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Ensino Fundamental volumes e 1 2 Curitiba — 2019 . ano Língua Portuguesa

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Ensino Fundamental

volumes

e1 2Curitiba — 2019 7º.

ano

Língua Portuguesa

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P116 Pacheco, Enilda.Conquista : Solução Educacional : livro de atividades : língua portuguesa, 7º. ano / Enilda

Pacheco ; ilustrações Toloczko. – Curitiba : Positivo, 2019.v. 1-2 : il. ISBN 978-65-5051-194-4 (Livro do aluno)ISBN 978-65-5051-193-7 (Livro do professor)

1. Educação. 2. Língua portuguesa – Estudo e ensino. 3. Ensino fundamental – Currículos. I. Toloczko. II. Título.

CDD 370

©Positivo Soluções Didáticas Ltda., 2019

Dados Internacionais para Catalogação na Publicação (CIP)(Maria Teresa A. Gonzati / CRB 9-1584 / Curitiba, PR, Brasil)

Todos os direitos reservados à Positivo Soluções Didáticas Ltda.

Diretor-GeralEmerson Walter dos Santos

Diretor EditorialJoseph Razouk Junior

Gerente EditorialJúlio Röcker Neto

Gerente de Produção EditorialCláudio Espósito Godoy

Coordenação EditorialJeferson Freitas

Coordenação de ArteElvira Fogaça Cilka

Coordenação de IconografiaJanine Perucci

AutoriaEnilda Pacheco

EdiçãoAnna Baratieri (Coord.) e HUM Publicações Ltda.

RevisãoYohan Barczyszyn

Edição de ArteBettina Toedter Pospissil e

Tatiane Esmanhotto Kaminski

Projeto GráficoDaniel Cabral

EditoraçãoVicente Design

IlustraçõesToloczko

Pesquisa IconográficaGraziela Zilli Braga

Engenharia de ProdutoSolange Szabelski Druszcz

Produção Positivo Soluções Didáticas Ltda.

Rua Major Heitor Guimarães, 174 – Seminário80440-120 – Curitiba – PR

Tel.: (0xx41) 3312-3500Site: www.editorapositivo.com.br

Impressão e acabamentoGráfica e Editora Posigraf Ltda.

Rua Senador Accioly Filho, 431/500 – CIC81310-000 – Curitiba – PR

Tel.: (0xx41) 3212-5451E-mail: [email protected]

2020

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1. Anúncio publicitário: conquistando o público 42. Artigo de divulgação científica: acesso à ciência 163. Causo e conto: narrativas populares 244. Notícia: o que está acontecendo 435. Reportagem: é preciso saber mais 526. Crônica: o cotidiano em pauta 65

Sumário

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1 Anúncio publicitário: conquistando o público

Anúncio publicitário

Você já estudou anúncios publicitários e viu que eles têm

uma certa estrutura fixa. Mas são muitas as peças publicitárias

que não seguem o padrão.

Para ver como isso acontece, você vai ler anúncios publici-

tários de uma das mais importantes instituições que atuam em

defesa do meio ambiente: o Greenpeace.

Os anúncios fazem parte de uma mesma campanha, produ-

zida pela agência Almap BBDO, em julho de 2008.

Em 2019, essa discussão voltou a preocupar não apenas os

ambientalistas, mas também uma parte considerável da popu-

lação brasileira e autoridades mundiais. Por essa razão, vamos

pensar sobre a atualidade dessa campanha.

O Greenpeace nasceu de

um grupo formado por

ecologistas, jornalistas e

hippies que, em 1971, se

reuniu para protestar contra

os testes nucleares dos

Estados Unidos na costa do

Alasca. É uma organização

não governamental que

atua internacionalmente

em questões relacionadas

à preservação do

meio ambiente e ao

desenvolvimento sustentável

por meio de diferentes formas

e campanhas. Atualmente,

está em mais de 55 países.

GREENPEACE. Querem desmatar metade da Amazônia. Agência Almap BBDO, jul. 2008.

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p B

BD

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Livro de atividades4

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1 Você já viu que o anúncio publicitário é um texto constituído de linguagens verbal e não verbal, cer-to? Nesse anúncio, há predominância de recursos de uma dessas linguagens ou eles são igualmente importantes para a construção de sentido do texto? Justifique sua resposta.

2 Qual é o título do anúncio?

3 Que relação é estabelecida entre a imagem e o título do anúncio?

4 Quem é o anunciante?

5 Identifique os elementos responsáveis pela construção de sentido no anúncio lido.

( ) imagem da ave

( ) cores

( ) movimento das imagens

( ) palavras

( ) enquadramento da imagem

( ) som da frase

( ) modo de construção da imagem

6 Considerando os elementos que comumente aparecem em um anúncio publicitário mais padroniza-do, marque aqueles que estão presentes no anúncio que você leu.

( ) título

( ) anunciante/logotipo

( ) argumentação

( ) imagem

( ) slogan

( ) presença do produto anunciado

7 O anúncio é direcionado a que público?

8 Uma característica de textos publicitários é interpelar diretamente o leitor. Como isso é feito nesse anúncio?

9 Nessa campanha, a argumentação não está explícita, como em outros textos publicitários que você

analisou. Qual argumentação podemos inferir da campanha?

5

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10 Que tipo de publicidade é feito nessa campanha: comercial ou insti-

tucional? Explique sua resposta, indicando o objetivo da campanha.

11 Além desse objetivo mais evidente, os anúncios publicitários são

elaborados para comunicar uma ideia.

Qual é a ideia central comunicada nessa campanha?

( ) É importante preservar as reservas naturais.

( ) O desmatamento na Amazônia precisa ser contido.

( ) A Floresta Amazônica pode ser desmatada até a metade de sua extensão.

( ) Com o desmatamento, várias espécies animais e vegetais correm o risco de extinção.

12 Qual é o slogan da campanha?

13 Que elementos visuais estão relacionados à ideia de desmatamento?

14 Qual é a função do endereço eletrônico que aparece no canto superior direito do anúncio?

Leia, agora, este outro anúncio que faz parte da mesma campanha:

Lembre-se!Publicidade comercial – pretende persuadir o consumidor a adquirir determinado produto ou serviço.

Publicidade institucional – o objetivo não é vender, mas alertar e sensibilizar o consumidor para comportamentos e regras da vida social.

GREENPEACE. Querem desmatar metade da Amazônia. Agência Almap BBDO, jul. 2008.

15 Nesse anúncio, que elementos visuais estão relacionados à ideia de desmatamento?

16 Por que os produtores da campanha optaram por representar uma figura humana indígena?

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O

Livro de atividades6

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Meia Amazônia, não

Greenpeace lança campanha internacional contra lei que aumenta área das reservas florestais sujeita a ser desmatada

Hugo Marques

26/11/08 - 10h00

Greenpeace mobilizou seus escritórios em 30 países, nesta semana, para abrir uma campanha mundial contra

a aprovação do projeto de lei conhecido como Floresta Zero. A tradicional ONG denuncia uma proposta que

tramita no Congresso prevendo a redução de 80% para 50% nas reservas legais de propriedades privadas.

Além da redução das reservas, o relator do projeto, deputado Jorge Khoury, do DEM baiano, quer compen-

sar o desmatamento da Amazônia com a possibilidade de se fazer reflorestamento em outras áreas. Para o

Greenpeace trata-se simplesmente de um incentivo ao desmatamento da Floresta Amazônica. A Comissão

de Meio Ambiente da Câmara quer votar o projeto ainda neste ano. "Estamos acionando ambientalistas no

planeta inteiro contra esta proposta e recolhendo assinaturas nos países", diz Joanna Guinle, coordenadora

da campanha Meia Amazônia Não, do Greenpeace. "Vamos fazer um protesto agressivo." O Greenpeace tem

muitos aliados, entre eles o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, que é contra o projeto do jeito que está.

"Não podemos eliminar mecanismos de defesa das florestas e das áreas de preservação, como matas nas

margens dos rios e reservas legais", diz Minc. "É a ameaça que está embutida neste projeto."

Mas a proposta também tem defensores de peso, como o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes. Ele acha

que o projeto deveria separar a Amazônia do resto do Brasil, já que seria impossível restituir reservas em mui-

tas áreas das regiões Sul e Sudeste. "Não podemos tratar tudo da mesma forma", diz Stephanes. "Eu diria que

hoje 50% dos pequenos e médios agricultores não agem de acordo com a lei ambiental." O ministro disse

à ISTOÉ que uma das saídas em estudo é a indenização dos agricultores da Amazônia para que não desmatem.

Isso seria feito através de fundo pago por Estados em que a recomposição da vegetação é inviável.

[...] Coordenador da Campanha da Amazônia do Greenpeace, Márcio Astrini lamenta o rumo das discussões: "O

meio ambiente não tem maioria na Comissão do Meio Ambiente da Câmara, quem tem é a bancada ruralista."

MARQUES, Hugo. Meia Amazônia, não. Disponível em: <https://istoe.com.br/1066_MEIA+AMAZONIA+NAO/>. Acesso em: 1º. jul. 2019.

Para contextualizar a causa pela qual a instituição se mobiliza, leia as notícias a seguir. A primeira foi publicada também em 2008, e a segunda, em 2019.

Nossa maior riqueza natural está sendo destruída

Dados divulgados pelo governo brasileiro registram aumento de 13,7% no desmatamento da Amazônia Legal. Área destruída equivalente a cinco vezes a cidade de São Paulo

Por WWF-Brasil

-

municações (MCTIC) divulgaram hoje (23) a taxa preliminar do Projeto de Monitoramento do Desmatamento

na Amazônia Legal por Satélite (PRODES). Entre agosto de 2017 e julho de 2018, o sistema registrou aumento

no desmatamento da Amazônia de 13,7% em relação aos 12 meses anteriores. Foram suprimidos 7.900 km2

de floresta amazônica, o que equivale a mais de cinco vezes a área da cidade de São Paulo.

Essa é a maior taxa divulgada desde 2009, ano em que se registrou 7.464 km². Os estados que mais desmata-

ram foram Pará (35,9%), Mato Grosso (22,1%), Rondônia (16,7%) e Amazonas (13,2%).

7

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MAIOR aumento de desmatamento da Amazônia em dez anos. Disponível em: <https://www.wwf.org.br/?68662/maior-aumento-desmatamento-amazonia-dez-anos>. Acesso em: 29 ago. 2019.

"O aumento do des-

matamento da Amazô-

nia diminui a competi-

tividade dos produtos

brasileiros diante de

um mercado global

que busca produtos

livres de desmata-

mento. Além disso, a

destruição da Amazô-

nia também prejudica

o cumprimento dos

compromissos que

o Brasil assumiu no

Acordo de Paris, de

diminuição na emissão

de gases de efeito estufa, e na Convenção sobre Diversidade Biológica", afirma Mauricio Voivodic, diretor-

-executivo do WWF-Brasil. É essencial que haja a continuidade do monitoramento e da divulgação das infor-

mações fornecidas no PRODES. Só com elas a sociedade e o governo brasileiro podem cumprir o seu papel de

acompanhamento e análise dos dados para exercer seu papel de monitorar e estimular avanços nas políticas

públicas de combate ao desmatamento e de redução nas emissões de gases de efeito estufa no Brasil.

O monitoramento e transparência na divulgação dos dados é uma conquista da Ciência e da sociedade brasi-

leiras. O Brasil se transformou em referência global pela criação do sistema de monitoramento do desmata-

mento na Amazônia e, sobretudo, por reduzir suas taxas.

Apesar da intensificação dos esforços de fiscalização e apreensão dos produtos de atividades ilegais na Ama-

zônia promovidas pelo governo brasileiro, a maior parte do desmatamento na Amazônia continua sendo

feito por atividades ilegais, que segue impune na justiça brasileira.

Nesse sentido, o combate ao desmatamento ilegal deve ser a prioridade. Estamos destruindo o motivo de

maior orgulho nacional. O combate à impunidade, que defenda o patrimônio do país, deve ser prioridade da

Justiça do Brasil. A Amazônia

nos presta serviços ambientais

inestimáveis: a biodiversidade,

a umidade imprescindível para

a formação das chuvas que

caem também no centro-sul

do país, a contribuição para a

regulação do clima, a minimi-

zação dos impactos de eventos

climáticos mais drásticos, en-

tre outros. Para manter esses

e outros serviços ambientais

à sociedade, é fundamental

combater o desmatamento e a

degradação florestal com rigor.

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ção

MM

A

DISTRIBUIÇÃO DE TAXA DE DESMATAMENTO POR ESTADO NA AMAZÔNIA LEGAL

EstadoTaxa de

desmatamento

em 2012 (km2)

Taxa de

desmatamento em 2018*

(km2)

Variação na taxa de

desmatamento

entre 2017 e 2018 (%)

Contribuição na taxa de

desmatamento

em 2018 (%)

Acre 257 470 82,9 5,9

Amazonas 1.001 • 1.045 • 4,4 • 13,2

Amapá 24

Maranhão 265 281 6,0 3,6

Mato Grosso 1.561 1.749 12,0 22,1

Pará 2.433 2.840 16,7 35,9

Rondônia 1.243 1.314 5,7 16,7

Roraima 132 176 33,3 2,3

Tocantins 31 25 -19,4 0,3

Total 6.947 7.900 13,7 100

Livro de atividades8

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17 Considerando a leitura dessas duas notícias, o que é possível constatar a respeito da atualidade (ou não) da campanha do Greenpeace?

18 Nos anúncios da campanha, foi usada a locução verbal "Querem desmatar". Considerando as in-formações obtidas por meio da leitura das notícias, identifique o sujeito gramatical do predicado introduzido por essa locução. Explique sua resposta.

19 Segundo a notícia Nossa maior riqueza natural está sendo destruída, quais são as consequências do desmatamento da Amazônia para o Brasil?

20 Estudando outros anúncios, você viu que são várias as formas de se fazer publicidade, assim como são vários os veículos que podem divulgar esses textos. Analisando o formato desses anúncios, em que suportes ou mídias eles poderiam ser veiculados?

( ) Rádio.

( ) Televisão.

( ) Mídias impressas, como revista e jornal.

( ) Mídias de rua em movimento, como

bikedoor e busdoor.

( ) Mídias de rua estáticas, como outdoor, placa e frontlight.

( ) Internet (redes sociais, sites, blogs).

( ) Empena (parede de prédio).

( ) Abrigo de ônibus.

21 Uma estratégia de convencimento que tem sido bastante utilizada na publicidade contemporânea

é o minimalismo. Como essa estratégia se apresenta nos anúncios?

22 Que elementos verbais e visuais se repetem nos anúncios da campanha?

Minimalismo, em arte, é um

movimento com a característica

de usar poucos recursos para

a elaboração de uma ideia.

Por exemplo: na pintura,

poucas cores; na música,

poucas notas musicais; e, na

literatura, poucas palavras.

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Verbo: modo imperativo

Você já estudou a classe dos verbos e viu que eles se flexionam em modos verbais.

Complete o diagrama para lembrar essa flexão.

Subjuntivo

Negativo

Modos

verbais

1 Leia as afirmações a seguir e assinale V para verdadeiro ou F para falso.

( ) O modo indicativo expressa um fato certo, seguro, sobre o qual não há dúvidas.

( ) O modo subjuntivo indica um fato hipotético, uma possibilidade, uma incerteza.

( ) O modo subjuntivo se flexiona nos mesmos tempos do modo indicativo.

( ) O modo subjuntivo se flexiona em três tempos: presente, pretérito imperfeito e futuro.

( ) O modo imperativo indica ordem, pedido, conselho, convite, ameaça.

( ) O modo imperativo se flexiona em presente, passado e futuro.

2 Leia o quadro para lembrar como se dá a formação do imperativo.

Presente do indicativo

Imperativo afirmativo

Presente do subjuntivo

Imperativo negativo

eu abro – que eu abra –

tu abres abre tu que tu abras não abras tu

ele abre abra você que ele abra não abra você

nós abrimos abramos nós que nós abramos não abramos nós

vós abris abri vós que vós abrais não abrais vós

eles abrem abram vocês que eles abram não abram vocês

a) Observe, atentamente, a terceira linha da conjugação. Nela, há um elemento linguístico que não aparece em outras conjugações. Qual?

No modo imperativo, não há a

1ª. pessoa do singular, porque ninguém dá ordem a si mesmo.

Você(s), apesar de indicar a 2ª. pessoa do discurso, faz a flexão

como a 3ª. pessoa (ele/eles).

Note que a 2ª. pessoa do singular e do plural (tu e vós)

se originam do presente do indicativo, sem s.

Livro de atividades10

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b) Por que as pessoas eu e eles não aparecem na formação do imperativo?

( ) Porque não existe ordem dada à 1ª. pessoa.

( ) Porque não existe ordem dada à 3ª. pessoa.

3 Marque o modo verbal mais empregado na publicidade.

a) Indicativo. b) Subjuntivo. c) Imperativo.

4 Na publicidade, para se comunicar diretamente com o leitor, quais são as pessoas do discurso mais empregadas?

( ) Eu.

( ) Ele, ela.

( ) Nós.

( ) Vós.

( ) Eles/elas.

( ) Você.

( ) Vocês.

( ) A gente.

5 Nas frases a seguir, identifique as formas verbais que se dirigem ao leitor, o modo em que estão flexionadas e a pessoa gramatical.

Assine contra o projeto de lei que ameaça as florestas brasileiras.

Forma verbal:

Pessoa:

Modo:

Forma verbal:

Pessoa:

Modo:

Salve a Amazônia.

Não permita o desmatamento das nossas florestas.

Forma verbal:

Pessoa:

Modo:

Forma verbal:

Pessoa:

Modo:

Ajude a salvar as florestas brasileiras.

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Coesão por substituição

O texto que você vai ler é uma notícia. Observe como nele acontece a coesão.

LEGO cria sua primeira linha de brinquedos voltada para adultos

LEGO Forma é também a primeira aposta da marca no mercado de casual criative, que ganhou força nos últimos anos graças aos livros de colorir para adultos

por Pedro Strazza

A LEGO já há algum tempo mantém dentro de seu público majoritariamente infantil uma parcela adulta cati-

va, que se interessa em consumir as diferentes linhas de produtos da marca mesmo esses sendo a princípio

voltados para os pequenos. Os brinquedos da empresa, afinal, são feitos para todas as idades, e com a exce-

ção dos direcionados à primeira infância não é lá muito difícil se fascinar com um set das séries baseadas em

franquias ou os mais complexos da Technic.

A empresa dinamarquesa, porém, decidiu agora dar efetivamente o passo extra em direção aos adultos,

criando uma linha de brinquedos que é voltada em especial às suas vidas atribuladas. É o LEGO Forma, uma

série de produtos criada para aliviar o estresse da rotina maçante de trabalho e manter exercitado o lado

criativo do consumidor ativo, especialmente aquele que não está comprando os sets criados pela empresa.

De acordo com a marca, a Forma usa peças e combina diversos elementos do Technic, mas ao invés de

criar construtos hiper complexos o usuário vai conceber peças que relaxam tanto durante a experiência de

montar quanto no resultado final: além de gerar uma obra que se mexe com o girar de uma manivela, os

produtos também contam com papéis e tecidos que revestem o esqueleto e dão maior verossimilhança ao

bichinho construído.

[...]

Além da missão de "desafogar" a vida de trabalho, a nova série é também uma grande aposta da LEGO no

mercado dito "casual criative", que propõe justamente produtos para as pessoas relaxarem de forma criativa

e que vem sendo amplamente dominado por livros de colorir para adultos. De acordo com pesquisas reali-

zadas pela Associação de Indústrias Criativas, esse segmento cresceu 45% ao longo dos últimos 7 anos e

possui hoje o tamanho total de 43,9 bilhões de dólares. É uma grana graúda e que faz todo o sentido para a

LEGO, que desde sempre vê adultos comprando recriações de itens famosos da cultura pop com suas peci-

nhas – incluindo mastodontes como as últimas versões da Millennium Falcon e o castelo de Hogwarts.

STRAZZA, Pedro. Lego cria sua primeira linha de brinquedos voltada para adultos. Disponível em: <https://www.b9.com.br/99625/lego-cria-sua-primeira-linha-de-brinquedos-voltada-para-adultos/>. Acesso em: 25 abr. 2019.

1

2

3

4

Nesse texto, várias são as ocorrências de coesão por substituição, o que é bastante co-

mum em textos jornalísticos. Caso contrário, o texto ficaria cansativo e mal-escrito, já que ele

comunica várias informações. Vamos analisar como isso acontece.

Lembre-se! O texto não é composto de palavras ou frases soltas. Nele, esses elementos vêm interligados, "costurados", de modo que haja conexão lógica. E essa conexão acontece também entre os parágrafos e entre as partes do texto. Portanto, coesão é o nome que se dá à articulação, à ligação, entre todos os elementos de um texto.

Coesão por substituição é um dos mecanismos mais empregados na escrita para evitar repetições. Podemos substituir palavras, expressões ou até mesmo frases inteiras usando esse mecanismo.

Livro de atividades12

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1 No primeiro parágrafo,

a) o pronome "esses" substitui que palavras?

b) o termo "LEGO" é substituído por quais palavras para se evitar repetição?

c) a expressão "público infantil" é substituída por que termo?

2 Usando essa mesma lógica, analise outros parágrafos do texto, identificando as palavras que são substituídas e o que fica no lugar delas. Complete o quadro.

Palavra/expressão Substituída por

2.º §

linha de brinquedos

consumidor ativo

produtos

4.º § grana graúda

3 Em um texto, a coesão não acontece somente dentro dos parágrafos, mas também entre eles. Agora, analise como se dão as substituições de um parágrafo para outro. Releia o texto para completar o quadro.

Palavra/expressão Substituída por

1.º § A LEGO

2.º §

3.º §

2.º §

linha de brinquedos 3.º §

adultos 3.º §

3.º § a marca 4.º §

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Frase, oração e período

Para se lembrar bem desses conceitos, veja o esquema a seguir.

oraçãoperíodo =

frase verbalfrase

verboformado por

oraçãoideia

completa

mais de uma oração

uma oração

nominalverbal compostosimples= frase verbal

1 Leia as informações abaixo.

a) Quais etiquetas apresentam construções possíveis em língua portuguesa?

b) Quais etiquetas apresentam construções que não são possíveis em língua portuguesa?

c) Algumas das construções não comunicam uma ideia, apesar de conhecermos as palavras isola-

damente. Com relação a isso, marque a alternativa correta.

( ) Todas as construções são frases.

( ) Somente as construções 1, 2, 3, 8 e 9 são frases, porque comunicam uma ideia.

( ) Há frases verbais e frases nominais.

( ) As construções 4, 5, 6 e 7 são frases nominais, porque não têm verbo.

( ) Todas as construções formam um período.

Maria estuda em Curitiba.

1

É em Curitiba que Maria estuda.

2

Em Curitiba, estuda Maria.

3

Estuda Curitiba Maria em.

4

Em Maria estuda é que Curitiba.

5

O que estudar Curitiba em Maria é faz.

6

Maria Curitiba em que estuda é.

7

O que Maria faz em Curitiba é estudar.

8

Maria estuda é em Curitiba.

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Livro de atividades14

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Leia a notícia a seguir e observe como ela é estruturada.

Lego lança coleção de brinquedos 'Mulheres da Nasa', em homenagem a cientistas

Brinquedo foi criado por fã da marca dentro do projeto 'Lego Ideas' e representa quatro pesquisadoras icônicas na história da agência.

Por Luísa Melo, G1

01/11/2017 16h26 Atualizado há um ano

A fabricante de brinquedos dinamarquesa Lego começa a vender nesta quarta-feira (1), no mundo todo, a

coleção de bonecas "Mulheres da Nasa". O produto custa US$ 24,99 na loja da marca.

A edição foi criada pela escritora e editora de ciência Maia Weinstock dentro do projeto Lego Ideas, platafor-

ma colaborativa pela qual a marca convida seus fãs a desenvolverem novos produtos. Os mais votados pelo

público são selecionados para produção.

O tema escolhido por Maia foi "Ladies rock outer space" (Moças detonam o espaço sideral, em tradução

livre).

"Em todos os domínios da ciência, engenharia e tecnologia, as mulheres pioneiras historicamente foram su-

bestimadas por seu trabalho, muitas vezes inovador", disse em nota.

A ideia do brinquedo, segundo ela, é encorajar meninas a optarem pela carreira de cientistas.

"Com esse projeto, eu quis destacar um fantástico grupo de mulheres que fez contribuições seminais

para a história da NASA. Meu sonho seria saber que o primeiro humano em Marte - ou um engenheiro

ou cientista de computação que o ajudou a chegar lá - brincou com o Lego 'Mulheres da Nasa' quando

criança e foi inspirado a seguir uma carreira em ciência, tecnologia, engenharia e matemática como con-

sequência", emendou.

MELO, Luísa. Lego lança coleção de brinquedos 'Mulheres da Nasa', em homenagem a cientistas. Disponível em: <https://g1.globo.com/economia/midia-e-marketing/noticia/lego-comeca-a-vender-colecao-de-briquedos-mulheres-da-nasa-em-homenagem-a-cientistas.ghtml>. Acesso em: 25 abr. 2019.

2 O título da notícia é constituído por

( ) uma frase nominal, porque não tem verbo.

( ) uma oração, porque contém um verbo.

( ) um período, porque tem duas orações (dois verbos).

3 Quanto à linha-fina da notícia,

( ) trata-se de uma frase nominal, porque não tem verbo.

( ) não é uma oração, porque não tem verbo.

( ) é um período composto por duas orações.

4 O primeiro parágrafo do texto

( ) não apresenta nenhuma frase nominal.

( ) apresenta dois períodos compostos.

( ) contém dois períodos simples, que também podem ser chamados de frases verbais.

15

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2 Artigo de divulgação científica: acesso à ciência

Texto de divulgação científica

Leia o texto a seguir, publicado na revista Galileu.

A ciência comprova que os cachorros

conseguem nos compreender

Pesquisadores concluíram que eles possuem uma forma rudimentar de compreensão e que se esforçam para nos agradar (em troca de carinho)

Se você convive com um amigo de quatro patas, com certeza já se perguntou até que ponto ele entende o que você diz. Movidos pela curiosidade, pesquisadores da Universidade Emory, nos Estados Unidos, analisaram o comportamento de cães e chegaram a algumas conclusões que podem responder a algumas das suas perguntas.

Através da técnica de imagem por ressonância magnética funcional, os cientistas pro-curaram entender como os cachorros processam as palavras que tentamos ensinar a eles e como eles as associam às coisas às quais elas se referem.

"Muitos donos pensam que os cachorros sabem o que algumas palavras significam, mas não existem muitas evidências científicas que sustentem isso", afirma a doutoranda em psi-cologia e comportamento animal Ashley Prichard, coautora do estudo. "[Por isso,] Nós que-remos extrair dados dos próprios cachorros, não apenas dos donos."

Os cientistas analisaram os mecanismos do cérebro que os cães usam para diferenciar palavras e descobrir o que elas realmente significam para esses animais.

"Nós sabemos que os cachorros têm a capacidade de processar pelo menos alguns aspec-tos da linguagem humana, já que eles podem aprender a seguir comandos verbais", afirma o professor Gregory Berns, autor sênior do estudo. "Pesquisas anteriores, de qualquer forma, sugerem que os cachorros confiam em muitos outros sinais para seguir o comando verbal, como olhares, gestos e até expressões emocionais de seus donos."

No estudo, publicado na revista Frontiers in Neuroscience, 12 cachorros ( fêmeas e ma-chos) de diferentes raças passaram meses sendo treinados por seus donos. Nesse período, eles deviam aprender o nome dado a dois objetos: um brinquedo macio, feito de pelúcia, e outro duro, feito de borracha.

A partir disso, as atividades cerebrais foram observadas pela ressonância enquanto os donos pediam os brinquedos e diziam também outras palavras para observar a atenção do cachorro.

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A CIÊNCIA comprova que os cachorros conseguem nos compreender. Disponível em: <https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2018/10/ciencia-comprova-que-os-cachorros-conseguem-nos-compreender.html>. Acesso em: 9 jul. 2019.

Ao contrário do que acontece com os humanos, a tomografia mostrou que a região au-ditiva do cérebro dos cães ficou mais ativa quando os donos diziam coisas que não estavam relacionadas ao objeto. Entre nós, humanos, há uma ativação neural maior quando ouvimos palavras conhecidas, e não novas.

A hipótese dos pesquisadores é a de que os cachorros fazem um esforço constante para nos entender e, portanto, agradar. "Basicamente, os cães querem agradar os seus donos, e talvez também receber elogios e comida", sugere Berns.

"Cachorros podem ter capacidades e motivações variadas para aprender e compreender palavras humanas, mas eles aparentemente possuem uma representação neural para o sig-nificado das palavras que são ensinadas a eles, além de uma resposta pavloviana de baixo nível", afirma o professor.

Sendo assim, os pesquisadores concluíram que sim, os melhores amigos do homem pos-suem uma forma rudimentar de compreensão de parte do que falamos.

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1 Esse texto tem como objetivo principal

( ) noticiar o que aconteceu com cães durante procedimentos de pesquisa.

( ) orientar sobre como proceder com cães.

( ) divulgar informações de pesquisas e experimentos científicos a um público que não faz parte da comunidade científica.

2 Para quem é destinado esse texto, isto é, qual seu público-leitor?

( ) Crianças que se interessam pelos animais de estimação.

( ) Leitores não especialistas interessados em pesquisas científicas.

( ) Pesquisadores de universidades e especialistas de institutos de investigação.

3 Qual foi a conclusão dos cientistas nessa investigação?

4 Quem foi responsável pela pesquisa? Em que parágrafo do texto há essa informação?

5 Onde foram divulgados, primeiramente, os resultados dessa investigação? Em que parágrafo do

texto há essa informação?

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"Muitos donos pensam que os cachorros sabem o que algumas palavras significam, mas não existem muitas evidências científicas que sustentem isso [...]"

6 Que procedimento os cientistas utilizaram na realização da pesquisa? Em que parágrafos do texto há essa informação?

Uso de parênteses e aspas

1 Releia o trecho.

a) Por que a informação foi apresentada entre aspas?

b) Por que o autor do texto faz uma citação direta da fala do pesquisador?

2 Transcreva o trecho do sexto parágrafo em que foram usados parênteses e indique a função dessa pontuação.

3 Releia a linha-fina.

Pesquisadores concluíram que eles possuem uma forma rudimentar de compreensão e que se esforçam para nos agradar (em troca de carinho)

Qual é a função dos parênteses nesse trecho?

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Uso dos porquês

Leia a tirinha a seguir, do personagem Armandinho. Além de esperto, ele é muito curio-

so. O tempo todo, faz perguntas e considerações interessantes. Nas tiras, os personagens

adultos (pai, mãe, professora, etc.) nunca aparecem de corpo inteiro, sendo mostradas só as

pernas. Nessa tirinha, Armandinho conversa com seu pai.

BECK, Alexandre. Armandinho. Florianópolis: A. C. Beck, 2015.

1 A resposta do pai é satisfatória para Armandinho? O que, no texto, prova isso?

2 A tira faz referência a uma dificuldade bastante comum. Qual?

( ) As diferentes pronúncias dos porquês.

( ) As diferentes grafias dos porquês.

3 Você tem dúvida quanto à grafia dos porquês? Explique sua resposta.

Por que

Usado no início

de pergunta e em

pergunta indireta.

Equivale a por que

razão.

Pode também ser

substituído por

pelo(a) qual.

1

Por quê

Usado

geralmente no

final de frase.

2

Porque

Usado em

resposta,

explicação, etc.

3

Porquê

Usado sempre

depois de

artigo (motivo).

Trata-se de um

substantivo.

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4 Leia estas frases:

a) Qual das duas frases é interrogativa direta? Por quê?

b) A outra frase também é interrogativa? Justifique sua resposta.

c) Como você pôde perceber, tanto na frase interrogativa direta quanto na indireta, é utilizado "por que" (separado e sem acento). Reescreva a frase I acrescentando por que ao final dela. O que acontece com a grafia nesse caso?

d) Seria possível reescrever a frase II acrescentando por quê ao final dela? Justifique sua resposta.

5 Assinale as alternativas em que a palavra em destaque foi escrita adequadamente.

( ) Por que você sempre insiste em perguntar sobre tudo?

( ) Porque ele veio tão tarde?

( ) Nem eu sei o porquê dessa confusão toda.

( ) Você ainda não fez sua tarefa escolar por quê?

( ) Não entendo porquê sempre fico nervoso antes das provas.

6 Complete as frases com por que, por quê, porque ou porquê, de acordo com o que está indicado entre parênteses.

a) Quero saber você não chegou no horário. (pergunta indireta)

b) Fui desclassificado na competição e não sei . (por qual motivo/final de frase)

c) você está tão triste? (pergunta direta)

d) Estude, é importante. (explicação)

e) Não sabemos o da sua falta. (substantivo)

f) São difíceis os caminhos passei. (pelos quais)

7 Porquê tem função de substantivo, e porque é usado em orações que explicam algo ou indicam uma

causa. Sabendo disso, complete adequadamente as frases a seguir com uma dessas formas.

a) Todas as atitudes têm sempre um .

b) É fácil saber o de nossa vitória: muita dedicação!

c) Ter amigos é bom, dividimos com eles nossas alegrias e tristezas.

I. A expressão por que é escrita de modo separado?

II. Gostaria de saber por que se escreve dessa maneira.

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d) Por que o sol é amarelo? Por que o céu é azul? As crianças têm sempre muitos .

e) As crianças fazem muitas perguntas estão descobrindo o mundo e são curiosas.

f) Consuma frutas e legumes, fazem bem à saúde.

g) Nem imagino o de ela estar zangada comigo.

h) Faça a tarefa agora, depois você vai querer brincar.

8 Empregue adequadamente os porquês, justificando cada caso.

a) A polícia não sabe o motivo o rapaz caiu do prédio.

b) Qual o de seu envolvimento nessa polêmica?

c) Quem saberia explicar a palavra malmequer é escrita com l?

d) o carro não funciona?

e) Você se envolveu em toda essa polêmica ?

f) O professor era impaciente: irritava-se com os dos alunos.

g) Não corra, é perigoso.

h) A rua passei estava alagada.

i) Paula não me disse não pode ir à festa.

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Verbos irregulares: dar, poder, saber

1 Leia a tirinha a seguir.

WATTERSON, Bill. Calvin e Haroldo. Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/coletaneas/calvin-seusamigos-428892.shtml>. Acesso em: 27 dez. 2013.

a) Qual é a opinião de Calvin sobre os deveres escolares?

b) Por que Calvin sempre acaba na sala do diretor quando se dedica a um processo criativo?

c) Na tira, são exemplos de formas verbais irregulares:

( ) "ensinam".

( ) "faço".

( ) "odeie".

( ) "acabo".

2 Leia as seguintes frases:

Ele pode realizar o trabalho com tranquilidade.

Ele pôde realizar o trabalho com tranquilidade.

Explique por que a forma verbal pôde é acentuada e pode não.

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Se eu puder, comprarei o livro.

Se eu pudesse, compraria o livro.

VERBO SABER

Se eu , contaria.

Se nós , contaríamos.

Se eles , contariam.

VERBO DAR

Se eu atenção ao caso, teria melhores resultados.

Se nós atenção ao caso,

teríamos melhores resultados.

Se eles atenção ao caso, teriam melhores resultados.

VERBO PODER

Se eu , ajudaria.

Se nós , ajudaríamos.

Se eles , ajudariam.

4 Preencha os espaços observando a correlação verbal. Veja os exemplos.

Futuro do presente do indicativo

Futuro do pretérito do indicativo

VERBO SABER

Se eu , contarei.

Se nós , contaremos.

Se eles , contarão.

VERBO DAR

Se ele atenção ao caso, terá melhores resultados.

Se nós atenção ao caso,

teremos melhores resultados.

Se eles atenção ao caso, terão melhores resultados.

VERBO PODER

Se eu , ajudarei.

Se nós , ajudaremos.

Se eles , ajudarão.

3 Pesquise a conjugação do verbo querer no tempo solicitado e complete os espaços a seguir.

Pretérito perfeito do indicativo

Eu

Tu

Ele

Nós

Vós

Eles

Futuro do subjuntivo

Pretérito imperfeito do subjuntivo

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3 Causo e conto: narrativas populares

Causo

Os causos são textos da tradição oral, e seus contadores prendem a atenção dos ouvintes

com histórias cheias de mistério ou situações inusitadas, surpreendentes.

Causos e contos populares

(ou tradicionais) são narrati-

vas primordialmente orais,

que vão passando de gera-

ção a geração e constituem

uma importante herança cul-

tural de um povo.

Alguns pesquisadores e escri-

tores se dedicam a resgatar

e a registrar essas histórias

para que elas não se percam

no decorrer do tempo.

No Brasil, Luís da Câmara

Cascudo foi um importante

pesquisador do folclore e

das histórias populares. Ele

registrou, em vários livros,

essas histórias que correm

de boca em boca.

Também o cantor e ator

Rolando Boldrin é um im-

portante divulgador de

causos e contos. Ele sempre

conta histórias dessa natu-

reza em seus programas de

televisão.

Leia o causo a seguir e observe como uma situação inusitada

é nele contada.

O gato da madame

Vou contar a historinha de uma madame que vivia muito solitária, no vigésimo andar de um prédio nos Jardins, em São Paulo. Era uma madame muito bonita, que gostava de conforto, e por isso morava num belíssimo apartamento de ampla sala e grandes suítes. Mas, apesar de ser uma mulher muito rica e coi-sa e tal, a dita-cuja vivia sozinha naquele espaço. Como aconte-ce com tanta gente por aí, é ou não é?

Ah, mas eu ia contar causo de bicho e tô aqui falando de uma madame. Naturalmente vocês pensam que eu me atrapalhei ou me esqueci do fio da meada, mas não é nada disso. Acontece que o causo começa assim mesmo, pois a tal madame tinha um gatinho, lindo que só vendo. Desses que nem parecem de verdade, de tão formoso. Tudo nele era majestoso. Agora, o que impressionava a madame eram os olhos azuis e a expressão de quem entende tudo o que se passa e o que se fala. O que às vezes deve ser verdade e a gente nem se toca.

Pois então a tal madame se impressionava tanto com o olhar do lindo bichano que achava que ele só faltava mesmo era falar. E não é que, acreditando mesmo nisso, a dita-cuja deu de conversar o dia inteiro com o gatinho, achando que este método usado para fazer papagaio aprender a falar de tanto a gente repetir era o que tinha que ser feito. E ela sempre terminava as aulas com o gato na

insistência: "Fala, meu bichano, fala..."

O bichano, diante dessas insistências diárias, sem-pre lhe respondia com um longo... miauuuuuuu. Sempre com o olhar azul fixo em sua dona, a tal

madame dos Jardins. Aquela que vivia solitária com o nosso personagem por companhia.

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BOLDRIN, Rolando. Contando causos.  2. ed. São Paulo: Nova Alexandria, 2011. p. 43-44.

1 O texto que você acabou de ler é um causo, um gênero tipicamente oral. Transcreva duas passagens nas quais é possível perceber que o narrador poderia estar contando oralmente a história da mada-me e seu gato.

2 Além de ser um gênero oral, o causo também se caracteriza pelo humor. No texto O gato da mada-me, o que provoca efeito humorístico?

3 Pesquise quem foi Plínio Marcos e qual sua relevância para ter sido mencionado no texto.

4 No primeiro parágrafo do causo, o narrador salienta que a madame vivia "muito solitária" em seu apartamento ("a dita-cuja vivia sozinha naquele espaço"), mas depois afirma que ela tinha um gati-nho. Em sua opinião, por que o narrador destacou tanto a solidão da mulher?

Mas – sempre tem um mas, como dizia o saudoso amigo Plínio Marcos – eis que um belo dia, logo de manhãzinha, antes que a madame pudesse recomeçar a sua aula de fazer o bi-chano falar, o dito-cujo bicho olha para a madame e diz, bem claramente, até devagar, de um jeito categórico: "Dona, fuja que este prédio vai cair".

Tal não foi a surpresa de o bicho falar que a dona saiu desembestada gritando no corredor do seu andar, que era o vigésimo: "Meu gato falou... meu gato falou...Venham ver!".

E o gatinho ainda insistiu num berro: "Dona! Eu tô avisando que este prédio vai cair!".

Como ela não deu bola para o aviso, o bichano – que como todos os outros gatos tem essas premonições – deu um belo salto lá de cima e pumba, caiu na rua, para apreciar junto à mul-tidão, estarrecida, aquele belo edifício ir desmoronando até ficar um monte de tranqueira. Morreu todo mundo no prédio.

Foi aí que, vendo aquela multidão arrodiada, o nosso bichano, pra surpresa de todos, co-mentou: "Mas que mulher cretina. Passa mais de um ano insistindo para que eu aprenda a falar e, quando eu finalmente falo, ela não presta atenção. Eita!".

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Verbo irregular pôr

1 pôr

a) alimento.

b)

c) sua classificação.

d)

2 Reescreva as frases passando as formas verbais para o pretérito perfeito do indicativo.

a) Eu punha o lixo reciclável nos recipientes corretos.

b) Tu punhas o gato na rua para procurar alimento?

c) Os gatos punham suas garras de fora quando o assunto era comida.

d) Eu e Jon púnhamos ração para nossos gatos comerem.

3 pôr.

( ) Os meninos conseguem pôr os cães no canil.

( ) Por este trajeto chegaremos antes.

( ) Ele vai pôr o boné de trás para a frente?

( ) Ele vai por esse caminho todos os dias.

( ) Por que pôr esse pinguim de louça sobre a geladeira?

4 no pretérito mais-que-perfeito.

(

Atenção!Observe a grafia do verbo pôr nas formas assim conjugadas: Se eu puser, eu pus, ele pôs, quando ele puser, eles puseram, se ele pusesse. Nesses casos, o fonema /z/ é

s.

5 Outra informação destacada pelo narrador ao longo do texto é o fato de a madame viver no vigési-mo andar de um edifício. Por que essa informação é importante?

6 Segundo o texto, o que leva a madame a tentar ensinar o gato a falar?

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Conto popular

Nos contos populares, tanto o personagem quanto suas aventuras correm na boca do povo.

Leia, a seguir, uma aventura atribuída a Pedro Malasartes, um simpático e conhecido matuto.

Ele decidiu tudo em ordem. Começou não traçar metas inalcançáveis

e não descumprir as metas propostas. em prática tudo isso não será

uma tarefa fácil.

Malasartes e o urubu mágico

Pedro Malasartes caminhava por uma estrada de terra batida quando viu um urubu. Na beira da estrada, o bicho estava com a asa quebrada. Parado, quietinho, com cara de triste. O Pedro ficou com pena. Cuidou da asa do bicho e depois colocou o urubu em seu ombro. A ave preta aceitou o novo poleiro e o Malasartes continuou o seu caminho. Daí a pouco o amarelo começou a sentir fome e ele não tinha nada pra comer, nem dinheiro pra comprar. Viu um camarada que trabalhava num roçado e se aproximou:

– Tarde, amigo!

O camarada quando viu o Malasartes com o urubu no ombro tomou um susto: – Que é isso? Aonde você vai com esse bicho?

E o Malasartes na maior calma:

– Esse urubu? Encontrei o bichinho com a asa quebrada e eu tô cuidando dele.

– Você é um bom homem! Mas o que deseja?

– Meu amigo, será que não tem aí um pedaço de pão que dê pra matar minha fome?

– Ih... desculpe, amigo! Acabei de comer minha marmita. Num sobrou nem um grãozinho de arroz. – E o camarada mostrou a latinha limpinha.

E Malasartes perguntou: – O amigo sabe onde eu posso arrumar um prato de comida?

– Aqui por essas bandas... é difícil... Eu até trago a minha marmita.

Malasartes então bateu os olhos numa casa verde pequenina mais adiante e continuou a conversa apontando para o lugar:

– E naquela casa? Será que alguém me arrumava um pratinho?

O outro deu uma risadinha:

– Ali é que o amigo não consegue nada!

(

5 Complete as frases do texto usando por e pôr.

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– Por quê?

– Mora ali uma mulher muito da gulosa. Ela passa o dia todo comendo e não dá nada pra ninguém. Nem para o marido!

– Nem para o marido? Como é isso?

Ela inventou que só sabe fazer uma sopinha aguada. É isso que o pobre come todo dia. Enquanto o infeliz trabalha, ela come do bom e do melhor. Quando ele chega em casa, ela diz que está sem fome e dá para ele a tal sopa desenxabida.

– E como é que o amigo sabe disso?

– As notícias correm. Por essas banda todo mundo sabe. Só o infeliz é que não. E ela ainda fica comendo de tocaia numa janela pra modo de vê se o marido chega de surpresa. Nem isso o coitado faz. O camarada é que nem um relógio. Volta pra casa todo dia na hora certinha.

– E onde que esse pobre trabalha?

– Num roçado mais adiante. Trabalha de sol a sol. E a mulher fica em casa só comendo. O amigo pode até tentar, mas acho que ali não vai conseguir nem uma migalha de pão.

Malasartes coçou a cabeça.

– Eu vou tentar assim mesmo.

Despediu-se e foi até a casa com o urubu no seu ombro. De longe, ele viu a mulher gulosa e gorda de tocaia na janela devorando uma grande coxa de galinha assada.

Pedro bateu na porta e a gulosa veio abrir de mau humor.

– O que você quer?

– A senhora não teria um pratinho de comida para dar a um pobre?

– Eu vou dar a minha boa comida pra um amarelo sujo que nem você? E ainda por cima com esse urubu no ombro! Sai daqui mau agouro! – E bateu a porta na cara do Malasartes.

Pedro ficou pensando e teve uma ideia. Foi procurar o marido da gulosa lá no seu roçado. E encontrou um homem magrinho que dava pena de ver. O malandro se aproximou:

– Tarde, amigo!

– Tarde! – respondeu o outro sem tirar os olhos da lavoura. E o Malasartes continuou:

– O senhor mora naquela casa assim... assim... onde tem uma senhora?

– Sou eu mesmo. É minha mulher.

– O homem virou-se para o Malasartes e tomou um susto:

– Que é isso? Malasartes se fez de desentendido:

– O quê?

– Esse urubu no seu ombro?

– Ah, isso... É meu amigo urubu. E, olha, é por causa dele que eu vim lhe falar. O senhor pode não acreditar, mas esse urubu é mágico. E ele mandou uma mensagem aqui pra minha cabeça que a sua mulher tá tendo uma aflição.

Livro de atividades28

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O homem ficou assustado:

– Mas como é isso, meu amigo?

Malasartes tranquilizou-o:

– Não se preocupe. O urubu me disse que é só uma afliçãozinha à toa. Coisa de mulher. Sabe como é? Não carece preocupação. Se o amigo perguntar pra sua mulher, ela não deve nem saber porque está com isso. Mas é bom o senhor ir lá dar uma olhada, porque... sabe como é?... mulher gosta dessas coisa. Desses agrado.

O sujeito ficou meio preocupado:

– Bom... ainda bem... vou seguir seu conselho. Vou terminar aqui esse serviço e vou até lá dar uma olhada.

E Malasartes se despediu:

– Então faça isso... Fique com Deus, meu amigo. Até uma próxima!

– Inté!

Pedro saiu e deixou o homem coçando a cabeça. O malandro voltou a se avizinhar da casa da gulosa e ficou escondido vendo o que a mulher fazia. Não demorou muito o marido apare-ceu na estrada. E vinha esbaforido. A mulher gulosa deu um salto e começou esconder toda a comida dentro de um armário grande na sala. E Malasartes vendo tudo. Ela escondeu garrafa de vinho, bolo, galinha assada, carne ensopada, arroz branco e um monte de comidas. Mas fez isso tão depressa que ficou botando os bofes pela boca. Quando o marido entrou em casa encontrou a mulher sem ar.

– Mulher! O que houve?

A gulosa não conseguia falar.

– Bem que um sujeito me avisou que você tava assim com essa aflição em casa. Quando for assim, tem que mandar me chamar.

A mulher arregalou os olhos, mas o marido disse:

– Mas pode ficar tranquila que o sujeito disse que você nem sabe por que tá sentindo isso.

A gorda gulosa respirou aliviada, mas por pouco tempo. Foi ela dar uma suspirada que bateram à porta. Era Malasartes com o urubu no ombro.

– Desculpe incomodar, mas fiquei preocupado e vim ver se tava tudo bem.

A mulher ficou branca quando viu o sorriso amarelo do malandro. O marido ficou muito satisfeito.

– Olha aí, mulher! Esse foi o sujeito que eu lhe falei! E esse urubu dele é mágico! Não é uma beleza?

A gulosa emudeceu. Só sacudia a cabeça afirmativamente. E o homem perguntou a Pedro:

– Como é que eu posso agradecer tamanha bondade?

– Malasartes alargou o sorriso.

– Bom, se o amigo tiver um pratinho de comida pra acabar com minha fome, eu vou ficar muito grato.

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– Com certeza! Mas, olha, aqui a comida é bem simples. A gente só come uma sopinha magra. Minha mulher não sabe fazer outra coisa e eu respeito isso. Que jeito, né?

Malasartes arreganhou o sorriso.

– Mas, sendo assim, eu é que quero lhe dar um presente. Como o amigo sabe, meu urubu é mágico. Eu nem gosto de fazer isso pra não cansar o bichinho. Mas acho que depois desse susto, nós merecemo uma boa refeição, né?

Malasartes passou a mão pela cabeça do urubu e disse bem alto:

– Urubu, quero que apareça muita comida dentro daquele armário grande ali!

Por coincidência, na hora do pedido do malandro, o urubu fez um barulho esquisito. Ma-lasartes falou para o homem:

– Pode abrir aquele armário que tá cheio de comida!

A gulosa não estava nem mais branca. Estava verde. E o marido deu uma risada.

– Que é isso, meu amigo! Aqui em casa só tem sopinha. Não tem muita comida.

– Pois abra o armário – recomendou Pedro.

O marido fez menção de abrir, mas a mulher deu um salto e abriu antes. O marido tomou um susto e a gulosa fingiu que se espantava. Era muita comida. O marido nem acreditava.

– Eita, que é verdade! Mas esse urubu é maravilhoso! Vamos comer, meu amigo!

A mulher teve que servir a comida para o marido e para Malasartes. Até o urubu comeu. A gulosa comeu só um pouquinho, olhando com ódio para o amarelo pelo canto do olho. Termi-nada a comilança, o marido comentou com Pedro:

– É, meu amigo, tinha até esquecido como é comer bem assim!

– Mas o senhor não come bem porque não quer.

– Como assim? – quis saber o homem.

Malasartes sorriu para a gulosa. A mulher arregalou os olhos achando que o malandro ia contar toda a história, mas Pedro perguntou ao homem:

– O amigo tem mãe?

– Tenho, sim senhor!

– E ela cozinha bem?

– Cozinha como ninguém! Uma comida que é uma delícia!

– Pois convide sua mãe para morar com vocês e ensinar sua mulher a cozinhar! Aposto que sua esposa não vai se incomodar. Vai? – perguntou o amarelo para a gulosa.

A mulher respondeu entre dentes:

– Não. Vai ser ótimo.

O homem ficou feliz:

– Que boa ideia! Não tinha pensando nisso. E minha mãe pode ficar tomando conta de minha mulher para ela não ter mais aflição. O que o amigo acha?

– Muito bom. Nem tinha pensado nisso! – respondeu o amarelo.

Livro de atividades30

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O homem, meio sem jeito, falou:

– Olha, o amigo me ajudou muito, mas eu queria lhe pedir mais um favor: sei que isso é coisa que não se pede mas... venda esse urubu pra mim! Pago o preço que o senhor pedir. Esse bicho é maravilhoso!

A gulosa não falava nada, mas por dentro estava explodindo de raiva. Malasartes não queria vender o bicho.

– Mas eu gosto tanto do meu bichinho...

– Venda! – insistiu o homem – Pago bom preço por ele.

O homem insistiu tanto... ofereceu uma quantia tão boa... que não teve jeito: o amarelo vendeu o bicho. Mas antes anunciou a condição:

– Eu vendo, mas o amigo tem que jurar que vai cuidar bem do meu bichinho.

– Não se preocupe. Minha mulher vai dar comida na boca do urubu todos os dias. E não vai ser sopa aguada. Vai ser a comida gostosa que minha mãe vai ensinar ela a fazer. Pode ficar sossegado.

Malasartes deu um sorriso:

– Agora eu tô tranquilo. E vejo que sua mulher tá tão feliz que nem tem palavras para agradecer.

A mulher ficou com tanta raiva que desatou a chorar. E o marido completou:

– Desculpe, meu amigo. Minha mulher é muito emotiva. É a felicidade!

– Eu imagino! Que a felicidade continue reinando nessa casa!

Pedro Malasartes despediu-se e foi embora com a barriga e o bolso cheios.

E o urubu? Nunca mais fez nenhuma mágica, mas foi bem tratado até o último dos seus dias.

PESSÔA, Augusto. Malasartes: histórias de um camarada chamado Pedro. Ilustrações de Roberta Alves. Rio de Janeiro: Rocco, 2007.

1 Quem são os personagens dessa narrativa?

2 Quem é o protagonista? Justifique sua resposta.

3 Como a história é narrada? De que tipo é esse narrador?

4 Em que local as ações ocorrem?

5 É possível também estabelecer uma data para elas?

31

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6 Qual é o conflito presente nessa narrativa?

7 Qual o desfecho da história?

8 Qual é a estratégia usada por Malasartes para conseguir o que queria?

9 Em sua opinião, a atitude de Pedro Malasartes foi correta? Justifique sua resposta.

10 O que motiva a ação de Pedro Malasartes?

11 Que características podem ser atribuídas a esse personagem?

12 Esses textos são registros escritos de narrativas que surgiram oralmente. Que recursos são usados para conservar neles um tom mais coloquial, preservando, assim, essa característica?

13 Que verbo de elocução traria mais expressividade ao texto em substituição aos verbos destacados nos trechos a seguir? Reescreva as orações, substituindo cada expressão em destaque pelo verbo de elocução que mais se aproxima do sentido original.

a) Pedro Malasartes disse baixinho:

– Eu quero um prato de comida.

b) – Eu só preciso de um prato de comida para me alimentar – disse Pedro, garantindo que era verdade.

Livro de atividades32

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c) A mulher disse em tom de pesar:

– Fui enganada pelo viajante!

d) – Alguém quer comprar um urubu que fala? – disse Pedro em tom de indagação.

e) – Que excelente refeição acabei ganhando – o rapaz disse, como se revelasse um segredo.

14 Nas frases a seguir, transforme o discurso indireto em discurso direto.

a) O delegado afirmou que suspeitava de todos.

b) O rapaz garantiu que levaria as compras para casa.

c) O homem disse ao vizinho que não o queria mais ali em sua casa.

d) A vítima pediu ao socorrista que ficasse calado.

15 Nas frases abaixo, transforme o discurso direto em discurso indireto.

a) A mãe perguntou:

– Quem fez esta bagunça aqui na sala?

b) O cliente respondeu:

– Não preciso de ajuda, já decidi o que vou comprar.

c) A professora respondeu ao aluno:

– Pare de se enrolar e faça rápido o que eu lhe pedi.

d) O motorista abaixou o vidro do carro e disse:

– Você pode me dar um jornal, por favor?

16 Complete adequadamente as lacunas com as expressões discurso direto ou discurso indireto.

a) No , a fala dos personagens é reproduzida integralmente, conservando sua forma de expressão, como tempo verbal, pronomes, etc. É introduzida, geral-

mente, por travessão, ou delimitada por aspas.

b) No , a fala dos personagens é reproduzida pelo narrador,

etc.

33

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17 Complete o quadro a seguir identificando, no conto lido, cada um dos elementos indicados na pri-meira coluna.

Elementos da narrativaMalasartes e

o urubu mágicoObservações

Fórmula inicial que sugere

ideia de tempo indeterminado

Personagens

principal e secundários

Conflito

(complicação ou problema que determina

as ações e o desenvolvimento da história)

Clímax

(momento de maior tensão na história)

Desfecho(solução do conflito)

Verbos irregulares: ver e vir 1 ver, no modo indicativo, nos tempos indicados.

MODO INDICATIVO

Presente Pretérito imperfeito Pretérito perfeito

eu vejo

tu viste

ele via ele viu

vós vedes

eles viam

2 vir, no modo indicativo, nos tempos indicados.

MODO INDICATIVO

Presente Pretérito imperfeito Pretérito perfeito

eu venho

tu vieste

ele vinha ele veio

vós vindes

eles vinham

Livro de atividades34

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3 verao contexto.

a)

b)

c)

4 verao contexto.

a) Quando nós (ver) esse homem, poderemos ajudá-lo.

b) Se nós (ver) uma cena assim, também ficaríamos chocados.

Verbo irregular: ir

1 Leia a tirinha a seguir.

ZIRALDO. Menino Maluquinho. Disponível em: <http://omeninomaluquinho.com.br/ PaginaTirinha/PaginaAnterior.asp?da=09102012>. Acesso em: 9 set. 2019.

a) O Menino Maluquinho e sua turma tinham bem claro o tema da campanha que defenderiam?

Justifique sua resposta.

b) O que levou as pessoas, na rua, a acharem que as crianças estavam fazendo uma campanha pela paz?

c) Como você viu, a fala do Maluquinho, no primeiro quadrinho, inicia-se com uma locução verbal ir flexionado + verbo sair (infinitivo). O verbo ir é regular ou irregular? Por quê?

©Z

ira

ldo

35

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2 ir.

a) às ruas com meus colegas para defender a paz.

b) definir o tema da campanha.

c) trabalhar juntos na campanha.

d) realizar seu plano?

3 Conforme o exemplo, reescreva as frases no pretérito imperfeito e, depois, no pretérito perfeito do indicativo.

Vou às ruas defender uma ideia.

Ia às ruas defender uma ideia. Fui às ruas defender uma ideia.

a) Carolina, vais trabalhar na campanha?

b) Junim vai se juntar à turma.

c) Eu e Bocão vamos falar sobre a paz.

d) O Menino Maluquinho e seus amigos vão levar bandeiras.

4 Indique o infinitivo dos verbos solicitados e aponte em que modo e tempo estão flexionados.

FUI: SERIA: FUI: FORAM:

tolo

czk

o. 2

01

9. D

igit

al.

Livro de atividades36

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Produção de texto 1 – Anúncio publicitário 1

PreparaçãoVocê é o publicitário!!!

Imagine que você foi contratado para fazer campanha dos produtos de uma marca de

brinquedos, mantendo o recurso do minimalismo, e deverá produzir para ela pelo menos

dois anúncios.

Pesquise sobre a marca e os produtos que você irá anunciar

(é preciso conhecer bem o cliente!).

Para construir um repertório de ideias, pesquise também, na

internet, outras campanhas publicitárias (de produtos ou servi-

ços), dessa e de outras marcas, que se valem do minimalismo.

Observe como, nessas campanhas, os elementos foram sele-

cionados e se articulam (recursos visuais e verbais, usados sem-

pre de forma minimalista).

Faça anotações sobre as ideias que você encontrar, e as que tiver durante a pesquisa,

para melhor organizar a sua campanha.

Avaliação Ao menos 2 anúncios.

Minimalismo no visual.

Minimalismo no verbal.

Slogan relacionado ao tema.

Layout bem aproveitado.

Todos os elementos articulados ao tema.

Realizadas as pesquisas para a construção do repertório, defina o tema que a sua campanha terá.

Faça um brainstorm para definir, a partir do tema selecionado, possíveis imagens e palavras que a ele se relacionem de forma direta ou indireta.

Relacione o tema ao produto e à marca.

Elabore um slogan.

Faça um rascunho da disposição dos

elementos visuais e verbais e escolha o melhor layout.

Faça a versão final.

Obs.: Utilize o espaço da página 39

para a elaboração dos anúncios.

Produção

Não se esqueça: você deve

usar o mínimo de elementos

visuais e verbais. Afinal, é

uma campanha minimalista!

Mostre sua autoria!!!

Publique sua campanha no

jornal/site/blog da escola.

Lembre-se!!!

Uma campanha é constituída de vários anúncios diferentes, que mantêm a mesma identidade visual, o mesmo tema e o mesmo slogan.

Se julgar necessário, pesquise

mais sobre o minimalismo

(você vai encontrar

informações sobre ele nas

artes plásticas, na música, no

teatro, etc.).

37

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Avaliação Anúncio LEGO – brinquedos para adultos.

Recursos visuais articulados ao tema.

Recursos verbais articulados ao tema.

Slogan relacionado ao tema.

Layout bem aproveitado.

Você já sabe que, em

anúncios publicitários,

é muito importante a

articulação entre os

elementos verbais e visuais.

Por isso, escolha bem a

imagem que ficará em

primeiro plano no anúncio (no

centro e à frente). Se optar

por uma imagem de fundo,

lembre-se de que ela precisa

estar articulada ao contexto/

tema do anúncio e não pode

"roubar a cena" da imagem

principal.

No verbal, use fontes (tipos

de letras) que destaquem

as informações mais

importantes.

Produção de texto 2 – Anúncio publicitário 2

PreparaçãoVocê é o publicitário!!!

Releia o texto intitulado LEGO cria sua primeira linha de brinquedos voltada para adul-

tos. Selecione ideias-chave que podem ser usadas em seu anúncio, como: brincar, brinquedo,

brincadeira, adultos, relaxamento, rotina, estresse, criatividade, etc.

Pesquise outras informações sobre o assunto da notícia.

Com base nas informações coletadas, você vai criar um anúncio publicitário, voltado para

adultos, com o objetivo de divulgar essa linha de produtos da LEGO.

Pense em recursos verbais que relacionem adultos à ideia de brincar (brinquedo ou brin-

cadeira) e relaxamento.

Selecione imagens relacionadas ao tema do seu anúncio.

Faça um brainstorm para definir, a partir do tema selecionado, possíveis imagens e palavras que a ele se relacionem de forma direta ou indireta.

Relacione o tema ao produto e à marca LEGO.

Para os recursos visuais, selecione imagens que se relacionem ao tema.

Elabore um slogan.

Faça um rascunho da disposição dos

elementos visuais e verbais e escolha o melhor layout.

Faça a versão final.

Obs.: Utilize o espaço da página 39

para a elaboração dos anúncios.

Produção

Mostre sua autoria!!!

Publique seu anúncio no

jornal/site/blog da escola.

Livro de atividades38

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Anúncios

39

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Avaliação Informações básicas sobre a pesquisa

desenvolvida.

Linguagem objetiva.

Termos e conceitos explicados.

Corpo do texto estruturado em parágrafos.

Informações em blocos.

Defina sobre que animal você quer pesquisar.

Busque em revistas ou na internet informações científicas. Selecione o máximo possível de informações (mas que estejam relacionadas a um único tema).

Com base nessas anotações, elabore seu texto de divulgação científica.

Se julgar necessário, releia o texto da página 16, observando atentamente o modo como ele foi estruturado.

Distribua as informações em blocos (que corresponderão aos parágrafos do seu texto), de acordo com a relação entre elas.

Use uma linguagem objetiva e explique termos ou conceitos científicos.

Produza o rascunho de seu texto.

Verifique se as informações principais foram

registradas e se estão bem distribuídas nos parágrafos.

Faça a versão final.

Produção

Produção de texto 3 – Texto de divulgação científica

PreparaçãoNo texto da página 16, você viu que pesquisas foram desenvolvidas para comprovar que

cachorros podem compreender humanos. E além desse, muitos outros estudos são feitos

para desvendar o mundo animal. Sua tarefa, então, será produzir um texto de divulgação

científica que relate pesquisas curiosas (e seus resultados, se houver) sobre o mundo animal.

O tema pode girar em torno de: como pensam os animais; como funciona o cérebro dos

bichos; como é a inteligência animal; o que sentem os animais, etc. Seu texto será destinado

a adolescentes de sua idade.

Lembre-se!!!

Textos de divulgação

científica não são

necessariamente produzidos

por cientistas, mas sim por

jornalistas que relatam o

trabalho desenvolvido por

pesquisadores.

Mostre sua autoria!!!

Publique seu texto de

divulgação científica no

jornal/site/blog da escola.

Livro de atividades40

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Antes de fazer a reescrita, leia com atenção o texto que escolheu e organize os detalhes que você modificará na narrativa ou acrescentará a ela.

Se quiser, você também pode usar palavras e expressões de sua região ou estado, dando uma "cor local" para sua produção, ou ainda gírias.

Escolha um registro de linguagem adequado à situação narrada (note que os causos têm um caráter de narrativa oral, marcada pela informalidade).

Você também pode manter ou inserir efeitos de humor ou de tensão na narrativa.

Elabore um título criativo.

Faça a versão final de seu reconto de causo.

Ilustre o texto com imagens adequadas ao tom empregado na narrativa (suspense,

humor, terror, etc.)

Indique as referências que você usou em sua busca de textos.

Produção

Você encontra um bom

acervo de causos em livros

sobre folclore e histórias

tradicionais, como os de

Luís da Câmara Cascudo

e Sílvio Romero; na obra

Contos gauchescos, de

Simões de Lopes Neto ou,

ainda, na internet (busque

pela palavra-chave "causos

brasileiros").

Produção de texto 4 – Causo: produção de coletânea de reconto

PreparaçãoPara a elaboração da coletânea de reconto, leia diferentes causos e sintetize-os na pági-

na seguinte. Depois, escolha um deles e reconte-o.

Verifique elementos da narrativa como o tipo de narrador (observador ou personagem;

narração feita em 1.ª ou 3.ª pessoa), os personagens e suas características principais, a se-

quência das ações e como se configuram o tempo e o espaço na narrativa.

Quanto mais você conhecer da história, mais seguro se sentirá para recontá-la.

Avaliação Núcleo do causo original mantido.

Modificações de linguagem.

Modificações de personagens.

Emprego de marcas de oralidade.

Efeitos de humor, suspense, terror, etc.

Mostre sua autoria!!!

A turma pode produzir uma

coletânea com os causos

produzidos pelos alunos ou

publicá-los em algum espaço

virtual que seja de acesso de

outros alunos da escola.

Atenção!!!

Nessa produção, você não deve

copiar o texto, mas recontá-lo a seu

modo.

Inclusive, pode fazer pequenas

modificações para tornar a história

mais atraente ou mais divertida,

inserindo ou excluindo personagens,

modificando algumas ações, etc.

Mas o núcleo do causo (o enredo,

os acontecimentos, os personagens

principais) precisa ser mantido.

41

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Causos lidos

Livro de atividades42

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.+4 Notícia: o que está acontecendo

Notícia

Leia o texto apresentado a seguir, publicado no Jornal Nacional do portal G1 de notícias.

Um milhão de espécies de animais e plantas correm o risco de extinção

Relatório da ONU sobre o impacto humano na natureza diz que a exploração e a poluição dos oceanos e a agricultura industrial são as maiores ameaças às espécies

Por Jornal Nacional

Um relatório sobre o impacto humano na natureza divulgado nesta segunda-feira (6) pelas Nações Unidas

nunca vista antes.

Imagine um animal ser extinto, como um orangotango, um mundo onde bebês como os dessa espécie

Estamos mudando o planeta a uma velocidade sem precedentes, desmatando, escavando, caçando, pescando.

devastador.

Um dos pontos mais importantes do relatório é enfatizar o quanto essa destruição pode afetar a nossa vida.

Jornal Nacional

43

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Bernardo Strassburg trabalhou exatamente nessa parte do estudo, que mostra o que temos que fazer para

mudar o futuro.

-

que é diretor do Instituto Internacional para Sustentabilidade.

UM MILHÃO de espécies de animais e plantas correm o risco de extinção. Disponível em: <https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2019/05/06/um-milhao-de-especies-de-animais-e-plantas-correm-risco-de-extincao.ghtml>. Acesso em: 8 maio 2019.

1

a)

b)

c)

2 Observe o layout

3

4

5 Releia o lide

Um relatório sobre o impacto humano na natureza divulgado nesta segunda-feira (6) pelas Nações

velocidade nunca vista antes.

a)

( ) ( ) ( )

b)

6

( ) O impacto negativo das ações humanas na natureza.

( -

to humano.

Livro de atividades44

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7

8

9 De acordo com sua compreensão global do texto, o impacto humano sobre a natureza é positivo ou

10

11 --

12 -

13

14

Lembre-se!O imperativo afirmativo

Imagina tu

Imagine você

pessoa do discurso, ou seja, com quem se fala.

45

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15

implementação de medidas para evitar destruição da

natureza 1.º §

consequências para a vida humana 2.º §

4.º §

as maiores ameaças às espécies são causadas pelas ações

humanas5.º §

ambiente6.º §

acelerando7.º§

16

(

( ) outras informações são dadas, mas elas não têm relevância.

17

( ) Indicar a quantidade de pessoas que trabalharam na pesquisa.

( ) Dar credibilidade aos resultados apresentados no relatório.

18

a) Substitua a forma verbal repetida por uma equivalente.

b)

19

algum lugar do planeta.

Livro de atividades46

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INFORMAÇÕES MAIS IMPORTANTES

CONTEXTO EXPLICATIVO

Dados importantes (mas não essenciais)

INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES

21 Em textos de relato, é bastante comum o emprego de falas de entrevistados, o que é denominado discurso de autoridade.

a)

b)

Locução verbal

Você sabia que usamos muitas locuções verbais, tanto na

Então vamos ver, agora, como essas locuções apareceram

Lembre-se!

base na técnica da pirâmide invertida.

Lembre-se!locução verbal tem a

por dois ou mais verbos.

20 -

senta.

47

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são apontadas pelo

relatório como as maiores ameaças às espécies.

Estamos perdendo mangues e pântanos que ajudam a limpar

Ela é formada por

( ) verbo auxiliar + gerúndio.

1

parágrafo (§) locução verbal

1º. §

2º. §

4º. §

5º. §

6º. §

7º. §

2 Reescreva a frase abaixo, de maneira a usar uma única forma verbal no lugar da locução destacada.

3

4 Leia o trecho a seguir e faça o que se pede.

Um dos pontos mais importantes do relatório é enfatizar o quanto essa destruição

pode afetar a nossa vida.

Um exemplo de locução verbal nele é

(

Livro de atividades48

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5 Sublinhe as locuções verbais

a) Um relatório sobre o impacto humano na natureza foi divulgado pela ONU.

Verbo auxiliar ser divulgar.

b)

c) o meio ambiente.

d) Devemos prestar atenção a esse problema.

e)

6 -

obrigatoriedade possibilidade permissão desejo necessidade

a) podem sair

b) Você pode obter

c) Devemos respeitar as regras.

d) queremos cuidar do meio ambiente.

e) Podemos evitar a destruição da natureza.

f) Os pesquisadores querem garantir a não extinção das espécies.

g) O impacto humano na natureza deve diminuir com esse acordo.

h) pode afetar a vida de todos.

i) Precisamos evitar a destruição do planeta.

Veja a seguir os tipos de locução verbal.

As locuções verbais podem ser formadas por:

verbo auxiliar + gerúndio

Ex la sorrindo.

Verbo auxiliar + particípio

foi prorrogado.

Verbo auxiliar + infinitivo

podemos sair.

verbo auxiliar

verbo auxiliar

verbo auxiliar

gerúndio

infinitivo

ter e haveros tempos compostos.

/ Eles haviam feito um bom trabalho.

49

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BRIGGS, Helen. Sapo Romeu, o mais solitário do mundo, finalmente conhece sua parceira Julieta. Disponível em: <https://f5.folha.uol.com.br/bichos/2019/01/sapo-romeu-o-mais-solitario-do-mundo-finalmente-conhece-sua-parceira-julieta.shtml>. Acesso em: 8 maio 2019.

7

8

Sapo Romeu, o mais solitário do mundo, finalmente conhece sua parceira Julieta

uma expedição a uma remota floresta

HELEN BRIGGS

Um sapo ameaçado de extinção, que passou

-

sejam reintroduzidos de volta à natureza.

-

tos na natureza em uma década, apesar das buscas realizadas na selva boliviana.

esperavam que ele permanecesse sozinho por tanto tempo.

ganhar um perfil em um site de relacionamentos.

Os animais recém-descobertos estão agora em quarentena no centro de conservação do museu, onde segue

Romeu (à esquerda) e Julieta (à direita), sua futura companheira, têm personalidades bem diferentes

Livro de atividades50

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10 Leia a frase a seguir e faça o que se pede.

9

Os cientistas têm registrado os resultados da pesquisa.

Grafia de verbos terminados em -am e -ão

Tempo do verbo Pessoa do discurso

→ → →

Eles/Elas

→ →

Estudam Estudaram Estudarão

Ontem/hoje/amanhã

a) Os cientistas

b) Os cientistas

c) Os animais )

d) Os cientistas

e) Os biólogos presente)

f) Romeu e Julieta

g) Os cientistas

51

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Reportagem

notícia

e a reportagem, é interessante você observar como esses

dois gêneros se estruturam ao tratarem do mesmo tema.

-

portagem que foi publicada no jornal

Para ler a reportagem na

íntegra, acesse o site do

jornal El País e busque pelo

título da matéria.

animais -

-

ção e poderiam desaparecer em questão de décadas

se medidas efetivas, urgentes e decisivas não forem

-

tal Sobre a Biodiversidade e os Serviços Ecossistêmicos

-

só ambiental. Ele também ameaça boa

-

Nações Unidas

a pobreza, contra a fome e por uma melhor saúde do

ser humano. O tempo urge mais do que nunca, ressal-

tam os especialistas, que insistem na importância de

-

1

2

©S

hu

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ck/S

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72

Livro de atividades52

5 Reportagem: é preciso saber mais

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Terra se retrai e está cada vez mais desgastada", adverte Josef Settele, um dos autores principais do relató-

rio. "Essa perda é a consequência direta da atividade humana e constitui uma ameaça direta para o bem-estar

humano em todas as regiões do mundo."

O relatório identifica e, pela primeira vez, classifica os cinco fatores que mais contribuem globalmente para

-

meira são mudanças no uso da terra e do mar: três quartas partes do meio terrestre e cerca de dois terços do

mudança climática: as emissões de gases do efeito estufa

duplicaram

Relatórios ambientais alarmistas existem há muito tempo. Mas este não é um a mais. Elaborado durante os

intitulado

patrocinado pela ONU) na sede da Unesco, em Paris, não é nada alentador.

do estado global da natureza estão decrescendo", salientou Settele ao apresentar o relatório em uma en-

trevista coletiva em Paris. "Ninguém poderá mais dizer que não sabemos que estamos dilapidando nosso

Uma ameaça muito grave e real

outros estão ainda ameaçados, prossegue o relatório.

Embora o texto não especifique quais são as regiões mais afetadas, a

, algumas no Sudeste

África. "Mas, globalmente, todos deve-

riam estar preocupados, porque estamos crescentemente interconec-

tados, e o que acontece numa região inevitavelmente terá repercus-

Ações urgentes

transformação do nosso modo de desenvolvimento". E uma implicação

em todos os níveis.

meio ambien-

te

-

porar o capital natural e humano de seus países, "que seria uma medida

melhor". "Necessitamos de um paradigma econômico modificado para

um futuro mais sustentável", disse. Mas também os cidadãos comuns

3

IPBES. EL PAÍS

©E

l P

aís

Evolução de espécies

desaparecidas

Mamíferos

RépteisPeixes

Percentagem acumulada de perda

IPBES. EL PAÍS

Mamíferos

O declínio da sobrevivência

53

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UM MILHÃO de espécies ameaçadas de extinção a um ritmo sem precedentes. Disponível em: <https://brasil.elpais.com/brasil/2019/05/06/ciencia/1557132880_458286.html>. Acesso em: 6 maio 2019.

hábitos de consumo, por exemplo, segundo os especialistas. Eles

apontam também as comunidades indígenas, em cujos territórios a biodiversidade está muito mais preser-

vada, como um modelo a seguir.

"Nosso saber local, indígena e científico está demonstrando que temos soluções, então chega de desculpas,

temos que viver de maneira diferente na Terra", disse o administrador do Programa de Desenvolvimento da

ONU, Achim Steiner.

Depois de tanto panorama pessimista, um raio de esperança: "Já vimos as primeiras ações e iniciativas para

uma mudança transformativa, como políticas inovadoras por parte de muitos países, autoridades locais e

empresas, mas especialmente por gente jovem em todo o mundo", avaliou Watson. "Dos jovens por trás do

movimento #VoiceforthePlanet a greves escolares pelo clima, há uma corrente de compreensão a respeito

da necessidade de uma ação urgente se quisermos assegurar algo parecido a um futuro sustentável."

1 Localize e transcreva o título e o subtítulo dessa reportagem.

a) Título:

b) Subtítulo ou linha-fina:

c) Que informação a linha-fina acrescenta ao título?

2 Observe o layout do texto (formato). Onde essa notícia foi publicada?

3 Note que, no texto, há algumas palavras e expressões destacadas em azul.

a) Quais são elas?

b) Qual é a função desse destaque?

( ) Fazer com que o leitor pare de ler a notícia naquele ponto e procure outras informações sobre o assunto.

( ) Chamar a atenção para a informação, que é importante.

( ) Indicar que, nas palavras destacadas, há um link que remete a outras matérias (de temas

semelhantes) desse mesmo veículo (o jornal El País).

4 Releia o primeiro parágrafo dessa reportagem e localize as informações que ele fornece.

a) Quem?

b) Fez o quê/O que aconteceu?

c) Quando?

d) Onde?

e) Como?

f) Por quê?

10

11

Livro de atividades54

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5 De quantos parágrafos esse texto é composto?

6 Em termos de extensão, qual é a diferença entre a notícia e a reportagem lidas? O que justifica essa extensão?

7 Além de outras informações sobre o assunto, o que a reportagem contém, diferentemente da notícia?

( ) linha-fina

( ) intertítulos

( ) imagens

( ) gráficos

( ) links para outros assuntos

8 Qual é a função dos gráficos nessa reportagem? Marque F para as afirmativas falsas e V para as verdadeiras.

( ) Ilustrar a reportagem, visto que todas as informações do gráfico estão no texto verbal.

( ) Oferecer informação visual sobre espécies em vias de desaparecimento.

( ) Mostrar com dados numéricos e pelo recurso de cor as espécies que estão desaparecendo.

9 Identifique os trechos em que foi usado o argumento de autoridade nessa reportagem e transcre-va-os aqui.

10 Elabore um comentário, posicionando-se a respeito da problemática discutida no texto.

55

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11 Para compreender bem o texto, é necessário identificarmos as ideias principais e secundárias de cada parágrafo dele. Releia-o e complete o quadro de forma bem resumida.

Parágrafo Ideia principal Ideias secundárias

1º. parágrafo

2º. parágrafo

3º. parágrafo

4º. parágrafo

5º. parágrafo

6º. parágrafo

12 Leia a informação das etiquetas e, depois, distribua-as adequadamente no quadro de acordo com as características de cada gênero.

NOTÍCIA REPORTAGEMAcrescenta um fato de forma simples e objetiva.

1

Conteúdo no modelo de pirâmide invertida.

2

Apuração extensa, com prazo maior para elaboração de conteúdo válido a

longo prazo.3

Conteúdo sem ordem predeterminada, com gráficos, imagens e citações.

4

Questiona causas e efeitos de um fato determinado.

5

Factual, apuração e publicação imedia-ta, conteúdo válido a curto prazo.

6

Livro de atividades56

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Aposto explicativo e enumerativo

Nos textos de relato que você leu, tanto na notícia quanto na reportagem, há várias

ocorrências de aposto.

1 Considerando as funções do aposto que você já estudou, nos trechos a seguir (retirados das notícias e da reportagem lidas anteriormen-te), destaque o aposto e marque a função dele na frase.

a)

( ) explicar ( ) enumerar

b)

( ) explicar ( ) enumerar

c)

( ) explicar ( ) enumerar

d)

( ) explicar ( ) enumerar

2 Leia o parágrafo a seguir e identifique a quais termos os trechos abaixo se referem.

Lembre-se!!!Aposto é um termo usado para detalhar, esclarecer, explicar, enumerar, desenvolver, resumir ou especificar um outro termo ao qual ele está associado.

O aposto pode ser:

explicativo: fornece informações adicionais a um termo.

enumerativo: como o próprio nome diz, enumera algo citado anteriormente, desenvolvendo o que foi dito.

Há ainda outros dois tipos de aposto:

especificativo ou resumitivo (esses últimos você vai estudar em outro volume).

Agora, imagine um milhão de espécies: animais, plan-tas [...].

Robert Watson, o presidente do painel responsável pelo relatório, afirma que "à medida que perdemos a bio-diversidade, ameaçamos a segurança alimentar, hídrica, energética".

Terra se retrai e está cada vez mais desgastada", ad-verte Josef Settele, um dos autores principais do relatório.

Sapo Romeu, o mais solitário do mundo, finalmente conhece sua parceira Julieta.

Relatórios ambientais alarmistas existem há muito tempo. Mas este não é um a mais. Elaborado durante os últimos três anos por 145 especialistas de 50 países, com a colabo-ração de outros 310 cientistas, o estudo intitulado Avaliação Global sobre Biodiversidade e Ecossistemas, com mais de 1.500 páginas, é um dos mais amplos já realizados em escala mundial — avalia as mudanças nas últimas cinco décadas — e o primeiro a analisar a si-tuação da biodiversidade desde 2005.

a) "Elaborado durante os últimos três anos por 145 especialistas de 50 países":

b) "com a colaboração de outros 310 cientistas":

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3 O aposto pode aparecer na frase marcado por diferentes sinais de pontuação. Quais?

4 Leia a tira do personagem Hagar, criação de Dik Browne, e responda às perguntas.

LEITE, Will. Disponível em: <http://www.willtirando.com.br/viva-intensamente-118/>. Acesso em: 1º. jun. 2019.

©2

01

9 K

ing

Fe

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res

Sy

nd

ica

te/I

pre

ss©

Wil

l L

eit

e

BROWNE, Dik. Hagar, o horrível. v. 2. Porto Alegre: L&PM, 2010. p. 120.

a) A que o personagem se refere quando diz "coisas como essa"?

b) Por que o personagem lastima esse fato?

c) Qual é o aposto presente na fala do personagem?

d) O aposto refere-se a que termo?

5 Leia a tira do cartunista Will Leite. Nela, o aposto tem um papel importante.

Livro de atividades58

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a) Nessa tira, o sentido é construído por uma contradição (oposição ou incoerência entre afirma-ções). Que contradição é essa?

( ) A contradição é entre o que diz Josué e o que diz seu cachorro.

( ) A contradição se dá entre a afirmação que consta no recordatório (retângulo de narração) sobre fidelidade e a fala do cão no último quadrinho.

b) Identifique o aposto empregado no segundo quadrinho e indique o termo a que ele se refere.

c) O aposto empregado no segundo quadrinho é

( ) explicativo. ( ) enumerativo.

Variedades linguísticas: registros formal e informal; gíria

Observe os esquemas que sintetizam as variedades linguísticas. Algumas delas você já

estudou, outras ainda vai conhecer.

Va

rie

da

de

s li

ng

uís

tica

s

registro

(grau de monitoramento)

oral

escrita

modalidade

formal

informal

padrão

variedades

de prestígio

utilizado em

situações em

que não há

familiaridade ou

intimidade com o

interlocutor

utilizado entre

interlocutores

que têm certa

proximidade,

intimidade, e em

situações cotidianas

e descontraídas

Variedades linguísticas

situacionais (contexto

comunicativo)

históricas

sociais

regionais (geográficas)

registro formal ou informal

palavras, expressões e frases que surgem ou deixam de

existir

profissão, idade, classe social,

grupo/tribo, nível de instrução, etc.

conjunto e sentidos das

palavras; estrutura das frases; pronúncia

ocasião

linguagem de antigamente

e da atualidade

gírias e jargões

interlocutor

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1 Leia o texto a seguir. Ele corresponde a um trecho de uma aula de Administração, dada por um pro-fessor carioca de 51 anos.

LOC – "bem... na aula passada nós analisávamos a parte concernente à figura do adminis-trador... o PORQUÊ dos administradores... e o que era preciso para ser um administrador... en-tão... nós tivemos oportunidade de verificar... que há uma distinção hoje... bastante acentuada... entre a figura do PROPRIETÁRIO e a figura... hã... gerencial... não significa que o proprietário não... não significa que o proprietário não... POSSA administrar a sua empresa... mas ele deve administrá-la de acordo COM técnicas gerenciais... portanto... dentro duma área de estudo... em que... TODA a ciência da administração seja efetivamente... APLICADA... e que a ênfase que nós procurávamos dar... ao... TRABALHO organizativo seria muito mais da responsabilidade da contribuição do administrador... do que... efetivamente... do PODER e da autoridade que ele detém... e verificávamos... inclusive... que o TRABALHO é conjunto e não isolado... consequen-temente... a precípua função da administração... é... exatamente... formar uma equipe... através de... hã... uma... permanente pesquisa em BUSCA de... homens capazes... de... formando uma equipe... levar uma empresa a atingir os seus reais objetivos...".

BARBOSA, Afrânio G.; LOPES, Célia R. dos S.; CALLOU, Dinah M. Projeto norma linguística urbana culta – RJ. Disponível em: <http://www.letras.ufrj.br/nurc-rj>. Acesso em: 29 maio 2019.

a) Analisando as informações desse trecho, marque o que caracteriza a variedade linguística usa-da nesse texto.

( ) O professor empregou um registro mais formal de linguagem, o que está adequado à situação.

( ) A situação em que o texto foi produzido é informal.

( ) A profissão do falante e a situação social em que ocorreu a comunicação não exigem dele um monitoramento (cuidado) maior com a linguagem.

( ) O papel social de professor, desempenhado naquele momento, foi determinante para que ele empregasse essa variedade.

b) Em todas as situações sociais, o uso linguístico dos falantes deve ser assim?

3 Uma das formas de se perceber a variação linguística é no uso das gírias. Relacione as colunas iden-tificando o sentido que elas adquirem nestes contextos:

( 1 ) Tô precisando trocar uma ideia contigo. Pode ser?

( 2 ) Eu sei que posso contar com Juliano pra tudo o que precisar. Ele é meu peixe.

( 3 ) Tem gente que vem pra escola só pra tirar

onda mesmo.

( 4 ) João conseguiu juntar a galera na casa dele.

( 5 ) Vi um filme muito massa ontem.

( ) turma de amigos

( ) amigo, companheiro, protegido

( ) bom,

interessante

( ) fazer brincadeiras

( ) conversar

Lembre-se!!!

Muitos fatores podem estar

relacionados com essa forma

de variação, como a idade do

falante, seu nível de instrução,

seu nível socioeconômico

e, sobretudo, o contexto

em que ocorre a situação de

interação.

Livro de atividades60

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Acentuação: verbos ter, vir e seus derivados; ler, crer, ver, dar e seus derivados

Por que o brasileiro lê pouco?

Nas formas verbais de ler, crer e ver, conjugadas na 3ª. pessoa do singular (ele/ela), usa-se acento circunflexo (conforme a regra de acentuação de monossílabas terminadas em -e): lê, crê, vê e dê.

Essa regra se aplica para os derivados: reler, descrer e rever.

Nas formas verbais de conter,

reter e obter, conjugadas

na 3ª. pessoa do singular

(ele/ela), usa-se acento

agudo (conforme a regra

de acentuação de oxítonas

terminadas em -em): obtém,

contém e retém.

Nas formas verbais de ler, crer e ver, conjugadas na 3ª. pessoa do plural (eles/elas), os hiatos -ee não são acentuados: leem, creem, veem.

Essa regra se aplica aos derivados: reler, descrer, rever.

Nas formas verbais de

ter, conter, reter e obter,

conjugadas na 3ª. pessoa

do plural (eles/elas),

usa-se acento circunflexo

(conforme a regra de

acentuação de oxítonas

terminadas em -em): têm,

contêm, retêm e obtêm.

Disponível em: <https://super.abril.com.br/cultura/por-que-o-brasileiro-le-pouco/>. Acesso em: 1º. jun. 2019.

Pais que leem para os filhos ajudam a aumentar o vocabulário e a memória

Disponível em: <http://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2016-07/pais-que-leem-para-os- filhos-ajudam-aumentar-o-vocabulario-e-memoria>. Acesso em: 1º. jun. 2019.

Séries reveem morte de político cercada de mistério no México

Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2019/05/series-reveem-morte-de- politico-cercada-de-misterio-no-mexico.shtml>. Acesso em: 31 maio 2019.

Milton Nascimento revê canções do Clube da esquina em show em Brasília

Disponível em: <https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/diversao-e-arte/2019/04/13/interna_diversao_arte,749250/milton-nascimento-reve-cancoes-do-clube-da-esquina-em-show-em-brasilia.shtml>. Acesso em: 31 maio 2019.

1 Justifique a acentuação das formas verbais destacadas nas manchetes citadas.

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Disponível em: <https://g1.globo.com/goias/noticia/comerciantes-creem-em- aumento-nas-vendas-para-o-dia-das-maes.ghtml>. Acesso em: 1º. jun. 2019

2 Complete as frases com as formas verbais correspondentes aos verbos dados entre parênteses e explique a acentuação gráfica dessas palavras.

a) A medida a violência. (conter)

b) As medidas os abusos. (conter)

c) A polícia a mercadoria. (reter)

d) Os policiais os suspeitos. (deter)

e) Ele com muita sabedoria. (intervir)

f) Eles sempre que podem. (intervir)

g) Essa medida de outra proposta. (advir)

Neurologista vê possibilidade de tratar autismo antes do diagnóstico: ‘quase uma prevenção’

Disponível em: <https://g1.globo.com/sp/ribeirao-preto-franca/noticia/2019/04/06/neurologista-ve-possibilidade-de-tratar-autismo-antes-do-diagnostico-quase-uma-prevencao.ghtml>. Acesso em: 1º. jun. 2019.

Com 5,8 °C e geada, Campos do Jordão tem menor temperatura do ano

Disponível em: <https://g1.globo.com/sp/vale-do-paraiba-regiao/noticia/2019/05/22/com-58c-e-geada-campos- do-jordao-tem-menor-temperatura-do-ano.ghtml>. Acesso em: 1º. jun. 2019.

Outono e inverno têm temperaturas mais elevadas em Belo Horizonte

Disponível em: <https://g1.globo.com/mg/grande-minas/noticia/2019/06/01/outono-e- inverno-tem-temperaturas-mais-elevadas-em-belo-horizonte.ghtml>. Acesso em: 1º. jun. 2019.

Comerciantes creem em aumento nas vendas para o Dia das Mães

Livro de atividades62

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Homônimos e parônimos

Na língua portuguesa, existem muitas pa-

lavras que podem oferecer dúvida na grafia.

1 Leia a tirinha a seguir.

Parônimos são palavras que têm grafia (escrita)

e pronúncia (som) parecidas, mas significados

diferentes. Ex.: soar – emitir som/suar – transpirar.

Homônimos são palavras que apresentam

igualdade ou semelhança na pronúncia ou

igualdade na escrita, mas com significados

diferentes. Ex.: conserto – reparo/concerto –

apresentação musical; colher – verbo/colher –

substantivo.

a) No primeiro quadrinho, o que Mônica está fazendo?

b) Ela faz uma pergunta a Cascão: "Ônibus tem acento?". Que resposta Mônica esperava ouvir?

c) Cascão entendeu a pergunta corretamente? Justifique sua resposta.

d) Tendo em vista a resposta dada, que palavra Cascão tinha em mente?

e) Por que Cascão se confundiu?

f) Que relação essa palavra tem com a palavra acento?

2 Complete as frases com a palavra adequada ao contexto.

a) O de drogas é uma tragédia nacional. (tráfico/tráfego)

b) O na cidade de São Paulo é um problema grave. (tráfico/tráfego)

c) O juiz o réu. (absolveu/absorveu)

d) O tapete o líquido derramado. (absolveu/absorveu)

e) O dos prefeitos é de quatro anos. (mandado/mandato)

f) Foi expedido um de prisão contra João. (mandado/mandato)

g) Sujei o do carro. (acento/assento)

©M

au

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sa E

dit

ora

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a.

63

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h) Todas as palavras proparoxítonas levam . (acento/assento)

i) Lúcia sempre se comportou com muita . (descrição/discrição)

j) Flávia fez a da roupa de sua irmã. (descrição/discrição)

k) O masculino de dama é . (cavaleiro/cavalheiro)

l) Pedro é um exímio . (cavaleiro/cavalheiro)

m) Minha mãe guarda os alimentos na . (despensa/dispensa)

n) Paula pediu uma à sua gestora. (despensa/dispensa)

o) O juiz ao réu uma pena de trinta anos. (infligiu/infringiu)

p) O motorista a lei ao dirigir sem habilitação. (infligiu/infringiu)

q) Depois de uma longa sessão, o juiz o requerimento. (deferiu/diferiu)

r) A opinião do advogado da sentença do juiz. (deferiu/diferiu)

3 Procure, no dicionário, o significado dos parônimos a seguir.

a) aferir:

b) auferir:

c) dirigente:

d) diligente:

e) emigrante:

f) imigrante:

g) eminente:

h) iminente:

i) estofar:

j) estufar:

k) implícito:

l) explícito:

m) ratificar:

n) retificar:

Desafio!!!

Amplie seu repertório.

Pesquise outras palavras que,

na língua portuguesa, são

parônimas.

Anote o significado dos pares

de parônimos.

Livro de atividades64

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6 Crônica: o cotidiano em pauta

Crônica

Você já estudou a crônica e sabe que esse gênero guarda uma relação muito próxima

com fatos do cotidiano, não é mesmo?

Então, agora você vai ler outras crônicas e observar o modo como esses textos se vincu-

lam à realidade cotidiana e a representam de modos variados.

Mas, antes disso, analise a charge de Rico.

RICO. Celular no trânsito. Disponível em: <http://umbrasil.com/cartunistas/rico/>. Acesso em: 3 jun. 2019.

1 O texto representa uma situação cotidiana. Qual?

2 Uma das características da charge é fazer uma crítica, de modo bem humorado, a fatos, situações e

pessoas. O que essa charge critica?

3 Diferentemente do cartum, a charge representa elementos marcados no tempo ou no espaço, ou

seja, ela é marcada temporalmente, vinculada a acontecimentos recentes. Qual circunstância atual marca essa charge?

A charge é um texto verbovisual

elaborado para criticar

um personagem, fato ou

acontecimento político ou social

específico.

Como ela se alimenta da novidade,

dos fatos que estão acontecendo

e são notícia, consequentemente

possui prazo curto de validade.

©R

ico

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4 Título não é um elemento imprescindível em charges e cartuns. Qual é a função do título nessa charge?

5 Marque os elementos verbais e visuais que colaboram para a construção do efeito de humor.

( ) O traço do desenho, que tem um tom caricatural.

( ) O título da charge.

( ) A representação do personagem, que está machucado, sendo carregado em uma maca, mas, mesmo assim, tem expressões faciais de alegria/satisfação.

( ) Os elementos verbais que correspondem à fala do personagem.

( ) O fato de o personagem ter acabado de sofrer um acidente de trânsito, mas continuar falando ao celular.

( ) A onomatopeia "pipó", que representa a sirene da ambulância, e as metáforas visuais, que re-presentam os ferimentos do personagem.

6 Podemos dizer que, além de todos os elementos visuais, o texto verbal da fala do personagem é fundamental para a construção de sentido da charge. Explique por que ele é tão importante. O que podemos compreender desse texto?

7 Pelo contexto, a que se refere a foto mencionada pelo personagem?

8 Que relação podemos estabelecer entre a ideia de "espetacularização da vida privada" e o tema da charge?

9 Como é possível relacionar a fala do personagem ao título da charge?

10 Ao estudar variedades linguísticas, você viu que uma das variações sofridas pela língua decorre da passagem do tempo. Nessa charge, é feito o uso marcadamente contemporâneo de uma palavra

que exemplifica esse processo. Que palavra é essa? Explique.

11 Apesar de não ser permitido, legalmente, que crianças e adolescentes façam uso de redes sociais, é bastante comum essa geração ter acesso a esses mecanismos de compartilhamento de informa-ções. Você costuma usar as redes para "postar" acontecimentos? Discuta com seus colegas e profes-sor quais cuidados são necessários ao utilizar esses dispositivos.

Livro de atividades66

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12 Agora você vai ler duas crônicas do mesmo autor que abordam uma temática próxima à da charge.

a) Ainda antes de ler o texto, observando seu aspecto visual/estrutural, um elemento chama logo a atenção do leitor. Que elemento é esse?

b) Com base nesses intertítulos, que expectativa o leitor pode construir sobre o texto?

Domingo sozinho

Versão Redes Sociais

Você acorda. Sem pressa, sem sustos, sem despertador. A pia está limpa e a geladeira está cheia. Você prepara um delicioso e saudável café da manhã, se espreguiçando gostosamente ao som de uma playlist de jazz.

Na noite anterior, você tomou um reconfortante banho quente, colocou um pijama confor-tável, assistiu a uma comédia romântica, tomou chá e meditou antes de ir para a cama. Você teve o sono dos deuses.

Se tudo estivesse sendo filmado, viraria um perfeito comercial de margarina.

Você sai para dar um passeio pelo bairro. Ainda vai dar tempo de terminar aquele livro sen-sacional e assistir a um episódio da sua série preferida.

Foco, força e fé! A segunda-feira está chegando cheia de desafios. Você e seu chefe formam uma imbatível equipe de águias.

Seu semblante está leve e sua pele está ótima. Você tira uma selfie lindíssima, digna de ser capa da Vogue italiana e posta, desejando uma abençoada noite a todos. Na legenda, uma linda reflexão sobre seguir os seus sonhos.

Versão Vida Real

Você acorda. Torto, dolorido e assustado, pois dormiu no sofá da sala. A pia, transbordando de louças, está com vazamento há duas semanas. Você come uma fatia de mortadela seca e rói uma bolacha murcha de água e sal. É o que tem na geladeira. Tenta se espreguiçar, mas as cos-tas doem. Dói o pescoço, dói a cabeça. A música alta vem dos vizinhos. E não é boa.

Na noite anterior, você tomou uísque e ouviu Maria Bethânia, afundado em amarguras. Só não fumou três maços na sacada porque seu apartamento não tem sacada. E porque você não fuma. Dormiu com a TV ligada e os gritos, tiros e exorcismos do filme que passava se mistura-ram com seus pesadelos. Sua vizinha do andar de cima marchou de salto toc toc toc para lá e toc toc toc para cá madrugada adentro.

Se tudo estivesse sendo filmado, viraria um documentário sobre a vida na selva.

Chove lá fora. Nem um passeio pelo bairro será possível. Você só tem forças para se arrastar até a cama, não sem antes enroscar o dedinho do pé (gelado) na quina de um armário.

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Amanhã é segunda e você não tem certeza se vai sobreviver mais uma semana sem voar na goela do seu chefe.

Você não tira uma selfie, pois sua cara está desorganizada e parece ter sido moldada com um tamanco. Na sua timeline, há uma galera se esforçando para passar vergonha. Você compartilha um meme com uma indireta falando sobre a imbecilidade humana. Quem deveria, nem vai ler.

NOVELLO, Anderson. Domingo sozinho. In: ______. Anacrônicas e quase inventadas. São Paulo: Cortez, 2019. p. 30.

c) A crônica aborda temas cotidianos que estão inter-relacionados. Quais?

d) Ao ler a primeira parte da crônica, "Versão Redes Sociais", é possível notar que se trata do rela-to de um dia de que personagem?

e) O autor dessa crônica utilizou uma estratégia narrativa interessante: o uso da 2.ª pessoa do dis-curso ("você"). Que efeito de sentido o autor imprime ao texto com esse recurso de linguagem?

( ) Com esse recurso, o autor aproxima o leitor do texto, porque conta, de modo muito fiel, o dia do leitor, como um narrador onisciente (que conhece tudo sobre os personagens e os acontecimentos).

( ) Com esse recurso, o autor instaura um jogo de linguagem em que, ao enfatizar a 2.ª pessoa do discurso, estimula o leitor a se identificar com a situação descrita no texto.

( ) Com esse recurso, o autor coloca o leitor como personagem do texto, atribuindo a ele todas as ações e os acontecimentos narrados.

f) Ao ler a segunda parte do texto, a "Versão Vida Real", o leitor é surpreendido. Por quê?

( ) Porque há uma brusca mudança temática no texto.

( ) Porque a atmosfera de leveza e certa felicidade da primeira parte logo é substituída por uma atmosfera dura e seca.

( ) Porque outros personagens entram em cena no relato e prejudicam o clima harmonioso da narrativa.

( ) Porque há um grande contraste entre os acontecimentos aprazíveis e descontraídos da pri-meira parte e o relato tenso e desagradável da segunda parte.

g) Qual é a importância dos intertítulos para a criação dessas atmosferas diferentes na narrativa?

h) Que conhecimentos prévios o texto exige do leitor para a compreensão das diferenças existen-tes entre as duas partes da crônica?

Livro de atividades68

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i) No que diz respeito à linguagem do texto, podemos dizer que

( ) a descrição tem um papel fundamental na construção de imagens mentais dos aconteci-mentos.

( ) a seleção lexical (escolha das palavras) foi feita de modo a contribuir para a ambientação das cenas.

( ) a pontuação exerce um papel fundamental nas duas partes da narrativa, porque imprime um certo ritmo de leitura.

j) Para reafirmar ainda mais a ideia de duas versões distintas so-bre um mesmo fato (o dia de domingo), o autor vale-se de um outro recurso de linguagem: o paralelismo. Consideran-do a explicação de paralelismo que você pode ler no boxe ao lado, que tipo de paralelismo foi empregado nessa crônica?

k) Essa crônica produz um efeito de humor justamente pelo emprego de uma espécie de "parale-lismo às avessas". Em que elementos é possível observar isso?

l) Em uma interpretação geral do texto, o que se pode dizer da "Versão Redes Sociais" e da "Ver-são Vida Real"?

13 Das características apresentadas nas afirmativas a seguir, assinale aquelas que podem ser encontra-das nessa crônica.

( ) Tema relacionado à vida cotidiana.

( ) Narração em 3.ª pessoa, mais distanciada e objetiva.

( ) Emprego de registro coloquial da linguagem.

( ) Leveza.

( ) Efeitos de humor.

( ) Uso do discurso indireto.

( ) Conversa com o leitor.

Paralelismo é um recurso

bastante empregado em

textos literários para produzir

um efeito de simetria, de

harmonia entre frases ou

partes do texto.

Para isso, é preciso haver

correspondência (alguma

relação de semelhança) entre

palavras, ideias ou construções

frasais.

69

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14 Leia agora uma outra crônica, do mesmo autor, para inspirar você e suas produções.

Corridinha na orla

Versão Redes Sociais:

Coloco os fones de ouvido e escolho uma playlist encorajadora e fitness do Spotify. Des-lizo de uma ponta à outra da orla, sem interrupções, troteando com a elegância de um cavalo puro-sangue com a crina balançando ao vento. Desperto olhares de homens, mu-lheres, crianças e animais de estimação. Todos pensam: “Uau!” Ao fim do trajeto, aos pés do morro iluminado onde fica o Cristo com os braços estendidos, tiro uma selfie enqua-drando a paisagem e o entardecer. Uma gotícula charmosa de suor escorre pela lateral do meu rosto, saudável e fotogênico. Posto a foto com uma legenda motivacional: “Siga seus sonhos”.

Versão Vida Real:

A lista aleatória da versão gratuita do Spotify toca “50 reais”. A cada três passos, cai o fone, ora do ouvido direito, ora do esquerdo. Desvio da mocinha do roller, desvio da família andando em procissão, desvio do buraco na calçada, desvio da criança desgo-vernada aprendendo andar de bike. Antes mesmo da primeira música acabar, diminuo o ritmo para não enfartar. As pessoas só pensam: “De onde fugiu esse ganso?”. Ao final do trajeto, minha cara é a de quem sobreviveu a um atropelamento – e não permite selfies. O Cristo, antes com os braços estendidos, agora usa as mãos para esconder o rosto: está com vergonha alheia.

NOVELLO, Anderson. Corridinha na orla. In: ______. Anacrônicas e quase inventadas. São Paulo: Cortez, 2019. p. 39.

Sobre esse gênero textual, ainda é possível detalhar:

( ) É escrito para ser veiculado em jornais e revistas, porém a linguagem está mais próxima dos textos literários do que dos textos informativos.

( ) Aborda os temas cotidianos, expressando sentimentos e fazendo reflexões, ou então trata esses temas de forma bem-humorada.

( ) Tem o objetivo de divertir o leitor ou levá-lo a refletir sobre a vida e os comportamentos humanos.

( ) O narrador pode ser observador (3.ª pessoa) ou personagem (1.ª pessoa). Pode apresentar discurso direto ou indireto.

( ) É comum apresentar diálogo com o leitor (sequência conversacional).

( ) É uma narrativa informal, que se aproxima do leitor, tanto pelos temas de que trata quanto pelo uso de uma linguagem também mais informal, pelo menos na fala dos personagens – que, muitas vezes, é marcada pela oralidade.

( ) A linguagem é mais informal e, muitas vezes, faz uso de marcas da oralidade.

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Marcas da oralidade em texto escrito

Leia a crônica a seguir, observando a linguagem nela empregada e o modo como é

estruturada.

Ninguém vai ligar

Ele é baixo e franzino, deve ter nove, no máximo dez anos de idade. Moreno, usa um tênis imundo, uma bermuda rasgada e cheira muito mal. Já deve estar habituado à brutalidade das ruas, e provavelmente mora ali mesmo, na Praça Tiradentes. Consigo ver os ossos do punho saltados e os do cotovelo também, muito magro. Tão magro que o vento fresco de primavera poderia carregá-lo.

A rua está cheia de gente cansada, correndo pra casa depois do trabalho ou da aula, e nin-guém olha duas vezes pra nós. Nem pra mim e nem pra ele. Ainda que façamos uma dupla pou-co provável, estatelada num canto da praça.

Ele aponta um dedinho fino pra mim, por debaixo da camiseta, e fala freneticamente “per-deu perdeu perdeu passa a grana perdeu perdeu perdeu”. Faço milhões de cálculos mentais em cinco segundos. Não tenho dinheiro vivo e, nesse caso, só me restaria o celular. Sinto um aperto no peito de pensar no celular novo, caro e parcelado. Ao mesmo tempo, penso que o que ele me aponta parece que não é nada além da sua mão mesmo, mas e se for um canivete? Um empur-rão. Bastaria um empurrão meu e aposto que ele se esbugalharia no chão.

Tenho que olhar para baixo para encará-lo. As bochechas ainda são redondas e os olhos são infantis, mas determinados, duros. Os dentes são bonitos, por incrível que pareça, e quase posso ouvir o coração dele batendo forte, no ritmo do meu. É uma criança, só uma criancinha. E tem medo. Uma criança de rua por quem eu provavelmente passaria batido se não estivesse na minha frente com o dedinho apontado pra mim, trêmulo.

— Não tenho dinheiro.

— Tem sim, passa a grana, perdeu.

— Não tenho dinheiro.

Ele não está gritando e nem eu. Ambos quase cochichamos, como cúmplices. A minha ideia é dar um safanão nele e sair correndo, mas não o faço. As bochechinhas redondas e os olhos amedrontados me mantêm ali e, ao mesmo tempo, um alerta na minha cabeça me diz que ele não deve estar sozinho, deve ter alguém o vigiando em situações assim. Não cuidando dele, mas cuidando que ele aprenda, não deve?

Deve existir alguém, pelo menos alguém, que cuide para que não batam no moleque, não façam coisa pior com o moleque. Tem de existir. Não tem? Ele precisa ter mãe. Ter pai. Ainda que dessa maneira torta, precisa existir alguém. E percebo que estou quase torcendo pra que alguém apareça, protetoramente, pra ajudar o menininho. Mas ninguém aparece. Sorte minha e azar o dele. O mundo sempre foi assim.

Ele permanece com o dedo esticado, estamos quase há um minuto assim, e ambos impa-cientes. Ele, em dúvida sobre o que fazer. Eu, em dúvida sobre empurrá-lo ou não. Nesse mo-mento, tomo a decisão mais incoerente possível.

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— Tenho um pacote de bolacha.

Os olhos mudam.

— Recheada?

— Recheada.

Não consigo deixar de pensar que esse menino vai realmente tirar um canivete do bolso e me furar. Não consigo deixar de ter medo do menininho, mas também não consigo deixar de ter pena. Ele tira a mão debaixo da camiseta, eu me encolho um pouco. Mas não tem canivete nenhum, vira as duas palmas pra cima.

— Mas as minhas mãos estão sujas demais, tia.

— Ahn, não faz mal, ninguém vai ver. 

Abro a bolsa e tiro o pacote fechado de bolachas. Entrego a ele.

— Ninguém vai ligar, né, tia?

— Não, ninguém vai ligar não.

GHAZAL, Pamela. Ninguém vai ligar. In: PELLANDA, Luís H. (Org.). Uma boa quadrilha. Curitiba: Cajarana, 2018. p. 41-46.

1 Você já sabe que uma das caraterísticas da crônica é abordar um fato cotidiano. Que fato serviu de base para essa crônica?

2 Em que pessoa do discurso essa crônica é narrada? É possível saber quem é o narrador? Como?

3 O texto é constituído por discurso indireto e discurso direto. Em sua opinião, qual é o efeito de sen-tido de ter sido empregado o discurso direto apenas no final do texto?

4 Que relação o título estabelece com o tema da crônica?

5 Em sua opinião, qualquer fato, verídico ou não, pode ser tema de uma crônica?

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6 Notamos que, de modo geral, dois recursos linguísticos são fundamentais para criar a ambientação dos fatos relatados numa crônica: o uso dos adjetivos e dos advérbios. Explique, a seu modo, que importância esses recursos têm nessa crônica.

7 Uma das características da crônica é empregar um registro coloquial da linguagem, deixando o tex-to mais próximo do registro oral, por exemplo. Identifique, no texto, elementos que exemplificam esse uso do registro coloquial.

Advérbio e locução adverbial

Leia a tira a seguir, observando a linguagem nela empregada e o modo como é estruturada.

Lembre-se!Advérbio é uma palavra invariável que modifica o sentido de um verbo, de um adjetivo ou de um advérbio. Locução adverbial é um conjunto de palavras que exerce a função de advérbio.

1 Uma das formas de se construir o humor é quebrar as expectativas que a leitura dos quadros iniciais cria no leitor, surpreendendo-o. De que modo isso acontece na tira lida?

2 Releia a fala da mãe no terceiro quadro.

Por que é usada a palavra "então"?

( ) Para indicar uma circunstância de tempo.

( ) Para indicar uma circunstância de modo.

Lembre-se!!!O conjunto de palavras que tem o mesmo valor de um advérbio recebe o nome de locução adverbial.Circunstância:

situação, estado ou condição de algo ou de uma

pessoa em determinado momento; a particularidade

que acompanha um fato ou uma situação.

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3 Qual é a função da construção "por dois minutos"?

4 Na fala da mãe de Cascão, no primeiro quadrinho, o que completaria a frase de modo coerente?

5 Assinale a alternativa correta em relação à função desempenhada pela expressão "Era uma vez" empre-gada na tira.

( ) É um adjunto adverbial de intensidade.

( ) Completa o sentido da forma verbal ("viviam").

( ) É uma expressão que indica tempo.

Produção de texto 1 – Notícia 1

Neste livro, foram abordadas notícias rela-

tivas a desastres ecológicos e a animais amea-

çados de extinção. Observe que, apesar de tra-

tarem do mesmo assunto, os textos oferecem

informações diferentes sobre esses mesmos

fatos.

Você vai produzir uma notícia sobre esse

mesmo assunto, com vistas à atualização dos

dados: observando se o relatório teve alguma

repercussão, se foram feitas outras pesquisas

posteriormente sobre o tema, etc.

Para isso, siga as orientações.

PreparaçãoLeia pelo menos outras cinco matérias sobre o tema em diferentes veículos (na internet

ou em fontes impressas/outros portais de notícias ou de instituições relacionadas ao tema,

como a própria ONU).

Tome nota das informações comuns (contidas em todos os textos) e que devem ser im-

prescindíveis para o conhecimento do fato.

Anote também os dados que cada texto apresenta e que são diferentes dos outros.

Registre a referência de cada fonte que você consultou.

Selecione as informações principais e as informações secundárias.

Analise a relevância das informações secundárias.

Lembre-se!!!

Uma notícia não é produzida só por meio da

averiguação dos fatos "in loco" ou da entrevista de

testemunhas.

Ela também pode ser o resultado de um trabalho

de pesquisa, de averiguação de fontes diversas.

Observe que, muitas vezes, os telejornais

(principalmente) mencionam outros veículos

(geralmente fontes impressas ou portais de

internet) que divulgaram o mesmo fato.

Mostre sua autoria!!!Publique sua notícia no jornal/site/blog da escola.

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Analisados os dados de cada fonte

consultada, defina qual o detalhe

específico que você vai abordar em sua

notícia.

Reescreva a notícia como se você fosse

o repórter mirim de outro veículo de

comunicação, mencionando, se quiser, os

dados das matérias lidas anteriormente

neste livro de atividades.

Use a estruturação desse gênero que

você já aprendeu (elaboração de lide,

distribuição de parágrafos, uso de

3.ª pessoa e falas de entrevistados/

especialistas demarcadas com pontuação

adequada).

Elabore um título que chame a atenção,

mas diferente do que consta nas notícias

que você pesquisou.

Faça a versão final.

Produção Avaliação Atualização dos dados.

Menção a fatos noticiados recentemente.

Texto estruturado em parágrafos.

Lide no primeiro parágrafo.

Detalhamento do fato.

Marcação de fala de pessoas entrevistadas.

Linguagem objetiva – uso da 3.ª pessoa.

Título chamativo.

Produção de texto 2 – Notícia 2

Você leu uma notícia sobre um sapo (Romeu) cuja espécie está em extinção, e a ação de

biólogos para preservá-la (juntá-lo com uma fêmea da mesma espécie).

Sua tarefa, como jornalista mirim, é a de produzir uma notícia que tenha esse mesmo

viés informacional: falar sobre uma determinada espécie (animal ou vegetal) que está em

vias de extinção, e o que está sendo feito para evitar isso.

Para tanto, siga as orientações.

PreparaçãoPesquise sobre espécies animais ou vegetais em extinção. Faça uma pequena lista delas.

Procure dados que sejam os mais atuais possíveis.

Escolha uma espécie para noticiar.

Busque informações sobre o que especialistas, instituições e programas de pesquisa

têm feito para evitar essa extinção.

Selecione as informações que você vai divulgar em sua notícia.

Se julgar necessário, peça indicações de fontes para o professor de Ciências.

Tome nota das informações e registre as fontes consultadas.

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Selecione as informações principais e as

secundárias. Tome nota delas.

Escolha os dados que irão compor o lide

e a linha-fina de sua notícia.

Distribua as demais informações nos

parágrafos que constituem o corpo da

notícia.

Se houver discursos de autoridade,

exponha-os com as devidas marcações.

Elabore um título que chame a atenção.

Confira o quadro avaliativo.

Faça a versão final.

ProduçãoAvaliação

Tema: espécie de animal ou vegetal em extinção.

Título chamativo.

Lide.

Linha-fina.

Corpo do texto estruturado em parágrafos.

Detalhamento do fato.

Marcação de discurso de autoridade.

Linguagem objetiva – uso da 3.ª pessoa.

Mostre sua autoria!!!Publique sua notícia no jornal/site/blog da escola.

Pesquise sobre o tema em fontes

diversas: jornais, revistas de

variedades, revistas de temas

específicos, sites de notícias e

sites de instituições ligadas ao

meio ambiente e à preservação.

Produção de texto 3 – Reportagem 1: Síntese

PreparaçãoReveja a atividade 11 da página 56, de levantamento das ideias principais e secundárias

da reportagem.

A partir desse levantamento, você vai produzir uma síntese (resumo) da reportagem,

mas agora lendo a reportagem inteira.

Acesse o endereço que consta na referência do texto publicado pelo jornal El País ou

busque pelo título do texto (se o texto não estiver mais disponível para acesso, procure uma

outra reportagem sobre o mesmo tema e realize os procedimentos descritos na sequência).

Leia o texto na íntegra. Se for possível, imprima-o para facilitar a leitura e o levantamen-

to das informações.

Tome como base a atividade realizada na página 56 e faça um levantamento das infor-

mações que são fundamentais e das que são secundárias.

Anote o nome dos especialistas citados na matéria e procure informações atualizadas

sobre eles.

A partir do levantamento das informações principais, elabore a síntese da reportagem.

Tenha em mente que a síntese objetiva despertar o interesse de outros leitores para a

matéria.

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Para escrever a síntese, verifique se o

quadro com as informações principais

está bem elaborado e coerente (veja se

você não colocou como secundária uma

informação importante, por exemplo).

Comece a síntese indicando a fonte: o título

da matéria, onde e quando ela foi publicada

e o jornalista que assina a publicação.

Separe as informações em blocos (que

corresponderão aos parágrafos do seu

texto), de acordo com a relação entre elas.

Use linguagem objetiva, sem opiniões ou

juízos de valor. Limite-se a dar um resumo

da matéria.

Produza o rascunho de seu texto e,

depois, compare com o quadro feito

anteriormente. Verifique se as informações

principais foram mantidas e se estão bem

distribuídas nos parágrafos.

Atenção: você não deve copiar trechos

da reportagem, mas sim parafrasear as

informações.

Confira o roteiro de avaliação.

Escreva a versão final.

Produção

Avaliação Indicação da fonte da matéria.

Informações principais mantidas.

Linguagem objetiva, sem opiniões ou juí-

zos de valor.

Corpo do texto estruturado em parágrafos.

Informações em blocos.

Texto-fonte devidamente parafraseado.

Mostre sua autoria!!!Publique sua notícia no jornal/site/blog da escola.

Produção de texto 4 – Reportagem 2: Fotorreportagem

PreparaçãoNos textos de relato que você leu (notícias e reportagens), você notou que, geralmente,

as matérias são compostas também de imagens.

Como o tema abordado foi "espécies de animais e vegetais em extinção", sua tarefa será

mostrar que espécies são essas, produzindo uma fotorreportagem delas.

Nesse gênero, o peso da informação está contido sobretudo nas fotografias e suas res-

pectivas legendas ou notas de esclarecimento.

Você deve se valer principalmente da matéria publicada pelo jornal El País, a qual deve

ser lida na íntegra. Você também pode se utilizar da síntese feita na proposta anterior.

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Faça o rascunho do texto que vai

acompanhar as fotos, de maneira a dar

informações interessantes sobre a(s)

espécie(s) escolhida(s).

Verifique se o texto verbal acrescenta

informações sobre a espécie retratada

na imagem.

Dê o crédito da imagem (indique o

fotógrafo ou a instituição responsável

pela foto).

Use a folha A4 na vertical ou na

horizontal, conforme a direção das

fotos escolhidas.

Divida ao meio a folha e cole uma

imagem em cada parte. Reserve o

devido espaço para escrever o texto

verbal.

Elabore um título para sua

fotorreportagem.

Confira os item de avaliação.

Faça a versão final do texto verbal.

Produção Avaliação Tema: espécie de animal ou vegetal em

extinção.

Título.

Imagens creditadas (com o nome do

fotógrafo).

Legenda ou nota explicativa com infor-

mações interessantes.

Texto verbal bem elaborado.

Correção gramatical.

Clareza nas informações.

Disposição harmônica das informações.

Pesquise sobre o tema em

fontes diversas: jornais,

revistas de variedades,

revistas de temas específicos,

sites de notícias e sites de

instituições ligadas ao meio

ambiente e à preservação.

Mostre sua autoria!!!Publique sua notícia no jornal/site/blog da escola.

Pesquise em outras fontes dados complementares sobre as espécies em extinção e sele-

cione informações, sempre registrando de onde os dados foram coletados.

Selecione imagens das espécies (animais ou vegetais) que se encontram em vias de ex-

tinção, de acordo com o relatório da ONU de 2019, e indique o fotógrafo responsável pela

imagem.

Elabore uma breve descrição das espécies selecionadas e procure informações sobre as

causas do risco de extinção. Acrescente essa informação na legenda ou nota que vai acom-

panhar as fotos.

Padronize as imagens que você vai usar, imprimindo todas do mesmo tamanho.

Sua fotorreportagem deve ser produzida em folhas de papel A4, de maneira que caibam

nelas duas imagens com seus respectivos textos verbais (legendas ou notas explicativas).

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Produção de texto 5 – Crônica 1: Decalque

PreparaçãoReleia as crônicas do escritor Anderson Novello, porque você produzirá a sua crônica a

partir de uma delas.

Você vai empregar a técnica de decalque, ou seja, vai usar a mesma organização compo-

sicional (a mesma estrutura, o mesmo formato) e mudar apenas o tema.

Escolha um fato cotidiano de sua vivência ou de pessoas próximas (parentes, amigos ou

vizinhos).

Pense em duas formas de contar o fato: uma mais positiva, "fantasiosa", e outra mais

"realista".

Estabeleça relações entre os fatos narrados ou as descrições fazendo paralelismos entre

as ações, as impressões, os cenários, os pensamentos, os sentimentos, etc.

Defina o tipo de narração (1.ª ou 3.ª pessoa).

Faça um roteiro para esboçar sua

versão da crônica.

Para a "Versão Redes Sociais", escolha

uma abordagem mais lúdica, feliz e

harmoniosa dos fatos.

Para a "Versão Vida Real", elabore uma

abordagem mais realista (negativa,

atrapalhada e azarada) dos fatos.

Estabeleça relações entre os fatos

narrados ou as descrições fazendo

paralelismos.

Escolha registros de linguagem

adequados à situação narrada.

Verifique se, no confronto entre as

duas versões, você construiu efeitos

de humor.

Elabore um título criativo.

Confira o roteiro de avaliação.

Produção Avaliação Fato cotidiano definido.

"Versão Redes Sociais" mais "fantasiosa".

"Versão Vida Real" mais realista.

Registro de linguagem adequado.

Efeito de humor.

Título criativo.

Mostre sua autoria!!!A turma pode produzir uma coletânea com as crônicas produzidas pelos alunos, ou publicá-las em algum espaço virtual que seja de acesso de outros alunos da escola.

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Produção de texto 6 – Crônica 2

PreparaçãoNa crônica Ninguém vai ligar, que você leu anteriormente, você viu que a narrativa se dá

sobre um fato cotidiano e corriqueiro nas grandes cidades brasileiras: os pequenos assaltos

realizados por adolescentes e até crianças.

Nesse caso, a autora trouxe para o universo do texto uma situação experimentada por

ela, mas recontada de modo ficcional.

Você vai fazer o mesmo: transformar em crônica um fato que tenha acontecido com você

e que tenha sido marcante de alguma forma, tanto positiva quanto negativamente (pode ser

um fato recente ou mais antigo, mas o importante é que você se lembre de detalhes dele).

Defina elementos do texto, como narrador (em 1.ª ou em 3.ª pessoa), personagens e a

existência de diálogos ou não.

Faça um roteiro para esboçar sua versão

da crônica.

Elabore descrições de personagens e

cenários para que o leitor de seu texto

possa criar uma imagem mental deles.

Defina o registro de linguagem que você

vai usar (formal ou informal).

Escreva a primeira versão, articulando os

elementos da narrativa.

Lembre-se: a crônica é um texto curto, e

consiste em um olhar particularizado de

um determinado fato.

Então, depois de fazer o rascunho,

faça uma leitura atenta para

eliminar informações ou descrições

desnecessárias.

Elabore um título criativo e significativo.

Confira os itens de avaliação.

Produção Avaliação Fato cotidiano definido.

Personagens e cenários descritos sucinta,

mas eficientemente.

Sequência coerente dos acontecimentos.

Elementos da narrativa articulados.

Olhar particularizado.

Título criativo e significativo.

Escolhido o

acontecimento,

anote-o no centro

de uma folha de seu

caderno e, em torno

dele, anote tudo

o que você lembra

(quem participou,

onde ocorreu,

quando, quanto

tempo durou e quais

foram as sensações,

emoções envolvidas,

etc.).

Fato

Personagens

Sensações/

emoções/

pensamentos

Narrador

Quando

Onde

Como – olhar

lançado sobre

o fato

Mostre sua autoria!!!A turma pode produzir uma coletânea com as crônicas produzidas pelos alunos, ou publicá-las em algum espaço virtual que seja de acesso de outros alunos da escola.

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