criticidade de equipamentos - critério de definição de Índice de criticidade de equipamentos
TRANSCRIPT
1
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE ALAGOAS Coordenadoria dos Cursos de Mecânica e Refrigeração Disciplina: PLCM Prof°.: Sandro Beltrão 4° Módulo
AULA 5
METODOLOGIAS DE DETERMINAÇÃO DA CRITICIDADE DO ATIVO INDUSTRIAL
1. CARACTERIZAÇÃO DA CRITICIDADE DE EQUIPAMENTOS, SISTEMAS E INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS METODOLOGIA 1
Para identificar o nível de criticidade do equipamento, sistema ou instalação industrial, verificar nos Quadros 1 e 2 a seguir, o grau de severidade decorrente de uma falha potencial e a probabilidade de ocorrência desta, respectivamente. De posse destas duas variáveis, cruzá-las no Quadro 3 e verificar o respectivo nível de criticidade.
GRAU DE SEVERIDADE DECORRENTE DE UMA FALHA DE EQUIPAMENTO, SISTEMA OU INSTALAÇÃO INDUSTRIAL
I
Desprezível
A falha não traz quaisquer tipos de prejuízos à linha de produção ou à produtividade da unidade industrial.
A falha representa para o processo, por safra, um índice de indisponibilidade inferior a 10%.
A falha não compromete a qualidade do produto final.
A falha não causa quaisquer tipos de impactos ambientais.
A falha não concorre para a ocorrência de acidentes ou de doenças do trabalho, nem promove situações de concentração ou agravamento dos agentes de risco ambientais.
II
Moderado
A falha não implica em parada da linha de produção, mas implica em redução da capacidade produtiva.
A falha representa para o processo, por safra, um índice de indisponibilidade de 10% a 30%.
A falha compromete a obtenção do produto final, podendo-se entretanto aproveitar o subproduto decorrente desta, para comercialização.
A falha causa impactos ambientais, embora não se caracterize como infração à Legislação Ambiental vigente.
A falha concorre para a ocorrência de acidentes do trabalho impessoais e/ou concentração / agravamento dos agentes de risco ambientais.
III
Severo
A falha implica em parada total da linha de produção.
A falha representa para o processo, por safra, um índice de indisponibilidade superior a 30%.
A falha compromete totalmente o aproveitamento da matéria-prima utilizada, tendo-se que descartar a batelada já processada.
A falha caracteriza-se como infração à Legislação Ambiental vigente.
A falha concorre para a ocorrência de acidentes do trabalho pessoais e/ou de doenças do trabalho.
Quadro 1
PROBABILIDADE DE OCORRÊNCIA DA FALHA NÍVEL DE CRITICIDADE
(Severidade x Probabilidade)
A RARA (nunca ocorreu, mas pode ocorrer)
A B C
B REMOTA (já ocorreu 1 vez) I 1 1 2
C PROVÁVEL (já ocorreu mais de 1 vez) II 1 2 3
Quadro 2 III 2 3 3
Quadro 3
1 Menor
2 Sério NÍVEL DE CRITICIDADE
3 Crítico
Quadro 4
2
NOTAS: 1) O Quadro 1 considera 5 variáveis, ou seja, capacidade produtiva, indisponibilidade de equipamento, qualidade do
produto final, meio ambiente e segurança e saúde ocupacional. Cabe ao Gerente de Manutenção, indicar a ordem em que estas variáveis serão analisadas.
2) Ver no Anexo I, formulário para caracterização da criticidade do ativo industrial.
2. CARACTERIZAÇÃO DA CRITICIDADE DE EQUIPAMENTOS, SISTEMAS E INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS METODOLOGIA 2
A Matriz de Criticidade deve servir de instrumento à definição do grau de importância de cada item do ativo industrial para o processo produtivo. Portanto, deve constituir-se na base para as ações de manutenção, respeitando-se as particularidades operacionais de cada unidade / planta industrial e considerando-se os aspectos:
criticidade (segurança, continuidade operacional, especificação de produtos, saúde, meio ambiente e imagem);
custos;
e oportunidade.
A criticidade de cada item do ativo industrial, deve ser estabelecida conjuntamente entre a Engª. da Manutenção e a Engª. da Operação, a partir da Árvore de Decisão para Determinação da Criticidade do Equipamento (gravura adiante).
Os critérios a serem considerados na aplicação de cada um dos códigos da Árvore de Decisão, são os seguintes:
a) SMS (Segurança, Meio Ambiente e Saúde Ocupacional)
A falha do equipamento, sistema ou instalação poderá acarretar danos materiais e pessoais, ou danos ao meio ambiente ou infringir exigências legais e/ou normativas relacionadas a este critério (Normas Regulamentadoras do MTE, CONAMA, IMA, etc), devendo ser avaliados o tipo e a importância do ecossistema afetado, bem como a repercussão interna e externa à Empresa.
b) Qualidade e Produtividade
A falha do equipamento, sistema ou instalação poderá ocasionar produtos com defeito, redução da velocidade de produção e redução da produção.
c) Oportunidade de Produção
A falha do equipamento, sistema ou instalação poderá provocar perda SIGNIFICATIVA de produção, afetar o atendimento de metas de produção ou atendimento ao cliente e/ou a qualidade do produto.
d) Taxa de Ocupação
A alta taxa de ocupação do equipamento, sistema ou instalação, poderá comprometer a produção.
e) Freqüência de Quebra
A freqüência de quebra em intervalos menores que 6 meses indicam falhas de manutenção e/ou equipamento sem vida útil remanescente.
f) Mantenabilidade
O tempo e/ou custo do reparo são muito elevados.
Uma vez processado o fluxograma da Árvore de Decisões, tem-se definido o grau de criticidade para o item do ativo industrial analisado, ou seja:
CLASSE A (Criticidade Alta): contemplado o monitoramento preditivo / análise das falhas potenciais até o nível de componentes;
CLASSE B (Criticidade Média): contemplada a manutenção planifica (preventiva), por condição ou tempo;
CLASSE C (Criticidade Baixa ou Não Crítica): admite a falha do equipamento, sistema ou instalação (manutenção corretiva) / contempladas a lubrificação e as inspeções periódicas.
3
Uma vez caracterizada a criticidade dos itens do ativo industrial, ter-se-ão definidas as formas de intervenção a serem implementadas e os conjuntos de equipamentos, sistemas e instalações que constituirão e/ou consolidarão os planos de manutenção preditiva e preventiva.
NOTA: 1) Ver no Anexo I, formulário para caracterização da criticidade do ativo industrial.
3. ANEXOS
3.1. Anexo I
Formulário Matriz de Criticidade / Planificação da Manutenção.
BIBLIOGRAFIA:
Sem referências bibliográficas.
ALGORITMO PARA DETERMINAÇÃO DA CRITICIDADE DE EQUIPAMENTO
A PARADA REPENTINA DO EQUIPAMENTO PODERÁ PROVOCAR:
Cód.
ENFOQUE ALTA (A) MÉDIA (B) BAIXA (C)
SMS
Segurança, Saúde e Meio-Ambiente
Acidentes Pessoais,
Agressões ao Meio-Ambiente
e Danos Materiais
Exposição a Riscos de
Acidentes ao Meio-Ambiente
ou ao Patrimônio
Nenhum Risco
QP
Qualidade e Produtividade
Produtos com Defeito,
Redução da Velocidade e Redução da Produção
Variação da Qualidade ou
da Produtividade
Não Afeta
OP Oportunidade de Produção
Cessa todo o Processo
Cessa Parte do Processo
Não Afeta
TO
Taxa de Ocupação
24 horas por dia
Dois Turnos ou Horário
Administrativo
Ocasionalmente ou não faz Parte
do Processo Produtivo
FQ
Freqüência de Quebra
Intervalo Menor que 6
Meses
Em Média Uma Vez por Ano
Raramente Ocorre
MT
Mantenabilidade
O Tempo e/ou Custo do
Reparo são Elevados
O Tempo e/ou Custo do
Reparo são Suportáveis
O Tempo e/ou Custo do Reparo são Irrelevantes
SMS
QP
MT
TO
FQ
MT
FQ
OP
A
A
B/C
B/C
A/B
B/C
B/C
B/C
A/B
A/B
A/B
C
A
A
OP
C
CORRETIVA
PREVENTIVA PREDITIVA
BAIXA (C) MÉDIA (B) ALTA (A)
NÍVEL DE CRITICIDADE
This document was created with Win2PDF available at http://www.win2pdf.com.The unregistered version of Win2PDF is for evaluation or non-commercial use only.