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C O R R E G E P P Í U A - G E R A L D A JUSTiÇr fDÉ MATO G R O S S O

J U S T I Ç A C O M C O M P R O M I S S O SOCIAL - 2013-3015 -

OFÍCIO 4362/2014-DOF 0126235-78.2013.8.11.0000 Favor mencionar este número

Cuiabá, 30 de setembro de 2014.

Senhora Presidenta:

J o r c l e m d 0 Excelentíssimo Senhor Desembargador I f 1?e .M o r ,a® s Fj1110- Corregedor-Geral da Justiça, encaminho a

Vossa Senhoria copia da decisão proferida nos autos de Pedido de Providencias nB 04/2014-DOF, referente ao pedido para uniformização acerca do reconhecimento de firma nos procedimentos de averbação de georreferenciamento ou retificação administrativa, para conhecimento.

Atenciosamente,

NILCEMEIRE IpÇ/SsSANTOS VILELA Diretora do Departamertto;íe Orientação e Fiscalização

(Autorizada a assinar pela Ordem de Serviço ns 01/2013-CGJ)

Ilustríssima Senliora I^ARIA APARECIDA BIANCHIN PACHECO Presidenta da Associação dos Notários e Registradores do Estado de Mato Grosso - ANOREG-MT CUIABÁ - MT

PP 04/2014-DOF Anexo: fis. 26/32

4283

Corregedoria Geral da Justiça - Centro Político Administrativo (CPA) - CEP 78050-970 - Cuiabá - Mato Grosso Deoartamento Hp Onentaçâo e Fiscalização- Telefones: (65) 3617-358M260/3118 - 3617-3710 (fax) - Malote Digital: corregedoriShSârdê

protocolo ou e-mail: [email protected]

mailto:[email protected]

CÒRREOEDOWA-GERAL DA JUSTIÇA DE MATO GRÓSSÓ JUrnçAOOírt CDMf RÓMISSO Á) CIAI

-2013-W15 —

Pedido de Providências - 04/2014 (0126235-78.2013)

Solicitante: ADEMIR DE BRITO

Solicitado: CORREGEDORIA GERAL DA JUSTIÇA

Vistos.

Cuida-se de Pedido de Providências formulado por

Ademir de Brito à Corregedoria Geral da Justiça, solicitando em síntese,

uniformização acerca do reconliecimento de firma nos procedimento de averbação de

georreferenciamento ou retificação administrativa.

Alega que existem entendimentos divergentes entre os

oficiais de registros do Estado de Mato Grosso quanto à exigência de reconhecimento

de firma na planta ou em declaração apartada.

Aduz que alguns oficiais interpretam o item 7.1.4 do

Provimento ns 63/2012 equivocadamente, exigindo assinatura dos confinantes tanto

na planta do imóvel como em declaração apartada.

Demonstra indignação quanto ao fato de que alguns

oficiais de registro ainda solicitam que os confinantes se apresentem juntamente com

o proprietário para que seja colhida a firma verdadeira.

Corregedona Geral de Justiça - Centro Político Adminislralivo (CPA) - Caixa Postal n0.1071 - CEP 78050-970 - Cuiabá - Ma o G r o s s o ^ Telefones: (65)3617-3331/3115 1

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J U m Ç A C O M COMPdOMISSOSOClAL

2013-20li


Defende a desnecessidade de exigência da carta de

anuência emitida pelo Instituto de Terras do Mato Grosso - INTERMAT, uma vez que a

veracidade do documento da propriedade e o posicionamento geográfico na malha da

titulação do Estado são de responsabilidade do agrimensor do procedimento.

Por fim, pugna apenas para que os registradores de

imóveis sejam Instruídos a não exigirem o reconhecimento de firma verdadeiro nos

mapas ou declarações dos confinantes, proprietários ou representante legal.

A Associação dos Notários e Registradores - ANOREG/MT

apresentou manifestação às fis. 15/21.

O Departamento de Orientação e Fiscalização - DOF

juntou Informação às fis. 24/25.

É o relatório. Opinamos.

Trata-se de requerimento, em suma, para que este órgão

administrativo determine que os oficiais registradores do Estado de Mato Grosso se

abstenham de exigir o reconhecimento de firma verdadeiro dos confinantes,

proprietários e representantes legais nos procedimentos de averbação de

georreferenciamento ou retificação administrativa.

Pois bem, em que pesem os argumentos apresentados

entendemos que o pleito não merece prosperar.

Corregedoria Geral de Justiça - Centro Político Administrativo (CPA) - Caixa Postal n®. 1071 - CEP 78050-970 - Cuiabá - Mato Grosso -Telefones: (65) 3617-3331/3115

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á W G0RR£GEDÕR1A-GÍRAL DA JUSTIÇA DE MATO GROSSO

JUrnÇA.(»M CÓMr|tÓMISSO;SOClAL ^ 2013^2013 -


I - Do reconhecimento de firma

O solicitante questiona a falta de cumprimento do que

dispõe o item 7.1.4 do Provimento n9 63/2012 -CGJ, uma vez que em alguns casos é

cobrada a assinatura dos confinantes em declaração apartada e na planta

concomitante mente, bem como a exigência de que o reconhecimento de firma dos

confinantes seja verdadeiro.

Em leitura do referido provimento extrai-se que a

anuência dos confrontantes pode ser dar na própria planta ou em declaração

apartada, conforme trecho abaixo:

7.1.4. Declaração de confinantes:

- a anuência dos confrontantes pode ser dada na própria planta ou

em declaração apartada, mas que contenha Informações que não

deixem dúvidas de que a anuência dada refere-se à planta

apresentada;

Assim, trata-se de medida alternativa, ou seja, faculta-se

aos confinantes apor assinatura na planta do imóvel ou em declaração apartada. Pela

análise do texto acima não se compreende o motivo da suposta divergência de

entendimento dos oficiais de registros, uma vez que o procedimento está claramente

especificado.

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C o r r e g e d o r i a - G e r a l DA JUSTIÇA DE MATO GROSSO

JUSTIÇA COM COMPROMISSO SOCUL

20Í3-KI15


Quanto ao reconhecimento de firma dispõe o item 7.1.1

do mesmo provimento que as assinaturas deverão ser reconhecidas por semelhança

ou por verdadeira.

7.1.1 Requerimento:

- todas as assinaturas deverão ser reconhecidas por tabelião (por

semelhança ou por verdadeira);

Conforme manifestação da Associação dos Notários e

Registrados - ANOREG/MT extrai-se que a exigência do reconhecimento de firma

como verdadeiro deve ser devidamente justificada pelo oficial de registro.

"Contudo, a exigência do reconhecimento de firma como verdadeiro,

não decorre de mero deleite do oficial, mas da constatação de

elementos concretos que justifiquem a exigência, a qual deve ser

devidamente fundamentada, em respeito ao princípio da legalidade e

da publicidade. Ressalta-se, ainda, diante da ocorrência da exigência

de reconhecimento de firma verdadeiro, na forma como descrito

pelo requerente, o interessado sempre pode valer-se do

procedimento de suscitação de dúvida no termos do art. 198, da Lei

ne. 6.015/73." (fis. 16)

Dessa forma, além da exigência do registrador de imóveis

ser vinculada a fundamentação, ainda existe procedimento administrativo adequado

para que o interessado questione a sua motivação.

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í á W G Ò R M G È D O R I A - G E R A L

DA JUSTIÇA DE MATO GROSSO ( U m Ç A COMCOMPftOMlSSQSOCIAI.

íoà-ms — -


Portanto, entendemos que não cabe a este órgão

administrativo adentrar na esfera de discricionariedade dos oficiais de registros quanto

à necessidade do reconliecimento de firma ser por semelhança ou por verdadeiro.

O registrador de imóveis deverá analisar as

particularidades de cada caso, juntamente com os elementos de convicção, decidindo

então por qual tipo de reconhecimento de firma optar.

Ante ao exposto, opinamos pelo indeferimento do pleito

para que se determine que os oficiais de registros se abstenham de exigir o

reconhecimento de firma por verdadeiro dos confinantes, proprietário e

representante legal.

II - Da carta de anuência

O solicitante faz um breve comentário contra a exigência

da carta de anuência expedida pelo INTERMAT, sob a argumentação de que se preste

apenas.para que o órgão emissor arrecade dinheiro.

Sobre esse assunto, embora não haja nenhum pedido

específico apenas uma reclamação sobre a sua exigência, para não utilizar de

tautologia transcrevemos a decisão proferida no Pedido de Providências n9. 83/2014

(0073919-54.2014).

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á è ^ C o r r í g e d o r i a - G e r a l ! 9 ^ DA JUSTIÇA DE MATO GROSSO

( U m Ç A COM COMPROMISSO SOCIAL

2013-2015


"Pois bem, para melhor análise da questão e dos fatos que

motivaram esta Corregedoria Geral da Justiça a exigir a prévia

manifestação do INTERMAT nos procedimentos de retificações

administrativas e averbação de georreferenciamento, necessárias

algumas considerações preliminares.

Anteriormente à edição do Provimento n. 32/2012 - CGJ, esta

Corregedoria continha em seu código de normas a recomendação

para que os oficiais de registro solicitassem uma certidão de

legitimidade de origem ao INTERMAT, por cautela, caso suspeitassem

de alguma Irregularidade, com o intuito de evitar que terceiros

procedessem qualquer registro com base em títulos Irregulares.

6.3.3 - Recomenda-se ao Oficial do Registro de Imóveis solicitar do

Instituto de Terras de Mato Grosso - INTERMAT, ad cautelam, uma

certidão de legitimidade de origem da área objeto de retificação, a

f im de evitar que terceiros de má-fé procedam a matrícula e ao

registro com base em títulos Irregulares. (Revogado pelo Provimento

n5 06/2011-CGJ)

Após Inúmeras discussões no Pedido de Providências n. 238/2010

(223875), o dispositivo acima foi revogado pelo Provimento n.

06/2011 - CGJ, pelos seguintes fatos: a) disparidade no cumprimento

do Item 6.3.3 da CNGCE pelos oficias de registro; b) responsabilidade

do oficial teria sido transferida aos usuários; c) reclamação dos

oficiais de que o órgão expedidor estava ocasionando o entrave do

procedimento de retificação extrajudicial pela dificuldade em emitir o

documento e e) onerosidade que a recomendação estava causando

ao procedimento e aos usuários.

Ato contínuo, o órgão de terras do Mato Grosso protocolou

requerimento nesta Corregedoria pugnando pela reconsideração"

decisão que afastou a exigência da Certidão de Legitimic

Origem, aduzindo que o mencionado documento contribui com

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JUSTIÇA ÓOM COMPROMISSO SO CIAL

: 2013-2015


segurança Jurídica dos registros públicos, de Interesse da sociedade e

dos produtores.

Alegou que estava empreendendo esforços para digitalizar a base

cartográfica dos títulos definitivos o que possibilitaria uma

radiografia precisa da titulação do território e que a suposta

paralisação dos registros de georreferenciamento não decorria da

exigência da certidão de legitimidade de origem, mas da

incongruência entre os perímetros do georreferenciamento, das

matrículas de domínio e da posse efetiva do interessado.

O tema em questão foi levado à Comissão da Corregedoria Geral da

Justiça sobre Assuntos Fundiários e Registros Públicos (Associação de

Notários e Registradores - ANOREG/MT, Instituto de Terras do Mato

Grosso - INTÉRMAT, Instituto Nacional de Colonização e Reforma

Agrária - INCRA, Associação Brasileira de Georreferenciamento -

ABRAGEO, Ministério do Desenvolvimento Agrário - MDA e

Universidade Federal do Mato Grosso - UFMT) para deliberação,

tendo sido elaborado o Provimento n. 32/2012.

O Provimento n. 32/2012 - CGJ devidamente homologado pelo

Corregedor Geral da Justiça elenca a manifestação do INTERMAT

como um dos documentos indispensáveis à retificação extrajudicial

de imóvel rural.

Atualmente, a Consolidação das Normas Gerais da Corregedoria

Geral da Justiça do Foro Extrajudicial dispõe sobre o procedimento de

retificação de Imóvel rural na Seção 3 do Capítulo 6 "Do

Georreferenciamento".

6.3.4 - Em todo o procedimento de retificação de imóvel rural,

inclusive averbação da certificação do georreferenciamento, deverá

ser apresentada a manifestação do órgão de Terras do Estado

anuindo com os trabalhos técnicos, em razão do que determina o

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A W c o r r e g e d o f u a - G e r a l DA JUSTIÇA DE MATO GROSSO

J U m Ç A C O M COMPRÒM15SO SOCUl

2013-2013


artigo 26 da Lei Estadual ns 3.922/1977. (item alterado pelo

Provimento ns 32/2012-CGJ)

6.3.4.1 - Caso a manifestação do Estado não sej'a apresentada pelo

requerente, o oficial registrador deverá notificar o órgão de terras,

nos moldes do artigo 213 parágrafos 28 ao 7S da Lei 6.015/73,

encaminhando os documentos necessários para que o órgão se

manifeste perante a serventia, no prazo de até 30 (trinta) dias

(mantendo-se o prazo definido no item 6.1.56). (item acrescido pelo


6.3.4.2 - a falta de manifestação do órgão, no prazo de 30 (trinta)

dias, será considerada anuência tácita, (item acrescido pelo


6.3.4.2.1- Em face aos princípios constitucionais da razoabiildade e

da fundamentação, deverão ser desconsideradas as manifestações

sem fundamentação fática e/ou jurídica do instituto de Terras do

Mato Grosso - iNTERMAT, que não indiquem o motivo impeditivo da

retificação extrajudicial do imóvel rural. (Item acrescido pelo


Segundo se extrai do Pedido de Providências n. 238/2010, o escopo

do provimento foi de estabelecer/sistematizar uma forma de o

Estado participar do procedimento de retificação, garantindo-lhe o

exercício do direito de propriedade, porém, com prazo determinado

para manifestação e sem forma pré-definida, para que não haja

empecilho desarrazoado, proveniente da má prestação do serviço

pelo órgão de terras.

insta consignar que a carta de anuência não é requisito indispensável

para retificação, mas tão somente a notificação do órgão de terras,

conforme estabelecido no provimento atacado, com o intuito de que

seja informado se o título que se pretende retificar ou averbar incide

sobre áreas públicas, reservas legais ou indígenas.

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i W CORREGEDOBÍA-G ER.M. DA JUSTIÇA DE WATO GROSSO

JUSTIÇA CÒM COMff tOMISiO SOCÚL

- 2013-2013


A presente medida tem o escopo de evitar que terceiros de má-fé

consigam, indevidamente, Incorporar áreas públicas. Indígenas ou

reservas legais ao seu patrimônio pelo procedimento de retificação

extrajudicial ou averbação do georreferenciamento, por Isso

Institulu-se a obrigatoriedade de participação do INTERMAT nesses

procedimentos.

Com a mesma finalidade, o Estado do Mato Grosso regulamentou a

expedição da carta de anuência pelo Decreto Estadual n. 1.399/2012.

DECRETO NS 1.399, DE 16 DE OUTUBRO DE 2012.

O GOVERNADOR DO ESTADO DE MATO GROSSO, no uso das

atribuições que lhe confere o artigo 66, Inciso III, da Constituição

Estadual, DECRETA

Art. 12 A anuência do Instituto de Terras de Mato Grosso (INTERMAT)

nos trabalhos técnicos relativos aos procedimentos de retificação de

imóvel rural. Inclusive averbação da certificação do

georreferenciamento. Junto aos Cartórios de Registros de Imóveis

(CRIs), previsto no Provimento ns 32/2012-CGJ, que altera o Item

6.3.4 da CNGCE/MT, será relativa somente à inexistência de área

devoluta do Estado de Mato Grosso e obedecerá ao disposto no

presente decreto.

Art. 22 O Interessado, para efeito do disposto no caput do Item 6.3.4,

deverá formalizar o requerimento Instruído com os documentos

previstos no artigo 29 da Resolução ns 02/2009, publicada no DOE de

06.10.09 e com o comprovante de pagamento da taxa equivalente à

expedição da CARTA DE ANUÊNCIA.

Art. 32 Realizado o estudo cadastral pela Gerência de Cadastro

(GECAD), conforme rito previsto Resolução nS 02/2009, e não

Identificada a Incidência do perímetro em área devoluta do Estado de

Mato Grosso, será expedida a CARTA DE ANUÊNCIA com os trabalhos

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) U t n Ç A C O M COMPROMISSO SOCIAL

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técnicos, para efeito de registro ou averbação j'unto ao CRI, conforme

o caso.

§ i s A CARTA DE ANUÊNCIA, relativa à inexistência de área devoluta,

conterá as informações referentes a eventuais deslocamentos do

imóvel e sobreposições, em virtude da comparação entre o

perímetro das peças técnicas georreferenciadas apresentadas, das

matrículas e dos títulos primitivos de origem; bem como sobre

incidências em Terras Indígenas, Unidades de Conservação e áreas da

União, cujos registros ou averbações ficarão a cargo do respectivo

Cartório de Registro de Imóveis.

§ 22 Identificado a incidência parcial em área devoluta, a CARTA DE

ANUÊNCIA somente será expedida após a sua extremação dos

trabalhos técnicos. Se a incidência for total, não será expedida a

CARTA DE ANUÊNCIA, bem como será promovida a impugnação ao

procedimento junto ao CRI competente, se for o caso.

Art. 48 A Carta de Anuência, confeccionada pela COGEPAF, será

validada pelo Procurador Jurídico do INTERMAT, para efeito do

disposto no artigo 92, Inciso II, do Decreto n® 1.546/92 e homologada

pelo senhor Presidente, num prazo não superior a 30 (trinta) dias,

contados a partir do protocolo regular.

Parágrafo único. Deverá constar da Carta de Anuência a expressão:

"ESTA CARTA DE ANUÊNCIA NÃO ILIDE DIREITOS SUPERVENIENTES

DO ESTADO OU EVENTUAIS DIREITOS DE TERCEIROS."

Art. 52 Na hipótese prevista no item 6.3.4.1 do Provimento nS

32/2012-CGJ, o órgão promoverá o Estudo Cadastral e não

identificada a incidência em área devoluta, será expedida a Carta de

Anuência, após o pagamento da taxa pelo interessado.

Art. 62 Identificada a incidência em área devoluta, será promovida a

impugnação ao Procedimento junto ao CRI, pela Procuradoria

Jurídica do INTERMAT, consoante rito da Lei de Registros Públicos,

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devendo a GECAD expedir planta demonstrativa de incidência para

instruirá impugnação.

Parágrafo único. Antes, porém, se a incidência for parcial, poderá o

interessado extremar a área devoluta dos trabalhos técnicos, e se

expedir a CARTA DE ANUÊNCIA.

Art. 72 Os casos omissos neste decreto serão dirimidos pelo

Presidente do INTERMAT, ouvida a Diretoria Técnica e parecer da

Procuradoria Jurídica.

Art. 82 Para o cumprimento dos prazos previstos neste decreto,

todos os setores da Autarquia deverão dar prioridade aos

procedimentos de anuência, devendo os respectivos responsáveis

promover suas atribuições num prazo máximo de 04 (quatro) dias.

Art. 92 No curso dos processos de Regularização de Ocupações os

Títulos Definitivos serão expedidos fazendo-se acompanhar das

respectivas Cartas de Anuências.

Art. 10 Este decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Pela leitura do texto acima, corrobora-se que a finalidade da carta de

anuência é indicar se a área que se pretende retificar incide sobre

áreas devolutas, terras indígenas ou unidades de conservação,

garantindo maior segurança jurídica ao procedimento de retificação

extrajudicial. Salienta-se que a participação do Estado nestes

procedimentos foi discutida e votada pela Comissão de Assuntos

Fundiários desta Corregedoria, criada com o Intuito debater soluções

para os problemas fundiários do Estado do Mato Grosso, contando

com uma ação conjunta dos principais órgãos responsáveis pela

regularização do Estado. É certo que o Estado de Mato Grosso sofre

com a falta de regularização fundiária por diversos fatores como: a)

títulos sobrepostos; b) títulos deslocados; c) títulos falsificados; d)

grilagem, entre outros. Assim, este órgão orientador e físcalizador

com o Intuito de auxiliar na regularização fundiária regulamentou o

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CORREGEDORIA-GERAL DA JUSTIÇA DE MATO GROSSO

JUSTIÇA COM COMPROMISSO SOClAt

— 2013-2015


procedimento de retificação administrativa extrajudicial, visando pela

celeridade e desafogamento do judiciário, entretanto, para que o

interesse do particular não se sobrepusesse ao público, inseriu a

participação do Instituto de Terras no procedimento adotado.

Entretanto, para que essa exigência não dificultasse o procedimento

de retificação ou averbamento de georreferenciamento, este órgão

administrativo inseriu prazo para manifestação do INTERMAT, sob

pena de anuência tácita, bem como determinou que fossem

desconsideradas as manifestações sem fundamentação fática e/ou

jurídica que não indicassem o motivo impeditivo da retificação

extrajudicial do imóvel rural, nos termos dos itens 6.3.4.2 e 6.3.4.2.1

da CNGCE".

Assim, conforme exaustivamente explicado por este

órgão administrativo, a carta de anuência possui o condão de evitar que terceiros

incorporem áreas Indígenas ou públicas no seu patrimônio por ocasião da averbação

do georreferenciamento ou retificação administrativa.

III - Dispositivo

Diante do exposto, opinamos pelo indeferimento do

pleito para que este órgão determine que os reconhecimentos de firma dos

confinantes sejam apenas por semelhança.

Sugerimos ainda, com o intuito de uniformizar e melhor

a'prestação dos serviços extrajudiciais, para que seja expedido ofício circular ^os

registradores de Imóveis do Estado de Mato Grosso para que se atentem ao senftído

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— 20n-MIJ : — : - -


alternativo da norma, se abstendo de cobrar concomitantemente a assinatura dos

confinantes na planta do imóvel e em declaração apartada.

lntimfe<Ti-se. Cumpra-se.

Cuiabá, Spe setembro de 2014

CÓmoWoso Peleja Júnior Juiz Auxiliar da Corregedoria Geral de Justiça

Homol r.

Dese

mpra-se, expeaindo-se o necessário.

Cuiaba embro de 2014

[nbargador SEBASTIAO DÊ IVIÔRAES FILHO Corregedor Geral de lu<ti{

4jucjJoC r.

-

Guerro

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