curriculo de agro- pecuaria 2013

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0 Escola Superior Técnica Departamento de Ciências Agro-Pecuárias Plano Curricular do Curso de Licenciatura em Agro-Pecuária com Habilitação em Extensão Rural ou Ensino de Agro-Pecuária Maputo 2012

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Escola Superior Técnica

Departamento de Ciências Agro-Pecuárias

Plano Curricular do Curso de Licenciatura em Agro-Pecuária com Habilitação em

Extensão Rural ou Ensino de Agro-Pecuária

Maputo

2012

1

UNIVERSIDADE PEDAGÓGICA

Escola Superior Técnica (ESTEC)

Departamento de Ciências Agro-Pecuárias

Plano Curricular do Curso de Licenciatura em Agro-Pecuária com Habilitação em

Formação de formadores

Escola Superior Técnica

Departamento de Ciências Agro-Pecuárias

Plano Curricular do Curso de Licenciatura em Agro-pecuária com Habilitação em

Extensão Rural ou Ensino de Agro-pecuária

Maputo

2012

Plano Curricular elaborado pelos docentes do Departamento

de Ciências Agropecuárias da Universidade Pedagógica –

Maputo, Massinga, Manica, Quelimane e Niassa, sob

Coordenação da: Mestre Florência Jonasse, Profª Doutora

Brígida Singo e Mestre Cássimo Jaime Neuara.

2

ÍNDICE

1.INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................................ 5 

2. VISÃO E MISSÃO DA UP ....................................................................................................................................... 7 

3. DESIGNAÇÃO DA LICENCIATURA .................................................................................................................... 7 

4. OBJECTIVOS GERAIS DO CURSO ..................................................................................................................... 7 

5. REQUISITOS DE ACESSO .................................................................................................................................... 8 

6. PERFIL PROFISSIONAL ........................................................................................................................................ 8 

7. SECTORES DE TRABALHO DO GRADUADO ................................................................................................. 8 

8. PERFIL DO GRADUADO ........................................................................................................................................ 9 

9. DURAÇÃO DO CURSO ......................................................................................................................................... 10 

10. COMPONENTES DE ORGANIZAÇÃO DO CURSO ..................................................................................... 11 

11. ÁREAS DE CONCENTRAÇÃO DO CURSO (MAJOR E MINOR) ............................................................. 16 

12. MATRIZ DE ORGANIZAÇÃO CURRICULAR DO CURSO ........................................................................ 16 

13. PLANO DE ESTUDOS......................................................................................................................................... 25 

14. TABELA DE PRECEDÊNCIAS .......................................................................................................................... 31 

15. TABELA DE EQUIVALÊNCIAS ........................................................................................................................ 31 

16. PLANO DE TRANSIÇÃO .................................................................................................................................... 31 

17. AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM ................................................................................................................. 32 

18. FORMAS DE CULMINAÇÃO ............................................................................................................................. 32 

19. INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS EXISTENTES ................................................................................. 32 

19. CORPO DOCENTE E TÉCNICO ADMINISTRATIVO EXISTENTE ........................................................... 36 

20.ANÁLISE DE NECESSIDADES .......................................................................................................................... 40 

21. CONCLUSÃO ........................................................................................................................................................ 40 

22. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................................................. 41 

23. PROGRAMAS TEMÁTICOS .............................................................................................................................. 42 

8. BIBLIOGRAFIA ....................................................................................................................................................... 87 

3

LISTA DE ABREVIATURAS

CIUP -

Centro de Informática da Universidade Pedagógica

ESTEC -

Escola Superior Técnica

FCNM -

Faculdade de Ciências Naturais e Matemática

FCP -

Faculdade de Ciências Pedagógicas

IMAP -

Instituto Magistério Primário

IAB -

Instituto Agrário de Boane

PEA -

Processo de Ensino Aprendizagem

SNE -

Sistema Nacional de Educação

UP -

Universidade Pedagógica

UTL -

Unidade Técnica de Licitação

LAP -

Licenciatura em Agro-pecuária

4

LISTA DE TABELAS TABELA 1: RELAÇÃO DAS DISCIPLINAS DA COMPONENTE DE FORMAÇÃO EDUCACIONAL ............................................................ 11 TABELA 2: RELAÇÃO DAS DISCIPLINAS DA COMPONENTE DA FORMAÇÃO ESPECÍFICA ............................................................... 13 TABELA 3: RELAÇÃO DAS DISCIPLINAS DA COMPONENTE DE FORMAÇÃO GERAL ...................................................................... 15 TABELA 4: MATRIZ  DE ORGANIZAÇÃO DO CURSO DE LICENCIATURA EM  AGROPECUÁRIA ‐ MAJOR‐ 1º ANO ................................. 18 TABELA 5: MATRIZ  DE ORGANIZAÇÃO DO CURSO DE LICENCIATURA EM  AGROPECUÁRIA ‐ MAJOR‐ 2º ANO .................................. 19 TABELA 6: MATRIZ  DE ORGANIZAÇÃO DO CURSO DE LICENCIATURA EM AGROPECUÁRIA – MINOR EM EXTENSÃO RURAL‐ 3º ANO ...... 20 TABELA 7: MATRIZ  DE ORGANIZAÇÃO DO CURSO DE LICENCIATURA EM  AGROPECUÁRIA ‐ MINOR EM EXTENSÃO RURAL ‐ 4º ANO ..... 22 TABELA 8: MATRIZ  DE ORGANIZAÇÃO DO CURSO DE LICENCIATURA EM AGROPECUÁRIA – MINOR EM ENSINO DE AGROPECUÁRIA ‐ 3º 

ANO ............................................................................................................................................................ 23 TABELA 9: MATRIZ  DE ORGANIZAÇÃO DO CURSO DE LICENCIATURA EM AGROPECUÁRIA ‐ MINOR EM ENSINO DE AGROPECUÁRIA‐ 4º 

ANO ............................................................................................................................................................ 24 TABELA 10: MATRIZ  DE ORGANIZAÇÃO DO CURSO DE LICENCIATURA EM AGROPECUÁRIA ‐ MAJOR‐ 1º ANO ................................ 25 TABELA 11: MATRIZ  DE ORGANIZAÇÃO DO CURSO DE LICENCIATURA EM AGROPECUÁRIA ‐ MAJOR‐ 2º ANO ................................ 26 TABELA 12 : PLANO DE ESTUDOS DE LICENCIATURA EM  AGROPECUÁRIA COM MINOR EM EXTENSÃO RURAL‐ 3º ANO ................... 27 TABELA 13: PLANO DE ESTUDOS DE LICENCIATURA EM AGROPECUÁRIA COM  MINOR EM EXTENSÃO RURAL‐ 4º ANO .................... 28 TABELA 14: PLANO DE ESTUDOS DE LICENCIATURA EM AGROPECUÁRIA COM  MINOR EM ENSINO DE AGROPECUÁRIA ‐ 3º ANO ....... 29 TABELA 15: PLANO DE ESTUDOS DE LICENCIATURA EM AGROPECUÁRIA COM  MINOR EM ENSINO DE AGROPECUÁRIA ‐ 4º ANO ....... 30 TABELA 16: TABELA DE PRECEDÊNCIAS ......................................................................................................................... 31 TABELA 17: TABELA DE EQUIVALÊNCIAS ........................................................................................................................ 31 TABELA 18: SITUAÇÃO POR DELEGAÇÃO ....................................................................................................................... 34 TABELA 19: CORPO DOCENTE (FORMAÇÃO ACADÉMICA, EXPEPERIÊNCIA PROFISSIONAL , DISCIPLINAS E REGIME DE CONTRATATAÇÃO) – 

UP MAPUTO ................................................................................................................................................ 36 TABELA 20: CORPO ADMINISTRATIVO EXISTENTE – UP MAPUTO ....................................................................................... 37 TABELA 21: CORPO DOCENTE ( FORMAÇÃO ACADÉMICA, EXPEPERIÊNCIA PROFISSIONAL , DISCIPLINAS E REGIME DE CONTRATATAÇÃO) – 

UP NIASSA ................................................................................................................................................... 38 TABELA 22: CORPO DOCENTE (FORMAÇÃO ACADÉMICA, EXPEPERIÊNCIA PROFISSIONAL , DISCIPLINAS E REGIME DE CONTRATATAÇÃO) – 

UP MANICA ................................................................................................................................................. 38 TABELA 23: CORPO DOCENTE ( FORMAÇÃO ACADÉMICA, EXPEPERIÊNCIA PROFISSIONAL , DISCIPLINAS E REGIME DE CONTRATATAÇÃO) – 

UP MASSINGA .............................................................................................................................................. 39 TABELA 24: CORPO DOCENTE ( FORMAÇÃO ACADÉMICA, EXPEPERIÊNCIA PROFISSIONAL , DISCIPLINAS E REGIME DE CONTRATATAÇÃO) – 

UP XAI‐ XAI .................................................................................................................................................. 39 TABELA 25: CORPO DOCENTE ( FORMAÇÃO ACADÉMICA, EXPEPERIÊNCIA PROFISSIONAL , DISCIPLINAS E REGIME DE CONTRATATAÇÃO) – 

UP QUELIMANE ............................................................................................................................................. 40 

5

1. INTRODUÇÃO O sector agro-pecuário em Moçambique encontra-se hoje numa fase de crescimento e

transformação que se opera num contexto de transição de uma economia centralizada para

uma economia do mercado. O papel do Estado no desenvolvimento económico está a ser

alterado e orientando-se para a esfera reguladora de políticas e estratégias de desenvolvimento

sustentável, (CARVALHO, 1969).

Hoje, tanto o sector público como o privado, procuram formar técnicos em Agro-pecuária

preparados para enfrentar, agir e inovar o sector agrário em Moçambique promovendo o

desenvolvimento sócio-económico nas zonas rurais.

O sector agro-pecuário, no contexto de sustentabilidade, visa promover a segurança alimentar,

desenvolvimento económico sustentável e redução dos níveis de pobreza.Assim sendo, a

agricultura e a pecuária concorrem para resolver estes problemas, promovendo o aumento dos

níveis de comercialização de produtos de exportação, tornando o sector empresarial

participativo no desenvolvimento agro-pecuário, bem como a integração de agricultura de

subsistência numa agricultura de distribuição e processamento.

A sustentabilidade de um sistema de produção Agro-pecuária sugere as seguintes perspectivas:

Abastecimento e segurança na produção que inicia com auto-suficiência na

produção de alimentos como a chave da estabilidade política e económica;

Equidade social que implica a segurança alimentar inter-geracional incluindo a

distribuição equitativa dos alimentos;

Um maior potencial biológico e genético das espécies animal e vegetal.

Neste contexto, o curso de Agro-pecuária pretende formar técnicos com competências

orientadas para a actividade prática, contribuindo grandemente para o desenvolvimento. Assim

como a redução da vulnerabilidade e da pobreza absoluta no país, através da aplicação de

novas técnicas de produção Agro-pecuária e conservação dos recursos disponíveis. Deste

modo, a Universidade Pedagógica, formando graduados nesta área, estará a responder à

6

demanda em técnicos no âmbito da implementação do novo curriculo em vigor no Ministério

da Educação onde se introduziu disciplinas profissionalizantes que incluem Agro – pecuária e

não só como também a formação de técnicos em extensão rural.

Assim, a aprendizagem de Agro-pecuária visa:

Desenvolver nos graduados atitudes habilidades e aptidão em relação ao trabalho,

concepção de pequenos projectos de produção, contribuindo desse modo para a

resolução de problemas de segurança alimentar da família e da comunidade;

Contribuir para a aplicação de novas técnicas de produção, como forma de aumentar a

produtividade, melhorando a dieta e garantindo a segurança alimentar.

Transmitir o conhecimento a nível das escolas e Institutos.

A metodologia usada para a elaboração deste Plano Curricular foi participativa, consulta ás

outras Universidades parceiras tal como a Eduardo Mondlane em Maputo, Humboldt na

Alemanha-Berlin, Instituto Superior Dom Bosco em Maputo, Instituto Agrário de Boane(IAB)

fazendo-se primeiro o diagnóstico das necessidades do mercado, tendo-se identificado a

necessidade de introdução do curso.

Em seguida, passou-se à fase de elaboração do currículo, onde contou-se com a participação

de todos os docentes incluindo os das Delegações, assim como foram colhidos subsídios na

Universidade Federal de Goáias – Brasil, onde deslocou-se uma equipa de docentes do

Departamento com o objectivo de trocar experiências na leccionação de curso técnico de

Agro-pecuária.

Posteriormente, foram socializadas as propostas curriculares num Seminário Nacional com

todos os docentes do Departamento, incluindo os das Delegações e especialistas da área a fim

de tecer considerações para a melhoria do currículo.

A presente proposta de plano curricular do curso de Licenciatura em Agro-pecuária (LAP),

surge na vertente de formar técnicos capazes de responder as necessidades actuais do mercado

de trabalho na área de extensão rural, auto-sustento do graduado dotado de competências

profissionais básicas e professores para leccionar a disciplina de Agro-pecuária no ensino

Secundário Geral, Institutos médios Agrários.

7

2. VISÃO E MISSÃO DA UP

A visão da UP é tornar-se centro de excelência na área de educação e formacão de professores

e de outros técnicos.

A missão da UP encontra-se definida nos artigos 1, 2 daLei número 6/92, de 6 de Maio,

(Estatutos da UP aprovados em 25 de Abril de 1995).

A UP actua de acordo com os seguintes princípios:

1. Democracia e respeito pelos direitos humanos;

2. Igualdade e não discriminação;

3. Valorização das ideias da pátria, ciência e humanidade;

4. Liberdade de criação cultural artística, cientifica e tecnológica; e

5. Participação no desenvolvimento económico, científico ,social e cultura do país, da

região e do mundo.

3. DESIGNAÇÃO DA LICENCIATURA

A designação do curso é:

Licenciatura em Agro-pecuária com Habilitações em Extensão Rural ou ensino de Agro-

pecuária.

4. OBJECTIVOS 4.1.Objectivo geral Formar quadros superiores capazes de enfrentar os desafios no mercado de trabalho nas áreas de Agro-pecuária e educação. 4.2. Objectivos específicos

Garantir, durante o processo de formação, a criação de competências técnico-

científicas para resolver problemas e implementar soluções criativas e sustentáveis;

Responder às necessidades actuais do mercado de trabalho contribuindo para o

desenvolvimento sustentável do ramo Agro-pecuário em Moçambique.

Desenvolver habilidades e capacidades profissionais na área de Agro-pecuária e

Pedagógicas, aplicando conhecimentos adquiridos na comunidade e na escola;

8

Melhorar a rentabilidade da produção e estimar os custos de empreendimentos a longo prazo.

5. REQUISITOS DE ACESSO O acesso a frequência do curso de Licenciatura em Agro-pecuária será de acordo com a

legislação em vigor na República de Moçambique, designadamente a lei n°5/2003 do Ensino

Superior no seu artigo 4. Assim sendo poderão frenquentar o curso de LAP:

Os graduados do Ensino Secundário Geral que tenham cuncluído a 12ª classe do

Sistema Nacional de Educação (SNE);

Os graduados com habilitações equivalentes a 12ª classe do SNE para efeitos de

continuação de estudos.

A admissão ao curso de LAP baseia-se no preconizado no Regulameneto Académico da UP.

6. PERFIL PROFISSIONAL A Licenciatura em Agro-pecuária visa proporcionar aos estudantes uma formação teórica de

base, bem como conhecimentos práticos que permitam ao graduado conhecer as áreas

científicas que se relacionam.

As principais tarefas ocupacionais do Licenciado em Agro-Pecuária com Habilitações em

Extensão Rural ou ensino em Agro-pecuária são:

Trabalhar com a comunidade em diferentes áreas de agricultura e pecuária;

Organizar actividades para a melhoria do sector de segurança alimentar e extensão rural;

Intervir nas comunidades dando apoio na gestão, rentabilidade e garantindo a qualidade

dos produtos produzidos;

Promover cursos de curta duração de Agro-pecuária, aplicando novas tecnologias e

implementar métodos alternativos de manipulação de produtos a baixo custo, valorizando

deste modo o conhecimento tradicional e local;

Elaborar e implementar projectos de Agro-pecuária nas comunidades;

Participar em projectos de investigação multi e interdiciplinar nas áreas de Agro-pecuária.

7. Sectores de Trabalho do Graduado

Os sectores de trabalho do Licenciado em Agro-pecuária com Habilitações em Extensão Rural

ou ensino de Agro-pecuário são:

Empresas e indústrias vocacionadas a Agro-pecuária;

9

Instituições Públicas ligadas á área de Agro-pecuária e educação;

Associações do fomento de Agro-pecuária, governamentais e não governamentais;

Centros de Investigação Agrária;

8. PERFIL DO GRADUADO 8.1. Competências gerais

Interelaciona as zonas agro-climáticas e as culturas a explorar na comunidade;

Explica as técnicas de produção de plantas e animais na escola e na comunidade;

Elabora e organiza projectos de produção Agro-pecuária individual e colectivamente;

Promove cursos de formação aos agricultores, criadores, apicultores e pescadores etc.;

Interage com as comunidades valorizando as suas experiências.

 

Saber conhecer:

Dominar conceitos fundamentais da aréa científica da Agricultura e pecuária, bem

como os métodos de trabalhos adequados;

Estruturar o raciocínio de uma forma lógica e coerente;

Conhecer teorias da área da Agricultura e pecuária.

Saber fazer:

Organiza actividades no sector de Agro-pecuária;

Intervém nas comunidades em função da época de cultivo;

Promove cursos de curta duração de Agro-pecuária, e novas tecnologias de produção;

Capacita as comunidades sobre as técnicas de produção Agrária e pecuária;

Elabora e organiza projectos de Agro-pecuária quer individualmente, ou em associações de

produtores;

Interage com os camponeses fazendo a extensão rural, no processo de formação em Agro-

pecuária e valorizar com muita responsabilidade as experiências das comunidades;

Cria e desenvolver iniciativas económicas e de auto- emprego;

Planifica, executa e analisa projectos de investigação aplicados aos processos Agro-pecuária

numa empresa agro-pecuária;

10

Explica as técnicas de produção vegetal e animal na comunidade;

Saber ser e estar:

Trabalha em equipa;

Respeita valores culturais e individuais;

Integra se em projectos de desenvolvimento comunitário sustentável;

Reflecte sobre aspectos éticos e deontológicos inerentes á profissão, avaliando os efeitos

das decisões tomadas;

Gere conflitos. 

8.2. Competências específicas

Aplica os conhecimentos no campo agrícola para a promoção do bem-estar da

humanidade, do saber fazer e para a apoiar a comunidade rural;

Desenvolve as habilidades e capacidades profissionais na área Agro-pecuária e

Ciências Pedagógicas;

Caracteriza os processos tecnológicos de produção e processamento dos produtos de

origem animal e vegetal e identificar espécies, variedades de recursos alimentares, bem

como o seu valor nutritivo;

Elabora e executa actividades de leccionação- Dosifica, elabora planos de lição para

leccionação na de aulas;

Orienta actividades extra-curriculares, visitas de estudo, Produção escolar, dissemina o

uso de novas técnicas de produção nas comunidades;

Lecciona as disciplinas de Agricultura e Pecuária no Ensino Técnico Profissional

Básico e Médio bem como Agro-pecuária no Ensino Secundário Geral;

Participa em actividades escolares não lectivas do ensino técnico profissional básico e

médio.

supervisiona Pedagógica incluindo estágios pedagógicos na escola

9. DURAÇÃO DO CURSO

11

A Licenciatura tem a duração de 4 anos (8 semestres) correspondentes a 240 créditos. Cada

semestre tem a duração de 19 semanas, sendo 16 lectivas e 3 de preparação e realização de

exames.

10. COMPONENTES DE ORGANIZAÇÃO DO CURSO O modelo de organização curricular do curso de Licenciatura em Agro-pecuária, é igual ao

dos outros cursos de graduação na UP. Os conteúdos que constituirão a formação de

professores e outros técnicos na UP estão organizados em disciplinas.

A organização curricular seguirá um sistema integrado em que serão privilegiados três

componentes principais de formação:

Componente educacional (subdividida em disciplinas da

Psicologia, da Pedagogia e da Didáctica) – 7%;

Componente científico específica (disciplinas específicas) – 83%; e

Componente geral –10%.

As componentes de formação terão as seguintes características:

Componente de formação da área de Psicologia e Ciências de Educação

A componente de formação da área de Psicologia e Ciências de Educação integrará

conhecimentos básicos (informações, destrezas/skills, capacidades, competências) em que os

graduados necessitam para realizar as futuras tarefas profissionais. As disciplinas que integram

esta componente estão listadas na tabela 1 abaixo.

Tabela 1: Relação das disciplinas da componente de Psicologia e Ciências de

Educação

Disciplina

Didáctica profissional

Estágio Pedagógico

Estágio profissionalizante

Pedagogia por alternância

Psicologia de Aprendizagem

Fundamentos de Pedagogia

12

Didáctica Geral

Psicologia de Desenvolvimento

Práticas pedagógicas

Componente de Formação Específica A componente de formação específica será constituída por disciplinas das áreas específicas e

nesta componente de formação, o ensino e a aprendizagem estarão orientados para a aquisição

de conhecimentos sólidos em áreas científicas ligadas à Agro-pecuária (Tabela 2).

13

Tabela 2: Relação das disciplinas da componente da Formação Específica

Disciplina

Comercialização Agrícola

Gestão dos recursos naturais

Agricultura Geral

Botânica geral

Anatomia animal

Biologia Básica

Práticas Técnico profissional(I, II, III,IV,V)

Fisiologia vegetal

Fisiologia Animal

Ecologia e maneio do ambiente

Bioquímica

Microbiologia e Imunologia

Informática Básica

Higiene e segurança no trabalho

Mecanização e equipamentos agrícolas

Genética geral e aplicada

Doenças infecciosas dos animais domésticos

Produção e tecnologia de sementes

Avicultura e cunicultura

Melhoramento das plantas e animais

Pragas agrícolas e controlo de infestantes

Pastos e forragens

Fitopatologia e fitofarmacologia

Aquacultura e pescas

Farmacologia e Toxicologia

Educação Agrária

Parasitologia e doenças parasitárias

14

Higiene e tecnologia dos alimentos

Ciência do solo

Zootecnia dos ruminantes e suínos

Hidrologia

Saúde e gestão de manada

Nutrição animal

Semiologia

Experimentação agrária(I,II)

Economia Agro-pecuária

Trabalho de culminação do curso

Maneio e conservação do solo

Gestão dos recursos naturais

Extensão rural e sociologia agrária

Sistemas agro-florestais

Sistemas Agro-processamento

Bioestatistica

Rega e Drenagem

Agro-meterelogia

Construções rurais

Reprodução Animal

Produção e tecnologia de sementes

Culturas alimentarese industriais

Maneio e conservação do solo

Gestão de mudanças nas zonas rurais

Técnicas de comunicação

Difusão de inovações em zonas rurais

Epidimiologia e doenças infecto-contagiosas

Maneio e conservação do solo

Empreendedorismo

15

Componente de Formação Geral

A componente de formação geral proporciona aos estudantes uma formação para o exercício

de uma cidadania activa e responsável que desenvolverá atitudes e valores sociais;

desenvolve no graduado a consciência da existência de interdependência entre a evolução

científica e as transformações sociais, económicas, históricas e culturais; e

garante que o graduado aprenda e use técnicas e instrumentos para a elaboração de um trabalho

científico.

As disciplinas desta componente de formação geral estão apresentadas na tabela 3

Tabela 3: Relação das disciplinas da componente de formação geral

Disciplina

Técnica de expressão em língua portuguesa

Métodos de Estudo e Investigação Científica

Química Geral

Química Orgânica

Informática Básica

Empreendedorismo

Temas Transversais

Componente prática

Todas as disciplinas específicas do curso terão a componente prática e as aulas práticas

decorerrão em paralelo com as aulas teóricas em todas as disciplinas em vigor.

Neste momento do arranque do curso as aulas laboratóriais serão administradas no laboratório

de Biologia na Faculdade de Ciências naturais e Matemática (FCNM) e nos laboratórios das

Instituições parceiras tal é o caso do IAB ,Faculdade de Veterinária, Laboratório de

Fitopatologia na Faculdade de Agronomia e na Quarentena no INIA.

16

Em relação as práticas do campo serão feitas nos terrenos adquiridos pela ESTEC assim como

das instituições parceiras tal é o caso do terreno adquirido em Marracuene com 4 hectares

para a experimentação agrária e criação de animais, no terreno de Mulauze o qual assinou-se

o acordo com Conselho Municipal de Maputo e do IAB no âmbito da parceria. As excurssões

serão feitas na provincia de Maputo ( distritos de Boane, Magude e Manhiça) e provincia de

Gaza (distritos de Macia, Chokwé e Xai- Xai e Chibuto).

O estágio pedagógico será feito, nas Escolas e nos Institutos como por exemplo a Escola

profissional de Magude, Instituto de Algodão em Montepuez, Empresas dos Citrinos de

Manica, Aquapesca em Quelimane, Projectos de fruticultura em Massinga, centro de

transferência de conhecimentos Samora Machel em Chilembene, Vila de Millenium em

Chokué, fabrica de agroprocessamento de frutas de Namancha.

11. ÁREAS DE CONCENTRAÇÃO DO CURSO (MAJOR E MINOR)

Os cursos da UP organizam-se segundo o sistema de major e minor, sendo major uma área

científica predominante e minor possibilita a formação complementar. A nova estrutura da UP

pretende estar em conformidade com as exigências do mercado de trabalho e com a

possibilidade de articulação das carreiras profissionais.

O Major habilita o graduado por um lado a trabalhar nos projectos de extensão Rural e por

outro lado, os minors possibilitam o trabalho como professor ou como extencionista,

dependendo da opção escolhida.

A Agro-pecuária é a área major e é a parte principal do plano de estudos, correspondente a 150

créditos equivalente a 75% e a parte minor com 60 créditos correspondentes a 25%.

12. MATRIZ DE ORGANIZAÇÃO CURRICULAR DO CURSO O curso de formação em Ensino de Agro-pecuária com habilitação em extensão Rural ou

ensino em Agro-pecuária compreende 8 semestres, onde comporta cadeiras de formação geral,

formação específica e didácticas profissionais conforme mostram as tabelas abaixo.

17

18

Tabela 4: Matriz de organização do curso deLicenciatura em Agropecuária - major- 1º Ano

1º ANO

1º S

EMES

TRE

Código da

Disciplina

Disciplina Componente de

Formação

Área Científica Componentes Créditos Académicos Horas Lectivas

Nuclear Complementar Total Contacto Estudo

Semanais Semestral

Contacto Estudo Contacto Estudo Total

Métodos de Estudo e Investigação Científica CFG Metodológica

X 5 1,92 3,08 3 4,1 48 77 125

Química Geral CFG Quimica X 3 1.92 1.08 3 1.4 48 27 75 Botanica geral CFG Biologia X 4 1,92 2,08 3 2,7 48 52 100 Informatica basica CFG Informatica X 3 1.92 1.08 3 1.4 48 27 75 Agricultura Geral CFEs Agricultua X 6 3,2 2,8 5 3,7 80 70 150 Anatomia animal CFEs Pecuária X 6 3,2 2,8 5 3,7 80 70 150 Biologia geral CFG Biologia X 3 1.92 1.08 3 1.4 48 27 75

TOTAL 1º SEMESTRE 30 750

2º S

EMES

TRE

Técnicas de Expressão em LP CFG Portugues X 4 1,92 2,08 3 2,7 48 52 100

Educação para igualdade de genero CFG Tema transversal X 1 0,6 0,4 1 0,5 15 10 25

Fisiologia Vegetal CFEs Biologia X 4 1,92 2,08 3 2,7 48 52 100 Fisiologia Animal ( I) CFEs Pecuaria X 3 1.92 1.08 3 1.4 48 35 125 Ciência do solo CFEs Agricultura X 5 3,2 2,8 5 3,7 80 70 150 Bioquímica CFEs Biologia X 4 1,92 2,08 3 2,7 48 52 100 Microbiologia e Imunologia CFEs Pecuaria X 6 3,2 2,8 5 3,7 80 70 150 Prática Técnico-Profissional I CFEs Agropecuaria X 3 1.92 1.08 3 1.4 48 27 75

TOTAL 2º SEMESTRE 30 750

TOTAL ANUAL - 1º ANO 60 1500

19

Tabela 5: Matriz de organização do curso de licenciatura em Agropecuária - major- 2º Ano

2º ANO

1º S

EMES

TRE

Código da Disciplina

Disciplina Componente de

Formação

Área Científica Componentes Créditos Académicos Horas Lectivas

Nuclear Complementar Total Contacto Estudo Semanais Semestral

Contacto Estudo Contacto Estudo Total

Ecologia e Meio ambiente CFG Biologia 4 1,92 2,08 3 2,7 48 52 100

Zootecnia de ruminante e suíno CFEs Pecuaria x 6 3,2 2,8 5 3,7 80 52 125

Higiene e segurança no trabalho CFEs Agropecuaria X 3 1,92 2,08 3 2,7 48 52 100

Fisiologia Animal (II) CFEs Pecuaria X 3 1,92 2,08 3 2,7 48 52 100

Mecanização e equipamentos Agricolas CFEs Agricultura X 6 3,2 2,8 5 3,7 80 55 125

Genética geral e aplicada CFG Biologia X 6 3,2 2,8 5 3,7 80 55 125

Pratica Tecnico professional II CFEs Agropecuaria X 3 1.92 1.08 3 1.4 48 27 75

TOTAL 1º SEMESTRE 31 750

2º S

EMES

TRE

Antropologia cultural Moçambicana CFG

Ciencias Sociais X 4 1,92 2,08 3 2,7 48 52 100

Educação Ambiental

CFG Tema Transversal X 1 0,6 0,4 1 0,5 15 10 25

Hidrologia CFEs Agricultura X 3 1.92 1.08 3 1.4 48 27 75

Bioestatistica

CFEs Agropecuaria X

3 1.92 1.08 3 1.4 48

27 75 Agro-metereologia CFEs Agricultura X 3 1.92 1.08 3 1.4 48 27 75 Avicultura e cunicultura CFEs Pecuária X 6 3,2 2,8 5 3,7 80 70 150

Melhormento de plantas e dos animais CFEs

Agro-pecuaria X

3 1.92 1.08 3 1.4

4852 100

Pragas agrícolas e controlo de infestantes CFEs Agricultura X 6 3,2 2,8 5 3,7 80 70 150

TOTAL 2º SEMESTRE 29 750

TOTAL ANUAL - 2º ANO 60 1500

20

Tabela 6: Matriz de organização do curso de licenciatura em Agropecuária – minor em extensão rural- 3º Ano

3º ANO

1º S

EMES

TRE

Código da Disciplina

Disciplina Componente de Formaç

ão

Área Científica Componentes Créditos Académicos Horas Lectivas

Nuclear Complementar Total Contacto Estudo Semanais Semestral

Contacto Estudo Contacto Estudo Total

Fitopatologia e Fitofarmacologia CFEs Agricultura X 6 3,2 2,8 5 3,7 80 70 150

Saúde Sexual e Reprodutiva

CFG Tema transversal X 1 0,6 0,4 1 0,5 15 10 25

Farmacologia e Toxicologia CFEs Pecuaria X 6 3,2 2,8 5 3,7 80 70 150

Parasitologia e doenças parasitárias CFEs Pecuaria X 4 1.92 1.08 3 1.4 48 27 75

Nutrição Animal CFEs Pecuaria X 3 1.92 1.08 3 1.4 48 27 75

Construções Rurais CFEs Agropecuaria X 4 1,92 2,08 3 2,7 48 52 100

Reprodução Animal CFEs Pecuária X 3 1.92 1.08 3 1.4 48 27 75

Experimentação Agrária CFEs Agricultura X 3 1.92 1.08 3 1.4 48 52 100

TOTAL 1º SEMESTRE 30 750

2º S

EMES

TRE

Comercialização Agrícola CFEs Extensão X 4 1,92 2,08 3 2,7 48 52 100

Higiene e tecnologia dos Alimentos CFEs

Agropecuaria

X 4 1,92 2,08 3 2,7 48 52 100

Educação Agrária CFEs Extensão X 5 1,92 3,08 3 4,1 48 77 125

Producao e tecnologia de sementes CFEs Agricultura

X 6 3,2 2,8 5 3,7 80 70 150

Maneio e conservação do solo CFEs Agricultura X 3 1.92 1.08 3 1.4 48 27 75

Culturas alimentares e industriais CFEs Agricultura X 4 1,92 2,08 3 2,7 48 52 100

Pratica tecnico profissional III CFEs Agropecuaria X 4 1.92 1.08 3 1.4 48 52 100 TOTAL 2º SEMESTRE 30 750

TOTAL ANUAL - 3º ANO 60 1500

21

22 Tabela 7: Matriz de organização do curso de licenciatura em Agropecuária - minor em extensão rural - 4º Ano

4º ANO

1º S

EM

ES

TR

Ex

Código da Disciplina

Disciplina Componente de Formação

Área Científica Componentes Créditos Académicos Horas Lectivas

Nuclear Complementar Total Contacto Estudo

Semanais Semestral Contacto Estudo Contacto

Estudo Total

Ética e deontologia profissional

CFG Tema transversal X

1 0,6 0,4 1 0,5 15 10 25

Semiologia CFEs Pecuaria X 3 1.92 1.08 3 1.4 48 27 75

Empreendedorismo CFEs Gestão 4 1,92 2,08 3 2,7 48 52 100

Economia Agropecuária CFEs Agropecuaria X 4 1,92 2,08 3 2,7 48 52 100

Gestãode mudanças nas zonas rurais CFEs Extensão X

3 1.92 1.08 3 1.4 48 27 75

Estágio Técnico Profissional CFPEs Agro-pecuária X 6 1,92 4,08 3 5,4 48 52 100

Extensão Rural e Sociologia agrária CFEs Extensão X

6 3,2 2,8 5 3,7 60 40 100

Aquacultura e Pesca CFEs Agropecuaria X 4 1,92 2,08 3 2,7 48 52 100

TOTAL 1º SEMESTRE 31 750

Saúde e Gestão de Manada CFEs Pecuária X 6 3,2 2,8 5 3,7 80 70 150

Pastos e Forragem CFEs Pecuaria X

6 3,2 2,8 5 3,7 80 70 150

Difusão de Inovações no meio rural CFEs Extensão X

6 3,2 2,8 5 3,7 80 70 150

Rega e Drenagem CFEs Agronomia X X 3 1.92 1.08 3 1.4 48 27 75 Técnicas de Comunicação CFEs Extensão X 3 1.92 1.08 3 1.4 48 27 75

Trabalho de Culminação de Curso CFEs Agropecuaria X

6 1,92 4,08 3 5,4 48 102 150

TOTAL 2º SEMESTRE 29 750

TOTAL ANUAL - 4º ANO 60 1500

Legenda: CFG – Componente de Formação Geral; CFEd - Componente de Formação em Psicologia e Ciências de Educação; CFEs - Componente de Formação Específica.

23

Tabela 8: Matriz de organização do curso de licenciatura em Agropecuária – minor em Ensino de Agro-pecuária - 3º Ano

3º ANO

1º S

EMES

TRE

Código da Disciplina

Disciplina Componente de Formaç

ão

Área Científica Componentes Créditos Académicos Horas Lectivas

Nuclear Complementar Total Contacto Estudo Semanais Semestral

Contacto Estudo Contacto Estudo Total

Fitopatologia e fitofarmacologia CFEs Agricultura X 6 3,2 2,8 5 3,7 80 70 150

HIV-SIDA

CFG Tema transversal X 1 0,6 0,4 1 0,5 15 10 25

Didáctica Geral/PPG CFEd Pedagogia X 3 1.92 1.08 3 1.4 48 27 75

Psicologia Geral CFEd Psicologia X 4 1.92 1.08 3 1.4 48 27 75 Nutrição Animal CFEs Pecuaria X 4 1.92 2.08 4 1.4 64 36 100 Reprodução Animal CFEs Pecuária X 4 1.92 2.08 4 1.4 64 36 100 Gestão de Recursos Naturais CFEs Agropecuaria X 4 1.92 2.08 4 1.4 64 61 125 Experimentação Agrária CFEs Agricultura X 4 1,92 2,08 3 2,7 48 52 100

TOTAL 1º SEMESTRE 30 750

2º S

EMES

TRE

Epidemiologia e Doenças infecto-contagiosas CFEs pecuária X 5 1,92 3,08 3 4,1 48 77 125

Fundamentos de Pedagogia CFP Pedagogia X 5 1,92 3,08 3 4,1 48 77 125 Pedagogia por alternancia CFP Psicologia X 5 1,92 3,08 3 4,1 48 77 125 Psicologia de Aprendizagem CFP Psicologia X 5 1,92 3,08 3 4,1 48 77 125 Maneio e conservação do solo CFEs Agricultura X 3 1.92 1.08 3 1.4 48 27 75 Pratica Pedagógica II CFEs Agropecuaria X 3 1.92 1.08 3 1.4 48 27 75 Estudos contemporaneos CFG C.Sociais X 4 1,92 2,08 3 2,7 48 52 100

TOTAL 2º SEMESTRE 30 750

TOTAL ANUAL - 3º ANO 60 1500

24

Tabela 9: Matriz de organização do curso de licenciatura em Agropecuária - minor em Ensino de Agro-pecuária - 4º Ano

4º ANO

1º S

EM

ES

TR

E

Código da Disciplina

Disciplina Componente de Formação

Área Científica Componentes Créditos Académicos Horas Lectivas

Nuclear Complementar Total Contacto Estudo

Semanais Semestral Contacto Estudo Contacto

Estudo Total

Estudos Conteporâneos CFG C. Sociais X 4 1,92 2,08 3 2,7 48 52 100

Empreendedorismo 4 1,92 2,08 3 2,7 48 52 100

Educação para a Paz

CFG Tema transversal X

1 0,6 0,4 1 0,5 15 10 25

Pedagogia por alternancia CFEd Pedagogia X 5 1,92 3,08 3 4,1 48 77 125

Horticultura e Fruticultura CFEs Agricultura X 5 1,92 3,08 3 4,1 48 77 125

Prática pedagógica III Pedagogia X 5 1,92 3,08 3 4,1 48 77 125

Didáctica Profissional (I) CFEd Pedagogia X 6 3,2 2,8 5 3,7 80 70 150

TOTAL 1º SEMESTRE 30 750

2º S

EM

ES

TR

E

Didáctica Profissional (II) CFEd pedagogia X 6 3,2 2,8 5 3,7 80 70 150

Pastos e Forragem CFEs Pecuaria X 6 3,2 2,8 5 3,7 80 70 150

Saúde e Gestao de manada CFEs Pecuaria X 6 3,2 2,8 5 3,7 80 70 150

Estagio Pedagogico CFEd Pedagogia X

6 1,92 4,08 3 5,4 48 102 150

Trabalho de Culminação de Curso CFEs Agropecuaria X 6 1,92 4,08 3 5,4 48 102 150

TOTAL 2º SEMESTRE 30 750

TOTAL ANUAL – 4º ANO 60 1500

Legenda: CFG – Componente de Formação Geral; CFEd - Componente de Formação Educacional; CFEs - Componente de Formação Específica.

25 13. PLANO DE ESTUDOS Os planos de estudos para o presente curso estão apresentados nas tabelas 8, 9, 10, e 11

correspondendo ao 1º, 2º, 3º e 4º Anos respectivamente:

Tabela 10: Matriz de organização do curso de licenciatura em Agropecuária - major-

1º Ano

Tabela 11:Tabela 4: Matriz De Organização Do Curso De Licenciatura Em Ensino De Agropecuária - Major- 1º Ano

Código Disciplina CF Área

Científica Semestres Horas lectivas

Cr 1º 2º HCS HES HCT

Métodos de Estudo e Investigação Científica CFG

Pesquisa X

4 64 5 Química Geral CFEs Química X 4 64 4 Botânica Geral CFEs Biologia X 4 64 4 Informática básica CFEs Informatica X 4 64 4 Agricultuta Geral CFEs Agricultura X 4 64 4 Anatomia animal CFEs Pecuária X 4 64 4 Biologia Geral CFEs Biologia X 4 64 5 Total 1º Semestre 28 448 30

Técnicas de Expressão em LP CFG Português

X3 48 4

Educação para a igualdade de genero CFG

Tema transversal

X1 15 1

Fisiologia Vegetal CFEs Biologia X 4 48 4

Fisiologia Animal I

CFEs Pecuária X

4 48 4

Ciência do Solo CFEs Agricultura X 4 48 5 Bioquímica CFEs Biologia X 5 64 4

Microbiologia e Imunologia

CFEsBiologia

X4 64

4

Prática Técnico- Profissional I

CFEs Agro-pecuária

X4 64

4

Total de horas do 2º semestre 29 399 30 Total de horas do 1º ano 57 847 60

26 Tabela 11: Matriz de organização do curso de licenciatura em Agropecuária - major-2º

Ano

Tabela 12: Matriz de organização do curso de licenciatura em ensino de Agropecuária - major-2º Ano

Código Disciplina CF Área

Científica Semestres Horas lectivas

Cr 1º 2º HCS HCT

Ecologia e meio Ambiente CFEs

Biologia X 3 48 4

Zootecnia dos ruminantes e suinos CFEs Pecuária

X 4 64 4

Higiene e segurança no trabalho CFEs

Agro-pecuária

X 4 64 4

Fisiologia Animal lI CFEs Pecuária X 4 64 3

Mecanização e equipamentos Agricolas CFEs Agricultura

X

4 64 3

Genética geral e aplicada CFEs Biologia

X 4 64 4

Pratica Tecnico- professional II CFEs

Agro-pecuária

X 4 64 3

Total 1 semestre 27 432 31

Antropologia cultural e Moçambicana CFG

Ciências sociais

X3 48 4

Educação Ambiental

CFG Tema transversal

X1 15 1

Hidrologia CFEs Agricultura X 4 64 3 Bioestatistica CFEs Matemática X 4 64 3 Agro-meteorologia CFEs Agricultura X 4 64 3

Avicultura e cunicultura CFEs Pecuária

X4

643

Melhoramento de plantas e dos animais CFEs

Agro-pecuária

X4

643

Pragas agrícolas e controlo de infestantes CFEs Agricultura

X

4

64 3

Total de horas do 2º semestre 28 447 29 Total de horas do 2º ano 55 879 60

27

Tabela 12: Plano de estudos de Licenciatura em Agropecuária com Minor em Extensão

Rural- 3º Ano

3º Ano

Código Disciplina CF Área

Científica Semestres Horas lectivas

Cr 1º 2º HCS HCT

Fitopatologia e fitofarmacologia CFEs

Agricultura X 4 48 4

Saúde sexual e reprodutiva CFG

Tema transversal

X 1 15 1

Farmacologia e Toxicologia CFEs Pecuária

X 4 64 3

Parasitologia e doenças parasitárias CFEs Pecuária

X 4 64 4

Nutrição Animal CFEs Pecuária X 3 48 3 Construções rurais CFEs Extensão X 4 64 4 Reprodução Animal CFEs Pecuária X 4 64 3 Experimentação

Agrária CFEs

Agricultura X

4 64 4 Total 1 º semestre 28 431 29

Comercialização Agrária CFEs Extensão

X4 64 5

Higiene e tecnologia dos alimentos CFEs

Agro-pecuária

X4 64 5

Educação Agrária CFEs Extensão X 3 48 5

Produção e tecnologia de sementes CFEs Agricultura

X

4 64 5

Maneio e conservação do solo CFEs Agricultura

X4 48 6

Culturas alimentares e Industriais CFEs Agricultura

X 4 48

Pratica tecnico profissional III CFP

Agro-pecuária

X4 48 3

Total de horas do 2º semestre 27 384 31 Total de horas do 3º ano 55 815 60

28

Tabela 13: Plano de estudos de Licenciatura em Agropecuária com Minor em

Extensão Rural- 4º Ano

4º ANO, 1º SEMESTRE Código Disciplina CF Área

Científica Semestres Horas lectivas

Cr1º 2º HCS HCT

HIV-SIDA

CFG Tema

transversal X

1 16 4 Semiologia CFEs Pecuária X 3 48 1 Empreendedorismo CFEs Gestão X 3 48 3

Economia Agro-pecuária

CFEs Agro-pecuária

X 3 48 4

Gestão de mudanças das zonas rurais CFEs Extensão

X 3 48 4

Estágio Trécnico-profissional CFEs

Agro-pecuária

X 3 48 4

Extensão rural e sociologia Agrária CFEs Extensão

X 4 64 4

Aquacultura e pesca CFEs Agro-pecuária

X 4 64 6

Total 1 º semestre 24 351 30

Saúde e gestão de manada CFEs Pecuária

X5 48 6

Pastos e forragens CFEs Extensão X 5 48 6

Difusão de inovações no meio rural CFEs Extensão

X5 72 6

Rega e drenagem CFEs Agricultura X 3 48 3

Técnicas de comunicação CFEs Extensão

X 3 48 3

Trabalho de culminação de curso CFEs

Agro-pecuária

X3 48 6

Total de horas do 2º semestre 24 312 30 Total de horas do 4º ano 48 663 60

29

Tabela 14:Plano de estudos de Licenciatura em Agropecuária com Minor em ensino de

Agro-pecuária- 3º Ano

Tabela 13: Matriz de organização do curso de licenciatura em ensino de Agropecuária - major-3º Ano

Código Disciplina CF Área

Científica Semestres Horas lectivas

Cr 1º 2º HCS HCT

Fitopatologia e fitofarmacologia CFEs

Agricultura X 3 48 4

Ética e deontologia profissional CFG

Tema transversal

X 1 15 1

Didáctica geral/PPG CFd Pedagogia X 3 48 3 Psicologia geral CFEd Psicologia X 3 48 4 Nutrição Animal CFEs Pecuária X 3 48 4 Reprodução Animal CFEs Pecuária X 4 64 4

Gestão de recursos naturais CFEs

Agro-pecuária

X 4 64 5

Experimentação Agrária

CFEsAgricultura

X 4 64 4

Total 1 º semestre 25 399 29

Epidimiologia e doenças infecto-contagiosas CFEs Pecuária

X

3 48 5

Fundamentos de pedagogia CFEd Pedagogia

X3 48 5

Psicologia de desenvolvimento CFEd Psicologia

X3 48 5

Psicologia de Aprendizagem CFEd Psicologia

X3 48 5

Maneio e conservação do solo CFEs Agricultura

X3 48 6

Didáctica profissional I/PPI CFEd

Agro-pecuária

3

Estudos contemporâneos CFG

Ciências sociais

X3 48 2

Total de horas do 2º semestre 25 288 31 Total de horas do 3º ano 50 687 60

30

Tabela 15:Plano de estudos de Licenciatura em Agropecuária com Minor em ensino de

Agro-pecuária- 4º Ano

4º ANO, 1º SEMESTRE Código Disciplina CF Área

Científica Semestres Horas lectivas

Cr1º 2º HCS HCT

Estudos contemporaneos

X 4 64 4

Tema transversal X 4 64 4 Semiologia 4 64 4 Elaboração e

Simulação de Projectos agropecuários

X

4 64 4

Pedagogia por alternancia

X 4 64 4

Horticultura e Fruticultura

X 4 64 5

Didáctica Profissional (I)

X 3 48 5

Total 1 º semestre 21 432 30

DP Didáctica Profissional (II) CFEd pedagogia DP

X3 48 4

SGM Saúde e Gestao de manada CFEs Pecuaria SGM

X3 48 5

EP Estagio Pedagogico CFEd Pedagogia EP

X3 48 5

ERSA Extensão Rural e Sociologia agrária CFEs

Agropecuaria ERSA

X3 48 5

TCC Trabalho de Culminação de Curso CFEs

Agropecuaria TCC

X3 48 5

Total 2˚ semestre 21 336 30 Total de horas do 4º ano 42 768 60

31

14. TABELA DE PRECEDÊNCIAS Tabela 16: tabela de precedências

A inscrição em: Depende de aprovoção em: Experimentação agrária Bioestatistica Rega e Drenagem Hidrologia Maneio e Conservação de Solos Ciência de Solos Reprodução animal Fisiologia Animal HTA (Higiene e Tecnologia dos Alimentos)

Nutrição Animal

Saúde e Gestão da Manada Zootecnia de Ruminantes e Suínos Genética Geral e Aplicada Biologia Geral

15. TABELA DE EQUIVALÊNCIAS

Tabela 17: tabela de equivalências

Actual Plano de Estudos Novo Plano de Estudos Metodologia de Investigação Cientìfica

(MIC)

Métodos de Estudo e Investigação

Científica (MEIC)

Maneio Comunitário dos Recursos Naturais Gestão dos Recursos Naturais

Saúde pública e Higiene no Trabalho Higiene e Segurança no Trabalho

16. Plano de Transição A integração e enquadramento de estrutura do actual currículo é feita de acordo com os

seguintes itens:

1. O estudante que tiver transitado para o 2º, 3º e 4ºano continua a reger-se pelo plano de

estudo actual.

2. Os estudantes que tenham transitado para o 2º ano e que tenham reprovado em disciplinas

do 1º ano terão a oportunidade de fazer a disciplina do antigo currículo. Se o estudante

tornar a reprovar pela segunda vez numa disciplina do actual currículo terá de se integrar no

novo currículo.

323. Todos os estudantes que nos anos subsequentes a introdução do novo currículo

reprovarem de ano e não conseguirem completar o curso nos moldes do actual currículo, só

deverão realizar as suas inscrições depois de consultarem a tabela de equivalência, afim de

serem devidamente enquadrados no novo currículo.

17. Avaliaçãoda Aprendizagem

As diferentes formas de avalição previstas para este currículo subordinam-se as

precornizadas no regulamento académico da UP. Porém é preciso destacar a avaliação

contínua em seminários, aulas práticas de laboratório, de campo e excursões científicas para

além dos testes regulares a valorização da pesquisa feita pelos estudantes através do relatório

que eles forem a apresentar quer em cadeiras de especialidade.

18. Formas de Culminação O curso de Agro-pecuária terá como forma de culminação, a monografia científica com

direito a um supervisor da área, podendo ser da instituição (UP) ou de outra instituição. Caso

o supervisor principal for externo a co-supervisão deverá ser feita por um docente da UP da

área específica, de modo a garantir a uniformidade das monografias na instituição (UP), pois

cada instituição tem as suas normas de apresentar as suas monografias.

O estudante tem ainda a possibilidade de realizar o exame de conclusão do curso em que se

atribui temas realacionados com ás áreas de Agro-pecuária e defende perante o juri.

19. Instalações e Equipamentos Existentes

O curso de Agro-pecuária está sedeada no campus da Lhanguene onde funciona a ESTEC.

Não possuí laboratório próprio de trabalho estando neste momento a utilizar o laboratório de

Biologia, Veterinária, Pescas e IAB, com prespectiva de construir os seus próprios

laboratórios.

Em termos de biblioteca, o Departamento conta com a biblioteca da sede e vale-se aindadas

instituições parceiras que têm disponibilizado literatura para as consultas e as vezes para

reprodução do material. De referir que o material reproduzido tem sido válido e suficiente

33para os estudantes do departamento não só para as suas aulas como também para

realizarem as suas pesquisas individuais.

A ESTEC possue uma área de 0,5 ha em Mulauze fornecida pelo Conselho Municipal de

Maputo onde se desenvolvem actividades agrícolas, não sendo possível a criação de animais

porque é uma zona baixa. No âmbito da parceria com o IAB, foi cedido um espaço de

100x100 metros em boane para criação de animais de pequeno porte , onde se desenvolvem

actividades de Avicultura e Cunicultura.

O departamento dispõe de campos experimentaisem Mulauze, Boane, Macia e Xai-Xai para

a produção vegetal e Magude para aprodução animal.

Neste momento o Departamento dispõe-se de um espaço de 6 ha em Marracuene, onde está

em curso uma construção básica de uma garagem para instalar o tractor e casa do guarda. É

um espaço que servirá tambám para ensaios de agricultura e criação de animais de pequeno

porte.

Em termos de equipamentos o departamento dispõe de cinco computadores, duas

impressoras, tendo no entanto adquirido um retroprojector que muitas vezes não tem

conseguido responder as necessidades de todos os docentes. Os estudantes têm e

continuaram usando os computadores da sala de informática que estão conectados com a

Internet.

A ESTEC se dispõe de data-shows que serão montados nas salas de aulas pelo CIUP a

serem indicadas pelos departamentos.

Para trabalho de campo na área da agricultura o departamento dispõe de um tractor com

alfais, 35 enxadas, 5 pulverizadores, 10 regadores, 30 pares de botas para os estudantes,8

ancinhos, material para acampamentoe insumos consumíveis que tem adquirido mediante

receitas das vendas da produção mas também com apoio da Direcção. Para a prática pecuária

dispõe-se de 6 cabeças de gado bovino, 5 Cabritos, 5 coelhos, e um quite de vacinações é

nesta base que os estudantes aprendem a tratar os animais para além de criar/produzir. Tem

produzido frangos regularmente cerca de 300 por lote na capoeiras sedeadas no espaço

cedido em Boane, com um quite de farmacologia.

Contudo , para o reforço do material para as aulas práticas , o Departamento já avançou as

listas das necessidades á direcção da UTL, para o concurso, e algum jáaprovado

aguardando a sua operacionalização.

As aulas laboratoriais são feitas no laboratório de biologia, do IAB para análise de solo, da

Agronomia para fitopatologia e veterinária para a disciplina de parasitologia, para avaliação

34da aprendizagem na cadeira de reprodução animalé feita na estação zootécnica de Magude

onde o Departamento tem o seu gado.

Quase todas as Delegações apresentam condições para o funcionamentoconforme ilustra a

tabela 18.

Tabela 18: Situação por Delegação

Delegação Condições de funcionamento

UP-Sede

Campo de 6ha em Marracuene(Actividade pecuária e agrícola), 0,5 ha em

Mulauze( Actividade agrícola), 5ha em Magude no âmbito da parceria com a

escola agrária, 1 tractor, 35 enxadas, 5 pulverizadores, 10 regadores, 20 pares

de botas, 6 bois, 5 cabritos, 4 coelhos, 300 frangos por lote, 25 tendas para

acampamento, quite de vacinações.

Gaza

1ha(Actividade agrícola e pecuária),

Possui insumos agrícolas com apoio da Delegação, tem ainda um espaço de

20ha não explorada de momento. Produzem frangos regularmente num lote

de 250;

Possui 15 enxadas, 10 ancinhos, 7 regadores 1 pulverizador, comprespectiva

de aumentar o material e criação do gado bovino e caprino no próximo ano e

a medida que o curso cresce. Neste momento a prática pecuária é feita na

comunidade.

Massinga

30 ha em Ngomane ( não lavrada), 0,5ha para experimentação agrária, 20ha

para actividade agrícola por ser uma zona baixa não favorece actividade

pecuária que dista a 10km da faculdade, oferecida pela comunidade em vias

de lavoura. Não possuem ainda animais para o estudo recorrendo á Direcção

distrital de actividades económicas como parceiros da delegação.

Prevê que no próximo ano venha a ter 5 cabeças de gado, 4 cabritos, balança

electrica e tractor. Possue para actividade agricola; 10 regadores, 1

pulverizador, 7 ancinhos, 20 enxadas.

Manica

Possue no total 100ha: 1ha em uso para experimentação, 2ha em processo de

lavoura, restante quantidade ainda por explorar. A prática pecuária é feita no

Instituto Agrário em Chimoio no âmbito da parceria, os insumos são

adquiridos pelo apoio da Delegação. Possue 10 enxadas, 10 regadores, 5

ancinhos, com prespectiva de criação de gado caprino. A actividade avícola

tem sido desenvolvida de forma periódica.

35

Lichinga

Área de 300ha, onde se explorou 6ha para produção de soja. Possue 10

bovinos, 10suinos, 2 coelhos, 30 patos, 56 enxadas, 35 campinadoras, 6

catanas, 4 picaretas, 8 regadores. A Delegação possui seus curais onde

desenvolvem actividade pecuária.

Quelimane

Área de 230 ha em Nicuadala(Actividade pecuária e agrícola), 20ha em

Marokué para a prática de horticultura. A actividade avícola ainda não é

praticada, com prespectiva para o próximo ano.

Possui 1 tractor, 1 carro Isuzudupla cabine), 2 motorizadas 125, 75 enxadas,

30 ancinhos, 40 catanas, 44 pares de botas, 3 pulverizadores, material para

enxertia, 1 estufa semi-convencional em construção, 2 tanques de água de

1000ml, 41 bovinos, 30 cobaias(porquinhos da índia).

Os insumos adquirem na Delegação , com uma cota parte das suas

produções.

Montepuez

Em vias de abertura, mas possui: Área de 300 ha (Actividade agrícolae

pecuáreia), dista a 35km da cidade, possui 30 enxadas, 12 ancinhos, 10 pás, 8

carinhas de mão(material também usado pela biologia), as aulas de

laboratório serão feitas no laboratório de biologia. Esta prevista a aquisição

de algumas cabeças de gado para a reprodução e tracção animal, já existe

fundos para compra de material necessário para se desenvolver actividade

avícola numa 1ª fase.

36 19. CORPO DOCENTE E TÉCNICO ADMINISTRATIVO EXISTENTE Tabela 19: Corpo docente (formação académica, expeperiência profissional , disciplinas

e regime de contratatação) – UP Maputo

Docente Nº de ordem

Formação académica

Anos de Experiência Profissional

Disciplinas que lecciona na UP Regime de contratação

Docente no geral

Docente na UP

01 Brígida Singo

Doutorada em Dictática profissional, Mestrada e Licenciada em ensino de Biologia

32 22 - Nutrição Animal , - Didáctica Profissional(I) -Fisiologia Animal - Higiene e Segurança no Trabalho; -Metodos de estudo e investigação científica; -Anatomia Animal

Efectiva

02 Florência Jonasse

Mestre em Produção e proteção vegetal; Licenciada em ensino de Biologia

31 13 - Pragas Agrícolas e Controlo de Infestantes, - Higiene e Segurança no Trabalho, - Parasitologia e doenças parasitárias, - Didáctica profissional(II) -Pedagogia por Alternância

Efectiva

03 Cássimo Jaime Neuara

Mestre em Desenvolvimento Rural; Licenciada em ensino de Geografia e História.

32 06 -Higiene e Tecnlogia dos Alimentos , - Aquacultura e Pesca -Ciência do Solo -Antropologia cultural moçambicana -Gesão de Recursos Naturais -Pastos e forragens

Efectivo

04 Rodriguês Afonso Rodriguês

Licenciado em Engenharia Agronómica

10 03 -Ciência do Solo , -Extensão rural e sociologia agrária; Horticultura e fruticultura

Efectivo

05 Adelaide Buchile

Licenciado em Medicina veternária

01 03 -Avicultura e Cunicultura -Zootecnia dos Ruminantes e Suinos , -Saúde e Gestão de Manadas;

Efectiva

06 Glória Manhique

Licenciado em ensino de Biologia

03 03 -Biologia Geral -Genética geral e Aplicada;

Efectiva

07 Sandra de Barros

Licenciado em Engenharia Agronómica

04 03 -Fitopatologia e Fitofarmacologia -Rega e Drenagem -Sistemas de agro-processamento; -Culturas Alimentares

Efectiva

08 João Chungo

Licenciado em Engenharia Agronómica

06 03 -Agrcultura Geral -Pastos e Forragens , -Sistemas agro-florestais

Efectivo

10 Carlos Jornão

Licenciado em Engenharia

14 02 -Agrcultura Geral ; -Hodrologia

Contratado

37Xavier Agronómica -Produção de sementes;

- Experimentação I e II ; -Economia agro-pecuária;

Contratado

Basílio Licenciado em ensino de Químico

Química Geral Destacamento

Arlete Vilanculos

Mestre em Informática

Informática Básica Destacamento

Angelina Pedro

Licenciada em ensino de Biologia

06 01 PPS’; Ecologia; Estágio Pedagógico

Efectiva

Ríxio Vilanculos

Licenciado em ensino de Biologia

04 -Microbiologia e Imunologia; -Empreendedorismo

Efectivo

Enoque Albino Manhique

Mestre em Desenvolvimento Agrário

-Gestão de mudanças nas z onas rurais; -Técnicas de comunicação -Educação Agrária

Contratado

Tabela 20: Corpo administrativo existente – UP Maputo

Nº Nomes Anos de experiência profissional

Regime de contratação

Habilitações literárias

1 Stélio Mazive 04 anos Efectivo 10ª classe 2 Suzana I. Chirindja 18 anos Efectiva 12ª classe 3 Hermenegildo Abdul Jafar 3 anos Efectivo bacharel 4 Hermenegilda Cossa 2 anos Contratada 12ª classe

5 Filomena Matias Zandamela 03anos Contratada 7aClasse

5 Carima Taquidir 12 anos Efectiva 12ª classe Na UP Niassa o curso de agropecuária é assegurado por docentes do Departamento de

Biologia, docentes graduados da UP em ensino de Agro-pecuária sendo cadeiras de

especialidade leccionadas por 4 docentes; sendo: 2 agrónomos 1 efectivo e 1 contractado e 2

Licenciados em Agro-pecuária , conforme ilustra a tabela 21

O apoio na manutenção dos campos experimentais é assegurado por operários agrícolas que

estão a iniciar as suas funções na UP com experiência de trabalhos agrícolas nos campos de

subsistência.

38 Tabela 21: Corpo docente ( formação académica, expeperiência profissional ,

disciplinas e regime de contratatação) – UP Niassa

Docente Nº de ordem

Formação académica

Anos de Experiência Profissional

Disciplinas que lecciona na UP Regime de contratação

Docente no geral

Docente na UP

01 Ussene Aji Daúde

Eng. A grónomo 10 04 Todas de especialidade na área da agricultura

Efectivo

02 Domingos Matane

Agrónomo 02 Todas de especialidade na área da agricultura

Contratado

03 Maria Ângela Vicente

Agronoma 01 Todas de especialidade na área da agricultura

Efectivo

04 Sónia Mido Veteinaria 02 Todas de especialidade na área da Veterinaria

Efectivo

05 Celina Bahule

Agro-pecuária - 01 Cadeiras de especialidade Agro-pecuária

Efectivo

06 .Arnaldo Ofício

Agro-pecuária - 01 Cadeiras de especialidade Efectivo

Tabela 22: Corpo docente (formação académica, expeperiência profissional , disciplinas

e regime de contratatação) – UP Manica

Docente Nº de ordem

Formação académica

Anos de Experiência Profissional

Disciplinas que lecciona na UP Regime de contratação

Docente no geral

Docente na UP

01 Bento Gil Uane

Eng. Zootácnicio

01 01 Pastos eforragens , fisiologia animal ,praticas de producao

Efectivo

02 Inacio Mucutai Jala

Eng. Agrónomo

01 01 Agricultura geral, pragas e controlo de insfestantes , praticas de producao

Efectivo

03 Mário Antonio Machava

Eng. Agrónomo

02 02 Didactica profuissional , fitopatologia e fitofarmacologia, praticas de producao ,

Efectivo

04 Albertina Paulo Majeculene

Agronomo - 02 Produção de sementes Ciência do solo

Efectiva

05 Francisco Domingos Francisco

Biólogo 04 02 Bioquimica Microbiologia e Imunologia

Efectivo

39 Tabela 23: Corpo docente ( formação académica, expeperiência profissional ,

disciplinas e regime de contratatação) – UP Massinga

Docente

Nº de ordem

Formação académica

Anos de Experiência Profissional

Disciplinas que lecciona na UP Regime de

contratação

Docente no geral

Docente na UP

01 José Chisseve Licenciado 1

Avecultura e Cunicultura Nutricao animal e humana

Reprodução animal

Efectivo

02 Elvino Ferão Licenciado 05 3 Pastos e forragens

Efectivo

03 Jonas Manhice Licenciado 3

Agricultura geral Experimentacao agraria

Economia agraria Bioestatistica

Destacamento

04 Afonso Taela Licenciado 4anos Fisiologa animal

Bioquimica Microbiologia e Imunologia

Destacamento

05 Afua Licenciado 1anos Botanica e Fisiologia

Biologia Celular e Molecular

Destacamento

Tabela 24: Corpo docente ( formação académica, expeperiência profissional ,

disciplinas e regime de contratatação) – UP Xai- Xai

Docente Nº de ordem

Formação académica

Anos de Experiência Profissional

Disciplinas que lecciona na UP Regime de contratação

Docente no geral

Docente na UP

01 dr. Augusto Agostinho Junior

Licenciado 08 02 Avecultura e Cunicultura Nutricao animal e humana Reprodução animal

Efectivo

02 dr. Jonatane Licenciado 06 Experimentação Agrária I

Destacamento

03 Eng. Jorge Djedje

licenciado - 02 Agricultura geral Experimentacao agraria Economia agraria Bioestatistica

Contratado

04 dra Eunesia licenciada - 02 Fisiologa animal Bioquimica Microbiologia e Imunologia

Efectiva

05 dr Confucio Matsena

licenciado 02 03 Botanica e Fisiologia Biologia Celular e Molecular

Efectivo

40 Tabela 25: Corpo docente ( formação académica, expeperiência profissional ,

disciplinas e regime de contratatação) – UP Quelimane

Docente Nº de ordem

Formação académica

Anos de Experiência Profissional

Disciplinas que lecciona na UP

Regime de contratação

Docente no geral

Docente na UP

01 Agnaldo Candito Lic. em Ciências Agrárias

02 Agricultura geral

Efectivo

02 Vanda Adriana Lic. em Ciências Agrárias

02 Produção de sementes

Efectivo

03 Victorino Americano Eng Florestal 01 Ciência do solo

Efectivo

04 Sérgio Ernesto Medico Veterinário 2 02 Pastos e forragens

Efectivo

05 Félix Augusto Eng. Agrónomo 6 03 Fitopatologia Efectivo 06 Joaquim Luis Meneses Eng. Agrónomo 02 01 Pragas

agricolas e controle de infestantes

Efectivo

20.ANÁLISE DE NECESSIDADES

De um modo geral as necessidades imediatas para a implementação do currículo são:

Providenciar laboratórios locais para Parasitologia, Fitopatologia, Microbiologia e

Higiene e Tecnologia dos Alimentos

Equipamentos e insumos laboratóriais

Ensaios e local de reprodução de plantas

Transporte (min. 60 lugares)

Providenciar mais literatura da área Agro-pecuária

Fortalecer a parceria com a Universidade federal de Goiana e Magburg na Alemanha

21. CONCLUSÃO O plano curricular contêm aspectos detalhados concernentes à formação técnica, científica,

pedagógica que possibilite o futuro graduado, a integrar-se na sociedade, sendo capaz de

enfrentar os desafios que a mesma o coloca.

Este futuro graduado estará munido de competências profissionais, que o possibilitem

desenvolver actividades no sector empresarial, educacional técnico assim como geral.

41 22. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. ALTIERI, MA, Agricultura Sustentável, Jaguarina, Vol 2, 1995

2. CARVALHO, M, Agricultura Tradicional de Moçambique, Distribuição Geográfica

das Culturas e Relação com o Meio 1992

3. FARDHAD, A & ZINCK, J. A, Seeking Agriculture Sustainability, An Agriculture

Ecosystems and Environment 1992

4. FACULDADE DE VETERINÁRIA, Curriculum do Curso de Veterinária –UEM,

2003

5. FACULDADE DE AGRONOMIA, Documentos dos cursos em Engenharia

Agronômica e Florestal, 2001

6. FACULDADE DE CIÊNCIAS NATURAIS E MATEMÁTICA, Curriculo do curso

de Bacharelato e de Licenciatura em Ensino de Biologia, UP, 2003

 

7. PROJECTO PEDAGÓGICO DO CURSO DE AGRONOMIA DA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS-Brasil, Março 2012

42

23. PROGRAMAS TEMÁTICOS

Foram elaborados os planos temáticos de cada disciplina costituinte do curso de agro-

pecuária. Os planos temáticos de cada disciplina apresentam (dentre outros itens) objectivos,

carga horária, listagem dos temas a serem leccionados nas disciplinas com a respectiva

distribuição de carga horária e a estratégias e métodos de ensino e aprendizagem.

Programas Temáticos das Disciplinas da Componente de Formação Especifica

43

ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)

Departamento de Ciências Agro-pecuárias

Disciplina: Zootecnia dos Ruminantes e Suínos Codigo: Tipo – Nuclear Nível – 1 Ano – 2º Semestre – 1º Creditos – 5=150 horas (80 contacto 70 de estudo) 1. Introdução A criação de animais requer do criador de conhecimentos de técnicas e normas zootécnicas que garantem uma boa exploração de animais com vista ao aumento da produção e produtividade. A aplicação de novas técnicas de criação numa exploração pecuária constitue uma das grandes preocupações do criador e, passa necessariamente pelo estudo e conhecimento de condições necessárias para a criação, propósitos da criação, raças de animais e suas potencialidades, bem como a aplicação de maneio alimentar e sanitário na exploração. 2.Competências

Projecta explorações de ruminantes e suínos no sector industrial e familiar;

Sabe explicar as técnicas de produção e normas de maneio e biosegurança;

Entende a relação entre os animais e o meio ambiente.

3. Objectivos

Organizar a criação de ruminantes e suínos para diferentes fins sócio-económico e

culturais;

Relacionar a criação de ruminantes e suínos domésticos com diferentes sistemas de

produção e optimizar os seus resultados produtivos;

Projectar explorações de ruminantes e suínos domésticos para sistemas de produção

com diferentes níveis de insumos;

Aconselhar os criadores em técnica de maneio de ruminantes e suínos;

Promover técnicas de produção de ruminantes e suínos que sejam sustentáveis e

inócuas ao meio ambiente.

44 4.Plano Temático No Temas Horas de

contacto Horas de

estudo 1 Introdução á disciplina 8 6 2 Generalidades de bovinos e suínos 7 6 3 Melhoramento genético das species 7 6

4 Maneio zootécnico das crias 7 6 5 Sistema de produção de leite e

carne 8 6

6 Generalidades sobre pequenos ruminantes

7 6

7 Sistema de produção dos pequenos ruminantes

7 7

8 Sistema de produção de pequenos suínos

8 7

9 Alimentação dos pequenos ruminantes e suínos

7 6

10 Tecnologia de produção animal e controle técnico

7 7

11 Trabalho de campo 7 7 TOTAL 80 70 Docente: Departamento de Agro-pecuária 5. Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem

Conferências e palestras;

Seminários;

Práticas laboratoriais;

Meios de ensino - Quadro branco/preto; - Retroprojector; - Modelos naturais e artificiais; - Campo de experimentação

Avaliação - Testes escritos; - Trabalhos em grupo; - Relatórios de trabalhos práticos; - Trabalhos individuais de aprofundamento

6.Bibliografia MORGADO,F.P. & MCKINNON, D. Manual técnico de maneio integrado de pequenos ruminantes,DINAP, 1990. JOSSEFA,G. Manual de produção animal, Instituto Agrário de Chimoio,2001. PAULO ANESTAR GALETI, Guia do técnico agro-pecuário, 1983.

45

ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)

Departamento de Ciências Agro-pecuárias

Disciplina: Ecologia e Meio Ambiente Codigo: Tipo – Nuclear Nível – 1 Ano – 2º Semestre – 1º Creditos – 3=100 horas (48 contacto 52 de estudo)

1. Introdução Todo e qualquer fenómeno que acontce na natureza necessita de energia , para ocorrer. A vida requer materia e energia, em qualquer sistema natural, materia e energia são conservados. Recurso natural é qualquer insumo de que os organismos, as populações e os ecossistemas necessitam para sua manutenção. Existe um envolvimento entre recursos naturais e a tecnologia para a utilização de um recurso. O uso do solo cultivado pelo homem sedentário foi se expandido com o crescimento populacional e o progressivo domínio da energia, criando condições para romper equilibrios ecológicos mais que minerais. Em consequência, a fertilidadee a produtividadenaturais dos solos foram reduzindo-se.Enquanto a alternativa do deslocamento para outras terras foi possivel, a sobrevivência assegurada.

2.Competências

Conhece a base de agro-ecossistema

Entende a relação entre os animais e o meio ambiente.

Estabelece a relação entre o meio ambiente e o Desenvolvimento sustentável

3. Objectivos

Relacionar a ecologia com contexto ambiental;

Conhecer os factores ecológicos básicos ligados aos sistemas agrários

Avaliar a eficiência do aproveitamento energético;

Enumerar os conceitos básicos de ecologia aplicada e a relação com outras ciências;

Promover técnicas de conservação dos recursos naturais e reduzir poluição da

biosfera.

46 4.Plano Temático Temas Horas de contacto Horas de estudo 1 Introdução á disciplina 5 5 2 Conceitos e definições 5 5 3 Generalidades de ecologia e meio

ambiente 4 5

4 Factores ecológicos(água, temperatura, luz, solo, atmosfera,fogo)

5 5

5 Estruturas, teorias e hipóteses da ecologia aplicada

4 4

6 Desenvolvimento dos ecossistemas

4 5

7 Consevação dos equilibrios naturais

4 4

8 Ecologia e transformação do ambiente

5 5

9 Reciclagem do lixo e o desenvolvimento sustentavel

4 4

10 Gestão, educação, legislação e licenciamento ambiental

4 4

11 Auditoria e ecoturismo 4 5 TOTAL 48 52 Docente: Departamento de Agro-pecuária 5. Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem

Conferências e palestras;

Seminários;

Práticas laboratoriais;

Meios de ensino - Quadro branco/preto; - Retroprojector; - Modelos naturais e artificiais; - Campo de experimentação

Avaliação - Testes escritos; - Trabalhos em grupo; - Relatórios de trabalhos práticos; - Trabalhos individuais de aprofundamento

6.Bibliografia BURSZTYN, M.A.A. Gestão Ambiental- Instrumentos e práticas, Brasilia, 1994 Guerra, A.T.Recursos Naturais- Rio de Janeiro, IBGI,1875 LAGO,A.& PÁDUA,J.A. O que é Ecologia- S.Paulo, Editora Brasileira-1985 SEWEL, G.G.H. Administração e control de Qulidade Ambiental, S.Paulo- 1975

47

ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)

Departamento de Ciências Agro-pecuárias Disciplina: Pastos e Forragens Codigo: Tipo – Nuclear Nível – 1 Ano – 4º Semestre – 2º Creditos – 6=150 horas (80 contacto + 70 de estudo) 1. Introdução As pastagens possuem um número bastante grande de pequenos organismos que utilizam sua cobertura natural como moradia alternativa, durante sua fase livre de vida. Entre eles encontram-se, diversas pragas, moléstias, nematóides, ácaros. Além de plantas parasitas e outros microorganismos que podem ser prejudiciais, tanto as pastagens como para a saúde dos animais que delas se alimentam.

As forragens que predominam nas regiões do país são especialmente P.infestum. Estas começam a ganhar relevância entre os pesquisadores do ponto de vista da saúde das pastagens interferindo nos resultados da produção pecuária.

Actuar na área de nutrição e alimentação animal é responder pela formulação, fabricação e controle de qualidade das dietas e rações para animais, responsabilizando-se pela eficiência nutricional das fórmulas, que poderão estar distribuídos nos seguintes conteúdos disciplinares: exigências nutricionais; metabolismo de nutrientes; fisiologia animal; forragicultura e pastagens; estudo e análise de alimentos; formulação e preparação de dietas e misturas; bioquímica; maneio alimentar; restrições e fatores anti-nutricionais dos alimentos; análise econômica; gestão de qualidade; nutrição e imunogenicidade; nutrição e reprodução; higiene e profilaxia; água na alimentação; bioclimatologia; equipamentos e instalações para alimentação. Fomentar, planear,coordenar e administrar programas de melhoramento genético animal, contribue para a economia rural e obedece aos princípios de produção animal. 2. Competências

Conhece os principais pastose forragens ;

Entende as técnicas adequadas para protecção de protegem os pastos e forragens;

Tem a noção de cálculo decomposição botânica e carga animal óptima.

3. Objectivos

Identificar as principais espécies de pastos e forragens;

Aplicar as técnicas de aproveitamento racional de pastos e forragens;

Aplicar as técnicas de produção e de conservação de pastos e forragens; e

48 Aplicar métodos de cálculo de composição botânica e carga animal óptima e

interpretar os respectivos resultados.

4.Plano Temático Número de ordem

Temas Total de Horas de contacto

Horas de estudo

1 Introdução a disciplina 13 12 2 Fisiologia das pastagens 13 12 3 Pastagens naturais 13 12 4 Pastagens melhoradas 13 12 5 Produção de forragens 14 12 6 Conservação de forragens 14 10 TOTAL 80 70 Docentes: Departamento de Agro-pecuária 5. Estratégias e métodos de ensino aprendizagem

Seminários

Conferências

Aulas de simulação

Aulas práticas no laboratório

Trabalho de campo

6. Meios

Retroprojector

Quadro branco/preto

Bibliografia

7. Avaliação

Testes escritos;

Trabalhos em grupo;

Relatórios de trabalhos práticos;

Trabalhos individuais de aprofundamento;

Exame

8. Bibliografia ALCÂNTARA, P. B. & BUFARAH, G. Plantas Forrageiras, Gramíneas e Leguminosas, 1988. 2. BARNES, R. F.; MILLER, D. A. & NELSON, C. Forages: The Science of Glassland Agriculture, VOL. II, 1995.

49 3. BOGDAM, A. V.Tropical Pasture and Fodder Plants, LONDRES, LONGMAN, 1977. 4. EUCLIDES, V. P. B. Algumas considerações sobre o Maneio das Pastagens, EMBRAPA–CNPGC, CAMPO GRANDE, 1994. 5. MITIDIERI, J. Manual de Gramíneas e Leguminosas para pastos Tropicais , SP, NOBEL, 1982. 6. PEIXOTO, A. M., MOURA, J. C. & FARIA, V. P. Pastagens: Fundamentos da Exploração Racional, PIRACICABA / FEALQ, 1993. 7. PUPO, N.I.H. Manual de Pastagens e Forrageiras, CAMPINAS, INSTITUTO CAMPINEIRO, 1985. 8. WHITEMAN, P. C.. Tropical Pasture Science, NEW YORK, OXFORD UNIVERSITY, 1980. 9. MORAES, Y. J. B. Forrageiras- Conceitos e Formação e Maneio, LIVRARIA E EDITORA AGROPECUÁRIA, RS, 1995. 10.EVANGELISTA, A.R., ROCHA, G. P. Forragicultura, UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS, FAEPE, 1998. ZANDER MEER, J.M. ammino afid, analysis,os, Siids in, the Netherlands, sour year, prosiciency,spudy, 1990. WAMIG, E. C., ESULLER, M.S. theoppinium Dietary Amino,acid Pater, sor Growing, pigs, Brit J.Nutrin,1990.

50

ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)

Departamento de Ciências Agro-pecuárias

Disciplina: Bioquímica

Codigo: Tipo – Nuclear

Nível – 1 Ano – 1º

Semestre – 2º Creditos – 4=100 horas ( 48 contacto + 52 de estudo)

1.Introdução

A disciplina de bioquímica é leccionada no curso de bacharelato, destina-se a fornecer

conhecimentos que permitam a posterior compreensão da natureza química da célula. Os

seus fundamentos constituem a base indispensável para a compreensão da função, de função,

de fenómenos e processos químico-fisiológicos que desenrolam na célula durante as

actividades metabólicas. Os conhecimentos desta cadeira são de aplicação prática no

quotidiano do aluno e das comunidades.

A organização das matérias a inclusão de aulas práticas, as visitas ás unidades de produção

de elementos que conferem ao graduado bases sólidas de bioquímica e da sua aplicabilidade

na vida prática.

2. Competências

Descreve os processos bioquímicos e os relaciona com a nutrição animal;

Identifica a enrgia necessária para manutenção do organismo;

Relaciona aspectos bioquímicos com o mjetabolismo basal.

3. Objectivos

Descrever as estruturas das biomoléculas;

Descrever os processos bioquímicos extra-celulares que permitem troca de nutrientes

e energia do organismo animal;

Conhecer as funções principais das moléculas de interesse biológico ;

51

4. Plano Temático

Temas Horas de contacto Horas de estudo

1 Introdução a bioquímica 4 5

2 Química da água, sistema tampão

nos seres vivos

4 5

3 Nutrição 4 5

4 Vitaminas: Classificação e funções 4 5

5 Proteínas: Estrutura e função 4 5

6 Enzimas e catálise biológica 5 5

7 Carbohidratos: Estrutura, função e

digestão

4 4

8 Lípidos: Estrutura, função e

digestão

5 5

9 Ácidos nucleícos e nucleotídeos:

estrutura

4 5

10 Hormonas: metabolismo e

mecanismo de acção e regulação

das vias anabólicas

5 4

11 Metabolismo dos tecidos

seleccionados: Eritrócitos, fígado,

glândula mamária músculo

esquelético

5 4

TOTAL 48 52

Docente: Departamento de Agro-pecuária

5. Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem

Conferências e palestras;

Seminários;

Trabalhos de investigação;

Visitas de estudo;

Aulas práticas (produção de material didáctico com material reciclável).

526. Meios de ensino

Quadro branco/preto

Retroprojector

Campos de experimentação

Laboratórios

Manuais.

7. Avaliação

Testes escritos.

Trabalhos de investigação

Exame

8. Bibliografia

CAMPOS, I. Entender a bioquímica, 1989.

HARPER, Rodwell e MAYES, Manual de química fisiológica, 5ª edição1982.

JACQUES, Weil, H. Bioquímca geral, 1979.

LEHNINGER, A., Bioquímica 2ª edição vol2 e 3, 1979.

OLIVEIRA, J.S. Bioquímica, vol.I e II, 1980.

53

ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)

Departamento de Ciências Agro-pecuárias

Disciplina: Agricultura Geral

Codigo: Tipo – Nuclear

Nível – 1 Ano – 1º

Semestre – 1º Creditos – 6=150 horas ( 80 contacto + 70 de estudo)

1. Introdução

A agricultura refere-se a todas as actividades humanas conducentes á obtenção de produção,

quer com populações vegetais ou animais. A agricultura existe a mais ou menos 10.000 anos.

Arqueólogos encontraram provas que foi mais ou menos neste período no qual os primeiros

homens começaram a domesticar certas culturas e certos animais. Antes deste período, o

homem estava completamente dependente da caça, pesca e os produtos que recolhia na

natureza. Houve uma mudança gradual em que essas actividades foram substituídas por

actividades agrícolas.

Esta operação começou com pessoas que seleccionavam e plantavam sementes e assim

melhoravam as suas colheitas. Também domesticavam e melhoravam vários tipos de

animais. Estes conhecimentos foram transferidos dos pais aos filhos e assim facilitou a

adaptação e aproveitamento do meio ambiente.

As primeiras provas do uso de rega para cultivar plantas datam do período há 6.000 anos e a

5.000 anos que o homem começou a trabalhar a terra com ajuda de tracção animal. As

próprias ciências agrícolas começaram ainda mais tarde. Desenvolveram-se sobre tudo desde

1850 a base de teorias de nutrientes (J.Von Liebig) teorias de genética (Mendel).desde 1880

fez-se investigação sobre o uso de fertilizantes.

Hoje, as ciências agrícolas consistem de uma área muito ampla. Muitos deste ramos são

baseados em grande parte nas outras ciências como a biologia, física, química, climatologia,

54geologia, etc. A agronomia trata de práticas culturais, faz investigações para determinar a

quantidade de fertilizante para uma produção óptima.

2.Competências

Explica as técnicas de produção de plantas;

Interage com os camponeses no processo de produção agropecuária e valoriza as

experiências das comunidades;

Relacciona as zonas agro-climáticas com o desempenho das culturas.

3. Objectivos

Compreender os princípios gerais aplicados a todas as culturas;

Conhecer os princípios gerais de condução de culturas e seu relacionamento;

Saber calcular as quantidades de semente e de adubo necessárias por unidade de área;

Saber como e quando fazer as principais práticas agronómicas;

Fazer o maneio de solo e água.

4. Plano Temático

Temas Horas de contacto Horas de estudo

1 Introdução ao estudo da agricultura geral

8 6

2 Introdução aos sistemas de produção e de cultivo

8 6

3 Clima e zoneamento agroclimático em Moçambique

8 6

4 Métodos de preparação do solo 8 6 5 Propagação vegetativa e de

semente 8 6

6 Alfobres ,viveiros, Sementeira e plantação

8 6

7 Mecanização agrícola 8 7 8 Práticas culturais ( fertilização,

control de infestantes, rega e condução de crescimento

6 7

9 Sequência e rotação de culturas 6 7 10 Conservação do solo e água 6 6 11 Trabalho de campo 6 7 TOTAL 80 70

Docente: Departamento de Agro-pecuária

5. Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem

55 Conferências e palestras;

Seminários;

Trabalhos de investigação;

Trabalho de campo

6. Meios de ensino

Quadro branco/preto

Retroprojector

Campos de experimentação

7. Avaliação

Testes escritos.

Trabalhos de investigação

Exame

8. Bibliografia

ANDRE, E. Compêndio de defensivos agrícolas. 5ª edição S. Paulo, 1993.

DIERL, R. Agricultura Geral. Ed CLASSICA

ELARIO, J. Manual Geral de Agricultura. ED PUBLIC, EUROPA AMERICA

FREIRE, M. Apontamentos de Agricultura Geral.2004.

MALAVOLTA, E., ABC da adubação, 4ª edição 1979.

PIJNENBURG, B. Introdução á agricultura, UEM, 1996.

SEGEREN, P. Os princípios básicos da protecção de plantas, 1996.

56

ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)

Departamento de Ciências Agro-pecuárias

Disciplina: Avicultura e Cunicultura

Codigo: Tipo – Nuclear

Nível – 1 Ano – 2º

Semestre – 1º Creditos – 6=150 horas ( 80 contacto + 70 de estudo)

1.Introdução

Avicultura e cunicultura é uma ciência que estuda os processos de criação de aves e coelhos,

sua domesticação e procriação em instalações rústicas e equipamento próprio, as aves podem

ser criadas em condições extensivas, recolhendo á noite a um local coberto de 3 parardes e

parque para reprodutores, usando o material local ou convencional dependendo da situação

económica do criador. É necessário ter-se o cuidado com a entrada de novas aves na

exploração, devendo se examinar bem as que pretende adquirir, a região da zona da cloaca

e as fezes.

A produção de coelhos obedece o maneio das fêmeas gestantes durante e pós-parto. A

gestação da coelha dura 28 a 29 dias ou 30 a 31 dias como média. As raças mais exploradas

em Moçambique, são denominadas por raças médias cujo o peso vivo varia de 3-5kg, são

prolíferas, precoces, grandes produtores de carne, em geral produzem boa pele, recomendada

para grandes explorações.

A gama de substâncias alimentares para coelhos é muito ampla. Normalmente os coelhos são

alimentados de milho ou trigo triturados, sub-produtos de moageiras (farelos,

bagaços),plantas forrageiras, desperdícios de cozinha, ervas e rações granuladas.

2. Competências

Distingue os sisstemas de produção e familiar;

Conhece factores determinantes no desenvolvimento da avicultura e cunicultura;

57 Aplica técnicas de produção e normas de maneio e bio-segurança

Aplica conhecimentos de anatomia, fisiologia, genética e nutrição de aves e coelhos.

3. Objectivos

Aplicar técnicas de produção de aves e coelhos;

Organizar explorações intensivas, semi-intensivas e do sector familiar; e

Desenvolver e controlar a produção de aves e coelhos.

4. Plano Temático

Temas Horas de contacto Horas de estudo

1 Introdução á disciplina. A

indústria

6 6

2 Alojamento e equipamento 6 6

3 Fundamento de maneio e

exploração

6 6

4 Produção de frangos 6 6

5 Exploração de reprodutores e

poedeiras

7 6

6 Tecnologia de incubação artificial 8 6

7 Raças e sistemas de produção de

patos

7 6

8 Maneio zootécnico de patos e

gansos

7 6

9 Exploração de outras espécies de

aves

6 6

10 Raças e sistemas de produção de

coelhos

7 5

11 Maneio zootécnico de coelhos 7 6

12 Trabalho de campo 7 5

TOTAL 80 70

Docente: Departamento de Agro-pecuária

5. Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem

58 Conferências e palestras;

Seminários;

Trabalhos de investigação;

Trabalho de campo

6. Meios de ensino

Quadro branco/preto

Retroprojector

Campos de experimentação

7. Avaliação

Testes escritos.

Trabalhos de investigação

Exame

8. Bibliografia

ROCHA, V. Guia do técnico Agro-pecuária – construções e instalações rurais, 1982.

CARRILHO & BALATE, M.A.Noções básicas da piscultura, ediçõ CDA- CURSO para

Extensionista, 1993.

Centro de Formação Agrária de Manica, Texto de apoio sobre apicultura, 2000.

ELIAS, F. Peasant economic; Farm Households and agrarian Development 2 ed. Cambidge

University, press, 1983.

MAXAIEIE, L.S. Manual do maneio dos animais de tracção animal,2000.

59

ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)

Departamento de Ciências Agro-pecuárias

Disciplina: Pragas agrícolas e controlo de infestantes

Codigo: Tipo – Nuclear

Nível – 1 Ano – 2º

Semestre – 2º Creditos – 6=150horas ( 80 contacto + 70 estudo)

1. Introdução

O maneio integrado de pragas e infestantes é uma filosofia de controlo de pragas que procura

preservar e incrementar os factores de mortalidade natural, através do uso integrado de todas

as técnicas de combate possíveis , seleccionados com base nos parâmetros económicos,

ecológicos e sociológicos. Visa manter o nível populacional dos insectos numa condição

abaixo do nível económico, através da utilização simultânea de diferentes técnicas, ou

tácticas de control, de forma económica e harmónica com o ambiente.

Para cada táctica de control tem-se uma estratégia de maneio; o uso de variedades

resistentes tem como estratégia cultivar plantas que desfavorecem o crescimento, reprodução

e sobrevivência dos insectos, devido ás suas características morfológicas, físicas e químicas.

O arranque dos restos de cultura para impedir que o insecto-praga complete o seu ciclo de

desenvolvimento ou mesmo evitar que esses resíduos vegetais sirvam de hospedeiros para

outras pragas.

2. Competências

Sabe identificar as pragas;

Sabe métodos do controlo e prevenção das pragas;

Conhece a influencia das pragas na economia.

3. Objectivos

Identificar as pragas mais problemáticas das principais culturas praticadas em

Moçambique;

Avaliar a severidade da infestação e influência sobre o rendimento; e

60 Decidir e implementar os métodos de previsão, previsão e control de pragas tendo

em conta os princípios sócio- económicos.

4. Plano Temático

Temas Horas de contacto Horas de estudo

1 Conceito praga e infestantes 7 6

2 Identificação e biologia das

principais pragas e infestantes das

culturas em Moçambique

7 6

3 Factores bióticos e abióticos que

influenciam a disseminação,

desenvolvimento e

estabelecimento das pragas e

infestantes

7 6

4 Princípios e metodologias de

avaliação de incidência e das

perdas causadas pelas pragas e

infestantes campo e pós-colheita

7 6

5 Relação entre nível de infestação e

perdas. Nível económico de ataque

7 6

6 Previsão e prevenção do ataque de

pragas e infestantes

7 7

7 Princípios e aplicação de métodos

de controlo cultural, físico,

genético, resistência das plantas,

biológico e integrado

7 6

8 Avaliação da eficácia e do impacto

ambiental e sócio-económico dos

métodos de controle

7 7

9 Herbecidas principais grupos ,

propriedades e usos

8 7

10 Relações e interacções entre as

infestantes, pesticidas e o meio

8 7

61ambiente

11 Trabalho de campo 8 6

Total 80 70

Docente: Departamento de Agro-pecuária

5. Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem

Conferências e palestras;

Seminários;

Trabalhos de investigação;

Práticas.

6. Meios de ensino

Quadro branco/preto

Retroprojector

7. Avaliação

Testes escritos.

Trabalhos de investigação

1. Bibliografia

ANDRE, E. Compêndio de defensivos agrícolas,5ª edição, S.Paulo, 1993.

CIDASC. Monitoramento de pulgões em batata, Governo de santa Catarina, 1990.

CRUZ,V.R. Vamos conhecer e controlar as pragas de algodão, instrução prática, 1987.

GRAVENA, S. MIP, Tomateiro, 1993.

GALLO, D., NAKANO, S.N. & CARVALHO, S. Manual de Entomologia agrícola, 1988.

62

ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)

Departamento de Ciências Agro-pecuárias

Disciplina: Fitopatologia e Fitofarmacologia

Codigo: Tipo – Nuclear

Nível – 1 Ano – 2º

Semestre – 2º Creditos – 6=150 horas (80 contacto + 70 de estudo)

1. Introdução

É o estudo das doenças das plantas incluido os microorganismos e os factores ambientais que

favorecem à ocorrência de uma doença, dos mecanismos mediante os quais os factores

ambientais induzem à ocorrência de uma determinada doença, as interações que se

estabelecem entre os agentes causadores da doença (Patógenos) e a planta doente

(hospedeiro) bem como os métodos de prevenção/controle de doenças.

Embora a fitopalogia como ciência seja relativamente nova as doenças das plantas são

conhecidas desde que o Homem passou a viver em sociedade, assentando a base da sua

alimentação nos produtos agrícolas, o problema de escassez dos alimentos, intimamente

relacionados com ocorrência de doenças, teve sempre grande importância e mereceu a

atenção dos historiadores de várias épocas. Assim, ao período compreendido entre a mais

remota antiguidade e o início do sécuo XIX, pode se chamar de período místico, porque na

ausência de uma explicação racional para as doenças das plantas, o Homem entendia atribuí-

las à causas místicas embora sejam encontradas muitas referências à condições climáticas

como causa primária das doenças. Ao mesmo tempo, algumas micologistas chamavam

atenção para a associação entre planta doente e fungo.

Assim Tillet (1714-1791) considerava a cárie do trigo sendo causada por um fungo; a

ocorrência de fungos em associação com plantas doentes era atribuída a geração expontânea

63e as doenças eram apresentadas com base na sua sintamologia e classificadas pelo sistema

binominal do Lineu.

A protecção de plantas é um conjunto de actividades de prevenção e combate aos organismos

que afectam a produção e a conservação de produtos agrícolas. É também indicada pelos

nomes de sanidade vegetal e fitossanidade. Estas actividades incluem legislação da

importação e quarentena de produtos vegetais (especialmente sementes), uso de variedades

resistentes, métodos culturais para evitar problemas, método químico e combate preventivo

ou curativo aos organismos prejudiciais tanto no campo como nos armazéns.

Alguns dados sobre os prejuízos económicos destacam-se altos níveis de prejuízo em

amendoim, caju, algodão e feijão nhemba em todo o país e em milho no sul do país. A perda

de qualidade é muito sentida na Indústria de Citrinos, onde há quantidades enormes de fruta

que é rejeitada para exportação por causa da presença de sintomas da mancha preta e de

outras pragas e doenças. As pragas de algodão não só diminuem o volume da produção em

40-80% mas também provoca uma baixa de qualidade e as culturas de cereais e hortícolas

sofrem má qualidade da semente o que provoca uma germinação fraca e plantas já doentes

no início do ciclo da cultura. Alguns insecticidas têm uma certa acção contra os ratos, uma

vez misturados com um isco. No entanto o seu uso apresenta algumas desvantagens, tem

uma acção aguda, provocando a rejeição depois de alguns dias de uso; só os insecticidas

tóxicos dão um bom resultado.

2. Competências

Conhece as doenças de plantas e métodos de prevenção e controlo;

Conhece as técnicas de aplicação de pesticidas;

Tem a capacidade de avaliar o impacto das doenças.

64

3. Objectivos

Identificar as doenças mais problemáticas das principais culturas praticads em

Moçambique;

Avaliar a severidade e incidência de uma doença e a sua influência sobre o

rendimento;

Decidir e implementar os métodos de previsão, prevenção e controlo das doenças

tendo em conta os princípios sócio- económicos;

Conhecer as técnicas de aplicação de pesticidas;

Seleccionar e calibrar o equipamento de aplicação de pesticidas;

Compreender interacções entre os agentes, pesticidas e o meio ambiente;

Avaliar a eficiência e o impacto ambiental e sócio- económico da luta química.

4. Plano Temático

Temas Horas de contacto Horas de estudo

1 Conceito de doença e de agente

patogénico. Identificação e

biologia dos diferentes tipos de

doenças bióticas e abióticas

4 4

2 Estágios de desenvolvimento de

uma doença

2 4

3 Interacções parasita-hospedeiro 2 4

4 Diagnose de doenças. Postulados

de Koch. Procedimentos e técnicas

12 4

5 Epidemiologia vegetal 1 4

6 Princípios e metodologia de

avaliação das perdas de produção

causadas pelas doenças

4 4

7 Principais agentes fitopatogénicos

e os métodos de control

(cultural,químico, biológico e

integrado)

4 4

8 Princípios sócio-económico no 4 3

65control de doenças

9 Relações e interacções entre

doenças, pesticidas e meio

ambiente

4 3

10 Doenças das principais culturas

em Moçambique

4 3

11 Conceito de pesticida 3 4

12 Instituições e legislação da

comercialização e utilização de

pesticidas em Moçambique

5 4

13 Propriedades químicas, físicas,

biológicas dos pesticidas

6 4

14 Formulação 4 4

15 Toxicologia: Leis da toxicologia

LD50

4 3

16 Aplicação de pesticidas 6 4

17 Pestecidas e o meu ambiente 6 3

18 Trabalho de campo e de

laboratório

5 7

TOTAL 80 70

Docente: Departamento de Agro-pecuária

5. Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem

Conferências;

Seminários;

Trabalhos de investigação;

Laboratório de análise

Cálculos de calibração

Trabalhos de campo (aprendizagem de aplicação e dosagem dos pesticidas a ultra

baixo volume).

6. Meios de ensino

Quadro branco/preto

Retroprojector

66 Material de calibragem

7. Avaliação

Testes escritos.

Trabalhos de investigação

Exame

8. Bibliografia

BYRDE, J.W. Eradicant fungicides. Recent Advances in Botany 1., 1959.

CALPOUZOS, L. Action of oil in the control of plant diseases. Ann. Rev. Microbiology 17,

1966.

GEORGE, N. A. Plant Pathology, 3ª edição, 1988.

DPA-GAZA, Identificação de pragas e doenças, Avaliação de danos, Texto de apoio par

técnicos básicos- 1993.

SEGEREN, P. Os princípios básicos de protecção de plantas, Departamento de sanidade

vegetal, 1996.

ECOLE, C. Dinâmica populacional de Leucoptera coffeela e de seus inimigos naturais em

lavouras adensadasde cafeeiro orgânico e convencional,2003.

SEGEREN, P. Avaliação da situação fitossanitária das culturas alimentares no País,

relatório final das prospecções, 1995.

67

ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)

Departamento de Ciências Agro-pecuárias Disciplina: Aquacultura e Pesca Codigo: Tipo – Complementar Nível – 1 Ano – 4º Semestre – 1º Creditos – 4=100 horas (48contacto + 52 de estudo) 1. Introdução O envolvimento do sector privado na actividade de pesca em Moçambique, reservado como mercado de pescado e que com a proclamação da independencia nacional, assistiu-se a saida massiva do país dos principias intervenientes na actividade produtiva. No caso concreto do sector pesqueiro houve o abandono da frota pelos proprietários. Para assegurar a actividade pesqueira foram criadas empresas estatais e mistas pressupondo deste modo um investimento considerável do Estado. A concessão de licenças à frota estrangeira foi também uma das soluções encontradas para reactivação e desenvolvimento da actividade pesqueira. A pesca industrial é um dos subsectores de actividade com finalidade comercial sendo a produção maioritariamente destinada ao mercado externo. No entanto, há que considerar a contribuição da pescaria semi-industrial de Kapenta nas exportações de pescado para o mercado regional. Ao longo da costa de Moçambique há possilibidade de recolha da produção de pesca artesanal sendo de destacar os seguintes recursos: Caranguejo de Mangal, peixe de alto valor comercial na zona norte de país principialmente nas provincias de Sofala, Zambézia, Nampula e Cabo Delgado (Lagosta de rocha, algas marinhas, amêijoas, ostras e moluscos). Estudos realizados identificaram três zonas com condições naturais para o desenvolvimento da cultura de camarão marinho nas províncias de Maputo, Sofala e Zambézia. Em termos de recursos e potencialidade de desenvolvimento da aquacultura marinha, a costa de Moçambique subdivide-se em três regiões (Região Norte até Angoche, região Centro-Norte até ao rio Save, região Sul até à Ponta do Ouro). O pescado moçambiquano é exportado sob a forma de matéria-prima, apresentando o processamento como a única via rentabilidade económica. Um dos principais atractivos para o exercício de qualquer actividade é a existência de infraestruturas de apoio e serviços básicos. Assim, o país oferece condições para o exercício de activiades complementares á pesca, destacar as seguintes:

Construção e reparação naval;

Produção e comercialização de aprestos de pesca;

68 Comercialização de motores marrítimos e peças sobressalentes;

Serviços de assistência técnica a motores e equipamento diverso.

2. Competências

Interlaciona as zonas marrinhas e busca inovações tecnológicas para a melhoria das

actividades pesqueiras;

Explica as leis do uso , aproveitamento e gestão de recursos marrinhos existentes na

comunidade;

Promove pequenos cursos de formação aos pequenos agricultores, criadores,

pescadores e apicultores

3. Objectivos

Explicar a importância da aquacultura na comunidade e os diferentes métodos de criação de peixes;

Identificar as principais zonas de abundância de espécies marrinhas em Moçambique. 4. Pré-requisitos Nenhum 5.Plano Temático Número de ordem

Temas Total Horas de contacto

Horas de estudo

1 Intordução ao estudo da Aquacultura e Pesca

7 7

2 Principais ramos da aquacultura 7 7 3 Técnicas e instrumentos na

aquacultura 7 8

4 Principais espécies e sua distribuição geográfica em Moçambique

7 7

5 Técnicas e instrumentos de pesca 7 8 6 Principais formas de exploração

pesqueira e sua gestão 7 7

7 Trabalho de campo 6 8

TOTAL 48 52 Doentes: Departamento de Agro-pecuária 6. Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem

Seminários

Conferências

69 Aulas de simulação

Aulas práticas no laboratório

Trabalho de campo

7.Meios

Retroprojecto

Quadro branco/preto

Bibliografia

8 Avaliação

Testes escritos;

Trabalhos em grupo;

Relatórios de trabalhos práticos;

Trabalhos individuais de aprofundamento;

Exame

9. Bibliografia MINISTÉRIO DAS PESCAS- Moçambique, Um Progecto que Encata Artezanais- MozPesca, Edição 08 de Setembro de 2006 Maputo. MINISTÉRIO DAS PESCAS- Moçambique, facilitando o acesso a informação sobre o desenvolvimwnto do sector pesqueiro em Moçambique, Edição Fevereiro de 2004, Maputo. MINISTÉRIO DAS PESCAS- Moçambique, A Zona Económica e a Biodiversidade, Edção 04 de Abril de 2005, Maputo. AVELAR TERESA & PITÉ ROCHA TERESA M. Ecologia das populações e das comunidades- Uma abordagem evolutiva do estudo da biodiversidade, 1996. GEWANDSZNAJER, F. Ecologia hoje ; a conservação da natureza- Revista científica, 1992. PINHEIRO, S.L.G. Agroecologia- ênfoque sistemático e o desenvolvimento rural sustentável, uma oportunidade de mudança de abordagem, 2000.

70

ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)

Departamento de Ciências Agro-pecuárias

Disciplina: Reprodução Animal

Codigo: Tipo – Nuclear

Nível – 1 Ano – 3º

Semestre – 1º Creditos – 3=75 horas ( 48 contacto + 27 de estudo)

1. Introdução

A constante tarefa de reconstrução do corpo de um organismo que garante sua homeostase,

cessa com a sua morte. Entretanto apesar do limitado tempo de vida de um organismo, a

espécie a que ele pertence se perpectua através dos tempos. Isto acontece graças á

propriedade que o organismo possui de produzir outro ser vivo semelhante a ele. Desse

modo, a reprodução e o desenvolvimento de um novo ser podem ser encarados como uma

homeostase no nível da espécie. A reprodução tem ainda um sentido altruístico , uma vez

que garante a sobrevivência da espécie e não a do própio individuo , como ocorre com as

outras funções vitais.

O objecto de estudo da manada ou bando baseia-se no acompanhamento contínuo dos

aspectos reprodutivos com vista alcançar os limites recomendados de reprodução e, aumentar

a produtividade. No processo de maneio reprodutivo, é importante o conhecimento de

aspectos da embriologia do aparelho reprodutivo, anatomia do aparelho genital feminino e

masculino como também o controlo hormonal da actividade reprodutiva dos animais. O

maneio alimentar deve permitir a acumulação de reservas energéticas permitindo que haja o

número de cobrições necessárias.

A subnutrição, as doenças debilitantes e infecto-contagiosas , maneio inadequado são as

causas principais da má performance reprodutiva que, por sua vez, contribui para uma

acentuada redução na produção, retardando, também, o progresso genético e provocando

grandes prejuízos.

O controle sanitário, bem como as técnicas de maneio e os cuidados com a alimentação são

procedimentos indispensáveis à melhoria da eficiência reprodutiva na pecuária.

71

2. Competências

Entende os processos de reprodução animal;

Relaciona a reprodução animal com o tipo de nutrição;

Elabora um projecto de investigação científica a criação de animais;

Compreende os mecanismos que levam as alterações estruturais e funcionais do

aparelho genital.

3.Objectivos

O estudante deve ser capaz de:

Entender os processos fisiopatológicos ligados a alterações funcionais do aparelho

genital;

Conhecer as leis biológicas da reprodução e a importância do fenómeno reprodutivo;

Aplicar as técnicas e os métodos de resolução dos principais problemas que

interferem na fertelidade;

Relacionar as leis biológicas com as técnicas e métodos de manipulação da

sexualidade.

4. Plano temático

Nº de

Ordem

Tema Horas de contacto Horas de estudo

1 Introdução a disciplina 7 4

2 Biologia da reprodução 7 4

3 Inseminação artificial 7 4

4 Manipulação da sexualidade nos animais

domésticos

7 4

5 Infertelidade na fêmea e no macho 7 4

6 Influência do sistema nervoso no

processo de reprodução animal

7 4

7 Trabalho de campo 6 3

72Total 48 27

Docente: Departamento de Ciências Agro-pecuária

5.Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem

Conferências e palestras;

Seminários;

Práticas laboratoriais;

Trabalho de campo

6.Meios de ensino

Quadro branco/preto;

Retroprojector;

Modelos naturais e artificiais;

Laboratório.

7.AVALIAÇÃO

2 Testes escritos

1 Projecto de pesquisa (em grupo)

Exame

8. Bibliografia

JUNQUEIRA, D.H.Scientific American.Nova york, Scientific American, Inc. set, 79. p 48.

HUETTNER, A.E. Comparative Embriology of the Vertebrates.Nova York, The Macmillian

Company, 1920

MOORE, K. L. Embriologia Basica. Sao Paulo, Ed. Edgar Blucher, 1974.

73

ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)

Departamento de Ciências Agro-pecuárias

Disciplina: Saúde e Gestão da manada

Codigo: Tipo – Nuclear

Nível – 1 Ano – 4º

Semestre – 2º Creditos – 6=150 horas ( 80contacto + 70 de estudo)

1. Introdução

A saúde da manada obedece o tratamento dos animais em programa de maneio integrado,

garantindo maior produção. No processo de maneio reprodutivo, antes da época de montas ,

o animal deve ser bem alimentado para permitir a acumulação de reservas energéticas, o

numero de cobrições depende de entre outros factores , do tipo de monta, livre ou dirigida,

sendo que em cada monta livre, cada reprodutor deve ser atribuído no máximo 35 fêmeas em

monta dirigida para um reprodutor novo cabe 20-30 e ao reprodutor adulto cabe 30-50.

Em relação ao maneio alimentar, deve compreender o fornecimento de rações disponíveis,

água potável e forragem como suplemento na época seca, segundo as necessidades nutritivas

dos animais e de acordo com a classe e categoria.

No sistema intensivo incluem as explorações concebidas no plano industrial do tipo

moderno, com raças precoces e seleccionadas. Os animais neste regime são alimentados de

forma racional e correcta, dentro de um índice óptimo de transformação alimentar e

proporcionando carne de boa qualidade. Caracteriza-se pela existência de instalações

tecnológicas que satisfaçam as necessidades e exigências dos animais.

2.Competências

Organiza um sistema de registo de saúde animal;

Analisa produtos das explorações pecuárias;

Relaciona os produtos pecuários com o meio ambiente

74

3.Objectivos

Organizar um sistema de registo de dados de saúde e produção animal;

Processar e analisar dados sanitários e produtivos das explorações pecuárias;

Aplicar os conhecimentos e habilidades práticas utilizadas na assistência veterinária

e fazer uma análise crítica de manada , grupo ou população;

Intervir ao maneio animal de forma a maximizar a produtividade das explorações;

Observar e interpretar a dinâmica do ambiente pecuário e na região.

4. Plano Temático

Temas Horas de contacto Horas de estudo

1 Introdução á disciplina 10 9

2 Gado leiteiro 10 9

3 Gado de corte sector comercial 10 9

4 Gado de corte sector familiar 10 9

5 Suínos 10 9

6 Caprinos e ovinos 10 9

7 Aves(Frangos, Poedeiras e pastos) 10 8

8 Trabalho de campo 10 8

TOTAL 80 70

Docentes: Departamento de Agro-pecuária

5.Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem

Conferências e palestras;

Seminários;

Práticas laboratoriais;

Trabalho de campo

6. Meios de ensino

Quadro branco/preto;

Retroprojector;

Modelos naturais e artificiais;

Laboratório.

75

7.Avaliação

Testes escritos;

Trabalhos em grupo;

Relatórios de trabalhos práticos.

8. Bibliografia

FAO, The Farm Business Survery, Rome,1976.

MÉRCIA, L.S. criação de aves da capoeira, Publicaçòes europa-america,1993.

PAULO ANESTAR GALETI, Guia do técnico Agro-pecuário, 1983.

76

ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)

Departamento de Ciências Agro-pecuárias

Disciplina: Nutrição Animal

Codigo: Tipo – Nuclear

Nível – 1 Ano – 3º

Semestre – 1º Creditos – 3=75 horas (48 contacto + 27de estudo)

1. Introdução

A existência e a qualidade da vida são determinados pela alimentação pois é a maior força

do homem e animais e é influenciado pelas condições ambientais. A importância da

alimentação reside no fornecimento de nutrientes ao organismo para a realização de

diferentes actividades ou funções como crescimento, produção, reprodução, e garantindo

deste modo a multiplicação, conservação de espécies e longevidade de animais.

2. Competências

Distingue os tipos de rações adequadas para cada espécie animal;

Possui capacidades e habilidades na formulação de rações;

Conhece as capacidades nutritivas de cada espécie animal.

3. Objectivos

Avaliar o valor nutritivo dos alimentos utilizados para as diferentes espécies

pecuárias;

Avaliar as necessidades nutritivas das várias espécies domésticas; e

Formular rações.

77

4. Plano Temático

Número

de ordem

Temas Total Horas de

contacto

Horas de

estudo

1 Introdução a disciplina 5 3

2 Tipos de alimentos e aditivos utilizados

na alimentação animal

5 3

3 Alimentação mineral e vitamínico 5 3

4 Composição dos alimentos e sistemas

de analise

5 3

5 Critérios de qualidade para avaliação

dos alimentos

5 3

6 Valorização nutritiva e dietética 5 3

7 Utilização da energia dos alimentos 6 3

8 Preparação e conservação dos

alimentos

6 3

9 Processamento do alimento e Calculo

de rações

6 3

TOTAL 48 27

Docentes: Departamento de Agro-pecuária

5. Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem

Seminários

Conferências

Aulas de simulação

Aulas práticas no laboratório

Trabalho de campo

6. Meios

Retroprojecto

Quadro branco/preto

Bibliografia

7. Avaliação

78 Testes escritos;

Trabalhos em grupo;

Relatórios de trabalhos práticos;

Trabalhos individuais de aprofundamento;

Exame

8. Bibliografia

1. ANDRIGUETTO, J.M. et al. Nutrição Animal, Vol. I. Nobel. São Paulo. 2. ANDRIGUETTO, J.M. et al. Nutrição Animal, Vol. II. Nobel. São Paulo. 3. LEESON, S and SUMMERS, J.D. Nutrition of the chicken, 4 ed. Guelph: University

Books, 2001. 4. MILLER, E.R., DUANE, E.U., LEWIS, A.J.. Swine Nutrition, Boston: Butterworth-

Heinemann, 1991. 5. CHURCH, D.C. El Ruminat. Fisiología Digestiva y Nutrición. Editora ACRIBIA, S.A.

aragoza, España, 1988. 6. COELHO DA SILVA, J.F.& LEÃO, M.I.Fundamentos de nutrição dos ruminantes.

Piracicaba: Livroceres, 1979. 7. LUCCI, C.S. Nutrição e manejo de bovinos leiteiros. 1a Ed. São Paulo, SP: Editora

Manole, 1997. 8. NATIONAL RESEARCH CONCIL - NRC. Subcommittee of dairy cattle nutrition.

(Washingtin, DC, USA). Nutrient requirement of dairy cattle. 7a. Ed., Washington:National Academy Press, 2001.

9. NATIONAL RESEARCH COUNCIL. Nutrient requeriments of poultry. 8a. ed. Washington:National Academic Press, 1994.

10. ZANDER MEER, J.M. ammino afid, analysis,os, Siids in, the Netherlands, sour year, prosiciency,spudy, 1990.

11. WAMIG, E. C. ESULLER,M.S. the oppinium Dietary Amino,acid Pater, sor Growing, pigs, Brit J.Nutrin,1990.

79

ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)

Departamento de Ciências Agro-pecuárias

Disciplina: Produção e tecnologia de Sementes

Codigo: Tipo – Nuclear

Nível – 1 Ano – 3º

Semestre – 2º Creditos – 6=150 horas ( 80 contacto + 70 de estudo)

1.Introdução

A semente é o ponto de partida para se ter uma boa lavoura e, consequentemente, uma boa

produção. Desse modo, uma lavoura destinada à produção de sementes deve obedecer às

normas de produção de cada cultura. Essas normas são estabelecidas pelas Comissões

Estaduais de Sementes e Mudas - CESMI's e devem ser observadas rigorosamente.

A produção de sementes pode ser feita em cultivo de sequeiro ou irrigado. No caso do

cultivo de sequeiro é importante que o plantio seja feito em uma época que possibilite a

colheita no final do período chuvoso, quando as chuvas são leves e esparsas. A colheita em

período seco é de fundamental importância para uma boa qualidade das sementes. No cultivo

irrigado, os turnos de irrigação devem ser escalonados de modo que a última irrigação seja

feita no início da maturidade das vagens. Desse modo, a vagem alcança a maturidade em

ambiente com baixa umidade, o que assegura uma alta qualidade de grãos.

Muitas regiões nos meses secos, apresentam condições excelentes para produção de

sementes sob irrigação. Na escolha do local é importante que sejam observados alguns

aspectos: a área deve ser bem drenada; o solo deve ser fértil; e não deve estar infestado com

ervas daninhas agressivas, que possam se misturar às sementes e serem levadas para outras

áreas. É muito importante, também, que o solo esteja livre de doenças, que possam ter seus

agentes causais veiculados por sementes e que não possam ser controlados por meio de

tratamento dessas sementes. Não é recomendável usar a mesma área repetidas vezes para

produção de sementes; é aconselhável adotar um manejo que quebre o ciclo das ervas, pragas

e doenças, e possibilite recuperar o nível de fertilidade do solo.

80O campo deve ser mantido livre de ervas durante todo o ciclo da cultura, principalmente

na época da colheita. Isso reduz a possibilidade de sementes de ervas se misturarem às

sementes do caupi e serem disseminadas para outras áreas de produção.

É necessário que seja feito o acompanhamento da lavoura quanto à ocorrência de pragas e

doenças e que sejam tomadas medidas necessárias ao controle das mesmas. Isso é importante

para que a lavoura seja mantida livre de pragas e doenças importantes e para que não seja

comprometido o rendimento da cultura. É importante também que a semente tenha alto

padrão fitossanitário.

2. Competências

Conhece cálculos das necessidades de sementes;

Conhece os princípios e métodos de produção de sementes;

Conhece os princípios de comercialização de sementes.

3. Objectivos

Aplicar os princípios e métodos de produção de sementes;

Utilizar os métodos de cálculos das necessidades de sementes; e

Compreender os princípios de comercialização de sementes.

4.Plano Temático

Temas Horas de contacto Horas de estudo

1 Introdução e conceitos 6 6

2 Organização do programa de

produção de sementes

10 6

3 Agrotecnia da produção de

sementes

8 6

4 Métodos de manutenção de

variedades

6 6

5 Beneficiamento e processamento 8 6

6 Conservação e armazenagem 8 6

7 Controlo da qualidade de

certificação

8 7

8 Cálculo das necessidades 8 6

9 Prática laboratorial 6 8

8110 Trabalho de campo 8 9

Total 80 70

Docentes: Departamento de Agro-pecuária

5. Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem

Conferências e palestras;

Seminários;

Trabalhos de investigação;

Trabalho de campo

6. Meios de ensino

Quadro branco/preto

Retroprojector

7. Avaliação

Testes escritos.

Trabalhos de investigação

Exame

8. Bibliografia

EHLERS, E. Agricultura sustentável, origem e prespectivas segundo novo paradigma, S.P.,

livros de terra, 1996.

FAO, I. Perfil da agricultura familiar, Brasília, 1996.

SEVILLA, GUZMAN, E. Agroecologia, Extensão rural, 2001.

82

ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)

Departamento de Ciências Agro-pecuárias

Disciplina: Economia Agro-pecuária

Codigo: Tipo – Nuclear

Nível – 1 Ano – 4º

Semestre – 1º Creditos – 4= 100 horas (48 contacto + 52 de estudo)

1. Introdução

Esta cadeira tem em vista capacitar os estudantes a conhecer os principais factores que

determinam o desenvolvimento de agro-pecuária e as razões porque o desempenho dos

países e regiões mundiais obedecem a ritmos diferentes. O desempenho de agro-pecuária no

desenvolvimento e identificação dos sistemas de uso de terra em Moçambique; identificação

e interacção entre os actores e os mercados que operam em África e em Moçambique, e o

acesso ao capital bem como os critérios de adjudicação seguidos pelo estado e agências

internacionais para o desenvolvimento.

O conceito desenvolvimento pode ser estendido ao sector agro-pecuário podendo ser

utilizado para referir o crescimento do valor dos produtos, bens e serviços acompanhado pela

transformação da estrutura social no sector onde são reduzidas as diferenças entre os pobres

e os ricos, com reformas caracterizadas por um assistência social rural, estabelecimento de

mercados agrários e rurais, instituições de distribuição, comercialização, condicionamento

dos produtos e uma maior actividade comercial nas zonas rurais.

O desenvolvimento agro-pecuário engloba o principio de segurança alimentar isto é, o acesso

à alimentação adequada, em todos os tempos para todos membros da sociedade, que permite

o desempenho das actividades normais e ter uma vida sã e uma dignidade humana. O

crescimento económico por si só não conduz ao desenvolvimento agro-pecuário ele deve ser

acompanhado por mudanças estruturais da sociedade, onde a auto-estima e autoconfiança da

sociedade é cultivada. Este só pode promover o seu desenvolvimento sustentável se for capaz

83de cultivar o espírito de entre ajuda entre os membros da comunidade e os benefícios do

crescimento económico agro-pecuário sendo parte da transformação rural.

Moçambique é um dos países mais pobres do mundo. A sua economia é essencialmente

agro-pecuária caracterizada pelos desequilíbrios estruturais com alta incidência de

calamidades naturais, fome e má nutrição; nesse contexto aumentar a produção e a

produtividade agro-pecuária é uma forma de aumentar os rendimentos, condição necessária

para o melhoramento das condições de vida das populações.

2. Competências

Sabe que técnicas a aplicar na produção pecuária;

Conhece como receber créditos para os intercâmbios comerciais;

Sabe como elaborar planos de produção .

3. Objectivos:

Aplicar princípios económicos e técnicas de produção na pecuária;

Compreender os conceitos e princípios de Macro e Micro economia;

Utilizar os conceitos para a caracterização económica e social de problemas agrários

e ambientais;

Elaborar planos de produção e financeiros e intervir sobre factores que afectam a

rentabilidade das explorações agro-pecuárias.

4. Plano Temático

Temas Horas de contacto Horas de estudo

1 Introdução à disciplina 7 7

2 Sistema de organização económica 7

3 Teoria da procura e oferta 7 7

4 Equilíbrio de mercado 7 7

5 Consumo, poupança e

investimento

7 8

6 Política fiscal e monetária 7 8

7 Inflação e desemprego 6 8

TOTAL 48 52

Docente: Departamento de Agro-pecuária

84

5. Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem

Conferências;

Seminários;

Trabalhos de investigação;

Exercícios e computação

6. Meios de ensino

Quadro branco/preto

Retroprojector

Computador/DataShow

7. Avaliação

Testes escritos.

Trabalhos de investigação

Exame

8. Bibliografia

BYERLEE, D. Technical Change, Productivity, and Sustainability in Irrigated Cropping

System of South Asia, 1992.

EVENSON, R.E., & MCKINSEY, J.W. Em “Research Extension, Infrastructure, and

Productivity ” 1991.

FOSTER, A., & ROSENZWEIG, M.R. Em “Technical Change and Human-Capital Returns,

1996.

85

ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)

Departamento de Ciências Agro-pecuárias

Disciplina: Ciência do Solo

Codigo: Tipo – Nuclear

Nível – 1 Ano – 1º

Semestre – 2º Creditos – 6=150 horas (80 contacto + 70de estudo)

1.Introdução

A ciência do solo é uma ciência que se situa no ponto de encontro das ciências físicas (Física

& química), biológicas (Botânica, Zoologia, Microbiologia, Ecologia), geológicas

(Mineralogia, Geologia, Geomorfologia) e agrárias (produção de plantas, Nutrição vegetal,

Agrohidrologia, tecnologia e conservação de solos.

Muitas vezes divide-se a ciência do solo em dois ramos principais: Pedologia e Edafologia.

A pedologia é a parte que trata da origem, morfologia, distribuição, mapeamento, taxonomia

e classificação dos solos. Divide-se em pedografia, a descrição sistemática dos solos e a

pedogênese que estuda a origem dos solos.

A Edafologia é o estudo do solo sob o aspecto de sua utilização pelas plantas, incluindo o

uso da terra pelo homem com a finalidade de proporcionar o crescimento das plantas. O solo

em ramos puros tem-se: solo como base para construção e maneio (tecnologia do solo0, solo

como substrato das plantas (edafologia), como produto de formação (pedologia), como

objecto de estudos básicos (química, física, mineralogia, biologia do solo) , o solo como

sistema ecológico(eco-pedologia) e o solo para a agricultura sustentável(conservação do

solo).

2. Competências

Sabe distinguir os diferentes tipos de solo aplicáveis para cada tipo de cultura;

Conhece os fundamentos de geologia;

Conhece a influência da actividade humana sobre o solo.

3. Objectivos

86 Determinar os parâmetros físicos e químicos de maneio do solo

Fazer o levantamento e classificação do solo;

Avaliar aptidão do solo para as práticas Agro-pecuárias.

4. Plano Temático

Temas Horas de contacto Horas de estudo

1 Solo, sua composição e factores

de formação

5 5

2 Morfologia do solo e descrição

pedológica

5 5

3 Fase sólida do solo, material

orgânico

5 5

4 Fase líquida do solo; retenção e

disponibilidade da água e

movimento

5 5

5 Química do solo 5 5

6 Troca iónica e o poder tampão 5 5

7 Reacção do solo , soma de bases,

acidez trocável PST e CE

5 5

8 Processos no solo, ácidos, salinos

e sódicos

5 5

9 Classificação de acordo (FAO e

UNESCO) e taxonomia do solo

6 5

10 Levantamento do solo ( métodos e

intensidade)

6 5

11 Exigências nutricionais das

culturas(macro e micronutrientes)

6 4

12 Avaliação de terras 6 5

13 Fertilidade do solo e cálculos de

adubação

5 4

14 Potencial dos solos em

Moçambique

6 4

15 Trabalho de campo 5 4

TOTAL 80 70

Docente: Departamento de Agro-pecuária

87

5. Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem

Conferências;

Seminários;

Trabalhos de investigação;

Trabalho de campo;

Laboratório de análise

6. Meios de ensino

Quadro branco/preto

Retroprojector

7. Avaliação

Testes escritos.

Trabalhos de investigação

Exame

8. BIBLIOGRAFIA

1. CURI, N. & LARACH, N. Vocabulário de ciência de solo. Sociedade Brasileira de

ciência do solo, Campis, 1993.

2. MALAVOLTA, E. ABC da adubação. 4ª edição. Editora Agronómica Ceres, São

Paulo, 1979.

3. MACOO, P.M. Estudo do efeito da adubação NPK e da aplicação do calcário no

rendimento do milho, em sequeiro, no Gurué- Zambézia (sem data).

4. VAN RAINJ, B. & M.A.T.ZULO. O método tampão SMP para a determinação da

necessidade de calagem de solos do Estado de S. Paulo, 1979.

88

ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)

Departamento de Ciências Agro-pecuárias

Disciplina: Higiene e Tecnologia dos Alimentos

Codigo: Tipo – Nuclear

Nível – 1 Ano – 3º

Semestre – 2º Creditos – 4=100 horas (48 contacto + 52 de estudo)

1. Introdução

A tecnologia dos alimentos é uma ciência que visa demonstrar aspectos de qualidade, análise

físico-químicos, conservação e industrialização dos produtos, processamento dos

subprodutos para o reaproveitamento.

Esta técnica tem muita importância na agro-indústria em matéria prima e processos,

operação de embalagem bem como a tecnologia de produção de alimentos preparados e

transformados, processos de fabrico (tradicionais e recentes), sistemas de conservação e uma

boa apresentação do produto.

2.Competências

Possui capacidade deinspeccionar alimentos;

Conhece as técnicas de processamento de carnes , lacticinos e pescados;

Sabe o códico sanitário.

3. Objectivos

Fazer a inspecção sanitária dos produtos de origem animal;

Conhecer os principais processos tecnológicos dos produtos de origem animal e

vegetal; e

Aplicar as normas higiénico- sanitárias para o pessoal e para os estabelecimentos

tecnológicos.

89

4. Plano Temático

Temas Horas de contacto Horas de estudo

1 Introdução da cadeira 4 5

2 Princípios de higiene e tecnologia 6 5

3 Inspecção e tecnologia de leite e

lacticínios

6 5

4 Higiene pessoal e das instalações 6 5

5 Inspecção e tecnologia de peixes e

moluscos

6 5

6 Inspecção e tecnologia de aves e

ovos

4 5

7 Inspecção e tecnologia de carnes 4 4

8 Inspecção da caça 2 5

9 Importância da quarentena 2 4

10 Toxinfecções alimentares 2 5

11 Prática laboratorial 4 4

TOTAL 48 52

Docentes: Departamento de Agro-pecuária

5.Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem

Conferências;

Seminários;

Trabalhos de investigação;

Trabalho de campo;

Laboratório de análise

6. Meios de ensino

Quadro branco/preto

Retroprojector

7. Avaliação

Testes escritos.

90 Trabalhos de investigação

Exame

8. Bibliografia

PEARSON, A.M. & GILLET, T.A. tecnologia e higiene de la carne, 1994.

INSTITUTO ADOLFO LUTZ, métodos químicos e físicos para a análise de alimentos, 3ª

edição, 1985.

SILVA, J.A. Manual de control higieno-sanitário em alimentos, S.P. livraria varela, 1995.

GAVA, A. J., Princípios de tecnologia dos alimentos 7ª edição, s.p. Nobel,1984.

91

ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)

Departamento de Ciências Agro-pecuárias

Disciplina: Parasitologia e doenças parasitárias

Codigo: Tipo – Nuclear

Nível – 1 Ano – 3º

Semestre – 1º Creditos – 4=75 horas (48 contacto + 27de estudo)

1. Introdução

A Parasitologia é o estudo dos microrganismos que passam toda a vida ou parte desta num

sistema de vida parasítico sobre ou dentro de outros organismos: plantas, animais e o

Homem. É a ciência que estuda a teoria dos parasitas, seu modo de vida e seu combate. Ela

interessa-se ainda pelo estudo de aspectos evolucionários e ecológicos do parasitismo.

As parasitoses, doenças causadas por parasitas, encontram-se entre os grandes problemas

biomédicos e médico-sanitárias especialmente em países em vias de desenvolvimento. Pelo

seu impacto social, elas exigem uma maior mobilização de consideráveis recursos

financeiros para o seu reconhecimento clínico e combate, assim como para o recrutamento e

qualificação do pessoal medico e paramédico, ou ainda para a edificação de um sistema de

infra-estruturas adequadas habilitado para combater as parasitoses. Trata-se, na maior parte

dos casos, de sistemas altamente especializados que não podem ser compartilhados por

outros sistemas hospitalares, tornando, deste modo, a sua aquisição mais onorosa.

Tudo isto justifica a importância da Parasitologia no currículo de todo o tipo de subsistemas

de Educação em Moçambique, incluindo o da UP. A sua principal missão nesses currículos é

basicamente a de promover uma compreensão mais fundamentada da problemática da saúde

pública, o que por sua vez, irá contribuir para o desenvolvimento de comportamentos

tendentes a melhorar a saúde da comunidade, começando pela individual.

92Os principais conteúdos desses currículos deverão dar maior ênfase a educação para a

responsabilização individual pela saúde.

Do ponto de vista de conteúdos científicos, deverão merecer destaque os seguintes:

Natureza do processo parasitário e suas implicações medicas.

Doenças produzidas por parasitas (a escala local, nacional, regional e internacional).

Desenho de planos concretos de identificação, controle e combate (incluindo erradicação das

endemias).

Contexto ecológico do surgimento e propagação de parasitoses.

2. Competências

Entende os conceitos de Parasitologia e doenças parasitárias

Domina técnicas de identificação (diagnósticos rápidos e precisos) e classificação.

Entende os conceitos de incidência e severidade das parasitoses e suas formas de

controlo.

Lida com as técnicas de determinação de estágios no ciclo de vida dos parasitas e

patógenos.

2. Objectivos gerais

Conhecer doenças parasíticas que ocorrem localmente em Moçambique, na região

e no mundo, bem como a sua distribuição geográfica.

Dominar estatísticas nacionais de principais doenças parasíticas.

Relacionar técnicas microscópicas de coloração e contagens de toda a

instrumentação laboratorial com as de trabalho de campo.

Explicar os aspectos relacionados com o trabalho nas comunidades.

Identificar os métodos de controlo ecologicamente aceitáveis (do ponto de vista

de Meio Ambiente).

Ter noções da ética e deontologia no controlo das doenças e no trabalho com as

comunidades.

Compreender os factores que condicionam a circulação dos parasitas em

condições naturais e na exploração dos animais;

93

3. Pré-requisitos

Microbiologia e imunulogia

4. Plano Temático

Temas Horas de contacto Horas de estudo

1 Generalidades 3 3

2 Parasitas e parasitoses dos

ruminantes

3 3

3 Parasitas e parasitoses dos suínos 4 3

4 Parasitas e parasitoses das aves 4 3

5 Parasitas e parasitoses carnívoros e

roedores

6 3

6 Parasitas e parasitoses dos equinos 6 2

7 Parasitas e parasitoses dos peixes 5 3

8 Parasitas e parasitoses comuns ao

homem e ao animal

6 2

9 Parasitas e parasitoses da fauna

bravia

6 3

10 Trabalho de campo 5 2

Total 48 27

Docente. Departamento de Agro-pecuária

5. Estratégias e métodos de ensino-aprendizagem

A disciplina é leccionada fundamentalmente seguindo-se métodos clássicos universitários

típicos para Biologia e Ciências Naturais. Assim, deverão ser desenvolvidas as seguintes

formas de aulas:

Conferências ou palestras.

Seminários

Aulas práticas experimentais.

Aulas teórico-práticas (excursões)

94

6. Meios de ensino

Literatura

Objectos biológicos naturais ou animais laboratoriais.

Natureza livre.

Estacão de Biologia da UP em Bengueluene.

Laboratório

7. Avaliação

Testes escritos.

Trabalhos do curso para a apresentação oral (treinamento de habilidades de

apresentação, debate e argumentação).

8. Bibliografia

1. PINHAO, R. in Parasitologia (SP5), Manual de ensino, 1ª edicao, .

2. LETAO, S.J. Parasitologia Veterinária, Volume 2, Parasitoses, 3ª edicao.

3. LETAO, S.J. Parasitologia, Volume 1, Parasitas, 2ª edicao.

4. FREI, W. Patologia Geral, 2ª edicao

5. FERREIRA, C. & FERREIRA, J. Doencas infecto-contagiosas dos animais

domésticos, 4ª edicao.

6. AMABIS, M.J. & MARTHO, R. Curso Básico de Biologia dos seres vivos, 2º

Volume, 1ª edição.

7. SOMMERS, P.Y. Bases Biológicas e Cíclicas das Doenças Infecciosas.

8. AGRIOS, G.N. Plant pathology, third edition, Demic Press, INC New York (USA).

9. REY, Parasitologia Médica, 1a e 2a edição.

10. BARNES, R.D. Zoologia dos invertebrados.

95

ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)

Departamento de Ciências Agro-pecuárias

Disciplina: Extensão Rural e Sociologia Agrária

Codigo: Tipo – Nuclear

Nível – 1 Ano – 4º

Semestre – 1º Creditos – 6=150 horas ( 80 contacto + 70 de estudo)

1. Introdução

A extensão é concebida como uma intervenção que apenas transmite conhecimentos das

instituições aos camponeses. Considera-se extensão como sendo transferência de tecnologia

e é essencialmente o meio pelo qual novos conhecimentos e ideias são introduzidos nas

zonas rurais, de modo a introduzir mudanças e a melhorar a vida dos agricultores e das

famílias.

Extensão é uma forma de acção social, virada ao ajustamento dos motivos de comportamento

social de outras pessoas ás condições mudadas e o qual é automaticamente devagar, para

apoiar o homem a possuir maior influência na transformação de uma situação determinada,

tendo como elementos chaves; a intervenção organizada e planeada, comunicação, mudança

livre de comportamento, educação, participação e tomada de decisões.

As forças conseguiram reunir esforço suficiente para impor uma reforma agrária, mesmo

limitada aos latifúndios improdutivos e às terras devolutas da União. foram capazes de

unificar os pequenos proprietários rurais aos antigos camponeses sem-terra num só

movimento de democratização da propriedade territorial.

Parte dos pequenos proprietários rurais só despertou para a reforma agrária quando o

capitalismo deu início à modernização dos latifúndios. Primeiro, nos anos 1950, quando o

capital empurrou do campo para as cidades os milhões de trabalhadores necessários para a

industrialização. Depois, a partir dos anos 1960-70, quando o capital colocou em prática sua

lei, já apontada por Marx, de destruição e recriação constante de seus diversos sectores

(chamada de "destruição criativa", por Schumpeter), passando a expropriar a economia dos

camponeses, e ameaçando sua existência como classe.

96

Como toda classe social só subsiste à medida que consegue transformar-se em porta-voz dos

interesses da "sociedade", o movimento camponês pensa transformar sua defensiva em

ofensiva, com o argumento de que a pequena agricultura pode atender às "demandas

históricas da sociedade ,em termos de saneamento, moradia e alimentos. Como a pequena

agricultura não é dominante, a dificuldade é dupla: demonstrar que pode se tornar dominante

e, ao mesmo tempo, que pode atender a tais "demandas históricas".

A agricultura camponesa só teria condições de se tornar dominante se realizasse uma

profunda revolução agrária, quando a maior parte da agricultura brasileira era dominada

pelos "velhos latifúndios", e seu desmembramento não representaria qualquer retrocesso no

avanço das forças produtivas e no atendimento das "demandas históricas". Hoje, diante da

forte agricultura ,capaz de suprir as necessidades de matérias-primas para a indústria e de

alimentos para a população, o atendimento das "demandas históricas" só pode ser realizado

se se aproveitar os avanços tecnológicos do "agronegócio” e corrigirmos suas distorções,

através da substituição da propriedade pela socialista.

2. Competências

Identifica as tecnologias para o melhoramento de extensão rural;

Avalia a importância da extensão rural no desenvolvimento das comunidades;

Identifica o impacto da extensão na gestão das mudanças.

3. Objectivos

Conhecer os princípios gerais e conceitos de extensão em comparação com outros

instrumentos de extensão;

Analisar a função da extensão na cadeira de investigação; e

Compreender os métodos e técnicas básicas de extensão mais importantes no

desenvolvimento.

Conhecer o impacto da sociologia na agricultura;

Conhecer o impacto do género na agricultura e desenvolvimento;

Conhecer os aspectos sociológicos dos processos agrários;

Saber aplicar noções de sociologia nos processos agrários; e

Saber aplicar perspectivas do género na agricultura e desenvolvimento. rural.

974. Plano Temático

Temas Horas de contacto Horas de estudo

1 Conceitos básicos sobre a extensão 7 6

2 Fundamentos de extensão:

comunicação, participação e

mudança de comportamento

humano

7 6

3 Métodos de extensão 7 6

4 Estratégias de extensão 7 6

5 Papel da extensão na promoção do

desenvolvimento agrário

7 6

6 Teoria da sociologia agrária 7 6

7 Características dos produtores e as

relações entre eles. Usos e

costumes das regiões, sistemas

patrelineares e matrilineares

7 6

8 Relação simbólica e cultural entre

o homem e o seu meio

6 6

9 Conceitos básicos das ciências de

organização

6 6

10 Formação e funcionamento de

sociedades

7 6

11 Teoria e análise de género na

agricultura, recursos naturais e no

desenvolvimento

6 5

12 Conceitos básicos e diferenças

teóricas

6 5

TOTAL 80 70

Docentes: Departamento de Agro-pecuária

5. Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem

Conferências e palestras;

Seminários;

Trabalhos de investigação;

98 Trabalho de campo

Laboratório de análise

6. Meios de ensino

Quadro branco/preto

Retroprojector

Campos de experimentação

7. Avaliação

Testes escritos.

Trabalhos de investigação

Exame

8. Bibliografia

ANON. Formação à Abordagem Participativa: Métodos e Meios para Animação Rural. Guia para o Formador, nº 2, Projecto GCP/CC/I/032/ITA, 1995. ANDRE,E. Compêndio de defensivos agrícolas. 5ª edição S. Paulo, 1993. A.W. van den Ban & H.S. Hawkins. Agricultural Extension. Blackwell Science Ltd, Oxford, 1996. ANDRADE, Inácio Rebelo de. Extensão Rural: textos de leccionação. Manuais da Universidade de Évora. Área Departamento de Ciências Humanas e Sociais, 1994. BARDAVID, S. Serviço Social: Tipologia de Diagnóstico – subsídios, São Paulo: Moraes Editora, 1981. Centro de Formação S. Jorge, Ministério da Agricultura de Cabo Verde. Formação à Abordagem Participativa : Diagnóstico Inicial Junto da Comunidade, Vol. II, Colecção Prisma, nº 1. Projecto GCP/CC/I/032/ITA, 1995. CHAMBERS, R. Desenvolvimento Rural: Fazer dos Últimos os primeiros. Luanda: ADRA, 1983. FERRINHO, H. Comunicação Educativa e Desenvolvimento Rural. Porto: Edições Afrontamento, 1993. FREIRE, P. Extensión O Comunicacion? ICIRA. Governo do Chile/ Nações Unidas/FAO. Santiago de Chile, 1969. HAMILTON, G. Teoria e Prática do Serviço Social de Casos, Rio de Janeiro: Agir, 1987. PIJNENBURG, B. Introdução à agricultura, UEM, 1996. MALAVOLTA E., ABC da adubação, 4ª edição 1979.

SEGEREN P. Os princípios básicos da protecção de plantas, 1996.

FAO, oficina regional de la FAO para America Latina, agro-pecuária de la dependencia al

protagonismo del agricultor,1971.

RAPOSO,B.H, Reforma agrária, Rio de Janeiro, Fundo de cultura, 1965.

MENDRAS, H. Sociedades camponesas, R.R., Zahar editor, 1978.

99

ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)

Departamento de Ciências Agro-pecuárias

Disciplina: Reprodução Animal

Codigo: Tipo – Nuclear

Nível – 1 Ano – 3º

Semestre – 1º Creditos – 3=75 horas ( 48 contacto + 27 de estudo)

1. Introdução

A constante tarefa de reconstrução do corpo de um organismo que garante sua homeostase,

cessa com a sua morte. Entretanto apesar do limitado tempo de vida de um organismo, a

espécie a que ele pertence se perpectua através dos tempos. Isto acontece graças á

propriedade que o organismo possui de produzir outro ser vivo semelhante a ele. Desse

modo, a reprodução e o desenvolvimento de um novo ser podem ser encarados como uma

homeostase no nível da espécie. A reprodução tem ainda um sentido altruístico , uma vez

que garante a sobrevivência da espécie e não a do própio individuo , como ocorre com as

outras funções vitais.

O objecto de estudo da manada ou bando baseia-se no acompanhamento contínuo dos

aspectos reprodutivos com vista alcançar os limites recomendados de reprodução e, aumentar

a produtividade. No processo de maneio reprodutivo, é importante o conhecimento de

aspectos da embriologia do aparelho reprodutivo, anatomia do aparelho genital feminino e

masculino como também o controlo hormonal da actividade reprodutiva dos animais. O

maneio alimentar deve permitir a acumulação de reservas energéticas permitindo que haja o

número de cobrições necessárias.

A subnutrição, as doenças debilitantes e infecto-contagiosas , maneio inadequado são as

causas principais da má performance reprodutiva que, por sua vez, contribui para uma

acentuada redução na produção, retardando, também, o progresso genético e provocando

grandes prejuízos.

O controle sanitário, bem como as técnicas de maneio e os cuidados com a alimentação são

procedimentos indispensáveis à melhoria da eficiência reprodutiva na pecuária.

100

2. Competências

Entende os processos de reprodução animal;

Relaciona a reprodução animal com o tipo de nutrição;

Elabora um projecto de investigação científica a criação de animais;

Compreende os mecanismos que levam as alterações estruturais e funcionais do

aparelho genital.

3.Objectivos

O estudante deve ser capaz de:

Entender os processos fisiopatológicos ligados a alterações funcionais do aparelho

genital;

Conhecer as leis biológicas da reprodução e a importância do fenómeno reprodutivo;

Aplicar as técnicas e os métodos de resolução dos principais problemas que

interferem na fertelidade;

Relacionar as leis biológicas com as técnicas e métodos de manipulação da

sexualidade.

4. Plano temático

Nº de

Ordem

Tema Horas de contacto Horas de estudo

1 Introdução a disciplina 7 6

2 Biologia da reprodução 7 6

3 Inseminação artificial 7 6

4 Manipulação da sexualidade nos animais

domésticos

7 6

5 Infertelidade na fêmea e no macho 7 6

6 Influência do sistema nervoso no

processo de reprodução animal

7 6

7 Trabalho de campo 6 6

Total 48 42

Docente:Departamento de Ciências Agro-pecuária

101

5.Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem

Conferências e palestras;

Seminários;

Práticas laboratoriais;

Trabalho de campo

6.Meios de ensino

Quadro branco/preto;

Retroprojector;

Modelos naturais e artificiais;

Laboratório.

7.AVALIAÇÃO

2 Testes escritos

1 Projecto de pesquisa (em grupo)

Exame

8. Bibliografia

JUNQUEIRA, D.H.Scientific American.Nova york, Scientific American, Inc. set, 79. p 48.

HUETTNER, A.E. Comparative Embriology of the Vertebrates.Nova York, The Macmillian

Company, 1920

MOORE, K. L. Embriologia Basica. Sao Paulo, Ed. Edgar Blucher, 1974.

102

ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)

Departamento de Ciências Agro-pecuárias

DISCIPLINA: TÉCNICAS DE COMUNICAÇÃO

Codigo: Tipo – Nuclear

Nível – 1 Ano – 4º

Semestre – 2º Creditos – 3=75 horas ( 48 contacto + 27 de estudo)

1. Introdução 

Desde os tempos remotos os homens buscaram formas de estabelecer um entendimento entre

si através de técnicas de passagem de informação de um para outro seja para o benefício

individual assim como do grupo. Esta forma de preocupação de como a mensagem deve sair

e chegar num outro individual chama-se comunicação

 

Entretanto  há  que  considerar  que  existiram  desde  os  tempos  passados  variadas  técnicas  de 

comunicação  das  quais  podemos  citar:  comunicação  corporal,  comunicação  oral,  comunicação 

escrita, comunicação digital. Ainda deve se sublinhar que Vários aspectos da comunicação têm sido 

objectos de  estudos. Na Grécia Antiga por  exemplo, o  estudo da Retórica,  a  arte de discursar  e 

persuadir, era um assuntovital de comunicação para estudantes. 

 

Assim,  vemos  pela  própria  evolução  da  história  de  que  no  princípio  do  século  XX,  vários 

especialistas  começaram a estudar a  comunicação  como uma parte específica de  suas disciplinas 

académicas.  

 

Sabe‐se bem que só mesmo a partir do meados do século XX a Comunicação começou a emergir 

como  um  campo  académico  distinto,  com  algumas  das mais  notáveis  figuras  como  o Marshall 

103McLuhan, Theodor Adorno e Paul Lazarsfeld os quais  foram os pioneros nesta área. Ontem, a 

maior  fonte de  informação consistiam no  jornal,  rádio e  televisão, mas hoje estas  técnicas  já não 

são as únicas que  levam uma pessoa  a estar bem  informada de qualquer acontecimento.Porém, 

podemos aceder a um  jornal via  internet, através do site do mesmo ou de  redes sociais, caso do 

Twitter  e  do  Facebook.  Verifica‐se  hoje  que  muitos  jornais  possuem  contas  nestas  redes  e 

depositam a  informação sempre actualizada. É  interessante, porque se pode comentar e debater 

todos os assuntos relevantes e de interesse socioeconómico e cultural  

O objectivo desta disciplina, consiste em equipar os estudantes com as variadas técnicas de

comunicação mais comuns de modo a poderem enfrentar o mundo de globalização e os

desafios inerentes ao mundo de comunicação. Ainda é parte desta disciplina conduzir os

estudantes ao conhecimento dos tipos de comunicação, formas e componentes da

comunicação. Habilita-los a recolher informações para o desenho de um plano de negócio

exequível e sustentável. Para usar como ferramenta para a gestão empresarial e na relação

interpessoal e socialização

Justificação: Sem a comunicação o mundo fica completamente desligado entre si e sem habilidades do docente em fazer uma boa comunicação através de técnicas apropriadas não haverá sucesso na Formação do futuro docente nesta área ou para o desenvolvimento integrado. Metodologia Os métodos usar no ensino desta disciplina prendem-se na comunicação diária entre professor e estudantes através de conferências trabalhos individuais onde deve se mostrar os conhecimentos adquiridos na sala de aula. Uso de internet para a pesquisa actualizada sobre as técnicas e estratégias de comunicação. Segmentação da disciplina A disciplina de comunicação compreende a segmentação de 11 capítulos nomeadamente 1 História 2 Teoria da Comunicação 3 Formas e Componentes da Comunicação 4 Comunicação e Tecnologia 5 Dinamismo da Comunicação 6 Telecomunicação 7 Comunicação Segmentada 8Comunicação Crível Estratégia de Comunicação crível Ensino de Comunicação Importância da comunicação na Gestão Competencias

104Os professores passarão conhecimentos que conduzam aos estudantes a uma boa comunicação para a disseminação correcta dos conhecimentos e para desenvolver novas tecnologias no mundo de desenvolvimento sustentável. Relação que guarda com outras disciplinas As carcateristicas desta disciplina lhe permitem fazer uma interligação com uma vasta gama de disciplinas como é a sociologia, medicina, antropologia extensão rural desenvolvimento rural, agro negocio, marketing, psicologia entre outras. Ela não se encontra limitada devido as funções que desempenha no desenvolvimento da informação. VI. Avaliação Todos os estudantes serão avaliados usando o método de trabalhos de grupo e no final do curso entregarão um trabalho individual onde desenvolvem as diferentes percepções experiencias adquiridas a longo da sua Formação sobre as técnicas de comunicação Duração: Esta disciplina tem duração de um semestre mas pode ser acomodada a um período de 3 meses de forma coerciva com um total de 125 horas

105

ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)

Departamento de Ciências Agro-pecuárias Disciplina: Genética Geral e Aplicada Codigo: Tipo – Nuclear Nível – 1 Ano – 2º Semestre – 1º Creditos – 6=150 horas (80 contacto + 70 de estudo) 1.Introdução Esta disciplina surge da necessidade de dotar os estudantes de conhecimentos, capacidades e habilidades na área de genética geral possibilitando que eles possam mencionar os níveis do ensino secundário geral onde estes assuntos são tratados nas escolas e nos institutos. Resolver, explicar ou analisar situações ou problemas que surjam na humanidade. No contexto de melhoramento das espécies, esta cadeira aborda a biotecnologia e a ética criando possibilidade de treinamento do estudante na propagação de plantas usando várias técnicas de multiplicação vegetativa. Esta disciplina surge da necessidade de vos dotar de conhecimentos, capacidades e habilidades na area de Genética aplicada. Estes saberes pretendem munir – vos de ferramenta suficiente para a leccionação da disciplina de agro – pecuária nos níveis do ensino secundário geral ou outros níveis dos subsistemas do SNE, contribuindo deste modo para a dessiminação da biotecnologia junto das comunidades , No contexto de melhoramento de plantas e animais, esta cadeira aborda a biotecnologia e a ética, fornecendo ao estudante conhecimentos básicos para discutir acerca das vantagens e desvantagens das técnicas de melhoramento, dando ênfase às suas implicações éticas e sociais em humanos. 2. Competências Respeita as diferenças entre os seres humanos; Identifica os albinos ou outros indivíduos com anomalias; Resolve os exercícios com destreza; Aplica os conhecimentos de genética na solução de problemas na comunidade. . 3.Objectivos Destinguir o hereditário do não hereditário; Desenvolver capacidade e habilidade na resolução de exercícios de genética; Discutir sobre as diferenças entre seres humanos de forma a desenvolver a capacidade de aprender “ a ser ” e a “ viver juntos “; Resolver com destreza os exercícios de genética. 4. Pré –requisitos Biologia Celular e Molecular

1065. Plano Temático Número de ordem

Temas Horas de contacto

Horas de estudo

1 Introdução a genética quantitativa 2 8 2 Estrutura genética das populações 2 4 3 Caracteres métricos 3 8 4 Semelhança entre parentes 3 4 5 Hereditariedade 3 4 6 Correlação entre caracteres 3 6 7 Cálculos do valor genético 3 4 8 Consanguinidade 3 6 9 Selecção 3 6

10 Cruzamento 3 4 11 Interacção genótipo- ambiente 3 4 12 Introdução a Hibridização

-poliploidia,Autopoliploidia e alopoliploidia

3 6

13 Biotecnologia -conceito, potencialidades e dificuldades -Biotecnologia molecular e engenharia genética -Microorganismos trangênicos

4 4

14 Biotecnologias na produção agraria Melhoramento de plantas e de sementes

3 4

15 Melhoramento de animais Animais transgênicos e técnicas para modificação do património genético animal Clonagem

4 4

16 Genes simples em melhoramento animal Susceptibilidade ao stress em suinos

4 4

17 INÓCULOS MICRIBIANOS Associações micorrizas

4 4

18 BIOCONTROLO Actuais métodos de detecção de doenças Métodos baseados em análise de DNA

4 4

19 CRUZAMERNTOS cruzamentosestáticos, de rotação e de absorção

3 4

20 CONSANGUINIDADE Consaguinidade ao nível do indivíduo Benefícios e inconvinientes da consaguinidade Manuntenção de variabilidade genética

4 4

TOTAL 64 96 Docentes: Departamento de Agro-pecuária e Biologia 6. Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem Seminários Conferências Aulas de simulação

107Aulas práticas no laboratório Trabalho de campo Cartazes ou mapas Slides Filmes Modelos Naturais Retroprojector 7. Avaliação Testes escritos; Trabalhos em grupo; Relatórios de trabalhos práticos; Trabalhos individuais de aprofundamento; Exame 8. Bibliografia JÚNIOR, CESAR & SEZAR, S. Biologia3, 4ªEdição – São Paulo, 1984 GARDNER & SNUSTAD. Genética, 7ªEdição – Guanabara, Rio de Janeiro, 1987 GREEN, N.P.O, STOUT, G.W, TAYLOR, D.J. Biology Science 1 & 2, 2ª ed. Cambridge “Chapter Twenty-five – Mechanisms of speciation”. DUBININ, N.O. Genética General tomo II, 2ª ed., Mir, Moscovo 1984 Pereira, A.N. Biotecnologia e Agricultura. Universidade Aberta, Lisboa, 1996 Pelczar, M.J et al. Microbiologia, conceitos e aplicações vol II, 2ª ed. Makron Books, SP, 1996. DE LIMA, C.P. Genética Humana, 2ªed., Editora Harper & Row, São Paulo,1984 HARRISON, D. Biologia, Editorial Presença, 1980 PELCZAR, M.J. et al. Microbiologia, conceitos e aplicações vol 1, , 2ªed., Makron Books, São Paulo, 1996. SASSON, Sezar & Júnior César, Biologia 3, 7ªed. Atual Editora , São Paulo, 1991 AMABIS & MARTHO. Biologia das Populações, 1ªed. Moderna,São Paulo, 1994 KLUG, W.S. et al. Concepts of genetics, 8thed. Pearson Education Inc., London, 2006 LEHNINGER,A.L. Bioquímica, 2ªed. Editora Edgard Blücher, São Paulo, 1977

108

ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)

Departamento de Ciências Agro-pecuárias Disciplina: Fisiologia Vegetal Codigo: Tipo – Nuclear Nível – 1 Ano – 1º Semestre – 2º Creditos –4=100 horas ( 48contacto + 52 de estudo) 1. Introdução Os vegetais pluricelulares superiores são constituídos por um conjunto de células diferenciadas. Ao conjunto de células que desempenham a mesma função dá-se o nome de tecidos. Esses tecidos constituem o objecto de um ramo de biologia, a histologia. Os tecidos por sua vez, formam vegetais e animais superiores, um sistema de órgãos que constituem o corpo. A botânica sistemática faz a classificação dos organismos vivos em séries hierárquicas de grupos, enfatizando as suas relações filogenéticas. Ela é a parte da ciência que estuda e apresenta os métodos e teorias que organizam os seres vivos em grupos, promovendo a sua classificação, identificação e nomenclatura. Para o efeito, a botânica sistemática utiliza vários métodos como a comparação, chaves de identificação, guias de campo, etc. A fisiologia é o estudo das actividades vitais. Ela procura dar uma explicação não só descritiva como também causal da origem e funcionamento das estruturas dos seres. O objecto é explicar claramente e por completo os processos que se dão no organismo segundo as leis físicas e químicas; para tal o emprego de métodos físicos e químicos e recentemente , a informática como do organismo no seu conjunto, ela em geral é útil e razoável como ajuda heurística, pois, por regra geral só puderam perdurar no curso da filogenia os caracteres vantajosos, quer dizer aqueles que apresentam um valor de secção positiva; este subdivide-se em fisiologia do metabolismo material e energético, do desenvolvimento e dos movimentos. Os fenómenos de crescimento, desenvolvimento e movimento activo estão acompanhados sempre de troca de materiais e energia. 2. Competências Compreende a relação da estrutura e função nos órgãos e tecidos vegetais; Aplica técnicas de manipulação de desenvolvimento da planta e de germinação da semente para garantir maior percentagem de germinação; Identifica o excesso e carência de nutrientes numa planta e manipular a produtividade. 3. Objectivos gerais Identificar, desenhar e legendar tecidos e órgãos de plantas superiores; Fazer preparações e observações microscópicas; elaborar um herbário morfológico; Descrever os tipos de multiplicação e reprodução; Descrever os passos envolvidos na germinação duma semente; Explicar como é que os factores externos influenciam na germinação da semente e no desenvolvimento da planta; Descrever o processo de transporte através do xilema e do floema;

109 4. Plano Temático Temas Horas de contacto Horas de estudo 1 Reprodução e os ciclos de vida das

plantas 3 4

2 Morfologia e anatomia das plantas superiores

3 4

3 Taxonomia das plantas superiores, princípios básicos

3 4

4 Características das principais famílias de plantas. Plantas de interesse agronómico e florestal

3 4

5 Fisiologia do metabolismo e energia

3 4

6 Troca e transporte de matéria 3 4 7 Balanço do metabolismo do azoto 3 4 8 Metabolismo secundário das

plantas 4 4

9 Fisiologia do crescimento e Desenvolvimento

3 4

10 Fisiologia de movimento de plantas

4 3

11 Amadurecimento e germinação dos órgãos reprodutivos

4 3

12 Floração, Foto e termoperíodismo 3 3 13 Fisiologia da regeneração e da

plantação 4 3

14 Fisiologia da produção da colheita 4 4 TOTAL 48 52 Docentes: Departamento de Agro-pecuária & Biologia 5. Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem Conferências e palestras; Seminários; Trabalhos de investigação e de Campo; Práticas laboratoriais; Trabalhos individuais de aprofundamento. 6. Meios de ensino Quadro branco/preto Retroprojector Modelos naturais e artificiais; Laboratório. 7. Avaliação Testes escritos. Trabalhos de investigação Trabalhos em grupo; Relatórios de trabalhos práticos; Trabalhos individuais de aprofundamento; Exame.

110

1118. Bibliografia DE KONING, Flora de Moçambique. TomoII Part I, 1987. GELFAND,MAVI, DRUMMOND AND NDEMERA, the traditional medical, practitioner in Zambabwe, 1985. SIMMONDS, Evolution of crop plants, 1976. SMITH, GILBERT M. Botânica criptogâmica vol II briófitas e pteridófitas 4ª edição, fundação Calouste, 1987. STACE, Plant taxonomy and biosystematics, 1989. B. MAYER, D. ANDERSON, R.BOHNING, D.FRATIANE, introdução á fisiologia vegetal 2ª edição Fundação Calouste Gulbenkian, 1991. CORREIA,A.A. D. Bioquímica nos solos , nas pastagens e forragens, fundação calouste Gulbenkian,1986. FERRI, M.G. Fisiologia vegetal vol1 S.Paulo, 1986. RAVEN, RAY E CURTIS, Biologia vegetal, Guanabara ois, Rio de janeiro, 1976.

112

ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)

Departamento de Ciências Agro-pecuárias Disciplina: Experimentação Agrária (I) Código- Tipo– Complementar Nível - 1 Ano - 3º Ano Semestre - 1º Créditos - 3= 75horas (48 de contacto e 27 de estudo) 1.Introdução Um experimento é um inquérito planeado para obtenção de novos factos ou para confirmar os resultados de inquéritos prévios e para gerar informações a serem usados na tomada de decisões. Em agricultura ou em florestas, os experimentos são condizidos para responder questões chaves cuja resolução seria necessária para incrementar a produção e ou boa utilização de produtos agrícolas e florestais. Unidade experimental no qual o tratamento é fixado em casualuzações singulares, tratamento é um procedimento ou uma condição aplicada á unidade experimental que, efectivamente está para ser dimencionada ou comparada com os outros. 2. Competências Organiza dados da estatística descritiva; Usa cáculos para o sucesso dos campos experimentais; Aplica métodos simples de amostragem e estima parâmetros de avaliação; 3.Objectivos gerais No final da disciplina o estudante deve ser capaz de: Organizar e resumir dados usando estatística descritiva; Compreender e aplicar métodos simples de inferência estatística para estimar parâmetros e testar hipóteses; Compreender e aplicar métodos simples de amostragem para tirar amostras e estimar parâmetros; Interpretar os resultados da análise estatística edescreve-los explicando a realidade estudada.

113 4. Plano temático

Nº Temas Carga horária

Horas de contacto

Horas de estudo

1 Definição de estatística e seus ramos, populações estatísticas e amostras, níveis de medição.

5 3

2 Estatística descritiva e números índices 5 3 3 Introdução á teoria de probabilidade 5 3 4 Variáveis aleatórias e sua distribuição 5 3 5 Estimação de parâmetros e estimadores de intervalo 5 3 6 Testes de hipóteses 5 3 7 Métodos de amostragem 5 3

8 Análise de variância um caminho de classificação 4 2

9 Coorelação linear e regressão linear simples 5 2

10 Estatísticas não paramétricas 4 2

TOTAL 48 27

Docente: Departamento de Ciências Agro-pecuária 5. Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem Seminários Conferência Trabalho em grupos 6.Meios de ensino Quadro branco Retroprojector 7. Avaliação Teste escrito Proposta de um programa de extensão (grupo) Exame 8. Bibliografia BEIGUELMAN, B. Curso Prático de Bioestatística. Ribeirão Preto: Sociedade Brasileira de Genética, 1994. BENZATTO, D. A., KRONZA, S.N. Experimentação Agrícola. 3ª Edição. Jaboticabal: FUNET, 1995. CRUZ, C. D., REGAZZI, A.T. Modelos biométricos Aplicados ao Melhoramento Genético. Viçosa: UFV, 1997. CRUZ, C.D. Princípios de genética quantitativa. 1. ed. Viçosa: Editora UFV, 2005. 391p.

114CRUZ, C.D.; REGAZZI, A.J. Modelos biométricos Aplicados ao melhoramento genético. Viçosa: Imprensa Universitária, 2004. 390p. GOMES, F.P. Curso de Estatística Experimental. 13ª Edição. Piracicaba: Nobel, 1990. KUTNER, M. H; NACHTSHEIM, C. J.; NETER, J.; LI, W.Applied Linear Statistical Models. 5th ed. New York: McGraw-Hill/Irwin, 2004. 1396p. MLAY, G. & DISTA, S. Experimentação agrária, UEM, volume 1, 1998.

115

ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)

Departamento de Ciências Agro-pecuárias Disciplina: Rega e drenagem Código- Tipo– Nuclear Nível - 1 Ano - 4º Ano Semestre - 2 Créditos - 3 = 75 horas (48 de contacto e 27 de estudo) 1.Introdução 2. Competências Define os conceitos irrigação e drenagem; Descreve os difrentes tipos de drenagem e as suas etapas; Organiza projectos de drenagem em função das características físicas do solo; 3.Objectivos gerais No final da disciplina o estudante deve ser capaz de: Organizar e resumir dados euqções de drenagem; Compreender o processo de irrigaç”ao e drenagem no ramo agrícola; Descrever as várias etapas do processo de irrigação e os passos de uma drenagem bem sucedida; Aaplicar mapas friáticos e coeficientes de drenagem num campo a grícola

116 4. Plano temático

Nº Temas Carga horária

Horas de contacto

Horas de estudo

1 Introdução a rega e drenagem 5 3

2 Irrigação por superfície (sulcos, faixas, inundação temporária e permanente)

5 3

3 Irrigação por asperção (convencional e mecanizada) 5 3 4 Irrigação localizada 5 3 5 Avaliação e maneio de sistemas de irrigação 5 3

6 Características físicas do solo ao projecto de drenagem

5 3

7 Mapas friáticos 5 3

8 Coeficientes de drenagem 5 2

9 Regimes de drenagem (permanente e variáveis) 4 2

10 Equações de drenagem 4 2

TOTAL 48 27

Docente: Departamento de Ciências Agro-pecuária 5. Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem Seminários Conferência Trabalho em grupos 6.Meios de ensino Quadro branco Retroprojector 7. Avaliação Teste escrito Proposta de um programa de extensão (grupo) Exame 8. Bibliografia BERNADO SOARES A.A; MANTOVANE, E.C. Manual de Irrigaç”ao. Editora da UFV, 2006. CRUCIANE. D.E,, A drenagem na Agricultura- São Paulo 1989. PRUSKI.F.E. BRANDÃO.V.S. SILVA. D. D. Escoamento superficial Editora da UFV 2004. STONE L.F. SILVEIRA.P.M. Irrigação das culturas. Santo António de Goias; EMPARPA 2001.

117

ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)

Departamento de Ciências Agro-pecuárias Disciplina: Bioestatistica Código- Tipo– Complementar Nível - 1 Ano - 2º Ano Semestre - 2 Créditos - 3 = 75 horas (48 de contacto e 27 de estudo) 1.Introdução Um experimento é um inquérito planeado para obtenção de novos factos ou para confirmar os resultados de inquéritos prévios e para gerar informações a serem usados na tomada de decisões. Em agricultura ou em florestas, os experimentos são condizidos para responder questões chaves cuja resolução seria necessária para incrementar a produção e ou boa utilização de produtos agrícolas e florestais. Unidade experimental no qual o tratamento é fixado em casualuzações singulares, tratamento é um procedimento ou uma condição aplicada á unidade experimental que, efectivamente está para ser dimencionada ou comparada com os outros. 2. Competências Organiza dados da estatística descritiva; Usa cáculos para o sucesso dos campos experimentais; Aplica métodos simples de amostragem e estima parâmetros de avaliação; 3.Objectivos gerais No final da disciplina o estudante deve ser capaz de: Organizar e resumir dados usando estatística descritiva; Compreender e aplicar métodos simples de inferência estatística para estimar parâmetros e testar hipóteses; Compreender e aplicar métodos simples de amostragem para tirar amostras e estimar parâmetros; Interpretar os resultados da análise estatística edescreve-los explicando a realidade estudada.

118 4. Plano temático

Nº Temas Carga horária

Horas de contacto

Horas de estudo

1 Definição de estatística e seus ramos, populações estatísticas e amostras, níveis de medição.

5 3

2 Estatística descritiva e números índices 5 3 3 Introdução á teoria de probabilidade 5 3 4 Variáveis aleatórias e sua distribuição 5 3 5 Estimação de parâmetros e estimadores de intervalo 5 3 6 Testes de hipóteses 5 3 7 Métodos de amostragem 5 3

8 Análise de variância um caminho de classificação 5 2

9 Coorelação linear e regressão linear simples 4 2

10 Estatísticas não paramétricas 4 2

TOTAL 48 27

Docente: Departamento de Ciências Agro-pecuária 5. Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem Seminários Conferência Trabalho em grupos 6.Meios de ensino Quadro branco Retroprojector 7. Avaliação Teste escrito Proposta de um programa de extensão (grupo) Exame 8. Bibliografia BEIGUELMAN, B. Curso Prático de Bioestatística. Ribeirão Preto: Sociedade Brasileira de Genética, 1994. BENZATTO, D. A., KRONZA, S.N. Experimentação Agrícola. 3ª Edição. Jaboticabal: FUNET, 1995. CRUZ, C. D., REGAZZI, A.T. Modelos biométricos Aplicados ao Melhoramento Genético. Viçosa: UFV, 1997.

119CRUZ, C.D. Princípios de genética quantitativa. 1. ed. Viçosa: Editora UFV, 2005. 391p. CRUZ, C.D.; REGAZZI, A.J. Modelos biométricos Aplicados ao melhoramento genético. Viçosa: Imprensa Universitária, 2004. 390p. GOMES, F.P. Curso de Estatística Experimental. 13ª Edição. Piracicaba: Nobel, 1990. KUTNER, M. H; NACHTSHEIM, C. J.; NETER, J.; LI, W.Applied Linear Statistical Models. 5th ed. New York: McGraw-Hill/Irwin, 2004. 1396p. MLAY, G. & DISTA, S. Experimentação agrária, UEM, volume 1, 1998.

120

ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)

Departamento de Ciências Agro-pecuárias Disciplina: Higiene e Segurança no Trabalho Codigo: Tipo – Nuclear Nível – 1 Ano – 2º Semestre – 1º Creditos –3=100 horas (48 contacto + 52 de estudo) 1. Introdução O quadro conceptual do programa da saúde do trabalhador assenta em duas preocupações: A saúde escolar e do trabalhador em geral, neste domínio enfatiza-se os conteúdos inerentes ao conjunto de actividades e serviços planeados, organizados e desenvolvidos com objectivo de promover a saúde nos locais de trabalho, bem como a difusão de práticas que permitem aquisição de conhecimentos necessários para um maior control da sua saúde e melhor qualidade de vida e garantia da produtividade nos locais de trabalho. Por outro lado, a saúde ocupacional com maior ênfase para a promoção da saúde do trabalho e prevenção de doenças do âmbito laboral. Ex: lesões por esforços repetitivos, acidentes de trabalho, stress, entre outros. O contributo de saúde pública nestes dois ângulos favorece a elevação do nível educacional e de saúde da população. Assim, o trabalho nesta área desempenha um importante papel no desenvolvimento do ambiente saudável, especificamente no desenvolvimento harmónico e global dos trabalhadores adultos e jovens moçambicanos na área da saúde sexual e reprodutiva, assim como na luta contra a problemática do HIV/SID e da pobreza absoluta. Competências Compreende a importância de H igiene e segurança no trabalho; Conhece as obrigações das empresas e os direitos do trabalhador; Contribui para a integração do pessoal com necessidades de saúde especiais nos estabelecimentos de educação e ensino; Aplica os conhecimentos de higiene e segurança no trabalho na solução de problemas na comunidade. 3. Objectivos Proporcionar a aquisição de conhecimentos e motivação capazes de assegurar a cada um, reforço da autonomia e sentimentos de pertença, um desenvolvimento harmónico, condições de sucesso escolar e educacional; Contribuir para o desenvolvimento de um ambiente escolar saudável; Contribuir para a integração do pessoal com necessidades de saúde especiais nos estabelecimentos de educação e ensino; Apoiar as iniciativas de inovação pedagógica no âmbito psico-afectivo; Contribuir nas acções de prevenção e combate ao problema de HIV/SIDA. Compreender a importância de H igiene e segurança no trabalho; Conhecer as vantagens para os trabalhadores e para a produtividade das empresas;

121Conhecer as obrigações das empresas e os direitos do trabalhador independentemente da actividade que exerce; Explicar as regras de segurança no mar; Identificar as formas de sobrevivência no mar esperando o socorro Desenvolver planos de intervenção e de política da empresa nesta área. 4. Plano temático . No de ordem

Tema

Horas de contacto

Horas de estudo

1 Enquadramento Jurídico, histórico e social d e saúde pública e HST

3 3

2 Fundamentos éticos e económicos da HST 3 3 3 Saúde e higiene no Trabalho 3 3 4 Factores de nocividade e doenças profissionais 3 3 5 Ruído, acidentes e incidentes profissionais 3 3 6 Ambiente térmico,iluminação e ventilação 3 3 7 Análise de riscos e acidentes no trabalho 3 3 8 Evolução histórica, participação social e

comunitária; -Coordenação de políticas saudáveis e criação de ambientes saudáveis no local de trabalho

3 3

9 Noções básicas de epidemiologia -Objectivos, campo de aplicação, variações de incidência e severidade e ou mortalidade

3 3

10 Problemas e acções de saúde ligadas ao ambiente físico e biológico -Importância sanitária: Água, lixo, esgotos, vectores,actividades de control

3 3

11 Dispositivos de protecção 3 3 12 Sinalização e segurança 3 3 13 Segurança marrítima e sobrevivência no mar 3 4 14 Primeiros socorros 3 4 15 Organização e gestão da saúde, higiene e

segurança no trabalho 3 4

16 Trabalho de campo 3 4 Total 48 52 Docentes: Departamento de Agro-pecuária 5. Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem Seminários Conferências Aulas de simulação 6. Meios Retroprojector Quadro branco/preto Bibliografia

122 7. Avaliação Testes escritos; Trabalhos em grupo; Trabalhos individuais de aprofundamento; Exame 8.Bibliografia MMCAS, Agenda para a criança Moçambicana& UNICEF, Direitos e realidades da criança no início do novo milénio 2001. SAVE THE CHIDREN, Documentation study of the responses of faith based organizations to Orphans and vulnerable Children in Mozambique, Maputo2003. FREITAG, BÁRBARA. Escola, Estado e sociedade. S.Paulo, Moraes,1980. HOCKING BRUCE, Saúde ocupacional em Países em Desenvolvimento, 1999 BOWANDER GEORGE, Snell Scott, Administração de recursos Humanos- Segurança e saúde; Manual de formação(sem data)

123

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Disciplina: Horticultura Fruticultura Código- Tipo – Nuclear Nível - 1Ano - 4º Ano Semestre - 1º Créditos –5=125(48 de contacto+ 77 deestudo) 1.Introdução A Horticultura e Fruticultura são áreas da Agricultura com um enorme potencial de produção nas diferentes zonas geográficas do globo e de Moçambique. Se por um lado a horticultura providencia o homem com recursos alimentares provenientes de folhas, raízes, tubérculos e caules, a Fruticultura tem como base a produção de frutas e , pela sua grande variedade de espécies, apresenta uma ampla adaptação em todo o planeta, encontrando-se vegetando e produzindo frutas nas diferentes regiões desde as de clima frio até aquelas com temperaturas muito elevadas. Quer a Horticultura, quer a Fruticultura são não somente uma base essencial do fornecimento de alimentos ricos em minerais, proteínas, fibras e vitaminas ao homem , como também representam uma fonte enorme de riqueza no contexto socio-económico de um país tais como, a utilização intensiva de mão - de – obra; a possibilidade de um grande rendimento por área, sendo por isso uma boa alternativa para pequenas propriedades rurais; a possibilidade do desenvolvimento de agro - industrias de pequeno, médio e grande porte que contribuem para a diminuição de importações, o aumento de exportações. Nesse contexto, esta disciplina surge da necessidade de dotar os alunos de conhecimentos, capacidades e habilidades na área, ferramenta necessária para a leccionação da disciplina de agro – pecuária nos níveis do ensino secundário geral ou outros níveis dos subsistemas do SNE (Sistema Nacional de Educação), contribuindo deste modo para a dessiminação dos respectivos saberes junto das comunidades e para a promoção do auto – emprego. 2.Competências Conhece e percebe a produção das culturas hortícolas e frutícolas mais relevantes em Moçambique. Conhece os mecanismos de crescimento e desenvolvimento das plantas (hortícolas e frutícolas) e os factores ambientais que afectam o seu desenvolvimento. Conhece e entende os factores ambientais e biológicos que podem impedir a produção de hortícolas e frutícolas. Conhece a importância do melhoramento de variedades comerciais e produção de sementes. Entende os caminhos e os métodos de intensificação de produção agrícola com objectivo de aumentar a produtividade. Objectivos Avaliar cada situação agro-ecológica das culturas hortícolas e frutícolas/frutíferas que melhor se adaptam; Estabelecer e conduzir as culturas tendo em conta diferentes tipos de produtores, objectivos de produção e condições de cultivo; Avaliar a situação das culturas, identificar os constrangimentos e propor medidas de solução; Explorar os conhecimentos adquiridos para outras culturas;

124 Plano Temático Unidade

Tema

Horas de contacto

Horas de estudo

I Introdução à Horticultura e conceitos

10 15

II Principais grupos (famílias) de hortícolas:

10 15

III Introdução à Fruticultura e conceitos

10 15

IV Principais espécies e variedades de fruteiras de maior importância económica e social:

9 16

V Implantação, manutenção e condução de um pomar

9 16

Total 48 77

Docentes: Departamento de Ciências Agro-pecuária 5. Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem Seminários Conferência Trabalho de campo em grupos e individual sobre os conteúdos teóricos abordados em sala de aula Aplicabilidade (cálculos) 6.Meios de ensino Quadro branco Retroprojector Vídeos Campos de experimentação 7. Avaliação Testes escritos e praticos Trabalhos de pesquisa individuais e em grupo Exame 8.Bibliografia

125 ANDRE, E. Compêndio de defensivos agrícolas. 5ª edição S. Paulo, 1993. FIGUEIRA, Fernando A. Reis. Manual de Olericultura. 2o ed. Sao Paulo. Ceres, 1987. 388p HANSON, P.; Chen, J.T.; Kuo, C.G.; Morris, R. and Opeña, R.T., (2001). AVRDC Cooperators‘ Guide, Suggested Cultural Practices for Tomato. AVRDC pub # 00-508. http://www.avrdc.org/LC/tomato/publications.html. Accessed 4 August 2008 LANDON, J.R. (1991). Booker tropical soil manual: A handbook for soil survey and agricultural land evaluation in the tropics and subtropics. Longman scientific & technical, Harlow. pp. 474 SEGEREN, P. Os princípios básicos da protecção de plantas, 1996. VAN der Vossen, H.A.M. & Nono-Womdim, R. & Messiaen, C.-M., (2004). Lycopersicon esculentum Mill. [Internet] Record from Protabase. Grubben, G.J.H. & Denton, O.A. (Editors). PROTA (Plant Resources of Tropical Africa / Ressources végétales de l’Afrique tropicale), Wageningen, Netherlands. http://database.prota.org/search.htmhttp://database.prota.org/search.htm. Accessed 7 July 2005

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Disciplina: Semiologia Tipo – Nuclear Nível – 1 Ano – 4º Semestre – 1º Creditos – 3 =75 horas ( 48 contacto + 27de estudo) 1.Introdução Semiologia é ciência que dota o estudante de conhecimentos de modo que possa fazer a identificação dos sinais e sintomas clinicos de doença nos animais, com base ao uso de técnicas de exame clinico no que concerne o uso da historia pregressa,exame fisico, e recorrrendo em alguma instancia aos exames complementares. A semiologia tem como objectivo de pder recolher ferramentas suficientes para a determinação de um diagnóstico. Estuda tambem a etologia que é a area que se dedica ao estudo do comportamento animal no que concerne o conjunto de actos, acções, reacções e respostas manifestadas pelos animais mediante estímulos ambientais. 2. Competências Identificar as alterações de comportamento animal; Aplicar as tecnicas de exploração clinica para determinar um diagnóstico e Saber interpretar os resultados dos exames complementares. 3.Objectivos . Saibam recolher a informação relevante da história pregressa, relativa a um pacientecom doença; Identifiquem as principais alterações na postura e comportamento animal e Saibam executar os exames de rotina dos diversos sistemas. 4. Plano Temático Temas Horas de contacto Horas de estudo 1 Introdução a disciplina 4 2 2 Etologia 4 2 3 Plano de exploração clinica(exame

geral) 4 2

4 Plano de exploração clinica(triada) 4 2 5 Exame de sangue 4 2 6 Exploração da pele 4 2 7 Exploração do sistema respiratorio 4 2 8 Exploração do sistema 4 2

127cardiovascular

9 Exploracçã do sistema digestivo 4 2 10 Exploração do urogenital 3 11 Exploração do sistea locomotor 3 2 12 Exploração do sistema nevoso 3 2 13 Olho e ouvido. 3 1 Total 48 27 Docente: Departamento de Agro-pecuária 5. Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem Seminários; Trabalhos de investigação; Trabalho de campo 6. Meios de ensino Quadrobranco/preto Retroprojector Campos de experimentação 7. Avaliação Testes escritos. Trabalhos de investigação Exame 8. Bibliografia RADOSTITIS, O.M.,veterinaryclinical 1 edicao,2004 BAPTISTA,B.,Semiologia medica animal,2 edicao,Lisboa ROSENBERGER,M.,exame clinico dos bovinos, 3 edicao,1993 ROSENBERGER,G.Clinical Examination of catle,Berlin FEITOSA,F.F., Semiologia veterinária 1 edicao, 2004

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Disciplina:Farmacologia e Toxicologia Tipo – Nuclear Nível – 1 Ano –3º Semestre – 1º Creditos – 6=150 horas ( 80 contacto + 70 de estudo) 1.Introdução A Farmacologia é uma ciência que dota ao estudante de ferramentas, de modo a ajudar a percepação dos mecanismo dos farmacos no organismo animal, principalmente os seus efeitos. A disciplina visa munir aos estudantes bases em termos de conhecimento de farmacos seu mecanismo de acção, de modo que no final o estudante esteja capacitado de pder fazer a prescrição dos farmacos tendo em cona os aspectos, mecanismo de açãao e dosagens. Os animais estão em constante exposição a substâncias, que no geral são considerados toxicas, dependendo da dose e vias de administração , portanto a toxicologia é ciêcia que tem como objecto de estudo as substâncias toxicas e as suas interações nocivas com o organismo biologico de modo a evitar danos ao organismo animal. 2. Competências Conhecer as dosagens e elabora prescrições; Compreender os fenomenos dos farmacos no organismo; Compreender os principios de interação farmacologica; Conhecer os agentes naturais e sinteticos toxicos ao animal e Distinguir os principios de diagnostico e tratamento das intoxicacções. 3.Objectivos Identifiquem as principais alterações que o oganismo biologico sofre em exposição a um farmaco; Saibam usar as ferramentas basicas do estudo dos farmacos em exercicio clinico e Siaibam desrever os mecanismos de acção dos toxicos no organismo animal 4. Plano Temático Temas Horas de contacto Horas de estudo 1 Introdução a Farmacologia 7 6

2 Transporte dos farmacos anivel das membranas

7 6

3 Vias de administração de farmacos 7 6

1294 Formas farmauceticas 7 6 5 Farmacocinetica 8 7 6 Farmacodinamica 7 6 7 Calculo de dosagem 7 7 8 Introdução a Toxologia 8 7 9 Classificacao de agentestóxicos 7 6 10 Diagnostico e Tratamento das

intoxicações 8 7

11 Antidotos 7 6 Total 80 70 Docente: Departamento de Agro-pecuária \5. Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem • Seminários; • Trabalhos de investigação e • Trabalho de campo 6. Meios de ensino • Quadro branco/preto • Retroprojector • Campos de experimentação 7. Avaliação • Testes escritos. • Trabalhos de investigação • Exame 8. Bibliografia BOOTHH, N.H., MCDONALD. Farmacologia clinica e terapeutia veterinaria.1988 LAWRENCE,C.A.Definition of terms in desinfection, 2° edicao,1990 Humpreys,D.J., Toxicologia veterinaria JURADO,C., Introducion a la toxicologia veterinária SUMANO,H., Farmacologia Veternaria, 2°edicao, 1997

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Disciplina: Mecanização e equipamentos agrícolas Tipo-nuclear Nível: 1 Ano-2º Semestre: 1º Créditos- 6=150 horas (80contacto+ 70de estudo) Introdução Existem ainda extensas áreas para a produção agrícola e devido as praticas agrícolas usadas maioritariamente pelas famílias Moçambicanos ainda continuam subaproveitadas. Actualmente com a modernização do sector agrário e a presença de muitas companhias agrícolas o interesse pela agricultura mecanizada ganhou maior contorno. O uso de equipamentos agrícolas mecanizado, desde a preparação do terreno até a colheita vem por um lado diminuir o esforço humano e por outro lado maximizar a produção, deste modo revelando a grande importância na formação e capacitação dos recursos humanos para melhor uso e aproveitamento sustentável destes equipamentos Objectivos Objetivo geral: Capacitar os estudantes, através do conhecimento e exercícios, para planear, gerenciar e equacionar actividades relacionadas à mecanização agrícola no contexto geral da agricultura Mocambicana. Objetivos específicos: Identificar os diferentes sistemas e subsistemas que constituem os equipamentos agrícolas. Avaliar funções nos diferentes sistemas mecanizados. Obter capacitação para aplicar acções e procedimentos que visem proporcionar o uso racional dos tractores,animais de tracção, máquinas e implementos agrícolas tirando o máximo proveito dentro da capacidade operacional e vida útil. Planear actividades mecanizadas, em sistemas de produção agrícola, usando de forma racional as fontes de potência em máquinas e implementos agrícolas. Motivar o futuro profissional para a necessidade do trabalho de pesquisa, planeamento e gerenciamento das actividades nos sistemas mecanizados. Competências Manipula o tractor e suas alfaias Aplica os conceitos de mecanização no campo Aplica adubos, correctivos e defensivos agrícolas Planifica e gerência o uso de equipamentos agrícolas. 4. Plano Temático

UNIDADE Tema Horas de contacto

Horas de estudo

131

1 Tractores agrícolas

13 12

2 PREPARO DO SOLO, IMPLANTAÇÃO DE CULTURAS E TRATOS CULTURAIS

14 12

3 MÁQUINAS DE COLHEITA

14 12

4 TRACÇÃO ANIMAL 13 12

5 DESEMPENHO DE MÁQUINAS E IMPLEMENTOS AGRÍCOLAS

13 12

6 PLANEAMENTO DA MECANIZAÇÃO AGRÍCOLA

13 10

Total 80 70 5. Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem Seminários Conferências Aulas de simulação 6. Meios Retroprojector Quadro branco/preto Bibliografia 7. Avaliação Testes escritos; Trabalhos em grupo; Trabalhos individuais de aprofundamento; Exame BIBLIOGRAFIA BERETTA, C.C. Tração Animal na Agricultura. São Paulo, editora Nobel, 1988. GALETI, P.A. MECANIZAÇÃO AGRÍCOLA: Preparo do solo. Instituto Campineiro de Ensino Agrícola, Campinas, São Paulo, 1981. MIALHE, L.G. Manual de mecanização agrícola. São Paulo, Agronômica Ceres, 1974. MIALHE, L.G. Máquinas motoras na agricultura (2 volumes)São Paulo: EPU (Editora Pedagógica e Universitária Ltda): Ed. da Universidade de São Paulo, 1980. MUZILLI, O. O Plantio Direto no Brasil. Atualização em Plantio Direto, Fundação Cargill, , Campinas, 1985. SILVEIRA, M. G. da, As máquinas para plantar: aplicadoras, distribuidoras, semeadoras, plantadoras, cultivadoras. Rio de Janeiro, Globo, 1989. WEISS, A. Desenvolvimento e adequação de implementos para a mecanização agrícola nos sistemas conservacionistas em pequenas propriedades. Florianópolis SC: Curso de Pós-graduação em Engenharia de Produção CTC-EPS-UFSC, 1998. (Tese de doutorado).

132

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Disciplina: Botânica Geral Tipo :Nuclear Nível : 1 Ano: 1º

Semestre: 1º Créditos: 4 = 100 horas (48 contacto + 52 estudo) 1. Competências a serem desenvolvidas Compreende a relação estrutura e função nos órgãos e tecidos vegetais; Ensina correctamente as características das estruturas vegetais; Aplica a multiplicação vegetativa. Identifica os orgãos e tecidos vegetais 2. Objectivos Gerais

・Conhecer a anatomia e Morfologia das plantas superiores;

・Identificar as formas de multiplicação e reprodução nos vegetais;

・Manusear o microscópio e aprender as técnicas simples de trabalho no

Laboratório;

・Fazer preparações e observações microscópicas; elaborar um herbário morfológico;

・Descrever os tipos de multiplicação e reprodução;

3. Plano Temático

UNIDADE Tema Horas de contacto

Horas de estudo

1 ANATOMIA VEGETAL 10 11 2 HISTOLOGIA DOS ÓRGÃOS VEGETAIS 10 10 3 MORFOLOGIA VEGETAL 9 10 4 MULTIPLICAÇÃO E REPRODUÇÃO 9 10

5 CICLOS VITAIS COM ALTERNÂNCIA DE NUCLEOFASES E DE GERAÇÕES

10 11

Total 48 52 4. Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem Seminários Conferências Aulas de simulação

1335. Meios Retroprojector Quadro branco/preto Bibliografia 6. Avaliação Testes escritos; Trabalhos em grupo; Trabalhos individuais de aprofundamento; Exame 7.BIBLIOGRAFIA 1. CURTIS, H & RAVEN, P. H.: Biologia Vegetal, 2º ed, 1970 2. ESAU, K. Anatomia Das Plantas Com Sementes, São Paulo, 1976. 3. GARVING , J. W & Boyd , J.D . Skills In Advanced Biology, Vol 2, Observing, Recoding and Interpreting, London, 1990. 4. MODESTO, Z M & SIQUEIRA, N J B . Botânica, 7ed., Editora pedagógica e universitária, S. Paulo, 1981. 5. MOREIRA, I. Histologia Vegetal, 3º ed., Didáctica Editora.1983 6. STRASBURGER, E ,Tratado De Botanica, Barcelona, 1976. 7. WEBERLLING – SCHWANTES. Taxonomia Vegetal, São Paulo, 1986..

134

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Disciplina: Anatomia Animal Tipo:Nuclear Nível :1 Ano: 1º

Semestre: 1º Créditos: 6 = 150 horas (80 contacto + 70 estudo) 1. Competências a serem desenvolvidas Adopta atitudes apropriadas à promoção da saúde; Entende e questionar a evolução das estruturas anatómica dos animais; Lida com destreza no maneio de objectos biológicos (dissecação e tratamento museológico); Reflecte sobre todos os sistemas orgânicos dos seres animais e compará-los desde o mais simples ao mais complexo. Reflecte sobre a complexidade do homem em relação aos outros animais. 2. Objectivos Gerais Estudar a anatomia comparada desde os seres inferiores até ao homem; compreender a organização anatómica global do corpo humano; Identificar os grupos musculares, cadeias ósseas e articulares mais importantes para o movimento humano e o exercício; Explicar a organização e a base fisiológica dos principais aparelhos e sistemas orgânicos; Reconhecer e compreender a origem de deformações anatómicas relacionadas com o nosso sistema esquelético 3. Plano Temático

UNIDADE Tema Horas de contacto

Horas de estudo

1 Generalidades de anatomia animal 8 7 2 Evolução filogenética dos sistemas 8 7

3 Biocomunicação e regulação dos seres vivos vertebrados

8 7

4 Características evolutivas do tegumento comum e seus anexos

8 7

5 Organização do corpo dos animais domésticos

8 7

6 Organização e morfologia dos invertebrados e vertebrados

8 7

135

7 Osteologia

8 7

8 Artrologia 8 7 9 Miologia 8 7 10 Neuroanatomia 8 7 Total 80 70 4. Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem Seminários Conferências Aulas de simulação 5. Meios Retroprojector Quadro branco/preto Bibliografia 6. Avaliação Testes escritos; Trabalhos em grupo; Trabalhos individuais de aprofundamento; Exame 7.BIBLIOGRAFIA ADAMS, J.C. Manual de fracturas e lesões articulares, artes médicas. São Paulo, 1980. CARNEIRO, J. Histologia básica. 8ed.,Rio de Janeiro, 1999. DIB, C.Z e MITRORIGO, G.F. Primeiros socorros, um texto programado. São Paulo, 1978. JACOB,W.S. Anatomia e fisiologia humana.5ed.,Rio de Janeiro, 1982. JÚNIOR, A. A. Elementos de anatomia e fisiologia humana. 4.ed.,São Paulo, 1982. MASSEDA,L. Lesões musculares. Lisboa, 1989. PINA, E.J.A. Anatomia humana da locomoção, 1999. PTRÉNTURE, R. F. Introdução à anatomia humana. Lisboa, 1991. ROMER, A. S. e PARSONS, T. S. Anatomia comparada dos vertebrados. São Paulo Atheneu Editora, 1985

136

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Disciplina: Biologia Geral Tipo:Nuclear Nível :1 Ano: 1º

Semestre: 1º Créditos: 3 = 75 horas (45 contacto + 27 estudo) 1. Competências a serem desenvolvidas Identifica a estrutura celular; Enumera as funções celulares; Desenvolve competências sobre a diferenciação celular; Conhece a diversidade dos seres vivos. 2. Objectivos Gerais Descrever o reino protista; Enumerar as fases do ciclo de vida dos animais e biologia das plantas; Identificar diferentes grupos de seres no processo evolutivo 3. Plano Temático

UNIDADE Tema Horas de contacto

Horas de estudo

1 Estrutura e função celular 8 5 2 Noções básicas de embriologia animal 8 4

3 Diferenciação celular e formação de tecidos

8 5

4 Importância da zoologia para agricultura

8 4

5 Características do reino protista com enfoque ao ciclo de vida

8 5

6 Características gerais das primeiras linhagens do reino ainmal

8 4

Total 48 27 4. Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem Seminários Conferências Aulas de simulação

137 5. Meios Retroprojector Quadro branco/preto Bibliografia 6. Avaliação Testes escritos; Trabalhos em grupo; Trabalhos individuais de aprofundamento; Exame 7.BIBLIOGRAFIA AMABIS, J.M; MARTHO, G.R. Biologia. 2.ed. -. São Paulo: 2004-. 551p. LAURENCE, J. Biologia: livro do professor. São Paulo: Nova Geração, 2000. POUGH, F. H.; JANIS, C. M; HEISER, J. B. A vida dos vertebrados. 4. ed. – São Paulo: Atheneu, 2008. 669 p RUPPERT, E. E; BARNES, R.D; FOX, R. S. Zoologia dos invertebrados: uma abordagem funcional-evolutiva. 7. ed. -. São Paulo: Roca, 2005.1145p

138

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Disciplina: Construções Rurais Tipo:Complementar Nível :1 Ano: 3º

Semestre: 1º Créditos: 4 = 100 horas (48 contacto + 52 estudo) 1. Competências a serem desenvolvidas Desenha projectos Descreve informações técnicas ligadas ao planeamento de construções rurais Faz o orçamento dos proejctos de geração de energia Identifica materais de construção 2. Objectivos Gerais Armazenar os grãos e forragens Conceber projectos para a geração de energia e instalações elétricas Enumerar o material de construção 3. Plano Temático

UNIDADE Tema Horas de contacto

Horas de estudo

1 Introdução à construções rurais 8 9 2 Noções de projectos básicas e técnicas construtivas 8 9 3 Informações técnicas sobre telhado 8 9

4 Planeamento e montagem de projectos de construções rurais

8 8

5 Orçamento e geração de energia

8 9

6 Fontes de energia e instalações eléctricas

8 8

Total 48 52 4. Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem Seminários Conferências Aulas de simulação 5. Meios

139Retroprojector Quadro branco/preto Bibliografia 6. Avaliação Testes escritos; Trabalhos em grupo; Trabalhos individuais de aprofundamento; Exame 7.BIBLIOGRAFIA BAUER, L.A.F. Materiais de Construção. 5a edição. Rio de Janeiro. LTC – Livros Técnicos e Científicos, 2000. Vol. 1. P.001-436 BRAGA JR., R.A . e RABELO, G.F. Electricidade na agropecuária: qualidade e conservação. Lavras, ESAL/FAEPE, 1997. V.3. 158p BUENO, C.F.H. Construções Rurais: Materiais e Técnicas Construtivas. Lavras, ESAL, 1982. 182p CARNEIRO, O. Construções Rurais.São Paulo. Editora Nobel. 8ª ed. 1980. 719p

140

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Disciplina: Maneio e conservação do solo Tipo: Complementar Nível :1 Ano: 3º

Semestre: 2º Créditos: 3= 75 horas (48 contacto + 27 estudo) 1. Competências básicas Descreve as propriedades hídricas dos solos; Identifica a erosão dos solos agrícolas; Descreve a tolerância de perdas dos solos. 2. Objectivos Gerais Enumerar as principais propriedades dos solos tropicais e sub-tropicais; Caracterizar a erosão dos solos agrícolas; Identificar a erodibilidade dos solos; Avaliar as perdas do solo. 3. Plano Temático

UNIDADE Tema Horas de contacto

Horas de estudo

1 Principais propriedades físico-hídrico dos solos tropicais e sub-tropicais

8 5

2 Erosão dos solos agrícolas 8 4 3 Factores determinantes de conservação dos solos 8 5

4 Mecanismos de maneio dos solos contra erosão

8 4

5 Erobilidade do solo

8 5

6 Tolerância das perdas do solo e práticas de conservação

8 4

Total 48 27 4. Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem Seminários Conferências Aulas de simulação

141 5. Meios Retroprojector Quadro branco/preto Bibliografia 6. Avaliação Testes escritos; Trabalhos em grupo; Trabalhos individuais de aprofundamento; Exame 7.BIBLIOGRAFIA HUDSON, B. Conservação do solo. Ed. Espanhola, 1985 PRIMAVESSI, A. Maneio ecológico do solo. Ed. Nobel. 1986, 549p SILVEIRA, G.M. O preparo do solo: Implementos correctos. 2ed. publ. Globo. Rio de Janeiro. 1989 243p

142

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Disciplina: Educação Agrária Tipo:Nuclear Nível :1 Ano: 3º

Semestre: 2º Créditos: 5 = 125 horas (48 contacto + 77 estudo) 1. Competências a serem desenvolvidas Aplica os princípios da aprendizagem agrária Enumera os princípios e métodos de treinamento agrícola Avalia os impactos dos produtores 2. Objectivos Gerais Organizar projectos de extensão rural Facilitar os eventos de treinamento às comunidades Avaliar as capacitações dos produtores 3. Plano Temático

UNIDADE Tema Horas de contacto

Horas de estudo

1 Princípios de aprendizagem agrária 8 9 2 Aprendizagem individual e social 8 9

3 Planificação e execução de capacitação dos Produtores

8 9

4 Princípios e métodos participativos de treinamento

8 8

5 Facilitação de eventos de treinamento 8 9

6 Avaliação de impactos de capacitação dos produtores

8 8

Total 48 52 4. Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem Seminários Conferências Aulas de simulação 5. Meios Retroprojector Quadro branco/preto Bibliografia

143 6. Avaliação Testes escritos; Trabalhos em grupo; Trabalhos individuais de aprofundamento; Exame 7.BIBLIOGRAFIA CORRÊA, A.A.M. Manual do operador de tratores agrícolas. Rio de Janeiro: PLANAM, 1965, 231p GARCIA, O. Motores de combustão interna. São Paulo: DER, 1988, 124p. GRANDI, L.A. O prático: Máquinas e Implementos Agrícolas. Lavras, UFLA/FAEPE, 1997, 244p

144

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Disciplina: Empreendedorismo Tipo: Nuclear Nível :1 Ano: 4º

Semestre: 1º Créditos: 4 = 100 horas (48 contacto + 52 estudo) Introdução Esta disciplina poderá incluída nos programas de Licenciatura da UP, ou ser oferecida com formato de curso de “curta duração”, em período de seis meses, para participantes que estejam cursando a Licenciatura, alunos egressos da décima segunda mais um (12+1), ou interessados de fora do ambiente académico que possam estar interessados em adquirir uma visão como iniciar e gerir um pequeno negócio. Introdução A disciplina Empreendedorismo e Visão de Negócios tem como finalidade principal criar habilidades sobre como desenvolver atitudes com um perfil empreendedor e “práticas de gestão de negócios” para professores que irão leccionar a disciplina Noções de Empreendedorismo no ensino secundário. Além deste propósito, esta disciplina proporciona uma alternativa de carreira para professores que desejam iniciar-se na actividade empreendedora, ou ainda, poderá ser oferecida para o público em geral que deseje desenvolver competência para iniciar ou gerir um novo negócio. A disciplina aborda o trinómio “ser-saber-fazer acontecer” presentes na acção de empreender. Inicialmente são discutidos os diferentes perfis do profissional empreendedor, onde o aluno é estimulado a reconhecer o seu próprio perfil e as carências a serem superadas para se tornar um empreendedor ou um intraempreededor bem-sucedido (SER). A seguir são apresentados os conhecimentos básicos para criação de um novo empreendimento ou projecto que ele pratica idealizando o seu, desde a escolha de uma oportunidade, até a sua modelagem em um Plano de empreendedor (SABER). Finalmente, o aluno é orientado como iniciar seu próprio negócio e quais as práticas de gestão mais relevantes para assegurar o seu sucesso (FAZER ACONTECER). Competências básicas Conhece o perfil empreendedor Analisa o mercado e identifica oportunidades de negócio Elabora o plano de Marketing e das operações Objectivos gerais Pretende-se que o aluno após cursar esta disciplina deverá ser capaz de: Desenvolver uma atitude epreendedora a ser aplicada na sua condição de pedagogo ou fora do âmbito acadêmico. Saiba como identificar uma oportunidade, planejar a sua execução e iniciar a operação de um novo empreendimento. Compreender o funcionamento e a utilização das principas práticas de gestão de um pequeno negócio.

145Dispor do embasamento em práticas de gestão de negócios necessário para lecionar a disciplina Noções de Empreendedorismo. Desenvolver a competência necessária para practicar o seu próprio negócio. Plano temático

UNIDADE Tema Horas de contacto

Horas de estudo

1 Conhecendo seu perfil empreendedor 5 5 2 Identificando a oportunidade de negócio 5 5 3 Analisando a viabilidade do negócio 5 5 4 Conhecendo um Plano de Negócios 5 5 5 Elaborando o Plano de Marketing 5 5 6 Elaborando o Plano de Operações 5 6 7 Elaborando o Plano Financeiro 5 5 8 Começando o seu próprio negócio 5 5 9 Gestão do relacionamento com o cliente 5 5

10 Avaliando o desempenho de uma pequena empresa

3 6

Total 48 52 Estratégias e métodos de ensino aprendizagem Estratégia de ensino orientada por projectos de trabalho onde o aluno desenvolve o projecto para realização de um novo empreendimento. Metodologia de ensino através de aulas interactivas, onde o professor demonstra o conceito seguido de sua aplicação pelo aluno no seu projecto de negócio. Meios de ensino-aprendizagem Sempre que possível as aulas deverão ser desenvolvidas em ambiente electrónico, tanto na demonstração dos conceitos com slides em projector de multimédia, como na sua aplicação pelos alunos através de editor de texto e planilhas electrónicas, que os alunos receberão no início da disciplina. Alternativamente o mesmo material pode ser apresentado com projector de transparências e disponibilizado para os alunos de forma impressa. Avaliação Nota obtida pela participação individual e em grupo nas actividades desenvolvidas durante as aulas, utilizando os seguintes critérios de avaliação: Desenvolvimento do Perfil Empreendedor (60%) Elaboração do Plano de Negócios (15%) Exercícios de Práticas de Gestão· (25%) Bibliografia BARON, Roberto A. Empreendedorismo: uma visão do processo. São Paulo: Thomson Learning, 2007. BERNARDI, Luiz Antonio. Manual de empreendedorismo e gestão: fundamentos, estratégias e dinâmicas. São Paulo: Atlas, 2003. BIRLEY, Sue; MUZYKA, Daniel F. Dominando os desafios do empreendedor. São Paulo: Pearson Makron Books, 2001. DEGEN, Ronald Jean. O empreendedor: fundamentos da iniciativa empresarial. São Paulo: McGraw-Hill, 1989.

146DOLABELA, Fernando Celso. O segredo de Luísa. São Paulo: Cultura Editores Associados, 1999. DORNELAS, José Carlos Assis. Planos de negócio que dão certo. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. FARAH, Osvaldo Elias. Empreendedorismo estratégico: criacão e gestão de pequenas empresas. São Paulo: Cengage Learning, 2008. LONGENECKER, Justin et al. Administração de pequenas empresas. São Paulo: Thomson Learning, 2007. MARCONDES, Reynaldo Cavalheiro. Criando empresas para o sucesso. São Paulo: Saraiva, 2004. MARCOVITCH, Jacques. Pioneiros e empreendedores: a saga do desenvolvimento no Brasil. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2006. MARCOVITCH, Jacques. Pioneiros e empreendedores: a saga do desenvolvimento no Brasil. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2005. MAXIMIANO, Antônio Cesar Amaru. Administracão para empreendedores. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006. MIRSHAWKA, Victor; MIRSHAWKA, Victor Jr. Gestão criativa: aprendendo com mais bem-sucedidos empreendedores do mundo. São Paulo: DVS Editora, 2003. MIRSHAWKA, Victor. Empreender é a solução. São Paulo: DVS Editora, 2004. RAMOS, Fernando Henrique. Empreendedores : histórias de sucesso. São Paulo: Saraiva, 2005. SALIM, César Simões et al. Administração empreendedora: teoria e prática usando o estudo de casos. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. SALIM, César Simões et al. Construindo planos de negócios: passos necessários para planejar e desenvolver negócios de sucesso. Rio de Janeiro: Campus,2005. WEVER, Francisco Brito. Empreendedores brasileiros: vivendo e aprendendo com grandes nomes. Rio de Janeiro: Campus, 2003.

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ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC) Departamento de Ciências Agro-pecuárias

Disciplina: Microbiologia e Imunologia Tipo – Nuclear Nível – 1 Ano – 1º Semestre – 2º Creditos – 6=150 horas (80 contacto + 70 de estudo) 1. Introdução A microbiologia e imunologia dedica-se ao estudo dos diferentes tipos de microorganismos. Ela surge em meados do século XIX, quando foi posto em evidência o papel dos microorganismos nas fermentações alimentares e nas doenças infecciosas. Desde então a microbiologia conheceu um progresso o que permitiu acumular uma quantidade impressionante de conhecimentos vários. Estes conhecimentos encontram, hoje, aplicação em diferentes campos do saber como por exemplo, na medicina, agricultura, na indústria e na alimentação. O maior avanço no uso do microorganismos foi alcançada pela Biotecnologia. No entanto ainda há muito a descobrir porque não obstante a sua aparente simplicidade, os microorganismos não cessam de nos surpreender e maravilhar pela sua diversidade, a sua rápida evolução e as múltiplas intervenções na natureza. A principal função do sistema imunológico é prevenir ou limitar infecções causadas por microorganismos como bactérias, fungos, vírus e parasitas. A primeira linha de defesa é a pele intacta e as membranas mucosas; se os microorganismos rompem essa linha e entram no corpo então o ramo inato do sistema imune está disponível para destruir os invasores. 2.Competências Entender o papel dos microorganismos no ambiente; Entender a influênciados microorganismos na saúde; Usar as técnicas laboratoriaispara diagnosticos. 3. Objectivos: Compreender os conceitos fundamentais de microbiologia e imunologia; Caracterizar a morfologia e fisiologia das bactérias; e Conhecer as técnicas laboratoriais de diagnóstico. 4. Plano Temático: Número de ordem

Temas Horas de contacto Horas de estudo

1 Introdução a microbiologia 4 7 Diversidade dos microorganismos e seu lugar no mundo vivo

6 7

Métodos em Microbiologia e nutrição

6 7

148microbiana Métodos de avaliação quantitativa da população microbiana e o efeito de factores ambientais no processo de crescimento

6 7

2 Morfologia e fisiologia das bactérias

6 7

3 Patologia das bactérias 6 7 4 Morfologia e fisiologia dos

fungos 6 7

Morfologia e fisiologia das algas

7

5 Estrutura e replicação dos vírus

8 7

6 Patogénese da infecção viral

6 7

7 Esterilização e desinfecção 6 7 8 Introdução a Imunologia 8 7 9 Imunidade inata e

adquirida 6 7

10 Deficiências nos mecanismos de imunidade

6 7

TOTAL 80 70 Docentes : Florência Jonasse & Glória Manhique 5.Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem Seminários Conferências Aulas de simulação Aulas práticas no laboratório Trabalho de campo 6. Meios Retroprojector Quadro branco/preto Bibliografia 7. Avaliação Testes escritos; Trabalhos em grupo; Relatórios de trabalhos práticos; Trabalhos individuais de aprofundamento; Exame 8. Bibliografia: ALCAMO EDUWARD– Fundamentals of Microbiology, Third edition, 1999.

149BANNS CURIS– Biology, fifth edition – completamentary copy, 1989. CHAN/REID/PELCzan– Microbiologia Vol. 1 e 2, 1980. D.G MACKEAN– Introdution to Biology,1984. GEREMY BUNGESS. Michael Mart – Under the microscop, (sem data). HELENA CURTIS – Biology1979. LASSE DENISSE – Introdução a Microbiologia alimentar, (sem data). MADIGAN M.T., J.M. MARTINKO, J.PARKER,– Brock biology of microorganisms 9th edition. Prentice Hall. New Jersey, 2000. Prescot, L.M. Hanley, J.P. and Klein, D.A., Microbiology, 4th edition.1999. MICHAEL, J. PELCJAR JR, E.C.S CHAN, NOEL R.KRIEG– Microbiologia conceitos e aplicações.Vol. 1 e 2, 1996. PRESCOT, L.M. HANLEY, J.P. AND KLEIN, D.A.– Microbiology, 4th edition WCB Mc Graw-Hill companies Boston,1996. SALISBURY B. FRANK UtahStatUniversity – Cleon W.Ross Colorado– Plant physiology – 4th Edition, 1991.

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Departamento de Ciências Agro-pecuárias Disciplina: Prática Técnico-Profissional I Tipo-nuclear Nível: 1 Ano-1º Semestre: 2º Créditos- 3=75 horas (48 contacto+ 27 de estudo) Introdução Os métodos de propagação vegetativa incluem todos os métodos de propagação de culturas e variedades à exclusão das sementes. A Enxertia por exemplo, é uma prática antiga, praticada muito antes da era cristã. Os chineses começaram a sua utilização, mas a sua divulgação foi feita, mais tarde, pelos fenícios. Um fragmento da planta susceptível de se desenvolver por meio duma gema solda-se pela união das camadas cambiais a uma outra planta. A importância desses métodos reside fundamentalmente no melhoramento e qualidade dos produtos que as plantas podem gerar para a comunidade. A adubação, o sombreamento, a rega, o controlo de infestantes e a protecção fitossanitária são facilitados e mais económicos. O uso de alfobres e viveiros permite o avanço na produção de plantas, para que as plantas já estejam prontas para o transplante, quando o terreno estiver pronto e as condições forem propícias. O uso de sacos de plástico perfurados na base para drenagem produz árvores mais rapidamente e permite uma maior taxa de sobrevivência depois do transplante A alimentação do gado bovino nas zonas tropicais depende essencialmente dos pastos e forragens, sendo estes abundantes na época chuvosa e escassas na época de seca, quer em termos quantitativos assim como qualitativos. Para minimizar esse deficit alimentar, praticas de maneio alimentar e de conservação que permitam aproveitar a abundância dos pastos na época chuvosa devem ser levadas a cabo tais como a suplementação com concentrados, feno e silagem. Essa suplementação tem em vista não só a cobertura das necessidades nutritivas na época seca mas também aumentar o potencial de crescimento dos animais (engorda intensiva de bovino), bem como o alcance dos índices produtivos e reprodutivos, pois um animal bem nutrido tem maior capacidade de resistir a doenças. Por outro lado um bom sistema de registos numa unidade de produção bovina permite a obtenção da informação sobre o processo produtivo e reprodutivo. As características principais dos pequenos ruminantes são a habilidade em digerir as componentes da parede celular dos alimentos, isto é, a capacidade de digerir a fibra bruta que está presente nas plantas (celulose e hemicelulose). Da mesma maneira que a vaca, a cabra e a ovelha, produzem leite, crescem (maneio produtivo) e reproduzem-se (maneio reprodutivo), o que requer uma dieta contendo níveis adequados de energia, proteína, minerais e vitaminas. A cabra é altamente selectiva na sua alimentação. Isto proporciona-lhe uma dieta de melhor qualidade nutricional do que o resto dos animais. Através da selecção, a cabra consome as partes da planta que contêm pouca fibra. Para proporcionar uma boa nutrição num sistema estabulado é importante conhecer os seus requerimentos nutricionais e a composição química dos alimentos e outros suplementos disponíveis.

151Um aspecto particular dos pequenos ruminantes e a sua vulnerabilidade as parasitoses gastro-intestinais e ectoparasitas pelo que se deve adoptar sistemas de maneio que interfiram no ciclo evolutivo de esses parasitas. Competências Realiza o processo de enxertia Faz a sementeira obedecendo os compassos recomendados Realiza os tratamentos fitossanitários com eficácia Faz a selecção de reprodutores Produz e conserva os pastos e forragens Identifica os animais e determina o rendimento de carcaça Objectivos Os estudantes devem possuir conhecimentos sobre: Conceito de enxertia Tipos de sementeira e os compassos recomendados por cultrura Traçado de plantacao Tratamento fitossanitários Maneio do gado bovino(alimentario, reprodutivo, produtivo, sanitário) Taxa de concepcao e o intevalo inter-partos Determinacao do peso do animal e do estado de carne Organizacao de campanha de vacinacao e tratamentos profilático bem como terapeuticos Plano temático de Prática Técnico-Profissional I No de Ordem

Tema Horas de contacto

Horas de estudo

1 Propagação de plantas

3 2

2 Estabelecimento e condução de culturas alimentares e industriais

3 2

3 Estabelecimento de pomares 3 2 4 Tratamentos fitossanitários I 2 2 5 Maneio do gado bovino 3 2 6 Maneio Reprodutivo 3 1 7 Maneio produtivo 3 1 8 Maneio sanitaria 3 2 9 Registos 3 2

10 Mecanização agrícola

3 1

11 Determinação dos factores de qualidade de semente

2 1

12 Adubos e adubação 3 2 13 Tratamentos fitossanitários II 3 1 14 Maneio dos pequenos ruminantes 3 1 15 Maneio Reprodutivo 2 2 16 Maneio produtivo 3 1 17 Maneio sanitaria 3 2 Total 48 27

152 5. Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem Seminários Conferências Aulas de simulação 6. Meios Retroprojector Quadro branco/preto Bibliografia 7. Avaliação Testes escritos; Trabalhos em grupo; Trabalhos individuais de aprofundamento; Exame Bibliografia ANDRIGUETTO, J.M. et al (1998).Nutrição animal Vol 1 e 2 3ª edição. McDonald, P. et al (1998). Animal nutrition 4ª etdition

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Disciplina: Prática Técnico-Profissional II Tipo: Nuclear Nível: 1 Ano-2º Semestre: 1º Créditos 3=75 horas (48contacto+ 27 de estudo) Introdução A preparação do solo realizada por pequenos agricultores, normalmente feita com enxada, é geralmente pouco profunda, limitada apenas ao mais essencial em termos de adequação do solo para cultivo e controlo de infestantes. O uso de tracção animal permite uma lavoura mais profunda, mais uniforme e uma maior área lavrada. Contudo, esta técnica é ainda pouco utilizada em Moçambique. Para além das vantagens directas trazidas pela introdução da tracção animal para as lavouras, alguns problemas podem acontecer se não se tiverem certos cuidados. Com o uso da tracção animal, maiores áreas podem ser lavradas por cada camponês. Mas, caso não se introduzam, em simultâneo, algumas alfaias para outras práticas culturais como a sacha, problemas podem acontecer. Isto porque, com maiores áreas lavradas e semeadas, maior será a necessidade de força de trabalho para a sacha e a colheita, especialmente durante os períodos pico. Assim, como a disponibilidade de mão-de-obra duma família camponesa é limitada, pode haver tendência para o atraso das várias práticas culturais, mormente a sacha. Com o atraso do controlo de infestantes, maior será a competição imposta por estas, provocando-se assim um abaixamento dos rendimentos. Este abaixamento pode mesmo provocar uma redução da produção total. Não só devido ao custo das lavouras, mas também devido aos seus efeitos, é comum dizer-se que, os objectivos a serem atingidos com as lavouras se devem lograr com o mínimo de trabalho possível. Pois, o excesso de trabalho pode causar a pulverização da superfície que, por reduzir a infiltração, causa o aumento do run-off e, subsequentemente, da erosão laminar. A produção de carne de porco se baseia em duas fases igualmente importantes a reprodução; que compreende a áreas de fecundação, gestação e maternidade; e crescimento e engorda/ acabamento. A alimentação dos suínos representa cerca 70% dos custos de produção da exploração intensiva de esta espécie, assim como a sua marcada influência no rendimento animal, o que converte em um dos elementos mais importantes dentro da produção porcina Os registos são importantes para manter um estrito conhecimento de todo o que ocurreu. E de vital importância para a actividade que se compreenda a necessidade de estabelecer e manter com todo rigor dos controles. No processo de fertilização do solo, a fixação de Azoto ocorre pela simbiose com Rhizobium nos nódulos das raízes. Isto resulta fundamental porque:- ajuda a manter a fertilidade do solo, o N faz parte de proteínas alimentares. Entretanto o cultivo de leguminosas em campo esgotados de nutrientes podem servir para: -Rotação, Cultivo misto/consociado, Sideração, etc. Caso haja períodos secos, durante o período de crescimento, a aplicação de grandes doses de N pode encorajar um rápido crescimento vegetativo, que leva a uma utilização acelerada da água,

154deixando insuficiente humidade para a maturação. Mas, nas mesmas condições, a aplicação de fósforo normalmente ajuda a suportar os períodos de sequia, por acelerar a maturação. Em zonas húmidas ou com períodos de alta intensidade de precipitação, aparecem problemas de "leaching" de nutrientes (muito N e algum K). Este tipo de problema pode ser reduzido se se: aplicar correctamente o adubo - local. escolher o tempo próprio. usar formas menos solúveis Competências Estabelece a diferença de adubos minerais Calcula a quantidade de adubo por hectare Concebe tratamentos fitossanitários em cereais e oleaginosas Determina o estado de carne e o intervalo inter-partos Faz os tratamentos profiláticos e terapêuticos Realiza a adubação usando adubos orgânicos e verdes Produz os cereais, hortícolas e leguminosas em condicoes adversas Faz o maneio das aves Objectivos Classificar adubos minerais; Demonstrar a prática e realizar a lavoura; Identificar os tipos de adubação; Realizar o maneio de suínos (alimentario, produtivo, reprodutivo e sanitário); Produzir cereais, hortícolas e leguminosas; Realizar o maneio das aves(construção de instalações, desinfecção, alimentação e vacinações) Plano temático de Prática Técnico-Profissional No de Ordem

Tema Horas de contacto

Horas de estudo

1 Demonstração prática e realização de preparacao do solo

3 2

2 Determinação dos factores de qualidade da semente (II)

3 2

3 Adubos e adubação (II) 4 1 4 Tratamentos fitossanitários (III)

3 2

5 Maneio de suínos 3 2 6 Maneio reprodutivo

3 1

7 Maneio produtivo 4 2 8 Maneio sanitaria 3 2 9 Registos 3 2 10 Demonstração prática e realização de agricultura de

conservação 3 2

11 Adubação e adubos 3 2 12 Tratamentos fitossanitários IV 3 2 13 Produção de cereais, hortícolas, leguminosas,

raízes e tubérculos

3 1

15514 Maneio de aves 3 2 15 Poedeiras 4 2 Total 48 27 5. Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem Seminários Conferências Aulas de simulação 6. Meios Retroprojector Quadro branco/preto Bibliografia 7. Avaliação Testes escritos; Trabalhos em grupo; Trabalhos individuais de aprofundamento; Exame Bibliografia ANDRE, E. Compêndio de defensivos agrícolas. 5ª edição S. Paulo, 1993. DIERL, R. Agricultura Geral. Ed CLASSICA ELARIO, J. Manual Geral de Agricultura. ED PUBLIC, EUROPA AMERICA FREIRE, M. Apontamentos de Agricultura Geral.2004. MALAVOLTA, E., ABC da adubação, 4ª edição 1979. ANDRIGUETTO, J.M. et al (1998).Nutrição animal Vol I e II, 3ª edição. MCDONALD, P. et al (1998). Animal nutrition 4ª etdition kEMM, E.H. (1993). Pig production in South Africa. Agricultural Research Council

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Disciplina: Prática Técnico-Profissional III Tipo-Nuclear Nível:1· Ano-3º Semestre: 2º· Créditos 3=75 horas (48contacto+ 27 de estudo) Introdução A fixação de Azoto ocorre pela simbiose com Rhizobium nos nódulos das raízes. Isto resulta fundamental porque: - ajuda a manter a fertilidade do solo, o N faz parte de proteínas alimentares. leguminosas podem ser usadas em: Rotação. Cultivo misto/consociado. Pousio melhorado. Sideração. Forragem. Componente de pastagens. Uma leguminosa fixa Azoto suficiente para o seu próprio suprimento restando ainda uma parte que fica disponível para a cultura seguinte caso as plantas sejam: - Usadas como sideração, Incorporadas depois da colheita. Algum N pode ficar disponível para a(s) cultura(s) associada(s) durante o crescimento por excreção ou queda e decomposição dos nódulos. Nos USA, em culturas como soja, amendoim, ervilha, 80-90 kg N/ha podem fixados. A fixação de N é influenciada por: suprimento de energia sob a forma de fotossintatos produzidos pela planta. condições ambientais. Dias longos, alta intensidade da luz, adequada humidade do solo, aeração, nutrientes e pH adequado, favorecem a fixação de N, enquanto que a competição pelos carbohidratos por outras partes da planta (sink - flores, frutos) pode reduzir a fixação. o comprimento do dia e intensidade da luz. No feijão nhemba, o peso dos nódulos efectivos por planta reduz com fotoperíodos de menos de 12 horas. O sombreamento reduz a nodulação em relação ao peso das plantas. A produção racional de coelhos tipo carne em Moçambique apresenta-se como exploração pecuária emergente, porém ainda modesta, devido aos hábitos alimentares peculiares do nosso país, quando comparada com bovinos, suínos e aves, sendo na Europa Ocidental (França, Itália e Espanha) onde se observa a cunicultura em alto grau de desenvolvimento. As qualidades que tornam o coelho número um na produção de proteina de alto valor biológico são:

157- Elevado consumo de forragem e baixo consumo de cereais - Melhor aproveitamento das proteinas - Alto grau de conversão alimentar - Permanente estado reprodutivo - Elevado grau de desenvolvimento (semelhante ao dos frangos de corte) - Carne de elevada qualidade A limitação da sua produção está relacionada com os seguintes aspectos: - Mão-de-obra especializada - Alto custo de maneio e instalações - Desconhecimento de métodos seguros para evitar diarreias - Melhor definição das necessidades nutritivas Competências Produz híbridos nas condições locais Realiza piscicultura Constrói colmeias ou piscinas Implanta um bananal Faz a selecção de reprodutores Produz e conserva os pastos e forragens Identifica os animais e determina o rendimento de carcaça Objectivos Os estudantes devem possuir conhecimentos sobre: Melhoramento genético Produção de híbridos Apicultura e piscicultura Maneio de coelhos (alimentar, produtivo, reprodutivo, sanitário) Plano temático de Prática Técnico-ProfissionalIII No de ordem

Tema Horas de contacto

Horas de estudo

1 Demonstração e melhoramento genético de híbridos

7 4

2 Apicultura/Piscultra 7 4 4 Estabelecimento de um bananal 7 3

5 Maneio de coelhos 7 4 6 Maneio reprodutivo 7 4 7 Maneio produtivo 6 4 8 Maneio Sanitario 7 4 7 Registos 7 4 TOTAL 48 27 5. Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem Seminários Conferências

158Aulas de simulação 6. Meios Retroprojector Quadro branco/preto Bibliografia SEGEREN, P. Os princípios básicos da protecção de plantas, 1996. FREIRE, MARCOS (2002) Agricultura Geral, UEM, Maputo WEBSTER, C.C., E wILSON, p.n., 1980. Agriculture in the Tropics. 2nd Ed. Tropical Agriculture Series,Longman Group, New York and London. Págs. 271-273;285-287. 7. Avaliação Testes escritos; Trabalhos em grupo; Trabalhos individuais de aprofundamento; Exame Bibliografia SEGEREN, P. Os princípios básicos da protecção de plantas, 1996. FREIRE, MARCOS (2002) Agricultura Geral, UEM, Maputo WEBSTER, C.C., E wILSON, p.n., 1980. Agriculture in the Tropics. 2nd Ed. Tropical Agriculture Series,Longman Group, New York and London. Págs. 271-273;285-287.

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Disciplina: Gestão dos Recursos Naturais Tipo-Nuclear Nível:1· Ano-3º Semestre: 1º· Créditos 3=75 horas (48contacto+ 27 de estudo) Introdução A conservação dos recursos é a forma mais importante da ecologia aplicada, usando recursos de forma racional, garantindo o futuro. O objectivo é assegurar uma produção contínua de plantas, animais e materiais úteis, pelo estabelecimento de um ciclo equilibrado de colheita e renovação. Deste modo, é importante a elaboração de um plano de ordenamento que permita a recolha de insumos ano após ano com benefícios económicos. Os recursos naturais dividem-se em duas categorias: Renováveis e não renováveis. Embora seja certo que os depósitos de carvão, Ferro e petróleo não são renováveis, no mesmo sentido que as florestas e peixes ; no entanto o Azoto e as fontes de energia são tão renováveis como as fontes dos recursos vivos. O homem nunca terá falta de materiais vitais , enquanto os ciclos biogeoquímicos funcionarem na mesma cadência em que se dispersam. As comunidades no seu conjunto, são preservadas intactas, onde pode efectuar-se uma modificação extensa do meio ambiente de modo a aumentar a produção de determinado organismo ou grupo de organismo. Ambas constituem boas práticas de conservação,desde que que se compreenda a diferença fundamental da sua função. Competências Explica as técnicas de gestão dos recursos naturais; Interage com as comunidades no processo de conservação da biodiversidade valorizando as suas experiências; Relacciona as bases da ecologia aplicada com a sustentabilidade ecológica. Objectivos Compreender as interações dos seres vivos com o meio ambiente em que vive Interpretar a enorme biodiversidade existente na terra e a sua regulação apoiando-se muitas vezes na teoria evolutiva Conhecer os factores que condicionam a sustentabilidade ecológica Conhecer as diferentes formas que garantem uma gestão de recursos viável

160 Plano temático de Prática Técnico-Profissional No de ordem

Tema Horas de contacto

Horas de estudo

1 Bases de ecologia aplicada

4 2

2 Campo agrícola numa prespectiva ecológica

4 2

4 Tipos de Recursos naturais e sua forma de Gestão

4 2

5 Maneio de populações não domesticadas:

4 2

6 Estudos de caso: Mangais , floresta de savana e floresta tropical

4 2

7 Maneio de populações não domesticadas:

4 2

8 Fauna bravia

4 2

7 Domesticar o não domesticado: frutos silvestres, plantas medicinais e piscicultura

4 2

8 Conservação de biodiversidade 4 3 9 Aspectos Legais 4 3 10 Gestão dos recursos hídricos 4 2 11 Meio urbano e as cheias 4 3 12 Gestão dos resíduos sólidos 4 2 TOTAL 48 27 5. Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem Seminários Conferências Aulas de simulação 6. Meios Retroprojector Quadro branco/preto Bibliografia 7. Avaliação Testes escritos; Trabalhos em grupo; Trabalhos individuais de aprofundamento; Exame 8. Bibliografia Beey,Alan Applying Ecology. Chapman&Hall, 1993.

161Bothma, J. Du P. Game ranch Management-A pratical guideon all aspects of purchasing, planning, development Management and utilization of a modern game ranch in southern África,1989. Chidumaio, Emanuel, James Gambisa& Isla -Grund Managing Miombo woodlands, 1996. FAO Mangrave -Forest Management Guidelines , Forestry Department,1994. Magurran, Anne- Ecological Diversity and Its Measurement: Princeton University Press, Princeton,1988. Odum P. Eugene-Fundamentos de ecologia, 1959, 3ª edição Phlilippi Arlindo- Saneamento, Saúde e Ambiente, Fundamentos para um desenvolvimento sustentável,2005. Sitoe Almeida & Brrouwer Roland- Gestão dos recursos naturais ( Revista científica)- Universidade Eduardo Mondlane, 2004

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ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)

Departamento de Ciências Agro-pecuárias Disciplina: Melhoramento de plantas e dos animais Tipo-Nuclear Nível:1· Ano-3º Semestre: 2º· Créditos 3=75 horas (48contacto+ 27 de estudo) 1.Competências Conhece os efeitos aditivos e não aditivos dos genes; Conhece o intervalo de geração gênica; Descreve o processo de Endogamia ou consanguinidade. 2.Objectivos Desenvolver estratégia de melhoramento genético Aprender a Produzir híbridos; Diferenciar heterose e cruzamentos 3.Plano temático de Melhoramento plantas e animais No de ordem

Tema Horas de contacto

Horas de estudo

1 Introduçào ao estudo de melhoramento de plantas e animais

7 4

2 Modos de acção gênica-efeito aditivo e não aditivo 7 4 4 Correlações genéticas 7 3

5 Ganho genetico e intervalo de gerações 7 4 6 Recursos genéticos vegetais 7 4 7 Métodos de melhoramento de plantas 6 4 8 Avaliação e recomendação em prol das culturas 7 4 7 Interpretação e uso dos resultados das avaliações

genéticas. 7 4

TOTAL 48 27 4.Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem Seminários Conferências Aulas de simulação 5.Meios

163Retroprojector Quadro branco/preto Bibliografia 6. Avaliação Testes escritos; Trabalhos em grupo; Trabalhos individuais de aprofundamento; Exame 7.Bibliografia SEGEREN, P. Os princípios básicos da protecção de plantas, 1996. FREIRE, MARCOS (2002) Agricultura Geral, UEM, Maputo WEBSTER, C.C., E wILSON, p.n., 1980. Agriculture in the Tropics. 2nd Ed. Tropical Agriculture Series,Longman Group, New York and London. Bórem A. Melhoramento de plantas 2ª edição, editora UFV-2011 Borém A. Hibridização artificial de plantas , editora UFV, 1999 CARDELINO R.ROVIRA, melhoramento genético animal, Uruguai 1987.

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Departamento de Ciências Agro-pecuárias Disciplina: Hidrologia Tipo-Nuclear Nível:1· Ano-2º Semestre: 2º· Créditos 3=75 horas (48contacto+ 27 de estudo) 1.Competências Identifica água boa em prol da saúde pública Enumera os factores de qualidade de água Classifica a água em diferentes parâmetros de análise de qualidade 2.Objectivos Certificar análise hidrológicas Fazer inventário de dados técnicos de aproveitamento hidroeléctrico Enumerar as restrições operativas hidraulicas 3.Plano temático deHidrologia No de ordem

Tema Horas de contacto

Horas de estudo

1 Introdução á hidrologia 4 3 2 Hidrologia e análises hidrológicas 4 3 4 Água e saúde pública 4 4

5 Poluentes emergentes e nova metodologia analítica 5 4 6 Control de qualidade

5 3

7 Certificação em análise hidrológicas 4 4 8 Avaliação da evaporação nos reservatórios 5 3 9 Inventário de dados técnicos de aproveitamento

hidroeléctrico 4 4

10 Previsão de vazões 5 4 11 Restrições operativas hidraulicas 4 3 Total 48 27 4.Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem Seminários Conferências Aulas de simulação Instrumentos audio-visuais Excursões e trabalho permanente de campo

165 5.Meios Retroprojector Quadro branco/preto 6. Avaliação Testes escritos; Trabalhos em grupo; Trabalhos individuais de aprofundamento; Exame 7.Bibliografia PRUSKI, F.F. BRANDÃO, V.S. Infiltração, editora da UFV, 2004 PRUSKI, F.F. BRANDÃO, V.S. Escoamento superficial, editora da UFV, 2004 STONE, L.F.SILVEIRA, P.M. Irrigação das culturas

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ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)

Departamento de Ciências Agro-pecuárias Disciplina: Epidemiologia e doenças infecto-contagiosas Tipo-Nuclear Nível:1· Ano-3º Semestre: 2º· Créditos5=125 horas (48contacto+ 77 de estudo) Introdução Epidemiologia é uma ciência que estuda a distribuição dos fenómenos de saúde e doença, e seus factores condicionantes e determinantes, nas populaçõeshumanas, permite ainda a avaliação da eficácia das intervenções realizadas no âmbito da saúde pública. Esta ciência analisa a ocorrência de doenças em massa, ou seja, em sociedades, colectividades, classes socias, grupos específicos, entre outros levando em consideração causas categóricas dos geradores estados ou eventos relacionados à saúde das populações características e suas aplicações no controle de problemas de saúde. Desta maneira podemos entender a epidemiologia como a ciência que estuda o comportamento das doenças em uma determinada comunidade, levando em consideração diversas características ligadas aos seres vivos, espaço físico e também tempo, desta maneira é possível determinar as medidas de prevenção e controle mais indicadas para o problema em questão como também avaliar quais serão as estratégias a serem adoptadas e se as mesmas causaram impactos, diminuindo e controlando a ocorrência da doença em análise. No animal infectado, as localizações de maior freqüência do agente são: baço, fígado,aparelho reprodutor masculino, útero e úbere. As vias de eliminação são representadas pelos fluidos e anexos fetais – eliminados no parto ou no abortamento e durante todo o puerpério –, leite e sêmen. A principal fonte de infecção é representada pela vaca prenhe,que elimina grandes quantidades do agente por ocasião do aborto ou parto e em todo o período puerperal (até, aproximadamente, 30 dias após o parto), contaminando pastagens, água, alimentos e fômites. Essas bactérias podem permanecer viáveis no meio ambiente por longos períodos, dependendo das condições de umidade, temperatura e sombreamento, ampliando de forma significativa a chance de o agente entrar em contato e infectar umnovo indivíduo susceptível. A porta de entrada mais importante é o trato digestivo, sendo que a infecção se inicia quando um animal suscetível ingere água e alimentos contaminados ou pelo hábito de lamber as crias recémnascidas. Uma vaca pode adquirir a doença apenas por cheirar fetos abortados, pois a bactéria também pode entrar pelas mucosas do nariz e dos olhos. O tempo entre a exposição ao agente infeccioso e o aparecimento dos sintomas visíveis é o que se define como período de incubação. No caso da brucelose, esse período pode ser de poucas semanas e até mesmo de meses ou anos. Considerando-se o momento em que ocorre a infecção, o período de incubação é inversamente proporcional ao tempo de gestação,ou seja, quanto mais adiantada a gestação,

167menor será o período de incubação. A transmissão pelo coito parece não ser de grande importância entre bovinos e bubalinos. Na monta natural, o sêmen é depositado na vagina, onde há defesas inespecíficas que dificultam o processo de infecção. 2.Competências Define o conceito epidimiologia e doenças infectocontagiosas Identifica diferentes tipos de doença e epidimias Aplica a vacinação nos animais Faz o control de trânsito e certificação dos animais 3.Objectivos Desenvolver estratégia de melhoramentoanimal Aprender a diagnosticar as doenças infecto-contagiosas nos animais Diferenciar os tipos de doença mediante sinais clínicos e lesões Avalia as perdas económicas em função das epidemias existentes numa dada população. 4.Plano temático deEpidemiologia e doenças infecto-contagiosas No de ordem

Tema Horas de contacto

Horas de estudo

1 Introdução á epidimiologia e doenças infecto-contagiosas

4 6

2 Noções de epimiologia aplicada 4 6 4 Tipos de epidemiologia veterinária e doenças

infecto-contagiosas 4 6

5 Doenças predominantes em animais (ex: Tuberculose bovina, Brucelose)

4 7

6 Control de trânsito e certificação de propriedades livres de epidemias

4 6

7 Mecanismos de transmissào das doenças 4 7 8 Sinais clínicos e lesões 4 6 7 Diagnóstico laboratorial 4 7 8 Resposta imune contra as doenças infecto-

contagiosas 4 6

9 Métodos indirectos ou sorológicos 4 7 10 Vacina não Indutora de anticorpos aglutinantes 4 6 11 Identificação e encaminhamento do material de

necrópsia 4 7

12 Situação de perdas económicas em Moçambique 4 6 TOTAL 48 77 5.Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem Seminários Conferências Aulas de simulação

1686.Meios Retroprojector Quadro branco/preto Bibliografia 7. Avaliação Testes escritos; Trabalhos em grupo; Trabalhos individuais de aprofundamento; Exame 7.Bibliografia ALMEIDA Filho N, ROUQUAYROL. MZ. Introdução à epidemiologia moderna. BR, BA, COOPMED/ APCE/ ABRASCO, 1992. ALMEIDA Filho N. A clínica e a epidemiologia. BR, Salvador, APCE-ABRASCO, 1992. FLETCHERRH, S, WAGNER. EH. Epidemiologia clínica, bases científicas da conduta médica. BR, Porto Alegre, Artes Médicas, 1989. MACMAHON B, Pugh TF. Princípios y métodos de epidemiologia. México, La Prensa Médica Mexicana, 1975. PEREIRA, MAURÍCIO GOMES, Epidemiologia, teoria e prática. BR, Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 2005.

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ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)

Departamento de Ciências Agro-pecuárias Disciplina: Fisiologia Animal II Tipo-Nuclear Nível:1· Ano-2º Semestre: 1º· Créditos 3=100 horas (48contacto+ 52 de estudo) 1.Introdução A fisiologia tenta explicar os factores físicos e químicosresponsáveis pela origem, desenvolvimento e progressão da vida. Cada tipo de vida, desde o mais simples vírus até a maiorárvore ou o complexo ser humano, possui características funcionais próprias. Portanto, o vasto campo da fisiologia pode ser dividido em fisiologia viral, fisiologia bacteriana, fisiologia celular, fisiologia vegetal, fisiologia humana, e em muitas outras áreas. A fisiologia tem como objetivo o estudo do funcionamento da matéria viva em condições normais, integrando de forma indissolúvel a química, física e biologia. A Fisiologia Animal enfoca a função dos tecidos, dos órgãos e dos sistemas orgânicos dos animais multicelulares 2.Competências Interpreta os fenómenos e processos fisiológicos de forma integrada; Desenvolve atitudes a respeito de corpo humana; Compreende o organismo animal como resultado de interacção entre tecidos, órgãos aparelhos e sistemas; 3.Objectivos Estabelecer a diferença entre fisiologia animal e humana; Conhecer o metabolismo basal nos seres vivos; Enumerar as funções de coordenação e manutenção do organismo; Estabelecer a relação entre os sistemas no organismo animal. 4.Plano temático deFisiologia Animal II No de ordem

Tema Horas de contacto

Horas de estudo

1 Introdução á Fisiologia Animal 4 5 2 Funções gerais de Coordenação e Manutenção do

Organismo 4 5

4 Balanço da Bioenergética e as Biocatálises

4 5

5 Digestão e Absorção dos Alimentos

4 5

6 Circulação 4 5 7 Respiração

4 5

8 Excreção e osmorregulação 4 4

170

9 Comunicação e regulação dos sistemas biológicos

4 5

10 Miologia - mobilidade/motilidade

4 4

11 Endocrinologia

4 4

TOTAL 48 52 5.Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem Seminários Conferências Aulas de simulação 6.Meios Retroprojector Quadro branco/preto Bibliografia 7. Avaliação Testes escritos; Trabalhos em grupo; Trabalhos individuais de aprofundamento; Exame 7.Bibliografia GUYTON, A.C. Tratado de Fisiologia Médica, 9ª Edição MENIN, E. Fisiologia Animal Comparada Manual de Laboratório. Imprensa Universitária, Viçosa, MG, 1994 SCNMIDT- NIELSEN, K. Fisiologia Animal- Adaptação e Meio Ambiente, 5ª Edição, Editora Santos, são Paulo, SP,2002

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ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC) Departamento de Ciências Agro-pecuárias

Disciplina: Culturas Alimentares e Industriais Tipo-Nuclear Nível:1· Ano-3º Semestre: 2º· Créditos 4=100 horas (48contacto+ 52 de estudo) 1.Introdução A produção de alimentos em quantidades suficientes para a satisfação das necessidades da populaçào constitui o desafio mais importante da produção vegetal. O problema alimentar em Á frica e em especial em Moçambique tem-se agravado devido ao crescimento da população ao abandono da prática da agricultura resultante do movimento para as cidades ao uso de tecnologias inadequadas á alteração das condições climáticas sendo que a combinação de diferentes factores factores irá contribuir para a produção de alimentos em qualidade e quantidades suficientes. As plantas precisam de água no solo para poderem absorver os elementos de nutrição exigidos para o crescimento. Se houver dificiência do líquido torna-se impossível a fabricação dos alimentos necessários ao vegatal pois a água perde-se constantemente por transpiração através das folhas. As propriedades químicas, físicas e biológicas dos solos devem ser consideradas antes da decisão de se efetuar os plantios, devendo-se evitar áreas que tenham possibilidade de encharcamento, com topografia muito irregular e que apresentem manchas ou bancos de areia, cascalho ou pedras. Quanto aos aspectos biológicos, é importante evitar áreas com presença de patógenos. Para isso, deve-se recorrer ao histórico dos plantios anteriores, alertando-se para a ocorrência de nematóides formadores de galhas, murcha-de-fusário e murcha-bacteriana. Deve-se também evitar o plantio em áreas próximas às ocupadas com outros cultivos, onde possa ocorrer a reprodução de insectos. Em Moçambique as condições são favoráveis para o cultivo deste cereal, mas apesar desta vantagem continua a ser cultivada em pequenas áreas no sector familiar e muitas vezes em consociação com outras culturas. Cultiva-se mais nas províncias de Niassa, Nampula e Tete e com bons rendimentos. É rico em amido, proteínas e vitaminas, é uma graminha e merece maior interesse e desenvolvimento pelo seu valor nutritivo e económico. É utilizda na indústria de cerveja e é um bom alimento para o homem e animais; existe mapira de grão branco, vermelho, ponte alto e anã. O mundo todo produziu 8 milhões de toneladas de culturas industriais sobretudo o algodão. Sendo em África 0,3 milhões de tonelas e em Moçmbique especialmente cerca de 7 mil. O girassol contribui em 13% da produção mundial do óleo vegetal, a soja maior contribuinte com 26% da produção total do óleo vegetal enquanto que oleo de palma em segundo lugar e colza terceiro. Existe 50 espécies de girassol sendo a Moçambicana o Helianthus argophylus cultivada ou domesticada e de origem mexicana, a espécie doméstica mantém a semente enquanto a natural dispersa a semente na natureza daí a sua diferença. As características de boasvariedades de culturas alimentares são: adaptabilidade às condições do meio onde vai ser cultivada, resistência às adversidades que ocorrem na região,

172produzindo muito e produto de boa qualidade; resistência ao acamamento; não ser de fácil desgrana; não germinar na espiga; resistência às ferrugens do côlmo e da folha; resistência às septorioses; boas qualidades de panificação, sendo essencial a gradagem 2.Competências Identifica as culturas alimentares das industriais Conhece as datas de sementeira para cada grupo de culturas Realiza práticas culturais Realiza tratamentos fitossanitários 3.Objectivos Explicar a importancia sócio- económica das culturas alimentarese industriais Identificar os melhores solos e clima para o cultivo das culturas Aplicar as tecnicas de condução das culturasalimentares e industriais Identificar a épocas e métodos de colheita das culturas Realizar a colheita e armazenamento das culturas 4.Plano temático deCulturas Alimentares e Industriais No de ordem

Tema Horas de contacto

Horas de estudo

1 Introdução ás culturas alimentares e industriais 6 10 2 Preparação do solo e adubação 6 10 4 Clima e solo 6 10

5 Épocas de sementeira 6 10 6 Práticas culturais nas culturas de alimentarese

industriais 6 9

7 Formas de irrigação nas culturas industriais 6 10 8 Tratamentos fitossanitários 6 9 7 Colheita e Armazenamento 6 10 8 Importância das culturas alimentarese industriais

em Moçambique 6 9

TOTAL 48 77 5.Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem Seminários Conferências Aulas de simulação 6.Meios Retroprojector Quadro branco/preto 7. Avaliação Testes escritos; Trabalhos em grupo;

173Trabalhos individuais de aprofundamento; Exame 8.Bibliografia ARANTES B.E. SOUZA.P.I. Culturas alimentares. Piracicaba 1993 BELTÃO, N.E.M. VIEIRA,D.J. O agro-negócio do gergelim, Brasilia: Embarpa, 2001 PATERNIANI, E. VIEGAS, G.P. Melhoramento e produção de culturas industriais, Campinas: Fundação Cargill, 1987.

174

ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)

Departamento de Ciências Agro-pecuárias Disciplina: Difusão de inovações no meio rural Tipo-Nuclear Nível:1· Ano-4º Semestre: 2º· Créditos 6=150horas (80contacto+ 70 de estudo) 1.Competências Identifica os fundamentos da extensão Caracteriza os produtores rurais Descreve os principios básicos de aprendizagem tecnológica 2.Objectivos Desenvolver estratégia de tecnologias Aprender a complexidade do processo de agro-industrias na comunidade rural Descrever a estrutura agrícola em Moçambique 3.Plano temático de Difusão de inovações no meio rural No de ordem

Tema Horas de contacto

Horas de estudo

1 Fundamentos da extensão rural 7 6 2 Principais modelos orientados áextensão Rural 7 6 4 Caracterização de produtores Rurais 7 6

5 Métodos usados para a identificação da liderança(Cooperação agrícola)

7 6

6 Estrutura agrícola em Moçambique 7 7 7 Interferência das mudanças provocadas pelos

complexos agro-industriais no mundo rural 7 6

8 Métodos de aprendizagem e treinamento Princípios básicos de aprendizagem de tecnologias inovadoras

7 7

9 Instrumentos e importância do planeamento(Avaliação e prespectivas)

8 7

10 Processos de comunicação e difusão de inovações 8 6 11 Planeamento e avaliação de programas de extensão 8 6 Total 80 70 4.Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem Trabalhos teóricos práticos e de campo dando mais ênfase ao ensino com pesquisa

175Seminários Conferências Aulas de simulação Instrumentos audio-visuais Excursões e trabalho permanente de campo 5.Meios Retroprojector Quadro branco/preto 6. Avaliação Testes escritos; Trabalhos em grupo; Trabalhos individuais de aprofundamento; Exame 7.Bibliografia CAPORAL, F. R. Agroecologia e Extensão Rural, contribuições para o desenvolvimento rural sustentável FREIRE, P.Extensão ou comunicação- Paz e Terra, 1988 FRIEDERICH,O. Acomunicação Rural, proposição crítica de uma nova concepção, Brasil,1978 OLIVEIRA, M.C.C.Mudança social na comunidade rural, S.Paulo, 1982

176

ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)

Departamento de Ciências Agro-pecuárias Disciplina: Gestão de mudanças nas zonas rurais Tipo-Nuclear Nível:1· Ano-4º Semestre: 1º· Créditos 3=75 horas (48contacto+ 27 de estudo) Introdução As políticas económicas, quando predominantes na região dificultam a introdução de medidas ambientais já que impõem um limite ao gasto social em serviços básicos e de saneamento. As áreas urbanas não causam somente impactos ambientais locais como também causam nas pegadas ecológicas, enquanto as cidades causam uma variedade de impactos como: conversão das áreas agrícolas ou florestais para infraestrutura ou uso urbano, aterro de áreas húmidas. A utilização de biomassa como combustível também causa poluição atmosférica em ambientes fechados e abertos,outros efeitos como poluição de cursos de água, lagos e águas costeiras causada por efluentes não tratados entre outros factores , interferindo na saúde e vida da comunidade, necessitando de uma gestão adequada. 2.Competências Conhece as causas da destabilidade Descreve os mecanismos de gestão Relaciona o meio ambiente com a pobreza rural 3.Objectivos Desenvolver modelos que auxiliam na reduçào da pobreza Identificar os tipos de pobreza; Relacionar o crescimento da produção com o meio ambiente. 4.Plano temático de Gestão de mudanças nas zonas rurais No de ordem

Tema Horas de contacto

Horas de estudo

1 Introdução ágestão de mudanças 7 3 2 Noções de desenvolvimento comunitário 7 3 3 Modelo integrador de uma subcultura de pobreza 7 3 4 Tipos de pobreza 6 3

5 Pobreza no meio rural 7 3 6 Caracteristicas do meio ambiente urbano 6 3 7 Economia de sobrevivência 7 3 8 Crescimento da produção do meio ambiente urbano 6 3 9 Áreas urbanas em África e formas de melhorias

7 3

1777 Maneio de resídeos , abastecimento de água e

saneamento básico 7 3

8 Poluição atmosférica 6 3 9 Efeito das politicas de desenvolvimento rural 6 3 Total 48 27 5.Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem Seminários Conferências Aulas de simulação Instrumentos audio-visuais Excursões e trabalho permanente de campo 6.Meios Retroprojector Quadro branco/preto 7. Avaliação Testes escritos; Trabalhos em grupo; Trabalhos individuais de aprofundamento; Exame 8.Bibliografia CAPORAL, F. R. Agroecologia e Extensão Rural, contribuições para o desenvolvimento rural sustentável FREIRE, P.Extensão ou comunicação- Paz e Terra, 1988 OLIVEIRA, M.C.C.Mudança social na comunidade rural, S.Paulo, 1982 REES,W.Revisiting carrying capacity, area based indications of sustainability, 1996.

178 Disciplinas da Componente de Formação Geral

ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)

Departamento de Ciências Agro-pecuárias Disciplina: Química Geral Código: Tipo :Nuclear Nível : 1 Ano: 1º

Semestre: 1º Créditos: 3 = 75 horas (48 contacto + 27 estudo) 1. Competências a serem desenvolvidas Ajudar o estudante a construir um conhecimento estruturado e sistematizado sobre as leis gerais inerentes à Química, com preferência para uma abordagem incidente nos aspectos da química escolar, Os estudantes desenvolvam por si sós a estrutura da disciplina e compreendam a complexa relação unitária entre a natureza, a ciência, a tecnologia e as situações do quotidiano; Os estudantes sejam capazes de estabelecer relações gerais na base de observações e acumulação de factos; Os estudantes possam conceber projectos simples e exemplares, iniciando-se deste modo numa investigação interactiva. Desenvolver uma aprendizagem viva, que garanta de um modo exemplar que o estudante seja capaz de descobrir e compreender melhor a natureza que o rodeia; Aplicar os conhecimentos adquiridos a situações do quotidiano e a resolver problemas na vida e durante o exercício da sua profissão. Relacionar a posição dos elementos da Tabela Periódica com sua estrutura, suas propriedades e aplicações no quotidiano 2. Objectivos Gerais Interpretar as causas e leis que regem os processos químicos; Analisar, interpretar e relacionar diferentes fenómenos químicos; Compreender a interacção entre os fenómenos químicos e eléctricos; Ter amor pela ciência e pela técnica e dar importância a relação entre estas e o desenvolvimento social. Aplicar os conceitos e relações fundamentais da química em factos concretos; Saber descrever a relação entre estrutura e propriedades das substâncias; Criar amor à Ciência e perceber as conexões entre o progresso científico e desenvolvimento social.

179 3. Plano Temático

UNIDADE Tema Horas de contacto

Horas de estudo

1 Estrutura atómica e classificação periódica

8 5

2 Ligação Química 8 5 3 Termodinâmica Química 8 5 4 Cinética e Equilíbrio Químico 8 5 5 Soluções e reacções em Solução 8 5 6 Bases da Electroquímica 8 2 Total 48 27 4. Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem Seminários Conferências Aulas de simulação 5. Meios Retroprojector Quadro branco/preto Bibliografia 6. Avaliação Testes escritos; Trabalhos em grupo; Trabalhos individuais de aprofundamento; Exame 7.BIBLIOGRAFIA CARVALHO, G.C. Química moderna. 2o vol., São Paulo, Livraria Nobel, 1976. CHANG, R. Química. 5a edição, São Paulo, Editora McGraw-Hill, 1994. GLINKA, N. Química Geral 2. Moscovo, Editora Mir, 1988. GLINKA, N. Problemas e exercícios de Química Geral. Moscovo, Editora Mir, 1987. KHODAKOV, I.V.; EPSTEIN, O.A. e GLORIOV, P.A. Química Inorgânica 2, Moscovo, Editora Mir. 1986. LIPORT, G.F. Modern Inorganic Chemistry, 4th ed. London, Unwin Hyman Limited, 1983. MAHAN, B.H. Química um curso universitário, 2a edição, São Paulo. Editora Edgard

180

ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)

Departamento de Ciências Agro-pecuárias Disciplina - Antropologia Cultural de Moçambique Tipo - Nuclear Nível - 1 Ano - 2º Semestre - 2 Créditos – 4 = 100 horas (48 de contacto e 52 de estudo) 1. Competências Adquirir um conhecimento socioantropológico actualizado sobre Moçambique; Ter a capacidade de aplicar os conceitos e os conhecimentos adquiridos na análise das dinâmicas e factos socioculturais dos diferentes contextos moçambicanos; Analisar as principais áreas fundamentais de teorização da antropologia no contexto moçambicano; Conhecer as linhas de força da realidade etnográfica de Moçambique e da reflexão antropológica; Dominar as temáticas mais importantes da antropologia sobre Moçambique. 2. Objectivos Gerais Identificar as trajectórias do pensamento antropológico desde a emergência da disciplina à actualidade; Conhecer o saber e o fazer antropológicos actuais; Familiarizar-se com as abordagens da noção de cultura do clássico ao pós-moderno; Reconhecer as linhas de homogeneidades e heterogeneidades do território etnográfico nacional; Apresentar algumas das novas questões e paradigmas da antropologia, com reflexos em Moçambique. 3. Pré-requisitos: Sem precedência

1814. Conteúdos (plano temático)

Nº Tema Horas de Contacto

Horas de Estudo

1 Fundamentos das Ciências Sociais: introdução geral Constituição e desenvolvimento das Ciências Sociais Pluralidade, diversidade e interdisciplinaridade nas Ciências Sociais Ruptura com o senso comum A Antropologia Cultural no domínio das Ciências Sociais Definição, objecto e campos de abordagem Métodos e técnicas de investigação em Antropologia: etnografia, trabalho de campo, observação participante, a interpretação.

8

9

2

História do pensamento antropológico A curiosidade intelectual e o interesse pelo exótico Do projecto colonial à crise da Antropologia A universalização da antropologia Práticas etnográficas no Moçambique colonial e pós-colonial A antropologia na África colonial e pós-colonial A antropologia em Moçambique: desenvolvimento histórico e principais áreas de interesse contemporâneas

8

9

3

As correntes teóricas da Antropologia Evolucionismo Difusionismo e Culturalismo Funcionalismo Estruturalismo Outras correntes: Corrente sociológica francesa, corrente marxista Paradigmas emergentes na antropologia (Pós-modernismo e Interpretativismo) As correntes antropológicas e sua operacionalização em Moçambique

8

8

4

O conceito antropológico de cultura O conceito antropológico de cultura (Pluralidade e diversidade de definições e abordagens) Sobre a origem e o desenvolvimento da cultura Factores da cultura Cultura e sociedade Conteúdos do conceito antropológico de cultura (crenças e ideias, valores, normas, símbolos) Características do conceito antropológico de cultura A cultura material e a cultura imaterial A diversidade cultural Os universais da cultura O dinamismo e a mudança cultural Cultura e educação: Saberes e Contextos de Aprendizagem em Moçambique Tradição e Identidade Cultural

8

9

182A génese da multiplicidade cultural na metade Oriental da África Austral: factos e processos culturais O processo de cosntrução do império colonial e a pluralidade cultural Dinâmica aculturacional e permanência de modelos societais endógenos A construção do outro e a etnicização/tribalização em Moçambique Os discursos da identidade nacional moçambicana A anomia e o processo das identidades rebuscadas O paradigma da diversidade cultural em Moçambique

5

Parentesco, Família e Casamento em Moçambique O parentesco Introdução ao estudo do parentesco Nomenclatura, Simbologia e Características do parentesco (filiação, aliança e residência) Crítica do parentesco: O caso Macua Lobolo em Moçambique: “Um velho idioma para novas vivências conjugais” Família em Contexto de Mudança em Moçambique Origem e evolução histórica do conceito de família Família como fenómeno cultural Novas abordagens teóricas e metodológicas no estudo da família Estudo de caso (famílias em contexto de mudança em Moçambique)

8

9

6

O domínio do simbólico O estudo dos rituais em Antropologia Os ritos de passagem Rituais como mecanismo de reprodução social Feitiçaria, Ciência e Racionalidade Cultura, tradição e religiosidade no contexto sociocultural do Moçambique moderno Modelos religiosos endógenos vs modelos religiosos exógenos A emergência de sincretismos religiosos e de igrejas messiânicas em Moçambique

8

8

Total 48 52 5. Métodos de ensino-aprendizagem A concretização do programa será em função de vários procedimentos. Para a introdução geral das temáticas será privilegiado o modelo expositivo, dirigido pelo professor, quando se tratar de conferências, e, nas ocasiões em que para tal fôr necessário, pelos estudantes, quando, por exemplo, tratar-se da apresentação dos resultados de pesquisa individual. Serão também realizados seminários e outros tipos de debates interactivos, visando concretizar temáticas previamente fornecidas pelo docente. 6. Avaliação Várias modalidades de avaliação serão postas em consideração, desde trabalhos independentes, trabalhos em grupo, debates em seminários, apresentações de resumos de

183matérias recomendadas para o efeito e testes. Nesse contexto, a avaliação será contínua e sistemática 7. Língua de ensino A língua de ensino é o Português. Bibliografia obrigatória Fundamentos das Ciências Sociais: introdução geral NUNES, Adérito Sedas. Questões preliminares sobre as Ciências Sociais. Lisboa, Editorial Presença, 2005, pp.17-41. PINTO, José Madureira e SILVA, Augusto Santos. Uma visão global sobre as Ciências Sociais. In: PINTO, José Madureira e SILVA, Augusto Santos (orgs.). Metodologia das Ciências Sociais. Porto, Afrontamento,1986, pp.11-27. A Antropologia Cultural no domínio das Ciências Sociais BURGESS, Robert G. . A pesquisa de terreno. Oeiras, Celta, 1997, pp.11-32. HOEBEL, E. A. &FROST, E. Antropologia Cultural e Social. São Paulo, Cultrix, s/d, pp 1- 14. ITURRA, Raúl (1987). Trabalho de campo e observação participante. In: José Madureira Pinto e Augusto S. Silva (orgs.), Metodologia das Ciências Sociais. Porto, Afrontamento, 1987, pp.149-163. KILANI, M. L'invention de l'autre: essais sur le discours Anthropologique. Lausanne, Editions Payot, 1994, pp 11 – 61. MARCONI, Maria de Andrade e PRESOTTO, Zelia Maria Neves. Antropologia: Uma introdução. São Paulo, Atlas, 2006, pp.1-20. RIVIÈRE, C. Introdução à Antropologia. Lisboa, Edições 70, 2000, pp 11 – 32. História do pensamento antropológico CASAL, Adolfo Yáñez. Para uma epistemologia do discurso e da prática antropológica. Lisboa, Cosmos, 1996, pp. 11-19. COPANS, Jean. Antropologia ciência das sociedades primitivas? Lisboa, Edições 70, 1999, pp.9-31. Práticas etnográficas no Moçambique colonial e pós-colonial CONCEIÇÃO, António Rafael da . “Le développement de l’Anthropologie au Mozambique. Comunicação apresentada ao Colóquio internacional de Antropologia. s.d FELICIANO, José Fialho. Antropologia Económica dos Thonga do Sul de Moçambique. Maputo, Arquivo Histórico de Moçambique, 1998. JUNOD, Henri. Usos e Costumes dos Bantu. Maputo, Arquivo Histórico de Moçambique, Tomo I, 1996[1912]. RITA-FERREIRA, A.. Os africanos de Lourenço Marques, Lourenço Marques, IICM, Memórias do Instituto de Investigação científica de Moçambique, Série C, 9, 1967-68, 95-491. As correntes teóricas da Antropologia CALDEIRA, T. “A presença do autor e a pós-modernidade em Antropologia”. in: Novos Estudos, Cebrap, SP, 1988, pp133-157. GONÇALVES,António C. Trajectórias do pensamento antropológico. Universidade Aberta, Lisboa, 2002. MOUTINHO, Mário. Introdução à Etnologia. Lisboa, Estampa, 1980. pp.79-108. PEIRANO, Mariza. A favor da Etnografia. Rio de Janeiro, Relume-Dumará, 1995. SANTOS, Eduardo dos. Elementos de Etnologia Africana. Lisboa, Castelo Branco, 1969, pp.85-115.

184 O conceito antropológico de cultura CUCHE, D. A noção de Cultura nas Ciências Sociais Sãp Paulo, EDUSC, 1999, pp 175 – 202. LARAIA, Roque de Barros. Cultura: Um Conceito Antropológico. Rio de Janeiro, Zahar, 2001. SPIRO, M. “Algumas reflexões sobre o determinismo e o relativismo culturais com especial referência à emoção e à razão” in: Educação, Sociedade e Culturas, no 9, Lisboa, s/e, 1998. Tradição e Identidade Cultural CONCEIÇÃO, António Rafael da. Entre o mar e a terra: Situações identitárias do Norte de Moçambique. Maputo, Promédia, 2006. DEMARTIS, Lúcia. Compêndio de Socialização. Lisboa, Edições, 2002, pp 43 – 59. GEFFRAY, Christian. A Causa das Armas em Moçambique: Antropologia da Guerra Contemporânea em Moçambique. Porto, Afrontamento, 1991. HOBSBAWM, Eric. “Introdução: A invenção das tradições”. In: HOBSBAWM, Eric, e Terence RANGER (eds.). A Invenção das Tradições. Rio de Janeiro, Paz e Terra. 1984, pp: 9-23. NGOENHA, Severino E. . Identidade moçambicana: já e ainda não. In: Serra, Carlos (dir.). Identidade, moçambicanidade, moçambicanização. Maputo, Livraria Universitária-UEM, 1998, p. 17-34. REDONDO, Raul A. I. "O processo educativo : ensino ou aprendizagem? ", Educação Sociedade e Culturas: revista da Associação de Sociologia e Antropologia da Educação, 1, 1994. VEIGA-NETO, A. “Cultura e Currículo”. In: Contrapontos: revista de Educação da Universidade do Vale do Itajaí, ano 2, no 4, 2002, pp 43-51. WIVIORKA, M. “Será que o multiculturalismo é a resposta?” In: Educação, Sociedade e Culturas, no 12, Lisboa, 1999. Parentesco, Família e Casamento em Moçambique AUGÉ, M.. Os Domínios do Parentesco: filiação, aliança matrimonial, residência. Lisboa, Edições 70, 2003, pp 11 – 66. BATALHA, Luis. Breve análise do parentesco como forma de organização social. Lisboa: Universidade Técnica de Lisboa - Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, 1995. GEFFRAY, Christian. Nem pai nem mãe. Crítica do parentesco: o caso macua. Maputo, Ndjira. 2000, pp.17-40 e 151-157. GRANJO, Paulo. Lobolo em Maputo: Um velho idioma para novas vivências conjugais. Porto, Campo das Letras, 2005. SANTOS, Eduardo dos. Elementos de Etnologia Africana. Lisboa, Castelo Branco, 1969, pp.247-260 e 269-315. Família em Contexto de Mudança em Moçambique BOTTOMORE, Tom. “Família e parentesco”. In: Introdução à Sociologia. Rio de Janeiro, Zahar Editores, s/d, pp.: 164 – 173. GIMENO, A.. A Família: o desafio da diversidade. Lisboa, Instituto Piaget, 2001, pp 39 – 73. WLSA. Famílias em contexto de mudanças em Moçambique. Maputo, WLSA MOZ. 1998. O domínio do simbólico AGADJANIAN,Victor. As Igrejas ziones no espaço sóciocultural de Moçambique urbano (anos 1980 e 1990). In: Lusotopie, 1999, pp. 415-423 DOUGLAS, M.. Pureza e Perigo. Lisboa, Edições 70, 1991, pp 19 – 42 HONWANA, A. M. (2002). Espíritos vivos, Tradições Modernas: possessão de espíritos e reintgração social pós-guerra no sul de Moçambique. Maputo: Promédia. pp 23 – 48. LANGA, Adriano. Questões cristãs à Religião Tradicional Africana. Braga, Editorial Franciscana, 1992.

185MEDEIROS, Eduardo. Os senhores da floresta – Ritos de iniciação dos rapazes macuas e lómuès. Porto, Campo das Letras, 2007. MENESES, M. P. G.. Medicina tradicional, biodiversidade e conhecimentos rivais em Moçambique. Coimbra, Oficina do CES 150, 2000. TURNER,Victor W. . O processo ritual: estrutura e anti-estrutura. Petrópolis: Vozes, 1974, pp 116 – 159. 8. Bibliografia Complementar BARATA, Óscar S.. Introdução às Ciências Sociais. Vol.I, Chiado, Bertrand Editora, 2002. BERNARDI, Bernardo. Introdução aos estudos Etno – Antropológicos.Lisboa, Edições 70, s/d. BERTHOUD, Gérald. Vers une Anthropologie générale: modernité et alterité. Genève, Librairie Droz S.A, 1992. CARVALHO, José Jorge de. Antropologia: saber acadêmico e experiência iniciática. UnB-Departamento de Antropologia. Série Antropologia No. 127, 1992. CASAL, Adolfo Yáñez. Para uma epistemologia do discurso e da prática antropológica. Lisboa, Cosmos, 1996, pp. 11-19. COPANS, Jean. Críticas e Políticas da Antropologia.Lisboa, Edições 70, 1981. COPANS, Jean. Introdução à Etnologia e à Antropologia. Lisboa, Publicações Europa-América, 1999. COPANS, Jean.; TORNAY, S. Godelier, M. Antropologia Ciências das Sociedades Primitivas?Lisboa, Edições 70, 1971. EVANS-PRITCHARD, E.. Antropologia Social, Lisboa, Edições 70, s/d. EVANS-PRITCHARD, E.. História do pensamento antropológico. Lisboa, Edições 70, 1989. GEERTZ, Clifford. O Saber local: novos ensaios em Antropologia interpretativa. Petrópolis, Vozes, 1998. GONÇALVES, António Custódio. Questões de Antropologia social e cultural, 2ª ed., Porto Edições Afrontamento, 1997. GONÇALVES,António C.. Trajectórias do pensamento antropológico. Lisboa, Universidade Aberta, 2002. LABURTH-TOLRA, Philipe &WARNIER, Jean-Pierre. Etnologia-Antropologia. Petrópolis/ Rio de Janeiro, Vozes, 1997. LEACH, E. R.. Repensando a Antropologia. São Paulo, Editora Perspectiva, 1974. MARTÍNEZ, Francisco Lerma. Antropologia Cultural: guia para o estudo. 2ª ed, Matola, Seminário Maior de S. Agostinho, 1995. MERCIER, Paul. História da Antropologia, 3ª ed., Lisboa, Teorema, 1984. SANTOS, A.. Antropologia Geral: Etnografia, Etnologia, Antropologia Social. Lisboa, Universidade Aberta, 2002. SERRA, Carlos (org). Identidade, Moçambicanidade, Moçambicanização, Livraria Universitária/ UEM, Maputo, 1998. SPERBER, Dan. O saber dos Antropólogos. Lisboa, Edições 70, 1992. TITIEV, Misha. Introdução à antropologia cultural. 8ª ed. Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, 2000. 9. Docentes A disciplina será leccionada por docentes da FCS.

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ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)

Departamento de Ciências Agro-pecuárias Disciplina: Metodologia de Investigação Científica Codigo: Tipo – Nuclear Nível – 1 Ano – 1º Semestre – 1º Creditos – 5=125 horas ( 48 contacto + 77 de estudo) 1. Introdução A disciplina de Metodologia da Investigação Científica, procura fornecer uma introdução à investigação científica duma forma geral. Nesse sentido, e fundamentalmente dentro da área específica de Ciências Naturais abordar-se-á um leque de questões de índole teórico-metodológica, consideradas como importantes, no âmbito de todo o processo de investigação e de preparação de um trabalho académico. De salientar que não cabe a esta disciplina proporcionar ao estudante ferramentas definitivas de investigação, porém, serão basicamente sugestões, recomendações gerais, para que este, possa desenvolver com rigor, dispositivos metodológicos pessoais, em função dos seus objectivos e da sua área de investigação. É tendo em mente a necessidade desta orientação científica geral, que se torna pertinente um estudo do processo de investigação, sabendo que o mesmo deverá incidir sobre questões de teor ético e deontológico, bem como sobre questões concretas, relativas ao projecto de investigação e à elaboração do trabalho científico. 2. Competências Conhece a base de uma investigação; Elabora um projecto de pesquisa; Diferencia os tipos de pesquisa; Enumera variáveis de análise 3. Objectivos O objectivo da disciplina de Metodologia de Investigação Científica é fazer com que o estudante seja capaz de: Entender os processos de investigação científica tanto na área social como na área experimental; Desenvolver habilidades de seleccionar metodologias de investigação apropriadas; Entender os aspectos étnicos da pesquisa; e Desenvolver uma proposta de investigação científica. 4. Plano temático Nº de Ordem

Tema Horas de contacto Horas de estudo

1 Apresentação do programa da disciplina. 4 5 2 Definição de conceitos 4 5 3 O conhecimento científico 4 5

1884 A pesquisa 4 5 5 Variáveis 4 5 6 Estrutura de projecto da pesquisa 4 5 7 Estrutura de projecto da pesquisa 4 5 8 Roteiro para a pesquisa 4 5 9 Citação e apresentação de referências

bibliográficas 4 5

10 Seminários (apresentação dos projectos de pesquisa em grupo)

4 5

Total 40 50 5. Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem Conferências e palestras; Seminários; Práticas laboratoriais; Trabalho de campo 6. Meios de ensino Quadro branco/preto; Retroprojector; Modelos naturais e artificiais; Laboratório. 7. Avaliação 2 Testes escritos 1 Projecto de pesquisa (em grupo) Exame (Projecto de pesquisa individual) 8. Bibliografia ANDRADE, M. M. 2001. Introdução à Metodologia do Trabalho Científico. 5ª edição. 174 pp. Editora atlas, São Paulo, Brasil. CERVO, A. L. E P. A. Bervian. 2002. Metodologia Científica. 5ª edição. 219 pp. Prentice hall. São paulo, Brasil. MARCONI, M. A.; e E. M. Lakatos. 2001. Metodologia do Trabalho Científico. 6ª edição. 242 pp. Editora atlas S. A. São Paulo, Brasil. SEVERINO, A. J. 2001. Metodologia do Trabalho Científico. 21ª edição. 279 pp. Cortez editora, Brasil.

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Disciplina –Informática Básica Tipo -Complementar Nível - 1 Ano - 1º Semestre - I Créditos - 3 = 75 horas (48 de contacto + 27 de estudo). Introdução A disciplina de Práticas de Informática constitui uma espécie de “ambrella” para as outras disciplinas de especialidade e visa proporcionar ao estudante a aplicação prática dos conhecimentos adquiridos em diversas disciplinas do curso através de análise de situações concretas e da realização de exercícios de aplicação e, em alguns casos, fazer a síntese de questões tratadas em outras disciplinas. Competências Faz o uso adequado do computador; Opera eficientemente com os pacotes integrados da MS-Office; Entende sobre a ergonomia da Informática; Conhece a origem da informática e sua evolução. Objectivos gerais da disciplina No final da disciplina, o estudante deverá: Compreender as possibilidades do uso do computador na vida moderna; Compreender a organização e gestão da informação; Compreender a importância de software comercial na gestão das instituições e saber trabalhar correctamente com ele; Conhecer o que existe em Moçambique em termos de novas tecnologias de informação e como se pode usar Plano temático

No Tema Horas de contacto Estudo

1 Introdução ás TIC’s 6 4

2 Conceitos Básicos da Informática: Conceito de Informação e Dados. Processamento de Dados

8 10

3 Software comercial (Word, Power Point, Excel, Access, etc.) 14 10 4 Software e aplicações educacionais 8 4 5 Noções sobre redes de computadores e serviços Internet 6 12 Total 48 42 Estratégia e Metodologia

190Sendo a disciplina de Práticas de Informática uma disciplina de “resumo” das outras de especialidade, deve ser encarada numa perspectiva multidisciplinar, em que os estudantes podem ter uma formação de base em qualquer disciplina, experiência de trabalho em computadores e sobretudo interesse no desenvolvimento desta actividade. Por um lado, esta é uma disciplina eminentemente prática pelo que se deve centrar sobretudo em trabalhos a realizar pelos estudantes, como forma de aprendizagem e de avaliação dos resultados. As actividades curriculares devem orientar-se pelos seguintes aspectos: A disciplina deve ser eminentemente prática; Os estudantes devem realizar trabalhos individuais durante o curso. Esses trabalhos devem ser definidos no início do curso, para que os estudantes seleccionem temas do seu interesse; Deve-se estabelecer intercâmbio com outras Universidades ou Instituições nacionais ou estrangeiras para troca de experiências e para acompanhar os avanços científicos e tecnológicos nesta área; Deve criar-se um site de divulgação da actualidade Informática e das experiências realizadas para incentivar a curiosidade e o interesse pela Informática.

Meios Gabinete de Informática. Software de modelação. Browser e acesso à internet. Módulos de computadores fora de uso: placas de memória, placas de redes, motherboard, gabinetes, teclados, etc. Guias de utilização dos programas. Avaliação Embora os conteúdos de ensino-aprendizagem pertençam tanto ao domínio dos conhecimentos como ao domínio das atitudes e capacidades, esta disciplina é essencialmente prática e, portanto, a avaliação deve ser feita com base em trabalhos e relatórios realizados ao longo das aulas práticas e seminários pelos estudantes, bem como no seu empenhamento nestes trabalhos. Os aspectos a avaliar num trabalho devem ser definidos a priori pelo professor da disciplina e podem ser, entre outros, os seguintes: Os objectivos do trabalho estão claramente identificados? A apresentação gráfica do trabalho faz uso adequado e correcto das potencialidades e capacidades dos programas utilizados?

Bibliografia AZUL, A. A.: Introdução às Tecnologias de Informação. Vol 1. Porto Editora, Porto. 1998 COELHO, P.: Manual Completo de Internet Explorer. 4a Edição. Lisboa, FCA. 1998 COELHO, P.: XML - Nova Línguagem da Web. 2a edição. 1998 SOUSA, S.: Computadores para Nós Todos, FCA Editora de Informática. 2000 VALENTE, P. Introdução à Informática e Computadores. Porto Editora, Porto. 1989

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Disciplina- Técnicas de Expressão em Língua Portuguesa Tipo- Nuclear Nível - 1Ano - 1º Semestre - 1º Créditos – 4= 100 horas (48 de contacto e 52 de estudo) 1. Introdução O reconhecimento da importância de que a língua se reveste para o Homem a ela estar vinculado de modo que nela e por ela manifesta as suas diversas formas de pensar, sentir, agir e comunicar, implica que ela seja entendida como elemento mediador da compreensão /expressão oral e escrita, meio de conhecimento, apropriação e intervenção na realidade exterior e interior. Ela assegura o desenvolvimento integrado das competências comunicativa e linguística. Considerando que é a Língua Portuguesa a que organiza os saberes curriculares das outras disciplinas, este programa preconiza, por um lado, a aquisição de determinadas técnicas de expressão e, por outro, o desenvolvimento de capacidades e aptidões que permitam ao sujeito de aprendizagem uma compreensão crítica das outras matérias de estudo e uma preparação eficiente para a sua profissão. Numa perspectiva de que o programa se destina a discentes de diferentes cursos, cada um com a sua especificidade, optou-se por uma apresentação genérica dos objectivos e conteúdos programáticos. Orientando-se os objectivos para o desenvolvimento da competência comunicativa e produtiva, será da responsabilidade do professor, a partir da análise da textualidade dos discentes, fazer o levantamento dos conteúdos gramaticais, a par dos propostos, que considera necessários para a reflexão, de modo a serem supridos os problemas existentes ao nível da competência linguística. Assim, cabe ao professor organizar exercícios gramaticais, estruturais ou de conceitualização, consoante os objectivos e as necessidades reais dos sujeitos de aprendizagem. Nesse espírito, apresentamos o presente programa de Língua Portuguesa e Técnicas de Expressão, reformulado no âmbito da revisão curricular em 2003, passando a disciplina semestral e novamente revisto tendo em conta as constatações e observações feitas ao programa anterior e a necessidade cada vez crescente de responder às exigências dos discentes, candidatos a professores, dos diferentes cursos ministrados pela UP. O programa visa desenvolver a compreensão oral e escrita em diferentes situações e fornecer instrumentos que permitam a manipulação de diferentes tipos de texto, tendo em conta o público a que se destina. 2. Competências Os estudantes deverão: Utilizar a língua como instrumento de aquisição de novas aprendizagens para a compreensão e análise da realidade;

192Aperfeiçoar o uso da língua tendo em conta as suas componentes e seu funcionamento. 3. Objectivos gerais Desenvolver a competência comunicativa em Língua Portuguesa, na oralidade e na escrita, de forma apropriada a diferentes situações de comunicação, perspectivando os discursos tendo em vista a integração do sujeito de aprendizagem no seu meio socioprofissional; Conhecer o funcionamento específico da pluralidade de discursos que os discentes manipulam quotidianamente nas disciplinas curriculares. Desenvolver o conhecimento da língua e da comunicação, através de uma reflexão metódica e crítica sobre a estrutura do sistema linguístico, nas componentes fonológica,morfo-sintáctica, lexical, semântica e pragmática. 4. Conteúdos (plano temático) Temas Conteúdos

contacto estudo 1. Textos escritos de organização e pesquisa de dados

Tomada de notas Técnicas de economia textual Resumo Plano do texto Unidades de significação Regras de elaboração de resumo

6 8

2. Textos orais ou escritos de natureza didáctica ou cientifica Texto Expositivo-Explicativo A intenção de comunicação A organização retórica e discursiva As características linguísticas A coerência e progressão textual

7

3 Texto Argumentativo Conceito de argumentação A organização retórica do texto Organização discursiva do texto Teses e argumentos Práticas discursivas

7

8

4. Composição Escrita Planificação Produção Reconhecimento de esquemas de compreensão global

7 7

5. Expressão e compreensão oral Princípios orientadores da conversação Formas de tratamento Tipos e formas de frase Oralidade

7 7

6, Textos Funcionais /administrativos A Acta O Relatório

7 7

193O Sumário O CV

7. Reflexão sobre a língua Ortografia, acentuação, pontuação, translineação. A Frase Complexa – coordenação e subordinação Catogorias gramaticais Campos semânticos e relações lexicais.

7 8

48 52

5. Métodos e Estratégias de Ensino-Aprendizagem Do ponto de vista metodológico considera-se que, para atingir os objectivos traçados, o discente tem que praticar a língua portuguesa na oralidade e na escrita. Deste modo, todas as actividades seleccionadas pelo professor devem partir essencialmente da prática do sujeito de aprendizagem. Aconselha-se a escolha de textos relacionados com as temáticas de cada curso assim como, sempre que possível e outros materiais para o alargamento da cultura geral. Da mesma forma, aconselha-se a utilização de textos completos, reflectindo sobre as estruturas textuais, não se limitando apenas a nível oracional. O professor deverá procurar diversificar os meios de ensino em função dos temas a abordar e, naturalmente, de acordo com as condições reais da instituição. Avaliação A avaliação deverá processar-se de uma forma contínua, sistemática e periódica. O tipo de avaliação corresponderá aos objectivos definidos incidindo sobre: - Composição oral e escrita; - Expressão oral e escrita. Assim, são considerados instrumentos de avaliação: - Trabalhos individuais, orais e escritos, a elaborar dentro das horas de contacto e/ ou do tempo de estudo; - Testes escritos (mínimo de dois). A nota de frequência a atribuir no fim do Semestre será a média dos resultados obtidos em cada um dos objectivos definidos, avaliados nos trabalhos e / ou testes. Haverá um exame final do Semestre que consistirá numa prova escrita. A nota final do Semestre será calculada com base na nota de frequência (com peso de 60%) e na nota de exame (com peso 40%). Bibliografia Básica BOAVENTURA, Edivaldo M. Metodologia de Pesquisa: Monografia, Dissertação, Teses. São Paulo. Atlas, 2003.

194CARRILHO, M.J. e ARROJA, M. Programa de Língua Portuguesa e Técnicas de Expressão. Maputo,Instituto Superior Pedagógico, 199... CUNHA, C. & CINTRA, L. Breve Gramática do Português Contemporâneo. 14ª ed. Lisboa, Sá da Costa, 2001. DIAS, D., Cordas, J. & MOTA, M. Em Português Claro. Porto editora, 2006. FIGUEIREDO, O. M. & BIZARRO, R. Da Palavra ao Texto-Gramatica de Língua Portuguesa. Porto, ASA, 1999. FILHO, d’Silva. Prontuário: Erros Corrigidos de Português. 4ª ed. Lisboa, Textos editores. JUCQUOIS, Gui. Redacção e Composição. Lisboa. Editorial presença, 1998. LAKATOS, E.M. & MARCONI, M. de Andrade.Metodologia Científica.5ª ed., São Paulo, Atlas, sd. LUFT, Celso Pedro. Dicionário Prático de Regência Nominal. São Paulo. Ática, 2002. MARQUES, A.L. Motivar para a Escrita: Um Guia para Professores, Lisboa, 2003. MATEUS, et. al.. Gramática da Língua Portuguesa. 2ª ed.,Lisboa, caminho, 1989 MAVALE, Cecília. Resumo(Apontamentos). Maputo, UP, 1997. SANTOS, Odete et.al. Outras Palavras.Português. Lisboa, Textos Editora, 1990. PRONTUÁRIO ORTOGRÁFICO DE LÍNGUA PORTUGUESA. 47ª ed., Lisboa. Editorial Notícias, 2004. REI, J., Esteves. Curso de Redacção II - O Texto. Porto editora. 1995. SAMPAIO, J. & MCLNTYRE, B. Coloquail Portuguise-The complete course for beginners. 2ªed. Landon and New York, 2002. SERAFINI, Maria Teresa. Como se Faz um Trabalho Escolar. Lisboa, Editorial Presença, 1996. SERAFINI, Maria Teresa. Saber Estudar e Aprender. Lisboa, Editorial Presença, 2001. SOARES, M.A. Como Fazer um Resumo. 2ª edição, Lisboa. Editorial, presença, 2004. TRIVINOS, A.N.S. Introdução à Pesquisa em Ciências Sociais. A pesquisa qualitativaem Educação. São Paulo. Atlas, s.d. VENTURA, H. & CASEIRO, M.. Dicionário prático de verbos seguidos de preposições. 2ª editorial Lisboa. Fim de Século, 1992. VILELA, Mário. Gramática da Língua Portuguesa. Coimbra, Almedina, 1999. Docentes A disciplina será leccionada por docentes da FL.

195 Disciplinas da Componente de Formação Educacional(Formação de Formadores)

ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)

Departamento de Ciências Agro-pecuárias Disciplina – Psicologia Geral Código- Tipo - Nuclear Nível - 1 Ano - 3º Semestre - 1 Créditos - 4 = 75 horas (48 de contacto + 27de estudo). 1.Introdução Os conteúdos que corporizam o presente programa são de acessível assimilação para os estudantes destinatários e estão organizados de modo a capacitar e habilitar os estudantes de conhecimentos teóricos e práticos para as suas futuras actividades como profissionais. A disciplina de psicologia geral pretende fornecer aos estudantes conhecimentos que permitam compreender o homem como uma unidade bio-psico-socio-cultural. Neste contexto serão conceitos fundamentais sobre o desenvolvimento cognitivo, psico-social, psico-sexual e moral do ser humano, com objectivo de fornecer elementos sobre os processos psíquicos e cognitivos e sobre a esfera emocional, sentimental e evolutiva da personalidade. 2.Competências Competências básicas exigidas nesta cadeira são as seguintes: Domina teórica e praticamente os conteúdos desta disciplina; Integra saberes com outras disciplinas; Observa, interpretar e intervir em situações anómalas dos alunos na escola; Dá apoio psicopedagógico aos alunos, pais e outros interessados. 3.Objetivos gerais No fim desta cadeira o estudante deverá conhecer: A diferença entre a Psicologia de senso comum e a Psicologia Científica, objecto, métodos, princípios, tipos de Psicologias assim como áreas de aplicação dos conhecimentos Psicológicos; Fundamentos biológicos, sociais, genéticos do comportamento; surgimento da consciência, teorias do psiquismo; Conceito de desenvolvimento, seus factores; desenvolvimento psicosexual; psicossocial; cognitivo e moral; teorias da personalidade e propriedades individuais da personalidade; Processos psíquicos cognitivos; Esfera emocional e sentimental da personalidade.

196 4. Plano temático Nº Tema Horas de

contacto Horas de estudo

1 Psicologia como Ciência Pensamento Psicológico antes e depois do séc. XVIII; Métodos, princípios, objecto e estrutura da Psicologia; Psicologia do senso comum e Psicologia Científica.

8 5

2 Desenvolvimento do Psíquico e da Consciência HumanaO homem como unidade bio-psico-sócio-cultural; Fundamentos biológicos da conduta; Psicofisiologia do sistema nervoso; O papel da hereditariedade e do meio na conduta; Desenvolvimento filogenético do psíquico e suas teorias; Surgimento da consciência no processo da Actividade humana.

8 5

3 Psicologia Evolutiva e da Personalidade 1. Conceito de desenvolvimento; Factores de desenvolvimento e de crescimento; Desenvolvimento e a socialização; Desenvolvimentos (cognitivo, psicossocail, psicosexual e moral).

8 3

4 Psicologia Evolutiva e da Personalidade 2. Conceito de personalidade e sua estrutura; Factores gerais que influenciam a Personalidade; Teorias da Personalidade; Propriedades individuais da Personalidade

8 3

5 Processos Psíquicos Cognitivos.Conceito de sensação, percepção, memória, pensamento e imaginação; Leis, características, propriedades ou particularidades dos processos psíquicos; Teorias dos processos psíquicos ; Mecanismos fisiológicos dos processos psíquicos; Tipos de processos psíquicos; Perturbaçãoes dos processos psíquicos; Pensamento e linguagem suas relações, aquisição e desenvolvimento.

8

6 Esfera Emocional, Sentimental e Volitiva da Personalidade.Conceitos de sentimento, emoções e vontade; Bases fisiológicas dos sentimentos, emoções e vontade; Funções dos sentimentos, emoções e vontade; Características das emoções dos sentimentos e da vontade; Teorias e tipos das emoções, sentimentos e da vontade; Perturbações da vontade, dos sentimentos e das emoções; Diferenças entre emoções humanas dos animais.

8

3

Total 48 27

197 Docentes: A disciplina será leccionada por docentes da FCP. 5. Métodos de ensino e aprendizagem Para a concretização dos objetivos deste programa propõe-se a seguinte metodologia de trabalho: Conferências; Seminários; Leituras e discussões de textos; Estudos em grupo; Trabalhos de campo; Estudos de casos. 6. Avaliação. Sistema de avaliação proposto está em conformidade com o sistema de avaliação em vigor na U.P. Assim serão avaliadas todas as actividades que forem executadas ao longo do processo de ensino-aprendizagem, devendo ser destacadas as eguintes: Trabalho escrito no fim de cada capítulo; Trabalhos apresentados quer individualmente ou em grupo; Seminários, teses e exame 8. Bibliografia ADELINO, Cardoso et al., Rumos de Psicologia. Lisboa, Portugal, Editora Rumos, 1993. DAVIDOFF, L.. Introdução à Psicologia. São Paulo, Brasil, Editora, McGraw-Hill Lda, 1987. GUY, Rocher. Sociologia Geral: a organização social, Lisboa, Portugal, Editora, Presença, 1999. LEONTIEV, A.. O desenvolvimento do Psiquismo. Lisboa-Portugal, Editora, Progresso, 1978. MICHEL e FRANÇOIS Gauquelin. Dicionário de Psicologia. São Paulo, Editora Verbo, 1978. MULLER, F.L. História da Psicologia. vol. I e II. São Paulo, Brasil, Publicações Europa/América, 1976. PETROVSKY, A.. Psicologia Geral. Moscovo , URSS, Editora, Progresso, 1980. PIAGET, Jean. Seis estudos de Psicologia. Lisboa, Portugal, Editora, Dom Quixote, 1977. PSICOLOGIA MODERNA. Os 10 grandes de Psicologia: (Pavlov, Watson, Skinner, Kohler, Lorenz, Binnet, Montessori, Piaget, Kinsey, Master e Johnson). Editora Verbo, Lisboa, Portugal e São Paulo, Brasil, 1984. ROCHA, A. , FIDALGO, Z. Psicologia. Lisboa , Portugal, Editora, Texto Lda, 1998. SPRINTAHALL, Norman e SPRINTAHALL, Richard C.. Psicologia Educacional, Portugal, 1993. SUZZARINE, F.. A memória. São Paulo, Brasil, Editora, Verbo, 1986. WALOON, H.. Objectivos e métodos de Psicologia. Lisboa , Portugal, 1980. WITTING, A.. Psicologia Geral. São Paulo, Brasil, 1981.

198

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Disciplina – Psicologia de Aprendizagem Código - Tipo – Nuclear Nível – 1 Ano – 3º Semestre -2º Créditos – 5 = 125horas (48 de contacto + 77 de estudo) 1. Introdução Os conteúdos relacionados á psicologia de aprendizagem focalizam o desenvolvimento do ser humano e as teorias do psíquico, visam dotar as teorias de aprendizagem, os objectivos educativos, a formação de motivos, e atitudes de aprendizagem, os processos cognitivos e aprendizagem, a memória e formação do carácter sobre a personalidade do professor na actividade do ensino-aprendizagem. 2. Competências Reconhece as perturbações de aprendizagem dos alunos; Investiga aspectos psicológicos subjacentes ao processo de ensino-aprendizagem; Estabelece a interdisciplinaridade no âmbito de ensino-aprendizagem. 3.Objectivos Gerais O estudo da Psicologia de Aprendizagem visa levar o estudante a ser capaz de: Definir o objecto da Psicologia de Aprendizagem; Comparar as teorias da aprendizagem da época contemporânea; Identificar as leis psicológicas de aprendizagem; Reconhecer perturbações de aprendizagem; Diagnosticar aspectos psicológicos subjacentes a aprendizagem. 4. Pré-requisitos A aprovação na disciplina de Psicologia Geral constitui requisito para frequentar esta disciplina. 5. Plano Temático Temas Horas de

contacto Horas de estudo

199I. Psicologia de Desenvolvimento 1. A Psicologia de Desenvolvimento; 1.1. O Objecto da Psicologia de Desenvolvimento; 1.2. Breve Resenha Histórica do Surgimento da Psicologia de Desenvolvimento; 1.3. A Psicologia de Desenvolvimento e a Actividade do Educador; 1.3. Relação entre a Psicologia de Desenvolvimento e outras Disciplinas.

3 5

2. Desenvolvimento do ser humano 2.1. Conceito de desenvolvimento Psíquico; 2.2. Factores de desenvolvimento.

3 5

3. Teorias de desenvolvimento psíquico 3.1. O Desenvolvimento Psíquico da Criança dos 0 aos 16 Anos Segundo Freud; 3.2. O Desenvolvimento Psíquico da Criança dos 0 aos 16 Anos Segundo Piaget; 3.3. O Desenvolvimento Psíquico da Criança dos 0 aos 16 Anos Segundo Vygotsky e Leontiev; 3.4. O Desenvolvimento Psíquico do Adulto.

3 5

4. Psicologia de Aprendizagem 4.1. Breve Resenha Histórica do Surgimento da Psicologia de Aprendizagem; 4.2. O Objecto da Psicologia de Aprendizagem; 4.3. A Psicologia de Aprendizagem e a Actividade do Educador; 4.4. Relação entre a Psicologia de Aprendizagem e outras Ciências.

6 5

5. Teorias de aprendizagem 5.1. Teorias de Aprendizagem Behavioristas; 5.2. Teorias de Aprendizagem Social; 5.3. Teorias de Aprendizagem Cognitivas Gestaltistas e de Campo; 5.4. Teorias de Aprendizagem Interaccionistas de Piaget, Vygotsky, Bruner e Ausubel; 5.5. O Modelo Informático.

6 5

6. Objectivos educacionais 6.1. Taxonomias de Objectivos Educacionais; 6.2. Operacionalização de Objectivos Educacionais.

3 5

7. Conteúdos do Processo de Ensino Aprendizagem 3 6 8. A Formação de Motivos e Atitudes de Aprendizagem 3 6 9. Processos cognitivos e aprendizagem 9.1. O Papel da Sensações, Percepções, Imagens no Processo de Cognição; 9.2. Pensamento e Ensino-Aprendizagem; 9.3. A Formação de Noções.

3 6

10. Memória e aprendizagem 3 6 11. A Formação do Carácter; 11.1. O Desenvolvimento Moral segundo Piaget; 11.2. O Desenvolvimento Moral segundo Kohlberg.

3 6

12. Perturbações de Aprendizagem e de Comportamento 3 6 13. A Personalidade do Professor e a Actividade de Ensino-Aprendizagem 3 6 14. Aspectos Psicológicos da Avaliação 3 5 Total 48 77 Docentes: A disciplina será leccionada por docentes da FCP. 5. Métodos de ensino-aprenizagem No início da leccionação da disciplina de Psicologia da Aprendizagem os estudantes receberão o respectivo programa e bibliografia, bem como indicações metodológicas e de avalição. A disciplina de Psicologia de Desenvolvimento e de Aprendizagem leccionar-se-á com base numa metodologia participativa, em que no centro estarão seminários, debates entre os estudantes seguidos da síntese final pelo docente.

200Temas seleccionados serão apresentados em forma de conferências. Os estudantes também serão orientados para a observação nas escolas como forma de colher dados para a analise ou para ilustrar factos tratados nas aulas. 6. Avaliação A avaliação dos estudantes obedecerá ao Regulamento de Avaliação. Assim serão avaliadas todas as actividades que forem executadas ao longo do processo de ensino-aprendizagem, devendo ser destacadas as eguintes: Trabalho escrito no fim de cada capítulo; Trabalhos apresentados quer individualmente ou em grupo; Seminários, teses; Exames. 7. Língua Português 8. Bibliografia ABRUNHOSA, M. A. e LEITÃO, M. Introdução à Psicologia, Vol 2. Porto, Edições ASA, 1982. COLECTIVO DE AUTORES. Motivação e Aprendizagem. Porto, Edição Contraponto, 1986. CRAIN, W.. Theories of Development, Concepts and Applications. 3.ed. New Jersey, Prentice Hall, 1992. DE LA TAILLE, Y. ; OLIVEIRA, M. K. e DANTAS, H. Teorias Psicogenéticas em Discussão. 5ª ed. São paulo, Summus Editorial, 1994. ERLEBACH, E.. Psicologia, Textos de Estudo II. Halle, Escola Superior de Halle, 1988. OLIVEIRA, M. K. Vygotsky, Aprendizado e Desenvolvimento. Um Processo Sócio-Histórico. São Paulo, Editora Scipione, 1994. ROSS, A. O. Aspectos Psicológicos dos Distúrbios de Aprendizagem e Dificuldades na Leitura. São Paulo, Mcgraw-Hill, 1979. SPRINTHALL, N. A. e SPRINTHALL, R. C. Psicologia Educacional, Uma Abordagem Desenvolvimentista. Lisboa, Mcgraw-Hill, 1993. TAVARES, J. e ALARCÃO, I.. Psicologia de Desenvolvimento e de Aprendizagem. Coimbra, Coimbra Almedina, 1990.

201

202

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Disciplina: Didáctica Profissional de Agro-pecuáriaI Didatica I Codigo: Tipo – Nuclear Nível – 1 Ano – 4º Semestre – 1º Creditos – 6=150 horas (80 contacto + 70 de estudo) 1. Introdução A Didáctica Profissional constitui o pilar fundamental da formação do professor do ensino técnico profissional na UP. É através dela que se molda o perfil do futuro professor do Ensino técnico básico e Médio. Precedem a Didáctica Profissional disciplinas psico-pedagógicas e a Didáctica Geral. A didáctica profissional é uma disciplina semelhante a muitas outras disciplinas do curso de agropecuária, que tem como objectivos propor a compreensão e clarificação de Conceitos básicos sobre as relações de conhecimento científico-didáctico numa perspectiva de reconhecimento da importância destes saber no processo de ensino aprendizagem. Ela deve abranger diferentes aspectos que permitam ao futuro formador adquirir conhecimentos e capacidades adequadas para ter uma visão ampla na abordagem dos conteúdos ou questões profissionais, desenvolvendo continuamente as competências profissionais exigidas no mercado de trabalho. Ela tem também como objectivo ampliar o conhecimento do futuro formador de modo a ser capaz de integrar os conhecimentos da área específica, psico- pedagógica e realidade da escola e da empresa. Para além disso o formador deve ser capaz de utilizar os conhecimentos adquiridos na sua área específica e procurar estratégias inovadoras para desenvolver e implementar concepções que visam melhorar a qualidade de formação nas instituições técnicas. A didáctica profissional deve no âmbito da reforma do ensino técnico profissional fornecer subsídios para que o futuro formador esteja em condições de encontrar possibilidades de realização do processo de ensino aprendizagem orientado ao mercado do emprego e auto sustento. 2.Competências Usa os conhecimentos sobre funções, objectivos, conteúdos e realização didáctica das aulas da disciplina de especialidade; Desenvolve capacidades e habilidades do conhecimentos teóricos sobre o processo de ensino-aprendizagem; Forma formadores, gestores e pesquisadores qualificados para a execução das actividades de ensino , aprendizagem e planificação educacional; 3. Objectivos Transmitir conhecimentos sobre funções, objectivos, conteúdos e realização didáctica das aulas da disciplina de especialidade;

203Desenvolver capacidades e habilidades para uma aplicação correcta dos conhecimentos teóricos sobre o processo de ensino-aprendizagem nas aulas da disciplina específica; Desenvolver interesse pela profissão assim como atitudes e convicções que servem para o melhoramento da qualidade do processo de ensino-aprendizagem nas instituições do ensino técnico profissional. Capacitar os formadores, gestores de Educação e de Escolas para ter uma visão multi profissional no Âmbito de Gestão educacional e escolar; Formar formadores, gestores e pesquisadores qualificados para a execução das actividades de ensino e aprendizagem planificação educacional; 4. Plano Temático

No de ordem

Tema Horas de contacto

Horas de estudo

1 História e sistemática da Didáctica profissional 11 10 2 Teorias da Didáctica Profissional contexto da formação, capacitação e

gestão dos processos de ensino aprendizagem 11 10

3 Noções sobre concepções contextualizadas da formação de especialidade 11 10 4 Concepção didáctico-metodologica de formação : 12 10 5 Metodologia para desenvolvimento de Concepções 11

10 6 Técnicas de concepção de projectos de desenvolvimento e de currículos

de formação técnicas e gestão educacional e escolar 12 10

7 Relação entre as aulas e as sugestões metodológicas vigentes nos programas de ensino

12 10

Total 80 70

204

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Didatica Profissional de Agropecuaria II Codigo: Tipo – Nuclear Nível – 1 Ano – 4º Semestre – 2º Creditos – 6=150 horas ( 80contacto + 70 de estudo) 1. Competências Elabora o plano de aula e relaciona o quotidiano com o processo de ensino -aprendizagem; Concebe as microaulas e apresenta em plenária 2. Objectivos Promover a compreensão dos diferentes processos de saber em formação, Ensino aprendizagem e gestão educacional; Planificar as aulas e propor as funções e metodos básicos em função do tipo de aula; Contribuir para a formação de formadores, gestores profissionais que possam intervir criticamente na organização, realização e gerência dos processos de ensino e aprendizagem, administrativos e educativos. 3. Plano Temático Nr de ord Tema Horas de

contacto Horas de estudo

1 Estratégias de aprendizagem do ensino de agro-pecuária no ESG

13 12

2 Demonstração de estratégias para a concepção de meios didácticos

13 12

3 Classificação dos métodos de ensino 13 12 4 Funções dos meios didácticos 13 12 Funções didácticas e a estrutura do ensino 13 12 Conceito do quadro mural 13 12 5 Planificação das aulas e sua importância 13 13 6 Diferença entre o plano de micro-aula e de

lição 14 13

TOTAL 80 70 Docentes: Brígida Singo & Florência Jonasse

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Disciplina – Fundamentos de Pedagogia Código - Tipo – Nuclear Nível – 1 Ano – 3 Semestre - 1° Créditos – 5 = 125(48de contacto+ 77 de estudo) 1. Introdução O presente programa destina-se ás faculdades de educação física e desportos, ciências sociais, naturais e matemática; os conteúdos são de carácter geral visando capacitar e habilitar os estudantes no âmbito docente-educativo, instrutivo e ensino nas suas áreas de especialidades. No que respeita a questão prática, o programa preconiza a ligação constante da teoria com a prática docente educativa. 2. Competências Interpreta as categorias pedagógicas na prática de educação; Planifica o processo pedagógico na prática educativa; Reflecte sobre o pensamento pedagógico e o seu carácter prático na actualidade. 3. Objectivos Gerais Explicar o significado de pedagogia e seu objecto de estudo; Compreender as categorias pedagógicas; Fundamentar a inter-relação entre as categorias pedagógicas; Distinguir, entre outros factores, a contribuição da educação para a formação da personalidade; Reflectir sobre o carácter de classe de educação; Fundamentar a contribuição das ciências afins na compreensão do fenómeno educativo; Analisar criticamente a prática da educação em Moçambique em diferentes momentos históricos Avaliar a prática educativa no contexto das tendências actuais em Moçambique. 4. Conteúdos (plano temático) Nº Tema Horas

de contacto

Horas de estudo

1 A Ciência pedagógica e seu objecto Significado de pedagogia como reflexão sobre educação; Educação objecto de Pedagogia: significado e tipos de

206educação; A educação científica como resultado do desenvolvimento do património sociocultural, científico da humanidade; As categorias da pedagogia – alguns requisitos do carácter científico da pedagogia.

12 12

2 A Pedagogia no sistema das Ciências da educação O carácter sistemático da ciência pedagógica; Os fundamentos científicos da pedagogia.

10 10

3 A necessidade de reflexão sobre a educação e sua prática no campo da Pedagogia Função social da educação; Função cultural da educação; Contribuição para a formação da personalidade: interacção com outros factores; A educabilidade do homem; Planificação, direcção e organização do processo; pedagógico, as tendências ou correntes pedagógicas e alguns modelos pedagógicos actuais.

14

10

4 O carácter histórico-social da educação – caso de Moçambique As formações sociopolíticas e o carácter/função da educação; Finalidades e objectivos da educação em Moçambique em diferentes momentos históricos; Desafios da educação contemporânea.

12

10

Total 48 42 Docentes: A disciplina será leccionada por docentes da FCP. Métodos de ensino-aprendizagem O ensino dos conteúdos temáticos da Didáctica assenta na problematização e na análise de situações-problema e/ou casos. Esses momentos intercalar-se-ão com exposição dialogada. A partir da problematização ou de situações-problema pretende-se promover: Debates; Discussão; Reflexões críticas; Seminários; Estudos de caso. Avaliação A avaliação é caracteristicamente formativa e/ou reguladora e sistemática. O seu conteúdo e objecto serão a análise de situações e da realidade da educação em Moçambique a partir de factos, experiências dos estudantes. Os trabalhos a avaliar serão apresentados sob a forma de diários reflexivos, relatórios, testes dissertativos, análise de realidade educativa. Língua de ensino Português Bibliografia

207FILHO, G. F. Panorâmica das tendências e práticas pedagógicas, São Paulo, Editora Átomo, 2004. FREIRE, P. Pedagogia do oprimido, 17. Ed., Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1987. GADOTTI, M. História das ideias pedagógicas, 8 ed., São Paulo, Ática, 2008. MARQUES, R. Modelos pedagógicos actuais, Lisboa, Plátano Edições Técnicas, 1999. OLIVEIRA, I. A. Filosofia da educação: reflexões e debates, Petrópolis, Rio de Janeiro, Vozes, 2006. SAVIN, N. V. Fundamentos generales de la pedagogia, La Habana, Editorial Pueblo y Educación, 1977. SIERRA SALCEDO, R. A. La estratégia pedagógica, su diseño e implementación, La Habana, Editorial Pueblo y Educación, 2008. VEIGA, A. A educação hoje, 7. Ed., Vila Nova de Gaia, Editorial Perpétuo Socorro, 2005.

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Disciplina: Pedagogia por Alternância Tipo-nuclear Nível: 1 Ano-2º Semestre: 1º Créditos - 5=125 horas (48 contacto + 77 de estudo) 1. Introdução A alteranância não é uma mera justa posição de espaços e de tempos, uns dedicados ao trabalho e outros ao estudo. O currículo integra esses dois polos despertando na coinciência dos alunos, das famílias, das comunidades, das instâncias políticas e técnicas. Um projecto de desenvolvimento nacional integrador dos recursos naturais no campo e socorre quando são aplicadas na base de competências, dada pelos instrumentos didácticos específicos. Isso ocorre em aspectos didácticos específicos como plano de formação e de estudos, colocação em comum, caderno de síntese da realidade do aluno, fichas didácticas, visitas de estudos, visita a família do aluno, projectos profissionais ou experiências do aluno (estágios) em empresas, caderno de acompanhamento da alternância e avaliação contínua e permanente. Durante as décadas 70 e 80 os educadores juntamente com os demais trabalhadores aprenderam a lutar para colocar na administração pública homens capazes com os objectivos da educação popular e libertadora. O conteúdo essencial da metodologia da alternância é revolucionário porque visa nesses termos a mudança radical da relação camponês-aluno-professor para que este seja um professional competente dessa pedagogia. O objectivo da alternância é estabelecer uma dialética integradora entre campo e cidade afim de que o primeiro se enriqueça em diferentes vertentes e a segunda avalie as competências dos alunos. O campo deve produzir suas infra-estruturas básicas, seus serviços sociais e culturais de bem estar, suas organizações produtivas e comerciais autónomas, de forma que a vida no campo não seja apática, miserável e desesperadora. As pessoas que moram no campo não podem pensar na cidade como único horizonte do bem-estar e da abundância do mesmo modo o habitante da cidade não pode continuar a pensar no campo de forma folcrórica substimando seus habitantes como seres inferiores que devem ser assistidos e explorados. 2. Competências Conhece a fórmula básica da pedagogia da alternância; Identifica a pedagogia da alternância como técnica didáctica efectiva; Enumera os instrumentos didácticos específicos da pedagogia por alternância. 3. Objectivos Gerais Conhecer o mecanismo da militância pedagógico-alternância; Relacionar a actividade prática na escola e na comunidade; Identificar a metodologia da formação pedagógica inical; Desenhar planos de formação na pedagogia da alternância e monitar Desenvolve habilidades na profissão, monitoria e busca do reconhecimento

2094. Conteúdos (plano temático) Nº Tema Horas

de contacto

Horas de estudo

1 Introdução a pedagogia por alternância 7

11

2 Militância e profissionalismo na educação do homem do campo

7

3 O relacionamento do monitor com autores da alternância

7

4 Alternância e as intervenções externas 7 5 A profissão como forma de reconhecimento 7 6 Dispositivos da articulação em pedagogia por alternância 7 7 Pedagogia da terra em alternância e formação universitária 6 Total 48 77 Docentes: A disciplina será leccionada por docentes de Agro-pecuária Métodos de ensino-aprendizagem O ensino dos conteúdos temáticos da Didáctica assenta na problematização e na análise de situações-problema e/ou casos. Esses momentos intercalar-se-ão com exposição dialogada. A partir da problematização ou de situações-problema pretende-se promover: Debates; Discussão; Reflexões críticas; Seminários; Estudos de caso. Avaliação A avaliação é caracteristicamente formativa e/ou reguladora e sistemática. O seu conteúdo e objecto serão a análise de situações e da realidade da educação em Moçambique a partir de factos, experiências dos estudantes. Os trabalhos a avaliar serão apresentados sob a forma de diários reflexivos, relatórios, testes dissertativos, análise de realidade educativa. Língua de ensino Português Bibliografia FILHO, G. F. Panorâmica das tendências e práticas pedagógicas, São Paulo, Editora Átomo, 2004. FREIRE, P. Pedagogia do oprimido, 17. Ed., Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1987. GADOTTI, M. História das ideias pedagógicas, 8 ed., São Paulo, Ática, 2008. MARQUES, R. Modelos pedagógicos actuais, Lisboa, Plátano Edições Técnicas, 1999. OLIVEIRA, I. A. Filosofia da educação: reflexões e debates, Petrópolis, Rio de Janeiro, Vozes, 2006.

210SAVIN, N. V. Fundamentos generales de la pedagogia, La Habana, Editorial Pueblo y Educación, 1977. SIERRA SALCEDO, R. A. La estratégia pedagógica, su diseño e implementación, La Habana, Editorial Pueblo y Educación, 2008. VEIGA, A. A educação hoje, 7. Ed., Vila Nova de Gaia, Editorial Perpétuo Socorro, 2005.

211Abordagem dos temas transversais

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Centro de Estudos de Políticas Educativas Comissão Central de Revisão Curricular Currículo Local 1. Introdução O conhecimento acumulado na humanidade é obra de artesãos que costuram a partir de suas local(idades), e são esses espaços e tempos culturais que dão sentido e significado aos seus saberes. O currículo é reflexo da participação de artesanatos locais, no diálogo entre as culturas locais (interculturalidade) e entre as áreas de conhecimento (a interdisciplinaridade) Ao se olhar Moçambique, como uma nação, contempla-se, outrossim, uma diversidade de regiões e de grupos étnicos-linguísticos, que retratam não apenas a divisão geográfica, como também, com grande ênfase e em igual proporção, uma multiplicidade de povos com manifestações culturais distintas. Nestas incluem-se a filosofia de vida, a arte, a ciência, a dança, a música, a língua, os rituais religiosos, contemplando um rol de saberes no concernente a formas de ser, conviver, fazer e conhecer o mundo que os rodeia, importantes na formação de suas identidades socioculturais, peculiares, tornando-os diferentes de outros povos, tanto dentro dos limites do país como fora destes. Que processos educativos adoptar, então, de modo a conciliar esta riqueza cultural e a necessidade da construção de uma identidade nacional? Que caminhos a escola deverá percorrer para tornar-se espaço de convivência e não de enfraquecimento das relações e das particularidades comunitárias? Que saberes se tornaram pertinentes na formação da identidade nacional, global, sem ferir as identidades locais? Em suma, que currículo para a escola moçambicana de modo a incluir esta riqueza manifestada pela diversidade cultural? Estas e outras inquietações são primordiais na medida em que se pretende construir um currículo baseado no respeito às culturas autóctones, às culturas locais, enraizado no multiculturalismo. Partimos do pressuposto de que o currículo é cultura e a escola é o espaço privilegiado de transmissão desta, que constitui um documento de identidade de um povo, caracterizando-o nas suas particularidades. O Currículo Local (CL) é uma inovação que em 2004 foi introduzido no âmbito do novo Currículo do Ensino Básico do nosso país e que, de acordo com (TOVELA et al. s/d.: 8), é seu principal objectivo (...) garantir uma formação que responda às reais necessidades da sociedade moçambicana, dotando crianças, jovens e adultos de habilidades, valores e atitudes que lhes permitam ter uma participação plena no desenvolvimento social, cultural e económico da sua comunidade e do país, criando, deste modo, condições para a redução da pobreza absoluta e da vulnerabilidade. A UP tem uma responsabilidade acrescida na consolidação, no aprofundamento e pesquisa das questões mais importantes para a transformação e melhoramento da vida das comunidades. Uma das questões fundamentais da inovação curricular é a do sentido da mudança educativa, isto é, “mudar o paradigma, não mais fazer (melhor) o mesmo” (TORRES, 2001: 82).

212Segundo a mesma autora, um dos conceitos da educação básica para todos é revisitar os conteúdos e os métodos do ensino e da aprendizagem considerados secundários tanto nas pesquisas e discussões como na política e na acção educativa. Aqui reside a necessidade e relevância da introdução do CL na Universidade, instituíção que pela sua natureza de Ensino, Pesquisa e Extensão está em melhores condições de recolher, sistematizar e ressignificar os saberes locais das comunidades à luz da Ciência. Estratégias de implementação do Currículo Local na UP De maneira geral, a Universidade sempre abordou explícita ou implicitamente os temas do currículo local de uma forma marginal, episódica, com freqüência unicamente restrita a determinadas campanhas ou efemérides relacionadas com alguns desses temas. De acordo com o Plano Curricular do Ensino Secundário Geral, a estratégia de abordagem de conteúdos de interesse local é referida como podendo ser através de: valorização de experiências locais no processo de ensino-aprendizagem, articulando os conteúdos propostos nos programas de ensino com a realidade local; círculos de interesse orientados pelo professor integrando, para além de alunos, pessoas da comunidade visando o desenvolvimento de actividades de carácter social, como debates, palestras e sensibilização em relação a diferentes assuntos de relevância social; desenvolvimento de projectos específicos de interesse comunitário orientados pelo professor integrado, para além de alunos e pessoas da comunidade com o objectivo de desenvolver actividades de carácter prático que tenham relevância sócio-económica. No entanto, para o Ensino Superior, pretende-se que a transversalidade não seja interpretada de forma errônea pelos aplicadores do currículo, ou seja, como: a) um conjunto de directrizes de carácter moral e, portanto, atribuível a disciplinas específicas, preparadas academicamente para isso; b) novas disciplinas a acrescentar às clássicas acadêmicas em horário específico, como acontece com as supervisões, ou como disciplinas opcionais; c) unidades didácticas isoladas, anexas a um programa temático cheio de conteúdos académicos de determinadas disciplinas (por exemplo, Física, Português, Inglês, Biologia, apenas para citar algumas), deixando de lado outras disciplinas (por exemplo, Etnomatemática, Educação Ambiental, Ética, etc.); d) temas que o docente pode incluir opcionalmente no currículo, à medida que seja compatível ou reforce o restante do currículo acadêmico; e) um conjunto de temas para distribuir igualmente entre cada uma das disciplinas, forçando os temas acadêmicos a permitirem a entrada de temas transversais; f) uma espécie de infusão que se dilui no currículo que, na prática, venha a não se entender como implementar isso, podendo traduzir-se numa inibição generalizada; g) um conjunto de temas que não mantêm relação alguma entre si, o que só se justifica partindo de uma dimensão reducionista e localista da problemática transversal, limitando extremamente o potencial explicativo dos problemas que afligem actualmente a humanidade. As possíveis interpretações anteriores podem conduzir a uma banalização do conteúdo dos temas transversais ou assegurar um efeito meramente estético. Para levar avante a transversalidade é necessário ir construindo uma nova cultura universitária, o que levaria consigo novas estruturas de acordo com as exigências de implementação e mudanças de currículo na forma de entender a função e a tarefa da universidade. Embora, pelo menos à luz da escassa ênfase que se dá, os temas transversais sejam uma espécie de "adorno inovado" do Sistema Nacional de Educação (SNE), uma forma de responder com ares de modernidade a um novo sistema educativo diante das exigências da globalização, o facto é que a transversalidade é um desafio muito mais importante do que em princípio se pretende propor. Efectivamente, os temas transversais, isto é, a transversalidade, remete inexoravelmente à complexização e à globalização do currículo. Neste contexto sugere-se que os “temas

213transversais” digam respeito a conteúdos de carácter social, que devem ser incluídos no currículo do ensino formal superior, de forma “transversal”, ou seja: não como uma área de conhecimento específica, mas como conteúdo a ser ministrado no interior das várias áreas estabelecidas. Mesmo que um determinado tema possa ser mais pertinente a uma área do que a outra, o factor decisivo do seu grau de inserção em dada área de conhecimento, poderá depender, pelo menos inicialmente, da afinidade e preparação que o docente tenha em relação ao mesmo. Importa salientar que a análise em torno da viabilidade dos “temas transversais” requer esforços de reflexão particularmente direccionados, tendo em vista o carácter de “novidade” que em si comportam, o nível de interdisciplinaridade/ transversalidade requeridos, bem como a necessidade de preparação socializada dos docentes para desenvolverem os temas. A reflexão sobre a viabilidade dos “temas transversais” pode ser iniciada pelas condições do professor para colocar em prática o que determinam as directrizes curriculares do SNE. Avaliação da aprendizagem do currículo local Na avaliação do currículo local é fundamental que se observe a articulação com a avaliação dos conteúdos do programa oficialmente prescrito pela e para a Universidade “integrando as questões locais na avaliação dos conteúdos dos programas de ensino” (TOVELA et al. s/d: 14). Por exemplo, podem ser integradas questões como: (a) identificar as profissões nas quais o ensino formal de Geometria faz parte da formação do profissional; (b) na sua vida, para que as comunidades usam Geometria? (c) mencionar os provérbios e/ou “ditados” típicos locais e interpretá-los; (d) identificar e fazer uma análise comparativa das didácticas específicas na educação quotidiana não-formal, etc. Temas a serem abordados no currículo local Os conteúdos/temas do CL aqui propostos baseiam-se no aprofundamento dos temas levantados pelo Instituto Nacional do Desenvolvimento da Educação (INDE) em “AS SUGESTÕES PARA A ABORDAGEM DO CURRÍCULO LOCAL: Uma Alternativa para a Redução da Vulnerabilidade”. Nesta sentido, é nossa sugestão propor os seguintes temas para serem abordados no Currículo Local na Universidade Pedagógica: Educação Ambiental (conservação e preservação da natureza, saneamento do meio, residuos recicláveis, calamidades naturais, poluíções e problemas ambientais, etc.); Educação de Valores (regras de conduta na comunidade, resolução pacífica de conflitos, equidade, gênero, identidade, cultura e multiculturalismo); Educação Sanitária e Nutricional (doenças mais frequentes na comunidade, prevenção e tratamento, alimentos mais nutritivos na comunidade, plantas terapêuticas locais, etc.); Cultura, História e Economia locais (jogos tradicionais, artesanato, canções e danças tradicionais, instrumentos musicais, gênese dos nomes atribuídos aos vários locais, actividade(s) mais predominante(s) na zona, etc.); Democracia, Paz e Justiça Social (distribuição e/ou partilha das necessidades: (i) fisiológicas; (b) sociológicas; (c) psicológicas; (d) espirituais. 4. Referências bibliográficas TORRES, Rosa Maria. Educação para todos: a tarefa por fazer. Porto Alegre, Artmed, 2001. TOVELA, Samaria (Coord.) e outros. Manual de apoio ao professor. Sugestões para abordagem do currículo local: uma alternativa para a redução da vulnerabilidade. Maputo, INDE , 2004.

214UNIVERSIDADE PEDAGÓGICA.Bases e Directrizes Curriculares dos cursos de graduação da UP. Maputo, UP, 2008 (não-publicado).

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Educação Estética e Artística Durante muito tempo a educação moçambicana relegou a Educação Estética e Artística para segundo plano, contribuindo assim para a promoção de uma educação fragmentada em que se valorizava com particular realce apenas o lado cognitivo. Na UP defendemos uma formação integral dos estudantes em que sejam estimuladas as sensibilidades de forma a que a universidade possa se transformar num lugar com vida, brilho e prazer. Muitos educadores, hoje em dia, chamam a atenção para a incorporação das dimensões estética e lúdica nas escolas, pois elas são muito importantes para a construção das nossas existências e posturas de vida. A sensibilidade é um factor muito importante na construção do conhecimento visto que é necessário desenvolver a empatia e o prazer no processo de aprendizagem. A educação deve ser capaz de trabalhar integralmente as dimensões cognitiva, emocional e sócio-afectiva. A universidade deve ser capaz de equilibrar racionalidade com afectos e razão com emoção, de modo a que os graduados sejam pessoas sensíveis, lúcidas e envolvidas na construção das suas próprias existências. No novo currículo da UP temos de saber reconhecer e desenvolver relações interpessoais, considerando que a empatia, a congruência, a liberdade e a criatividade são factores muito importantes para o sucesso do processo de ensino e aprendizagem. A educação e a formação na UP devem favorecer a expressão de sentimentos, o desenvolvimento da liberdade, a aproximação entre as pessoas e o estímulo de afectos. O desenvolvimento da sensibilidade e da expressão são muito importantes na construção da visão do mundo. É importante que na promoção da educação estética e artística saibamos envolver sentimento e razão, pensamento, sensações e emoções. A educação e a formação na UP devem promover a satisfação e o prazer, pois é o prazer que motiva o desejo de mudança. É necessário ensinar aos estudantes, sobretudo aos futuros professores, sentimentos de conforto, de fascínio estético, de sensação de plenitude e a sensação do contacto com as artes. O tema transversal sobre a Educação Estética e Artística deve desenvolver nos estudantes e docentes o contacto com a arte, a apreciação do belo e a formulação de juízos de apreciação estética. A incorporação das dimensões estética e lúdica vai possibilitar o desenvolvimento da auto-estima e do prazer de construção de um mundo melhor. A abordagem de aspectos estéticos e artísticos permitirá a humanização dos sentidos e o desenvolvimento da capacidade sensorial humana. A humanização acontece através do acesso aos bens culturais, incluindo os bens artísticos. A criação artística é uma condição essencial do ser humano para que ele possa apreender a realidade e conhecer o mundo objectivo e construir a sua subjectividade.

216 O novo currículo da UP visa transformar a instituição num espaço de acesso às diferentes linguagens artísticas (música, artes cénicas, dança, artes visuais, etc.). Pretendemos ampliar o repertório cultural do universo cultural da humanidade. O nosso graduado deve saber vivenciar a arte e saber sonhar, imaginar, juntar razão e emoção, emocionar-se, questionar, brincar com o desconhecido, arriscar hipóteses e alegrar-se com as descobertas que faz no processo de aprendizagem. Pretendemos formar homens mais humanizados. Os principais temas a serem abordados no tema tranversal sobre Educação Estética e Artística são: Noção de estética e de arte; Objectividade e universalidade do conhecimento artístico; Carácter histórico e especificidade do conteúdo artístico; Acesso ao mundo da arte; Conhecimento, vivência e criação das diferentes linguagens artísticas; Desenvolvimento e melhoria da sensibilidade humana; Apreensão e compreensão de obras artísticas; Valorização da função social da arte. Bibliografia básica CANCLINI, N.G.A socialiazação da arte: teoria e prática na América Latina. 2.ed.. São paulo, Cultrix, 1984. ESTÉVEZ, Pablo R.A educação estética: experiências da escola cubana. São Leopoldo, Nova Harmonia, 2003. FISCGER, E.A necessidade da arte. 9.ed. Rio de janeiro, Guanabara, 1987. FRÓIS, J. P. (coord.). Educação estética e artística: abordagens transdisciplinares. Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, 2000. HEGEL, G.W. “Estética: o belo artístico ou o ideal”. In: Os pensadores. São Paulo, Nova Cultural, 1988. PORCHER, L. (org.). Educação artística: luxo ou necessidade?6.ed. São Paulo, Summus, 1982.

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Educação para a PAZ As Bases e Directrizes Curriculares da UP indicam que um dos temas a serem abordados é a Educação para a Paz. Pretende-se que cada docente e estudante da UP assuma o compromisso de construir posturas e práticas para a paz. A educação para a paz tem nos dias que correm um carácter de urgência, essencial e vital para a salvação da vida no Planeta TERRA. Até recentemente as disciplinas não se deixaram atravessar pelas questões do quotidiano como o da violência e da paz. A educação e formação na UP deve ter uma grande contribuição a dar para a construção de um mundo de paz. Para tal é importante implantar uma educação integradora, num clima académico dialógico em que os indivíduos aprendem a ser tolerantes e solidários. A educação e a formação na UP devem sensibilizar os educandos para as questões sociais, ambientais e relacionais de âmbito local e global, sugerindo alternativas para a construção de uma vida pacífica em que os direitos humanos são respeitados O mundo de hoje, apesar de grandes avanços tecnológicos e científicos, vive cercado de violência, de guerra e de opressão. É necessário que leguemos às futuras gerações valores que permitam combater as injustiças sociais, a pobreza, a miséria, a fome, a exclusão, a discriminação, a destruição do meio ambiente e a proliferação das armas e das drogas. Existem vários conceitos associados à PAZ. A paz pode ser vista como um fenómeno externo ao homem e ser considerada como um fenómeno social, sócio-económico ou político. A paz pode ser definida no contexto da Ecologia Social como sendo ausência de conflitos, de violência e de guerras. Pode-se falar também em Ecologia da Natureza ou planetária e considerar a paz como harmonia e confraternização entre povos e homens e estes com o meio ambiente. A paz também pode ser vista como Ecologia Interior, como um estado interior de ausência de conflito intrapsíquico, harmonia interior e o reencontro com a própria essência. Na UP podemos abordar a Educação para a Paz através da transmissão de conteúdos (palestras, conferências, seminários, colóquios, etc.) sobre a paz ou podemos adoptar outras formas mais interiores de desenvolver o espírito de paz nos indivíduos como o relaxamento, dança meditativa (plano físico); psicoterapias individuais ou de grupo (plano emocional); yoga, Tai-chi-chuan, AI-Ki-Do (no plano espiritual). A Educação para a paz na UP deve contribuir para a construção de uma nova ética, através de instrumentos lúdicos, vivenciais e artísticos. A educação para a paz na UP pretende promover a conciliação, a generosidade, a solidariedade, o respeito aos direitos humanos e à diferença, a rejeição de todas as formas de violência e de injustiça. Os principais temas a serem abordados na Educação para a PAZ poderão ser:

218Conceito de paz; Formas e manifestações de violência; História da educação para a paz; Cultura de paz (valores humanos de justiça, liberdade, dignidade, solidariedade e diálogo); Educar para a paz (tolerância e respeito pela diferença e diversidade); Virtudes morais ou habilidades sociais (humildade, amorosidade, coragem, tolerância, decisão, paciência, alegria de viver) Dimensões de educação para a paz: cognitiva (informações e conhecimento) e realacional (diálogo). Bibliografia básica ABRAMOVAY, M. (org.). Escola e violência. Brasília, UNESCO, UCB, 2002. ABRAMOVAY, M; RUA, M.G. (org.). Violências nas escolas. Brasília, UNESCO, Instituto Ayrton Senna, UNAIDS, Banco Mundial, USAID, Fundação Ford, CONSED, UNDIME, 2002. DREW, Naomi. A paz também se aprende. São Paulo, Gaia, 1990. MICHAUD, Y.. A violência. São Paulo, Ática, 2001. RAYO, J.T.. Educação em direitos humanos – rumo a uma perspectiva global. 2.ed.. Porto Alegre, Artmed, 2004. SERRANO, G.P.. Educação em valores – como educar para a democracia. 2.ed. Porto Alegre, Artmed, 2002. WEIL, Pierre. A arte de viver em paz: por uma consciência, por uma nova educação. São Paulo, Editora Gente, 1993.

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ÉTICA E DEONTOLOGIA PROFISSIONAL Introdução Sendo a Universidade Pedagógica (UP) vocacionada á formação de professores para os diversos sistemas e níveis de ensino em Moçambique, urge a necessidade de se conceber um programa transversal em Ética e Deontologia profissional. O programa de Ética e Deontologia Profissional visa proporcionar ao graduado conhecimentos em questões de ética e deveres profissionais de modo a que possa realizar a sua actividade com uma competência assente em valores, tanto morais como profissionais. A transversalidade deste tema tem uma dupla implicação: por um lado, implica fazer de todos os docentes da UP ministradores da ética e da deontologia profissional; por outro lado, implica fazer de todos os estudantes que concluem a sua formação na UP saiam com conhecimentos fundamentais destes conteúdos, pois, estes são cruciais para a formação integral do professor. A sua urgência resulta do facto de estarmos a viver uma época em que se verifica um manifesto desrespeito pelas normas morais pelos princípios profissionais. Perante esta situação, o mais sensato não será assistirmos alarmados e com as mãos à cabeça” ao afundamento moral das nossas instituições, incluindo as escolas, mas sim num esforço conjugado de todos os docentes da UP, dotá-las de capacidades alternativas que lhes possam permitir encontrar respostas novas e adequadas aos desafios presentes. Isto passa necessariamente pela formação ética e deontologicamente profissional dos futuros professores, pois a actividade pedagógica não se equipara a uma mera produção de bens, não é um mero fazer. A actividade do professor é um agir que implica uma relação humana com o aluno; a sua finalidade está nela mesma, a educação e formação do homem. Os pontos teóricos de partida do presente tema transversal são: A ética é reflexão sobre a moral; ela é filosofia da moral; A deontologia profissional ou ética profissional é parte da ética aplicada; ela é aplicação dos princípios extraídos da ética normativa na actividade profissional, abordando normas de conduta que devem ser postas em prática no exercício de qualquer profissão e, neste caso, da do professor; Os deveres profissionais só assumem sentido ético-moral quando interiorizados como virtudes de ser aplicados ao relacionamento com as pessoas, neste caso os alunos, com a classe profissional, neste caso com os colegas, com a sociedade, a partir da comunidade em que se insere a escola, e com o Estado.

220 Objectivos O estudante deve ser capaz de: Discernir sobre os conceitos “moral” e “ética”; Abordar a especificidade dos dilemas ético-morais e profissionais da actualidade; Discernir sobre os deveres e as virtudes básicas profissionais; Compreender o fenómeno da corrupção em suas causa, manifestações e custos; Relacionar e interpretar a Reforma do Sector Publico em Moçambique com os conhecimentos em “Ética e Deontologia Profissional; Compreender a veemência, a pertinência e a urgência com que os problemas ético- morais se colocam à actividade educativa. Temas I. Moral e Ética Origem, significado e evolução semântica das palavras ética e moral Ética individual ética social A condições transcendentais do agir moral - Consciência; - Liberdade; - Norma; - Responsabilidade. Divisões da ética - Meta ética; - Ética normativa; - Ética Aplicada. Questões centrais da Ética - O problema da virtude; - O problema da felicidade (bem aventurança); - O problema da Liberdade; - O problema do bem e do mal. 6. Formas de argumentação moral - Referência aos factos; - Referência aos sentimentos; - Referência aos possíveis resultados; - Referência à autoridade; - Referência ao código moral; - Referência à consciência. II. Deontologia Profissional Aspectos gerais 01. Os conceitos de deontologia, profissão e deontologia profissional; 02. Classes profissionais; 03. Código de ética profissional; 04. Conduta pessoal e sucesso; 05. Valor geral e valor social da profissão; 06. Responsabilidade e projecção profissional; 07. Obstáculos à fama profissional e postura ética na defesa do direito de imagem;

22108. Especialização, cultura e ambiência social contemporânea. Deveres profissionais vs Virtudes Deveres 01. Gênese e natureza íntima do dever; 02. Sensibilidade para com o dever; 03. Compulsoriedade de dever; 04. Educação e dever; 05. Vocação para o dever e conflitos entre vontade e compulsão; 06. O dever social; 07. Dever e racionalidade; 08. Individualismo e ética profissional; 09. Vocação para o colectivo; 10. Dever profissional e escolha da profissão: - Dever de conhecer a profissão; - Dever de executar bem as tarefas e virtudes exigíveis; - Dever para com o micro e o macro social. 11. Eticidade, conduta humana e actos institucionais. Virtudes 01.conceito e essência da virtude; 02. Efeitos e responsabilidades na prática da virtude; 03. Efeitos e responsabilidades na prática da virtude; 04. Carácter e virtude; 05. Virtudes básicas: - Zelo/diligência, - Honestidade, - Sigilo, - Competência. 06. Virtudes complementares. III. O problema da corrupção 01. Causas; 02. Manifestações; 03. Custos. IV. A Reforma do Sector Público em Moçambique Objectivos; Fases; Aspectos ético-morais e de deontologia profissional; Impacto. 4. Bibliografia ARAÚJO, Ulisses F.. Temas Transversais e estratégias de projectos. São Paulo, Editora Moderna, 2004 ARCHER, Luís. Bioética. 1ª ed.. S. Paulo, Editorial Verbo, 1996 ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco

222BAPTISTA I.. Ética e Educação – estatuto ético da relação educativa. Porto, Universidade Portucalense, 1998 BINDÉ, Jérôme (Direcção). Para onde vão os valores? (Debates do Século XXI). Lisboa, Instituto Piaget, 2004 BORGES, M. De L. et al. Ética. Rio de Janeiro, DP & A, Editora Ltda., 2003 CASTIANO, J.P.. Educar para quê? As transformações no sistema da educação em Moçambique. Maputo, Imprensa Universitária (UEM), 2005 CORTINA, A. E. & MARTINEZ, E.Ética. S. Paulo, Edições Loyola, 2005. CUNHA, P. D’Orey da. Ética e educação. Lisboa, Universidade Católica Editora, 1996. DALBOSCO, Cláudio Almir. Pedagogia filosófica: cercanias de um diálogo. São Paulo, Pia Sociedade Filhas de São Paulo, 2007. TUGENDHAD, Ernest. Lições sobre Ética. 7ªed.. Petrópolis – Rio de Janeiro -, Editora Vozes, 2007 SOUSA, Francisco das Chagas de. Ética e deontologia. Itajai – Brasil, Ed. Da UFSC, 2002 DURKHEIM, Émile. A educação moral. Petrópolis – Brasil, Editora Vozes, 2008 KANT, Immanuel. Metafísica dos Costumes _______________ Fundamentação da metafísica dos costumes, edições 70, Lisboa, 2004 _______________ Crítica da razão prática _______________ A paz perpétua e outros opúsculos KESSELRING, Thomas. Ética, política e desenvolvimento humano – a justiça na era da Globalização. Editora Verlag C. H., Munique LIPOVETSKI, G.. A sociedade pós-moralista – o crepúsculo do dever e a ética do indolor dos novos tempos. Editora Manole Ltda, S. Paulo. MANCIN, Roberto (org.). Ética da mundialidade – o nascimento de uma consciência Planetária. Ed. Paulinas, S. Paulo, 2000. MARQUES, Ramiro. Ensinar valores – teorias e modelos. Porto Editora, Porto, 1998 _________________ Escola, currículo e valores. Lisboa, Livros Horizonte, 1997 MAZULA, Brazão. Ética, Educação e criação da riqueza. Maputo, Imprensa Universitária (UEM), 2005 MONTEIRO, Agostinho dos R.. Educação & deontologia. Lisboa, Escolar Editora, 2004

223 NGOENHA, S. E.. Estatuto e axiologia da Educação. O paradigmático Questionamento da Missão Suiça. Maputo, Imprensa Universitária (UEM), 2000 OLIVEIRA, M.A.. Ética e sociabilidade. S. Paulo, Edições Loyola, 1993 __________________ Desafios éticos da globalização. Ed. Paulinas, S. Paulo PASSOS. E.Ética nas organizações. S. Paulo, Editora Atlas S. A., 2004 PIEPER, A.Einfuerung in die Ethik (Introdução à ética). Tuebingen, A. Francke Verlag Tuebingen und Based, 2007 PIOVESAN, Américo. Filosofia e ensino em debate. Ijuí, Editora Unijuí, 2002 PLATÃO. A Repúplica RAWLS, J.Uma teoria da justiça. Editorial Presença, Lisboa, 2001. RESWEBER, J.A filosofia dos valores. Editora Almedina, Coimbra. RIOS, T.A.Ética e competência. S. Paulo, Colecção Questões da Nossa Época, 2004 SÁ, António Lopes. S. Paulo, Ética Profissional. Editora Atlas, S. A., 2007 SAVATER, F.Ética para um jovem. Lisboa, editorial Presença, 1997 VAZ, H.. Ética e cultura – escritos de filosofia II. S. Paulo, edições Loyola,1999 WEBER, M. A ética protestante e o espírito do capitalismo. Lisboa, Editorial Presença, 1990 Proponentes dr. Mário Alberto Viegas dr. António Xavier Tomo MA Zefanias Chiuhulume (Departamento de Filosofia, FCS, UP)

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Educação Ambiental Introdução A educação ambiental constitui-se numa forma abrangente de educação, que se propõe atingir todos os cidadãos, através de um processo pedagógico, participativo e permanente que procura incutir no educando uma consciência crítica sobre a problemática ambiental, compreendendo-se como crítica a capacidade de captar a génese e a evolução de problemas ambientais. O relacionamento da humanidade com a natureza, que teve início com um mínimo de interferência nos ecossistemas, tem hoje culminado numa forte pressão exercida sobre os recursos naturais. Actualmente, são comuns a contaminação dos cursos de água, a poluição atmosférica, a devastação das florestas, a caça indiscriminada e a redução ou mesmo destruição dos habitats faunísticos, além de muitas outras formas de agressão ao meio ambiente. Dentro deste contexto, é clara a necessidade de mudar o comportamento do homem em relação à natureza, no sentido de promover sob um modelo de desenvolvimento sustentável (processo que assegura uma gestão responsável dos recursos do planeta, de forma a preservar os interesses das gerações futuras e, ao mesmo tempo, atender as necessidades das gerações actuais), a compatibilização de práticas económicas e de preservação ambiental, com reflexos positivos evidentes junto à qualidade de vida de todos. A Educação Ambiental é subdividida em formal e informal: - Formal é um processo institucionalizado que ocorre nos estabelecimentos de ensino; - Informal caracteriza-se por sua realização fora da escola, envolvendo flexibilidade de métodos e de conteúdos e um público muito variável em suas características (faixa etária, nível de escolaridade, nível de conhecimento da problemática ambiental, etc.). Um programa de Educação Ambiental para ser efectivo deve promover simultaneamente, o desenvolvimento de conhecimento, de atitude e de habilidades necessárias à preservação e melhoria da qualidade ambiental. A aprendizagem será mais efectiva se a actividade estiver adaptada às situações da vida real e do meio em que vivem aluno e professor. 1. A Génese da Educação Ambiental

225A preocupação da comunidade internacional com os limites do desenvolvimento do planeta, data da década de 60, quando começaram as calamidades ambientais a dominar as notícias e as discussões sobre os riscos da degradação do meio ambiente se tornaram mais frequentes. Essas preocupações conduziram à realização de várias conferências internacionais sobre o ambiente das quais destacamos algumas das mais relevantes. Em 1987, realizou-se a 1ª Comissão Mundial sobre o Ambiente e o Desenvolvimento. No documento realizado por esta comissão, o Desenvolvimento Sustentável (DS) é definido como um desenvolvimento que permite satisfazer as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras responderem igualmente às suas próprias necessidades (Relatório de Brundtland, WCED, 1987). Em 1972, realizou-se a Conferência sobre o Meio Ambiente em Estocolmo onde participaram 114 países e se reconheceu internacionalmente que a protecção ambiental estava fortemente interrelacionada com o desenvolvimento económico e a prosperidade no mundo. Vinte anos depois da Conferência de Estocolmo, realizou-se a conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento realizada no Rio de Janeiro, contando com 170 países. Dela saíram alguns documentos importantes como a Agenda 21 e a Carta da Terra e definiram-se alguns objectivos para promover uma exploração racional e equilibrada do meio ambiente em todo o Mundo. De facto, a Cimeira significou o despertar definitivo das nações para as questões ambientais. A Cimeira aprovou diversas convenções, de entre as quais destacam a convenção da diversidade biológica e a do aquecimento global da terra. A primeira obriga os Estados a proceder a um inventário das espécies de plantas e de animais selvagens que se encontram em perigo de extinção no seu território, e a segunda exige que as nações reduzam a emissão de dióxido de carbono, metano e outros gases que sejam responsáveis pelo buraco na camada de ozono da atmosfera. No total a Declaração do Ambiente e Desenvolvimento da Cimeira do Rio produziu 27 princípios fundamentais tendentes a salvar a Terra dos perigos provocados pelo desenvolvimento industrial e económico, atendendo, sobretudo, à necessidade de manutenção de equilíbrio entre esse mesmo desenvolvimento e os recursos não-renováveis do planeta. Em 2002, na Cimeira Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentável (contando com a participação de 190 países) fez-se o ponto da situação relativamente à concretização dos objectivos definidos pelos documentos lançados na Cimeira da Terra e assumiu-se o compromisso de fortalecer e melhorar a governação em todos planos de modo a atingir-se a aplicação efectiva da Agenda 21 em todo o Mundo. Contou com a participação de 190 países de todo o Mundo. Decorrente das reuniões realizadas para a Cimeira de 2002, a Assembleia Geral das Nações Unidas declarou a abertura da Década da Educação para o Desenvolvimento Sustentável (DEDS) nos anos de 2005-2014 e designou a UNESCO como a principal agência para sua promoção. Reconhece-se que o DS é uma urgente necessidade social e ecológica e que a educação é, para tal, indispensável.

226Foram definidas três áreas fundamentais de acção para a educação para o DS: a Sociedade, o Ambiente e a Economia, pressupondo-se que a dimensão da cultura esteja implícita nestas três áreas de forma transversal (UNESCO, 2004). O objectivo fundamental desta década é promover a educação no sentido de se construir uma sociedade mais justa onde o respeito pelos Direitos Humanos e pelo Ambiente seja uma prioridade, integrando as preocupações com o DS em todos os níveis de ensino. 1.2 Os princípios de uma Educação para o Desenvolvimento Sustentável Vários autores contestam a designação de EDS uma vez que os princípios da educação ambiental (EA) declarados na conferência de Tbilisi (UNESCO) & UNPE, 1978) já incluíam os elementos fundamentais para o DS, dando relevância à interdependência entre a economia, o ambiente e o desenvolvimento. Assim, segundo Sauvé, o conceito de EDS não parece adicionar novos objectivos ou princípios à EA (1997). Aliás, a mesma autora afirma que “la educación ambiental no es una educación temática colocada dentro de una pluralidad de outra” (2006:90). De acordo com Freitas (2006), a maioria dos especialistas parece encarar a EDS como um novo estudo evolutivo ou uma nova geração de EA, outros autores como Caride & Meira (2004) defendem que a Educação Ambiental para o Desenvolvimento Humano Sustentado, ou como se queira denominar, arrastada pela sedução destes conceitos, poderá derivar numa perigosa indefinição (in Freitas, 2006). Mckeown & Hopkins (2002) são defensores de que a EDS e a EA “têm similaridades, mas não são abordagens distintas, ainda que complementares, e que é importante que a ED e a EDS mantenham agendas, prioridades e desenvolvimentos programáticos diferentes”(in Freitas). Outras perspectivas “parecem encaminhar-se mais no sentido de considerar a educação para o desenvolvimento sustentável como uma parte da educação ambiental” (Ibidem). O conceito de EA pressupõe uma relação connosco próprios, com os outros e com o ambiente. Contudo, reconhece-se que o conceito de EA foi sempre limitado à protecção dos ambientes naturais, à utilização com sabedoria dos recursos naturais, considerando a equidade e durabilidade do ambiente sem ter em conta, no entanto, as outras dimensões definidas na conferência de Tbilisi. Assim, consideramos que a Educação para o Desenvolvimento Sustentável vem dar precisamente um reforço neste sentido, uma vez que, no programa definido pela UNESCO para a DEDS, a relação entre Sociedade – Ambiente – Economia e Cultura é assumida como condição sine qua non para a EDS (2004). Na nossa perspectiva, a EA deve ser considerada como parte integrante da EDS, tal como a Educação para a cidadania, a Educação Intercultural, a Educação para a Paz. Como refere Cartea & Caride, “la EA tien sentido, aunque sea para prestar – donde así se requiera - «servivios» que otras educaciones no podrán hacer a da EDS (2006:115). Partilhamos desta opinião uma vez que a EDS não pode ignorar a relevância de todo o trabalho desenvolvido pela EA, que se constitui com o meio ambiente, imprescindível para o desenvolvimento e sobrevivência da Humanidade. Acreditamos que a discussão entre as diferentes concepções Educação Ambiental/Educação para o Desenvolvimento Sustentável/Educação para a sustentabilidade irão continuar a alimentar fortes discussões entre diferentes autores, o que se revela importante para uma

227melhor definição sobre qual é o papel da educação na promoção de um futuro mais justo e sustentável que contribua para a sobrevivência da Humanidade. Pensamos que é igualmente importante que, independentemente da perspectiva que se assuma, que se comece a desenvolver práticas educativas concretas, objectivas e integradas, nos diferentes níveis de ensino que promovam, de facto, a mudança de hábitos e comportamentos em prol da sustentabilidade. Existe um tempo de pensar e um tempo de agir e, utilizando as palavras de Zaragoza, actualmente é tempo de acção. Estamos numa época histórica em que face a todos os problemas com que a Humanidade tem de se confrontar é necessária a emancipação dos cidadão “del tránsito de súbditos imperceptibles, anónimos, a interlocutores, a actores, de la nueva gobernanza” (Zaragoza, 2005). Ou seja, a Humanidade tem de decidir activamente o seu futuro para um destino comum, o destino da sobrevivência que tem de começar agora. Apesar de se reconhecer a necessidade da implementação de medidas políticas e tecnológicas que promovam mudanças de comportamentos e atitudes em prol da sustentabilidade, sabemos que a educação desempenha igualmente um forte contributo na mudança que se deseja. Assim, a EDS tem de ser vista, essencialmente, como um processo de “aprender para mudar”, uma aprendizagem sobre como tomar decisões que considerem os futuros da economia, da ecologia e da igualdade de todas as comunidades a longo prazo (Tilbury e Podger, 2004). Os problemas globais que hoje enfrentamos implicam que os cidadãos das gerações futuras sejam capazes de estabelecer interligações entre diferentes assuntos, de compreender interacções que lhes permitam entender como se organiza e evolui a sociedade, bem como descodificar os desafios dos nossos tempos que não são lineares, nem simples, nem unidimensionais. E a integração dos DS no currículo de uma forma global e transdisciplinar deve preparar os alunos para pensarem de forma holística, interactiva e crítica. De acordo com Warren (1997:133), “thinking about sustainable development requires an interdisciplinary approach to addressing environmental and problems on the earth. No one discipline can provide the particular perspectives, experience, expertise and tools to address the wide range of challenges in moving towards a sustainable future”. Reforçando esta ideia da integração do DS de forma interdisciplinar no currículo, Pellaud (2002) afirma que “we must absolutely the risk that sustainable development should apperar in curricula as one more discipline to be taught”. Assim sendo, acreditamos que a EDS deve ser preocupação de todas as disciplinas e/ou áreas curriculares, desejando respeito não só às ciências naturais como também às ci6encias sociais e humanas, uma vez que o DS é um conceito holístico que integra preocupações de diferentes áreas de conhecimento. Tendo exposto o que entendemos como EDS passaremos, no ponto seguinte, a reflectir sobre a relação entre a biodiversidade e diversidade linguística, dimensões abordadas no estudo empírico realizado e que fazem parte das preocupações da ED. 1.3 Da biodiversidade à diversidade linguística e cultural: algumas preocupações Actualmente, calcula-se que existam no mundo entre 6000 a 7000 línguas vivas, sendo 945 destas faladas por 4% da população mundial. Existem muitas línguas utilizadas por um reduzido número de pessoas, a par de um pequeno número de línguas faladas por uma grande parte da população mundial (Maffi, 1998). Das 10.000 línguas que se calcula que tenham existido ao longo dos tempos, apenas cerca de 6000 ou 7000 línguas são faladas hoje em dia,

228estimando-se que metade corra sérios riscos de extinção ou se encontre potencialmente ameaçada, falando-se inclusivamente de um “genocídio linguístico”(Skutnabb-Kangas, 2000). Há projecções segundo as quais o número actual de línguas descerá 50% a 90% nos próximos 100 anos (PNUD, 2004, Skutnabb- Kangas, 2000, 2002) e, segundo as últimas estimativas, 25 línguas desaparecem anualmente, uma em cada quinze dias (Instituto Camões, 2004; Hagège, 200). Apesar de se dar mais atenção, nos meios de comunicação social, a extinção de várias espécies animais e vegetais, a diversidade linguística e cultural (DLC) está a desaparecer mais rápido do que a biodiversidade. Para que compreendamos esta realidade, Skutnabb-Kangas apresenta alguns dados e estatísticas que, numa visão optimista, apontam para que 2% das espécies biológicas podem extinguir-se, mas 50% das línguas podem desaparecer em 100 anos. Numa visão pessimista, 20% das espécies biológicas podem extinguir-se, mas 90% das línguas poderão morrer ou ficar moribundas no espaço de um século (2002). Compreende-se, perante estes dados que a necessidade de preservar a DCL se torne premente e, na perspectiva de Skutnabb-Kangas (2000:01), “lingistic and cultural diversity may be decisive mediating in sustaining biodiversity itself, and vice versa, as long as humans are on the earth”. As ligações entre a língua, a cultura e o ambiente sugerem que a diversidade biológica, cultural e linguística, apesar de serem dimensões distintas, devem ser estudadas em conjunto, como manifestações interrelacionadas da diversidade da vida na terra. Vários são os autores que argumentaram a favor da relação da diversidade lingística, da diversidade biológica e do ambiente, entre eles Maffi (1998,2000), Skutnabb-Kangas, (2000), Harmon (2001), Muhlhausler, (2004), sendo a preocupação com esta relação partilhada também por organizações não governamentais como a Terralingua e a UNESCO. Na Conferência de Tessalónica (Grécia, 1997), “Educação e Consciência Pública para a Sustentabilidade”, conclui-se que se pode estabelecer um paralelo entre a diversidade biológica e a diversidade cultural. Assim como a natureza produz diferentes espécies que se adaptam ao seu meio ambiente, a humanidade desenvolve distintas culturas que responde às condições locais. A diversidade cultural pode, pois, ser considerada como uma forma de diversidade, por adaptação e, como tal, condição prévia para a sustentabilidade (Gadotti, 2000). Por isso a diversidade linguística e cultural deve ser considerada como uma fonte de riqueza, um “reservatório de vida”, “uma das fontes essenciais da força vital que anima as comunidades humanas” (Hagège, 2000: 17-20). A perda da diversidade linguística diminui a capacidade de adaptação da nossa espécie porque reduz a reserva de conhecimento ao qual podemos recorrer. A cultura humana é uma poderosa ferramenta de adaptação, de conhecimento e a língua constitui o principal instrumento dos seres humanos para elaborarem, desevolverem e transmitirem essas ideias. Assim, preservar a diversidade linguística trata de “mantener vivas las opciones”, prevenir “los monocultivos mentales”, sendo a diversidade cultural e linguística, tal como a biológica um requisito para a sobrevivência) Maffi, 1998: 19). Reconhecer uma língua significa muito mais do que uso dessa língua. Simboliza respeito pelas pessoas que falam, pela sua cultura e pela sua inclusão integral na sociedade, constituindo-se essa língua como um património da Humanidade. As línguas são uma prática social diferente estratégias para representar e compreender o Mundo. E, segundo a UNESCO, a diversidade de ideias, existente através das diferentes línguas é tão necessária

229como a diversidade de espécies e de ecossistemas para a sobrevivência da humanidade e da vida do nosso planeta (in PNUD, 2004). A diversidade linguística e cultural deve ser vista como riqueza, um reservatório de vida, que encerra uma compreensão sobre o mundo e sobre o Outro e se constitui como um forte instrumento de cesso ao conhecimento, uma forma representativa de modos diferentes de agir, de representar e de comunicar (Pereira, 2003). Assim, defende-se, neste trabalho, que o plurilinguismo, traduzido na capacidade para interagir com outras culturas e comunicar em outras línguas, traz aos sujeitos novas formas de socialização, preparando-os para enfrentar os desafios das sociedades modernas, da globalização, do contacto entre culturas, desafios estes que obrigam a uma educação para o desenvolvimento sustentável. Neste contexto, e reconhecendo a importância educativa e o valor formativo da aprendizagem de línguas estrangeiras, parece-nos fundamental que, nos primeiros anos de escolaridade, se aborde a temática da diversidade linguística e cultural através de estratégias capazes de promover atitudes positivas face à pluralidade linguística e cultural, preparando os aprendentes para um contacto permanente com outras línguas e culturais. Somos de opinião que a educação em línguas os primeiros anos de escolaridade deverá direccionar-se também no sentido de uma sensibilização à diversidade linguística e cultural. Acreditamos que as abordagens plurais favorecem a educação para a cidadania, podendo combater atitudes etnocêntricas e sendo capazes de motivar os aprendentes para outras formas de expressão, desenvolvendo neles competências variadas tais como a metalinguística, a comunicativa, a plurilingue e a intercultural (Conselho da Europa, 2001). Aliás, esta SDLC torna-se imprescindível na criação da ponte para a promoção de uma educação para o desenvolvimento sustentável. Na sequência do que mencionámos, torna-se óbvia a necessidade da escola transportar para os alunos preocupações e conhecimentos acerca da relação entre a diversidade linguística e a diversidade biológica no âmbito de uma educação para o desenvolvimento sustentável. A escola deve-se tornar não só um espaço de compreensão, respeito a aceitação das diferenças entre os vários falantes provenientes de culturas diversas mas também em espaço onde se reflicta e se alerte para a necessidade de articular esta diversidade com a diversidade biológica. Reconhecendo a importância da diversidade, nas suas diversas manifestações, acreditamos que sensibilizar as crianças para a diversidade linguística e cultural se constitui como um meio de desenvolver, nas crianças, a capacidade de valorização de contactos com outras línguas, povos e culturas e, acima de tudo, como um caminho de abertura, de tolerância e de celebração perante a diferença (Candelier, 2004; Dabène, 1994; Strecht-Ribeiro, 1998). Cabe assim à educação em geral e à escola, em particular, promover a diversidade de línguas, culturas e espécies, tendo como objectivo educar os futuros cidadãos para o desenvolvimento sustentável, o que implica impreterivelmente preocupações com qualquer tipo de diversidade. Foi acreditando nesta premissa que desenvolvemos o projecto que passaremos, de seguida, a explicitar. TÓPICOS PARA A ELABORAÇÃO DO MANUAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL Introdução - Educação Ambiental Génese e Transversalidade - Década da Educação para a Sustentabilidade - Calendário ambiental

230Água - Água no Glóbulo terrestre - Água em Moçambique e na Região Austral de África - Importância da preservação da água - Escassez de água de boa qualidade para o consumo: Poluição, desperdício da água - Medidas de uso sustentável da água - Formas de tratamento de água para o consumo humano Ar e Clima - Actividade humana e poluição do ar - Efeito estufa - Aquecimento global - Mudanças climáticas, causas, evidências, consequências Energia - Fontes de energia renovável, água, sol, vento e biomassa - Consumo de energia pelo uso de electrodomésticos - Medidas para reduzir o desperdícios de energia eléctrica nas residências - Impacto ambiental de construção de grandes barragens hidroeléctricas Alimentos - Uso de agroquímicos na produção de alimentos - Agricultura e seu impacto ambiental - Problemas de distribuição assimétrica de alimentos: subnutrição e obesidade - Formas sustentáveis de conservação de alimentos Flora e Fauna - Importância Económica da Biodiversidade – fonte de rendimento das comunidades (desflorestamento, tráfego de plantas e animais selvagens) - Consequências da redução da Biodiversidade - Medidas de conservação da Biodiversidade Gestão de Resíduos Sólidos - Colecta de resíduos sólidos urbanos - Deposição de resíduos sólidos - Tratamento de resíduos sólidos - Reciclagem de resíduos sólidos - Impacto sócio – ambiental da reciclagem

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EDUCAÇÃO PARA A IGUALDADE DE GÉNERO 1. Introdução O presente documento é uma proposta para a promoção de inclusão da Educação para a igualdade de Género, como tema transversal no currículo de formação inicial de professores na Universidade Pedagógica (UP), no âmbito da reforma curricular em curso. Esta é a primeira versão, com a qual se pretende colher inicialmente diferentes sensibilidades e subsídios da comunidade universitária da UP, com a finalidade de produzir um instrumento norteador da promoção de igualdade de género em nossa instituição, mas também de capacitar aos docentes nessa matéria, com o intuito de dotar os nossos graduandos com os necessários conhecimentos e competências que lhes garantam uma intervenção activa nos Ensinos Básico e Secundário Geral, no que concerne a promoção da igualdade de Género. Esta acção é ainda reforçada pelo facto do Ministério da Educação e Cultura ter efectuado a inclusão de temas sobre Relações de género, Sexualidade, Saúde Sexual e Reprodutiva nos curricula do Ensino Básico e Secundário Geral. Neste sentido, justifica-se que a Universidade contemple igualmente esses temas, nos seus curricula de formação. Com isso, pretende-se abrir mais um espaço de debate, de problematização, de reflexão e pesquisa sobre o Currículo, Género e Sexualidade. Justificativa A presente proposta tem por objectivo promover o debate no campo da educação em torno das desigualdades de gênero, bem como discutir e aprofundar os temas relativos à sexualidade, especialmente no que diz respeito à construção das identidades sexuais. Trata-se de discutir as relações de poder que se estabelecem socialmente, a partir de concepções naturalizadas em torno das masculinidades e feminilidades. A Universidade, como um espaço social importante de formação dos sujeitos, tem um papel primordial a cumprir, que vai além da mera transmissão de conteúdos. Cabe a ela ampliar o conhecimento de seu corpo discente, bem como dos demais sujeitos que por ela transitam (professoras/es, funcionárias/os) Para que a Universidade cumpra a contento o seu papel é preciso que esteja atenta às situações do quotidiano, ouvindo e reflectindo sobre as demandas dos alunos e alunas, observando e acolhendo os seus desejos, as inquietações e frustrações. De facto, vivemos, na contemporaneidade, um tempo de rápidas transformações de toda a ordem e a nossa instituição não pode se eximir da responsabilidade que lhe cabe de discutir temas sociais tão actuais, tais como as desigualdades de gênero e a diversidade sexual, com intuito de favorecer mudanças. Objectivos do programa

232A série de temas tem como objectivo fomentar o debate e o aprofundamento das questões de gênero e sexualidade no campo da educação. Os programas discutirão de que forma as representações de gênero são produzidas no âmbito da cultura e como elas são produzidas e reiteradas na escola, a partir das expectativas sociais colocadas em torno de meninos e meninas, homens e mulheres. Tais expectativas também se estendem às identidades sexuais, que se referem aos modos pelos quais direccionamos e administramos os nossos desejos, fantasias e prazeres afectivo-sexuais. Desse modo, é importante ressaltar a indissociabilidade entre os conceitos de gênero e sexualidade, bem como a relevância de desenvolvermos projectos específicos de formação docente (inicial e continuada), que extrapole o viés biológico, enfatizando as produções culturais, históricas e sociais em torno desses temas.

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Tema I: Fundamentos do Género Este primeiro tema pretende deflagrar a discussão em torno de aspectos conceptuais e epistemológicos sobre o género e suas dimensões ou categorias, Teorias sobre género e suas consequências na educação (currículo). Analisar o género como uma categoria social e, portanto, não estática. Múltiplas visões sobre género; Teorias (essencialista, constructo social e politico); Género como categoria biológica; Género como categoria social; Relação entre o género gramatical e o sexo; Teorias de Opressão do Género: Teoria psicanalítica; Teoria cultural; Teoria feminista radical; Teoria socialista; Teoria queer (gay e lésbica).

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Tema II: Relações de Género Este segundo tema pretende debater em torno das construções sociais, culturais e históricas das diferenças entre homens e mulheres. Este tema objectiva inclusive fazer uma desconstrução e discussão de posicionamentos sobre a masculinidade e feminilidade. Discutir o quanto os diferentes discursos (religioso, médico, psicológico, jurídico, pedagógico), pautados em fundamentações biológicas, colocam a maternidade como principal (e às vezes única) possibilidade de completude das mulheres, num amplo processo de glorificação da maternidade. Papel tradicional do homem e da mulher na família e na comunidade; Papel social dos géneros; Situação da mulher em Moçambique (desde a luta de libertação nacional); Estatuto da mulher na sociedade moçambicana (sociedades matriarcais e patriarcais); A construção das masculinidades e feminilidades; Relações de género nas sociedades tradicionais e modernas em Moçambique (inversão de papéis transcendentais do homem e da mulher ?); O papel da família na identidade sexual; Ritos de iniciação e mutilação genital feminina; Valores morais e culturais sobre sexualidade; Género e práticas culturais; A construção sócio-cultural do género na sociedade moçambicana (em algumas etnias Moçambique); Conflitos sociais na construção da identidade de Género; Quadro legal para a igualdade de género e não descriminação.

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Tema III: Currículo, Género e Sexualidade Este terceiro tema pretende discutir como os currículos e as práticas escolares actuam na produção e na reprodução das relações de gênero socialmente construídas, pautando-se por relações desiguais de poder. Nesse sentido, os conteúdos ministrados nas diversas disciplinas, as rotinas, a utilização dos espaços, as actividades propostas nas instituições escolares, as sanções, as linguagens, muitas vezes, promovem ou reforçam concepções naturalizadas em torno das masculinidades e feminilidades, na interface com as identidades sexuais. Políticas e mecanismos institucionais para a igualdade de género na Educação, em especial nas IES (Instituições de Ensino Superior); Construção do género no currículo (oficial e oculto); Mecanismos envolvidos com a produção de diferenças e desigualdades sociais e culturais de gênero e de sexualidade, no âmbito da escola e do currículo; Discriminação com base no género, no currículo oficial e oculto; Género, Educação e Saúde; Promoção da educação para igualdade de género, Saúde sexual e Reprodutiva nas escolas; Género e sexualidade na educação escolar: Teorias e politicas Discursos político-educativos sobre o género em Moçambique A Mulher e o acesso a educação; Género e sexualidade no espaço escolar ; Responsabilidade do homem e da mulher na prevenção do SIDA e da gravidez; Género, Sexualidade e a lei (direitos sexuais); Construção de identidades sexuais na educação infanto-juvenil; Abordagens sobre o género nos Currículos do Ensino Básico, Secundário Geral, Técnico Profissional e Ensino Superior.

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TEMA IV : Educação para a igualdade de género e sexualidade: uma proposta de formação docente. Com este tema pretende-se apresentar propostas de formação inicial e continuada de professores/as, em seus diversos níveis (Básico, Secundário, Médio e Superior), que podem ser desenvolvidas em diferentes locais do país, cuja ênfase recai sobre os processos históricos, sociais e culturais que delineiam as identidades de gênero e as identidades sexuais. Nessas formações, serão abordados temas como história do corpo e da sexualidade, história de diversos movimentos sociais – de mulheres, de gays e lésbicas –, história do casamento, novas formas de conjugalidade, maternidade, paternidade, dentre outros. Desse modo, amplia-se a discussão além do viés meramente biológico e de prevenção. Tais propostas apontam subsídios para se trabalhar com a temática do género e da diversidade sexual dentro das várias disciplinas (Língua Portuguesa, Matemática, Filosofia, Artes, etc.). História do corpo e da sexualidade; Linguagem, estereotipias sobre género; A construção das identidades de gênero e das identidades sexuais; História do casamento em Moçambique e as novas formas de conjugalidade; Pedofilia e a pedofilização como prática social contemporânea; Homossexualidade e lesbianismo; Violência doméstica e a violência/abuso sexual; Educação para sexualidade1 e igualdade de género (metodologia e estratégias de implementação no espaço escolar); Estratégias de ensino sobre temas ligados ao género, sexualidade, saúde sexual e reprodutiva.

1O termo educação para a sexualidade (e não educação sexual) é usado aqui para enfatizar uma abordagem mais ampla, com ênfase nos aspectos históricos, sociais e culturais, que extrapolam uma visão meramente biológica e higienicista, pautada apenas na prevenção.

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Tema V: Género, sexualidade, violência e poder Este tema objectiva apresentar os assuntos relativos à violência com base no gênero e discutir o papel da educação escolar na produção e reprodução das desigualdades entre meninas e rapazes, homens e mulheres. Também visa reflectir sobre a cultura da violência, especialmente na constituição das masculinidades, gerando comportamentos machistas, sexistas e homofóbicos. Ao longo do tema, procurar-se-á desconstruir a idéia de uma essência ou natureza que explique e justifique as desigualdades de gênero, bem como as desigualdades estabelecidas entre os vários grupos sociais em função das identidades sexuais que fogem aos padrões considerados hegemônicos. Serão mostradas algumas experiências que estão sendo desenvolvidas nas escolas, que objectivam discutir e problematizar a questão da violência, do género e da sexualidade. O estudo desses temas se conjuga com um dos principais objectivos em educação hoje em dia, o da escola inclusiva, que valoriza a diversidade. Violência doméstica e poder (a hegemonia masculina?) Equidade de género; Escola e estratificação social do género; Crises nas relações de género; Género e orientação sexual; Estratégias para educação em género e sexualidade; Identidades de género; A problemática do carácter hegemónico da masculinidade nas relações de género; Relações de poder na vivência da sexualidade; Género e o poder de negociação de sexo seguro; Género e HIV/SIDA; Abuso sexual de menores; Violência com base no género; Violência , violação e assédio sexual na escola

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Tema VI: Género e Formação profissional Género e orientação profissional; Estatuto profissional da mulher em Moçambique Áreas ou cursos historicamente frequentados pelas mulheres; Efeitos da formação profissional sobre género e a ilusão igualitarista dos empregos; Orientação profissional com base no género; Cursos profissionais para paridade e igualdade de género.

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Tema VII: Representações do Género nos matérias didácticos e Paradidácticos A Educação Sexual no Ensino Básico e Secundário Geral, não constitui uma disciplina específica, de carácter curricular obrigatório. Não seria leviano afirmar que, até os meados de 2003, quando o Ministério da Educação lançou com os revisão curricular os temas transversais ´´Género e sexualidade´´ “Educaçãopara Saúde Sexual e Reprodutiva”, as discussões sobre sexualidade humana encontravam espaço quase que exclusivamente nas aulas de Ciências e Biologia e no trabalho isolado dos professores/ras. Fortemente associada ao corpo humano e aos aparelhos “reprodutores” masculino e feminino, essa educação sexual baseava-se e ainda se baseia, em grande parte, nos conteúdos disponíveis nos livros didácticos de Ciências. Hoje, com a transversalidade assumida por muitas escolas, o livro didáctico de Ciências tem sido incorporado a outros aliados, como os livros paradidácticos. Com este sétimo tema pretende-se apresentar uma discussão sobre os materiais didácticos e paradidácticos, em especial os livros de literatura infantil e os livros de sexualidade voltados para o público infanto-juvenil, que foram produzidos nos últimas anos. Como esses materiais posicionam homens e mulheres, de que forma entendem as novas configurações familiares, e como tratam algumas temáticas específicas da sexualidade, tais como: abuso/violência sexual, homossexualidade e os demais sujeitos que vivem identidades consideradas de fronteira (travestis, transexuais, intersexuais, transgêneros)? Analisar alguns livros didácticos estrangeiros (e os poucos nacionais) que discutem a temática da homossexualidade, bem como os cartazes e cartilhas produzidas para o público jovem sobre temas como o SIDA. Pretende-se ainda, com este tema discutir em torno da produção de determinados artefactos culturais, tais como filmes, sites (jogos infantis), programas de TV, propagandas, revistas de grande circulação. De que forma esses artefactos accionam representações de gênero e de identidades sexuais. Representações do gênero na arte e nos spots publicitários em Moçambique. A construção do género na linguagem publicitária dos mass media; O papel dos media na espectacularização dos corpos e na liberalização da sexual; Representações dos géneros e das sexualidades nos livros escolares, Livro (didáctico e paradidáctico) como artefacto cultural que produz e veicula representações de gênero e sexuais; Exclusão de identidades sexuais. Tema VIII : Gênero em Moçambique : Politicas e Estratégia de implementação

240Neste tema pretende-se abrir uma discussão sobre o status questione das políticas de género em Moçambique, sua formulação e estratégias de Implementação em sectores chave como a educação, saúde, justiça, agricultura, emprego. Pretende-se ainda discutir a articulação existente entre tais políticas e a praxis do ponto de vista de integração do género nos planos sectoriais, o emponderamento económico das mulheres, a segurança alimentar, a educação, a redução da mortalidade materna, a eliminação da violência contra as mulheres, a participação das mulheres na vida pública e nos processos de tomada de decisão, e a protecção dos direitos das raparigas. Sociedade civil, organizações de mulheres e movimento feminino; Politicas de género no sector público e privado; Mecanismos e políticas institucionais para a promoção da igualdade de género; Influencia da politica de género na educação em Moçambique; Política de género em Moçambique : - Objectivos; Visão e missão; Princípios norteadores; - Estratégias de implementação; - Acções estratégicas; - Níveis de implementação; - Monitoria e avaliação; - Intervenientes sociais (governamentais, não governamentais, sociedade civil); Género através dos discursos legislativos ; Diferenças e diferendos entre a lei e a praxis; Quadro legal para a igualdade de género e a não-discriminação; Formas de violência contra menores e abuso de menores.

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Centro de Estudos de Políticas Educativas Comisão Central de Reforma Curricular Temas e conteúdos sobre HIV/SIDA a ser abordados de forma transversal Tema I: Noções básicas sobre o HIV/SIDA Conceito de seropositivo, HIV, SIDA Meios de transmissão Meios de não transmissão Sinais e sintomas Testes e Tipo de teste Incidência dos jovens SIDA Como evitar a SIDA Género e o SIDA em diferentes grupos etários Cuidados e apoio aos seropositivos Evolução clínica do HIV/SIDA Fases evolutivas da infecção pelo HIV Relações sexuais desprotegidas com uma pessoa infectada pelo HIV (múltiplos parceiros). Transmissão vertical Modos de transmissão Prevenção Tema II: Comunicação afectiva O que é ser activista Perfil do activista Responsabilidade do activista Metodologia de ensino aprendizagem das DTS- HIV/SIDA Tema III: Impacto e prevalência de HIV/SIDA Na região Em Moçambique Definição dos grupos alvos Tema IV: Definição DTS/HIV/SIDA Anatomia dos órgãos genitais Masculino Feminina Funções Vias de transmissão das DTS Sinais e sintomas Tema V: Porque lutar contra DTS/SIDA Estratégias da luta contra as DTS Indicar quem deve lutar Importância da prevenção Tema VI: Uso do preservativo Mitos acerca do preservativo Porque usar o preservativo Uso correcto do preservativo Masculino e feminino

242Cuidados a ter com o preservativo Negociando o uso do preservativo Sexo protegido Sexo seguro Distribuição do preservativo Tema VII: Aconselhamento Noção de aconselhamento Técnicas Gabinete Tema VIII: Plano de implementação Como elaborar Qual a mensagem Selecção de actividade Orçamento Tema IX: O processo de operacionalização Princípios para a operacionalização Envolvimento dos próprios sectores na planificação da acção Apoio do CNCS no processo de elaboração dos planos sectoriais de operacionalização do PEN Resultados esperados Preparação do programa operativo do sector Exemplos de grupos-alvo Mitigação Tema XI: Informações sobre a situação epidemiológica do HIV/SIDA em Moçambique Prevalência do HIV por sexo e grupos etários, 2002 Impacto demográfico do HIV-SIDA em Moçambique Análise da situação HIV/SIDA no sector de trabalho Operacionalização Tema XII: Teorias de mudança de comportamento A abstinência sexual antes do casamento Factores de risco para a infecção pelo HIV Grupos populacionais particularmente vulneráveis (PVHS e COV’S) Trabalhadoras do sexo Camionistas de longo curso Mineiros e trabalhadores emigrantes Trabalhadores em situação de brigada Soldados aquartelados e unidades militares destacadas Caixeiros-viajantes Tema XIII: Resposta dos sectores de trabalho à epidemia Plano de combate ao HIV/SIDA? Grau de integração das acções de combate ao HIV/SIDA no programa geral do sector Nível hierárquico onde se situa a coordenação das acções de combate ao HIV/SIDA Articulação com o CNC Plano estratégico nacional de combate ao HIV/SIDA 2005 -2009 Os instrumentos criados pelo estado para o combate ao HIV/SIDA Envolvimento das PVHS Áreas de intervenção e objectivos gerais

243Tema XIV: Anti-retrovirais Tratamento Antiretroviral (TARV) Situação actual quanto a perspectivas de cura e natureza do tratamento (medicina tradicional? Vantagens dos ARVs Desvantagens O diploma ministerial nº.183-a/2001 de 18 de Dezembro – Política do governo: Gabinetes de acnselhamento e testagem voluntária Tema XV: Projeção das taxas de mortalidade em diferentes sectores de trabalho HIV/SIDA no sector (estatísticas) Educação Projecções de mortes de professores do ep1 devidas ao SIDA Projecção das mortes de professores por HIV/SIDA no sector (estatísticas) Percepção sobre conhecimentos, atitudes e práticas Tema VI: Discriminação Discriminação contra pessoas vivendo com hiv/sida (PVHS) Estigma, a “terceira epidemia” Lei n° 5/2002de 5 de fevereiro Impactos previsíveis do HIV/SIDA sobre o sector, a médio e longo prazo