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FACULDADE DE PARÁ DE MINAS - FAPAM CURSO DE ADMINISTRAÇÃO Camila Martins dos Santos PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE UMA MICROEMPRESA NO RAMO DE CARPINTARIA DA REGIÃO DE PARÁ DE MINAS Pará de Minas 2013

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FACULDADE DE PARÁ DE MINAS - FAPAM

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

Camila Martins dos Santos

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

DE UMA MICROEMPRESA NO RAMO DE CARPINTARIA

DA REGIÃO DE PARÁ DE MINAS

Pará de Minas 2013

Camila Martins dos Santos

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

DE UMA MICROEMPRESA NO RAMO DE CARPINTARIA

DA REGIÃO DE PARÁ DE MINAS

Monografia apresentada à coordenação do curso de Administração da Faculdade de Pará de Minas – FAPAM, como requisito parcial para a conclusão do curso de Administração. Orientador: Prof. Fabiano Salera Parreiras

Pará de Minas 2013

Camila Martins dos Santos

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

DE UMA MICROEMPRESA NO RAMO DE CARPINTARIA

DA REGIÃO DE PARÁ DE MINAS

Monografia apresentada à coordenação do curso de Administração da Faculdade de Pará de Minas – FAPAM, como requisito parcial para a conclusão do curso de Administração.

Aprovada em:_____/_____/_____

_______________________________________

Orientador: Prof. Fabiano Salera Parreiras

______________________________________

Examinador: Prof. Marcus Vinícius B. de Araújo

Dedico este trabalho primeiramente a Deus que me

guiou, dando-me força para concluir mais essa

etapa;

À minha família, pelo carinho e dedicação.

À minha princesa Yasmin, embora muito pequena,

por entender minha ausência.

Agradeço primeiramente a DEUS.

A minha filha Yasmin, razão da minha vida, pelo

amor incondicional.

Aos meus pais e Maria Alice, que sempre me

apoiaram e me incentivaram nos momentos mais

difíceis ao longo desta caminhada.

Às minhas irmãs Simone e Karina, pela

compreensão, amizade e incentivo.

Aos proprietários da Carpintaria Linhares, em

especial a Graziele, pela oportunidade da realização

deste trabalho e pelo apoio constante.

À Direção e professores da FAPAM, especialmente,

meu orientador, Fabiano Salera Parreiras, pelo

estímulo e dedicação.

A Ana Maria, pela dedicação e apoio para

elaboração deste trabalho.

Aos meus colegas de turma, pelos agradáveis

momentos vividos e pelo grande elo de amizade

formado durante o curso, em especial, Letícia,

Márcia e Márcio.

A todas as pessoas que acreditaram que este

momento seria uma realidade,

MUITO OBRIGADA!

“O sucesso nasce do querer, da determinação e

persistência em si chegar a um objetivo. Mesmo não

atingindo o alvo, quem busca e vence obstáculos, no

mínimo fará coisas admiráveis”.

José de Alencar

RESUMO

A globalização trouxe para as organizações a necessidade de se adaptarem ao novo cenário, para permanecerem atuando. Toda organização deve ter um planejamento que identifique os objetivos e metas a serem alcançados. O Planejamento Estratégico é o processo administrativo que proporciona sustentação metodológica para se estabelecer a melhor direção a ser seguida pela empresa, visando à otimização do grau de interação com o ambiente, a fim de atuar de forma inovadora e diferenciada. Assim sendo, este trabalho tem como objetivo proceder à elaboração de uma proposta de planejamento estratégico para a empresa analisada, a fim de apontar iniciativas que contribuam para o melhor desempenho da organização. Trata-se de uma pesquisa aplicada, de caráter descritivo e explicativo, com abordagem qualitativa e quantitativa. Os dados foram obtidos a partir de questionários, aplicados ao gestor da empresa analisada e seus clientes. A análise de dados possibilitou mensurar a satisfação dos clientes, além de identificar as forças e fraquezas da organização, bem como as oportunidades e ameaças do ambiente em que atua, além de definir indicadores para controle de desempenho em suas diferentes áreas (Finanças, Marketing e Produção). Os resultados proporcionaram planejar ações capazes de melhorar a eficiência e a competitividade da organização. Palavras-chave: Estratégias; Objetivos e metas; Análise do ambiente; Planejamento

estratégico.

LISTA DE QUADROS

1 - Exemplos de forças, fraquezas, oportunidades e ameaças em uma Matriz

SWOT...................................................................................................................

2 - Ambiente geral: segmentos e elementos..............................................................

3 - Posturas estratégicas da empresa...........................................................................

4 - O Conceito do Balanced Scorecard por Kaplan e Norton....................................

5 - Identidade estratégica..........................................................................................

6 - Análise SWOT da Carpintaria Dois Irmãos..............................................................

7 - Cenários...............................................................................................................

8 - Objetivos e metas.................................................................................................

9 - Perspectivas financeiras.......................................................................................

10 - Perspectivas do cliente = Marketing...................................................................

11 - Perspectivas dos processos internos .....................................................................

12 - Perspectivas de aprendizado e crescimento........................................................

13 - Controle 2013.....................................................................................................

.

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LISTA DE GRÁFICOS

1 - Faixa etária ...........................................................................................................

2 - Formas de conhecimento da empresa ..............................................................

3 - Motivos de contratação dos serviços da empresa ..........................................

4 - Facilidade de comunicação com a empresa .....................................................

5 - Agilidade do atendimento comercial .................................................................

6 - Eficiência e prestação de serviços ....................................................................

7 - Satisfação geral do serviço prestado .................................................................

8 - Qualidade do produto ..............................................................................................

9 - Reutilização do serviço da empresa ...................................................................

10 – Indicação do serviço da empresa ..........................................................................

11- Motivo de indicação a outros clientes ...............................................................

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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 1.1 Considerações iniciais .......................................................................................... 1.2 Situação problemática .......................................................................................... 1.3 Objetivos .............................................................................................................. 1.3.1 Objetivo geral ................................................................................................... 1.3.2 Objetivos específicos ....................................................................................... 1.4 Justificativa .......................................................................................................... 1.5 Caracterização da empresa ................................................................................ 2 REFERENCIAL TEÓRICO .....................................................................................

2.1 Estratégia empresarial – conceitos fundamentais ................................................ 2.1.1 Conceito de estratégia ................................................................................ 2.1.2 Etapas de execução da estratégia ....................................................................... 2.1.3 Os desafios da administração estratégica .......................................................... 2.2 Estratégia empresarial – conceitos complementares ........................................... 2.2.1 Vantagem competitiva ........................................................................................ 2.2.2 Análise das forças competitivas .......................................................................... 2.2.3 O posicionamento competitivo ........................................................................... 2.2.4 Fatores críticos de sucesso ................................................................................. 2.3 Planejamento empresarial – conceitos fundamentais ............................................. 2.3.1 Conceito de planejamento ................................................................................... 2.3.2 Processo do planejamento empresarial .............................................................. 2.3.3 O negócio da organização .................................................................................. 2.3.4 Missão da organização ...................................................................................... 2.3.5 A visão da organização ...................................................................................... 2.3.6 Valores da organização ..................................................................................... 2.4 A informação estratégica: análise ambiental e diagnóstico estratégico .............. 2.4.1 Conceito de análise do ambiente .................................................................... 2.4.2 Como analisar e monitorar o ambiente ............................................................ 2.4.3 Análise externa ................................................................................................ 2.4.4 Análise interna ................................................................................................. 2.5 Desenvolvimento do plano estratégico da organização: gerência do processo do planejamento estratégico – controle, avaliação e ajustes ....................... 2.5.1 Balanced Scorecard/ Mapa estratégico ........................................................... 2.5.2 Como planejar a ação ...................................................................................... 2.5.3 Como divulgar ação .................................................................................................. 2.5.4 Como implantar a ação ............................................................................................. 2.5.5 Como acompanhar, analisar resultados e corrigir rotas ..................................... 2.5.6 Como atualizar a ação ..............................................................................................

3 METODOLOGIA .................................................................................................... 3.1 Natureza da pesquisa .......................................................................................... 3.2 Quanto à abordagem ........................................................................................... 3.3 Quanto aos objetivos ............................................................................................. 3.4 Quanto aos procedimentos ..................................................................................... 3.5 Instrumento de pesquisa ....................................................................................

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11 11 11 11 11 12 12 15 15 16 16 17 18 18 19 19 20 22 22 23 24 25 27 27 30 31 31 32 32 33 33 36 37 37 39 40 41 41 41 42 42 43

4 ANÁLISE DE DADOS.............................................................................................

4.1 Apresentação da pesquisa .................................................................................. 4.2 Análise da pesquisa de satisfação dos clientes ..................................................... 4.2.1 Análise do ambiente da empresa ....................................................................... 4.2.2 Forças competitivas ......................................................................................... 4.2.3 Ambiente interno .............................................................................................. 5 CONCLUSÃO ....................................................................................................... 5.1 Considerações finais ........................................................................................... 5.2 Sugestões para a empresa ................................................................................. 5.2.1 Elaboração do planejamento estratégico .......................................................... 5.2.1.1 Definição do negócio ..................................................................................... 5.2.1.2 Definição da missão ...................................................................................... 5.2.1.3 Definição da visão ......................................................................................... 5.2.1.4 Definição dos valores .................................................................................... 5.2.1.5 Definição dos princípios ................................................................................ 5.2.1.6 Análise do ambiente ...................................................................................... 5.2.1.7 Cenários ....................................................................................................... 5.2.1.8 Objetivos e metas ......................................................................................... 5.2.1.9 Plano de ação ............................................................................................... 5.2.1.10 Controle ........................................................................................................ 5.3 Limitações ........................................................................................................... REFERÊNCIAS ............................................................................................................ APÊNDICE ..................................................................................................................

44 44 44 51 51 52 55

55 56 56 56 56 57 57 57 58 59 60 61 65 67 68 69

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1 INTRODUÇÃO

1.1 Considerações iniciais

O planejamento estratégico pode ser utilizado como um processo de gestão

que apresenta, de maneira integrada, o aspecto futuro das decisões institucionais.

Planejar não é simples, visto o dinamismo do mercado e suas mudanças contínuas,

o que exige da organização uma melhor preparação, capacidade de inovação e

adaptações constantes.

O ambiente de negócios, sua área de abrangência e o posicionamento

estratégico de uma empresa poderão ser o grande diferencial e um passo decisivo

para a liderança. Obtendo o posicionamento e a visão estratégica, a empresa

poderá fixar o rumo das suas ações, definir seus projetos e como desenvolvê-los.

1.2 Situação problemática

Qual a importância do planejamento estratégico para a tomada de decisões

de uma microempresa?

1.3 Objetivos

1.3.1 Objetivo geral

Objetiva-se por meio desta monografia proceder à elaboração de uma

proposta de planejamento estratégico para a empresa, a fim de apontar iniciativas

que contribuam para o melhor desempenho da mesma.

1.3.2 Objetivos específicos

a) analisar as forças e fraquezas da organização, bem como as oportunidades

e ameaças do ambiente em que atua;

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b) definir indicadores para controle de desempenho para as suas diferentes

áreas (Finanças, Marketing e Produção);

c) planejar iniciativas para melhorar a eficiência e a competitividade da

organização.

1.4 Justificativa

Com os efeitos da globalização cada vez mais evidentes em todos os setores,

os desafios a serem transpostos tornam-se também mais complexos, e decisões a

serem tomadas para a permanência no mercado exigem maior comprometimento e

responsabilidade, visando à menor exposição das organizações a riscos.

As empresas lidam com constantes desafios, quer seja em razão das diversas

mudanças no mercado, pela concorrência ou devido a comportamentos internos,

sendo imprescindível que mantenham uma visão futura, com novos métodos de

planejamento.

Sendo assim, é de suma importância que as organizações estejam cientes de

que as estratégias devem ser delineadas e os objetivos devem ser traçados para

sua sustentabilidade. Para tal, o planejamento estratégico é uma ferramenta que

deve ser utilizada para auxiliar a empresa, no sentido de decidir seus objetivos,

definir de que forma as ações devem ser implementadas para o controle do mesmo.

1.5 Caracterização da Empresa

A empresa, objeto deste estudo, está inserida no mercado com o objetivo

social de venda de móveis planjeados. Localizada no muncípio de Pará de Minas,

em Minas Gerais, caracteriza-se por ser uma empresa familiar, sendo que seus

principais clientes são de Pará de Minas e cidades circunvizinhas, além de algumas

empresas.

A empresa iniciou suas atividades de serviços moveleiros em 1989, com sede

em Pará de Minas, na residência do proprietário que, na época, era o responsável

por todas as atividades da empresa, da execução dos serviços ao atendimento ao

cliente.

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Com o passar do tempo, começou a conquistar novos clientes e fidelizá-los,

por possuir amplo conhecimento e experiência na área de móveis planejados,

ocupando um lugar de destaque devido à qualidade nos serviços prestados.

No ano de 1996, o filho do proprietário começou a ajudar na administração do

negócio e fabricação dos móveis. O crescimento da empresa era evidente, por isso

foi necessário admitir novos funcionários e agregar mais valores no seu espaço

físico, para atender seus clientes com mais rapidez e conforto. Mais tarde, com a

aposentadoria do sócio-fundador, outros dois filhos passaram a fazer parte da

administração da empresa, caracterizando-se como empresa familiar.

Hoje, com 24 anos de mercado, a empresa em estudo é administrada por 2

sócios e conta com a colaboração de 3 funcionários, sendo um sócio atuando na

área administrativa e o outro, no departamento financeiro. Os demais funcionários

trabalham na parte de produção e montagem. O setor contábil é todo informatizado,

porém os serviços são terceirizados.

Buscando oferecer um atendimento personalizado a seus clientes, a empresa

possui um diferencial em relação ao seus concorrentes, por produzir móveis

planejados de alta qualidade. Para agregar valor aos seus produtos, a empresa

oferece uma enorme variedade de modelos, tamanhos e cores, possibilitando ao

cliente satisfação e tranquilidade na hora da escolha e compra dos produtos.

Todos os serviços são realizados por marceneiros especializados, utilizando

equipamentos modernos e, assim, assegurando um melhor resultado na execução

dos móveis. A empresa disponibiliza o uso de um software de gestão para

elaboração de móveis planejados (Auto Cad).

A empresa é administrada por um Diretor Geral (função exercida pelo sócio),

por uma gerente financeira, um coordenador de oficina (responsável pela

coordenação dos serviços prestados pelos marceneiros), conforme o organograma

a seguir.

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FIGURA 1 - Organograma da empresa

Fonte: Elaborada pela autora, 2013.

Ge

rente Geral

Gerente

Financeiro

Financeira Coordenador

de produção

Marceneiro Auxiliar de

marceneiro

Gerente Geral

15

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Estratégia empresarial – conceitos fundamentais

O resultado cumulativo de longos anos de aprendizado organizacional deu

origem ao que hoje se chama processo estratégico, ou seja, diretrizes para

determinação de planos de ação que resultem em vantagens competitivas.

2.1.1 Conceito de estratégia

Segundo Maximiano (2011, p.130),

O conceito de estratégia nasceu da guerra, em que a realização de objetivos significava superar concorrente, que fica impedido de realizar os seus. Cada um dos dois lados que derrotar o outro vence. Vem daí a definição de Aristóteles, de que a finalidade da estratégia é a vitória.

Fora do contexto militar, a palavra estratégia é de uso corrente e sugere uma

forma de enfrentar um problema ou uma forma de obter objetivos. De maneira

genérica, estratégia pode ser definida como a escolha das ações e dos meios para

realizar objetivos. Na atualidade, a estratégia compreende tanto as situações de

concorrência quanto as de colaboração entre organizações. A ideia de estratégia está

presente em qualquer situação que envolva a definição dos objetivos e a escolha dos

meios para realizá-los, afirma Maximiano (2011).

Na concepção de Thompson Jr. e Strickland (2003, p.2),

A estratégia da empresa consiste do conjunto de mudanças competitivas e abordagens comerciais que os gerentes executam para atingir o melhor desempenho da empresa. A estratégia, em verdade, é o planejamento do jogo de gerência para reforçar a posição da organização no mercado, promover a satisfação dos clientes e atingir os objetivos de desempenho.

Herrero Filho (2005, p.18) conceitua a estratégia como:

... a escolha dos segmentos de mercado e clientes que as unidades de negócio pretendem servir, identificando os processos internos críticos nos quais a unidade deve atingir a excelência para concretizar suas propostas de valor aos clientes dos segmentos-alvo, e selecionando as capacidades individuais para atingir os objetivos internos, dos clientes e financeiros.

De acordo com Vasconcellos Filho (2001, p. 298), a estratégia competitiva

define “o que a empresa decide fazer e não fazer, considerando o ambiente, para

16

concretizar a visão e atingir objetivos, respeitando os princípios, visando cumprir a

missão no seu negócio”.

Dessa forma, os gerentes projetam estratégias devido à necessidade de

habituar-se à maneira de direção dos negócios da empresa, além de adequar um

meio de ligar as ações e tomadas de decisão nas várias partes da empresa. Sem

um plano estratégico, um gestor não tem uma direção exata para seguir, não tem

um programa de ação padronizado para produzir os resultados desejados, afirmam

Thompson Jr. e Strickland (2003).

De acordo com os autores, a estratégia é uma visão organizacional

importante para definir objetivos traçados, esperados pelas empresas, referindo-se

ao comportamento adaptativo da empresa, acrescentando as principais políticas,

objetivos e metas, além de garantir os recursos e formular as decisões, identificando

o melhor caminho para se chegar aos objetivos.

Conforme Thompson Jr. e Strickland (2003), a estratégia precisa ser praticada

usando princípios de eficiência e eficácia, além de considerar:

a) metas e objetivos – são resultados pretendidos num determinado tempo;

b) políticas – são regulamentos que expressam limites, reduzindo conflitos

num grande espectro hierárquico chamado políticas estratégicas;

c) programas – são ações necessárias que dão continuidade às diretrizes e

expõem objetivos a serem alcançados por meio de recursos previstos e

monitorados.

A estratégia precisa sobrepor medidas corretivas que geram o sucesso e ter

números e demonstrações financeiras, permitindo acompanhar seu

desenvolvimento.

2.1.2 Etapas de execução da estratégia

De acordo com Martins e Mota (2011), a execução estratégica compreende 7

etapas, a saber:

1ª etapa: Mobilizar e comprometer os envolvidos, por meio da identificação

conjunta de problemas e suas soluções.

2ª etapa: Desenvolver uma visão clara de futuro e desdobrá-la na

organização.

17

3ª etapa: Elaborar um plano básico de ações para implementação.

4ª etapa: Concentrar-se em resultados, não em atividades.

5ª etapa: Começar a implementação da estratégia por pequenas partes.

6ª etapa: Institucionalizar as conquistas por meio de políticas, sistemas,

manuais e estruturas formais.

7ª etapa: Monitorar, avaliar e ajustar a estratégia em respostas aos

obstáculos encontrados.

FIGURA 2 - Etapas para a execução da estratégia

Fonte: MARTINS & MOTA, 2011, online.

2.1.3 Os desafios da administração estratégica

A administração estratégica é um desafio constante para os administradores.

As mudanças constantes dos ambientes exigem rapidez e assertividade para

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visualizar as tendências e adotar um posicionamento estratégico. Isso determinará o

sucesso ou insucesso da organização, independente de a organização ter ou não

fins lucrativos. Não se trata apenas de se estabelecer objetivos e atribuir às equipes,

uma vez que são muitos os fatores a considerar. A análise dos ambientes, dos

pontos fracos e fortes da empresa aliada à missão, aos objetivos gerais e seus

Stakeholders, ou seja, outras empresas, clientes, fornecedores, funcionários,

credores e comunidades, fazem do planejamento e a adoção da estratégia uma

tarefa ainda mais desafiadora.

2.2 Estratégia empresarial – conceitos complementares

2.2.1 Vantagem competitiva

De acordo com Herrero Filho (2005, p.61),

O desempenho de uma empresa, em um determinado mercado é fortemente influenciado pela capacidade de criar e sustentar uma vantagem competitiva. Isso representa um grande alerta para as pessoas que pretendem implementar rapidamente o Balanced Scorecard e se concentram na seleção dos indicadores de performance, negligenciando as fontes da vantagem competitiva da empresa.

Herrero Filho destaca que, mesmo que a estratégia competitiva esteja ligada

à capacidade de a empresa praticar suas estratégicas genéricas (liderança de custo,

diferenciação e enfoque), é bom destacar o significado da vantagem competitiva:

a) é a forma como a empresa determina para realizar determinadas funções,

a fim de sobressair em relação aos concorrentes, gerando valor para os

clientes e criando retornos financeiros superiores à média do mercado;

b) a vantagem competitiva é sustentável quando outras empresas não

conseguem repetir ou acreditam que seja muito caro imitá-las;

(c) uma vantagem competitiva somente conseguirá ser assegurada, quando

os esforços de outras empresas para imitar a sua estratégia tiverem cessado

ou fracassado. (HERRERO FILHO, 2005. p. 61).

Conforme o autor, para a formulação de estratégias competitivas, destacam-

se os seguintes passos:

a) formular as estratégias: determinar o que fazer e o que não fazer para

alcançar os objetivos;

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b) checar à consistência das estratégias: após a formulação da estratégia, é

prudente que se cheque a sua consistência;

c) priorizar as estratégias: nem sempre as estratégias são implantadas de

imediato; é preciso estabelecer prioridades dentre as estratégias

previstas.

2.2.2 Análise das forças competitivas

Um pré-requisito para a elaboração do Balanced Scorecard é a análise das

forças competitivas que atuam em determinada empresa.

Conforme afirma Porter (apud HERRERO FILHO, 2005, p.51),

A vantagem competitiva de uma empresa pode ser identificada (e mensurada) pelo valor que ela consegue criar para seus clientes e é demonstrada pelo superior retorno sobre o investimento, a longo prazo.

De acordo com Herrero Filho, Porter criou o modelo teórico das Cinco forças

competitivas, com o objetivo de analisar e apontar os rumos da competição entre

empresas de vários segmentos. São elas:

a) novos entrantes no negócio;

b) ameaça de substituição;

c) poder de negociação dos compradores;

d) poder de negociação dos fornecedores;

e) rivalidade entre as empresas que disputam o mercado.

As cinco forças competitivas revelam a rentabilidade de um determinado

setor, pois agem no sentido de influenciar os preços estabelecidos, os custos, a

inovação, afirma Herrero Filho (2005).

2.2.3 O posicionamento competitivo

A estratégia competitiva de uma organização consiste das abordagens de

negócios e iniciativas estabelecidas para atrair clientes e reforçar sua posição no

mercado. O objetivo da vantagem competitiva é conquistar espaço no mercado e

manter uma clientela leal.

De acordo com Thompson Jr. e Strickland (2003, p.154),

20

A estratégia de uma empresa para competir, tipicamente contém ações ofensivas e defensivas, mudando a ênfase de uma para outra de acordo com as condições no mercado. Esta estratégia inclui manobras táticas de curta duração para enfrentar condições imediatas, bem como ações calculadas para proporcionar impacto duradouro sobre as capacidades de longo prazo da empresa e sua posição no mercado.

As empresas buscam abordagens possíveis para atrair seus clientes,

conquistar a lealdade, superar a concorrência e ganhar vantagem no mercado.

Sendo assim, os gerentes preparam táticas de curta duração e manobras de longo

prazo para adequar a situação da empresa ao ambiente de mercado. Contudo,

existem semelhanças notórias quando se considera o mercado alvo da empresa, o

tipo de vantagem competitiva que a empresa está tentando obter, afirmam

Thompson Jr. e Strickland (2003).

2.2.4 Fatores críticos de sucesso

De acordo com Lobato (2009, p. 103),

As principais forças e fraquezas vão conduzir à identificação dos fatores críticos de sucesso (FCSs) para organização. A ferramenta FCS tem por objetivo priorizar as atividades chave do negócio que precisam ser muito bem-feitas para que a organização atinja seus objetivos. É preciso concentrar as energias da organização para que os FCSs sejam transformados em pontos fortes.

É através dos fatores-chave que se consegue responder às seguintes

perguntas:

- Por que os clientes fazem negócios com a empresa?

- Por que os clientes compraram os produtos e serviços da organização pela

primeira vez?

- Quais são as vantagens que a empresa tem com relação aos competidores

e que podem ser exploradas ao longo do tempo?

- Quais são as atividades realizadas pela empresa, e que concorrentes

dificilmente conseguirão imitar? (LOBATO, 2009).

Através da análise dos fatores-chave de sucesso, pode-se iniciar a

elaboração da matriz SWOT, avaliação das análises externa e interna do ambiente,

afirma Lobato (2009).

21

O termo SWOT de origem inglesa (strenghts, wearness, opportunities

andthreats) pode ser traduzido para o português como: forças, oportunidades,

fraquezas e ameaças da organização. A avaliação estratégica realizada a partir da

Matriz SWOT é uma das ferramentas mais utilizadas na gestão estratégica

competitiva.

QUADRO 1 - Exemplos de forças, fraquezas, oportunidades e ameaças

em uma Matriz SWOT

Forças Fraquezas

Competências básicas em área-chave Falta de foco no negócio

Recursos financeiros adequados, liderança/ imagem de mercado. Instalações obsoletas

Acesso a economias de escala Ausências de competências básicas

Tecnologia pateada Problemas operacionais internos

Vantagens em custos Rede de distribuição limitada

Habilidades em inovação de produtos Habilidades de comercialização abaixo da média

Gerência experiente Falta de acesso a recursos financeiros

Capacidade de fabricação superior Altos custos unitários

Oportunidades Ameaças

Mudanças de hábitos do consumidor Mudanças de hábitos do consumidor

Surgimento de novos mercados Entrada de novos concorrentes com habilidades

Diversificação do mercado Elevação das vendas de produtos substitutos

Possibilidades de integração vertical Uso de tecnologias obsoletas

Queda de barreiras comerciais Mudanças na regulamentação

Expansão do mercado Volatilidade cambial adversa

Desenvolvimento de novas tecnologias

Crescimento do poder de barganha de consumidores e fornecedores

Fonte: THOMPSON; STRICKLAND, 2002 p. 126, adaptado pela autora, 2013.

De acordo com Oliveira (2003), a Matriz SWOT aponta as principais variáveis

relativas ao ambiente externo e interno, sendo apresentados:

- Pontos fortes: são as variáveis internas e controláveis que proporcionam

uma condição favorável para a organização, em relação ao seu ambiente.

- Pontos fracos: são as variáveis internas e controláveis que provocam uma

situação desfavorável para a empresa, em relação ao seu ambiente.

22

- Oportunidades: são as variáveis externas e não as controláveis pela

empresa, que podem criar condições favoráveis para a empresa, desde que a

mesma tenha condições ou interesse de usufruí-las.

- Ameaças: são as variáveis externas e não controláveis pela empresa que

podem criar condições desfavoráveis para a mesma.

2.3 Planejamento empresarial – conceitos fundamentais

2.3.1 Conceito de planejamento

No entender de Oliveira (2003), independente do tamanho da empresa, é

necessário estabelecer metas, parâmetros e estratégias. É importante ter um plano

que direcione as ações do presente como meio de atingir as metas traçadas para o

futuro. O planejamento de uma empresa requer organização, controles, ferramentas

para tomada de decisão e mudança de rumos.

De acordo com Oliveira (2003, p.34),

O planejamento estratégico corresponde ao estabelecimento de um conjunto de providências a serem tomadas pelo executivo para a situação em que o futuro tende a ser diferente do passado; entretanto, a empresa tem condições e meios de agir sobre as variáveis e fatores de modo que possa exercer alguma influência; o planejamento é, ainda, um processo contínuo, um exercício mental que é executado pela empresa, independentemente de vontade específica de seus executivos.

O planejamento é o processo de formulação das estratégias organizacionais e

está relacionado com os objetivos estratégicos de médio e longo prazo que

comprometem o rumo da empresa. No processo de planejamento estratégico, são

preparados, de maneira integrada e articulada, todos os planos táticos e

operacionais da empresa, sendo que o planejamento deve maximizar resultados e

minimizar as deficiências, afirma Oliveira (2003).

De acordo com o autor, o planejamento não elimina os riscos, isso é evidente,

mas ajuda os gestores a identificar e lidar com problemas organizacionais antes de

eles causarem sérios danos à empresa, além de evitá-los. Sendo o planejamento

uma função gerencial básica que compõe o processo administrativo, ele precede e

orienta as demais funções gerenciais, definindo objetivos e decidindo quais recursos

e tarefas são necessários para alcançá-los da melhor maneira possível.

23

Pessoas

Tecnologia Sistemas

FIGURA 3 – Modificações provocadas pelo planejamento

PLANEJAMENTO

Provoca modificações em

Fonte: OLIVEIRA, 2003, P.38, adaptado pela autora, 2013.

2.3.2 Processo do planejamento empresarial

Segundo Maximiano (2011, p. 131),

O processo de planejamento estratégico aplica-se à organização em sua totalidade (estratégia corporativa) e também a cada uma de suas partes: estratégias de produção, de marketing, recursos humanos e assim por diante. As formas de colocar em práticas as estratégias da organização e das áreas funcionais podem ser chamadas de estratégias operacionais. A estratégia chega até o nível do indivíduo.

O planejamento estrutura e esclarece o rumo de ação da empresa e

estabelece os objetivos que precisam ser alcançados. Existem vários componentes

nesse processo, sendo:

a) a missão - razão de ser da organização; através dela, valores, vocação e

competência são analisados;

b) desempenho da organização – mostra os resultados alcançados;

c) desafios e oportunidades do ambiente;

24

Desempenho da organização

Processos mentais,

competências e interesses

dos planejadores

d) competências dos planejadores – ter conhecimento de técnicas e interesse

em planejar. (MAXIMIANO, 2011).

No planejamento empresarial, as principais questões a serem discutidas

estão relacionadas com a segmentação de produtos, serviços e posicionamento ao

tipo de estratégias ideais para a empresa: estratégia por diferenciação, estratégia de

liderança por custos e estratégia por enfoque.

FIGURA 4 - Planejamento estratégico: processo de organizar ideias a respeito do futuro

MISSÃO, VOCAÇÃO, VALORES DA

DA ORGANIZAÇÃO

Ameaças Pontos fortes Oportunidades e fracos do ambiente dos sistemas internos

Fonte: MAXIMIAMO, 2011, p. 132. Adaptado pela autora, 2013.

2.3.3 O negócio da organização

De acordo com Thompson Jr. e Strickland (2003, p. 38) “o negócio de uma

empresa é definido pela necessidade que está sendo atendida, quem está sendo

atendido, e como este atendimento está sendo feito.”

Para se ter uma boa definição de negócio, conforme Thompson Jr. e

Strickland (2003), normalmente, é necessário considerar três fatores;

a) necessidade do consumidor ou o que está sendo atendido;

Processo de planejamento

estratégico

25

b) grupos de consumidores, ou quem está sendo atendido;

c) tecnologias usadas em funções executadas, ou como as necessidades dos

consumidores estão sendo atendidas.

Todos esses fatores são necessários para definir em que negócio a empresa

realmente está. Os grupos de consumidores são relevantes porque eles indicam o

mercado a ser atendido. São de extrema importância a tecnologia e as funções

executadas, porque elas indicam como a empresa vai satisfazer às necessidades de

seus clientes. De acordo Thompson Jr. e Strickland (2003), são dez os benefícios

gerados pela perfeita definição do negócio:

1 – ajuda a focar no diferencial competitivo;

2 – orienta os investimentos;

3 – orienta o marketing;

4 – orienta o treinamento;

5 – orienta o planejamento estratégico;

6 – orienta a terceirização;

7 – ajuda a identificar quem é o concorrente;

8 – ajuda a conquistar o mercado;

9 – ajuda a criar mercado futuro;

10 – evita a miopia estratégica.

2.3.4 Missão da organização

Com base em Oliveira (2003, p.128),

A missão é a razão de ser da empresa. Nesse ponto, procura-se determinar qual negócio da empresa, por que ela existe, ou ainda, em que tipos de atividade a empresa deverá concentrar-se no futuro. Aqui se procura responder á pergunta básica: aonde se quer chegar com a empresa?

Segundo Maximiano (2011, p.135),

O entendimento da missão possibilita compreender o papel que a organização desempenha para seus clientes e partes interessadas (ou stakeholders) relevantes. A administração contemporânea dá grande ênfase às partes interessadas, que devem ser incorporadas na missão.

26

Ainda conforme Oliveira (2003), a missão é uma forma de se demonstrar

determinado sistema de valores em termos de crenças ou áreas básicas de atuação,

considerando as tradições e filosofias da empresa.

Para Oliveira, os pontos de partida do estabelecimento da missão de uma

empresa são:

a) qual a razão de ser da empresa?

b) qual a natureza do negócio da empresa?

c) quais são os tipos de atividades em que a empresa deve concentrar seus

esforços no futuro?

Conforme Oliveira (2003, p.130),

A definição da missão da empresa é importante, porque é nesse ponto que se procura descrever as habilidades essencias da empresa. Essas habilidades são, tipicamente, e mais amplas do que as dimensões genéricas do produto ou serviço. E as habilidades secundárias são críticas, pois afetam o que a empresa pode vender e a quem.

Através da missão, defini-se o rumo que a empresa deve seguir e motiva os

limites dentro dos quais será escolhida uma maneira estratégica relevante, assegura

Oliveira (2003). Por isso, a definição da missão deve atender a critérios racionais e

ponderados e devem:

a) ser motivadores;

b) ser entendíveis;

c) focalizar mais a satisfação das necessidades do cliente que as

características do produto fabricado;

d) ter gestores determinantes que causam impacto no comportamento da

empresa;

e) ser flexíveis.

A missão é a decisão do motivo central do planejamento estratégico, ou seja,

a determinação de “aonde a empresa quer ir”; portanto, corresponde a um horizonte

dentro do qual a empresa atua ou poderá atuar. A missão estabelece o papel da

empresa na sociedade e por isso o ponto de partida do processo de planejamento

estratégico é o seu entendimento. Este entendimento compreende quais produtos e

serviços são ou serão oferecidos para quais clientes e mercados. A missão também

é chamada de negócio ou ramo de negócios por algumas organizações. A missão

reflete a percepção de ameaças e oportunidades, os valores e a vocação da

27

organização. A vocação de uma empresa é o reflexo das suas competências e

recursos, uma vez que compreende as áreas em que tem mais facilidade para atuar.

(OLIVEIRA, 2003).

2.3.5 A visão da organização

Com base em Oliveira (2003, p. 88), a visão pode ser “conceituada como os

limites que os proprietários e principais executivos da empresa conseguem enxergar

dentro de um período de tempo mais longo e uma abordagem mais ampla”. Assim

sendo, pode-se dizer que a visão proporciona o esboço do planejamento estratégico

a ser desenvolvido e implementado pela empresa. “A visão representa o que a

empresa quer ser.”, acrescenta o autor.

De acordo com Thompson Jr. e Strickland (2003, p.36),

A visão estratégica fornece um quadro em perspectiva de “o que somos, o que fazemos e para onde vamos”. Ela não deixa nenhuma dúvida sobre o rumo de longo prazo da organização e para onde a gerência pretende conduzir a empresa. Uma visão estratégica bem concebida é um pré-requisito para uma liderança estratégica eficaz.

A visão da organização, na concepção de Oliveira (2003), deve ser resultado

do consenso e do bom-senso de um grupo de líderes e não da vontade de uma

pessoa e deve seguir alguns aspectos na sua definição:

a) estabelecer a visão de forma clara em relação ao objetivo de lucro;

b) definir e respeitar os direitos das pessoas;

c) direcionar a visão e os valores aos principais focos, consumidores,

funcionários e fornecedores;

d) desenvolver uma cultura de atuação para resultados em sua empresa.

2.3.6 Valores da organização

De acordo com Serra, Torres e Torres (2004, apud LOBATO, 2009, p.70-71),

os valores organizacionais são os princípios de orientação duradouros e essenciais.

“São intrínsecos e importantes somente para os componentes da organização. A

empresa decide por si seus valores, com honestidade, e eles não devem mudar para

reagir a efeitos externos.”

28

Valores são as qualidades, princípios ou crenças que servem como guia ou

critério, para os comportamentos, atitudes e decisões de todas e quaisquer pessoas

que, no exercício das suas responsabilidades e na busca dos seus objetivos,

estejam executando a missão, na direção da visão. Valores são as qualidades que a

empresa apresenta adquirida com o passar dos anos, afirma Lobato (2009).

Conforme o autor, os valores podem ser vistos como um conjunto de crenças

e princípios, cujos objetivos são:

a) facilitar e definir a participação das pessoas no desenvolver da missão,

visão;

b) facilitar a colaboração entre os colaboradores;

c) facilitar o comprometimento dos empregos em relação ao mercado.

O conjunto de valores define os comportamentos e as atitudes, a partir das

seguintes perguntas;

a) Como os empregados devem se portar, individualmente?

b) Como os empregados se relacionam entre si?

c) Como os empregados se relacionam com os clientes?

d) Como a empresa trata seus clientes?

e) Como a empresa faz negócios?

f) Como a empresa relaciona com a comunidade?

g) Com qual responsabilidade frente à sociedade?

h) Que valores, crenças ou princípios são importantes para a empresa fazer o

que faz, para quem faz, e para o que ela quer se tornar?

Valores correspondem ao que é importante para a organização e devem ser

considerados guias para o comportamento no dia-a-dia.

29

FIGURA 5–Processo de planejamento estratégico

O processo inicia-se a partir da:

Considerando a realidade da empresa e de seus

Fonte: OLIVEIRA, 2003, p. 81, adaptado pela autora, 2013.

VISÃO Algumas vezes irrealista quanto aos „destinos‟ da empresa e submetida a uma avaliação

racional e criteriosa das

CONCORRENTES – Com seus

PONTOS FORTES, FRACOS E NEUTROS

Tudo isso “dentro” do horizonte estabelecido para

MISSÃO E que deve conduzir à escolha

PROPÓSITOS- A partir de detalhes

CENÁRIOS- Respeitando a

PROJETOS E PLANOS DE AÇÃO Destinados a orientar a operacionalização do plano estratégico através do

ESTRATÉGIAS E POLÍTICAS

Capazes de: tirar proveitos dos pontos fortes e oportunidades; evitar/eliminar pontos fracos e ameaças

POSTURA ESTRATÉGICA Que possibilita o estabelecimento

MACROESTRATÉGICAS E MACROPOLÍTICAS Que orientarão a formalização de

OBJETIVOS GERAIS E OBJETIVOS FUNCIONAIS Mais realistas que as expectativas e os desejos, como base para a formulação de

DESAFIOS E METAS Quantificados, que permitirão o estabelecimento, em nível funcional, de

OPORTUNIDADES Em termos de: mercados a explorar e recursos a aproveitar

AMEAÇAS Que prejudicarão a empresa e suas oportunidades

ORÇAMENTOECONÔMICO-FINANCEIRO

30

2.4 A informação estratégica: análise ambiental e diagnóstico estratégico

Se conhecemos o inimigo (ambiente externo) e a nós mesmos (ambiente interno), não precisamos temer uma centena de combates. Se nos conhecemos, mas não ao inimigo, para cada vitória sofreremos uma derrota. Se não nos conhecemos nem ao inimigo, perderemos todas as batalhas. (TZU apud VASCONCELLOS FILHO, 2001, p.191).

O ambiente geral é composto por elementos que formam a própria vida da

sociedade e que influenciam de maneira direta e indireta as organizações. Há de

maneira genérica quatro ambientes a serem estudados pelos estrategistas;

ambiente demográfico, sociopolítico, tecnológico e econômico, assegura Lobato

(2009).

O quadro abaixo ilustra alguns segmentos e elementos do ambiente geral.

QUADRO 2 - Ambiente geral: segmentos e elementos

Segmento

Elementos

Demográfico

Tamanho e taxa de crescimento da população

Pirâmide Populacional

Composto ético e principais grupos linguísticos

Distribuição de renda

Evolução dos índices dos preços e quantidades

Taxa de juros de poupança

Econômico

Evolução do PIB e investimentos em capacidade de produção

Balanço de pagamentos

Níveis de emprego e renda do país

internacionalização da economia

Principais traços culturais da população

Sociopolítico

Atitudes, hábitos e diversidade cultural

Leis de defesa da concorrência, leis trabalhistas e tributárias

Investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&D)

Tecnológico

Incentivos á pesquisa e ao desenvolvimento

Geração de inovações e aplicação de conhecimento

Fonte: LOBATO, 2009, p. 76. (Adaptação de Hill, 2002).

31

2.4.1 Conceito de análise do ambiente

De acordo com Vasconcellos Filho (2001, p.197). “A análise do ambiente é um

conjunto de técnicas que permitem identificar e monitorar permanentemente as

variáveis competitivas que afetam a performance da empresa.”

Para Maximiano (2011, p.138), “A análise das ameaças e oportunidades do

ambiente é um dos pilares do planejamento estratégico. Quanto mais competitivo,

instável e complexo for o ambiente, maior a necessidade dessa análise.”

Existem várias formas de dividir o ambiente em componentes para facilitar a

análise. Os principais componentes são os seguintes: ramo de negócios, ações de

governo, tecnologia, conjuntura econômica e sociedade.

2.4.2 Como analisar e monitorar o ambiente

Às vezes, as empresas encontram ambientes externos meios turbulentos,

complicados e globais, fazendo com que se tornem difíceis de interpretar. Para

saber qual a melhor estratégia de lidar com estes ambientes, as empresas envolvem

em um processo contínuo dividido em quatro atividades: escaneamento,

monitoramento, previsão e avaliação, afirma Vasconcellos Filho (2001).

a) escaneamento: promove o estudo de todos os segmentos do ambiente

geral. Através dele, as empresas visualizam os sinais de possíveis mudanças no

ambiente geral e observam mudanças que já estão em andamento;

b) monitoramento: ao monitorar o ambiente, é possível detectar o significado

das mudanças e tendências ambientais. Monitorando as tendências, as empresas

podem se organizar para introduzir novos bens e serviços no momento exato e

assim tirar proveito das oportunidades que as tendências identificadas

proporcionam;

c) previsão: com a previsão do escaneamento e do monitoramento, torna-se

possível cuidar dos eventos e as tendências no ambiente geral em um determinado

período. Prever é importante, a fim de se adequar a uma estratégia perfeita. Assim

sendo, os analistas fazem projeções rápidas e viáveis do que pode acontecer em

relação aos riscos inerentes ao ambiente, que podem ser detectados por meio do

escaneamento e do monitoramento.

32

d) avaliação: o objetivo de avaliar é determinar através da administração

estratégica o momento e a importância dos efeitos das mudanças e tendências

ambientais. Através do escaneamento, monitoramento e previsão, os analistas

conseguem entender o ambiente como um todo. Sendo assim, faz a avaliação para

especificar as implicações desse entendimento para a organização. Para avaliar, é

necessário: definir a abrangência do ambiente a ser analisado; definir o que analisar

no ambiente; identificar o cenário de referência para sua empresa; levantar as

informações relevantes sobre a empresa e criar o radar do ambiente.

2.4.3 Análise externa

Através da análise externa é possível verificar as ameaças e oportunidades

que estão no ambiente da empresa, além de identificar as melhores estratégias para

evitar essas situações. A organização deve olhar para fora de si e para o ambiente

onde estão as oportunidades e ameaças.

Para analisar o ambiente externo, Vasconcellos Filho (2001) sugere que a

empresa observe: o mercado nacional, regional e Internacional; a evolução

tecnológica; os fornecedores; os aspectos econômicos, financeiros e políticos; o

mercado de mão-de-obra e os concorrentes.

Na análise externa, o ambiente é dividido em duas partes:

a) ambiente direto: representa os fatores através dos quais a empresa tem

condição não só de identificar, mas também de medir e avaliar de forma mais

adequada e efetiva o grau de influência recebida;

b) ambiente indireto: representa os fatores através dos quais a empresa

identificou, mas não tem condições de avaliar ou medir o grau de influência entre as

partes. Exemplo: casos demográficos ou sociais.

2.4.4 Análise interna

Conforme Oliveira (2003, p.101), a análise interna “tem por finalidade colocar

em evidência as deficiências e qualidades da empresa que está sendo analisada”,

considerando os pontos fortes e fracos da empresa que determinam a sua atual

situação em relação ao produto versus mercado. Através desta análise, deve-se

tomar como perspectiva para comparação as outras empresas de seu setor de

33

atuação, sejam elas concorrentes diretas ou apenas concorrentes em potenciais,

afirma o autor.

QUADRO 3 - Posturas estratégicas da empresa

Análise Interna

Predominância de

Pontos Fracos

Pontos fortes

Análise Externa Ameaças

Sobrevivência

Manutenção

Predominância de Oportunidades

Crescimento

Desenvolvimento

Fonte: OLIVEIRA, 2003, p.141, adaptado pela autora, 2013.

2.5 Desenvolvimento do plano estratégico da organização: gerência do

processo do planejamento estratégico – controle, avaliação e ajustes

Cada organização tem os seus próprios objetivos. O problema é que os

objetivos organizacionais são vários e, muitas vezes, conflitantes entre si. Em geral,

um objetivo atrapalha o outro.

Algumas organizações definem hierarquias de objetivos para privilegiar

alguns em detrimentos a outros. As prioridades podem definir quais objetivos devem

anteceder aos demais. Mas, como priorizar ao mesmo tempo clientes, pessoas,

processos internos?

2.5.1 Balanced Scorecard/ Mapa estratégico

O Balanced Scorecard - BSC é uma metodologia baseada no equilíbrio

organizacional e que, segundo Oliveira (2003, p. 262), “constitui uma ferramenta

administrativa que envolve várias perspectivas diferentes e que devem ser

34

integradas e balanceadas para promover sinergia”. Para o autor, o BSC se

fundamenta em quatro objetivos e perspectivas.

a) perspectiva financeira: como a organização é vista pelos investidores,

proprietários. É mostrada através dos indicadores se a execução da estratégia está

contribuindo para a melhoria dos resultados, através da lucratividade e do fluxo de

caixa;

b) perspectiva do cliente: como é o melhor jeito de satisfazer o cliente e como

o cliente vê a organização. São levantados indicadores para mostrar se os serviços

prestados estão de acordo com a missão da organização. Exemplo: satisfação dos

clientes, participação no mercado, pontualidade na entrega;

c) perspectiva dos processos internos: quais os processos de negócios em

que a organização precisa ter excelência. Os indicadores precisam mostrar se os

processos e a operação estão alinhados e se estão gerando valor. Ex.: qualidade,

produtividade, logística;

d) perspectiva da inovação e da aprendizagem: qual é a capacidade da

organização para melhorar e preparar para o futuro. Através dos indicadores, é

possível mostrar como a organização pode aprender e se desenvolver para garantir

o crescimento.

A princípio, o BSC constitui apenas um sistema de avaliação de desempenho

organizacional, “que parte do princípio de que os indicadores financeiros, por si

mesmos, não refletem perfeitamente a eficácia da organização”, afirma Oliveira

(2003, p.262), considerando que os indicadores financeiros medem apenas os

resultados dos investimentos e das atividades em termos monetários, portanto, são

insensíveis aos chamados impulsionadores de rentabilidade em longo prazo. Mais

tarde, o BSC passou a ser visto não como estratégia de controle, mas como uma

ferramenta útil para a organização.

Com base em Oliveira (2003, p. 263),

O BSC busca estratégias e ações equilibradas e balanceadas em todas as perspectivas que afetam o negócio da organização, permitindo que os esforços sejam dirigidos para as áreas de maior competência, detectando e indicando as áreas para eliminação de incompetências. É um sistema voltado para o comportamento.

Kaplan e Norton (apud HERRERO FILHO, 2005, p.26) exploram o conceito de

Balanced Scorecard considerando suas diferentes perspectivas.

35

QUADRO 4 – O Conceito do Balanced Scorecard por Kaplan e Norton

1 -O Balanced Scorecard coloca a visão em movimento

“A visão cria a imagem do destino, a estratégia define a lógica de concretização da visão

Os mapas estratégicos e o Balanced Scorecard fornecem as ferramentas para traduzir as

declarações estratégicas genéricas em hipóteses, objetivos, indicadores e metas

“específicas.”

2 - O Balanced Scorecard narra a história da estratégia

"O scorecard deve contar a história da estratégia, começando pelos objetivos financeiros

de longo prazo e relacionando-os depois á sequência de ações que precisam ser tomadas

em relação aos processos financeiros, dos clientes, dos processos internos e, por fim, dos

funcionários e sistemas, a fim de que, a longo prazo, seja produzido o desempenho

“econômico desejado.”

3- O Balanced Scorecard cria a consciência estratégica nos colaboradores

"As organizações focalizadas na estratégia exigem que todos os empregados compreendam

a estratégia e conduzam suas tarefas cotidianas de modo a contribuir para o êxito da

Estratégia."

4 - O Balanced Scorecard explicita o destino estratégico da organização

"O processo de desenvolvimento do Balanced Scorecard dá á organização, normalmente

pela primeira vez, uma clara visão do futuro e do caminho para chegar lá. Além de produzir

e desenvolver um roteiro organizacional que viabiliza a sua visão, o processo de

desenvolvimento do scorecard capta a energia e comprometimento de toda equipe da

alta administração."

5 - O Balanced Scorecard estimula o diálogo na organização

“O scorecard incentiva o diálogo entre as unidades de negócios e os executivos diretores

da empresa não apenas na relação aos objetivos financeiros de longo prazo, mas também

com relação á formulação e implementação de uma estratégia destinada a produzir um

desempenho excepcional no futuro."

Fonte: HERRERO FILHO, 2005, p. 26.

Para elaboração do Balanced Scorecard são necessários:

a) definição das estratégias: a estratégia organizacional deve ser escrita e

comunicada de forma significativa através de um mapa estratégico que permita

mostrar uma disposição lógica sobre como os ativos intangíveis podem ser

transformados em ativos tangíveis;

b) montagem do mapa estratégico: é o desdobrar da estratégia nas

perspectivas básicas. Para cada perspectiva, são selecionadas metas de negócio e

indicadores de correspondentes que devem mostrar se as metas estabelecidas

estão sendo atingidas. As estratégias individuais devem ser interligadas e

integradas. As organizações que focam nas estratégias devem vencer as

tradicionais barreiras departamentais. Novos formatos de organizações são

necessários.

36

c) Montagem do BSC: os objetivos estratégicos e seus desdobramentos,

indicadores, metas e ações precisam ser transmitidos e comunicados às pessoas de

forma consistente e significativa. Trata-se de traduzir a estratégia em termos

operacionais para que ela seja executada adequadamente. Algumas organizações

fazem alguns desdobramentos adicionais para cada perspectiva utilizada, definindo

os fatores críticos, metas e ações necessárias. (OLIVEIRA, 2003).

Três aspectos são fundamentais no Balanced Scorecard: fazer da estratégia a

tarefa diária de cada pessoa; fazer da estratégia um processo contínuo e mobilizar a

mudança através da liderança de executivos.

O Balanced Scorecard cria um conjunto em que as decisões relacionadas

com as operações cotidianas possam ser alinhadas com a estratégia e visão

organizacional, permitindo divulgar a estratégia, promover o consenso e o espírito de

equipe, integrando assim as partes da organização, assegura Oliveira (2003).

2.5.2 Como planejar a ação

Após ter definido as metas necessárias para obtenção dos objetivos

estratégicos, deve-se planejar a execução das ações. Nesse ponto, é necessário

que se defina as ações em médio, curto e longo prazo, que se faça um levantamento

dos planos de ação que a empresa tem em andamento e os avalie com base nos

objetivos do mapa estratégico. Se os planos não estiverem de acordo com as metas,

os mesmos devem ser descartados, garante Lobato (2009).

De acordo com o autor,

O plano de ação é formado por um conjunto de objetivos gerais, estabelecidos em função da missão que, por sua vez, são desdobradas em estratégias. Cada estratégia sinaliza como o objetivo deve ser atingindo, qual o prazo de início e término, quem é o responsável por sua execução e quais os recursos necessários para implantação. Na sua elaboração, são utilizados formulários nos quais os objetivos, estratégias, prazos, responsáveis e recursos são organizados de forma clara para orientar as diversas ações que deverão ser implementadas. (LOBATO, 2009, p. 192).

O plano de ação é uma ferramenta que tem significado no processo de

desdobramento, organização e execução da estratégia. O processo de elaboração

do plano de ação envolve aspectos técnicos, administrativos e pedagógicos, criando

um balanceamento entre a responsabilidade individual e o compromisso coletivo.

37

De acordo com Lobato (2009), o plano de ação serve para apontar as

decisões, deixando que seja feito o acompanhamento do desenvolvimento da gestão

estratégica competitiva. O processo de formular um plano de ação visa:

a) fazer com que as pessoas envolvidas no processo conscientizem,

envolvam e treinem para a execução;

b) estabelecer uma visão clara dos novos padrões, por meio de

documentação que se torne base de avaliação confiável;

c) definir e deixar claras a autoridade e a responsabilidade das pessoas

envolvidas;

d) criar definições para a adequação dos equipamentos, dos materiais, do

ambiente de trabalho;

e) monitorar os resultados.

O plano de ação descreve como colocar em prática o planejamento

estratégico. É necessário que se indique mudanças propostas na gerência ou

organização, analisando novos desafios e procedimentos que o estrategista deve

adotar. (LOBATO, 2009).

2.5.3 Como divulgar a ação

Segundo Vasconcellos Filho (2001, p.324), “O esforço da divulgação deve ser

dosado para evitar a tendência natural de concentração no início do processo e seu

esvaziamento posterior.” Como sugestão, o autor recomenda que a divulgação

coincida com datas especiais para a empresa, tais como: inauguração, aniversário,

conquistas de prêmios, feiras, lançamentos de produtos, etc.

Divulgando seu plano estratégico, algumas empresas têm obtidos ótimos

resultados, com apoio de suas agências de publicidade, as quais dão ao assunto o

tratamento técnico e profissional necessário.

2.5.4 Como implantar a ação

“Implantar é fazer acontecer o que foi planejado!”, diz Vasconcellos Filho

(2001). Nesse sentido, o autor sugere algumas experiências bem-sucedidas:

a) inicie com um grande evento para lançar o plano estratégico;

38

b) assegure a liderança do processo - É bom que o executivo principal da

empresa faça o papel de líder no processo do planejamento estratégico,

assegurando sua prioridade e continuidade;

c) multiplique a liderança - É necessário que a liderança seja estendida por

toda a empresa; ela deve ser complementada através da atuação de agentes

multiplicadores, que também precisam ser líderes e formadores de opinião;

d) disciplina, otimismo e determinação devem ser atitudes valorizadas, pois

são características das empresas e pessoas vencedoras;

e) mantenha o rumo.

A implantação de uma estratégia corresponde, por exemplo, a um novo

produto ou serviço, cliente ou tecnologia; sendo assim, é necessário fazer as

alterações internas na empresa, seja na estrutura organizacional, no sistema de

informações ou no recurso. O gestor deve estar atento a estas alterações para evitar

que possíveis problemas que possam atrapalhar bons resultados na nova estratégia.

Baseado no que diz Oliveira (2003), seguem alguns aspectos a serem

observados na implantação de estratégias em uma empresa:

a) a estratégia deve ser identificada com as pessoas da empresa;

b) é necessário que a estratégia seja consistente ao ambiente da empresa,

considerando os pontos fortes internos, objetivos e políticos;

c) equilibrar o risco e o lucro da empresa de forma apropriada;

d) o desenvolvimento da estratégia deve analisar o objetivo e incorporar ao

processo a máxima aplicação de imaginação e criação;

e) saber quando e como aplicar cada técnica a um problema, compreendendo

os diferentes processos de desenvolvimento da estratégia;

f) a estratégia não pode ser ilimitada ao tempo, pois pode proporcionar ao

concorrente tempo para que ele ataque esta estratégia, diminuindo seu

sucesso ou determinando seu fracasso;

g) é bom que as estratégias sejam formuladas no período do planejamento

estratégico, ou em outras ocasiões, pois a estratégia é um processo contínuo,

e não um processo que pode ser desenvolvido em um programa cíclico;

h) as boas estratégias são traçadas para se acertarem a determinada

situação, negócio, empresa e modelo de gestão;

39

2.5.5 Como acompanhar, analisar resultados e corrigir rotas

De acordo com Vasconcellos Filho (2001, p. 346), “... planejar é intenção.

Implantar é ação”.

O acompanhamento da implantação do planejamento motiva as pessoas, pois

elas passam a usar os resultados como referência para avaliar seu desempenho.

É bom que o processo de planejamento seja acompanhado da seguinte

forma, expõe Vasconcellos Filho (2001): negócio; missão; princípios; ambiente;

visão; objetivos; estratégias competitivas; ações.

Quando se constata que algo pode não ocorrer, de imediato deve ser aplicada

uma ação corretiva, evitando problemas maiores.

Ainda segundo Vasconcellos Filho (2001, p.349), “para corrigir rota, não ceda

à tentação de mover „o alvo para o local para onde foi a flecha‟. O essencial é

corrigir e compensar suas ações e atingir os objetivos definidos”.

Quando se faz a avaliação da estratégia, o executivo verifica se essa

estratégia, tal como foi implementada, proporcionou ou não ações capazes de atingir

os objetivos e desafios da empresa aos quais estava relacionada.

A estratégia não pode ser avaliada apenas após sua implementação, mas

também para sua escolha. Os executivos devem analisar os seguintes aspectos:

a) a estratégia deve ser integrada aos aspectos internos da empresa; estando

de acordo com a cultura e o clima organizacional, será aceita e apoiada em

seu desenvolvimento;

b) deve estar relacionada aos aspectos externos da empresa, o que significa

estar de acordo com as condições e aspectos do ambiente da organização,

sendo referentes a condições atuais ou futuras, através de um processo de

mutação contínua;

c) a estratégia deve ser adequada à missão, aos propósitos, aos objetivos e

aos desafios da empresa;

d) estar adequada aos recursos existentes e disponíveis na empresa;

e) deve analisar o grau de risco que o executivo julga aceitável. O grau de

risco adequado ou aceitável está muito relacionado aos recursos da empresa,

observando que quanto maior a quantidade de recursos de uma empresa,

maiores os riscos que ela pode aceitar;

40

f) adequar-se ao horizonte ou período de tempo considerado para que os

objetivos e desafios sejam alcançados. Sendo assim, o executivo precisa

observar que, quanto mais distantes no tempo estiverem os objetivos e

desafios considerados, maior é o número de mudanças que poderão surgir,

sejam internas ou externas à empresa; portanto, as estratégias devem ser

flexíveis;

g) a estratégia deve estar ligada às expectativas e exigências dos

proprietários e executivos da empresa.

2.5.6 Como atualizar a ação

De acordo com Vasconcellos Filho (2001, p.351),

A metodologia para se formular um Plano Estratégico pode ser dividida em dois conjuntos: um mais permanente, pelo menos influenciável pelas mudanças do ambiente, e outro mais vulnerável pelas alterações do ambiente. Ambos, porém, devem ser periodicamente submetidos a processos de atualização.

Para atualizar o Plano Estratégico, são realizadas reuniões de Análise da

Estratégia, a fim de apreciar a evolução dos indicadores e acompanhar o

desempenho dos projetos estratégicos. Essas reuniões são essenciais para o ciclo

de aprendizado estratégico. A estratégia pode ser questionada e, eventualmente,

atualizada a partir do aprendizado gerado pela execução das reuniões, quando,

então, acontece um novo ciclo de formulação. As referenciadas reuniões fornecem

dados e fatos que asseguram uma gestão objetiva da estratégia.

41

3 METODOLOGIA

De acordo com Lakatos (2007, p. 44)

Todas as ciências caracterizam-se pela utilização de métodos científicos; em contrapartida, nem todos os ramos de estudo que empregam esses métodos são ciências. Dessas afirmações, podemos concluir que a utilização de métodos científicos não é da alçada exclusiva da ciência, mas não há ciência sem o emprego de métodos científicos.

Metodologia é o desenvolvimento do trabalho, considerando a natureza da

pesquisa, seus objetivos, abordagem e procedimentos.

As pesquisas podem ser classificadas, conforme Gil (2010), segundo a

natureza dos dados, a abordagem, o ambiente em que estes são coletados, o grau

de controle das variáveis, os fins, os objetivos, os métodos etc.

3.1 Natureza da pesquisa

Quanto à natureza, este estudo pode ser classificado como pesquisa

aplicada, pois objetiva gerar conhecimentos com vistas à aplicação numa situação

específica. De acordo com Gil (2010, p.26), “a pesquisa aplicada abrange estudos

elaborados com a finalidade de resolver problemas identificados no âmbito das

sociedades em que os pesquisadores vivem”.

3.2 Quanto à abordagem

Do ponto de vista da forma de abordagem, a pesquisa pode ser classificada

de duas formas: pesquisa quantitativa ou qualitativa, afirma Roesch (1999).

Os métodos usados neste trabalho são a pesquisa qualitativa e quantitativa.

Na pesquisa qualitativa, as informações não podem ser quantificáveis e a

interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados são básicas para

descrever o objeto da pesquisa.

A pesquisa quantitativa busca o levantamento de dados para a forma de

análise estatística. Entende-se que significa traduzir em números opiniões e

informações para classificá-las e analisá-las, afirma Gil (2010).

42

3.3 Quanto aos objetivos

“Toda pesquisa tem seus objetivos, que tendem, naturalmente, a ser

diferentes dos objetivos de qualquer outra.”, afirma Gil (2010, p. 27). Segundo o

autor, as pesquisas podem ser classificadas quanto aos seus objetivos em:

exploratórias, descritivas e explicativas.

Quanto aos objetivos, este estudo se caracteriza como pesquisa explicativa e

descritiva. Segundo Gil (2010, p.28), a pesquisa explicativa “tem como propósito

identificar fatores que determinam ou contribuem para ocorrência de fenômenos”,

além de aprofundar o conhecimento da realidade, uma vez que “tem por finalidade

explicar a razão, o porquê das coisas”.

Quanto à pesquisa descritiva, Gil afirma que seu objetivo é descrever as

características de um ambiente, uma população ou fenômeno, ou estabelecer

relações entre as variáveis.

3.4 Quanto aos procedimentos

Para que se possa avaliar uma pesquisa, faz-se necessário “saber como os

dados foram obtidos, bem como os procedimentos adotados em sua análise e

interpretação”, afirma Gil (2010, p.28)

Quanto aos procedimentos técnicos utilizados, o autor apresenta a seguinte

classificação: pesquisa bibliográfica; pesquisa documental; pesquisa experimental;

pesquisa ex-pós facto; estudo de coorte; levantamento; estudo de campo; estudo de

caso; pesquisa ação e pesquisa participante.

Assim sendo, foi realizada a pesquisa bibliográfica para a elaboração do

referencial teórico, assim como para orientar os procedimentos metodológicos

envolvidos no presente estudo: coleta, análise de dados e apresentação de

resultados da pesquisa.

Conforme Gil (2010), a pesquisa bibliográfica tem seu embasamento principal

em livros, artigos científicos, revistas, dissertações, etc., além dos disponíveis na

internet. Sua principal vantagem é “permitir ao investigador a cobertura de uma

gama de fenômenos muito mais ampla do que aquela que poderia pesquisar

diretamente”, assegura o autor (p.30).

43

Tendo em vista as características e objetivos do presente estudo, tornou-se

indispensável para sua realização a pesquisa de levantamento. Gil (2002) explica

que tal pesquisa é ideal quando se deseja conhecer o comportamento das pessoas

em determinada situação e, portanto, precisa-se interrogá-las diretamente.

O estudo de caso é o delineamento mais adequado para investigar um

fenômeno dentro de seu contexto real. A presente pesquisa se enquadra no estudo

de caso, uma vez que se pretendeu conhecer a gestão de negócios da empresa, a

fim de elaborar um plano estratégico para a organização.

“O estudo de caso refere-se ao levantamento com mais profundidade de

determinado caso ou grupo humano, sob todos os seus aspectos. Entretanto, é

limitado, pois restringe ao caso que estuda (...)”, argumenta Lakatos (2007, p. 274),

3.5 Instrumento de pesquisa

O instrumento de coleta de dados utilizado neste estudo foi constituído de

dois questionários, sendo um aplicado aos clientes (Apêndice A) e outro aplicado ao

sócio-gestor da empresa analisada (Apêndice B).

Os dados coletados foram analisados pelo conteúdo e serviram de suporte

para a elaboração da identidade estratégica e análise do ambiente da organização.

44

4 ANÁLISE DE DADOS

4.1 Apresentação da pesquisa

Este capítulo apresenta a análise de dados da pesquisa feita com clientes de

uma empresa do ramo moveleiro, neste estudo denominada „Carpintaria Dois

Irmãos‟, situada em Pará de Minas-MG, com a finalidade de mensurar a satisfação

da clientela quanto ao atendimento oferecido pela empresa, além de identificar o

ambiente da organização

O instrumento de pesquisa foi aplicado no período de 22 a 25 de agosto de

2013, pela própria autora. Foram aplicados, a 17 clientes da carpintaria, um

questionário (Apêncide A), contendo 11 questões fechadas e espaço reservado para

sugestões e/ou críticas. Na empresa, apenas o gestor participou da pesquisa,

respondendo a um questionário (Apêndice B) composto de 32 perguntas abertas,

abordando os fatores do ambiente da organização.

Inicialmente, apresentou-se os resultados obtidos na pesquisa com os

clientes que podem ser visualizados através da demonstração dos gráficos; em

seguida, demonstrou-se o resultado do levantamento feito junto ao gestor da

Carpintaria Dois Irmãos a partir da análise do ambiente, que possibilitou identificar

os fatores que podem influenciar as operações organizacionais, as forças

competitivas e o ambiente interno da empresa analisada.

4.2 Análise da pesquisa de satisfação dos clientes

A presente análise teve por objetivo avaliar a satisfação dos clientes da

Carpintaria Dois Irmãos em relação aos produtos fabricados, quanto à qualidade,

agilidade na entrega, eficiência e atendimento.

O gráfico 1 apresenta a faixa etária dos entrevistados.

45

GRÁFICO 1 – Faixa etária

Fonte: Dados da pesquisa. Elaborado pela autora, 2013.

Os dados obtidos mostraram que 35% dos 17 clientes têm idade entre 21 a

30 anos; 24% estão na faixa de 31 a 40 anos; 29% têm idade entre 41 a 50 anos e

12% mais de 51 anos. Nota-se que a maior parte dos entrevistados (35%) é jovem;

esse resultado evidencia que o público-alvo da empresa é composto por pessoas

que têm objetivos pré-estabelecidos quanto à constituição de um lar.

O gráfico 2 mostra a forma com que os clientes ficaram conhecendo a

empresa. Vale ressaltar que alguns clientes marcaram mais de uma resposta,

portanto, o resultado do gráfico representa a percentagem relativa a cada uma das

opções e não, ao número de clientes.

GRÁFICO 2 – Formas de conhecimento da empresa

Fonte: Dados da pesquisa. Elaborado pela autora, 2013.

35%

24%

29%

12%

De 21 a 30

De 31 a 40

De 41 a 50

Mais de 51

0%

16%

79%

5%Catálago

Cartão Empresa

Indicação de amigo

Outro

46

Pelos resultados, entende-se que a divulgação feita pelos próprios clientes é

bastante representativa (79%), comparada com os 16% de entrevistados que

conheceram a organização por meio do cartão da empresa e a minoria (5%) que é

cliente em razão dos laços afetivos, pois são parentes ou amigos da família há muito

tempo. A opção „catálago‟ não foi assinalada por nenhum respondente, confirmando

que o melhor meio de divulgação da empresa analisada é a „indicação‟.

O gráfico a seguir faz referência aos motivos pelos quais os respondentes

optaram pelos serviços da empresa.

GRÁFICO 3 – Motivos de contratação dos serviços da empresa

Fonte: Dados da pesquisa. Elaborado pela autora, 2013.

Como no gráfico anterior, nesta questão também houve mais de uma resposta

por cliente. Das opções apresentadas, o preço não figurou como motivo relevante

para o aumento da clientela, pois essa opção ficou com apenas 21% do total de

marcações, se comparado com os 32% que buscam um atendimento diferenciado e

47% que „procuram por recomendação de outras pessoas pelos bons serviços

prestados‟. A localização não foi assinalada por nenhum cliente, deixando claro que

esse não é um fator de escolha do cliente. Considerando os resultados, nota-se que

os bons serviços prestados são o ponto forte da empresa, pois, comparando o

resultado dos gráficos 2 e 3, percebe-se que o feedback dos clientes é o principal

motivo pelo qual outros compradores procuram a organização.

Em seguida, foi avaliado o grau de facilidade dos clientes de entrar em

contato com a empresa, seja por telefone, e-mail ou visita.

21%

32%

0%

47%

Preço Acessível

Atendimento personalizado

Localização

Recomendação

47

GRÁFICO 4 – Facilidade de comunicação com a empresa

Fonte: Dados da pesquisa. Elaborado pela autora, 2013.

O gráfico 4 mostra que a maioria (94%) dos entrevistados encontra facilidade

de comunicação com empresa; apenas 6% disseram que não, deixando em

evidência que a empresa investe no bom atendimento ao cliente.

O gráfico 5, 6,7 e 8 analisam a satisfação dos clientes em relação à agilidade

do atendimento comercial, à eficiência e satisfação geral com os serviços

prestados.

GRÁFICO 5 – Agilidade do atendimento comercial

Fonte: Dados da pesquisa. Elaborado pela autora, 2013.

Observando o resultado, percebe-se que a empresa prima pelo bom

atendimento comercial ao cliente, pois 53% disseram estar satisfeitos e 47% estão

94%

6%

0%

Sim

Não

Às vezes

0% 0%

53%

47%

Muito Insatisfesto

Insatisfeito

Satisfeito

Muito satisfeito

48

muito satisfeitos; nenhum entrevistado avaliou o atendimento como muito insatisfeito

ou insatisfeito.

GRÁFICO 6 – Eficiência e prestação de serviços

Fonte: Dados da pesquisa. Elaborado pela autora, 2013.

Pela análise do gráfico acima, entende-se que a eficiência é ponto forte da

empresa, pois 41% dos 17 entrevistados avaliaram estar satisfeitos e 59%

apontaram como „muito satisfeitos‟ em relação à eficiência e prestação de serviços

da empresa. Nenhum entrevistado avaliou o atendimento como „muito insatisfeito‟ ou

„insatisfeito‟.

GRÁFICO 7 – Satisfação geral do serviço prestado

Fonte: Dados da pesquisa. Elaborado pela autora, 2013.

O gráfico 7 avalia a satisfação geral dos clientes em relação aos serviços

prestados. O resultado é bastante favorável para a empresa, uma vez que a maioria

0% 0%

41%

59%

Muito InsatisfeitoInsatisfeito

Satisfeito

Muito Satisfeito

0% 0%

41%

59%

Muito InsatisfeitoInsatisfeito

Satisfeito

Muito Satisfeito

49

absoluta (59%) disse estar „muito satisfeito‟ e 41% estão satisfeitos com os serviços

prestados pela carpintaria; nenhum entrevistado avaliou o atendimento como „muito

insatisfeito‟ ou „insatisfeito‟, enfatizando que a empresa prioriza a satisfação dos

clientes.

O gráfico a seguir faz referência ao nível de qualidade do produto.

GRÁFICO 8 - Qualidade do produto

Fonte: Dados da pesquisa. Elaborado pela autora, 2013.

Ao serem interrogados sobre a qualidade do produto, novamente a carpintaria

foi favorecida com o resultado, pois 29% classificaram como „boa‟ e 71% disseram

que é „ótima‟ . Nenhum dos entrevistados avaliou como „regular‟ e „ruim‟.

Os gráficos 9 e 10 medem a satisfação do clientes em relação a uma nova

utilização dos serviços e indicação da empresa para futuros clientes.

GRÁFICO 9 – Reutilização do serviço da empresa

Fonte: Dados da pesquisa. Elaborado pela autora, 2013.

71%

29%

0%

0%

Ótimo

Boa

Regular

Ruim

100%

0%0%

Sim

Não

Talvez

50

GRÁFICO 10 – Indicação do serviço da empresa

Fonte: Dados da pesquisa. Elaborado pela autora, 2013.

Os dados apresentados nos gráficos acima mostram que todos os

entrevistados (100%) voltariam a utilizar o serviço da Carpintaria Dois Irmãos e a

indicariam para futuros clientes. As opções „não‟ e „talvez‟ não foram assinaladas por

nenhum cliente nas duas questões.

Ainda sobre a indicação da empresa, questionou-se aos clientes sobre os

motivos pelos quais recomendariam a empresa. Nesta questão, os entrevistados

marcaram mais de uma opção.

GRÁFICO 11 – Motivo de indicação a outros clientes

Fonte: Dados da pesquisa. Elaborado pela autora, 2013.

100%

0%0%

Sim

Não

Talvez

17%

52%

14%

17%Preço Acessível

Qualidade no serviçoAgilidade na entregaAtendimento

51

Analisando o gráfico acima, verifica-se que a qualidade dos serviços

prestados é o principal motivo pelo qual o cliente sugere a empresa a outros

clientes, totalizando 52%; a indicação por „preço acessível‟ e „atendimento‟ alcançou

o mesmo índice (17%); a opção „agilidade na entrega‟ atingiu 14%.

4.2.1 Análise do ambiente da empresa

Através da análise do ambiente competitivo, foi possível identificar fatores

ambientais capazes de influenciar as operações organizacionais. Para a realização

dessa análise, o ambiente foi dividido em três partes: geral, externo e interno.

A análise do ambiente competitivo da empresa em estudo inicia com a

explicação das variáveis externas que compõe o ambiente geral. Essas variáveis

podem afetar o setor e as organizações nelas inseridas, sendo divididas em quatro

segmentos: político e social, conforme salienta Maximiano (2011).

Em relação ao segmento político, conforme relata o sócio gestor, “poderia

existir uma fiscalização municipal mais rigorosa em relação aos concorrentes” capaz

de verificar “se as outras empresas no ramo moveleiro estão com seus pagamentos

de impostos em dia” (Sic). Considerando que outras empresas do ramo não estão

devidamente registradas no órgão fiscalizador do município, essa inspeção torna-se

importante para a empresa, uma organização que mantém seus impostos em dia.

No segmento social, encontra-se a escassez de mão-de-obra qualificada.

Conforme sugere o sócio gestor, a maioria dos candidatos à vaga não possui

experiência, “necessitando passar por um processo de aprendizagem e muitas

vezes não continuam no cargo” (Sic). Dessa forma, dificulta a contratação de

funcionários especializados no setor moveleiro.

4.2.2 Forças competitivas

Conforme sugere Porter (1999 apud HERRERO FILHO, 2005), a análise do

ambiente externo pode ser realizado através das forças competitivas, formadas por

cinco elementos: rivalidade entre as empresas concorrentes, ameaças de novos

entrantes, ameaça de produtos substitutos, poder de negociação dos clientes e

poder de negociação dos fornecedores. Dessa forma, a empresa terá uma análise

da sua concorrência, permitindo uma visualização completa do seu ambiente

52

externo. Com base no exposto, serão apresentadas as cinco forças competitivas de

acordo com a realidade da empresa analisada.

- Rivalidade entre as empresas: no segmento moveleiro, na região de Pará de

Minas, a rivalidade entre os concorrentes é bem forte, pois a demanda pequena em

relação à oferta que se tem.

- Ameaça de novos entrantes: a Carpintaria Dois Irmãos busca monitorar

constantemente o ambiente, para facilitar a identificação dos novos entrantes. De

acordo com o sócio-gestor, para a abertura de uma nova empresa nesse ramo,

necessita-se de um alto investimento em tecnologias, equipamentos, uma vez que a

competição com as empresas já existentes é bem difícil. Outro fator que se leva em

consideração é a falta de mão-de-obra qualificada, que prejudica na admissão de

funcionários e, consequentemente, a abertura de novas empresas.

- Ameaça dos produtos substitutos: sobre essa força competitiva, a empresa

alega ser quase inexistente no ramo em que atua, porque seus produtos são

planejados e personalizados e o mercado de produtos substitutos oferece móveis

produzidos em larga escala, o que não constitui uma ameaça para a organização.

- Poder de negociação dos clientes: na Carpintaria Dois Irmãos, essa força

competitiva é analisada através do público-alvo. Os clientes em potencial da

carpintaria são toda e qualquer pessoa que pretende utilizar o serviço de móveis

personalizados e planejados em suas casas ou empreendimentos. Clientes são

todas as pessoas que buscam um produto diferenciado, qualidade empregada e

atendimento dos seus colaboradores.

- Poder de negociação dos fornecedores: a maioria dos produtos necessários

para a produção é encontrada em três fornecedores, sendo um de Pará de Minas e

outros dois de cidades vizinhas, sendo que todos trabalham com pronta entrega e

são ágeis. Um ponto forte é que as empresas fornecedoras são reconhecidas no

mercado pela qualidade dos seus produtos vendidos e a carpintaria tem muita

credibilidade junto a eles.

4.2.3 Ambiente interno

Para a realização do ambiente interno da carpintaria, optou-se por dividi-lo em

duas partes: forças e fraquezas. Alguns autores sugerem que a análise seja

53

desenvolvida através de suas áreas funcionais que são: marketing, finanças,

produção e operações, pesquisa e desenvolvimento, compras e recursos humanos.

Em reunião com o sócio-gestor, primeiramente foi explicado sobre a

realização da análise do ambiente interno. Iniciou-se a identificação das

características que interferem de forma positiva e negativa nas áreas funcionais,

considerando pontos relevantes que influenciam na organização.

De acordo com o sócio-gestor, “atualmente o marketing da empresa é

realizado anualmente, através de catálogo telefônico”. (Sic) Como a empresa é

antiga no mercado e trabalha com qualidade em busca da satisfação do cliente,

existe um feedback positivo dos clientes. Assim sendo, os próprios clientes fazem a

divulgação, indicando novos clientes.

A área financeira da carpintaria apresenta credibilidade junto aos

fornecedores, quitando seus títulos em dia. O setor não é todo informatizado, porém

faz-se um controle interno em agendas, arquivamentos de pasta de todas as

entradas e saídas, controle de preços e custos de vendas dos produtos. Tudo

anotado com datas e por uma única responsável, tornando fácil o manuseio.

Segundo o sócio-gestor, “a área de recursos humanos é desenvolvida no

escritório da própria empresa, onde é realizada uma entrevista com o candidato à

vaga, para verificar quais os conhecimentos que este tem na área”. (Sic) Os

departamentos de Recursos Humanos e Financeiro estão sob a responsabilidade de

uma mesma pessoa que, juntamente com o sócio-gestor, faz o pagamento dos

funcionários, o recrutamento, seleção e contratação dos colaboradores.

Os responsáveis pela Carpintaria Dois Irmãos consideram seus

colaboradores fundamentais para o desenvolvimento da empresa e observam neles

uma vantagem competitiva, ou seja, procuram trabalhar com um atendimento

diferenciado ao cliente, trabalham com segurança e responsabilidade, a fim de

conseguir benefícios a médio e longo prazo para a organização.

Para a realização do serviço, inicialmente é feito um cadastro do cliente, em

seguida o vendedor faz o orçamento conforme o cliente deseja que, após aprovado,

é passado para o coordenador de produção para o início da execução do serviço.

Após ser fabricado, conforme o cliente deseja, faz-se uma avaliação do móvel antes

de ser transportado para a casa do cliente. Passados alguns dias, realiza-se um

pós-venda, para sondar a satisfação do cliente.

54

A compra de materiais é realizada semanalmente, conforme a demanda de

serviço e necessidade de estoque, sendo esta uma responsabilidade do gerente

financeiro. Notando a necessidade de compra, define-se de qual fornecedor será

solicitado o material, para que os serviços sejam desenvolvidos em tempo hábil e os

marceneiros não percam tempo na execução dos mesmos. Os próprios gestores

percebem a necessidade de melhor controle de estoque, evitando a compra de

produtos desnecessários.

55

5 CONCLUSÃO

5.1 Considerações finais

O planejamento estratégico é uma ferramenta de gestão muito importante

para qualquer organização, seja ela, pequena, médio ou grande. A empresa, tendo

conhecimento de seus valores e sua cultura, analisando o ambiente em que está

inserida e possuindo uma visão do futuro, acaba adquirindo vantagem competitiva

diante dos seus concorrentes, pois mesmo tendo objetivos e metas desafiadoras, ela

formula as estratégias e consegue alcançar seus sonhos e objetivos. Nesses

termos, surgiu a necessidade de desenvolver uma elaboração de proposta de

planejamento estratégico para a empresa analisada.

Através do referencial teórico, levantado para dar sustentação ao trabalho, da

metodologia de pesquisa e da entrevista feita com o proprietário da empresa, foi

possível identificar e analisar os pontos fortes e fracos a serem melhorados na

organização.

O objetivo geral do trabalho foi atingido, pois foram levantadas informações

estratégicas que permitiram elaborar um planejamento estratégico que poderá ser

implantado pela empresa analisada.

Os objetivos específicos do trabalho também foram concluídos, pois, a partir

da pesquisa realizada, foi possível analisar a satisfação do cliente em relação ao

atendimento oferecido pela empresa, bem como identificar as forças e fraquezas, as

oportunidades e ameaças do ambiente em que atua, para então definir os

indicadores de controle de desempenho para as suas diferentes áreas (Finanças,

Marketing e Produção).

Seria importante que o proprietário mantivesse a continuidade do plano em

ação e fizesse o controle do mesmo, para que possam ser realizados os ajustes,

caso necessário.

Com a realização do trabalho, foi possível notar que, devido à globalização

cada vez mais presente no mercado de trabalho em geral, o planejamento

estratégico deve ser utilizado a fim de auxiliar a empresa na tomada de decisão,

definindo seus objetivos e as ações estratégicas a serem implementadas.

56

5.2 Sugestões para a empresa

5.2.1 Elaboração do planejamento estratégico

Para a elaboração do planejamento estratégico, aplicou-se um questionário e

fizeram-se reuniões com o gestor da empresa.

Buscando subsídio no referencial teórico elaborado para este estudo,

apresentou-se ao gestor da empresa uma breve explicação sobre a definição dos

conceitos de planejamento estratégico e sua importância para as organizações.

Após a pesquisa, procurou-se elaborar o planejamento estratégico da

empresa em estudo, conforme consta a seguir.

5.2.1.1 Definição do negócio

Em conversa com o gestor da organização foi explicado a ele o conceito de

negócio. Conforme Thompson Jr. e Strickland (2003, p.38), “o negócio de uma

empresa é definido pela necessidade que está sendo atendida, quem está sendo

atendido, e como este atendimento está sendo feito.”

De acordo com a posição do sócio-gestor, o negócio da carpintaria baseia-se

em “fazer móveis planejados oferecendo móveis com qualidade e pontualidade na

entrega”. Sendo assim, o negócio da empresa pode ser definido como:

“Móveis planejados”.

Após definido o negócio da empresa, a próxima etapa para o

desenvolvimento do planejamento foi definir a missão.

5.2.1.2 Definição da missão

Conforme Oliveira (2003, p.128), “missão é a razão de ser da empresa. Nesse

ponto, procura-se determinar qual é o negócio da empresa, por que ela existe, ou

ainda em que tipos de atividade a empresa deverá concentrar-se no futuro”.

Para elaborar a missão da Carpintaria Dois Irmãos, foi proposto ao sócio-

gestor, por meio de quatro questões, que ele apresentasse uma explicação sobre a

razão da existência do negócio, considerando os principais aspectos: O que a

empresa faz? Como ela faz? Onde ela faz? Com qual responsabilidade social?

57

Através da análise das respostas, concluiu-se que, na visão do sócio-gestor, a

missão da carpintaria “é fazer móveis planejados proporcionando qualidade nos

serviços prestados, utilizando inovações tecnológicas e oferecendo um atendimento

personalizado ao cliente”. Sendo assim, a missão da empresa ficou definida como:

"Proporcionar conforto, funcionalidade e beleza a ambientes

residenciais e empresariais"

Definidos o negócio e a missão, a próxima questão a ser definida foi a visão

da empresa.

5.2.1.3 Definição da visão

Para Oliveira (2003, p. 88), a visão da empresa “é conceituada como os

limites que os proprietários e principais executivos da empresa conseguem enxergar

dentro de um período de tempo mais longo e uma abordagem mais ampla”. Assim,

entende-se que a visão representa o que a empresa quer ser. Nesse sentido, foi

elaborada a seguinte visão da organização:

“Ser reconhecida no mercado pela excelência e qualidade em móveis

planejados”.

A próxima etapa: definição dos valores da empresa.

5.2.1.4 Definição dos valores

Valores são as qualidades que a organização apresenta, adquiridas com o

passar dos anos e que servem como guia ou critério para os comportamentos,

atitudes e decisões de todas e quaisquer pessoas que, no exercício das suas

responsabilidades e na busca dos seus objetivos, estejam executando a missão, na

direção da visão, assegura Lobato (2009). Com base nessa afirmativa, foram

definidos os valores da Carpintaria Dois Irmãos, a saber:

Tradição; qualidade; seriedade; excelência e competência.

5.2.1.5 Definição dos princípios

Para a elaboração dos princípios foram considerados os aspectos mais

relevantes, levando em conta a realidade, a cultura e o cotidiano da organização

58

analisada. Os princípios podem ser modificados ou substituídos caso haja

necessidade da mesma forma que outros poderão ser incluídos, dependendo da

situação em que a empresa se encontra. Dessa forma, os princípios da empresa

ficaram assim definidos:

Clientes como prioridades; qualidade e garantia nos serviços prestados;

estimulação do empreendedorismo; respeito nas relações internas e externas

da empresa.

O quadro a seguir apresenta o esboço da identidade estratégica proposta, a

fim de proporcionar uma melhor visualização.

QUADRO 5 – Identidade estratégica

IDENTIDADE ESTRATÉGICA

NEGÓCIO Móveis planejados

MISSÃO

Proporcionar conforto, funcionalidade e beleza a ambientes

residenciais e empresariais

VISÃO

Ser reconhecida no mercado pela excelência e qualidade em móveis

planejados

VALORES

Tradição

Qualidade

Seriedade

Excelência

Competência

PRINCÍPIOS

Clientes como prioridades

Qualidade e garantia nos serviços prestados

Estimulação do empreendedorismo

Respeito nas relações internas e externas da empresa

Fonte: Dados da pesquisa. Elaborado pela autora, 2013.

Após concluir a elaboração da identidade estratégica, a próxima etapa foi a

análise do ambiente.

5.2.1.6 Análise do ambiente

Para definir a análise do ambiente da empresa em estudo, foi apresentada ao

sócio-gestor a teoria sobre a divisão da análise do ambiente.

59

Utilizou-se para análise do ambiente competitivo da empresa a análise SWOT,

ferramenta de desenvolvimento estratégico utilizada quando se pensa em

caracterizar o posicionamento competitivo de uma organização, comparando as

forças e fraquezas internas da empresa com as oportunidades e as ameaças

externas.

A seguir serão apresentadas a análise externa da empresa (ameaças e

oportunidades) e a análise interna (pontos fortes e fracos), ou seja, as que

compreendem a análise SWOT da Carpintaria Dois Irmãos.

QUADRO 6 - Análise SWOT da Carpintaria Dois Irmãos

FORÇAS

FRAQUEZAS

Produção de alta qualidade

Mais de 24 anos no mercado

Não trabalhamos com estoques elevados de matérias

primas

Ambiente de produção higienizado

Capacidade de produção

Falta de controle de estoque

Falta de um sistema de

capacitação dos funcionários

OPORTUNIDADES AMEAÇAS

Mudança de hábitos do consumidor

Surgimento de novas tecnologias

Demanda por serviços planejados

Concorrentes consolidados

no mercado

Novos entrantes no

mercado

Empresas não registradas

Fonte: Dados da pesquisa. Elaborado pela autora, 2013.

5.2.1.7 Cenários

Conforme Lobato (2009), elaborar cenários é estabelecer elos coerentes de

hipóteses. O objetivo não é acertar exatamente o que vai acontecer, até porque isso seria

impossível; mas sim identificar as possíveis diferentes situações que podem ocorrer, de tal

forma que a organização possa estar preparada para elas.

Segundo Oliveira (2003), os cenários podem ser analisados em suas situações: de

mais provável, de otimista e de pessimista. Para cada variável identificada e analisada,

60

deve-se estabelecer a capacidade de interpretação, bem como o tempo de reação.

Naturalmente, esses aspectos estão relacionados ás diferentes técnicas de

desenvolvimento de cenários estratégicos

QUADRO 7 - Cenários

CENÁRIOS

OTIMISTA:

aumento dos benefícios fiscais por ser

uma empresa enquadrada no simples

nacional;

aumento da demanda das classes "b" e

"c" por produtos planejados;

aumento de casas próprias;

REALISTA OU MAIS PROVÁVEL:

falta de mão de obra;

avanço tecnológico;

legislação mais rigorosa, principalmente

na área moveleira de modo geral;

aumento do desemprego;

aumento da concorrência

PESSIMISTA:

aumento generalizado do desemprego;

aumento das taxas de juros;

defasagem da renda das famílias;

crises nas economias nacional e global;

desvalorização da moeda em relação à

moeda estrangeira;

aumento no preço da matéria prima (tem

que ser madeira legalizada).

Fonte: Dados da pesquisa. Elaborado pela autora, 2013.

5.2.1.8 Objetivos e metas

Os objetivos estratégicos devem ser claros, mensuráveis quantitativa e

qualitativamente, realistas, porém desafiadores; entretanto, devem se relacionar com

a competitividade da organização, crescimento no setor e participação no mercado.

Conforme Lobato (2009), objetivos e metas estabelecem o que será adquirido

e quando os resultados serão obtidos, eles não dizem como os resultados serão

61

alcançados. Uma vez definidos os objetivos e metas, é importante que sejam

decididas as estratégias, que podem ser globais ou específicas.

QUADRO 8 - Objetivos e metas

OBJETIVOS E METAS

OBJETIVOS ESTRATÉGICOS

Indicadores de

Desempenho DE PARA Responsável

FINANÇAS 2013 2014 2015

Ser uma empresa saudável

financeiramente, com

capacidade de investimentos

Faturamento 200.000,00 230.000,00 260.000,00 Financeiro

Capital de Giro “NS” “NS” “NS” Financeiro

Lucratividade --- --- --- Financeiro

MARKETING/

CLIENTES

Indicadores de

Desempenho 2013 2014 2015 Responsável

Consolidar a marca da empresa, tornando-se

referência de vendas no mercado

Participação de Mercado 10% 15% 20% Administrador

Satisfação do Cliente “NS”* “NS” “NS” Administrador

Novos Clientes 60 80 100 Administrador

PROCESSOS

INTERNOS

Indicadores de

Desempenho 2013 2014 2015 Responsável

Implantar Ordem de Serviço

Produtividade tempo por OS “NS” “NS” “NS” Administrador

Refugo 80% 70% 60% Administrador

APRENDIZADO E

CRESC.

Indicadores de

Desempenho 2013 2014 2015 Responsável

Aprimorar o

conhecimento técnico dos colaboradores

Clima Organizacional 60% 70% 80% Administrador

Ociosidade de Mão-de-

obra “NS” “NS” “NS” Administrador

* = Não sei

Fonte: Dados da pesquisa. Elaborado pela autora, 2013.

5.2.1.9 Plano de ação

De acordo com Lobato (2009), o plano de ação é formado por um conjunto de

objetivos gerais, constituídos em função da missão que, por sua vez, são

desdobrados das estratégias. Cada estratégia sinaliza como o objetivo deve ser

62

atingido, qual o prazo de início e término, quem é o responsável por sua execução e

quais os recursos necessários para implantação.

O plano de ação é uma das principais etapas para elaboração do

planejamento estratégico, pois mostra as atividades que serão realizadas durante

um determinado tempo. Nesta etapa, serão estabelecidas as estratégias e o plano

de ação para a Carpintaria Dois Irmãos.

Os quadros a seguir apresentam as ações que serão realizadas para o plano,

os resultados a serem obtidos, quem serão os responsáveis por cada ação, quando

serão realizadas as ações, o local para ser executado e os métodos que serão

utilizados para elaboração do plano de ação.

QUADRO 9 - Perspectivas financeiras

Perspectivas Financeiras

Iniciativa Resultado

Esperado

Responsável Início Fim Local Método/

Ferramentas

Aumento

do Capital

de Giro

Facilitando

pagamentos

para os

clientes

Graziele Imediato

Indetermi-

nado

Escritório

Carpintaria

Financiamento

pelo BNDS

Criar

controle e

fluxos,

para

contas a

pagar e a

receber

Realizar

pagamentos

em dia

Graziele Imediato

Indetermi-

nado

Escritório

Carpintaria

-Melhorar

planilhas de

controles de

resultado

-Contratar

SIG

Criar um

fluxo de

caixa

projetado

para 12

meses

Obter previsão

de entradas e

saídas num

período de 12

meses, para

melhor

gerenciar as

finanças.

Graziele Imediato

Indetermi-

nado

Escritório

Carpintaria

-Controlar

saídas e

entradas,

seguindo as

projeções

Fonte: Elaborado pela autora, 2013.

63

QUADRO 10 - Perspectivas do cliente = Marketing

Perspectivas do cliente = Marketing

Iniciativa Resultado

Esperado

Responsável Início Fim Local Método/

Ferramenta

Criar

campanhas de

pontuação

para

arquitetos e

decoradores

parceiros

Aumentar

em 40% a

carteira de

clientes

Alex Imediato Indeter-

minado

Feiras,

visitas a

possíveis

clientes

Fazer

premiação com

viagens

Fazer

divulgação em

mídias como

TV, rádio,

jornais

Divulgar a

empresa,

aumentando

as vendas

Graziele Imediato Indeter-

minado

TVI,

Rádios:

Espacial,

Santa

Cruz e

Stilo,

jornais

locais

Mostrar fotos

dos móveis

acabados para

chamar

atenção dos

clientes e

propagandas

visuais e

auditivas

Fonte: Elaborado pela autora, 2013.

64

QUADRO 11 - Perspectivas dos processos internos

Perspectivas de Processos Internos

Iniciativa Resultado

Esperado

Responsável Início Fim Local Método/

Ferramenta

Implantar

um POP

para

controle de

produção

POP

procedimento

operacional

padrão, para

facilitar e

ordenar a

execução da

fabricação de

serviço

Alex

Na

execução

de cada

móvel

Término

de cada

tarefa

Setor de

produção

Fazer controle

das ordens de

serviço para

ver o tempo

gasto na

execução dos

serviços.

Quem

executou

Criar um

melhor

controle de

estoque

Ter controle

de todo

material de

estoque que

entra e sai,

em qual

serviço que foi

gasto o

material

Ex: Parafusos,

madeiras

Graziele Imediato Almoxari-

fado

-Deixar um

responsável

nesta área

-Comprar um

SIG de

controle de

estoque

Fonte: Elaborado pela autora, 2013.

65

QUADRO 12 - Perspectivas de aprendizado e crescimento

Perspectivas de Aprendizado e Crescimento

Iniciativa Resultado

Esperado

Responsável Início Fim Local Método/

Ferramenta

Realizar cursos

para aprimorar

os

conhecimentos

dos

colaboradores

Obter melhoria

no

conhecimento

de manuseio

das maquinas

Alex

Rotina A escolher

Cursos SEBRAE,

SENAI OU

Escolas Técnicas

Especializadas

Fonte: Elaborado pela autora, 2013.

5.2.1.10 Controle

Sugere-se à empresa que controle seus resultados para ajustar seus planos

táticos, utilizando os indicadores de desempenho definidos em Objetivos e Metas

(Quadro 8). Portanto, cabe ao empresário ver quais são os indicadores mais viáveis

para a sua empresa e colocá-los em prática, estipulando as metas a serem

alcançadas e observando quais delas foram realizadas.

66

QUADRO 13 – Controle 2013

CONTROLE 2013

Faturamento

(mostra o total de vendas realizadas no mês)

Polaridade Maior é melhor

Unidade de medida

Real (R$)

Frequência de medição

Mensal

Capital de Giro (indica o ciclo operacional da empresa)

Polaridade Maior é melhor

Unidade de medida Real (R$)

Frequência de medição Semanal

Lucratividade (sugere o percentual de ganho obtido

sobre vendas realizadas)

Polaridade Maior é melhor

Unidade de medida

Porcentagem (%)

Frequência de medição Bimestral

Novos Clientes (evidencia o aumento da carteira de

clientes)

Polaridade Maior é melhor

Unidade de medida Unidade (UN)

Frequência de medição Mensal

Participação de Mercado

(quantidade de mercado dominado pela empresa)

Polaridade Maior é melhor

Unidade de medida Porcentagem (%)

Frequência de medição Anual

Produtividade (Tempo por OS)

(tempo gasto por serviço executado)

Polaridade Menor é melhor

Unidade de medida Hora (H)

Frequência de medição Mensal

Satisfação dos Clientes (aponta o quanto o cliente está satisfeito)

Polaridade Maior é melhor

Unidade de medida Porcentagem (%)

Frequência de medição Bimestral

Refugo

(mede a produção que não satisfaz aos padrões dimensionais ou de qualidade)

Polaridade Menor é melhor

Unidade de medida Unidade (UN)

Frequência de medição Semanal

Clima Organizacional

(indica a qualidade do ambiente que pode influenciar no comportamento dos

colaboradores)

Polaridade Maior é melhor

Unidade de medida Porcentagem (%)

Frequência de medição Anual

Ociosidade

da mão-de-obra (avalia o tempo gasto em atividade não

produtiva)

Polaridade Menor é melhor

Unidade de medida Porcentagem (%)

Frequência de medição Semanal

Fonte: Elaborado pela autora, 2013.

67

5.3 Limitações

Poucas foram as limitações para a elaboração deste trabalho. No entanto, há

de se registrar que uma das dificuldades encontradas pela autora se deve ao fato

de a empresa possuir uma clientela reduzida, em razão da fidelização dos clientes.

Vale salientar que, por questões éticas, os valores referentes ao capital de

giro e os percentuais de lucratividade da empresa analisada foram omitidos,

deixando em evidência que, em momento algum, a pesquisadora teve a pretensão

de investigar detalhadamente o movimento financeiro da organização.

68

REFERÊNCIAS

COSTA, Ana Paula Paulino da. Balanced Scorecard: conceitos e guia de implementação. São Paulo: Atlas, 2006.

FACULDADE DE PARÁ DE MINAS. Normas gerais para apresentação de trabalhos acadêmicos/Pará de Minas: FAPAM, 2007. 62 fls. Disponível em <http://www.fapam.edu.br/images/normas/normasgerais2013>. Acesso em: 22 abr 2013. GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas, 2010. HERRERO FILHO, Emílio. Balanced Scorecard e a gestão estratégica: uma abordagem prática. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. LAKATOS, Eva Maria. Metodologia científica. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2007. LOBATO, David Menezes. Estratégia de empresas. 9. ed. Rio de Janeiro: FGV, 2009. MARTINS, Humberto Falcão; MOTA, João Paulo. Como executar a estratégia em 7 etapas. Disponível em <http://www.intermanagers.com.br/editorias/estrategia-e-marketing/como-executar-estrategia-em-7-etapas>. Acesso em: 30 ago 2013.

MAXIMIANO, Antônio César Amaru. Introdução à administração. 8. ed.rev. e ampl.

São Paulo: Atlas, 2011. OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Planejamento estratégico. 19. ed. São Paulo: Atlas, 2003. THOMPSON JR., Arthur A.; STRICKLAND, A. J. Planejamento estratégico. São

Paulo: Pioneira, 2003. VASCONCELLOS FILHO, Paulo de. Construindo estratégias para competir no século XXI. Rio de Janeiro: Campus, 2001.

69

APÊNDICE

70

APÊNDICE A

Questionário de Pesquisa: Satisfação do Cliente

Planejamento Estratégico de uma microempresa no ramo de carpintaria da

região de Pará de Minas.

Aluna: Camila Martins dos Santos

Prezado Cliente,

A aplicação deste questionário tem por finalidade mensurar a satisfação do

cliente e servirá de subsídio para a elaboração de um Plano Estratégico que

constará do trabalho acadêmico de conclusão do Curso de Administração de

Empresas da Faculdade de Pará de Minas. Suas informações serão mantidas em

sigilo.

Para as questões seguintes, marque X na resposta que melhor representa a

sua situação.

Idade:

Data da pesquisa: ___/___/___

1 Através de qual meio você ficou conhecendo a empresa?

( ) Catálogo

( ) Cartão da empresa

( ) Indicação de um amigo

( ) Outro ____________________

2 O que levou você a procurar o serviço da empresa?

( ) Preço acessível

( ) Atendimento personalizado e planejado

( ) Localização favorável

( ) Recomendação de outras pessoas pelo bom serviço prestado

( ) Outro _____________________

71

3 Encontra facilidade para entrar em contato com a empresa quando necessita de

um serviço?

Seja através de telefone, orçamento por e-mail, visitando a loja

( ) Sim

( ) Não

( ) As vezes

4 Classifique sua satisfação em relação à agilidade do nosso atendimento comercial:

( ) Muito Insatisfeito

( ) Insatisfeito

( ) Satisfeito

( ) Muito satisfeito

5 Classifique sua satisfação em relação à eficiência e prestação de serviços

( ) Muito Insatisfeito

( ) Insatisfeito

( ) Satisfeito

( ) Muito satisfeito

6 Classifique sua satisfação geral com o serviço prestado:

( ) Muito Insatisfeito

( ) Insatisfeito

( ) Satisfeito

( ) Muito satisfeito

7 Qualidade do produto foi:

( ) Ótimo

( ) Boa

( ) Regular

( ) Ruim

8 Você voltaria a utilizar o serviço da empresa?

( ) Sim

( ) Não

( ) Talvez

72

9 Indicaria o serviço da empresa para outras pessoas?

( ) Sim

( ) Não

( ) Talvez

11 Por qual motivo você indicaria a empresa para outras pessoas?

( ) Preço acessível

( ) Qualidade no serviço prestado

( ) Agilidade na entrega do produto

( ) Atendimento

Observações

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

73

APÊNDICE B

Questionário - Empresa

Identificação da Empresa

Nome do empresário

Empresa

Telefone

1) NEGÓCIO

a) Qual o seu negócio?

b) Qual o benefício que a empresa oferece ao cliente?

2) MISSÃO

a) O que faz a empresa?

b) Como ela faz?

c) Onde ela faz?

d) E com qual responsabilidade social?

3) PRINCÍPIOS

a) Quais são os princípios relevantes que a empresa procura manter para atender

sua missão?

4) ANÁLISE DO AMBIENTE

a ) Quais são os fatores externos que afetam as atividades da empresa.

Concorrentes

a ) Quem são seus concorrentes?

b ) Quais serão seus concorrentes do futuro?

c) O que seus concorrentes estão fazendo para se modernizar e se tornar mais

competitivo?

Entrantes em potencias

a ) Quem são os possíveis entrantes do mercado moveleiro?

Produtos substitutos

a ) Existe algum serviço ou produtos substitutos oferecidos na sua empresa?

74

Clientes

a ) Quem são seus clientes?

b ) É realizado algum tipo de visita a clientes?

c ) Há preocupação em atingir novos clientes?

d ) Quem poderá vim a ser seu cliente?

Fornecedores

a ) Quem são seus fornecedores?

b ) Quais são os produtos/ serviços fornecidos por eles?

c) Com que frequência são realizado a compra de madeiras / estoque?

Ambiente interno

a ) Como é realizado o marketing na sua empresa?

b) Como está organizado o setor financeiro da empresa?

c ) Como funciona a área de Recursos Humanos na empresa?

d) Como são realizadas a capacitação dos funcionários da empresa? Com que

frequência?

e) Quais as mudanças tecnológicas enfrentadas na empresa?

f) Como é organizada a produção de prestação de serviços na empresa?

g)O que poderia ser melhorado na sua empresa?

h) Quais são os pontos fortes que encontra na sua empresa?

I ) O que você identificaria como pontos fracos dentro da sua empresa?

5 ) VISÃO

a ) Como deverá ser a empresa nos próximos 5 anos?

b) Onde a empresa pretende chegar?

6 ) PLANOS DE AÇÃO

a) Quais são os planos de ações necessários para atingir as estratégias

competitivas?

75

APÊNDICE C

Análise do Microambiente

MICROAMBIENTE

Conforme legenda abaixo, classifique os diversos processos da sua empresa:

10 Não existe o processo na empresa Péssimo

20

Existem alguns procedimentos implantados para o processo, mas não documentados Ruim

30

Existem alguns procedimentos parcialmente implantados e documentados para o processo Regular

40

Procedimentos 100% implantados e documentados, sem retro-alimentação e melhoria contínua Bom

50

Procedimentos 100% documentados e implantados, com retro-alimentação e melhoria contínua Excelente

Gestão da Qualidade

Situação Atual Meta

Organização do Sistema da Qualidade 20 30

Responsabilidade da alta administração para operar e manter o Sistema da Qualidade

20 30

Elaboração e controle de documentos e dados 10 30

Controle dos registros da Qualidade e arquivos técnicos 10 30

Realização de auditorias internas da Qualidade 10 10

Follow-up de Indicadores da Qualidade e Produtividade da Empresa 10 10

Profissional responsável pelo setor 20 30

Controle totalmente informatizado do Setor 10 20

MÉDIA 13,75 23,75

Finanças, Custos, Compras e Estoques Situação Atual Meta

Fluxo de caixa com entradas e saídas previstas para os próximos meses 10 30

Análise da margem de lucro sobre cada produto ou serviço 10 30

Formação de capital de giro com base em regras financeiras 20 30

Estoque máximo e estoque mínimo 20 30

Formação de preços (formas de pagamento: crediário, cartões, etc.) 40 40

Contabilidade atualizada e confiável 40 40

Compras de materiais e equipamentos a partir de especificações técnicas 20 20

Qualificação de fornecedores de materiais e equipamentos 40 40

Profissional responsável pelo setor 30 30

Controle totalmente informatizado do Setor 10 30

MÉDIA 24 32

Marketing e Vendas

Situação Atual Meta

Pesquisas de mercado (tamanho, distribuição geográfica, potencial, preferências...)

10 30

Pesquisas de concorrência (produtos, preços, atendimento, pontos fortes e fracos...)

10 30

Pesquisas de satisfação (atendimento, produtos e serviços, preços, prazos...)

10 30

Criação de logomarcas, folders, papelaria e afins com profissional 10 40

76

capacitado

Marketing de Relacionamento 10 30

Participação/realização de eventos (feiras, exposições, palestras técnico-comerciais...)

10 20

Webmarketing (site/portal, e-mail marketing, mídias sociais, e-commerce...)

10 40

Telemarketing Ativo e/ou Receptivo 10 10

Programas de parcerias (trocas de indicação, premiações ou outros...) 10 20

Metodologia de Vendas (passo a passo da venda) 30 30

Elaboração de Propostas Comerciais 30 30

Formação de preços (análise: custos X concorrência X valor agregado) 30 30

Metas e forecasting (previsão de vendas) 20 30

Pontos de venda (Layout, localização...) 40 40

Uso de ferramentas tecnológicas para ganho de produtividade 20 20

Análise crítica de contratos assinados com os clientes 40 40

Atendimento ao cliente durante e após o processo de vendas 40 40

Profissional responsável pelo setor 10 20

Controle totalmente informatizado do Setor 10 30

MÉDIA 18,95 29,47

Produção / Processos Internos Situação Atual Meta

Diretrizes para elaboração de P&D 10 30

Concepção, desenvolvimento e produção de novos produtos 10 20

Análise crítica de projetos ou coordenação de projetos 10 20

Controle da qualidade no recebimento de projetos 10 20

Controle de revisões e readequações dos projetos 30 30

Qualificação de projetistas 10 20

Inspeção e ensaios de recebimento de materiais e equipamentos na Empresa

30 30

Manuseio e transporte dos diferentes tipos de materiais na Produção 40 40

Logística de armazenagem 30 40

Logística de distribuição

40 40

Elaboração de orçamento, planejamento do produto e acompanhamento de custos

40 40

Gerenciamento de serviços 30 30

Execução e inspeção dos serviços 40 40

Projeto, implantação e administração “in loco” dos serviços 10 20

Controle tecnológico dos semi-acabados 20 20

Capacidade de produção em escala / Capacidade de customização 40 40

Fluxogramas de atividades formalizados e devidamente comunicados 10 30

Ociosidade (aproveitamento da capacidade produtiva) 10 20

Manutenção corretiva e preventiva dos equipamentos de Produção 30 30

Aferição dos equipamentos de medição e ensaios da Manutenção 30 30

Qualificação de fornecedores de serviços 30 30

Identificação e rastreabilidade de produtos 10 10

Controle de produtos não-conformes, ações corretivas e preventivas 40 40

Entrega de produtos ao cliente 40 40

Elaboração de um Manual do Usuário 30 30

Assistência técnica pós-venda 40 40

Profissional responsável pelo setor 40 40

Controle totalmente informatizado do Setor 10 20

MÉDIA 25,71 30,00

77

Recursos Humanos

Situação Atual Meta

Política de Recrutamento e Seleção 30 30

Plano de Cargos e Salários 30 30

Programas de treinamentos estruturados com base em detecção de necessidades

10 20

Sistema de avaliações de desempenho 10 30

Programas de benefícios (bolsas para estudos, planos de saúde, carro da empresa...)

20 30

Segurança e higiene no trabalho de acordo com as normas do Ministério do Trabalho

40 40

Acompanhamento do clima organizacional 20 30

Habilidades conceituais e de recursos humanos dos líderes 40 40

Habilidades técnicas da equipe 30 30

Reuniões programadas

20 30

Quantidade adequada de pessoal em cada departamento ou setor 20 20

Controle do índice de absenteísmo 10 20

Controle do índice de turnover 10 20

Profissional responsável pelo setor 30 30

Controle totalmente informatizado do Setor 10 20

MÉDIA 22 28

Gestão Estratégica

Situação Atual Meta

Identidade Organizacional (Negócio, Missão, Visão, Princípios e Valores) 10 40

Organograma formalizado e respeitado 10 40

Análise de Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças 10 40

Definição da melhor Estratégia Genérica (Diferenciação X Liderança no Custo Total X Bloqueio)

10 30

Planos táticos integrados (Finanças, Marketing, Processos Internos e Recursos Humanos)

20 40

Acompanhamento sistematizado dos resultados e revisão dos Planos Táticos

10 40

MÉDIA 11,66666667 38,33333333