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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

(William Okubo, CRB-8/6331, SP, Brasil)

INSTITUTO ARTE NA ESCOLA

Maurício Bentes: esculturas / Instituto Arte na Escola ; autoria de Eliane de

Fátima Vieira Tinoco ; coordenação de Mirian Celeste Martins e Gisa Picosque. –

São Paulo : Instituto Arte na Escola, 2006.

(DVDteca Arte na Escola – Material educativo para professor-propositor ; 55)

Foco: MT-8/2006 Materialidade

Contém: 1 DVD ; Glossário ; Bibliografia

ISBN 85-98009-35-0

1. Artes - Estudo e ensino 2. Materialidade 3. Escultura 4. Bentes, Mau-

rício I. Tinoco, Eliane de Fátima Vieira II. Martins, Mirian Celeste III. Picosque,

Gisa IV. Título V. Série

CDD-700.7

MAURÍCIO BENTES: esculturas

Copyright: Instituto Arte na Escola

Autor deste material: Eliane de Fátima Vieira Tinoco

Revisão de textos: Soletra Assessoria em Língua Portuguesa

Diagramação e arte final: Jorge Monge

Autorização de imagens: Ludmilla Picosque Baltazar

Fotolito, impressão e acabamento: Indusplan Express

Tiragem: 200 exemplares

Créditos

MATERIAIS EDUCATIVOS DVDTECA ARTE NA ESCOLA

Organização: Instituto Arte na Escola

Coordenação: Mirian Celeste Martins

Gisa Picosque

Projeto gráfico e direção de arte: Oliva Teles Comunicação

MAPA RIZOMÁTICO

Copyright: Instituto Arte na Escola

Concepção: Mirian Celeste Martins

Gisa Picosque

Concepção gráfica: Bia Fioretti

DVDMAURÍCIO BENTES: esculturas

Ficha técnica

Gênero: Documentários com depoimento do artista.

Palavras-chave: Matéria; subversão de usos; diálogo coma matéria; luz; happening; instalação; experiência estéticae estésica.

Foco: Materialidade.

Tema: Os dois documentários apresentam as esculturas e ins-talações do artista.

Artista envolvido: Maurício Bentes.

Indicação: A partir da 7ª série do Ensino Fundamental.

Direção: Malu de Martino.

Realização/Produção: Fernando Gianelli (Edição).

Ano de produção: 1993 e 2000, respectivamente.

Duração: O primeiro, 4’; o segundo, 6’.

SinopseEste DVD apresenta dois documentários realizados por Malude Martino sobre o artista plástico Maurício Bentes. Com al-gumas imagens em comum, podem-se ver obras em diferentesmomentos expositivos, já que elas exigem a documentação noinstante em que acontecem. No primeiro documentário, o ar-tista mostra a perseguição de uma idéia que se repete em trêsobras interativas. No segundo, apresenta-se uma cronologiamais ampla da obra do artista, anexando imagens e falas doprimeiro documentário, momentos do artista no ateliê e umaexposição realizada no Centro Cultural Banco do Brasil/RJ. Oenvolvimento do artista com a materialidade em suas obras éevidente nos dois documentários.

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Trama inventivaO atrito do olhar sobre a obra recai no estranho silêncio da ma-téria. Somos surpreendidos. Matérias são pele sobre a carneda obra. Pigmento. Lã de aço. Lâminas de vidro e metal. Teci-do. Plástico. Ferro. Terra. Pedra. Não importa. A matéria,enfeitiçada pelo pensar do artista e sua mão obreira, vira lin-guagem. No reencontro dos germes da criação, a escuta daconversa das matérias desvela o artista e sua intenção persis-tente, cuidadosa e de apuramento técnico: o conflito da fusão,as confidências das manchas, o duelo entre o grafite preto e acandura do papel, a felicidade arredondada do duro curvado.Na cartografia, este documentário se aloja no território daMaterialidade, surpreendendo pelos caminhos de significação:a poética da matéria.

O passeio da câmera

Um banquete? Uma festa? Pessoas comem, conversam, riem,oferecem algo à câmera. Escuro. A única luminosidade vem decima da grande mesa. Ao redor dela, as pessoas se aglomeram.

Assim começa o primeiro documentário presente nesse DVD. Asimagens das performances - grandes banquetes em que as pes-soas “criam a escultura deixando vazar a luz”, são intercaladas àsdo artista que, com o microfone em mãos, conta o percurso desuas obras e a interação do público para que a obra aconteça.

O segundo documentário começa com datas que sesuperpõem. Interessado pela dimensão universal da luz, queatinge qualquer pessoa, o artista apresenta a performanceque realizou no evento de inauguração da exposição Paixão

do olhar em 1993, no Museu de Arte Moderna/RJ, já vistano primeiro documentário.

Buscando alternativas para novos trabalhos em artes plásticas,o artista continua sua pesquisa sobre a matéria, e trabalha comágua e luz na exposição de 1995, no Centro Cultural Banco doBrasil/RJ.

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MAURÍCIO BENTES – ESCULTURAS

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Luz, pão, queijo, pólvora, metal, água. Materialidade e interação.As obras, a voz em off e as várias imagens do artista, falandoou trabalhando, nos colocam em contato com sua obra e po-dem nos levar às proposições pedagógicas que cercam aMaterialidade. A potencialidade, qualidade e singularidade dasmatérias utilizadas pelo artista, a matéria orgânica e as nãoconvencionais podem nos fazer pensar sobre a dimensão sim-bólica da matéria.

Outros territórios também podem ser percorridos a partir dodocumentário, como Linguagens Artísticas, focalizandohappening, performance, ambiente e instalação; em Processo

de Criação, a ação criadora, a poética pessoal, o percurso deexperimentação e diálogo com a matéria; em Conexões

Transdisciplinares, as possíveis relações com a filosofia e atecnologia; em Mediação Cultural os espaços sociais do saber,o ato de expor, a relação entre o público e obra, a experiênciaestética e estésica; Saberes Estéticos e Culturais, a estéticacontemporânea, conceitual, do cotidiano, do ritual, da Geração80 e da Eat a Art; além de Forma-Conteúdo, a luz, o espaço ea temática contemporânea.

Sobre Maurício Bentes(Rio de Janeiro/RJ, 1958 – Rio de Janeiro/RJ, 2004)

(...) Esses St. Paulin eram colocados lado a lado formando um gran-

de cilindro, digamos de matéria orgânica, ou seja, de matéria quei-

jo. E no interior desse queijo eu introduzia lâmpadas fluorescen-

tes. Quer dizer, motivados pelo apetite ou “pela vontade de fazer

arte”, elas estariam criando. Digerindo todo esse trabalho, dige-

rindo esse material, elas vão estar criando a escultura, que é a

própria luz que vai estar vazando, à medida que vai sendo comida.

Maurício Bentes

A Escola de Artes Visuais do Parque Lage1 , espaço de forma-ção artística para diversas gerações, é um marco na vida artís-tica de Maurício Bentes, formado em economia. Lá, com CeleidaTostes, ingressa no mundo da arte.

Com Haroldo Barros, na oficina de escultura no Museu do Ingá/

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RJ, continua sua formação. Em 1982, realiza sua primeira ex-posição individual em frente ao Museu de Arte Moderna do Riode Janeiro, colocando tijolos com tamanhos e formas distorcidassobre a grama. A influência da ceramista Celeida estava pre-sente nessa obra.

Como vários artistas de sua geração, participa da famosa ex-posição Como vai você, Geração 80? 2 , no Parque Lage, quelança, entre outros, os nomes de Leda Catunda, BeatrizMilhazes, Leonilson, Mônica Nador e Sergio Romagnolo. Aparticipação em duas Bienais em São Paulo, os convites paraexposições internacionais, o recebimento de vários prêmios ea realização de obras públicas dão visibilidade ao trabalho deMaurício Bentes.

Seu envolvimento com a materialidade e com procedimentosartísticos dela advindos vêm de pesquisas e da busca do po-tencial expressivo para cada um dos materiais que utiliza. Em

suas obras, a maioria sem título, tem preferência por tra-

balhar com instalações e peças de grandes dimensões. A

luz, que na maioria das vezes vem de lâmpadas fluores-

centes, se torna essencial em suas criações, e se expande

do interior das obras preenchendo o espaço. Para ele, oelemento luz “é muito forte para atingir qualquer pessoa, es-tando ela não importa em que nível de desenvolvimento inte-lectual ou cultural.”

Nos trabalhos com “matéria queijo” como diz, combina oefêmero e o duradouro, a contenção e a expansão, o tradicio-nal e o tecnológico. Investe na perseguição de uma idéia, quese repete em três momentos expositivos com acréscimo dematerialidade. Nesses trabalhos, os conceitos de happening,instalação e performance atestam como os termos são contex-tualizados, inseridos ao espírito da época.

Na década de 60, artistas desenvolvem o conceito da Eat Art(comer arte), nos Estados Unidos. Segundo Deborah Berlinck3 ,esse movimento “transgrediu, de uma só vez, duas regras bá-sicas: não se toca em arte e não se brinca com comida”. Daniel

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Spoerri, que batizou o movimento, cria nos anos 70 do século20, em Düsseldorf, na Alemanha, um misto de galeria e restau-rante e convida amigos artistas como Andy Warhol e RoyLichtenstein para criar obras. O público é convidado a comertoda a obra, não sobrando um só pedaço. Na obra O banquete,no Parque Lage, em 1988, na Semana Antropofágica no Galpãodas Artes, em 1990, ou no evento de inauguração da exposiçãoPaixão do olhar, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro,em 1993, Maurício Bentes subverte o conceito da Eat Art, jáque é preciso comer para criar a própria escultura, deixandoque a luz vaze e tome o espaço.

A subversão dos usos, a inquietude, a experimentação marcama trajetória de Bentes. Sobre ele, comenta o crítico de arteCláudio Telles4:

Maurício Bentes desenvolveu uma postura questionadora que o obri-

ga a experimentar e de maneira muito especial encontrar soluções.

Há no seu processo artístico um continuum de achados estéticos que

definem um repertório individual. Com certeza, isto está aliado a uma

enorme dedicação ao trabalho criativo, mas, sobretudo, é fruto de uma

capacidade de reflexão sobre o sensível, de uma peculiar observação

da natureza em toda a sua extensão. (...) No percurso de Maurício

Bentes, atitude gera atitude. O que é incorporado em determinado

trabalho passa a ser referência para os trabalhos seguintes. Nada é

isolado, tudo é conseqüente.

Em uma rápida e curta trajetória artística, Maurício

Bentes insere seu nome, suas inquietações e sua obra

na arte contemporânea brasileira, nos convocando à

surpresa, ao estranhamento e à nossa própria experiên-

cia estética e estésica.

Os olhos da arteEssa fixação em cima da luz, em cima da energia, faz parte também

dessa pesquisa de descobrir alternativas e novos caminhos de traba-

lho dentro das artes plásticas... Usando esses materiais como a água

e a luz, que são dois materiais universais na medida em que qualquer

ser humano tem alguma experiência com esse material (...) evocam

sempre algum sentimento no ser humano.

Maurício Bentes

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Luz, pólvora, queijo, água, metal, areia. Matérias convivem

na obra de Maurício Bentes. A pesquisa e a experimenta-

ção movem o artista que reinventa, reorganiza ou

reinterpreta a materialidade nas artes plásticas.

Sobre o assunto da materialidade na obra de arte e no proces-so de criação do artista Cecilia Almeida Salles5 diz:

Olhando mais de perto a relação do propósito do artista com as ma-

térias por ele escolhidas, compreendemos a interdependência des-

ses elementos. A intenção criativa mantém íntima relação com a es-

colha da matéria. Opta-se por uma determinada matéria em

detrimento de outras, de acordo com os princípios gerais da tendên-

cia do processo.

Assim, a luz como elemento escultórico é escolhida como umadas possibilidades matéricas de Maurício Bentes, revelando que“qualquer matéria é uma energia em estado condensado”.Energia que traduz a dimensão simbólica da luz, como tambémda água, pois “provocam muitos sentimentos no ser humano”.O título O banquete, assim como a situação de uma grande ceia,remete à sacralidade e à filosofia, já que não se pode descartar asconexões com a obra de Platão6 , “que representa ao mesmo tempoa negação do banquete tradicional e a invenção do banquete filosó-fico”, no qual seu mestre Sócrates se transforma em conviva.

Do público é esperada, também, a criação, pois sua interven-ção cria a escultura. O produto artístico, em ações perfor-máticas, é a própria ação na qual o público é o construtor daobra e o artista um propositor.

A neutralidade frente à obra é impossível. Inserido em umaespécie de jogo, o público passa a fazer parte do processo decriação. O envolvimento do público com a obra é que lhe con-fere o caráter, nomeado por Umberto Eco7 , de “obra aberta aum complemento produtivo”. Para o autor, essas são obras emque o fruidor tem a possibilidade de se colocar também comoprodutor, interferindo em sua configuração final, seja nas artesplásticas, na literatura, na música ou na arquitetura:

...manifestam um novo sentido de relação entre a obra e o fruidor,

uma ativa integração entre produção e consumo, uma superação da

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MAURÍCIO BENTES – ESCULTURAS

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relação puramente teórica da apresentação-contemplação num pro-

cesso ativo para o qual convergem motivações intelectuais e emotivas,

teóricas e práticas.

No processo ativo frente à obra, somos convocados com nossoscorpos perceptivos a viver uma experiência que nos toca, que nosatravessa e, por isso, se torna estética e estésica. O estranhamentoe a surpresa fazem parte da proposição do artista.

A efemeridade desse tipo de trabalho traz consigo a necessi-dade do registro. O caráter performático da obra de MaurícioBentes - comer a matéria queijo, queimar a matéria pólvora oudescobrir aos poucos a matéria luz - é único e tem tempo e localcerto para acontecer. A câmera é a testemunha e documenta aação para que no futuro outros possam ressignificá-la em seuspróprios corpos perceptivos.

A instalação apresentada no Centro Cultural Banco do Bra-sil/RJ, registrada no documentário, tem a água e a luz comoseus elementos principais. Maurício Bentes constrói um es-paço que busca a aproximação com o público por meio de seussentimentos, de suas memórias compartilhadas, provocadaspela materialidade.

Outras experiências com a luz como matéria física8 das artesplásticas podem ser vistas nos Objetos cinecromáticos deAbraham Palatnik, que envolve o espectador por meio de jo-gos de luz que se movimentam em uma caixa com uma frentetranslúcida. Na década de 50, essas pinturas em movimentorevelam outras questões estéticas, diversas também das re-veladas por Carmela Gross, em suas recentes instalações comlâmpadas fluorescentes, ou por Rubens Mano que, em Detetor

de ausências, no evento Arte/Cidade de 1994, criou uma in-tervenção urbana utilizando dois enormes e possantes fachosde luz perpendiculares ao Viaduto do Chá, no centro da capi-tal paulista, interceptando e provocando os corpos perceptivosdos passantes.

Para Pareyson: “sem o olhar fecundador do artista, a maté-

ria é inerte e muda: apenas o olhar formativo desperta-a

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para a vida da arte”9 . Matéria despertada por MaurícioBentes, entre outros artistas, a fecundar nossos olhos e denossos alunos.

O passeio dos olhos do professorAntes da utilização do documentário em sala de aula, é impor-tante que você o assista antes dos alunos. Como neste DVDexistem dois documentários curtos, sugerimos que você assis-ta pela primeira vez com atenção às suas próprias sensações.Depois, mais uma vez, anotando as suas impressões, ajudadoou não pela pauta do olhar que se segue:

O que os documentários despertam em você?

Algumas imagens e falas se repetem nos documentários. Queimpressões isso lhe causa?

Os depoimentos do artista, intercalados com a apresenta-ção das obras, auxiliam a compreensão das mesmas? O fatode no primeiro documentário o artista aparecer fazendo umcomentário e no segundo esse mesmo comentário estar emoff possibilita leituras diferentes?

A presença do público é marcante nos dois documentários.Em alguns momentos, o artista é apresentado em meio aopúblico. Quais questionamentos essas imagens suscitam?

Há conceitos que você desconhece?

O que causaria estranhamento em seus alunos?

Quais possibilidades de trabalhos em sala de aula você con-seguiu vislumbrar a partir dos documentários?

Com o olhar voltado para suas anotações, pense na possibili-dade de construção de uma pauta do olhar específica para seusalunos. Os conteúdos que você escolheu para iniciar o projetoserão aprofundados ou nascerão outros desvelados pelos inte-resses e questionamentos dos alunos?

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Percursos com desafios estéticos

São muitos os caminhos possíveis a partir da exibição dedocumentários em sala de aula. No mapa potencial apresenta-do, você pode observar os desdobramentos possíveis, os vári-os sub-focos em que se pode trabalhar. Com o intuito de auxi-liar na descoberta desses caminhos, e tendo como ponto departida o foco Materialidade, apresentamos a seguir idéiaspara serem recriadas, totalmente transformadas ou inventadas.

O passeio dos olhos dos alunosAlgumas possibilidades:

O trabalho com os documentários sobre Maurício Bentespode começar com um momento de silêncio. Você poderáconvidar seus alunos a assistirem ao primeiro documentáriosem o som. O que os alunos lêem dessa ação? Como rea-gem à falta de som e de explicações do que vêem? Issochama a atenção deles? Problematizar tudo o que viram,cuidando para não dar nenhuma resposta, é um bom convi-te para tornar a ver o primeiro documentário. A conversasobre o que viram, na segunda exibição, abrirá possibilida-des para a continuidade do projeto. Veja se vale a penacontinuar com a exibição do segundo documentário no mes-mo dia ou se é melhor deixá-la para alimentar uma outrasituação de aprendizagem.

Outra possibilidade de início de trabalho é pedir aos alunosque levem velas ou lanternas para a sala de aula. A propo-sição é que façam um desenho coletivo com luz. Para isso,na sala escurecida, os alunos podem estar acomodados emum grande círculo e, ajudados por você, chegarem a umconsenso sobre o que desenhar. Depois, cada aluno irá co-locar sua vela ou lanterna, até que todos tenham participa-do do desenho coletivo. Se você for trabalhar com lanter-nas, elas devem ser colocadas já acesas, no caso das velas,colocá-las acesas merece um cuidado especial. Dependen-

qual FOCO?

qual CONTEÚDO?

o que PESQUISAR?

Zarpando

poéticas da materialidade

potencialidade, qualidade e singularidade da matéria,dimensão simbólica da matéria, poética do efêmero,pesquisa de materiais, poética da transformação

matéria orgânica (queijo, água), pólvora,matérias não convencionais, lâmpadasfluorescentes, matéria bruta, areia, ferro,junções inusitadas, sólido e líquido

natureza da matéria

procedimentos

subversão de usos,transgredir a matéria,experimentação

Materialidade

suporte

ruptura do suporte,pesquisa de outrosmeios e suportes

o atode expor

agentes

formação de público

interatividade obra/público

Museu de Arte Moderna/RJ,Centro Cultural Banco do Brasil/RJ,Escola de Artes Visuais Parque Lage

relação público e obra,experiência estética e estésica,provocar o espectador, impacto frente à obra

espaços sociaisdo saber

MediaçãoCultural

artista

Forma - Conteúdo

elementos davisualidade luz, forma, espaço

relações entre elementosda visualidade

atmosfera,tridimensionalidade

temáticas contemporânea

SaberesEstéticos eCulturais

história da arte

práticas culturais

arte contemporânea, arte conceitual,Geração 80, Eat art

estética do cotidiano, ritual

Linguagens Artísticas

happening, instalação,ambiente, performance

meiosnovosartes

visuais

Processo deCriação

ação criadora diálogo com a matéria, poética pessoal,ato criador, percurso de experimentação

ateliê, museu

corpo perceptivo, sensação, sensibilidade, atitude lúdicarepertório pessoal e cultural, imaginação criadora

ambiência do trabalho

potências criadoras

ConexõesTransdisciplinares

arte e ciênciashumanas

arte, ciênciae tecnologia

filosofia

luz

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do da turma, acenda só depois da composição terminada. Éinteressante fazer fotografias e conversar com os alunossobre o tempo de execução e de duração dessa obra. Apósesse momento, convide os alunos a conhecerem o trabalhode Maurício Bentes, artista que tem a luz como um dos ele-mentos principais de sua obra.

O que é um banquete para os alunos? Quais os significadosimaginários que ele tem? Como seria uma obra de um artis-ta contemporâneo com esse título? Essas questões podempreparar os alunos para ver os dois documentários em se-qüência. Sugerimos que a primeira proposição seja escre-ver a respeito das imagens que lhes fizeram sentir e pensarsobre comer obra de arte e sobre as diferentes maneirascom que o artista trabalha com a matéria luz. O que odocumentário suscita para iniciar um projeto?

O trabalho com os documentários em sala de aula pode come-çar de diferentes maneiras. É como uma viagem para a qual sepode escolher, dentre inúmeros roteiros, alguns expostos aseguir. O importante é possibilitar aos seus alunos momentosreflexivos, antes e depois da exibição dos documentários. Sãoesses momentos que trarão as hipóteses e os conceitos a se-rem trabalhados durante o projeto.

Desvelando a poética pessoalO convite é para que seus alunos sejam produtores de uma sériede trabalhos, pesquisando e construindo suas poéticas ao lon-go do percurso, focalizando, especialmente, a materialidade,lembrando da potencialidade e singularidade de cada matéria,além da sua dimensão simbólica.

Como parte desse processo, caberá ao aluno escolher a lingua-gem com que vai trabalhar (pintura, escultura, instalação...) e,a partir disso, explorar ao máximo todas as possibilidades exis-tentes nessa escolha, que pode ampliar-se no decorrer do tra-balho. Para essa produção, você pode sugerir trabalhos com:

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materiais perecíveis, orgânicos;

sucata;

materiais não convencionais;

junções inusitadas.

O acompanhamento dos processos individuais de criação podepossibilitar o alimento com outras referências, a ajuda pararesolução de procedimentos técnicos, etc. A apreciação dostrabalhos, focalizando a poética de cada aluno, revelará tam-bém o modo singular com que trabalharam a materialidade.

Ampliando o olharUma coleta sensorial e material, como caçadores de tesou-ros escondidos, pode ser iniciada nos arredores da escola.Atentos às formas, cores, texturas, cheiros, sons que pro-duzem, os alunos podem recolher esses materiais e, emclasse, classificá-los, percebendo também que cada mate-rial vem carregado de história, de significados que podemser pessoais ou culturais. A organização desses materiaispode montar um inventário visual como acervo para traba-lhos posteriores.

Algumas confeitarias têm uma impressora carregada comtinta comestível que faz, especificamente, a impressão deimagens comestíveis. Outras têm canetas de tintas comes-tíveis e fazem o desenho que for solicitado manualmente. Osalunos podem pesquisar se há confeitarias que fazem essetipo de trabalho e você pode, inclusive, marcar uma visita,ampliando também o olhar para a estética do cotidiano.

Durante o segundo documentário, Maurício Bentes apare-ce com um maçarico abrindo uma fenda em uma peça demetal. Sobre o modo como o artista trabalha essa matéria,o crítico de arte Frederico Morais10 fala: “Na sua siderurgiapoética, a solda fere o ferro não para produzir edifícios oufábricas de bens de consumo duráveis, mas para recortar operfil das montanhas, desenhar nuvens”. Você poderá re-

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ver esse trecho do documentário com os alunos, ler o co-mentário de Frederico Morais e convidá-los a pensar sobreas maneiras de modificar o uso corrente de materiais, sub-vertendo-os.

Reproduções de obras de outros artistas contemporâne-os que trabalham com materiais não convencionais am-pliam também o olhar dos alunos sobre a questão damaterialidade. Como exemplo, podemos citar Artur Barriocom os livros de artista feitos de carne vermelha, as obrasde Vik Muniz em chocolate, caviar ou diamantes, ou NunoRamos que faz trabalhos em que a matéria tem presençamarcante11 .

Nos diferentes momentos em que trabalha com a matériaqueijo, Maurício Bentes utiliza queijos de origem européia –St. Paulin e Cottage Cheese – que permitem um formatocilíndrico a suas obras. Os alunos podem pesquisar num su-permercado as diferentes formas de queijos, inclusive osbrasileiros, como o queijo-minas ou o bola. Como essasformas, assim como as de outros comestíveis, podemprovocá-los para a criação de “projetos impossíveis”? Aimaginação criadora pode ser instigada para que experimen-tem a liberdade de criação e a atitude lúdica presente emMaurício Bentes.

A criação de esculturas ou objetos de parede, propondojunções inusitadas de matérias, pode desencadear a esco-lha de materiais movida pela aparência ou por sua dimen-são simbólica. Projetos, maquetes e esboços fazem partedos processos de criação e devem ser valorizados.

Conhecendo pela pesquisa

Para a artista e teórica Fayga Ostrower12 :

Cada materialidade abrange, de início, certas possibilidades de ação e

outras tantas impossibilidades. Se as vemos como limitadoras para o

curso criador, devem ser reconhecidas também como orientadoras, pois

dentro das delimitações, através delas, é que surgem sugestões para

se prosseguir um trabalho e mesmo para ampliá-lo em direções novas.

material educativo para o professor-propositor

MAURÍCIO BENTES – ESCULTURAS

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Assim também, outros teóricos da arte deram relevância aoassunto da materialidade na arte. Muitas vezes na escola,essa questão parece se centrar em “técnicas” e não napotencialidade e singularidade das matérias utilizadas. Quaisartistas os alunos poderão buscar para evidenciar as rela-ções entre a materialidade e a criação?

Quando os artistas começaram a fazer happenings? Em1963, Wesley Duke Lee13 expôs no João Sebastião Bar asérie Ligas, sendo as obras iluminadas por lanternas ofere-cidas aos visitantes. Esse evento foi considerado o primei-ro happening no Brasil. O que os alunos gostariam de sabersobre happenings durante a década de 80, quando a liber-dade política se abria no Brasil após a ditadura?

Como já foi colocado, os artistas plásticos AbrahamPalatnik, Carmela Gross e Rubens Mano trabalharam coma luz como matéria. A proposta é para que seus alunospesquisem sobre esses artistas na internet. Comple-mentando a pesquisa, você poderá levar para a sala de aulaoutros documentários da DVDteca que têm em seus ma-pas a palavra luz.

Os exemplos das conexões entre arte e comida são inú-meros na história da arte. Ora a comida é temática para asobras, ora é o próprio material. Um bom exemplo pode sera apresentação de obras do artista plástico GiuseppeArcimboldo, nas quais frutas e outros alimentos se agru-pam na construção de rostos de pessoas. Você poderá pe-dir aos alunos uma pesquisa que trate dessa conexão en-tre arte e comida, dando-lhes pistas de alguns artistas aserem procurados.

Durante os documentários, Maurício Bentes nos fala dediferentes espaços de exposição no Rio de Janeiro. A Esco-la de Artes Visuais do Parque Lage, por exemplo, é umaescola de arte que tem alguns espaços destinados a expo-sições. Faça uma pesquisa com seus alunos sobre galeriase museus que existam em sua cidade ou região. Como fun-cionam? Qual o público que os freqüenta? Existem projetos

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que aproximem esses espaços das escolas? Qual o tipo deexposição que eles promovem? Como é feita a divulgação?

Em seu livro Arte e meio artístico: entre a feijoada e o x-burger, a crítica de arte Aracy Amaral14 comenta sobre umaprática comum entre alguns artistas:

... toda uma geração de jovens artistas parece buscar o material para

suas obras de arte nas latas de lixo, nos depósitos de ferro velho,

nas sobras das oficinas mecânicas, nos terrenos baldios, e muitos

espíritos pessimistas se indagam atemorizados sobre o futuro da

escultura e da pintura: que significam essas obras? E, no entanto,

nada mais vibrante que essa arte para expressar o estado de espí-

rito de nossa época.

Por que essa prática expressa “o estado de espírito denossa época”? Cada grupo de alunos pode elaborar umtexto reflexivo, como se fosse uma notícia de jornal con-templando essa pergunta. Depois, seria interessantejuntá-los numa página para o jornal da escola, ou mesmolê-los como um jornal falado na rádio da escola, ou numaperformance em classe.

Amarrações de sentidos: portfólioAo final do trabalho, os alunos terão manipulado diferentesmateriais e realizado projetos, instalações, objetos e escultu-ras. Como alguns trabalhos foram efêmeros e registrados emfotos, peça aos alunos que fotografem também os objetos e/ou esculturas para organizar tudo isso em um único portfólio. Éinteressante colocar, ao lado das fotografias, textos em que osalunos contem sobre a escolha da materialidade de cada obrae sobre seus processos de criação. Dessa forma, eles estarãoorganizando seus livros de artista. Para completá-los, peça aosalunos que coloquem uma foto pessoal com uma pequena bio-grafia ao final do livro.

Valorizando a processualidade

Chegou o momento de avaliar tudo o que aconteceu durante aexecução do projeto. Os livros de artistas construídos por seus

material educativo para o professor-propositor

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alunos serão o ponto de partida dessa avaliação. Você poderápedir a eles que formem grupos pequenos para facilitar a soci-alização desses livros. Eles deverão trocar os livros entre si ebuscar pontos em comum nas obras realizadas, em suasmaterialidades e nos textos que escreveram. A partir dessaobservação, poderão escrever um texto coletivo com os con-ceitos que foram aprendidos.

E você, professor? O que aprendeu com esse projeto? Quaisforam as facilidades e dificuldades encontradas? Foi possívelauxiliar todos os alunos com relação aos problemas que surgi-ram de manipulação dos materiais? Quais os possíveis desdo-bramentos desse projeto?

GlossárioEfêmero – o efêmero na arte é a obra que não é feita para durar. Geralmen-te produzida em materiais perecíveis, como comida, por exemplo, tem nainteração com o público seu apelo crucial. Fonte: <www.pitoresco.com.br>.

Estesia – tal termo apresenta-se hoje como irmão da palavra estética,tendo origem no grego aisthesis, que significa, basicamente, a capacida-de sensível do ser humano para perceber e organizar os estímulos que lhealcançam o corpo. Para além das questões ligadas à experiência estética,a estesia diz mais de nossa sensibilidade geral, de nossa prontidão paraapreender os sinais emitidos pelas coisas e por nós mesmos. Seu contrá-rio, a anestesia é a negação do sensível, a impossibilidade ou a incapaci-dade de sentir. Fonte: DUARTE JR. João Francisco. O sentido dos senti-

dos: a educação (do) sensível. Curitiba: Criar Edições, 2001, p. 136-137.

Experiência estética – “Não é possível separar, numa experiência vital,o prático, o emocional e o intelectual uns dos outros, e pôr as proprieda-des de um em oposição aos outros. (...) A mais elaborada investigaçãofilosófica ou científica e a mais ambiciosa empresa industrial ou política,quando seus diferentes constituintes formam uma experiência integral, têmqualidade estética, de vez que então suas várias partes estão ligadas umasàs outras, e não apenas sucedem uma à outra. E as partes, através de sualigação experienciada, movem-se em direção à consumação e ao término,não apenas à cessação do tempo”. Fonte: DEWEY, John. Tendo uma expe-

riência. São Paulo: Abril Cultural, 1974 (Os pensadores).

Instalação – “Obra de arte que se preocupa com o contexto e a configuraçãodo espaço onde vai acontecer. A obra precisa ser moldada especificamentenas dimensões, possibilidades de iluminação e de trânsito de pessoas do

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espaço onde será montada”. Fonte: WOOD, Paul et al. Modernismo em dis-

puta: a arte desde os anos quarenta. São Paulo: Cosac & Naify, 1998, p. 217.

Happening – o termo foi cunhado no final dos anos 50 pelo americanoAllan Kaprow (1927) para designar uma forma de arte que combina artesvisuais e uma espécie de teatro sem texto nem representação. Os espe-táculos buscam a aproximação do espectador, fazendo-o participar da cenaproposta pelo artista (nesse sentido, o happening se distingue daperformance, onde não há participação do público). Os eventos se carac-terizam pelo acaso e pela estrutura flexível, sem começo, meio e fim, eacontecem em locais variados: ruas, antigos lofts, lojas vazias etc. Oshappenings são gerados na ação e, como tal, não podem ser reproduzi-dos. De acordo com Allan Kaprow, teriam caráter de síntese, espécie dearte total em que se encontram reunidas diferentes modalidades artísti-cas - pintura, dança, teatro, etc. Fonte: Enciclopédia Itaú Cultural de Ar-tes Visuais <www.itaucultural.org.br>.

Materialidade – “O conceito de materialidade não se opõe ao de matéria;vai além. A matéria é a preocupação mecânica com o suporte material, aopasso que a materialidade abrange o potencial expressivo e a cargainformacional destes suportes, englobando também a extramaterialidadedos meios de informação.” Fonte: LAURENTIZ, Paulo. A holarquia do pen-

samento artístico. Campinas: Editora da Unicamp, 1991, p.102.

Performance – criada na década de 1960, a performance integra váriaslinguagens como a dança, a música, a interpretação teatral, o vídeo, etc.Tem um caráter experimental e reduz-se a um número pequeno de apre-sentações. Fonte: COSTA, Cristina. Questões de arte: a natureza do belo,da percepção e do prazer estético. São Paulo: Moderna, 1999. p. 48.

“O termo ganhou notoriedade a partir da segunda metade do século 20,quando passou a ser empregado como referência a experimentosvanguardistas de artes plásticas, como as de Joseph Beuys (...) tantoquanto às demonstrações de body art, em que o corpo humano serve desuporte ao desenho, à pintura ou se torna parte de um ‘evento plástico’,ao mesmo tempo dinâmico e simbólico. A performance busca exprimirformas e idéias por meio do corpo, de seus gestos e movimentos, ao vivoe publicamente, rompendo com a imagem estática da pintura e da escul-tura. Logo migrou para o terreno igualmente vanguardista das experiênci-as cênicas ou teatrais, integrando-se aos happenings.” Fonte: <www.videotexto.info/performance.html>.

Bibliografia

AMARAL, Aracy. Arte e meio artístico: entre a feijoada e o x-burger (1961-1981). São Paulo: Nobel, 1983.

material educativo para o professor-propositor

MAURÍCIO BENTES – ESCULTURAS

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CANTON, Katia. Novíssima arte brasileira: um guia de tendências. SãoPaulo: Iluminuras, 2001.

ECO, Umberto. A definição da arte. São Paulo: Martins Fontes, 1986.

FARIAS, Agnaldo. Arte brasileira hoje. São Paulo: Publifolha, 2002. (Folhaexplica).

OSTROWER, Fayga. Criatividade e processos de criação. São Paulo:Vozes, 1987.

SALLES, Cecilia Almeida. O gesto inacabado: processo de criação artís-tica. São Paulo: Fapesp: Annablume, 1998.

Seleção de endereços sobre arte na rede internet

Os sites abaixo foram acessados em 31 ago. 2005.

ARCIMBOLDO, Giuseppe. Disponível em: <www.arcimboldo.art.pl/english/index1.htm>.

BENTES, Maurício. Disponível em: <www.niteroi-artes.gov.br/mauriciobentes.html>.

___. Disponível em: <www.museuvirtual.org.br/targets/galleries/targets/mvab/targets/mbentes/targets/introduction/languages/portuguese/html/main.html>.

EAT ART. Disponível em: <www.pitoresco.com.br/espelho/2005_01/eat_art/eat_art.htm>.

ENCICLOPÉDIA ITAÚ CULTURAL DE ARTES VISUAIS. Disponível em:<www.itaucultural.org.br>.

ESCOLA DE ARTES VISUAIS DO PARQUE LAGE. Disponível em: <www.eavparquelage.org.br>.

LEE, Wesley Duke. Disponível em: <www2.uol.com.br/animae/artistas/wesley/wapres.htm>.

GERAÇÃO 80. Disponível em: <www.mac.usp.br/projetos/seculoxx/modulo6/mapeamento.pdf>.

GROSS, Carmela. Disponível em: <www.pucsp.br/artecidade/novo/gross_int.htm>.

MANO, Rubens. Disponível em: <www.pucsp.br/artecidade/novo/ac2/318.htm>.

MATERIALIDADE. Disponível em: <www.dedalu.art.br/colunas/200211.php>.

Notas1 A escola, que completa 30 anos em 2005, se mantém como o principal núcleobrasileiro de formação em artes visuais, um fórum de reflexão e debate sobre

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os principais problemas da arte atual. Freqüentaram seus cursos muitos dosmais importantes nomes da produção artística contemporânea do país, confe-rindo à escola projeção internacional. Fonte: <www.annamarianiemeyer.com.br/eventos.htm>. Acesso em 30 ago. 2005.2 Na DVDteca você encontra o documentário Tinta s/ tela que aborda ogrupo chamado Geração 80.3 Fonte: <www.pitoresco.com.br/espelho/2005_01/eat_art/eat_art.htm>.Acesso em: 31 ago. 2005.4 Fonte: <www.niteroi-artes.gov.br/mauriciobentes02.html>. Acesso em31 ago. 2005.5 Cecilia Almeida SALLES, O gesto inacabado: processo de criação artís-tica, 1998. p. 67.6 ROMERI, Luciana. Platão e a tradição convival. Disponível em:<www.puc-rio.br/parcerias/sbp/pdf/16-luciana.pdf>. Acesso em 31 ago.2005. Leia mais em <http://virtualbooks.terra.com.br/freebook/didaticos/O_Banquete.htm>. Acesso em: 31 ago. 2005.7 Umberto ECO, A definição da arte, 1986, p. 159.8 Veja na DVDteca Arte na Escola documentário sobre Abraham Palatnike Carmela Gross.9 PAREYSON, Luigi. Os problemas da estética. São Paulo: Martins Fon-tes, 1984, p. 124.10 Fonte: <www.museuvirtual.com.br/targets/galleries/targets/mvab/targets/mbentes/targets/introduction/languages/portuguese/html/main.html>.11 Vik Muniz e Nuno Ramos estão presentes na DVDteca Arte na Escola.12 Fayga OSTROWER, Criatividade e processos de criação, p. 32.13 COSTA, Cacilda Teixeira da (org.). Wesley Duke Lee. Rio de Janeiro:Funarte, 1980. (Coleção Arte brasileira contemporânea).14 Aracy AMARAL, Arte e meio artístico: entre a feijoada e o x-burger, p. 116.