o prejuzo ao funcionamento de um rgo (pulmes etc.), pela aspirao ou ingesto de elemento nocivo usado no trabalho.

Acidente do Trabalho Caracterizao

O acidente tpico do trabalho ocorre no local e durante o trabalho, considerado como um acontecimento sbito, violento e ocasional que provoca no trabalhador uma incapacidade para a prestao de servio.

A legislao (art. 21 da Lei 8.213/91) enquadra como acidentes aqueles que ocorrem nas seguintes situaes:

Acidente de trajeto

Cada dia mais correm-se riscos quando algum se prope a sair de casa para qualquer fim. Quando esse fim a prestao de servio, entende-se que justo ficar o trabalhador protegido pela legislao de acidente. Assim, no percurso da residncia para o trabalho ou deste para aquela, est o trabalhador protegido pela legislao acidentria. Fica caracterizado como acidente do trabalho tambm aquele que ocorra na ida ou na volta do trabalho, ou o ocorrido no mesmo trajeto quando o trabalhador efetua suas refeies em sua casa. Deixa de caracterizar-se o acidente quando o empregado tenha, por interesse prprio, interrompido ou alterado o percurso normal. Entende-se por percurso normal o caminho ordinariamente seguido, locomovendo-se a p ou usando transporte fornecido pela empresa, conduo prpria ou transporte coletivo urbano.

Assim, quando ocorrer variao de trajeto, por vontade do trabalhador, ou quando haja interrupo, tambm por interesse prprio, deixa de caracterizar-se o acidente do trabalho. Nos perodos destinados a refeies ou descansos bem como em intervalos destinados satisfao de necessidades fisiolgicas, no local de trabalho ou durante este, o empregado considerado a servio da empresa para fins de acidente do trabalho.

Ato de terceiro

Quando se fala em acidente do trabalho, nunca nos ocorre a possibilidade de que um ato de outra pessoa possa caracterizar-se como acidente.

Esse ato de terceiro pode ser culposo ou doloso. Ser considerado culposo quando a pessoa que deu ensejo ao mesmo no tinha a inteno de que o fato acontecesse. Foi um ato de imprudncia, negligncia, impercia que resultou num dano a outrem. J o ato doloso consciente e a pessoa que o pratica age de m-f com a vontade dirigida para a obteno de um resultado criminoso.

Assim, o legislador (pessoa que elabora as leis) estendeu o conceito de acidente aos atos dolosos que atingem o trabalhador proveniente da relao de emprego, tais como os casos de sabotagem, ofensa fsica levada a cabo por companheiro de servio ou terceiro, resultante de disputa originada na prestao de servio.

Como vemos, a excluso que se manifesta a referente a ato doloso contra o empregado, oriundo de terceiro ou de companheiro de servio, no originado de disputa relativa ao trabalho. Assim, o ferimento sofrido por um empregado no local e horrio de trabalho, por parte de outro colega de servio, com origem em questo de cime ou mesmo de discusso sobre futebol, no se caracteriza como acidente do trabalho.

O ato de imprudncia, impercia ou negligncia, praticado por qualquer pessoa, que atinja o trabalhador nas condies tidas como de servio, caracteriza o acidente do trabalho da mesma forma que o ato levado a cabo por pessoa privada do uso da razo.

Fora maior

A caracterizao de acidente do trabalho vai to longe que atinge as leses oriundas de inundaes, incndios ou qualquer outro motivo de fora maior, desde que ocorrido o fato no local e horrio de trabalho.

Acidente fora do local e horrio de trabalho

Alm do acidente do trabalho caracterizado pelas causas acima enunciadas e alm do acidente em caminho, sobre o qual j tecemos consideraes, o legislador considera como acidente do trabalho o sofrido pelo trabalhador mesmo fora do local e horrio de trabalho, quando ocorra no cumprimento de ordem ou na realizao de servio sob a autoridade da empresa. Ou, ainda quando seja espontaneamente prestado o servio para evitar prejuzo ao propiciar proveito. Quando o empregado acidentar-se realizando viagem a servio da empresa, estaremos diante de um acidente de trabalho, qualquer que seja o meio de conduo utilizado ainda que seja de propriedade do empregado.

Causas de incapacidade associadas" ao acidente do trabalho

O acidente do trabalho portanto, em sentido amplo, aquele que causa leso corporal, perturbao funcional ou doena que provoque a morte, perda ou reduo, permanente ou temporria, da capacidade para o trabalho, ocorrido nas condies acima enunciadas.

Pode acontecer que o empregado j tivesse condies pessoais que facilitassem o acontecimento ou resultado. Se um indivduo tem uma certa fraqueza ssea e sofre uma pancada que para outro traria como conseqncia apenas uma zona dolorida, mas para ele resulta numa fratura, suas condies pessoais no afastam a aplicao da legislao acidentria pela totalidade do acontecimento.

Se uma leso com ferimento atinge um diabtico, que em face de suas condies de sade vem a sofrer a amputao de uma perna ou de um brao, a legislao acidentria cobre a conseqncia total.

Por isso, a Lei ( artigo 21, inciso I, da Lei n 8.213/91 ) tambm considera como acidente do trabalho:

"o acidente ligado ao trabalho que embora no tenha sido a causa nica, haja contribudo diretamente para a morte do segurado, para a reduo ou perda de sua capacidade para o trabalho ou produzido leso que exija ateno mdica para a sua recuperao ".

V Fatores Determinantes dos Acidentes do Trabalho

Ato Inseguro

todo ato, consciente ou no, capaz de provocar algum dano ao trabalhador, a seus companheiros ou a mquinas, materiais e equipamentos, estando diretamente relacionado a falha humana. Caractersticas inerentes ao homem, como a teimosia, a curiosidade, a improvisao, o desafio, a autoconfiana, de acordo com a cultura e a educao de cada povo, so fatores que comumente levam prtica do ato inseguro.

Podemos citar alguns atos inseguros, comuns:

Ficar junto ou sob cargas suspensas.

Colocar parte do corpo em lugar perigoso.

Usar mquinas sem habilitao ou permisso.

Imprimir excesso e velocidade ou sobrecargas.

Lubrificar, ajustar e limpar mquinas em movimento.

Improvisar ou empregar mau as ferramentas.

Inutilizar dispositivos de segurana.

Usar roupas, calados e acessrios inadequados

No usar os E.P.I.

Transportar e empilhar inseguramente.

Tentar ganhar tempo.

Fazer brincadeira e exibicionismo.

Condio Insegura

Consiste em irregularidades ou deficincias existentes no ambiente de trabalho que constituem riscos para a integridade fsica do trabalhador e para sua sade, bem como para os bens materiais da empresa. A condio insegura est diretamente relacionada a falhas no ambiente que comprometem a segurana: mquinas, equipamentos, ferramentas, instalaes, mtodos ou processos inadequados na execuo de um trabalho, falta de ordem ou limpeza so exemplos de componentes do trabalho em que h possibilidade de se apresentarem condies inseguras. importante ressaltar que as condies inseguras so, em sua maioria, decorrentes da prtica de atos inseguros.

Dentre vrias condies podemos destacar:

Falta de proteo em mquinas e equipamentos.

M arrumao e falta de limpeza.

Escassez de espao na rea de trabalho.

Passagens perigosas.

Andaimes desprotegidos e defeitos nas edificaes.

Instalaes eltricas inadequadas ou defeituosas.

Iluminao inadequada.

Escadas defeituosas.

Mtodos ou processos errados de trabalho.

Fator Pessoal de Insegurana

Ainda pouco questionado na preveno de acidentes, o fator pessoal de insegurana deve ser, hoje mais do que nunca, um dos elementos bsicos de investigao no levantamento das causas dos acidentes.

Podemos defini-lo como qualquer fator externo que leva o indivduo prtica do ato inseguro: caractersticas fsicas e psicolgicas (como insegurana, falta de treinamento, tenso, estresse, condies sociais, econmicas e financeiras, trabalho montono e repetitivo) que contribuem para a ocorrncia do acidente.

possvel, portanto, concluir que um nico acidente pode ser causado por atos inseguros, condies inseguras e fator pessoal de insegurana.

Em suma esta multiplicidade exige uma anlise sria de fatores ambientais, humanos e materiais a saber:

fatores ambientais de riscos desencadeados em perodos diversos, gerando condies perigosas, insalubres e penosas;

critrios de sade e segurana adotados pelas pessoas e pela empresa;

os maus hbitos com relao proteo pessoal diante dos riscos;

o desconhecimento de determinadas operaes;

o valor dado prpria vida;

o excesso de autoconfiana ou irresponsabilidade;

a organizao e a presso para produzir;

o imediatismo e ausncia de treinamento adequado.

VI Benefcios Previdencirios Devidos aos Acidentes do Trabalho

Em caso de acidente de trabalho o trabalhador e seus dependentes, independentemente de carncia, tem direito a (Artigo 141):

O segurado:

1. Auxlio-doena: devido ao acidentado que fica incapacitado para o trabalho por mais de 15 dias.

2. Aposentadoria por invalide: a aposentadoria por invalidez devida ao acidentado que, estando ou no em gozo de auxlio-doena, considerado incapaz para o trabalho, insuscetvel de reabilitao para o exerccio de atividade que lhe garanta a subsistncia.

3. Auxlio-acidente: devido ao acidentado que, aps a consolidao das leses resultantes do acidente, permanece incapacitado para a atividade que exercia na poca do acidente, mas no para outra.

4. Auxlio-suplementar: devido a contar da cessao do auxlio-doena, ao acidentado que, aps a consolidao das leses resultantes do acidente, apresenta, como seqela definitiva, perda anatmica ou reduo da capacidade funcional, a qual, embora sem impedir o desempenho da mesma atividade, acarrete permanentemente maior esforo na realizao do trabalho.

O dependente:

1. Penso por morte: a penso por morte devida a contar da data do bito, aos dependentes do segurado falecido em conseqncia de acidente do trabalho.

O segurado e o dependente:

1. Peclio por invalidez: devido ao aposentado por invalidez decorrente do acidente do trabalho. Consiste de um pagamento nico de 15 (quinze) vezes o valor de referncia, vigente na data da autorizao do pagamento na localidade de trabalho do acidentado.

2. Peclio por morte: devido aos dependentes do segurado falecido em conseqncia do acidente do trabalho. Consiste de um pagamento nico de 30 (trinta) vezes o valor de referncia, vigente na data de autorizao do pagamento na localidade de trabalho do acidentado.

O decreto n 611/92 estabelece tambm que: o segurado que sofreu acidente do trabalho tem garantida, pelo prazo mnimo de doze meses a manuteno de seu contrato de trabalho na empresa aps a cessao do auxlio-doena acidentrio, independentemente da percepo de auxlio-acidente. (Artigo 169)

O pagamento pela Previdncia Social das prestaes por acidente de trabalho no exclui a responsabilidade civil da empresa ou de outrem. (Artigo 172)

A empresa responsvel pela adoo e uso das medidas coletivas e individuais de proteo e segurana da sade do trabalhador. (Artigo 173)

Constitui contraveno penal, punvel com multa, deixar a empresa de cumprir as normas de segurana e higiene do trabalho. (Pargrafo 1)

dever da empresa prestar informaes pormenorizadas sobre os riscos da operao a executar e do produto a manipular. (Pargrafo 2).

VII Inspeo de Segurana

Objetivos e Definies

A inspeo de segurana tem por objetivo detectar as possveis causas que propiciem a ocorrncia de acidentes, visando tomar ou propor medidas que eliminem ou neutralizem os riscos de acidentes do trabalho. Desta forma, a inspeo de segurana uma prtica contnua em busca de:

Mtodos de trabalhos inadequados;

Riscos ambientais;

Verificao da eficcia das medidas preventivas rotineiras e especiais em funcionamento.

A legislao sobre segurana no trabalho trata sobre inspeo na NR-5, Portaria 33/83, item 5.16, alnea i:

"5.16 A CIPA ter as seguintes atribuies:

i) realizar, quando houver denncia de risco ou por iniciativa prpria e mediante prvio aviso ao empregador e ao SESMT, inspeo nas dependncias da empresa, dando conhecimento dos riscos encontrados ao responsvel pelo setor, ao SESMT e ao empregador. "

Tipos de Inspeo de Segurana

Inspees gerais

So aquelas feitas em todos os setores da empresa e que se preocupam com todos os problemas relativos Segurana e Medicina do Trabalho. Dessas inspees podem participar engenheiros, supervisores de segurana, mdicos, assistentes sociais e membros da CIPA. Essas inspees devem ser repetidas a intervalos regulares e, onde no existirem Servios Especializados em Segurana e Medicina do Trabalho, a tarefa caber ClPA da Empresa.

Inspees parciais

Elas podem limitar-se em relao s reas, sendo inspecionados apenas determinados setores da empresa, e podem limitar-se em relao s atividades, sendo inspecionados certos tipos de trabalho, certas mquinas ou certos equipamentos.

Inspees de rotina

Cabem aos encarregados dos setores de segurana, aos membros da CIPA, ao pessoal que cuida da manuteno de mquinas, equipamentos e condutores de energia. muito importante que os prprios trabalhadores faam inspees em suas ferramentas, nas mquinas que operam e nos equipamentos que utilizam. Naturalmente, em inspees de rotina, so mais procurados os riscos que se manifestam com mais freqncia e que constituem as causas mais comuns dos acidentes.

Inspees peridicas

Como natural que ocorram desgastes dos meios materiais utilizados na produo, de tempos em tempos devem ser marcadas, com regularidade, inspees destinadas a descobrir riscos que o uso de ferramentas, de mquinas, de equipamentos e de instalaes energticas podem provocar. Os setores de manuteno e de produo normalmente se ocupam dessas inspees peridicas. Algumas dessas inspees so determinadas em lei, principalmente as de equipamentos perigosos, como caldeiras e elevadores e mesmo as de equipamentos de segurana como extintores, mangueiras e outros. Materiais mveis de maior uso e desgaste devem merecer inspees peridicas.

Inspees eventuais

No tem datas ou perodos determinados. Podem ser feitas por tcnicos vrios, incluindo mdicos e engenheiros, e se destinam a controles especiais de problemas importantes dos diversos setores da empresa. O mdico pode, por exemplo, realizar inspees em ambientes ligados sade do trabalhador, como refeitrios, cozinhas, instalaes sanitrias, vestirios e outros.

Inspees oficiais

So realizadas por agentes dos rgos oficiais e das empresas de seguro.

Inspees especiais

Destinam-se a fazer controles tcnicos que exigem profissionais especializados, aparelhos de teste e de medio. Pode-se dar o exemplo de medio do rudo ambiental, da quantidade de partculas txicas em suspenso no ar, da pesquisa de germes que podem provocar doenas.

A presena de representantes da CIPA nas inspees de segurana sempre recomendvel, pois a assimilao de conhecimentos cada vez mais amplos sobre a questes de Segurana e Medicina do Trabalho vai tornar mais produtivo, mais completo, o trabalho educativo que a comisso desenvolve.

Levantamento das Causas dos Acidentes de Trabalho

1. Observao - Neste primeiro passo, os elementos da CIPA devem observar criteriosamente as condies de trabalho e de atuao das pessoas. Essa observao deve ser complementada com dados obtidos por meio de entrevistas e preenchimento de questionrios junto aos encarregados e trabalhadores.

2. Registro - O registro dos riscos observados sobre sade e segurana do trabalho deve ser feito em formulrios que favoream a anlise dos problemas apontados.

3. Anlise de riscos - Da inspeo de segurana resulta a necessidade de um estudo mais aprofundado de determinada operao. Trata-se de anlise de riscos. Para realiz-la, o interessado deve decompor e separar as fases da operao, para verificao cuidadosa dos riscos que esto presentes em cada fase. O quadro abaixo orienta a decomposio de uma operao para este fim.

4. Priorizao - A partir da anlise de riscos, priorizar os problemas de forma a atender queles mais graves e/ou iminentes.

5. Implantao - Nesta fase, os relatrios com as medidas corretivas definidas devero ser encaminhados ao departamento responsvel para sua efetivao. A operacionalizao das medidas dever ser negociada no prprio setor responsvel, em prazos determinados com prioridade.

6. Acompanhamento - Consiste na verificao e cobrana das medidas preventivas propostas. Devem ser realizados, junto unidade responsvel, setores afins e com o SESMT.

O Mapeamento de Riscos

uma metodologia de inspeo nos locais de trabalho, tornada obrigatria a partir da publicao da Portaria n 5 do DNSST, de 17/O8/92, com as alteraes da Portaria n 25, de 29/12/94, da SSST, e que consiste numa anlise do processo de produo e das condies de trabalho.

A partir da Portaria n 25, de 29/12/94, da SSST, a realizao do Mapeamento de Riscos tornou-se uma atribuio da CIPA (item 5. 16, "o", da NR-5):

"elaborar, ouvido os trabalhadores de todos os setores do estabelecimento e com a colaborao do SESMT; quando houver, o Mapa de Riscos, com base nas orientaes constantes do anexo IV ; devendo o mesmo ser refeito a cada gesto da CIPA ".

O Mapa de Riscos deve, ento, ser executado pela CIPA, por seus membros, observadas as seguintes etapas:

conhecimento do processo de trabalho no local analisado;

identificao dos riscos existentes, conforme Tabela 1;

identificao das medidas preventivas j existentes e verificao de sua eficcia;

identificao dos indicadores de sade;

conhecimento dos levantamentos ambientais j realizados no local;

elaborao do Mapa de Riscos, sobre layout da empresa.

O Mapa a representao grfica do reconhecimento dos riscos existentes nos locais de trabalho, por meio de crculos de diferentes tamanhos e cores.

SIMBOLOGIA UTILIZADA

Crculos com dimetros diferentes

A simbologia representada pelo tamanho dos crculos acompanha o tipo de gravidade de risco.

O tipo de risco varia com a cor

RISCOS AMBIENTAIS

Agentes Fsicos:VerdeAgentes Qumicos:VermelhoAgentes Biolgicos:MarromAgentes Ergonmicos:AmareloAgentes de Acidentes:AzulEXEMPLO DE MAPA DE RISCOS AMBIENTAIS

VIII Investigao e Anlise dos Acidentes

A identificao das Causas dos Acidentes

A investigao e anlise dos acidentes envolve trs fases:

coleta de informaes;

diagnstico da ocorrncia;

proposta de medidas corretivas.

necessria a agilizao do processo de comunicao do acidente CIPA para que a investigao se processe imediatamente. Para buscar as causas que contriburam para o acidente importante:

conversar com o acidentado;

conversar com colegas do setor ou que presenciaram o acidente;

conversar com o chefe do setor;

observar cuidadosamente o local onde ocorreu o acidente;

conversar com o Servio Mdico que atendeu o acidentado.

A Anlise do AcidenteA CIPA deve participar dos vrios aspectos relacionados com o estudo dos acidentes, preocupando-se em analis-los e elaborando relatrios, registros, comunicaes e sugestes entre outras providncias. A anlise do acidente corresponde a uma viso geral da ocorrncia, e as suas informaes devem ser elementos de estudo e no um simples registro burocrtico. O estudo dos acidentes no deve limitar-se queles considerados graves. Pequenos acidentes podem revelar riscos grandes; acidentes sem leso podem transformar-se em ocorrncias com vtimas. A CIPA deve investir na identificao de perigos que parecem sem gravidade mas que podero tornar-se fontes de acidentes graves.

A Comunicao do Acidente

A Comunicao do Acidente de Trabalho ( CAT ) obrigao prevista em lei, conforme dispe o artigo 22 da Lei n 8.2131/91, pargrafos 1 e 2 a seguir:

Art. 22 - A empresa dever comunicar o acidente do trabalho Previdncia Social at o 1 dia til seguinte ao da ocorrncia e, em caso de morte, de imediato autoridade competente sob pena de multa varivel entre o limite mnimo e o limite mximo do salrio de contribuio, sucessivamente aumentada nas reincidncias, aplicada e cobrada pela Previdncia Social.

1 - Da comunicao a que se refere este artigo recebero cpia fiel o acidentado ou seus dependentes, bem como o sindicato a que corresponda a sua categoria.

2- Na falta de comunicao por parte da empresa, podem formaliz-la o prprio acidentado, seus dependentes, a entidade sindical competente, o mdico que o assistiu ou qualquer autoridade pblica, no prevalecendo nestes casos o prazo previsto neste artigo."

Cadastro de Acidentados

Devido variao dos tipos de infortnio que se apresentam, necessrio que se faam registros cuidadosos sobre os acidentados, com relatrios completos. Tais registros podem colocar em destaque a situao dos acidentes por reas da empresa, por causas, por tipos de leso, por dias da semana, por idade dos acidentados e por muitos outros fatores.

ANEXO II DA NR-5

Ficha de Anlise de Acidentes

Comisso Interna de Preveno de Acidentes

CIPA n..............................

Empresa :

Endereo :

N ............................................................................................ Data................................. Hora ..............................

Nome do acidentado ................................................................................................................................................

Idade........................................................................................Ocupao...............................................................

Departamento em que trabalha .............................................. Seo......................................................................

Descrio do acidente .. ...........................................................................................................................................

Parte do corpo atingida ... ........................................................................................................................................

Informao do encarregado ....... .............................................................................................................................

...............................................

Encarregado

Investigao do Acidente

Como ocorreu ...........................................................................................................................................................

Causa apurada ... .... ................................................................................................................................................

................................................

Membro da Comisso

Causa do acidente

Responsabilidade......................................................................................................................................................

Medidas propostas ...................................................................................................................................................

Secretrio

Presidente

Estatsticas

Para um estudo mais cuidadoso a respeito de acidentes, necessrio juntar dados e coloc-los em condies de se prestarem a comparaes destinadas a acompanhar a evoluo dos problemas relativos a acidentes. Esses dados so as estatsticas. Antes, porm, necessrio que se tenha as definies do que so dias perdidos e dias debitados, para que se possa fazer os clculos estatsticos.

Dias perdidos

Trata-se dos dias em que o acidentado no tem condies de trabalhar por ter sofrido um acidente que Ihe causou uma incapacidade temporria. Os dias perdidos so contados de forma corrida, incluindo domingos e feriados, a partir do dia seguinte ao do acidente e at o dia da alta mdica ou do retorno ao trabalho no horrio normal, que tambm considerado dia perdido. Exemplo: Joo sofreu um acidente no dia 14/11/89 e ficou impossibilitado de trabalhar. Recebeu alta do mdico no dia 15/12/89, voltando ao trabalho neste mesmo dia, no horrio normal. Aps o clculo de dias perdidos, chegou-se ao seguinte resultado: 30 dias perdidos. No acidente sem afastamento, caso em que o acidentado pode trabalhar no dia do acidente ou no dia seguinte, no so descontados os dias perdidos.

Dias debitados

Nos casos em que ocorre incapacidade parcial permanente, incapacidade total permanente ou a morte, aparecem os dias debitados. Eles representam uma perda, um prejuzo econmico, que toma como base uma mdia de vida ativa do trabalhador, calculada em vinte anos ou 6.000 (seis mil) dias. uma tabela aceita e utilizada para clculos estatsticos, que foi elaborada pela "lnternational Association of Industrial Accident and Comission".

Abaixo tem-se esta tabela:NaturezaAvaliao Percentual

Dias Debitados

Morte1006.000

Incapacidade total ou permanente1006.000

Perda da viso de ambos os olhos1006.000

Perda da viso de um olho301.800

Perda do brao acima do cotovelo754.500

Perda do brao abaixo do cotovelo603.600

Perda da mo503.000

Perda do primeiro quirodtilo (polegar )10600

Perda de qualquer outro quirodtilo (dedo da mo)5300

Perda de dois quirodtilos (exceto o polegar)12 750

Perda de trs quirodtilos (exceto o polegar)201.200

Perda de quatro quirodtilos (exceto o polegar)301.800

Perda do polegar e de qualquer outro quirodtilo201.200

Perda do polegar e de dois outros quirodtilos251.500

Perda do polegar e de trs outros quirodtilos33 2.000

Perda do polegar e dos outros quatro quirodtilos402.400

Perda da perna acima do joelho754.500

Perda da perna na altura do joelho ou abaixo dele503.000

Perda do p402.400

Perda do primeiro pododtilo (dedo grande)

e de outros dois ou mais pododtilos (dedos do p )6300

Perda do primeiro pododtilo (dedo grande) de ambos os ps10600

Perda de qualquer outro pododtilo (exceto o dedo grande)10

600

Perda da audio de um ouvido10600

Perda da audio de ambos os ouvidos503.000

Clculo das Estatsticas

Com o nmero de acidentes, com o nmero de dias perdidos e com o nmero de dias debitados, podem ser calculados dois valores, denominados Coeficiente de Freqncia e Coeficiente de Gravidade.

O Coeficiente de Freqncia de Acidentes (CF) representa o nmero de acidentes, com afastamento, que podem ocorrer em cada milho de homens-horas trabalhadas.

A frmula a seguinte:

CF = Nmero de acidentes com afastamento x 1.000.000

Homens-horas trabalhadas

Se, numa fbrica, houve em um ms cinco acidentes e nesse ms foram trabalhadas 100.000 (cem mil) horas, o clculo ser feito da seguinte maneira:

CF =

5 x I.000.000

100.000

CF = 50

Ento, o Coeficiente de Freqncia de Acidentes ser cinqenta. A multiplicao por um milho presta-se a tornar possvel a comparao dos coeficientes de freqncia entre departamentos de uma mesma empresa, entre empresas diferentes e mesmo entre empresas de pases diversos, desde que usem o mesmo sistema de clculo.

O Coeficiente de Gravidade (CG) representa a perda de tempo (dias perdidos + dias debitados), que ocorre em conseqncia de um acidente em cada milho de homens-horas trabalhadas.

A frmula do Coeficiente de Gravidade a seguinte:

CG =

dias perdidos + dias debitados X 1.000.000

Homens-horas trabalhadas

Os dias debitados s aparecem quando do acidente resulta a morte ou a incapacidade total permanente ou a incapacidade parcial permanente. Nesses casos, preciso consultar a tabela especial para o clculo dos dias debitados, segundo a natureza das leses ( tabela j transcrita na pgina anterior ).

IX Meio Ambiente

Classificao dos Riscos Ambientais

A maioria dos processos pelos quais o homem modifica os materiais extrados da natureza, para transforma-los em produtos segundo as necessidades tecnolgicas atuais, capazes de dispensar no ambiente dos locais de trabalho substncias que, ao entrarem em contato com o organismo dos trabalhadores, podem acarretar molstias ou danos a sua sade. Para facilitar o estudo dos riscos ambientais, podemos classifica-los em trs grupos:

a) riscos fsicos;

b) riscos qumicos;

c) riscos biolgicos

Por sua vez, cada um destes grupos subdivide-se de acordo com as conseqncias fisiolgicas que podem provocar, quer em funo das caractersticas fsico-qumicas dos agentes, quer segundo sua ao sobre o organismo, etc.

So considerados riscos ou agentes agressivos fsicos, qumicos, biolgicos, ergonmicos e de acidentes, os que possam trazer ou ocasionar danos sade do trabalhador, nos ambientes de trabalho, em funo de sua natureza, concentrao, intensidade e tempo de exposio ao agente".

Os Riscos ambientais que comprometem a sade do trabalhador so classificados a seguir:

Riscos Fsicos: rudos, vibraes, radiaes ionizantes, radiaes no ionizantes, frio, calor, presses anormais, umidade, etc.

Riscos Qumicos: poeiras, fumos, nvoas, neblinas, gases, vapores, substncias. Compostos ou produtos qumicos.

Riscos Biolgicos: vrus, bactrias, protozorios, fungos, parasitas, bacilos.

Riscos Ergonmicos: esforo fsico intenso, levantamento e transporte manual de peso, exigncia de postura inadequada, controle rgido de produtividade, imposio de ritmos excessivos, trabalho em turno e noturno, jornadas de trabalho prolongadas, monotonia e repetitividade, outras situaes causadoras de "stress" fsico e/ou psquico.

Riscos de Acidentes: arranjo fsico inadequado, mquinas e equipamentos sem proteo, ferramentas inadequadas ou defeituosas, iluminao inadequada, eletricidade, probabilidade de incndio ou exploso, armazenamento inadequado, animais peonhentos, outras situaes de risco que podero contribuir para a ocorrncia de acidentes.

Os riscos ambientais podem afetar a sade do trabalhador a curto, mdio e longo prazos, provocando leses imediatas e/ou doenas chamadas profissionais e/ou do trabalho, como, por exemplo as pneumoconioses. Devido exposio diria e prolongada a certos tipos de poeiras como a da slica, a do ferro, a do algodo, o trabalhador sofrer alteraes pulmonares irreversveis com repercusso no sistema circulatrio ou, ainda, as Ieses pulmonares imediatas tais como: intoxicaes agudas, acidentes com mquinas, quedas etc.

TABELA 1

CLASSIFICAO DOS PRINCIPAIS RISCOS OCUPACIONAIS EM GRUPOS, DE ACORDO

COM A SUA NATUREZA E A PADRONIZAO DAS CORES CORRESPONDENTES:

GRUPO 1

GRUPO 2GRUPO 3GRUPO 4GRUPO 5

VERDE

VERMELHOMARROMAMARELOAZUL

Riscos FsicosRiscos QumicosRiscos BiolgicosRiscos ErgonmicosRiscos de Acidentes

RudosPoeirasVrusEsforo fsico intensoArranjo fsico inadequado

VibraesFumosBactriasLevantamento e transporte manual de pesoMquinas e equipamentos sem proteo

Radiaes ionizantesNvoasProtozoriosExigncia de postura inadequadaFerramentas inadequadas ou defeituosas

Radiaes no ionizantesNeblinasFungosControle rgido de produtividadeIluminao inadequada

FrioGasesParasitasImposio de ritmos excessivosEletricidade

Presses anormaisSubstncias, compostos ou produtos qumicos em geralJornada de trabalho prolongadaArmazenamento inadequado

UmidadeMonotonia e repetitividadeAnimais peonhentos

Outras situaes causadoras de stress fsico e/ou psquicosOutras situaes que podero contribuir para a ocorrncia de acidentes

X EPI/EPC Equipamento de Proteo Individual/Coletivo

De acordo com a NR-06, considera-se EPI todo o dispositivo de uso individual, de fabricao nacional ou estrangeira, destinado a proteger a sade e a integridade fsica do trabalhador.

O Equipamento de Proteo Individual deve ser utilizado quando outras medidas gerais de segurana no forem satisfatrias para a proteo do trabalhador ou quando se esgotarem todas as medidas preventivas contra riscos de acidentes. Portanto, a funo do EPI no a de evitar a ocorrncia (conceito prevencionista), mas de evitar leses no corpo do trabalhador.

O uso de EPI baseia-se em trs fatores bsicos:

1. Necessidade

2. Seleo

3. Utilizao

H necessidade se usar EPI quando:

a) no h condies de se eliminarem os riscos oferecidos por mquinas pelo mtodo, material ou pelas instalaes, ou:

b) no se pode controlar o risco, isolando ou protegendo em sua fonte.

Depois de estabelecida a necessidade do uso de EPI preciso considerar sua seleo, obedecendo aos seguintes critrios:

a) proporcionar adequada proteo contra os riscos a que o trabalhador ficar exposto;

b) dar o mximo de conforto e ser o mais leve possvel;

c) deixar o trabalhador livre em seus movimentos essenciais, para o bom desempenho de suas funes;

d) ter aparncia agradvel;

e) oferecer durabilidade e possibilidade de manuteno e

f) ser fabricado de acordo com as normas e padres oficiais de segurana.

A utilizao do EPI pelos trabalhadores deve estar condicionada aos seguintes fatores:

a) o nvel de compreenso do trabalhador que vai usar o equipamento sobre a necessidade do uso de EPI em sua atividade;

b) a facilidade e o conforto com que o EPI pode ser usado;

c) com um mnimo de interferncia no processo normal de trabalho, e

d) as medidas disciplinares legalmente estabelecidas de que se pode lanar mo para fazer com que o trabalhador use o EPI.

XI Campanhas de Segurana

Aspectos Legais

As campanhas de segurana tm por finalidade oferecer elementos educativos, visando desenvolver a mentalidade prevencionista dos empregados.

Em termos legais, o Decreto n 68.255, de 16 de fevereiro de 1971, criou, em carter permanente, a Campanha Nacional de Preveno de Acidentes do Trabalho, cabendo Secretaria de Segurana e Medicina do Trabalho a realizao da Campanha.

Os rgos da administrao direta e indireta, bem como as fundaes institudas pelo poder pblico, devero colaborar com o Ministrio do Trabalho e da Previdncia Social no desenvolvimento da campanha, prestando-lhe integral apoio e assistncia solicitada.

Constituem atividades obrigatrias da campanha:

O Congresso Nacional de Preveno de Acidentes do Trabalho (CONPAT);

A Semana Interna de Preveno de Acidentes do Trabalho (SIPAT);

A promoo de simpsios, conferncias, seminrios, palestras e aulas;

A divulgao educativa, pela imprensa falada e escrita, da televiso e do cinema;

A confeco e distribuio de cartazes, folhetos, normas de segurana, cartilhas, boletins, revistas e demais impressos relacionados com os objetivos da campanha;

A concesso de "Medalha do Mrito da Segurana do Trabalho" aos que mais se distinguirem na preveno de acidentes, segurana, higiene e medicina do trabalho;

Outras atividades julgadas teis ao xito da campanha.

XII Plano de Ao da CIPA

A CIPA como grupo de trabalho deve estruturar-se por meio de planejamento, organizao, controle e avaliao, garantindo assim resultados significativos com esta sistematizao.

Nesta estruturao devem ser consideradas:

as variaes peridicas de seus componentes no grupo.

a necessidade de compatibilizar funes normais na empresa com as responsabilidades de cipeiro.

Em todos os setores de trabalho h necessidade de uma liderana que tenha capacidade de gerenciar recursos de modo a alcanar resultados satisfatrios. A ClPA tambm exige essa eficcia gerencial para funcionar. Os pontos bsicos para garantir o funcionamento da CIPA so:

Planejamento - o processo que estabelece o que o grupo de trabalho vai realizar no futuro. Este processo estabelece o desenvolvimento dos trabalhos baseados nas necessidades da organizao e nos pontos fortes e nos deficientes do grupo, levando em considerao a poltica e regulamentos da empresa.

Organizao - um dos pontos fundamentais da organizao do trabalho a fixao de objetivos claros e a distribuio de tarefas e responsabilidades de forma adequada competncia e disponibilidade dos cipeiros.

Controle - a chave limitadora que mantm os planos no sentido estabelecido. O controle visa a garantir que os planos no se desviem de seu objetivo.

Avaliao - checa os resultados, apurando distores e corrige falhas mediante um replanejamento.

O plano de trabalho da CIPA deve ser iniciado a partir de um prvio levantamento de dados, levando em considerao as prioridades identificadas. O mapa de risco vem sendo o instrumento mais indicado para esta prtica.

A FUNDACENTRO prope os seguintes itens a serem considerados:

a) Natureza dos riscos (gravidade e freqncia);

b) Nmero de trabalhadores que permanecem expostos;

c) Tempo em que os trabalhadores permanecem expostos ;

d) Acidentes ou doenas registrados nas reas;

e) Recursos disponveis e utilizados na neutralizao ou amenizao dos riscos;

A partir dos dados colhidos nesses itens dever ser feito um PROGRAMA DE AO DA CIPA, contendo os seguintes aspectos:

Objetivos:

a) Geral;

b) Especficos ( para cada problema prioritrio levantado );

Recomendaes relativas:

Preveno de acidentes:

Com base nas prioridades, recomendar modificaes das condies de trabalho, mtodos, horrios, local, mquinas, EPI, EPC etc.

Preveno de doenas:

Recomendaes relativas ao controle dos agentes ambientais, jornada de trabalho e remanejamento de pessoal exposto.

ao Controle mdico:

Recomendaes relativas aos exames necessrios, observando o disposto na NR-7, Portaria n 24 de 29/12/94.

Definir os recursos materiais e humanos necessrios:

Definio de prazos para execuo das propostas, com base nas prioridades (cronograma).

Parecer final da comisso, incluindo definio de critrios para acompanhamento da execuo dos trabalhos.

XIII Preveno e Combate a Incndios

O que o Fogo?

O fogo um fenmeno qumico denominado combusto.

Para a realizao desse fenmeno, imprescindvel a presena do oxignio, tratando-se, portanto, de um fenmeno de oxidao. O fogo nada mais do que uma reao qumica que desprende calor ou calor e luz, produzindo alteraes profundas na substncia que se queima.

Elementos Essenciais do Fogo

Vimos que a combusto uma reao qumica. Para a formao do fogo, so 3 (trs) os Elementos Essenciais que reagem entre si:

Como vimos, so 3 ( trs ) os elementos essenciais do fogo: Combustvel, Calor e Comburente. o inter-relacionamento destes trs elementos que do origem ao fogo, formando o Tringulo do Fogo:

Classificao de Incndios

de suma importncia que, no combate ao fogo, o cipeiro saiba identificar a que classe de incndio pertence o que tem a sua frente. Somente com o conhecimento da natureza do material, que est se queimando, poder descobrir o melhor mtodo a ser utilizado para uma extino rpida e segura.

Os incndios so classificados em: A - B - C e D.

Providncias a serem tomadas em Caso de Incndio

Toda rea deve ser evacuada. Os curiosos e as pessoas de boa vontade s atrapalham;

A Brigada deve intervir e, orientada pelo chefe, isolar a rea e dar combate ao fogo;

A Brigada no tem todos os recursos e no domina todas as tcnicas de combate ao fogo: Portanto, deve ser chamado imediatamente o Corpo de Bombeiros;

Antes de se dar combate ao incndio, deve ser desligada a entrada de fora e ligada a emergncia;

Quando o Corpo de Bombeiros chegar, preciso explicar qual o tipo de fogo (classes "A", "B", "C" ou "D") e orientar os soldados do fogo sobre a rea do incndio;

Em qualquer caso, deve-se manter a calma e atuar com serenidade, e ningum deve tentar ser heri;

Os equipamentos eltricos que no puderem ser desligados, mesmo em caso de incndio ,devero possuir circuito eltrico independente e placa indicadora prxima aos seus dispositivos de combate.

XIV Primeiros Socorros

Denominam-se Primeiros Socorros o conjunto de medidas prestado, por pessoa leiga a um acidentado ou a algum acometido de mal sbito, antes da chegada do mdico.

Uma pessoa, para prestar primeiros socorros, deve:

manter a vtima deitada, em posio confortvel;

verificar os sinais vitais do acidentado: pulso, respirao e pupilas;

investigar a existncia de hemorragia, envenenamento, parada cardiorespiratria, ferimentos, queimaduras e fraturas;

dar prioridade ao atendimento dos casos de hemorragia abundante, inconscincia, parada cardiorespiratria, estado de choque e envenenamento, pois exigem socorro imediato;

verificar o uso de prtese dentria/corpo estranho e remov-lo, manter vias e reas desobstrudas;

verificar se h leso na cabea, quando o acidentado estiver inconsciente ou semiconsciente. Se houver hemorragia por um ou por ambos os ouvidos, ou pelo nariz, suspeite de fratura de crnio. Nesses casos, remova a vitima imediatamente para o pronto socorro ou hospital mais prximo;

no dar lquidos s pessoas inconscientes, pois os lquidos podero sufoc-las;

recolher, em caso de amputao, a parte seccionada, envolvendo-a em um pano limpo para entrega imediata ao mdico;

afrouxar roupas, cintos, gravatas ou qualquer outra coisa que possa prejudicar a circulao;

agir com calma e segurana, evitando o pnico;

afastar os curiosos ou pessoas que demonstrem medo ou ansiedade.

Nunca medicar a vtima, sem prescrio mdica, pois uma medicao incorreta poder causar danos desastrosos pois muitos medicamentos tm efeitos "txicos".

Caixa de Primeiros Socorros

Para que se consiga agir adequadamente, necessrio que se tenha ao alcance uma caixa de primeiros socorros.

Os medicamentos devem ser vistoriados, verificando-se o prazo de validade; os que estiverem vencidos devero ser inutilizados e substitudos por novos.

A caixa de primeiros socorros deve conter:

a) instrumentos:

termmetro;

tesoura;

pina.

b) Material para curativo:

algodo hidrfilo;

gaze esterilizada;

atadura de crepe (faixa de crepe);

caixa de curativo adesivo;

esparadrapo.

c) Anti-spticos:

soluo de lcool iodado;

lcool;

gua boricada.

d) Medicamentos:

analgsicos em gotas e em comprimidos;

antiespasmdicos em gotas e em comprimidos;

colrio neutro;

soro fisiolgico.

e) Outros:

saco de borracha para gelo;

garrote (pelo menos 2);

conta-gotas;

seringa;

copos de papel;

agulha;

bolsa de gua quente;

material para aplicao de soro endovenoso;

luvas de borracha.

f) Primeiros Socorros e a AIDS:

Com o aumento crescente dos casos de AIDS, o nmero de indivduos portadores do vrus que no apresentam sintomas cada vez maior.

Por isso, ao prestar-se os primeiros socorros, deve-se adotar os seguintes procedimentos que diminuem o risco de contaminao e contribuem para a preveno da doena.

Use luvas na manipulao de sangue e lquidos do corpo (fezes, urina, escarro, esperma, secreo vaginal, sangue menstrual etc.) Esterilize todo o material, de preferncia pelo calor:

XV AIDS Sdrome da Imunodeficincia Adquirida

Sndrome de Imunodeficincia Adquirida (Aids), estado final da infeco crnica provocada pelo retrovrus HIV (vrus da imunodeficincia humana). uma doena que anula a capacidade do sistema imunolgico de defender o organismo de mltiplos microorganismos, causando, entre outros problemas, infeces graves. Caracteriza-se por astenia e perda de peso acentuadas, bem como por uma incidncia elevada de certos cnceres, especialmente o sarcoma de Kaposi e o linfoma de clula B.

Meios de Transmisso

Transmite-se pelo sangue, por contato homossexual ou heterossexual e, atravs da placenta, da me infectada ao feto. As transfuses sangneas foram uma via importante de transmisso, antes do desenvolvimento de um teste confivel para a deteco do vrus no sangue. Um dos mecanismos principais de transmisso e difuso da doena o uso compartilhado, pelos viciados em drogas, de agulhas contaminadas com sangue infectado. Nos pases ocidentais, o maior nmero de casos ocorreu por transmisso sexual. O vrus HIV permanece inativo por um tempo varivel, no interior das clulas T infectadas, e pode demorar at 10 anos para desencadear a molstia.Postila Elaborada por:

Prsio Espinhel Ablas Tcnico de Segurana do Trabalho

Ricardo Mardonado Tcnico de Segurana do Trabalho

Risco Grave

Risco Pequeno

Risco Mdio

Forjaria

3 funcionrios

Seo de Usinagem

4 funcionrios

Seo de Caldeiraria

2 funcionrios

Rudo

Fagulhas nos olhos

Cortes

Poeira

Projeo de Partculas

Gases

Postura

Iluminao

Postura incorreta

Levantamento de peso

1. COMBUSTVEL

o elemento que alimenta o fogo e que serve de campo para a sua propagao. Pode ser:

Slido (madeira, borracha, papel etc.)

Lquido (lcool, ter, gasolina etc.)

Gasoso (butano, propano etc.)

2. CALOR

o elemento que d incio ao fogo. ele que faz o fogo se manter e se propagar pelo combustvel.

3. COMBURENTE

o elemento ativador de fogo e que d vida s chamas. O comburente mais comum o OXIGNIO que encontrado na atmosfera, na base de 21 %.

F

O

G

O

COMBUSTVEL

COMBURENTE

CALOR

B

Incndios envolvendo materiais que queimam em superfcie no deixam resduos.

Ex.: gasolina, ter, nafia, lcool, etc.

A

Incndios envolvendo materiais que queimam em superfcie e profundidade e deixam resduos.

Ex.: madeira, papel, papelo, tecidos, etc.

D

Incndios envolvendo materiais pirofricos ( metais que queimam ).

Ex.: magnsio, zircnio, titnio, etc.

C

Incndios envolvendo toda a linha de materiais energizados.

Ex.: motores, equipamentos eltricos, etc.

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