apostila curso cipa logo tst_online 2007

Upload: jupira-silva

Post on 11-Jul-2015

1.354 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

APOSTILA CURSO FORMAO DE CIPEIROS 2007

Comisso Interna de Preveno de Acidentes

MULTIPLICADOR : _____________

-1-

APOSTILA CURSO FORMAO DE CIPEIROS 2007

NR - 5 - Comisso Interna de Preveno de AcidentesDO OBJETIVO

A Comisso Interna de Preveno de Acidentes CIPA - tem como objetivo a preveno de acidentes e doenas decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatvel permanentemente o trabalho com a preservao da vida e a promoo da sade do trabalhador.

DA CONSTITUIO Devem constituir CIPA, pr estabelecimento, e mant-la em regular funcionamento as empresas privadas, pblicas, sociedades de economia mista, rgos da administrao direta e indireta, instituies beneficentes, associaes recreativas, cooperativas, bem como outras instituies que admitam trabalhadores como empregados. As disposies contidas nesta NR aplicam-se, no que couber, aos trabalhadores avulsos e s entidades que lhes tomem servios, observadas as disposies estabelecidas em Normas Regulamentadoras de setores econmicos especficos. A empresa que possuir em um mesmo municpio dois ou mais estabelecimentos, dever garantir a integrao das CIPA e dos designados, conforme o caso, com o objetivo de harmonizar as polticas de segurana e sade no trabalho. As empresas instaladas em centro comercial ou industrial estabelecero, atravs de membros de CIPA ou designados, mecanismos de integrao com objetivo de promover o desenvolvimento de aes de preveno de acidentes e doenas decorrentes do ambiente e instalaes de uso coletivo, podendo contar com a participao da administrao do mesmo.

DA ORGANIZAO

A CIPA ser composta de representantes do empregador e dos empregados, de acordo com o dimensionamento previsto no Quadro I desta NR, ressalvadas as alteraes disciplinadas em atos normativos para setores econmicos especficos. 6.1 Os representantes dos empregadores, titulares e suplentes sero pr eles designados. -2-

APOSTILA CURSO FORMAO DE CIPEIROS 2007Os representantes dos empregados, titulares e suplentes, sero eleitos em escrutnio secreto, do qual participem, independentemente de filiao sindical, exclusivamente os empregados interessados. 6.3 O nmero de membros titulares e suplentes da CIPA, considerando a ordem decrescente de votos recebidos, observar o dimensionamento previsto no Quadro I desta NR, ressalvadas as alteraes disciplinadas em atos normativos de setores econmicos especficos. 6.4 Quando o estabelecimento no se enquadrar no Quadro I, a empresa designar um responsvel pelo cumprimento dos objetivos desta NR, podendo ser adotados mecanismos de participao dos empregados, atravs de negociao coletiva.

O mandato dos membros eleitos da CIPA ter a durao de um ano, permitida uma reeleio. vedada a dispensa arbitrria ou sem justa causa do empregado eleito para cargo de direo de Comisses Internas de Preveno de Acidentes desde o registro de sua candidatura at um ano aps o final de seu mandato. Sero garantidas aos membros da CIPA condies que no descaracterizem suas atividades normais na empresa, sendo vedada a transferncia para outro estabelecimento sem a sua anuncia, ressalvado o disposto nos pargrafos primeiro e segundo do artigo 469, da CLT. O empregador dever garantir que seus indicados tenham a representao necessria para a discusso e encaminhamento das solues de questes de segurana e sade no trabalho analisadas na CIPA. O empregador designar entre seus representantes o Presidente da CIPA, e os representantes dos empregados escolhero entre os titulares o Vice Presidente. Os membros da CIPA, eleitos e designados sero empossados no primeiro dia til aps o trmino do mandato anterior. Ser indicado, de comum acordo com os membros da CIPA, um secretrio e seu substituto, entre os componentes ou no da comisso, sendo neste caso necessria a concordncia do empregador. Empossados os membros da CIPA, a empresa dever protocolizar, em at dez dias, na unidade descentralizada do Ministrio do Trabalho, cpias das atas de eleio e de posse e o calendrio anual das reunies ordinrias.

-3-

APOSTILA CURSO FORMAO DE CIPEIROS 2007Protocolizada na unidade descentralizada do Ministrio do Trabalho e Emprego, a CIPA no poder ter seu nmero de representantes reduzido, bem como no poder ser desativada pelo empregador, antes do trmino do mandato de seus membros, ainda que haja reduo do nmero de empregados da empresa, exceto no caso de encerramento das atividades do estabelecimento. DAS ATRIBUIES 16. A CIPA ter pr atribuio: a) identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o mapa de riscos, com a participao do maior nmero de trabalhadores, com assessoria do SESMT, onde houver; b) elaborar plano de trabalho que possibilite a ao preventiva na soluo de problemas de segurana e sade no trabalho; c) participar da implementao e do controle da qualidade das medidas de preveno necessrias, bem como da avaliao das prioridades de ao nos locais de trabalho;

d) realizar, periodicamente, verificaes nos ambientes e condies de trabalho visando a identificao de situaes que venham a trazer riscos para a segurana e sade dos trabalhadores; e) realizar, a cada reunio, avaliao do cumprimento das metas fixadas em seu plano de trabalho e discutir as situaes de risco que foram identificadas; f) divulgar aos trabalhadores informaes relativas segurana e sade no trabalho; g) participar, com o SESMT, onde houver, das discusses promovidas pelo empregador, para avaliar os impactos de alteraes no ambiente e processo de trabalho relacionados segurana e sade dos trabalhadores; h) requerer ao SESMT, quando houver, ou ao empregador, a paralisao de mquina ou setor onde considere haver risco grave e iminente segurana e sade dos trabalhadores; i) colaborar no desenvolvimento e implementao do PCMSO e PPRA e de outros programas relacionados segurana e sade no trabalho; j) divulgar e promover o cumprime nto das Normas Regulamentadoras, bem como clusulas de acordos e convenes coletivas de trabalho, relativas segurana e sade no trabalho;

-4-

APOSTILA CURSO FORMAO DE CIPEIROS 2007l) participar, em conjunto com o SESMT, onde houver, ou com o empregador da anlise das causas das doenas e acidentes de trabalho e propor medidas de soluo dos problemas identificados; m) requisitar ao empregador e analisar as informaes sobre questes que tenham interferido na segurana e sade dos trabalhadores; n) requisitar empresa as cpias das CAT emitidas; o) promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, onde houver, a Semana Interna de Preveno de Acidentes do Trabalho SIPAT; p) participar, anualmente, em conjunto com a empresa, de Campanhas de Preveno da AIDS.

17. Cabe ao empregador proporcionar aos membros da CIPA os meios necessrios ao desempenho de suas atribuies, garantindo tempo suficiente para a realizao das tarefas constantes do plano de trabalho. 18. Cabe aos empregados: a. participar da eleio de seus representantes; b. colaborar com a gesto da CIPA; c. indicar CIPA, ao SESMT e ao empregador situaes de riscos e apresentar sugestes para melhoria das condies de trabalho; d. observar e aplicar no ambiente de trabalho as recomendaes quanto a preveno de acidentes e doenas decorrentes do trabalho. 19. Cabe ao Presidente da CIPA: a. convocar os membros para as reunies da CIPA; b. coordenar as reunies da CIPA, encaminhando ao empregador e ao SESMT, quando houver, as decises da comisso; c. manter o empregador informado sobre os trabalhos da CIPA; d. coordenar e supervisionar as atividades da secretaria; e. delegar atribuies ao Vice - Presidente; 20. Cabe ao Vice - Presidente: a. executar atribuies que lhe forem delegadas; b. substituir o Presidente nos seus impedimentos eventuais ou nos seus afastamentos temporrios; 21. O Presidente e o Vice-Presidente da CIPA, em conjunto, tero as seguintes atribuies: a. cuidar para que a CIPA disponha de condies necessrias para o desenvolvimento de seus trabalhos; b. coordenar e supervisionar as atividades da CIPA, zelando para que os objetivos propostos sejam alcanados; -5-

APOSTILA CURSO FORMAO DE CIPEIROS 2007c. d. e. f. g. delegar atribuies aos membros da CIPA; promover o relacionamento da CIPA com o SESMT, quando houver; divulgar as decises da CIPA a todos os trabalhadores do estabelecimento; encaminhar os pedidos de reconsiderao das decises da CIPA; constituir a comisso eleitoral.

22. O Secretrio da CIPA ter pr atribuio: a. acompanhar as reunies da CIPA, e redigir as atas apresentando-as para aprovao e assinatura dos membros presentes; b. preparar as correspondncias; e c. outras que lhe forem conferidas.

DO FUNCIONAMENTO

23. A CIPA ter reunies ordinrias mensais, de acordo com o calendrio preestabelecido. 24. As reunies ordinrias da CIPA sero realizadas durante o expediente normal da empresa e em local apropriado. 25. As reunies da CIPA tero atas assinadas encaminhamento de cpias para todos os membros. plos presentes com

26. As atas ficaro no estabelecimento disposio dos Agentes da Inspeo do Trabalho - AIT. 27. Reunies extraordinrias devero ser realizadas quando: a) houver denncia de situao de risco grave e iminente que determine aplicao de medidas corretivas de emergncia; b) ocorrer acidente do trabalho grave ou fatal; c) houver solicitao expressa de uma das representaes.

28. As decises da CIPA sero preferencialmente pr consenso. 28.1 No havendo consenso, e frustradas as tentativas de negociao direta ou com mediao, ser instalado processo de votao, registrandose a ocorrncia na ata da reunio.

29. Das decises da CIPA caber pedido de reconsiderao, mediante requerimento justificado. O pedido de reconsiderao ser apresentado CIPA at a prxima reunio ordinria, quando ser analisado, devendo o Presidente e o Vice - Presidente efetivar os encaminhamentos necessrios. -6-

APOSTILA CURSO FORMAO DE CIPEIROS 2007

30. O membro titular perder o mandato, sendo substitudo pr suplente, quando faltar a mais de quatro reunies ordinrias sem justificativa. 31. A vacncia definitiva de cargo, ocorrida durante o mandato, ser suprida pr suplente, obedecida ordem de colocao decrescente registrada na ata de eleio, devendo o empregador comunicar unidade descentralizada do Ministrio do Trabalho e Emprego as alteraes e justificar os motivos. 31.1 No caso de afastamento definitivo do presidente, o empregador indicar o substituto, em dois dias teis, preferencialmente entre os membros da CIPA. 31.2 No caso de afastamento definitivo do vice-presidente, os membros titulares da representao dos empregados, escolhero o substituto, entre seus titulares, em dois dias teis.

DO TREINAMENTO 32. A empresa dever promover treinamento para os membros da CIPA, titulares e suplentes, antes da posse. 32.1 O treinamento da CIPA em primeiro mandato ser realizado no prazo mximo de trinta dias, contados a partir da data da posse. 32.2 As empresas que no se enquadrem no Quadro I, promovero anualmente treinamento para o designado responsvel pelo cumprimento do objetivo desta NR.

33. O treinamento para a CIPA dever contemplar, no mnimo, os seguintes itens: a. estudo do ambiente, das condies de trabalho, bem como dos riscos originados do processo produtivo; b. metodologia de investigao e anlise de acidentes e doenas do trabalho; c. noes sobre acidentes e doenas do trabalho decorrentes de exposio aos riscos existentes na empresa; d. noes sobre a Sndrome da Imunodeficincia Adquirida AIDS, e medidas de preveno; e. noes sobre as legislaes trabalhista e previdenciria relativas segurana e sade no trabalho; f. princpios gerais de higiene do trabalho e de medidas de controle dos riscos; g. organizao da CIPA e outros assuntos necessrios ao exerccio das atribuies da Comisso. 34. O treinamento ter carga horria de vinte horas, distribudas em no mximo oito horas dirias e ser realizado durante o expediente normal da empresa. -7-

APOSTILA CURSO FORMAO DE CIPEIROS 200735. O treinamento poder ser ministrado pelo SESMT da empresa, entidade patronal, entidade de trabalhadores ou pr profissional que possua conhecimentos sobre aos temas ministrados. 36. A CIPA ser ouvida sobre o treinamento a ser realizado, inclusive quanto entidade ou profissional que o ministrar, constando sua manifestao em ata, cabendo empresa escolher a entidade ou profissional que ministrar o treinamento. 37. Quando comprovada a no observncia ao disposto nos itens relacionados ao treinamento, a unidade descentralizada do Ministrio do Trabalho e Emprego, determinar a complementao ou a realizao de outro, que ser efetuado no prazo mximo de trinta dias, contados da data de cincia da empresa sobre a deciso. DO PROCESSO ELEITORAL Compete ao empregador convocar eleies para escolha dos representantes dos empregados na CIPA, no prazo mnimo de 60 (sessenta) dias antes do trmino do mandato em curso. 38.1 A empresa estabelecer mecanismos para comunicar o incio do processo eleitoral ao sindicato da categoria profissional. O Presidente e o Vice Presidente da CIPA constituiro dentre seus membros, no prazo mnimo de 55 (cinquenta e cinco) dias antes do trmino do mandato em curso, a Comisso Eleitoral CE, que ser a responsvel pela organizao e acompanhamento do processo eleitoral. 39.1 Nos estabelecimentos onde no houver CIPA, a Comisso Eleitoral ser constituda pela empresa. O processo eleitoral observar as seguintes condies: a. publicao e divulgao de edital, em locais de fcil acesso e visualizao, no prazo mnimo de 45 (quarenta e cinco) dias antes do trmino do mandato em curso; b. inscrio e eleio individual, sendo que o perodo mnimo para inscrio ser de quinze dias; c. liberdade de inscrio para todos os empregados do estabelecimento, independentemente de setores ou locais de trabalho, com fornecimento de comprovante; d. garantia de emprego para todos os inscritos at a eleio; e. realizao da eleio no prazo mnimo de 30 (trinta) dias antes do trmino do mandato da CIPA, quando houver; f. realizao de eleio em dia normal de trabalho, respeitando os horrios de turnos e em horrio que possibilite a participao da maioria dos empregados. g. voto secreto; -8-

APOSTILA CURSO FORMAO DE CIPEIROS 2007h. apurao dos votos, em horrio normal de trabalho, com acompanhamento de representante do empregador e dos empregados, em nmero a ser definido pela comisso eleitoral; i. faculdade de eleio pr meios eletrnicos; j. guarda, pelo empregador, de todos os documentos relativos eleio, pr um perodo mnimo de cinco anos. Havendo participao inferior a cinqenta pr cento dos empregados na votao, no haver a apurao dos votos e a comisso eleitoral dever organizar outra votao que ocorrer no prazo mximo de dez dias. As denncias sobre o processo eleitoral devero ser protocolizadas na unidade descentralizada do MTE, at trinta dias aps a data da posse dos novos membros da CIPA.

42.1 Compete a unidade descentralizada do Ministrio do Trabalho e Emprego, confirmada as irregularidades no processo eleitoral, determinar a sua correo ou proceder a anulao quando for o caso.

42.2 Em caso de anulao a empresa convocar nova eleio no prazo de cinco dias, a contar da data de cincia , garantidas as inscries anteriores. 42.3 Quando a anulao se der antes da posse dos membros da CIPA, ficar assegurada a prorrogao do mandato anterior, quando houver, at a complementao do processo eleitoral. 43. Assumiro a condio de membros titulares e suplentes, os candidatos mais votados. 44. Em caso de empate, assumir aquele que tiver maior tempo de servio no estabelecimento. 45. Os candidatos votados e no eleitos sero relacionados na ata de eleio e apurao, em ordem decrescente de votos, possibilitando nomeao posterior, em caso de vacncia de suplentes.

-9-

APOSTILA CURSO FORMAO DE CIPEIROS 2007DAS CONTRATANTES E CONTRATADAS 46. Quando se tratar de empreiteiras ou empresas prestadoras de servios, considera-se estabelecimento, para fins de aplicao desta NR, o local em que seus empregados estiverem exercendo suas atividades. 47. Sempre que duas ou mais empresas atuarem em um mesmo estabelecimento, a CIPA ou designado da empresa contratante dever, em conjunto com as das contratadas ou com os designados, definir mecanismos de integrao e de participao de todos os trabalhadores em relao s decises das CIPA existentes no estabelecimento. 48. A contratante e as contratadas, que atuem num mesmo estabelecimento, devero implementar, de forma integrada, medidas de preveno de acidentes e doenas do trabalho, decorrentes da presente NR, de forma a garantir o mesmo nvel de proteo em matria de segurana e sade a todos os trabalhadores do estabelecimento.

49. A empresa contratante adotar medidas necessrias para que as empresas contratadas, suas CIPA, os designados e os demais trabalhadores lotados naquele estabelecimento recebam as informaes sobre os riscos presentes nos ambientes de trabalho, bem como sobre as medidas de proteo adequadas.50. A empresa contratante adotar as providncias necessrias para acompanhar o cumprimento pelas empresas contratadas que atuam no seu estabelecimento, das medidas de segurana e sade no trabalho.

- 10 -

APOSTILA CURSO FORMAO DE CIPEIROS 200701 - Introduo Segurana do Trabalho As empresas so centros de produo de bens materiais ou de prestao de servios que tm uma enorme importncia para as pessoas que a elas prestam colaborao, para as comunidades que se beneficiam com sua produo e, tambm, para a nao que tem entre seus fatores de progresso o trabalho realizado pr essas empresas. Nas empresas encontram-se presentes muitos fatores que podem transformar-se em agentes de acidentes dos mais variados tipos. Dentre esses agentes podemos destacar os mais comuns: ferramentas de todos os tipos, mquinas em geral, fontes de calor, equipamentos de alta ou baixa presso, inflamveis, explosivos, equipamentos eltricos, equipamentos mveis, veculos industriais, substncias qumicas em geral, vapores e fumos, gases e poeiras, andaimes e plataformas, pisos em geral e escadas fixas e portteis.

As causas, entretanto, podero ser determinadas e eliminadas resultando na ausncia de acidente ou na sua reduo, como ser explicado mais adiante quando forem abordados os Fatores de Acidentes. Desse modo muitas vidas podero ser poupadas, a integridade fsica dos trabalhadores ser preservada alm de serem evitados os danos materiais que envolvem mquinas, equipamentos e instalaes que constituem um valioso patrimnio das empresas. Para se combater as causas dos acidentes e se implantar um bom programa de preveno se torna necessrio, primeiramente, conhecer-se a sua conceituao. 1) CONCEITO LEGAL de acordo com o artigo 19 o da Lei no 8213 de 24 de julho de 1991. ACIDENTE DO TRABALHO AQUELE QUE OCORRE NO EXERCCIO DO TRABALHO A SERVIO DA EMPRESA, PROVOCANDO LESO CORPORAL OU PERTURBAO FUNCIONAL QUE CAUSE A MORTE, OU PERDA, OU REDUO, PERMANENTE OU TEMPORRIA, DA CAPACIDADE PARA O TRABALHO. 2) CONCEITO PREVENCIONISTA: ACIDENTE DO TRABALHO SER TODA A OCORRNCIA, INESPERADA OU NO, QUE INTERFERIR NO ANDAMENTO NORMAL DO TRABALHO E DA QUAL RESULTE LESO NO TRABALHADOR E/OU PERDA DE TEMPO E/OU DANOS MATERIAIS OU AS TRS COISAS SIMULTANEAMENTE. Diferena entre o CONCEITO LEGAL e o CONCEITO PREVENCIONISTA:

- 11 -

APOSTILA CURSO FORMAO DE CIPEIROS 2007A diferena entre os dois conceitos reside no fato de que no primeiro necessrio haver, apenas, leso fsica, enquanto que no segundo so levados em considerao, alm das leses fsicas, a perda de tempo e os danos materiais.3) CLASSIFICAO DOS ACIDENTES DO TRABALHO

a) ACIDENTE PESSOAL aquele que sofrido pelo empregado no desempenho de suas tarefas habituais, no ambiente de trabalho ou fora deste quando estiver a servio do empregador. b) ACIDENTE DE TRAJETO aquele que sofrido pelo empregado no percurso de sua residncia para o local de trabalho ou vice-versa, desde que o trajeto percorrido seja considerado como o habitual e o horrio da ocorrncia seja condizente com o incio ou o trmino de suas atividades profissionais. c) ACIDENTE MATERIAL aquele que envolve, apenas, mquinas, equipamentos, ferramentas, veculos, estruturas, produtos acabados e outros materiais sem provocar leses pessoais causando, todavia, prejuzo s empresas. d) ACIDENTE MATERIAL E PESSOAL aquele que provoca danos s mquinas, equipamentos, ferramentas, veculos, estruturas, produtos acabados e outros materiais e que tambm resulta em leses pessoais. e) ACIDENTE PESSOAL SEM LESO aquele que sofrido pelo empregado mas que no resulta em leses pessoais. f) ACIDENTE MATERIAL SEM DANOS aquele que envolve mquinas, ferramentas, equipamentos, veculos estruturas, produtos acabados e outros materiais, mas sem lhes causar danos. A preveno de acidentes do trabalho, tambm uma obrigao legal fixada pela Constituio Federal (Artigo 7o, inciso XXII), tendo inclusive, um Captulo especial na Consolidao das Leis do Trabalho que tratam deste assunto o Captulo V (Da Segurana e Medicina do Trabalho). As atividades legais e administrativas esto vinculadas ao Ministrio do Trabalho e Emprego (MTE) no que diz respeito preveno de acidentes nas empresas, sendo que a Portaria MTE 3214/78 disciplina todo o assunto, atravs de 32 Normas Regulamentadoras de Segurana e Medicina do Trabalho, fixando obrigaes para empregados e empresas, no que diz respeito s medidas prevencionistas.

- 12 -

APOSTILA CURSO FORMAO DE CIPEIROS 200702 - Mapeamento de Riscos Ambientais 1 - Fundamentos Legaiso A Portaria n 5 de 17 Agosto de 1992 que estabeleceu a obrigatoriedade da elaborao de Mapa de Riscos Ambientais, foi editada como complemento dos dispositivos legais que j determinavam ser do empregador a responsabilidade em adotar medidas para eliminar ou neutralizar a insalubridade e as cond ies inseguras de trabalho.

A Constituio da Repblica Federativa do Brasil atravs do inciso XXII do Art. 7o, inclui como direito do trabalhador a reduo dos riscos inerentes ao trabalho. A NR-1 - Disposies Gerais, da Portaria 3214/78, obriga as empresas a adotarem medidas para eliminar ou neutralizar a insalubridade e as condies inseguras de trabalho, informando aos trabalhadores os riscos profissionais dos locais de trabalho. A NR-5 - Comisso Interna de Preveno de Acidentes - CIPA, Portaria 3214/78, entre outras atribuies delegacias aos seus membros, enfoca tambm no item 5.2 que a CIPA tem como objetivo observar e relatar condies de risco nos ambientes de trabalho e solicitar medidas para reduzir e at eliminar os riscos existentes e/ou neutralizar os mesmos. Assim a Portaria no 5, que transcrevemos a seguir, apenas acrescentou na NR-9 Riscos Ambientais, procedimentos quanto a realizao do mapeamento de riscos ambientais. PORTARIA No 5, DE 17 DE AGOSTO DE 1992 Altera Norma Regulamentadora no 9 estabelecendo a obrigatoriedade da elaborao de MAPA DE RISCOS AMBIENTAIS. O DIRETOR DO DEPARTAMENTO NACIONAL DE SEGURANA E SADE DO TRABALHADOR, DA SECRETARIA NACIONAL DO TRABALHO DO MINISTRIO DO TRABALHO E DA ADMINISTRAO, no uso das atribuies que lhe confere o art. 2 o da Portaria 3214/78, e CONSIDERANDO as disposies da Lei 6514 de 22.12.77, que alterou o Cap. V, Ttulo II, da Consolidao das Leis do Trabalho; CONSIDERANDO que competncia do Departamento Nacional de Segurana e Sade do Trabalhador a elaborao de Normas que visem a orientao dos trabalhadores com referncia aos riscos nos locais de trabalho; CONSIDERANDO que cabe a todos os segmentos da sociedade envolvidos com estas questes, includos Empresrios e Trabalhadores, a busca de solues que visem a melhoria dos ambientes de trabalho, tornando-os seguros e saudveis; - 13 -

APOSTILA CURSO FORMAO DE CIPEIROS 2007CONSIDERANDO o disposto no item 1.7, alneas b c e d, da Norma Regulamentadora NR-1 e item 5.2, da Norma Regulamentadora - NR-5, aprovada pela Portaria no 33, de 27 de outubro de 1983 e no 3, de 7 de fevereiro de 1988, resolve: Art. 1o - Acrescentar ao item 9.4 da Norma Regulamentadora NR-9 - Riscos Ambientais, a alnea c e itens estabelecendo a obrigatoriedade da elaborao de Mapas de Riscos Ambientais nas Empresas cujo grau de risco e nmero de empregados demandem a constituio de Comisso Interna de Preveno de Acidentes - CIPA, conforme quadro I da NR-5, aprovada pela Port. 3214/78, que passa a vigorar com a seguinte redao: 9.4 - Caber ao empregador: a) ... b) ... c) Realizar o mapeamento de riscos ambientais afixando-o em local v isvel, para informao aos trabalhadores conforme abaixo: 1 - O Mapa de Riscos ser executado pela CIPA atravs de seus membros, aps ouvidos os trabalhadores de todos os setores produtivos da Empresa, e com a colaborao do Servio Especializado em Segurana e Medicina do Trabalho SESMT da empresa, quando houver; 2 - A cada nova gesto da CIPA, o Mapa de Riscos ser refeito, conforme cronograma elaborado na gesto anterior, visando o controle da eliminao dos riscos apontados; 3 - O Mapa de Riscos consiste em representao grfica do reconhecimento dos riscos existentes nos diversos locais de trabalho, e visa a conscientizao e informao dos trabalhadores atravs da fcil visualizao dos riscos existentes na Empresa; 4 - Os riscos sero simbolizados pr crculos de trs tamanhos: PEQUENO, com dimetro de 2,5 cm; MDIO, com dimetro de 5 cm e GRANDE, com dimetro de 10 cm, conforme sua gravidade, e em cores, conforme o tipo de risco, relacionados na tabela I anexa; 5 - Estes crculos sero representados em planta baixa ou esboo do local de trabalho analisado; 6 - O Mapa de Riscos; completo ou setorial, permanecer afixado em cada local analisado, para informao dos que ali trabalham; 7 - Aps a identificao dos riscos ambientais, a CIPA encaminhar Direo do estabelecimento, os anexos constantes da tabela I, para anlise e manifestao do empregador ou proposto, respeitado o prazo mximo de 30 (trinta) dias, contados a partir da data do recebimento do Relatrio;

- 14 -

APOSTILA CURSO FORMAO DE CIPEIROS 20078 - Constatada a necessidade de adoo de medidas corretivas nos locais de trabalho, a direo do estabelecimento definir o prazo para providenciar as alteraes propostas, atravs de negociao com os membros da CIPA e do SESMT da empresa, quando houver, devendo tais prazos e data s ficarem registrados no livro de Atas da CIPA; 9 - Quando a direo do estabelecimento no realizar as alteraes necessrias nos locais de trabalho, dentro do prazo previamente negociado com a CIPA, esta dever encaminhar DRT uma cpia do Mapa de Riscos, com o relatrio circunstanciado, para anlise e inspeo do servio competente. Art. 2 o - Esta Porta ria entrar em vigor 120 (cento e vinte) dias aps a data de sua publicao, revogadas as disposies em contrrio. JAQUES SHERIQUE Obs.: publicada no Dirio Oficial da Unio, no dia 20 de Agosto de 1992, Seo I 11.327.2 - MODELOS PRTICOS DO MAPEAMENTO DE RISCOSObjetivo Promover a participao de empresrios e trabalhadores, na luta comum contra os focos de riscos ambientais, implantando a atividade permanente da identificao desses riscos atravs do seu mapeamento O que um modelo grfico Para a identificao visual dos principais riscos oriundos dos processos produtivos tais como: Riscos Fsicos, Qumicos, Biolgicos, Er Gonmicos e MecniCos Como Elaborado Pr equipes de trabalhadores Expostos aos riscos, membros da Comisso Interna de Preveno de Acidentes (C.I.P.A) assessorados pr tcnicos e especialis tas no assunto

Mapa de Risco O mapa de risco ambiental Um instrumento de participao e meio de informao do trabalhador, no se prestando de forma algu ma a definir ou caracterizar a insalubridade ou periculosidade, previs tos nas NRs 15 e 16, a fins de se propor o respectivo pagamento de adicional salarial

Obrigaes dos Empregados Elaborar o mapa de risco atravs da CIPA, aps ouvidos os trabalhadores de todos os setores produtivos da Empresa

Obrigaes dos Empregadores Definir, juntamente com a CIPA, os prazos para providenciar as alteraes e adoes de medidas corretivas nos locais de trabalho, atra vs de negociao com os membros da CIPA e do Servio Espe cializado em Segurana e Medicina do Trabalho

Prazos Quando a direo do es Tabelecimento no realizar as Alteraes acordadas, nos locais De trabalho, dentro dos prazos Previamente negociados com a CIPA, a Empresa aps inspeo da DRT, ficar sujeita a multas

- 15 -

APOSTILA CURSO FORMAO DE CIPEIROS 2007

No captulo I do nosso curso estudamos teoricamente os diversos riscos existentes nos ambientes de trabalho capazes de causarem danos sade do trabalhador. Resta-nos, portanto identificar os riscos dos locais de trabalho atravs de inspeo ou levantamento ambiental, cujo objetivo ser reconhecer e relacionar a totalidade de riscos segurana e sade num determinado setor. Os riscos podem ser identificados atravs dos seguintes procedimentos: a) A observao; b) O dilogo com os trabalhadores do setor; c) Assessoria tcnica. Detectar o risco atravs da observao, pr mais experiente que seja o observador, passvel de falhas, pois depende de muito tempo de permanncia no local, alm de conhecimentos tcnicos profundos e, muitas das vezes a necessidade da utilizao de equipamentos sofisticados. O dilogo com os trabalhadores de suma importncia, tendo em vista que a observao dos locais de trabalho ser complementada com o inqurito feito com os trabalhadores, que esto o tempo todo em contato com os riscos e sabem relatar, em uma linguagem prpria, os problemas que enfrentam no dia a - dia , bem como os acidentes j ocorridos no setor.o Aps relacionados os riscos no formulrio prprio (anexo I da Portaria n 5) o passo seguinte ser o de procurar de uma maneira fcil e rpida represent -los, de modo que todos os pontos de riscos encontrados sejam visualizados pr todos os trabalhadores do setor. Essa representao denomina-se MAPA DE RISCOS (modelo anexo).

Na elaborao do mapa a Portaria no 5 determina a utilizao de cores representando cada tipo de risco e simbolizados pr crculos de trs tamanhos:

10 cm Risco Grande

5 cm Risco Mdio

2,5 cm Risco Pequeno

- 16 -

APOSTILA CURSO FORMAO DE CIPEIROS 2007Quando num mesmo local houver incidncia de mais de um risco de igual gravidade, utiliza-se o mesmo crculo, dividindo-o em partes:Risco Ergonmico Cor Amarelo Risco de Acidente Cor Azul Risco Fsico Cor Verde Risco Qumico Cor Vermelha

A seguir apresentamos exemplo do preenchimento do anexo I, de um local de trabalho que apresenta diversos riscos.

LOCAL DE TRABALHO: Mecnica Grupo I - Riscos Qumicos Fonte Geradora no Mapa No Agentes/Riscos Proteo Individual/Coletiva EPI EPC Recomendao

Poeiras, Fumos, Nvoas, Vapores, Gases

Solda Eltrica 1

Usar mscara UV; Luvas, avental; Usar biombo (EPC) Constr. biombo p/ isolamento das demais reas

Produtos Qumicos em Geral

Neblina Outros

- 17 -

APOSTILA CURSO FORMAO DE CIPEIROS 2007Quando num mesmo local houver incidncia de mais de um risco de igual gravidade, utiliza-se o mesmo crculo, dividindo-o em partes:Risco Ergonmico Cor Amarelo Risco de Acidente Cor Azul Risco Fsico Cor Verde Risco Q umico Cor Vermelha

Exemplo de Mapa de Riscos: (em branco) e ( em cores )

Risco Biolgico Cor marrom

Recepo

Mecnica Radiao No-Ionizante ( verde ) Levantamento de Peso (amarelo)

Ferramentaria Produtos Qumicos (vermelho)

Biolgico (marrom) Ergonmico ( amarelo )

Umidade (verde)

Sinalizao (azul)

Montagem Ventila o ( verde ) Arranjo Fsico Biolgico ( marom ) Escritrio (azul)

Postura Incorreta (Amarelo)

- 18 -

APOSTILA CURSO FORMAO DE CIPEIROS 200703 - Equipamento de Proteo Individual - EPI O emprego do Equipamento de Proteo Individual uma determinao legal, contida na Norma Regulamentadora NR 6 - da Portaria 3214/78, que visa disciplinar as condies em que o mesmo deve ser empregado na proteo do trabalhador. O empregador assume a obrigatoriedade de fornecer gratuitamente, sem nenhum nus para o trabalhador, o EPI adequado para a tarefa a ser executada, como meio de neutralizar agentes fsicos, qumicos ou biolgicos, nocivos sade do indivduo. Pr outro lado, o empregado est obrigado a usar o EPI fornecido pela empresa de modo adequado e exclusivamente para o fim a que se destina, sendo a recusa ao uso do mesmo considerada infrao que pode ser punida, na forma da legislao, at mesmo com a dispensa, pr justa causa, do empregado faltoso. Nenhum EPI poder ser comercializado e/ou adquirido sem que possua o Certificado de Aprovao (C.A) emitido pela SNSST do MTE, o qual atesta haver sido o equipamento aprovado pela autoridade competente e considerado apto para o fim a que se destina. Os Equipamentos de Proteo Individual, usualmente identificados pela sigla EPI, so empregados, rotineira ou excepcionalmente, em quatro principais circunstncias: 1a - Quando o trabalhador se expe diretamente a fatores agressivos que no so controlveis pr outros meios tcnicos de segurana; 2a - Quando o trabalhador se expe a riscos apenas em parte controlados pr outros recursos tcnicos; 3a - Em casos de emergncia, ou seja, quando a rotina do trabalho quebrada pr qualquer anormalidade e se torna necessrio o uso de proteo complementar e temporria plos trabalhadores envolvidos; 4a - Provisoriamente, em perodo de instalao, reparos ou substituio dos meios que impedem o contato do trabalhador com o produto ou objeto agressivo. Em qualquer circunstncia, o uso do EPI ser tanto mais til, e trar tantos melhores resultados, quanto mais correta for a sua indicao. Essa indicao no difcil, mas requer certo cuidado nos seguintes aspectos:

- 19 -

APOSTILA CURSO FORMAO DE CIPEIROS 2007a) Identificao do risco: verificar a existncia ou no de elementos da operao, de produtos, de condies do ambiente, que sejam ou que possam vir a ser agressivos ao trabalhador; b) Avaliao do risco existente: determinar a intensidade e extenso do risco, quanto s possveis consequncias para o trabalhador, verificar com que frequncia ele se expe ao risco e quantos trabalhadores esto sujeitos aos mesmos perigos; c) Indicao do EPI apropriado: escolher, entre vrios EPIs, o mais adequado para solucionar o problema que se tem pela frente, contando, para isto, com a assistncia dos fabricantes e com instrues apropriadas e claras. Segue uma relao de EPIs que poder servir, onde se ajustar s atividades da empresa, como orientao para uma futura consulta aos fabricantes desses equipamentos.

PROTEO PARA O CRNIO Riscos: impactos, perfuraes, choque eltrico, cabelos arrancados. ? Capacete de segurana. PROTEO VISUAL E FACIAL Riscos: impactos (partculas slidas quentes ou frias), substncias nocivas (poeiras, lquidos, vapores e gases irritantes), radiaes (infravermelho, ultravioleta e calor). ? ? ? culos de segurana: para soldadores, torneiros mecnicos, operadores de mqui nas e outros. Protetores faciais: contra a ao de borrifos, impacto e calor radiante. Mscaras e escudos para soldadores.

PROTEO RESPIRATRIA Riscos: deficincia de oxignio, contaminantes txicos (gasosos e partculas). ? ? ? ? Respiradores com filtro mecnico: oferecem proteo contra partculas suspensas no ar, incluindo poeiras, neblinas, vapores metlicos e fumos. Respiradores com filtros qumicos: do proteo contra concetraes leves (at 0,2% pr volume) de certos gases cidos e alcalinos, vapores orgnicos e vapores de mercrio. Respiradores com filtros combinados (qumicos e mecnico): so usados em trabalhos tais como pintura a pistola e aplicao de inseticidas. Equipamentos de proviso de ar (ou de linhas de ar). - 20 -

APOSTILA CURSO FORMAO DE CIPEIROS 2007? Equipamentos portteis autnomos (de oxignio e de ar comprimido).

PROTEO AURICULAR O rudo um elemento de ataque individual que se acumula produzindo efeitos psicolgicos e, posteriormente, fisiolgicos, na sua maioria irreversveis. Pr isso, quando a intensidade de rudo pode ser prejudicial, deve-se fazer o possvel para elimin-lo ou reduzi-lo pr meio de um controle da fonte ou do meio. Quando todos os mtodos de controle falharem, o ltimo dos recursos adotar o indivduo exposto de um equipamento de proteo auricular. Estes so de dois tipos: ? Protetores de insero: descartveis - moldados no - descartveis - moldveis ? Protetores externos (circum - auriculares), tambm chamados orelheiras ou tipo - concha. PROTEO DE TRONCO Riscos: projeo de partculas, golpes ligeiros, calor radiante, chamas, respingos de cidos, abraso, substncias que penetram na pele, umidade excessiva. Aventais de couro (vaqueta e raspa): para trabalhos de soldagem eltrica, oxiacetilnica e corte a quente. Tambm so indicados para o manuseio de chapas com rebarbas. - Aventais de PVC: para trabalhos pesados, onde haja manuseio de peas midas ou risco de respingos de produtos qumicos. - Aventais de amianto: para trabalhos onde o calor excessivo. - Jaquetas: para trabalhos de soldagem em particular, soldagens em altas temperaturas, trabalhos em fornos, combate a incndios.

- 21 -

APOSTILA CURSO FORMAO DE CIPEIROS 2007PROTEO DE MEMBROS SUPERIORES Riscos: golpes, cortes, abraso, substncias qumicas, choque eltrico, radiaes ionizantes. ? Luvas de couro (vaqueta e raspa): para servios gerais de fundio, cermicas e funilarias, usinagem mecnica, montagem de motores, usinagem a frio, manuseio de materiais quentes (at 60 oC), carga e descarga de materiais, manuseio e transporte de chapas. Luvas de borracha: para eletricistas e para trabalhos com produtos qumicos em geral, exceto solventes e leos, servios de galvanoplstia , servios midos em geral. Luvas de neoprene: empregadas em servios que envolvem uso de leo, graxas (gorduras), solventes, petrleo e derivados, inspees em tanques contendo cidos, servios de galvanoplstia. Luvas de PVC: para trabalhos com lquidos ou produtos qumicos que exijam melhor aderncia no manuseio, lavagem de peas em corrosivos, manuseio de cidos, leos e graxas (gorduras), servios de galvanoplstia. Luvas de hexanol : empregadas em servios com solventes, manuseio de peas molhadas (hexanol-conjugado), servios que envolvem uso do petrleo e derivados. Luvas de tecidos: de lona, de lona flanelada, de grafatex, de feltro, de l, de amianto, de malha metlica.

? ? ? ? ?

PROTEO DOS MEMBROS INFERIORES Riscos: superfcies cortantes e abrasivas, substncias qumicas, cinzas quentes, frio, gelo, perigos eltricos, impacto de objetos pesados, superfcies quentes, umidade. ? ? ? ? Sapatos: com biqueira de ao, condutores, anti - fagulhas, isolantes, para fundio. Guarda - ps: so recomendados para trabalhos em fundies, forjas, fbricas de papel, serralherias, fbricas de gelo. Botas de borracha (e outros materiais similares). Perneiras: de raspa de couro, so usadas plos soldadores e fundidores. As perneiras mais longas so mais empregadas em trabalhos com produtos qumicos, lquidos ou corrosivos.

- 22 -

APOSTILA CURSO FORMAO DE CIPEIROS 200704 - Equipamento de Proteo Coletiva - EPC Equipamentos de proteo coletiva so aqueles que neutralizam a fonte do risco no lugar em que ele se manifesta, dispensando o trabalhador do uso de equipamento de proteo individual. Os protetores dos pontos de operao em serras, em furadeiras, em prensas, os sistemas de isolamento de operaes ruidosas, os exaustores de poeiras, vapores e gases nocivos, os dispositivos de proteo em escadas, em corredores, em guindastes, em esteiras transportadoras so exemplos de protees coletivas que devem ser mantidas nas condies que as tcnicas de segurana estabelecem e que devem ser reparadas sempre que apresentarem uma deficincia qualquer. A observao dos equipamentos de segurana, sejam individuais ou coletivos, tem grande importncia nas inspees de segurana. A eficincia desses equipamentos comprovada pela experincia e, se obedecidas as regras de uso, a maior parte dos acidentes estar sendo evitada.

- 23 -

APOSTILA CURSO FORMAO DE CIPEIROS 200705 - Investigao dos Acidentes Cabe CIPA investigar ou participar, com o SESMT quando existir a investigao dos acidentes ocorridos na empresa. Alm disso, no caso de acidente grave a CIPA dever reunir-se, extraordinariamente, at dois dias aps o infortnio. A CIPA tem como uma das mais importantes funes estudar os acidentes para que eles no se repitam, ou ainda evitar que outros possam surgir. Uma investigao de acidentes tem uma grande importncia na preveno, e os componentes da CIPA devem estar aptos para apurar o que teria ocorrido para provocar o acidente, pois esto em jogo vidas humanas e o patrimnio da empresa. Para tal devem conhecer as causas dos acidentes, ou seja, o que os faz acontecer, para que possam ento agir de modo a corrigir procedimentos, mtodos e/ou situaes inadequadas preveno de acidentes.

CAUSAS DOS ACIDENTES: Trs so os motivos que podem gerar a ocorrncia de um acidente. Cabe CIPA estar atenta para evitar o acidente, atravs da identificao e anlise desses fatores que so: - Ato Inseguro - Condio Insegura - Fator pessoal de insegurana - 24 -

APOSTILA CURSO FORMAO DE CIPEIROS 2007ATO INSEGURO tudo aquilo que o trabalhador faz, voluntariamente ou no, e que pode provocar um acidente, como pr exemplo: - O desconhecimento das regras de segurana dos mtodos seguros de trabalho; - A impercia, isto , a falta de habilidade para desempenho da atividade (pode decorrer de aprendizado ou treinamento insuficiente); - O excesso de confiana dos que tm muita prtica profissional e se julgam imunes aos acidentes; - As idias pr - concebidas como, o exemplo, a idia de que o acidente acontecer pr fatalidade, no adiantando cuidar da sua preveno; - O exibicionismo; - A vontade de revelar-se corajoso ou indiferente ao perigo s para impressionar os companheiros; - A negligncia, o desleixo, como no caso do trabalhador que deixa de usar equipamento individual de segurana; - O indiferente, caso em que o trabalhador se mostra desinteressado em relao preveno de acidentes e s regras mais simples de segurana; - A falta de ritmo de trabalho, em que o trabalhador faz as coisas apressadamente ou lentamente; - A indeciso, em que a ao correta pode ser retardada ou substituda pr uma ao incorreta; - A fadiga, que pode provocar reaes negativas ou sem coordenao, podendo prejudicar os reflexos normais e expor o trabalhador a muitos riscos; - A falta de concentrao nas tarefas que esto sendo desenvolvidas pelo trabalhador; - As brincadeiras de mau gosto em momentos e em lugares no apropriados. So fatos comuns: a falta de uso de protees individuais, a inutilizao de equipamentos de segurana, o emprego incorreto de ferramentas ou o emprego de ferramentas com defeitos, o ajuste, a lubrificao e a limpeza de mquinas em movimento, a permanncia debaixo de cargas de guindastes, a permanncia em pontos perigosos junto as mquinas ou passagens de veculos, a operao de mquinas em velocidade excessiva, a operao de mquinas sem que o trabalhador esteja habilitado ou que no tenha permisso, o uso de roupas que exponham a riscos, o desconhecimento da manipulao de produtos qumicos, o hbito de fumar em lugares onde h perigo de fogo, as correrias em escadarias e em outros locais perigosos, a utilizao de escadas de mo sem a estabilidade necessria.

- 25 -

APOSTILA CURSO FORMAO DE CIPEIROS 2007CONDIO INSEGURA so situaes existentes no ambiente de trabalho e que podem vir a causar acidentes, tais como: ? Construo e instalaes em que se localiza a empresa: a) Prdio com reas insuficientes, pisos fracos e irregulares; b) Iluminao deficiente ou mal distribuda; c) Ventilao deficiente ou excessiva, instalaes sanitrias imprprias e insuficientes; d) Excesso de rudos e trepidaes; e) Falta d e ordem e de limpeza; f) Instalaes eltricas imprprias ou com defeitos. ? Maquinaria: a) Localizao imprpria das mquinas; b) Falta de proteo em partes mveis e pontos de operao; c) Mquinas com defeitos. ? Matria - Prima a) Matria-prima com defeito ou de m qualidade; b) Matria-prima fora de especificao. ? Proteo do trabalhador a) Proteo insuficiente ou totalmente ausente; b) Roupas no apropriadas; c) Calado de proteo com defeito; d) Equipamento de proteo com defeito. ? Produo a) Cadncia mal planejada; b) Velocidade excessiva; c) M - distribuio. ? Horrios de trabalho a) Esforos repetidos e prolongados; b) M - distribuio de horrios e tarefas.

FATOR PESSOAL DE INSEGURANA o que podemos chamar de problemas pessoais do indivduo e que agindo sobre o trabalhador podem vir a provocar acidentes, como pr exemplo:

- 26 -

APOSTILA CURSO FORMAO DE CIPEIROS 2007- Problemas de sade no tratados; - Conflitos familiares; - Falta de interesse pela atividade que desempenha; - Alcoolismo; - Uso de substncias txicas; - Problemas diversos de ordem social e/ou psicolgica. Dessa forma, os componentes da CIPA, devem estar atentos para localizar essas situaes (Atos Inseguros, Condies Inseguras e Fatores Pessoais de Insegurana) para que possam, efetivamente, evitar acidentes e/ou sua repetio. A investigao de acidentes no poder nunca ter aspecto punitivo, pois o objetivo maior no descobrir culpados, mas sim causas que provocaram o acidente, para que seja evitada sua repetio. Uma investigao mal conduzida poder distorcer a causa real de um acidente, motivo pelo qual dever ser feita com toda a iseno e cuidado e contar com o apoio das chefias diretas do acidentado e dos seus colegas de trabalho.

- 27 -

APOSTILA CURSO FORMAO DE CIPEIROS 200706 - Anlise de Acidentes Todo acidente traz informaes teis para aqueles que se dedicam a sua preveno. Sendo um acidente no comum, raro, pode revelar a existncia de causas ainda no conhecidas, causas que permaneciam ocultas e que no haviam sido notadas plos encarregados da segurana. Sendo um acidente comum, sendo a repetio de um infortnio j ocorrido, pode revelar possveis falhas nas medidas de preveno que, pr alguma razo a ser determinada, no esto impedindo essa repetio. A cuidadosa investigao de um acidente oferece elementos valiosos para a anlise que deve ser feita. Alm disso, as consequncias dos acidentes provocam uma srie de providncias administrativas, tcnicas, mdicas, psicolgicas, educativas, dentro da empresa, repercutindo tambm na rea da Previdncia Social que ampara pr muitas formas o acidentado. A CIPA deve participar em vrios aspectos relacionados com o estudo dos acidentes, preocupando-se em analis-los e elaborando relatrios, registros, comunicaes e sugestes entre outras providncias, conforme o determinado na NR-5, item 5.16 da Portaria 3214 de 8 de junho de 1978, do Ministrio do Trabalho. A anlise do acidente corresponde a uma viso geral da ocorrncia. Alm dos registros relacionados empresa e aos dados pessoais do acidentado, cuida-se de estabelecer a ocupao, a tarefa desenvolvida pelo trabalhador, o departamento e seo em que cumpre suas atividades. S esses dados j permitem que se faa um estudo da ocorrncia de acidentes em certos departamentos, da frequncia, ou seja, o nmero de vezes que tais acidentes acontecem. No se trata, portanto, de registros burocrticos. So elementos de estudo. A descrio do acidente deve ser feita com os pormenores possveis, deve ser mencionada a parte do corpo atingida e devem ser includas as informaes do encarregado. O diagnstico da leso ser estabelecido pelo mdico. Constaro, ainda, descries de como se desenvolveram os fatos relacionados ao acidente e a causa ou as causas que lhe deram origem. Esta investigao tem a participao de membro da CIPA. A CIPA deve concluir ainda sobre a causa do acidente, as possveis responsabilidades (principalmente atos inseguros) e propor medidas, a quem deva tom - las, para evitar que continuem presentes os riscos ou que eles se renovem. Convm ressaltar que o estudo de acidentes no deve limitar-se queles considerados graves. Pequenos acidentes podem revelar riscos grandes. Pr outro lado, acidentes sem leso devem ser estudados cuidadosamente, porque podem transformar-se em ocorrncias com vtimas. Perceber, em fatos que parecem no ter gravidade, os perigos, os riscos que em ocasio futura se revelaro fontes de acidentes graves, capacidade que os membros da CIPA devem desenvolver. Disso depender, em gra nde parte, a reduo ou a soluo definitiva de muitos problemas na rea de segurana do trabalho.

- 28 -

APOSTILA CURSO FORMAO DE CIPEIROS 2007A anlise dos acidentes que ocorrem na empresa vai fornecendo dados que se acumulam e que possibilitam uma viso mais correta nessa rea de estudo, com indicaes sobre os tipos de acidentes mais comuns, sobre as causas mais atuantes, dando a medida da gravidade das consequncias e revelando os setores da empresa que necessitam de ateno maior da CIPA e, quando existirem, dos Servios Especializados. Muitas outras indicaes importantes so tambm extradas desses dados.1 - COMUNICAO DE ACIDENTES

A comunicao de acidentes obrigao legal. Assim, o acidentado, ou quem possa fazer isso pr ele, deve comunicar o acidente logo que se d a ocorrncia. Convm lembrar que nem todos os acidentes do trabalho ocorrem no recinto da empresa. A empresa, pr sua vez, deve fazer a comunicao do acidente Previdncia Social at o 1o (primeiro) dia til seguinte ao da ocorrncia e, em caso de morte, de imediato, autoridade competente, sob pena de multa varivel, entre o limite mnimo e o limite mximo do salrio de contribuio, sucessivamente aumentada nas reincidncias, aplicada e cobrada pela Previdncia Social. O acidentado ou seus dependentes recebero cpia da comunicao, bem como o sindicato da categoria. A comunicao deve conter informaes pormenorizadas. Tudo isso est na lei. Mas, comunicar o acidente empresa, s pessoas encarregadas de tomar providncias na rea de segurana tem importncia especial. que, conhecido o fato, podem ser postas em execuo as medidas imediatas e as de prazos maiores destinadas a corrigir a situao que est provocando o acidente que atinge um trabalhador e que pode atingir outros se no forem removidas, eliminadas as ca usas. Mesmo o mais leve acidente pessoal deve ser comunicado e tambm os acidentes sem leso.2 - CADASTRO DE ACIDENTADOS

Assim como, na empresa, existem preocupaes com controles de qualidade, de produo, de estoques e de outros elementos da atividade produtiva, tambm com os acidentes deve existir igual ou maior interesse. O acompanhamento da variao na ocorrncia de infortnios exige que se faam registros cuidadosos sobre acidentados, com relatrios completos. Tais registros podem colocar em destaque a situao dos acidentados pr reas da empresa, pr causa, pr tipos de leses, pr dias da semana, pr idade dos acidentados e pr muitos outros fatores. Todos esses ngulos de viso, esses campos especiais de estudos vose completar nas estatsticas que devem satisfazer s exigncias legais e tambm s necessidades dos rgos da empresa encarregados de resolver problemas de segurana. Os prprios acidentes de trajeto devem merecer estatsticas especiais.3 - DIAS PERDIDOS

Para um estudo mais cuidadoso a respeito de acidentes, necessrio juntar dados e coloc-los em condies de se prestarem a comparaes entre departamentos de atividades semelhantes ou mesmo diferentes e entre empresas que possibilitem tais comparaes. - 29 -

APOSTILA CURSO FORMAO DE CIPEIROS 2007Um dos dados que se prestam aos clculos que vo formar as estatsticas o relacionado aos dias perdidos nos acidentes. Trata -se dos dias em que o acidentado no tem condies de trabalho por ter sofrido um acidente que lhe causou uma incapacidade temporria. Os dias perdidos so contados de forma corrida, incluindo domingos e feriados, a partir do dia seguinte ao do acidente at o dia anterior ao da alta mdica. No acidente sem perda de tempo, caso em que o acidentado pode trabalhar no dia do acidente ou no dia seguinte, no so contados dias perdidos.4 - DIAS DEBITADOS

Nos casos em que ocorre incapacidade parcial permanente ou incapacidade total permanente ou a morte, aparecem os dias debitados. Eles representam uma perda, um prejuzo econmico que toma como base uma mdia de vida ativa do trabalhador calculada em 20 (vinte) anos ou 6000 (seis mil) dias. uma tabela aceita e utilizada internacionalmente, que foi elaborada pela International Association of Industrial Accident Board and Comission, e que est transcrita a seguir: NaturezaMorte Incapacidade total e permanente Perda da viso de ambos os olhos Perda de viso de um olho Perda do brao acima do cotovelo Perda do brao abaixo do cotovelo Perda da mo Perda do 1o quirodctilo (po legar) Perda de qualquer outro quirodctilo (dedo) Perda de dois outros quirodctilos (dedos) Perda de trs outros quirodctilos (dedos) Perda de quatro outros quirodctilos (dedos) Perda do 1o quirodctilo (polegar) e qualquer outro quirodctilo Perda do 1o quirodctilo (polegar) e dois outros quirodctilos Perda do 1o quirodctilo (polegar) e trs outros quirodctilos Perda do 1o quirodctilo (polegar) e quatro outros quirodctilos Perda da perna acima do joelho Perda da perna, no joelho ou abaixo dele Perda do p Pda do 1o pododtilo (d.grande) ou de 2 outros ou + (dedos do p) Perda do 1o pododtilo (dedo grande) de ambos os ps Perda de qualquer outro pododtilo (dedo do p) Perda da audio de um ouvido Perda da audio de ambos os ouvidos Avaliao Percentual 100 100 100 30 75 60 50 10 5 12 20 30 20 25 33 40 75 50 40 5 10 0 10 50 Dias Debitados 6000 6000 6000 1800 4500 3600 3000 600 300 750 1200 1800 1200 1500 2000 2400 4500 3000 2400 300 600 0 600 3000

Os dias debitados constituem, ainda, dado a ser includo no Anexo I da Portaria 3214 de 8 de junho de 1978, do Ministrio do Trabalho. De acordo com o que estabelece a NR-5, item 5.16 dessa Portaria, em sua alnea m, a CIPA, a cada trimestre, encaminhar direo da empresa, devidamente - 30 -

APOSTILA CURSO FORMAO DE CIPEIROS 2007preenchido, o Anexo I que um formulrio com muitos dados e informaes sobre as atividades da comisso, sobre a empresa e, especialmente, sobre acidentes. Esse mesmo anexo ser, posteriormente, encaminhado pelo empregador Delegacia Regional do Trabalho - DRT.5 - ESTATSTICAS

Com o nmero de acidentados, com o nmero de dias debitados, podem ser calculados dois valores, denominados Taxa de Frequncia e Taxa de Gravidade. Muito embora no se trate de dados que precisem ser encaminhados DRT, eles so de grande importncia, pois se prestam a comparaes destinadas a acompanhar a evoluo dos problemas relativos a acidentes. A Taxa de Frequncia representa o nmero de acidentados, com perda de tempo, que podem ocorrer em cada milho de homens - horas trabalhadas. A frmula a seguinte: Nmero de acidentados com perda de tempo x 1.000.000 Homens - horas trabalhadas Se numa fbrica houve em um ms 5 acidentes e nesse ms foram trabalhadas 100.000 (cem mil) horas, o clculo ser feito da seguinte maneira: 5 x 1.000.000 100.000 = 50,00

Ento, a Taxa de Frequncia ser de 50,00. A multiplicao pr um milho se presta a tornar possvel a comparao das Taxas de Frequncia entre departamentos de uma mesma empresa, entre empresas diferentes e mesmo entre empresas de pases diversos desde que usem o mesmo sistema de clculo. A Taxa de Gravidade representa a perda de tempo (dias perdidos + dias debitados) que ocorre em consequncias de um acidente em cada milho de homens - horas trabalhadas. A frmula da Taxa de Gravidade a seguinte: (dias perdidos + dias debitados) x 1.000.000 homens - horas trabalhadas Os dias debitados s aprecem quando do acidente resulta a morte ou a incapacidade total permanente ou a incapacidade parcial permanente. Nesses casos, preciso consultar a tabela especial para o clculo dos dias debitados segundo a natureza das leses, tabela esta j transcrita. H, portanto, dois clculos possveis para a TG. Se numa indstria houve 30 (trinta) dias perdidos com acidentes, em um ms com 100.000 homens - horas trabalhadas, a TG ser calculada da seguinte forma: 30 x 1.000.000 = 300 100.000 - 31 -

APOSTILA CURSO FORMAO DE CIPEIROS 2007Seriam 300 dias perdidos em 1.000.000 (um milho) de horas trabalhadas. Se num dos acidentes ocorreu uma leso que provocou uma incapacidade parcial permanente com 300 (trezentos) dias debitados, o clculo passar a ser este: (30 + 300) x 1.000.000 100.000 = 330 x 1.000.000 100.000 = 3.300 TERMOS USADOS NAS FRMULAS: 1 - ACIDENTADO COM PERDA DE TEMPO: aquele cuja leso, oriunda de acidente do trabalho, o impede de voltar ao trabalho no dia seguinte. 2 - HOMENS-HORAS TRABALHADAS: o tempo real em que os empregados permaneceram expostos aos riscos do trabalho, a servio do empregador. 3 - DIAS PERDIDOS: so os dias em que o empregado ficou afastado do trabalho, para recuperao da leso sofrida em consequncia de acidente. No so contados o dia do acidente e o dia da alta. Faz-se a contagem de dias corridos, incluindo domingos, feriados e outros dias que, pr motivo, no houve expediente no estabelecimento. 4 - DIAS DEBITADOS: so nmeros de dias que se somam aos dias perdidos, nos casos de morte ou de qualquer incapacidade permanente, total ou parcial, adquirida pr algum acidentado, de acord o com a tabela especfica para tal fim. H outros clculos que enriquecem e valorizam as estatsticas. Elas so realmente importantes e servem como argumento nas divulgaes educativas que so feitas em favor da preveno de acidentes. Permitem identificar as principais causas de acidentes, os riscos mais comuns, mais frequentes e que merecem medidas de correo mais rpidas. As estatsticas possibilitam o controle dos resultados dos programas de segurana desenvolvidos, ou seja, saber se esto sendo eficientes ou no. Tambm, atravs dos dados estatsticos, possvel fazer-se o levantamento de falhas de segurana que um acidente apenas no permitiria fossem notadas. conveniente fazer uma referncia especial aos chamados acidentes de trajeto que aparecem separadamente dos demais infortnios. Estes so acidentes que ocorrem no trajeto da residncia para o trabalho e do trabalho para a residncia do empregado. o trajeto usual que o empregado percorre. Para este tipo de acidente, convm fazer estudos parte porque eles, tambm, pesam negativamente nas atividades da empresa.

- 32 -

APOSTILA CURSO FORMAO DE CIPEIROS 2007Na investigao e anlise de acidente, quando no existir na empresa Servio Especializado de Segurana e Medicina do Trabalho, dever ser obrigatoriamente utilizado o formulrio Anexo II da NR-5 da Portaria 3214 / 78, cujo modelo a seguir transcrito:

07 - Campanhas de Segurana Entre as atribuies da Comisso Interna de Preveno de Acidentes - CIPA, esto a promoo do interesse dos empregados plos assuntos ligados preve no de acidentes e de doenas do trabalho, a proposio de cursos e de treinamentos para os empregados, a promoo anual da Semana Interna de Preveno de Acidentes do Trabalho (SIPAT) e a proposio aos empregados de que concedam prmios s sugestes sobre assuntos relacionados s atividades da CIPA. Pode-se dizer que a CIPA est sempre envolvida em campanhas. Existe lei especial, o Decreto no 68255 de 16 de fevereiro de 1971, que cria, em carter permanente, a Campanha Nacional de Preveno de Acidentes do Trabalho. A Portaria 3462 de 8 de outubro de 1985, do Ministrio do Trabalho, contm instrues relacionadas concesso da Medalha ao Mrito da Segurana do Trabalho. So dois exemplos de medidas tomadas pelo governo para motivar, para provocar o interesse de empregados e empregadores plos problemas relacionados Segurana, Higiene e Medicina do Trabalho. Cabe CIPA promover, anualmente a Semana Interna de Preveno de Acidentes do Trabalho, comunicando DRT a sua programao (NR-5, item 5.16, alnea e). As Semanas Internas procuram criar uma mentalidade prevencionista ou reforala quando ela existe. Essas Semanas podem ter como objetivo a divulgao de medidas gerais de preveno ou, tambm, de medidas preventivas especiais para determinados tipos de acidentes. Uma vantagem das Semanas est na sua atuao intensa, concentrada dentro de um certo perodo de tempo. Durante uma campanha do gnero, podem ser desenvolvidas competies entre departamentos da empresa, podem ser realizados concursos com prmios especiais, podem ser promovidos cursos com distribuio de folhetos, com projees cinematogrficas, com demonstraes prticas, com apresentao e estudo de cartazes. As sugestes devem ser incentivadas na poca das campanhas e mantidas permanentemente. As Semanas devem ser criativas, fazendo divulgao macia de idias prevencionistas como: frases especiais, smbolos impressos em folhetos, em pequenos brindes. Atividades dessa natureza bem organizadas constituem sempre sucesso e alcanam resultados excepcionais que representam cada vez mais amplos na conquista de vrios objetivos. Entre eles, esto a formao da mentalidade prevencionista e a reduo ou eliminao de determinados tipos de acidentes que merecem ateno e trabalho especiais, o que sempre possvel dentro do desenvolvimento de uma campanha. O trabalhador que vive uma campanha que influenciado pr ela, adquire um grau maior de conhecimentos, de conscientizao. O que se pode esperar, de - 33 -

APOSTILA CURSO FORMAO DE CIPEIROS 2007imediato, a reduo dos acidentes em geral ou de algum tipo especial, com melhoria na produtividade, com diminuio de prejuzos materiais, com garantias maiores para os prazos de produo e entrega, com benefcios na rea psicolgica pela maior tranquilidade no ambiente da empresa, com reduo dos gastos com seguros e do prprio preo de custo dos bens ou servios produzidos. E garante-se, principalmente, o fator mais importante da atividade produtiva: o elemento humano, o patrimnio maior em qualquer empreendimento. 08 - Reunio da C.I.P.A 1 - Como se Realiza A CIPA constituda pr um grupo de pessoas que se interessam e trabalham pr objetivos comuns. Tanto os empregados como os empregadores, representados nessa comisso, procuram, basicamente, a eliminao ou a reduo das causas de acidentes e doenas do trabalho. Como a CIPA composta pr pessoas que desempenham suas atividades dentro de uma empresa, as suas reunies funcionam como um centro de convergncia, de recebimento de informaes as mais variadas, dentro da rea do seu interesse, informaes essas que devem ser analisadas, julgadas, transformadas em concluses, em solues que depois, numa fase seguinte, so transferidas a quem deve utiliz-las para resolver os problemas para os quais essas solues servem. Assim sendo, a CIPA um centro de recepo de informaes e, tambm um centro de transmisso, de irradiao dos resultados dos seus trabalhos. Associada ou no, entrosada ou no com Servios Especializados em Segurana e em Higiene e Medicina do Trabalho, a CIPA tem numerosas responsabilidades e de sua atuao pode depender o sucesso de programas e campanhas de segurana. Ser membro efetivo ou suplente da CIPA constitui responsabilidade de grande importncia, devendo cada um revelar interesse pelo estudo terico, pela observao prtica e pela participao ativa na pesquisa de atos inseguros, de condies inseguras e j, nas reunies, dar demonstrao objetiva do desejo de encontrar solues para os problemas levantados. Uma reunio um grupo de pessoas estudando e discuti ndo um tema de interesse comum para todos. Uma reunio da CIPA ser boa ou m, dependendo de como agirem os seus participantes. Pr princpio, todas as pessoas, no importa se empregados ou empregadores, devem tentar ajudar uns aos outros. Isso possvel se cada um: a) Aprender a pensar de modo ativo; b) Aprender a ouvir atentamente, procurando compreender aquilo que est sendo exposto ou debatido; c) Cooperar, trocar idias, mostrar seu modo de pensar; d) No ter receios ou no se inibir, sabendo vencer as tenses e revelando segurana. - 34 -

APOSTILA CURSO FORMAO DE CIPEIROS 2007Nessa reunio, participam diversas pessoas, diferentes umas das outras, cada uma com a sua personalidade. Sentimentos pessoais no devem interferir no objetivo da reunio. Assim, deve-se adotar a sequncia de assuntos da reunio, sem que os problemas pessoais sejam trazidos como motivo de discusso. Para isso, a reunio planejada, tendo uma sequncia determinada. No final, deve-se perguntar : - A reunio foi proveitosa ? Pr qu ? Existem algumas regras para que o grupo tenha seus objetivos alcanados. 1a - Ambiente: deve ser um lugar sossegado, com mesa, cadeiras, lpis, papel. 2a - Os assuntos a discutir devem ser estabelecidos antes, para que todos tenham conhecimento. 3a - Para no ocorrerem casos de inibio, toda pessoa desconhecida deve ser apresentada. 4a - Todos devem ser estimulados a apresentar a sua opinio. 5a - No devem ser feitos comentrios que fujam aos assuntos discutidos. 6a - As pessoas tmidas devem ser estimuladas a participar, manifestando suas idias. 7a - O horrio da reunio deve ser respeitado. 8a - As concluses tomadas devem ser aquelas que forem aceitas pela maioria dos participantes. a 9 - Todos aqueles que participarem da reunio devero comprometer-se a trabalhar para o cumprimento daquilo que foi decidido. 2 - Atuao dos Membros da CIPA Integram a CIPA representantes do empregador e representantes dos empregados. O Presidente da CIPA ser designado pelo empregador, dentre os seus representantes titulares.

O Presidente, devido sua funo, deve conduzir os trabalhos e criar um clima de confiana para todos participantes, a fim de que haja liberdade de serem discutidos os assuntos sem receio. Deve ainda: - Manter estreito contato com a administrao, no sentido de verificar o andamento das recomendaes sugeridas pela CIPA; - Justificar, se for o caso, a no adoo de medidas sugeridas em reunio anterior; - Definir e coordenar as atribuies dos demais membros.

- 35 -

APOSTILA CURSO FORMAO DE CIPEIROS 2007Ao Vice - Presidente da CIPA compete exercer funes que, pr delegao, lhe forem atribudas pelo Presidente, alm de substitu-lo nos seus impedimentos. Ao Secretrio, cargo fundamental para o bom desenvolvimento administrativo da CIPA, cabe: - Redigir a ata, que dever ser bem clara e fiel em relao ao que foi discutido e votado; - Preparar correspondncia; - Elaborar relatrios estatsticos.09 - Princpios Bsicos da Preveno de Incndios 1 - NORMAS BSICAS 1.1 - A CIPA e a proteo contra incndio Uma das atribuies da Comisso Interna de Preveno de Acidentes - CIPA - a de estudar medidas de proteo contra incndio recomendando tais medidas ao empregador e aos Servios Especializados em Segurana e em Higiene e Medicina do Trabalho quando a empresa mantiver esses servios, cumprindo o que a lei estabelece. Essa importante atribuio ser entre vrias outras, tambm importantes, obrigaes que os membros da CIPA devem cumprir de acordo com o determinado na Portaria 3214/78, do MTb. A proteo contra incndios procura evitar um dos graves problemas que prejudicam a segurana das pessoas, de mquinas, equipamentos e instalaes. Fazer a preveno de incndios, garantir a proteo contra incndios evitar que o fogo destruidor cause prejuzos de todas as espcies, comeando plos mais graves que so as perdas de vidas humanas ou a inutilizao de seres humanos para o trabalho. Mas, garantir a fbrica contra incndios , tambm, manter em funcionamento a empresa que produz artigos importantes para os consumidores, que proporcionam a muita gente a possibilidade de ter o seu sustento sem interrupes, na continuidade de uma vida til normal de trabalho. O interesse de empregados e empregadores e isso pode ser notado na prpria organizao da CIPA que tem representantes dos empregados e dos empregadores em nmero igual. A proteo contra incndios comea na medida que a empresa e todos que nela trabalham tomam para evitar o aparecimento do fogo. Existem, tambm, outras importantes medidas que tem a finalidade de combat-lo logo no seu incio, evitando que ele se espalhe. A experincia dos que combatem o fogo j demonstrou uma verdade que deve ser aceita pr todos. que a grande maioria dos incndios pode ser evitada. Controlada no seu incio. As pessoas certas, tomando providncias certas, no momento certo, evitam, impedem que um princpio de incndio se transforme em destruio completa. Pode-se concluir que

- 36 -

APOSTILA CURSO FORMAO DE CIPEIROS 2007a palavra de ordem prevenir e, sendo necessrio, combater o fogo com rapidez e com eficincia. Para obter os bons resultados nesse tipo de preveno preciso, antes de mais nada, ter mentalidade, ter esprito prevencionista . Isto significa ter a vontade de colaborar em defesa da prpria segurana, da segurana de outros seres humanos e de todas as instalaes onde est garantido o trabalho de cada um. A solidariedade, o esprito de colaborao so importantes. Mas, para combater o fogo necessrio ter bons equipamentos de combate, indispensvel que se saiba como utiliz-los e preciso conhecer o inimigo que se pretende dominar, eliminar. 1.2 - O Fogo - Processos de Extino Para que haja fogo devem atuar trs elementos. Combustvel - aquilo que vai queimar e transformar-se; Calor - que d incio combusto; Oxignio - um gs que existe no ar atmosfrico e que chamado de comburente. Esses trs elementos so denominados elementos essenciais do fogo. Isso quer dizer que, se faltar um deles, no haver o fogo. Como so trs os elementos essenciais do fogo, representados por trs pontos ligados entre si que se chama tringulo do fogo.

Calor

Oxignio

Combustvel

Eliminando um desses elementos, terminar a combusto, isto , a queima. Os incndios, em seu incio, so muito mais fceis de controlar e de extinguir. Quanto mais rpido o ataque s chamas, maiores sero as possibilidades de reduzi - las, e elimin-las. preciso conhecer, identificar bem o incndio que se vai combater para escolher o equipamento correto. Um erro na escolha de um extintor pode tornar intil o esforo de combater as chamas ou pode piorar a situao aumentando as chamas, espalhando-as ou criando novas causas de fogo. 2 - CLASSES DE INCNDIO Os incndios so divididos em 4 (quatro) classes: Classe A - Fogo em material combustvel slido (papel, madeira, tecidos, fibras, etc); Classe B - Fogo em gases e lquidos inflamveis (leo, gasolina, g.l.p, thinner, gs de rua, etc);

- 37 -

APOSTILA CURSO FORMAO DE CIPEIROS 2007Classe C - Fogo em equipamentos eltricos energizados (com energia passando); Classe D - Fogo em metais pirofricos (magnsio, potssio, alumnio em p, etc). a) Fogo Classe A So materiais que queimam em superfcie e profundidade. Neste tipo de fogo a melhor escolha est na retirada do calor, isto , no resfriamento. Este resfriamento se obtm com gua pura ou solues de gua com algum produto que ajude a combater as chamas.

b) Fogo Classe B O fogo em lquidos inflamveis se desenvolve na superfcie dos mesmos. No h aquecimento abaixo da superfcie e no h formao de brasas. Deve-se fazer o abafamento da superfcie. Para isso, utilizam -se extintores de gs carbnico, p qumico ou espuma qumica que impedem o contato do oxignio do ar (comburente) com a superfcie em chamas. Afastado o comburente est rompido o tringulo do fogo e as chamas cessam. Em grandes tanques e em certos casos, utiliza-se espuma mecnica de equipamentos automticos ou manuais. c) Fogo Classe C So incndios que atingem equipamentos eltricos energizados, isto , com a corrente ligada. No se pode usar qualquer tipo de produto extintor porque o operador pode ser, mesmo, eletrocultado. Estando a corrente ligada usam-se extintores de gs carbnico, ou de p qumico seco. Com a corrente desligada esse incndio passa a ser combatido como se fosse das Classes A ou B, exceto certos equipamentos como bobinas, acumuladores e capacitores, os quais, mesmo desligada a corrente, continuam carregados eletricamente.

d) Fogo Classe D Em metais pirofricos. Existem ps especiais para a extino do fogo. Formam camadas protetoras impedindo a continuao das chamas. A limalha de ferro fundido e o grafite em p prestam -se ao combate deste tipo de fogo.

- 38 -

APOSTILA CURSO FORMAO DE CIPEIROS 2007A tabela abaixo representa o resumo destas informaes: Classe de Incndios (A) Papel Madeira Tecidos Fibras (B) leo Gasolina Graxa Tinta GLP (C) Equipamentos eltricos energizados No No Sim Sim No Sim Sim Sim Tipo de Extintor gua Espuma

CO 2

P Qumico Seco

Sim

Sim

Sim

Sim

(D) Magnsio Zircnio Titnio No No No Sim Obs.: um p qumico especial

3 - TIPOS DE EQUIPAMENTO DE COMBATE A INCNDIO Os mais utilizados so: - Extintores - Hidrantes - Chuveiros Automticos Sprinkler 3.1 - EXTINTORES Quando foram estudadas as classes de fogo, foi apresentada uma tabela que indicava, de acordo com a classe de incndio, o tipo de agente extintor a ser utilizado. preciso conhecer muito bem cada tipo de extintor. a) Extintor de espuma ( este , no existe no mercado, foi extinto pr norma ) Seu funcionamento ocorre pela reao qumica entre duas substncias (sulfato de alumnio e bicarbonato de sdio dissolvidos em gua), bastando, para isso, inverter a posio do aparelho.

- 39 -

APOSTILA CURSO FORMAO DE CIPEIROS 2007b) Extintor de gua pressurizada O agente extintor a gua. H dois tipos comerciais: COM PRESSO PERMANENTE um cilindro com gua sob presso, cuja carga controlada atravs do manmetro do qual provido. O manuseio simples. O operador deve aproximar-se at uma distncia conveniente, retirar o pino de segurana, e dirigir o jato de gua para a base do fogo, acionando o gatilho . COM PRESSO INJETADA H uma ampola de gs externa e, uma vez aberta a vlvula da referida ampola, o gs liberado, pressionando a gua. c) Extintor de Gs Carbnico (CO 2) Ao ser acionado o gatilho, o gs passa pr uma vlvula num forte jato. No combate com extintor de CO2, o operador dever aproximar-se o mximo possvel do foco do fogo, devido ao curto alcance do jato deste aparelho. Como no deixa resduos, o ideal para equipamentos delicados. d) Extintor de P Qumico Seco Estes aparelhos tambm podem ser sob presso permanente ou injetada. So mais eficientes que os de gs carbnico, mas deixam poeira em suspenso e resduos. OBSERVAES: a) O local dos extintores deve ser sinalizado pr um crculo ou seta pintada internamente de vermelho e na borda de amarelo; b) A rea livre para os extintores deve ser pintada de vermelho; c) Os sistemas de proteo pr hidrantes, chuveiros automticos e outros devem ser estudados dentro de projetos de engenharia. A gua para incndios deve ser exclusiva, e guardada em reservatrios especiais para essa utilizao. 3.2 - CUIDADOS a) Todos os extintores devero ser revisados e testados hidrostaticamente a cada 5 anos. b) Extintores de gua, espuma qumica e p qumico seco, devem ter suas cargas trocadas anualmente. c) Os extintores de CO2 (gs carbnico) devem ser pesados a cada seis meses e as ampolas de gs dos extintores de gua e de p qumico seco (aparelhos pressurizados) a cada trs meses. Em quaisquer dos casos, ocorrendo a perda de mais de 10% no peso, devero ser recarregados novamente.

- 40 -

APOSTILA CURSO FORMAO DE CIPEIROS 20074 - BRIGADA CONTRA INCNDIO Conforme estabelece a Portaria 3214/78 (NR-23) toda empresa dever ter sua brigada contra incndio composta pr pessoas adestradas no uso correto dos equipamentos de combate a incndio e, sempre que possvel, os cipeiros devem pertencer ao grupo de combate ao fogo. Esta brigada deve ser permanente e muito importante que inclua o pessoal da vigilncia. Os vigias, pr fora de suas funes, permanecem na fbrica 24 horas pr dia e devem estar aptos a dar, junto com elementos da brigada, o primeiro combate. 4.1 - TREINAMENTO O treinamento dever ser dado a todo o elemento da brigada, ensinando-o a: a) Saber localizar, de imediato, o equipamento de combate ao fogo; b) Utilizar-se de um extintor; c) Engatar mangueiras; d) Fechar uma rede de Sprinkler (chuveiros automticos contra fogo). Este treinamento poder ser feito na prpria rea da fbrica, quando possvel e, para efeito de economia, pode utilizar os prprios extintores com carga vencida. , tambm, interessante transmitir aos membros da brigada alguns conhecimentos sobre p rimeiros socorros. Deve-se sempre recordar que os primeiros cinco minutos, no combate a incndio, so os mais importantes e deles pode depender todo o xito ou fracasso da misso. A Portaria 3214/78 determina que os treinamentos sejam peridicos e permanentes, objetivando ainda: a) Que o pessoal grave o significado do sinal de alarme. b) Que a evacuao do local se faa em boa ordem. c) Que seja evitado qualquer pnico. d) Que sejam atribudas tarefas e responsabilidades especficas aos empregados. e) Que seja verificado se a sirene de alarme foi ouvida em todas as reas. Observaes Importantes: Os exerccios devero ser realizados sob a direo de um grupo de pessoas, capazes de prepar-los e dirig - los, comportando um chefe e ajudantes em nmero necessrio, segundo as caractersticas do estabelecimemento. Os planos de exerccio de alerta devero ser preparados como se fossem para um caso real de incndio. 4.2 - PROVIDNCIAS Recomendaes para o caso de incndio: - Toda a rea deve ser evacuada. Os curiosos e as pessoas de boa vontade s atrapalham; - A brigada deve intervir e, pr seu chefe, isolar a rea e dar combate ao fogo;

- 41 -

APOSTILA CURSO FORMAO DE CIPEIROS 2007- A brigada no tem todos os recursos e no domina todas as tcnicas de combate ao fogo. Portanto, em caso de dvida, deve ser chamado, imediatamente, o Corpo de Bombeiros; - Antes de dar combate a incndio, deve ser desligada a entrada de fora e ligada a emergncia; - Quando o Corpo de Bombeiros chegar, preciso explicar qual o tipo de fogo (classe A, B, C ou D) e orientar os soldados do fogo sobre a rea do incndio; - Em qualquer caso, deve ser mantida a calma, deve-se atuar com serenidade, e ningum deve tentar ser o heri. 5 - PREVENO DE INCNDIOS Conhecido o inimigo, o incndio, muito mais fcil combat-lo. Parte sempre, do princpio que prevenir melhor que remediar. Como j foi dito, a melhor medida para prevenir o incndio no permitir que se forme o conhecido tringulo do fogo. Como fazer isto? H vrias maneiras. Algumas so clssicas, so gerais. O cipeiro pode estudar e desenvolver outras tpicas de seu local de trabalho. a) Armazenagem de material fato comum nas empresas usar, movimentar material inflamvel. Exemplos: seo de pintura, seo de corte e oxi - corte, trabalhos com solventes, depsitos de papel, madeira, etc. Algumas providncias simples e prticas podem evitar a ocorrncia de fogo: - Manter sempre, se possvel, a substncia inflamvel longe da fonte de calor e de comburente, como no caso de operaes de solda e oxi - corte. A operao de solda e a fbrica estaro muito mais seguras se os tubos de acetileno estiverem separados ou isolados dos tubos de oxignio. Armazenagem em locais separados contribui muito para aumentar a segurana; - Manter sempre, no local de trabalho, a mnima quantidade de inflamvel para uso, como no caso, pr exemplo, de operaes de pintura, nas quais o solvente armazenado deve apenas ser o suficiente para um dia de trabalho; - Possuir um depsito fechado e ventilado para armazenagem de inflamveis e, se possvel, o mais longe da rea de trabalho de operaes; - Proibio de fumar nas reas onde existam combustveis ou inflamveis. No se deve esquecer que todo o fumante um incendirio em potencial. (Ele conduz um dos elementos essenciais do tringulo do fogo: o calor). Uma ponta de cigarro acesa poder causar incndio de graves propores. - 42 -

APOSTILA CURSO FORMAO DE CIPEIROS 2007b) Manuteno adequada Alm da preocupao com combustvel e comburente preciso saber como se pode evitar a presena do terceiro elemento essencial do fogo: o calor. Como evitar sua ao? - Instalao eltrica apropriada. Fios expostos ou desencapados podem ocasionar curtos-circuitos, que sero origem de focos de incndio se encontrarem condies favorveis formao de chamas. - Instalaes eltricas mal projetadas. Podero provocar aquecimento nos fios e podem ser origem de incndios. Exemplo trgico tivemos em So Paulo, em sinistro que roubou mais de uma centena de vidas preciosas. A carga excessiva em circuitos eltricos pode e deve ser evitada. - Pisos anti - fascas. Em locais onde h inflamveis, os pisos devem ser anti - fasca, porque, um simples prego no sapato poder ocasionar um incndio. Pela mesma razo, chaves eltricas blindadas oferecem maior proteo que chaves de faca. - Instalao mecnica Falta de manuteno e lubrificao em equipamentos mecnicos pode ocasionar aquecimento pr atrito em partes mveis, criando a perigosa fonte de calor. c) Ordem e limpeza Os corredores, com papis e estopas sujos de leo, graxa pelo cho, so lugares onde o fogo pode comear e se propagar rapidamente, sendo mais difcil a sua extino. Isto especialmente importante no caso de escadas, porque a as consequncias podem ser mais graves. No cabe ao cipeiro o projeto e construo de edifcios. Mas, ele pode contribuir, pr exemplo, no estudo da colocao de portas corta - fogo que podem impedir a propagao do fogo ou os seus efeitos e proporcionam economia para as empresas nos gastos com seguros.

- 43 -

APOSTILA CURSO FORMAO DE CIPEIROS 200710 - Primeiros Socorros Todo estabelecimento deve estar equipado com material necessrio prestao de primeiros socorros em funo das atividades que desenvolve, conforme determina a NR-7 da Portaria 3214/78 (item 7.6). Primeiro Socorro o atendimento imediato que se d a um acidentado ou portador de mal sbito, antes da chegada do mdico. 1 - Regras Bsicas de Primeiros Socorros - Manter a calma. Afastar os curiosos e agir com rapidez e segurana. - Colocar a vtima deitada de costas, com a cabea ao nvel do corpo. Se o rosto comear a ficar congestionado (vermelho), conservar a cabea levantada, colocando um pano embaixo. - Se tiver vmitos, voltar a cabea da vtima para um dos lados. Isso evita que o vmito chegue aos pulmes. - Se tiver inconsciente, retirar dentadura, comida, lama ou outros objetos da boca. Manter a lngua do acidentado esticada para evitar a sufocao, colocando um pano dobrado na nuca. - Desapertar as roupas e tirar sapatos, cintos, gravata ou qualquer outra coisa que possa prejudicar a circulao. - No remover a vtima, enquanto no tiver uma idia precisa da natureza e extenso de seus ferimentos e sem, antes, prestar os primeiros socorros. - Evitar fazer a vtima sentar ou levantar. - Verificar o estado da vtima, remover a roupa que for preciso, at rasgando -a ou cortando-a. Sempre com cuidado. Se a vtima estiver consciente, perguntar o que ela sente. Se houver hemorragias graves ou parada respiratria, agir com a maior urgncia. - No tentar dar de beber pessoa que estiver inconsciente. - Nunca dar bebidas alcolicas para beber. - Em caso de suspeita de fratura ou luxao, no fazer massagem, nem mudar a posio da vtima. Imobilizar o local atingido na posio correta. Se a fratura for na coluna, transportar a vtima em leito rgido. - Em caso de queimadura, no aplicar leo, pasta de dente ou qualquer outra coisa. - No mexer em ferimentos com sangue j coagulado. - Acalmar a vtima e no deix -la ver os ferimentos. Medidas importantes: - Evitar hemorragias; - Manter a respirao; - Proteger as reas queimadas; - Transportar com cuidado; - Manter os ossos fraturados o mais prximo da posio normal; - Inspirar confiana; - Evitar pnico. - 44 -

APOSTILA CURSO FORMAO DE CIPEIROS 20072 - Tipos de Emergncias a) Ferimentos Sempre que ocorrer um ferimento, haver uma hemorragia que a perda de sangue, em maior ou menor quantidade, devido ao rompimento de um vaso (veia ou artria). Conduta a seguir: - Em ferimentos leves ou superficiais, lavar a parte atingida com gua, sabo ou gua oxigenada. Depois, passar merthiolate e fazer um curativo com gaze e esparadrapo. - Em ferimentos extensos e profundos, controlar a hemorragia usando compressas e, se for o caso, torniquete , ( com conhecimento correto ) . E procurar um mdico imediatamente. - Se os ferimentos forem nos membros superiores ou inferiores e com grande hemorragia, levantar a parte ferida e aplicar o torniquete, ( com conhecimento correto ) . Modo de preparar o torniquete: Amarrar uma tira de pano acima do ferimento e colocar um pedao de madeira no meio do n. (Somente profissionais habilitados); Torcer o pedao de madeira at parar o sangramento, desapertando o torniquete a cada 10 a 15 minutos, ( com conhecimento correto ) . Verificar se as pontas do membro ferido no ficam arroxeadas ou frias; nesse caso, liberar, imediatamente o torniquete. b) Queimaduras Queimadura a leso de uma ou mais regies do corpo, provocada pela ao do calor sobre o organismo. Exemplos: contato direto com a chama, brasa ou fogo; lquidos quentes, materiais super-aquecidos, substncias qumicas. Existem trs tipos de queimaduras: de 1o, 2 o e 3o graus. As de 3o grau so as mais graves. Uma s pessoa pode apresentar, ao mesmo tempo, queimaduras de 1 o, 2 o e 3o graus. A gravidade da queimadura est na sua extenso e no no grau. Conduta a seguir: - Colocar a vtima deitada de costas e com a cabea em nvel mais baixo que o do corpo; - 45 -

APOSTILA CURSO FORMAO DE CIPEIROS 2007- Se a vtima estive r consciente, dar bastante lquido para beber, mas nunca bebidas alcolicas; - Colocar panos limpos umedecidos sobre a parte queimada; - Dar, se existir e se conhecer, medicamento contra a dor; ( analgsicos ) ; - No passar nenhuma substncia como leo, graxa, pasta de dentes ou qualquer medicamento; - No furar as bolhas. No colocar pano sujo ou as mos sobre as bolhas; - Procurar sempre o mdico; - Em casos de queimaduras pr agentes qumicos, lavar a parte afetada com gua e proceder como em queimaduras de outros tipos.

c) Fraturas Fratura uma leso em que ocorre o rompimento na superfcie ssea, isto , a quebra de um osso do esqueleto humano. Ela pode ser simples, sem ferimento da pele, ou exposta, com ferimento da pele atravs do qual o osso fica exposto. Conduta a seguir: - Impedir o deslocamento das partes quebradas para evitar maiores danos; - Colocar o membro acidentado na posio o mais normal possvel, sem desconforto; - Improvisar talas para a imobilizao. As talas devem cobrir as duas articulaes que movimentam o osso atingido e devem ser acolchoadas para no machucar o membro. Amarrar as mesmas com ataduras ou tiras de pano, sem apertar muito; em caso de fraturas expostas, cobrir a parte afetada com gaze ou pano limpo; - No deslocar nem arrastar a vtima at que a regio suspeita seja imobilizada; - 46 -

APOSTILA CURSO FORMAO DE CIPEIROS 2007- Quando suspeitar de fratura na coluna, transportar o acidentado para uma maca e evitar flexionar o tronco, se possvel improvisar um colete cervical ( pescoo ). Nunca transportar a vtima em arco, isto , plos braos e pernas. O transporte deve ser feito pr deslizamento, apoiando-se as mos nas coxas, ndegas, zona afetada e dorso da vtima. So necessrias duas ou trs pessoas para fazer isso; Nos casos em que se suspeite de entorse ou luxao, a conduta a mesma de fraturas no expostas.

d) Parada Respiratria - Respirao Artificial Quando uma pessoa cai, se afoga, soterrada ou leva um choque eltrico, ela perde, muitas vezes, a respirao. A vida dessa pessoa pode ser salva fazendo-se a respirao boca a boca. fcil, basta seguir as recomendaes a seguir: a) Deitar a vtima de costas e afrouxar todas as suas roupas. Depois inclinar a cabea de lado, tirando o que estiver dentro da boca, como dentadura, alimentos, saliva e gua; b) Inclinar a cabea para trs e colocar debaixo do pescoo uma roupa dobrada ou uma pea macia a fim de ajudar a passagem do ar; c) Apertar o nariz da vtima para no deixar o ar sair. E abaixar o queixo para fazer com que o ar entre; d) Tomar flego, colocar a boca sobre a boca da vtima e soprar at aparecer a elevao do peito. Pode-se fazer isto, tambm pelo nariz. Nesse caso, fechar a boca da vtima; Nota: um leno colocado sobre o nariz ou boca evita o contato direto e no impede a passagem do ar. e) Tirar os lbios da boca da vtima para deixar o ar sair dos pulmes; f) Repetir a mesma operao, 10 a 16 respiraes pr minuto ( nas crianas at 20 vezes, mas no profundamente ), at que a vtima volte a respirar normalmente; - 47 -

APOSTILA CURSO FORMAO DE CIPEIROS 2007g) No parar a respirao boca a boca at ter certeza de que a pessoa est totalmente recuperada ou at que o mdico mande parar.

e) Parada Cardaca Uma pessoa tem parada cardaca quando o corao para de bater. Para socorrer uma pessoa com esse problema, fazer juntamente com a respirao boca a boca, os seguintes movimentos de recuperao: a) Deitar a pessoa em uma superfcie firme e dura; b) Apoiar a palma da mo sobre a altura do corao e colocar a outra apoiada sobre a primeira; c) Calar, com as mos, o peito da vtima, fazendo fora para baixar o peito. Fazer esse movimento de calar 5 vezes e parar. Nesse instante, o auxiliar dever realizar o movimento de respirao artificial 1 vez . 15 compresses e 2 respiraes para 1 socorrista , e 5 compresses 1 respiraes para 2 socorrista . d) No parar a massagem pr mais de 5 segundos. O intervalo para descansar no pode passar dos 5 segundos. Para controlar, para medir esse tempo, basta falar 101, 102, 103, 104 e 105; e) Continuar os movimentos de recuperao e a respirao boca a boca at que a vtima volte a respirar e o corao comece a bater normalmente.

- 48 -

APOSTILA CURSO FORMAO DE CIPEIROS 2007f) Convulses Convulso quando uma pessoa tem um ataque ou contrao dos msculos, geralmente acompanhada da perda de conscincia. D-se derepente . A vtima, normalmente cai, agita todo o corpo, com batimentos da cabea, braos e pernas, e a sua face fica com expresso de careta, com olhos revirados para cima e salivao abundante. Aps a convulso, a pessoa entra em sono pesado. Como socorrer: - Evitar, se possvel, a queda da vtima contra o cho; - Colocar um pano entre os dentes para que a vtima no morda a lngua; - Proteger a cabea, braos e pernas para que no se machuquem; - Evitar estmulos como sacudidas, aspirao de vinagre, lcool ou amonaco; - No jogar gua sobre a vtima; - No ficar com medo da salivao abundante. g) Desmaios Desmaio a perda da conscincia, caracterizada geralmente pr sensao de vazio no estmago, enjo, suor abundante, escurecimento das vistas e palidez. Ocorre, quase sempre, pr jejum prolongado, crises nervosas e queda de presso. Como socorrer: - Colocar a vtima deitada, com a cabea em nvel mais baixo do que a do corpo, para melhorar a circulao do sangue no cre bro; - Afrouxar as roupas; - Se voltar conscincia, dar lquidos aucarados, mas nunca bebidas alcolicas; - Se no voltar conscincia, chamar o mdico o mais rpido possvel.

- 49 -

APOSTILA CURSO FORMAO DE CIPEIROS 2007h) Pica