rel mato grosso

252

Upload: lomgc

Post on 31-Dec-2015

336 views

Category:

Documents


2 download

TRANSCRIPT

Page 1: Rel Mato Grosso
Page 2: Rel Mato Grosso

CONVÊNIO CPRM/SICME-MTMINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIADILMA VANA ROUSSEFFMinistra

SECRETARIA DE MINAS E METALURGIAGILES CARRICONDE AZEVEDOSecretário

SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL - CPRMAGAMENON SÉRGIO LUCAS DANTASDiretor-Presidente

MANOEL BARRETTO DA ROCHA NETODiretor de Geologia e Recursos Minerais

JOSÉ RIBEIRO MENDESDiretor de Hidrologia e Gestão Territorial

FERNANDO PEREIRA DE CARVALHODiretor de Relações Institucionais eDesenvolvimento

ÁLVARO ROGÉRIO ALENCAR SILVADiretor de Administração e Finanças

CARLOS SCHOBBENHAUSChefe do Departamento de Geologia

REINALDO SANTANA CORREIA BRITOChefe do Departamento de Recursos Minerais

INÁCIO DE MEDEIROS DELGADOChefe Divisão de Geologia Básica

SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DEGOIÂNIAMARIA ABADIA CAMARGOSuperintendente

JOFFRE VALMÓRIO DE LACERDA FILHOGerente de Geologia e Recursos Minerais

JOÃO OLÍMPIO SOUZACIPRIANO CAVALCANTE DE OLIVEIRASupervisoresGOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO

BLAIRO BORGES MAGGIGovernador

SECRETARIA DE ESTADO DE INDÚSTRIA,COMÉRCIO, MINAS E ENERGIAALEXANDRE FURLANSecretário

JOSÉ EPAMINONDAS MATTOS CONCEIÇÃOSecretário Adjunto de Desenvolvimento

CARLOS VÍTOR BONASecretário Adjunto de GestãoJOAQUIM JURANDIR PRATT MORENOGestor de Política Mineral

Page 3: Rel Mato Grosso

GEOLOGIA E RECURSOSMINERAIS DO ESTADO DE MATOGROSSO

PROGRAMA INTEGRAÇÃO, ATUALIZAÇÃOE DIFUSÃO DE DADOS DA GEOLOGIA DO BRASILSUBPROGRAMA MAPAS GEOLÓGICOS ESTADUAIS

Escala :1:1.000.000

MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA

Page 4: Rel Mato Grosso

SECRETARIA DE MINAS E METALURGIASERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL – CPRM

Programa Integração, Atualização e Difusão de Dados da Geologia do BrasilSubprograma Mapas Geológicos Estaduais

GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSOSECRETARIA DE ESTADO DE INDÚSTRIA, COMÉRCIO, MINAS E ENERGIA DO ESTADO DE MATO GROSSO-

SICME-MTSUPERINTENDÊNCIA DE GEOLOGIA E RECURSOS MINERAIS

GEOLOGIA E RECURSOS MINERAIS DO ESTADO DE MATO GROSSO

TEXTO EXPLICATIVO DOS MAPAS GEOLÓGICO E DE RECURSOS MINERAIS DO ESTADODE MATO GROSSOEscala 1:1.000.000

1ª Edição

COORDENAÇÃO EXECUTIVA E TÉCNICAJoffre Valmório de Lacerda FilhoJoaquim Jurandir Pratt Moreno

COORDENAÇÃO TEMÁTICATectônica: Inácio de Medeiros Delgado, Joffre Valmório de Lacerda Filho, Marcos Luiz do Espírito SantoQuadros, Cipriano Calvacante de Oliveira Augusto Soares FrascaGeologia de Bacias: Ricardo da Cunha Lopes e Augusto José Pereira da SilvaSensoriamento Remoto: Cidney Rodrigues Valente e Marcos Antônio Soares MonteiroMetalogenia: Maria da Glória da Silva, Inácio de Medeiros Delgado, Joffre Valmório de Lacerda Filho, CiprianoCalvacante de Oliveira, Waldemar Abreu Filho, Mário Cavalcanti de Albuquerque e Marcos Luiz do EspíritoSantos QuadrosBanco de Dados GEOBANK: José Domingos Alves de JesusGeofísica: Maria Laura Vereza de Azevedo, Roberta Mary VidottiBase de Dados Geoquímica: Valmir Rodrigues da SilvaGeocronologia e Base de Dados Geocronológicos: Waldemar Abreu Filho, Mário Cavalcanti de Albuquerque,Josué Antônio da Silva e Josenuza Brilhante RodriguesBase de Dados Paleontológicos: Norma Maria da Costa Cruz e Sônia da Cruz CantarinoGeoprocessamento: José Domingos Alves de Jesus, Maisa Bastos Abram, Marcos Luiz do Espírito SantoQuadros, Marcos Antônio Soares Monteiro, Elias Bernard da Silva do Espírito SantoBase Cartográfica: Felicíssimo Rosa Borges, Elias Bernard da Silva do Espírito SantoDesenvolvimento Software ArcExibe: João Henrique GonsalvesModelo Digital do Terreno: Mônica Mazzini Perrotta

Page 5: Rel Mato Grosso

EQUIPE EXECUTORAServiço Geológico do Brasil

Joffre Valmório de Lacerda FilhoWaldemar Abreu Filho

Cidney Rodrigues ValenteRicardo da Cunha Lopes

Mário Cavalcanti de AlbuquerqueGilmar José Rizzotto

Cipriano Cavalcante de OliveiraJosé Domingos Alves de Jesus

Marcos Luiz do Espírito Santo QuadrosMaísa Bastos AbramLuiz Carlos Moreton

Marcos Antônio Soares MonteiroFelicíssimo Rosa Borges

Departamento Nacional de Produção Mineral - DNPMNilson Batista de Souza

Companhia Matogrossense de Mineração –METAMAT/SICME

Rogério Roque RubertJosué Antônio da Silva

COLABORADORESServiço Geológico do Brasil - CPRM

Amaro Luiz FerreiraAndréa Sander

Antônio Augusto Soares FrascaArmínio Gonçalves ValeEdson Gaspar Martins

Gilberto ScislewskiHumberto Alcântara Ferreira Lima

Isao ShintakuJoão Henrique Gonçalves

João Olímpio SouzaJoseneusa Brilhante RodriguesLuis de Gonzaga Oliveira e Silva

Marcos Eduardo Silva SoaresMaria Laura Vereza de Azevedo

Maria Telma Lins FarracoMônica Mazzini Perrotta

Norma Maria da Costa CruzPedro Sérgio Estevam Ribeiro

Ivan Wilson Brandão de OliveiraRoberta Mary Vidotti

Ruy Benedito Calliari BahiaSônia da Cruz Cantarini

Valmir Rodrigues da Silva

CONSULTORESUniversidade Federal de Mato Grosso - UFMT

Amarildo Salinas RuizFrancisco Egídio Pinho

Gerson Souza SaesJaime Alfredo Dexheimer Leite

Márcia Aparecida Santana Barros PinhoRicardo Kalikowski Weska

APOIO TÉCNICOServiço Geológico do Brasil - CPRM

Nair DiasMaria Gasparina de Lima

Pedro Ricardo Soares BispoClaudionor Francisco de Souza

Divino Francisco de PaulaJoão Rocha de Assis

Luiz Carlos de MeloGilsemar Rego de Oliveira

Gessy Cristina Gomes Silva BrennerGlaucia de Fátima Oliveira Afonso

REVISÃO FINALServiço Geológico do Brasil - CPRM

GEREMI-GOJoffre Valmório de Lacerda Filho

João Olímpio SouzaCipriano Cavalcante de Oliveira

Waldemar Abreu FilhoGIGEOB/DGM

Inácio de Medeiros DelgadoAugusto José Pedreira

Nelson Custódio da Silveira FilhoReginaldo Alves dos Santos

Maria da Glória da SilvaDEGEO

Carlos Schobbenhaus

EDITORAÇÃO: GERIDE-GO

Page 6: Rel Mato Grosso
Page 7: Rel Mato Grosso

MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA

SECRETARIA DE MINAS E METALURGIA

CPRM - SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL

GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO

SECRETARIA DE ESTADO DE INDÚSTRIA, COMÉRCIO, MINAS E ENERGIA DO ESTADO DE MATOGROSSO -SICME-MT

GEOLOGIA E RECURSOSMINERAIS DO ESTADO

DE MATO GROSSO

TEXTO EXPLICATIVO DOS MAPAS GEOLÓGICO E DE

RECURSOS MINERAIS DO ESTADO DE MATO GROSSO

ESCALA 1:1.000.000

Organizado por

Joffre Valmório de Lacerda FilhoWaldemar Abreu Filho

Cidney Rodrigues ValenteCipriano Cavalcante de Oliveira

Mário Cavalcanti de Albuquerque

Cuiabá, 2004

CONVÊNIO CPRM/SICME-MT

Page 8: Rel Mato Grosso

GEOLOGIA E RECURSOS MINERAIS DO ESTADO DE MATO GROSSOPROGRAMA INTEGRAÇÃO, ATUALIZAÇÃO E DIFUSÃO DE DADOS DA GEOLOGIA DO BRASIL,

SUBPROGRAMA MAPAS GEOLÓGICOS ESTADUAIS, EXECUTADO EM CONVÊNIO CPRM-GOIÂNIA,SECRETARIA DE ESTADO DE INDÚSTRIA, COMÉRCIO, MINAS E ENERGIA DO ESTADO DE MATO

GROSSO-SICME-MT

L131g LACERDA FILHO, Joffre Valmório de,

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso.Org. Joffre Valmório de Lacerda Filho, Waldemar Abreu Filho,Cidney Rodrigues Valente, Cipriano Cavalcante de Oliveirae Mário Cavalcanti Albuquerque. Esc. 1:1.000.000.Goiânia: CPRM, 2004. (Convênio CPRM/SICME). 200p. il.; + mapas

Programa Integração, Atualização e Difusãode Dados da Geologia.

1.Geologia Regional 2. Recursos Minerais 3. Economia Mineral 4. Mato Grosso I. Lacerda Filho, Joffre Valmório de II. Título

CDD 558.

CRÉDITOS DE AUTORIAINTRODUÇÃO 1:

Joffre Valmório de Lacerda Filho (JVL)Maísa Bastos Abram (MBA)

CAPITULO 2: Compartimentação GeotectônicaAugusto José Pedreira (AJP)Carlos Schobbenhaus (CS)Cidney Rodrigues Valente (CRV)Cipriano Cavalcante de Oliveira (CCO)Gilmar José Rizzotto (GJR)Inácio de Medeiros Delgado (IMD)Joffre Valmório de Lacerda Filho (JVL)Luiz Carlos Moreton (LCM)Marcos Luiz do Espírito Santo Quadros (MLESQ)

CAPITULO 3: Descrição das Unidades LitoestratigráficasAmarildo Salinas Ruiz (ASR)Amaro Luiz Ferreira (ALF)Antônio Augusto Soares Frasca (ASF)Armínio Gonçalves Vale (AGV)Andréa Sander (AS)Cidney Rodrigues Valente (CRV)Cipriano Cavalcante de Oliveira (CCO)Edson Gaspar Martins (EGM)Eric Santos Araújo (ESA)Francisco Egídio Cavalcante Pinho (FECP)Gilberto Scislewski (GS)Gilmar José Rizzotto (GJR)Jaime Alfredo Dexheimer Leite (JDL)Joffre Valmório de Lacerda Filho (JVL)Maria Telma Lins Faraco (MTLF)Mário Cavalcanti de Albuquerque (MCA)Pedro Sérgio Estevam Ribeiro (PSER)Ricardo da Cunha Lopes (RCL)Ruy Benedito Calliari Bahia (RBCB)Waldemar Abreu Filho (WAF)

CAPÍTULO 4: Recursos Minerais e MetalogeniaAlvaro Pizzato Quadros (APQ)Amarildo Salinas Ruiz (ASR)Carlos J. Fernandes (CJF)Carlos Humberto da Silva (CHS)Cipriano Cavalcante de Oliveira (CCO)Francisco Egídio Cavalcante Pinho (FECP)Marcos Eduardo Silva Soares (MESS)Nilson Batista de Souza (NBS)Raul M. Kuyumjion (RMK)Waldemar Abreu Filho (WAF)

CAPÍTULO 5: Economia MineralIsao Shintaku (IS)Luiz de Gonzaga Oliveira e Silva (LGOS)Marcos Eduardo Silva Soares(MESS)

CAPÍTULO 6: CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕESJoffre Valmório de Lacerda Filho (JVL)Marcos Eduardo Silva Soares (MESS)

BIBLIOGRAFIA

APÊNDICE 1:Mário Cavalcanti de Albuquerque (MCA)

APÊNDICE 2:Josué Antônio da Silva (JAS)Mário Cavalcanti de Albuquerque (MC)

ANEXOS:Mapa Geológico do Estado de Mato Groso - Escala1:1.000.000

Mapa de Recursos Minerais do Estado de MatoGroso - Escala 1:1.000.000

Page 9: Rel Mato Grosso

AGRADECIMENTOS

As instituições envolvidas na elaboração deste traba-lho agradecem ao XII Distrito do DNPM, às empresas de mi-neração que atuam no Estado, a Secretaria de Estado de Pla-nejamento do Estado de Mato Grosso - SEPLAN e à Univer-sidade Federal de Mato Grosso.

Agradecimentos especiais devem ser estendidos, tam-bém, aos profissionais que com sua contribuição individual,tanto pela cessão de dados inéditos, quanto pela avaliaçãocritica em áreas específicas do projeto, concorreram para aelaboração deste trabalho. Em especial agradecem ao Sr. Di-retor do XII Distrito do DNPM, Dr. Jocy Gonçalo de Miranda,José Aldo Duarte Ferraz e Germano Passos da Diagem doBrasil Mineração Ltda, Nilson Molinari da Anglo América eEdson José Milani da PETROBRAS.

Aos nossos familiares, um agradecimento carinhosopela compreensão das contínuas ausências, retirando-lhesmomentos que a eles seriam dedicados e a todos aquelesque direta e indiretamente, contribuíram para a efetivaçãodeste produto.

Page 10: Rel Mato Grosso
Page 11: Rel Mato Grosso

S U M Á R I O

APRESENTAÇÃO ............................................................................................................ 15

1 – INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 171.1 – JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS .................................................................................... 171.2 – MÉTODOS E PRODUTOS ............................................................................................ 181.3 – PRINCIPAIS FONTES DE INFORMAÇÃO ................................................................... 23

2. COMPARTIMENTAÇÃO GEOTECTÔNICA ................................................................... 332.1 - CRÁTON AMAZONAS ................................................................................................... 332.1.1 - PROVÍNCIA AMAZÔNIA CENTRAL ........................................................................... 332.1.2 - PROVÍNCIA RONDÔNIA-JURUENA .......................................................................... 342.1.3 - PROVÍNCIA SUNSÁS ................................................................................................. 372.1.4 - BACIAS SEDIMENTARES PROTEROZÓICAS ......................................................... 392.2 - PROVÍNCIA TOCANTINS .............................................................................................. 402.2.1 - FAIXA BRASÍLIA .......................................................................................................... 402.2.2 - FAIXA ALTO PARAGUAI .............................................................................................. 402.3 - BACIAS SEDIMENTARES FANEROZÓICAS ............................................................... 422.3.1 - BACIAS PALEO MESOZÓICAS ................................................................................. 422.3.2 - BACIAS CENOZÓICAS .............................................................................................. 45

3. DESCRIÇÃO DAS UNIDADES LITOESTRATIGRÁFICAS ........................................... 51A3PP2xi - Complexo Xingu .................................................................................................... 51PP23bm - Complexo Bacaerí-Mogno .................................................................................... 52PP3cc - Complexo Cuiú-Cuiú ............................................................................................... 53PP3γm1234 - Suíte Intrusiva Matupá ..................................................................................... 53PP3δfs – Suíte Intrusiva Flor da Serra ................................................................................... 54PP3γ1vr – Suíte Intrusiva Vila Rica ......................................................................................... 55PP3ai – Grupo Iriri ............................................................................................................ ....... 55PP3γ2rd – Suíte Intrusiva Rio Dourado ................................................................................... 55PP3γju – Suíte Intrusiva Juruena ........................................................................................... 56PP3γpa - Suíte Intrusiva Paranaíta ......................................................................................... 57PP3δg - Intrusivas Máficas Guadalupe .................................................................................. 57PP3λcr – Alcalina Rio Cristalino ............................................................................................. 58PP3go - Formação Gorotire ................................................................................................... 58PP4c – Suíte Colíder ........................................................................................................... .... 59PP4aj – Grupo Alto Jauru ....................................................................................................... 60PP4ag – Complexo Alto Guaporé .......................................................................................... 61PP4γn - Granito Nhandu ........................................................................................................ 61PP4γv – Suíte Intrusiva Vitória ................................................................................................ 62PPmv - Complexo Nova Monte Verde ................................................................................... 63PP4γsp – Granito São Pedro ................................................................................................. 64PP4γsr – Suíte Intrusiva São Romão ..................................................................................... 64PP4γa – Granito Apiacás ........................................................................................................ 65PP4γtp – Granito Teles Pires ................................................................................................... 66

Page 12: Rel Mato Grosso

PPmcs – PPmcv – Grupo São Marcelo-Cabeça ...................................................................... 67PP4r – Grupo Roosevelt ........................................................................................................... 68PP4γzt – Granito Zé do Torno ................................................................................................. 69PP4γnc

1 – PP4γnc

2 – PP4γnc

3 – PP4γnc

4 – Suíte Nova Canaã ................................................... 70

Suíte Rio do Sangue .............................................................................................................. 71PP4γju – Granito Juara ............................................................................................................ 71PP4γfo – Granito Fontanillas ................................................................................................... 71Grupo Beneficente .................................................................................................................. 72MP1γsc – Suíte Intrusiva Santa Cruz ..................................................................................... 74MP1rg – Complexo Metavulcanossedimentar Rio Galera .................................................... 74MP1rn – Complexo Metamórfico Rio Novo ........................................................................... 74MP1γc – Tonalito Cabaçal ....................................................................................................... 75MP14δfb - Suíte Intrusiva Figueira Branca ............................................................................. 76MP1δcd – Suíte Intrusiva Córrego Dourado ........................................................................... 76MP1γp – Suíte Intrusiva Serra da Providência ........................................................................ 76MP1δj – Gabro Juína ............................................................................................................... 77MP1γt – Suíte Intrusiva Tatuí .................................................................................................... 78MP1γrv – Granito do Rio Vermelho ........................................................................................ 79MP1γar – Granito Aripuanã ..................................................................................................... 79MP1ra – Complexo Metavulcanossedimentar Rio Alegre ..................................................... 80MP1pl – Grupo Pontes e Lacerda .......................................................................................... 81MP1sb – Complexo Granulítico Santa Bárbara ..................................................................... 81MP1γac – Suíte Intrusiva Água Clara ..................................................................................... 82MP1γp – Suíte Intrusiva Pindaituba ........................................................................................ 83MP1γsh – Suíte Intrusiva Santa Helena .................................................................................. 84MP1δrb – MP1γrb - Suíte Intrusiva Rio Branco ....................................................................... 85MP2γsr – Suíte Intrusiva Santa Rita ........................................................................................ 85MP2γa – Suíte Intrusiva Alvorada ........................................................................................... 86MP2co(g),MP2co(ms),MP2co(q),MP2co(u)-Suíte Metamórfica Colorado .......................... 86MP2γlj – Granito Lajes ............................................................................................................. 87MP2δva – Suíte Intrusiva Vale do Alegre ................................................................................ 87MP2λac - Alcalinas Canamã ................................................................................................... 87MP2µc – Suíte Intrusiva Cacoal .............................................................................................. 88MP2λag - Alcalinas Guariba .................................................................................................... 88MP2δ - Diques e Sills Básicos ................................................................................................ 89MP2d

1, MP2d

2, MP2d

3 e MP2d

4 - Grupo Caiabis - Formação Dardanelos ............................. 89

NP1βa – Grupo Caiabis - Formação Arinos ......................................................................... 90MP3γrp – Suíte Intrusiva Rio Pardo ........................................................................................ 91Grupo Aguapeí ....................................................................................................................... 91NP3f – Grupo Aguapeí - Formação Fortuna ......................................................................... 91MP3vp – Grupo Aguapeí - Formação Vale da Promissão .................................................... 92MP3mc – Grupo Aguapeí - Formação Morro Cristalino ....................................................... 92NP1p - Formação Palmeiral ................................................................................................... 92NP1γro – Suíte Intrusiva Rondônia ......................................................................................... 93NP1γg – Suíte Intrusiva Guapé ............................................................................................... 94NP1γsd – Suíte Intrusiva São Domingos ............................................................................... 95NP1γs – Granito Sararé .......................................................................................................... 96NP1γ1gn - Ortognaisses do Oeste de Goiás .......................................................................... 96NPnx – Unidade Metavulcanossedimentar Nova Xavantina ................................................. 97Grupo Cuiabá ......................................................................................................................... 97NPbx – Formação Bauxi ......................................................................................................... 9 9NPpu – Formação Puga ......................................................................................................... 99Grupo Alto Paraguai ............................................................................................................ . 100NP3ari – Formação Araras ................................................................................................... 100NP3ra – Formação Raizama ................................................................................................ 101

Page 13: Rel Mato Grosso

NP3di – Formação Diamantino ............................................................................................ 102NPu - Grupo Jacadigo – Formação Urucum ..................................................................... 102NPγ3snn – Suíte Serra Negra-Granito Serra Negra .......................................................... 103¢3γv – Suíte São Vicente - Granito São Vicente .................................................................. 103¢3ám – Vulcânicas Mimoso ................................................................................................. 104BACIA DO PARANÁ ............................................................................................................. 104O3S1rv - Grupo Rio Ivaí ....................................................................................................... 104D1f – Grupo Paraná – Formação Furnas ............................................................................ 105Dpg – Grupo Paraná - Formação Ponta Grossa ................................................................ 106C2P1a - Formação Aquidauana .......................................................................................... 106P1p - Formação Palermo ..................................................................................................... 107P2T1pd – Grupo Passa Dois ................................................................................................ 107T1a – Unidade Araguainha .................................................................................................. 108J3K1bt – Formação Botucatu .............................................................................................. 109K1βsg – Formação Serra Geral ............................................................................................ 109K2b - Grupo Bauru ............................................................................................................... 109Kiλpg - Suíte Magmática Paredão Grande ........................................................................... 110K2m - Formação Marília ....................................................................................................... 111K2vp - Formação Vale do Rio do Peixe ............................................................................... 111BACIA DO ALTO TAPAJÓS (CACHIMBO) ......................................................................... 112Dc – Formação Capoeiras ................................................................................................... 112CPii – Formação Igarapé Ipixuna ........................................................................................ 112CPsm – Formação São Manoel ........................................................................................... 113Pnv - Formação Navalha ...................................................................................................... 113Pij – Unidade Ij ............................................................................................................... ....... 113Pzi – Formações Paleozóicas Indiferenciadas .................................................................... 114BACIA DO PARECIS ............................................................................................................ 114C1ja - Formação Jauru ........................................................................................................ 114C1pb - Formação Pimenta Bueno ....................................................................................... 114C2cb - Formação Fazenda da Casa Branca ...................................................................... 115Jra – Formação Rio Ávila ...................................................................................................... 115J1βt - Formação Tapirapuã ................................................................................................... 116K2sn - Formação Salto das Nuvens .................................................................................... 116K2ut - Formação Utiariti .........................................................................................................117Jδc – Diabásio Cururu.......................................................................................................... 117J3K2k – Kimberlitos ............................................................................................................ .. 118K2g4pm – Suíte Ponta do Morro ......................................................................................... 118ENch - Formação Cachoeirinha .......................................................................................... 119N1r - Formação Ronuro ....................................................................................................... 119NQi - Coberturas Sedimentares Indiferenciadas ................................................................ 119NQdl -Coberturas Detrito-Lateríticas Ferruginosas ............................................................. 120FORMAÇÃO ARAGUAIA ...................................................................................................... 120FORMAÇÃO PANTANAL ...................................................................................................... 120Q1pc - Fácies Depósitos Coluvionares ............................................................................... 121Q1p1 - Fácies Terraços Aluvionares .................................................................................... 121Q1p2 - Fácies Depósitos Aluvionares .................................................................................. 121Q1i – Formação Içá .............................................................................................................. 121Q1di – Depósitos Detríticos Indiferenciados ....................................................................... 121Q2pa - Depósitos Pantanosos ............................................................................................. 121Q2a - Depósitos Aluvionares ................................................................................................ 122

4 – RECURSOS MINERAIS E METALOGENIA ............................................................... 1234.1 - METAIS NOBRES – OURO ......................................................................................... 1244.1.1 - PROVÍNCIA AURÍFERA DE ALTA FLORESTA ........................................................ 1244.1.2 - DISTRITO AURÍFERO DE ALTO GUAPORÉ ........................................................... 140

Page 14: Rel Mato Grosso

4.1.3 - DISTRITO AURÍFERO DA BAIXADA CUIABANA ................................................... 1454.1.4 - DISTRITO AURÍFERO DE NOVA XAVANTINA ....................................................... 1494.2 - GEMAS .......................................................................................................................... 1514.2.1 - DISTRITO DIAMANTÍFERO ASSOCIADO AS INTRUSÕES KIMBERLÍTICASDE JUÍNA .............................................................................................................................. 1514.2.2 - DISTRITOS DIAMANTÍFEROS PROVENIENTES DE DEPÓSITOSSECUNDÁRIOS .................................................................................................................... 1564.2.2.1 - DISTRITO DIAMANTÍFERO DA CHAPADA DOS GUIMARÃES ......................... 1564.2.2.2 - DISTRITO DIAMANTÍFERO DE POXORÉU ......................................................... 1564.2.2.3 - DISTRITO DIAMANTÍFERO DE ALTO PARAGUAI .............................................. 1564.3 - SUBSTÂNCIAS METÁLICAS ...................................................................................... 1584.3.1 - DISTRITO POLIMETÁLICO DE ARIPUANÃ ............................................................ 1584.3.2 - DISTRITO POLIMETÁLICO DA FAIXA CABAÇAL .................................................. 1654.3.3 - DISTRITO NIQUELÍFERO DE COMODORO .......................................................... 1674.3.4 - DISTRITO ESTANÍFERO SÃO FRANCISCO .......................................................... 1704.4 - SUBSTÂNCIAS NÃO-METÁLICAS ............................................................................. 1714.4.1 - ROCHAS E MINERAIS INDUSTRIAIS ..................................................................... 1714.4.2 - ÁREAS POTENCIAIS PARA MINERAIS ESTRUTURAIS ....................................... 1734.4.3 - MANANCIAIS DE ÁGUAS MINERAIS E TERMAIS ................................................. 174

5 – ECONOMIA MINERAL ................................................................................................ 1775.1 - ASPECTOS ECONÔMICOS E SOCIAIS .................................................................... 1775.2 - INFRA-ESTRUTURA BÁSICA ..................................................................................... 1785.3 - COMÉRCIO EXTERIOR ............................................................................................... 1815.4 - SETOR MINERAL ......................................................................................................... 1835.4.1 - PESQUISA MINERAL ................................................................................................ 1835.4.2 - RESERVAS E PRODUÇÃO MINERAL ..................................................................... 1835.5.1 - MINERAIS METÁLICOS ............................................................................................ 1855.5.2 - MINERAIS NÃO-METÁLICOS .................................................................................. 1875.5.3 - GEMAS....................................................................................................................... 1945.6 - EMPRESAS ATUANTES NO SETOR MINERAL ........................................................ 1955.7 - PARTICIPAÇÃO DA MINERAÇÃO NA ARECADAÇÃO ............................................. 1975.8 - POLÍTICA DE INCENTIVOS ........................................................................................ 198

6. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

BIBLIOGRAFIA

ANEXOS

Page 15: Rel Mato Grosso

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

15

APRESENTAÇÃO

A publicação do Mapa Geológico ede Recursos Minerais do Estado de MatoGrosso é uma antiga reivindicação regionalque, depois de quase vinte anos, torna-seagora concretizada.

Nesse momento, o Ministério de Mi-nas e Energia, através do Serviço Geológi-co do Brasil e o Governo do Estado do MatoGrosso, através da Secretaria de Estado daIndústria e Comércio, Minas e Energia – SI-CME – MT, com a gratificante sensação dodever cumprido, disponibilizam aos mato-grossenses, à sociedade em geral e aos em-presários, pesquisadores e profissionais dosetor mínero-geológico, em especial, o pre-sente produto, denominado de Geologia eRecursos Minerais do Estado de Mato Gros-so, contendo mapa geológico e mapa derecursos minerais, na escala 1:1.000.000, tex-to explicativo em formato PDF e volume detexto impresso, estruturados em um moder-no Sistema de Informações Geográficas,SIG. Esse grande acervo de dados é aindacomplementado por um robusto diagnósti-co da economia mineral do Estado.

O trabalho constou da compilação eintegração das informações geológicas, geo-químicas, geofísicas, geotectônicas e de re-cursos minerais disponíveis, complementa-das com interpretação de imagens de satéli-te, geração de modelo digital do terreno, ve-rificação de campo e organização de bancode dados e de texto explicativo.

Com mais este lançamento, O Servi-ço Geológico do Brasil segue dando cum-primento à política governamental de atuali-zar o conhecimento geológico do país, sejaatravés da retomada dos levantamentos ge-ológicos básicos, nas escalas 1:250.000 e1:100.000, seja através das integrações esta-duais 1:500.000, contribuindo dessa forma,com o resgate da infra-estrutura de desen-volvimento regional, como subsídio importan-te à formulação de políticas públicas e às to-madas de decisão de investimentos. Nessesentido, o setor mineral estadual, sem nenhu-ma dúvida, terá nesse produto, um indispen-sável orientador de estratégias, garantido nomédio e longo prazo, retorno positivo nageração de riquezas para o estado. Além dis-so, o conhecimento geológico constitui in-dispensável ferramenta para o planejamentodo ordenamento e ocupação territorial, embases sustentáveis, aspecto que, por si só,sobreleva a importância do presente traba-lho, haja vista a magnitude dessas questõespara o estado do Mato Grosso.

Ao agradecer o esforço de todos osque possibilitaram a concretização dessaobra enaltecemos a importância de fortale-cer as parcerias com os estados, não só vi-sando à geração de mapas estaduais, mascomo item importante de uma efetiva políti-ca nacional de geologia e hidrologia, coor-denada e articulada pela Secretaria de Minase Metalurgia do Ministério de Minas e Ener-gia, através do Serviço Geológico do Brasil.

Agamenon DantasDiretor-Presidente do Serviço Geológico do Brasil

Alexandre FurlanSecretário de Estado da Indústria, Comércio,

Minas e Energia do Estado de Mato Grosso-SICME-MT

Page 16: Rel Mato Grosso
Page 17: Rel Mato Grosso

17

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

1INTRODUÇÃO

O Projeto Geologia e Recursos Mine-rais do Estado de Mato Grosso, cujo resulta-do é aqui divulgado, constitui uma atividadede interesse comum entre o Governo Esta-dual e a União, concebido conjuntamentepela Secretaria de Estado de Indústria, Co-mércio, Minas e Energia do Estado de MatoGrosso–SICME-MT e o Serviço Geológicodo Brasil - CPRM, empresa pública vincula-da à Secretaria de Minas e Metalurgia do Mi-nistério de Minas e Energia, com o objetivode dotar o estado do primeiro Mapa Geoló-gico e de Recursos Minerais, na escala1:1.000.000.

A execução de mapas geológicos ede recursos minerais estaduais faz parte doPrograma Integração, Atualização e Difusãode Dados da Geologia do Brasil, Subprogra-ma Mapas Geológicos Estaduais e o Mapade Mato Grosso ficou sob a responsabilida-de da Superintendência Regional de Goiâ-nia da CPRM, juntamente com a UnidadeGestora de Política Mineral da SICME-MT,com o apoio do Departamento Nacional deProdução Mineral - DNPM. Este produto de-nominado de Geologia e Recursos Mineraisdo Estado de Mato Grosso, contempla 01(um) CD-ROM contendo sistema de informa-ções geográficas, mapa geológico, mapaintegrado geologia com modelo digital doterreno - SRTM e mapa de recursos mine-rais, na escala 1:1.000.000, texto explicativoem formato PDF e volume texto impresso.

Os dados de cartografia geológicaforam obtidos, essencialmente por compila-

ção, análise crítica e integração das informa-ções bibliográficas disponíveis, além de tra-balhos adicionais de geologia de campo,interpretação de imagens de satélite, amos-tragem e análises petrográficas e geocro-nológicas. Os dados contidos no bancode dados GEOBANK foram gerados porreestruturação e realimentação das basesjá existentes no Serviço Geológico do Bra-sil-CPRM, bem como pela organização denovas bases.

Este produto traduz o estado da artedo conhecimento geológico regional, na es-cala 1:1.000.000, do Estado do Mato Grosso,e a sua análise, permitirá priorizar a aplicaçãode investimentos, em áreas ainda carentes delevantamentos geológicos básicos nas esca-las de maior detalhe, 1:250.000 e 1:100.000 (nasregiões com reais necessidades de estudos,para solução de problemas geológicos espe-cíficos). Conseqüentemente, a partir destasinformações, poder-se-á estabelecer uma po-lítica de médio a longo prazo para o desenvol-vimento de levantamentos geológicos no Es-tado.

1.1 – JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS

A história político-econômica do Es-tado de Mato Grosso está intimamente vin-culada ao setor mineral. Inicialmente com aextração garimpeira de ouro em Cuiabá ediamante na região de Poxoréu, Alto Para-guai e Diamantino. Posteriormente esta ativi-dade estendeu-se para outras áreas, segui-

Page 18: Rel Mato Grosso

18

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

da pela atuação de empresas de mineração,com desenvolvimento de pesquisas minerais,o que levou o estado a ocupar uma posiçãode destaque na produção mineral brasileira,notadamente na área de rochas carbonáti-cas, ouro e diamante.

Este trabalho constitui o primeiromapa geológico na escala 1:1.000.000 doEstado de Mato Grosso, reunindo as infor-mações disponíveis e apresentando o esta-do da arte do conhecimento geológico e daeconomia mineral do estado.

Até então utilizavam-se os mapas ge-ológicos das folhas ao milionésimo que re-cobrem a área do estado, elaborados peloDNPM - Cartas Geológicas do Brasil ao Mili-onésimo (1975-1979) e pelo projeto RADAM-BRASIL (1975-1982), abrangendo as folhasPorto Velho, Guaporé, Tapajós, Juruena,Cuiabá, Corumbá, Tocantins, Goiás e Goiâ-nia, além das informações geológicas gera-das pela CPRM no período de 1974 -1980,provenientes de uma série de projetos demapeamento geológicos básicos em diver-sas escalas, e que cobrem cerca de 85% doestado.

Cumprindo suas atribuições, a Secre-taria de Estado da Indústria, Comércio, Minase Energia do Estado de Mato Grosso (SICME-MT) vem desempenhando importante papel defomento à mineração, com a realização de di-agnósticos do setor mineral de Mato Grosso(2000 e 2002), através de convênios com aSecretaria de Minas e Metalurgia do Ministériode Minas e Energia, IPEM - Instituto de Pesqui-sas Mato-grossenses e com a colaboração daMETAMAT - Cia Mato-grossense de Mineração,empresa vinculada à SICME.

O governo do estado desenvolve tam-bém projetos de fomento à pesquisa, lavra,beneficiamento e exportação de bens mine-rais, com viabilização de empreendimentos mi-nerais, além de estudos ambientais e apoio téc-nico aos municípios.

Esta edição dos mapas Geológico ede Recursos Minerais do Estado de MatoGrosso, disponibilizados em sistema de in-formações geográficas, objetiva dotar o es-tado de uma cartografia geológica modernaque possibilite à sociedade, e em especial aosagentes do setor mineral, acesso rápido aosacervos de dados geológicos do estado.Constitui o suporte necessário à implantaçãode políticas públicas de desenvolvimento re-gional, e fornece dados essenciais para atra-

ção de investimentos na pesquisa e prospec-ção mineral da região.

As informações cartográficas encon-tram-se em formato digital, estruturadas emtecnologia ESRI, com entidades gráficas li-gadas a tabelas de atributos e suportadas porbases de dados geológicos, geocronológi-cos e de recursos minerais, que podem seratualizadas periodicamente.

O acervo de bases de dados geoló-gicos foi organizado em temas segundomodelo relacional, em plataforma Oracle 9IAs(versão para Web), e utiliza bibliotecas pa-dronizadas e arquitetura cliente-servidor, pre-vistas para processos de acesso, consulta eedição de dados via Internet.

A grande vantagem desse sistema decompilação de dados em SIG é a possibili-dade da atualização periódica, a dependerda geração de novos dados geocientíficosque impliquem avanços na cartografia geo-lógica da região.

A análise desses produtos permitirá apriorização de investimentos, em áreas ain-da carentes de levantamentos geológicosbásicos nas escalas de 1:250.000 e1:100.000, para solução de problemas geo-lógicos específicos, estabelecendo uma po-lítica de médio a longo prazo para incremen-to do conhecimento geológico e desenvol-vimento da mineração no Estado.

1.2 – MÉTODOS E PRODUTOS

Os procedimentos técnicos adotadosneste trabalho seguiram a sistemática usadapela CPRM na elaboração de outros mapasgeológicos estaduais, com a compilação eintegração das informações geológicas, geo-químicas e geofísicas disponíveis.

A fase inicial constou do levantamen-to dos projetos de mapeamento geológico,geoquímico e geofísico desenvolvidos noEstado, que foram organizados por escalaem mapas-índices bibliográficos (Fig. 1 a 8),o que permite ao usuário uma rápida identi-ficação e localização das principais fontes dedados.

A fase seguinte foi de interpretação deimagens de satélites, compilação das informa-ções disponíveis, preparação de bases carto-gráficas e execução do mapa geológico preli-minar, seguida por verificações de campo eculminando com a elaboração dos mapasgeológico, de recursos minerais, geotectôni-

Page 19: Rel Mato Grosso

19

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

co, geofísicos e do texto explicativo.

Base Cartográfica - A base cartográfica doestado foi obtida a partir da Base Cartográfi-ca Integrada Digital do Brasil ao Milionésimodo IBGE (2003), onde foram feitas simplifica-ções, adaptações e modificações na hidro-grafia, pela CPRM e Geoambiente Sensoria-mento Remoto S/C Ltda, utilizando imagensLANDSAT 5, LANDSAT 7 e JERS 1, e atuali-zações do sistema de transportes com a in-serção de novas rodovias, estradas vicinaise a inclusão de novas cidades e núcleos ur-banos através do Mapa Rodoviário editadopela SEPLAN-Governo do Estado de MatoGrosso, 2002, obedecendo-se os limites daacuidade cartográfica da escala de1:1.000.000.

A riqueza de informação encontradano material cartográfico disponibilizado peloIBGE, em especial nas regiões de maior den-sidade demográfica, não favorecia a inserçãode qualquer outra informação, além das queali já estavam representadas. Portanto, den-tre os diversos níveis de informação foramselecionados para a composição das basescartográficas: hidrografia, transporte, locali-dades e divisões políticas. Para possibilitar aintrodução da informação geológica foi feitauma generalização e simplificação dos ele-mentos cartográficos, selecionando aquelesde maior relevância para a geologia, segun-do critérios de estética e clareza da represen-tação cartográfica. Procurou-se, tanto quantopossível, estabelecer um padrão uniforme nadensidade da representação cartográfica, fil-trando mais a informação onde havia satura-ção que comprometesse a representação dageologia na escala de 1:1.000.000. Na corre-ção geométrica das imagens foi utilizada amodelagem polinomial simples e foram toma-dos, em média 240 pontos de controle por ima-gem Landsat, com erro médio de 198 metros,coletados a partir de pontos comuns entre asimagens e vetores de hidrografia e sistema viá-rio da Carta do Brasil ao Milionésimo em meiodigital, totalizando-se 47 cenas de imagens Lan-dsat que cobrem o Estado de Mato Grosso.

Adotaram-se os seguintes parâmetrosna elaboração desta base: Sistema de Proje-ção Cartográfica Policônica – Meridiano Cen-tral 56oW e Sistema Geodésico de Referên-cia - South American Datum of 1969 - SAD69.

Mapa Geológico - A primeira versão deste

mapa foi elaborada com base nas informa-ções geológicas disponíveis em diversas es-calas, condensadas no mapa geológico doBrasil 1:2.500.000 e das Cartas do Brasil ao Mi-lionésimo, recentemente elaboradas pelo Ser-viço Geológico do Brasil – CPRM, folhasSB.21-Tapajós (Ferreira et al., 2004) SC.20-PortoVelho (Rizzoto et al., 2004), SC.21-Juruena (Rizzotto et al., 2004), SC.22-Tocantins (Faracoet al., 2004), SDE.20-Guaporé (Rizzotto et al.2004), SD.21-Cuiabá (Valente et al., 2004),SD.22-Goiás ( Lacerda Filho et al., 2004), SE.21-Corumbá (Lacerda Filho et al., 2004) e SE.22-Goiânia (Valente et al., 2004)

Estas informações foram recortadasno formato do estado e lançadas sobre abase cartográfica na escala 1:1.000.000.

A este mapa foram acrescidas as in-formações de mapas geológicos de áreas es-pecíficas, executados pela UFMT, METAMAT,DNPM, empresas de mineração, além de ma-pas da CPRM elaborados em escala de mai-or detalhe.

As áreas com pendências de informa-ções geológicas foram fotointerpretadas utili-zando, inclusive, imagens de satélites, para de-terminar a localização de perfis geológicos paraa programação de campo.

As verificações de campo constituíram2.200km de perfis geológicos estratégicos e deanálises petrográficas de algumas amostras co-letadas. A partir desses novos dados, foram im-plementadas modificações cartográficas e ela-borado um banco de dados geocronológicos,anexo, utilizado na hierarquização das unida-des geológicas.

A legenda representa as unidades es-tratigráficas em box com a cor e o código daunidade correspondente no mapa, acrescidade uma breve descrição. O código está orga-nizado na seguinte seqüência: A(s) primeira(s)letra(s) corresponde(m) a representação deeras e de períodos: A para Arqueano, MP paraMesoproterozóico, K para Cretáceo, etc. O nú-mero que segue a letra inicial, quando presen-te, representa cronologicamente a subdivisãode éon, era, período ou estágio, de 1 a 2 (Car-bonífero, Cretáceo, Neógeno e Quaternário),de 1 a 3 (a maioria das eras e períodos), e de1 a 4 (Arqueano, Paleoproterozóico e Siluri-ano). As últimas letras, com dois ou três dígi-tos equivalem ao nome de cada unidade.Quando a unidade é constituída por rochasígneas são inseridos entre os códigos alfa-numéricos iniciais (cronoestratigrafia) e as

Page 20: Rel Mato Grosso

20

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

letras finais (nome da unidade), símbolos querepresentam o tipo de magmatismo predo-minante:Plutonismo félsico - γ (gamma)Vulcanismo félsico - α (alfa)Vulcanismo máfico - β(beta)Plutonismo máfico - δ (delta)Plutonismo ultramáfico - µ (Mu)Vulcanismo ultramáfico - σ (teta)Plutonismo e vulcanismo alcalino - ε (epislon)

Quando há mais de um magmatismo,geralmente aplicado para rochas plutônicas fél-sicas (γ), são introduzidos números para re-presentar as idades relativas (γ1, γ2, γ3, etc.).

Exemplo: Em PP3γ1vr, PP significa Pa-leoproterozóico 3(Orosiriano); γ indica rochaplutônica félsica; e vr representa o nome daunidade Suíte Intrusiva Vila Rica.

Os arquivos shape, de litoestratigrafia ede estruturas, contêm informações sobre asidade, litotipos, metamorfismo, magmatismo,sedimentação, tipo e atitude das estruturas.

Mapa de Recursos Minerais - Os jazimen-tos minerais do Estado de Mato Grosso foramobtidos a partir das bases de dados da CPRM(GEOBANK), e DNPM (SIGMETA), devidamen-te atualizadas e consistidas, acrescidos de in-formações levantadas neste trabalho, totali-zando 428 jazimentos minerais, cuja listagemsimplificada é apresentada como apêndiceno final desta nota explicativa. Estes jazimen-tos foram plotados sobre a base geológica,e agrupados segundo uma classificação uti-litária, nos seguintes tipos: substâncias mi-nerais metálicas; metais nobres; rochas eminerais industriais; rochas e materiais paraa construção civil e insumos para a agricul-tura; rochas carbonáticas; rochas ornamen-tais; gemas e água mineral e termal.

Estes jazimentos, estão representadosem destaque no mapa por símbolos que ca-racterizam a classe/morfologia, tamanho e sta-tus, com destaque para as minas dos princi-pais bens minerais em exploração.

Com base nas relações entre as mi-neralizações e contexto geológico e geotec-tônico, foram selecionadas áreas com poten-cial prospectivo para descoberta de novos de-pósitos, e delimitadas áreas correspondentesa províncias e distritos mineiros de determina-dos bens minerais, com destaque as provín-cias auríferas e diamantíferas.

Base de Dados de Recursos Minerais - A

base de dados de Recursos Minerais do es-tado, constitui um acervo total cadastrado de428 jazimentos e representa diferentes subs-tâncias minerais, agrupadas de acordo coma sua classificação utilitária: gemas, rochas eminerais industriais e minerais energéticos.Inclui informações sobre a tipologia do mi-nério e metalogenia, segundo a biblioteca doSistema Classificatório de Metalogenia doServiço Geológico do Brasil.

A possibilidade de se superpor os re-cursos minerais com a geologia, aliados aosseus ambientes tectônicos, é uma das ferra-mentas mais úteis para as interpretações me-talogenéticas, sendo de grande utilidade, tan-to para pesquisadores acadêmicos, quantopara usuários interessados na seleção de áre-as potenciais para investimentos em pesquisamineral.

Mapa Geotectônico - É resultado do recorteda compartimentação geotectônica propos-ta no Mapa Tectônico do Brasil, escala1:5.000.000 elaborado pela CPRM (Delgadoet al., 2003 - inédito) e dados da PETROBRAS(Siqueira et al.,1998), acrescido observaçõesde campo e de dados geocronológicos re-centes, que permitiram estabelecer uma pro-posta preliminar da compartimentação geo-tectônica do estado.

A legenda do Encarte Tectônico mos-tra, em cores, as unidades litotectônicas, ob-tidas por reclassificação das unidades litoes-tratigráficas e, em letras-símbolo, em negri-to, a identificação e denominação usual dosdomínios e bacias sedimentares que com-põem as Províncias Tectonoestruturais deMato Grosso.

Excetuando-se as bacias sedimentares,os limites mais prováveis entre os diversos do-mínios tectonoestruturais estão realçados, nomapa, por um traço mais espesso, em cor pretaou vermelha, dependendo se o mesmo estáassinalado por feições estruturais ou geofísi-cas, respectivamente.

Estas informações estão mais detalha-das e armazenadas em tabelas relacionais queforam utilizadas na elaboração do mapa geo-tectônico do Estado em ambiente ArcView.

Mapas Geofísicos - Os dados aeromagnéti-cos, radiométricos e gravimétricos foram com-pilados na escala 1:1.000.000 e disponibiliza-dos em meio digital. Estes dados, foram com-pilados e tratados visando contribuir na delimi-

Page 21: Rel Mato Grosso

21

tação de unidades litoestratigráficas e na com-partimentação geotectônica do estado.

Aeromagnetometria

O Mapa Aeromagnetométrico do Es-tado de Mato Grosso (Campo Total Reduzidodo International Geomagnetic Reference Field-IGRF com Relevo Sombreado) foi gerado apartir de dados de projetos aerogeofísicosoriundos de diversas fontes: Serviço Geológi-co do Brasil-CPRM, Departamento Nacional deProdução Mineral-DNPM, Agência Nacional doPetróleo–ANP, Empresas Nucleares Brasileiras–NUCLEBRÁS, Comissão de Energia Nuclear–CNEN, Billiton Metais S.A.

Detalhes sobre os vários projetos exe-cutados no Estado podem ser encontrados naorelha do mapa geológico ou na homepage daCPRM (www.cprm.gov.br). Os projetos foramprocessados separadamente e depois integra-dos utilizando-se o software OASIS Montaj®, daGeosoft®. A malha utilizada na integração dosdados é de 1.000 metros, com continuação paracima de 1.000 metros. A inclinação da fonte lu-minosa é de 45o e o azimute é de 45o . A unidadeusada é o nanoTesla (nT). O arquivo em for-mato Geotiff foi exportado usando o mesmosoftware.

Aerogamaespectrometria

O Mapa Aerogamaespectrométrico deContagem Total do Mato Grosso (Relevo Som-breado) foi gerado a partir de dados de proje-tos aerogeofísicos provenientes de diversas fon-tes: Serviço Geológico do Brasil-CPRM, Depar-tamento Nacional de Produção Mineral-DNPM,Empresas Nucleares Brasileiras–NUCLEBRÁS,Comissão de Energia Nuclear–CNEN.

Detalhes sobre os projetos podem serencontrados na homepage da CPRM(www.cprm.gov.br). Os projetos foram pro-cessados separadamente e depois integra-dos, utilizando-se o software OASIS Montaj®,da Geosoft®. A malha utilizada na integra-ção dos dados é de 1.000 metros. A inclina-ção da fonte luminosa é de 45o e o azimute éde 45o.

Mapa de Anomalias Gravimétricas Bouguer

O Mapa de Anomalias GravimétricasBouguer cobrindo o Estado de Mato Grossofoi gerado a partir de 3516 pontos de dados

gravimétricos terrestres que compõem osacervos de dados do Instituto Brasileiro deGeografia e Estastística – IBGE, da AgênciaNacional do Petróleo – ANP e do ServiçoGeológico do Brasil - CPRM . A malha utiliza-da na integração dados é de aproximada-mente 1.000 metros. A inclinação da fonteluminosa é de 45o e o azimute é de 45o. Uti-lizou-se o software OASIS Montaj®, da em-presa Geosoft®. O arquivo em formato Geo-tiff foi exportado usando o mesmo software.

Modelo Digital de Terreno – Um re-levo sombreado de Modelo Digital de Terre-no (MNT) com fonte de iluminação artificial a35° de elevação e 315° de azimute está inse-rido no SIG. A imagem final foi submetida àampliação linear de contraste com saturaçãode 2 % nos extremos do histograma. A reso-lução é de 90 m. Processamento digital reali-zado no software ENVI@ .

Fonte dos dados do Modelo Digital deTerreno: Shuttle Radar Topography Mission(SRTM) (Dados de domínio público disponí-veis em: U. S. Geological Survey, EROS DataCenter, Sioux Falls, SD). Cessão do Mosaicodo Modelo Digital de Terreno da América doSul (produzido a partir dos dados SRTM cor-rigidos e projetados para o Datum SAD-69)pelo Prof. Dr. Carlos Roberto de Souza Filho(IG-UNICAMP).

Imagens de Satélite Landsat - Um mosai-co de imagens com resolução de 100 me-tros do satélite Landsat, dos sensores TM eETM+, no formato Geotiff, com coberturatotal do Estado, está incluído no CD-ROM.

Integração Geologia x Modelo Digital doTerreno SRTM – Uma imagem integrada domapa geológico com o modelo digital do ter-reno também está disponível no CD-ROM. Aintegração foi realizada no software ENVI,através do métodod HSV, gerando uma ima-gem colorida com resolução de 90 metros,em formato JPG.

Base de Dados Geoquímicos - Os dadosque constituem o presente agrupamento fo-ram coligidos a partir das Bases de DadosGeoquímicos - GEOQ e do GEOBANK, am-bos do Serviço Geológico do Brasil, que dis-põe de algumas centenas de milhares deamostras, analisadas para quase todo o es-pectro de elementos da tabela periódica,pelos métodos mais modernos à época da

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 22: Rel Mato Grosso

22

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

coleta. Selecionaram-se então as amostraspertinentes ao Estado do Mato Grosso.

Obteve-se assim um conjunto de 3772amostras, representantes das quatro classesmais comuns de padrões de amostragem,ou seja, sedimento de corrente, concentra-do de minerais pesados, solo e rocha.

Adicionalmente e devido ao seu graude importância estratégica, foram incorpora-dos os dados analíticos de sedimento de cor-rente (1167 amostras) oriundos do Projeto AltaFloresta. Relativamente recente, este elencode amostras foi submetido a métodos analíti-cos mais evoluídos, conhecidos pela sigla ICP(Inductively Coupled Plasma), constituindo,nesse trabalho, um grupo distinto.

Sedimentos de Corrente - Pelas razões aci-ma explicitadas, para essa classe de amos-tras, resultaram dois blocos de dados, sen-do o primeiro originário do GEOBANK, cons-tituído de 1688 amostras analisadas para Ag,B, Ba, Be, Ca, Co, Cr, Cu, Fe, La, Mg, Mn,Mo, Nb, Ni, Pb, Sc, Sn, Sr, Ti, V, W, Y, Zr, porEspectrografia Ótica de Emissão; Ag, Au, Co,Cr, Cu, Ni, Pb e Zn por Espectrofotometriade Absorção Atômica e, Flúor por Eletrodode Íon Específico. O segundo, representan-do os sedimentos de corrente do projeto AltaFloresta, perfaz 1167 amostras, que foramanalisadas para Au, Cu, Pb, Zn, Ni, Co, As,Fe, Mn, Ba, Cr, V, La, Al, Mg, Ca, K, Sr, Y, Ga,Li, Nb, Sc e Ti Por ICP.

Concentrados de Minerais Pesados - Cor-responde a 1111 amostras analisadas parapara Ag, As, B, Ba, Be, Bi, Ca, Co, Cr, Cu,Fe, La, Mg, Mn, Mo, Nb, Ni, Pb, Sc, Sn, Sr, Ti,V, W, Y, Zr, por Espectrografia Ótica de Emis-são; Ag, Au, Co, Cr, Cu, Ni, Pb e Zn por Es-pectrofotometria de Absorção Atômica e, Flúorpor Eletrodo de Íon Específico.

Solos – Foram analisadas 837 amostras paraAg, As, B, Ba, Be, Bi, Ca, Co, Cr, Cu, Fe, La,Mg, Mn, Mo, Nb, Ni, Pb, Sc, Sn, Sr, Ti, V, W, Y,Zr, por Espectrografia Ótica de Emissão; Ag, Au,Co, Cr, Cu, Ni, Pb e Zn por Espectrofotometriade Absorção Atômica e, F por Eletrodo de ÍonEspecífico, além das informações relacionadasa essa classe, assim como, tipo e horizonte dosolo, situação topográfica da amostra, pluviosi-dade da época da coleta e vegetação local.

Base de Dados Paleontológicos - As infor-

mações paleontológicas reúnem dados re-ferentes à taxonomia dos fósseis (macro emicrofósseis) em nível específico, genérico esupragenérico. As localidades onde ocorremos fósseis são indicadas por coordenadasgeográficas, decimais e UTM (UniversalTransversa de Mercator) e municípios, junta-mente com o modo de ocorrência.

As informações cronoestratigráficassão citadas segundo os dados obtidos nasfontes de origem das descrições dos fósseis,sendo mantida a unidade litoestratigráficamencionada pelo autor.Base de Dados Geocronológicos - Nesteestudo, elaborou-se uma base de dados ge-ocronológicos com cerca de 205 dataçõesdivididas entre os métodos U-Pb convencio-nal (113), U-Pb SHRIMP (19), idades modeloSm-Nd (1), Pb-Pb por evaporação (11), Rb-Sr (32), K-Ar (19) e Ar-Ar (10), obtidas direta-mente na bibliografia disponível acrescidasde três datações U-Pb efetuadas durante arealização deste trabalho.

Base de Dados de Kimberlitos - As infor-mações sobre as locações de corpos kim-berlíticos do Estado de Mato Grosso (83) fo-ram extraídas das Cartas Geológicas do Bra-sil ao Milionésimo, elaboradas pela CPRM(2004). Esses dados foram cedidos pelasempresas De Beers do Brasil Ltda, Rio TintoEmpreendimentos Minerais Ltda.-RTDM, Mi-neração Santa Elina e Diagem do Brasil Mi-neração Ltda..

Nota Explicativa - Este texto constitui umproduto de auxílio ao usuário, que além deimpresso pode também ser obtido em meiodigital.

O capítulo Geologia do Estado deMato Grosso apresenta de forma resumida,as descrições factuais das associações lito-lógicas e as características das unidades ge-ológicas cartografadas.

O relatório dedica uma parte substan-cial aos recursos minerais e à descrição dosprincipais controles geológicos dos depósitosminerais e seus aspectos econômicos.

Atenção especial é dedicada à econo-mia mineral, efetuando-se um diagnóstico dosetor, revelando sua importância na economiado Estado.

Os dados geocronológicos e a listageme dos jazimentos minerais são apresentadosem tabelas, como apêndice no final do texto,

Page 23: Rel Mato Grosso

23

para eventual consulta dos usuários.Os mapas, geológico e de recursos

minerais, além de impressos, também estãodisponíveis em forma digital, permitindo suadistribuição através de CD-ROM.

1.3 – PRINCIPAIS FONTES DE INFORMAÇÃO

A CPRM é detentora de vasta docu-mentação básica sobre a geologia e os re-cursos minerais do Estado de Mato Grosso,resultante da execução de projetos de ma-peamento geológico sistemático desenvolvi-do na região.

Este acervo é constituído principal-mente de mapeamentos geológicos realiza-dos nas décadas de 70 e 80, representadospelos projetos: Província Serrana e Coxipó(escala 1:50.000), PLGB-Pontes e Lacerda,São Manoel (escala 1:100.000); Alto Guapo-ré, Minissauá-Missu, Apiacás-Caiabis, SerraAzul, Serra do Roncador e Coxipó-Fase II(escala 1:250.000), Centro-Oeste de MatoGrosso, escala 1:500.000.

A partir de 1982, a CPRM retoma asatividades no Estado com a realização doProjeto Mapas Metalogenéticos e de Previsãode Recursos Minerais, escala 1:250.000 (Fo-lhas: Cuiabá, Rosário Oeste, Mato Grosso,Barra do Garças, Vila Guarita, Araguaçu, SãoMiguel do Araguaia, Iporá e Barra do Bugres),e de projetos específicos de pesquisa de pla-tinóides: Informe de Recursos Minerais, Sé-rie Metais do Grupo da Platina e Associados(Áreas Morro do Leme e Morro Sem Boné;Rio Madeirinha; Tabuleta; Figueira Branca eIndiavai) e do Programa Nacional de Pros-pecção de Ouro-PNPO, áreas (MT-01-Peixo-to de Azevedo/Vila Guarita, MT-02-Alta Flo-resta, MT-03-Serra de São Vicente, MT-04-Jauru/Barra do Bugres, MT-05-Cuiabá-Poco-né, MT-06-Ilha 24 de Maio, MT-07-Araes/NovaXavantina, MT-08-São João da Barra.

E, dentro da filosofia de apoio aos

municípios da Amazônia, foi desenvolvido noperíodo de 1988 a 2002, o Programa de In-formações para Gestão Territorial, cobrindoas áreas dos municípios de Peixoto de Aze-vedo, Rondonópolis e Jucimeira e de Pros-pecção de água subterrânea em Vila Rica.

Recentemente, no período de 1998 a2002, ocorreu a retomada do programa deMapeamento Geológico Básico no Estado,através do Projeto Promin-Alta Floresta, coma realização da cartografia de quatro folhas1:250.000 (Rio São João da Barra, Alta Flo-resta, Ilha 24 de Maio e Vila Guarita) que cul-minou com a definição do modelo metalo-genético das mineralizações auríferas queocorreram no norte de Mato Grosso.

Contribuições importantes para a ge-ologia do Estado de Mato Grosso foram oslevantamentos geológicos de semidetalhe,realizados pela PETROBRÁS, visando o re-conhecimento do potencial petrolífero daregião Centro-Oeste (Oliveira, 1964, 1965);Vieira, 1965a; Gonçalves & Scheider, (1968);Gonçalves, 1970.

Além, destas informações, nos últi-mos quinze anos constatou-se um grandeavanço no conhecimento geológico da re-gião, tendo sido gerado um expressivo acervode novos dados e informações geológicas mul-tidisciplinares no território mato-grossense, ma-terializado em diversos relatórios, artigos téc-nicos, teses de doutorado, dissertações demestrado e trabalhos de graduação (UFMT,UnB, USP, UFRJ, UFRGS, UNESP-Rio Cla-ro), mapas geológicos realizados peloDNPM, METAMAT e empresas de mineraçãoque atuam no Estado, os quais foram reuni-dos e reavaliados durante este trabalho, oque vem ressaltar a grande diversidade deambientes geológicos e a potencialidade me-talogenética do Estado de Mato Grosso.

As principais fontes de informações car-tográficas estão indicadas nas figuras 1 a 8.

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 24: Rel Mato Grosso

24

Page 25: Rel Mato Grosso

25

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 26: Rel Mato Grosso

26

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 27: Rel Mato Grosso

27

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 28: Rel Mato Grosso

28

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 29: Rel Mato Grosso

29

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 30: Rel Mato Grosso

30

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 31: Rel Mato Grosso

31

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 32: Rel Mato Grosso

32

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 33: Rel Mato Grosso

33

2.COMPARTIMENTAÇÃOGEOTECTÔNICA

A compartimentação e caracterizaçãodos principais domínios e/ou províncias ge-otectônicas do Estado de Mato Grosso temdois objetivos. O primeiro é o de reconstitui-ção da evolução geológica no tempo e noespaço dos ambientes tectônicos, paleoge-ográficos além dos processos envolvidos naformação da crosta continental. O segundoobjetivo é avaliar a utilidade dessa divisão dedomínios/províncias com relação às concen-trações minerais ou como os processos meta-logenéticos se relacionam com a evoluçãodesses segmentos crustais. Isso contribuipara a formulação de modelos genéticos degeração de depósitos minerais, auxiliando nadefinição/delimitação de distritos e provínci-as metálicas e não-metálicas, tema relevantepara o êxito da prospecção e pesquisa mi-neral.

O sucesso desse trabalho dependedo grau de detalhamento das cartografiasgeológica e geofísica e da qualidade dos da-dos de campo e de laboratório (dados petro-gráficos, geoquímicos, isotópicos/geocrono-lógicos, de inclusões flúidas dos minérios, etc.).Assim, a proposta de divisão dos comparti-mentos tectônicos é um exercício interpreta-tivo em busca da verdade geológica que emlinhas gerais ela está embasada em dadosconcretos.

Dentro dos limites geográficos do Es-tado de Mato Grosso, são identificadas trêsgrandes províncias geotectônicas: 1) as Ba-cias Sedimentares do Fanerozóico, mais jo-vens que 540 Ma.; 2) a Província Tocantins,estruturada no Ciclo Orogênico Brasiliano,entre 960 e 540 Ma.; e 3) o Cráton Amazo-

nas, uma província geotectônica estabiliza-da em tempos pré-Brasilianos (Figura 1).

2.1 - CRÁTON AMAZONAS(IMD / JVL / CCO)

O Cráton Amazonas ocupa duas ex-tensas áreas, uma a norte e outra a sudoestedo estado de Mato Grosso, com a Bacia Se-dimentar dos Parecís interpondo-se entreessas duas áreas pré-cambrianas. Os limites,a leste, sul e sudeste do cráton são definidospela Faixa Paraguai da Província Tocantins.

Nas ultimas décadas, o conhecimentogeológico dos terrenos pré-cambrianos do Crá-ton Amazonas tem evoluído muito, principal-mente a partir de um substancial acervo de no-vos dados de geocronologia isotópica obtidospelas universidades (USP, UFPA e UFMT) emtrabalhos de teses de doutorado, e pelaCPRM em trabalhos de cartografia geológi-ca. No âmbito do estado de Mato Grosso, oCráton Amazonas tem sido subdivido em trêsprovíncias tectônicas ou geocronológicasque se distribuem de nordeste para sudoes-te, em ordem cronológica da mais antigapara a mais jovem, denominadas: AmazôniaCentral (2.600-1.700Ma.), Rondônia-Jurue-na (1.850-1.720Ma.) e Sunsás (1450-900Ma.).Os intervalos de idade estão segundo San-tos et al. (2000). (Figura 02)

2.1.1 - PROVÍNCIA AMAZÔNIA CENTRAL(IMD / CRV / CCO / JVL)

A Província Amazônia Central temsido considerada como uma província arque-

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 34: Rel Mato Grosso

34

ana-paleoproterozóica (>2.300Ma.), em to-dos os modelos de evolução do Cráton Ama-zonas propostos pelos pesquisadores da USP(Cordani & Tassinari, 1979; Cordani e Brito Ne-ves,1982; Teixeira et al., 1989; Tassinari, 1996;Tassinari et al.,1996), desde o trabalho pioneirode Amaral (1974). Porém, somente a partir dotrabalho de Santos et al.(2000), com a indivi-dualização da Província Carajás e seu des-membramento da Província Amazônia Cen-tral, foram definidas, com maior precisão, asassinaturas petrológicas, geocronológicas eestruturais dessas duas províncias. A Provín-cia Carajás é constituida por terreno granito-greenstone, arqueano (>2.500Ma.), com es-truturação geral WNW-ESE em regime dúc-til e a Província Amazônia Central é caracte-rizada por terreno plutono-vulcânico anoro-gênico, evoluído no Paleoproterozóico, comestruturação geral NNW-SSE em regime rú-ptil, e que trunca a estruturação mais antigada Província Carajás.

O embasamento da Província Amazô-nia Central vem sendo denominado de Com-plexo Xingu, porém ainda é muito desconhe-cido (Santos et al., 2000). O que caracteriza,de fato, a província, é a associação de ro-chas plutônicas e vulcânicas félsicas e rochaspiroclásticas, epiclásticas e siliciclásticas, intra-continentais e eventos esporádicos de mag-matismo toleiítico (sills e diques).

Na parte sul da Província AmazôniaCentral, região entre os rios Iriri e Xingu, ocor-rem ortognaisses tipo TTG ou uma associa-ção de tonalito, trondhjemito e metabasaltocom estruturação segundo WNW a E-W, pa-ralela à direção geral da Província Carajás.Amostra do Tonalito Uruará estudada pelométodo U-Pb SHRIMP, revelou idade de cris-talização de 2.503 ± 10 Ma., e uma popula-ção herdada com 2.581 ± 6 Ma. (Santos etal., 2000).

A Província Amazônia Central se es-tende até a porção nordeste do estado deMato Grosso, na região do rio Xingu. Aí sãocartografados ortognaisses e migmatitos doseu embasamento (Complexo Xingu) associ-ados a rochas supracrustais (metabasaltos,cherts e formações ferríferas). Essas rochasestão deformadas em regime dúctil, com me-tamorfismo de fácies xisto verde a anfibolito,estruturadas com trend dominante NW-SE,mas com variações para E-W. A datação deum gnaisse dessa região revelou a idade U-Pb de 2,4 Ga. (Pinho, 2004), sugerindo que

o embasamento desse domínio é do iníciodo Paleoproterozóico. Nesta província aindaocorrem rochas vulcânicas e vulcanoclásti-cas atribuídas ao Grupo Iriri e as suítes in-trusivas Vila Rica (granito, granodiorito e to-nalito) e Rio Dourado (monzogranito e sie-nogranito) que interceptam as rochas doComplexo Xingu e do Grupo Iriri.

2.1.2 - PROVÍNCIA RONDÔNIA–JURUENA(IMD / GJR / JVL / MLESQ)

A Província Rondônia–Juruena com-preende um segmento crustal do CrátonAmazonas que se formou no intervalo de 1,85– 1,72 Ga. Ela se dispõe segundo o trend re-gional WNW-ESE ou E-W e é constituída porterrenos granitóides e vulcanossedimentaresque evoluiram em um sistema de arcos mag-máticos (Scandollara et al.,1995; Rizzotto etal.,1995; Santos et al., 2000). A parte setentri-onal dessa província ou domínio Roosevelt-Juruena (Santos et al., 2000) estende-se anorte-noroeste do Estado de Mato Grosso efoi subdividido em dois domínios: Juruena(1,85 a 1,72 Ga.), e Roosevelt-Aripuanã (1,76-1,74 Ga.). Outro segmento da província ocu-pa o sudoeste do estado e tem sido denomi-nado de Domínio Jauru (1,79 – 1,72 Ga.).

Domínio Juruena(JVL / IMD)

O domínio Juruena é constituído porrochas plutônicas e vulcânicas félsicas de fi-liação calcialcalina de alto-K, interpretadascomo uma sucessão de arcos magmáticos(Santos et al., 2000).

No Estado de Mato Grosso, esse do-mínio foi subdividido em dois segmentoscrustais (Lacerda Filho et al, 2001; Frasca et.al, 2003; Souza et al. 2004): a norte, um ter-reno plutono-vulcânico, deformado em re-gime rúptil a rúptil-dúctil (suítes Juruena, Pa-ranaíta, Colíder , Alcalina Rio Cristalino eGranito Nhandu), com idade de cristalizaçãono intervalo de 1850-1750Ma. (Souza et al.,2004); e a sul, um terreno granito-gnáissico,de médio a alto grau metamórfico, deforma-do em regime dúctil (Complexo Nova MonteVerde, Suíte Intrusiva Vitória e granitos SãoPedro, São Romão e Apiacás), com idadede cristalização entre 1780-1750 Ma. Estesterrenos foram denominados de Arco Mag-mático Juruena (Lacerda Filho et al., 2000),

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 35: Rel Mato Grosso

35

mas Santos (2003), op. cit., Bizzi et al., 2003,interpreta-os como relacionados a dois arcosmagmáticos distintos. Esta segunda interpre-tação se baseia nas diferenças de idades degrau de deformação entre esses dois seg-mentos crustais e estabelece as condiçõespara explicar o cavalgamento do segmentonorte por sobre o segmento sul, num pro-cesso de underthrusting.

Segundo Souza et al. (2004) o ArcoMagmático Juruena foi desenvolvido em di-ferentes regimes deformacionais progressivose em duas modelagens tectônicas: a primeirarelacionada a subducção/colisão oblíqua dealta temperatura e a segunda relacionada atranscorrências.

O Arco Magmático Juruena inclui, ain-da, diversos fragmentos do embasamentoque correspondem às unidades mais antigas(complexos Bacaerí-Mogno e Cuiú-Cuiú),que preservam o registro de estruturas dúc-teis reliquiares de direção NE-SW. A imbrica-ção crustal dessas unidades no domínio doarco magmático decorre do fechamento deuma bacia oceânica e provável colisão comuma crosta continental mais antiga referidacomo Arco Magmático Cuiú-Cuiú (Vasquezet al., 2002). Santos et al. (2000) advogamque uma sucessão de arcos magmáticos fo-ram formados no Domínio Juruena, a partirda subducção de crosta oceânica sob acrosta pretérita Tapajós-Parima, que inclui oarco magmático Cuiú-Cuiú. Esta proposta ésuportada por idades-modelo Sm-Nd de1,94 a 2,28Ga. e valores de ånd(t) de –1,37 a +0,55, indicativos de retrabalhamento crustalde rochas da Província Tapajós-Parima.

Souza et al. (2004) complementamque o metamorfismo de alto grau do segmen-to sul do arco, anatexia, espessamento crus-tal sin-colisional e delaminação crustal, foramfenômenos responsáveis pela gênese degrande parte dos granitos calcioalcalinospós-colisionais do Arco Juruena.

Associado a este domínio ocorre umaserie de depósitos auríferos que compõem aProvíncia Aurífera Alta Floresta.

Domínio Jauru

O domínio Jauru corresponde a um ter-reno tectono-estratigráfico, localizado no ex-tremo sudeste do Cráton Amazonas. Sua evo-lução ocorreu no Paleoproterozóico entre

1.795 e 1.724 Ma., enquanto os terrenos vizi-nhos se formaram no Mesoproterozóico, apartir de 1.500 Ma. O terreno está envolvidonas orogêneses do Ciclo Orogenético Sun-sás, na extremidade sul, pelo Cráton Ama-zonas.

O Terreno Jauru é caracterizado por umaassociação de rochas plutônicas do tipo TTGe rochas metavulcanossedimentares.

A associação plutônica é constituídapor ortognaisses, migmatito e intrusões to-nalíticas, granito e monzogranito sin a tardi-cinemáticos, além de granitos não deforma-dos mais jóvens e sills máficos que fazemparte dos complexos Alto Guaporé e Serrado Baú com idades U-Pb distribuídas no in-tervalo de 1,79 a 1,75Ga.

A associação metavulcanossedimen-tar é representada pelos litótipos do GrupoAlto Jauru estruturados segundo um trendNW-SE e consistem de metabasaltos toleiíti-cos, com níveis de rochas vulcânicas félsi-cas a intermediárias, formações ferríferasbandadas e chert, afetados por intrusões deperidotitos e gabros. Essa associação é in-terpretada, por alguns autores, como umaseqüência tipo greenstone belt. As rochasvulcânicas máficas foram caracterizados geo-quimicamente como basaltos de cadeiameso-oceânica, algumas com tendência abasaltos de arco, enquanto que os tonalitossão derivados de arco (Pinho et al., 1997).Os ortognaisses e migmatitos que ocorremcomo núcleos em estrutura tipo domo, nosflancos e interior das seqüências vulcanos-sedimentares são tidos como resultantes dadeformação e metamorfismo das porçõesmais profundas desses cinturões vulcanos-sedimentares.

O Terreno Jauru está seccionado porvários corpos intrusivos de composição to-nalítica a granítica. Esses corpos possuemidades U-Pb que variam de 1.567 a 1.536 Ma.,com TDM de 1,88 a 1,77Ga., sugerindo que osmagmas foram derivados provavelmente dasrochas do embasamento do Terreno Jauru.Os dados geoquímicos são indicativos demagmas calcialcalinos derivados de arcomagmático e esse alinhamento de corposgraníticos tem sido relacionados ao desen-volvimento de um orógeno (Orógeno Cacho-eirinha ) de idade pré-Sunsás (Tassinari et al.,2000).

Relacionado a este domínio são en-contrados importantes mineralizações de

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 36: Rel Mato Grosso

36

sulfetos nos municípios de Cabaçal e Ara-putanga que constituem o distrito polimetáli-co da faixa Cabaçal.

Domínio Roosevelt- Aripuanã(GJR e MLESQ)

O Domínio Roosevelt-Aripuanã ou sim-plesmente Domínio Roosevelt, é caracterizadopor seqüências metavulcanossedimentares(grupos Roosevelt e São Marcelo–Cabeça),contendo rochas metavulcânicas ácidas a in-termediárias intercaladas com rochas metas-sedimentares, clásticas e químicas, deforma-das e metamorfisadas em baixo grau, comidade U-Pb em torno de 1,74Ga. (Rizzoto, etal., 1995; Lacerda Filho et al., 2000; Santos etal., 2000). Essas sequências são afetadas porintrusões de granitos peraluminosos (SuíteNova Canaã, idade U-Pb de 1.743 ± 4 Ma. egranito tipo Zé do Torno ) e por corpos cir-cunscritos de granitos tardi a pós-orogêni-cos (Aripuanã, Rio Vermelho e Tatuí). As se-qüências metavulcanossedimentares se for-maram em bacias intra-arco, em evento ge-odinâmico pós Arco Juruena, com base nasseguintes evidências: os metaconglomera-dos do Grupo São Marcelo-Cabeça contémclastos derivados de rochas do arco; as se-quências estão intimamente associada àsantigas zonas de cisalhamento transcorren-tes e são, em geral, 20 Ma. mais jovens queseu embasamento. A idade do metamorfis-mo é de 1.652 ± 42Ma., determinada emsobrecrescimento de zircões de rochas doComplexo Nova Monte Verde (U-Pb SHRIMP,Pimentel, comunicação escrita, 2002).

Neste domínio são encontrados impor-tantes depósitos de sulfeto com destaquepara o depósito polimetálico de Aripuanã Zn,Pb, Cu e Ag.

Inliers do Embasamento(JVL)

Na região norte do estado de MatoGrosso verificam-se vestígios do embasa-mento representados por rochas dos com-plexos Cuiú-Cuiú e Bacaerí-Mogno e das suí-tes intrusivas Matupá e Flor da Serra, intrudi-dos e envolvidos pelas suítes plutono-vulcâni-cas, mais jovens, formadoras do Arco Magmá-tico Juruena. Desses remanescentes do em-basamento, os mais expressivos em área cons-tituem os inliers denominados Bacaerí-Mogno

e Matupá.

Inlier Bacareí-Mogno (2.200 Ma.)(JVL)

O Complexo Bacaerí-Mogno (uma as-sociação de rochas supracrustais e metaplu-tônicas metamorfisadas em alto grau) repre-senta fatias do embasamento preservadasentre as rochas do Arco Magmático Juruena.Os anfibolitos do complexo mostram padrõesde terras raras semelhantes aos tholeiitos tipoMORB e têm sido interpretados como rema-nescente de uma crosta oceânica (Frasca etal., 2003; Souza et al., 2004). A idade isocrô-nica Sm-Nd dos anfibolitos, ca. 2,24 Ga, e

Nd(T) de +2,5 (Pimentel, 2001), representa aidade mais antiga da região, e o valor positi-vo do e Nd(T) de +2,5 é indicativo de umafonte juvenil para o seu protólito.

As rochas do complexo foram envol-vidas na deformação do Arco Magmático Ju-ruena. A orientação geral das rochas obe-decem o padrão regional segundo as dire-ções E-W e ESE-WNW, com mergulhos demédio a alto ângulo para N-NNE, configu-rando uma estrutura de underthrust com ver-gência para SSW e transporte tectônico deSW para NE (Souza et al., 2004).

Inlier Matupá (1.894-1.870 Ma.)(JVL / LCM)

Localizado na extremidade leste doDomínio Juruena, o Inlier Matupá tem formasubcircular a elíptica, com eixo maior orien-tado segundo o trend regional E-W. Está en-volvido por rochas plutônicos e vulcânicas,mais jovens, do Arco Magmático Juruena.Constitui um fragmento remanescente doArco Magmático Cuiú-Cuiú, sobretudo dosseus granitos tardi a pós-colisionais, defini-dos na região do Tapajós (Vasques et al.,2002). Essa correlação é suportada por da-dos isotópicos, apresentando idades-mode-lo Sm-Nd Tdm em torno de 2,3Ga. e idade decristalização U-Pb entre 1,9Ga. e 1,87Ga.

No Inlier Matupá predominam rochasgranitóides pouco deformadas da Suíte In-trusiva Matupá (idade Pb-Pb de 1.872 Ma.),seguidas por rochas básicas da Suíte Intru-siva Flor da Serra e, subordinadamente, porgnaisses e migmatitos remanescentes doComplexo Cuiú-Cuiú (1.992 Ma., U-Pb).

A Suíte Intrusiva Matupá (Moreton e Mar-

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 37: Rel Mato Grosso

37

tins, 2004) forma um batólito constituído por di-versos litofácies granitóides, enquantos os litóti-pos básicos a intermediários da Suíte IntrusivaFlor da Serra têm sua distribuição em forma dearco, próximo ao núcleo dessa estrutura.

O arranjo das unidades lito-tectônicasinternas e externas ao Inlier de Matupá, sugereque essa estrutura representa um antigo cen-tro félsico, dômico, que se manteve ativo mes-mo durante as manifestações magmáticas re-lacionadas à formação do Arco Juruena.

Neste terreno são encontrados importan-tes depósitos auríferos que constituem o distritoaurífero Peixoto de Azevedo / Matupá.

2.1.3 - PROVÍNCIA SUNSÁS (1,45-0,90 Ga.)(GJR, MLESQ, ASR)

A Província Sunsás é a unidade cro-no-tectônica mais jovem do extremo sudo-este do Cráton Amazonas. Ela se formou nointervalo de 1.500 a 900 Ma., durante o CicloOrogênico Sunsás, cronologicamente corre-lato ao Ciclo Orogênico Greenville na Lau-rencia e Báltica (Santos, 2003, in Bizzi etal.,2003). É composta pelos terrenos/domí-nios: Santa Helena, Faixa Colorado e Bacia/Faixa Aguapeí.

Na evolução tectônica da provínciaSunsás estão inseridos os episódios tectono-magmáticos e de sedimentação concomitan-tes que se encontram amplamente distribuídosno sudoeste de Mato Grosso, prosseguimen-to para Rondônia (Faixa Colorado e magma-tismo Alto Candeias) e parte oriental da Bolívia.

Domínio Santa Helena – DSH(JVL, GJR, MLESQ)

Compreende uma ampla faixa de ro-chas de composição, principalmente, graní-tica, posicionadas segundo a direção NW-SE na região sudoeste do estado, que ante-riormente eram tidas como pertencentes aoembasamento proterozóico (Saes et al.,1984). A evolução dos conhecimentos nestaregião através de estudos geocronológicose litoquímicos propiciaram a Tassinari etal.(2000) propor a designação de OrógenoSanta Helena. O batólito granítico Santa He-lena, que dá nome a este orógeno/domínio,é oriundo de um magmatismo granítico mul-tifásico de idade entre 1,45 a 1,38Ga. Os da-dos isotópicos desses granitos indicam va-lores de ÎNd(t) que variaram de +2,60 a +4,00

e TDM de 1,52 a 1,63Ga., sugerindo que omagma foi derivado de uma fonte juvenil.

Neste trabalho o Domínio Santa He-lena é semelhante ao proposto por Tassinariet al. (op cit.) tendo limite a oeste com a Ba-cia/Faixa Aguapeí (1.100-900 Ma.) e BaciaGuaporé (Cenozóica) e a leste com o Domí-nio Jauru (1.795-1.724 Ma.) e Bacia dos Pa-recis (Fanerozóica); a norte limita-se com aFaixa Colorado (1.370-1.300 Ma.) e ao sul éencoberto por sedimentos cenozóicos daBacia do Pantanal.

Este domínio/orógeno engloba as seguin-tes unidades: Complexo MetavulcanosedimentarRio Galera: composto por anfibolito, quartzomicaxisto com intercalções de gnaisse mon-zogranítico a granodiorítico; Suíte IntrusivaSanta Cruz (1.587 Ma.): monzogranito folia-do; Complexo Metamórfico rio Novo (1.552Ma.): ortognaisse tonalítico a granodiorítico;Suíte Intrusiva Córrego Dourado: metagabroe serpentinito; Complexo Metavulcanossedi-mentar Rio Alegre (1.503-1.517 Ma.): meta-basalto, metadacito, metariolito, piroclástica,metachert e formação ferrífera bandada; Gru-po Pontes e Lacerda: anfibolito, magnetitaquartzito, micaxisto, grafita filito e sericita fili-to; Complexo Granulítico Santa Bárbara(1.494 Ma.): granulitos enderbítico e noríticoe ortoanfibolito; Suíte Intrusiva Água Clara(1.485 Ma.): granito e granodiorito; Suíte In-trusiva Pindaítuba (1.436-1.462 Ma.): monzo-granito, sienogranito e granodiorito; Suíte In-trusiva Santa Helena (1.422-1.456 Ma.): sie-nogranito e monzogranito com tonalito e gra-nodiorito subordinados; Suíte Intrusiva RioBranco (1.423-1.542 Ma.): rochas básicas(olivina gabro, gabro, quartzo gabro) e ro-chas ácidas(quartzo sienito, riodacito, granó-firo e quartzo monzonito).

Estas rochas foram afetadas pela oro-gênese mais precoce do ciclo Sunsás, emtorno de 1.450 Ma, em regime dúctil-rúptil eexibem uma foliação planar dada por mine-rais quartzo-feldspáticos alongados e mine-rais micáceos com direção NW e mergulhospreferenciais para NE, variando de 30 a 60°.

Estudos litoquímicos (Geraldes, 2000)indicam que estas rochas variam de quartzomonzogabro a tonalito até granodiorito e gra-nito. Os resultados químicos indicam ambi-ência de arco vulcânico granítico para as ro-chas mais primitivas de composição interme-diária enquanto os granitos plotam nas vizi-nhanças do limite entre granitos de arco e

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 38: Rel Mato Grosso

38

granitos intra-placa.As rochas máficas relacionadas ao

Complexo Metavulcanossedimentar Rio Ale-gre e Grupo Pontes e Lacerda possuem umtrend toleiítico a calcialcalino próprio de re-tro-arco (Matos & Schorscher, 1997) ou dearco-de-ilha imaturo (Menezes et al., 1993).A existência de rochas relacionadas a fundooceânico (metabasalto), metamorfisadas nafácies xisto verde, podem ser interpretadascomo uma sutura colisional.

Domínio/Faixa Colorado(GJR)

A Faixa Colorado estende-se desde aparte sub-ocidental de Mato Grosso até a por-ção sudeste de Rondônia, oculta em grandeparte pelas coberturas sedimentares das ba-cias dos Parecis e Guaporé, distribuindo-senuma zona estreita e alongada marcada porfortes anomalias magnéticas. É representa-da principalmente pela Suíte MetamórficaColorado (Rizzotto et al., 2002) composta poruma associação de rochas polideformadasem condições metamórficas da fácies anfi-bolito superior constituídas por metamonzo-granitos porfiríticos associados a anfibolitoscom intercalações de rochas metassedimen-tares clásticas e químicas (sillimanita xistos eformações ferríferas). Ocorrem ainda, musco-vita-granada leucogranitos e máficas/ultramá-ficas intrusivas. A feição mais característicadessa associação é a presença de migmati-tos afetados por zonas de cisalhamento dealto ângulo, marcadas por uma foliação mi-lonítica sigmoidal e boudins de anfibolito. Asidades desta suíte mostram uma evoluçãotemporal entre 1,37 a 1,30Ga., sugerindo queessa associação de rochas represente a se-gunda fase orogênica do ciclo Sunsás, emtorno de 1.300 Ma., cronocorrelata ao desen-volvimento da Orogenia Candeias de San-tos et al. (2002), como mostram as idadessemelhantes, encontradas em rochas intru-sivas no embasamento policíclico da porçãocentral de Rondônia, as quais são compatí-veis com modelos tectônicos para a evolu-ção mesoproterozóica do SW do CrátonAmazonas.

Bacia /Faixa Aguapei(JVL / GJR / ASR)

A Faixa Aguapeí situa-se na porção

sudoeste do Cráton Amazonas e está asso-ciada à evolução tectono-termal mesoprote-rozóica de natureza ensiálica. Forma um cin-turão NW-SE de aproximadamente 600 kmpor até 50 km de largura, representado prin-cipalmente por rochas metassedimentaresdo Grupo Aguapeí (1,28 – 0,95 Ga.).

O Grupo Aguapeí (Souza e Hildred,1980) depositado como seqüência transgres-siva-regressiva em aulacógeno (Saes, 1999)foi deformado e metamorfisado na fácies xistoverde durante a Orogenia Sunsás-Aguapeí(1,1–0,9 Ga.) é constituído, da base para otopo, pelas formações Fortuna, Vale da Pro-missão e Morro Cristalino.

Essa unidade cobre parcialmente as ro-chas do embasamento plutono-vulcânico dosTerrenos Rio Alegre e Pontes e Lacerda, Com-plexo Granulítico-Anfibolítico Santa Bárbara eo Complexo Granito-Gnaisse Serra do Baú.

As rochas dessa faixa acham-se es-truturadas em camadas suborizontais for-mando às vezes amplas dobras abertas, trun-cadas por falhas transcorrentes ou reversasquando assumem mergulhos mais acentua-dos até vertical. Seu depocentro linear coin-cide com a provável zona de sutura anterior-mente estabelecida no Terreno Rio Alegre.

O evento tectono-termal Aguapeí (0.98-0.92 Ga.), o mais tardio do ciclo Sunsás, foi res-ponsável pela geração do arcabouço tectôni-co, no qual encontram-se coberturas sedimen-tares horizontalizadas tanto a oeste como a lestedo front Aguapeí. O padrão estrutural é domi-nado por transcorrências de cinemática dex-tral na porção sul, enquanto que na parte nor-te do cinturão predomina a tectônica tangen-cial de baixo ângulo; como resultado, tem-sedobras apertadas ou abertas em geral com ei-xos mergulhando para NW com constantesdeslizamentos flexurais, rompimentos de flan-cos subverticais e foliação milonítica subverti-calizada de direção N20° - 40°W onde predo-minou condições de metamorfismo da fáci-es xisto-verde. Nesta faixa, quatro domíniosestruturais foram denominados: Domínio tec-tônico transcorrente; Domínio tectônico con-tracional de baixo ângulo, Domínio dos do-bramentos simétricos e Domínio das ruptu-ras e basculamentos (Fernandes et al., 2003ae Fernandes et al., 2004).

Associado a estes terrenos, ocorremimportantes mineralizações auríferas de ori-gem hidrotermal, condicionadas por um for-te controle estrutural.

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 39: Rel Mato Grosso

39

A efetiva cratonização do sudoeste doCráton Amazonas foi alcançada em torno de970 a 920 Ma., a partir do alojamento dos gra-nitos estaníferos de Rondônia e de monzo-granitos tardi a póscinemáticos que afetaramas rochas supra e infracrustais, na parte su-doeste de Mato Grosso (Ruiz et al., 2004).Segundo estes autores, esses granitóides to-nianos (Guapé, São Domingos, Sararé, Gua-poré e outros corpos relacionados) represen-tam corpos epizonais, peraluminosos, gera-dos por fusão parcial da crosta continentalem ambiente de descompressão pós-colisi-onal ao final do Ciclo Orogênico Sunsás

2.1.4 - BACIAS SEDIMENTARES PROTEROZÓICAS(JVL e LCM)

As bacias proterozóicas da região nortede Mato Grosso são formadas pelos gruposBeneficente e Caiabis, com idades máximas parao início de sedimentação dessas bacias respec-tivamente de 1,7 e 1,3 Ga., obtidas por Leite eSaes (2002) através do método Pb-Pb em zir-cões detríticos provenientes de seus conglome-rados basais.

Estas bacias foram desenvolvidas atra-vés de reativação tectônica de feições estrutu-rais antigas geradas em domínios rúptil-dúctil arúptil de direção E-W e NNW-ESE. Estas des-continuidades são caracterizadas por um siste-ma de falhas transcorrentes com movimentopreferencial sinistral que atuaram de modo con-jugado e sincronizado, gerando áreas transtra-cionais tipo pull-apart ou strike slip basin que evo-luíram progressivamente para bacias tipo rom-boédricas (Souza et al., 2004). Contudo, Leite eSaes (2002) interpretam a sucessão estratigráfi-ca dessas bacias como relacionada a um am-biente de rifte continental.

Bacia Gorotire-BAG(JVL)

Caracteriza-se por uma seqüência derochas metassedimentares paleoproterozói-cas, predominantemente psamíticas identifi-cados originalmente nas margens do RioFresco-PA (Barbosa et al., 1966) e constitui-da de arenitos, arcóseos, grauvacas e siltitoscom intercalações subordinadas de níveisconglomeráticos, assentadas discordante-mente sobre as rochas do Complexo Xingu

e das Vulcânicas Iriri. São encontradas emuma pequena porção no extremo norte deMato Grosso. As litologias imaturas (arcóse-os e grauvacas), a tabularidade da Forma-ção Gorotire (Hasui et al., 1984) e a sua pou-ca espessura da ordem de 200 metros (Pas-tana e Silva Neto, 1980) sugerem a sua de-posição em uma bacia intracratônica comsoterramento rápido. A presença de ummosaico de falhamentos na área da bacia su-gere tectônica de blocos.

Bacia Beneficente- BAB(LCM e JVL)

Esta bacia aflora a norte do Estadode Mato Grosso e sua principal área de ex-posição está no interflúvio dos rios Juruena.eTeles Pires. Suas rochas, de acordo comSouza et al. (2004) consistem em conglome-rados, arenitos, siltitos, argilitos e calcários.A datação de zircões detríticos dos conglo-merados basais pelo método Pb-Pb (Leite eSaes, 2002) indicou uma idade máxima de1.700 Ma. para o início da sedimentação.

Os eixos dos dobramentos da baciaacompanham a direção regional WNW-ESEcom variações para NNW-SSE, sugerindoeventos deformacionais superpostos. Ocorremtambém estruturas dômicas a exemplo daque-la situada na confluência dos Igarapés São Flo-renço e do Bração com o rio Juruena.

A sucessão estratigráfica compreen-de quatro unidades (Souza et al., 2004) nu-meradas informalmente da base para o topode 1, 2, 3 e 4, onde a sedimentação inicia-secom conglomerados polimíticos (com clas-tos de rochas vulcânicas, arenitos impuros,siltitos e argilitos) tendo ainda arenitos argi-losos, líticos e argilitos (Unidade 1). A Unida-de 2 é constituída por argilitos laminados ten-do arenitos finos, arenitos manganesíferos ecalcários margosos, na forma de lentes oufinas intercalações. A Unidade 3 é formadade camadas de arenito com raras intercala-ções de siltitos e argilitos e distribui-se emestreitas faixas paralelas às unidades anteri-ores, formando cristas positivas como as ob-servadas na Serra do Apiacás; a unidade 4 écomposta por arenitos claros com intercala-ções de argilitos e siltitos avermelhados.

Bacia Dardanelos – BAD

(LCM / JVL)

Trata-se de uma bacia mesoprotero-

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 40: Rel Mato Grosso

40

zóica de forma alongada, constituindo umsinclinório com direção geral aproximadaWNW-ESE e com áreas isoladas a oeste dorio Tapajós, representadas pelas rochas sedi-mentares do Grupo Caiabis (Formação Dar-danelos e máficas da Formação Arinos). Aidade máxima de sedimentação dessa baciaé de 1,3 Ga., obtida pelo método Pb-Pb emzircões detríticos (Leite e Saes, 2002).

Suas bordas são marcadas por zonasde cisalhamento transcorrente e subordinada-mente por contatos erosivos.

Os sedimentos da Formação Dardane-los foram reunidos em quatro unidades (Sou-za et al., 2004) discriminadas como segue: Uni-dade 1, inicia-se geralmente por conglomera-dos polimíticos (sustentado por clastos) comclastos de vulcânicas, arenitos, argilitos e quart-zo; encimados por camadas de arenito grossoa médio, com níveis de argilito; Unidade 2 for-mada por uma seqüência de siltitos e argilitosavermelhados com níveis de arenitos finos decor clara; aflorando na forma de estreita faixaorientada NW-SE paralela ao rio Apiacás; Uni-dade 3, composta predominantemente porarenitos arcoseanos e arenitos de granulaçãofina a média, às vezes intercalam-se níveis deconglomerados intraformacionais com seixos,semelhantes aos da Unidade 1 e, finalmenteno topo tem-se a Unidade 4, representada poruma seqüência de arenitos argilosos e areni-tos arcoseanos com intercalações de faixasconglomeráticas ocorrendo sob a forma de“ilhas” sobre a unidade anterior.

Na Serra do Caiabís ocorrem interca-ladas nos segmentos da Formação Darda-nelos, sill de rochas máficas da FormaçãoArinos, representados por basaltos amigda-loidais, diabásios, olivina-noritos e gabros. Osdados geoquímicos atestam um caráter al-calino com tendência a sub-salcalino para asrochas máficas da Formação Arinos. Data-ções radiométricos (K-Ar) indicam duas ida-des uma de 1.225 Ma. E outra de 1.416 Ma.

2.2 - PROVÍNCIA TOCANTINS

2.2.1 - FAIXA BRASÍLIA

Domínio do Arco Magmático de Goiás(JVL)

Esta entidade tectônica, definida noestado de Goiás (Pimentel et al., 1996), se ex-põe de forma muito restrita, na porção su-

deste de Mato Grosso, na maior parte enco-berta pelos sedimentos quaternários da Ba-cia do Bananal.

Trata-se de um segmento crustal ne-oproterozóico formado durante a orogêne-se mais precoce do ciclo Brasiliano, entre 900e 800 Ma. Estas rochas apresentam assinatu-ras geoquímicas e isotópicas similares às asso-ciações de arcos magmáticos intraoceânicos,constituindo um segmento de crosta conti-nental juvenil na região central do Brasil (Pi-mentel et al., 1991; Fuck, 1994)

Alguns corpos de granitos tardi a pós-tectônicos (590-480 Ma.) sucede a justaposi-ção de diferentes segmentos destes terre-nos de arco, geralmente controlados porzonas de cisalhamentos transcorrentes re-gionais (Fuck, 1994).

2.2.2 - FAIXA ALTO PARAGUAI(JVL e LCM)

A Faixa Alto Paraguai é uma entidadetectônica Neoproterozóica edificada na bor-da sul do Cráton Amazonas. É caracterizadapor uma seqüência de rochas metassedi-mentares (grupos Cuiabá, Alto Paraguai e for-mações Puga, Bauxi e Urucum) e rochas me-tavulcanossedimentares da Unidade Nova Xa-vantina. Estas rochas foram deformadas en-tre 550-500 Ma. e foram afetadas por mag-matismo granítico pós-orogênico (Suíte SãoVicente) de idade 504 ± 5 Ma.(Pinho, 2004).

A Faixa Alto Paraguai exibe-se na for-ma de arco com concavidade para SE, ori-entando na direção NE-SW no seu ramonorte e N-S no seu segmento sul, com ex-tensão de 1.500 km e largura média de 300km. Estende-se desde a região de Nova Xa-vantina, passando pelas regiões de Cuiabáe Província Serrana no Mato Grosso e se-guindo até Bonito e Corumbá, no Mato Gros-so do Sul. Outro ramo de direção NW-SEocorre desde Corumbá ao interior da Bolí-via, onde recebe a denominação de Cintu-rão Tucavaca e é interpretado como um au-lacógeno (Alvarenga et al., 2000). (Figura 03)

Em trabalhos anteriores esta faixa foisubdividida em zona intena (Grupo Cuiabá)metamorfisada e dobrada e tida como maisantiga e zona externa que engloba as forma-ções Bauxi, Puga, Araras, Raizama e Diaman-tino (Almeida, 1974, Figueiredo e Olivatti,1974; Ribeiro Filho e Figueiredo, 1974; Ribei-ro Filho et al., 1975; Luz et al., 1980; Schob-

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 41: Rel Mato Grosso

41

benhaus Filho e Oliva, 1979; Barros et al.,1982 e Alvarenga, 1984).

Neste trabalho a Faixa Alto Paraguai éapresentada como uma entidade geotectô-nica neoproterozóica dividida em dois prin-cipais domínios: Margem Passiva (FAPmp)e Bacia de Ante-País (FAPba), com o primei-ro domínio envolvendo remanescentes deCrosta Oceânica (FAPco).

Esta faixa é caracterizada pela presen-ça de importantes depósitos de rochas car-bonáticas principalmente no domínio daBacia da Ante-Pais e de mineralizações aurí-feras relacionadas na margem passiva e re-manescente de Crosta Oceânica.

Remanescente de Crosta Oceânica (FAPco)

É o terreno que registra o estágio inici-al rifte de abertura da bacia, evidenciado pelapresença de rochas vulcânicas máficas daUnidade Metavulcanossedimentar NovaXavantina e por litótipos componentes doGrupo Cuiabá na região sudeste de MatoGrosso, marcando o inicio ou tentativa deuma abertura oceânica.

Margem Passiva - (FAPmp)

Este domínio é marcado por uma se-dimentação que se inicia por sedimentos quí-micos e camadas de filitos carbonosos, in-dicando ambientes redutores e profundos,possivelmente em posição de talude e distalà margem da plataforma, correspondente aoGrupo Cuiabá.

Nas áreas proximais da plataforma a se-dimentação inicia-se sob um ambiente gla-cial, desenvolvida durante a glaciação Varan-giana (~610-590 Ma.; Alvarenga e Trompet-te, 1992) com equivalentes laterais na zonade talude retrabalhados por fluxos de gravi-dade a leste da plataforma com a deposiçãode turbiditos distais e pelitos bacinais, repre-sentados pela porção superior dos sedimen-tos do Grupo Cuiabá

A esta seqüência segue-se a deposi-ção transgressiva de uma unidade carboná-tica, representando o final da influência gla-cial, com desenvolvimento de uma platafor-ma carbonática formada pelas camadas decalcários e dolomitos da Formação Araras,Grupo Cuiabá (Fácies da Guia) e do GrupoCorumbá no Mato Grosso do Sul com mi-crofósseis de idade Vendiana superior (650-

590 Ma.; Alvarenga et al., 2000), associadosa importantes concentrações de fosfatos (mi-crofosforitos e brechas intraformacionais)nas formações Bocaina e Tamengo no MatoGrosso do Sul (Boggiani,1997).

Bacia de Ante-Pais (FAPba)Com o fechamento oceânico e a con-

seqüente formação de uma cadeia de mon-tanhas dobradas, transformada em área fon-te de sedimentos, inicia-se a deposição deuma seqüência de rochas siliciclásticas. Es-tas pertencem ao Grupo Alto Paraguai, de-positadas em ambiente de bacia de antepa-ís que afogaram a plataforma carbonática.É constituída predominantemente por are-nitos com estratificação cruzada e arcósiosfinos a grosseiros da Formação Raizama ten-do folhelhos vermelhos, siltitos e arcósios daFormação Diamantino, no topo. Sua idadeRb-Sr de 568 ± 20 Ma., é interpretada comoa idade da diagênese (Bonhomme etal.,1982),

Zonas Estruturais da Faixa Alto ParaguaiA estruturação da Faixa Alto Paraguai

segundo Alvarenga e Trompette (1992) é oproduto da atuação progressiva de esforçoscom um incremento da intensidade do strainda zona externa para a zona interna, ondeobservam-se registros desta progressividadeestampados na foliação, dobramentos, cliva-gens, etc. culminando com rochas do fáciesxisto verde na zona interna. A deformaçãomais tardia está associada a dobras amplasde expressão regional.

Esta faixa exibe uma zonação sedimen-tar, tectônica e metamórfica, caracterizadapela seguinte compartimentação (Alvarengaet al., 2000): 1 - Zona cratônica, com estratoshorizontais; 2 - Zona pericratônica, com do-bras holomórficas de grande amplitude e ex-tensão; e 3 - Zona bacinal profunda, meta-mórfica, com dobras e empurrões com ver-gência para oeste (Almeida, 1945, 1964, 1974;Alvarenga & Trompete, 1992, 1993; Boggia-ni, 1990, 1997; Alvarenga et al., 2000; Darde-ne & Schobbenhaus, 2001). Estas três zo-nas foram referidas por Alvarenga (1984) eAlvarenga & Trompette (1993) como: cober-tura sedimentar de plataforma; zona externanão dobrada, com pouco ou sem metamor-fismo; e zona interna metamórfica com in-trusões graníticas, respectivamente.

As rochas do Grupo Cuiabá ocupama zona interna e exibem uma estruturação

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 42: Rel Mato Grosso

42

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

marcada pelo desenvolvimento de um siste-ma de empurrões e dobras inversas e isocli-nais de direção NE-SW a ENE-WSW, complanos axiais exibindo mergulhos suavespara SE e também dobras assimétricas a iso-clinais com nítida vergência para as áreasinternas da faixa dobrada, em sentido opos-to ao cráton (Almeida, 1964, 1984; Luz et al.,1980; Alvarenga, 1990, 2000; Silva, 1990).Este último autor propõe um modelo evolu-tivo baseado em empurrões e retroempur-rões para explicar esta dupla vergência.

As rochas do Grupo Alto Paraguaiocupam a zona externa e encontram-se es-truturadas por uma sucessão de falhas deempurrão e amplas dobras em anticlinal esinclinal, predominantemente assimétricas,com eixos na direção NE-SW a ENE-WSWcom caimento para NE e subordinadamen-te para SW e planos axiais subverticais mer-gulhando para SE, com nítida vergência emdireção ao Cráton Amazônico.

2.3 - BACIAS SEDIMENTARES FANEROZÓICAS (AJP)

Grande parte do Estado de MatoGrosso é ocupada por bacias sedimentaresfanerozóicas, assim distribuídas: na divisanorte do Estado, aflora um pequeno setorda Bacia do Alto Tapajós (BAT); continuan-do no sentido horário, nas divisas nordestee leste está a Bacia do Bananal (BBN), nadivisa sudeste a Bacia do Paraná (BPA), nasul a Bacia do Pantanal (BPT), na sudoeste aBacia do Guaporé (BGP) e na ocidental, aBacia dos Parecis (BPR). Esta última se es-tende para leste em direção ao centro doEstado, ocupando-o quase completamente.Recobrindo esta bacia ocorre na parte nor-deste do Estado, está a Bacia Alto Xingu(BAX).

No Estado de Mato Grosso as baci-as sedimentares compreendem tanto as si-néclises paleozóicas de Milani & ThomazFilho (2000), como bacias meso- e ceno-zóicas, em alguns casos, superpostasàquelas sinéclises. Sua evolução consisteem uma combinação e sucessão de diver-sos processos de formação de bacias que,de acordo com Klein (1995), incluem:1) extensão continental com a formação de

sistemas de riftes;2) abortamento do processo, de modo que

os riftes não prosseguem com as etapasque levam à formação de oceanos;

3) subsidência termal sobre grande área; e,4) ajuste isostático posterior.

Bacias com tais características sãoclassificadas como intracratônicas e, comoem geral elas estão superpostas a riftes, sãodo tipo rift-sag. Elas têm contorno oval ouarredondado e forma de pires em seção; suasedimentação é continental ou marinha. Noâmbito do Estado de Mato Grosso, as baciasdos Parecis e Alto Xingu são bons exemplosde bacias com essas características.

2.3.1 - BACIAS PALEO MESOZÓICAS(AJP)

Bacia do Paraná

Na Bacia do Paraná foram determina-dos quatro ciclos de subsidência, correspon-dentes a superseqüências: Rio Ivaí, Paraná,Gondwana I e Gondwana II (Milani, 1997); afase rifte acha-se ligada à Superseqüência RioIvaí (Teixeira, 2001), a fase sinéclise às superse-qüências Paraná e Gondwana I; a abertura doOceano Atlântico corresponde à Superse-qüência Gondwana III. A supersequência Gon-dwana II é de ocorrência restrita ao Estado doRio Grande do Sul.

A Superseqüência Rio Ivaí (Ordovicia-na-Siluriana) é um ciclo transgressivo, com-preendendo as formações Alto Garças,constituída por arenitos depositados emambiente fluvial, transicional e costeiro; Iapó,composta por diamictitos de origem glacialconformando um limite de seqüência de ter-ceira ordem interno a esta superseqüência,e Formação Vila Maria, constituída por folhe-lhos, hospedando a superfície de inundaçãomáxima (Milani, 1997).

A superseqüência que se segue, Para-ná (Devoniana) constitui um ciclo transgres-sivo-regressivo e é composta pela FormaçãoFurnas depositada em ambiente fluvial e tran-sicional (arenitos e conglomerados, comabundantes icnofósseis) e pela FormaçãoPonta Grossa, constituída principalmente fo-lhelhos e dividida em três membros, dosquais o mais inferior, marinho, correspondeà superfície de inundação máxima do Devo-niano.

A superseqüência subseqüente, Gondwa-na I, Carbonífera-Eotriássica, compreende asdiversas formações componentes dos Grupos

Page 43: Rel Mato Grosso

43

Itararé, Guatá e Passa Dois. De acordo com ainterpretação de Milani (1997), esta superse-qüência compreende uma parte basal trans-gressiva, correspondente aos Grupos Itararé(Formações Lagoa Azul, Campo Mourão, Ta-ciba e Aquidauana) constituído por depósi-tos sedimentares de origem glácio-marinha,e Guatá, formado pelas rochas de deposi-ção em ambiente deltáico, marinho e litorâ-neo da Formação Rio Bonito e marinhos daFormação Palermo com a superfície de inun-dação máxima na sua parte intermediária. Aparte superior, regressiva, está registrada nasrochas marinhas e transicionais do GrupoPassa Dois (Formações Irati, Serra Alta, Te-resina, Corumbataí e Rio do Rastro), regis-trando ao seu final o início da instalação declima desértico na bacia.

A Superseqüência Gondwana III, corres-pondente à abertura do Oceano Atlântico,compreende a Formação Botucatu compos-ta por arenitos eólicos depositados em am-biente desértico e os derrames de basalto daFormação Serra Geral.

Bacia dos Parecis(CS / AJP)

A Bacia dos Parecis, alongada na di-reção leste-oeste (1.250km x 400km), estálocalizada na região centro-norte do Estadode Mato Grosso e no sudeste de Rondônia,no setor sudoeste do Cráton Amazônico,entre os cinturões de cisalhamento Rondô-nia e Guaporé. Teve sua evolução bastanteinfluenciada pelo desenvolvimento polifásicoda região Andina, provavelmente desde oPaleozóico.

Entre 1987 e 1996, a Petrobras efe-tuou diversos trabalhos visando a avaliaçãoda potencialidade petrolífera dessa bacia.Foram efetuados levantamentos magneto-métricos, gravimétricos e sísmicos. O levan-tamento sísmico confirmou sob a Chapadados Parecís a existência de uma bacia comalguns milhares de metros de sedimentos.Dois poços estratigráficos foram perfuradosna sul da bacia: o poço 2-FI-1-MT/FazendaItamarati e o poço 2-SM-1-MT/Salto Magessi.Levantamentos geofísicos adicionais, tantoaéreos, quanto terrestres, facilitaram a elabo-ração do arcabouço tectônico dessa bacia(Siqueira et al., 1998).

Os dados geológicos e geofísicosapontam para uma bacia intracratônica, pro-

funda, de subsidência prolongada, marcanteinfluência marinha no Paleozóico e dotada deprospectividade para hidrocarbonetos, realça-da por indícios de gás detectados em subsu-perfície e superfície. Também importante, é acoluna sedimentar subjacente do Proterozói-co de forte influência marinha, contendoigualmente indícios de gás detectados emsubsuperfície. O preenchimento fanerozóico,com dominância do Paleozóico e secunda-do pelo Mesozóico/Cenozóico, atinge a casados 5.500 metros no principal depocentro,na parte central da Chapada dos Parecís.Predominam sedimentos siliciclásticos portoda coluna, porém no Paleozóico ocorremalguns carbonatos e um pouco de evapori-tos, conferindo o caráter marinho a lacustrea suas seqüências. No Mesozóico e no Ce-nozóico os sedimentos são continentais dostipos fluvial e eólico. Adicionalmente, derra-mes de basalto e diques de diabásio da basedo Jurássico e kimberlitos e rochas afins doJuro-cretáceo completam o quadro estrati-gráfico da bacia (Siqueira et al., 1998).

O início do registro sedimentar situa-seno paleozóico demonstrado pela presença defósseis como acritarcas (Sysphaeridium sp.;Cruz, 1980), restos de plantas silicificadas (Psa-ronius), trilobitas, e braquiópodes de idade de-voniana. A bacia está dividida, de oeste paraleste, em três compartimentos geológicos oudomínios tectono-sedimentares separados res-pectivamente pelos arcos de Vilhena e da SerraFormosa (Siqueira & Teixeira, 1993; Siqueira etal. 1998). Esses compartimentos geológicosformam, de oeste para leste, as sub-bacias deRondônia, de Juruena e do Alto Xingu. A sub-bacia de Rondônia ocorre no Sudeste desseestado e as sub-bacias de Juruena e Alto Xin-gu, no estado de Mato Grosso.

A sub-bacia de Rondônia exibe doisgrábens de direção geral E-W, aflorantes porcerca de 220 km, Pimenta Bueno e Colora-do, separados entre si pelo Alto Estrutural doRio Branco.

A estrutura profunda da bacia (Braga& Siqueira, 1996) mostra que os grábens dePimenta Bueno e do Colorado se estendempor baixo dela em direção a sudeste, alcan-çando o estado de Mato Grosso. Assim, es-ses dois grábens se prolongam para leste emsub-superfície, de forma aproximadamenteparalela, sob a Chapada dos Parecís e paradentro dos domínios do Espanador do Xin-gu, sempre separados pelo Alto Estrutural

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 44: Rel Mato Grosso

44

do Rio Branco. A norte destes, encontram-se as plataformas de Brasnorte e Manissauá,enquanto respectivamente ao sul e sudesteestão as plataformas de Itamarati e Canara-na.

As duas perfurações estratigráficasexecutadas pela Petrobras na sub-bacia deJuruena, confirmaram a existência de expres-sivo pacote sedimentar horizontal na porçãomediana da bacia. O furo estratigráfico 2-SM-1-MT (5.779m) perfurado nas proximidadesda exsudação de gás de Salto Magessi, naextensão oriental do Gráben do Colorado,detectou três níveis de arenito gaseífero, emprofundidades entre cerca de 2.800 a 5.000m(Siqueira et al., 1998).

Aparentemente, a gravimetria refleteestruturas geradas no Proterozóico, enquan-to a magnetometria revela feições estruturaisdo Fanerozóico, estas possivelmente relacio-nadas à evolução dos Andes paleozóicos e àreativação Wealdeniana ou Sul-Atlantiana. Omapa gravimétrico mostra alternância deanomalias regionais positivas e negativas,alongadas, projetando-se para NW a partirda faixa orogênica Paraguai-Araguaia queaflora ao sul da Bacia dos Parecis. São ano-malias representantes de feições estruturaisque ocorrem paralelas ao Gráben dos Caia-bis preenchido pela Formação Dardanelos,do Proterozóico (idade <1383Ma U-Pb). Pro-vavelmente, parte dessas anomalias é con-temporânea do rifteamento precursor da re-ferida faixa dobrada.

As três sub-bacias, anteriormente de-finidas com base em feições morfológicas eestruturais-estratigráficas e separadas pelosarcos de Vilhena e Serra Formosa, continu-am evidenciadas por feições tanto magnéti-cas, quanto gravimétricas. Além disso, a mag-netometria sugere um maior acúmulo de se-dimentos na região da Chapada dos Pare-cis, do que nas regiões Sudeste de Rondô-nia e Espanador do Xingu, ou seja, uma di-ferenciação da subsidência com realce so-bre a individualização das três sub-bacias(Siqueira et al. 1998).

No Paleozóico inferior, o Cráton Ama-zônico, no Estado de Mato Grosso foi afeta-do por um evento extensional, quando se im-plantou um sistema de riftes intracontinen-tais, aproveitando zonas de fraqueza anteri-ores (Pedreira & Bahia, 2000). Em uma sinécli-se desenvolvida sobre este sistema de riftes,depositaram-se, do Devoniano ao Cretáceo,

as Formações Furnas, Ponta Grossa, Jauru(substitui a Formação Cacoal de Siqueira,1989), Pimenta Bueno, Fazenda da CasaBranca, Rio Ávila (substitui a Formação Bo-tucatu de Siqueira, 1989) e o Grupo Parecis(Formações Salto das Nuvens e Utiariti).

Essas unidades litoestratigráficas for-mam seqüências deposicionais separadaspor discordâncias regionais, indicando a atu-ação de eventos tectônicos responsáveis porvariações de suas fácies e espessuras den-tro da bacia (Siqueira & Teixeira, 1993). Asformações foram agrupadas em cinco super-seqüências por Teixeira (2001): Siluro-devo-niana (que não aflora no Estado de MatoGrosso), Devoniana, Carbonífero-permiana-triássica, Juro-cretácea e Cretácea, que pos-suem uma espessura total de aproximada-mente 5.800m (Braga & Siqueira, 1996). Hoje,sabe-se, com base em datações geocrono-lógicas, que a Superseqüência Juro-cretá-cea deve ser considerada de idade Jurássicaou talvez Triássico-jurássica, esta ultima, nahipótese de a deposição da Formação Rio Ávi-la já ter-se iniciado no Triássico superior. Poroutro lado, seqüências mais antigas, tentati-vamente atribuídas ao Neo-proterozóico-Eo-paleozóico, ocupam depressões do tipo rifte,e, nas seções sísmicas, podem ser bem visu-alizadas em nítida discordância erosiva sobamplas seqüências sub-horizontais da tiposinéclise do Neo-paleozóico e Mesozóico (Si-queira et al. 1998).

As formações Furnas e Ponta Gros-sa, componentes da Superseqüência Devo-niana, consistem respectivamente de areni-to com seixos, e folhelho (Costa et al., 1975;Ribeiro Filho et al., 1975); o seu ambiente de-posicional determinado na Bacia do Paraná,indica que essas rochas foram depositadasem ambientes transicional e marinho, respec-tivamente. A Superseqüência Carbonífero-permiana-triássica compreende os conglome-rados, arcóseos e folhelhos das formaçõesPimenta Bueno e Fazenda da Casa Branca(Montes et al., 1974; Costa et al., 1975; RibeiroFilho et al., 1975), que são interpretados comoglaciais na primeira (Bahia & Pedreira, 1996),e periglaciais na segunda (Caput, 1984).

Durante o Mesozóico (Juro-cretá-ceo), o Cráton Amazônico foi afetado poroutro evento extensional, relacionado à se-paração entre a América do Sul e a África,quando depressões foram preenchidas porrochas sedimentares e vulcânicas. Na parte

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 45: Rel Mato Grosso

45

matogrossense da Bacia dos Parecis, esteevento corresponde aos derrames basálticosda Formação Tapirapuã (ou Formação Ana-ri, em Rondônia). Na Formação Tapirapuã, aidade determinada por Marzoli et al. (1999) éde aproximadamente 198Ma, pelo métodoPb-Pb (Sinemuriano; Jurássico Inferior). Es-ses derrames cobriram os arenitos da For-mação Rio Ávila, interpretada como de ori-gem eólica e ambos formam a Superseqüên-cia Jurássica (ou Triássico-jurássica). Ante-riormente à datação da Formação Tapirapuã,a Formação Rio Ávila era correlacionada coma Formação Botucatu do Jurássico superi-or-Cretáceo inferior da Bacia do Paraná, combase em semelhança de ambiente de sedi-mentação (Ribeiro Filho et al., 1975).

A Superseqüência Cretácea se restrin-ge ao Grupo Parecis, do Cretáceo médio asuperior, composta por conglomerados e are-nitos, depositada em ambientes fluvial e eóli-co (Montes et al., 1974; Costa et al., 1975; Ri-beiro Filho et al., 1975). A idade deste grupo ébalizada pela ocorrência de fósseis de répteiscrocodilianos: mesosuchidae (nelosuchidae) eque, conforme Silva et al (2003) seriam de há-bito terrestre, de ocorrência em unidades cre-táceas do Brasil e da América do Sul.

Corpos kimberlíticos e rochas afins,datados entre o Jurássico inferior e o Cretá-ceo superior, ocorrem nas regiões noroestee sudeste da bacia.

A Bacia dos Parecis está coberta discor-dantemente por areias, siltes e argilas de ida-de cenozóica, depositados sobre uma cros-ta laterítica desmantelada.

Bacia Alto Tapajós

No extremo norte do Estado de MatoGrosso aflora um pequeno setor desta ba-cia, cuja sedimentação alcança 1.700 metrosde espessura (Santiago et al., 1980). A idadefanerozóica da bacia é atestada pela presen-ça de icnofósseis (Paleophycus sp.) na sua for-mação basal (Riker & Oliveira, 2001) e de es-poromorfos devonianos. Adicionalmente, Tei-xeira (2001) se refere à idade devoniana defolhelhos pretos situados mais acima na colu-na estratigráfica da bacia (Formação São Be-nedito), conforme determinado peloCENPES/Petrobras (L. Teixeira, comunicaçãoescrita, 2001). Este mesmo autor, com baseem dados aerogravimétricos e aeromagneto-métricos, sugere para a bacia uma evolução

iniciada com um sistema rifte interior/depres-são interior (IF/IS) rifeano/vendiano (Neopro-terozóico), sucedido por outro sistema seme-lhante no Paleozóico.

A bacia está em não-conformidade so-bre rochas vulcânicas do Grupo Iriri, metas-sedimentos do Grupo Beneficente, e rochasda Suíte Magmática Sucunduri (Riker & Oli-veira, 2001), entre outras. A megaseqüênciapaleozóica, formada pelas superseqüênciasSiluro-devoniana e Carbonífero-permiano-tri-ássica, que foi mapeada no flanco norte dabacia e ao longo do rio Sucunduri, compre-ende as Formações Borrachudo, Capoeiras,São Benedito, Ipixuna, São Manoel, Nava-lha e o Diabásio Cururu. Destas, afloram noEstado de Mato Grosso compostas por fo-lhelhos devonianos de ambiente fluvial e are-nitos litorâneos carbo-permianos formaçõesCapoeiras, Igarapé Ipixuna, São Manoel eNavalha capeadas por formações peleozói-cas diferenciadas

2.3.2 - BACIAS CENOZÓICAS(AJP)

Bacia do Alto Xingu

Sobre o domínio mais oriental da Baciados Parecis está a Bacia do Alto Xingu. Ossedimentos cenozóicos pertencentes a elaconsistem em conglomerado, areia e silte,denominados de Formação Ranuro.

Bacia do Pantanal

A Bacia do Pantanal, que é uma das mai-ores bacias intracratônicas cenozóicas doBrasil, possui cerca de 600 metros de espes-sura de sedimentos. A área-fonte dos sedi-mentos está a leste da bacia: trata-se de pla-naltos resultantes da erosão regressiva dasrochas paleozóicas da Bacia do Paraná. ABacia do Pantanal é uma vasta planície aluvi-al constituída por depósitos de leques aluvi-ais de talude e lateritos ferruginosos, forma-dos por sedimentos de natureza arenosa esíltico-argilosa com pouco cascalho (Almei-da, 1964). Ela é caracterizada por inúmeroscanais abandonados e pequenas lagoas (Ra-belo & Soares, 1999) que definiram a Forma-ção Pantanal.

Bacia do Bananal

A Bacia do Bananal é constituída por

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 46: Rel Mato Grosso

46

um pacote de sedimentos da Formação Ara-guaia depositados nas margens do Rio Ara-guaia. A formação é representada por umasucessão de camadas que se inicia por umconglomerado basal seguido por siltes e arei-as mal estratificadas parcialmente lateritiza-das, com espessuras entre 170 a 320 metros,estimadas a partir de dados sísmicos (Araújo &Carneiro, 1977). Estes sedimentos foram de-positados em ambientes extensionais proveni-entes de reativações neotectônicas de falhastranscorrentes de direções NE-SW e N-S.

Bacia do Guaporé

No sudoeste do Estado de Mato Gros-so, região da fronteira com a Bolívia, os sedi-

mentos cenozóicos estão representados pordepósitos continentais denominados Baciado Guaporé (Bahia & Pedreira, 2001), distri-buídos ao longo do rio Guaporé, prolongan-do-se para noroeste no sistema Mamoré-AltoMadeira. Esses depósitos, de acordo comScandolara et al. (2001) são constituídos porcascalhos, areias e argilas.

Ocasionalmente podem formar terraçose ter níveis de turfa intercalados. Além dosdepósitos fluviais, existem depósitos panta-nosos, constituídos por material argilo-are-noso rico em matéria orgânica e lacustres,formados por sedimentos arenosos finos etambém argila.

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 47: Rel Mato Grosso

47

Figura 2.1 - Domínios Tectônicos Estratigráficos do Estado de Mato Grosso

Geologia e R

ecursos Minerais do E

stado de Mato G

rosso

Page 48: Rel Mato Grosso

48

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 49: Rel Mato Grosso

49

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 50: Rel Mato Grosso

50

Page 51: Rel Mato Grosso

51

A3PP2xi - Complexo Xingu(ALF / FECP)

O Complexo Xingu (Silva et al.,1974)reune as rochas mais antigas que ocorremna bacia do rio Xingu, incluindo gnaisses,migmatitos, granulitos, anfibolitos, dioritos egranodioritos. Caracteriza-se por uma mor-fologia peneplanizada que se estende até oAlto Xingu, na porção nordeste do Estadode Mato Grosso.

Nos mapas aerogeofísicos mostra fra-ca assinatura magnética e valores cintilomé-tricos entre 750 a 1000cps. Apresenta mar-cante alinhamento estrutural WNW-ESE noextremo norte, junto à confluência dos riosIriri e Xingu, porém, no âmbito da ProvínciaAmazônia Central (Santos et al., 2000) domi-na o trend NW-SE. O Complexo Xingu, emsua ampla área conjectural de exposição, éintrudido por rochas das suítes graníticasParauri, Maloquinha e Rio Dourado, e atuacomo embasamento para as rochas vulcâ-nicas do Grupo Iriri e rochas sedimentaresda Formação Gorotire.

No Estado de Mato Grosso, na sua por-ção nordeste, é representado por ortognaissescinza e migmatitos de composição granítica, gra-nodiorítica e tonalítica. A essas rochas associam-se restos de seqüência metavulcanossedimen-tar (anfibolito, honrblendito, quartzito ferrugino-so, chert e raros BIF’s ) como observado a suldo povoado de Vianópolis, fazenda Firmeza, pró-

3.DESCRIÇÃO DAS UNIDADESLITOESTRATIGRÁFICAS

ximo à BR-158.Os ortognaisses (com enclaves de anfi-

bolito ou diorito) e migmatitos exibem colora-ção desde cinza-claro a cinza-escuro, granu-lação média a grossa, onde se alternam ban-das milimétricas a centimétricas de composi-ção quartzo-feldspática, com bandas enrique-cidas de minerais máficos (biotita, hornblendae opacos). A foliação principal destas rochasapresenta atitude média de N40W/60SW. Exi-bem feições migmatíticas típicas de anatexia epresença marcante de veios de quartzo centi-métricos a milimétricos que cortam o banda-mento gnáissico.

Os gnaisses apresentam textura granoa lepidoblástica, sendo constituídos por quart-zo, feldspato potássico, plagioclásios sericitiza-dos, muscovita, biotita, hornblenda, magneti-ta, epidoto e titanita.

Os anfibolitos ocorrem sob forma demega blocos em terrenos de baixo relevo emostram cores cinza-escuro a preto. Em se-ção delgada, a textura é nematoblástica,marcada por níveis de hornblenda verde, in-tercalada com plagioclásio. Biotita e epidotoocorrem como acessórios.

A seqüência metavulcanossedimen-tar aflora nas proximidades da cidade de Ve-ranópolis, em morrotes suaves e colinasamplas alongadas na direção E-W. Consti-tui-se predominantemente por metabasaltose, em menor proporção, chert e formaçãoferrífera. Os metabasaltos contêm clorita,

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 52: Rel Mato Grosso

52

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

hornblenda e plagioclásio e epidoto como oprincipal mineral acessório. Apresentam foli-ação com atitude E-W/30S e metamorfismode fácies xisto verde a anfibolito.

Como intrusões máfico-ultramáficasno Complexo Xingu observam-se corpos dehornblendito, hornblenda gabro e olivinagabro. Os hornblenditos localizados nas pro-ximidades da fazenda Cana Brava ocorremcomo blocos arredondados e lajeados emostram feições primárias de acamamentomagmático em afloramento.

Quartzitos ferruginosos ocorrem naregião a leste de Vila Rica, registrado por umaanomalia aeromagnética. Apresentam-se empacotes maciços com espessuras decimétricase, por vezes, com laminação planoparalela. Agranulação é média e são comuns porçõesenriquecidas em feldspato e óxidos de ferro.

Neste complexo são encontradasduas gerações de granitos Intrusivos: os dotipo d1, da Suíte Intrusiva Vila Rica, represen-tados por biotita granitos, granodioritos e to-nalitos; e uma segunda geração de granitos,denominada d2, representada por biotita gra-nitos porfiríticos e monzosienogranitos daSuíte Intrusiva Rio Dourado.

Apesar das rochas deste complexoexibirem um comportamento geofísico comfraca resposta magnética, verifica-se, na al-tura do paralelo 10°, uma expressiva anoma-lia magnética alongada EW, próxima da es-trada de Vila Rica para Santa Terezinha. Re-presenta possivelmente restos da seqüênciametavulcanossedimentar.

As idades mais antigas do ComplexoXingu foram registradas em gnaisses com 2.971± 29Ma. na região de Carajás. Idades U-Pb de2.856 ± 3Ma. e 2.519 ± 5Ma. foram obtidas porMachado et al. (1991) para anfibolitos. Na re-gião de Uruará (PA) obteve-se idade U-PbSHRIMP de 2.581 ± 6Ma. em gnaisse tonalíti-co.

Idades preliminares U-Pb destesgnaisses, obtidas na região nordeste de MatoGrosso mostram valores em torno de 2,4Ga.

PP23bm - Complexo Bacaerí-MognoASF

Silva Neto et al. (1980) individualizaram, aoeste de Alta Floresta, anfibolitos, kinzigitose rochas metassedimentares clásticas e oscorrelacionaram à Suíte Metamórfica Cuiú-Cuiú (Pessoa et al., 1977).

Scabora (1997) em trabalhos de pes-quisa mineral nas fazendas Mogno, Apiacáse Bacaerí, para a Mineração Santa Elina,identificou uma seqüência de paragnaissesaluminosos com intercalações de quartzitos eformações ferríferas, e um complexo de rochasmáficas, deformados em regime compressivode alto ângulo e metamorfizados na fácies an-fibolito alto a granulito, porém ainda os manti-veram como parte do Complexo Xingu.

A denominação Complexo Bacaerí-Mogno foi proposta por Oliveira e Albuquer-que (2004) Frasca e Borges (2004) e Ribeiro eVillas Boas (2004) no Projeto Alta Floresta(CPRM) para caracterização de uma associa-ção de rochas supracrustais e plutônicas, me-tamorfizadas na fácies anfibolito alto a granuli-to, e cuja associação espacial sugere uma zonade sutura crustal, marcada por uma descon-tinuidade gravimétrica. As rochas deste com-plexo apresentam uma foliação milonítica e/ou bandamento gnáissico, orientados se-gundo as direções E-W e ESE-WNW, commergulhos de médio a alto ângulo para N/NNE, configurando uma estrutura de under-thrust com vergência para SSW e transportetectônico de SW para NE.

Esta unidade ocorre na região nortede Mato Grosso como lentes, megaenclavesou lascas orientadas, descontínuas em con-tatos tectônicos com rochas do ComplexoNova Monte Verde e do Granito São Pedro.Normalmente os seus contatos são atravésde zonas de cisalhamento. Sua assinaturagamaespectrométrica é definida por baixosvalores para os canais de K e U e valores ele-vados no canal de Th.

As rochas supracrustais são formadaspor gnaisses sílico-aluminosos (sillimanita-bio-tita gnaisse, granada-sillimanita-biotita gnaissee sillimanita gnaisse) com intercalações dequartzitos e quartzitos ferruginosos contendohornblenda, piroxênios e granada, rochas cal-cissilicáticas e lentes de orto e clinopiroxênioanfibolitos. Essa associação litológica e seusparâmetros geoquímicos descritos no ProjetoAlta Floresta (Souza et al., 2004) confirmam anatureza peraluminosa das rochas metassedi-mentares e sua derivação a partir de sedimen-tos de natureza pelítica e química.

As rochas plutônicas são representa-das por metagabro, metanorito, metaquartzodiorito e pyrigrarnita (granulito máfico com 40%de granada e 20% de ortopiroxênio-hiperstê-nio) que ocorrem encaixados nos gnaisses sí-

Page 53: Rel Mato Grosso

53

lico-aluminosos, kinzigíticos, cortados por di-ques, apófises e stocks de granitos porfiríticosda Suíte Paranaíta. Esses litótipos, de naturezabásica a intermediária, apresentam parâmetrosgeoquímicos compatíveis com magmatismode afinidade toleítica (Souza et al., 2004).

Os padrões de terras-raras dos anfibo-litos, normalizados ao manto primitivo, mostram-se completamente depletados em ETRL e ETRP,resultando uma curva suborizontalizada seme-lhante às estabelecidas para os toleítos tipoMORB (basaltos de fundo oceânico) enquantoo padrão de terras raras das rochas metaga-bróides mostra um fracionamento de ETRL euma depleção de ETRP, com ausência de ano-malia de európio, semelhante aos toleítos dearcos modernos.

Os dados geocronológicos Sm-Ndobtidos por Pimentel (2001) em anfibolitos, re-velaram uma idade isocrônica de 2,24Ga. comeNd (T) de +2,5 indicativo de uma seqüênciavulcânica juvenil (Lacerda Filho et al., 2001).

PP3cc - Complexo Cuiú-CuiúASF

As rochas gnáissicas, migmatíticas eanfibolíticas, polideformadas, aflorantes naregião norte de Mato Grosso, foram original-mente mapeadas por Silva et al. (1980) eBarros (1993) como integrantes do Comple-xo Xingu e são agora correlacionadas aoComplexo Cuiú-Cuiú, conforme definido porPessoa et al. (1977).

Esta unidade é composta por ortog-naisses de composição monzonítica, tonalíti-ca e granítica, parcialmente migmatizados, eanfibolito. Ocorrem sob a forma de faixas reli-quiares estreitas, alongadas e descontínuas,nem sempre mapeáveis, bordejandos corposde granitos mais jovens ou associadas a zo-nas de cisalhamentos transcorrentes de dire-ção geral NW-SE, ou a falhamentos de dire-ção N-S, na região de Peixoto de Azevedo.

Estudos litoquímicos indicam que es-sas rochas fazem parte de uma série calcio-alcalina de baixo potássio, com termos me-taluminosos a peraluminosos, formadas emambiente de arco vulcânico, semelhante aosda Província Tapajós (Klein et al., 2000).

Datação em ortognaisse graníticopelo método U-Pb SHRIMP, revelou idade de1992 ± 7Ma (Souza et.al., 2004) compatívelcom as idades obtidas por Santos et al. (1997)

e Santos (1999) U-Pb convencional eSHRIMP, compreendidas entre 2005 ± 7Mae 2033 Ma, em gnaisses e granitóides doComplexo Cuiú-Cuiú na Província Tapajós,apontadas como idade de cristalização des-sas rochas.

PP3γm1234 - Suíte Intrusiva MatupáASF

O termo Matupá foi inicialmente usa-do por Moura (1998) para particularizar umcorpo de biotita monzogranito isotrópico queocorre a sul da cidade homônima.

Moreton e Martins (2003) adotaram adenominação Suíte Intrusiva Matupá para en-globar um agrupamento de corpos represen-tantes das diversas fácies graníticas expostas nasporções central e norte da Folha Vila Guarita,situado no norte do estado, individualizadas porcritérios petrográficos, litoquímicos, morfológi-cos e geofísicos, compostas predominantemen-te pelas seguintes rochas/litofácies:

Fácies 1 – Biotita granito e biotitamonzogranito, caracterizada por um relevo aci-dentado, elevadas anomalias radiométricas,notadamente nos canais de potássio e urânio,padrões aeromagnéticos baixos ou ausentes.Mostra-se como um corpo homogêneo, isotró-pico, com deformações predominantemente rú-pteis e, apenas localmente, dúcteis.

Os dados químicos (Moura, 1998) in-dicaram para esta unidade um caráter metalu-minoso a peraluminoso, calcioalcalino, seme-lhante aos granitos tipo I, padrões de terras-raras fortemente fracionado, com forte anoma-lia negativa de európio, sugerindo uma evolu-ção por cristalização fracionada.

Uma importante fase hidrotermalpromoveu o aparecimento de pirita, calcopi-rita, sericita, epidoto, carbonato e clorita, porvezes contendo ouro. Magnetita hidrotermale rutilo acompanham normalmente a pirita,juntamente com epidoto, carbonato e clorita.Os isótopos de enxofre das piritas indicamque o fluido mineralizante é oriundo do pró-prio granito.

Estas rochas possuem mineralizaçõesde ouro tipo veio de quartzo e tipo pórfiro (dis-seminado/stockwork) associadas a uma impor-tante fase hidrotermal. Um exemplo do tipopórfiro é o Depósito Serrinha, em Matupá, ondeo ouro ocorre associado a baixos teores deCu, Ag, Sn, Mo, Pt, Pd, Te, Bi e Se (Moura,1998).

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 54: Rel Mato Grosso

54

Apresentam idade de cristalização de1.872 ± 12Ma. (Pb-Pb em zircão) e idades-modelo (Tdm) entre 2.34 e 2.47Ga. com eNd (t)entre –2.7 e –4.3 (Moura, 1998). Através dométodo Sm-Nd, o Projeto Alta Floresta (Sou-za et al., 2004) obteve idade modelo de2.346Ma. com eNd (t) ± 3.09, similar às en-contradas para a Suíte Intrusiva Parauari(Klein et al., 2000).

Fácies 2 – Constituída por hornblendamonzogranito, biotita-hornblenda monzonitoe hornblenda monzodiorito. Diferencia-se daanterior pela sua composição mineralógica, pa-drão radiométrico menos elevado, relevo mag-nético um pouco maior, altos valores pontuaisde campo total e topografia aplainada bemmais arrasada. Apresenta mineralização deouro em veios de quartzo com sulfetos. Ocor-re na forma de dois batólitos

Fácies 3 – Constituída por clinopiroxê-nio–hornblenda monzogranito e clinopiroxênio–hornblenda monzodiorito magnético. São ro-chas maciças, isótropas, sem deformação. Pos-suem cor rosa-avermelhado com pintas ver-de-acinzentadas dadas pelos minerais máfi-cos e textura equigranular a inequigranular,fina a média e raramente porfirítica.

Ocorre em região de topografia pla-na dominada por solos argilosos vermelhos,ricos em magnetita. Forma batólitos e stocksde contornos irregulares, balizadas por falhasde direção N-S. Mostra composição interme-diária entre as rochas básicas da Suíte Intru-siva Flor da Serra e as fácies mais graníticasda Suíte Intrusiva Matupá, resultado de umaprovável mistura de magmas. Os dados ae-romagnéticos mostram baixos valores, ape-sar de seu alto teor em magnetita.

Fácies 4 – Constituída por granito, bi-otita granito e monzogranito com micrograni-tos e granófiros subordinados. É bem delinea-da pelo levantamento aerogeofísico, mostran-do valores radiométricos baixos e relativamen-te homogêneos, tanto no canal de potássioquanto no de contagem total. O relevo mag-nético também é baixo.

Ocorre sob a forma de extenso bató-lito em contato tectônico com as demais fá-cies desta suíte, intrudido pelos Granitos Te-les Pires e pela Suíte Flor da Serra e englo-bando restos de gnaisses do ComplexoCuiú-Cuiú. É recoberta por rochas sedimen-tares da Formação Dardanelos e por rochasvulcânicas da Suíte Colíder, e é contornado/limitado por rochas da Suíte Intrusiva Jurue-

na e do Granito Nhandu, próximo ao rio Bra-ço Dois. Encontra-se parcialmente recober-ta, a exemplo das demais fácies, por sedi-mentos aluvionares da bacia do rio Peixotode Azevedo.

PP3δfs - Suíte Intrusiva Flor da SerraASF

Esta unidade aflora nas cercanias dascidades de Matupá e Peixoto de Azevedo e,sobretudo, na região do povoado de Flor daSerra, sua área tipo. Foi cartografada e defi-nida por Moreton e Martins (2000) mas as pri-meiras referências a estas rochas são atribu-ídas a Abreu Filho e Barros (1992).

A Suíte Flor da Serra é composta pre-dominantemente por gabro, gabrodiorito, di-orito, monzogabro, monzodiorito e diabásioe apresenta-se sob a forma de corpos homo-gêneos, sem metamorfismo de cunho regio-nal e com deformações restritas a zonas defalhas. Ocorre sob forma de batólito e stockse mais restritamente como diques, com boasexposições ao longo do alto curso do rio Pei-xoto de Azevedo. A textura é variável, sendogrossa nas partes centrais e evoluindo paratexturas finas e porfiríticas nas bordas.

Em levantamento aerogeofísico, osmapas radiométricos são os que melhor de-limitam esta unidade, correspondendo a áre-as com baixa intensidade do canal de potás-sio. Sua área também é realçada por ano-malias de cobre e ferro provenientes das aná-lises de amostras de sedimento de corrente,coletadas no Projeto Alta Floresta.

Apresenta-se ora como corpos intru-sivos nos granitos Matupá, ora sendo en-globados por eles. Localmente apresentamcontato difuso com esses granitóides suge-rindo mistura de magmas (magma mixing)mas também são observados contatos tec-tônicos entre eles. Diques e apófises de ro-chas básicas desta unidade, com textura finae fenocristais centimétricos de plagioclásio,cortam freqüentemente os granitos da SuíteIntrusiva Matupá, e mais restritamente a pró-pria unidade, numa manifestação tardia domesmo evento. Rochas gnáissicas tonalíticas,atribuídas ao Complexo Cuiú-Cuiú, aparecemcomo megaxenólitos ou como pequenos cor-pos não mapeáveis na escala do projeto, en-globados por massas gabro-dioríticas.

As análises litogeoquímicas destas ro-chas (Souza et al., 2004) mostram uma com-

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 55: Rel Mato Grosso

55

posição basáltica a andesito-basáltica, de mé-dio a alto potássio, e uma tendência toleítica(toleítos ricos em ferro e magnésio). Moura(1998) classifica essas rochas como basaltosde médio potássio, subalcalino, com padrãogeoquímico semelhante aos toleítos continen-tais, comparando-as com lavas de margemcontinental primitiva.

Datação Sm-Nd em gabro revelouidade Tdm de 2336Ma. com eNd (T)-2.08, indi-cando contaminação crustal. É correlacioná-vel à Suíte Ingarana (Klein et al., 2000) de ida-de Pb-Pb em zircão de 1887+3Ma. (Vasquezet al., 2000) e U-Pb SHRIMP em zircão 1879± 3Ma. (Santos, 2000) com a qual mostra se-melhança composicional e litológica.

PP3γ1vr – Suíte Intrusiva Vila Rica

(ASF)

A Suíte Intrusiva Vila Rica intrude ro-chas do Complexo Xingu e constitui-se degranitos de composição granodiorítica a to-nalítica e biotita granitos. É comum nestasrochas xenólitos de horblendito , anfibolito emetabasalto, bem como a ocorrência de vei-os pegmatíticos compostos por quartzo, pla-gioclásio e micas.

Os granodioritos e tonalitos mostramem seção delgada texturas hipidomórficas axenomórficas. É consituído por plagioclásio,quartzo, feldspato potássico (ortoclásio e mi-croclíneo) e como mineral máfico, a biotita,associada e incluindo poiquiliticamente mine-rais acessórios tais como epidoto , apatita ezircão. O plagioclásio ocorre em cristais tabu-lares, mostra geminação segundo a lei albitae em menor quantidade periclina. Processode sausuritização intenso mascara muitas ve-zes as geminações. A biotita ocorre em pa-lhetas de cor marrom escuro a marrom ama-relada, muitas vezes como agregados degrãos juntamente com os acessórios.

Os granitóides dessa suíte mostramduas foliações. A primeira N20W/70SW e asegunda N30E/50NW.

PP3αi – Grupo Iriri

WAF / GJR / JDL)

O termo Formação Iriri (Formam etal., 1972) empregado para reunir as rochasvulcânicas de regiões dos rios Iriri e Xingu,foi elevado a categoria de subgrupo por Pes-soa et al. (1977), que o subdividiu nas forma-ções Salustiano e Aruri, e à categoria de gru-po por Andrade et al. (1978) e Bizinella et al.

(1980). A Formação Salustiano é representa-da exclusivamente por rochas vulcânicas fél-sicas enquanto a Formação Aruri reúne ro-chas vulcanoclásticas. O Grupo Iriri apresen-ta fácies com filiação calcioalcalina, mas tam-bém termos alcalino-aluminosos, peralcalinos,e ainda termos intermediários com uma ten-dência toleiítica. As vulcânicas félsicas Salus-tiano sempre mantiveram afinidade genéticacom os granitos da Suíte Intrusiva Maloqui-nha. No entanto, recentemente, Vasquez etal. (2000 a, b) têm demonstrado uma afinida-de geoquímica e temporal com granitos maisantigos das suítes Parauari e Creporizão.

As rochas do Grupo Iriri afloram emdiferentes localidades na região nordeste doEstado, inserindo-se geotectonicamente naProvíncia Amazônia Central do Cráton Ama-zônico. Em campo variam na forma de ocor-rência, aflorando em baixadas entre serrasde granitos ou em forma de morrotes isola-dos, como na serra dos Magalhães. Ocor-rem como depósitos efusivos e depósitospiroclásticos, os quais freqüentemente mos-tram estruturas de fluxo magmático.

Os depósitos efusivos variam de rioli-tos a riodacitos e apresentam textura porfirí-tica, constituída por fenocristais de quartzode até 3mm com bordas de corrosão e rarosfenocristais de plagioclásio e feldspato po-tássico, numa matriz fina holocristalina. Al-gumas amostras apresentam textura esferulí-tica (crescimentos radiais de cristais) indicativade processos de vitrificação.

Os depósitos vulcanoclásticos cons-tituem-se de ignimbritos ricos em cristais etufos de queda. Uma amostra de ignimbrito,localizada na serra dos Magalhães, apresen-tou idade U-Pb em zircão de 1223 ± 62 Ma.Esta idade indica que o vulcanismo da regiãofaz parte do Supergrupo Uatumã e que deveser mantida a terminologia de Grupo Iriri.

Vasquez et al. (1999) obtiveram umaidade Pb-Pb em zircão de 1.888 ± 2Ma. paraum riolito da Formação Salustiano, valor estemuito próximo daquele obtido por Dall’Agnolet al.(1999) para riolitos peralcalinos do rio Ja-manxim. Lamarão et al. (1999) obtiveram ida-des Pb-Pb (zircão) em 1.890 ± 2Ma. e 1.877± 4Ma. para ignimbritos e riolitos na bacia dorio Jamanxim. Santos et al. (2000) pelo méto-do U-Pb em zircão (SHRIMP) obteve idadede 1.870 ± 8Ma. em um riolito.

PP3γγγγγ2rd – Suíte Intrusiva Rio Dourado

MTLF/AGV/WAF

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 56: Rel Mato Grosso

56

Termo usado originalmente para de-signar dezenas de corpos graníticos, circu-lares, situados na mesopotâmia Araguaia –Iriri, na região limítrofe do Pará com MatoGrosso (Cunha et al., 1981).

Apresenta relevo positivo, em formade colinas, de topos abaulados, e vegetaçãorarefeita, alternadas com largos vales origi-nados por drenagem dendrítica muito espa-çada, localmente controlada por falhas e fra-turas. É intrusiva no Complexo Xingu, noGranito Xinguara e no Grupo Iriri.

Os litótipos mais comuns são grani-to, granodiorito, diorito, granófiro, microgra-nito e adamelito. Ocorrem na porção nordes-te do Mato Grosso e são caracterizados porbiotita granito porfirítico, monzo a micrograni-to com enclaves básicos e granito róseo-aver-melhado, associados ao vulcanismo Iriri.

Os monzosienogranitos, até então de-nominados de Suíte Intrusiva Tarumã (Cunhaet al., 1981) passam a ser denominados naregião como Suíte Intrusiva Rio Dourado.

Os tipos granofíricos que ocorrem nasproximidades de Confresa, em seção delga-da são holocristalinos, hipidiomórficos degranulação grossa, constituídos por feldspatopotássico (microclíneo) e ortoclásio com in-tercrescimento pertítico, plagioclásio e quart-zo. A textura gráfica é abundante na rocha.Tanto os feldspatos potássicos como os pla-gioclásios mostram processos de moderadasericitização. O quartzo tem extinção ondu-lante. Biotita verde amarronzada é rara e malformada. Como acessório observou-se zir-cão, titanita e traços de opacos.

Os tipos rapakivi foram observados nasproximidades da fazenda Canabrava, cortan-do os anfibolitos e suítes acamadadas. Ocor-rem em serras alongadas, blocos e lajeados.Em geral são de composição sienogranitica decor rosa avermelhada. A granulação varia demédia fina a grossa. A textura rapakivi podeser observada em amostra de mão. Mineralo-gicamente constituem-se de plagioclásio,quartzo, feldspato potássico bordejado por al-bita e biotita, que varia em proporção e influ-encia na coloração da rocha.

Idades U-Pb em granitos granofíricosda região de Confresa, obtidas em popula-ções distintas de zircões, forneceram idadesde 1,8Ga. e 2,5 a 2,7Ga., estas últimas possivel-mente de zircões herdados (Pinho & Vecchia-to, 2003).

PP3γju - Suíte Intrusiva JuruenaASF

A designação Granito Juruena foi pro-posta por Silva et al. (1974) para caracterizarcorpos graníticos no norte de Mato Grosso.Silva Neto et al. (1980) utilizaram esta mesmadenominação para distinguir corpos graníti-cos, granodioríticos e trondhjemíticos, ova-lados a semicirculares, não deformados, dis-tribuídos a sul e sudeste de Paranaíta.

No Projeto Alta Floresta (Oliveira e Al-buquerque, 2004; Ribeiro e Villas Boas, 2004)usam o termo Juruena para caracterizar umasuíte granítica calcioalcalina, não deformadae não magnética. As rochas dessa unidade es-tendem-se segundo um trend NW-SE.Ocorremsob a forma de blocos do tipo boulders ou emlajedos maciços, compondo batólitos agluti-nados e amalgamados. A suite exibe conta-tos tectônicos com os granitos São Pedro,São Romão e Apiacás, e com a Suíte Colí-der. Está intrudida pelas rochas da Suíte Pa-ranaíta e do Granito Nhandu e contém xe-nólitos do Complexo Cuiú-Cuiú.

Em imagens aerogeofísicas, os granitói-des Juruena caracterizam-se por exibir baixosvalores radiométricos nos canais de K, Th e U.

Biotita granito é o tipo litológico pre-dominante, com monzogranito, granodioritoe monzonito subordinados, de estrutura ho-mogênea e textura granular fina a grossa.Não são observadas deformações ou trans-formações relacionadas a metamorfismo re-gional. Entretanto, ocorrem zonas de cisa-lhamento restritas e localizadas, de espessu-ras centimétricas a métricas.

As análises litoquímicas realizadaspelo Projeto Alta Floresta (Souza et al., 2004)concluem que trata-se de uma série calcioalca-lina, alto potássio, meta a peraluminosa, comquimismo e características mineralógicascompatíveis com granitos formados em am-biente de arco magmático de margem conti-nental ativa. Exibem teores de SiO2 variandoentre 58 e 71%, de Al2O3 entre 11 e 16% e deCaO entre 0,78 e 5%, elevadas razões MgO/TiO2 e razões K2O/NaO maiores que 1. Mos-tram enriquecimento em elementos de raioiônico grande LIL (Ba, Sr, Rb) em HFS (Zr eHf) terras-raras leves (ETRL) e uma acentua-da depleção em terras-raras pesadas (ETRP).

Dados geocronológicos inferem a sua

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 57: Rel Mato Grosso

57

idade relativa como mais antiga que 1810 Ma.,idade máxima atribuída às rochas da SuíteParanaíta que a seccionam. Outros dados, a nor-te da Folha Vila Guarita, obtidos pelo JICA/MMAJ(2000) atribuem idades de cristalização U-Pb de1.848 ± 17Ma., 1.823 ± 35Ma. e 1.817 ± 57Ma.

PP3γpa - Suíte Intrusiva ParanaítaASF

Bittencourt Rosa et al. (1997) propu-seram a denominação de Granitóide Para-naíta para as rochas graníticas da região deParanaíta-Alta Floresta. Scabora (1997) car-tografou corpos de menores dimensões des-tas rochas, nas proximidades da fazendaMogno, denominando-os de Complexo In-trusivo Félsico. Estudos de prospecção mi-neral nestas rochas foram também realiza-dos pelo convênio JICA/MMAJ (2000) a 20km a NW de Paranaíta, ocasião em que asdesignaram de Granitos Pré-Uatumã, do tipoII, e as correlacionaram ao Granito Matupá(Moura, 1998).

Oliveira e Albuquerque (2004); Ribei-ro e Villas Boas (2004) e Frasca e Borges(2004) denominaram de Suíte Intrusiva Pa-ranaíta as rochas calcioalcalinas de médio aalto potássio e composição monzonítica,monzogranítica e granítica aflorantes nasimediações de Paranaíta, Alta Floresta e Api-acás. Os corpos ocorrem sob a forma debatólitos e stocks semicirculares a elípticos,com até 600 km2 de área, em sua maioriaalongados na direção NW-SE. São intrusi-vos na Suíte Juruena com posicionamentocrustal meso e epizonal e de estilo intrusivo for-çado a permissivo, indicado pela presença,forma e orientação de enclaves, foliação confi-nada e feldspatos pertíticos. Localmente sãoobservados contatos tectônicos com o Grani-to São Pedro e com as suítes Colíder e Jurue-na. Próximo a Alta Floresta são ainda envolvi-dos pelos granitos Nhandu ou mostram me-gaenclaves do Complexo Cuiú-Cuiú e das In-trusivas Máficas Guadalupe. As exposições lo-calizadas no córrego Jaú e nas adjacências doPorto da Aldeia, situadas a NW de Paranaíta,foram consideradas como áreas-tipo.

Os dados litoquímicos desta suíte(Souza et al., 2004) caracterizam-na comouma série calcioalcalina de médio a alto po-tássio, metaluminosa a levemente peralumi-nosa, com quimismo compatível a granitosde arcos vulcânicos, similares às intrusões

encontradas em margens continentais ativas,como as séries monzoníticas da Patagônia(Lameyre, 1987 e Rapele e Pankhurst, 1996).Mostram valores entre 56 e 75% de SiO2, 14 a18% de Al2O3 e 1,5 e 4,7% de CaO, elevadarazão MgO/TiO2 (2,1) razão K2O/NaO maiorque 1, enriquecimento em Ba e Sr, valoresmoderados de Zr e Rb e baixos teores de Nb,Y e Ta. Os padrões de terras-raras, normaliza-dos em relação ao condrito, apontam eleva-do enriquecimento em ETRL e menor emETRP, forte fracionamento (La/Yb) e anoma-lia negativa de Eu.

A potencialidade metalogenética des-tas rochas graníticas é evidenciada pelo gran-de número de garimpos de ouro primário emveios de quartzo encaixados nestas intrusões,e garimpos de ouro secundário localizadosnas bordas das intrusões. A concentraçãoelevada de fácies oxidada, rica em magneti-ta, demonstra um magma hidratado com altataxa de fugacidade de oxigênio e rico emsulfetos e ouro.

Dados geocronológicos, pelo métodoU-Pb, revelaram as seguintes idades: 1.793 ±6Ma.,1.803 ± 16Ma., 1.801 ± 7,8Ma. e 1.816 ±57Ma. (Santos, 2000). Análises isotópicas Sm-Nd em granito porfirítico da pedreira de AltaFloresta, mostraram idade modelo TDM de2.221Ma. com eNd (T) de –1.25 (Pimentel et al.,2000).

PP3δg - Intrusivas Máficas GuadalupeASF

Esta denominação foi proposta por Oli-veira e Albuquerque (2004) para individuali-zar um clã de corpos básicos representadospor gabro, microgabro, diabásio e diorito por-firítico, aflorantes nas cercanias da comuni-dade de Nossa Senhora de Guadalupe, su-doeste de Alta Floresta. Estes litótipos ocor-rem sob a forma de stocks, intrusivos emgranitos porfiríticos da Suíte Intrusiva Para-naíta, e também sob a forma de enclaves emegaenclaves, razão pela qual estas unida-des são consideradas contemporâneas.

Corpos monzodioríticos e dioríticosaparecem a norte de Nova Bandeirantes, pró-ximo à sede da Agropecuária Blumenau ena região de Novo Astro, no córrego Quei-xadinha. Neste último local, além de estaremassociadas à Suíte Intrusiva Paranaíta, sãocontrolados por zonas de cisalhamentostranscorrentes com direção variando de NW-

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 58: Rel Mato Grosso

58

SE a EW .O gabro possue cor cinza-escuro

com tonalidades esverdeadas, textura granu-lar média, estrutura maciça e transiciona paradiorito porfirítico de cor verde-escura commanchas acinzentadas, textura porfirítica ecomposto predominantemente por fenocris-tais de hornblenda imersos em matriz de pla-gioclásio. Subordinadamente aparecem cli-nopiroxenito em megacristais de até 3cm dehornblenda. O monzodiorito mostra cor cinzacom manchas verde-escura, textura inequigra-nular fina a grossa, estrutura maciça, enquantoo diorito tem cor verde com tons cinzentos,textura inequigranular média e compõe-seessencialmente de plagioclásio, hornblenda,biotita e tremolita.

Diques de diabásio porfirítico, cortan-do rochas do Granito Nhandu e das suítesColíder e Paranaíta, são correlacionados aesta unidade. Mostram textura microporfiríti-ca com matriz subofítica fina, estrutura maci-ça, e constituem-se de fenocristais de clinopi-roxênio, tabulares e xenomórficos e com bor-das substitiuídas por hornblenda verde páli-da, distribuídos em matriz formada por cris-tais ripiformes e fortemente saussuritizados,de plagioclásio. O quartzo e o feldspato po-tássico formam intercrescimentos gráficos emirmequíticos.

Os resultados químicos revelaram va-lores de SiO2 variando de 45 a 51,4%, MgOentre 3,4 a 9,9% e TiO2 de 0,58 a 3,45%.Classificam-se como basaltos subalcalinostoleiíticos de médio a alto potássio (Sou-za et al., 2004).

Como estas rochas encontram-se in-timamente associadas aos granitóides daSuíte Intrusiva Paranaíta e admite-se que te-nham idades aproximadas de 1.8Ga.

PP3λcr - Alcalina Rio CristalinoASF

Silva et al. (1980) cartografaram, soba denominação de Alcalinas Canamã, umcorpo de rochas de natureza álcali-sienítica,aflorante a norte de Alta Floresta, em corre-lação ao Sienito Canamã, definido por Silvae Issler (1974) na região do Rio Canamã, partenordeste da Folha SC.21.Y-A (Aripuanã). Oli-veira e Albuquerque (2004) no Projeto AltaFloresta, designaram as rochas sieníticas aflo-rantes na confluência dos rios Cristalino eTeles Pires, NNE de Alta Floresta, de Alcali-

nas Rio Cristalino.Formam um batólito (7km x 14km) in-

trusivo em rochas vulcânicas e subvulcânicasda Suíte Colíder. Esta relação foi observadana margem direita do rio Teles Pires, 2km aleste do porto da Madeseik, onde brechas deintrusão com xenólitos angulares de rochasvulcânicas encontram-se englobadas em rie-beckita-aegirina sienito e sienito com mega-cristais de anfibólio sódico.

Em mapas aerogeofísicos, a esta uni-dade relacionam-se as mais expressivas ano-malias radiométricas dos canais de K, Th eU, com registro de até 1.500cps no mapa decontagem total, nos domínios do riebeckita-aegirina sienito. Sua área de ocorrência tam-bém associa-se a acentuada anomalia mag-nética (> 5,8 nT/m) certamente reflexo do altoconteúdo de magnetita.

A rocha predominante é riebeckita-ae-girina sienito de cor cinza-avermelhado, textu-ra granular média porfirítica com matriz hipidi-omórfica e estrutura maciça. É composta porfeldspatos, clinopiroxênio e anfibólio.

O estudo litoquímico (Souza et al.,2004) mostra que os sienitos e quartzo-sieni-tos são fácies cogenéticas, derivadas de ummagma alcalino, com valores de SiO2 entre 61e 62,58%, MgO entre 0,06 e 0,66%, Na2O entre0,75 e 8,16%, Al2O2 entre 16,01 e 16,38% e CaOentre 0,27 e 2,39%, assemelhando-se aos re-sultados das alcalinas pós-colisionais de Mali(África) segundo Liégeois et al. (1998).

Apresentam alto conteúdo de alumínio,com índice agpaítico em torno de 0,67, bemabaixo do das rochas alcalinas típicas (>1) emostram um enriquecimento em elementosHFS (alto campo de força) como Zr, P, Nb, The U e empobrecimento em Ti e elementos LILEcomo Sr e Ba, sugerindo uma maior participa-ção de fonte mantélica em sua geração.

Mostram ainda um elevado enriqueci-mento em ETRL e depleção em ETRP, em re-lação ao manto primitivo. A relação La/Yb=14e a pequena anomalia negativa de Eu são in-dicativas de fracionamento de plagioclásionum líquido silicático durante a evolução deum magma parental mais máfico.

A idade U-Pb (SHRIMP) de 1.806 ±3Ma. em sienito (Santos, 2000) comprova queo evento alcalino Rio Cristalino é muito maisantigo que o evento Canamã.

PP3go - Formação Gorotire

(GJR / JDL)

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 59: Rel Mato Grosso

59

A denominação Gorotire foi criada porBarbosa et al. (1966) para descrever rochas se-dimentares encontradas entre os rios Araguaiae Xingu, considerando sua seção-tipo a serraGorotire, margem do rio Fresco (PA).

Essas rochas sedimentares ocorremem forma de extensos platôs orientados NW-SE, formando serras elevadas e de topo aplai-nado, por vezes formando cuestas com bor-das ravinadas. A formação assenta-se discor-dantemente sobre rochas do Grupo Iriri e doComplexo Xingu, e acha-se intrudida por plu-tonitos Teles Pires.

As rochas dominantes são arenitos es-branquiçados, cinza-claro, com tons averme-lhados, granulometria fina a grossa, por vezesconglomeráticos, ora maciços ora estratificados,sendo comum a presença de estratificações cru-zadas de baixo ângulo. Quartzo arenito é o tipolitológico dominante, além de arcóseos e are-nitos líticos. Intercalações de folhelhos são ra-ras; normalmente elas consistem em folhelhossílticos, bem laminados de cor cinza. Na baseda seqüência encontram-se conglomeradospolimíticos com abundantes seixos de riolitos.Os arenitos Gorotire, em geral, apresentam mer-gulhos suaves, sub horizontalizados, com fortesmergulhos somente próximos a zonas de fa-lhas e/ou a corpos intrusivos.

O relevo magnético é suave, com al-gumas áreas anômalas provavelmente refletin-do seu embasamento. As rochas são fratura-das e falhadas. Algumas serras têm a forma degrandes dobras de flancos suaves, com eixosNW e caimento para SE (Silva et al., 1974).

As características litológicas apontampara uma sedimentação essencialmente con-tinental. Segundo Pastana e Silva Neto et al.,(1980) a freqüente presença de arcóseos é in-dicativa de rápida subsidência, com formaçãode bacias molássicas. Estes mesmos autoresestimaram uma espessura de 200 metros paraa Formação Gorotire e confirmaram seu posi-cionamento pós magmatismo Iriri.

PP4c - Suíte ColíderASF

Oliveira e Leonardos (1940) denomina-ram de Série Uatumã um extensivo vulcanis-mo ácido anorogênico pré-cambriano, ocor-rido no Cráton Amazônico, posteriormente re-nomeado de formação, subgrupo e, finalmen-te de Grupo Iriri (Andrade et al.,1978) subdividi-do nas formações Aruri (vulcanoclásticas) e Sa-

lustiano (derrames ácidos). Silva et al. (1980)passaram a designar o conjunto plutovulcâni-co (rochas vulcânicas, piroclásticas e granitosintrusivos) de Grupo Uatumã.

Os primeiros trabalhos sugerindo epi-sódios magmáticos distintos foram apresenta-dos por Silva et al. (1974) e Basei (1974) quan-do admitiram um decréscimo das idades des-sas rochas, de nordeste para sudoeste, apoia-dos em datações Rb-Sr. Isso vem sendo con-firmado pelos modelos geocronológicos deevolução do Craton Amazonas, ao longo dotempo (Amaral, 1974; Cordani et al., 1979;Teixeira et al., 1989; Tassinari, 1996; Tassinarie Macambira, 1999; e Santos et al., 2000).

A extensiva distribuição dessas rochasvulcânicas no Cráton Amazônico, nos seus di-versos compartimentos tectônicos, com ida-de, metalogênese e estruturas distintas, temsido interpretada, dentro de um modelo mobi-lista, como relacionadas à formação de suces-sivos arcos magmáticos. Neste contexto,vários autores (Moreton e Martins, 2004; Ribei-ro e Villas Boas, 2004; Oliveira e Albuquerque,2004; Frasca e Borges, 2004) denominaram deSuíte Colíder as rochas vulcânicas, subvulcâ-nicas, piroclásticas e epiclásticas, aflorantes nascercanias da cidade de Colíder e que borde-jam a parte sul da serra do Cachimbo. Estasrochas apresentam-se relacionadas ao ArcoMagmático Juruena, erigido entre 1.85Ga. e1.75Ga, que inclui rochas vulcânicas félsicasde composição ácida a intermediária e filiaçãocalcioalcalina, no mesmo contexto evolutivodas suítes graníticas Paranaíta, Juruena eNhandu.

Esta unidade apresenta ampla distribui-ção geográfica e manifesta-se como uma fai-xa contínua, com largura média de 20 km, di-reção WNW-ESSE, com boas exposições nasproximidades de Colíder, onde foi considera-da área tipo. Ocorre em contato tectônico comas unidades plutônicas São Pedro, Nova Ca-naã, Nhandu e Matupá e é intrudida pelos gra-nitos Teles Pires. Localmente observa-se umatransição entre os microgranitos e granófirossubvulcânicos desta suite e os granitóides Nhan-du que, por vezes, cortam também as rochasvulcânicas. É recoberta pelas rochas sedimen-tares paleoproterozóicas do Grupo Beneficen-te e pelas rochas sedimentares mesoprotero-zóicas da Formação Dardanelos.

A área de ocorrência desta suíte é bemmarcada nos mapas radiométricos por anomali-as moderadas a altas nos canais de Th e K e

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 60: Rel Mato Grosso

60

delineada também nos mapas magnetométricos.Reúne uma grande diversidade litoló-

gica com predominância de rochas vulcâni-cas e subvulcânicas, seguidas de rochas piro-clásticas e epiclásticas em menor proporção.As rochas subvulcânicas têm uma ampla dis-tribuição e representam cúpulas de intrusõesgraníticas, hipoabissais, compondo um paco-te maciço, com texturas microporfiríticas a fi-namente cristalina, com estruturas de fluxopouco evidentes. São formadas por microgra-nito, microquartzo monzonito, micromonzoni-to, micromonzogranito e granófiro. Apresen-tam composição homogênea, estrutura maci-ça e cores variando de cinza-avermelhado acinza-arroxeado com tonalidades róseas e es-verdeadas.

Associadas a estas rochas são obser-vadas brechas vulcânicas bandadas, ricas emsulfetos (pirita e calcopirita) com matriz rioda-cítica, afanítica a microgranular, contendo frag-mentos centi a decimétricos de riodacito e derochas quartzo-feldspática félsica cripto a mi-crocristalina, estirados e orientados vertical-mente ao longo do fluxo.

Corpos andesíticos ocupam áreas ar-rasadas e originam solos avermelhados e ri-cos em magnetita. Estes litótipos apresentamcor cinza-escura a preta, estrutura maciça etextura microlítica fluidal e porfirítica a micro-porfirítica, com fenocristais euédricos e ripifor-mes de plagioclásio e raros cristais de quartzocom indícios de corrosão magmática, imersosem matriz originalmente vítrea.

Em termos litoquímicos (Souza et al.2004) esta suíte apresenta afinidade calcioalca-lina, alto–K, metaluminosa a peraluminosa, com-patível com os padrões geoquímicos dos gra-nitos orogênicos (suítes Paranaíta e Juruena eGranito Nhandu). São registradas acentuadasanomalias negativas de Nb, Sr, Ti, Sm e Eu,ausência de anomalias de Y e enriquecimen-tos sensíveis dos elementos litófilos LILE, taiscomo La, Ce, Rb e Ba, e dos elementos HFScomo Zr, Hf e ETRL e uma pronunciada de-pleção em ETRP. Isto é semelhante ao encon-trado na Suíte Intrusiva Paranaíta e no GranitoNhandu, evidenciando uma correlação desteslitótipos plutovulcânicos.

Datação efetuada pela JICA/MMAJ(2000) em riolito pórfiro situado a noroeste deParanaíta, na Folha Alta Floresta, pelo métodoU-Pb, resultou em idade de 1.786 ± 17Ma. Esteriolito está espacialmente relacionado com osmonzogranitos da Suíte Paranaíta, datados nas

adjacências pelo mesmo método, obtendo-seidades da ordem de 1.801 a 1.803Ma.

Pimentel (2001) obteve idade pelo mé-todo U-Pb de 1.781 ± 8Ma. e idade modeloT

dm de 2.344Ma. com eNd (T) de –3,75, em rioli-tos pórfiros atribuídos como pertencentes aSuíte Colíder, indicando uma fonte geradorahíbrida, mantélica, com contaminação crustal.

Pinho et al. (2001) obtiveram idade U-Pb de 1.801 ± 11Ma., em ignimbritos e riodaci-tos na região do rio Moriru, que caracteriza pro-vavelmente a continuidade para oeste da faixade vulcânicas cartografada pelo Projeto AltaFloresta, da base da serra do Cachimbo e daserra Formosa.

Os dados geocronológicos obtidos nes-ta faixa de rochas vulcânicas e vulcanoclásticasácidas da região Norte de Mato Grosso, comidades de formação oscilando entre 1.800Ma. a1.780Ma., confirmam uma nova geração de ro-chas vulcânicas e subvulcânicas, mais jovensem pelo menos 80Ma. que aquelas similaresda Província Tapajós, justificando a proposiçãoda Suite Colíder como uma nova unidade lito-estratigráfica, distinta do Grupo Iriri. Esta suíte éintrudida pelos granitos Teles Pires, que apre-sentam idade em torno de 1.750Ma.

PP4aj – Grupo Alto JauruGJR

As rochas pertencentes a esta unida-de litostratigráfica, originalmente designadasde Greenstone Belt do Alto Jauru, estão ex-postas nas porções superiores das bacias hi-drográficas dos rios Jauru e Cabaçal. Incluiuma associação de litótipos que se distribuemem faixas subparalelas (Cabaçal, Araputangae Jauru) separadas por terrenos granito-gnáis-sicos e migmatíticos, com contato transicionale/ou por falhas entre os domínios.

Monteiro et al., (1986) agrupou os litóti-pos em três formações assim divididas, da basepara o topo: Formação Mata Preta - Compre-ende metabasaltos toleiíticos com estrutura empillow, ultramáficas komatiíticas, níveis descon-tínuos de lavas e tufos andesíticos, dacíticos eriodacíticos; o componente metassedimentaré subordinado e representado por metachetse xistos pelíticos com níveis de magnetita e gra-nada; Formação Manuel Leme - Composta porlavas e tufos dacíticos a riodacíticos na porçãoinferior, metacherts, bif, clorita-xistos, sericita-xis-tos e raros metatufos félsicos na porção supe-rior; e Formação Rancho Grande - Represen-

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 61: Rel Mato Grosso

61

tada por anfibolitos intercalados com quartzi-tos, xistos grafitosos e gnaisses biotíticos.

Neste trabalho adotou-se a designa-ção de Grupo Alto Jauru, mantendo-se as for-mações propostas por Monteiro (1986).

Ortognaisses e migmatitos, que fazemparte do terreno granito-greenstone, afloramem estruturas do tipo domo, nos flancos eentre as faixas vulcanossedimentares. São re-presentados por várias unidades, tais comoComplexo Gnaissico Brigadeirinho, TonalitoCabaçal, Gnaisse Quatro Marcos, GnaisseRosa e Gnaisse Aliança.

Os dados geoquímicos, apesar de es-cassos, permitem evidenciar uma zonaçãotectônica das faixas vulcanossedimentares: aFaixa Jauru é representada por basaltos toleíti-cos de fundo oceânico; a Faixa Araputanga édefinida por basaltos toleíticos com estruturaem pillow; e a Faixa Cabaçal possui caráterbimodal, representada por basaltos toleíticose vulcânicas félsicas calcioalcalinas.

As rochas supracrustais encontram-se estruturadas em calhas sinformais de di-reção N20º-40ºW, mergulhando 40º-75º paraSW. Dobramento do tipo isoclinal a aperta-do desenvolveu-se concomitante ao meta-morfismo regional da fácies xisto verde a an-fibolito. A zona de cisalhamento Indiavaí-Lu-cialva, de direção geral N 30º-45º W, é defi-nida por falhas tangenciais às faixas vulcanos-sedimentares.

Os zircões de um tufo riolítico da FaixaCabaçal forneceram idade U-Pb de 1.747 ±17Ma. (MSWD=282) e uma rocha vulcanoclás-tica da mina de ouro Cabaçal, idade U-Pb de1.758 ± 7Ma. e idade-modelo T

DM de 1,87Ga.Pinho (1996) datou cristais individuais de zir-cão de rocha metavulcânica da Faixa Caba-çal, pelo método U-Pb (SHRIMP) e obteve ida-des de 1.769 ± 29 Ma. e 1.724 ± 30Ma. As ro-chas plutônicas (Gnaisse Rosa) da mesma áreaforneceram idade U-Pb de 1.795 ± 21Ma.(MSWD=0,093) com idade-modelo TDM=1,93Ga.e ÎNd(t)= +2,20; o Tonalito Cabaçal, idade Pb-Pbde 1.780 ± 10Ma., enquanto que o Gnaisse Ali-ança é de idade U-Pb de 1.744 ± 38Ma.(MSWD=36) TDM=1,87Ga e ÎNd(t)= +2,40 (Geral-des, 2000).

O depósito de ouro do Cabaçal estáhospedado em uma seqüência de tufos e ro-chas vulcanoclásticas, intercalados com níveisestreitos de metacherts. O minério é compostode pirita, pirrotita, calcopirita, esfalerita, marcas-sita, molibdenita, cubanita e galena. Ligas deAu-Ag e Au-Bi ocorrem associadas a selene-

tos e teluretos (Pinho et al., 1997).

PP4ag - Complexo Alto GuaporéGJR

O Complexo Metamórfico Alto Guapo-ré (Menezes et al., 1993) é constituído por or-tognaisses tonalíticos e granodioríticos, gnais-ses paraderivados e leucogranitos anatéticos.As rochas deste complexo se estendem numafaixa alongada de direção NW-SE, desde o en-troncamento das rodovias MT-388 e MT-248,bordejando o batólito Santa Helena e prolon-gando-se para norte até os arenitos da Forma-ção Parecis. Ocorrem também na fazenda Bri-gadeirinho, 10 km a norte da cidade de Jauru,descritas originalmente por Saes et al. (1984).

As rochas orto e paraderivadas encon-tram-se gnáissificadas e polideformadas. Exi-bem feições estruturais que evidenciam suaevolução em ambiente de ampla mobilidade, in-cluindo processos de fusão parcial acompanha-dos de migmatização. A foliação milonítica égeneralizada nos litótipos da unidade, resultan-te de cavalgamentos oblíquos de amplituderegional. Apesar de variar constantemente emfunção de dobramentos, a direção média dafoliação está em torno de N40°W.

Os dados petrográficos dos paragnais-ses e gnaisses migmatíticos mostraram a pre-sença de sillimanita e cianita cristalizadas para-lelamente à foliação metamórfica que são indi-cativas de condições metamórficas da fáciesanfibolito superior e de média P/T. Da mesmaforma, os hornblenda-biotita gnaisses e os bi-otita gnaisses granodioríticos apresentam umfluxo milonítico marcado pelo alinhamento dosminerais máficos e minerais ocelares e tabula-res recristalizados de plagioclásio. A químicados ortognaisses revelou caráter metalumino-so de afinidade calcioalcalina, similares aosbatólitos cordilheiranos modernos.

Os contatos dos metamorfitos dessecomplexo com as rochas metassedimentaresdo Grupo Pontes e Lacerda são bruscos e mar-cados por falhas, enquanto que os granitosdas suítes Guapé e São Domingos mostramrelações intrusivas com as suas rochas polide-formadas.

Os dados geocronológicos disponíveisrestringem-se a uma isócrona Rb-Sr de 1.971± 70Ma. com razão inicial 87Sr/86Sr de 0,7017 ea uma idade U-Pb em zircão de 1.740 ± 27Ma.

PP4γn - Granito NhanduASF

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 62: Rel Mato Grosso

62

O termo Granito Nhandu foi introdu-zido por Souza et al. (1979) para denominargranitóides porfiroblásticos de composiçãogranodiorítica a tonalítica, estrutura isótropa etextura pseudo-rapakivítica, aflorantes a leste deAlta Floresta, no médio curso do rio Nhandu.

Frasca e Borges (2004) Oliveira e Albu-querque (2004) e Moreton e Martins (2004) uti-lizaram a denominação Granito Nhandu paraindividualizar corpos intrusivos, de posicionamen-to crustal epizonal, calcioalcalino de alto potás-sio com tendência shoshonítica. Apresentam-se como stocks aglutinados, de geometria cir-cular a elíptica, subconcordantes a discordan-tes. Fácies subvulcânica, de mesma composi-ção, ocorre sob a forma de diques, sills e cú-pulas graníticas.

Os corpos de maiores dimensões mos-tram uma orientação geral NW-SE. São intru-sivos nas suítes Colíder e Juruena e englobamrochas do Complexo Cuiú-Cuiú e da Suíte Pa-ranaíta. Transicionam com certa freqüênciapara rochas vulcânicas da Suíte Colíder, pas-sando por uma interfácie subvulcânica. Local-mente observam-se contatos tectônicos.

Há um predomínio de granito e mon-zogranito sobre granodiorito e sienogranito. Osprincipais litótipos plutônicos são biotita grani-to, biotita-hornblenda granito, biotita monzo-granito, biotita-hornblenda monzogranito e si-enogranito. Como fácies subvulcânica desta-cam-se granito fino porfirítico, monzonito finoporfirítico, monzogranito microporfirítico, mi-cromonzodiorito e granófiro. A ocorrência deenclaves e sills de gabro e gabrodiorito porfirí-ticos é um indicativo de atividade magmáticabimodal.

As rochas plutônicas predominantesapresentam cor cinza-avermelhado a cinza-ro-sado, textura granular a equigranular, fina a gros-sa a localmente porfirítica, variável em funçãode seu posicionamento dentro da intrusão, eestrutura isótropa a pouco deformada ou pro-tomilonítica, quando próximo a zonas de falhas.O posicionamento destes corpos de forma cir-cular a alongada é subconcordante à estrutu-ração regional. A ocorrência de biotita verdepode indicar uma temperatura de cristalizaçãomais baixa ou diminuição na concentração detitânio, enquanto que a a associação a níveiscrustais superiores e a presença de fácies vul-cânicas sugerem condições epizonais de estilopermissivo para este evento magmático.

Os estudos litogeoquímicos (Souza etal., 2004) indicam que as rochas são de série

magmática calcioalcalina de alto-K, de tendên-cia shoshonítica e híbridos metaluminosos a pe-raluminosos, indicando provável contaminaçãocrustal. Esta peraluminosidade da série shosho-nítica, segundo Eklund et al. (1998) tambémpode ser explicada em granitos quando o con-teúdo de SiO

2 supera o valor de 65%, mos-trando uma relação direta e proporcional, ouseja, quanto mais ácido, mais peraluminoso.

Atualmente autores como Eklund etal. (1998) Liegeóis et al. (1998) Duchesne etal.(1998) e Nardi (1986) admitem rochas su-persaturadas como pertencentes à sérieshoshonítica. Apresentam outras característi-cas litoquímicas como: baixo enriquecimentoem ferro, Na2O+K2O maior que 5%, alta ra-zão K2O/Na2O, enriquecimento de P, Rb, Sr,Ba, Pb e ETRL, teor de TiO2 menor que 1,3%,e alto, porém variável, teor de Al2O3.

Os valores relativamente baixos de Sr(média de 248 ppm) podem ser explicadospela ocorrência de termos muito diferencia-dos (SiO2 de 67 a 69%) o que produz porvezes reduções bruscas nas concentraçõesde Sr e Ba. Este decréscimo de Sr pode ser oresultado do fracionamento de feldspato po-tássico ou plagioclásio e biotita (Nardi,1986). Aanálise dos elementos de terras-raras mostraenriquecimento em ETRL em relação aos ETRPe anomalias de Eu pouco expressivas. O graude fracionamento moderado a alto pode serobservado nas razões (La/Yb)n e (Cr/Yb)n.Diagramas Ta/Yb (Pearce, 1982) também mos-tram o caráter shoshonítico das rochas destaunidade.

O Granito Nhandu é álcali-cálcico, se-gundo a nomenclatura sugerida por Peaco-ck (1931) e, segundo Pearce et al., (1984) estetrend é próprio de rochas de arcos mais ma-duros, que evoluem de termos calcioalcalinospara álcali-cálcicos. Ainda não se dispõe dedados geocronológicos desta unidade, masé relativamente mais jovem que a Suíte In-trusiva Paranaíta, cujas datações U-Pb situ-am-se em torno de 1.8Ga.

Foram registrados dois jazimentos filo-nianos de ouro primário encaixados em rochasdesta unidade (garimpos do Edu e Trairão).

PP4γv - Suíte Intrusiva VitóriaASF

Denominação proposta por Frasca eBorges (2004) Oliveira e Albuquerque (2004)e Ribeiro e Villas Boas (2004) no Projeto Alta

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 63: Rel Mato Grosso

63

Floresta, para caracterizar uma associaçãode rochas plutônicas de composição dioríti-ca a tonalítica e afinidade química calcioal-calina, médio potássio, metaluminosa a ligei-ramente peraluminosa. Ocorre sob a formade corpos elípticos a sigmoidais, de dimen-sões variáveis, alongados na direção EW aWNW-ESE, deformados e metamorfizadosnas fácies xisto verde a anfibolito médio.

Os corpos, são intrusivos no Comple-xo Bacaeri-Mogno e mantém contatos tran-sicional ou tectônico com os litótipos do Com-plexo Nova Monte Verde e dos granitos SãoPedro e São Romão.

Os limites destes corpos, em sua mai-or parte, são aproximados em função do re-levo subaplanado e da espessura do solo,tendo sido os mapas aerogeofísicos uma dasprincipais ferramentas utilizadas em sua deli-mitação, em virtude de suas fortes anomali-as magnetométricas. Em alguns locais estaunidade exibe contatos nítidos, sinuosos eirregulares com o Granito São Pedro, de-monstrando plasticidade e uma discreta mis-tura mecânica entre as duas unidades.

O diorito é a rocha predominante, emostra cor cinza com manchas pretas e es-verdeadas, estrutura foliada, bandada ou pro-tomilonítica e texturas variadas, predominandoas granoblásticas e granolepidoblásticas, ine-quigranulares, fina a grossa, refletindo a inten-sidade da deformação. Grada composicional-mente para quartzo diorito, monzodiorito e to-nalito, termos mais evoluídos desta série.

O tonalito possue cor cinza-clara comníveis estirados e descontínuos pretos a esver-deados, texturas granular, granoblástica e gra-nolepidoblástica, inequigranular fina a médiae estrutura foliada a protomilonítica, localmen-te gnáissica.

Os estudos litoquímicos (Souza et al.2004) evidenciam uma afinidade calcioalca-lina de médio potássio, em grande parte me-taluminosa, mas com certo teor de contribui-ção crustal, demonstrado pela peralumino-sidade apresentada em algumas amostras.Os padrões dos Elementos Terras-Raras, nor-malizados ao condrito, mostram um modeloenriquecido em ETRL e estabilizado emETRP, com leve anomalia negativa de Eu,compatíveis com o das rochas calcioalcali-nas.

Estes dados sugerem que esta suítecalcioalcalina foi gerada em ambiente de sub-ducção por fusão do manto metassomatizado

e interação crustal.Datação U-Pb (SHRIMP) em zircões

de tonalito forneceu idade de 1.785 ± 8Ma. Aidade-modelo Sm-Nd de 2.182Ma., com valo-res de eNd (T0) de – 2.56 a 1.32, sugere fusãomantélica com contribuição/contaminaçãocrustal para sua origem ou fonte.

A datação U-Pb SHRIMP (Pimentel,2001) em enderbito da Suíte Vitória com ida-de de 1,85Ga. e T

DM de 2,26Ga. pode repre-sentar uma idade referencial para o início doprocesso de subducção do Complexo Ba-caerí-Mogno e formação do magmatismo doArco Juruena.

PPmv - Complexo Nova Monte VerdeASF

Designação proposta por Ribeiro e Vi-llas Boas (2004) Frasca e Borges (2004) noProjeto Alta Floresta, para caracterizar umconjunto de rochas metamórficas com estru-tura gnáissica e migmatítica, predominante-mente ortoderivadas, de natureza tonalítica amonzogranítica, incluindo também sienogra-nito e enclaves de anfibolito e diorito.

Ocorrem sob a forma de faixas comorientação E-W a WNW-ESE, com até 30 kmde largura. Sua morfologia caracteriza-se porum relevo arrasado, com pequenas eleva-ções alinhadas segundo a estruturação re-gional, e suas melhores exposições situam-se nas imediações de Nova Monte Verde.

O Complexo Nova Monte Verde éconstituído por gnaisses (biotita gnaisse gra-nítico, biotita gnaisse monzogranítico, biotitagnaisse granodiorítico, biotita-hornblendagnaisse quartzo diorítico, biotita-granadagnaisse tonalítico) com fácies migmatíticasubordinada.

Os gnaisses são leuco a mesocráticos,róseos a cinza-claro, inequigranulares e mos-tram texturas granoblásticas e porfiroblásticas,caracterizando um bandamento composicio-nal centimétrico, com alternância entre bandasfélsicas quartzo-feldspáticas e bandas máficasricas em biotita, hornblenda e piroxênio.

Os migmatitos são produtos da fusãoparcial das rochas gnáissicas e ocorrem demaneira restrita e localizada. Quando não se-parado em bandas de composições distin-tas, a rocha migmatítica mostra característi-cas híbridas com estruturas nebulíticas ecomposição granodiorítica. Tanto nos termosgnáissicos como nos migmatíticos ocorrem

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 64: Rel Mato Grosso

64

mobilizados quartzo-feldspáticos pegmatói-des que cortam ou acompanham o banda-mento ou a foliação milonítica, aos quais seassociam cristais centimétricos de magnetitae/ou hornblenda e granada.

Os contatos com os granitos São Pe-dro e São Romão e com o Complexo Baca-erí-Mogno são predominantemente tectôni-cos, através de zonas de cisalhamento trans-correntes, ou localmente transicionais. A áreade ocorrência desta unidade corresponde auma zona de descontinuidade crustal assi-nalada no mapa e perfil gravimétrico, coinci-dindo com fortes anomalias magnéticas.

O metamorfismo é de fácies anfiboli-to alto, atingindo o grau de fusão parcial eformação de migmatitos

Os dados U-Pb indicam idade de1.774 ± 28Ma. para amostra de paleossomado migmatito, coletada no leito do rio Jurue-na. As idades modelos Sm-Nd situam-seentre 2.001Ma. e 2.065Ma.

PP4γsp - Granito São PedroASF

Esta denominação de Frasca e Bor-ges (2004) Oliveira e Albuquerque (2004) Ri-beiro e Villas Boas (2004) e Moreton e Mar-tins (2004) foi utilizada no Projeto Alta Flores-ta para caracterizar corpos plutônicos, sin-cinemáticos, anisótropos de forma sigmoidal,composição predominantemente granítica amonzogranítica e granodiorítica, orientados se-gundo uma densa e intrincada rede de zonasde cisalhamento de direção NW-SE. Encontram-se deformados e metamorfizados na fácies xistoverde a anfibolito médio e afloram sob a formade batólitos, stocks e roof pendents, tendo comoárea-tipo a comunidade de São Pedro, localiza-da a oeste da cidade de Alta Floresta.

O Granito São Pedro é composto pre-dominantemente por biotita granito e biotitamonzogranito, com granodiorito, tonalito,monzodiorito e álcali-granito subordinados. Écomum a presença de enclaves de quartzodio-rito, diorito, quartzo monzonito e de rochassupracrustais granulitizadas.

Estas rochas mostram cor cinza comtonalidades avermelhadas, granulação médiaa grossa e texturas granoblástica, porfirítica,granolepidoblástica, porfiroclástica e miloníti-cas. Estruturas ígneas primárias como mega-cristais tabulares e anédricos de feldspato po-tássico e plagioclásio são comuns nas partes

não-deformadas. São compostas predominan-temente por feldspatos potássicos (pertitas) pla-gioclásio, quartzo, biotita, hornblenda e gra-nada.

Os litótipos apresentam estruturas pro-tomiloníticas e augen, com variações deforma-cionais internas como recristalizações, comi-nuição mineral de cristais de quartzo poligoni-zados e com pontos de junção tríplice, em fun-ção da proximidade de zonas de alto strain. Nasbandas de cisalhamento exibem tramas pro-tomiloníticas a miloníticas e tectonitos dos ti-pos L e LS.

A análise estrutural sugere que estas ro-chas foram posicionadas em nível crustal demeso a catazona, sob regime deformacionaldúctil, de natureza transpressional oblíqua e ci-nemática preferencial sinistral e dextral subor-dinada, identificadas por assimetria das folia-ções S/C, estruturas sigmoidais e porfiroclas-tos rotacionados. A estruturação E-W/NW-SE,com mergulho para N/NE, é caracterizada porfoliação milonítica e bandamento gnáissico,com transporte tectônico de NE para SW.

Os contatos do Complexo Nova MonteVerde com as suítes Vitória e Nova Canaã ecom o Granito São Romão são ora transicio-nais ora tectônicos, estes últimos por meio dezonas de cisalhamento dúcteis transcorrentes.

A análise litoquímica (Souza et al., 2004)indica que o Granito São Pedro possui um pa-drão de série magmática calcioalcalina, alto-K,metaluminoso a peraluminoso. Formam partede um trend ou série contínua, desde termosmonzodioríticos até monzograníticos. Apre-senta características de granitos associados aambientes de arco continental, evoluindo paraum tipo pós-colisional .

Datação U-Pb (SHRIMP) em zircões debiotita granito porfirítico, forneceu idade de1.784 ± 17Ma., interpretada como idade decristalizacão. Idades-modelo Sm-Nd, em gra-nada granito pórfiro, oscilam de 2.060 a2.147Ma. (Pimentel, 2001) mostrando valoresde eNd entre +0,65 a –1,11, indicando deriva-ção crustal ou hibridização para sua origemou fonte.

Estudo geocronológico obtidos nestetrabalho em hornblenda-biotita metagrani-to da região Colniza revelou idade U-Pb de1.669+ 5 Ma.

PP4γsr – Suíte Intrusiva São RomãoASF

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 65: Rel Mato Grosso

65

Esta denominação é proposta porRibeiro e Villas Boas (2004) e Frasca e Bor-ges (2004) para particularizar um conjuntode rochas de composição predominante-mente granítica. Estas rochas integravam oGranito Juruena, conforme cartografado porSilva et al. (1974) e foram individualizadas porapresentarem dados estruturais, litoquímicose geocronológicos distintos. Sua área-tipo si-tua-se ao longo do igarapé São Romão, anoroeste de Nova Monte Verde.

Seus contatos com diversas unidades,tais como os complexos Nova Monte Verde e Ba-caerí-Mogno, o Granito São Pedro, as suítes Pa-ranaíta, Vitória e Nova Canaã e o Grupo São Mar-celo-Cabeça, são, em sua maior parte, tectôni-cos, através de falhas transcorrentes, configuran-do aspecto de lentes amalgamadas, orientadassegundo o trend regional NW-SE a EW.

É constituída predominantemente porbiotita granito fino e microgranito, com gra-nodiorito subordinado. O granito fino apre-senta cor cinza a rósea com pontuações es-verdeadas e negras, textura inequigranularfina a média e matriz formada por mosaicosde cristais xenomórficos e poligonizados dequartzo e feldspato potássico. O micrograni-to possue cor cinza com manchas escuras; éanisótropo e heterogêneo com textura inequi-granular fina.

Estas rochas apresentam estágios de-formacionais que englobam tipos foliados abandados. Estruturas protomiloníticas, milo-níticas e gnáissicas são predominantes e ori-entam-se segundo a configuração tectônicaregional NW-SE, com mergulhos médios aaltos para NE. Mostram uma paragênesemineral indicativa de metamorfismo de fáci-es xisto verde a anfibolito.

A posição crustal é de mesozona, ten-do sido submetida a um regime deformacio-nal eminentemente dúctil de natureza trans-pressional em sua formação, e transtracionaloblíquo em seu posicionamento. A fase com-pressiva exibe sistemas de dobras assimétri-cas e fechadas, com plano axial paralelo à fo-liação e estruturas ptigmáticas em padrõescomplexos, seccionadas por veios de quart-zo. A fase transtracional mostra o rompimen-to destas feições dobradas, deformando es-truturas tipo boudin e dobras-sem-raiz.

As análises químicas (Souza et. al,2004) para elementos maiores, traços e ter-ras-raras indicam que estes granitos apre-sentam um padrão de série magmática cal-

cioalcalina, alto potássio, meta a peralumino-sa. Podem ser classificados como granitospós-colisionais (Manniar e Piccoli, 1989) as-sociados a ambiente de arco continental .

Os padrões terras-raras apresentamcurvas cujo comportamento evidencia ummodelo enriquecido em ETRL e estabilizadoem ETRP, com anomalia negativa de európiopouco proeminente e compatível com o pa-drão encontrado em granitos calcioalcalinos.

Datação U-Pb (SHRIMP) em zircõesde biotita metagranito fino protomilonítico, for-neceu idade de 1.770 ± 9Ma., interpretadacomo idade de cristalização. Idades-modelosSm-Nd, em biotita-granada granito gnáissicoe em biotita granito, apresentam valores de2.098Ma. e 2.172Ma., com valores de e

Nd de+0,14 e – 1,43, indicando derivação crustalou hibridização para sua origem ou fonte.

PP4γa - Granito ApiacásASF

O termo Gnaisse Apiacás foi inicial-mente utilizado por Leal et al. (1980) para de-nominar um conjunto de rochas fortementefoliadas, essencialmente graníticas, afloran-tes no leito do rio Apiacás, caracterizadas pelodesenvolvimento de abundantes feldspatosalcalinos e plagioclásio sódico e que, junta-mente com os metamorfitos da Suíte Cuiú-Cuiú (Pessoa et al., 1977) comporiam o Com-plexo Xingu.

No Projeto Alta Floresta essas rochasforam cartografadas com a designação deGranito São Pedro, reservando o termo Gra-nito Apiacás (Ribeiro e Villas Boas, 2004)para caracterizar um conjunto de rochasleucograníticas a granada e/ou duas micas,peraluminosas e de ambiência colisional, eem cujo principal corpo localiza-se a cidadede Apiacás.

Estas características refletem uma tex-tura peculiar em imagens de satélite e em fo-tos aéreas, que associada aos dados coleta-dos no campo e aos baixos valores cintilomé-tricos nos canais de U, Th, K e contagem totalregistrados em levantamento aerogeofísico,permitiram a individualização da unidade.

Encontra-se intrudido ou em contatotectônico com o Granito São Pedro ou comas suítes Juruena e Paranaíta. Corpos de me-nor expressão, não mapeáveis na escala domapeamento, foram observados em associ-ação com as supracrustais do Complexo Ba-

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 66: Rel Mato Grosso

66

caerí-Mogno.Granitos e monzogranitos com presen-

ça de biotita e muscovita ígneas e leucograni-tos a granada, são os principais litótipos destaunidade. Mostram cor cinza-claro, com tonali-dades esbranquiçadas e minúsculas pontua-ções verde-escuras a pretas, textura granoblás-tica a granolepidoblástica fina a média, local-mente porfirítica, estrutura orientada a foliada.Constituem-se predominantemente por cristaisxenomórficos de feldspato potássico, plagio-clásio e quartzo.

Concentrados de bateia próximos àárea de ocorrência destes granitos confir-mam a presença de granada, ilmenita e mo-nazita, sugerindo a presença de vários cor-pos menores, que não foram cartografadospelo projeto.

A litoquímica Souza et al., 2004 classificaestes granitos como calcioalcalinos de tendên-cia subalcalina, alto-K, fortemente peralumino-sos, com coríndon e ilmenita normativos e for-mados em ambiente sin a pós-colisional. Apre-senta os valores de SiO2 em torno de 71%, Al2O3entre 13% e 18%, valores médios de Na2O eK2O, baixo Rb (190 ppm) e alto Ba e Sr (1100 e440 ppm).

Apresentam-se, em relação às demaisunidades graníticas, depletadas, com baixoconteúdo de ETR, levemente enriquecidasem ETRL e estabilizadas em ETRP, com ano-malia negativa de Eu.

Os valores de sílica acima de 70%, asso-ciados à alta peraluminosidade, indicam pro-cessos de anatexia e origem em fontes crus-tais continentais. Por estas considerações lito-químicas e mineralógicas são, segundo Cha-ppell e White (1974) classificados como grani-tos do tipo S.

Botelho (2001) na análise dos filossili-catos, confirma o caráter magmático da mus-covita, que possui concentração de até maisque 1% de TiO2. A concentração de Al2O3 dabiotita coexistente é em torno de 16%, indi-cando que estas micas estão em equilíbrio eque este litótipo é um granito a duas micas.Botelho (2001) ressalta ainda que estes gra-nitos comumente estão associados a ambi-ente colisional, embora não descarte a possi-bilidade de geração em evento tardio, pós-tec-tônico de granitogênese peraluminosa. Con-tudo, optou-se pela caracterização destes gra-nitos como sin a pós-colisional, por entenderque os mesmos representam um evento plutô-nico de abrangência e duração moderada, as-

sociada a zonas de cisalhamento dúcteis, con-tracionais, responsáveis pela justaposição crus-tal e aglutinação dos terrenos distintos, composicionamento próximo à zona de sutura.

Dados geocronológicos não estão dispo-níveis, mas em função da evolução geotectôni-ca proposta para a área, estima-se que a idadedestas rochas seja compatível com a geraçãoda Suíte Vitória, Granito São Pedro e Granito SãoRomão, durante o regime compressivo e comseu posicionamento sintranscorrente, ao redorde 1.780Ma. a 1.770Ma.

PP4γtp - Granito Teles PiresASF

Termo usado por Silva et al. (1974)para nominar corpos graníticos intrusivos,subvulcânicos, de tendência alasquítica, ano-rogênicos, quase sempre exibindo feições cir-culares. Silva et al. (1980) concluíram queestes granitos representam a parte plutônicado Grupo Uatumã e são constituídos petro-graficamente por granito porfirítico, microgra-nito, granito gráfico, granófiro, granito rapakivie riebeckita granito.

No Projeto Alta Floresta o termo GranitoTeles Pires foi mantido para descrever um con-junto de corpos graníticos, pós-orogênicos, nãodeformados, calcioalcalinos de alto potássio,plutônicos e subvulcânicos e compostos pre-dominantemente por biotita granitos avermelha-dos e com rochas subvulcânicas subordinadas.Distribuem-se sob a forma de stocks e batólitossubcirculares a elipsoidais, ao longo da estrutu-ração regional (WNW – ESE).

Estes corpos encontram-se intrusivospreferencialmente nas rochas vulcânicas daSuíte Colíder e nos granitos Matupá e a deli-mitação de sua área de ocorrência é facilita-da por seu relevo alçado em imagens de sa-télites e por suas expressivas anomalias cin-tilométricas, em contraste com baixos valo-res nos mapas magnetométricos. Localmentesão também observados contatos tectônicos.

As rochas predominantes são repre-sentadas por biotita granito e granito porfiríti-co. Apresentam cor cinza-avermelhado a ver-melho-tijolo, texturas equigranulares a inequi-granulares, localmente porfiríticas, granulaçãomédia a grossa e estruturas maciças a discre-tamente foliadas. No granito porfirítico é co-mum a presença de texturas rapakivi/anti-ra-pakivi e pórfiros de quartzo azulado com bor-das corroídas.

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 67: Rel Mato Grosso

67

Biotita monzogranito com textura ra-pakivi/anti-rapakivi é freqüente na parte oes-te (rio Apiacás) e na região de Alta Florestafoi observado álcali-granito, onde o plagio-clásio aparece em percentual reduzido.

Fácies subvulcânica aparece de modosubordinado e é representada por microgra-nito, granito fino e granófiro. Estas rochas mos-tram cor cinza-rosado a vermelho-tijolo, tex-tura fina a microgranular, felsítica e estruturahomogênea e maciça.

Os granitos não apresentam defor-mações e/ou metamorfismo, salvo discretosfraturamentos de natureza rúptil, as vezes nu-cleados por alteração hidrotermal, não rara-mente preenchidos por material quartzoso.Bandas de cisalhamento em escala centimé-trica são localizadas.

Os resultados analíticos para elemen-tos maiores, traços e terras-raras e o cálculode alguns parâmetros litoquímicos (Souza etal., 2004) mostram um alto conteúdo em SiO2(>70%) acentuado enriquecimento em álca-lis (K2O>5) e baixo conteúdo em Al2O3 (en-tre 12% e 14%). Os níveis de concentraçãode Ba e Sr são semelhantes aos encontra-dos nas suítes calcioalcalinas de alto potás-sio (Granito Nhandu) e mais elevados queos granitos alcalinos anorogênicos que, se-gundo Küster et al. (1998) são profundamen-te depletados nestes elementos. Os dadoslitoquímicos indicam que estes granitos sãometaluminosos e pós-orogênicos.

O padrão apresentado pelos elemen-tos terras-raras mostra enriquecimento emETRL, estabilização para ETRP e discreta ano-malia negativa para Európio, indicando simila-ridade com as curvas obtidas para os granitosNhandu e Juruena. Suas características quí-micas e petrográficas e as relações de campovinculam sua evolução aos granitos tipo I, alta-mente fracionados, com similaridade com osgranitos alcalinos tipo A.

Wernick (2001) sugere que os grani-tos rapakivi podem ocorrer tanto relaciona-dos a arco magmático ou a fragmentos decrosta estabilizada, adicionados a arcos pós-colisionados ou vinculados a ambiente ano-rogênico emplaçados em regime transtraci-onal a extensional, posicionados imediata-mente após o magmatismo orogênico.

Datações geocronológicas, em bioti-ta granito da região de Terra Nova do Norte,forneceram idade U-Pb de 1.757 ± 16Ma. eidade-modelo Sm-Nd de 2.100Ma. (Santos,

2000). As rochas desta unidade são seme-lhantes, pelas suas características evolutivas,petrográficas, químicas e modo de ocorrên-cia, aos granitos mais antigos da Suíte Intru-siva Maloquinha, com idade de 1.880Ma.(Klein et al., 2000) porém, originados emeventos geotectônicos distintos, com dife-rença em idade em torno de 130Ma.

PPmcs – PPmc Grupo São Marcelo-CabeçaASF

Barros et al., (1999) identificaram, na re-gião sul da Folha Ilha 24 de Maio, uma se-qüência metavulcanossedimentar, com altopotencial metalogenético aurífero denominan-do-a Subprovíncia Cabeça.

Madrucci (2000) denominou as rochasque ocorrem na região do garimpo homônimode Seqüência Metavulcanossedimentar do Ca-beça. Elas são constituídas por quartzito, quart-zo-sericita xisto, granada-sericita xisto, clorita-se-ricita xisto, quartzo milonito e metacherts. Sãorochas deformadas em regime dúctil, dobradase transpostas por foliações miloníticas e cata-clásticas, dentro de um cinturão de cisalhamen-to transcorrente, de orientação WNW-ESE.

Frasca e Borges (2004) renomearamesta unidade para Grupo São Marcelo-Ca-beça, pois constataram que a maior área deocorrência das rochas metavulcânicas en-contra-se nas nascentes do rio São Marceloe à sua margem esquerda, além da área deestudo de Madrucci (2000).

Assim, esta unidade passa a ser redefi-nida como uma seqüência constituída porrochas metassedimentares clásticas, pelíticase químicas, e por uma associação vulcâni-ca-subvulcânica félsica, composta por ro-chas piroclásticas e epiclásticas, com intru-sões quartzo-dioríticas subordinadas. Todosos litótipos apresentam uma variável taxa dedeformação dúctil, com tramas compatíveisàs condições de fácies xisto verde.

A litoquímica das rochas metavulcânicasmostra afinidade calcioalcalina, alto-K, peralu-minosa a metaluminosa, geradas em ambien-te de arco vulcânico, com enriquecimento mo-derado em ETRL e ETRP, e com anomalia ne-gativa em Eu.

Esta seqüência foi seccionada porcisalhamento transcorrente dúctil, pre-dominantemente sinistral, de direção geralN30-60W e EW, com médio ângulo de mer-gulho, desenvolvendo foliações desde pro-

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 68: Rel Mato Grosso

68

tomiloníticas a ultramiloníticas, em diferentesgraus de anisotropia estrutural, promovendoa forma lenticular da unidade.

Sua espessura máxima aparente situa-se em torno de 8,5 km.

A sudeste da foz do rio São Marcelo estaseqüência acha-se recoberta discordantemen-te pelas rochas sedimentares da Formação Dar-danelos. O seu contato com o Complexo NovaMonte Verde, com os granitos São Romão,São Pedro e com a Suíte Nova Canaã é feito,em maior parte, através de zonas de cisalha-mento transcorrente. A Suíte Nova Canaã de-nota ser parcialmente intrusiva nesta seqüên-cia nas imediações do baixo curso do rio SãoMarcelo, ou ainda mantém contato transici-onal em algumas faixas onde ambas sãoconstituídas de rochas subvulcânicas e/ougranitos epizonais.

As rochas metavulcânicas acham-se in-terdigitadas com as rochas metassedimenta-res, sendo esta interdigitação aparentementeoriginal entre suas fácies e acentuada por ci-salhamento transcorrente, transpondo fatias doconjunto rochoso. É sugestivo que esta se-qüência tenha se iniciado com a deposição desedimentos psefíticos e pelíticos em ambientefluvial-lagunar, seguida de vulcanismo inter-mediário a ácido e com sedimentação detríti-ca e química associada.

Segundo Wildner (2001) a presença dedepósitos de caráter carbonoso, as intercala-ções com níveis de pelitos e de arenitos quart-zosos, e o estreito relacionamento com de-pósitos vulcanoclásticos e epiclásticos, porvezes grosseiros, podem indicar um regimedeposicional transicional subaqüoso, onde osdepósitos grosseiros indicariam a presença deum relevo positivo, provavelmente dominadopor rochas vulcânicas, justaposto a corposd´água calmos, relacionados a uma bacia ouplataforma rasa.

O metamorfismo varia de incipiente, naparte leste, a médio grau, na porção oeste.Esse comportamento também foi observa-do nas rochas de outras unidades da região,notadamente na Suíte Nova Canaã. O pa-drão das terras-raras mostra característicasde magmas ácidos, sugerindo que houveassimilação da crosta siálica, assinalada pelamaior concentração de terras-raras leves, ecom padrão próprio de rochas riolíticas altasílica, com significativa alcalinidade e com em-pobrecimento relativo em európio.

Dados geocronológicos precisos para

esta unidade ainda não foram disponibiliza-dos, embora dados de zircão detrítico foramobtidos em xistos milonitizados (metapelitos)do garimpo Fabinho e datado pelo métodoU-Pb SHRIMP, fornecendo a idade de 1.859± 5Ma. (Santos, 2000). Este dado sugerecomo a mais provável área-fonte dos metas-sedimentos as rochas granítica-granodioríti-cas da Suite Juruena e representa também aidade máxima para a seqüência. Os comple-xos Bacaerí-Mogno e Cuiú-Cuiú e as rochaspré-colisionais das Suítes Matupá e Flor daSerra também são possíveis candidatos a áre-as-fontes. Outra evidência relativa são os me-taconglomerados que ocorrem na porçãonoroeste da área, constituídos por seixos desillimanita quartzito e quartzito ferrífero. A área-fonte desses conglomerados seria o Comple-xo Bacaerí-Mogno, de idade isocrônica 2,2Ga.(Sm-Nd) e que contém quartzitos dos tiposcitados entre seus litótipos.

O Grupo São Marcelo-Cabeça pode sercorrelacionado à seqüência metavulcanos-sedimentar aflorante na região de Aripuanã(MT) pertencente ao Grupo Roosevelt, situa-da cerca de 270 km a oeste. As duas seqüên-cias têm compatíbilidade litológica, metalo-genética e o ambiente tectônico-sedimentarcomum. Para um dacito e um granito defor-mado, intrusivo na seqüência de Aripuanã(Grupo Roosevelt) Neder et al. (2000) obtive-ram respectivamente as idades U-Pb SHRIMPde 1.762 ± 6Ma. e 1.755 ± 5Ma.

As principais deformações e metamor-fismo de baixo grau, que afetam a bacia, sãoposteriores e possivelmente remontam à ida-de de 1.653 + 42Ma. (Pimentel, 2001) meta-morfismo este tardio e também marcado emrochas do Complexo Bacaerí-Mogno.

O posicionamento geotectônico destegrupo é ainda uma questão em aberto. Pode-se inferir que esta seqüência represente umabacia relacionada a arco, imbricada às rochasplutônicas (granitóides deformados calcioalca-linos do Arco Juruena).

O Grupo São Marcelo-Cabeça apresen-ta importante mineralização aurífera em veiose boudins de quartzo e constitui uma unida-de potencial para ocorrência de Zn e Pb.

PP4r - Grupo Roosevelt(GJR / JDL)

Os primeiros relatos sobre rochas vul-cânicas félsicas na região do médio-alto rio

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 69: Rel Mato Grosso

69

Roosevelt são atribuídos a Leal et al. (1978)que as correlacionaram ao vulcanismo félsi-co Iriri do Grupo Uatumã e as denominaramde Formação Roosevelt. Rizzotto et al. (1995)descreveram uma intercalação entre rochasvulcânicas e sedimentares na margem esquer-da do rio Roosevelt e denominaram de Se-qüência Metavulcanossedimentar Roosevelt.Scandolara et al. (1997) passaram a denomi-nar de Suíte Vulcânica Roosevelt as rochasde derrame e piroclásticas de composiçãofélsica dominante, variando de riolitos a da-citos, com andesitos subordinados. Santoset al. (2000) passam a denominar essa mes-ma associação de rochas como Grupo Roo-sevelt. A área de ocorrência dos litótipos estárestrita às bacias hidrográficas dos rios Roo-sevelt e Aripuanã. Entretanto, é ao longo domédio-alto curso do rio Roosevelt que seencontram as melhores exposições de ro-chas deste grupo.

O Grupo Roosevelt é representado porum conjunto metavulcanossedimentar, de am-biente de deposição subaquoso, assim com-posto: unidade superior de metargilitos interdi-gitados com metacherts, formações ferríferas-manganesíferas e metatufos; unidade interme-diária, de ignimbritos e conglomerados vulca-noclásticos e; unidade basal, com dacitos-rioli-tos intercalados com raros basaltos e tufos su-bordinados. Boas exposições das unidadessuperior e intermediária podem ser visualizadasno perfil por estrada partindo-se da cidade deAripuanã à oeste, em direção ao rio Branco enas proximidades do distrito de Filadélfia.

O contato do Grupo Roosevelt é ge-ralmente tectônico com os granitos São Pe-dro e Zé do Torno e é cortado pelos corposplutônicos do Granito Aripuanã e da SuíteSerra da Providência. As rochas componen-tes do grupo formam serras alongadas dedireção E-W, constituídas de amplos sinfor-mes balizados por cristas subverticalizadas.

A estruturação regional dos litótiposdo Grupo Roosevelt segue um trend NW-SEa E-W com mergulhos de 40 a 70º para NNE.A deformação nas rochas do grupo é muito he-terogênea, existindo zonas de forte dobramentoe milonitização, porém predominando nas por-ções superiores do pacote vulcanossedimentar,zonas com estruturas primárias preservadas.Amplas dobras antiformes e isoclinais possu-em plano axial de direção E-W, com mergulhomoderado para norte e eixo com caimento paranoroeste.

A paragênese metamórfica com seri-cita, clorita e epidoto, tanto nos metapelitoscomo nas metavulcânicas é compatível commetamorfismo da fácies xisto verde. Entretan-to, desde as imediações da ponte do rio Ver-melho, na rodovia MT-170, até as proximida-des da comunidade Novo Horizonte, as asso-ciações minerais encontradas são característi-cas de condições metamórficas da fácies anfi-bolito, ocorrendo um corpo tabular de rochasmetassedimentares, descontínuo, alongadodominantemente segundo a direção NE-SW,por aproximadamente 40 km. Esta subunida-de consiste de uma sucessão de quartzo-mus-covita xisto, sillimanita-quartzo xisto, formaçõesferríferas bandadas e delgadas camadas derochas calcissilicatadas. Os xistos apresentamcores variegadas desde vermelho, rosa, cre-me, amarelo com granulometria variável demédia a fina, onde se destacam raros porfi-roblastos de sillimanita. Entretanto, estes por-firoblastos podem ser resultantes do meta-morfismo térmico ocasionado pela intrusãodo Granito Rio Vermelho. As rochas calcissi-licatadas, constituídas por epidoto, quartzo,calcita e granada, ocorrem como delgadascamadas de cor verde a verde-esbranquiça-do, intercaladas a pacotes métricos de for-mação ferrífera bandada. Esta última é ca-racterizada pela alternância de leitos centimé-tricos ricos em quartzo e leitos ricos em quart-zo e magnetita e mais raramente grunerita.

Datação U-Pb (SHRIMP) em zircão deum metadacito a NNE da seqüência, forne-ceu idade de 1.762 ± 6Ma. (Neder et al., 2000)enquanto que um outro metadacito próximodo rio Roosevelt, forneceu idade de 1.740 ±8Ma. (Santos et al. 2000).

A mineralização associada às rochas doGrupo Roosevelt compreende principalmentegossans de sulfetos de Pb e Zn e zonas enri-quecidas em metais-base (Cu, Pb, Zn, Au) nainterfácie sulfeto-óxido, base do conjunto me-tavulcanossedimentar, além de ouro livre aalu-viões. Resultados parciais de avaliação do De-pósito da Serra do Expedito (Aripuanã-MT)indicam reservas de 11,65 milhões de tone-ladas métricas de metais-base com teores de6,29% de Zn, 2,25% de Pb, 0,07% de Cu, 65g/t. de Ag e 0,25 g/t. de Au (Ambrex, relató-rio interno 1998).

PP4γγγγγzt – Granito Zé do Torno(GJR / JDL)

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 70: Rel Mato Grosso

70

A designação informal de Granito Zédo Torno foi utilizada pela primeira vez du-rante os trabalhos de pesquisa da MineraçãoAripuanã (Costa, 1999). Outras denomina-ções também utilizadas em trabalhos na áreasão conhecidas, como Granito Paraibão ouGranito G1. Trata-se de uma sucessão decorpos graníticos rasos e contemporâneosao vulcanismo do Grupo Roosevelt. Ocorremcomo batólitos alongados e concordantescom a estruturação regional. Mostram coresrosa a cinza, variando de equigranulares degranulação média a porfiríticos de matrizmédia a fina, exibindo, geralmente, a texturarapakivi característica. Protomilonitos e milo-nitos com texturas porfiroclásticas são desen-volvidos em zonas de cisalhamento, cuja di-reção predominante é WNW-ESE. Enclavesmáficos de formas elipsoidais e sigmoidais, degranulação fina e ricos em biotita, concordan-tes com a foliação regional, são comuns epodem apresentar dimensões de até 30 cm.Estes granitos são constituídos por propor-ções variáveis de quartzo, feldspato alcalinoe plagioclásio, que definem uma variaçãocomposicional entre sieno e monzogranito.Biotita e titanita são os máficos principais,com Fe-hastingsita subordinada.

Néder et al. (2001) utilizando a meto-dologia U-Pb em zircões por SHRIMP, apre-sentaram idade 1.755 ± 5Ma. para um mon-zogranito desta unidade.

PP4γnc1 – PP4γnc2 – PP4γnc3 – PP4γnc4 –Suíte Nova CanaãASF

Frasca e Borges (2004) individualizarame cartografaram um conjunto de corpos gra-níticos encontrados nas proximidades da ci-dade Nova Canaã do Norte, para o qual seutilizou a denominação de Suíte Nova Canaã.É constituída por rochas plutônicas e subvul-cânicas félsicas, que ocorrem como corposintrusivos, de geometria elíptica, alongados,concordantes a subconcordantes a extensaszonas de cisalhamento de direção NW. Sãorepresentados por batólitos, stocks e apófises,de posicionamento crustal meso a epizonal. Oslitótipos plutônicos estão constituídos por bioti-ta monzogranito, sienogranito, álcali-granito,hornblenda-biotita granito e quartzo monzoni-to subordinado. As fácies subvulcânicas sãomais restritas e estão representadas por micro-monzogranito fino e granófiro. Apresentam

enclaves diorítico, quartzo-diorítico a quartzomonzodiorítico.

Representam um conjunto de litótiposde natureza peraluminosa, gerados em ambi-ente tectônico presumivelmente tardiorogêni-co ou pós-orogênico, em relação ao Arco Ju-ruena. Todos os litótipos apresentam diferen-tes estágios de anisotropia, desde porções isó-tropas, a restritas zonas, cada vez mais defor-madas, com o desenvolvimento progressivo defoliações miloníticas.

Na análise das imagens gamaespectrométri-cas, nos canais de potássio, tório e urânio, apresen-tam anomalias positivas, sendo esta uma caracte-rística distintiva para sua identificação, atravésde método indireto.

Os diversos corpos apresentam conta-tos tectônicos, por zonas de transcorrênciadúcteis, com as demais unidades da região,principalmente com o Grupo São Marcelo-Cabeça e com os granitos São Pedro e SãoRomão. Os limites entre suas fácies são oratectônicos, entre os litótipos de característi-cas diferentes, ora gradacionais, entre os li-tótipos com similaridade composicional.

Foram identificadas quatro fácies prin-cipais nesta suíte: (PP4γnc1) - Biotita-mon-zogranito e sienogranito leucocrático;(PP4γnc2) – hornblenda-biotita granito e bi-otita granito meso-leucocrático; (PP4γnc3);rochas subvulcânicas (PP4γnc4)- álcali-gra-nito e sienogranito.

Os biotita monzogranito e sienograni-to leucocráticos (PP4γnc1) são os litótipospredominantes. Mostram de coloração ró-sea-avermelhada a cinza, em tons claros eapresentam-se em geral anisótropos, inequi-granulares, médios a grossos, de estruturamaciça e textura pórfira a porfirítica. Possu-em texturas granoblásticas e estruturas pro-tomiloníticas a miloníticas e foliadas, quandodeformados.

Os hornblenda-biotita granito e biotitagranito meso-leucocráticos (PP4γnc2) sãotermos subordinados e constituem uma fá-cies porfiroclástica de granulação extrema-mente grossa, com fenocristais centimétricosde K-feldspato pertíticos, sendo encontradoalguns termos com cristais de textura pseu-do-rapakivi e matriz granoblástica. Rochasde composição quartzo-monzoníticas asso-ciam-se subordinadamente a estes litótipo.

As rochas subvulcânicas (PP4γnc3) sãode ocorrência limitada e formam corpos emforma de sills e diques de micromonzogranito

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 71: Rel Mato Grosso

71

e granófiros. Apresentam como característica,em imagens geofísicas, anomalias magneto-métricas intensas e localizadas.

Os álcali-granito e sienogranito(PP4γnc4) são os termos mais diferenciadose tardios, mostram tendência mais alcalina sãoricos em K-feldspato e quartzo. Em imagensgamaespectrométricas, em especial no canalde potássio, estes litótipos apresentam fortesanomalias positivas, perceptíveis para sua in-dividualização.

Os dados litoquímicos indicam que asrochas desta unidade são fortemente pera-luminosa e mostram alta concentração em sí-lica, entre 70,43% e 75.26% e K2O (> 5%) ebaixos valores de TiO2 , Fe2O3(T) , MgO e CaO.Os padrões de terras-raras apresentam com-portamento coerente com a interpretação tec-tônica dada pelos elementos maiores e traços.As curvas fornecidas evidenciam um modelohomogêneo, enriquecidos em ETRL e ETRP,com profunda anomalia negativa de európio,compatíveis com o padrão encontrado em gra-nitos peraluminosos de origem crustal.

O significado das análises para inter-pretação do posicionamento tectônico indi-ca que este magmatismo representa um es-tágio pós-colisional, associada às falhas di-recionais transtrativas. Segundo Sylvester(1998) estes litótipos peraluminosos são ori-ginados por um conjunto de diversos pro-cessos, que em parte envolvem zonas de ci-salhamento e deformação, com granitospós-colisionais derivados de aquecimentomantélico sobre uma crosta litosférica dela-minada e moderadamente espessada.

A datação efetuada para esta unidadeforneceu a idade U-Pb de 1.743 + 4Ma. (Fras-ca e Borges, 2004).

Suíte Rio do Sangue

É constituída pelos ganitos Juara eFontanillas, anteriormente cartografadascomo pertencentes ao Complexo Xingu, dis-tribuídos na região noroeste do estado.

PP4γγγγγju – Granito Juara(GJR / JDL)

Da mesma forma que os granitóidesda Unidade Fontanillas, as rochas desta uni-dade eram agrupadas no Complexo Xingu.Durante a execução do Projeto Gis do Brasil,pela CPRM, foram identificados e cartogra-

fados maciços graníticos milonitizados e comfeições migmatíticas, os quais foram incluí-dos sob a denominação de Suíte IntrusivaSão Romão, em analogia aos granitos de-formados de granulação fina ocorrentes nafolha São João da Barra. Neste trabalho,passa-se a denominar de Unidade Juara paraos granitos que ocorrem, predominantemen-te, na porção central do Município de Juara,estendendo-se para oeste como uma faixaestreita e contínua até as imediações do riodo Sangue.

A forma de ocorrência é sugestiva detratar-se como diques e/ou corpos tabularesde dimensões variadas, até mesmo kilomé-tricas, cortando as rochas da Unidade Fon-tanillas e em parte, possivelmente intrudidaspela Suíte Intrusiva Tatuí. Estes diques inclu-em, do ponto de vista textural, tanto aplitosquanto pegmatitos. Os aplitos são equigra-nulares finos a porfiríticos enquanto que ospegmatitos são equigranulares grossos. Osprimeiros variam em composição desde sie-nogranítica a monzogranítica até granodio-rítica; enquanto os pegmatitos são dominan-temente de composição granítica. Esta uni-dade aflora como matacões e blocos tabula-res a arredondados variam de 3 a 100 m decomprimento.

As rochas desta unidade mostramuma foliação milonítica WNW-ESE caracteri-zada pelo paralelismo dos cristais de micas ede diminutos porfiroclastos de feldspato al-calino, os quais se acham imersos em matrizcom intensa recristalização.

PP4γγγγγfo – Granito Fontanillas(GJR / JDL)

Originalmente, as rochas graníticasdeformadas ocorrentes entre os grábens Dar-danelos e Caiabis e a Bacia dos Parecis, des-de Fontanillas a oeste, até Juara à leste, es-tavam inseridas no Complexo Xingu (Silva etal. 1974). No Projeto Gis do Brasil, estas ro-chas foram agrupadas na Suíte Intrusiva Ser-ra da Providência, por apresentarem a textu-ra rapakivi típica dos litótipos da Serra daProvidência e a associação temporal e espa-cial com gabros e charnockitos. Neste tra-balho, passa-se a englobar esta associaçãode rochas na Unidade Fontanillas, perten-cente à Suíte Rio do Sangue.

O Granito Fontanillas domina grandeparte da porção a sul da região de Castanhei-

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 72: Rel Mato Grosso

72

ra, ocorrendo na forma de um corpo batolíti-co, alongado segundo a direção E-W e WNW-ESSE, com dimensão maior acima dos 200km, adentrando os domínios do município deJuara. No contexto regional ocorre uma am-pla variação nas características estruturais/tex-turais das rochas graníticas, desde tipos fraca-mente foliados até protomilonitos e milonitosbandados.

Esta unidade inclui biotita granitosque correspondem aos termos dominantese subordinadamente corpos de gabros. Osgranitos apresentam composição monótona,variando de biotita sienogranito a biotita mon-zogranitos, com cores rosa e tonalidade aver-melhada. Texturalmente são equigranularesgrossos a inequigranulares, porfiríticos exibin-do fenocristais com dimensões de até 10cmimersos em matriz grossa a muito grossa. Osfenocristais são em sua maior parte de felds-pato alcalino os quais acham-se manteadospor delgadas bordas de plagioclásio, confi-gurando uma textura rapakivítica. O GranitoFontanillas foi afetado por deformação hete-rogênea de carácter dúctil-ruptil, o que resul-tou na presença de protomilonitos, milonitose augen gnaisses, cuja direção preferencial éWNW-ESE. Injeções decimétricas a decamé-tricas pegmatíticas e aplíticas são comuns ese encontram deformadas, concordantemen-te ao restante da unidade, o que dá um as-pecto gnáissico ao conjunto. Enclaves de ta-manho e forma variada de composição diorí-tica a granítica são bastante comuns.

Estudos geocronológicos desenvolvi-dos neste trabalho, em biotita metagranito re-velaram idade U-Pb de 1800 + 20 Ma.

Grupo BeneficenteASF

Esta denominação foi proposta porAlmeida e Nogueira Filho (1959) para desig-nar uma seqüência sedimentar composta porduas litofácies: uma inferior, quartzítica, aflo-rando no povoado de Beneficente e uma su-perior, pelítica, aparecendo no baixo curso doigarapé das Pedras. Diversos outros autoresusaram esta mesma terminologia para carac-terizar os sedimentos encontrados desde o rioSucunduri até a rodovia BR-163 (Cuiabá-San-tarém) na região conhecida como Serra doCachimbo. Entre eles se destacam Liberatoreet al. (1972) Silva et al. (1974) Almeida (1974)Santos et al. (1975) Santos (1977) Leal et al.

(1978) e Silva et al. (1980).Com base na interpretação de aero-

fotos e de imagens de radar e satélite e nosdados coletados no campo, foram individu-alizadas 4 unidades litológicas na atual bor-da sul desta bacia, marcada por um sistemade falhas transcorrentes predominantemen-te sinistrais.

Unidade I (PP4b1) – Distribui-se soba forma de estreita faixa com orientaçãoWNW-ESE a E-W, recobrindo discordante-mente as rochas da Suíte Colíder, ocupan-do o terço superior da encosta da serra dosApiacás e mostrando mergulhos em torno de40º para NNE. Contatos tectônicos com ou-tras unidades também são observados. Nasseções estudadas sua espessura é estimadaem 150 metros, predominando arenitos e are-nitos líticos brancos a creme, com grãos finos amédios, subangulosos e bem selecionados, dis-postos sob a forma de estratos e camadas comfreqüentes estratificações plano-paralelas, cru-zadas acanaladas e tabulares. Segundo Pedrei-ra (2000) estas rochas tipificam um sistema flu-vial entrelaçado, onde os arenitos com estra-tificações cruzadas planares representam bar-ras transversais. A parte inferior desta unidade éformada por camadas métricas de conglome-rados polimíticos ( sustentados pelos clastos)com os clastos de rochas vulcânicas, areni-tos e argilitos, atingindo até 20cm de diâme-tro. Ocorre também arenito argiloso marrom-claro a róseo, de granulação média, bem se-lecionado; capeado por uma sucessão de fi-nas camadas de arenitos, arenitos líticos e ar-gilitos, avermelhados, com clastos de argila egranocrescência ascendente e recobertos poruma camada de argilito vermelho com man-chas brancas de descoloração e com novaalternância de argilitos vermelhos e arenitosvermelho-escuro, friáveis e com estratificaçõescruzadas tabulares, com indicação de paleo-correntes para oeste.

Neste pacote, com espessura de 5metros, os arenitos basais com clastos de ar-gila são indicativos de lobos progradantes soba forma de pequenos leques preeenchendocanais, enquanto os arenitos com estratifica-ções cruzadas tabulares e os argilitos são in-terpretados, respectivamente, como barraslinguóides ou transversais e planícies de inun-dação (Pedreira, 2000).

Em estudos palinológicos realizadospelo LAMIN-RJ, em argilito vermelho com ní-

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 73: Rel Mato Grosso

73

veis escuros, não foram observados fósseis.Esses argilitos são interpretados como depó-sitos overbank ou planícies de inundação, comos níveis de material escuro representando zo-nas pantanosas.

Unidade II (PP4b2) – Distribui-se soba forma de estreita faixa paralela à unidadeanterior, à qual recobre de maneira concor-dante, com espessura estimada em mais de150 metros. Constitui-se de pelitos averme-lhados onde argilitos laminados represen-tam as rochas predominantes. Arenitos finose arenitos manganesíferos aparecem comolentes ou finas intercalações. Também ocorrecalcário margoso, cinza-escuro, com texturamuito fina, estrutura finamente laminada, com-posto predominantemente por carbonatos,argilominerais, sericita, quartzo, feldspatopotássico, clorita e opacos e apresentandoforte efervescência ao HCl diluído.

A presença dos argilitos indica planí-cie de inundação ou superfíciie de afogamen-to e, devido a presença de lentes de rochascarbonáticas, esta unidade é interpretadacomo uma plataforma carbonática.

Unidade III (PP4b3) – Mostra-se dis-tribuída sob a forma de estreita faixa paralelaàs unidades anteriores, constituindo a partemais acidentada da borda desta bacia sedi-mentar, que é conhecida regionalmente comoSerra do Apiacás. As unidades I e III, compos-tas predominantemente por arenitos, formammorrotes alinhados constituindo lineamentospositivos nas imagens de satélite e de radar,enquanto na unidade II, argilosa, o relevo émenos saliente, conferindo uma textura foto-gráfica diferente, o que, aliado aos dados decampo, permitiram sua individualização. Reco-bre concordantemente os pelitos da UnidadeII e é constituída por camadas de arenito fino amédio, com estratificações plano-paralelas ecruzadas e localmente apresentam finas inter-calações de siltitos e argilitos. Sua espessura éestimada em cerca de 100 metros.

Unidade IV (PP4b4) - É constituídapor uma seqüência de arenitos claros comintercalações de argilitos e siltitos avermelha-dos. Sua espessura é estimada em poucomais de 150 metros e em função de as ca-madas apresentarem mergulhos mais sua-ves em relação às unidades sotopostas, suadistribuição e faixa de ocorrência é bem mais

ampla em relação às unidades anteriores.Em função das intercalações de argili-

tos exibirem mergulhos suaves e os arenitosserem muito friáveis, os locais onde se instalouesta unidade acham-se arrasados e marcadospor uma vegetação menos exuberante facili-tando sua individualização através de fotoin-terpretação.

Os arenitos apresentam cor esbran-quiçada, granulação fina a média, estratifica-ções plano-paralelas, cruzadas acanaladas,tabulares e marcas onduladas. Localmenteforam observados níveis de granulação gros-sa a microconglomerática, geralmente asso-ciados a faixa de argilitos avermelhados comlentes de siltitos e arenitos muito finos.

Arenitos róseos, finos, arcoseanos aortoquartzíticos, com grãos bem seleciona-dos, localmente mostrando estratificação cru-zada, silexito e cherts, são descritos no Pro-jeto Apiacás (Silva Neto et al., 1980) ao lon-go dos rios Azul e São Benedito. Rochas íg-neas extrusivas de cor avermelhada, com-pactas, finas e vítreas, são descritas pelosautores acima citados e estão correlaciona-das a zonas de falhas N-S, localizadas a oesteda fazenda Rio Azul. Esta unidade e as duasanteriores foram inicialmente consideradaspor Pedreira (2000) como um sistema fluvialentrelaçado com planícies de inundação.

Em interpretação de dois furos desonda localizados nas partes NW e SE Serrado Cachimbo, Lopes (2001) sugere, com basenas litologias e na perfilagem geofísica, a in-dividualização de três seqüências siliciclásti-cas e uma carbonática.

A correlação entre os perfis executa-dos na borda sul da Serra do Cachimbo,norte da folha Alta Floresta, e estes furos, aUnidade I corresponderia à Seqüência Sili-ciclástica Basal (SS1). A unidade II, predomi-nantemente pelítica, equivaleria à parte ba-sal da Seqüência Carbonática (SC) com seutopo coincidindo com a superfície de máxi-ma inundação. As unidades III e IV seriamcorrelacionáveis ao restante da seqüênciacarbonática presente no furo SE e ausenteno furo NW, possivelmente devido a proces-sos erosivos.

As idades obtidas por Tassinari et al.(1978) em siltitos (1.485 ± 32Ma. – Rb-Sr emrocha total e 1.331 ± 28Ma. – Rb-Sr em fra-ção fina) aflorantes na BR-163, a sul da BaseAérea da Serra do Cachimbo pode ser inter-pretada como a idade mínima do Grupo Be-

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 74: Rel Mato Grosso

neficente. As idades Pb-Pb obtidas na popu-lação de zircões detríticos mais jovens de fá-cies conglomerática da base deste grupoconfirmam que a idade máxima do início desua deposição é de 1,74 Ga. (Leite & Saes,2002) portanto do Estateriano.

MP1γsc - Suíte Intrusiva Santa CruzASR

A designação de Suíte Intrusiva San-ta Cruz foi proposta por Ruiz (1992) ao refe-rir-se a um corpo de dimensão batolítica, comdireção NNW, exposto entre as localidadesda Reserva do Cabaçal e São José dos Qua-tro Marcos. Este autor identificou duas fáci-es petrográficas a partir do mapeamento dobatólito, na região de Cachoeirinha.

Uma fácies dominante, rosa, grossaa média, orientada, de composição monzogra-nítica a, subordinadamente, sienogranítica,composta por rochas de granulação grossa eraramente fina, equigranulares e fortementeorientadas. Ao microscópio identifica-se a tex-tura hipidomórfica, equigranular, sendo o fel-dspato alcalino e o plagioclásio normalmentesubidiomórficos, o quartzo xenomórfico é in-tersticial e a biotita, pouco abundante, ocorreisolada ou em agregados com minerais má-ficos e acessórios. Os acessórios comunssão a titanita, allanita, apatita e o zircão.

A fácies subordinada é constituída porocorrências localizadas e de dimensões im-precisas de rochas mesocráticas, de cor cin-za-escura, faneríticas, granulação grossa,equigranulares e fortemente orientadas. Aomicroscópio constata-se o predomínio detextura hipidiomórfica, equigranular, domina-da por cristais subidiomórficos de plagioclá-sio e hornblenda e, mais raramente, feldspa-to alcalino. O quartzo apresenta-se xenomór-fico e intersticial e a biotita, muito rara, formaagregados com os cristais de hornblenda. Osopacos e minerais acessórios são o zircão,epidoto, apatita e allanita; ocorrem associadosa hornblenda e biotita.

Ruiz et al. (2004) descrevem a ocor-rência de uma terceira fácies petrográfica,constituída por rochas leuco a mesocráticas,cinza rosadas, intensamente foliada, faneríti-cas, com textura porfirítica, composição essen-cialmente monzogranítica. Esta fácies é obser-vada na estrada que liga Araputanga e Cacho-eirinha. Nas proximidades da fazenda Pitom-ba observam-se diques ou veios da fácies por-

firítica seccionando a fácies rosa, equigranu-lar.

Geraldes (2000) através de datação U-Pb convencional em monocristais de zircão,obteve idade de 1.587 ± 04Ma., admitidacomo idade de cristalização.

MP1rg - Complexo Metavulcanossedimen-tar Rio GaleraASR

Deve-se a Ruiz et al. (2003 e 2004) a deno-minação de Complexo Metavulcanossedimentar RioGalera, em substituição ao até então reconhecidocomo Complexo Metamórfico Rio Galera, paradesignar a associação supracrustal exposta naregião de Conquista d’Oeste, no vale do rioNovo, em contato com o Complexo Metavul-canossedimentar Pontes e Lacerda (Menezes,1993) através de importante zona de cisalha-mento tangencial de baixo ângulo, nominadade Zona de Cisalhamento Anhambiquara.

Compreende um conjunto de xistose anfibolitos, com intercalações de gnaissesleucocráticos. Os gnaisses exibem texturasígneas preservadas, sugerindo uma nature-za ortoderivada. São cinza-claros, granulaçãomédia, com níveis pegmatíticos paralelos aobandamento diferenciado. Possuem compo-sição monzogranítica a granodiorítica. Os an-fibolitos e xistos ocorrem em uma proporçãosuperior a 4:1 em relação aos gnaisses. Osanfibolitos são cinza-escuros a esverdeados,granulação média a fina, marcada xistosida-de, definida pelo arranjo planar de anfibólios(hornblenda) e andesina. Os quartzo micaxis-tos são raros e intercalam-se aos anfibolitos.Esses litótipos sugerem uma associação vul-canossedimentar dominada por derramesbásicos com discreta participação de produ-tos sedimentares de natureza siliciclástica,ambos recortados por intrusões graníticasmenores.

MP1rn - Complexo Metamórfico Rio NovoASR

Ruiz et al. (2004) empregam o termoComplexo Metamórfico Rio Novo para des-crever uma associação de gnaisses cinzentos,bandados, complexamente deformados, co-mumente associados a intrusões de plutonsgraníticos, de composição e textura variadas,freqüentemente com diques aplíticos e peg-matíticos, métricos, além de granitos leuco-

74

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 75: Rel Mato Grosso

75

cráticos, de cor rosa, definindo um arranjo deintrusões tabulares subparalelas.

As principais ocorrências desta unida-de foram observadas na fazenda São Miguel eGleba Bacurizal, na estrada de acesso às fa-zendas Reunidas Boi Gordo, e em extensas ex-posições nos domínios da Gleba dos Mineiros.

Na fazenda São Miguel, próximo aolimite com a Área Indígena Vale do Guaporé,essas rochas ortoderivadas afloram sob a for-ma de lajedos e matacões amplos.

São ortognaisses cinzas, leucocráticos,bandados, exibindo complexo padrão de de-formação e composição variando de tonalitoa granodiorito. O bandamento gnáissico é de-finido pela alternância de bandas félsicas (leu-cocráticas) quartzo-feldspáticas, e máficas (me-socráticas) constituídas essencialmente porbiotita e hornblenda.

As bandas gnáissicas mostram-se do-bradas e usualmente seccionadas e/ou trans-postas ao longo de discretas zonas de cisa-lhamentos subverticais. Corpos plutônicos gra-níticos, mesocráticos a leucocráticos, de gra-nulação média a fina, encaixam-se paralela-mente às faixas cisalhadas, sugerindo que acolocação destes corpos, pelo menos em par-te, tenha sido controlada pelo mesmo regimedeformacional que conduziu a implantação daszonas cisalhantes.

São freqüentes enclaves de litótiposmáficos de granulação grossa a média, por-tadores de foliação pretérita, os quais podemapresentar-se totalmente estirados segundo aszonas de alta deformação superimpostas ou,mais raramente, exibindo-se como blocos an-gulosos caoticamente dispersos na matriz gnáis-sica. Em adição, também são freqüentes os re-gistros de diques e veios de granitos róseos, querecortam ortogonalmente os gnaisses.

Na pedreira desativada situada na fa-zenda São Miguel, próxima à BR-174, estaunidade faz-se representar por gnaisses cin-za-escuros, mesocráticos, bandados, granu-lação grossa e composição variando entretonalito a granodiorito, em contato, a lestecom a Suíte Intrusiva Córrego Dourado, umaintrusão máfica-ultramáfica, de dimensão ba-tolítica e, a sul e oeste com os metassedimen-tos do Complexo Rio Galera.

Vale ressaltar que, à semelhança dosgnaisses da fazenda São Miguel, os da pe-dreira também exibem notáveis exposiçõesde rochas mesocráticas, cinza-escuras a ne-gras, faneríticas, equigranulares, foliadas, for-

mando diques tabulares com mais de 3 me-tros de espessura, limitados por zonas de ci-salhamentos.

São igualmente notáveis os diquesgraníticos tabulares, compondo um arranjode corpos subparalelos, com contatos retose abruptos, por vezes, assimilando porçõesde gnaisses. A rocha granítica exibe uma co-loração rosa avermelhada, composiçãomonzogranítica, essencialmente isotrópica e,em certos sítios, com uma textura pegmatíti-ca com cristais de feldspato alcalino de até10 cm de diâmetro.

Ruiz et al.(2004) apresentam idade U-Pb em zircão, pelo método convencional, de1.552 ± 03Ma. interpretando-a como a pro-vável idade de cristalização da unidade gnáis-sica.

MP1γc - Tonalito CabaçalASR

Inicialmente descrito como rochas to-nalíticas metamorfisadas do Complexo Xin-gu (Barros et al., 1982); coube a Monteiro etal.(1986) individualizar esta intrusão de com-posição tonalítica, exposta ao longo do cursomédio do rio Cabaçal, região do Distrito de Ca-choeirinha, como unidade litoestratigráfica,formalmente designada de Tonalito Cabaçal.

Trata-se de um corpo intrusivo em ro-chas metavulcanossedimentares do GrupoAlto Jauru e em gnaisses e migmatitos doComplexo Alto Guaporé, de forma alonga-da, que acompanha o trend regional NNW,com marcada foliação tectônica, comumen-te uma xistosidade, que em sítios de alta de-formação, adquire aspecto ocelar, típico dezonas miloníticas.

Ruiz (1992) descreve estas rochas naregião de Cachoeirinha, caracterizando-ascomo mesocráticas, cinza-escuras, granula-ção média a grossa, comumente equigranu-lares. A foliação tectônica confere as rochasuma trama planar intensa, que em algunsexemplares, pode produzir aspecto ocelarnos augen gnaisses.

Ao microscópio nota-se predomínioda textura granonematoblástica ou grano-lepidobrástica, resultante do arranjo preferen-cial dos cristais de hornblenda e biotita, alter-nados aos níveis ricos em plagioclásio, felds-pato alcalino e quartzo. O plagioclásio (ande-sina e raramente oligoclásio) é o constituinteprincipal da rocha, sendo comum apresentar-

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 76: Rel Mato Grosso

76

se, com o quartzo, em arranjos do tipo mosai-co e, também, como porfiroclastos nas faixasmilonitizadas. O quartzo, sempre xenomórfico,é um dos principais componentes da matriz,engrenando-se com o plagioclásio e o felds-pato alcalino (microclínio). A hornblenda, prin-cipal máfico, comumente subidiomórfica,mantêm contatos retos e abruptos com osfélsicos e a biotita, esta por sua vez, apresen-ta-se com hábito ripiforme e com o anfibólio,destaca a trama planar típica destas rochas.Há raros registros de opacos e os mineraisacessórios comuns são o epidoto, a titanitae o zircão.

Ruiz (1992) reporta-se ao diagramaisocrônico Rb-Sr obtido por Leite et al., 1985que indica uma idade de 1.558 ± 250Ma. erazão inicial Sr87/Sr86 de 0,70444, sugerindouma derivação primitiva para esta unidade.

PP4δfb - Suíte Intrusiva Figueira BrancaASR

Figueiredo et al. (1974) designaram deIntrusivas Básico-Ultrabásicas os gabros, anfi-bolitos e serpentinitos intrusivos nos gnaissesdo embasamento. Saes et al. (1984) propuse-ram a denominação de Suíte Intrusiva FigueiraBranca para a associação de litótipos máfico-ultramáficos diferenciados que compreendemdunito, anortosito, troctolito, norito e gabro.

São intrusivas nas rochas metavulca-nossedimentares do Grupo Alto Jauru e con-têm xenólitos de metabasaltos nos gabros.Suas áreas de ocorrência se estendem desdeas proximidades de Indiavaí até a fazenda Grãode Ouro, a norte, e ao longo do vale do rioJauru, na fazenda Figueira Branca.

Os gabros e noritos são dominantes,estratificados em leitos de olivina e labradorita emostraram raras texturas cumuláticas. As textu-ras subofíticas e intercumuláticas predominam,com bordas de reação de olivina para piroxê-nio e este para anfibólio. Lamelas de exsoluçãode ortopiroxênio em clinopiroxênio são comu-mente observadas. Serpentina e uralita estão as-sociadas a hidrotermalismo tardio. Uma idadeisocrônica Sm-Nd de 1.688 ± 46Ma.em gabro,apresentada por Toledo (1997)

MP1δδδδδcd - Suíte Intrusiva Córrego DouradoASR

Denominação empregada para de-

signar uma associação de corpos intrusivos,de composição básica a ultrabásica, aloja-dos em gnaisses e rochas metassedimenta-res dos complexos Rio Galera e Rio Novo(Ruiz et al., 2004).

As principais ocorrências cartografa-das situam-se no alto curso do Rio Novo, nosdomínios da Área Indígena Vale do Guapo-ré, fazenda São Miguel e Gleba Bacurizal.Constituí-se por plutons alongados segun-do a direção NNW, com formato subelíptico,compostos por rochas melanocráticas, cin-za a verde escura, granulação grossa, folia-das, embora haja ocorrências menores delitótipos maciços, composicionalmente, vari-am de metagabros a serpentinitos.

Não há dados geocronológicos dis-poníveis para este magmatismo e a correla-ção lito-estratigráfica com outras suítes máfi-co-ultramáficas ocorrentes a sul, na FolhaJauru, ou com as do Morro do Leme e SemBoné, permanece como uma questão emaberto.

MP1γγγγγp - Suíte Intrusiva Serra da Providên-ciaGJR

A formalização da unidade litostrati-gráfica Granito Serra da Providência foi pro-posta por Leal et al. (1976) para intrusõesgraníticas de textura rapakivi que afloram naserra homônima. Tassinari et al. (1984) pas-saram a referir essa unidade como Suíte In-trusiva Serra da Providência. Gabros, char-nockitos e mangeritos foram incluídos nasuíte por Rizzotto et al. (1995) assim como omangerito do Maciço União e o charnockitode Ouro Preto (Bettencourt et al., 1995a) alémde vários stocks deformados e intrusivos noComplexo Jamari (Scandolara et al. 1999).As rochas da referida suíte distribuem-seprincipalmente no alto curso do rio Branco,extremo noroeste de Mato Grosso, constitu-índo um batólito que sustenta a serra homô-nima. Também ocorrem vários outros corposisolados na forma de stocks que distribuem-se tanto a leste como a oeste da serra da Pro-vidência.

O batólito Serra da Providência apre-senta forma ovalada com 140 km de exten-são por 40 km de largura, constituído pelaassociação gabro-charnockito-mangerito-granito. Rizzotto et al. (1995) reconhecemquatro fácies graníticas sendo assim consti-

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 77: Rel Mato Grosso

77

tuídas: monzogranito porfirítico (piterlitos)com viborgitos subordinados, monzograni-to porfirítico, monzogranito pórfiro e sieno-granito granofírico. Os granitos e rochas as-sociadas são intrusivos no Complexo Jama-ri embora sejam raras as evidências diretasde relações de contato. Em imagens de sa-télite essa relação de intrusão é mais facilmen-te observada. As rochas da suíte formam umconjunto de elevações com destaque mor-foestrutural marcante nas imagens sensori-ais.

Os piterlitos são classificados petro-graficamente como hornblenda-biotita mon-zogranito contendo fenocristais euédricos aovalados de microclínio de até 5 cm de diâ-metro e freqüentemente encontram-se man-teados por uma fina auréola cinza-esbran-quiçada de plagioclásio (Fig. 6). A presençade enclaves máficos quartzo-diorítico é bas-tante freqüente nesta fácies e feições de mis-tura mecânica de magmas (mingling) tambémsão comuns. Os sienogranitos mostram tex-tura granofírica, com cavidades miarolíticaspreenchidas por quartzo e fluorita.

Os dados geoquímicos mostram queos granitos da suíte são subalcalinos, metalu-minosos a fracamente peraluminosos, comteores de SiO2 entre 68 a 72 %, alcalis ( K2O +Na2O > 8 %) FeOt/FeOt + MgO ( 0,70-0,99)K/Rb (100-300). São empobrecidos em MgO(< 0,5%) Al2O3(<14%) Sr (< 120 ppm). O con-teúdo de ETRL é elevado (200 x condrito) eos ETRP apresentam um moderado enrique-cimento (20 x condrito) além de uma anoma-lia negativa de Európio. Assim, essa suíte gra-nítica não apresenta somente analogia textu-ral com os granitos rapakivi mas também umaassinatura geoquímica perfeitamente compa-tível com os granitos do tipo A.

No contexto dos granitos deforma-dos, ocorre uma ampla variação nas carac-terísticas estruturais/texturais das rochas,desde tipos fracamente foliados até protomi-lonitos e milonitos bandados. Os protomilo-nitos são mais frequentes na borda oeste dobatólito Serra da Providência e em largaszonas da associação charnockito-granito,entre as cidades de Ouro Preto d’Oeste e Ji-Paraná. As rochas protomiloníticas foram ori-ginadas por um sistema transpressivo de dire-ção noroeste e cinemática sinistral (Scandola-ra, 1998). A foliação sigmoidal é observada tantoem macroescala (núcleos graníticos envoltospor faixas de protomilonitos) como em micro-

escala, através de porfiroclastos de feldspatoalcalino bordejados por palhetas de biotita. Ascondições da temperatura de metamorfismonestas zonas são compatíveis com a fácies xis-to verde superior a anfibolito.

O magmatismo Serra da Providênciafoi episódico e manifestou-se, possivelmen-te, por um período superior a 50 Ma., onde afase intrusiva mais antiga, representada porbiotita sienogranito porfirítico, tem idade U-Pb de 1.606 ± 24Ma., seguido por um horn-blenda-biotita monzogranito de idade U-Pbde 1.573 ± 15Ma., (Bettencourt et al. 1999).Uma amostra de piterlito e outra de viborgitoforneceram idades idênticas de 1.566 ± 5Ma.e 1.566 ± 3Ma., respectivamente. Outra fasemagmática posterior representada por bioti-ta sienogranito pórfiro, tem idade de 1.554 ±47Ma., enquanto, que as fases finais do mag-matismo, representadas por quartzo-sienitodo maciço União, forneceram idade de 1.532± 5Ma. (Bettencourt et al. 1999). As idadesTDM variam de 1,76 a 1,89Ga.

Datações U-Pb obtidas neste estudoem hornblenda sienogranito parcialmentedeformado, revelaram idade de 1.542 + 2 Ma.

A grande potencialidade econômica daunidade está evidenciada pela exploração atualdos maciços graníticos para utilização comopedra ornamental.

PP4δδδδδj - Gabro Juína(GJR / JDL)

As rochas máficas deformadas e/ou fo-liadas, ocorrentes a WNW da Folha Juruena(SC.21) foram posicionadas, generalizadamen-te, no Complexo Xingu. Recentemente, du-rante a execução do Projeto Gis do Brasil(Bizzi et al., 2002) foram cartografados várioscorpos máficos na forma de stocks e diques,constituídos de diabásio, gabro e diorito, comvariável intensidade de deformação, ora forte-mente foliados, ora com a estrutura ígnea par-cialmente preservada, em função do compor-tamento reológico das rochas máficas. Para es-sas rochas, os autores acima referidos deno-minaram de Máficas Guadalupe, que doravantepassam a ser denominadas de Gabros Juína,em função de estarem distribuídos nas imedi-ações da cidade de Juína, ao longo da rodo-via que liga este município a Vilhena e ao lon-go da linha 03 a WSW de Juína.

Os gabros ocorrem, na maioria dasvezes, associados aos granitos Fontanillas,

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 78: Rel Mato Grosso

78

evidenciando uma mistura de magmascontrastantes máfico-félsicos. Quando issoocorre, são geradas rochas híbridas, em fai-xas métricas, sendo que em caráter regionalora predomina a rocha máfica (gabros) e orapredomina a rocha félsica (monzogranitos).

Os gabros possuem textura granularmédia a fina, estrutura foliada, compostos dehornblenda prismática dispostas em agrega-dos substituindo os clinopiroxênios. O plagi-oclásio é subidiomórfico mostrando-se parci-almente saussuritizado. O quartzo e o feds-pato potássico são intersticiais. A biotita, epi-doto, sericita, carbonato e pirita são produtosde alteração hidrotermal e a titanita, magneti-ta e apatita, constituem minerais acessórios.Os dioritos são pórfiros, composto por cris-tais de hornblenda prismática imersos numamatriz de plagioclásio e clinopiroxênio.

Os diques de diabásio mostram tex-tura microporfirítica com matriz subofítica fina,representada por fenocristais de clinopiroxê-nio, tabulares e xenomórficos de bordassubstituídas por hornblenda, envoltos porcristais ripidiformes e fortemente saussuriti-zados de plagioclásio. O quartzo e o felds-pato potássico formam intercrescimentosgráficos e mirmequíticos nos espaços inters-ticiais. Da mesma forma que os gabros, exi-bem variável taxa deformacional, mas sem-pre foliados.

MP1γt – Suíte Intrusiva Tatuí(GJR / JDL)

O termo Suíte Intrusiva Tatuí é sugeri-do para agrupar uma associação de corposplutônicos hipabissais e de rochas vulcânicasassociadas que ocorrem em grande parte nosdomínios da aldeia indígena homônima, naporção centro-norte da cidade de Juara, es-tendendo-se para oeste até o Rio Juruena.

As rochas que constituem esta uni-dade afloram ao longo do baixo curso dosrios Juruena e Arinos e ao longo da estradada fazenda Três Cinco - rio Juruena, no ex-tremo noroeste do município de Juara. Naregião do rio Juruena as rochas ocorremcomo diques sinplutônicos e se acham, emparte, recobertas pelos sedimentos da For-mação Dardanelos.

As rochas vulcânicas representam,possivelmente, uma fácies de borda dos gra-nitos da unidade. Apresentam cores que va-riam de vermelho, cinza a preto, de texturas

afaníticas a porfiríticas e brechadas, por ve-zes, desenvolvendo megafenocristais de fel-dspato alcalino de até 5cm de comprimen-to. Estes megacristais são normalmente ar-redondados e mostram mantos externos mi-limétricos, esbranquiçados de plagioclásio,o que indica uma textura do tipo rapakivi.

No extremo noroeste do município deJuara, os vulcanitos encontram-se muito fra-turados, com intensa epidotização associada,sendo também comum a presença de sulfe-tos milimétricos disseminados, essencialmen-te pirita. Ao longo do rio Juruena, as rochasvulcânicas possuem cor cinza com tonalida-de esverdeada. Sua superfície mais externamostra fluxo incoerente com vários sistemasde fraturamentos e amígdalas preenchidas porcristais de quartzo.

Os termos plutônicos da Suíte Tatuíconsistem de batólitos e stocks que, invaria-velmente, bordejam a parte sul do GrabenDardanelos. Apresentam no seu interior xe-nólitos alongados dos granitos da Suíte Ju-ara. Relações diretas de contato entre estaunidade e suas encaixantes não foram ob-servadas no campo, entretanto, em imagemde satélite e nos mapas gamaespectrométri-cos é possível destacar formas subarredon-dadas intrusivas no embasamento.

Duas fácies composicionais foramidentificadas nesta unidade. Uma variandode sienogranito a monzogranito, dominan-te, e a outra de composição granodiorítica.Os sieno e monzogranitos ocorrem ao lon-go do curso médio do rio dos Peixes, ondeestão parcialmente recobertos pelas rochassedimentares da Formação Dardanelos e emparte cortados por diques riolíticos sinplutô-nicos. Estes corpos graníticos são caracteri-zados por apresentarem deformação fraca aincipiente, preservando, por vezes, foliação defluxo magmático. Consistem de proporçõesvariadas de quartzo, feldspato, plagioclásio,biotita, incluindo titanita e allanita como aces-sórios. Apresentam textura fanerítica média agrossa, com fenocristais de feldspato alcalinode até 2 centímetros, aspecto pegmatítico e,por vezes, porfirítico. Xenólitos de forma alon-gada, com aproximadamente 20 centímetros,são comuns e caracterizados por serem ma-ciços, com textura fanerítica muito fina, e com-posição possivelmente microdiorítica, por an-fibólio e plagioclásio.

A fácies granodiorítica ocorre na por-ção oeste do corpo de maior expressão da

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 79: Rel Mato Grosso

79

área, sendo caracterizada por uma cor cinzacom tonalidade esbranquiçada, granulaçãomédia a grossa. A deformação também variade fraca a incipiente e sua mineralogia é com-posta por plagioclásio, feldspato alcalino, hor-nblenda, granada, quartzo e epidoto.

Dados isotópicos de Sm-Nd indicamvalores de 1.916Ma. com eNd +0,90 suge-rindo pouco tempo de residência crustal.

MP1γrv - Granito do Rio Vermelho(GJR / JDL)

As feições circulares que se apresen-tam destacadas em imagens de radar, na fo-lha SC.21, eram interpretadas como maciçosarrasados pela erosão e representantes plu-tônicos do Grupo Uatumã (Silva et al.,1974,Issler, 1977). Silva et al. (1980) associam es-tes corpos aos granitos Teles Pires. Leite(2004) denomina de Granito Novo Horizonteum corpo batolítico de aproximadamente1200 km2, com forma subarredondada, ten-do suas principais exposições nas proximi-dades do Distrito homônimo e limitado aWNW pelo rio Vermelho. Neste trabalho, pas-sa-se a denominar de Granito do Rio Verme-lho para o batólito anorogênico, de caracte-rística de posicionamento crustal a nível raso,de textura equigranular média, por vezes por-firítica com cores cinza e cinza esbranquiça-da, apresentando incipiente estrutura de flu-xo magmático.

Apresenta contato nitidamente intrusi-vo nas rochas metassedimentares do GrupoRoosevelt, ocasionando, por vezes, metamor-fismo de contato e contato intrusivo nas ro-chas graníticas da Unidade Fontanillas, con-forme se visualiza em imagem de satélite.

O fenocristal dominante é de ortoclá-sio pertítitico com raros cristais de plagioclá-sio levemente epidotizado o que lhe confereuma tonalidade esverdeada.

Em termos composicionais ocorreuma estreita variação entre sieno e monzo-granito. Uma feição típica desta unidade é apresença de quartzo subarredondado decor azul e intensa disseminação de pirita e,mais raramente, calcopirita. É comum tam-bém a presença de enclaves máficos de gra-nulação fina, arredondados a elipsoidais,possivelmente de composição diorítica. Es-sas características se assemelham aquelasdo Granito Aripuanã com o qual considera-mos correlacionável.

Nas proximidades do Distrito de NovoHorizonte foram identificados vários veiossubverticalizados de dimensões subdecamé-tricas preenchidos por cristais euedrais deametista.

MP1γar - Granito Aripuanã(GJR / JDL)

Várias denominações foram sugeri-das para o batólito subcircular que intrudeas rochas metavulcanossedimentares doGrupo Roosevelt na serra do Expedito, emAripuanã. Originalmente foi denominado porCosta (1999) de Granito Rio Branco, o qualfoi substituído por Granito Subvulcânico Ano-rogênico Aripuanã (Néder et al., 2000). Ri-zzotto et al. (2002) em estudos realizadosentre os rios Branco e Aripuanã, mantêm adenominação de Neder et al. (2000) simplifi-cando-a para Granito Aripuanã, adotada nes-te trabalho.

O corpo principal constitui-se de umstock circunscrito, com dimensões aproxima-das de 20 km de diâmetro, intrusivo nas ro-chas metavulcanoclásticas do Grupo Roose-velt, situando-se no noroeste de Mato Gros-so, a norte/noroeste do Graben Dardanelose limitado a oeste pelo rio Branco. Além dele,vários outros corpos com as mesmas carac-terísticas composicionais, assinatura geofísi-ca e modo de ocorrência afloram na bordanorte da Bacia dos Caiabis/Dardanelos, nasimediações do distrito de Filadélfia e a WNWdo rio Branco.

O Granito Aripuanã possui caracterís-ticas de posicionamento crustal a níveis ra-sos como pode ser observado pela sua vari-ação textural nas fácies porfirítica, micropor-firítica, equigranular fina e pórfira com carac-terísticas subvulcânica a vulcânica. É intrusi-vo na unidade metavulcano-sedimentar Roo-sevelt, fato este evidenciado pelas macrofei-ções estruturais regionais, as quais encon-tram-se deslocadas e rompidas devido a in-trusão. Veios, apófises graníticas, feições tipostockwork, além de zonas de forte brecha-ção hidrotermal aliados a processos de epi-dotização, cloritização e sericitização sãoencontrados ao redor da intrusão e no inte-rior da seqüência metavulcanossedimentar.

Sienogranito porfirítico de granulaçãogrossa é o tipo predominante, exibindo fe-nocristais euédricos de feldspato alcalino per-títico dispersos numa matriz grossa de quart-

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 80: Rel Mato Grosso

80

zo, plagioclásio, biotita e titanita. É isotrópi-co, apresentando apenas uma incipiente tex-tura de fluxo magmático. Riolitos são subor-dinados e podem representar bordas sub-vulcânicas/vulcânicas das partes apicais domaciço. Apresentam textura porfirítica repre-sentada por fenocristais corroídos de felds-pato alcalino e quartzo em matriz afanítica decor vermelho-escuro.

Na análise petrográfica o litotipo prin-cipal é classificado como titanita-biotita mon-zogranito, de textura porfiróide definida porfenocristais euédricos de microclínio meso-pertítico em matriz de granulação grossaconstituída por plagioclásio, quartzo e bioti-ta. O plagioclásio ocorre como prismas ta-bulares exibindo moderada alteração paramica branca e mais raramente epidoto. Tam-bém ocorrem como cristais zonados inclu-sos no microclínio. O quartzo apresenta-sena forma de fenocristais de hábito prismáti-co hexagonal com moderada extinção on-dulante e fraturas freqüentes, além de cris-tais xenomórficos ocupando os espaços in-tersticiais entre os feldspatos na matriz. A bi-otita ocorre em cristais bem desenvolvidoscom abundantes inclusões de apatita. Rara-mente encontra-se alterada para clorita. En-tre os acessórios, destacam-se os cristais pris-máticos de titanita, ocorrendo em agregadosassociados à biotita e aos opacos, além decristais bem desenvolvidos e euédricos demagnetita. Muscovita, albita e quartzo ocor-rem em microfraturas dos minerais quartzo-feldspáticos e estão associados a alteraçãohidrotermal.

O granito é balizador do evento me-tamórfico-deformacional regional, pois o mes-mo mostra-se sem deformação e intrusivonas rochas deformadas do Grupo Roose-velt. O referido granito foi datado pelosmétodos U-Pb (SHRIMP) e Pb-Pb, que for-neceram idade de cristalização de 1.537 ±7Ma. e 1.546 ± 5Ma., respectivamente (Ri-zzotto et al., 2002).

A mineralização nas imediações doGranito Aripuanã e nas rochas metavulca-nossedimentares do Grupo Roosevelt dá-se da seguinte forma: Ouro livre nos aluvi-ões; gossans de sulfetos de Pb e Zn e zonasenriquecidas em metais-base na interfáciesulfeto-óxido na base da seqüência metavul-canossedimentar. Além destas ocorrênciasprincipais, encontram-se ainda sulfetos decobre e ouro em zonas de brecha e sto-

ckwork e, anomalias locais de molibdenita.Os fluídos hidrotermais resultantes da intru-são do Granito Aripuanã sugerem modelometalogenético de substituição hidrotermal epi-zonal, com forte remobilização e concentraçãoem rochas vulcanossedimentares reativas.

MP1ra – Complexo Metavulcanossedimen-tar Rio AlegreASR

Matos (1995) estudando as rochasdo terreno Rio Alegre, denominaram-nas deSeqüência Vulcanossedimentar Rio Alegre eIntrusivas associadas. Matos et al. (2004) defi-niram as rochas Vulcanossedimentares doOrógeno Rio Alegre como vulcânicas máficase ultramáficas, sedimentares químicas e intru-sivas máficas a félsicas, com metamorfismo nafácies xisto verde a anfibolito baixo. Embasa-dos em estudos petrológicos, geoquímicos egeocronológicos subdividiram-nas em trêsunidades: Formação Minouro (base) englo-bando rochas vulcânicas básicas e ultrabá-sicas associadas a cherts e formação ferrífe-ra bandada; Formação Santa Izabel (inter-mediária) constiuindo-se de lavas ácidas aintermediárias e rochas piroclásticas e, Forma-ção São Fabiano (topo) compreendendo ro-chas metassedimentares cujas composiçõesquímicas sugerem derivação a partir de ro-chas vulcânicas subjacentes.

Ruiz et al., (2004) nomina esta se-qüência de rochas de Complexo Metavulca-nossedimentar Rio Alegre, sem subdividi-la,proposição esta adotada neste trabalho.Compreende metabasaltos finos, equigranu-lares, foliados, com diques associados a res-tos de matassedimentos químicos (cherts eformações ferríferas bandadas); xistos, me-tacherts e formações ferríferas bandadas comcores variadas, granulação fina e estruturaxistosa e/ou bandada e metadacitos, metar-riolitos e piroclásticas associadas.

As vulcânicas são isótropas ou comfoliação incipiente, granulação fina, coloraçãocinza-claro a verde-escuro, freqüentementecom halos de intemperismo bem desenvolvi-dos, enquanto que as piroclásticas são carac-terizadas por fragmentos de lapili imersos emmatriz microcristalina, parcialmente substitu-ídos por carbonatos. Intrudidas nesta Unida-de tem-se peridotitos-harzburgitos, leucoga-bros, gabros e serpentinitos, meso a mela-nocráticos, granulação grossa, texturas cu-

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 81: Rel Mato Grosso

81

muláticas denunciando diferenciação in situ,além de rochas com variações composicio-nais entre gabros, dioritos e granitos. Sãorochas leucocráticas cinza a verde acinzen-tado, granulação grossa a porfiróide, isotró-picas a levemente foliadas.

Matos et al. (2004) advogam que asrochas matamórficas vulcânicas e subvulcâ-nicas de composições básicas a ultrabásicasdesta unidade foram geradas em ambientede cadeia meso-oceânica, enquanto que asrochas metamórficas vulcânicas e intrusivasassociadas, foram geradas em ambiente dearcos de ilhas. Afirmam ainda, que uma se-dimentação contemporânea pode ter se de-positado em bacias de retroarco.

Estes autores analisaram seis amos-tras pelos métodos U-Pb e Sm-Nd em rochatotal, obtendo os seguintes resultados: U-Pb em zircão entre 1.509 ± 10Ma. e 1.494 ±11Ma. com idades TDM entre 1,67Ga. e 1,48Ga.e valores de åNd(t) entre + 4,8 e + 4,3 (me-tadiorito, metadacito e anfibolito gnáissico).Nas rochas básicas (gabro e diorito) e félsi-cas (granito) as idades U-Pb indicam valoresentre 1.481 ± 47Ma. e 1.449 ± 07Ma. e ida-des TDm entre 1,70Ga. e 1,50Ga. e valores deåNd(t) entre + 4,1 e + 2,6. Datação pelo mé-todo U-Pb em zircão, mostrou idade de cris-talização em 1.517 ± 27Ma. (Ruiz, 2003).

MP1pl – Grupo Pontes e LacerdaASR

A denominação de Complexo Metavul-canossedimentar Pontes e Lacerda foi propos-ta por Menezes, 1993 para uma seqüência vul-canossedimentar metamorfizada na fácies xis-to verde/anfibolito. Estes autores subdividiramo complexo em três unidades litostratigráficasassim constituídas: Unidade São José do RioBranco, composta por anfibolitos associadoscom rochas metassedimentares químico-exa-lativas e piroclásticas; Unidade Triângulo,constituída dominantemente por rochas me-tassedimentares clásticas com vulcânicas su-bordinadas; Unidade Paumar, composta porfilitos com intercalações de quartzitos e tal-co-xistos subordinados. Neste trabalho es-sas unidades são reunidas sob a denomina-ção de Grupo Pontes e Lacerda.

As rochas vulcano-químicas e clásti-cas ocorrem sob a forma de uma larga faixadescontínua de direção N20-40W, subpara-lela ao rio Guaporé. Está limitada a oeste pela

cobertura sedimentar do Terciário-Quaterná-rio e a leste/nordeste pelas rochas sedimen-tares da Bacia do Parecis.

Anfibolitos ocorrem em pacotes espes-sos na parte basal. Exibem textura porfiroclás-tica, granoblástica e blastoporfirítica com arran-jos magmáticos relativamente bem preserva-dos. A paragênese recristalizada é representa-da por oligoclásio + hornblenda ± quartzo éindicativa de condições metamórficas da fáci-es anfibolito médio a baixo. O protólito incluilavas máficas conforme é indicado pela texturablastoporfirítica. A sedimentação químico-exa-lativa é representada por rochas calcissilicáticase magnetita quartzitos. As primeiras possuemum bandamento representado por agregadosde quartzo intercalados com níveis de epidotoe anfibólio. Os magnetita quartzitos exibem ní-veis submilimétricos alternados de magnetita equartzo, que podem representar o acamamen-to sedimentar transposto.

A estruturação da unidade é definidapor uma foliação milonítica de atitude N20º-40ºW; 30º-60º NE, com geração de dobrasintrafoliais e superfíceis S/C. A deformaçãose deu inicialmente com transporte tectôni-co em rampa oblíqua de NNE para SSW,evoluindo para regime de transcorrência.Dobras com vergência para SW sugeremcavalgamento das rochas do Grupo Pontese Lacerda sobre as rochas do Grupo Agua-peí. As condições metamórficas deste regi-me são compatíveis com temperaturas da fá-cies anfibolito baixo.

Menezes (1993) admite a idade U-Pbde 1.300 Ma., obtida no granito Santa Hele-na considerado intrusivo nessa unidade vul-canossedimentar, como sendo a idade míni-ma do Grupo Pontes e Lacerda. Matos et al.(2004) apresentam idades U-Pb em rochaspertencentes a Seqüência Vulcanossedimen-tar Rio Alegre, as quais são consideradascorrelatas àquelas do Grupo Pontes e Lacer-da. As idades se estendem no intervalo de1.465 Ma. a 1.517 Ma.

MP1sb - Complexo Granulítico Santa BárbaraASR

Rodrigues et al.(1974) delimitaramuma faixa de ocorrência de anfibolitos entrea serra do Pau-a-Pique e o rio Alegre, naFolha Santa Bárbara, onde também ocorremrochas granulíticas, registradas por FerreiraFilho e Bizzi (1985). Menezes, 1993 estudou

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 82: Rel Mato Grosso

82

rochas similares na região sudoeste da Fo-lha Pontes e Lacerda, enquadrando-as noComplexo Granulítico-Anfibolítico de SantaBárbara, renomeado por Ruiz et al. (2003)como Complexo Granulítico Santa Bárbara.

As relações de contato entre os gra-nulitos e os anfibolitos componentes dessecomplexo não são claras, embora o hiato me-tamórfico sugira uma justaposição tectônica.

Os granulitos são de cor cinza-esver-deada, mesocráticos, mostram textura gra-noblástica, granulação fina a média e discre-ta fábrica planar. Apresentam bimodalidadecomposicional dada por um pólo enderbíti-co e outro norítico.

Os enderbitos são de granulação gros-sa, textura granoblástica, e contêm biotita, hor-nblenda, clino e ortopiroxênios. O plagioclá-sio (Na 25-35) e o quartzo, com limites retilí-neos e eventualmente denteados, constituemmaterial magmático original. Como acessóri-os, ocorrem zircão, apatita e opacos.

Os noritos compreendem hornblenda-orto e clinopiroxênio metagabros. Distinguem-se dos granulitos enderbíticos, pela ausênciade quartzo, predominância do clino sobre oortopiroxênio, ausência da biotita e abundân-cia da apatita.

Os anfibolitos são anisotrópicos, mesoe melanocráticos, cinza-escuros, granulaçãofina a média. Ao microscópio mostram texturanematoblástica. O plagioclásio, bastante subor-dinado, é mais cálcico que a albita. O epidoto(raro) ocorre substituindo o plagioclásio. En-tre os acessórios, tem-se quartzo, zircão, tita-nita, ilmenita e apatita. Faixas mais grossas,inequigranulares e de cor cinza-esbranquiça-da, ocorrem subordinadamente.

Em afloramento, observam-se pontu-ações de sulfetos disseminados ou em níveisdescontínuos com espessuras sub-milimétri-cas contidos na foliação principal, fissura-mentos preenchidos por epidoto e carbona-to zonas brechadas com espessuras decimé-tricas concordantes com a foliação dominan-te. Esta apresenta direção geral NNW e mer-gulhos altos para ENE.

Datação K-Ar em rocha anfibolítica acu-sou valor aproximado de 1.330 Ma. Esta idade écompatível com aquelas encontradas para o prin-cipal evento tectono-matamórfico definido na fo-lha Pontes e Lacerda (Menezes, 1993). Ruiz etal., (2004) através do método U-Pb em zircão,

obteve idade de 1.494 ± 10 Ma (cristalização).

MP1γac - Suíte Intrusiva Água Clara

ASR

Descrita inicialmente como Granodio-rito Água Clara (Saes et al.,1984) esta intru-são constitui um corpo que se estende por160 km2, no distrito de Farinópolis, municí-pio de Araputanga.

As rochas encaixantes deste batólitosão gnaisses cor cinza, anfibolitos, metaba-saltos porfiríticos e metassedimentos clásti-cos e químicos Grupo Pontes e Lacerda.Ocorrem ainda, diques do Granito Alvora-da, caracterizados pela cor cinza-claro, gra-nulação fina a média, ausência de deforma-ção e idade mínima Rb-Sr de 1.400 Ma.(Monteiro et al.,1986).

Segundo Matos et al. (1996) as rochasque constituem este batólito possuem aspec-to homogêneo e foliação concordante comas encaixantes. Apresentam cores cinza-cla-ra e cinza-escuro, granulação variando de finaa grossa, localmente com textura porfirítica.

Trata-se de um corpo de composiçãogranítica e granodiorítica, com texturas diver-sas (equigranular, inequigranular ou porfirítica)tendo como constituintes essenciais quartzo,K-feldspato, plagioclásio (An8 a An20) e, su-bordinadamente, biotita primária e granada(em alguns litótipos). Os acessórios estão re-presentados por zircão, opacos, titanita e apa-tita, e os minerais de alteração por epidoto, bi-otita, muscovita, sericita, calcita e argilo-mine-rais. Petrograficamente ficam evidenciados doistipos litológicos: um peraluminoso, constituí-do por granitóides granatíferos e outro meta-luminoso. Atribui-se a existência de granada apossíveis eventos metamórficos de grau mé-dio a alto e/ou a manifestações de caráter cál-cio-alcalino de alto Al.

O caráter intrusivo é evidenciado pelapresença de enclaves máficos – ultramáficosde dimensões muito variadas (centimétricasa quilométricas). Uma foliação tectônica épenetrativa no batólito e tem atitude persisi-tente em torno de N40W/80SW.

O resultado U-Pb convencional de1.485 ± 04 Ma., obtido em monocristais dezircão, foi interpretado por Geraldes (2000)como provável idade da cristalização do ba-

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 83: Rel Mato Grosso

83

tólito, enquanto o valor de TDM 1.77Ga., indi-caria o período de fracionamento mantélico.

MP1γp - Suíte Intrusiva Pindaituba(ASR)

Constitui uma associação de rochasgraníticas intrusivas encaixadas no GrupoPontes e Lacerda e no Complexo Metavul-canossedimentar Rio Galera. Neste trabalhoengloba também parte das rochas anterior-mente atribuídas à Suíte Intrusiva Santa Cla-ra (Ruiz et al., 2004).

Compreende granitóides foliados, milo-níticos a protomiloníticos, de composição es-sencialmente monzogranítica a granodiorítica esienogranítica, expostos sob a forma de batóli-tos ou intrusões menores, aparentemente tabu-lares, controlados pela estrutura regional NW.

Foram identificados na região oito cor-pos graníticos como constituintes desta suí-te, representados pelos Granitos Sapé,Anhanguera, Pedra Branca, Nossa Senhorada Conceição, Nova Lacerda Santa Elina,Banhado e Santa Clara.

O Granito Sapé é um corpo intrusivo,deformado e metamorfisado, de dimensão ba-tolítica, orientado segundo a direção NNW, alo-jado em xistos do Complexo Metavulcanosse-dimentar Pontes e Lacerda, constituindo-se deduas fácies petrográficas distintas: uma maisantiga, dominada por rochas cinza-escuras,granodioríticas e outra, mais jovem, compostapor rochas cinza clara, granodioríticas a mon-zograníticas.

A fácies mais velha exibe composiçãogranodiorítica a monzogranítica, cinza-escurae restringe-se à borda NE do batólito, em umafaixa alongada na direção NNW, com aproxi-madamente 10 km de comprimento. Consti-tui-se de rochas mesocráticas, cinza-escuras,granulação média a grossa, foliadas, sendocomum estruturas ocelar, típicas de cisalha-mento. A composição mineralógica essencialé dada por quartzo, plagioclásio, feldspato al-calino, biotita, clorita, zircão, apatita e opacos.

A fácies mais jovem é composta por ro-chas leucocráticas, cinza-claras, granulaçãomédia, foliada e composição variando de bioti-ta-monzogranitos e, mais raramente, biotita-gra-nodioritos. Mineralogicamente é definida porquartzo, plagioclásio, feldspato alcalino, biotita,clorita, epidoto, zircão, apatita e opacos.

Granito Anhangüera (Araújo Ruiz,

2003) corresponde a um corpo intrusivo,alongado segundo a direção NNW, alojadoem gnaisses e migmatitos do Complexo Me-tavulcanossedimentar Pontes e Lacerda emarcado por intensa foliação penetrativa. Arelativa homogeneidade petrográfica dessaunidade é quebrada pela ocorrência de ní-veis subvulcânicos e por sítios restritos derochas poupadas da deformação dúctil, ge-radoras da foliação penetrativa, seu princi-pal elemento estrutural.

O corpo ígneo é constituído por ro-chas leucocráticas, de granulação grossa, por-firítica, coloração variando de rósea a cinza-rosada, com intensa anisotropia caracterizadapor uma foliação milonítica e estrutura ocelartípica. Composicionalmente são classificadoscomo biotita-monzogranitos e apresentamcomposição mineralógica à base de quartzo,plagioclásio, feldspato alcalino, biotita, grana-da, zircão, apatita, allanita e opacos.

Os dados geocronológicos obtidospelo método convencional U-Pb em zircãono Granito Sapé indicam uma provável ida-de de cristalização ao redor de 1.436 ±04Ma., portanto, a provável idade de forma-ção desta Suíte.

Granito Pedra Branca - exibe duas fá-cies distintas: a mais antiga e abundante, cons-tituída por litótipos leucocráticos, porfiríticos, decor rosa a cinza rosado, localmente pegmatíti-cos, com marcada textura ocelar e composi-ção monzogranítica; a fácies mais jovem ocor-re sob a forma de veios e diques, dispostosconcordantes à Sn, constitui-se por rochasfoliadas, de granulação fina, eqüigranulares,cor rosa clara e composição monzogranítica,concordantes com a foliação Sn.

Granito Nossa Senhora da Conceição- aflora na encosta da Chapada dos Parecis ecorresponde a uma intrusão de pequena di-mensão, subelíptica, encaixada em rochas doComplexo Metavulcanossedimentar Rio Gale-ra. Exibe duas fácies: uma dominante que cor-responde a rochas leucocráticas, grossas, por-firíticas, cor cinza-claro, composição monzo agranodiorítica, textura protomilonítica; e outrasubordinada, mais jovem, sob a forma de di-ques centimétricos, caoticamente distribuídos,formado por rochas eqüigranulares, fina amédia, cor cinza clara, foliadas e de composi-ção monzogranítica.

Granito Nova Lacerda - correspondea um corpo irregular, levemente orientado se-gundo o trend regional NNW, alojado em ro-

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 84: Rel Mato Grosso

84

chas do Complexo MetavulcanossedimentarRio Galera e do Pluton Pedra Branca. É consi-derado tardi cinemático por exibir estruturamaciça nas porções internas do corpo e folia-ção nas bordas. Exibe duas fácies distintas:uma dominante, mais antiga, perfazendo maisde 95% do corpo, composta por rochas ma-ciças ou orientadas, leucocráticas, ineqüigra-nulares, grossas a médias, cor cinza, compo-sição variando de monzogranítica a granodio-rítica, sendo comuns enclaves de anfibolitos egnaisses e, uma mais jovem, representada pordiques centimétricos, compostos por rochasleucocráticas, eqüigranulares, finas a médias,maciças, de cor rosa, composição monzograní-tica a sienogranítica.

Granito Santa Elina - trata-se de um cor-po intrusivo fortemente foliado, composto porrochas leucocráticas, ineqüigranulares, médi-as a grossas, de cor rosa e composição mon-zogranítica. (Geraldes, 2000).

Granito Banhado - corresponde a umcorpo intrusivo, orientado, intensamente fo-liado, evidenciando uma mistura de dois ti-pos litológicos principais, compreendendorochas leucocráticas, ineqüigranulares, mé-dias a grossas, coloração rosa a cinza ro-sada e, em menor proporção, rochas leucoa mesocráticas, cinza, ineqüigranular, finaa microporfirítica.

Granito Santa Clara - conforma umcorpo intrusivo em rochas polideformadas emetamorfisadas na fácies anfibolito do Com-plexo Metavulcanossedimentar Rio Galera,parcialmente recoberto pelos sedimentos sili-ciclásticos do Grupo Parecis. Expõe-se emuma extensão aproximada de 20 Km2, com-preendendo um corpo de formato ligeiramen-te elíptico a subcircular, orientado segundo otrend estrutural regional NNW (Ruiz et al.,2004).

Constituí-se de rochas leucocráticas,cinza-claras, tendo a biotita como único máfi-co. No diagrama QAP classifica-se como sie-no-granitos, pertencentes ao domínio dos gra-nitos crustais. O mapeamento deste corpo as-sociado aos aspectos texturais permitiram a in-dividualização de duas fácies petrográficas decomposição mineralógica semelhantes. Umamais abundante, porfirítica, matriz grossa, en-globa cerca de 95% da área aflorante do cor-po granítico e outra, eqüigranular média amédia-fina, foliada, presente apenas comodiques centimétricos.

Datação pelo método U/Pb em zir-

cão, forneceu idade de 1.444 ± 13Ma – cris-talização (Ruiz, 2003).

MP1γsh - Suíte Intrusiva Santa HelenaGJR

A designação de Granito Santa Hele-na foi introduzida por Saes et al. (1984) paraincluir um batólito granítico foliado, mais tar-de também estudado por Menezes (1993)que inseriu o termo “gnaisse” à designaçãooriginal de forma a ressaltar sua marcantefoliação milonítica. Geraldes (2000) passou adenominar de Suíte Santa Helena o batólitohomônimo e vários outros corpos graníticosa tonalíticos aflorantes nos limites ocidentaisda Folha Jauru.

O batólito Santa Helena é o corpomais expressivo da suíte, apresentando for-ma alongada na direção N-S com 75 km deextensão por 35 km de largura. Encontra-selimitado a oeste pela serra do Cágado e serrado Caldeirão, e a leste pelo rio Brigadeirinho.O contato com as rochas do Grupo Pontes eLacerda e do Grupo Aguapeí é tectônico, ecom as rochas do Complexo Alto Guaporé éintrusivo.

O batólito é composto por granitosporfiróides, com granodioritos, tonalitos, apli-tos e pegmatitos subordinados. O feldspatoalcalino é abundante nos granitos, variandode 40 a 50%, com quartzo e plagioclásio en-tre 20 a 25%, além de biotita e hornblendaem torno de 5 a 10%. Minerais acessóriosincluem allanita, apatita, zircão e magnetita.

Os dados geoquímicos indicam, naspartes centrais do batólito, teores elevadosde SiO2 (74-76%) Na2O + K2O (8,4-11%) bai-xo Al2O3 (11,2-12,8%) e muito baixo CaO (0,53-1,0%). Apresentam forte enriquecimento nosníveis totais dos ETR, excetuando-se o euró-pio. Mostram caráter metaluminoso e afinida-de com os granitos do tipo A. Entretanto, naszonas marginais do batólito ocorre um enri-quecimento em Sr, Ba e Ti e um relativo em-pobrecimento de Rb, Th, U, ETR e HFSE emrelação às partes centrais do batólito.

As rochas da suíte exibem zonas dedeformação concentrada, miloníticas, comatitude de direção N40-60W e mergulhos mo-derados para NE, até verticais. Zonas de ci-salhameto transcorrentes dextrais balizam aborda oeste do batólito Santa Helena, desen-volvendo faixas miloníticas e cataclásticas. Ograu metamórfico da deformação é compa-

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 85: Rel Mato Grosso

85

tível com a fácies anfibolito.As idades U-Pb variam desde 1.422

± 04 Ma. até 1.456 ± 34 Ma., enquanto osresultados Sm-Nd são relativamente unifor-mes, com ÎNd(t) de +2,60 a +4,00 e TDM vari-ando de 1,48 a 1,63 Ga. (Geraldes et al.,2001). Outras datações pelo método U-Pbem zircão, mostraram idade de cristalizaçãode 1.456 ± 10 Ma. a 1.419 ± 09 Ma., e umaisócrona Rb-Sr com idade de 1.318 ± 24 Ma.pode representar a idade do metamorfismo.

MP1γrb – MP1γrb - Suíte Intrusiva Rio BrancoASR

As rochas que constituem esta suíteforam estudadas inicialmente por Oliva et al.(1979) sendo denominadas de Complexo Ser-ra de Rio Branco. Barros et al. (1982) nomina-ram-nas de Grupo Rio Branco, classificando-as como uma seqüência pluto-vulcânicaconstituída por rochas básicas e ácidas.

Coube a Leite et al. (1985) a definiçãodo termo Suíte Intrusiva Rio Branco caracte-rizando-a como um complexo ígneo estrati-forme diferenciado. Entretanto, ressalta-se ocaráter bimodal desta unidade, que poderiaindicar um magmatismo anorogênico, pos-sivelmente desenvolvido em ambiente rift.

Ocorre em uma faixa de direção nor-te-sul, nas proximidades das cidades de RioBranco e Salto do Céu, com aproximadamen-te 75 km de comprimento e 30 km de largura.Segundo as descrições de Barros et al.(1982) Leite et al. (1985) e Geraldes (2000)trata-se de uma associação pluto-vulcânicadominada por rochas ácidas a intermediári-as no topo (MPIγrb) e rochas básicas nabase (MPIδrb).

MP1γrb – Constitui-se predominante de rio-dacitos e granitos pórfiros granofíricos (grani-tos com textura rapakivi). As rochas vulcâni-cas exibem coloração avermelhada, são iso-trópicas e porfiríticas com fenocristais de quart-zo e feldspato imersos em matriz felsítica. Oscomponentes plutônicos são representadospor granitos granofíricos com texturas do tiporapakivi, isotrópicos, porfiríticos, de cor verme-lha a rósea. Os fenocristais são de feldspatoalcalino e plagioclásio, dispostos em uma ma-triz fina granofírica com intercrescimento dequartzo e feldspato alcalino.

MP1δrb - Compreende basaltos toleíticos egabros. As rochas efusivas exibem coloração

cinza-escuro, granulação fina a afanítica, es-trutura maciça, textura ofítica a subofítica esão constituídas essencialmente por plagio-clásio e piroxênio e/ou anfibólio. As rochasplutônicas mostram uma cor cinza-esverdea-da com tons negros, granulação média a finae estrutura maciça e são da mesma composi-ção das efusivas (Barros et al., 1982).

Geraldes (2000) e Geraldes et al. (2001)utilizando os métodos U-Pb e Sm- Nd, obtive-ram idades de 1,46 a 1,42 Ma. para as rochasbásicas e félsicas da suíte Intrusiva Rio Branco,interpretadas como idade de cristalização. Asidades TDm foram interpretadas como idades deextração mantélica e indicam que o protólitodas rochas básicas foi formado entre 1.86 – 1.82Ga., e o protólito das félsicas entre 1.80 – 1.73Ga. Datação pelo método U-Pb em zircão, for-neceu idade de 1.423 ± 03 Ma. (Ruiz, 2003).

MP2γsr - Suíte Intrusiva Santa RitaASR

A denominação de Suíte IntrusivaSanta Rita foi proposta por Ruiz et al., (2004)ao descreverem um conjunto de corpos in-trusivos de composição tonalítica a monzo-granítica, que dispõem-se em uma faixa comdireção NNW, limitada a leste pelo Bloco Jau-ru e a oeste pelo Bloco Paraguá. A Suíte San-ta Rita é reconhecida como uma associaçãode rochas ígneas, leucocráticas a mesocráti-cas, de cor cinza, exibindo granulação vari-ando de equigranular média a porfirítica. Afeição marcante destas intrusões é a foliaçãotectônica, localmente milonítica.

As intrusões agrupadas nesta suítecorrespondem a corpos de dimensões redu-zidas, alongados segundo o trend da estrutu-ração regional NNW. Ruiz et al. (2004) des-creveram três plutons de composição tonalí-tica dominante: Tonalito Rio Aguapeí (Pinho,1990); Tonalito São José (Ruiz et al., 2004) eTonalito Rio do Cágado (Menezes, 1993) alémdo Granodiorito Rio Alegre (Geraldes, 2000) euma intrusão granítica, informalmente desig-nada Granito Carrapato (Geraldes, 2000).

Os dados geocronológicos U-Pb emmonocristais de zircões, apresentados porGeraldes (2000) e Geraldes et al.(2001) indi-cam idades para o Tonalito Rio Aguapeí de1.384 ± 40 Ma.; para o Granodiorito Rio Ale-gre de 1.412 ± 05 Ma.; e para o Granito Carra-pato, de 1.400 ± 24 Ma. Datação U-PbSHRIMP paraa o Tonalito Rio Aguapeí indica

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 86: Rel Mato Grosso

86

idade de 1.379 ± 31 Ma.

MP2γa - Suíte Intrusiva AlvoradaASR

O termo Suíte Intrusiva Alvorada foiutilizado por Monteiro et al. (1986) para desig-nar um conjunto de plutons graníticos alon-gados e subcirculares, localizados entre ascidades de São José dos Quatro Marcos e aReserva do Cabaçal. Inicialmente esses plu-tons foram definidos como pertencentes àSuíte Intrusiva Guapé por Barros et al. (1982).

Ruiz (1992) descreve estes granitóidescomo geralmente equigranulares, granulaçãomédia a fina, cor cinza-clara a rósea, isotrópi-cos a levemente orientados e de composi-ção dominante monzogranítica. Afloram oracomo pequenos corpos (plugs e stocks) ir-regulares a subelípticos, que cortam as uni-dades mais antigas, ora como corpos maio-res, caracterizando plutons subarredondadosa elípticos.

Ao microscópio, nota-se o predomí-nio da textura hipidomórfica equigranular eraramente hipidiomórfica inequigranular. O pla-gioclásio e o feldspato alcalino são subidiomór-ficos, o quartzo é xenomórfico e intersticial e abiotita ocorre em pequenas lamelas. Os opa-cos comumente associam-se a biotita e osacessórios comuns são a apatita, titanita, zir-cão e allanita.

Geraldes (2000) mostra resultados dedatações U-Pb obtidos para esta unidade nasregiões de Cachoeirinha, São José do Qua-tro Marcos e fazenda Alvorada, da ordem de1.394 ± 37 Ma. a 1.546 ± 15 Ma. Ainda queseja notável essa variação de valores, pode-se admitir uma idade média de cristalizaçãopara esta suíte ao redor de 1.400 Ma.

MP2co(g) MP2co(ms) MP2co(q) MP2co(u) -Suíte Metamórfica ColoradoGJR

As rochas polideformadas do extre-mo sudeste de Rondônia estavam inseridasinicialmente no Complexo Xingu (Silva et al.,1974) ou no Complexo Basal (Souza et al.,1975). Posteriormente, Scandolara et al. (1999)agruparam estas rochas na Seqüência Meta-vulcanossedimentar Nova Brasilândia. Rizzot-to et al. (2002) definiram a Suíte MetamórficaColorado como uma associação de rochaspolideformadas em condições metamórficasda fácies anfibolito superior, assim representa-

da: 1) metamonzogranito e anfibolito (magma-tismo bimodal); 2) sillimanita xisto e formaçãoferrífera (rochas metassedimentares clásticas equímicas); 3) muscovita-granada leucogranito(granito tipo S); e 4) rochas máficas/ultramáfi-cas intrusivas.

O magmatismo bimodal máfico-félsi-co está representado por anfibólio-biotita me-tamonzogranito porfirítico, intrusivo nas rochasmáficas (anfibolitos de granulação média afina). A feição mais característica dessa associ-ação é a migmatização que acompanhou ocisalhamento de alto ângulo, gerando foliaçãomilonítica sigmoidal e boudins de anfibolito. Aidade isocrônica Rb-Sr dos ortognaisses dapedreira RO-15 é de 1.360 ± 45 Ma. Em con-trapartida, as idades 40Ar-39Ar em hornblen-da do anfibolito (RO-18 e RO-19) forneceramidades plateau de 1.315 ± 6 Ma e 1.313 ± 3-1319 ± 2 Ma., respectivamente. Estes valo-res radiométricos são interpretados como ida-de do resfriamento metamórfico.

A associação de xistos, hematita-quartzitos e xistos manganesíferos com len-tes subordinadas de anfibolitos constituepequenas serras que exibem dobramentoisoclinal e foliação vertical. Bolsões e lentes degranito do tipo S mostram relação de deriva-ção a partir das rochas metassedimentares.

Os leucogranitos anatéticos pegma-tóides e aplíticos, constituídos por feldspatoalcalino, quartzo, granada, muscovita e rarabiotita, ocorrem na forma de lentes e bolsões,além de pequenos corpos alongados sub-concordantes com a estruturação regional.Cristais de muscovita de um leucogranito fino(RO-14) foram datados por 40Ar-39Ar e forne-ceram idade plateau de 1.314 ± 6 Ma., a qualé interpretada como época do resfriamentodo metamorfismo regional.

As rochas máficas ocorrem como cor-pos isolados subarredondados que mostram-se bastante preservados estruturalmente, cons-tituindo, possivelmente, megapods da deforma-ção regional. São constituídas por metagabrosacamadados de granulação grossa que mos-tram textura ígnea cumulática preservada.Três frações de zircões analisadas desta ro-cha alinham-se em uma discórdia com ida-de de intercepto superior de 1.352 ± 3 Ma.(MSWD=0,18) interpretada como a idade decristalização.

As rochas ultramáficas são representa-das por actinolita-metagabros e hornblenditosintrusivos nos xistos e quartzitos. Também

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 87: Rel Mato Grosso

87

mostram textura ígnea preservada em zonasde deformação de alto ângulo.

MP2γlj - Granito LajesASR

Matos e Ruiz (1991) descreveram aocorrência de um pluton granítico na regiãolimítrofe Brasil-Bolívia, mais exatamente nas pro-ximidades do Destacamento Fortuna. Esta in-trusão é constituída por rochas leucocráticas,cinza-esbranquiçadas, com tonalidades esver-deadas, granulação fina a média, fracamenteanisotrópicas, identificadas como sienogra-nitos e monzogranitos.

As encaixantes são rochas gnáissicase migmatíticas, enfeixadas por Matos e Ruiz(1991) no embasamento metamórfico, equi-valente ao Complexo Metamórfico Tarumã(Ruiz et al., 2004). A extensa cobertura holo-cênica que recobre as áreas arrasadas emdireção ao chaco boliviano, impede umadefinição mais precisa da forma deste plu-ton.

Geraldes (2000) através de duas data-ções U-Pb em zircões, obteve duas idadespara este corpo granítico: uma mais antiga,muito imprecisa, indica uma idade de 1.608± 200 Ma. e outra, mais jovem, obtida a partirde quatro frações de zircões, mostra uma ida-de de 1.310 ± 34 Ma. Este autor e Tassinari etal. (2001) interpretaram esses resultados comoa re-homogenização do sistema U-Pb, apósa cristalização da rocha em torno de 1.600 Ma.

MP2δδδδδva – Suíte Intrusiva Vale do AlegreASR

O conceito original da unidade foi pro-posto por Barros et al. (1982) para uma associ-ação máfico-ultramáfica que aflora dispersa-mente ao longo do vale do rio homônimo,entre as serras Santa Bárbara e Pau-a-Pique,constituída por gabro, gabro anfibolitizado e/ou anfibolito e serpentinito. Corpos ultramáfi-cos (morro do Leme e morro Sem-Boné) ocor-rem como ilhas na planície do rio Guaporé.Matos (1995) agrupa na Seqüência Metavul-canossedimentar Rio Alegre rochas ultramáfi-cas e anfibolitos intercalados em mica-xistos,além de gabros e serpentinitos metamorfisa-dos na fácies xisto verde.

Nunes (2000) descreve os peridotitos,dunitos e serpentinitos que ocorrem nos mor-ros do Leme e Sem-Boné. Os peridotitos e du-

nitos mostram uma intensa serpentinização, to-davia, a mineralogia primária preservada é re-presentada por olivina, ortopiroxênio e clinopi-roxênio. A paragênese neoformada é consti-tuída por agregados fibrosos e lamelares deserpentina, carbonato, talco e clorita, caracte-rizando a textura mesh. Uma intensa rede defraturas preenchidas por sílica amorfa, garnie-rita e malaquita corta os dunitos.

Os serpentinitos do morro Sem-Bonésão maciços, de granulação fina, textura gra-noblástica, constituídos essencialmente porserpentina (95%) e óxidos de Fe, Ni e Cr. Aserpentina ocorre em agregados lamelares,microlamelares e fibrosos, associados a hi-dróxidos de ferro.

As rochas máfico-ultramáficas dessasuíte apresentam uma assinatura geofísicacaracterística evidenciada por fortes anoma-lias magnéticas bipolares, simétricas.

Mineralização associada nesta unidaderefere-se ao depósito de níquel em rochas ul-tramáficas serpentinizadas dos morros doLeme e Sem Boné. Teores anômalos em Cu,Co, elementos do grupo da platina e ouro es-tão relacionados à concentração supergênica.

Datação pelo método K-Ar em plagi-oclásio, forneceu idade de 1.245 ± 35 Ma.para o metamorfismo (Ruiz, 2003).

MP2λac - Alcalinas CanamãGJR

A denominação de Sienito Canamã(Silva e Issler, 1974) foi dada ao álcali-sienitointrusivo nas rochas do Complexo Xingu. Sil-va et al. (1980) englobaram outros corpos decaracterísticas geológicas semelhantes coma designação genérica de Alcalinas Canamã,e a posicionaram como a unidade mais jo-vem do Grupo Caiabis.

A principal área de ocorrência das ro-chas alcalinas está indicada, em imagens desensores remotos, por duas estruturas circu-lares no alto curso do rio Canamã. Outroscorpos de menor expressão em área ocor-rem no domínio do Domo do Sucunduri.

Estas rochas alcalinas são dominan-temente leucocráticas, de granulação média agrossa, com variedades microgranulares e peg-matíticas associadas. Mostram-se porfiróides ecom texturas de fluxo magmático.

As Alcalinas Canamã são constituídaspor sienito, microssienito, quartzo-sienito albi-tizados e aegirina-arfvedsonita granito. Possu-

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 88: Rel Mato Grosso

88

em características hipersolvus e caráter alcali-no, definido pela presença de aegirina, aegiri-na-augita, arfvedsonita e aenigmatita. Nos si-enitos predomina o feldspato alcalino meso-pertítico, além de albita cristalizada tardiamen-te. O anfibólio é o máfico mais abundante, se-guido por piroxênio e biotita. Como acessó-rios ocorrem titanita, rutilo, zircão, opacos,allanita e apatita.

Dados de química mineral do maciçoCanamã indicaram condições de cristaliza-ção em pressões de 1 a 3 Kb e temperaturavariando entre 1.000 a 700°C e afinidade comrochas da série alcalina-sódica. Os efeitosmetamórficos-deformacionais estão restritosa porção setentrional do maciço Canamã,onde o mesmo mostra-se afetado pela Fa-lha honônima, resultando em litótipos folia-dos e de incipiente bandamento metamórfi-co.

A idade obtida pelo método Rb-Sr emrocha total no maciço Canamã é de 1.216 ± 30Ma., com razão isotópica inicial de 0,704 ± 0,001.

MP2µc - Suíte Intrusiva CacoalGJR

Romanini (1992) denominou de Com-plexo Máfico-Ultramáfico de Cacoal e Comple-xo Máfico do Limão os litótipos que afloram naregião de Cacoal.. Scandolara et al. (1999) su-gerem a denominação de Suíte Intrusiva Bási-ca-Ultrabásica Cacoal e incluem inúmeros sto-cks básicos/ultrabásicos que ocorrem princi-palmente na região de Alta Floresta d‘Oeste ePedras Negras.

A área de ocorrência da suíte é restri-ta à borda norte do Graben Pimenta Bueno,na região de Cacoal. Suas rochas apresen-tam forma subcircular a elipsoidal, com elon-gação máxima segundo a direção NW, intru-sivas no Complexo Jamari. Estão representa-das dominantemente por dunito, olivina-me-lagabro, troctolito, serpentinito e olivina-gabro-norito. De forma subordinada ocorrem piro-xenito, gabro e anortosito. Mostram estruturaacamadada rítmica, marcada, principalmen-te, pela alternância de dunito e troctolito.

Os olivina gabros variam na granula-ção desde termos finos a porfiróides, comtextura granular hipidiomórfica e subofítica.

Os noritos são bastante restritos e mos-tram contato intrusivo nos olivina-gabros.

As rochas máficas mostram contatosintrusivos nas litologias do Complexo Jamari,

realçados por bordas de resfriamento, exibin-do texturas afaníticas a microfaneríticas, alémde enclaves das encaixantes.

Os dunitos constituem lentes irregu-lares e alongadas com mergulho de 30-45ºSW, mostrando contato gradacional com ostroctolitos e olivina-gabros. São constituídospor ortocumulatos de olivina euédrica, alémde piroxênio, plagioclásio, anfibólio, espiné-lio e minerais de alteração do tipo serpenti-na, actinolita-tremolita, clorita, carbonato ealbita. A textura primária encontra-se poucopreservada onde o crescimento de serpenti-na com textura mesh e opacos sobre a olivinamascara a feição ígnea.

Os troctolitos e olivina-gabros diferemessencialmente no conteúdo de olivina e piro-xênios. As texturas são mesocumuláticas, or-tocumulática, granoblástica e coronítica.

Os dados geoquímicos da Suíte Cacoalindicam filiação toleiítica com tendência a cal-cioalcalina, relacionada provavelmente aos cu-mulatos de plagioclásio.

A assinatura geofísica mostra altos va-lores magnetométricos indicados por umaforte anomalia bipolar, que se estende alémdos limites aflorantes dos corpos máficos, emdireção à parte interna da Bacia de PimentaBueno.

O posicionamento estratigráfico daunidade foi definido por meio de datação deuma rocha ultramáfica que forneceu idadeconvencional K-Ar de 1.372 ± 21 Ma.

MP2λag - Alcalinas GuaribaGJR

O conjunto de serras situadas na re-gião limítrofe entre os estados do Amazonase Mato Grosso, no interflúvio dos rios Guari-ba e Aripuanã, é formado dominantementepor sienito, quartzo-sienito e granito. Leal etal.(1978) acrescentam às rochas acima cita-das os traquitos aflorantes na margem es-querda do rio Madeira e passam a denomi-nar todo o conjunto de Alcalinas Guariba.

Os sienitos, intrusivos nos metagrani-tos da Suíte São Romão, possuem granula-ção grossa e são estruturalmente isótropos. Osminerais essenciais estão representados domi-nantemente por ortoclásio fortemente pertíti-co e raros cristais de oligoclásio. O quartzo éintersticial. A hastingsita é o mineral máficodominante, geralmente associada a biotita.Os granitos estão relacionados espacialmen-

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 89: Rel Mato Grosso

89

te com os sienitos, contudo as relações decontato entre ambos não são claras. Possu-em granulação grossa, estrutura isótropa eapresentam mineralogia bastante similar àdos sienitos.

Os dados isotópicos de RbSr em ro-cha total resultaram em uma idade isocrô-nica de 1.260 ± 56 Ma., com razão isotópi-ca inicial de 0,708.

MP2δδδδδ - Diques e Sills BásicosASF

Com esta denominação foram carto-grafados corpos de rochas básicas sob a for-ma de diques e sills não deformados e semmetamorfismo, que cortam a maioria das uni-dades paleoproterozóicas presentes na área.

Normalmente apresentam dimensõesreduzidas, com extensão de poucas centenasde metros e espessuras decamétricas. Um di-que mais expressivo expõe-se a sul de Apia-cás, avançando para leste até próximo ao rioTeles Pires; apresenta extensão superior a100km bem marcados nos mapas aerogeofí-sicos, notadamente nos de sinal analítico e derelevo sombreado.

São predominantemente de diabásiode cor cinza-escuro a esverdeado, textura ine-quigranular fina a média, matriz subofítica fina,estrutura maciça, contendo basicamente pla-gioclásio e minerais máficos. A presença des-ses diques marca uma fase distensiva regio-nal, pouco expressiva. Algumas análises ge-ocronológicas Rb-Sr em rocha total foram re-alizadas por Silva et al. (1980) e suas idadessituam-se entre 1.321 Ma. e 1.416 Ma.

Grupo Caiabis - Formação DardanelosASF

A Formação Dardanelos foi a deno-minação usada por Almeida e Nogueira Fi-lho (1959) para especificar uma seqüênciade quartzito, conglomerado e ardósia, ex-posta na cachoeira homônima, situada norio Aripuanã.

Consiste em uma cobertura sedimen-tar horizontalizada que ocorre na região nor-te-noroeste de Mato Grosso, sobreposta emdiscordância angular-erosiva às rochas dosgrupos Roosevelt, Colíder, Beneficente e asdemais unidades de rochas que constituemo embasamento regional. Segundo Pedrei-ra (2000) em estudos na borda norte da ser-

ra dos Caiabis, a Formação Dardanelos apre-senta-se localmente afetada por falhas comdobras de arrasto.

Em sua maior parte, as atuais bordassão marcadas por zonas de cisalhamentotranscorrentes. Contatos erosivos são obser-vados subordinadamente. Foram identificadaspelo Projeto Alta Floresta (Souza et al., 2004)quatro unidades litológicas distintas:

Unidade 1 (MP2d1) - Compreende a unida-de basal e consiste predominantemente dearenito e arenito arcoseano róseo, com grãosfinos a médios, arredondados bem selecio-nados, mostrando estratificações plano – pa-ralelas, cruzadas acanaladas e superfícies dereativação. São freqüentes na base níveis sei-xosos, conglomerados intraformacionais comsubarredondados a arredondados de quartzoe conglomerados polimíticos. Seu contato étectônico com as rochas da Suíte Nova Ca-naã onde se apresentamostrando-se deforma-da com ângulos de mergulho variável. Em seuextremo sudeste, na serra Formosa, estas ro-chas encontram-se sub-horizontalizadas, emdiscordância erosiva sobre rochas graníticas evulcânicas .Os conglomerados basais, com clastos derochas ígnea, arenito e argilito são interpre-tados como leques aluviais. As estratificaçõesplano-paralelas, cruzadas acanaladas e pla-nares bem como superfícies de reativaçãopresentes nos arenitos, indicam feições comobarras longitudinais e transversais, topo debarra, canais e seu preenchimento, típicas derios entrelaçados.

Na cachoeira Trusi II, localizada naborda oeste da serra Formosa, esta unidaderecobre rochas graníticas e inicia-se comconglomerados polimíticos (sustentados pe-los clastos) seguidos por camadas métricas dearenito grosso com níveis conglomeráticos. Re-presentam depósitos e barras longitudinais decanal. Sobrepõe-se uma seqüência de arenitosmédios a grossos, maciços, argilosos, dispostossob a forma de camadas, com intercalações dearenitos com níveis argilosos, e de arenitos finosa médios com estratificações cruzadas, acanala-das e plano-paralelas. Representam depósitos debarras longitudinais associados a dunas suba-quosas e depósitos de overbank

Os argilitos e siltitos da Unidade II sãointerpretados como parte de uma transgres-são sobre este sistema fluvial..

Unidade 2 (MP2d2) - Aflora sob a for-

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 90: Rel Mato Grosso

90

ma de estreita faixa com orientação NW-SEdistribuída paralelamente ao rio Apiacás. Éformada por uma seqüência de siltitos e ar-gilitos avermelhados com níveis de arenitosfinos, claros, formando solos avermelhadosque contrastam com as extensas coberturasarenosas provenientes das unidades que aenvolvem.

Unidade 3 (MP2d3) - É compostapredominantemente por arenitos arcoseanose arenitos de granulação fina a média, argi-losos e friáveis. Ocasionalmente notam-seníveis de conglomerados intraformacionaisformados por grânulos e seixos arredonda-dos de quartzo, siltito e rochas vulcânicas.Os arenitos arcoseanos da unidade III mos-tram o retorno do ambiente fluvial.

Unidade 4 (MP2d4) – É representa-da por uma seqüência de arenitos argilosose arenitos arcoseanos, finos a grossos, comintercalações de faixas conglomeráticas for-madas por grânulos e seixos esparsos e bemarredondados de quartzo. Ocorre sob a for-ma de “ilhas”, sobre a unidade anterior.

As estratificações cruzadas de gran-de porte e as intercalações de conglomera-dos reforçam a deposição em sistema fluvi-al. Nas partes mais superiores desta seqüên-cia são também observadas estratificaçõescruzadas de grande porte relacionadas a re-trabalhamento eólico, freqüentes nestes am-bientes, porém sem caracterizar um ambientedesértico. Nos locais onde não foi possível asubdivisão esta Formação foi cartografadacomo unidade indivisa (MP2d)

Os dados estruturais convergem paraa interpretação de que esta bacia, com cer-ca de 500 km x 100 km, é do tipo romboé-drica, desenvolvida em zonas transtracionaisentre zonas de cisalhamento transcorrentessinistrais adjacentes, de direção N70o-N80o W,no nível crustal rúptil-dúctil.

Zonas de cisalhamento transcorren-te internas incluem sistemas de fraturas ex-tensionais, preenchidas por quartzo e comorientação N400E, e também faixas miloníti-cas e cataclásticas orientadas N850W/700NE.

A Formação Dardanelos, segundoSaes e Leite (2003) apresenta zircões detríti-cos obtidos em uma única amostra de seuconglomerado basal com idades Pb-Pb en-tre 1.987 + 4 Ma. a 1.377 + 13 Ma., sugerin-do a idade máxima de 1.44 Ma. como repre-sentativa para o início da sedimentação da

Formação Dardanelos.Idades obtidas por Saes e Leite (2003)

de 1.98 Ga. e 1.81 a 1.75 Ga. são interpreta-dos, por estes autores, como idades de re-trabalhamento do Grupo Beneficente. Alter-nativamente, os autores do Projeto Alta Flo-resta (CPRM) interpretaram estes dados, cer-ca de 55% dos resultados analíticos de Saese Leite (2003) como indicativos de que as ro-chas pertencentes ao Arco Magmático Ju-ruena (1.85 - 1.75 Ga.) serviram de fonte paraos sedimentos dessa bacia.

NP1ba – Grupo Caiabís - Formação ArinosGJR

A designação de Formação Arinos foiproposta por Silva et al. (1980) para os ba-saltos amigdaloidais, diabásio, olivina-noritoe gabro que constituem dois patamares se-parados entre si pelos arenitos da FormaçãoDardanelos. As rochas máficas desta unida-de ocorrem intercaladas com as rochas se-dimentares no extremo oeste da Serra Caia-bis, margem direita do rio Arinos. Outro cor-po máfico menos expressivo em área estásituado na borda norte da Chapada Darda-nelos, próximo de Aripuanã.

A relação de contato dos basaltoscom os arenitos é ambígua. Entretanto, asfeições geológicas em imagem de satélitesugerem que sejam sills.

Os basaltos possuem fenocristais deplagioclásio em matriz afanítica cinza-escu-ro. Pequenas amígdalas subarredondadasencontram-se preenchidas por epidoto e car-bonato. A textura dominante é microporfiríticae subordinadamente subofítica. Os olivina-no-ritos mostram textura equigranular, compostosdominantemente por plagioclásio, piroxênio,anfibólio e olivina, além de rara biotita. As olivi-nas ocorrem como cristais arredondados, apre-sentando bordas de reação de piroxênio e an-fibólio. Epidotização e cloritização são inten-sas, além da serpentinização.

As análises geoquímicas das rochasmáficas da Formação Arinos conferem aomagmatismo Arinos um caráter alcalino comtendência a sub-alcalino.

Os dados radiométricos (K-Ar) em ro-cha total dos basaltos forneceram duas ida-des distintas. Aquelas rochas do patamar in-ferior da Serra dos Caiabis possuem idadede 1.225 ± 20 Ma., enquanto que aquelasdo patamar superior apresentaram idade de

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 91: Rel Mato Grosso

91

1.416 ± 14 Ma. (Silva et al., 1980).

MP3grp – Suíte Intrusiva Rio PardoGJR

Três fácies graníticas tardicinemáticasde natureza subalcalina a alcalina foram des-critas na região sudeste de Rondônia por Sil-va et al. (1992) as quais foram agrupadas naSuíte Intrusiva Rio Pardo. A seção-tipo dosgranitos da suíte encontra-se exposta na Fo-lha SC.20-Z-C-VI, entre as linhas do INCRA176, 180, 184 (km 12 a 17 a sul da linha 25)204 e 208 (km 14 a 20) nas proximidades dascidades de Alta Floresta e Santa Luziad’Oeste. Além destes corpos, também ocor-rem outros na forma de stocks entre o altorio Roosevelt e rio Capitão Cardoso, na divi-sa com Mato Grosso, adentrando parcial-mente neste Estado.

As rochas da suíte exibem contato tec-tônico por meio de cisalhamento transcorren-te sinistral com as rochas metassedimentaresdo Grupo Nova Brasilândia, em Rondônia, etambém são intrusivas no referido grupo. NoMato Grosso, os granitos são intrusivos nasrochas do Grupo Roosevelt. Apresentam for-mas alongadas, concordantes com a foliaçãoregional das encaixantes. São constituídosdominantemente por monzogranito e sieno-granito; quartzo-sienito e microclínio sienitosubordinados, além de raros diques aplíticose pegmatitos. A presença de enclaves máfi-cos quartzo-dioríticos com inclusões de fe-nocristais de feldspato alcalino idênticos aosdo granito, sugerem interação mecânica demagmas de vicosidades contrastantes (mag-mas mingling). Ocasionalmente apresentamcavidades miarolíticas centimétricas preenchi-das por quartzo, biotita e fluorita.

Os aspectos petrográficos caracteri-zam as rochas como leucocráticas, de gra-nulação fina a grossa, com tipos porfiríti-cos subordinados. Exibem uma modera-da anisotropia planar marcada pelo ali-nhamento das lamelas de biotita e dos cris-tais de feldspatos, os quais indicam cristali-zação magmática sincinemática e, local-mente, deformação no estado sólido. A mi-neralogia essencial é composta por plagio-clásio (An 10-30) microclínio, quartzo e bio-tita, tendo a hornblenda como principal va-rietal, além de titanita, apatita, allanita e zir-cão. Epidoto, clorita e mica branca são osminerais de alteração mais freqüentes.

Além das características petrográfi-cas que evidenciam a natureza subalcalinaa alcalina, a assinatura geoquímica é indi-cativa de granitos tipo A.

Os dados geofísicos dos granitos forne-cem uma assinatura aerogamaespectrométricaanômala no canal de potássio (30-80 cps) e apre-sentam alta razão U/Th. No canal de contagemtotal os níveis radiométricos oscilam entre 350 a750 cps e apresentam um padrão aeromagnéti-co de baixa susceptibilidade.

A deformação nos granitos é hete-rogênea, mostrando variedades pouco fo-liadas até tipos com forte foliação miloníti-ca, principalmente nas bordas dos corpos.Nestas porções, o metamorfismo atingiutemperaturas compatíveis com a fácies xis-to verde superior.

As idades isocrônicas obtidas nasrochas graníticas da Suíte Intrusiva Rio Par-do, utilizando o método Rb-Sr, variaram de1016 ± 30 Ma. a 982 ± 31 Ma., com razãoinicial 87Sr/86Sr de 0,704 (Silva et al., 1992).

Os dados U-Pb em quatro frações dezircão de um monzogranito porfirítico fornece-ram idade de 1005 ± 41 Ma. A idade modelofornecida pelo método Sm-Nd foi de 1,50 Ga.,com ÎNd (t) = + 0,50 (Rizzotto, 1999).

Grupo AguapeíASR

O Grupo Aguapeí (Figueiredo e Oli-vatti, 1974) em sua seção-tipo no extremosul da serra Aguapeí, no local denomina-do fazenda do Lara, foi dividido em trêssub-unidades distintas: 1) basal, compos-ta por metaconglomerado oligomítico comintercalações de metarenito; 2) média , for-mada por ardósias, filitos e metassiltitos; 3)superior, constituída por camadas de me-tarenitos feldspáticos, com finas intercala-cões de metassiltitos e, mais raramente,ardósias. Souza e Hildred (1980) denomi-naram estas rochas de Grupo Aguapeí edividiram-no em três formações: Fortuna,Vale da Promissão e Morro Cristalino.

As rochas clásticas do Grupo Agua-peí ocorrem no extremo sudoeste da Fo-lha SD.21 (Cuiabá) configurando um rele-vo serrano, constituído pelas serras de SãoVicente, Caldeirão, Pau-a-Pique, da Borda,Cágado, Salto do Aguapeí, Roncador, San-ta Bárbara ou Aguapeí e Ricardo Franco.

MP3f – Grupo Aguapeí - Formação Fortuna

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 92: Rel Mato Grosso

92

ASREsta formação é composta por me-

taconglomerado oligomítico basal com sei-xos de quartzo e seixos de quartzitos su-bordinados, em matriz sericítica. Na serrade São Vicente, os conglomerados são so-brepostos por metarenitos e metapelitosavermelhados subordinados, constituindoum pacote sedimentar de mais de 1000 me-tros de espessura. Os conglomerados repre-sentam porções distais de leques aluviais. Osarenitos são essencialmente ortoquartzíticos,em geral micáceos, com menos que 5% defeldspatos. Os grãos apresentam seleção e es-fericidade de moderada a boa, predominan-do as formas subarredondadas sobre as an-gulosas. Petrograficamente foram descritosmetaquartzo-arenitos, subarcóseos, subare-nitos líticos e quartzo-wacke.

As estruturas primárias são represen-tadas por estratificação cruzada acanala-da e, subordinadamente, tabular. Ambasconstituem sets com estratos de 0,50 a 5centímetros de espessura, localmente comgranodecrescência ascendente, as quaisindicam depósitos fluviais do tipo dunassubaquosas e/ou barras transversais.

MP3vp – Grupo Aguapeí - Formação Valeda PromissãoASR

Constitui-se principalmente por me-tassiltitos, ardósias e metargilitos, além demetarenitos subordinados. Os metapelitos es-tão arranjados em seqüências granocrescen-tes cíclicas. As estruturas freqüentemente en-contradas são do tipo lenticular, flaser, ondu-lada, brechas intraformacionais, gretas de si-nerese, ondulações truncadas e estruturas di-apíricas que são diagnósticas de ambientemarinho raso dominado por tempestades(Saes et al., 1987).

MP3mc – Grupo Aguapeí - Formação Mor-ro CristalinoASR

Compreende predominantementequartzo-arenitos, freqüentemente seixosos,apresentando estratificações cruzadas tabu-lares, representativas de sistemas fluviais.Quartzo-arenitos finos são subordinados,com estratificações cruzadas festonadas degrande porte, os quais indicam depósitos dedunas eólicas. Os ambientes deposicionais

evoluem de fluvial, gradando lateralmente acosteiro e marinho raso sob influência demaré. Na porção superior predominam de-pósitos de ambiente continental.

A deformação das rochas desse gru-po é heterogênea, onde as coberturas sedi-mentares mostram-se horizontalizadas naporção ocidental da serra Santa Bárbara ena região de Rio Branco. Na porção orientalda serra Ricardo Franco e central de SantaBárbara ocorre um domínio de dobras aber-tas e simétricas. Na serra de São Vicente, asdobras tornam-se assimétricas com vergên-cia para NE, com desenvolvimento de folia-ção de plano axial e clivagem de crenulação.A deformação é mais intensa nas serras dePau-a-Pique, Salto do Aguapei e Santa Rita,com dobras isoclinais invertidas, milonitiza-ção generalizada, além da paralelização e sub-verticalização das estruturas planares Os pla-nos axiais estão orientados para NW, commergulhos variando para SW e NE. Falhas deempurrão de direção N60W, limitam a bordaoriental das serras Santa Bárbara e Azul. Trans-corrências de cinemática dextral deformam asserras do Caldeirão e da Borda.

O metamorfismo é progressivo de lestea oeste, passando de condições anquimetamór-ficas até a fácies xisto verde, nas serras do Saltodo Aguapeí e Santa Rita.

A datação de zircões detríticos do me-tarenito da serra de São Vicente pelo méto-do U-Pb (SHRIMP) revelou seis populaçõescom idades de: 1.453 ± 10 Ma., 1.420 ± 16Ma., 1.350 ± 19 Ma., 1.327 ± 15 Ma., 1.271 ±15 Ma. e 1.231 ± 14 Ma. – 1,3 (Santos et al.,2001). A última idade é considerada a idademáxima da deposição do Grupo Aguapei. Aidade mínima (K-Ar) é de 964 ± 40 Ma., for-necida pela muscovita de milonitos. Pelométodo Ar-Ar em sericitas, foi definida umaidade de 912 ± 0,7 Ma. para o metamorfis-mo da formação.

NP1p - Formação PalmeiralGJR

A Formação Palmeiral foi definida,inicialmente, por Lobato et al. (1966) tendocomo área-tipo os afloramentos nas redon-dezas da vila de Palmeiral, situada nas mar-gens do rio Madeira. Posteriormente, esta ter-minologia foi estendida por Souza et al. (1975)para os arenitos e conglomerados que sus-tentam as serras dos Pacaás Novos e Uopia-nes. Recentemente, foram englobadas nesta

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 93: Rel Mato Grosso

93

unidade as rochas siliciclásticas que afloramna região do igarapé Preto, no sul do Amazo-nas, e aquelas da região limítrofe entre os es-tados de Rondônia e Mato Grosso.

A Formação Palmeiral é constituída es-sencialmente de ortoconglomerados, quartzo-arenitos e arenitos arcosianos. Bahia (1997) in-dividualizou seis litofácies, as quais compreen-dem ortoconglomerado maciço ou com estra-tificação incipiente, arenito com estratificaçãohorizontal, arenito com estratificação cruzadaacanalada, arenito com estratificação cruzadatabular, arenito com estratificação cruzada sig-moidal e arenito maciço.

Os conglomerados são oligomíticos,constituídos essencialmente de seixos e ca-lhaus arredondados e achatados de quartzo-arenito, quartzo leitoso e subordinadamentede sílex, quartzito e rochas vulcânicas félsica.Os seixos ocorrem estratificados e imbricados.

Os arenitos variam de finos a médios,ocorrendo subordinadamente frações grossas,com grau de seleção moderado a boa. O ar-cabouço dos arenitos é geralmente fechado,com porções abertas devido a presença abun-dante de matriz. São compostos por grãos dequartzo, sílex e, eventualmente, feldspatos e vul-canitos, além de filossilicatos (caulinita e illita) eníveis de manganês (Bahia, 1997).

Os litótipos da Formação Palmeiral fo-ram depositados em bacia do tipo sinéclise,relacionada a um sistema fluvial proximal oude leque aluvial (Bahia, 1997) cuja sedimenta-ção foi confinada posteriormente em grabens,dos quais destacam-se os grábens dos PacaásNovos, Uopianes e São Lourenço (Leal et al.,1978; Bahia, 1997; Quadros et al., 1998).

A análise das paleocorrentes nos di-versos compartimentos de ocorrência da For-mação Palmeiral, utilizando-se das medidasde atitudes de seqüências frontais das estra-tificações cruzadas 2D, dos eixos de estratoscurvados da estratificação 3D, de imbricaçãodos seixos oblatos nos conglomerados e daorientação do eixo maior de seixos prolatos,mostram um sentido de paleofluxo de NNEpara SSW (Bahia, 1997). Utilizando-se do es-tudo das populações de zircões detríticos dosarenitos, Santos et al. (2002) sugerem umabacia do tipo foreland para a deposição dossedimentos da Formação Palmeiral.

A idade das rochas sedimentares daFormação Palmeiral foi atribuída inicialmenteà interface Meso-Neoproterozóico, baseada narelação de intrusão das rochas máficas da For-

mação Nova Floresta, datadas em torno de1,00Ga. Dados recentes obtidos pelo méto-do U-Pb (SHRIMP) em zircões detríticos, for-neceram idade máxima da sedimentação em1.030 Ma., que também é a idade máxima daFormação Prosperança. Na área-tipo (vila Pal-meiral) o zircão mais jovem tem 1.154 Ma.(Santos, com. verbal).

NP1γo - Suíte Intrusiva RondôniaGJR

Essa suíte foi originalmente descritapor Kloosterman (1968) como Younger Gra-nites of Rondônia, sendo sua localidade-tiponas cabeceiras do rio Candeias. Bettencourtet al. (1997) mantiveram a definição de Kloos-terman, mas englobaram nos Younger Gra-nites somente os granitos com idades U-Pbem zircão entre 998 a 991 Ma. Os granitos erochas afins doravante englobados nestaSuíte distribuem-se amplamente na porçãocentro-norte do Estado de Rondônia. NoEstado de Mato Grosso ocorre como umpequeno corpo localizado no extremo noro-este, na conflência do rio Madeirinha comIgarapé São Francisco.

Estes maciços graníticos ocorrem soba fomra de batólitos e stocks multifásicos epizo-nais, alojados segundo estruturas N-S e NE-SW,principalmente. Apresentam forma subcircularvariando de 2 a 25km de diâmetro, de caracte-rísticas subvulcânicas e intrusivos nas rochas doComplexo Jamari, em Rondônia e da Forma-ção Paimeiral e da suíte Intrusiva São Romãoem Mato Grosso. Os contatos são irregulares,abruptos, com presença esporádica de encla-ves das encaixantes. Estruturas vulcânicas esubvulcânicas, tipo diques anelares e subsidên-cia de caldeira ocorrem em alguns maciços.

As rochas da Suíte Rondônia são se-paradas em dois tipos principais conformeas características petrográficas e químicas:subsolvus subalcalinas e hipersolvus alcalinas.As relações de campo sugerem que as ro-chas alcalinas são mais jovens que as subal-calinas adjacentes.

As rochas subsolvus subalcalinas sãorepresentadas por sienogranito equigranu-lar, monzogranito porfirítico e ortoclásio gra-nito dominantes, além de topazio-albita gra-nito e topazio-quartzo-feldspato pórfiro su-bordinados. Ortoclásio sienito, microssienito,ortoclásio microgranito e feldspato-quartzopórfiro caracterizam as rochas hipersolvus al-

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 94: Rel Mato Grosso

94

calinas. Os sienogranitos e monzogranitos sãoas fases mais precoces, as quais apresentamfeições rapakivíticas. Possuem megacristais defeldspato alcalino pertítico, por vezes mantea-dos por um agregado policristalino de oligo-clásio-albita. Os acessórios mais típicos são mag-netita, zircão, apatita, allanita, esfeno e fluorita.Os microgranitos mostram intercrescimento gra-nofírico na matriz juntamente com raros feno-cristais de feldspato alcalino e biotita. Fluorita éo acessório mais abundante, além de allanita ezircão.

Os minerais máficos do tipo augita e/ou hornblenda são comuns nos sienitos emicrossienitos, enquanto a biotita e anfibóliosódico estão presentes nos granitos alcali-nos. Nos primeiros, os cristais ocelares dequartzo encontram-se manteados por piro-xênios e/ou anfibólios. Fluorita, zircão, alla-nita e opacos são os acessórios principais.

Os dois grupos de granitos exibemum padrão geoquímico distinto. Os tipos su-balcalinos são metaluminosos a levementeperaluminosos, com características similaresaos granitos do tipo A.

Três maciços graníticos subalcalinose um alcalino foram datados pelo método U-Pb em zircão. O biotita sienogranito do ma-ciço Pedra Branca tem uma idade de 998 ±5 Ma. O biotita-hornblenda-ortoclásio grani-to do maciço São Carlos possui idade de 995± 73 Ma, enquanto que o piroxênio-anfibó-lio-ortoclásio sienito do mesmo maciço, mas

Tabela I - Características dos granitos de idades toniana

do tipo alcalino possui idade de 974 ± 6 Ma.Por fim, o biotita sienogranito porfirítico domaciço Massangana tem idade de 991 ± 4Ma (Bettencourt et al., 1999).

Associadas a estes corpos ocorremmineralizações primárias de Sn, W, Nb-Ta, Be,F e sulfetos está espacialmente associadaprincipalmente com os protolitionita-albita leu-cogranitos. O minério encontra-se nos peg-matitos com topázio e berilio, corpos de grei-sen com quartzo, mica litinífera e topázio, to-pázio-protolitiolita-albita riolitos com cassite-rita e veios de quartzo com cassiterita, wol-framita, berílio e sulfetos de Cu-Pb-Zn e Fe.Dentre as principais minas destaca-se a deOriente Novo em Rondônia e São Franciscoem Mato Grosso, onde a associação Sn-Westá hospedada em greisen, na forma de sto-ckwork e vênulas de quartzo. Nas minas deCaritianas, Santa Bárbara e Massangana, amineralização de Sn está associada a corposde greisen juntamente com zircão, fluorita,topázio, zinwaldita e galena. No depósito deBom Futuro, a mineralização de Sn-W hos-peda-se em quartzo-zinwaldita-topázio grei-sen e veios/vênulas de quartzo, associada afluorita, esfalerita, calcopirita, pirita e galena.

NP1γγγγγg - Suíte Intrusiva GuapéASR

Barros et al. (1982) utilizaram o ter-mo Suíte Intrusiva Guapé para designar um

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 95: Rel Mato Grosso

95

grupo de granitóides isótropos, considera-dos cratogênicos, com idades entre 1,0 e 0,9Ga. Saes et al. (1984) restringiram a ocorrên-cia desta suíte aos maciços ácidos, compos-tos por biotita-hornblenda granitos e micro-granitos porfiríticos, que ocorrem segundoum alinhamento N-S, na região do alto cur-so do rio Jauru.

Menezes (1993) também usou essetermo para uma intrusão de granitos e mon-zonitos na fazenda Guapé, Folha Pontes eLacerda.

Segundo Ruiz (2003) as rochas des-sa suíte estão orientadas na direção NNW eressaltam-se na topografia como serranias ali-nhadas, parcialmente recobertas pelas rochassedimentares da Bacia do Parecis. Os conta-tos são tipicamente intrusivos com gnaissesde Complexo Alto Guaporé, marcados pelaocorrência de pegmatitos e apófises graníti-cas, e pelos freqüentes xenólitos angulososde gnaisses nas porções marginais da intru-são. Menezes, (1993) identificou duas fáciespetrográficas nesse pluton: uma de composi-ção sieno a monzogranítica e outra, subordi-nada, de composição quartzo monzonítica.

A primeira facies constituí-se por gra-nitos leucocráticos a hololeucocráticos, de corvermelha, equigranulares, médios a grossos,isótropos a foliados na borda, composicional-mente variando de monzogranitos a sienogra-nitos. Ao microscópio, exibe textura equigra-nular média e, muito raramente, porfirítica, emarranjo granular xenomórfico, sendo comunsas texturas rapakivi e anti-rapakivi. O plagio-clásio (oligoclásio) é importante constituinteda matriz granular xenomórfica, o quartzo ésempre xenomórfico, intergranular, e a bioti-ta ocorre como palhetas em agregados comoutros minerais acessórios, sendo comum asua alteração para clorita. Os demais mine-rais acessórios são allanita, titanita, zircão,apatita e opacos.

A segunda fácies compreende tiposmicrogranulares, as vezes, subvulcânicos,mesocráticos, cinza-escuros a cinza-esbran-quiçados, afaníticos a microporfiríticos, comtextura marcada pela presença de aglomera-dos de biotita e anfibólio, que ocorrem tantocomo máculas dispersas na matriz, como ali-nhadas e associadas a estruturas de fluxomagmático.

Ao microscópio são definidas como di-oritos e gabros com texturas subofíticas a in-

tergranulares. Os principais constituintes in-cluem o plagioclásio e piroxênios. A biotita éderivada da transformação dos anfibólios pri-mários. Opacos aparecem em alguns casosem proporções destacadas e, com a apatita,constituem os principais acessórios.

Os dados geoquímicos aliados aos pe-trográficos indicam o caráter metaluminoso daunidade. Os dois litótipos possuem padrãoETR fortemente fracionado, com alto enrique-cimento nos ETRL e moderado empobreci-mento nos ETRP nos tipos mais diferenciados,além de discreta anomalia negativa de euró-pio. Esse padrão de ETR se assemelha ao dosgranitos calcialcalinos de alto potássio.

Uma isócrona Rb-Sr em rocha total daSuíte Guapé forneceu idade de 950 ± 40 Mae razão inicial 87Sr/86Sr de 0,7029. Os isóto-pos Sm-Nd desta rocha indicaram idade TDMde 1,27 Ga. e ÎNd(t) de + 1,2.

Na Tabela I é apresentado um qua-dro sinóptico das características gerais dosgranitos de idade toniana, vinculados à Oro-genia Sunsás- Aguapeí (Ruiz, 2003).

NP1γsd - Suíte Intrusiva São DomingosASR

Menezes (1993) empregou o termoGranito São Domingos ao se referirem a umconjunto de granitos granadíferos associa-dos a um corpo grosseiramente elíptico, comaproximadamente 50 km2, situado ao nortedo distrito homônimo na região de Jauru,sudoeste do Estado.

Ruiz (2003) utilizou o termo Suíte In-trusiva São Domingos, englobando os gra-nitos holo a leucocráticos que ocorrem nasimediações da mesma região que não foramdocumentados por Menezes (1993).

As relações de contato são tipicamen-te intrusivas, como evidenciam os inúmerosdiques e bolsões pegmatíticos e a caóticarede de diques graníticos que recortam aSuíte Santa Helena e o Complexo Alto Gua-poré nas imediações deste pluton granítico.Enclaves angulosos de gnaisses da SuíteSanta Helena e do Complexo Alto Guaporé,também atestam a natureza intrusiva dessecorpo. São granitos leucocráticos a hololeu-cocráticos, cor rosa claro a cinza rosado,equigranulares, granulação média a fina, iso-trópica a localmente orientada, sendo cons-tituído essencialmente por microclinio, pla-

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 96: Rel Mato Grosso

96

gioclásio, quartzo, biotita, muscovita e gra-nada. A presença de pegmatitos em volumeconsiderável recortando esses granitos,sugerem uma profundidade de colocaçãobastante rasa para os mesmos.

Babinski et al.(2001) apresentaram umconjunto de dados isotópicos e geocrono-lógicos (U-Pb, Sm-Nd e Pb-Pb) que indicamuma idade de cristalização do granito em tor-no de 930Ma., mais jovem, portanto, que adeformação dos metassedimentos do GrupoAguapeí. Ruiz (2003) utilizando-se o métodoU-Pb em zircão, obteve idade de 912 ± 15 Ma.

NP1γγγγγs - Granito SararéASR

Araújo Ruiz (2003) e Araújo Ruiz et al.(2003b) individualizaram o Maciço Sararé ca-racterizando-o como um leucogranito róseo,maciço, de composição monzogranítica, hos-pedado em ortognaisses e rochas metasse-dimentares.

Segundo esses autores, trata-se de umcorpo granítico de forma elíptica, disposto se-gundo o “trend” regional de direção NNW, comuma área de exposição ao redor de 80 km2. Con-forma um relevo de suaves morros do tipo “meialaranja”, com notáveis afloramentos sob a formade lajedos e matacões isolados. O mapeamentofaciológico do maciço granítico permitiu-lhes de-finir de três fácies, descritas a seguir.

Fácies Monzogranito (A) a mais jo-vem, constitui intrusões localizadas e circuns-critas, compreendendo duas ocorrências iso-ladas sob a forma de plugs graníticos: a pri-meira, aflorante no extremo norte da área deocorrência desta unidade;e a segunda ocor-rência, mais restrita, apresenta-se como pe-quenos corpos intrusivos, de menor expres-são, constituindo diques aplíticos tardios nasdemais fácies do maciço. São rochas leuco-cráticas, de cor rósea a avermelhada, isotrópi-cas, inequi-equigranulares a localmente porfi-rítica do tipo serial, microporfirítica a granofíri-ca. A feição mais comum desta fácies é o cará-ter inequigranular e a granulação média.

Fácies Muscovita Monzogranito (B)é a mais abundante, distribuindo-se por todaporção norte-central do corpo como mata-cões, lajedos e suaves morros subarredonda-dos do tipo “meia laranja”. São rochas leuco-cráticas, róseas, inequigranulares média, ricasem muscovita. Exibe estrutura isotrópica, po-dendo localmente, mostrar uma fraca aniso-

tropia de origem cataclástica, evidenciada pelaorientação sub-verticalizada e estiramento decristais de quartzo e feldspatos (microclínio e/ou plagioclásio).

Fácies Biotita Monzogranito (C) amais antiga, ocorre na porção sul do maciço eé representada por rochas isotrópicas de com-posição monzogranítica, ineqüigranulares, leu-cocráticas, de coloração avermelhada, macros-copicamente rica em ripas de biotita, apresen-tando quantidade de máficos superior àquelaobservada nas fácies norte e central. São ro-chas constituídas essencialmente por microclí-nio, plagioclásio e quartzo, além de biotita e amuscovita. As plaquetas de muscovita, apesarde freqüentes, não são tão abundantes comona Fácies Muscovita Monzogranito (B).

Em função da escala deste trabalho,estas fácies não puderam ser cartografadas.

NP1γγγγγgn - Ortognaisses do Oeste de GoiásPSER

Esses terrenos são constituídos porgnaisses granitóides neoproterozóicos (Pi-mentel e Fuck, 1992) anteriormente atribuí-dos ao Complexo Basal (Almeida, 1968; Ia-nhez, 1983; Pena et al., 1975).

Estas rochas estão associadas a evo-lução do Arco Magmático de Goiás e distri-buem-se por mais de 300 km, desde o sudo-este de Goiás (região de Arenópolis-Piranhas)até a região de Mara Rosa-Porangatu, sepa-radas em dois segmentos pelos TerrenosGranito-greenstone Arqueanos e seguindoem direção NE, adentrando o Estado do To-cantins. No Estado de Mato Grosso ocor-rem de forma restrita na porção sudeste, ca-peados pelos sedimentos quaternários daFormação Araguaia.

Na porção sudoeste de Goiás, estesgnaisses foram particularmente bem estuda-dos nas proximidades de Bom Jardim de Goi-ás (Seer, 1985) Arenópolis-Piranhas (Faria etal., 1975; Pimentel, 1985; Pimentel et al., 1985,1991; Pimentel e Fuck, 1986, 1987) e Jaupa-ci-Iporá (Amaro, 1989; Danni e Campos, 1994;Franco et al., 1994; Pimentel, 1995). São rochasde coloração cinza, granulação média a gros-sa, composição tonalítica a granodiorítica, comencaves máficos deformados. Foram obtidosos seguintes dados geocronológicos e isotó-picos: gnaisses Arenópolis (899 ± 7 Ma., U-Pb,Ri 0.7042, TDM 1,0-2,0, åNd(t) + 1,9 ± 3,2); gnais-ses Matrinxã (895 Ma., Rb-Sr, Ri 0,7026, TDM 0,9

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 97: Rel Mato Grosso

97

åNd(t) + 6) e gnaisses Sanclerlândia (950 Ma.,Rb-Sr, Ri 0,7025, TDM 0,9-1,0, åNd(t) + 4,0 ± 6,0).

Isotopicamente são muito primitivos,com baixas razões Sr87/Sr86, iniciais (Ca 0,703)e idade modelo de Nd, mais jovem que ca 1,1Ga. Datado pelo método U/Pb em zircão, ognaisse tonalítico da região de Mara Rosa, for-neceu idade 856 ± 13 Ma. (Pimentel et al., 1997).

NPnx - Unidade MetavulcanossedimentarNova XavantinaWAF/MCA/CRV

Esta unidade foi desmembrada do Gru-po Cuiabá, individualizada e nominada por Pi-nho (1990) como Seqüência Metavulcanosse-dimentar Nova Xavantina, na localidade conhe-cida como Garimpo do Araés, à margem es-querda do rio das Mortes, cerca de 25 km a oesteda cidade de Nova Xavantina-MT. Situa-se noextremo leste da Faixa Paraguai, sotoposta aoGrupo Cuiabá, caracterizando uma fase embri-onária de abertura de fundo oceânico na FaixaParaguai.

Martinelli et al. (1997) descreveram nes-sa região formações ferríferas bandadas e cal-co-filitos, associados a lentes de vulcânicasfélsicas, intermediárias e máficas (basaltosmagnesianos, metatufos máficos, dacitos en-tre outros) transformadas em verdadeiros xis-tos verdes, além de filitos grafitosos, metachertsferruginosos, metacherts quartzosos, quartzosericita filitos, metargilitos, metassiltitos e quart-zitos. Martinelli (1998) propõe para a área doGarimpo do Araés uma coluna estratigráficacompreendendo rochas clásticas psamíticase pelíticas; rochas químicas silicáticas, carbo-náticas e ferríferas e rochas metavulcânicasintermediárias e básicas.

Martinelli e Batista (2003) renomearam aSeqüência Metavulcanossedimentar Nova Xa-vantina de Pinho (1990) de Seqüência Metavul-canossedimentar dos Araés, constituída da basepara o topo por três associações litológicas:Associação Metavulcânica (unidade inferior –metabasalto e metatufo; e unidade superior –xistos, metandesito e lapili-tufo) Associação Quí-mica (formações ferríferas bandadas, filitos car-bonáticos e metacherts) e Associação Clástica(metassiltitos, metargilitos e quartzitos).

A seqüência ocorre balizada por fa-lhas transcorrentes dextrais, de direçãoENE, subparalelas à Zona de Cisalhamentodo Araés. Pinho (1990) identifica contatogradacional com as rochas metassedimen-

tares do Grupo Cuiabá sugerindo contem-poraneidade na geração da Seqüência Vul-canossedimentar Nova Xavantina e do Gru-po Cuiabá. Interpreta que a origem estariaassociada a ambiente marinho, possivel-mente do tipo back-arc.

Grupo CuiabáWAF/MCA/CRV

O Grupo Cuiabá constitui uma se-qüência de metassedimentos dobrados queintegra a unidade tectônica denominada deFaixa Paraguai, cujo desenvolvimento estárelacionado ao ciclo Pan-Africano/Brasiliano(1.000-500Ma.). As primeiras referências so-bre essas rochas devem-se a Evans (1894)que denominou de Cuiabá Slates as ardósi-as com clivagens e deformações bem acen-tuadas aflorantes no Rio Paraguai, próximoa São Luiz de Cáceres (Vila Maria) em dire-ção norte-nordeste, a leste de Diamantino eoeste das águas superiores do rio Cuiabá,Estado de Mato Grosso.

Oliveira & Leonardos (1943) utilizaramo termo Série Cuiabá ao caracterizar os fili-tos ardosianos e conglomerados xistosos su-bordinados, aflorantes nos arredores de Cui-abá, denominação esta incorporada por Oli-veira & Moura (1944); Almeida (1948b; 1954;1964; 1965) e Vieira (1965a).

Luz et al. (1980) subdividiram o Gru-po Cuiabá, na Baixada Cuiabana, em novesubunidades lito-estratigráficas, denominan-do-as informalmente de 1, 2, 3, 4; 5, 6, 7, 8 euma indivisa, as quais foram estendidas nesteestudo para toda a área de ocorrência destegrupo na Faixa Paraguai.

NPcu1 - Subunidade 1 - filitos sericíticos,com intercalações de filitos e metarenitos,algo grafitosos;

NPcu2 - Subunidade 2 - metarenitos arco-seanos, metarcóseos e filitos grASFitosos,com intercalações de metarenitos e lentes demármores calcíferos. Os filitos grASFitososmostram acamadamento com preservaçãode estruturas sedimentares sob a forma delentes estiradas isoladas (wavy) ou conecta-das (linsen) de arenito muito fino;Ncu3 - Subunidade 3 - filitos, filitos conglo-meráticos, metaconglomerados, metarcóse-os, metarenitos, quartzitos, com lentes de fi-litos e mármores calcíferos, além de níveis de

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 98: Rel Mato Grosso

98

hematita;

Ncu4 - Subunidade 4 - metaparaconglome-rados (metadiamictitos) petromíticos, comclastos de quartzo, feldspato, quartzito, rochasgraníticas e máficas e raras intercalações defilitos e metarenitos;

NPcu5 - Subunidade 5 - filitos e fili-tos sericíticos, com intercalações e lentes demetaconglomerados, metarenitos finos a con-glomeráticos e metarcóseos;

NPcu6 - Subunidade 6 - filitos con-glomeráticos, mataparaconglomerados (me-tadiamictitos) com clastos de quartzo, filitos equartzitos e intercalações subordinadas demetarenitos;

NPcu7 - Subunidade 7 - metapara-conglomerados (metadiamictitos) petromíti-cos, matriz areno-argilosa, com clastos dequartzo, quartzito, calcário, rochas máficas egraníticas e raras intercalações de filitos;

NPcu8 - Subunidade 8 - mármorescalcíticos e dolomíticos, margas e filitos se-ricíticos; e,

NPcui - Subunidade Indivisa -quartzitos, metarenitos, filitos e filitos con-glomeráticos.

Rochas vulcânicas máficas, sedi-mentos químicos (BIF e chert) e camadasde filitos carbonosos são atribuídas ao Gru-po Cuiabá na região de Nova Xavantina-MT(Pinho, 1990). No Mato Grosso do Sul, nasregiões nordeste de Bonito e sudeste de Mi-randa, Nogueira e Oliveira (1978) descreve-ram seqüências metavulcanossedimentaresassociadas ao Grupo Cuiabá, constituídas poruma associação de metamáficas (metavulcâ-nicas) formações ferríferas, clorita xistos, mi-caxistos e mármores.

Neste contexto, o Grupo Cuiabá é cons-tituído por filitos, filitos grafitosos, filitos conglo-meráticos, margas, metaconclomerados, metar-cóseos, metarenitos, quartzitos, diamictitos, már-mores calcíticos e dolomíticos, clorita xistos, me-tagrauvacas, micaxistos, formações ferríferas emetavulcânicas máficas muito subordinadas.

Na região de Cuiabá-Província Serra-na, Luz et al. (1980) identificaram três fasesde deformações sucessivas (as duas primei-ras com direção NW-SE e a terceira com dire-ção SE-NW) associadas ao desenvolvimentode três foliações. Na região de Bom Jardim deGoiás, Seer (1985) e Seer e Nilson (1985) re-

conheceram quatro fases de deformações. NaFaixa Paraguai, Alvarenga (1986) também iden-tificou quatro fases de deformações. Essas de-formações geraram, na Baixada Cuiabana,dobras fechadas, inversas e isoclinais commergulho 40/60NW e eixos com caimentos deaté 15°NE, além de alinhamentos retilíneos,paralelos às direções dos acamamentos, ca-racterizados por falhas inversas com mergu-lhos de 45-50NW, que na região de Cuiabá sãoacompanhadas por veios de quartzo, com di-reções concordantes com a estrutura regionalD1 e mergulho entre 25-40NW (Alvarenga eTrompette, 1993).

Os contatos com os grupos Alto Pa-raguai e Corumbá são tectônicos, através defalhas inversas, e por discordância angular eerosiva com as formações Bauxi, Puga,Aquidauana, Botucatu, Furnas, Ponta Gros-sa e sedimentos quartenários das formaçõesAraguaia e Pantanal (Ribeiro Filho et al., 1975;Pinho, 1990).

A associação de sedimentos pelíticos,detríticos e psefíticos pode ser interpretadacomo seqüência turbidítica, depositada emambiente marinho redutor e profundo, pos-sivelmente em posição de talude e distal àsmargens da plataforma (Almeida, 1964a; Luzet al., 1980). Alvarenga (1985) e Alvarenga eTrompette (1989) interpretaram-no como de-pósitos glacio-marinhos.

O ambiente deposicional do GrupoCuiabá para as subunidades 1, 2, 3, 5 e 6sugerem ser marinho com instabilidades tec-tônicas que deram origem a correntes de tur-bidez com conseqüente fluxos de lamas edeposição de turbiditos com intercalações derochas carbonáticas que repressentariam pe-ríodos de calma tectônica. As subunidades4 e 7 representariam um ambiente de sedi-mentação glácio-marinho, provavelmente as-sociado a grandes massas de geloflutuantes(Luz et al., 1980).

Alvarenga et al.(2000) propõem umazonação sedimentar, tectônica e metamórfi-ca para a Faixa Paraguai, caracterizada pe-los seguintes compartimentos, de oeste paraleste: 1- Zona cratônica com estratos subho-rizontais; 2- Zona pericratônica com dobrasholomórficas de grande amplitude e exten-são; e 3- Zona bacinal profunda, metamórfi-ca, com dobras e empurrões com vergênciapara oeste e intrusões graníticas.

Não existem datações geocronológi-

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 99: Rel Mato Grosso

99

cas nas rochas desse Grupo. No entanto, Al-varenga (1999) atribuiu-lhe uma deposiçãoprovável durante o período glacial Varangiano(670-630 Ma.).

O Grupo Cuiabá apresenta potencialpara depósitos auríferos associados a veiosde quartzo em zonas de cisalhamento. Trêsjá foram definidas, além de dezenas de pe-quenos depósitos. Encerra ainda potencialpara a produção de brita (calcário/metareni-to) pó corretivo de solos e cal.

NPbx – Formação BauxiWAF/MCA/CRV

Definida por Vieira (1965) na porçãonorte da serra das Araras, próxima ao povoa-do de Bauxi. Figueiredo et al. (1974) subdividi-ram-na em dois membros: O Inferior compre-ende uma seqüência de metassiltitos, metargi-litos e folhelhos, finamente estratificados, me-tarcóseos e metagrauvacas; O superior cons-titui-se de metarenitos ortoquartzíticos, comníveis conglomeráticos. São descritas tam-bém camadas de arenito muito fino e siltitode cores esverdeadas, camadas de arcóseomédio a grosso, lenticulares, amalgamadasentre si. Identifica ainda, laminação cruzadaacompanhando a geometria das camadas,paleocorrentes e laminação ondulada e es-tratificação cruzada hummocky em pelito cin-za-claro intercalado a arenito fino.

Os litótipos da Formação Bauxi ocor-rem em estreitas faixas de direção NW-SE,com espessura média de cerca de 1.200metros, localizadas na serra Rio Branco, anoroeste de Cáceres. Segundo Ribeiro Filhoet al. (1975) essa unidade apresenta fracometamorfismo, mostrando dobras amplas eabertas e estruturas sedimentares como es-tratificação plano-paralela, cruzada e marcasde onda. Alvarenga (1992) a considera comouma variação lateral de fácies do metacon-glomerado Puga.

Figueiredo et al. (1974) descreveramcontatos inferiores por discordância angularcom as rochas da Unidade Aguapeí e doComplexo Basal, na serra do Roncador e naborda ocidental da serra do Padre Inácio,respectivamente e, por falha com as rochasda Formação Diamantino, na serra das Ara-ras. O contato com o Grupo Cuiabá acha-seem discordância angular (Ribeiro Filho et al.,1975) e por falha (Vieira, 1965). Com o Gru-

po Alto Paraguai o contato é por discordân-cia erosiva e por falha inversa, na borda lesteda serra do Tombador.

Alvarenga (1990) propõe uma idade en-tre 670 a 630Ma. (período glacial Varangiano)para a Formação Bauxi, uma vez que diversosautores (Almeida, 1964a,b, 1965, 1974; Alva-renga 1985, 1988; Alvarenga e Trompette 1988)admitem uma deposição contemporânea en-tre as formações Puga e Bauxi e o Grupo Cui-abá. O conjunto de estruturas sedimentares,geometria e relações de contato, observadosnesta formação, indicam uma deposição su-baquosa, na forma de barras de desemboca-dura em sistema deltaico, com retrabalhamen-to episódico por ação de ondas normais e detempestades.

NPpu - Formação PugaWAF/MCA/CRV

Essa formação foi descrita por Maciel(1959) no Morro do Puga, margem direita doRio Paraguai, 6 km a sudoeste de Porto Es-perança, município de Corumbá-MS. Ocor-re também nas serras das Araras, Tombador,Padre Inácio, no Alto do Rio Santíssimo, nocórrego Figueirinha e na borda oeste da ser-ra da Bodoquena (Vieira, 1965; Figueiredoet al., 1974; Corrêa et al., 1976).

Figueiredo et al. (1974) posicionamessa formação como a unidade basal do Gru-po Alto Paraguai. Alvarenga (1988, 1990)chamou-a de Unidade Média, TurbidíticaGlaciogênica, situando-a na porção inferiorda zona externa da Faixa Paraguai, na suafácies Proximal. Excluiu-a do Grupo Alto Pa-raguai, posicionamento este já consagradoe reconhecido. Neste trabalho adotou-se aproposta de Alvarenga (1988, 1990).

Constitui-se de camadas de diamicti-to associadas a paraconglomerado, arenito,siltito e folhelho. Os paraconglomerados con-têm blocos e seixos de quartzitos, calcários,gnaisses, anfibolitos, granitos e riodacitos, dis-persos caoticamente na matriz (Ribeiro Filhoet al., 1975). Na BR-070, próximo a Cáceres,descreve-a como constituída por metadiamic-titos com matriz síltica a arenosa fina, contendoclastos desde a fração areia grossa até blocosde rochas ígneas e metamórficas. Chama aatenção para a presença de seixos com forma-to triangular, correspondendo às descrições deseixos facetados originados de processos deabrasão glacial no fundo de geleiras. Afirma

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 100: Rel Mato Grosso

100

ainda que a composição e textura desses sei-xos nada diferem dos metaparaconglomera-dos atribuídos às Unidades IV, VI e VII do Gru-po Cuiabá.

As relações de contato com o GrupoCuiabá e as formações Bauxi e Diamantinoacham-se tanto por falhas como em discor-dâncias angular e erosiva (Barros et al., 1974;Ribeiro Filho et al., 1975). Nogueira & Oliveira,(1978) constataram que essa formação, emMato Grosso do Sul, encontra-se sotopostaaos sedimentos das formações Cerradinho eBocaina, em contato aparentemente grada-cional e/ou por falhamentos inversos.

Alvarenga e Trompette (1992) apre-sentaram um modelo de sedimentação paraa Formação Puga, nas regiões de Cáceres,Cuiabá e Província Serrana, onde os sedi-mentos glaciomarinhos plataformais foramparcialmente retrabalhados por fluxos de gra-vidade na borda do Cráton Amazônico. Estemecanismo resultou na acumulação de se-dimentos dow slope (conglomerado, areni-tos e diamictitos) interpretados como um sis-tema de canal submarino.

A idade de deposição dos sedimen-tos da Formação Puga é atribuída à última gla-ciação do Proterozóico Superior, relacionadosà glaciação Varanger, entre 670 a 630Ma. (Al-varenga, 1990; Alvarenga e Trompette, 1992).

Grupo Alto ParaguaiWAF

Ocorre na região centro-sul do Esta-do de Mato Grosso, conformando a unida-de geomorfológica reconhecida como Pro-víncia Serrana (Almeida, 1964) configuran-do uma faixa em forma de arco de aproxi-madamente 350Km x 30km, de direção su-doeste/nordeste, situada na zona externa daFaixa Paraguai.

Foi primeiramente definida por Almei-da (1984) para caracterizar uma seqüênciasedimentar constituída pelas Formações Rai-zama (arenitos) Sepotuba (folhelhos) e Dia-mantino (arcóseos) nas cercanias da cidadede Alto Paraguai-MT. Figueiredo et al. (1974)e Figueiredo e Olivatti (1974) mantiveram adesignação de Grupo Alto Paraguai, no en-tanto redefiniram-no, anexando-lhe as forma-ções Puga e Araras. Não reconheceram a for-mação Sepotuba, incluindo-a como uma fá-cies da Formação Diamantino. Barros e Si-mões (1980) definiram-no como constituído,

da base para o topo, pelas formações Bauxi,Puga, Araras, Raizama e Diamantino. Almei-da et al. (1981a) admitiram-no compreenden-do apenas as formações Raizama e Diaman-tino. Dell‘Arco et al. (1982) deduziram queapesar das semelhanças, os grupos Alto Pa-raguai e Corumbá deveriam ser considera-dos separadamente. Almeida (1968) Alvaren-ga (1988 e 1990) e Alvarenga e Trompette(1992) desvincularam a formação Puga doGrupo Alto Paraguai, que passou então aconstituir-se pelas formações Araras, Raizamae Diamantino, entendimento este adotado nes-se trabalho.

NP3ar - Formação ArarasWAF

A designação de Araras Limestonesdeveu-se a Evans (1894) quando descreveurochas calcárias na borda norte da serra dasAraras, na localidade de Araras, hoje Bauxi,na estrada Jangada-Barra do Bugres. Almei-da (1964) definiu e posicionou estratigrafica-mente essas rochas, denominando-as deGrupo Araras, constituído por um pacotepelítico-carbonático, na base e outro dolo-mítico, no topo. Hennies (1966) adotou a pro-posição de Almeida (1964) no entanto dividin-do o Grupo nas formações Guia (inferior) eNobres (superior). A primeira constituída poruma seqüencia pelito-carbonática e a segun-da representada por dolomitos. Guimarães &Almeida (1972) preferiram considerar o Gru-po Araras indivisível, descrevendo-o, da basepara o topo, compreendendo pelitos margo-sos, calcários calcíticos e dolomíticos.

Figueiredo et al. (1974) nominaram-na de Formação Araras, dividindo-a em trêsníveis distintos: basal (margas conglomeráti-cas e calcários); médio (dolomíticos e inter-calações de calcários calcíticos) e superior(dolomitos com nódulos de silex e lentes dearenitos finos). Ribeiro Filho et al. (1975) eOlivatti & Ribeiro Filho (1976) concordaramcom a proposta de Figueiredo et al. (1974).

Luz et al. (1978 e 1980) mantiveram adefinição de Figueiredo et al. (1974) todavia,amparados em características litológicas,subdividiram-na em dois membros, informal-mente nominados de Membro Superior eMembro Superior.NP3ari - Membro Inferior - Margas com sei-xos e/ou conglomerados com matriz margo-sa, na base, passando a calcários margosos

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 101: Rel Mato Grosso

101

com intercalações de siltitos, argilitos calcífe-ros e calcários calcíticos e dolomíticos, no topoNP3ars - Membro Superior - Dolomitos comintercalações subordinadas de arenitos, silti-tos e argilitos calcíferos com níveis de silex econcreções silicosas..

Dardenne (1980) definiu esta forma-ção como constituída por calcários na por-ção basal e dolomitos na porção superior.Barros et al. (1982) admitiram a validade daconceituação de Luz et al. (1978) todaviaconsideraram–na como um pacote único.

O contato inferior com a FormaçãoPuga e o superior com a Formação Raizamaé gradacional. São registrados contatos tec-tônicos através de falhas de empurrão e in-versas com as Formações Bauxi e Puga (Luzet al., 1980).

Almeida (1964) admite deposição emum ambiente predominantemente nerítico,de águas rasas.

Segundo Luz et al. (1980) esta forma-ção teria se depositado em ambiente neríti-co de águas rasas e calmas. Dardenne(1980) atribuiu-lhe um ambiente marinhoraso, sendo que os calcários representariama fácies sublitorânea e os dolomitos a litorâ-nea. Barros et al. (1982) admitem uma depo-sição em ambiente marinho raso, de águascalmas, tipo plataformal. Concluem que a fá-cies carbonáticas que marca o final da in-fluência glacial na bacia, pode ser conside-rada como uma unidade cronoestratigráfi-ca relacionada a um período de relativa ele-vação do nível do mar.

Apesar da ausência de dados isotó-picos, estima-se uma idade de cerca de 600Ma. para a deposição da Formação Araras(Alvarenga, 1990; Rodrigues et al., 1994).

As rochas calcárias/dolomíticas daFormação Araras vêm sendo explotadas pormais de duas dezenas de empresas na pro-dução de corretivo de solos, brita e cal, e umaempresa na produção de cimento. Uma ou-tra fábrica de cimento encontra-se em fasede implantação

NP3ra - Formação Raizama

WAF

Coube a Evans (1894) a denomina-ção de Rizama Sandstone, referenciando opovoado de Raizama, ao descrever os areni-tos feldspáticos, na Serra do Tombador, Es-tado de Mato Grosso. Almeida (1964) defi-

niu-a como Formação Raizama, situando-ana base do Grupo Alto Paraguai.

Constitui-se de arenitos ortoquartzíti-cos brancos, médios a grossos, com níveisconglomeráticos, passando a arenitos felds-páticos e arcoseanos de cores branca, ró-sea e violácea, granulometria média, subma-turos, com estratificações plano-paralela ecruzada, marcas de onda e finas intercala-ções de folhelhos e siltitos (Figueiredo et al.,1974; Ribeiro Filho et al., 1975). Na região deNova Brasilândia/Planalto da Serra aparececomo camadas dobradas de folhelhos comlaminação plano-paralela e intercalações delâminas e camadas de arenito muito fino amédio. Na BR-163, na Serra do Tombador,mostra camadas lenticulares alongadas dequartzo-arenito a subarcóseos médios agrossos, por vezes caolínico, com estratifica-ção cruzada tangencial e marcas onduladasassimétricas, no topo. Na BR-070 surge comocamadas de arenito, separadas por drapesde pelito, com estruturas “em chama” nabase. Detecta ainda a presença de intraclas-tos pelíticos, depósitos de preenchimento decanal, estratificações onduladas e indicaçãode paleocorrente para NW.

Os contatos inferior e superior com asformações Araras e Diamantino, respectivamen-te, é gradacional. Contatos por falha são regis-trados nas serras do Tombador, Azul e Doura-da, com as formações Puga e Bauxi e o GrupoCuiabá. Acha-se também recoberta pelos se-dimentos da Formação Pantanal (Ribeiro Fi-lho et al., 1975).

Os litótipos dessa formação foram afe-tados pelo último evento tectônico registra-do na região (550 a 500Ma.) resultante deesforços compressivos de sudeste para no-roeste, condicionando o desenvolvimento deextensos braquianticlinais e braquissinclinaisde direção NE-SW e dobras com vergênciapara NW.

Figueiredo et al. (1974) propõem umadeposição marinha nerítica na base, gradan-do a continental no topo. Segundo esses au-tores, a presença de arenitos ortoquartzíticossinaliza ambiente epinerítico que, associadoà ocorrência de feldspatos no topo, indicariauma mudança gradativa para ambiente con-tinental. Conseqüentemente, a sedimentaçãoestaria associada a uma regressão marinha.As camadas tabulares de arenito são indica-tivas de deposição por correntes de turbidez,enquanto que as intercalações de siltito e are-

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 102: Rel Mato Grosso

102

nito muito fino, sob a forma de fina lamina-ção, representa a dispersão da fração areiasobre fundo lamoso. A geometria e estrutu-ras sedimentares dos arenitos, indicam de-posição em um contexto litorâneo, sugerin-do como hipótese, um ambiente estuarinoou planície de marés arenosa sujeita à açãoeventual de ondas.

Alvarenga (1990) posicionou-a no Cam-briano Inferior ou Vendiano Superior (630-570Ma.) compatível com os registros de icnofós-seis Planolites-Paleophycus e Cochlichnus doinício do Vendiano (Zaine e Fairchild, 1996).

NP3di - Formação DiamantinoWAF

Deve-se a Almeida (1964a) a denomi-nação de Formação Diamantino, referindo-se aos arcóseos que ocorrem nas bordas doPlanalto dos Parecis, entre as cidades de Di-amantino (Morro Vermelho) e Arenápolis, emcontato gradacional com os folhelhos da For-mação Sepotuba. Vieira (1965) definiu a se-ção-tipo dessa unidade, unificando as forma-ções Sepotuba e Diamantino, definidas porAlmeida (1964, 1964a). Figueiredo et al.(1974) interpretaram as exposições do Folhe-lho Sepotuba, nas regiões dos rios Juba eTarumã, como lentes situadas na porçãobasal dos siltitos Diamantino, propondo con-siderá-las como uma fácies (Fácies Sepotu-ba) da Formação Diamantino, que é umaseqüência que se inicia por um espesso pa-cote de folhelhos e siltitos, micáceos, fina-mente laminados, compondo quase a totali-dade do pacote. Na porção basal é comuma presença de lutitos e arenitos arcoseanos.

Esses autores, seguidos por RibeiroFilho et al.(1975) descrevem-na como cons-tituída por arcóseos finos, siltitos e folhelhos,vermelhos e marrons, finamente interestrati-ficados e com estratificações cruzadas centi-métricas. Na região de Diamantino, admitemque os níveis de arcóseos finos a médios tor-nam-se mais espessos e os siltitos e folhelhos,configuram-se subordinadamente.

Litologicamente, em sua seção basal,constitui-se de freqüentes intercalações de fo-lhelhos, siltitos arcoseanos e arcóseos, em vá-rios ciclos sucessivos, conformando camadascom espessuras variadas. Os pelitos normal-mente mostram-se com estratos plano-para-lelos, inclinados suavemente para NW. Exibemestruturas primárias tipo marcas de onda e es-

tratificações cruzadas de pequeno porte e bai-xo ângulo (Barros et al., 1982).

No entorno da cidade de Diamanti-no, é constituída por uma seqüência de are-nitos arcoseanos avermelhados, localmentecom intercalações de argilitos e siltitos. As ca-madas de arenito mostram formatos sigmoi-dais e estruturas primárias de marcas deonda no topo, com cristas orientadas segun-do a direção N65E, paleocorrente 20/235,com variações locais para N80W e estratifi-cações cruzadas de pequeno porte tangen-ciais de baixo ângulo. Os arenitos são cons-tituídos por quartzo, feldspato alterado e pa-lhetas de mica, cimentados por sílica ou car-bonato e óxido de ferro e com granulome-tria variando de fina a média. Na porção in-termediária da seqüência, ocorrem níveis dearenitos maciços, mais silicificados.

O contato inferior com a Formação Rai-zama é gradacional. Encontra-se encobertaem discordância angular e erosiva pelos sedi-mentos do Grupo Paraná, Formação Panta-nal, Cobertura Detrítica-Laterítica e DepósitosAluvionares. Contatos térmicos são registra-dos com as rochas basálticas da FormaçãoTapirapuã (Arenápolis) e kimberlíticas do Cre-táceo. São freqüentes contatos por falhas como Grupo Cuiabá e com as formações Puga,Araras e Raizama (Ribeiro Filho et al., 1975).

Vieira (1965b) e Figueiredo et al.(1974) admitem um ambiente de sedimenta-ção continental de clima quente. Hennies(1966) sugere a presença de ambiente mari-nho associado a continental. Barros et al.(1982) advogam a presença de um ambien-te de águas rasas, provavelmente marinhosublitorâneo.

Neste projeto propõe-se uma sedi-mentação em ambiente deposicional deltai-co, constituindo os arenitos depósitos de bar-ras de desembocadura.

Dados geocronológicos Rb-Sr apre-sentaram idades variando entre 547 a 660Ma., interpretadas como idade de sedimen-tação da Formação Diamantino (Cordani etal., 1978; Bonhomme et al., 1982 e Cordaniet al., 1985).

NPu – Grupo Jacadigo - Formação UrucumEGM

Definida por Lisboa (1909) como “Bré-cia do Urucum”, sua seção–tipo encontra-sena Morraria do Urucum, a sul da cidade de

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 103: Rel Mato Grosso

103

Corumbá-MS.Constitui a unidade clástica basal do Gru-

po Jacadigo, superposta pela Formação SantaCruz, jaspelítica e ferromanganesífera, destemesmo grupo.

Em Mato Grosso ocorre de forma pon-tual constituindo pequenos morros, isoladosna paisagem do Pantanal, localizados na ex-tremidade sudoeste do Estado à fronteira coma Bolívia.

Assenta-se possivelmente sobre as ro-chas do Complexo Rio Apa, e estão circunda-dos pelos sedimentos da Formação Pantanal.

Constitui um pacote de sedimentosclásticos com espessura variável até 400 me-tros com intercalações restritas de lentes decalcário. As litologias dominantes são arcó-seos grosseiros, conglomerados, arenitos ar-coseanos e mais restritamente arenitos e sil-titos. Em geral são cinza-escuros, por vezesesverdeados. Os conglomerados são petro-míticos, pouco trabalhados, de matriz arení-tica fina a grosso. Progradam para arcóseosconstituídos por quartzo e feldspatos, mal se-lecionados, finos a grossos, por vezes com ci-mento calcífero. Próximo ao topo, na passa-gem para Formação Santa Cruz, o cimentopassa a ferruginoso e/ou manganesífero, evi-denciando mudanças no ambiente de sedi-mentação. Paraconglomerados são freqüen-tes na base da unidade e ocorrem tambémde modo reduzido ao longo de toda a for-mação.

As rochas são imaturas, exibem es-tratificação gradacional, paralela e cruzada,e sugerem uma sedimentação rápida, conti-nental, possivelmente tipo piemonte e lequesaluviais com breves incursões marinhas in-dicadas por lentes de calcários.

NPγγγγγ3snn – Suíte Serra Negra - GranitoSerra NegraJVL

Reunidos sob esta denominação foram en-globados diversos corpos graníticos pós-tectô-nicos, de natureza alcalina, alojados em terre-nos granito-gnáissicos ou nas rochas supracrus-tais das seqüências metavulcanossedimentaresdo oeste do Estado de Goiás (Pena e Figueire-do, 1972).

São caracterizados por álcali-granito,hornblenda-biotita granito pórfiro, as vezescom textura rapakivi, hornblenda-biotita mon-

zogranito porfirítico, sienogranito, quartzomonzodiorito, quartzo diorito e granodiorito,denominados de granitos Serra Negra, Ser-ra do Iran, Iporá, Israelândia, Serra do Im-pertinente, Novo Brasil, Fazenda Nova e Cór-rego do Ouro (Pimentel e Fuck, 1987).

No extremo sudeste do Estado deMato Grosso são descritos como Granito Ser-ra Negra vários pequenos corpos de álcali gra-nito, por vezes formando batólitos, como aque-le exposto nas proximidades da cidade de Ara-guaiana. São representados essencialmente porbiotita granito de coloração vermelha, constitu-ídos por feldspato potássico, quartzo, plagioclá-sio e biotita, exibindo textura isotrópica, equigra-nular, estando comumente cortado por diquesaplíticos, e exibe presença de estruturas miaro-líticas sugerindo um nível inicial de cristalização(Faria et al., 1975; Pimentel e Fuck, 1987).

Observa-se, localmente, uma fácies dife-renciada, caracterizada por rochas foliadas decomposição granodiorítica, ricas em mineraismáficos (hornblenda e biotita) com megacris-tais de feldspato potássico. Essa rocha grano-diorítica é encontrada também como xenóli-tos no interior do biotita granito (Pimentel eFuck, 1987).

Datações Rb-Sr (Pimentel e Fuck, 1994)e U-Pb (Pimentel, 1991) no Estado de Goiás,indicam idades que variam de 462 Ma. a 576Ma. As idades modelo Sm-Nd (Pimentel eCharnley, 1991) situam-se por volta de 1.0 Ga.,com valores de E

Nd próximos a zero ou leve-mente negativos, indicando fonte com algu-ma contaminação crustal.

Em Mato Grosso dados geocronológicosobtidos por Pimentel e Fuck (1987) pelo mé-todo Rb-Sr, apresentam idades de 524 Ma. e508 Ma.

¢3γγγγγv – Suíte São Vicente – Granito SãoVicenteWAF/MCA/CRV

A Suíte São Vicente caracteriza-se porreunir uma série de batólitos graníticos alca-linos de coloração rósea que ocorrem naFaixa Paraguai, representada, em Mato Gros-so, pelo Granito São Vicente, intrusivo emrochas do Grupo Cuiabá.

Foi primeiramente descrito por Almei-da (1954) a leste da cidade de Cuiabá-MT.Almeida (1968) refere-se a este granito comouma intrusão batolítica de caráter tardicine-mático. Almeida et al. (1972) reportam idade

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 104: Rel Mato Grosso

104

de 503 Ma., relacionando-a a reativação mag-mática que origina rochas extrusivas (riolíti-cas e riodacíticas) através de falhas cônicasna câmara e abóboda do corpo. Segundoesses autores, a intrusão seria de caráter di-apírico e sua idade relacionada ao primeirotectonismo que provocou o metamorfismoregional nas rochas do Grupo Cuiabá.

Del’Arco, et al. (1982) descreveram-no microscopicamente como um conjuntoheterogranular, textura xenomórfica a hipoauto-mórfica, granulação fina a grossa, suavementeorientado, com registros de processos hidroter-mais e metassomáticos bem definidos. Minera-logicamente constitui-se por microclínio, quart-zo e plagioclásio e, secundariamente biotita emuscovita, além de grãos geralmente anédricosde opacos, titanita, epidoto, zircão, fluorita e apa-tita como acessórios, enquanto carbonato, clo-rita e saussurita como produtos secundários.

Dados isotópicos K-Ar e Rb-Sr apresen-tam idades entre 483 a 504Ma.(Amaral, 1966;Hassui e Almeida, 1970; Almeida e Montovani,1975; Cordani e Tassinari, 1979b; Del’Arco et al.,1982). Pinho (2001) através de datação U-Pbem zircão, encontrou idade de 504 ± 05 Ma.

Economicamente, sem regularidade,tem sido explotada para obtenção de brita e,secundariamente, como rocha ornamental.

¢3αααααm - Vulcânicas MimosoEGM

As primeiras referências de rochasvulcânicas ácidas na região de Mimoso (MT)foram efetivadas e noticiadas por Del’Arco etal. (1982) sob o título Vulcânicas de Mimoso.Neste trabalho adotou-se simplesmente otermo Vulcânicas Mimoso em consonânciacom a denominação geográfica local.

Trata-se de rochas vulcânicas de com-posição dacítica, riodacítica e riolítica de ida-de cambro-ordoviciana, à semelhança dosgranitos São Vicente, o que levou Del´Arcoet al. (op. cit.) a considerá-los co-magmáticos.

São ocorrências restritas, próximo de15 km2 de área, na forma de três pequenas ele-vações em destaque na planície pantaneira.Situam-se de 10 a 15 km a sudeste da serra deMimoso, Folha Corumbá SE.21-X-A. Suas re-lações de contato não são muito claras dadoque estão circundadas pelos sedimentos in-consolidados da Formação Pantanal.

São rochas isótropas, sem deforma-ção, porém, de textura heterogênea em geral,

porfiríticas com matriz muito fina ou simplesmen-te afaníticas. Apresentam fraturamento regularcaracterístico das vulcânicas ácidas, no caso,assumindo as direções NE e NW com mergu-lhos verticalizados.

São classificadas como dacito, rioda-cito e riolito. Os dacitos apresentam colora-ção esverdeada, pórfiras de matriz fina. Sãoconstituídas por plagioclásio, feldspato alcali-nos, quartzo, hornblenda, biotita, clorita e aces-sórios. Já os riodacitos exibem coloração cinza,textura fina e afanítica incluindo fenocristais defeldspatos. Os riolitos são de coloração cinza anegra, porfiróides, as vezes, com cristais grossei-ros de feldspato e quartzo imersos em matriz finafelsítica. Esses tipos petrográficos não apresen-tam limites definidos entre si, mas ao contráriogradam naturalmente de um tipo ao outro.

Análises geocronológicas Rb-Sr rea-lizadas por Del’Arco et al. (1982) revelaramvalores de 480 Ma., o que comprova uma re-lação, pelo menos temporal, com os grani-tos São Vicente, que apresentam idades K-Ar e Rb-Sr similares.

BACIA DO PARANÁ

O3S1rv - Grupo Rio IvaíRCL

Esta unidade litoestratigráfica de ida-de neo-ordoviciana a eo-siluriana, é compos-ta por três formações: Alto Garças, Iapó e VilaMaria (Assine, 1996). Todavia as informaçõescartográficas disponíveis para o Estado deMato Grosso não permitem sua individualiza-ção, sendo apresentada de forma indivisa.

Desde as cercanias da cidade de Cha-pada dos Guimarães até a fronteira com oEstado de Mato Grosso do Sul, o Grupo RioIvaí aflora de forma praticamente contínua,compondo a primeira escarpa da boda daBacia do Paraná. Na região norte da bacia,suas melhores exposições encontram-se nascercanias da cidade de Barra do Garças (As-sine, 1996) onde, todavia, não existem ma-pas geológicos disponíveis que delimitemesta unidade da Formação Furnas (GrupoParaná) que lhe é sobreposta em discordân-cia. Em ambas as áreas sua seção basal en-contra-se em discordância angular sobrerochas metamórficas do Grupo Cuiabá. Écomposta por conglomerados e arenitosquartzosos, finos a médios, por vezes gros-sos e conglomeráticos com grânulos e sei-

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 105: Rel Mato Grosso

105

xos de quartzo, maciços ou com estratifica-ção cruzada tangencial, intercalando cama-das pouco espessas de pelitos de cor arro-xeada por alteração. Estes arenitos e conglo-merados são relacionados por Assine (1996)à Formação Alto Garças e podem atingir 40mde espessura (Moreira & Borghi, 1999). Assine(1996) interpreta o registro sedimentar destaunidade como constituído por depósitos de del-tas entrelaçados seguidos por depósitos mari-nhos plataformais, sucedendo-se em um padrãode empilhamento retrogradacional.

A Formação Iapó foi identificada noEstado de Mato Grosso apenas na região deBarra do Garças onde sua expessura chegaa atingir 6m, é constituída dominantementepor diamictitos maciços, com presença su-bordinada de arenitos, folhelhos laminadose folhelhos com seixos pingados. O contatosobre os arenitos da Formação Alto Garçasé abrupto, localmente erosivo e sua deposi-ção é interpretada como o registro de umepisódio glacial de idade neo-ordoviciana a,no máximo eo-siluriana (Assine, 1996).

A Formação Vila Maria constitui a se-ção de topo do Grupo Rio Ivaí, tendo sidoidentificada, no Estado de Mato Grosso, naregião de Barra do Garças em seções levan-tadas ao longo da escarpa noroeste da Ba-cia do Paraná desde a região de Chapadados Guimarães até o limite sul do Estado (As-sine, 1996; Moreira & Borghi, 1999). Acha-secomposta por uma sucessão de folhelhoslaminados sucedidos por fácies heterolíticas,arenitos com estratificação cruzada hummo-cky, arenitos com estratificação cruzada aca-nalada e arenitos com estratificação cruzadaplanar. Moreira e Borghi (1999) associam aesta formação camadas de diamictitos, nãoreconhecendo a Formação Iapó nas seçõesestudadas. Sua espessura varia de 10 a 70m,uma vez que seu contato superior com aFormação Furnas é uma discordância erosi-va. No conjunto exibe um padrão de empi-lhamento progradaciona e o ambiente dedeposição é interpretado como de costa-afo-ra a marinho raso, sob ação de ondas e cor-rentes de marés. Sua idade é eo-siluriana,com base em um conteúdo fossilífero com-posto por pelecípodos, gastrópodos, braqui-ópodos inarticulados, acritarcas e palinomor-fos (Gray et al., 1985).

D1f – Grupo Paraná - Formação FurnasRCL

Sua área-tipo é o escarpamento Ser-rinha, próximo a estação ferroviária de Serri-nha, Estado do Paraná.

Conforme Assine et al. (1994) sua mai-or espessura em subsuperfície é de 337m(Poço 2-TL-1-MS) e, em sua porção inferior,predominam arenitos feldspáticos grossos,texturalmente imaturos, ocorrendo ainda, deforma descontínua, arenitos conglomeráticose conglomerados quartzosos. Na sucessão decamadas em direção ao topo da unidade, osarenitos apresentam-se menos feldspáticos ede granulação mais fina, interdigitando-se comargilitos. O ambiente interpretado é fluvial a tran-sicional (deltas de rios entrelaçados) com osdepósitos sedimentares desenvolvendo-se emonlap costeiro de oeste para leste, em discor-dância sobre as rochas do embasamento epor superfície erosiva regional sobre as rochasdo Grupo Rio Ivaí, em um padrão de empilha-mento retrogradacional, caracterizando umevento transgressivo. O contato superior coma Formação Ponta Grossa é transicional e oseu registro fóssil mais abundante são icno-fósseis. Na porção superior desta unidade fo-ram descritos restos vegetais como Psilophyta-les, de distribuição desde o Siluriano Superioraté o Devoniano Médio. Todavia, a transiçãoentre os depósitos litorâneos de topo, com osde plataforma rasa da Formação Ponta Grossa(Emsiano - Devoniano Inferior) faz com que osautores confiram à Formação Furnas uma ida-de eodevoniana. Esta unidade tem sido refe-renciada como fonte de diamantes encontra-dos em depósitos aluviais provenientes de suaerosão (Gonzaga e Tompkins, 1991).

No Estado de Mato Grosso a Forma-ção Furnas ocorre ao longo das bordas nor-te e noroeste da Bacia do Paraná. Unidadebasal do Grupo Paraná, é descrita em seção,na região de Barra do Garças, com 195m deespessura aflorante, estando constituída pre-dominantemente por arenitos grossos amuito grossos com estratificação cruzadaplanar, com ocorrência subordinada de are-nitos grossos a muito grossos com estratifi-cação cruzada acanalada e arenitos finos amédios com estratificação cruzada hummo-cky (Assine, 1996). Na região da borda no-roeste da Bacia, desde as cercanias da Cha-pada dos Guimarães até o limite sul do Esta-do, afloram camadas de arenitos médios agrossos, com estratificação cruzada, areni-tos finos com laminação cruzada cavalgantee arenitos finos com estratificação cruzada

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 106: Rel Mato Grosso

106

hummocky, que nas proximidades da cidadede Jaciara compõem uma segunda cuestana escarpa da bacia, após a faixa de aflora-mento do Grupo Rio Ivaí. Seu contato inferi-or é uma superfície erosiva sobre unidadesmais antigas e o superior é transicional paraos folhelhos da Formação Ponta Grossa. Suadeposição é interpretada como de leques cos-teiros e braided deltas e em ambiente mari-nho raso, entre o nível de ação das ondasnormais e do nível de ação das ondas de tem-pestades, postulando ainda a ação de corren-tes de marés (Assine, 1996). Rica em icnofós-seis nas fácies arenosas, sua idade ordovicia-na inferior é balizada pela Formação PontaGrossa (Ordoviciano Inferior a Superior).

Dpg – Grupo Paraná - Formação PontaGrossaWAF/RCL

Definida por Oliveira, (1912) tendocomo área tipo os arredores de Ponta Gros-sa, Estado do Paraná. Constituída por folhe-lhos marinhos de cor cinza e intercalaçõesde arenitos finos depositados sob a ação deondas em uma plataforma rasa, a FormaçãoPonta Grossa atinge espessura máxima de654m no poço 2-AP-1-PR e é interpretada porAssine et al. (1994) como o resultado do afo-gamento dos depósitos litorâneos da Forma-ção. Furnas por um evento transgressivo deidade devoniana média. A presença de umepisódio regressivo intercalado é marcada pelavariação faciológica (Lange e Petri, 1967) re-presentada por uma seção intermediária are-nosa (Membro Tibagi) que separa uma seçãodominantemente pelítica basal (Membro Ja-guariaíva) de uma pelítica superior (MembroSão Domingos). Este evento progradacionalteve como causa reativações tectônicas nasáreas-fonte situadas a leste e nordeste, pro-porcionando a avanço de sistemas deltaicos.

No Estado de Mato Grosso, foi mapea-da nas regiões centro-sul, leste e nordeste, sen-do caracterizada por uma seqüência de folhe-lhos e siltitos de cores variando de cinza a cin-za-esverdeada na base e apresentando parao topo intercalações de arenitos finos a muitofinos, micáceos, feldspáticos, finamente estra-tificados de cor branca, marrom ou esverdea-da. São freqüentes bioturbações e níveis finosde conglomerado na base. Em geral são ro-chas com boa fissilidade, com níveis fossilífe-ros nos folhelhos.

Nas regiões centro-sul e leste, sobre-põe-se à Formação Furnas por contato gra-dual e concordante e é sobreposta pela For-mação Aquidauana por discordância erosivae também pela Cobertura Detrito-laterítica e poraluviões recentes. Por vezes, o contato tantocom a Formação Furnas como com a Forma-ção Aquidauana é por falha normal.

É considerada de idade Devoniana porseu conteúdo fossilífero (macro e microscópico).Trilobitas, braquiópodos e tentaculites constitu-em o conjunto de macrofósseis, enquanto queos microfósseis estão representados principal-mente por acritarcas e quitinozoários. Para o Mb.Tibagi, Assine (1996) destaca a presença de bra-quiópodos do gênero Australospirifer. Sanford eLange (1960) e mais recentemente Zalán et al.(1990) indicam os folhelhos desta unidade comogeradores de hidrocarbonetos e gás.

Os tipos de fósseis, as estratificaçõescruzadas planas e acanaladas e os níveis su-bordinados de siltitos e arenitos finos com ra-ras marcas onduladas, mostram que esta for-mação depositou-se em ambiente marinho deáguas rasas, com fluxos de alta energia e ele-vada taxa de deposição, ocorrendo no topodo pacote um episódio regressivo.

A potencialidade mineral restringe-seà utilização dos argilitos e siltitos na fabrica-ção de cerâmica.

C2P1a - Formação AquidauanaWAF/RCL

Definida por Lisboa, (1909) sua seçãotipo situa-se no vale do Rio Aquidauana, Esta-do de Mato Grosso do Sul, no trecho cortadopela Estrada de Ferro Noroeste do Brasil. fo-lhelhos que se aprofunda mais para o sul. EmMato Grosso aflora nas regiões leste e sudeste.

Schneider et al. (1974) propõem umadivisão em três intervalos: o inferior compos-to por arenitos vermelhos a róseos, de gra-nulação média a grossa, exibindo estratifica-ção cruzada acanalada e com intercalaçõesde diamictitos, arenitos esbranquiçados econglomerado basal; o médio composto porsiltitos, folhelhos e arenitos finos, vermelhosa róseos, laminados, com intercalações dediamictito e folhelho de cor cinza-esverdea-do e o superior acha-se constituído dominan-temente por arenitos vermelhos com estrati-ficação cruzada. O contato inferior com oGrupo Paraná e com o embasamento, se fazpor discordância angular, enquanto que o

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 107: Rel Mato Grosso

107

superior é marcado por superfícies erosivas.Admitem ainda uma espessura máxima de799m, definida no poço 2-AG-1-MT.

Na região sudeste do Estado, constitui-se essencialmente de arenitos vermelhos a ro-xos, friáveis, porosos, compostos principalmentepor quartzo, as vezes feldspáticos, com cimen-to ferruginoso e escassa matriz arenosa e argi-losa. As variações litológicas e faciológicas sãofreqüentes, tanto vertical como lateralmente,com níveis lenticulares subordinados, conglo-meráticos, siltosos ou argilosos, com contatosbruscos ou gradacionais. São comuns níveislenticulares de diamictitos vermelhos, forma-dos por uma matriz areno-argilosa que englo-ba clastos de quartzo e arenito e subordinada-mente de granito, quartzito, gnaisse, micaxistoe vulcânicas. bem arredondados e de tama-nhos variados.

Na Serra da Petrovina observam-se trêsconjuntos litológicos com posição estratigráfi-ca definida.

O primeiro, inferior, é formado por areni-tos vermelho-arroxeados, as vezes esbranquiça-dos ou avermelhados, médios a grossos, felds-páticos, com níveis conglomeráticos e com in-tercalações subordinadas de siltitos e diamictitosfinos. Os arenitos mostram estratificação cruza-da acanalada, composição quartzosa, com grãosangulosos a subarredondados e por vezes comcimento ferruginoso. Nos planos de estratifica-ção podem acumular-se minerais pesados, in-dicando deposição em fundo de canal.

O intermediário é composto por silti-tos finamente estratificados, vermelho arro-xeado ou vermelho-tijolo, e, secundariamen-te, por arenitos arcoseanos, folhelhos cinza(fossilíferos) e bolsões e lentes de diamictitovermelhos. Observam-se estratificação plano-paralela, marcas de onda e, localmente, estru-turas de sobrecarga como diápiros e dobrasconvolutas.

No superior predominam os sedimen-tos arenosos, vermelho-arroxeados, mais finose melhor selecionados do que os do conjuntoinferior. Apresentam estratificação plano-parale-la e estratificação cruzada.

O ambiente de deposição, segundoSchneider et al. (1974) é continental, consti-tuído por depósitos fluviais e lacustres. Suaassociação lateral, em direção ao sul da ba-cia, com depósitos glaciais das demais uni-dades do Grupo Itararé, sugere a presença deárea glacial próxima à área de sedimentaçãodesta unidade. Daemon e Quadros estabele-

cem uma idade carbonífera superior (Stepha-niano) com base em dados palinológicos. Eco-nomicamente, apresenta ocorrência de argi-las para uso em cerâmica.

P1p - Formação PalermoWAF/RCL

Foi definida por White,(1906) em Pa-lermo, Municipio de Lauro Muller, Estado deSanta Catarina. Gonçalves. & Scheneider(1970) cartografaram esta unidade nas regi-ões leste e sudeste de Mato Grosso.

Constitui-se, essencialmente, por se-dimentos de granulação fina (siltitos e arenitosfinos e muito finos) de cores acinzentadas aamareladas. As camadas apresentam geome-trias tabular ou lenticular, muito estendidas.Como regra, distribuem-se em ciclos granocres-centes (parasseqüências) que iniciam com pe-litos maciços ou laminados, passando superior-mente a siltitos com acamadamentos wavy e lin-sen, e eventualmente arenitos com estratificaçãocruzada hummocky, acamadamentos flaser e dra-pe, marcas de ondulação simétrica e assimétricae laminações cruzadas cavalgantes. Estas litolo-gias correspondem à deposição abaixo do nívelde ação das ondas de bom tempo, porémem profundidades influenciadas por ondasde tempestade. Existe uma tendência emconsiderar a Formação Palermo como repre-sentando um ambiente marinho raso, combaixa salinidade devido a quase total ausên-cia de organismos estenohalinos.

P2T1pd – Grupo Passa DoisRCL

O Grupo Passa Dois no Estado deMato Grosso engloba as formações Irati eCorumbataí, esta última correspondendo nalitoestratigrafia da Bacia do Paraná ao interva-lo sedimentar composto pelas formações Ser-ra Alta, Teresina e Rio do Rasto na região cen-tro e sul da bacia (Schneider et al., 1974; GamaJr et al., 1982; Milani et al.,1994). Sua cartogra-fia de forma indivisa utilizada neste projetodeve-se à escala adotada e a descrição na bi-bliografia de lentes de calcários da FormaçãoIrati como base da Formação Corumbataí.Conforme Zalán et al. (1990) a deposição dosfolhelhos e calcários da Formação Irati corres-ponde ao máximo de extensão areal da trans-gressão marinha permiana na Bacia do Para-ná, enquanto que a Formação Corumbataí re-

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 108: Rel Mato Grosso

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

108

presentaria a fase regressiva. A Formação Co-rumbataí é representada por camadas de fo-lhelhos, siltitos e arenitos, com intercalações decamadas de calcário. As cores são dominante-mente avermelhadas a róseas, podendo seracinzentadas na base. A idade permiana superi-or do Grupo Passa Dois é balizada pela presen-ça de fósseis de répteis mesosaurídeos na For-mação Irati, e de fósseis de lamelibrânqios, ostra-codes e de peixes, além de palinomorfos na For-mação Corumbataí (Schneider et al., 1974).

T1a- Unidade AraguainhaJVL

Esta unidade compreende um con-junto de brechas de impacto que ocorremao longo da estrada MT-306 e no leito doCórrego Seco, no núcleo soerguido doDomo de Araguainha, que constitui uma es-trutura circular,com diâmetro de 40km,encontrada nas proximidades da cidadede Araguainha no sudeste de Mato Grosso.

Esta estrutura em forma circular, é o re-sultado da colisão de um corpo celeste de gran-des proporções que caiu sobre a superfície daterra em torno de 250Ma. Em área representa-da na época por uma plataforma marinha rasa (Dietz e French,1973; Dietz et al., 1973; Crósta etal., 1981; Crósta, 1982, 1987, 1999).

As rochas afetadas por este evento in-cluem desde o embasamento cristalino (gra-nito) de idade Ordoviciana 449 Ma. (Deutschet al., 1992) com brechas de impacto, o qualocorre no núcleo da estrutura, até unidadessedimentares Paleozóicas da Bacia do Para-ná, dispostas de forma anelar ao redor do nú-cleo, representadas pelas formações Furnas ePonta Grossa e pelos grupos Aquidauana ePassa Dois.

As brechas de impacto ocorrem cir-cundando o embasamento granítico foramidentificadas por Crósta (1982) mapeadas porEngelhardt et al. (1992) e são constituídas detrês tipos diferentes: brechas de impacto commatriz fundida (IBM) brechas polimíticas e bre-chas monomíticas de arenitos.

As brechas IBM cobrem o embasa-mento granítico, mostrando cores que variamdo cinza-claro a cinza-escuro, com inclusõesde grãos de quartzo e feldspato com formatosirregulares a retangulares, e o químicas apre-sentados por Engelhardt et al. (1992) mostramque as brechas do tipo IBM e do granito sãoidênticos em termos de elementos maiores e

elementos-traço.As brechas polimíticas em sua maior

parte circundam o embasamento graníticoem suas porções norte e noroeste. Elas sãobem expostas em cortes ao longo da estra-da MT-306, entre Araguainha e Ponte Branca,mostrando-se como uma massa não-estratifi-cada de constituintes com vários formatos, va-riando entre irregular e angular. Estes fragmen-tos são de granito e de rochas sedimentaresdas várias unidades estratigráficas que ocor-rem na região do Domo (principalmente Fur-nas, Ponta Grossa e Aquidauana) e possuemdimensões variando entre poucos metros atécentímetros. A textura fluidal indica movimen-tos turbulentos de fluxo, assim como o forma-to distorcido de alguns componentes eviden-cia que os mesmos foram deformados de for-ma plástica.

Brechas monomíticas de arenitos fo-ram encontradas nas elevações que borde-jam as porções sul e sudeste da bacia de dre-nagem do córrego Seco. Sua área de ocor-rência é relativamente desprovida de aflora-mentos e geralmente coberta por vegetaçãode cerrado, sendo que as poucas amostrasdescritas por Engelhardt et al. (1992) são re-presentadas por arenitos quartzosos comgrãos angulosos, termicamente alterados(Crosta, 1999).

Engelhardt et al. (1992) apresentarama cartografia geológica, acompanhada de umestudo petrográfico e geoquímico detalhadoda parte interna do núcleo central com 6,5 a 8km de diâmetro, enfocando o embasamentogranítico e a distribuição de três tipos de bre-chas. Também identificaram a ocorrência dediques de cor avermelhada cortando o grani-to, com espessuras entre 10 e 100 centímetrose dezenas de metros de comprimento, com-postos por misturas cataclásticas de materialgranítico com feições de choque, material gra-nítico sem feições de choque e materiais gra-níticos fundidos.

Estes autores também analisaram aidade do evento de impacto, utilizando data-ção pelo método 40Ar/39Ar em amostras dematerial fundido das brechas polimíticas, querevelaram idades de 247 ± 5.5 e 245.8 ± 5.5Ma.para duas diferentes frações granulométricasda mesma amostra. Essas idades confirmama ocorrência do evento de impacto próximoao limite Permiano-Triássico.

Hammerschmidt e Engelhardt (1995)apresentaram os resultados de uma segunda

Page 109: Rel Mato Grosso

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

109

datação do impacto pelo método 40Ar/39Ar.Duas frações granulométricas de uma amos-tra de material fundido forneceram idades-pla-tô de 245.5 ± 3.5Ma. e 243.3 ± 3.0Ma., respec-tivamente, confirmando que o evento de im-pacto de Araguainha ocorreu próximo ao limi-te Permiano-Triássico.

J3K1bt - Formação BotucatuWAF/RCL

Sua área tipo localiza-se na rodovia en-tre São Paulo e Botucatu, ao longo da Serrade Botucatu, Estado de São Paulo. (Gonzagade Campos, 1889).

Constituí-se dominantemente por are-nitos finos a grossos, coloração avermelhada,bem arredondados e com alta esfericidade, dis-postos em sets e/ou cosets de estratificaçõescruzadas de grande porte. Os estratos cruza-dos são compostos na sua porção mais íngre-me por lâminas alternadas de fluxos de grãos equeda livre de grãos que se interdigitam em di-reção a base com laminações transladantes ca-valgantes. Os estratos cruzados da FormaçãoBotucatu têm sido interpretados como depósi-tos residuais de dunas eólicas crescentes e li-neares acumuladas em um extenso mar de areia(sand sea). A ausência de depósitos de interdu-nas úmidos permite interpretar a Formação Bo-tucatu como um sistema eólico seco.

Ocorre nas regiões centro-sul e leste doEstado de Mato Grosso e compreendem are-nitos vermelho-tijolo, friáveis, pouco argilosos,caulínicos, feldspáticos, geralmente médios afinos, grãos bem arredondados a subarredon-dados, esfericidade boa, mal selecionado noconjunto e bem selecionado ao longo das ex-tensas e abundantes lâminas que seguem osplanos de estratificações cruzadas eólicas, fi-namente estratificados plano-paralelamente. Osgrãos de quartzo mostram superfícies foscas esão envolvidos por uma película ferruginosa.

Esta unidade é fonte de areias quart-zosas para uso industrial e é explorada para aobtenção de lajes de uso em piso ou revesti-mento e blocos de alicerce na construção ci-vil. Os arenitos desta Unidade constituem-seem excelentes aqüíferos explotados em diver-sos estados brasileiros, fazendo parte do de-nominado Aqüífero Guarani.

K1βββββsg - Formação Serra GeralWAF/RCL/JVL

Descrito inicialmente por White, (1906)sua área tipo é a Serra Geral do Planalto Meri-dional Brasileiro, na estrada entre Lauro Müllere São Joaquim, Estado de Santa Catarina.Compreende um pacote de rochas vulcânicas,formado por um extenso conjunto de derra-mes basálticos e subordinadamente félsicosque ocorrem em uma grande extensão daBacia do Paraná desde a sua borda norte deMato Grosso e Goiás até o Rio Grande do Sul.Em Mato Grosso ocorre na região sudeste,constituindo-se por uma secessão de derra-mes vulcânicos, mormente de natureza basál-tica e, secundariamente, ácida a intermediária.São basaltos e basaltos andesíticos de filiaçãotoleítica, maciços, cinza-escuro, granulação finaa média, as vezes amigdaloidal e muito fratu-rados. Disjunções colunares estão presentesindicando derrames mais espessos. Subordi-nadamente, ocorrem riolitos e riodacito, comintercalações de camadas de arenito, litoare-nito e arenito vulcânico.

O magmaatismo Serra Geral teve mai-or pico entre 137+0,7Ma. e 126,8+2,0Ma. e apilha de derrames pode alcançar uma espes-sura de 2000m (Milane & Tomaz Filho, 2000).

Esta unidade é portadora de ocorrên-cias de cobre e ouro, mas sua principal mine-ralização consiste em ágatas e ametistas (RS).Lajes brutas ou beneficiadas são de amplo usocomo piso e no revestimento de edificações,além de ser fonte primordial de brita para aconstrução civil. Diques e sills de rochas bási-cas geram metamorfismo de contato que temcomo resultado o aumento do rank dos car-vões em algumas áreas próximas à cidade deCriciúma (SC), bem como propiciam ocorrên-cias localizadas de cobre nas formações Irati eCorumbataí. Em Mato Grosso sua utilizaçãoeconômica restringe-se apenas ao forneci-mento de brita para a construção civil.

K2b - Grupo BauruRCL

Embora esta unidade permaneça nacategoria de Grupo, seu entendimento foisubstancialmente modificado pelos trabalhosde Fernandes (1992) Fernandes e Coimbra(1994) Fernandes (1998) e Fernandes e Coim-bra (2000) com a retirada da Formação Caiuá,sua redefinição na categoria de Grupo e a in-clusão da Formação Santo Anastácio. Destaforma, o Grupo Bauru permanece compostopelas formações Uberaba e Marília, a Forma-

Page 110: Rel Mato Grosso

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

110

ção Adamantina é, na quase totalidade de suasucessão de camadas, redefinida como For-mação Vale do Rio do Peixe, e são definidas asformações Presidente Prudente, São José doRio Preto e Araçatuba. As rochas vulcânicasalcalinas, intercaladas na Formação Vale do Riodo Peixe (ex. Adamantina) são designadas deAnalcimitos Taiúva. Os recursos minerais as-sociados a este grupo são diamantes, calcá-rios, argilas e ouro.

O Grupo Bauru na região da Chapa-da dos Guimarães assenta em discordânciaerosiva sobre unidades mais antigas e é pas-sível de individualização em quatro unidadesconforme Weska et al. (1988) Godoy et al.(2003) e Costa et al. (2003). Todavia não exis-tem mapeamentos cuja cobertura permitauma compilação e integração com imagensde sensores remotos de modo que esta divi-são possa ser representada neste trabalho.Perfis realizados nas regiões da FazendaChafariz, Cachoeira do Bom Jardim, DomAquino e Poxoréo permitiram a consolidaçãoda propriedade da divisão proposta em qua-tro formações: Paredão Grande, Quilombi-nho, Cachoeira do Bom Jardim e Cambam-be. Entretanto, por questão de escala, ape-nas a Paredão Grande foi individualizadacomo Suíte Magmática ficando as restantescomo Bauru Indiviso.

L1λpg – Suíte Magmática ParedãoGrande - É composta por rochas ígneas al-calinas (derrames, diques e rochas vulcano-clásticas) recorrentes ao longo do desenvol-vimento da sedimentação. A idade destemagmatismo é de 83,9 + 4 Ma. (Ar-Ar). Aná-lises petrográficas caracterizaram as rochascomponentes dos derrames como apresen-tando textura geral porfirítica ou microporfirí-tica, de grão fino com matriz intergranular aintersertal. Os fenocristais somam cerca de2%, possuem grãos médio a fino (1,5mm a0,70mm) isolados ou glomeroporfiríticos, emgeral de plagioclásio subédrico zonado e, su-bordinadamente, de clinopiroxênio prismáti-co ou globular. A matriz é muito fina (tamanhoinferior a 0,25mm) e em uma amostra pode serobservada uma leve textura de fluxo. A mine-ralogia da matriz consiste de prismas de plagi-oclásio, glóbulos de clinopiroxênio incolor par-cial a totalmente transformado para anfibólioverde sendo que esta transformação deve sertardimagmática, não sendo produto de hidro-termalismo. Ocorre de forma subordinada pi-roxênio rosado. Alguns cristais ocorrem reliqui-

ares, dificultando seu reconhecimento. A pa-ragênese principal é plagioclásio + piroxênio+ anfibólio e juntamente com a textura porfirí-tica com matriz intergranular e intersertal sãodiagnósticas para rochas da família dosbasaltos. A composição modal para a amos-tra do Derrame da Raizinha, próximo a Poxo-réo, é: plagioclásio An58-52 (60%); clinopiro-xênios (20%); anfibólio (15%); opacos (3%); flo-gopita (2%); olivina? (< 1%).

Depósitos identificados como de na-tureza piroclástica foram descritos como bre-chas vulcânicas e tufos, podendo ocorrer in-teração com a sedimentação siliciclástica deambiente desértico sob a forma de pavimen-tos contendo bombas vulcânicas ou sedi-mentos nas frações areia e silte englobadosnos derrames.

A Formação Quilombinho é a unida-de conglomerática basal junto aos aparelhosvulcânicos, com espessuras da ordem de 30 a50 metros (Weska et al., 1988) sendo constituí-da por clastos dominantemente provenientes daerosão destes centros vulcânicos, ocorrendo ain-da seixos de quartzo e clastos de rochas dasunidades mais antigas. Ocorrem orto e paracon-glomerados, arenitos e subordinadamente peli-tos. As cores são róseas a acinzentadas e as ca-madas apresentam geometria lenticular. Os con-glomerados exibem acamadamento gradacio-nal normal e inverso enquanto nos arenitos sãoencontrada estratificações cruzada tangencial elaminação plano-paralela. O ambiente deposi-cional é interpretado como de leque aluvial e adeposição sob regime de enxurradas, consti-tuindo-se de depósitos de fluxo em lençol, bar-ras conglomeráticas e areno-conglomeráticase dunas tipo 3D. As camadas de pelitos exi-bem laminação plano-paralela e intercalaçõesde camadas de arenito fino a muito fino comlaminação cruzada cavalgante, indicandodeposição por desaceleração do fluxo e de-cantação em condições de baixa energia, emsítios laterais aos canais fluviais.

Nas áreas laterais aos aparelhos vulcâ-nicos a unidade basal encontrada é a Forma-ção Cachoeira do Bom Jardim, constituídapor ortoconglomerado composto por seixosde rochas sedimentares e vulcânicas, com in-tercalações de lentes de arenito róseo comseixos na base e exibindo estratificação cruza-da tangencial. Sucedendo as camadas basaisocorrem camadas sigmoidais amalgamadasde arenito médio a grosso, podendo ser con-glomerático com seixos de quartzo e arenito

Page 111: Rel Mato Grosso

111

dispersos, maciços ou com estratificação cru-zada tangencial e camadas lenticulares de are-nito fino, que passam a predominar em dire-ção ao topo da unidade. Na região de Poxo-réo a ocorrência de calcário (brecha e mar-ga) reveste-se de importância para a ativida-de agrícola do Estado. Ocorrem com menorfreqüência camadas de paraconglomeradoe camadas com presença de fendas de res-secamento. Uma característica marcantedesta unidade, conforme Costa et al. (2003)e Godoy et al. (2003) é a presença de calcre-tes. A sucessão de camadas representa umciclo regressivo, ocasionado pelo aplaina-mento das áreas-fonte e uma deposição emambiente desértico por sistemas de lequesaluviais, fluvio-deltáico e lacustre, conformeinterpretado por Weska et al. (1988).

A unidade superior é a FormaçãoCambambe, constituída por arenitos e are-nitos conglomeráticos, aos quais intercalam-se lentes de conglomerados e siltitos. As co-res são avermelhadas a róseas e a presençade silcretes é uma característica marcantedesta unidade. Os conglomerados ocorremcomo paraconglomerados com gradação ecomo ortoconglomerados maciços ou comestratificação cruzada acanalada, enquantoque os arenitos exibem laminação plano-pa-ralela ou estratificação cruzada acanalada ecruzada tabular. As camadas de pelitos sãomaciças ou com laminação plano-paralela.O ambiente deposicional é interpretado comode leque aluvial, fluvial efêmero e lacustre emcondições de extrema aridez (Costa et al.,2003 e Godoy et al., 2003).

K2m - Formação MaríliaWAF

Definida por Almeida & Barbosa (1953)como subdivisão do Grupo Bauru, esta uni-dade é constituída basicamente por deposi-tos imaturos. Tem área-tipo nos arredores deMarília e Garça, Estado de São Paulo.

Foi inicialmente dividida, por Setzer(1948) nos membros Serra da Galga, PonteAlta e Echaporã.

A diferença entre os membros Serrada Galga e Ponte Alta reside no maior graude cimentação carbonática dos litótipos Pon-te Alta (Fernandes & Coimbra, 2000) fruto deprocessos pós-deposicionais, uma vez queo ambiente deposicional é semelhante e re-lacionado às porções medianas e distais de

leques aluviais, representada por depósitosde canais entrelaçados e de fluxos densos,com a presença subordinada de dunas eóli-cas de pequeno porte. Para o Membro. Echa-porã, interpretam uma deposição sob a for-ma de fluxos em lençol, em contexto de franjade leque aluvial, representando as porçõesdistais dos depósitos sedimentares compo-nentes dos outros dois membros. Seu con-tato gradual com litótipos da Fm. Vale do Riodo Peixe, indica a transição do sistema deleques aluviais para a planície eólica. As pa-leocorrentes, obtidas no Membro. Serra daGalga indicam transporte para noroeste e se-cundariamente para WNW.

Em Mato Grosso estes sedimentossão encontrados nas regiões sul e sudestesendo cartografada como indivisa, uma vezque não foi possível separar os membrosSerra da Galga, Ponte Alta e Echaporã. Sãoconstituídos por um pacote de arenito gros-so a fino, coloração amarelada e avermelha-da, imaturo, mal selecionado, conglomeráti-co com clastos de quartzo, quartzito, calce-dônia e calcário fino, cimentados por sílicaamorfa, além de um pacote de arenito fino amédio, imaturo, com fração areia grossa agrânulos. Apresenta também lentes de cal-cário fino e estratos de siltito e argilito subor-dinados. O ambiente deposicional sugerecondições subaquosas fluvial e lacustre, comcanais de deltas aluviais e planícies de inun-dação. Os níveis de calcário sugerem fasesde aridez, enquanto que os conglomeráticosestariam associados a fluxos hidrodinâmicosde alta energia.

Sua utilização econômica em MatoGrosso está limitada à explotação dos níveisde calcário como corretivo de solos.

K2vp - Formação Vale do Rio do PeixeRCL/WAF

É a unidade com maior área de aflo-ramento do Grupo Bauru, estendendo-sedesde a borda oriental da Bacia até os valesdos rios Paraná e Paranaíba. Sua continui-dade a oeste do rio Paraná, em território doEstado de Mato Grosso do Sul, ainda nãoestá cartografada. Sua seção de referência éencontrada no km 87 da rodovia SP-457,entre as localidades de Rancharia e Iacri, novale do Rio do Peixe (Fernandes, 1998).

Constitui-se por camadas tabularesde arenitos muito finos a finos, com cor mar-

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 112: Rel Mato Grosso

112

rom, rosa e alaranjado, exibindo dominan-temente seleção boa a moderada, maciçosou exibindo estratificação cruzada tabular eacanalada de pequeno a médio porte, ou la-minação plano-paralela incipiente ou lamina-ção de migração de ondulações (ripplestransladantes). Intercalam-se camadas tam-bém tabulares de siltitos maciços de cor cre-me a marrom. Localmente podem ocorrerlentes de arenito conglomerático com estra-tificação cruzada de pequeno porte conten-do intraclastos argilosos ou carbonáticos.

Em Mato Grosso foi identificada nasua extremidade sul, sob a forma de cama-das tabulares constituídas por arenito fino amuito fino, coloração amarronzada, rosadae alaranjada, mostrando estratificações pla-no-paralela cruzada tabular e acanalada depequeno porte, seleção boa a moderada. Su-bordinadamente tem-se intercalações decamadas tabulares de siltito maciço, cor cre-me a marrom e lentes de arenito conglome-rático com intraclastos argilosos ou carbo-natados.

O ambiente deposicional é caracteriza-do por Fernandes (1998) e Fernandes e Co-imbra (2000) como essencialmente eólico,constituído por lençóis de areia pequenas du-nas e depósitos de loess. Depósitos associa-dos a deposição subaquosa, correspondentea fluxos de lagos efêmeros gerados por enxur-radas, estariam representados pelos arenitosconglomeráticos e lamitos. As paleocorrentespara os depósitos eólicos indicam ventos so-prando para sudoeste.

O conteúdo fossilífero está compostopor fragmentos de ossos de répteis, moluscosa artrópodes. Ocorrem ainda moldes de raí-zes, oogônios de algas caráceas e, possivel-mente, tubos de pequenos animais.

Suas relações de contato com as de-mais unidades deste grupo se faz de formatransicional ou então através de diastemas.Na porção ocidental da Bacia, o contato comunidades do Grupo Caiuá também se faz demaneira transicional

BACIA DO ALTO TAPAJÓS (CACHIMBO)

Dc – Formação CapoeirasRCL

A Formação Capoeiras, que corres-ponde à unidade intermediária do Grupo Ja-tuarana, foi definida por Santiago et al. (1980)

para designar os quartzo-arenitos com inter-calações de siltitos e lentes de argilitos comespessura mínima estimada em torno de 120metros. A área de ocorrência estende-se aolongo das corredeiras Capoeiras e Chaco-rão no rio Tapajós e no interflúvio dos igara-pés Mingau e Borrachudo. Em Mato Grossofoi cartografada na região norte do Estadonos municípios de Guarantã do Norte e NovoMundo.

As relações de contato entre essa uni-dade com as formações Borrachudo e SãoBenedito são interpretativas e baseiam-se nasdiferenças litológicas e paleoambientais. Des-sa forma, a Formação Capoeiras está sobre-posta à Formação Borrachudo e sotopostaà Formação São Benedito.

Os quartzo-arenitos são finos a médi-os, esbranquiçados a avermelhados, bem se-lecionados, exibindo no topo das camadas,marcas onduladas assimétricas indicandopaleocorrentes para SW. Ocorrem, localmen-te, intercalações de siltitos esverdeados e ar-gilitos vermelhos com gretas de contração eque apresentam localmente glauconita e bi-oturbações. Subordinadamente ocorremcamadas do tipo red bed, com direção NNW-SSE e mergulhos entre 2o e 5o para SW.

O ambiente deposicional da Forma-ção Capoeiras é de águas rasas, possivel-mente em zona litorânea sob influência demaré, na região de inter-maré, evidenciadapela presença de correntes bidirecionais.

A presença localizada de estruturas tu-bulares ramificadas nos quartzo-arenitos sãoresultantes da atividade de organismos do tipoPalaeophicus sp. O conteúdo palinológico érepresentado por esporomorfos do tipo Calip-tosorite cf. velatus, Verrucosisporites cf. nitidus,Geminispora sp., Secariosporite sp., Auroros-pora sp., Apicularetusispora sp e Retusotriletessp., os quais indicaram idade Devoniana.

A potencialidade mineral da unidaderestringe-se a ocorrência de lentes de calcá-rio associadas aos siltitos e fosfato nos quart-zo-arenitos glauconíticos.

CPii - Formação Igarapé IpixunaGJR

A denominação original (FormaçãoIpixuna) foi proposta por Santiago et al.(1980) para uma seqüência sedimentar daBacia do Alto Tapajós, constituída de quart-zo-arenitos, posicionada entre a Formação

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 113: Rel Mato Grosso

113

São Benedito e a Unidade F.Localiza-se no extremo norte de Mato

Grosso, entre o médio/baixo curso do rioJuruena e o médio/baixo curso do rio SãoManoel ou Teles Pires e nas cabeceiras dorio Bararati, no município de Cotriguaçu, nadivisa com o Estado do Pará, acompanhan-do a borda sul da Formação São Manoel.

A Formação Igarapé Ipixuna possuiampla distribuição geográfica, constituindovários platôs na serra do Cachimbo. As princi-pais ocorrências encontram-se nos igarapés Ipi-xuna, Cururu e Parauriti, afluentes da margemesquerda do rio Tapajós. Sua espessura foi esti-mada por Bizinella et al. (1980) em aproximada-mente 160 metros. Ocorre sobreposta às rochasda Formação São Benedito e é cortada peloDiabásio Cururu (177Ma.).

É constituída essencialmente por quart-zo arenitos finos, as vezes médios, bem selecio-nados, cuja coloração pode ser esbranquiça-da, acinzentada ou avermelhada. Ocupam ge-ralmente os terrenos mais elevados de interflúvi-os, formando platôs e pequenos morros de fei-ções tabulares. Possuem marcas de onda, gre-tas de contração e estratificações cruzadas. Aestratificação plano-paralela é incipente e o aca-mamento é geralmente horizontal.

A deposição dos sedimentos deve terocorrido em mar regressivo, predominantemen-te em ambiente marinho litorâneo, com possí-vel contribuição continental.

O posicionamento cronoestratigráficoda Formação Ipixuna no Carbopermiano deve-se à idade de 177Ma. do Diabásio Cururu, oqual é intrusivo nos quartzo arenitos.

CPsm - Formação São ManoelGJR

Esta formação, aqui proposta, distri-bui-se, principalmente, no extremo norte deMato Grosso, entre o médio/baixo curso dorio Juruena e o médio/baixo curso do rio SãoManoel ou Teles Pires e nas cabeceiras dorio Bararati, no município de Cotriguaçu, nadivisa com o Estado do Pará. É constituídapelas Unidades F e G de Santiago et al. (1980)assim caracterizadas: Unidade F – as rochasdesta unidade recobrem os quartzo-arenitosda Formação Igarapé Ipixuna. Apresenta re-levo bastante ravinado sendo constituída porarenito síltico-argiloso, vermelho na base, commanchas esbranquiçadas e ocasionalmentecom cimento carbonático. Este é recoberto por

camada de calcário, igualmente avermelhado,estando sotoposto a uma brecha sedimentar,composta por fragmentos de siltitos e argilitoslaminados. O ambiente de deposição é de marraso; Unidade G – representada por quartzoarenitos de coloração creme, levemente rosa-dos, bem selecionados, granulometria fina eestrutura maciça. É relativamente freqüente apresença de marcas de ondas simétricas.

Pnv - Formação NavalhaRCL

A primeira referência desta unidadedeve-se a Moura (1932) onde definiu a seção-tipo no baixo curso do rio Teles Pires na locali-dade de Navalha.

A Formação Navalha aflora entre os riosJuruena e Teles Pires, no extremo norte deMato Grosso, divisa com o Estado do Pará.Constitui-se de rochas carbonáticas finamen-te laminadas (siliciclásticas/carbonato) compronunciado grau de diagênese e geometriade lobos sigmoidas amalgamados e ondula-ções no topo, representadadas por arenitorosa com cimento calcítico, siltito calcífero cin-za-claro e calcário. A formação carece de defi-nição e correspondência a alguns conhecidosmodelos deposicionais citados na literatura(plataforma isolada, rampa homoclinal, rampadistalmente escalonada, acrescionária) e queenvolvem condições diversas de faciologia ede declividade em relação ao nível do mar. Al-guns modelos propostos sugerem a formaçãode tálus peri-plataformal (brechas?) biohermase ocasionais turbiditos.

Pij – Unidade IjRCL

Esta unidade informal compreendeas unidades fotogeológicas denominadas deUnidade I e Unidade J de Santiago et al.(1980) que afloram no núcleo de amplasanticlinais na margem esquerda do rio Juru-ena e no interflúvio deste com o rio Teles Pi-res. Não existem dados conclusivos sobreeste conjunto litoestratigráfico devido ao bai-xo grau de conhecimento geológico da área.Aflora ao longo do rio Juruena e afluentes,camadas de arcóseo, conglomerado, grauva-ca e siltito vermelho. A idade presumida é per-miana, devido ao seu posicionamento estrati-gráfico sobre unidades que recobrem a For-

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 114: Rel Mato Grosso

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

114

mação Capoeiras de idade siluro-devoniana(Santiago et al., 1980).

PZi – Formações Paleozóicas IndiferenciadasRCL

Sob esta designação englobam-se asrochas sedimentares clásticas sobrepostas àsrochas do Grupo Beneficente, as quais nãopermitem uma subdivisão precisa em funçãode os dados disponíveis ainda serem escas-sos. Essa unidade foi cartografada no extremonorte de Mato Grosso, limite com o Estado doPará e agrupa arenitos que formam platôs ta-bulares com freqüentes intercalações de siltitoe argilito, além de níveis de conglomerados.

BACIA DO PARECIS

C1ja -Formação JauruRBCB

Olivatti e Ribeiro Filho (1976) reconhe-ceram a origem glacial para o pacote de se-dimentos cartografados na região sudoestedo Estado de Mato Grosso, nos vales dos riosJauru e Aguapeí, constituído por arenitos ar-cosianos, siltitos, folhelhos e ritmitos, para osquais propuseram a denominacao de Uni-dade Jauru. Cardoso et al., (1980) a reno-mearam para Formação Jauru. Os litótiposdesta unidade estendem-se desde as proxi-midades de Figueirópolis, a norte, prolon-gando-se a sul até além do rio Aguapeí, indopróximo ao limite meridional da Folha Cuia-bá (SD-21).

A Formação Jauru constitui-se de umpacote sedimentar suborizontalizado compos-to de paraconglomerados petromíticos, siltitosarenosos, folhelhos e tilitos. Os folhelhos e silti-tos ocorrem interestratificados, com alguma rit-micidade, passando para o topo a diamictitos.

Os paraconglomerados mostram-separcialmente lateritizados, apresentando 70%de matriz com clastos de quartzitos, arenitosarcosianos, gnaisses e granitos caoticamentedistribuídos exibindo superfícies polidas e acha-tadas do tipo “ferro de engomar”. Os folhelhosapresentam cor marrom com tonalidade es-verdeada, laminação plano-paralela e presen-ça esporádica de minerais micáceos nos pla-nos de estratificação.

As características inerentes aos para-conglomerados como a enorme variação dafração rudácea, tanto modal como compo-

sicional, clastos com feições de “ferro de en-gomar” e a falta de estratificação de um modogeral, sugerem uma contribuição glacial àFormação Jauru, depositada em ambientecontinental.

As análises palinológicas indicaram apresença de palinomorfos Cristatisporites sp.,característicos do Eocarbonífero.

C1pb - Formação Pimenta BuenoRBCB

Essa unidade foi descrita inicialmentepor Nahass et al. (1974) sendo chamada deFormação Pimenta Bueno por Leal et al. (1978).Seus afloramentos encontram-se nos grabensde Pimenta Bueno e Colorado, localizados noextremo noroeste da Bacia dos Parecis. É cons-tituída de folhelhos, arenitos, siltitos e conglo-merados suportados pela matriz. Em MatoGrosso foi definida na região oeste-noroestedo Estado, no município de Juina.

O contato inferior dá-se com embasa-mento cristalino e o superior é com a Forma-ção Fazenda da Casa Branca. Segundo Si-queira (1989) possui espessura de 761 metros.

Os folhelhos são de coloração mar-rom, micáceos e intercalados com siltito mar-rom ou arenitos claros. Os arenitos são com-postos de quartzo, feldspato e muscovita decor marrom com pintas claras, granulometriamédia, acamamento plano-paralelo e estratifi-cações cruzadas tabular e acanalada. Os con-glomerados são suportados pela matriz, aver-melhados e possuem seixos e boulders su-barredondados de granitos, gnaisses e rochasbásicas e seixos angulosos de xistos e quartzi-tos. Seus diâmetros máximos são de 40 centí-metros. Associados a esses conglomeradosocorrem siltitos com laminação plano-parale-la, na qual existem grãos de areia flutuando eseixos dispersos, deformando a laminação(unidade dropstone).

Os folhelhos foram depositados emambiente marinho raso, evidenciado pelapresença de acritarcas do gênero Sphaeri-dium, identificados por Cruz (1980). As es-truturas sedimentares dos arenitos sugeremsua deposição em ambiente fluvial, em ca-nais entrelaçados, com abundante supri-mento de areia, a qual apresenta uma com-posição feldspática, indicando um climadesértico ou glacial. A associação diamicti-to -unidade dropstone segundo o modelode Ojakangas (1985) é interpretada como

Page 115: Rel Mato Grosso

115

evidência de clima glacial; os diamictitos cor-respondem ao tilito de alojamento, forma-do pela deposição de detrítos na base dageleira e a unidade dropstone resulta da que-da de clastos dos icebergs durante a depo-sição do siltito, em ambiente marinho.

C2cb - Formação Fazenda da Casa Branca

RBCB/WAF

Guimarães, (1971) definiu estes sedi-mentos na BR-364, nominando-os de Cretá-ceo Parecis. Padilha, et al. (1974) reconhece-ram, na região de Porto dos Gaúchos e noscanais dos rios Arinos e Juruena (dois paco-tes sedimentares distintos: Um superior, for-mado por sedimentos maturos e um inferior,de sedimentos imaturos e de grande variaçãofaciológica. Dividiram-no então em CretáceoParecis (Unidade Superior) e Eopaleozóico Indi-viso (Unidade Inferior). Costa, et al. (1975) advo-gam que esta unidade apresenta continuidadefísica em direção à serra do Roncador, posocio-nando-a no Permocarbonífero 1. Leal, et al.(1978) denominaram informalmente estes sedi-mentos de Arenito da Fazenda Casa Branca,designação esta mantida por Silva, et al. (1980)e também adotada neste trabalho.

No nordeste de Mato Grosso encon-tram-se arenitos vermelhos pintalgados debranco, arcoseanos de granulometria fina,média e grossa, matriz argilosa, mal seleciona-dos, com estratificação plano-paralela. Notam-se finas intercalações de arenito vermelho,fino a muito fino, argiloso e feldspático, bemcomo pequenas lentes de siltitos e argilitos,além de arenitos ortoquartzíticos, amarelos eesbranquiçados, litificados com cimento sili-coso, granulometria fina a muito fina, estratifi-cação plano-paralela e microestratificaçõescruzadas.

O contato inferior dá-se com a For-mação Pimenta Bueno ou com o embasa-mento cristalino. O contato superior, de acor-do com Costa et al. (1975) é erosivo do tipoinconformidade. A espessura no centro dabacia é de 200 metros, adelgaçando para 40metros na localidade de Porto dos Gaúchos(Padilha, et al. 1974). No sudoeste da baciaocorrem nesta unidade conglomerados poli-míticos, cujos clastos apresentam diâmetromáximo de 40cm separados por camadas oulentes de areia fina a grossa, superpostos

pelos derrames basálticos da Formação Ta-pirapuã. Arcóseos, correspondentes à por-ção intermediária da formação, ocorrem nasregiões central e sul da bacia, gradando aleste para siltitos com seixos pingados(dropstones). Argilitos e folhelhos, fechandoo topo da formação, estão intercalados comsiltitos.

Siqueira (1989) correlaciona-a ao Gru-po Itararé da Bacia do Paraná e FormaçãoPedra de Fogo da Bacia do Parnaíba, am-bas de idade permiana. Costa, et al. (1975)na região da Serra do roncador, registrarama presença de restos de planta silicificada edenominaram esta unidade de Unidade Per-mocarbonífera 1, correlacionando-a à For-mação Aquidauana, conseqüentemente tor-nando indevida a designação de Eopaleo-zóico Indiviso, proposta por Padilha, et al.(1974). Tanto Leal, et al. (1978) como Silva,et al. (1980) concordam com a idade Permo-carbonífera atribuída a esta Unidade.

Padilha, et al. (1974) interpretou o am-biente deposicional como fluvio-lacustrino,em ampla planície de inundação. Entretan-to, Siqueira (1989) menciona que Caputo(1984) faz referências à existência, em Ron-dônia, de evidências de ambiente glacial ouperi-glacial nesta Unidade.

Jra - Formação Rio ÁvilaJVL

Denominação usada por Bizzi et al.(2001) para caracterizarem, no vale do rio Cu-luene e a noroeste de Vilhena, no Estado deRondônia, uma sequência de arenitos verme-lhos a róseos, friáveis, com grãos arredonda-dos, bem a mal selecionados, apresentandoestratificações cruzadas cuneiformes e inter-pretadas como depositados em ambienteeólico. Localmente notam-se intrusões de di-abásios e lamprófiros.

No Estado de Mato Grosso estes se-dimentos afloram a noroeste de Comodoro,onde recobrem rochas da Suíte Metamórfi-ca Colorado e são recobertos por sedimen-tos arenosos da Formação Utiariti. Em Ron-dônia, os derrames basálticos da FormaçãoAnari, equivalentes da Formação Tapirapuãem Mato Grosso, cobrem os arenitos daFormação Rio Ávila, o que permite posicio-nar estes sedimentos na base do jurássico.Assim, a correlação da Formação Rio Ávila

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 116: Rel Mato Grosso

116

com a Formação Botucatu, de idade juro-cretássica, na Bacia do Paraná, sugerida porRibeiro Filho et al. (1975), não pode mais sersustentada. Sua espessura foi estimada porSiqueira (1989) em 90m no vale do rio Colu-ene e em 20m a noroeste de Vilhena.

J1βββββat - Formação TapirapuãJVL/WAF/RBCB

Eventos magmáticos mesozóicos decomposição básica se fazem presentes naregião centro-sul do Estado, e são respon-sáveis por um relevo peculiar que constitui aserra de Tapirapuã. Estes derrames vulcâni-cos foram objetos de estudos de Corrêa &Couto (1972) que adotaram a denominaçãode Formação Tapirapuã para caracterizaruma série de derrames de basaltos toleíticosque afloram no município de Arenápolis naserra homônima, onde estimaram uma es-pessura ao redor de 100 metros. Almeida etal., (1972) estudaram estes basaltos nos mu-nicípios de Barra do Bugres, Nortelândia e AltoParaguai, classificando-os como basaltos an-desíticos. Figueiredo et al., (1974) nas cabe-ceiras do rio Arinos, descreveram-nos comorochas de granulação muito fina, cinza-chum-bo, ricas em amígdalas. Padilha et al., (1974)no rio Jatobá, identificaram como sendo dia-básios e rochas alteradas de aspecto brechói-de, correlacionando-as com o Grupo Iporá,não descartando a possibilidade de correla-ção destas rochas com o derrame basálticosda Bacia do Paraná.

Barros et al., (1982) adotam tambéma denominação de Formação Tapirapuã econcluiram que os basaltos da serra de Tapi-rapuã representariam, provavelmente, as úl-timas manifestações do grande vulcanismofissural que atuou no Brasil, mormente naBacia do Paraná, onde conformam a Forma-ção Serra Geral. Não descartam a possibili-dade de que corpos básicos (basaltos) ocor-rentes no rio Jatobá e os corpos kimberlíti-cos aflorantes no rio Batovi, estejam vincula-dos a este vulcanismo fissural.

São derrames vulcânicos básicos,normalmente constituídos por basaltos isotró-picos, cinza-chumbo, nas bordas e, no centropor diabásios finos a médios, de composiçãotoleítica.Os basaltos mostram estruturas amig-daloidais, disjunções colunares e são afeta-dos por falhamentos gravitacionais pouco pro-nunciados e por um intenso diaclasamento.Ao microscópio os diabásios exibem granula-

ção fina e textura ofítica típica. Sua espessuraestimada oscila de 15 a 310 metros.

A formação Tapirapuã, correlacionadaem Rondônia com a Formação Anari, tem ida-de de aproxidamente 198Ma. (Marzoli et al.,1999), posicionando-a no Sinemuriano/Juás-sico Inferior. Esses derrames cobriram os are-nitos da Formação Rio Ávila, interpretada comode origem eólica.

K2sn - Formação Salto das NuvensWAF/RCL/RBCB

A designação de Formação Salto dasNuvens foi proposta por Barros et al., (1982)com seção-tipo na queda d’água homôni-ma, localizada no rio Sepotuba, (FazendaSanta Amália, município de Tangará da Ser-ra). Está representada por conglomeradospetromíticos de matriz argilo-arenosa interca-lados por lentes de arenitos vermelhos degranulometria variável desde muito fina a con-glomerática. Sobreposto aos conglomeradosocorre geralmente arenito imaturo com estra-tificação cruzada de médio porte, contendoseixos e calhaus de diversos litótipos. Tambémé freqüente a presença de camadas de areni-to bimodal, maciço de espessura variável, comleitos de argila vermelha intercalados. No topoda seqüência é comum arenito bimodal bemlaminado e com estratificação cruzada degrande porte.

Não menos comuns são as variações la-terais dessa seqüência sedimentar, onde se des-tacam vários níveis conglomeráticos oligomíticos,intercalados em arenitos ortoquartzíticos finos amuito finos, além de arenitos avermelhados commatriz argilosa, mal classificados e maciços, in-tercalados com lentes de siltitos, argilitos verme-lhos e com bolas de argila na base dos bancos(Barros et al., 1982).

Na MT-358, próximo ao rio Russo II, emdois cortes da estrada, esta Unidade está cons-tituída por conglomerado de grânulos, areni-tos conglomeráticos, arenitos finos em cama-das lenticulares, de coloração bege a casta-nho arroxeado, com estratificação cruzada tan-gencial de médio porte e cruzada festonada, ecamada de pelito. Os clastos, nas frações grâ-nulo a seixo, são da rocha vulcânica subjacen-te, composta por uma matriz afanítica com fe-nocristais de feldspato. As camadas com es-tratificação cruzada apresentam nítido conta-to erosivo com as camadas arenosas subja-centes. A presença de clastos de rocha vulcâ-nica nos arenitos conduz a duas interpreta-

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 117: Rel Mato Grosso

117

ções: estes clastos se originariam da UnidadeInferior ao Grupo Parecis na área (Basalto Ta-pirapuã – 167Ma.). Neste caso a sedimenta-ção seria mais nova, ou seja, pós JurássicoMédio, ou então provirem de vulcânicas alcali-nas que ocorrem intercaladas na base do Gru-po Parecis a nordeste, o que conduziria à con-firmação de uma idade cretácia superior paraestes depósitos. Estas observações sobre ocontato coincidem com a interpretação deBarros et al., (1982).

Silva et al., (2003) associaram a esta Uni-dade uma seqüência sedimentar clasto-quími-ca, constituída por argilitos calcíferos, margas,siltitos, arenitos e pontualmente conglomera-dos intraformacionais, que ocorre na escarpada serra do Roncador e em vales a oeste e no-roeste da serra de Tapirapé, região nordeste doEstado de Mato Grosso. Estes autores subdivi-diram-na em dois níveis com características fa-ciológicas e litológicas distintas: um basal, com-preendendo argilito de cor cinza, cinza-esver-deado e vermelho a róseo, maciço, as vezescom laminação horizontal ou ripples, varian-do composicionalmente a calcilutitos e mar-gas, mostrando faixas centimétricas de pisó-litos e venulações de material calcífero pre-enchendo fraturas.

O nível superior, aflorante preferenci-almente na escarpa da Serra do Roncador enas porções medianas e basais dos morros,está constituído por arenitos e siltitos, maciçosa laminados, de coloração avermelhada, ama-relada e amarronzada, consolidados a semi-con-solidados raramente calcíferos com laminaçãocavalgante, estratificação cruzada acanalada depequeno a médio porte, laminação plano-pa-ralela e ciclos de gradação normal. Mostram ain-da lentes e estratos centimétricas de conglo-merados intraformacionais. No topo ocorremarenitos finos, vermelho-róseos, feldspáticos,com estratificação cruzada acanalada de gran-de porte, por vezes obliterada pela alteração,além de níveis argilosos descontínuos com até10 centímetros de espessura, entre os sets deestratificação.

Na zona de transição entre os dois ní-veis predomina uma intercalação milimétrica deargilito e siltito avermelhados, acinzentados e cin-za-esverdeados, laminados horizontalmente oucom laminação cruzada cavalgante.

O ambiente de sedimentação sugeri-do para esta Formação é continental fluvial desemi-aridez, com manifestações desérticas es-porádicas em algumas seções da unidade.

Observações colhidas nos afloramentos da MT-358, logo após o rio Russo, conduzem a aven-tar uma deposição por sistema fluvial ou flú-vio-deltaico (lacustre) tendo como uma dasáreas-fonte as rochas vulcânicas subjacentes.

Silva et al., (2003) posicionaram esta Uni-dade no Cretáceo Médio a Superior, embasa-dos na ocorrência de fósseis de Mesosuchidae(Notosuchidae) os quais constituem-se de rép-teis crocodilomorfos de hábito terrestre, que ocor-rem em unidades sedimentares cretácicas doBrasil e da América do Sul.

K2ut - Formação UtiaritiWAF/RBCB/RCL

Sob esta designação Barros et al.,(1982) englobaram os arenitos quartzosos daseção de topo do grupo Parecis, tendo comoseção-tipo a queda d’água Utiariti, no rio Pa-pagaio. As rochas desta unidade constituemas partes mais elevadas do Planalto dos Pare-cis, sobrepondo-se às rochas da FormaçãoSalto das Nuvens em contato gradacional econcordante. Apresentam cores variáveis, des-de amarela, roxa a avermelhada, conformandobancos com bases irregulares, maciços ou lo-calmente apresentando estratificação cruzadade pequeno porte ou plano-paralela. A granu-lometria varia de fina a média, podendo local-mente ser grossa. Nas camadas basais podemocorrer seixos de quartzo arredondados e deboa esfericidade. A composição é essencial-mente por grãos de quartzo e feldspato, osprimeiros com superfície hialina, fosca, normal-mente envolta por uma película ferruginosa.Possuem pouco cimento e matriz sendo facil-mente desagregados. Localmente podem seapresentar com intensa silicificação devido àdiagênese ou proximidade de falhas.

Estruturas sedimentares como estra-tificação cruzada de pequeno porte e baixoângulo, e formas acanaladas vinculadas abancos maciços espessos de base irregular,indicando uma deposição rápida com regi-me hidrodinâmico superior ao de escoamen-to, associadas à presença de seixos espar-sos em bancos maciços, mostram tratar-sede sedimentos originados em ambiente flu-vial.

Jδδδδδc - Diabásio CururuASF

As primeiras referências aos diques de

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 118: Rel Mato Grosso

118

diabásio de idade jurássica da região em es-tudo são atribuídas de Moura (1932). Diver-sos outros autores registraram a presençadestas rochas na região amazônica, usandodenominações diversas. Silva et al. (1974 e1980) usaram o termo Dolerito Cururu e omodificaram para Diabásio Cururu para in-dividualizar os corpos de diabásio aflorantesno vale do rio Cururu e que mostram conti-nuidade física para a região de serra do Ca-chimbo onde apresentam extensões quilo-métricas e destacam-se como expressõestopográficas positivas nas imagens de radar.

Segundo Silva et al. (1980) estas ro-chas têm cor cinza-escuro com tons esver-deados, granulometria média e abundantessulfetos (pirita) disseminados. Ao microscópiorevelam textura subofítica, intercrescimentomicrográficos e são constituídaos de plagioclá-sio (labradorita) augita, sericita, muscovita,argilo-minerais, abundantes opacos e rarís-simo quartzo.

Datações K-Ar, em amostras coleta-das no leito do rio Cururu, indicam idadesde 175Ma. (Silva et al., 1974) e 180Ma. (Baseie Teixeira, 1975). São correlacionáveis aos di-abásios de cachoeira do Periquito no rio Ari-puanã, cuja idade K-Ar também é de 180Ma.e aos Diabásios Penatecaua (Issler et al.,1974) aflorantes na Folha SA. 22 – Belém.

J3K2k - KimberlitosGJR

Várias intrusões e chaminés kimberlíti-cas distribuem-se no Estado de Mato Grosso,com destaque para as ocorrências da regiãode Juína e Paranatinga, onde são conhecidosmais de 60 corpos (Weska e Svisero, 2001).

Petrograficamente, essas rochas sãocaracterizadas por uma textura porfirítica, de-finida pelos fenocristais de olivina, granada-piropo e ilmenita, dispersos numa matriz finacomposta por serpentina, carbonatos, opa-cos e óxidos de ferro. As olivinas apresen-tam formas ovaladas e mostra-se totalmenteserpentinizadas nos seus núcleos. A grana-da apresenta bordas quelifíticas e fraturaspreenchidas por serpentina e óxido de ferro.A serpentina exibe textura mesh envolvendoos cristais de olivina.

Na Província de Juína foram reconhe-cidos uma série de pipes intrusivos nos are-nitos da Formação Parecis e nos granitos daSuíte Serra da Providência. Estes corpos kim-

berlíticos apresentam morfologia do tipomaar, com crateras rasas de 20 a 80 metrosde espessura e forma de “taça de champa-nhe”. Os diamantes destacam-se pela pre-sença de duas séries de inclusões (Weska eSvisero, 2001). A primeira é formada por on-facita, almandina e majorita, indicativas deprofundidades de geração entre 180 e 400km. A segunda série de inclusões é compostapor wollastonita, diopsídio, stishovita, níquelmetálico, moissanita, além da solução sólidapericlásio-wustita, as quais são indicativas deprofundidades abaixo de 670 km.

As mineralizações diamantíferas da Pro-víncia de Juína estão predominantemente as-sociadas aos horizontes cascalhíferos dos de-pósitos aluviais. A paragênese mineral associa-da ao diamante é compreendida por granada-piropo, picroilmenita e cromodiopsídio. Osdiamantes são do tipo indústria e com raroscristais acima de 480ct, exibindo formas do-decaédricas e irregulares. Os teores dos de-pósitos são em média de 6-7 ct/m3, sendoque em algumas zonas atingem 80 ct/ m3.

Também são identificados nessas re-giões do Estado mais duas gerações de kim-berlitos, com idades mais jovens denomina-dos K1k e K2k, e são representados por kim-berlitos, olivina melilitito e rochas afins.

K2γγγγγ4pm – Suíte Ponta do MorroWAF/MCA

As primeiras referências às rochas des-sa unidade foram feitas por Luz et al. (1980) nalocalidade de Mimoso-MT, quando as associa-ram às vulcânicas de Mimoso, denominando-as de Intrusivas Félsicas e Intermediárias deMimoso, admitindo uma provável relação ge-nética com o Granito São Vicente.

Del’Arco et al. (1982) denominaramde Intrusivas Ponta do Morro a s rochas gra-níticas aflorantes na margem direita do rioMutum ou Madeira, 2km a jusante do ribei-rão Água Branca, na localidade de Ponta doMorro, em Mato Grosso. Sousa (1997) intro-duziu a denominação de Complexo Pontado Morro, para representar estas intrusivasgraníticas e sieníticas, levemente supersatu-radas, que afloram descontinuamente, impos-sibilitando o mapeamento faciológico. Atravésde estudos petrográficos e geoquímicos, des-creveu-as como constituídas por uma típicaassociação de granitóides alcalinos anorogê-nicos, intraplaca, do tipo A, exibindo uma in-

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 119: Rel Mato Grosso

119

tensa variação textural e mineralógica de cará-ter bimodal. Os sienitos mais primitivos estãorepresentados por melasienito, microsienito, si-enito médio, sienito fluidal, de composição me-taluminosa. Os mais evoluídos, de composi-ção peralcalina, são representados por arfve-dsonita sienito, riebeckita sienito, sienito rossoe fayalita sienito, enquanto que os granitos, li-tótipos mais abundantes, variam desde pera-luminosos (biotita granito) a peralcalinos (ae-girina riebeckita granito) passando por termosmetaluminosos (ferrobarroisita granito).

Os litótipos desta Suíte são intrusivosnos metassedimentos do Grupo Cuiabá (Luzet al., 1980; Del’Arco et al., 1982 e Sousa, 1997).

Dados geocronológicos Rb-Sr obtidospor Del’Arco et al. (1982) em três amostras desienito, revelam uma isócrona de 84 ± 6 Ma.

ENch - Formação CachoeirinhaGS

A unidade foi identificada e caracteri-zada por Oliveira e Muhlmann (1965) a lestede São Vicente, Mato Grosso, sob a deno-minação de Unidade “C”.

Gonçalves e Schneider (op.cit.) ele-varam a categoria da unidade, definindo-acomo Formação Cachoeirinha, cuja seção-tipo situa-se no Distrito de Cachoeirinha, cer-ca de 30 km a norte de Poxoréu, onde ocor-rem arenitos amarelados, medio a grossos,argilosos e niveis de conglomerados, alémde argilito cinza-esverdeado com grãos deareia esparsos e estratificação incipiente.Estes sedimentos inconsolidados deposita-ram-se discordantemente sobre todas as for-mações subjacentes.

Braun (1971) admite uma idade terciá-ria (Neogeno) pelo fato destes depósitos alu-vionares estarem geneticamente associados aociclo Sul-Americano.

Sua gênese estaria relacionada a pro-cessos gravitacionais, como fluxo de massa,retrabalhando antigos depósitos aluviais, hajavista conterem seixos arredondados imersosem matriz lamítica, não compatíveis com umúnico ciclo sedimentar. Além do mais, a cor-roborar com esta hipótese, ressalte-se queafloram nas proximidades de zonas de falhasde caráter normal e/ou direcional, que, in-clusive os afetam.

Pena e Figueiredo (1972) citam es-pessuras entre 20 e 30m, podendo atingiraté 70m.

N1r - Formação RonuroGJR

Esta cobertura, de idade terciária-qua-ternária, aflora continuamente na porção lesteda Bacia dos Parecis, no domínio da sub-ba-cia Alto Xingu, capeando discordantemente asformações paleozóicas. Consiste de sedimen-tos pouco consolidados, representados porareia, silte, argila e cascalho, além de lateritas(Schobbenhaus et al., 1981). Esta unidade foidepositada em uma depressão tipo sinéclise apartir da intensa erosão no Plioceno, que des-mantelou a crosta laterítica formada no iniciodo Terciário.

NQi - Coberturas Sedimentares Indiferen-ciadasGJR

As Coberturas Sedimentares Indife-renciadas correspondem ao que Figueiredoe Olivatti (1974) denominaram de FormaçãoGuaporé, em função de que nesta escala detrabalho torna-se inadequada uma individua-lização de unidades. São depósitos sedimen-tares do vale do rio Guaporé, os quais foramdivididos em dois níveis: o nível inferior é cons-tituído por sedimentos argilo-arenosos fraca-mente lateritizados, com o topo contendogrãos subangulosos grossos a médios dequartzo e lentes de silte e argila caóticamentedistribuidas no perfil, sendo formadas pelo as-soreamento de pequenas lagoas; o nivel supe-rior, restringe-se a sua ocorrência nas regiõesda planicie de inundação do rio Guaporé, quepermanecem alagadas durante todo o ano. Ossedimentos finos (silte e argila) predominam comlentes intercaladas de areia.

Os sedimentos representam depósitosde leques aluviais, coluviais, planícies de inun-dação e lagos e são constituídos por areia, sil-te, argila, cascalho, além de laterita imatura.

O ambiente de planície de inundaçãoconstitui áreas planas cujos depósitos sedimen-tares recentes encontram-se densamente vege-tados por floresta aluvial. No Vale do Guaporé aplanície de inundação encontra-se limitada porescarpas esculpidas nos depósitos terciários,estando em contato direto com o ambiente depântano, contato este marcado por modifica-ções vegetacionais bem definidas entre flores-ta aluvial da planície de inundação e gramíne-as dos pântanos. Esses depósitos encontram-

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 120: Rel Mato Grosso

120

se recortados pelos canais meandrantes dosrios Guaporé e Mamoré, onde são comuns asfeições de lagos de meandros e meandroscolmatados abandonados, além de depósitosde barras com cristas de linhas de acresçãolateral, desenvolvidas durante o processo demigração do canal fluvial.

As coberturas Sedimentares Indiferen-ciadas são desprovidas de fósseis. Assim sen-do, utilizou-se os dados sedimentológicos (tex-turais e estruturais) geomorfológicos e a late-ritização subsequente, para posicionar crono-estratigraficamente essa unidade no Plioce-no ao Holoceno.

NQdl -Coberturas Detrito-Lateríticas Fer-ruginosasGJR

Os sedimentos detrito-lateríticos ocor-rem preferencialmente no vale do Guaporé,numa extensa área aplainada, com interflú-vios tabulares e associados a pequenas ele-vações dominadas pelo horizonte concreci-onário do perfil laterítico. As superfícies aplai-nadas são constituídas dominantemente porsolos argilo-arenosos de tonalidade averme-lhada, ricos em concreções ferruginosas,além de niveis de argilas coloridas e areiasinconsolidadas.

Os lateritos imaturos, quando em per-fis completos e preservados, modelam gran-de parte do relevo atual. Apresentam a suaparte superior (horizonte colunar/concrecio-nário) aflorante, configurando a parte mais ele-vada do relevo. Em certas áreas, onde a partesuperior está mais espessa e endurecida ehouve maior entalhamento da drenagem, ob-serva-se a formação de um relevo tendendoa platôs. Nas encostas aflora a parte medianados perfis (horizonte mosqueado), podendoestar parcialmente recoberta por colúvios/alú-vios areno-argilosos. Esses depósitos colúvio/aluviais, na sua base, são constituídos por sei-xos provenientes dos próprios lateritos con-crecionários, formando corpos do tipo stone-layer e no topo por material argiloso proveni-ente do horizonte mosqueado. Este é encon-trado nas partes mais baixas do relevo atual,podendo estar coberto por solos amarelos eareias brancas, além de colúvios e alúvios.

FORMAÇÃO ARAGUAIAESA/JVL

Definida por Barbosa et al.(1966) novale do Rio Araguaia. É formada por um con-

glomerado basal, siltes e areia siltosa, incon-solidados e mal selecionados de derivaçãocontinental. Pena et al.(1975) estenderam aárea de ocorrência da Formação Araguaiaaté a região de Barra do Garças. Lacerda Fi-lho et al. (1999) retomaram a denominaçãooriginal e consideraram a Formação Araguaia,individualizando os terrenos mais antigoscomo coberturas arenosas indiferenciadas esubdividiram esta unidade em duas fácies:Fácies Terraços Aluvionares (Qag1) e FáciesDepósitos Aluvionares (Qag2). A primeira éconstituída de sedimentos síltico-argilosos earenosos, semiconsolidados, tendo conglo-merado basal parcialmente lateritzado.

A segunda formada por sedimentos ar-gilo-síltico e arenosos, inconsolidados, flúvio-lacustroso, que preenchem as depressões ge-radas através de reativações neotectônicas queocorreram no Vale do Rio Araguaia. Estes se-dimentos, depositados em estruturas exten-sionais, foram reativados por falhas transcor-rentes de direções NE-SW, NW-SE, N-S e E-W (Del’Arco et al.,1998; Gesicki e Riccomini,1998). Na Fazenda Canadá(GO) Pena (1975)determinou através furo de sonda uma es-pessura aproximada de 48m para a Forma-ção Araguaia, onde predominam areias in-consolidadas, com lentes de argila e casca-lho. Araujo e Carneiro (1977) utilizando estu-dos sísmicos na ilha do Bananal, concluíramque o seu substrato é composto provavel-mente por rochas metassedimentares e/ouígneas, localizadas a uma profundidade quevaria de 170-320m.

FORMAÇÃO PANTANALWAF/JVL

Oliveira e Leonardo (1943) denomina-ram de Formação Pantanal os depósitos alu-vionares constituídos por vasas, arenitos e ar-gilas de deposição recente que ocorrem noPantanal Mato-Grossense. Almeida (1964)definiu esta formação como depósito de le-ques aluviais de talude e lateritos ferrugino-sos, constituídos por sedimentos de nature-za arenosa e síltico-argilosa, com pouco cas-calho. Figueiredo et al. (1974) dividiram-naem três unidades reconhecidas como Qp1,Qp2 e Qp3. Ramalho (1978) subdividiu asaluviões da depressão mato-grossense emsete tipos, sendo cinco aluviões essencial-mente fluviais e dois de espraiamento aluvialsobre a área pediplanizada.

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 121: Rel Mato Grosso

121

Almeida (1959) caracterizou a Forma-ção Pantanal como uma das maiores planí-cies de nível de base do interior do globo,ainda em processo de entulhamento, que in-fluenciada pela orogenia Andina, teve seudesenvolvimento em ambiente fluvial e/ou flú-vio-lacustre. Del’Arco et al. (1982) acreditaramque sua deposição está relacionada à subsi-dência gradativa do embasamento, associadoaos falhamentos e deposição desenvolvidaem ambiente fluvio-lacustre.

Os sedimentos dessa unidade repou-sam discordantemente sobre as rochas dosgrupos Cuiabá, Jacadigo, das formações Dia-mantino, Corumbá e Coimbra e do ComplexoRio Apa (Figueiredo et al., 1974; Correa et al.,976; Luz et al., 1980; Godoi et al., 1999).

A Formação Pantanal neste estudoacha-se caracterizada por três fácies: Q1pc-Fácies Depósitos Coluvionares; Q1p1-FáciesTerraços Aluvionares; Q1p2-Fácies DepósitosAluvionares, intimamente relacionadas a umafase de retrabalhamento dos sedimentos fane-rozóicos da Bacia do Paraná, com desenvolvi-mento de leques aluviais e superfície de aplai-namento formando terraços argilo-arenososcom níveis arenosos e de cascalho, parcial-mente lateritizados, desenvolvendo perfis late-ríticos e imaturos.

Q1pc - Fácies Depósitos Coluvionares

Consiste a porção mais antiga, consti-tuída por sedimentos detríticos, parcialmentelaterizados, cascalhos, areias, siltes e argilas.

Q1p1 - Fácies Terraços Aluvionares

Representam a porção intermediária,compreendendo fácies terraços aluvionareselevados, caracterizado como planície aluvialantiga, englobando sedimentos areno-argilo-sos, parcialmente inconsolidados e laterizados.

Q1p2 - Fácies Depósitos Aluvionares

Compreendem a porção do topo, no-minada de fácies depósitos aluvionares,constituída por sedimentos sub-recentes ar-gilo-síltico-arenosos.

Q1i – Formação IçáRBCB

Definida por Maia et al., (1977), no esta-

do de Amazonas, na bacia do rio Solimões,caracterizada por uma seqüência de arenitosamarelo-avermelhados, friáveis, de granulome-tria fina a conglomerática, capeados por peli-tos da Foramação Solimões em discordânciaerosiva.

No estado de Mato Grosso estes sedi-mentos ocorrem de forma restrita no extre-mo noroeste, .representados por arenitosferruginosos,siltitos, argilitos e, subordina-damente, lentes de turfa.

Algumas datações por radiocarbonoem troncos fósseis encontrados nesta Uni-dade, têm estabelecido idades mais jovensdo que aquelas encontradas para a Forma-ção Solimões. Esta Formação pode ser cor-relacionada com a Formação Amazonas, emterritório colombiano, correspondendo ao“Terciário Superior Amazônico” e à “Unida-de Arenosa Mariñame”.

Q1di – Depósitos Detríticos IndiferenciadosESA

Esta unidade está intimamente associ-ada a uma fase de retrabalhamento de sedi-mentos de natureza arenosa, ocorrida noPleistoceno.

Constitui-se de areias finas a grossas,localmente síltico-argilosas e mais raramenteconglomeráticas, intimamente relacionadas asuperfícies de aplainamento, formando terra-ços argilo-arenosos com cascalhos dispersose níveis de material transportado e ferrugino-so. Estes níveis são constituídos por uma ma-triz rica em óxido e hidróxido de ferro, sem, noentanto, mostrar perfis lateríticos maturos ouimaturos, tratando-se de material alóctone.

Q2pa - Depósitos PantanososGJR

São caracterizados por depósitos de-tríticos que ocorrem principalmente ao longodo vale do rio Guaporé, estendendo-se peloterritório boliviano. Os Depósitos Pantanososestão relacionados às áreas sujeitas à inunda-ções sazonal e são representados dominan-temente por material argilo-arenoso, rico emmatéria orgânica, caracterizados por extensasáreas planas, ocupadas por gramíneas, perio-dicamente sujeitas a inundações durante osperíodos de cheia.

A existência dos depósitos pantanosos

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 122: Rel Mato Grosso

122

mostra forte relação com estruturas de abati-mento de blocos com direções NE-SW, de ida-de possivelmente do Holoceno/Pleistoceno.

Q2a - Depósitos AluvionaresGJR/JVL

Constituem depósitos caracterizadospor sedimentos inconsolidados, dominante-mente arenosos, representados por areiascom níveis de cascalhos e lentes de materialsilto-argiloso.

Ocorrem associados às calhas dos cur-sos d’água de maior porte, encaixados tantono embasamento cristalino como nos depósi-tos terciários, compreendendo basicamentesedimentos aluviais.

O padrão de sedimentação fluvial ho-

locênico dessas drenagens em geral é carac-terizado por depósitos de acresção lateral demargem de canal e de carga de fundo, queincluem barras em pontal, barras de meio decanal e depósitos de carga de fundo. Estessedimentos distribuem-se também nas planí-cies de inundação dos rios onde ocorre oambiente lacustre, representado por lagos re-siduais, formados pela migração das cristasde acresção lateral das barras, além de la-gos represados.

A idade provável desses depósitos éPleistocênica, obtida pelo conteúdo fossilíferoencontrado nos aluviões e paleoterraços alu-viais de alguns rios da região.

Associadas a estes sedimentos são en-contradas na região importantes concentraçõesde ouro e diamante.

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 123: Rel Mato Grosso

123

O avanço do conhecimento geoló-gico de Mato Grosso, obtido a partir destetrabalho, permitiu o reconhecimento da di-versidade de ambientes geológicos existenteno Estado e revelou o seu grande potencialmineral.

Foram cadastradas 428 ocorrênciasminerais, as quais foram agrupadas por ca-tegoria, a saber: metais nobres, gemas, subs-tâncias metálicas, rochas e minerais industri-ais e recursos hídricos.

O reconhecimento da existênciadesse expressivo e variado número desubstâncias minerais, revela uma forte vo-cação mineira do Estado de Mato Grossoe abre oportunidades de investimentos nosetor mineral.

Neste trabalho, as substâncias mine-rais cadastradas foram agrupadas em Pro-víncias Metalogenéticas, Distritos , Pólos Mi-neiros e Áreas de Potencial Mineral, às quaissomam-se as Fontes de Águas Minerais eTermais.

As principais províncias metalogenéti-cas, distritos mineiros e áreas de potenciali-dade mineral acham-se individualizados noMapa de Recursos Minerais, intrisicamenterelacionados aos ambientes geotectônicos,conforme esquema abaixo:

PROVÍNCIA RONDÔNIA-JURUENA- Província Aurífera de Alta Floresta- Depósito de sulfetos maciços de Aripua-

nã e área potencial circunvizinha

4.RECURSOS MINERAIS EMETALOGENIA

- Área potencial para rochas ornamentais- Depósito de estanho de São Francisco

PROVÍNCIA TOCANTINS- Distrito Aurífero da Baixada Cuiabana- Depósito Aurífero de Nova Xavantina e

área potencial circunvizinha- Área potencial para Rochas Ornamentais- Distrito de rochas carbonáticas da Provín-

cia Serrana- Áreas potenciais para rochas carbonáti-

cas do Grupo Cuiabá- Águas Termais de São Vicente

PROVÍNCIA SUNSÁS- Província polimetálica do SW do Mato

Grosso: (i) Distrito aurífero do Alto Gua-poré (ii) Distrito polimetálico de Cabaçal eárea potencial circunvizinha; (iii) DistritoNiquelífero de Comodoro

MAGMATISMO ALCALINO, ANOROGÊNICO,CRETÁCEO- Província Diamantífera do Centro Oeste do

Mato Grosso: Distritos diamantíferos deJuína, Chapada dos Guimarães, Alto Pa-raguai, Poxoreo e Paranatinga e áreaspotenciais circunvizinhas

BACIAS PALEO-MESOZÓICAS- Áreas potenciais para rochas carbonáti-

cas da Bacia do Paraná (Fm. Bauru e Gru-po Passa Dois)

- Áreas potenciais para argilas da Bacia do

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 124: Rel Mato Grosso

124

Paraná (Fm. Ponta Grossa)- Águas minerais e termais de Jaciara e Jus-

cimeira- Águas termais de Barra do Garças-Gene-

ral Carneiro Os distritos mineiros estão representa-

dos no mapa de recursos minerais por polí-gonos hachuriados e as áreas potenciais ata-vés de linhas tracejadas.

Neste texto estão descritas as carac-terísticas dos principais depósitos minerais daregião, agrupados por substâncias minerais:Metais Nobres (ouro), Gemas (diamante),Substâncias Metálicas (Zn,Pb,Cu,Ag,Ni Sn),Rochas e Minerais Industriais(rochas carbo-náticas e rochas ornamentais, areia, argila,cascalho e brita), Recurssos Hídricos (águasminerais e termais).

4.1 - METAIS NOBRES – OURO

Constitui um dos bens minerais maisimportantes da região. Neste estudo foramdestacadas quatro regiões com áreas mine-ralizadas, relacionadas a diferentes ambien-tes geológicos.

4.1.1 - PROVÍNCIA AURÍFERA DE ALTA FLO-RESTA (CCO)

Situa-se na parte norte do Estado deMato Grosso, entre a Serra do Cachimbo, anorte; a Serra dos Caiabis e a Chapada dosDardanelos, a sul; a região de Peixoto de Aze-vedo/Matupá, a leste e o rio Aripuanã, a oeste.

Os jazimentos de Au contidos na Pro-víncia Alta Floresta acham-se ligados principal-mente às suítes plutono-vulcânicas, calcioalca-linas, oxidadas, relacionadas ao magmatismopós-colisional inerente à edificação dos arcosCuiú-Cuiú (Suítes Matupá – 1,87 Ga e Flor daSerra) e Juruena (Suíte Paranaíta – 1,80 Ga;Granito Nhandu e Suíte Colíder – 1,78 Ga).

Mineralizações de ouro, tanto aluvio-nares quanto primárias, encontram-se am-plamente distribuídas na província, ao longode 500 km, através da borda sul da Serra doCachimbo, com direção WNW.

A exploração mineira iniciou-se em1966, com a descoberta de ouro no rio Ju-ruena. A produção oficial, acumulada noperíodo entre 1980 e 2000, foi de 123 t deouro (DNPM, 2000), provenientes de aluvi-ões, coluviões e eluviões, através de garim-pagem manual ou por lavra com diferentes

graus de mecanização. As áreas de ativida-de mineira distribuíam-se principalmente pe-los municípios de Peixoto de Azevedo, Ma-tupá, Colíder, Guarantã do Norte, Novo Mun-do, Alta Floresta, Terra Nova do Norte, Para-naíta, Apiacás e Nova Bandeirante.

Mineralização Secundária

Das áreas de exploração dos jazimen-tos auríferos secundários, em número de 122,listadas pelo Programa Nacional de Prospec-ção de Ouro – PNPO, a maioria encontra-seatualmente inativa e abandonada, com sinaisclaros de esgotamento das aluviões minerali-zadas. Distribuídas desde Peixoto de Azevedoaté noroeste de Apiacás, provocaram umagrande devastação do leito e margens das dre-nagens e intensa poluição com mercúrio, comgrave desequilíbrio para o meio ambiente.

Algumas áreas com mineralizaçõessecundárias acham-se assinaladas em ima-gens orbitais LANDSAT TM 5 e foram agru-padas por Valente (2001): 1) Juruena-NovoAstro; 2) Apiacás-Novo Planeta; 3) Paranaíta;4) Trairão; 5) Alta Floresta; 6) Peixoto de Aze-vedo; 7) Vila União do Norte; 8) Figueira Bran-ca; 9) Canaã; 10) Cabeças e 11) Mogno-Rato,distribuídas nos domínios das Suítes Parana-íta, Nhandu, Colíder, Matupá e Flor da Serra edo Grupo São Marcelo-Cabeça (fig. 4.1).

Os depósitos apresentam dimensõesvariadas, com largura média entre 200 e 300metros, espessura entre 1 e 3 metros e ex-tensão quilométrica.

Na região da Província Alta Floresta,foi estimado um volume de aluvião trabalha-da, da ordem de 500 milhões de m3. Como onível de recuperação de Au, através da ga-rimpagem, foi muito baixo, uma quantidadeconsiderável desse metal ainda permanececontida nos rejeitos dessas aluviões.

A mineralização tipo placer foi o obje-tivo principal da atividade garimpeira, tendosido responsável pela maior parte da produ-ção aurífera dessa região.

Mineralização Primária

Foram recadastradas algumas deze-nas de jazimentos primários, os quais estãodistribuídos nas proximidades das minerali-zações secundárias.

Paes de Barros et al. (1999) dividiramas ocorrências de mineralizações de ouro em

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 125: Rel Mato Grosso

125

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 126: Rel Mato Grosso

126

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 127: Rel Mato Grosso

127

quatro diferentes distritos: Peixoto de Azeve-do, Teles Pires, Cabeças e Aripuanã.

Neste trabalho, propõe-se a subdivi-são da Província Alta Floresta em oito distri-tos, onde se concentram áreas detentoras demineralizações auríferas (pólo), que foram ouestão sendo objeto de extração de ouro.Destacam-se os seguintes distritos e pólos:Distrito de Moriru

Pólo 1 – MoriruDistrito Novo Astro

Pólo 2– Juruena/Novo Astro)Distrito Apiacás – Paranaíta

Pólos 3– Apiacás/Novo PlanetaPólo 4 – Paranaíta

Distrito Alta Floresta/Garimpo do TrairãoPólo 5 – Alta FlorestaPólo 6– Garimpo do Trairão

Distrito de Peixoto de Azevedo/Matupá Pólo 7 – Novo Mundo

Pólo 8 – Guarantã do NortePólo 9 – Peixoto de Azevedo/MatupáPólo 10 – Vila UniãoPólo 11 – Figueira Branca

Distrito Nova Canaã/Santa HelenaPólo 12 – Nova Canaã

Distrito do CabeçaPólo 13 – Cabeça

Distrito Fazenda MognoPólo 14 – Fazenda Mogno, Garimpo

do Rato, Morro do Túnel

Os distritos e pólos acima listados serão des-critos conforme seus contextos geológicose geotectônicos (figura 4.2).

Com base em características morfo-lógicas, texturais e estruturais, foram reconhe-cidos três tipos principais de mineralizaçõesauríferas primárias: veios de quartzo dobra-dos e boudinados com ouro, situados nodomínio dúctil; veios de quartzo com ouropreenchendo zonas de cisalhamento confi-nadas no domínio rúptil-dúctil; e minério dis-seminado tipo ouro pórfiro, stockworks, bre-chas hidrotermais e veios de quartzo extensi-onais com ouro, situados no domínio rúptil (Delgado et al., 2001; Santos, 2000; Santos,2001; Cruz, 2002 e Ribeiro et al., 2001).

Veios de Quartzo Dobrados e Bou-dinados - Os jazimentos estão reunidos naforma de veios de quartzo simples dobradose boudinados (domínio dúctil) e concentram-se principalmente nos garimpos do Fabinho

e do Gil (tabela 4.1), localizados cerca de 97km a sudoeste de Alta Floresta, no Distritodo Cabeça (Frasca & Borges, 2004), ondevem sendo retirado ouro de natureza primá-ria desde 1990.

Estes jazimentos acham-se inseridosem veios de quartzo nas zonas de charnei-ras de dobras isoclinais, formadas por xistosmiloníticos, lustrosos, friáveis, hidrotermaliza-dos (sericita + clorita + epidoto + sulfetos-pirita), transformadas a partir de metavulcâ-nicas, meta-subvulcânicas ácidas e rochasmetassedimentares (grauvacas e pelitos grafi-tosos), pertencentes ao Grupo São Mar-celo-Cabeça.

Exposições na cava do garimpo (ga-rimpos do Fabinho e do Gil) mostram queos xistos acham-se estruturados em dobrasisoclinais reclinadas, cujos eixos, de atitudes45º a 75º/N90 a N100 (Santos, 2001), estãorefletidos em conspícuas estruturas linearestipo lápis e crenulações, bem expostas emcortes verticais na frente da lavra do Gil. NaLavra do Fabinho, existe um shaft vertical, atu-almente com 40 m de profundidade, e a partirdaí uma galeria em desenvolvimento, na dire-ção N60W, coincidente com o plano axial dasdobras. Neste local, os afloramentos mostramzonas com maior taxa de deformação, ondeas minidobras subsidiárias, marcadas por vei-os de quartzo lenticularizados, estão transpos-tos por foliação anastomosada com atitudeem torno de N60W/75NE.

O filão principal no Fabinho é descon-tínuo e estruturado sob a forma de boudins,com cerca de 80 cm de espessura e, segun-do informações de trabalhadores locais, pro-duz 800 g de ouro por semana. Em amonto-ados de quartzo cinzento, retirados das es-cavações, observou-se ouro livre, alteraçãode sulfetos em boxworks e zonas de altera-ção hidrotermal, nas rochas encaixantes mi-loníticas (Santos, 2001). Acha-se encaixadono Grupo São Marcelo-Cabeça, formado porpelitos finos, metarenitos, metassiltitos e ní-veis de xistos grafitosos interdigitados emmetavulcânicas ácidas a intermediárias, intru-didas por quartzo dioritos transpostos emzonas de cisalhamento dúctil.

Wildner (2001) sugere uma provávelligação do ouro com os níveis de grafita xis-tos lavrados ao longo do eixo das dobrasapertadas.

A análise de concentrados de bateia

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 128: Rel Mato Grosso

128

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 129: Rel Mato Grosso

129

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 130: Rel Mato Grosso

130

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 131: Rel Mato Grosso

131

revelou uma extensa zona anômala, com 15a 40% de turmalina, em drenagens próximasa esse garimpo, ligada provavelmente a pos-síveis BIF’s turmalínicos ricos em sulfetoscom ouro (Frasca & Borges, 2004).

Essa mineralização apresenta umaparagênese sulfetada a base de pirita, calco-pirita e arsenopirita, com valores altos de As(580 ppm) e baixos de Ag (1,7 ppm), Bi (3,9

ppm), Cu (11 ppm), Pb (10-33 ppm) e Zn (56-185 ppm), quando comparados com os ou-tros depósitos da Província Alta Floresta (Ri-beiro et al., 2001).

O controle estrutural dos veios mine-ralizados (sempre injetados em zonas dedeformação dúctil), somados aos controleslitológico e geoquímico, à associação para-genética do minério (com a presença mar-

cante de sulfetos), ao grau metamórfico debaixo grau (fácies xisto verde) das rochasencaixantes e aos halos de alteração hidro-termal nas paredes dos veios, são feições quepermitem que se levante a hipótese dessasmineralizações estarem relacionadas à gera-ção de fluidos de natureza metamórfico-hi-drotermal, os quais teriam migrado atravésde condutos estruturais e interagido com asparedes das rochas encaixantes, pertencen-tes ao ao Grupo São Marcelo-Cabecas nodomínio Aripuanã-Roosevelt.

Veios de Quartzo – Os jazimentos desse tipoestão reunidos na forma de veios de quartzosimples (tabela 4.2), com ouro, representan-do cerca de 70% das mineralizações estuda-das, confinadas a estreitas zonas de cisalha-mento transcorrente, com espessuras centimé-tricas a métricas, desenvolvidas no domíniorúptil-dúctil. Os corpos de minério são estrutu-ralmente controlados, tabulares, subverticaliza-dos, com expressiva extensão superficial (cen-tenas de metros), atingindo às vezes profundi-

dades de dezenas a centenas de metros.Os depósitos desse tipo acham-se

confinados em fraturas de cisalhamento tiposR (N85E a EW) e Y (N80W), de cinemática si-nistral, e R’ e X (NS a NNE-SSW), de cinemá-tica dextral (figura 4.3), nucleadas a partir defraturas em granitos/monzogranitos das suí-tes Matupá, Paranaíta, Nova Canaã e GranitoNhandu e distribuídos pelos seguintes pólos(figura 4.2 e tabela 4.3), descritos a seguirde conformidade com as suas unidades en-caixantes, das mais antigas (Suítes Matupá eFlor da Serra) para as mais jovens (Suíte NovaCanaã): Peixoto de Azevedo/Matupá (pólo 9),Figueira Branca (pólo 11), Guarantã do Nor-te (pólo 8), Novo Mundo (pólo 7), Paranaíta(pólo 4), Fazenda Mogno/Morro do Túnel(pólo 14), Alta Floresta (pólo 5), Morirú (pólo1) e Nova Canaã (pólo12).

Filão do Paraíba (pólo 9): Localiza-sea noroeste de Peixoto de Azevedo, de propri-edade da COOPERXOTO-Cooperativa Mistados Garimpeiros Produtores de Ouro do Valedo Rio Peixoto Azevedo, uma empresa de mi-

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 132: Rel Mato Grosso

132

neração organizada e mecanizada, que evo-luiu a partir de um dos mais tradicionais ga-rimpos da região, descoberto na década de70, explorado a céu aberto até uma profundi-dade de cerca de 30 m (Siqueira, 1997).

A geologia da região circunvizinha dodepósito foi descrita por Barros (1993), queressaltou a carência de afloramentos, devidoao extenso manto de intemperismo que atin-ge cerca de 15 m de espessura. São citadasalgumas exposições de gnaisses tonalíticos,que nas proximidades das mineralizações tor-nam-se granodioríticos e monzoníticos, exi-bindo bandamento milonítico com formas sig-moidais e bandas de cisalhamento transver-sais, definidos pelo autor supracitado comopertencentes ao Complexo Xingu.

Na escavação original, Santos (2000)constatou um filão de quartzo leitoso comorientação NS e mergulhos fortes para leste(65-70º), posicionado na interface entre ro-chas básicas foliadas (anfibolitos foliados) emonzogranitos miloníticos hidrotermalizados,atribuídos respectivamente às suítes Flor daSerra e Matupá. Nas paredes da escavação,ocorre intensa alteração de sulfetos e exu-dação de sais, em rochas básicas, as quaisadquirem aspecto xistoso apenas nas proxi-midades do filão.

O acesso à galeria subterrânea, a 100m de profundidade, é feito através de umshaft, utilizando-se um elevador com guin-cho elétrico. A extensão atual da galeria é de290 m, no sentido sul, acompanhando o fi-lão. O principal veio de quartzo mineralizado(filão) tem forma lenticular, espessura varian-do entre 0,18m e 1,4m e extensão estimadaem 1.500 m. Tem aspecto laminado, localmen-te bandado, e é composto basicamente dequartzo, sulfetos (pirita, calcopirita, pirrotita,calcocita, bornita, esfalerita, galena, tetraedri-ta, molibdenita e bismutinita) e magnetita.

Superfícies de falha de direção NS,com estrias subhorizontais e ressaltos, defi-nem uma cinemática transcorrente dextral, aqual é corroborada pela forma dos veios dequartzo em zonas transtracionais, no teto dagaleria (Santos, 2000).

Estudos de inclusões fluidas feitos porSarnes (1990) apud Relatório Final de Pes-quisa (1998), revelaram alto conteúdo de CO2e CH4 e temperaturas superiores a 300°C,apontando para fluidos mesotermais confi-nados a zonas de falhas.

O Relatório Final de Pesquisa, proces-

so DNPM: 866374/90, cita que o teor médioé de 18,17g/t de Au e que foram bloqueadasas seguintes reservas: medida de 5.056 kgde Au; indicada de 3.160 kg de Au e inferida3.794 kg de Au.

Garimpo Fazenda Uru (pólo 11) – Si-tua-se a cerca de 40 km a NE de Nova SantaHelena, onde a mineralização acha-se conti-da em veio de quartzo com sulfeto (pirita ecalcopirita), apresenta atitude dominante E-W/vertical, espessura variando de 20 a 30 cme comprimento aproximado de 500 m, pre-enchendo zona de cisalhamento desenvol-vida em granito da Suíte Intrusiva Matupá.Nesta zona de cisalhamento ocorre um en-velope de hidrotermalitos à base de quartzo,clorita e sericita.

Garimpo Serrinha de Guarantã (pólo8) – Localiza-se a cerca de 10 km a norte dacidade de Matupá, próximo de Guarantã doNorte, onde a mineralização aurífera acha-se contida em veio de quartzo com atitudedominante NW/subvertical. Ocorre preen-chendo uma zona de cisalhamento dúctil,encaixado em talco-clorita xisto. Análises efe-tuadas em amostras de canais na cava dogarimpo revelaram teores médios de 0,32 g/t de Au e 0,25% de Cu (JICA/MMAJ-2000).

Um furo de sondagem realizado pelaJICA/MMAJ (2000), mostrou continuidade damineralização de Au em profundidade, comteores variando 1,76 a 2,54 g/t de Au. A mi-neralização está contida em veio de quartzo,distribuído em uma zona de cisalhamentoNW-SE/subvertical. As encaixantes são tal-co-clorita xisto, que se alterna com níveis debiotita-muscovita xisto e xisto preto. Estasrochas estão enriquecidas em cobre, comteores de até 1,41% e representam vestígiosde uma possível seqüência metavulcano-se-dimentar. Encontram-se interceptadas porrochas graníticas (granito porfirítico róseo ehornblenda-biotita granito - Suíte IntrusivaMatupá?) e por diques básicos.

Estudos de inclusões fluidas realiza-dos, nos veios de quartzo, mostraram umatemperatura de homogeneização da ordem155,3°C e baixo conteúdo de NaCl, com va-lores em torno de 7%.

Garimpo do Aluízio (pólo 8) – Situa-se cerca de 5 km a sudoeste da cidade deGuarantã do Norte, em domínio de biotitagranito róseo, possivelmente relacionado àSuíte Matupá. Trata-se de uma zona de cisa-lhamento com direção N80W, com dimen-

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 133: Rel Mato Grosso

133

sões em torno de 8 m de largura e até 500 mde comprimento (JICA-MMAJ, 2000), na qualse alojam veios e vênulas de quartzo leitoso,com espessuras variando de 3 a 30 cm, comouro e pirita disseminada.

Os resultados analíticos mostraramteores máximos na faixa de 1,55 g/t a 12,45g/t de Au, com uma média de 0,32 g/t de Au,em amostras de canal retiradas das paredesda cava do garimpo.

Resultados da sondagem realizadapelo JICA/MMAJ (2000) mostraram a exis-tência, em profundidade, de uma estreitafaixa mineralizada a Au, associada a veio dequartzo, com teores médios de 0,87 g/t (nointervalo de 9 a 11m) e 0,61 g/t (entre 30 e33m), com fraca disseminação de pirita,acompanhada de calcopirita, hematita, cal-cocita e covelita.

Garimpos: Grota Rica, Buriti, Valdomi-ro, Mandioca e Arara (pólo 4) – enquadra-dos no Bloco C – JICA/MMAJ, 2001.

O Bloco C constituiu uma área pilotopara os trabalhos de pesquisa mineral efetu-ados pelo JICA/MMAJ, situada aproximada-mente 20 km a norte-noroeste de Paranaíta,na bacia do ribeirão Jaú. No Garimpo Valdo-miro, como nos demais, a mineralizaçãoacha-se contida em veios de quartzo aurífe-ros, controlados por zonas de cisalhamentorúptil-dúctil (confinadas), com orientaçãoN40W/45NE e espessura variando em tornode 30 cm. Estes veios estão envoltos numadelgada faixa de filonito (quartzo + sericita +clorita + epidoto + magnetita + sulfetos-piri-ta, calcopirita), desenvolvido a partir de nu-cleação de fraturas em hornblenda-biotitamonzogranito porfirítico da Suíte IntrusivaParanaíta.

Estudos realizados pelo JICA/MMAJ(2001), no Bloco C, em veio de quartzo (Ga-rimpo C7) contido em zona de cisalhamentorúptil-dúctil, orientado NNW-SSE, que atra-vessa os granitos magnéticos da Suíte Intru-siva Paranaíta, revelaram que os grãos de Auacham-se na forma livre, em fraturas da piri-ta e/ou como inclusão no cristal de pirita.Além da pirita, outros sulfetos tais como cal-copirita, covelita e esfalerita estão presentesno veio. Magnetita também faz parte da as-sociação mineral metálica. Os resultadosanalíticos do minério mostraram teores de até113,44g/t de Au, 193g/t de Ag e alto conteú-do de bismuto, acompanhados de valoresanômalos para Cu, Pb e Zn.

Estudos de inclusões fluidas em vê-nulas de quartzo, revelaram inclusões denatureza aquo e aquo-carbônicas (H2O eH2O-CO2) e indicaram temperaturas de ho-mogeneização variando de 292,8ºC a 313ºC.Os valores de salinidade mostraram-se vari-áveis, com inclusões salinas (11,9% a 19%em peso de NaCl eq. - JICA/MMAJ, 2001) einclusões (a maioria) com valores situadosentre 2 e 8% em peso NaCl eq. Os valoresobtidos de temperaturas de homogeneiza-ção apontam para fluidos mesotermais.Quanto à salinidade, a existência de valoresmais elevados permite que se levante a hipó-tese de que os fluidos tenham sido origina-dos a partir de fases residuais da atividademagmática (granítica) e tenham sido poste-riormente diluídos em face à mistura com flui-dos meteóricos, dando origem a inclusõescom salinidade mais baixa.

Em trincheiras abertas no Bloco C,foram constatados veios de quartzo com ati-tudes variando de N10W a N50W/30° a60°NE, com teores de 0,1g/t até 51,7g/t deAu, preenchendo zonas de cisalhamentorúptil-dúctil confinadas.

Datações Pb-Pb feitas pela JICA/MMAJ (2001), em pirita contida em veios dequartzo, indicaram idades de 1,79 Ga (Blo-co C, Garimpo C7) e 1,57Ga (Bloco G). Aidade 1,79 Ga. é compatível com as idadesU-Pb convencionais, em torno de 1.8 Ga,encontradas em granitos da suíte Paranaíta((JICA/MMAJ, 2000; Santos, 2000). Trata-seportanto de uma idade cronocorrelata aomagmatismo pós-colisional da ProvínciaJuruena. A idade 1.57 Ga., por sua vez, podeestar relacionada ao processo de reestrutu-ração tectônica da área, visto que a piritaanalisada é proveniente de um veio de quart-zo inserido numa zona de cisalhamento queatravessa o granito.

A relação isotópica do Pb das piritasanalisadas ajusta-se a curva de estágio úni-co de crescimento, similar àquela obtida emdepósitos provenientes de ambientes do tipoarcos de ilha (JICA/MMAJ, 2001).

Garimpo Zanete (pólo 7) – Situadoaproximadamente 20 km a noroeste da ci-dade de Novo Mundo, inserido na área doBloco G, Alvo de Pesquisa JICA/MMAJ(2000). Ocorre na forma de um pit de aproxi-madamente 7 metros de comprimento, nadireção EW, por 3 metros de profundidade.A mineralização de Au, com teores variando

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 134: Rel Mato Grosso

134

entre 28,73 g/t a 45,06 g/t, está contida emveios de quartzo, encaixados em zonas decisalhamento (de direção WNW-ESE) quecortam rochas graníticas. Estudos de inclu-sões fluidas indicaram temperatura de homo-geneização de 234,8°C e salinidade 7,5% empeso NaCl eq..

Garimpo Pé de Fora (pólo 5) - Locali-za-se a NE de Alta Floresta, onde foram iden-tificados veios de quartzo leitoso, lenticula-res, com espessuras milimétricas a centimé-tricas (máximo 25 cm), estrutura laminada,encaixados em saprólitos mosqueados debiotita granito porfirítico da Suíte IntrusivaParanaíta, alojados num envelope hidroter-mal formado por quartzo, sericita, clorita,óxidos de ferro e pirita.

A regularidade de direções dessesveios e suas formas e texturas são indicati-vas de preenchimento ao longo de falhatranscorrente EW, de cinemática sinistral. Deacordo com Santos (2001), esses veios fo-ram formados em zonas transtrativas ao lon-go dessa falha transcorrente (dilational jogs).

Garimpo do Rato (pólo 14) - Situa-se 75 km a sudoeste de Alta Floresta, na Fa-zenda Flor do Prado, antiga sede da Fazen-da Mogno. No local, foi aberto um pit de 200x 100 metros, o qual encontra-se atualmen-te alagado.

Pesquisa mineral realizada pela Mine-ração Santa Elina (Scabora, 1997) identifi-cou, através de furos de sondagem, níveiscentimétricos a métricos de milonitos e hidro-termalitos, com atitude N70E/70°-80°NW,acompanhados de veios de quartzo, às ve-zes com Au visível. Foram também observa-das disseminações de sulfetos no granitoporfirítico, magnético, tido como pertencen-te à Suíte Intrusiva Paranaíta, intrusivo noslitótipos do Complexo Bacaeri-Mogno (Oli-veira & Albuquerque, 2003).

Nos filonitos/hidrotermalitos, foramreconhecidos filetes milimétricos de carbo-nato e faixas centimétricas a métricas de sul-fetos. No geral, os sulfetos são inferiores a2% do volume da rocha hidrotermalizada,predominando pirita, secundada por calco-pirita, pirrotita, esfalerita e bornita, concen-trados e contidos nos planos miloníticos, as-sociados a biotita.

A mineralização aurífera está direta-mente associada às zonas sulfetadas, sendoque os valores mais expressivos acham-seligados aos veios de quartzo, onde foram

detectados teores de até 75,23g/t de Au, numintervalo de 2m.

Garimpo Tapajós (pólo 12) – Locali-zado a sudeste de Nova Canaã do Norte,onde foi aberta uma trincheira (3m de largu-ra, 200m de comprimento e 7m de profundi-dade), seguindo uma estreita zona de cisa-lhamento rúptil-dúctil, que intercepta álcali-granitos e sienogranitos, da fácies 4 da SuíteNova Canaã, onde se encaixam veios dequartzo mineralizados, orientados N80°W/subvertical, Cruz (2002).

Estes veios, observados no fundo daescavação, são centimétricos a decimétricose constituem, no conjunto, um filão com es-pessura máxima de 4m, Santos (2000). Osveios individuais têm formas tabulares a len-ticulares, e acham-se contidos em envelopede filonitos à base de sericita e clorita, commalaquita nos planos de foliação.

Em posição de cruzamento com azona de cisalhamento principal, foram des-critas fraturas extensionais, orientadasN50E/50°SE, que alojam brechas hidroter-mais e veios de quartzo extensionais (Del-gado et al., 2001).

Cruz (2002) identificou cinco tipos dealteração hidrotermal: hematitização, silicifi-cação, sericitização, k-feldspatização e sul-fetização, que podem ou não estar orienta-das ou estruturalmente controladas.

Garimpo do Edu– Localiza-se 2 km anoroeste de Nova Santa Helena,na área doDistrito Nova Canaã/Santa Helena, encon-trando-se atualmente em atividade, atravésde lavra subterrânea, com três shafts de pro-fundidade em torno de 40 m e galerias ori-entadas N25E.

A mineralização aurífera está associ-ada a veio de quartzo com cerca de 2,5 m deespessura, inserido num envelope de filoni-to/quartzo filonito (sericita + quartzo + clori-ta + opacos + carbonato) em zona de cisa-lhamento transcorrente rúptil-dúctil de cine-mática dextral, revelada por estrias subhori-zontais e formas sigmoidais orientadas N25E/80ºNW (Santos, 2000), encaixada em mon-zogranito magnético (Granito Nhandu).

Os teores variam de 15 a 20 g/t, comuma recuperação muito baixa da ordem de30%, devido à grande quantidade de piritaassociada ao ouro.

Depósito de Moriru (pólo 1) – Situa-se na área Cedro Bom, vale do rio Moriru,aproximadamente 140 km a NNE de Aripua-

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 135: Rel Mato Grosso

135

nã, extremo oeste da Província Alta Floresta,onde Pinho & Chemale (2001), Pinho et al.(1999) e Pinho (2001) descreveram vulcâni-cas ácidas (1.8 Ga.) e rochas piroclásticascom mineralização de ouro associada a piri-ta, calcopirita, galena e ilmenita. Os sulfetosacham-se disseminados ou em bandas ma-ciças, distribuídos em rochas subvulcânicasou alojados em veios de quartzo-carbonato-clorita, encaixados em riolitos. Coutinho etal. (1998), constataram a existência de umazona rica em sulfetos e ouro nas áreas co-nhecidas como zona Baixa Pressão e Danu-sa, próximas de Cedro Bom.

Na área de Cedro Bom foram realiza-dos 15 furos de sonda, que atravessaramrochas vulcânicas félsicas de caráter explo-sivo, com ignimbritos predominando sobreas lavas félsicas, de idade U-Pb em torno de1.80 Ga (Pinho, 2001), semelhante à encon-trada para as vulcânicas da Suíte Colíder(Moreton & Gaspar, 2004) suscitando umaprovável correlação entre essas unidadesvulcânicas na Província Alta Floresta.

Pelos estudos realizados por Pinho(2001), o minério apresenta-se disseminadoem sulfetos, em veios de quartzo e em depó-sito supergênico.

O tipo disseminado ocorre em sulfe-tos, principalmente a pirita, distribuído emrochas vulcânicas félsicas e básicas.

O antigo garimpo Filão representa osegundo tipo, sendo constituído por um veiode quartzo de direção N50E/subvertical, comaproximadamente 150 m de comprimento,encaixado num riolito microporfirítico corta-do por diques de rocha máfica. Neste veiode quartzo ocorrem pirita, galena, calcopiri-ta, esfalerita e traços de arsenopirita e coveli-ta. O ouro encontra-se na forma livre e inclu-so nos sulfetos, com teores da ordem de 90g/t. O tipo supergênico provém do baixão,onde foram extraídas, por processos rudi-mentares, cerca de 12 t de Au.

Stockworks, brechas hidrotermais e veiosde quartzo com ouro: Reúnem os jazimen-tos que se desenvolveram no domínio rúptilem ambiente extensional. Neste contexto,além dos veios de quartzo extensionais, ocor-rem também brechas hidrotermais e sto-ckworks, formados por uma rede de veiosmultidirecionais de espessura milimétrica acentimétrica. Estas estruturas estão vincula-das a processos magmático-hidrotermais

envolvendo sistemas localizados de alta pres-são de fluidos (Delgado et al., 2001).

Este ambiente é o que apresenta ca-racterísticas mais favoráveis ao desenvolvi-mento de depósitos de grande volume e bai-xo teor de Au e acha-se representado pelosseguintes jazimentos distribuídos nos Distri-tos: de Peixoto Azevedo/Matupá (pólo 9-Pei-xoto de Azevedo/Matupá); de Apiacás/Para-naíta (pólos 3 – Apiacás-Novo Planeta e 4 –Paranaíta); de Alta Floresta/Trairão (pólo 6–Trairão) e do Novo Astro (pólo 2– Juruena/Novo Astro) (figura 4.2 e Tabela 4.3).

Garimpo Serrinha (pólo 9) – Localiza-do cerca de 10 km a sudeste de Matupá, emduas áreas que foram objeto de pesquisapela Mineradora WMC-Western Mine Com-pany e uma tese de doutorado desenvolvidapor Moura (1998).

As áreas estão posicionadas em duascolinas que se destacam na topografia pla-na da região, denominadas Serrinha 1 e Ser-rinha 2, alongadas na direção NE-SW, nasquais existem escavações a céu aberto feitasem rocha não intemperizada.

Na frente Serrinha 2, situada cerca de4 km a leste da Serrinha 1, a escavação temorientação norte-sul e expõe o biotita mon-zogranito hidrotemalizado tipo Granito Ma-tupá, Moura (1998).

Algumas fraturas verticais EW (domi-nante) e NE-SW mostram slickenlines subho-rizontais e ressaltos indicativos de falhas trans-correntes dextrais. No entanto, as fraturasmais freqüentes apresentam direções alea-tórias e são preenchidas por veios milimétri-cos de material de origem hidrotermal con-tendo quartzo, sulfetos e carbonatos, desen-volvendo lateralmente zonas de alteração nogranitóide encaixante (Santos, 2000). Comoexiste um denso reticulado das fraturas mul-tidirecionais tipo stockworks, geralmente es-tas zonas interagiram entre si e o granitóidetornou-se totalmente hidrotermalizado.

Na região de Serrinha 1, a escavaçãoacha-se orientada NW-SE e observa-se asmesmas feições presentes em Serrinha 2,muito embora aqui os processos hidroter-mais tenham sido registrados com maior in-tensidade (feldspatização, sericitização, epi-dotização e silicificação no granitóide). Ob-serva-se a existência de abundantes concen-trações de pirita ao longo das fraturas, àsvezes formando bolsões nos cruzamentosdas mesmas, ou disseminadas em microfra-

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 136: Rel Mato Grosso

136

turas. Outra feição proeminente é a presen-ça de diferenciados pegmatóides e de bre-chas hidrotermais, com abundantes cristaisde pirita, por vezes constituindo faixa parale-la a fraturas de direção N45E, que são as maisfreqüentes (Santos, 2000).

Esta mineralização foi caracterizadapor Moura (1998) como disseminada tipoouro pórfiro, restrita a áreas com intensa al-teração hidrotermal do Granito Matupá, ondeocorre uma zona central potássio-silicática,que passa para zona intermediária quartzo-clorita, acompanhada por sericita-pirita (zonasericítica), e se estende à rocha encaixante,com a formação de epidoto+clorita+albita(zona propilítica).

Foram identificadas por Moura (1998)duas gerações de ouro e três de pirita nodepósito de Serrinha: a primeira geração deAu (Au-I) é representada por grãos globula-res, associados a calcopirita, esfalerita, pirro-tita, cubanita e galena, inclusos em pirita (PY-I), na forma de ouro nativo, introduzido du-rante a fase potássio-silicática precoce, dis-seminada no Granito Matupá, levado por flui-dos hipersalinos (>40% em peso deNaCl.eq.), exsolvidos do magma graníticocom temperatura (T) próxima de 423°C, naforma cloretada. A segunda geração de Au(Au-II) tende a ser enriquecida em prata, eocorre preenchendo fraturas na pirita preco-ce ou inclusa em pirita da segunda geração(PY-II), que ocorre em fraturas no granitóidehidrotermalizado. A terceira geração de piri-ta (PY-III), encontrada no fácies pegmatóide,não apresenta associação com Au.

Garimpo do Pezão (pólo 7) - Locali-za-se cerca de 15 km a NW de Novo Mundo,classificado como do tipo disseminado emgranitóides hidrotermalizados em zona decisalhamento (JICA/MMAJ, 2001). É marca-do por uma rede de vênulas de quartzo (sto-ckwork) e disseminação de pirita, em diferen-tes estágios, acompanhada de alteração mi-neral (quartzo e sericita). É similar ao defini-do no Garimpo Serrinha de Matupá por Mou-ra (1998). Esta semelhança foi suscitada pe-los resultados obtidos a partir de sondagensrealizadas, em que foram confirmados a si-milaridade no tipo de rocha hospedeira; aassociação da mineralização de Au com dis-seminação de pirita; o tipo de alteração rela-cionada com a mineralização aurífera; os tes-

tes de inclusões fluidas e a associação doAu com fraca mineralização de cobre.

O minério é composto por pirita, go-etita, hematita e raramente calcopirita, borni-ta e covelita. Os resultados das amostras mi-neralizadas revelaram teores variando de 0,65g/t a 35,7 g/t de Au e 0,34% a 0,86% de Cu,com altos valores de Bi. Testes em inclusõesfluidas mostraram uma salinidade de 2,9 a9,5% de NaCl e temperatura de homogenei-zação de 259,1°C a 226°C.

Os valores de isótopos de enxofreobtidos em pirita do depósito de Serrinhavariaram de +1,3 a +3,5‰, sendo compatí-veis com os fluidos mineralizantes originári-os do próprio Granito Matupá. O transportedo ouro se processou na forma de comple-xos cloretados em fluidos quentes exsolvidosdo magma granítico, oxidado, altamente sa-lino e ácido.

Garimpo dos Crentes (pólo 4) – Lo-caliza-se a noroeste de Paranaíta, na mar-gem direita do rio Teles Pires, desenvolvidoem saprólitos de rochas vulcânicas da Suí-te Colíder. A cava principal apresenta orien-tação N50E expondo saprólito mosqueado,parcialmente lateritizado, contendo texturasreliquiares porfiríticas de rocha vulcânica, re-cortada por uma rede de vênulas milimétri-cas de quartzo caulinizado, multidirecionaistipo stockwork.

A alteração hidrotermal foi pervasivae resultou na formação de quartzo, epidoto,sulfetos, óxidos de ferro e material argiloso,que ocorrem associados ao ouro.

Garimpo Trairão (pólo 6) - Situado naparte nordeste de Alta Floresta, próximo afazenda São Paulo, no alto curso do ribeirãoTrairão. Sua principal frente de lavra acha-seexposta num corte de aproximadamente40m de comprimento por 3,5 m de altura,onde ocorre a mineralização aurífera associ-ada a um enxame de veios de quartzo leito-so, preenchendo fraturas extensionais. Osveios são constituídos por cristais de quart-zo leitoso ou hialino, posicionados perpen-diculares às paredes das fraturas, e têm es-pessuras inferiores a 20 cm, lenticulares, ta-bulares, por vezes curvos ou sinuosos, mul-tidirecionais, tipo stockwork. Também ocor-rem brechas hidrotermais com fragmentosde granito greisenizado.

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 137: Rel Mato Grosso

137

Estruturas em pente e drusas tipificamo fraturamento extensional, relacionado aoprocesso magmático-hidrotermal, envolven-do sistemas localizados de alta pressão defluidos, ligados a cúpulas ou periferias de in-trusões graníticas (Santos, 2000).

Localmente, a rocha encaixante acha-se transformada hidrotermalmente numquartzo-greisen (quartzo-55%, sericita-25%,muscovita-15% e opacos-5%-magnetita esulfetos), derivado do monzogranito micro-porfirítico (Granito Nhandu), que ocorre nascercanias dessa área.

Garimpo Tião Fera (pólo 3) – Situa-sena região de Novo Satélite a nordeste deApiacás, concentrado numa escavação acéu aberto, com cerca de 80 m de compri-mento, 15 m de largura e 5 m de profundida-de, orientada na direção N50E.

A mineralização está condicionada aveios de quartzo lenticulares, encaixados emsaprólito mosqueado, argiloso. O veio prin-cipal apresenta espessuras máximas em tor-no de 15 cm, com atitude N40E/40NW, des-locado localmente por falha orientadaN35E/40NW (Santos, 2001). Lateralmente aofilão principal, existe uma rede de veios dequartzo, centimétricos a decimétricos, comconcentrações de pirita oxidada. Um pou-co afastado do filão principal, ocorre um sis-tema de veios de quartzo multidirecionais,tipo stockwork.

A mineralização de Au ocorre em fai-xas centimétricas de sulfetos, alternadas comníveis de quartzo, tipificando estruturas ban-dadas extensionais. Os níveis sulfetados sãoformados por disseminações de pirita (pre-dominante), calcopirita, calcocita, covelita,galena, esfalerita, tetraedrita e bornita.

O ouro ocorre na forma nativa, empequenos grãos com dimensões variando do4µ a 68µ, inclusos e associados à pirita.

O teor médio de Au é da ordem de 30g/t, segundo informações dos garimpeiros.

Garimpo do Cunhadinho (pólo 3) –Situa-se na região do Novo Planeta, a nor-deste de Apiacás. A mineralização acha-secontrolada por fraturas extensionais, orien-tadas N30E, em cruzamento com zonas decisalhamento N50-60W, hidrotermalizadas(feldspatização, sericitização, silicificação,epidotização e sulfetação). A rocha encaixan-te é um biotita-quartzo monzonito da SuíteIntrusiva Paranaíta.

O ouro acha-se incluso ou em fratu-ras de cristais euédricos a subédricos de pi-rita, muito finos (0,2 mm a 5 mm), ou sob aforma de agregados centimétricos, com as-pecto fragmentário, disseminados no gra-nitóide hidrotermalizado (Ribeiro & VillasBoas, 2003).

Garimpo Cabeça (pólo 13) – Locali-za-se na região do Novo Astro, onde o filãoprincipal foi explorado a céu aberto até umaprofundidade de 10 m. Atualmente a lavra ésubterrânea, feita através de um shaft comcerca de 40m de profundidade, de onde par-tem as galerias orientadas N20-25E.

A mineralização aurífera está associ-ada a um sistema de veios de quartzo, rami-ficados e descontínuos, alojados em fratu-ras extensionais orientadas N20E/65-70°SEaté subverticais, os quais podem ser segui-dos ao longo de 2 km até o Garimpo do Gas-par. O veio de quartzo principal apresentaespessura variando de 10 cm a 1 m, geral-mente ladeado por veios centimétricos se-cundários, inseridos num filonito (mica bran-ca + quartzo + sericita) e encaixados emgranito magnético ,hidrotermalizado (k-felds-patização, silicificação e epidotização) daSuíte Intrusiva Paranaíta.

Ocorre também uma rede de veios dequartzo multidirecionais, tipo stockworks, deespessura milimétrica a centimétrica.

O ouro acha-se associado a sulfetoscomo pirita (predominante), calcopirita, cal-cocita, covelita e galena.

Análises químicas efetuadas no miné-rio revelaram altos teores de prata e metais-base (Cu, Pb e Zn) e teores de ouro da or-dem de 50 g/t, com uma perda muito alta,resultando em um rejeito com teor de Au daordem de 15 g/t.

Tipologia dos Depósitos

Os jazimentos de Au contidos na Pro-víncia Alta Floresta acham-se, na sua maio-ria, ligados às suítes plutono-vulcânicas vin-culadas ao magmatismo pós-colisional rela-cionado aos arcos Cuiú-Cuiú e Juruena.

Tais depósitos ocorrem na forma deveios de quartzo e, subordinadamente, comobrechas hidrotermais e stockworks, hospe-dados em rochas graníticas e rochas vulcâ-nicas félsicas. Alguns desses depósitos fo-ram interpretados como epitermais de baixasulfetação (Cruz 2002) e outros como depó-

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 138: Rel Mato Grosso

138

sitos do tipo ouro pórfiro, a exemplo do de-pósito de Serrinha (Moura 1998). Além dis-so, existem outros tipos de depósitos de altasulfetação, relacionados a zonas de cisalha-mento decorrentes de nucleação de fraturas.Ocorre ainda um depósito de Au contido emveios de quartzo dobrados e boudinados(Garimpo do Fabinho), que difere de todosos demais por estar associado ao regimedúctil (Delgado et al., 2001). Este depósitoencontra-se inserido no Grupo São MarceloCabeças (Frasca & Borges, 2004), perten-

cente ao domínio Roosevelt-Aripuanã (1,74-1,52Ga.) e está, possivelmente, relacionadoa processos metamórfico-hidrotermais doambiente de arco vulcânico, geradores defluidos tardios enriquecidos em Au, carrea-dos e depositados em condutos estruturais.

A classificação proposta por Cruz(2002) para alguns depósitos auríferos, comoepitermais de baixa sulfetação, às vezes emtransição para Au pórfiro, foi feita com basenas seguintes características: assinaturas dosfluidos hidrotermais, rocha hospedeira (vul-

Figura 4.4 - Modelo esquemático para a gênese e evolução das mineralizações auríferas na Província Alta Floresta,modificado e ampliado do sugerido por Moura (1998),para o deposito de Serrinha.. Estágio A) depósito de Au pórfiro compirita-cúpula de plúton-granítico calcioalcalíno, tipo I, oxidado, gerado em ambiente de arco plutovulcânico, a partir de fluidomagmático hipersalino (30-60% NaCl eq), tipo Depósito de Serrinha (Moura, 1998). B) Estágio tardio-epitermal de baixasulfetação - gerado em condições mais rasas na crosta (2 - 3 km). Com mistura do fluido salino com água meteórica, (< 20%NaCl eq.). Arco pluto-vulcânico Juruena, (Suítes calcioalcalinas tipo I, oxidadas), (tipo os garimpos: C 7, Pé de Fora, Valdomiro- Suíte Paranaíta); Trairão (Granito Nhandú) e Crentes e Álvaro Tavares (Suíte Colíder).

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 139: Rel Mato Grosso

139

cânicas subaéreas ou intrusões graníticas),da associação do ouro com a pirita ± calco-pirita e pelas formas de mineralizações emveios, disseminações e/ou stockworks. Cruz(op. cit) apela para a ausência de alteraçãopotássio-silicática (K-feldspato ± biotita) nes-ses depósitos para descaracterizá-los comodo tipo Au pórfiro.

Moura (1998) modelou o depósito deSerrinha (Matupá), como ouro pórfiro (figu-ra 4.4) em função de estudos isotópicos, in-clusões de fluidos e da alteração potássio-silicática (K-feldspato + biotita) na zona cen-tral, que passa externamente para uma zonaquartzo-clorita sobreposta por sericita-pirita(zona sericítica) com mineralização de Au, dotipo disseminada e inclusa na pirita, acom-panhada de magnetita hidrotermal e rutilo.Os fluidos mineralizantes revelaram-se inici-almente hipersalinos (30-60% em peso deNaCl eq.) e temperaturas de homogeneiza-ção (T) de 500 a 600°C, indicativas de umnível crustal entre 4 a 5 km de profundidade.

À medida que os plútons graníticosascenderam a níveis crustais mais rasos (1 a

2 km) e entraram em contato com água me-teórica, ocorreu um rebaixamento da salini-dade dos fluidos magmático-hidrotermaispara valôres da ordem de <15% em peso deNaCl eq. e as temperaturas de homogenei-zação (T) ficaram abaixo de 300°C, ocasio-nando a geração de uma zona de alteraçãofílica (sericítica) tardia (Moura 1998).

De acordo com Souza et al., (2004),a composição, grau de fracionamento e es-tado de oxidação/redução das rochas gra-níticas constituíram controles fundamentaisna geração dos jazimentos auríferos da Pro-víncia Alta Floresta, revelados na forte liga-ção existente entre os depósitos de Au e osgranitos da série magnetita e seu grau defracionamento (figura 4.5), conforme esta-belece Sillitoe (1996).

A maioria dos depósitos da tabela 4.3(Garimpos Trairão, Crentes, Álvaro Tavares, Cla-reira/Novo Astro, Cunhadinho/Novo Planeta,Tião Fera/Baixão Água Azul, Cabeças/ NovoAstro), forram formados em condições de cros-ta rasa, ligadas a rochas graníticas/monzogra-

Figura 4.6 - Seção geológica de uma linha de sondagem mostrando a distribuição do ouro emprofundidade. os teores são geralmente baixos, caracteristicos do minério disseminado. (Fonte:JICA, 2001)

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 140: Rel Mato Grosso

140

níticas e subvulcânicas (microgranitos/micro-monzogranitos) cálcio-alcalinas, pós-colisio-nais, distribuídos em veios/vênulas de quartzoextensionais, stockwork e brechas hidrotermais,exibindo expressiva alteração sericítica (quart-zo-sericita-mica branca-sulfetos) desenvolvidosem domínio rúptil. No garimpo Trairão, o pro-tólito granítico foi totalmente greisenizado paraquartzo, sericita, muscovita, sulfetos (pirita) eminerais opacos, com caracteres favoráveis, si-nalizando a potencialidade de depósitos degrande volume e baixo teor (Delgado et al.,2001). Já o Garimpo dos Crentes, desenvolvi-do em rocha subvulcânica saprolitizada (SuíteColíder), mostra relíquas de estrutura porfiríticada rocha encaixante e veios de quartzo mili-métricos a centimétricos, tipo stockworks, ondeocorreu alteração hidrotermal pervasiva, mar-cada por quartzo + epidoto + sulfetos + óxi-dos de ferro.

A ocorrência freqüente da alteraçãofílica pervasiva, na maior parte dos jazimen-tos dessa Província, aliada à ausência de al-teração potássio-silicática (K-feldspato + bi-otita), contribuíram para o enquadramentoda maioria desses depósitos em sistemasepitermais de baixa sulfetação (Cruz 2002),formados a temperaturas <300°C, às vezesem transição ou sobrepostos a depósitostipo Au pórfiro como o de Serrinha (Matu-pá), modelado por Moura (1998), onde foiencontrada uma paragênese hidrotermal dealta temperatura.

A descrição e as análises efetuadas nostestemunhos dos furos de sonda realizadospela JICA/MMAJ nos Blocos B (Garimpo Ja-caré) e C (Paranaíta), revelaram uma altera-ção potássica (K-feldspato), penetrativa portoda a rocha granítica atravessada, mostran-do maior intensidade nas zonas mais cisalha-das, geralmente acompanhadas de fraca amoderada geração de epidoto, clorita e sílica.O furo rotativo MJBA-14 (figura 4.6), no ga-rimpo do Jacaré, região do Novo Satélite, comprofundidade ao redor de 100m, demonstrouque a mineralização tem prosseguimento emprofundidade, com baixos teores.

O enriquecimento de Au nos testemu-nhos de sondagem apresentou ligação maisdireta à pirita, disseminada e/ou vênulas, doque com alteração potássica-silicática.

As mineralizações de ouro, detecta-das nas sondagens realizadas, podem ser

modeladas como pertencentes a sistemastransicionais para ouro pórfiro.

4.1.2 - DISTRITO AURÍFERO DO ALTO GUA-PORÉ

(CJF/ASR/FECP)

O Distrito Aurífero do Alto Guaporé,no contexto da Província Polimetálica do SWde Mato Grosso, engloba as ocorrências deouro dos municípios de Porto Esperidião, VilaBela da Santíssima Trindade, Pontes e Lacer-da e Nova Lacerda.

Estas ocorrências auríferas foram des-cobertas no início do século XVIII pelos Ban-deirantes, os quais deixaram diversos vestígi-os de suas atividades tais como ruínas de ha-bitações, lavras abandonadas e canais deadução de água (Scabora & Duarte 1998). Nadécada de 80 as atividades de mineração fo-ram retomadas por garimpeiros e empresasde mineração. Atualmente, a maioria das fren-tes de lavra da região encontra-se desativada.

A produção de ouro nesta província,no período de 1980 a 1995, é estimada em30 toneladas, número que não reflete a quan-tidade real de ouro extraída pelos garimpei-ros nas mais de duas dezenas de ocorrênci-as ao longo de toda a Faixa Móvel Aguapeí.

A mineralização aurífera está vincula-da à evolução tectono-termal mesoprotero-zóica da Faixa Móvel Aguapeí, no intervaloentre 1.2 e 1.0 Ga., correspondente ao perí-odo de colagem final do supercontinenteRodínia (Litherland et al., 1986; Scabora &Duarte, 1998 e Fernandes et al., 2004). Estafaixa móvel, de natureza claramente ensiáli-ca, forma um cinturão NW de aproximada-mente 600 km de extensão por até 50 km delargura, sustentado, principalmente, pelasrochas metassedimentares do Grupo Agua-peí (1,28 – 0,95 Ga.)

A mineralização está associada às ro-chas metassedimentares da Formação For-tuna (Grupo Aguapeí) e ao seu embasamen-to, representado pelas rochas vulcanossedi-mentares do Complexo Rio Alegre e pelasrochas graníticas da Suíte Santa Helena.Acham-se controladas por zonas de cisalha-mento que desenvolveram estruturas tracio-nais relacionadas aos eixos das principaisdobras, a exemplo de fendas de tração, bou-dins e fraturas tabulares preenchidas por vei-os de quartzo sulfetados.(Figura.4.7).

As mais importantes ocorrências de

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 141: Rel Mato Grosso

14

1

Figura 4.7 - Mapa e blocos diagramas mostrando os Domínios e modelos tectônicos associados do Distrito Aurífero do Alto Guaporé.(Adapatado de Fernandes et al., 2003)

Geologia e R

ecursos Minerais do E

stado de Mato G

rosso

Page 142: Rel Mato Grosso

142

Figura 4.8 - Mapa Geológico da Faixa Aguapeí com os depósitos Auríferos e Idades Ar/Ar (Fernandes et al., 2003)

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 143: Rel Mato Grosso

143

ouro no embasamento são representadaspelos seguintes depósitos: Ellus, Agropan eMaraboa (Suite Intrusiva Santa Helena);Onça e Incra (Grupo Pontes e Lacerda) eBananal (complexo metavulcano-sedimentarRio Alegre). As mineralizações relacionadasà Formação Fortuna são representadas pelaMina de São Vicente (Domínio de Dobramen-tos Simétricos – Norte da Faixa Móvel Agua-peí), depósitos da Região da Lavrinha (Do-mínio Tectônico Contracional de Baixo Ân-gulo – Porção Central da Faixa Aguapeí) edepósito Pau-a-Pique (Domínio TectônicoTranscorrente – Sul da Faixa Móvel Aguapeí).(Figura 4.8).

O Grupo Aguapeí (Souza e Hildred,1980), depositado como seqüência trans-gressiva-regressiva em aulacógeno (Saes,1999), deformado e metamorfizado na fáci-es xisto verde durante a Orogenia Sunsás-Aguapeí (1,1 –0,9 Ga.), é constituído, da basepara o topo, pelas formações Fortuna (me-taconglomerados, metarenitos ortoquartzíti-cos e metassiltitos), Vale da Promissão (me-tasiltitos e metarenitos arcoseanos) e MorroCristalino (metarenitos ortoquartzíticos comníveis de metaconglomerados oligomíticos emetassiltitos).

O embasamento do Grupo Aguapeí,na região, é representado pelas seqüênciasmetavulcano-sedimentares Rio Alegre, Pon-tes e Lacerda, pelo complexo granulítico-an-fibolítico Santa Bárbara e pelo granito-gnais-se Santa Helena. As mineralizações aurífe-ras se restringem à porção central da FaixaMóvel Aguapeí, que marca o limite entre osterrenos Santa Helena e Rio Alegre.

Baseado no regime tectônico, cine-mática predominante e estruturas associa-das, a Faixa Móvel Aguapeí foi compartimen-tada, de SE para NW, em quatro domínios(Fernandes et al., 2003; Fernandes et al.,2004): Domínio Tectônico Transcorrente,Domínio Tectônico Contracional de BaixoÂngulo, Domínio dos Dobramentos Simétri-cos e Domínio das Rupturas e Basculamen-tos. As mineralizações de ouro no Distrito deAlto Guaporé estão associadas às rochas daFormação Fortuna, base do Grupo Aguapeí,e em seu embasamento, distribuídas em al-guns destes domínios.

As Idades 40Ar/39Ar em sericita hidrotermal(Fernandes et. al., 2003b) obtidas em setedepósitos de ouro encaixados nas rochas do

Grupo Aguapeí (Mineiros, Pau-a-Pique, Er-nesto e Pombinha) e em seu embasamento(Ellus, Maraboa e Incra) (Figura 4.8), soma-dos aos dados de geologia estrutural, de-monstram uma íntima relação das minerali-zações auríferas com a evolução geotectô-nica da Faixa Móvel Aguapeí. As idades 40Ar/39Ar ficaram entre 908.1 ± 0.9 Ma. (depósitoPau-a-Pique) e 946.1 ± 0.8 Ma. (depósito In-cra), mostrando uma seqüência cronológi-ca onde os depósitos do embasamento sãomais antigos do que aqueles do GrupoAguapeí. As idades estão em acordo com osresultados U-Pb em zircão obtidos para oGranito (tipo-S) São Domingos (930 ± 17 Ma.e 917 ± 17 Ma.) e com as idades 40Ar/39Arobtidas para o Granito Sararé (906 ± 1 Ma. e903 ± 1 Ma.), sugerindo que a OrogeniaSunsás-Aguapeí foi responsável pela con-centração das soluções hidrotermais mine-ralizadas e por onde intrudiram os granitostipo S observados na Faixa Móvel Aguapeí.

Em todas as ocorrências ao longo daFaixa Móvel Aguapeí o minério é constituídopor sistemas de veios de quartzo e dissemi-nações nas encaixantes (Fernandes et. al.,2001). Em relação aos depósitos do GrupoAguapeí, os teores mais elevados de ouro nosveios de quartzo estão associados com osde texturas comb, sacaroidal e de substitui-ção. Estudos de inclusões fluidas, realizadospor Costa Neto (1998), Barboza (2001) e Fer-nandes (2003), nos veios de quartzo dosdepósitos Pau-a-Pique, Lavrinha e Mina deSão Vicente revelaram três populações deinclusões distribuídas em dois sistemas: tri-fásicas aquo-carbônicas - H2O+CO2+NaCl(Tipo I) e bifásicas aquosas e monofásicasaquosas - H2O+NaCl (Tipos II e III), todoscom baixa salinidade (< 8% em peso NaCleq.). Os fluidos estão relacionados a sistemahidrotermal profundo sendo a principal fon-te para o ouro a devolatilização de pilhas deultramáficas, máficas e BIFs do Complexo Me-tavulcanossedimentar Rio Alegre e GrupoPontes e Lacerda (Costa Neto, 1998; Barbo-za, 2001; Fernandes, 2003).

Na área do depósito Pau-a-Pique, oselementos traços mostraram que o ouro nãose correlaciona com nenhum outro elemen-to, resultado contrário observado na regiãoda Lavrinha, onde o ouro apresentou fortecorrelação com Ag, As, Se, Mo e Sr. Assim,estes elementos podem ser utilizados como

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 144: Rel Mato Grosso

14

4

Figura 4.9 - Contexto Geológico Regional da Baixada Cuiabana

Geologia e R

ecursos Minerais do E

stado de Mato G

rosso

Page 145: Rel Mato Grosso

145

farejadores químicos e servirem de guiasprospectivos para ouro na porção central daFaixa Móvel Aguapeí. Os elementos terras-raras (ETR) tanto no depósito Pau-a-Piquequanto na região da Lavrinha apresentarampadrões de distribuição similares ao NASCpara a maioria das amostras, sendo que, paraalgumas amostras o padrão é semelhante aoEuropean Shale. Observou-se um forte fra-cionamento dos elementos terras raras, comenriquecimento das terras raras leves em re-lação às terras raras pesadas.

A paragênese do minério nos depó-sitos do Grupo Aguapeí é constituída, emordem decrescente, por pirita, magnetita,hematita, ilmenita e martita e, subordinada-mente por calcopirita, pirrotita, arsenopirita,prata nativa e galena. A pirita é similar em to-dos os depósitos, diferindo somente nos te-ores mais elevados de Se (3.600ppm), naregião da Lavrinha, e As (8.700ppm), na Minade São Vicente. As proporções apresenta-das para o ouro entre 90,14% e 96,17% per-mitem classificá-lo como ouro nativo. O graude pureza de Fisher para o ouro é de 905,8,no depósito Pau-a-Pique, 906,3 na Mina deSão Vicente e de 946,5 na região da Lavri-nha, demonstrando que a porção central daFaixa Móvel Aguapeí apresenta maior graude pureza, provável reflexo da paragênesecomposta essencialmente por pirita e mag-netita (Fernandes, 2003).

Os dados petrográficos e geoquímicos,somados às idades 40Ar/39Ar com valores en-tre 908,1 ± 0,9 Ma. e 946.1 ± 0.8 Ma. (obtidasem sericitas dos halos de alteração hidroter-mal dos veios mineralizados) permitem relaci-onar a mineralização à fase final da deforma-ção do Grupo Aguapeí, no contexto da Oro-genia Sunsas-Aguapeí. Estes dados permitemclassificar os depósitos da Faixa Móvel Agua-peí em epigenéticos e marcam o final do me-soproterozóico (946 a 908 Ma.) como umaimportante idade metalogenética para a por-ção sudoeste do Cráton Amazônico.

4.1.3 - DISTRITO AURÍFERO DA BAIXADACUIABANA

(ASR/CHS)

O ouro na Baixada Cuiabana foi des-coberto por bandeirantes no século XVIII. Aolongo de três séculos, sua produção foi for-temente influenciada pela valorização dometal nos mercados nacional e internacio-

nal. Atualmente a produção de ouro na bai-xada Cuiabana encontra-se retraída, em fun-ção de problemas técnicos/operacionais ali-ados às exigências para conservação e pre-servação do meio ambiente, impostas porórgãos governamentais. Apesar disso, os le-vantamentos do DNPM e IBGE, apresenta-dos por Maron (1995), Brasil (1996) e Miran-da (1997), mostram que no período de 1991a 1995 a produção estimada, de origem ga-rimpeira, foi de 14.927 quilos e das empre-sas de mineração de 4.494 quilos, totalizan-do 19.421 kg, enquanto que nos cinco anosanteriores (1986-1990) o total produzido pe-los dois segmentos foi de 14.403 kg. Consi-derando-se os dados acima, a região da Bai-xada Cuiabana produziu em média cerca de4 toneladas de ouro por ano no período de1991 a 1995, que corresponde aproximada-mente a 6% da produção de ouro do Brasilem 1994, que, segundo Brasil (1996), foi de70 toneladas. Estes números mostram a im-portância do Distrito Aurífero da BaixadaCuiabana no contexto nacional de produçãode ouro, principalmente tomando-se em con-ta que o seu potencial ainda não está ade-quadamente conhecido.

A geologia da região é marcada pelaocorrência das rochas do Grupo Cuiabá -Zona Interna da Faixa Paraguai. São reconhe-cidas rochas metassedimentares (filitos, me-tarenitos, metadiamictitos, mármores e metas-siltitos) que, após serem deformadas e meta-morfisadas na fácies xisto verde, foram intru-didas por granitos (Granito São Vicente). Es-tas rochas encontram-se parcialmente reco-bertas pelas coberturas sedimentares das ba-cias do Pantanal e Paraná (Figura 4.9). A lo-calização dos garimpos e pequenas minerali-zações na Baixada Cuiabana indica que osdepósitos concentram-se em determinadassubunidades estratigráficas, mais especifica-mente nas subunidades 3, 5 e 7. Adicional-mente, situam-se nas zonas de charneira e noflanco SE de uma estrutura anticlinal denomi-nada por Luz et al. (1980), de anticlinório doBento Gomes (Figura 4.10).

O atual estágio do conhecimento dasmineralizações auríferas na Baixada Cuiaba-na permite a subdivisão em três tipos de jazi-mentos (Souza, 1988; Silva, 1999). O primei-ro está relacionado à superposição de pro-cessos supergênicos, relativos à evolução docapeamento elúvio-laterítico sobre litologiaspreviamente enriquecidas em ouro, no qual

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 146: Rel Mato Grosso

146

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 147: Rel Mato Grosso

14

7

Figura 4.11. - Bloco diagrama (ao centro) ilustrando as relações geométricas dos vários tipos de veios com uma dobra Dn. Osdesenhos foram confeccionados a partir de fotos e observações de campo e estão fora de escala. A dobra Dn no bloco diagrama éesquemática (Segundo Silva et al., 2002). a) veio dobrado subparalelo a S0 (tipo 1) em corte; b) arranjo de veios escalonadossubparalelos a Sn (tipo 2) em corte; c) veios em neck de boudin (tipo 3), em planta; d) veio subparalelo à foliação Sn (tipo 2) em corte;e) veio tabular subperpendicular a Sn (tipo 3), em planta; f) veio tabular subperpendicular a Sn (tipo 3), em planta, dobrado, com Snem posição plano axial; g) veio tabular subperpendicular a Sn (tipo 3), em corte vertical, com várias ramificações; h) vários veiostabulares, subperpendiculares a Sn (tipo 3), em corte vertical; i) veios tabulares subperpendiculares a Sn (tipo 3), em planta

Geologia e R

ecursos Minerais do E

stado de Mato G

rosso

Page 148: Rel Mato Grosso

148

este mineral ocorre associado ao solo eluviale agregado a óxidos/hidróxidos de ferro nascrostas lateríticas (cangas). Este tipo de jazi-mento exibe um padrão extremamente irre-gular, gerando localmente a presença de“bonanzas de pepitas” (Pires et al., 1986). Osegundo tipo de depósito relaciona-se àocorrência de ouro disseminado no protóli-to sedimentar, podendo concentrar-se emcamadas piritosas (Fagundes & Veiga, 1991),ou em pacotes com intercalação de metadi-amictitos, mármores e filitos (Silva et al.,2003), apresentando teores pouco ou medi-anamente expressivos. O terceiro tipo, o maisimportante em relação à produção de ouro,corresponde aos veios de quartzo encaixa-dos em rochas metassedimentares do Gru-po Cuiabá. As relações geométricas entre osveios e as estruturas geradas durante a faseDn levaram Silva et al. (2002) a proporemuma separação dos veios em três tipos (Fi-gura 4.11): (i) Veios tipo 1 - paralelos a S0; (ii)Veios tipo 2 - paralelos a Sn; e (iii) Veios tipo 3- subperpendiculares à direção de Sn. Des-tes destacam-se os veios do tipo 3, que sãoos mais abundantes e mais ricos, com teo-res de ouro de 2 a 5 g/t, sendo que ocasio-nalmente registram-se bonanzas com teoressuperiores a 100 g/t. De acordo com Silva etal. (2002) estes veios são perpendiculares àlineação de estiramento e relacionados àsfraturas de extensão, relacionadas a um even-to tardio na fase Dn.

Luz et al. (1980) discutem três possí-veis origens para o ouro: a primeira estariaassociada a veios de origem hidrotermal, pro-vavelmente vinculados às intrusões ácidasque ocorrem em São Vicente e Barão de

Melgaço. Outra hipótese seria a de uma ori-gem sedimentar, na qual o ouro, sob a for-ma coloidal, tenderia a depositar-se em am-bientes de sedimentação argilosa e/ou noshorizontes ferruginosos, sendo remobilizadodurante o metamorfismo, concomitantemen-te com a sílica, concentrando-se nos veiosde quartzo, ou permanecer na rocha associ-ados a sulfetos que se encontram dissemi-nados em alguns níveis de filitos. A últimahipótese, é que o ouro estaria originalmentecontido em rochas ígneas básicas, associa-das a sulfetos, e teria sido posteriormenteremobilizado através de processos metamór-ficos. Embora não sejam encontradas rochasbásicas na Baixada Cuiabana, elas ocorremna seqüência metassedimentar do Grupo,em outras regiões.

Estudos de inclusões fluidas indicama presença de composições variadas carbô-nicas e aquosas, nos três tipos de veios (pré,sin e pós-foliação principal). As temperatu-ras de homogeneização obtidas por Alvaren-ga et al. (1990) variam de 250ºC a 350ºC, paraas inclusões carbônicas e para as inclusõesaquosas, mais novas, a faixa de variação éde 120ºC a 260ºC. Os resultados destas últi-mas sugerem um gradiente térmico, com au-mento de temperatura de NW para SE. Osautores não reconheceram diferenças signifi-cativas de temperatura entre os veios caracte-rizados como pré, sin e pós-foliação princi-pal, interpretando tal fato como devido a umprocesso de homogeneização das inclusõesdurante o último evento de geração de veios.

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 149: Rel Mato Grosso

149

4.1.4 - DEPÓSITO AURÍFERO DE NOVAXAVANTINA E ÁREA POTENCIALCIR-CUNVIZINHA“Garimpo do Araés (WAF)

O distrito aurífero de Nova Xavantinalocaliza-se na margem esquerda do rio dasMortes, cerca de 25 km a oeste da cidade deNova Xavantina, MT.

A descoberta da existência de ouronesta região remonta à época das “Bandei-ras”, quando a “Mina do Araés” foi explota-da, como testemunham ainda hoje extensascatas e um sistema de captação de água,através de valetas nas encostas das serras,registros temporais daquela atividade de mi-neração.

Após uma longa paralisação, a ativi-dade de mineração foi retomada a partir de1980, tendo em vista o aumento do preçodo ouro. A retomada foi feita inicialmente comatividades a céu-aberto, através de cavas e,posteriormente, por lavra subterrânea com autilização de shafts e galerias. No início dadécada de 1990, esta atividade foi novamen-te interrompida em função da necessidadede utilização de novas tecnologias e imposi-ções ambientais, agravadas pela inundaçãodas galerias. Neste período, a produção mé-dia anual de ouro foi da ordem de 0,5 t e aprodução total ao redor de 60 t.

A partir de meados da década de1990, a Mineração Nova Xavantina (GrupoAndrade Gutierrez), detentora dos direitosminerais da área, dimensionou uma jazida deouro, não tendo, no entanto, demonstradointeresse em sua explotação. Atualmente,esta área está sendo colocada em disponibi-lidade pelo DNPM.

Geologicamente a área mineralizadasitua-se no extremo leste da Faixa Paraguai,encaixada nas rochas da unidade metavul-cano-sedimentar Nova Xavantina, a qual ca-racteriza uma fase embrionária de aberturade fundo oceânico na Faixa Paraguai. Estaunidade constitui-se por rochas metamórfi-cas da fácies xisto verde, basicamente cloritafilitos, clorita-quartzo-sericita filitos, sericita fi-litos, carbonato filitos e clorita-sericita filitos,intercalados com filitos grafitosos, cherts eformações ferríferas bandadas de fácies óxi-do. Metassiltitos, com estruturas sedimenta-res aparentes, sobrepõem-se a essas rochas.A unidade é cortada, concordante e discor-

dantemente, por veios de quartzo leitoso deespessuras variadas e é recoberta por umsolo laterítico de coloração avermelhada. Nosafloramentos, as rochas mostram-se intem-pericamente alteradas, conferindo aos filitostonalidades amareladas e avermelhadas.

A foliação principal exibe direção queoscila entre N58-88E/32-65NW e N60-80W/40-60NE. Uma segunda foliação de direçãoN75-80W/25-60NE, correspondendo a umaclivagem de crenulação, foi reconhecida porPinho (1990).

A mineralização aurífera encontra-sedisseminada em um veio de quartzo subver-tical, com 0,3 metros de largura por 5,0 qui-lometros de extensão, de direções N60-80Ee N60-80W, portanto, concordante com afoliação principal, associado a uma zona decisalhamento transcorrente dextral, paralelaàs direções do veio.

Este veio encontra-se encaixado naunidade metavulcano-sedimentar Nova Xa-vantina, a qual compreende rochas metavul-cânicas e metavulcanoclásticas, de compo-sição máfica a intermediária, intercaladascom cherts e BIFs, na base, e sobrepostaspelos metassedimentos pelíticos e psamíticosdo Grupo Cuiabá. O conjunto de litologiasdessa unidade é sugestivo de um ambientegeotectônico de fundo oceânico.

Pinho (1990) estudou três frentes degarimpo ao longo do veio principal, reconhe-cidas como “Veio do Buracão”, “Veio do Brás”e “Veio da Rocinha” (Figura 4.12 ). No “Veiodo Buracão” a encaixante é uma rocha me-tavulcânica com foliação principal N60-85E/35-60NW, marcada por orientação de mas-sas de clorita, sobreposta por um filito. Se-guem-se os cherts e as formações ferríferasbandadas da fácies óxido e, no topo, osmetassiltitos. O veio de quartzo mineralizadoconstitui-se por quartzo (80-90%), pirita (01-20%), galena (0,5-5,0%), esfarelita (0-5%),carbonato (0-2%) e calcopirita (0-1%).

O “Veio do Brás” também apresentacomo encaixante o filito grafitoso, com folia-ções principais N85E/50-55NW e N60-80W/40-60NE, definidas por leitos de mineraisopacos. Comparativamente ao “Veio do Bu-racão”, apresenta maior quantidade de ga-lena em relação à pirita e uma maior absor-ção de material grafitoso. O veio mineraliza-do compõe-se de quartzo (50-98%), materi-al grafitoso (até 40%), galena (01-20%), pirita(01-10%) e calcopirita (até 2%). O “Veio da

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 150: Rel Mato Grosso

15

0

Figura 4.12 - Croqui de Locação dos veios. No veio principal do depósito aurífero de Nova Xavantina (Pinho, 1990)

Geologia e R

ecursos Minerais do E

stado de Mato G

rosso

Page 151: Rel Mato Grosso

151

Rocinha” tem com encaixantes além do filitografitoso, filito carbonático e sericita filito.Exibe uma foliação principal de direções N57-80W/35-70NE e N10-60W/60-85SW e umafoliação secundária de direções N30-70E/15-70SE e N30-40E/75-85NW. Em relação aos“Veio do Buracão” e “Veio do Brás”, mostra-se mais pobre em pirita, galena e calcopiritae mais rico em carbonatos em fraturas e/oucavidades drusóides.

Segundo Pinho (1990) a geração doveio de quartzo mineralizado ocorreu duranteo evento que originou o metamorfismo edesenvolveu a foliação principal. O veio teriase posicionado concordante com esta folia-ção. Seguiram-se esforços distensivos dedireção leste-oeste, responsáveis pelo seuboudinamento. Um posterior esforço com-pressivo teria dobrado a foliação principaldesenvolvendo, conseqüentemente, umasegunda foliação, conformando a configu-ração estrutural atual.

A fonte do ouro estaria na seqüênciametavulcanossedimentar, atual hospedeirado veio mineralizado, mais especificamenteem suas rochas vulcânicas máficas. Umasolução hidrotermal de origem metamórficaenriqueceu-se em sulfetos e ouro ao trans-por esta seqüência. Um processo de redu-ção, provocado pela presença da camadade filito grafitoso, favoreceu a deposição doouro. Estudos de variação de óxidos e ele-mentos traços em perfis veio-encaixante,definiu a presença de Si02, Fe203, P205, Cu,Pb, Zn, Cd, Ag, Sb, Se, Hg, e Au, no veioaurífero. Em seções delgadas, a associaçãode minerais opacos metálicos compreendegalena, pirita, calcopirita e ouro (Pinho,1990).

Dardenne & Schobbenhaus (2001)afirmam que a mineralização hidrotermal noveio de quartzo constitui-se de pirita, calco-pirita, bornita, galena, esfarelita e ouro, asso-ciada a uma remobilização tectônica pré-exis-tente. Os autores supracitados classificaramesses depósitos como do tipo lode mesoter-mal gold deposit, relacionado à evoluçãotectonotermal da unidade metavulcano-se-dimentar Nova Xavantina, ocorrida duranteo Evento Brasiliano. Estudos de inclusões flui-das no quartzo e na esfarelita evidenciam in-clusões aquo-carbônicas, com presença deCH4 e N2, baixa salinidade (3,33 a 0,2% eq.peso NaCl), temperatura de homogeinizaçãoda ordem de 300°C, e pressão ao redor de4,0 Kb (Martinelli, 1998).

4.2 - GEMAS

O Estado apresenta um grande po-tencial diamantífero, com depósitos primári-os associados a intrusões kimberlíticas e de-pósitos secundários, associados a aluviõesrecentes e paleoaluviões. Os distritos diaman-tíferos de Juína, Chapada dos Guimarães,Poxoreo e Alto Paraguai constituem a Pro-víncia Diamantífera do Sudoeste do Estadodo Mato Grosso.

4.2.1 - DISTRITO DIAMANTÍFERO DE JUÍ-NA (WAF/JVL)

O distrito diamantífero de Juína (Tei-xeira, 1996) localiza-se na região noroestedo Estado de Mato Grosso, na borda norteda Bacia dos Parecis e em seu embasamen-to, abrangendo as reservas indígenas de Ari-puanã, Serras Morena e Talumã e EstaçãoEcológica do Iquê, distribuídas pelo muni-cípio homônimo.

Este distrito,condicionado pelo linea-mento AZ-125°, engloba mais de duas deze-nas de pipes kimberlíticos, nos quais foramobtidas idades entre 95 a 92 Ma (U/Pb emzircão), localmente controlados por um sis-tema de falhas de direção NE (Figura 4.13).

A descoberta de diamantes no Muni-cípio de Juina ocorreu em 1976, através deprograma de prospecção desenvolvido pelaMineração Itapená S/A, empresa coligada auma joint venture entre a De Beers (GrupoAngloamerican) e o BRGM (Bureau de Re-cherches Geologiques et Minieres).

Durante a fase de pesquisa foramdescobertas 19 intrusões kimberlíticas e lo-calizadas grandes concentrações de dia-mantes, com predominância de qualidadeindustrial, nas aluviões dos rios Cinta Larga,S. Luiz, Vinte e Um de Abril e do Rio JuinaMirim (ou Juinão) e drenagens tributárias,denominadas de Porcão, Samambaia, Mu-tum, Central, Sorriso e Duas Barras.

Em 1986, a Mineração Itapená S/Ainiciou a lavra dos depósitos aluvionares,com teores médios de até 4 ct/m3, com opercentual de 85% de qualidade industrial,15% gemas com peso médio de 0,35 ct., alémde um considerável número de pedras comaté 12 ct. Essa atividade prolongou-se portrês anos e mostrou a seguinte produção:218.147 ct. em 1986, 168.348 ct. em 1987 e

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 152: Rel Mato Grosso

152

25.771 ct. em 1988.A grande quantidade de aluviões dia-

mantíferas, existentes nas principais drena-gens das áreas pertencentes à empresa, te-ria permitido a atividade de extração pormuitos anos. Entretanto, a continuidade dasatividades de lavra foi se tornando insusten-tável, tendo em vista a constante invasão degarimpeiros.

Os direitos minerários dessa área fo-ram transferidos à Cindan Mineração Ltda.,que fez concessões aos garimpeiros para otrabalho de exploração em conjunto. Com aretomada dos trabalhos de lavra em 1989,foram obtidas as seguintes produções:34.600 ct. em 1989, 36.532 ct. em 1990 e19.931 ct. em 1991.

Posteriormente, a empresa RTDM(Rio Tinto Desenvolvimentos de Minerais),através da subsidiária Mineração TabuleiroLtda., desenvolveu um amplo projeto de pros-pecção aerogeofísica na faixa denominadade Az-125º, que resultou na identificação de

mais sete corpos kimberlíticos na região deJuína.

Atualmente, outras três empresas demineração desenvolvem atividades de pes-quisa na região, com trabalhos direcionadospara diamantes em fontes primárias e secun-dárias.

A produção através de garimpagemnão teve interrupção. Entretanto, devido aobaixo preço e exaustão das aluviões com te-ores elevados, houve significativa queda daprodução de 1994 até 1998.

A partir de 1998, a produção de dia-mante foi reativada, devido à melhoria dopreço, e ao aumento da demanda por dia-mante de menor valor, para atender aos gran-des produtores de jóias de baixo valor, nota-damente Ìndia e Tailândia.

Estima-se que a província diamantí-fera de Juína já tenha produzido cerca de 10milhões de quilates e que a produção do ano2000 tenha alcançado 1 milhão de ct., emfunção do grande número de dragas em

Figura 4.13 - Localização dos províncias kimberlíticas e kamafugíticas brasileiras (Almeida e Svisero, 1991)

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Picos

Lineamento 125° Az

Lineamento Transbrasiliano

2

10°

16°

52°60° 44° 36°

1

3

4

Coromandel

JaguariLajes

Oceano Atlântico

0 500 km

BRASIL

Gilbués

FontanillasPimenta

Pontes eLacerda

BuenoParanatinga

Amorinópolis

Cobertura Fanerozóica

1 - Amazônico,2- Saão Luís 3 - São Francisco, 4 - Luís Alves5 - Rio de la Plata

Kimberlito Kamafugitos

Figura. 4.13 - Localização das províncias kimberlíticas e kamafugíticas brasileiras ( segundo Almeida e Svisero,1991).

Cinturões BrasilianosCrátons Pré-Brasilianos

Page 153: Rel Mato Grosso

153

operação (mais de 200).Na região foram encontrados

vários diamantes com mais de 50 ct, desta-cando um de 452 ct, de cor branca (consi-derada de primeira), garimpada por Negãoda Anta em 1994, no córrego São Luiz. ATabela 4.4 registra a relação das principaispedras encontradas nos garimpos de Juína

enquanto a Tabela 4.5 relaciona a produçãode diamantes das empresas e a produçãoestimada dos garimpos, no Estado de MatoGrosso, e a compara com a do Brasil.

Nota-se que a produção de todo oEstado de Mato Grosso, no período de 1986a 1999, é menor que a estimativa de produ-ção de Juína, no mesmo período. Isto reflete

Tabela 4.4 - Localização e data dos maiores diamantes encontrados no Distrito Diamantífero de Juína.

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 154: Rel Mato Grosso

a dificuldade de obtenção de dados consis-tentes no auge da produção garimpeira(1990-1993) e o caráter conservador das es-timativas oficiais.

A economia do município de Juína,inicialmente centrada no trinômio agricultu-ra/madeira/pecuária, a partir de 1976, com adescoberta de jazidas diamantíferas pela Mi-neração Itapená Ltda, do Grupo Anglo Ame-rican/SOPEMI, passou a contar significativa-mente com este segmento. A empresa Dia-gem do Brasil Mineração Ltda vem desen-volvendo pesquisa na região, resultando nadescoberta de vários corpos kimberlíticos,com a definição de reservas de minério daordem de 14 milhões de toneladas, com teormédio de 0,40 ct/t.

Os depósitos diamantíferos aluviona-res são resultantes da erosão dos kimberli-tos e localizam-se nas bacias dos rios CintaLarga, Vinte e Um de Abril e Juína-Mirim etêm sido objetos de pesquisa e explotaçãopor empresas de mineração, paralelamenteà atividade garimpeira. As aluviões do rio Cin-ta Larga e seus afluentes (São Luiz, Samam-

baia, Porcão, Central e Mutum), compreen-dem cascalhos com espessura reduzida(0,30 / 0,50 m) e alto teor em diamantes (06 /07 ct/m³), onde são encontrados os maioresdiamantes da região, constituídos essenci-almente por fragmentos irregulares com bai-xa proporção de gemas. Os diamantes dorio Vinte e Um de Abril são encontrados empaleocanais. Comparados com os que ocor-rem na bacia do rio Cinta Larga, são meno-res, menos quebradiços e ocorrem em teo-res mais baixos. As aluviões do rio Juína-Mi-rim constituem-se de cascalhos com espes-sura média entre 1,0 / 1,5 m, baixos teores(0,6 / 0,8 ct/m³), nos quais a proporção degemas é maior e onde ocorrem os melhoresdiamantes da região.

Os corpos kimberlíticos encontram-seintrudidos, predominantemente, no GranitoFontanillas e, subsidiariamente, nos sedi-mentos carboníferos da Formação FazendaCasa Branca. O Granito Fontanillas dominagrande parte da porção sul do município deCastanheira e região leste do município deJuara, ocorrendo sob a forma de um corpobatolítico alongado segundo as direções E-

154

12º Distrito / DNPM

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 155: Rel Mato Grosso

155

W e WNW-ESSE, com dimensão maior su-perior a 200 km.

As rochas desta unidade compreen-dem monzogranitos a sienogranitos, afloran-tes nos morros sob a forma de blocos tabu-lares, matacões arredondados e lajeados,que variam de 05 a 400 m de comprimento.

Esses litotipos têm granulação gros-sa a média, cores que variam entre cinza-cla-ro e rosa, com uma foliação milonítica WNW-ESE persistente, caracterizada por porfiro-clastos de feldspato alcalino rapaquivítico epelo paralelismo de cristais de biotita e, maisraramente, anfibólio. Injeções decimétricas adecamétricas pegmatíticas e aplíticas sãocomuns e se encontram deformadas, con-cordantemente com o restante da unidade,o que dá um aspecto gnáissico ao conjunto.Enclaves de tamanho e forma variados e decomposição diorítica a granítica são comuns.As condições de temperatura de metamor-fismo nestas zonas são compatíveis com afácies xisto verde superior a anfibolito (Rizzot-to et al., 1995).

O magmatismo foi episódico e ma-nifestou-se, possivelmente, por um perío-do superior a 50 Ma., onde a fase intrusivamais antiga, representada por biotita sieno-granito porfirítico, mostra idade U/Pb de

1.606 ± 24 Ma., seguido por um hornblen-da-biotita monzogranito de idade U/Pb de1.573 ± 15 Ma. Uma fase magmática pos-terior, representada por biotita sienograni-to pórfiro, tem idade de 1.554 ± 47 Ma.,enquanto que as fases finais do magmatis-mo, caracterizadas por quartzo sienito,forneceram uma idade de 1.532 ± 05 Ma.(Bettencourt et al., 1999).

A Formação Casa Branca (Nahas etal., 1974; Leal, et al., 1978) constitui-se desedimentos carboníferos, basicamente con-glomerados, arcóseos, grauvacas, arenitosortoquartzíticos, argilitos e folhelhos. Os con-glomerados são polimíticos, separados porcamadas ou lentes de areia fina a grossa,com clastos de diâmetro máximo ao redorde 40 centímetros. Padilha et al. (1974) inter-pretaram o ambiente deposicional desta for-mação como flúvio-lacustrino, em ampla pla-nície de inundação. Siqueira (1989), citandoCaputo (1984), interpretou o ambiente depo-sicional como glacial ou periglacial, funda-mentando-se em uma provável associaçãodiamictito-unidade dropstone.

As estruturas kimberlíticas dessa re-gião exibem peculiaridades subvulcânicasexplosivas com amplas crateras e estreitosventos, onde podem ser identificadas as se-guintes características, da base para o topo

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 156: Rel Mato Grosso

156

(Figura 4.14).· Brechas kimberlíticas do próprio cor-

po intrusivo;· Complexa intercalação de material

epiclástico arenoso de natureza kim-berlítica com piroclásticas extrusivas,cuja espessura varia de 10 a 70 m,representando acamadamento rítmi-co e gradacional;

· Arenitos epiclásticos com contribui-ção kimberlítica, cuja espessura variade 0 a 60 m (Dardenne & Schobbe-nhaus, 2001).

A maioria desses corpos kimberlíticosconcentra-se sob a forma de enxames (clus-ter) nas cabeceiras do rio Juína-Mirim, en-quanto os demais ocorrem esparsos e isola-dos. Em superfície encontram-se intemperi-zados, desenvolvendo solos argilosos, verme-lho-amarronzados típicos, e uma coberturaresidual laterítica. Nas suas relações de con-tato com as rochas encaixantes contêm xe-nólitos do Granito Fontanillas e do arenito daFormação Fazenda Casa Branca. Sua com-posição é formada essencialmente por mine-rais tipomórficos (piropo, picroilmenitas, flo-gopita, olivina e cromodiopsídio e nas fraçõesfinas, zircão e magnetita) e, como mineral se-cundário, a calcedônia (Schobbenhaus, C.;Queiroz, E. T.).

Como as caldeiras dos kimberlitosencontram-se profundamente erodidas, osdiamantes delas oriundos foram carreadose depositados nas aluviões recentes.

4.2.2 - Distritos Diamantíferos Provenien-tes de Depósitos Secundários (WAF)

As principais ocorrências de diaman-tes de origem secundária conhecidas nas re-giões sudeste e centro-sul no Estado de MatoGrosso situam-se nos denominados Distritosde Chapada dos Guimarães, Poxoréu e AltoParaguai.

4.2.2.1 - Distrito Diamantífero da Chapadados Guimarães (WAF)

Esse distrito abrange desde o muni-cípio homônimo, até os de Nova Brasilândia,Planalto da Serra e Paranatinga. A explota-ção de diamantes neste Distrito iniciou-se na

década de 1930, na localidade de Água Fria,nas aluviões e paleo aluviões dos rios Man-so, Novo, Cuiabazinho, Roncador, Jangada,Casca, Quilombo, Cavalos e Córrego ÁguaFria. A área-fonte desses diamantes teriamsido os conglomerados da Formação Bau-ru. Recentemente, no município de Chapa-da dos Guimarães, a empresa Chapada Bra-sil Mineração Ltda dimensionou uma jazidacom reservas ao redor de dois milhões detoneladas de minério, com teor médio de 3,5ct/m3. Em Paranatinga, as aluviões dos riosParanatinga, Ronuro, Batovi e Coliseu foramintensamente explotadas por garimpeiros apartir da década de 60. A SOPEMI (GrupoAnglo American), a BP Mineração e a RTZdesenvolveram trabalhos de pesquisa na re-gião, utilizando levantamentos aerogeofísi-cos, com o objetivo de detectar corpos kim-berlíticos. A partir desses estudos, vários cor-pos foram identificados, alguns deles mine-ralizados. Nesta região, são explotados, pre-ferencialmente, os depósitos aluvionares tipopaleocanais e canais atuais, dado às peque-nas dimensões das aluviões de planície e dosterraços.

4.2.2.2 - Distrito Diamantífero de Poxoréu (WAF)

Compreende o município homôni-mo, cuja origem remonta ao final da segun-da década do século passado, vinculado àsdescobertas cíclicas de depósitos aluviona-res diamantíferos nos rios Coité, São João,Poxoreuzinho, Alcantilado, Sangradourozi-nho, Corguinho, Paraíso, Jácomo e das Pom-bas. Na década de 70, a Mineração São JoséLtda dimensionou um depósito diamantíferoaluvionar no rio Coité.(Figura 4.15) Os tra-balhos de prospecção foram interrompidosem função de invasões de garimpeiros, le-vando a empresa a retirar-se da região. Osconglomerados basais da Formação Baurutambém seriam a fonte dos diamantes desseDistrito.

4.2.2.3 - Distrito Diamantífero de Alto Para-guai (WAF)

Compreende os municípios de Are-nápolis, Diamantino e Nortelândia, onde osdepósitos diamantíferos são explotados atra-vés da garimpagem desde a segunda déca-

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 157: Rel Mato Grosso

157

da do século passado, utilizando-se bateias,dragas e balsas, nas cabeceiras dos rios Pa-raguai e Santana. São depósitos associadosa cascalhos aluvionares e coluvionares, cu-jas áreas-fontes estariam relacionadas aosconglomerados da Formação Salto das Nu-vens (Grupo Parecis). No município de Nor-telândia, a Cia. de Administração Morro Ver-melho – Grupo Camargo Corrêa - definiuuma reserva da ordem de 13.000.000 m3 deminério, com teores médios de 3,5 pt/m3,onde se desenvolvem trabalhos de lavra(Weska, 1987; Weska et al., 1991; Weska etal., 1993 & Fleischer, 1993).

O potencial diamantífero dessa regiãocaracteriza-se pela existência de depósitosrecentes a sub-recentes, oriundos da desa-gregação dos conglomerados do CretáceoSuperior (formações Parecis e Bauru). Nãosão observadas atividades extrativas ou ex-ploratórias em conglomerados da FormaçãoCachoeirinha, de idade terciária. Assim sen-do, considerando todas as ocorrências es-tudadas, os depósitos detríticos de diaman-

tes da região da Chapada dos Guimarães ePoxoréu situam-se no Quaternário (Weska,1987 & Weska et al., 1991).

Os pláceres e paleopláceres subdivi-dem-se em dois tipos principais: o primeiro,caracterizado por depósitos de canais derios e terraços laterais resultantes do retra-balhamento lateral e encravamento verticalda drenagem, como parte da evolução daBacia Intracratônica do Pantanal; o segun-do, definido como leques aluviais, compre-ende os paleopláceres . Todavia, esses de-pósitos ocorrem também em menor escalano Terciário, como na Fazenda Três Casais,no município de Chapada dos Guimarães,e na jazida do Arranha-Céu, municípios deNortelândia e Arenápolis. (Weska, 1987 &Weska et al., 1991).

Os depósitos tipo pláceres da regiãosubdividem-se ainda em depósitos eluviais,coluviais e aluviais. Os depósitos eluviais sãoaqueles reconhecidos pelas superfícies resi-duais desenvolvidas em tipos litológicos cre-tácicos e na Unidade Terciário-Quaternário

Figura 4.15 - Seção típica e esquemática do rio Coité (Dardenne & Schobbenhaus, 2001)

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 158: Rel Mato Grosso

158

Indiviso. Caracterizam-se pela concentraçãovertical dos diamantes resultante da erosãoa que essas áreas fontes intermediárias fo-ram submetidas, com o transporte dos tiposlitológicos mais finos (areias e argilas), po-rém sem capacidade de carga suficiente paratransportar os seixos, matacões e o própriodiamante. Tais depósitos podem produzirconcentrações significativas de diamante,entretanto, como possuem volume peque-no, tornam-se economicamente inviáveis. Osdepósitos coluviais posicionam-se junto àsescarpas de falha ou de erosão e nos mor-ros testemunhos internos à bacia, sendodepósitos resultantes de pequeno transpor-te, produzidos por movimentos bruscos demassa (depósitos de talus). A distribuiçãodo diamante neste tipo de depósito é erráti-ca devido a ausência de seleção. Os depó-sitos aluviais, mormente aqueles de canais,ocorrem na região de Poxoréu, assim comode resto em todas bacias diamantíferas noEstado de Mato Grosso, constituindo as jazi-das mais importantes no tocante aos teores.Tais depósitos resultam de transportes à lon-ga distância, que associados ao gradienteelevado e à capacidade de carga do meiotransportador, proporcionam as condiçõesadequadas à concentração do diamante. Ajazida descoberta pela empresa MineraçãoSão José Ltda, no rio Coité, município dePoxoréu, é o exemplo clássico deste tipo dedepósito (Weska, 1987 & Weska et al., 1991).

Nos depósitos de leques aluviais, asprincipais concentrações do diamante ocor-rem nos paleocanais em detrimento das por-ções laterais, onde a distribuição é errática.Nesse caso, a distribuição é mais errática doque aquela registrada nos depósitos quater-nários (Weska, 1987 & Weska et al., 1991).

4.3 - SUBSTÂNCIAS METÁLICAS

O Estado exibe um grande potencialpara depósitos polimetálicos de metais-basee depósitos de níquel, os quais distribuem-se principalmente na região noroeste e su-doeste. Na região sudoeste, o conjunto dedistritos mineráis é parte integrante da Pro-víncia Polimetálica do SW do Mato Grosso.

4.3.1 - Distrito Polimetálico de Aripuanã (NBS)

Estes depósitos polimetálicos de me-

tais-base foram identificados a partir dos tra-balhos de reconhecimento geológico execu-tados pela Anglo American Brasil Ltda, inici-ados em 1992, na região de Aripuanã, noro-este do Estado de Mato Grosso. Tais traba-lhos levaram à identificação de gossans ri-cos em Zn e Cu em antigas ocorrências deouro. Após os trabalhos iniciais de pesquisa,esses gossans foram definidos como a zonaoxidada de um depósito polimetálico do tipoVMS com mineralização de Zn, Pb e Cu (Cos-ta, 1999). Os trabalhos de pesquisa confir-maram o potencial dessas ocorrências que,posteriormente, na fase de detalhamento,levaram à definição de vários outros corposmineralizados e a um recurso mineral quepode ser enquadrado como de médio a gran-de porte, para esse tipo de depósito.

As mineralizações ocorrem associa-das à Seqüência Metavulcanossedimentar(SVS) Roosevelt, anteriormente denominadade Seqüência Metavulcanossedimentar Ari-puanã, de idade Paleoproterozóica (1.762 –1.740 Ma), inserida no Grupo Roosevelt. Odepósito polimetálico de Aripuanã situa-se 14km a norte da cidade homônima, no localdenominado Serra do Expedito, onde des-tacam-se os corpos mineralizados do Arex eAmbrex, na porção ocidental da referida ser-ra. Na porção oriental, a Serra do Expeditoinflete primeiramente para sul, onde estãolocalizados corpos menores como os doBabaçu, Boroca, Mocotó-Gossan, Mocotó-Cabeça Branca (Au). Posteriormente, a Ser-ra do Expedito inflete para sudeste, onde sesituam, dentre outros, os alvos Vaca, Bigo-de, Cafundó e Acampamento Velho. (Figu-ra 4.16)

De acordo com os trabalhos de pesquisa, oGrupo Roosevelt, de ambiência paleotectô-nica incerta (possivelmente arco-vulcânicoepicratônico), pode ser grosseiramente sub-dividido em um domínio de natureza bimo-dal (basalto-riolito), com predomínio de ro-chas félsicas, a norte, e outro de naturezavulcanossedimentar, félsico, posicionado asul. Ambos são intrudidos por uma varieda-de de batólitos e stocks graníticos, além decorpos menores de diorito, diabásio e gabro.O limite entre estes dois domínios é marca-do por corpos subvulcânicos alongados, dis-postos na direção WNW, de composição gra-nítica, denominados de granitos do tipo Zé

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 159: Rel Mato Grosso

159

Figu

ra 4

.16

- M

apa

Geo

lógi

co d

a R

egiã

o de

Arip

uanã

.

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 160: Rel Mato Grosso

160

do Torno. O domínio bimodal, a norte, éconstituído por uma sucessão de rochasvulcânicas representadas por basaltos, rioli-tos phyricos, anfibolitos, formações ferríferasbandadas fácies óxido e tufos hematíticos.O domínio vulcanossedimentar, a sul, ondese localiza a mineralização, mostra uma se-qüência de lavas félsicas a intermediárias erochas piroclásticas alteradas, que constitu-em as vulcânicas de footwall e uma varieda-de de rochas sedimentares, incluindo argili-tos, cherts, tufos chérticos, ash tufos, lapilli-tufos, turbiditos, rochas calcossilicáticas,mármores e calcários, que constituem ossedimentos do hangingwall.

As intrusões graníticas foram subdivididasem três grupos:- Intrusões subvulcânicas: granitos do tipo

Zé do Torno e Rio Loreto;- Intrusões calcio-alcalinas sin/pós-cinemáticas:

granitos Cafundó e Tutilândia, ambos deprovável correlação com a Suíte IntrusivaTeles Pires (1.7-1.6 Ga);

- Intrusões alcalinas pós-cinemáticas: granitoRio Branco, correlacionável aos granitóidesSerra da Providência (1.6-1.53 Ga).

O Grupo Roosevelt é recoberto a sul,em discordância erosiva e angular, pela Ba-cia do Grupo Caiabis, representada por ro-chas sedimentares clásticas de origem con-tinental, incluindo conglomerados, arenitosarcoseanos e argilitos (Formação Dardane-los) e lavas e/ou sills de basaltos alcalinos(Formação Arinos).

O grau metamórfico varia desde a fá-cies xisto verde, nas áreas do Arex-Ambrex,até a fácies anfibolito, nas rochas do emba-samento, posicionadas a norte da área.

Na área dos depósitos, os trabalhosde pesquisa identificaram, da base para otopo, as seguintes unidades litológicas prin-cipais: (i) seqüência vulcânica de naturezaácida, incluindo derrames de lavas predomi-nantemente riolíticas e camadas tufáceassubordinadas; (ii) seqüência vulcânica /vul-canoclástica, constituída predominantemen-te por lavas ácidas a intermediárias, com tu-fos ácidos a intermediários intercalados; e (iii)seqüência sedimentar superior, constituídapor metargilitos, metatufos e metacherts in-terestratificados.

As rochas basais, de natureza vulcâ-nica félsica, são representadas por lavas decomposição riolítica a dacítica, tufos porfiríti-cos, intercalações de camadas de lapilli-tu-fos e de tufos de cristal, além de cinzas vul-cânicas. As feições mais notáveis nesses li-tótipos são os processos de alteração hidro-termal, compatíveis com aqueles decritospara depósitos do tipo VMS, além de epido-tização e carbonatação.

A seqüência sedimentar de topo,onde são raros os processos de alteração, éformada por argilitos arcoseanos avermelha-dos (endurecidos por cimento silicoso), silti-tos, arcósios, grauvacas, tufos de cristal, sedi-mentos químicos (cherts laminados criptocris-talinos, calcários e formações ferríferas), lei-tos vulcânicos intercalados e brechas escar-níticas.

Os metamorfitos da região encon-tram-se preferencialmente orientados ao lon-go de uma foliação regional de caráter pe-netrativo, com direção WNW e mergulhos de30° a 70° para NE. As lineações mais proemi-nentes mergulham para NW, inclusive noscorpos de minério. Uma forte estrutura line-ar, de cisalhamento de direção WNW, sepa-ra a área em dois compartimentos: compar-timento norte e compartimento sul.

O modelo de deformação proposto,em função dos trabalhos de pesquisa reali-zados, considera uma movimentação de blo-cos de NE para SW, gerando dois domíniosprincipais, os auais estão separados por in-tensa zona de cisalhamento. O domínio sul,de interesse econômico, é representado poruma ampla estrutura sinformal aberta, comflancos mergulhando para norte, configuran-do uma dobra de flanco invertido. Em escalade afloramento ocorrem, com freqüência,dobras isoclinais com variações bruscas deatitude. Junto a estas estruturas localizam-seos corpos de minério, com mineralizaçõessulfetadas de Zn, Pb e Cu, com Ag e Au asso-ciados, as quais se estendem por cerca de 15km, desde o Arex até o Mocotó. (Figura 4.17)

A mineralização ocorre na unidadeintermediária félsica e na base da unidadesedimentar, sob a forma de lentes concor-dantes de sulfetos maciços, sobrepostas auma zona discordante de sulfetação tipo sto-

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 161: Rel Mato Grosso

ckwork (stringer zone). Os depósitos desul(Costa, 1999).

A zona de minério stringer representao conduto por onde ascenderam as soluçõeshidrotermais. O sulfeto mais comum é a piri-ta, com pirrotita, calcopirita, galena e esfale-rita ocorrendo em menores proporções.

Magnetita e hematita são os óxidos mais co-muns. Os minerais de ganga mais comunssão quartzo, carbonato, sericita e clorita.

Os depósitos apresentam um zonea-mento acentuado na sua mineralogia e com-posição química. O padrão mais comum de

161

Figu

ra

4.17

- P

erfil

Geo

lógi

co -

Reg

ião

de A

ripua

nã. R

elat

ório

Fin

al d

e P

esqu

isa

- A

nglo

Am

eric

an B

rasi

l Ltd

a /

2003

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 162: Rel Mato Grosso

162

zoneamento é o decréscimo da relação cal-copirita/esfalerita (Cu/Cu+Zn) em direção aotopo e para as bordas das lentes de sulfetomaciço e o acréscimo dessa relação na zonade minério stringer . Esse zoneamento metá-lico é interpretado como a substituição su-cessiva da assembléia mineralógica de baixatemperatura (pirita-esfalerita) pela de alta tem-peratura (calcopirita-pirrotita) (Costa, 1999).

Os sulfetos maciços têm expressãosuperficial na zona oxidada, sob a forma degossans associados a níveis de cloritito de-composto. As mineralizações econômicas,no entanto, estão ligadas aos minérios sulfe-tados não oxidados e não aflorantes.

A maior parte das reservas conheci-das localiza-se na área Arex-Ambrex, em umaregião estruturalmente complexa. No Am-brex, na zona denominada Valley, a minerali-zação posiciona-se na crista de um anticlinalapertado, fortemente inclinado, com planoaxial para NE e plunge suave para WNW. NoArex, a faixa mineralizada é contínua por1.300 metros de extensão, ao longo do plun-ge e está relacionada a uma zona de intensacloritização (alteração hidrotermal), com pre-sença de rocha clorítica magnesiana, biotitae, em muitos casos, engloba cristais de mag-netita e tremolita. Esta zona de cloritito en-volve a mineralização principal de metais-base. As mineralizações de Zn-Pb-Ag sãoconstituídas principalmente por sulfetos dis-seminados e maciços de Zn (esfalerita) e Pb(galena), além de pirrotita e calcopirita, comprata associada. As mineralizações de Cu-Au, por sua vez, caracterizam-se pelo pre-domínio de calcopirita em relação à pirrotita,pirita e ouro.

Furos de sondagem interceptaram azona mineralizada, revelando espessuras daordem de 1 a 35 metros, atingindo por vezesaté 60 metros em decorrência de repetiçãopor dobramentos. (Figura 4.18)

Os diferentes estilos de mineralizaçõessulfetadas presentes no Horizonte Valley e To-ddy Zones estão descritos na figura 4.19:

Minérios do Horizonte Valley - Estrati-graficamente mais alto, este horizonte posi-ciona-se no topo da seqüência vulcânica/vulcanoclástica e na base da seqüência se-dimentar. Consiste principalmente de esfale-

rita, pirrotita, pirita, magnetita, galena, calco-pirita, cubanita e arsenopirita. As principaiscaracterísticas dos depósitos relacionados aoHorizonte Valley podem ser assim resumidas:as rochas hospedeiras compreendem tufos,mármores e quantidades menores de chertse encontram-se deformadas e alteradas. Amineralização é stratabound, porém comcontatos internos discordantes relacionadosa frentes de substituição. Em direção ao topoestratigráfico (hangingwall) os corpos de sul-fetos maciços são dominantemente piríticos,mais pobres em Zn e mais bandados. A pir-rotita é mais comum na zona de stringer e nabase do horizonte (footwall).

As mineralizações sulfetadas (tipo strin-ger) estão confinadas no pipe de alteração,nas rochas sotopostas estratigraficamente aoValley. Este pipe de alteração mostra zonea-mento com relação à temperatura dos flui-dos mineralizantes. Todos os tipos de mine-rais de minério presentes, com exceção damagnetita, foram submetidos a processos deremobilização tectônica (veios e vênulas).

Minérios do Toddy Zones – Esta zonamineralizada constitui-se de lentes maciças,concordantes e semi-concordantes de pirro-tita-pirita-esfalerita-galena-calcopirita-magne-tita, recobertas por tufos fracamente altera-dos. Essas lentes recobrem lavas com inten-sa alteração a clorita-biotita e com minerali-zação sulfetada do tipo stringer. Os sulfetosexalativos representam a porção menor dodepósito e exibem zoneamento, com a basedas lentes mais rica em Zn- Pb-Cu que o topo.As características gerais do depósito são su-gestivas de um modelo do tipo VMS, similarao observado em Noranda, Canadá.

Mineralização Oxidada in situ - Nazona do Arex ocorre enriquecimento super-gênico, com formação de alguns gossanscom valores subeconômicos de Au, Cu, Pbe Zn. Estes gossans foram de grande impor-tância prospectiva uma vez que atuaramcomo indicadores da existência de zonasmineralizadas não aflorantes.

Os trabalhos de pesquisas realizadosna área (Anglo American Brasil Ltda, 2003)mostram que a mineralização sulfetada ocor-re na unidade intermediária félsica e na baseda unidade sedimentar. A mineralização é,

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 163: Rel Mato Grosso

no geral, concordante com a estratigrafia,porém com remobilizações em estruturasque as cortam. Os sulfetos ocorrem em zo-nas de forte alteração hidrotermal, com odesenvolvimento de clorita e sericita, além debiotita e com a presença de zonas ricas emmagnetita disseminada, com intensidade va-riável. As evidências de campo conduzem à

interpretação de que a mineralização foi ori-ginalmente estratiforme. Os efeitos compres-sivos superimpostos teriam resultado na for-mação de estruturas, para as quais houveremobilização de parte da mineralização, quecontinua aberta para leste e em profundida-de.

O conjunto de feições apresentadas163

Figu

ra 4

.18

- S

eção

Geo

lógi

ca d

a Á

rea

Are

x -

Rel

atór

io F

inal

de

Pes

quis

a -

Ang

lo A

mer

ican

Bra

sil L

tda

/ 20

03

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 164: Rel Mato Grosso

16

4

Figura 4.19 - Correlação estratigráfica das áreas Arex, Ambrex, Massaranduba e Babaçu e Mocotó. Relatório Final de Pesquisa. Anglo American Brasil Ltda / 2003.

Geologia e R

ecursos Minerais do E

stado de Mato G

rosso

Page 165: Rel Mato Grosso

165

pelos depósitos de sulfetos maciços de Ari-puanã, tais como a presença de rochas vul-cânicas hidrotermalmente alteradas, as for-mas da mineralização (stringer e em lentesmaciças), o zoneamento mineralógico, den-tre outras, levou a Anglo American Brasil Ltdaa interpretá-los como do tipo VMS (volcano-genic massive sulphide).

Depósitos do tipo VMS, a exemplo dode Noranda, Canadá, costumam apresentarvários níveis mineralizados dentro da seqüên-cia vulcânica. Em Aripuanã, até então, sóforam encontrados o Valley Zone e dois ní-veis estilo Toddy Zone. Certamente, com odesenvolvimento da jazida e a continuidadedos trabalhos investigativos em profundida-de e para leste, outros níveis poderão serdescobertos.

Muito embora os trabalhos até entãorealizados na área tenham optado pela clas-sificação do depósito como do tipo VMS, asfeições de substituição descritas e a associa-ção espacial do minério com um conduto denatureza tectônica, as feições de remobiliza-ção, dentre outras, abrem a possibilidade deoutras classificações. As feições acima men-cionadas permitem, por exemplo, que se es-pecule sobre outras alternativas genéticaspara o minério tais como: (i) originalmentedo tipo VMS com posterior deformação, re-mobilização e superimposição de fluidosmobilizados durante o evento deformacional;(ii) originalmente VMS, com posterior defor-mação e superimposição de fluidos relacio-nados à atividade granítica tardia presente naárea. Recomenda-se a continuidade dosestudos na zona mineralizada, com o empre-go de ferramentas adequadas (estudos deisótopos estáveis e radiogênicos, estudos deIF, dentre outros), que definirão de uma for-ma mais clara, a natureza e a fonte do(s)fluido(s) mineralizante(s). A importância darealização desses estudos relaciona-se aofato de que o êxito de qualquer programa deexploração mineral na área depende de umacompreensão mais clara dos processos en-volvidos na gênese do minério e conseqüen-temente dos controles (metalotectos) da mi-neralização.

A reserva total (medida + indicada)para as áreas até então pesquisadas, paraum teor de corte de 3 % de zinco (minérioprincipal), é da ordem de 22,3 milhões detoneladas com teores de 7,89 Zn % ; 1,60 %Pb; 0,08 % Cu ; 49,7 g/t Ag e 0,22 g/t Au.

Com a continuidade da pesquisa, estima-seque possam ser alcançadas reservas da or-dem de 40 milhões de toneladas de minério.

4.3.2 - DISTRITO POLIMETÁLICO DA FAI-XA CABAÇAL (FECP)

As concentrações de metais-base daFaixa Cabaçal estão hospedadas na zona detransição entre as rochas metavulcânicas fél-sicas e os metassedimentos químicos comtufos associados, da Formação Manuel Leme.São também registradas ocorrências relacio-nadas aos basaltos da Formação Mata Preta(Figura 4.20). A mineralogia do minério con-siste em sulfetos (calcopirita, pirita, pirrotita,esfalerita, molibdenita, cubanita e marcassita)com associações de selenetos, teluretos, ligasAu-Ag e Au-Bi. O minério, além de maciço,ocorre também sob a forma de dissemina-ções, bandas, veios e brechas.

Pinho (1996) sugeriu para os depósi-tos minerais da Faixa Cabaçal um processogenético que explicasse os seguintes fatores:associação do minério com rochas vulcano-clásticas e vulcânicas félsicas; intensa altera-ção hidrotermal das encaixantes da lapa ebaixa alteração hidrotermal das encaixantesna capa; inversão estratigráfica da seqüência;e ocorrência de corpos de sulfeto maciço ealtos teores de ouro em determinadas feiçõesestruturais. A conclusão à qual chegou foi queos depósitos seriam singenéticos à evoluçãoda Formação Manuel Leme, posteriormenteafetados por um cisalhamento NNW-SSE queremobilizou sulfetos e ouro.

DEPÓSITO DO CABAÇAL (FECP)

A Mina do Cabaçal foi descoberta nadécada de 80, quando a Mineração SantaMarta (BP International) iniciou trabalhos deavaliação na região entre os rios Jauru eCabaçal. A mina entrou em produção emmarço de 1987, sendo as atividades encer-radas em 1991. Um total de 869.279 t de mi-nério foram extraídas, com teores médios de5 g/t de Au e de 0,82% de Cu.

O depósito do Cabaçal tem sido des-crito como pertencente ao modelo de de-pósitos mesotermais de ouro e como umdepósito de metais-base do tipo VMS (sulfe-to maciço vulcanogênico), posteriormente

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 166: Rel Mato Grosso

166

deformado (Pinho, 1996; Pinho et al., 1997).A idade do sistema vulcânico foi estabeleci-da, pelo método U-Pb (SHRIMP), em 1.7 Ga.e a deformação em 1.6 Ga. (Pinho, 1996).

O minério está distribuído em três zo-nas, denominadas de Zonas do cobre Sul,Central e Leste. Os limites das zonas minera-lizadas são marcados por falhas de direçõesNE e NW, por um sill de gabro a nordeste e,a SW, por uma rocha vulcanoclástica félsica,cuja alteração hidrotermal diminui na direçãoSW (Mason & Kerr, 1990). O limite noroesteé definido por um sistema de falhas na dire-ção NE (Figura 4.21).

As rochas encaixantes são vulcano-clásticas félsicas da Formação Manuel Lemee estão comumente cisalhadas em direçãosubparalela aos contatos litológicos. Umaintensa alteração hidrotermal afeta as rochasencaixantes nas proximidades dos corposmineralizados. Esta alteração consiste emuma zona central cloritizada, com zonas desericitização nos entornos. Pinho (1996), atra-vés de estudos litogeoquímicos, aponta um

ambiente de arco de ilhas para geração dovulcanismo.

O ouro está distribuído de forma er-rática nas diferentes zonas mineralizadas. Noentanto, os mais altos teores foram relacio-

Figura 4.20 - Mapa Geológico da área de ocorrência da Mina do Cabaçal e do Depósito C2c

Figura 4.21 - Limites das zonas mineralizadas do De-pósito Cabaçal (modificado de Mason & Kerr, 1990)

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 167: Rel Mato Grosso

167

nados à Zona do Cobre Sul. Localmente,ocorrem teores mais elevados de ouro, coma presença de ouro visível, em remobilizaçõesassociadas a feições estruturais, como emconcentrações de sulfetos em charneiras dosdobramentos F2, ou em zonas de associa-ções paragenéticas diferenciadas, como clo-rita-granada.

DEPÓSITO C2C

Este Depósito situa-se na fazendaSanta Helena, município de Rio Branco. Foidescoberto no final de 1984, quando traba-lhos de sondagem executados pela Minera-ção Santa Marta (BP International) intercep-taram mineralizações de sulfetos dissemina-dos, bandados e maciços, de Cu, Pb e Zn.

A zona mineralizada tem forma alon-gada NW-SE, com aproximadamente 1.300mde extensão, e com uma largura variável en-tre 50 m e 200 m. São dois corpos minerali-zados, com cerca de 1.500.000 t de minério,com teores aproximados de 8% Zn, 2% Cu,1% Pb, 2,14 g/t Au e 66 g/t Ag. Os sulfetossão, principalmente, esfalerita, calcopirita,galena, pirrotita e pirita. Subordinadamente,ocorre arsenopirita, cubanita, marcasita eargentita. O ouro e a prata ocorrem sob aforma de electrum (AuAg).

A mineralização sulfetada associa-secom metassedimentos químicos (cherts ban-dados) e produtos de alteração hidrotermalde rochas vulcânicas, marcados por intensacloritização. A alteração hidrotermal e o po-sicionamento do minério se assemelhamcom as encontradas na Mina do Cabaçal.

4.3.3 - DISTRITO NIQUELÍFERO DE COMODO-RO (NBS)

Os depósitos de níquel conhecidosno Estado de Mato Grosso estão localizadosnos morros Sem Boné e do Leme, distancia-dos entre si cerca de 35 km. Situam-se naporção oeste do Estado, próximos ao limitecom o Estado de Rondônia e da fronteiraBrasil-Bolivia, no vale do rio Guaporé, muni-cípio de Comodoro, a 700 km de Cuiabá.Foram pesquisados a partir de 1996 pela Mi-neração Tanagra (Grupo Anglo AméricanBrasil Ltda), que bloqueou reservas de mi-nério de níquel do tipo supergênico. O pro-tólito do minério são rochas duníticas e peri-

dotíticas, intensamente serpentinizadas, daSuíte Intrusiva Vale do Alegre de idade me-soproterozóica.

Acham-se vinculados à porção SWdo Cráton Amazônico e associados à evolu-ção da Orogenia Sunsas.

Os trabalhos de geologia de detalhe,executados pela empresa, caracterizaram eindividualizaram três unidades litológicas,constituídas de dunitos, peridotitos e tremo-lititos.

As concentrações mais expressivasde níquel encontram-se distribuídas nas zo-nas saprolíticas do dunito, que geram teoresde Ni acima de 0,9%, sendo o minério classi-ficado de ácido quando ultrapassa 2,5 darelação SiO

2/MgO e básico se essa relaçãofor menor que 2,5. Estratigraficamente, asfaixas de minério ácido sobrepõem às deminério básico. Os corpos mineralizadosapresentam–se com formas lenticulares outabulares, geralmente com limites de mine-ralizações (superior e inferior) paralelos à li-nha de oxidação determinada pela variaçãodo nível dinâmico do lençol freático.

O minério se formou pela concentra-ção gradativa de níquel a partir da evoluçãode processos geomorfológicos que mode-lam o relevo e determinam o desenvolvimen-to de horizontes de alteração laterítica, liga-dos a processos de intemperismo que atu-am sobre as rochas ultramáficas (dunitos).Assim, o sistema dinâmico de intemperismoque atua nessas rochas ricas em olivina, emcondições favoráveis de clima, relevo e dre-nagem, promove a lixiviação seletiva dos prin-cipais elementos constituintes da rocha ori-ginal, permitindo a concentração do níquelem condições de gerar depósitos econômi-cos, devido a sua imobilidade geoquímica emrelação a outros íons do sistema.

A lixiviação do magnésio e da sílicada rocha original permite a concentraçãoresidual de ferro e níquel nas porções inici-ais do perfil de alteração. Esse processo delixiviação pode ser acentuado e, quando pre-servados dos processos erosivos, desenvol-vem coberturas silicosas (silexitos), friáveis eporosas, não raro maciças e duras, com con-centrações de magnésio em torno de 1 a 2%, sílica superior a 50 % e metais como ní-quel, com comportamento irregular.

De uma forma geral, o perfil de alte-ração desses depósitos tem as seguintescaracterísticas (Figuras 4.22 a 4.25):

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 168: Rel Mato Grosso

Figura 4.22 - Perfis de Alteração dos Depósitos - Relatório Final de Pesquisa - Anglo American Brasil Ltda/ 2003

Figura 4.23 - Perfis de Alteração dos Depósitos - Relatório Final de Pesquisa - Anglo American Brasil Ltda / 2003

168

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 169: Rel Mato Grosso

169

Figura 4.24 - Perfil geoquímico do Depósito Morro Sem Boné - Relatório Final de Pesquisa - Anglo American Ltda / 2003

Figura 4.25 - Perfil geoquímico evolutivo da leterita niquelífera do Morro Sem Boné - Relatório Final de Pesquisa - Anglo American Ltda / 2003

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 170: Rel Mato Grosso

170

· Zona Laterítica e Zona Silicosa (estérilaflorante) com Ni < 0,9%;

· Zona Silicosa Saprolítica, de material sa-prolítico com venulações de sílica, comNi > 0,9% (minério ácido);

· Zona Saprolítica Argilosa Ferruginosa, comNi > 0,9%, Fe > 18% (minério ácido);

· Zona Saprolítica Argilosa, com Ni > 0,9%,Fe < 18% (minério básico);

· Zona Saprolítica Homogênea, com estru-tura da rocha original preservada, comNi > 0,9%, Fe < 15% (minério básico);

· Zona de Transição para Rocha Fresca,com Ni < 0,9%.

Os depósitos dos morros Sem Boné edo Leme possuem reservas minerais bloquea-das de aproximadamente 47 milhões de tone-ladas de minério, com teores médios de 1,76%de Ni, 14,5% Fe, mostrando ainda uma rela-ção Si02/Mg0 de 2,29 e um cut- off de 0,9% Ni.

4.3.4 - DISTRITO ESTANÍFERO SÃOFRANCISCO (WAF)

Localiza-se na Amazônia Ocidental,no extremo noroeste do Estado de MatoGrosso, próximo aos limites com os estadosde Rondônia e Amazonas. Esse distrito mi-neiro é parte integrante da Província Estaní-fera de Rondônia e está relacionado a umcorpo granítico circular, isotrópico, anorogê-nico, com textura rapakivi, pertencente à Su-íte Intrusiva Rondônia. Este corpo encontra-se intrudido em rochas metagranodioríticasda Suíte Intrusiva São Romão (PP4gammasr) e recoberto, discordantemente, pelos se-dimentos neopaleozóicos continentais daFormação Palmeiral (NP1 p). A área foi des-coberta e trabalhada por garimpeiros e, pos-teriormente, pesquisada pelo Grupo Parana-panema, que culminou com o dimensiona-mento de uma jazida de cassiterita e a con-seqüente atividade de lavra.

Os trabalhos de pesquisa concluíramque a mineralização classifica-se como se-cundária e primária.

A mineralização secundária está re-lacionada ao produto da erosão da zona dealteração dos granitos mineralizados da Su-íte Intrusiva Rondônia e conformam placerscom concentrações de estanho na base dossedimentos da Formação Palmeiral, em alu-viões imaturas, conformando paleovales

pleistocênicos e nas calhas das drenagens(Schobbenhaus & Silva Coelho, 1988).

A mineralização primária localiza-seprincipalmente na zona central do maciçogranítico, associada ao evento mais jovem daintrusão, controlada por alterações hidroter-mais tardias, compreendendo basicamentealbitização e caolinização, com disseminaçõesde Sn e, secundariamente, Nb, Ta e Terras-Raras (Schobbenhaus & Silva Coelho, 1988).

Segundo Pelachin et al. (1986) exis-tem duas fases que caracterizam a intrusãogranítica responsável pela mineralização es-tanífera de São Francisco: uma fase mais an-tiga, denominada de Fase Baiano, compre-endendo um biotita granito médio a grosso,rapakivítico, normalmente cataclasado; e umafase mais jovem, definida como Fase SãoFrancisco, relacionada ao núcleo do maciçogranítico, representada por um granito fino, abiotita, encaixado nas rochas da Fase Baianoe afetado por alterações hidrotermais tardias.

Estudos executados pelo Grupo Para-napanema na Mina São Francisco, permitiramdefinir as principais feições geológicas vincu-ladas à mineralização de Sn e associados:

· as mineralizações primárias estão relaci-onadas à área de ocorrência do eventomais jovem da intrusão (Fase São Fran-cisco), hidrotermalmente alterada (caoli-nização e greisenização) e à zona exter-na de contato, sob a forma de veios degreisen, encaixados no evento mais anti-go da intrusão (Fase Baiano);

· como as feições cataclásticas registradas noevento mais antigo não são detectadas noevento mais jovem, assume-se a existênciade um gap cronológico entre ambos;

· as concentrações de estanho na base dossedimentos relacionam-se a canais, nor-malmente meandrantes, vinculados ao iní-cio do processo de deposição da bacia;

· os paleovales pleistocênicos caracterizamum sistema de drenagem pretérito que,apesar de mineralizado, é economica-mente inviável;

· os depósitos aluvionares estão relaciona-dos tanto à erosão da fonte primária (gra-nitos associados à Fase São Francisco)quanto ao retrabalhamento de sedimen-tos mineralizados da borda da bacia.

Os trabalhos de pesquisa do Grupo

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 171: Rel Mato Grosso

171

Paranapanema permitiram o bloqueio, em31.12.1985, das seguintes reservas (Tabela 4.6):

Os trabalhos permitiram também con-cluir que apenas os placers aluvionares com-preendem jazimentos economicamente ex-plotáveis. Os depósitos primários, bem comoaqueles associados à base dos sedimentos

e em paleovales, não se mostraram econo-micamente aproveitáveis, em função de fa-tores como relação teor x reserva, alto custode extração e processamento e baixa recu-peração gravimétrica

A mina foi explotada pelo Grupo Pa-ranapanema, a partir do início da década de

1970, e paralisada no final desta mesma dé-cada. Atualmente, aos problemas técnicosque dificultam a retomada dos trabalhos depesquisa/explotação da jazida, associa-se umpassivo ambiental significativo.

4.4 - SUBSTÂNCIAS NÃO METÁLI-CAS

4.4.1 - ROCHAS E MINERAIS INDUS-TRIAIS

Rochas Carbonáticas (FECP)

As rochas carbonáticas cons-tituem um dos bens minerais da mais altaimportância para a agricultura do Estado,sendo utilizadas na condição de insumo agrí-cola, principalmente como corretivos de so-los. Destacam-se nessa condição as rochasda Faixa Paraguai (grupos Alto Paraguai eCuiabá) e da Bacia do Paraná (grupos PassaDois e Bauru).

Distrito de Rochas Carbonáticas da Provín-cia Serrana(FECP)

Os depósitos de rochas carbonáticasassociados ao Grupo Alto Paraguai ocupamuma faixa com forma aproximada de um arco,com cerca de 30 km de largura por 350 kmde comprimento. Estendem-se desde a bor-da do Pantanal Matogrossense, a sul de Cá-ceres, até a região de Paranatinga, passan-do por Rosário Oeste e Nobres (Figura4.26). Um depósito isolado ocorre a nordes-

te da cidade de Nova Xavantina, na margemdireita do Rio das Mortes, município de Co-calinho.

Luz et al. (1978) registram reservasaflorantes de calcários dolomíticos e dolomi-tos, com boa aplicabilidade na construçãocivil e corretivos de solos, em torno de 60 bi-lhões de toneladas e reservas geológicas fa-cilmente aproveitáveis de calcário calcítico,para produção de cal, brita e cimento, esti-madas em aproximadamente 800 milhões detoneladas.

Os calcários calcíticos, com interca-lações subordinadas de siltitos e margas,associam-se ao membro inferior da Forma-ção Araras (Grupo Alto Paraguai), enquantoos calcários dolomíticos e dolomitos estãoligados ao membro superior desta mesmaformação.

A lavra destas rochas carbonáticasvem crescendo a partir do final da última dé-cada. Após atravessar um período de crisede 1995 a 1997, a produção ultrapassou os3 milhões de toneladas em 1999 e os 5 mi-lhões de toneladas no ano de 2003, com umtotal de 5.279.129 toneladas (Figura 4.27).

Segundo dados do IPEM (2000), naProvíncia Serrana, com a abertura de exten-sas áreas para agricultura, estas rochas car-bonáticas vêm sendo extensivamente explo-tadas, com o surgimento de dezessete indús-trias produzindo pó calcário, brita e cal, alémde uma fábrica de cimento implantada e ou-tra em implantação.

Na parte leste do Estado, no municí-pio de Cocalinho, uma indústria (CalcárioAraras) produz pó corretivo.

Tabela 4.6 - Reserva de estanho - Mina de São Francisco

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 172: Rel Mato Grosso

172

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 173: Rel Mato Grosso

173

Áreas Potenciais para Rochas Carbonáti-cas do Grupo Cuiabá(WAF)

Lentes de rocha carbonáticas são co-muns nas subunidades 2, 7 e 8 do GrupoCuiabá. (Luz et al., 1980). A principal delaslocaliza-se próximo ao Distrito da Guia e vemsendo explorada, desde 1959, pela empresaCaieira Nossa Senhora da Guia Ltda. No lo-cal afloram mármores calcíticos e dolomíti-cos, margas e brechas intraformacionais, ini-cialmente atribuídas à subunidade 8 do Gru-po Cuiabá, e que também é considerada, poralguns autores (Almeida, 1988 e Alvarenga,1988) como pertencente a base da Forma-ção Araras. A reserva indicada é de aproxi-madamente 500 milhões de toneladas.

Áreas Potenciais para Rochas Carbonáti-cas da Bacia do Paraná(WAF)

As ocorrências de lentes destas ro-chas estão associadas aos grupos Bauru ePassa Dois.

No Grupo Bauru, a principal jazida lo-caliza-se no município de Poxoréo. Foi pes-quisada pela METAMAT, que encontrou trêsmilhões de toneladas de reserva medida. Atu-almente está sendo explorada pela Minera-ção Lindenberg S/A.

Um depósito de menor dimensão (40mil toneladas de reserva total) e com baixo

teor de MgO e alto teor de sílica, situa-se nomunicípio de Chapada dos Guimarães.

No Grupo Passa Dois, camadas lenti-culares de calcário, associadas a siltitos, ar-gilitos e folhelhos, estão sendo exploradasnos municípios de Alto Garças (Império Mi-neração e Calcário Mendes Teixeira) e Itiqui-ra. (FIgura 4.27)

4.4.2 - ÁREAS POTENCIAS PARA MINERAISESTRUTURAIS (APQ)

Os materiais de construção, utilizadosna forma natural, são chamados na nomen-clatura moderna de minerais estruturais ouagregados para construção civil. É o casodas areias, argilas e cascalhos ou rocha bri-tada, largamente produzidos no territóriomatogrossense, mormente na região do en-torno dos grandes centros urbanos comoCuiabá, Rondonópolis, Barra do Garças,Cáceres, Sinop e Alta Floresta, entre outros.

A areia, a argila, o cascalho e a britasão recursos minerais básicos indispensáveisao desenvolvimento regional e têm importân-cia fundamental na produção de argamas-sa, concretagem e/ou pavimentação, postese vigas. Além dos materiais estruturais, asso-cia-se à utilização de areia a produção de vi-dros, cerâmicas e abrasivas.

A extração desses bens minerais, noentanto, deve obedecer a normas técnicasbem definidas de forma a causar o mínimoimpacto ambiental.

Dessa forma, preocupado com a pre-servação destes ambientes, o governo esta-dual promoveu, no final de década de 90, umaação integrada envolvendo o Ministério Públi-co Estadual, o Departamento Nacional daProdução Mineral, o Instituto Brasileiro de MeioAmbiente, a Fundação Estadual do MeioAmbiente e a Coordenadoria Estadual do MeioAmbiente, com o objetivo de buscar soluçõespara equacionar esse problema.

A ação desse Grupo de Trabalho ge-rou um relatório com uma abordagem crite-riosa sobre a situação da extração mineralno leito do rio Cuiabá, propondo soluçõestécnicos/ambientais racionais, para uma con-vivência harmônica entre a atividade econô-mica e a preservação ambiental, que seriamposteriormente extrapoladas para as demaisregiões do estado.

AREIA

Figura 4.27 - Dados de produção de calcário pra pó-corretivo no Estado de Mato Grosso (Fonte: RelatóriosTrimestrais da divisão de Fiscalização do Minsitério daAGricultura / MT)

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 174: Rel Mato Grosso

174

Os depósitos de areia economica-mente explotáveis localizam-se no entornodos principais centros urbanos do Estado,mais precisamente na região da Grande Cui-abá (Cuiabá/Várzea Grande), Rondonópolis,Barra do Garças, Cáceres, Sinop, Alta Flo-resta, Tangará da Serra, entre outras, nas alu-viões dos rios Cuiabá, São Lourenço, Para-guai, Vermelho, Aragarças, Teles Pires, Ari-nos, Guaporé, Peixoto de Azevedo, Parana-tinga e Aripuanã, sendo que sua extração éseletiva e obtida através de dragas distribuí-das ao longo dos talvegues.

A exaustão dos depósitos de areia,mormente na região da Grande Cuiabá, asso-ciada às restrições ambientais, deverá estimu-lar a busca de fontes alternativas para extraçãodesse bem mineral, relacionadas a outrosambientes geológicos, a fim de suprir a deman-da do estado estimada em 1.000.000 m³/ano.

ARGILA

Os depósitos de argila, economica-mente viáveis, localizam-se nas planíciesde inundação dos principais rios próximosaos centros urbanos, particularmente osrios Cuiabá, São Lourenço, Vermelho, Pa-raguai e Aragarças. Localmente, como nomunicípio de Rondonópolis, são extraídastambém dos sedimentos pelíticos da For-mação Ponta Grossa.

Sua utilização é restrita a produção decerâmica vermelha, basicamente na fabrica-ção de tijolos, telhas e, subsidiariamente, la-jotas. Trata-se de um material natural terrosode elevada plasticidade, oriundo da alteraçãode rochas, nas quais os argilominerais poralteração hidrotermal ou intemperismo desilicatos (feldspatos, piroxênios, anfibólios) setransformam em hidrossilicatos finamentecristalinos.

Segundo dados oriundos do 12º Dis-trito/DNPM, a produção de argila em 2002foi da ordem de 106.000 t, suficiente parasuprir a demanda de tijolos e insuficiente paraa demanda de telhas, cuja importação situa-se ao redor de 80% do consumo.

BRITA

A brita explotada no Estado provémde pedreiras localizadas no entorno dos prin-cipais centros urbanos, sendo resultante da

lavra de granito (Cuiabá, Sinop, Alta Flores-ta, Colíder, Barra do Garças, Pontes e Lacer-da e Peixoto de Azevedo); calcário/dolomito(Cuiabá, Cáceres, Tangará da Serra; Rosá-rio Oeste, Nobres); basalto (Tangará da Ser-ra) e arenito silicificado (Rondonópolis, Pri-mavera do Leste).

Segundo dados do 12º Distrito/DNPMa produção em 2003 foi de 513.000 m³, sen-do que aproximadamente 55% dessa produ-ção concentrou-se na região da GrandeCuiabá (Cuiabá/Várzea Grande).

4.4.3 - MANANCIAIS DE ÁGUAS MINERAISE TERMAIS (WAF)

O pólo de águas minerais e termaisdo Estado de Mato Grosso situa-se nas regi-ões centro-sul e leste, abrangendo centrosurbanos importantes, com destaque para ascidades de Cuiabá, Várzea Grande, Rondo-nópolis e Barra do Garças, onde se concen-tra cerca de 50% da população do Estado.

Registros sobre a existência de fon-tes termais em Mato Grosso reportam ao iní-cio do século XX, sendo que o primeiro tra-balho de pesquisa determinando as proprie-dades de uma fonte termal foi desenvolvidoem 1974, pela Cia. de Pesquisa de RecursosMinerais – CPRM, nas Águas Quentes de SãoVicente, no hotel/balneário homônimo, nomunicípio de Santo Antonio do Leverger. Apartir de 1980, novas pesquisas foram realiza-das nas fontes termais de Juscimeira, Gene-ral Carneiro e Barra do Garças entre outras.

Quanto às águas minerais e potáveisde mesa, as pesquisas se iniciaram em 1974,estendendo-se até 1984, no município deChapada dos Guimarães, sob responsabilida-de da Mineração Lebrinha, pioneira na indus-trialização de água em Mato Grosso. Outrascinco empresas já explotam esse bem mine-ral e novos empreendimentos estão se insta-lando no Estado com esse mesmo objetivo.

Existe consenso mundial de que aágua subterrânea e, conseqüentemente aságuas superficiais, revestem-se de uma im-portância crescente como veículo condutore sinalizador das soluções para o adequadoabastecimento humano associado ao con-trole da poluição ambiental.

Estimativas apontam que 97,5% daágua existente na hidrosfera terrestre referem-se às águas salgadas e somente 2,5% àságuas doces. Desse percentual de água

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 175: Rel Mato Grosso

175

doce, 68,7% encontram-se sob a forma degelo, 29,9% constituem as águas subterrâ-neas e apenas 0,26 % as águas superficiais.

O Estado de Mato Grosso registrou, nasúltimas décadas, um aumento substancial dademanda hídrica e, em decorrência, a perspec-tiva do aumento da poluição ambiental.

As águas minerais e potáveis de mesa,envasadas em Mato Grosso para consumohumano, alcançaram em 2002/2003 umaprodução da ordem de 150 milhões de litros,segundo registros oriundos do DNPM/MT.Novos empreendimentos, ainda em fase depesquisa, estão se credenciando para a ex-plotação desse segmento industrial no Esta-do. O potencial dos aqüíferos é substancial eestimula essa perspectiva. Estas águas estãogeneticamente condicionadas ao aqüíferoFurnas e afloram sob a forma de surgência,preferencialmente na zona de contato com aFormação Ponta Grossa (sotoposta).

As fontes termais despontam comouma nova opção para viabilizar a implanta-ção de projetos de hotelaria/balneário, paraaproveitamento turístico, e compreendemdois contextos geológicos: no primeiro, afonte termal encontra-se associada à intru-são do batólito granítico da Serra de São Vi-cente, condicionada por um sistema de fa-lhas de direção N40E/subvertical e fraturasde direções N20-40E e N70-80W. Neste con-texto existem cerca de uma dezena de fon-tes, três das quais situadas no leito do córre-go Águas Quentes, com uma vazão total deaproximadamente 1.500.000 l/dia. As águasapresentam baixo conteúdo de sais minerais

dissolvidos, temperaturas entre 39ºC a 41ºCe radioatividade local de 50 CPS. São classi-ficadas como fontes termais (hipertermais)radioativas e suas águas como oligominerais.O hipertermalismo deve-se ao grau geotér-mico local, com contribuição da desintegra-ção de minerais radioativos (Olivatti & Mar-ques, 1972). O segundo contexto correspon-de a um aqüífero termal subterrâneo, situa-do nos sedimentos arenosos da FormaçãoFurnas. Abrange os municípios de Jaciara,Juscimeira, D. Aquino, Pedra Preta, Rondo-nópolis, Poxoréu, General Carneiro e Barrado Garças, no limite com o vizinho estadode Goiás, controlado por uma mega falha dedireção nordeste.

A temperatura da água varia entre41ºC e 51ºC e o hipertermalismo desse aqü-ífero se processa pelo grau geotérmico re-gistrado na região (1ºC/29m), em associa-ção com a velocidade de circulação da águaque permite o seu aquecimento nas zonasprofundas e com uma velocidade de ascen-são superior à taxa de resfriamento devidoao equilíbrio térmico com as zonas mais ra-sas, sob influência da tectônica registrada naregião (sistemas de falhas/fraturas).

Apenas no município de Juscimeira,em uma área de 22 x 22 km, este aqüíferovem sendo explotado através de duas deze-nas de poços tubulares profundos, com umavazão média de 25m³/h/poço.

Atualmente, esse complexo deáguas termais vem sendo explorado comer-cialmente por um empreendimento hote-leiro/balneário, nas Águas Quentes de SãoVicente, e subaproveitado através de pe-quenos balneários nos municípios de Jus-cimeira e Barra do Garças.

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 176: Rel Mato Grosso

176

Page 177: Rel Mato Grosso

177

5.ECONOMIA MINERAL

5.1 - ASPECTOS ECONÔMICOS E SOCIAIS

O Estado do Mato Grosso situa-se naregião Centro-Oeste do Brasil, em área con-siderada como da Amazônia Legal, tendouma superfície de 906.806,9 km2, equivalen-te a 10,55% da área do território nacional.Possui uma população de 2.504.353 habi-tantes com um crescimento médio em tornode 2,81 % ao ano e 52,4 % da populaçãoeconomicamente ativa.

O Índice de Desenvolvimento Huma-no (IDH) médio de Mato Grosso, é de 0,767e se apresenta maior que a média nacional.

Tem como principais atividades eco-nômicas a agricultura ( soja, arroz, algodão,milho, sorgo, cana-de-açúcar e mandioca),a pecuária ( bovinos, suínos e galináceos ),o extrativismo de madeira e borracha, a ex-tração mineral e a indústria metalúrgica e ali-mentícia. Como em todo o país , o estadotem no setor terciário em expansão, um dosmais crescentes da sua economia.

O setor de produção agrícola (soja,arroz e algodão) vem crescendo significati-vamente, enquanto na pecuária destaca-secom o maior rebanho bovino do país(24.704.245 cabeças).

O Estado situa-se como o maior pro-dutor de soja do país (15.008,8 mil tonela-das), primeiro produtor de algodão (917,4 miltoneladas/caroço e 574,4 mil toneladas/plu-ma), segundo produtor de arroz (1.780,1 miltoneladas), segundo produtor de sorgo

(316,0 mil toneladas), sexto produtor decana-de-açúcar (13.559,6 mil toneladas), sé-timo produtor de milho (3.308,9 mil tonela-das), segundo em extração vegetal (2.867.779tora-m³/ano) e décimo-quinto em silvicultu-ra (15.690 tora-m³/ano) e ocupa a 18ª posi-ção no cenário mineral brasileiro.

O setor mineral vem contribuindo demaneira especial com a economia regionale faz parte da própria história do estado que,a partir da segunda década do século XVI,recebeu várias expedições em busca doouro, já conhecido e utilizado pelos nativosem utensílios.

Em 1718 deu-se início a primeiramina de ouro cuja exploração intensa e de-sordenada, pela Coroa Portuguesa, levou-aà exaustão em meados de 1730, iniciandoum longo processo de marasmo na minera-ção, somente interrompido com a descober-ta de diamantes no início do século XX, mar-cando um novo ciclo de exploração mineralna região, que resultou no aparecimento devárias cidades. A mineração organizada teveinício a partir dos anos de 1960 e 1970, comnovas descobertas de ouro e diamante ecom a instalação de organismos institucio-nais como o DNPM – Departamento Nacio-nal da Produção Mineral, a CPRM – ServiçoGeológico do Brasil, a METAMAT – Mineraisde Mato Grosso S.A. e a UFMT – Universida-de Federal de Mato Grosso. Na mesma épo-ca deu-se o interesse de várias empresas demineração que começaram a atuar na região,

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 178: Rel Mato Grosso

178

como: DOCEGEO - Vale do Rio Doce; NU-CLEBRÁS; Mineração Santa Elina Ltda; Mor-rinho Mineração Ltda; Minérios SalomãoLtda.; Mineração Jaguar Ltda.; Pró MetálicaMineração Ltda. (Associada ao Grupo AngloAmerican); SOPEMI; RTZ - Rio Tinto ZincMineradora Bauxita; Western Mining Com-pany; Sumitomo Corporation do Brasil S.A.,além da atuação de grandes grupos empre-sariais importantes como Votorantin, Andra-de Gutierrez e Camargo Corrêa.

Também surgiram associações e coo-perativas garimpeiras organizadas na tentati-va de melhorar a produtividade nos garimposoutrora explorados de forma rudimentar.

A economia mineral do estado estácalcada principalmente na extração do ouroe diamante, mas vem se diversificando coma produção de minerais importantes para odesenvolvimento regional como o calcáriodolomítico, utilizado em grande escala naagropecuária como corretivo da acidez dosolo e o calcário calcítico, insumo fundamen-tal para a indústria de cimento, além da utili-zação como corretivo.

As rochas ornamentais, os materiaisagregados para a construção civil (areia, bri-ta e argilas), e a revelação de um novo po-tencial para metais (zinco, chumbo, cobre,prata e níquel) além de minerais industriais(caulim e argilas industriais), e água minerale termal completam o quadro dos bens mi-nerais conhecidos e explorados na região.

No que tange a sua balança comer-cial, Mato Grosso ainda é produtor de bensprimários. Importa os produtos acabados,principalmente insumos utilizados na indús-tria de fertilizantes, que contribuem com cer-ca de 80% dos produtos importados; situa-ção que gera um déficit na sua balança co-mercial com conseqüências na geração deemprego e renda.

No ano de 2001 o Produto Mineraldo Estado (PMMt) foi da ordem de R$ 202milhões e correspondeu a 1,4% do PIB inter-no que atingiu R$ 14,5 bilhões.

Em relação ao PMB – Produto Mine-ral Brasileiro (soma de toda a produção mi-neral oficial do Brasil) a participação do Pro-duto Mineral de Mato Grosso - PMMt é mui-to pequena , em torno de 0,21%. Vale salien-tar que esta média é ainda mais preocupan-te se comparada com a participação do PMBno PIB nacional que é da ordem de 25%.

A comparação do Produto Mineral de

Mato Grosso ( PMMt) com o PMB nacional esua relação o PIB estadual, demonstra quehá um potencial interno ainda pouco explo-rado e que poderá proporcionar crescimen-to real muito grande para a região, depen-dendo basicamente da implantação de polí-ticas que estimulem investimento nos seto-res potenciais.

Dessa forma,o setor mineral do MatoGrosso poderá crescer em termos qualitati-vos e quantitativos contribuindo com o pro-cesso de desenvolvimento regional e aumen-tando a oferta de produtos para induzir ocrescimento industrial e agregar cada vezmais valores à economia regional.

5.2 - INFRA – ESTRUTURA BÁSICA

O Estado dispõe de uma boa infra-estrutura básica, com uma malha rodoviáriasatisfatória e várias hidrovias ainda pouco ex-ploradas, além de uma malha ferroviária im-plantada e em expansão (FERRONORTE).

Cuiabá, capital do estado, encontra-se a 2.000 Km da costa atlântica no porto deSantos em São Paulo, por rodovias asfalta-das, ou pela ferrovia FERRONORTE. Dista1.800 Km do porto de Santarém, no estadodo Pará, pela BR-163. Situa-se ainda a 2.359Km do porto de Ilo e 2.472 Km do porto deMatarani (ambos no Peru), e a 2.000 Km dosportos de Arica e Iquique (no Chile), todosna Costa do Pacífico, sendo que 1.550 Kmsão asfaltados e 450 Km são de estrada sempavimento asfáltico, em território boliviano.

A rede hidroviária compreende a hi-drovia Paraguai-Paraná, desde o porto deCáceres ao porto de Buenos Aires, com ex-tensão de 3.442Km e da hidrovia Madeira-Amazonas, com extensão de 1.100Km, apartir de Porto Velho (RO) até Itacoatiara, noAmazonas. O Aeroporto Internacional Mare-chal Rondon está sendo dotado da maismoderna infra-estrutura para operar aviõescargueiros de vôos nacionais e internacio-nais. Portanto, Mato Grosso está se constitu-indo em um grande entroncamento sul-ame-ricano, com ligações norte-sul e leste-oeste,com ponto intermediário entre as duas cos-tas marítimas do Atlântico e do Pacífico. En-contra-se interligado ao sistema elétrico na-cional e ao de comunicações a cabos de fi-bra ótica, com telefonia convencional fixa,

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 179: Rel Mato Grosso

179

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 180: Rel Mato Grosso

180

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 181: Rel Mato Grosso

181

rural e celular.Dispõe de 1,82% da capacidade de

geração de energia elétrica do país distribuí-dos em 89 empreendimentos responsáveispela produção de 1.573.598KW, de origemhidráulica e, térmica a partir do gás naturalimportado da Bolívia. Além desta infra-estru-tura instalada encontram-se em construção10 usinas e mais 40 já contam com sua ou-torga assinada.

A rede rodo-hidro-ferroviária é sufici-ente para o escoamento dos produtos ge-rados tanto no Mato Grosso como na Ama-zônia Ocidental e este sistema integradoatende perfeitamente à demanda do trans-porte de cargas entre esta região e o restan-te do país.

A malha rodoviária do estado abran-ge um total de 84.200Km de rodovias, distri-buída do seguinte modo: 4.000Km são ro-dovias federais, 20.000Km estaduais e60.000Km municipais, sendo que as vias sempavimentação totalizam 21% da malha fede-ral, 89% da estadual e 100% da municipal.

O sistema de transporte do Estadocompreende os seguintes corredores:

Corredor Norte – Rodo-hidroviário,composto pela BR 163 (Cuiabá-Santarém) epela Hidrovia Teles Pires – Juruena – Tapa-jós:

Corredor Centro-Norte – Hidro-Rodo-Ferroviário, composto, a partir de NovaXavantina, pela Hidrovia Mortes – Araguaia –Tocantins, passando por Xambioá – BR 010/153/226 até Imperatriz (MA) – Ferrovias Nor-te-Sul e Carajás para atingir o Terminal dePonte da Madeira em São Luiz (MA);

Corredor Leste – Rodo-Ferroviário,composto pela BR 070 (Cuiabá-Goiânia-BeloHorizonte-Vitória) ou BR 364 (Cuiabá-Rondo-nopólis-Itumbiara-Belo Horizonte-Vitória);

Corredor Sudeste – Rodo-Ferroviá-rio (FERRONORTE) – Cuiabá-Rondonopó-lis-Alto Taquari-Chapadão do Sul-Aparecidado Taboado-Santos;

Corredor Sul/Sudoeste – Rodo-Hi-droviário (Hidrovia Paraguai-Paraná) – Cuia-bá (BR 174/070) – Cáceres-Corumbá-Assun-ção-Barranqueras-Nova Palmira-Campanha-Buenos Aires;

Corredor Oeste – Rodoviário (ligaçãocom o Pacífico) – Cuiabá (BR 174/070) –Cáceres–San Mathias–Santa Cruz-Portos doChile e do Peru;

Corredor Noroeste – Rodo-Hidrovi-

ário – Cuiabá-Sapezal (BR 174) – HidroviaMadeira – Amazonas – Solimões - Porto Ve-lho – Itacoatiara - Iquitos ou Macapá.

A hidrovia Paraguai-Paraná que éconsiderada a coluna vertical do Mercosul,pois percorre, além do Brasil o Paraguai, Ar-gentina e Uruguai, necessita em alguns tre-chos (Cáceres-Corumbá) de investimentosfederais.

A hidrovia Araguaia-Tocantins, queem Mato Grosso é a Hidrovia Rio das Mor-tes-Araguaia, escoa toda produção do Lesteligando–se através da ferrovia de Carajás aoPorto de Itaqui.

A hidrovia Madeira-Amazonas é a viaque se liga ao sistema rodoviário da antigaMT-235, que foi incorporado à BR-364 nosegmento do entroncamento da BR-163(Posto Gil) até a BR-174, seguindo para oporto de Porto Velho em Rondônia.

A integração da malha ferroviária doEstado à malha nacional é recente. O corre-dor ferroviário constituído pela Ferronorte,liga Aparecida do Taboado (MS) a Cuiabá(MT), em um percurso total de 956 Km.A fer-rovia Ferronorte já opera no escoamento dosgrãos através dos terminais de Alto Taquari eAlto Araguaia.

5.3 - COMÉRCIO EXTERIOR

Segundo dados da SEPLAN, o co-mércio exterior do Estado de Mato Grossovem apresentando um superávit na sua ba-lança comercial com uma tendência dasexportações crescerem em níveis cada vezmaiores ( Gráfico 1). No ano de 2002 a ten-dência do aumento das exportações em re-lação às importações se faz notar de manei-ra mais acentuada confirmando a tendênciade crescimento devido principalmente aogrande aumento na produção de soja, prati-camente toda exportada.

Em seguida aparecem na pauta deexportação a madeira com 5,83% e os pro-dutos de origem animal que representam5,53%, enquanto as commodities mineraisrespondem por apenas 0,62%.

Os principais produtos exportadospelo estado são de origem vegetal o que re-presenta 85% do total , com ênfase para a sojaque domina o setor com uma participação de83% como mostra o Gráfico 2 a seguir.

No que se refere às importações, o Grá-fico 3 mostra de forma incisiva o estágio pou-

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 182: Rel Mato Grosso

182

GRÁFICO 1

GRÁFICO 2

Fonte: SICME

co verticalizado do setor mineral mato-grossen-se onde verifica-se que a quase totalidade dosprodutos importados está diretamente ligadaaos insumos agrícolas principalmente para pro-dução de fertilizantes, ou seja , produtos de

origem mineral importados justamente paraatender à demanda industrial dos produtosutilizados na agricultura e pecuária.

A baixa participação do setor mineral

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 183: Rel Mato Grosso

183

nas exportações e a grande dependênciaexterna de insumos e produtos acabados deorigem mineral mostram o perfil da econo-mia mineral do estado, caracterizada por pro-dução de bens primários e importação deinsumos e produtos industrializados, quadroque pode ser revertido com programas degoverno voltados para a verticalização indus-trial da mineração com aproveitamento dosrecursos minerais na própria região.

5.4 - O SETOR MINERAL

5.4.1 - Pesquisa Mineral

No território mato-grossense encon-tram-se importantes jazimentos que encer-ram mineralizações de ouro, diamante, me-tais (níquel, cobre, chumbo, manganês, es-tanho e zinco), rochas ornamentais, mine-rais industriais, água mineral e termal, rochascarbonáticas.

Como pode ser observado neste levan-tamento, os maiores destaques são:

• Províncias e Distritos Auríferos (Alta Floresta; Alto Guaporé e Baixada Cuia-bana) e a região aurífera de Nova Xavantina;

• Distrito de Rochas Carbonáticas– Província Serrana (Cáceres; -Nobres-Ro-sário Oeste-Paranatiga) - Bacia do Paraná(Alto Garças e Poxoréo); Grupo Alto Para-guai- Formação Araras (Cocalinho, Nova Xa-vantina): Baixada Cuiabana (Cuiabá/Distritoda Guia).

• Distritos Diamantíferas (Juína, Pa-ranatinga, Alto Paraguai e Poxoréo), que com-põem a Província diamantífera do Centro

Oeste do Mato Grosso, além dos Depósitospolimetálicos de Aripuanã, Cabaçal e Níquelde Comodoro.

Nas últimas décadas o setor mineralrecebeu a atenção de órgãos e empresas es-tatais que implementaram ações importantespara desenvolve-lo. A presença do DNPM -Departamento Nacional da Produção Mineralda CPRM - Companhia de Pesquisas de Re-cursos Minerais foi fundamental para o conhe-cimento do potencial mineral e geológico doterritório mato-grossense, através da execu-ção de mapeamentos geológicos básicos.

A partir de então , várias empresasforam atraídas para desenvolverem pesqui-sas minerais na região.

Atualmente, observa-se no períodoentre 2002/2003 um incremento no númerode requerimentos junto ao DNPM – Departa-mento Nacional de Produção Mineral (Tabe-la 1), da ordem de 55,2% no estado, contra24,25% a nível nacional.

Incremento ainda maior verificou-sena publicação de alvarás de pesquisa, daordem de 110% contra apenas 18,87% a ní-vel nacional.

O número de Requerimentos de Li-cença também aumentou significativamenteno período , como pode ser visto, um cresci-mento de 84% em Mato Grosso contra de-créscimo de 0,73% a nível nacional. Houvecrescimento também na obtenção de Lavrae Registro de Extração.

5.4.2 - Reservas e Produção Mineral

As reservas cubadas e devidamente

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 184: Rel Mato Grosso

184

aprovadas pelo DNPM no Estado, constitu-em um importante patrimônio mineral queestá legalmente disponibilizado.

O quadro a seguir (Tabela 2), mostraa distribuição das reservas nas suas respec-tivas classes de substâncias minerais.

Assim, como se observa, além dopotencial mineral em fase de pesquisa, asreservas minerais do estado podem contri-buir com o desenvolvimento regional trans-formando-a em riqueza através de extraçãoe comercialização destes bens minerais.

As reservas mostradas na Tabela 2,

expressam visivelmente a contribuição dasprovíncias e distritos conhecidos, com des-taque para Ouro, Diamante e Rochas Car-bonáticas. No que se refere à produção mi-neral, constata-se que está calcada basica-mente na produção do ouro, diamante e dealguns minerais não metálicos, os quais res-tringem-se àqueles de uso imediato na cons-trução civil e na agricultura, tais como: areia,argila, brita, cascalho, calcário dolomítico ecalcítico e rochas ornamentais.

Outras substâncias integrantes dopatrimônio mineral do Estado ainda estão emfase de pesquisa e exigem investimentos para

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 185: Rel Mato Grosso

185

a definitiva caracterização de viabilidade eco-nômica. São principalmente cobre, zinco,níquel, prata, estanho, manganês e umagama de minerais industriais (argilas, quart-zo e feldspato), além de fosfato, pedras co-radas e gemas, que poderão, a médio pra-zo, compor uma carteira mineral mais diver-sificada. Da mesma forma que a produçãode outros bens minerais, de uso industrial ede gás natural.

O valor da produção mineral de Esta-do do Mato Grosso, segundo dados oficiaisdo DNPM contrasta, sem dúvida, com o seugrande potencial geológico.

A série histórica abaixo (Tabela 3)mostra uma produção consolidada das subs-tâncias minerais com maior tradição, desta-cando-se a produção do ouro.

É apresentado também o comporta-mento de uma economia mineral pouco di-versificada que sofre direta e drasticamentea influência de qualquer impacto negativo naeconomia do seu principal bem mineral, nocaso o ouro.

Como se observa a participação deMato Grosso na produção mineral brasileiravem caindo gradativamente a partir de 1976em função da queda da produção do ouro,

chegando nos anos seguintes (1999-2000)a níveis muito baixos, com reflexos imedia-tos na participação do PMB nacional, refle-xos da diminuição da atividade garimpeira eda conjuntura econômica deste metal nomercado mundial.

5.5.1 - MINERAIS METÁLICOS

No Estado de Mato Grosso até o mo-mento foi produzido de forma mais consis-tente apenas um mineral da classe dosmetálicos, o Ouro. A produção de outrosmetais aconteceu em pequena escala nadécada de 70 , como é o caso do estanho ,extraído pela Cia. Paranapanema, na Minade São Francisco, município de Colniza, queconstitui uma extensão da Província Estaní-fera de Rondônia.

Outros minerais metálicos surgem,como alternativas econômicas de médio-pra-zo, todos eles em fase de pesquisa, comoCobre, Zinco, Prata, Níquel e Manganês.

Ouro

A exploração do ouro no Estado deMato Grosso, conforme comentada anterior-mente, está intimamente ligada à própria ori-gem do estado sendo irrefutavelmente o prin-cipal produto da sua economia mineral emtermos históricos, atuais e possivelmentepotenciais.

O ciclo histórico da produção dometal durou até o ano de 1730, quando asminas de ouro sofreram um rápido proces-so de exaustão, devido à exploração desor-denada, iniciando-se um longo período dedecadência.

A nova retomada da exploração doouro aconteceu só a partir do século XX, em1966, através de intensa atividade garimpei-ra na região norte nas aluviões dos rios TelesPires e Juruena e na baixada Cuiabana, nasproximidades de Cuiabá, seguida pela atua-ção de empresas de mineração que inicia-ram suas atividades na região.

Atualmente a produção aurífera é lo-calizada e ligada principalmente a extração

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 186: Rel Mato Grosso

186

do ouro primário, em função das dificulda-des geológicas, exigências ambientais e daexaustão dos depósitos aluvionares.

A exploração das regiões auríferasatravés de garimpeiros e empresas, provocouum grande impacto na economia regional,com a geração de emprego e renda e, con-seqüentemente no desenvolvimento regional.

Dados do DNPM mostram que a ex-tração do ouro nesses locais foi muito inten-sa e confirmam a grande corrida do ouroexperimentada nos fins do século passado.

Na Tabela 4, mostrada a seguir, veri-fica-se a contribuição desta riqueza na eco-nomia do Estado de Mato Grosso, com ên-fase para os municípios de Alta Floresta ePeixoto de Azevedo, onde houve maior pro-dução acumulada no período.

Durante um período de 18 anos, foramextraídas no norte de Mato Grosso mais de 120toneladas de ouro, configurando de forma in-dubitável a vocação regional para a prospec-ção pesquisa e produção deste bem mineral.

No valor da produção mineral do ourofornecida pelo DNPM (Gráfico 5) estão com-putadas todas as informações anuais a partirde 1995. Entretanto, sabe-se extra oficialmente

que neste período uma grande percentagemocorreu de forma clandestina. Nos últimos anosverificou-se uma queda na produção auríferao que coincide com o menor aproveitamentodo ouro secundário e o grau de dificuldade deexploração dos depósitos primários que exigemmaiores investimentos operacionais na lavra ena concentração do minério.

Retomar a produção do ouro aos ní-veis anteriores passa necessariamente porestudos técnicos de prospecção de novosdepósitos.

As reservas medidas de ouro no Es-tado de Mato Grosso somam 59 milhões detoneladas com teores entre 0,4 e 0,5 gramaspor tonelada, sendo 60% minério primário e40% secundário.

A nova inserção econômica do ourorequer ações conjuntas dos elementos en-volvidos, pois, além do processamento tec-nológico e da condução das empresas viaassessoria organizacional e gerencial há ou-tras dificuldades a serem superadas princi-palmente no que tange às questões ambi-entais e fiscais.

Dados fornecidos pela 12a. Distrito doDNPM em Cuiabá mostram claramente aqueda vertiginosa e preocupante da produ-ção do ouro no ano de 2003, demonstrandode forma clara a quase exaustão dos depó-sitos secundários e a dificuldade de explota-ção dos depósitos primários. A produçãoextra-oficial mostra que se apurou apenas182 quilogramas do metal em 2003, ou seja6% da produção regular dos anos anteriores.

Cobre, Zinco, Chumbo e Níquel

Conforme consta nos relatórios:IPEM/UFMT/METAMAT “O SETOR MINE-RAL DO MATO GROSSO – Diagnóstico eDiretrizes para Ações de Estado - 2000” e”Diagnóstico do Setor Mineral” - SICM e

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 187: Rel Mato Grosso

187

MME – 2002, o estado dispõe de importan-tes mineralizações de cobre, chumbo, zincoe prata, com destaque para o chamado Dis-trito Polimetálico do Cabaçal, e mineraliza-ções de níquel conhecidas nos Depósitos deNíquel de Comodoro.

O Distrito Polimetálico de Cabaçalestá localizado no município de Rio Brancono curso médio do Rio Cabaçal.

No período de 1980 a 1985 a BP Mine-ração, através da subsidiária Mineração Ma-nati, desenvolveu trabalhos de detalhe e semi-detalhe nesta área, dando origem a aberturada Mina do Cabaçal que operou entre os anosde 1987 até 1992. Neste período foram pro-duzidas 870.000t de minério com teor médiode 0,82% de cobre e 0,5g/t de ouro.

A partir de 1999 o consórcio Votoran-tim/Pró Metálica iniciou a reavaliação do de-pósito denominado C-2C, semelhante aodepósito da mina de Cabaçal com possibili-dade de retomar a produção.

Quanto ao minério de zinco existeum projeto em desenvolvimento pela Pro-metálica Mineração Ltda. para implantaçãode um empreendimento mineiro denomina-do Monte Cristo, no Município de Rio Bran-co, com o objetivo de lavrar 1.200.000t deminério, produzindo anualmente 20.700t deconcentrado de zinco.

Região do Jaurú situada ao longo domédio vale do Rio Jaurú, no município deIndiavaí, em uma faixa de 60km de largurapor 150km de comprimento na direção NW-SE, encerra várias ocorrências de sulfetos decobre, sendo o mais importante o da fazen-da Grão de Ouro, no norte do município deIndiavaí. Além do cobre, também ocorrempequenos depósitos de níquel e cobalto, oque demonstra o potencial da área.

Região do Rio Alegre está situada aW-NW de Pontes e Lacerda, tem potencial,principalmente para níquel, sendo que asocorrências mais conhecidas estão localiza-das no Morro Solteiro.

Distrito de Comodoro , nas localida-des conhecidas como Morro do Leme e SemBoné, no município homônimo, no períodode 1997-2001, a empresa Anglo-Americanidentificou um depósito de níquel lateríticocom reservas de minério da ordem de47.000.000 de toneladas, com teor de 1,76%de Ni. Essa mesma empresas investiu na re-gião de Aripuanã em trabalhos de pesquisa,que definiram como um dos maiores depó-

sito de Zinco do País com reservas de 22,3milhões de toneladas de minério, contendoZn a 7,89%, Ag a 49,7 g/t., 0,08% de cobre,1,60% de Pb e 0,22 g/t/Au.

A existência de ambientes semelhan-tes ao do depósito de Aripuanã, recomen-dam novas pesquisas e prospecções princi-palmente na região norte do estado.

A implantação de empreendimentospara produção de metais no Estado de MatoGrosso passa por dificuldades devido à faltade investimentos em energia elétrica, em ní-veis compatíveis com a demanda , nos lo-cais onde estão as jazidas, necessitando deações de governo no sentido de viabilizar aoferta deste serviço a curto–prazo, como for-ma de assegurar a efetiva instalação destesempreendimentos.

5.5.2 - MINERAIS NÃO-METÁLI-COS

Rochas CarbonáticasAs rochas carbonáticas têm grande

importância para a economia do Estado deMato Grosso por se tratar de uma região comforte vocação para a agropecuária. O Esta-do posiciona-se como o maior produtor deCalcário Agrícola do país, com capacidadeinstalada de 2.000 t/h, suficiente para suprirsua demanda interna.

Existem atualmente mais de duas de-zenas de unidades moageiras de pó-calcá-rio no estado, responsáveis pelo suprimen-to do mercado interno de corretivo de solo.Cerca de 15 destas unidades estão instala-das na região da Província Serrana, onde seconcentram as maiores reservas deste bemmineral, sendo 07 concentradas na região deNobres/Rosário Oeste. As demais localizam-se na Baixada Cuiabana/Distrito de Guia (01);município de Alto Garças (01); município deTangará da Serra (01); município de Cocali-nho (01); município de Poxoréu (01) e muni-cípio de Nova Xavantina (01). .

As reservas medidas e indicadas so-mam mais de 10 bilhões de toneladas, oque mostra um potencial inestimável des-se bem mineral para a região.

Além das unidades moageiras decalcário que ainda produzem como subpro-duto brita e cal, encontra-se em atividade 01fábrica de cimento no município de Nobrese uma outra em fase de implantação no mu-nicípio de Rosário Oeste.

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 188: Rel Mato Grosso

188

A produção de calcário dos últimosanos mostra um crescimento constante egradativo tanto para suprir o setor agrícolacomo o setor cimenteiro, como pode ser vi-sualizado na Tabela 7 verificando-se umaprodução cinco vezes maior do calcário agrí-cola em relação ao utilizado na fabricação

de cimento.Esta produção de calcário vem au-

mentando gradativamente em função docrescimento da área plantada no estado,chegando a patamares superiores a 5 mi-lhões de toneladas/ano, atingindo valores daordem de US$ 23 milhões, o que sem dúvi-

Gráfico 06

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 189: Rel Mato Grosso

189

da contribui muito com o PIB interno do es-tado. (Tabela 8)Agregados de Uso na Construção Civil

A areia, cascalho, argila e brita são asmatérias primas utilizadas diretamente na in-dústria de construção civil na produção detijolos, telhas, concreto, argamassas.

Gráfico 07

Estes bens minerais apresentam baixovalor agregado e por conseguinte têm no pre-ço do transporte o principal vetor de custo parao seu aproveitamento econômico, com influ-ência direta da localização dos depósitos mi-nerais em relação aos centros consumidorespara atingir a sua economicidade.

Areia e Cascalho

A areia e o cascalho são matérias pri-mas de fácil extração, mas as novas leis am-bientais vêm dificultando esta atividade queaté então está sendo apontada como fatorde degradação ambiental. A produção deareia e cascalho ocorre nas imediações damaioria das sedes dos municípios, com mai-or expressão nas grandes cidades. Cuiabá,

por exemplo, é abastecida de areia e casca-lho retirados do leito do rio Cuiabá.

A produção geralmente é feita porpequenas empresas que utilizam técnicassimples de extração e não se preocupam eminvestir na preservação ambiental, quadroeste que está mudando, devido a preocupa-ção crescente da sociedade com o desen-volvimento sustentável, ou seja implantaçãodesta atividade industrial com um mínimo deimpacto ambiental.

Somente na região de Cuiabá en-contram-se 41 dragas responsáveis pela pro-dução de quase um milhão de metros cúbi-cos, mais da metade da produção do Esta-do de Mato Grosso.

O quadro que segue (Tabela 9) mostraa evolução da produção de areia e cascalhonos últimos anos no estado do Mato Grosso.

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 190: Rel Mato Grosso

190

Argila

A produção de argila no Estado doMato Grosso ocorre em várias regiões masas principais indústrias de cerâmica estãoconcentradas nos municípios de Cuiabá,Várzea Grande, Rondonópolis, Cáceres, Bar-ra do Garças e Tangará da Serra..

Somente nos municípios de Cuiabá,

Várzea Grande e Rondonópolis, existem dozeempresas que em conjunto produzem cer-ca de 100 mil metros cúbicos de argilas, ex-traídas da planície de inundação dos riosCuiabá e Vermelho e, secundariamente dossedimentos da Formação Ponta Grossa (Ta-bela 10 e Gráfico 9).

A produção vem se mantendo está-vel ao longo dos últimos anos e tende a cres-cer acompanhando o crescimento da indús-

tria da construção civil.Na maioria dos casos, o uso da argila

está restrito à produção de tijolos maciços efurados, telhas coloniais e lajotas..

Britas

A produção de brita também segue atendência de localização próximo aos cen-tros consumidores, e sofre também grandepressão dos organismos ambientais princi-

palmente devido a utilização de explosivos apequenas distâncias dos centros urbanos.

A produção de pedras britadas estáem um patamar de equilíbrio com o nível dedesenvolvimento da construção civil no Es-tado de Mato Grosso. Atualmente a produ-ção desse bem mineral é efetudada por 08empresas.

A Tabela 11 mostra o comportamen-to da produção e comércio desse bem mi-neral que segue a tendência da evolução dos

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 191: Rel Mato Grosso

191

investimentos na construção civil, setor degrande importância no emprego da mão-de-obra não qualificada na região.

Apesar de apresentar um pico na pro-dução no ano de 1997 com um grande cres-cimento que certamente reflete a retomadade obras no Estado de Mato Grosso, o com-portamento da produção de brita vem semantendo estável ao longo dos últimos anoscomo pode ser verificado no quadro e noGráfico do setor.

O ano de 2001 mostra uma tendên-cia de retomada de investimentos na cons-trução civil, tendência esta que não se con-cretizou nos anos seguintes.

Água Mineral e Termal

Águas Minerais e Termais do Estadode Mato Grosso, ocorrem nos municípios deCuiabá, Santo Antonio do Leverger, Jaciara,Juscimeira, Rondonópolis e Barra do Garças,onde se concentra mais de 50% da popula-ção do Estado.

O primeiro trabalho de pesquisa como objetivo de definir uma fonte de água po-tável para fins de envasamento e consumohumano teve início em 1974, no municípiode Chapada dos Guimarães, pela empresaMineração Lebrinha. Apenas 6 empresas pro-duzem águas envasadas para consumo hu-mano na região, as quais foram responsá-

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 192: Rel Mato Grosso

192

Gráfico 10

veis no ano de 2003 pela oferta da ordem de53 milhões de litros, conforme pode ser vi-sualizado na Tabela 12.

As fontes de águas minerais atualmen-te exploradas são provenientes dos municípi-os de Chapada dos Guimarães, Jaciara, Cam-po Verde, Dom Aquino e Tangará da Serra.

O quadro a seguir (Tabela 13) mos-tra a produção de água mineral no Estadonos últimos anos.

Registra-se uma crescente produçãoacompanhando o crescimento da populaçãodo Estado, atingindo um pico no ano de 2002.

O crescimento com picos nos anos de 1997/98 conFigura o maior poder aquisitivo da po-pulação devido aos reflexos do plano Real,aumentando o hábito de consumo de águamineral, o que aconteceu em todo o país.

A queda na produção em 2003 podeestar refletindo alguma mudança de compor-tamento interno das empresas não tendo ne-cessariamente motivação técnica. (Gráfico 11).

O grande potencial de águas termaispara fins turísticos constitui um importantesegmento na economia do estado.

Além das Águas Quentes do Balneá-

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 193: Rel Mato Grosso

193

rio de São Vicente, que se encontra em ope-ração comercial, uma grande faixa de dire-ção E-W contendo dezenas de surgênciasde águas termais constitui, nas regiões cen-tro-sul e leste do Estado, sua principal pro-víncia termal. Abrange uma área de aproxi-

madamente 50.000 Km2, envolvendo os mu-nicípios de Cuiabá, Chapada dos Guimarães,Campo Verde, Jaciara, Dom Aquino, Jusci-meira, São Pedro da Cipa, Rondonópolis,Pedra Preta, São José do Povo, Poxoréo,General Carneiro e Barra do Garças.

Gráfico 11

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 194: Rel Mato Grosso

194

Rochas Ornamentais

As primeiras notícias de produção deartefatos rochosos para revestimentos noEstado de Mato Grosso, datam do início doséculo passado no município de Barão deMelgaço, com produção de paralelepípedosno Morro do Chacororé. Essas rochas foramempregadas no calçamento das ruas deCuiabá e cidades vizinhas.

A partir da década de 50, esta ativida-de estendeu-se às cidades de Santo Anto-nio do Leverger e Diamantino e mais recen-temente aos municípios de Cáceres, CampoVerde, Alta Floresta, Pontes e Lacerda e Pei-xoto de Azevedo.

Entretanto sua a industrialização parafins ornamentais só começou a ocorrer apartir de meados da década de 1990 quan-do foram obtidos os primeiros blocos graní-ticos com a produção de chapas brutas ouacabadas.

A variedade de tipos de rochas orna-mentais disponíveis no estado constitui umgrande potencial para industrialização.

Com a confecção do Catalogo dePedras Ornamentais de Mato Grosso (Rajabet al., 1999), foram constatados a existênciade vários tipos de rochas ornamentais cujosnomes comerciais estão consagrados como“Trevo do Mato” localizado na Fazenda Por-to Belo em Vila Bela da Santíssima Trindade,“Ipiranga” e “Di Paulo” em São José dosQuatro Marcos; “Águas Claras” em Indiaraí;“Jauru” em Figueirópolis; “Vermelho Uruatu”em Mirassol d´Oeste e “Vila Cardoso” emPorto Esperidião.

As principais áreas com potencial são:Cuiabá, Cáceres, Aripuanã, Alta Floresta eConfresa, onde ocorrem rochas graníticas,quartzitos e metarenitos.

Área de Cuiabá - Contempla pelosgranitos da serra de São Vicente, quartzitosdo Morro do Chacororé, e arenitos silicifica-dos de Campo Verde.

Área de Pontes de Lacerda – Cons-tituída por rochas graníticas abrangendo osmunícipios de Porto Espiridião, Rio Branco,Jaurú, Pontes e Lacerda e Vila Bela da San-tíssima trindade. O potencial desta área me-rece atenção especial, pela sua localização,próxima a um porto fluvial, com boa infra-estrutura disponível.

Área de Aripuanã - Ainda pouco co-

nhecida, possui uma pedreira na localidadede serra da Providência, no município deRondolândia, da qual são extraídos 2 tiposde granitos comercializados em chapas po-lidas ou brutas.

Área de Alta Floresta - Compostapelas variedades já conhecidas do Verme-lho Mato Grosso no município de Terra Novado Norte e Salmão Mato-grossense, no mu-nicípio de Juara. Recentemente foi identifi-cado um tipo de granito cinza denominado(Francês ou Pallas) que ocorre no municí-pio de Paranaíta.

Área de Confresa - Ocorre uma vari-edade denominada comercialmente de Gra-nito Preto. Trata-se de uma rocha do tipogabro, de cor escura e homogênea.

Estudos recentes constatam que exis-tem outras variedades, que podem aumen-tar o potencial dessa região.

As publicações do Anuário MineralBrasileiro não dispõem de dados sobre aprodução de Rochas Ornamentais no Es-tado. No entanto, no relatório “Catálogo deRochas Ornamentais do Estado de MatoGrosso” o DNPM cita dados de produçãodos tipos Vermelho Pantanal, Marron Pan-tanal, Salmão Mato-grossense e VermelhoMato Grosso em pequenas quantidade (menos que 500 m³).

Relatórios da 12° Distrito do DNPMregistraram produções de 296 m³ de rochasornamentais provenientes da Fazenda Cu-rió – Município de Aripuanã e 1.212 m³ noSítio Queima-pé em Tangará da Serra res-pectivamente nos anos de 2001 e 2002.

5.5.3 - GEMAS

Diamante

O diamante também faz parte da his-tória do Estado do Mato Grosso. As primei-ras descobertas datam de 1747 no rio Para-guai quando deu origem à fundação do po-voado de Diamantino. Devido à proibição desua exploração pela Coroa Portuguesa naépoca, a atividade de extração não teveseguimento.

Somente a partir do século XX foi ini-ciada a produção de diamantes na regiãoseguida à implantação de importantes povo-ados, hoje cidades como Dom Aquino(1920), Poxoréu (1924), Torixoréu (1931),Barra do Garças (1932), Nortelândia (1937),

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 195: Rel Mato Grosso

195

Araguainha (1943) e Paranatinga (1964). Apartir de então, a exploração de diamantestornou-se uma atividade tradicional em MatoGrosso nos Distritos Diamantíferos de Para-natinga, Rio das Mortes, Alto Paraguai e Juí-na, através de empresas de mineração.

Distrito de Juína

Este distrito foi descoberto em 1976após 10 anos de pesquisas geológicas. Sãodepósitos aluvionares e 80% dos diamantessão do tipo industrial. O preço local do quila-te é da ordem de US$ 30,00 e estima-se umaprodução de 30.000 ct cujo valor comercialFOB atinge US$ 900.000/mês. Corpos kim-berlíticos miralizados foram descobertos eestão sendo pesquisados neste Distrito compesrpectivas econômicas muito favoráveis.

Distrito de Paranatinga

As primeiras descobertas de diaman-te aconteceram am 1960 dando origem à ci-dade do mesmo nome em 1963. Foram iden-tificados 11 regiões garimpeiras pela SOPE-MI que estimou a produção mensal em4.000ct/mês de diamantes de tamanho en-tre 5 a 8 pontos, de cor amarela, bronze ebranca. São produtos depositados em aluvi-ões quaternários, possivelmente originadosde kimberlitos. Diversos corpos kimberlíticosmineralizados foram descobertos neste Dis-trito pelas empresas SOPEMI e RTZ

Distrito de Alto Paraguai

O início das atividades mineradorasdatam de 1728 e foram retomadas a partir de1930 na forma de garimpagem, o que per-durou até 1970 quando passou a ter sua la-vra também mecanizada. Os diamantes sãograndes podendo ser encontrados cristais de10 a 30 quilates. No ano 2000 foi responsá-vel por cerca de 93% da produção oficial doEstado do Mato Grosso. Atualmente os tra-balhos de lavra estão em franca decadência.A atuação de empresas de mineração é ine-xistente a atividade garimpeira sobrevive atra-vés de meia dúzia de dragas.

Distrito do Poxoréo

Este distrito é o mais tradicional doEstado de Mato Grosso. Estima-se que nos

últimos 20 anos a extração de diamantes ge-rou uma renda superior a US$ 800 milhões.São extraídos dos leitos dos rios Poxoréu eseus afluentes: Poxoreuzinho, Coité, córregoAreia, São João, Rico, Bororó e Jácomo.

As estimativas da produção de dia-mante no Estado segundo a METAMAT, le-vando-se em conta o envolvimento de dra-gas, garimpeiros e outros, é da ordem de 380mil quilates por ano, cujo valor em dólaresfoge ao controle devido à diversificada quali-dade dos produtos.

As reservas medida e indicada de di-amante bloqueadas no estado, somam maisde 22 milhões de metros cúbicos com teo-res entre 0,113 e 0,04 ct/m3

.Para fins deste relatório, considera-se

a produção oficial, publicada pelo DNPMapós análise dos registros fornecidos pelasempresas que atuam legalmente no setor,conforme pode ser visto no quadro a seguir(Tabela 14) que mostra a produção de dia-mantes no Estado de Mato Grosso nos últi-mos 08 (oito) anos, verificando-se valores queatingem o patamar de 2.000 quilates até oano de 1999 e um salto nos anos seguintes.

Estes dados mostram um crescimen-to fantástico da produção nos últimos trêsanos da série histórica interpretado comoantecipação dos garimpeiros e pequenosmineradores, à lei Kimberley, em vigor des-de outubro/2003, que condiciona a comer-cialização/exportação do diamante, somen-te quando oriundos de lavra sob responsa-bilidade de empresas legalmente constituídase credenciadas junto ao DNPM. Em 2004,dados acumulados até Julho( FIEMT/SE-CEX), mostram uma queda da ordem de 60%no volume exportado; refletindo um maiorrigor na fiscalização das regiões produtoras,geralmente ligadas aos garimpos.

5.6 - EMPRESAS ATUANTES NOSETOR MINERAL

O direcionamento de investimentosde empresas privadas no setor mineral deuma região depende fundamentalmente doconhecimento geológico básico disponível,sob responsabilidade do Setor Público. Estaassertiva é universal e demonstra claramen-te que o investimento público nesse conhe-cimento foi fundamental ao desenvolvimen-to do contexto geológico e, conseqüente-mente do potencial metalogenético dos paí-

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 196: Rel Mato Grosso

196

Gráfico 12

ses que priorizaram essa política, elevando aprodução mineral à ordem de 20% do PIB.No Brasil, particularmente nos Estados deMinas Gerais, Bahia e Pará, onde esses es-forços se tornaram significativos, foram de-tectados ambientes com importante poten-cial metalogenético, atraindo grandes empre-sas nacionais e multinacionais, que vêm apli-cando expressivos investimentos de risco nabusca de detectar depósitos minerais eco-nomicamente viáveis.

Mesmo diante do pouco conheci-mento geológico ainda registrado em MatoGrosso, empresas e grupos privados estãopresentes investindo na busca de oportuni-dades minerais.

A seguir são relacionadas as empre-sas nas suas devidas áreas de atuação porsetor, segundo levantamento efetuado pela

CPRM-Serviço Geológico do Brasil e de rela-tórios da SICME do Estado de Mato Grosso.

No setor de exploração do Ouro :§ Mineração Santa Elina Ltda.§ Morrinho Mineração Ltda.§ Minérios Salomão Ltda§ Mineração Jaguar Ltda§ COOPEIXOTONo setor de Calcário Dolomítico

§ Calcário Tangará Ind. e Co. Ltda§ Mineração Caieira N.S.da Guia§ Emal – Empresa de Mineração Ari-puanã Ltda§ Copacel Ind. e Com. de Calcário e Ce-reais Ltda.§ Ecoplan Mineração Ltda.§ Império Minerações Ltda.§ Supercal – Extração de Calcário Ltda.

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 197: Rel Mato Grosso

197

§ Ind. De Calcário Cuiabá Ltda.§ Camil – Cáceres Mineração Ltda.§ Mineração Itaipu Ltda.§ Reical Ind. e Com. de Calcário Ltda.

Na exploração de Calcário para Cimento§ Cimento Tocantins – Grupo Votorantin§ Itaituba Agro-industrial S/A - Grupo JoãoSantosNa exploração de Diamantes :§ Mineração Morro Vermelho Ltda.§ Diagem do Brasil Mineração Ltda.§ Chapada Brasil Mineração Ltda

Na extração de Britas:§ Britagua Ltda.§ Estácio e Silva Ltda.§ EMAL Ltda.§ Cristal Pedras Mineração§ Glória d’Oeste Ltda.§ Império Minerações Ltda.§ Brito e Pereira Ltda.§ Pedreira Tangará Ltda.§ Mineração Caieira N. Sra. Da Guia

No setor de Água Mineral :§ Água Lebrinha Ltda.§ Água Mineral Cristalina Ltda.§ Água Mineral Buriti Ltda.§ Água Mineral Brunado Ltda.§ Água Mineral Puríssima Ltda.§ Água Mineral Vitani Ltda.

Na Pesquisa de Polimetálicos (obre-chumbo-zinco-prata e níquel):§ Grupo Anglo – American§ Pró-Metálica Mineração Ltda.

5.7 - PARTICIPAÇÃO DA MINERA-ÇÃO NA ARECADAÇÃO

Com a extinção do Imposto ÚnicoSobre Minerais (IUM) que incidia sobre osprodutos de origem mineral, a ConstituiçãoFederal promulgada em 1988, assegurou, emseu art. 20, parágrafo 1º, que aos Estados,Distrito Federal e Municípios, bem como ór-gãos da administração direta da União, cabeuma participação no resultado da explora-ção mineral nos respectivos territórios a títu-lo de compensação financeira por essa ex-ploração, que é a chamada CFEM - COM-PENSAÇÃO FINANCEIRA PELA EXPLORA-ÇÃO MINERAL.

Esta Compensação Financeira foi re-

gulamentada pela Lei 7.990 de 29/12/89,quando definiu que o aproveitamento dosrecursos hídricos, para fins de geração deenergia elétrica e dos recursos minerais, porqualquer dos regimes previstos em Lei, en-sejará Compensação Financeira aos Estados,Distrito Federal e Municípios. A Lei 8.001 de13/03/90, estabeleceu os percentuais da dis-tribuição desta Compensação Financeira.

No caso dos Recursos Minerais, aCompensação Financeira é regida aindapela seguinte legislação:I. Decreto nº 1/91 - Regulamenta o paga mento da CFEMII. Lei Estadual 8.153 de 09.07.2004 que re gulamenta o pagamento da CFEM no Es tado de Mato Grosso.

Em 2003, a arrecadação daCFEM em Mato Grosso foi da ordem de R$1,256 milhões, com tendência de crescimentogradativo conforme mostra o quadro (Tabe-la 15) a seguir, de acordo com dados forne-cidos pelo 12° Distrito do DNPM.

Os principais municípios que contri-buem com a receita da CFEM são Tangaráda Serra , Nobres, Rosário Oeste e Cocali-nho que juntos são responsáveis por 83%do total desta arrecadação. Justamente nes-tes municípios estão concentradas as gran-des mineradoras que atuam no Estado.

Na realidade, pela própria divisão le-gal da CFEM, todos municípios minerado-res são beneficiados com 65% da Cota partedo valor arrecadado..

No Gráfico 13 é possível visualizar aevolução da arrecadação da CompensaçãoFinanceira pela Exploração Mineral – CFEMa partir dos últimos quatro anos, com cresci-mento bastante significativo.

Entre o ano de 2000 e 2003 houvecrescimento a taxas elevadas em função deum melhor aparelhamento na fiscalização.

O crescimento da CFEM verificadoentre 2000 e 2003 foi da ordem de 172% e aarrecadação superou a casa de R$ 1,0 mi-lhão já a partir de 2002, alcançando mais deR$ 1,2 milhões no ano de 2003.

A Tabela 16 mostra os principais mu-nicípios arrecadadores da CFEM do Estado:

Além da CFEM , o Estado recebe tam-bém tributos significativos provenientes dosetor mineral através do ICMS – Imposto so-bre Circulação de Mercadorias. Deve-se

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 198: Rel Mato Grosso

198

considerar que o ouro é tratado como ativofinanceiro e não como commodity e, no casodo diamante, certamente há dificuldades nafiscalização/notificação devido, entre outrosfatores, problemas de avaliação.

Nos anos de 2002 e 2003, foram re-colhidos do ICMS, R$ 23.380.000,00 e R$25.260.000,00, respectivamente, sendo 90%provenientes de pedras britadas. O restantefoi oriundo de outras substâncias como cal-cário, areia e cascalho e pedras naturais.Essa arrecadação não reflete a realidade daprodução mineral do Estado.

5.8 - POLÍTICA DE INCENTIVOS

O Estado de Mato Grosso está locali-zado na área abrangida pela Amazônia Le-gal, criada pela Lei 1.806 de 06/01/1953, emfunção da Lei complementar n° 31 de 11/10/1977.

. Desta forma, qualquer projeto ouinstalação industrial no Estado do Mato Gros-so goza dos incentivos previstos para a Ama-zônia Legal.

No estado existe também uma Esta-ção Aduaneira do Interior - EADI - reconhe-cida como Porto Seco, localizada em Cuia-bá e em operação há mais de uma ano, sub-metida ao regime de condessão ou de per-missão conforme Lei Federal 9.074/95. Com-preende recintos alfândegos de uso públi-co, instalados com o objetivo de aliviar osportos constantes congestionamentos, além

de facilitar as empresas exportadoras e im-portadoras nos despachos aduaneiros.O governo de Mato Grosso concede incenti-vos para exportação e importação via PortoSeco, dispensando a apresentação do Re-gime Especial para exportação de que trataa Portaria Sefaz 75/2000 e, através do Decre-to Estadual 1.432/2003, que regulamentou aLei 7.958/2003, reduz o valor do ICMS devi-do às importações quando o desembaraçoda mercadoria ocorrer no Porto Seco deCuiabá.

Estes recintos alfândegos permitemainda a possibilidade de estocar mercadori-as importantes sob controle aduaneiro, ge-rando o pagamento de impostos à medidaque essas mercadorias forem nacionalizadas,conforme interesse do importador.

Especificamente, o setor mineral dis-põe de um mecanismo da maior importân-cia para o seu desenvolvimento no Mato Gros-so que é a Lei Nº 7.606 de 27.12.2001. Estalei institui o Programa de Desenvolvimentoda Mineração - PROMINERAÇÃO e está re-gulamentada pelo Decreto Nº 4.136 de04.04.2002.

O Estado conta ainda com o fundoinstitucional administrado por um Conselhoe vinculado ao Banco do Brasil, o FCO –Fundo Centro–Oeste que financia a instala-ção de projetos industriais em condiçõescompetitivas, no que tange aos juros e aoperíodo de carência, o que pode ser um in-centivo importante na implantação de empre-endimentos mineiros na região.

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 199: Rel Mato Grosso

199

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 200: Rel Mato Grosso

200

Page 201: Rel Mato Grosso

201

Esta edição da Geologia e RecursosMinerais de Mato Grosso contém os primei-ros mapas Geológico e de Recursos Mine-rais do Estado, na escala 1:1.000.000.

Este levantamento apresenta oestágio atual do conhecimento geológico daregião, em formato analógico e digital,estruturado em ambiente GIS e suportadopor base de dados geológicos que permitiráuma atualização periódica com os avançosnos conhecimentos geológicos.

Com este trabalho, efetuou-se umlevantamento dos principais trabalhosgeológicos disponíveis em diversas escalas,bem como os levantamentos geofísicos egeoquímicos, teses de mestrado edoutorado realizados na região.

Ás 204 ocorrências, anteriormentecadastradas no Estado, foram acrescentadas224, totalizando 428, agrupadas emprovíncias, distritos e áreas.

Desenvolveu-se também uma síntesedas informações geológicas com a descriçãodos principais controles dos depósitosminerais.

Os Mapas Geotectônico e deRecursos Minerais apresentam os ambientesgeológicos e revelam a potencialidademetalogenética associada a cada ambientegeotectônico.

O mapa geológico mostra avançosconsideráveis em relação à cartografiaexistente, com a individualização de novasunidades geológicas e reavaliação das já

6.CONCLUSÕESE RECOMENDAÇÕES

cartografadas, sendo apresentadas um totalde 152 unidades.

Com este produto, o Estado passa acontar com um instrumento de fomento epesquisa mineral capaz de mostrar apotencialidade geológica da região,necessária para atrair investimento deempresas interessadas na prospecção epesquisa mineral, bem como estabelecer epriorizar áreas ainda carentes delevantamentos geológicos básicos, em escalade maior detalhe. Efetuou-se também um diagnósticodo setor mineral da região, em que éefetuada uma análise da situação atual,destacando-se a importância do setor naeconomia do Estado e as perspectivas emfunção dos projetos de prospecção emandamento. Este estudo permitirá ao Estadodisponibilizar informações do setor mineral,que irão propiciar uma melhor visualizaçãodos dados econômicos, que contribuirãosobremaneira na definição de ações deplanejamento e racionalização de novaspolíticas com objetivo de garantir odesenvolvimento do setor mineral.

Constatou-se que a infra-estrutura doEstado possui uma rede viária em boascondições que atende inclusive toda aAmazônia Ocidental, propiciando oescoamento dos bens produzidos no Estadoe na região para todo o país, além da Bolívia,Argentina, Chile , Peru, Paraguai e Uruguai.Possui boa oferta de energia elétrica e um

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 202: Rel Mato Grosso

202

bom potencial hídrico. Estes recursos emconjunto certamente facilitarão a promoçãode novos investimentos mínero-industriais noEstado.

Em termos de incentivos, o Estado doMato Grosso apresenta-se em melhorescondições de competitividade em relaçãoaos outros estados do Centro-Oeste, porsituar-se na Amazônia Legal, participandoportanto dos programas de incentivosprevistos em lei.

Conta também com uma EstaçãoAduaneira do Interior – EADI – reconhecidacomo Porto Seco, localizada em Cuiabá eem operação há mais de um ano, submetidaao regime de concessão ou de permissãoconforme Lei Federal 9.074/95. Compreenderecintos alfândegados de uso público,instalados com o objetivo de aliviar os portosdos constantes congestionamentos, além defacilitar as empresas exportadoras eimportadoras nos despachos aduaneiros, ecom recursos de financiamento do Fundodo Centro-Oeste – FCO, dispondo tambémde um mecanismo forte de financiamento àprodução mineral que é o programa estadualdenominado PROMINERAÇÂO.

O subsolo de Mato Grosso hospedaimportantes distritos minerais principalmentede ouro, diamante, rochas carbonáticas,jazimentos polimetálicos (Zn, Cu, Pb, Ag eAu), Rochas Ornamentais e MineraisIndustriais.

Minerais de aproveitamento direto, semtransformação química, ocorrem emabundância, mormente nas regiões centro-sul e sudeste do Estado , a exemplo daságuas mineral e termal, além de mineraisagregados para utilização na construção civil.

Paradoxalmente, apesar desse grandepotencial mineral, o Estado ainda nãotraduz em números satisfatórios aimportância da sua economia mineral nocenário nacional, expondo índices inferioresà média nacional quando comparado aoPMB - Produto Mineral Brasileiro. Isto aindaocorre porque essa potencialidadegeológica carece de informações maisdetalhadas, uma vez que o território mato-grossense dispõe de escassa coberturageológica básica nas escalas de 1:250.000 e1:100.000..

Mesmo diante da constatação de queo nível de conhecimento do seu subsoloatualmente situar-se aquém do desejável, éinegável que os investimentos realizados atéentão, ainda que pontuais, tiveram retornocom a descoberta de ambientes geológicospromissores e, conseqüentemente, com ointeresse das empresas na continuidade daspesquisas, que inclusive já bloquearamreservas consideráveis de jazimentospolimetálicos (Ni, Zn, Cu, Pb, Ag e Au), alémde diamante. O reflexo direto de tal situaçãoé o grande crescimento nos requerimentosde pesquisas verificado nos dois últimosanos junto ao DNPM, muito acima da médianacional, demonstrando que o Estadoencontra-se numa fase principalmente depesquisa e que em breve teremos retornocom a descoberta de novos depósitosminerais.

Não há dúvidas quanto à importânciado setor mineral para a economia do Estado,podendo se apresentar como um dosprincipais pilares do desenvolvimentoregional. A atração de investimentos para oaproveitamento dos jazimentos conhecidos, bem como a descoberta de novasoportunidades, tendo em vista o potencialmineral existente, conduzirá ao crescimentoeconômico com a geração de empregos econseqüentemente mudança do perfileconômico e social da região.

Ações integradas devem ser iniciadasimediatamente no sentido de reverter asituação atual de queda do Produto MineralInterno que no ano de 1995 era de 1,14%do Produto Mineral Brasileiro, e hoje está emníveis muito inferiores, na casa dos 0,3%. Éimportante que o Estado possa manter o seuProduto Mineral Interno em níveis de pelomenos 3% do PMB, pois isto significa umequilíbrio no nível da oferta de bens mineraiscompatível com o crescimento do parqueindustrial regional e nacional.

As principais recomendações desterelatório são apresentadas a seguir:§ Desenvolvimento de programas de

mapeamento geológico básico emescalas mais detalhadas(1:250.000 e1:100.000), compatíveis com o nível deconhecimento exigidos para adefinição de novos alvos e geração de

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 203: Rel Mato Grosso

203

novas jazidas o que irá definir novasoportunidades de investimentos;

§ Implantação de programas específicosna busca e definição de ambientesgeológicos promissores para adescoberta de depósitos de mineraispara utilização na agricultura comofosfato, potássio e caracterização doscalcários, visando diminuir adependência interna do estado eminsumos agrícolas que hoje respondepor 80% das importações;

§ Elaboração de um inventário sobre omeio-físico objetivando um diagnósticocompleto do potencial hídrico,ambiental e mineral do Estado comobjetivo de definir novas oportunidadesde negócios e consolidar novasparcerias e implantar novosempreendimentos aproveitando ogrande potencial de recursos naturaisexistente em Mato Grosso;

§ Estabelecer diretrizes para averticalização industrial dos produtos

minerais na própria região, através deuma política agressiva de incentivos eatração de investimentos, oferecendoinclusive melhoria na infra-estrutura,principalmente na distribuição da redede energia elétrica para aproveitamentodos minérios polimetálicos, mineraisindustriais e dos pólos de turismo,estes, com o aproveitamento dopotencial de água termal e de cenáriosnaturais paisagísticos.Essas ações conjuntas irão contribuir

para o desenvolvimento do Estado,consolidando o setor mineral como um dosmais importantes para a economia regional.As informações científicas atualizadasconcorrerão para criar novas alternativas deinvestimentos, com menores riscos e maiorconfiança para os investidores, o que darásuporte à instalação de novosempreendimentos.

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 204: Rel Mato Grosso

204

Page 205: Rel Mato Grosso

205

ABRÃO, H. N. & ALECRIM, J. D. Reconhecimentogeológico preliminar do Alto Rio Negro, região deUaupés-Tapuruquara. Manaus: DNPM, 1969. 8p.Relatório do Arquivo Técnico da DGM n. 676.

ABREU FILHO, W.; BARROS, A. J. P. de & BARRE-TO FILHO, J. A. Projeto Ouro & Gemas. RelatórioAnual da Área Piloto da Reserva Garimpeira de Pei-xoto de Azevedo. Cuiabá: DNPM/CPRM, 1992.31p.(Relatório Anual - Inédito)

ABREU, A. S.; DALL’AGNOL, R.; ARAÚJO, J. F. V.Petrografia e amostragem do Bloco E-III, Folha SA.19 - Iça; Relatório Analítico. Belém: Projeto RADAM,1976. 23p. (Relatório Interno.)

ACHÃO, S. M. & SALAS, H. T. Prospecção geológi-ca na Serra de Tunuí, Rio Içana-Alto Rio Negro.Manaus: CPRM, 1974. 33p.

ACHÃO, S. M. Reconhecimento geológico e pros-pecção aluvionar na porção sudeste da Serra doAracá. Manaus: CPRM, 1974. 5p. (Relatório Interno)

ADAMY, A. & ROMANINI, S. J. Geologia da RegiãoPorto Velho - Abunã. Relatório Final. Porto Velho:DNPM/CPRM, 1990. 273p. il.

ALBUQUERQUE, Mario Cavalcanti de. ProgramaNacional de Prospecção de Ouro. Área MT - 02 –Alta Floresta - Mato Grosso / Pará. Escala 1:250 000.Goiânia: CPRM, 1998. (Informe de RecursosMinerais - Série Mapas Temáticos do Ouro, nº 44)

ALBUQUERQUE, Mário Cavalcanti de. ProgramaNacional de Prospecção de Ouro. Área MT - 03 –Serra de São Vicente, Mato Grosso. Escala1:250.000. Goiânia: CPRM, 1998. (Informe deRecursos Minerais - Série Mapas Temáticos doOuro, 45)

ALBUQUERQUE, Mário Cavalcanti de. ProgramaNacional de Prospecção de Ouro. Área MT - 04 –Jauru / Barra dos Bugres – Mato Grosso. Escala1:250.000. Goiânia: CPRM, 2000. (Informe deRecursos Minerais - Série Mapas Temáticos doOuro, 85)

BIBLIOGRAFIA

ALBUQUERQUE, Mario Cavalcanti de. ProgramaNacional de Prospecção de Ouro. Área MT - 05 –Cuiabá / Poconé. Escala 1:250.000. Goiânia: CPRM,2000. (Informe de Recursos Minerais - Série MapasTemáticos do Ouro, nº 84)

ALBUQUERQUE, Mario Cavalcanti de. ProgramaNacional de Prospecção de Ouro. Área MT - 07 -Araés / Nova Xavantina - Mato Grosso. Escala1:250.000. Rio de Janeiro: CPRM, 2000. (Informede Recursos Minerais - Série Mapas Temáticos doOuro, 70).

ALMEIDA, F. F. & BARBOSA, O. Geologia das Qua-drículas de Piracicaba e Rio Claro. Estudo de SãoPaulo. Bol. Div. de Geol. e Mineralogia, Rio de Ja-neiro, n.143, 1953, 96p.

ALMEIDA, F. F. M. de. Contribuição à geologia dosEstados de Goiás e Mato Grosso. Bol DGM, NotasPreliminares, Rio de Janeiro, n.46, p.15, 1948.

ALMEIDA, Fernando Flávio Marques de & MONTO-VANI, M. S. M. Geologia e geocronologia do gra-nito de São Vicente, Mato Grosso. Anais Acad. Bras.de Ciências, Rio de Janeiro, n.47, p.451-458, 1975.

ALMEIDA, Fernando Flávio Marques de & NOGUEI-RA FILHO, J. D. V. Reconhecimento Geológico noRio Aripuanã. Boletim DGM, n.199, p.1-42, 1959.

ALMEIDA, Fernando Flávio Marques de. Epísodioda última época interglacial permo-carbonífera noParaná. Notas Preliminares – Est. Div. Geol. Mine-ral, DNPM, Rio de Janeiro, n.27, 1945. 18p.

ALMEIDA, Fernando Flávio Marques de. EvoluçãoTectônica do Centro-Oeste brasileiro no Protero-zóico Superior. Anais Acad. Bras. Ciências, n.40,p.285-295, 1968.

ALMEIDA, Fernando Flávio Marques de. EvoluçãoTectônica do Cráton do Guaporé comparada coma do Escudo Báltico. Rev. Bras. Geociências, SãoPaulo, SBG., v.4, n.3, p.191-201, 1974.

ALMEIDA, Fernando Flávio Marques de. Geologia

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 206: Rel Mato Grosso

206

da Serra da Bodoquena (Mato Grosso). Bol. Div.de Geol. e Mineralogia, Rio de Janeiro, Departa-mento Nacional de Produção Mineral, n.219, p.1-96,1965.

ALMEIDA, Fernando Flávio Marques de. Geologiado Centro-Leste Mato-Grossense. Bol. Div. de Geol.e Mineralogia, DNPM, n.150, p.1-97, 1954.

ALMEIDA, Fernando Flávio Marques de. Geologiado Centro-Oeste matogrossense. Bol. Div. de Geol.e Mineralogia, Rio de Janeiro, n.215, 137p., 1964.

ALMEIDA, Fernando Flávio Marques de. Geologiado Sudoeste matogrossense. Bol. Div. de Geol. eMineralogia – DNPM, n.116, p.1-118, 1945.

ALMEIDA, Fernando Flávio Marques de. Geossin-clínio Paraguaio. In.: SEMANA DE DEBATES GEO-LÓGICOS, 1, Centro Acad. Est. Geologia, UFRGS- Porto Alegre, p.88-109, 1965.

ALMEIDA, Fernando Flávio Marques de. GlaciaçãoEocambriana em Mato Grosso. Notas Preliminarese Estudos da Divisão de Geologia e Mineralogia,Departamento Nacional de Produção Mineral-DNPM, n.117, p.1-11, 1964b

ALMEIDA, Fernando Flávio Marques de. Origem dosminérios de ferro e manganês de Urucum (Corum-bá, Estado de Mato Grosso). Bol. Div. de Geol. eMineralogia, Departamento Nacional de ProduçãoMineral-DNPM, n.119,1-57, 1946

ALMEIDA, Fernando Flávio Marques de. Os fun-damentos geológicos. In.: AZEVEDO, A. de. Bra-sil, a terra e o homem. São Paulo:Comp.Ed. Naci-onal, 1964a. v.1, p.55-120. (Brasiliana, FormatoEspecial, 1).

ALMEIDA, Fernando Flávio Marques de. ProvínciaTocantins, Setor Sudoeste. In.: ALMEIDA, Fernan-do Flávio Marques de & HASUI, Y. O pré Cambria-no do Brasil. São Paulo: Edgard Blucher, 1984.p.265-281.

ALMEIDA, Fernando Flávio Marques de. Traçosgerais de geomorfologia do Centro-Oeste brasilei-ro. In.: CONGRESSO BRASILEIRO de GEOGRA-FIA, 18, 1959, Rio de Janeiro. Boletim ... Rio deJaneiro:[s.e.], 1959. v.1

ALMEIDA, Fernando Flávio Marques de.; HASUI,Y.; NEVES, B. B. B.; FUCK, R. A. Brasilian structu-ral provinces: an introduction. Earth Sci. Rev., n.17,p.1-29, 1981

ALMEIDA, Luiz Fernando Galvão de; MELO, Sera-fim Carvalho & FRIAÇA, Geraldo Carlos. A geolo-gia e as perspectivas econômico - minerais da es-trada de integração nacional Cuiabá - Santarém (tre-cho Cuiabá - Cachimbo). In.: CONGRESSO BRA-

SILEIRO DE GEOLOGIA, 26, 1972, Belém. Anais ...Belém:SBG, 1972. 25p.

ALMEIDA, M. E. & MACAMBIRA, M. J. B.; SCHEL-LER, T. Içana Intrusive Suite: age 207Pb/206Pb (zir-con evaporation) of muscovite-bearing granite,Amazonas State, Brazil. In.: SOUTH-AMERICANSYMPOSIUM ON ISOTOPE GEOLOGY, 1, 1997,Campos do Jordão. Extended Abstracts... Camposdo Jordão: SBG/São Paulo, 1997. p.31-33.

ALMEIDA, M. E. (Ed.) Geologia e Recursos Mine-rais das Folhas NA.20-Y e SA.20-V-A e SA.20-V-B:Projeto Serra Imeri. Nota Explicativa. Manaus:CPRM, 2000. 1 CD-ROM.

ALMEIDA, M. E. et al. Projeto GIS Brasil. Reconhe-cimento geológico ao longo dos rios Negro, Xié eIçana. Relatório de Viagem. Manaus: CPRM, [S.D.](no prelo).

ALMEIDA, M. E. Petrografia e geoquímica de ele-mentos maiores da Suíte Intrusiva Tiquié: o casodos Granitos Tiquié e Marié-Mirim no Estado doAmazonas. In.: SIMPÓSIO DE GEOLOGIA DA AMA-ZÔNIA, 5, 1996, Belém. Boletim de Resumos Ex-pandidos e Guia de Excursões. Belém: SBG-NO,1996. p.72-75.

ALMEIDA, M. E.; BRITO, M. de F. L. de; FERREI-RA, A. L.; MONTEIRO, M. A. S.; POPINI, M. V.F.;DREHER, A. M. Mineralizações auríferas associa-das a vulcanismo ácido e intermediário na FolhaMamãe Anã, Província Mineral do Tapajós. In.:CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 40,1998, Belo Horizonte. Anais ... Belo Horizonte:SBG-MG, 1998. p.148.

ALMEIDA, M. E.; FRAGA, L. M. B.; BRITO, M. F. L.de; SILVA, L.C.; SANTOS, J. O. S.; LUZARDO, R.;OLIVEIRA, M. A.; SILVA, M. A. da. Projeto Serra Imeri.Geologia e Recursos Minerais das Folhas NA.20-Y eSA.20-V-A e SA.20-V-B. Nota Explicativa. Manaus:CPRM, 2000. (CD-ROM).

ALMEIDA, M. E.; LARIZZATTI, J. H. Geologia epetrografia, dos gnaisses migmatíticos do alto rioUaupés, Estado do Amazonas, Brasil. In.: CON-GRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 39, 1996,Balneário de Camboriú. Anais ... Balneário de Cam-boriú: SBG, 1996. v.6, p.293-296.

ALMEIDA, M. E.; LARIZZATTI, J. H. Geologia preli-minar do Alto Rio Uaupés, extremo noroeste doEstado do Amazonas, Brasil. In.: CONGRESSOLATINO AMERICANO DE GEOLOGIA, 9, 1995, Ca-racas. Anais ... Caracas-Venezuela, 1995.

ALVARENGA, C. J. S. DE & TROMPETTE, R. A Fai-xa Paraguai e sua compartimentação estratigráficae tectônica. In.: CONGRESSO BRASILEIRO DE

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 207: Rel Mato Grosso

207

GEOLOGIA, 38, Camburiú, 1994, Anais ...Cambu-riú, SBG, 1994. v.1, p.239-240.

ALVARENGA, C. J. S. de; & TROMPETTE, R. Glaci-al and turbidite Sedimentation of upper Proterozoicin Paraguay Belt, Mato Grosso, Brazil. INTERNATI-ONAL GEOLOGY CONGRESS, 28, 1989. Abstracts… Washington, 1989. v.1, p.374.

ALVARENGA, C. J. S. Evidências de fácies turbidi-ticas groseiras no Grupo Cuiabá, MT. In.: SIMPÓ-SIO DE GEOLOGIA DO CENTRO-OESTE, 2, 1985,Goiânia. Atas ... Goiânia:SBG, 1985. p.256-266.

ALVARENGA, C. J. S. Evolução das deformaçõespolifásicas brasilianas na faixa Paraguai - Regiãode Cuiabá, MT. In.: CONGRESSO BRASILEIRO DEGEOLOGIA, 34, 1986, Goiânia. Anais ... Goiânia:SBG, 1986. v.3, p.1170-1.

ALVARENGA, C. J. S.; CATHELINEAU, M.; DUBES-SY, J.. Chronology and orientation of N2-H2O, andH2O-rich fluid-inclusion trails in intrametamorphicquartz veins from the Cuiabá gold district, Brazil.Mineralogical Magazin, n.54, p.245-255, 1990.

ALVARENGA, Carlos José Souza de & SAES, G. S.Estratigrafia e sedimentologia do ProterozóicoMédio e Superior da região sudeste do CrátonAmazônico. Rev. Bras. Geociências, v.22, n.4, p.493-499, 1992.

ALVARENGA, Carlos José Souza de & TROMPET-TE, R. Evolução Tectônica Brasiliana da Faixa Pa-raguai: A Estruturação da região de Cuiabá. Rev.Bras. Geociências, São Paulo, v.23, n.1, p.18-30, 1993.

ALVARENGA, Carlos José Souza de & TROMPET-TE, R. Glacial influenced turbidite sedimentation inthe uppermost Proterozoic and Lower Cambiran ofthe Paraguay Belt (Mato Grosso, Brazil. Palegoge-ography, Palaeoclimatotology, Palaecoelogy, n.92,p.85-105, 1992.

ALVARENGA, Carlos José Souza de & TROMPET-TE, R. Upper Proterozoic glacial enviroment of theborder of Amazonian Craton and its evolution to-wards the adjacents Paraguay Belt, (Mato Grosso,Brazil). In.: MEETING EARTH´S GLACIAL RECORD– PROJ. 260, 1988, Cuiabá. Abstracts and Field Trip… Cuiabá: IGCP-UNESCO/ UFMT. P.31-44

ALVARENGA, Carlos José Souza de et al. Paraguayand Araguaia Belts. In.: CORDANNI, U. G. et al.Tectonic Evolution of South América. Rio de Janei-ro: INTERNATIONAL GEOLOGICAL CONGRESS, 31,2000. p.183-193.

ALVARENGA, Carlos José Souza de. Dobramentosda Faixa Paraguai na borda sudeste do CratonAmazônico. In.: CONGRESSO BRASILEIRO DE

GEOLOGIA, 33, 1984, Rio de Janeiro. Anais ... ..Rio de Janeiro: SBG, 1984. v.7, p.3258-3271.

ALVARENGA, Carlos José Souza de. Phénomènessédimentaires, estructuraux et circulation de fluidesdeveloppes a la transition chaine-craton.Exemple dela chaime Paragaui d´age protérozoique supérieur,Mato Grosso, Brésil. 1990. 177p. Tese. (Doutorado) –Universithé d´Aix-Marseille II, Faculte des Scienceset Techniques de ST-JEROME, France, 1990. 177 p.

ALVARENGA, Carlos José Souza de. Turbidios e aglaciação do final do Proterozóico Supeior no Cin-turão Paraguai, Mato Grosso. Rev. Bras. Geociên-cias, São Paulo, n.18, p.323-327, 1988.

AMARAL, G. Geologia Pré-Cambriana da região ama-zônica. 1974. 212p. Tese (Mestrado) – Instituto deGeociências - Depto de Paleontologia e Estratigrafia,Universidade de São Paulo - USP, São Paulo, 1974.

AMARAL, G. Isótopos de chumbo e gênese dasjazidas de Vazante e Itacarambi. In.: CONGRESSOBRASILEIRO de GEOLOGIA, 20, 1966, Rio de Ja-neiro. Pub. Especiais ... Rio de Janeiro: SBG, 1966.v.1, p.45-46.

AMARAL, G.; RAMGRAB, G. E.; OLIVEIRA, I. W.B.; MANDETTA, P.; DAMIÃO, R. N.Determinaçõesgeocronológicas e considerações sobre a estrati-grafia do Pré-Cambriano na porção Setentrional doTerritório de Roraima. In.: CONGRESSO BRASILEI-RO DE GEOLOGIA, 24, 1970, Brasília. Resumo dasConferências e Comunicações... Brasília: SBG, p.77-80. (Boletim Especial, 1).

AMARO, V. E. Geologia e petrologia da seqüênciametavulcânica de Jaupaci-GO e lineamentos asso-ciados. 1989. 230p. Tese. (Mestrado) - Instituto deGeociências, Universidade de Brasília-UnB, Brasí-lia, 1989.

ANDERSON, J. L.; BENDER, E. E. Nature and ori-gin of Proterozoic A-type granitic magmatism in thesouthwestern United States of America. Lithos, n.23,p.19-52, 1989..

ANDRADE A. F. de; SANTIAGO A. F.; MELO C. F.;BIZINELLA G. A.; MOREIRA H. L.; SANTOS J. O.S.; OLIVEIRA J. R.; MOURA, P.A.; LOPES, R.da C.;ROSA FILHO, S. F.; NEVES, S. A. V. Projeto Tapajós– Sucunduri. Relatório de Integração Geológica.Manaus, DNPM/CPRM, 1978. 3v.

ANDRADE A. F. de; SANTIAGO, A. F.; MELO, C. F.;BIZINELLA, G. A.; MOREIRA, H. L.; SANTOS, J. O.S.; OLIVEIRA, J. R.; MOURA, P. A.; LOPES R. daC., ROSA FILHO S. F., NEVES S. A. V. Projeto Tapa-jós – Sucunduri. Relatório de Integração Geológica.Manaus: DNPM/CPRM, 1978. 3v.

ARANTES, D.; OSBORNE, G. A.; BUCK, P.S. The

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 208: Rel Mato Grosso

208

Mara Rosa volcano-sedimentary sequence and as-sociated gold mineralization.In.: LADEIRA, E. A. BrazilGold’ 91, Belo Horizonte, 1991. p.221-229.

ARAÚJO NETO, H.; COSTI, H. . Projeto TapuruquaraII. Relatório Final. Manaus: DNPM/CPRM, 1979. 2v.

ARAUJO RUIZ, L. M. B. A. Caracterização Petroló-gica, Geoquímica e Geocronologia (U/Pb e Ar/Ar)do Maciço Nova Lacerda - MT. 2003. 89p. Tese (Dis-sertação de Mestrado).. Instituto de Geociências eCiências Exatas – UNESP, Rio Claro, 2003.

ARAUJO RUIZ, L., M B A; GODOY, A., M., SOUZA,M. Z. A. e RUIZ, A. S. Aspectos Geoquímicos doMaciço Sararé – SW do Cráton Amazônico. In: SIM-PÓSIO DE GEOLOGIA DO CENTRO OESTE, 8,Cuíaba. Anais…Cuiabá: SBG, 2003b 130 – 131.

ARAUJO RUIZ, L., M B A; RUIZ, A. S; SOUZA, M.Z. A; GODOY, A. M. 2001. Caracterização Petro-gráfica do Granito Sararé e de seu Embasamentona Porção SW do Cráton Amazônico- MT. In:WORKSHOP - GEOLOGY OF THE SW AMAZONI-AN CRÁTON, 2001, São Paulo. Atas...Geology ofthe SW Amazonian Cráton: State of the Art. , 2001.p.159-162

ARAUJO RUIZ, Larissa Marques B. A.; MATOS,João B.; GODOY, Antonio Misson; SOUZA, MariaZélia A. de; RUIZ, Amarildo Salina. Geologia daPorção Noroeste da Folha Rio Pindaituba – MT,SW do Craton Amazônico. In.: SIMPÓSIO DE GE-OLOGIA DA AMAZÔNIA, 8, 2003, Cuiabá. Anais...Cuiabá:SBG, 2003. p.122-123

ARAUJO RUIZ, Larissa Marques B. A.; MATOS,João B.; GODOY, Antonio Misson; SOUZA, MariaZélia A. de; RUIZ, Amarildo Salina. Aspectos loto-geoquímicos do maciço Sararé – SW do CrátonAmazônico In.: SIMPÓSIO DE GEOLOGIA DA AMA-ZÔNIA, 8, 2003, Cuiabá. Anais ...Cuiabá:SBG, 2003.p.130-131

ARAÚJO, H. J. T.; RAMOS, M. A. R. Reconhecimen-to e Mapeamento Geológico dos rios Japurá, Juami,Apaporis, Traira e Igarapé Castanho. Belém: ProjetoRADAMBRASIL, 1975. (Relatório Interno, 32).

ARAÚJO, H. J. T.; RODARTE, J. B. M.; DEL’ARCO,J. O.; SANTOS, D. B. dos; BARROS, A. M.; TASSI-NARI, C. C. G.; LIMA, M. I. C. de; ABREU, A. S.;FERNANDES, C. A. C. Geologia. In.: BRASIL. DNPM.Projeto RADAMBRASIL. Folha SB. 20 Purus; geolo-gia, geomorfologia, pedologia, vegetação e usopotencial da terra. Rio de Janeiro, 1978. p.17-128.(Levantamento de Recursos Naturais, 17).

ARAÚJO, J. B.; CARNEIRO, R. G. Planície do Ara-guaia, reconhecimento geológico-geofísico. Belém:Petrobrás-RENOR, 1977. 11p. (Relatório TécnicoInterno, 348).

ARAÚJO, O. J. B.; MAIA, R. G. N. Programa Le-vantamentos Geológicos Básicos do Brasil - PLGB.Programa Grande Carajás. Folha SB.22-Z-A. Esta-do do Pará. Brasília. CPRM, 1991. 164p. il. (Con-vênio DNPM/CPRM.)

ARAÚJO, Vanderlei Antônio; COSTA, José F. Gam-bier; MONTES, Adevanil de SantanaLamartIn.PEREIRA, Alex Domingos Carneiro. Pro-jeto Manissuá-Missu - Reconhecimento Geológico.Relatório Final. Goiânia:CPRM, 1975. 4v.(ConvênioDNPM / CPRM).

ASSINE, M. L. Aspectos da Estratigrafia das se-qüências Pré-Carboníferas da Bacia do Paraná noBrasil. 1996. 207p.Tese (Doutorado) – Instituto deGeociências, Universidade de São Paulo, SãoPaulo, 1996.

ASSINE, M. L.; SOARES, P.C.; MILANI, E. J. Sequ-ência Tectono - Sedimentares Mesopaleozóicas daBacia do Paraná, Sul do Brasil. Rev. Bras. Geoci-ências, São Paulo, v.24, n.2, p.71-89, 1994.

BABINSKI, M.; TASSINARI, C. C. G.; NUTMAN, A.P.et al. U-Pb shrimp zircon ages of migmatites fromthe basement of the Embú Complex, Ribeira FoldBelt: indications for ~1.4-1.3 Ga Pb-Pb and Rb-Sr“isochron” ages of no geological meaning. In.: SIM-POSIO SUDAMERICANO DE GEOLOGÍA ISOTÓPI-CA, 3., 2001, Chile. Actas ... Chile, 2001. p.92-94.

BAHIA, R. B. C. & QUADROS, M. L. do E. S. Proje-to Província Mineral do Tapajós. Folha Caracol(SB.21-X-C). Relatório da Segunda Etapa de Cam-po. Porto Velho: CPRM, 1996.

BAHIA, R. B. C. A Formação Palmeiral (Proterozói-co Superior) na Serra dos Pacaás Novos, oeste deRondônia. 1997. 88p.Tese (Mestrado) - Universida-de Federal do Pará-UFPa , Belém, 1997.

BAHIA, R. B. C.; PEDREIRA, A. J. As Bacias doSetor Sudoeste do Cráton Amazônico: Classifica-ção Global e Evolução Tectônica. In.: SIMPÓSIODE GEOLOGIA DA AMAZÔNIA, 7., Belém, 2001.Anais...Belém: SBG, 2001. 1 CD-Rom)

BAHIA, R. B. C.; PEDREIRA, A. J. Depósitos glaci-ogênicos da Formação Pimenta Bueno (Carboní-fero) na região de Rolim de Moura, sudeste deRondônia. A Terra em Revista, v.1, p.24-29, 1996.

BARBOSA, Octavio; RAMOS, J. R. de Andrade;GOMES, Franklin de Andrade; HELMBOLD, Rei-nhard. Geologia e Estratigráfica, estrurural e econô-mica da Área do “Projeto Araguaia”. Rio deJaneiro:IBGE, 1966. (Divisão de Geologia e Mine-ralogia, Monografia, 19).

BARBOZA, E. S.; PULZ, G. M.; JELINEK, A. R.;RONCHI, Luis Henrique; PINHO, F. E.; QUADROS,

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 209: Rel Mato Grosso

209

A. P. Microtermometria dos fluidos auríferos nosveios de quartzo do depósito Pau-a-Pique, sudoes-te do estado de Mato Grosso In: REUNIÃO ANUALDA SBPC, 53, 2001, Salvador. Ata ... SBPC: Salva-dor, 2001. CD Rom

BARBOZA, Elzio da Silva. Geoquímica e Microter-mometria dos Fluidos Mineralizantes do DepósitoPau-a-Pique, Sudoeste do Estado de Mato Grosso.2001. 149p. Tese (Dissertação de Mestrado) Institu-to de Geociências, Universidade Federal do RioGrande do Sul - UFRS, Porto Alegre, 2001.

BARBOZA, Elzio da Silva; NUNES, Fabrício Perei-ra; MAIA, Márcio Tadeo Pommot. Mapeamento lito-estrutural da frente da lavra do depósito aurífero daLavrinha, grupo Aguapeí, Região Pontes e Lacerda- MT. 1999. 51p.. Instituto de Ciências Exatas e daTerra, Universidade Federal de Mato Grosso, 1999.(Trab. de Graduação).

BARRETO, P.M.; MANTOVANI, M. S. M. Geocrono-logia do Território de Rondônia e sudoeste de MatoGrosso. Ciência e Cultura, v.27, n.7, p.186, 1975.(Suplemento).

BARRIOS, F. J. Caracterização geocronológica daRegião Amazônica da Venezuela. 1983.123p.Dissertação (Mestrado) - Instituto de Geoci-ências, Universidade de São Paulo - USP, São Pau-lo, 1983.

BARRO, P.; PIRES, A. C. B. Utilização da Aeromag-netometria como subsídio na compreensáo da es-truturação do Alto Estrutural Juruena-Teles Pires. In.:SIMPÓSIO DE GEOLOGIA DO CENTRO-OESTE, 7,1999, Cuiabá. Anais ... .. Cuiabá: S.B.G. - NúcleoCentro-Oeste, 1999. p.175 -177.

BARROS, A. J. P.; LAET, S.M.; RESENDE, W. M.de. Províncias auríferas do norte do Estado de MatoGrosso. In.: SIMPÓSIO DE GEOLOGIA DA AMA-ZÔNIA, 6, 1999, Manaus. Boletim de Resumos Ex-pandidos. Manaus, SBG-Núcleo Norte, 1999.596p.p.124-127.

BARROS, A. M. et al. Projeto Iratapuru - Área Cupi-xi: Geologia Regional. Relatório Final. Belém: GE-BAM-RADAMBRASIL, 1984. v.1.

BARROS, A. M.; SILVA, R. H.; CARDOSO, O. R. F.A. et al. Geologia In.: BRASIL. Departamento Naci-onal da Produção Mineral. Projeto Radambrasil.Folha SD.21 Cuiabá: geologia, geomorfologia, pe-dologia, vegetação e uso potencial da terra. Rio deJaneiro, 1982. p.25-192. (Levantamento de Recur-sos Naturais, 26).

BARROS, A. M.; SIMÕES, M. A. Levantamento ge-ológico nas porções meio-oeste da Folha SD.21-Z-Ae extremo noroeste da Folha SD.21-Z-C, abrangen-

do áreas dos municípios de Raizama, Rosário Oes-te, Nobres e Diamantino; operação 577/80. Goiâ-nia: Projeto RADAMBRASIL, 1980. 31p.(RelatórioInterno RADAMBRASIL, 387-G)

BARROS, Adalberto Maia; PASTORE JUNIOR,Waldemar Paulo. Projeto Alto Guaporé. RelatórioFinal. Goiânia:DNPM/CPRM, 1974. 11v.

BARROS, Antonio João Paes. Contribuição a geo-logia e controle das mineralizações auríferas daRegião de Peixoto de Azevedo, MT. 1993. 161p. Tese(Mestrado) - Programa de Pós Graduação em Ge-ologia Economica, Instituto de Geociências - Uni-versidade de São Paulo - USP, São Paulo, 1993.

BASEI, M. A. S. & TEIXEIRA, W. Geocronologia econsiderações estratigráficas preliminares da regiãoCachimbo-Dardanelos. Belém:Projeto RADAM,1975. 19p. (Relatório Interno RADAM, 37-G).

BASEI, M. A. S. Estudo geocronológico do magma-tismo ácido da região meridional da Amazônia. In.:CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 28, 1974,Porto Alegre. Anais ... Porto Alegre: SBG - Socieda-de Brasileira de Geologia, 1974, v.6, p.287-296.

BASEI, M. A. S. Geocronologia do Território Federalde Roraima e parte norte do Estado do Amazonas.Relatório Interno. Belém: Projeto RADAMBRASIL,1975. 19p.

BATCHELOR, R. A.; BOWDEN, P. Petrogenetic in-terpretation of granitoid rocks series using multica-tionic parameters. Chem. Geol., 48, p.43-55, 1985.

BAUNER, E. J.; LARGHER, G. M. A preliminary re-port of the geolog yeast-central part of the state ofMato Grosso and a portion of the western part of thestate of Goías, Brazil. Ponta Grossa: Petrobrás /DEBSP, 1958. 26p.(Relatório técnico Interno, 114).

BETTENCOURT, J. S.; LEITE, W. B.; PAYOLLA, B.L. et al. The rapakivi granites of the Rondônia TinProvince, northern Brazil. In.: INTERNATIONAL SYM-POSIUM ON GRANITES AND ASSOCIATED MINE-RALIZATIONS, 2., 1997, Salvador. Excursions Gui-de ... Salvador : CBPM/SGM, 1997. p.3-31.

BETTENCOURT, J. S.; ONSTOTT, T. C.; TEIXEIRA,W. Tectonic interpretation of 40Ar/39Ar ages onCountry rocks from the Central sector of the RioNegro-Juruena Province, SW Amazon Craton. In.:DALL’AGNOL, R.; MACAMBIRA, M.J.B.; COSTI, H.T.(Eds.). SYMPOSIUM ON RAPAKIVI GRANITES ANDRELATED ROCKS, 1995, Belém. Abstract Volume.Belém: Center for Geosciences. University Federalof Para, 1995. p.5-16.

BETTENCOURT, J. S.; TOSDAL, R. M.; LEITE JR.,W. B. et al. Mesoproterozoic rapakivi granites ofthe Rondônia Tin Province, southwestern border of

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 210: Rel Mato Grosso

210

the Amazonian craton, Brazil-I. Reconnaissance U-Pb geochronology and regional implications. Pre-cambrian Research, v.95, p.41-67, 1999.

BETTENCOURT, J. S.; TOSDAL, R. M.; LEITE JR.,W. B. et al. Overview of the rapakivi granites of theRondônia Tin Province. In.: DALL’AGNOL, R.; MA-CAMBIRA, M. J. B.; COSTI, H. T. (Eds.) SYMPO-SIUM ON RAPAKIVI GRANITES AND RELATED RO-CKS: Abstract Volume. Belém: Universidade Fede-ral do Pará, 1995. p.5-16.

BITTENCOURT ROSA, D. B.; SILVA, M. A. da; Lima,P, R. M. As características geológicas e mineralógi-cas do granitóide Paranaíta – Município de Para-naíta – MT. SIMPÓSIO DE GEOLOGIA DO CENTRO-OESTE, 6, 1997, Cuiabá. Anais ... Cuiabá: SBG –Núcleos Centro-Oeste e Brasília, 1997. p.21-23.

BIZINELLA, G. A.; SANTIAGO, A. F.; MELO, A. F. F.de; SANTOS, A. dos; BORGES, F. R.; GODOY, H.K.; YAMAGUTI, H. S.; OLIVEIRA, J. R. de; CARMO-NA, J. R. M.; D’ANTONA, R. de J. G.; OLIVEIRA, R.L. Projeto Tapajós – Sucunduri. Manaus: CPRM, 1980.8v.(Convênio DNPM/CPRM, Relatório Inédito).

BIZZI, L. A. ; SCHOBBENHAUS, C.; BAARS, F. J. etal. Geologia, tectônica e Recursos minerais do Bra-sil: Sistema de Informações Geográficas – SIG eMapas na escala 1:2.500.000. In.; BIZZI, L. A. ;SCHOBBENHAUS, C.; VIDOTTI, R. M.; GONÇAL-VES, J. H. (ed.) Geologia, Tectônica e RecursosMienais do Brasil: texto, mapas e SIGI. CPRM: Ed.UnB, 2003.

BIZZI, L. A.; VIDOTTI, R. M.; MILANI, E. Post-Go-nowana geodynamics and fission-related magma-tism. In.: BIZZI, L. A. et al. (Eds). Geology Tectonicsand Mineral Resources of Brazil. Brasília: CPRM,2002 (in press).

BOGGIANI, P. C. Análise Estratigráfica da BaciaCorumbá (Neoproterozóico) – Mato Grosso do Sul.1998. 181p. Tese (Dissertação de Doutorado), Ins-tituto de Geociências, Universidade de São Paulo -IG/USP, São Paulo, 1998.

BOGGIANI, P. C.; COIMBRA, A. M.; FAIRCHID, T.R. Calcário e rochas fosfáticas do Grupo Corumbána Serra da Bodoquena, MS: modelo genético. In.:JORNADAS CIENTÍFICAS, 2, São Paulo, 1992. Bo-letim IG-USP, São Paulo, Instituto de Geociênciasda Universidade de São Paulo-IG/USP, 1992. p.23-24. (Publicação Especial N° 12)

BOGGIANI, P.C. Ambientes de sedimentação doGrupo Corumbá na região central da Serra da Bo-doquena, Mato Grosso do Sul. 1990. 91p. Tese (Dis-sertação de mestrado). Programa de Pós-Gradua-ção em Geologia Sedimentar, Instituto de Geoci-ências, Universidade de São Paulo - IG/USP, São

Paulo, 1990.

BONHOMME, M. G. et al. Radiochronological ageand correlation of Proterozoic sediments in Brazil.Precambrian Research, n.18, p.103-118, 1982.

BONHOMME, M. G. The use of Rb-Sr and K-Ar da-ting methods as a stratigraphic tool applied to se-dimentary rocks and minerals. Precambrian Rese-arch, n.18, p.5-25, 1982.

BORGES, F. R. ProjetoSerra do Aracá. Relatório Fi-nal. Manaus: CPRM/Trading Mineração, 1987. 51p.

BORGES, F. R.; CUADROS JUSTO, L. J. E. Mapade jazimentos de insumos minerais para agriculturada Região Centro Oeste e do Estado do Tocantins:Escala 1:2.500.000. Goiânia: CPRM, 2000. MapaColor.

BOTELHO, N. F. Considerações sobre a Petrografiae a Geoquímica de Rochas Graníticas do ProminAlta Floresta. Brasília: Instituto de Geociências daUniversidade de Brasília, UNB. 2001, 15p. (Relató-rio interno).

BRAGA, L. F. S.; SIQUEIRA, L. P. Three dimensio-nal gravity modelling of the basement topographybeneath Parecis Basin, Brazil, constrained by spec-tral estimates of depth to magnetic sources. In.:LATIN AMERICAN PETROLEUM CONGRESS, 5.,1996, Rio de Janeiro. Anais... Rio de Janeiro: CO-NEXPO-ARPEL, 1996. 8 p.

BRASIL. Ministério das Minas e Energia. Departa-mento Nacional de Produção Mineral. PROJETORADAMBRASIL. Folha SB.21 - Tapajós. Rio de Ja-neiro, 409p., p.13-116. (Levantamento de Recur-sos Naturais, 7).

BRASIL. Ministério das Minas e Energia. Departa-mento Nacional de Produção Mineral. PROJETORADAMBRASIL. Folha SC.22 - Tocantins. Rio deJaneiro, 1981. p.21-196. (Levantamento de Recur-sos Naturais, 22).

BRASIL. Ministério das Minas e Energia. Departa-mento Nacional de Produção Mineral.. PROJETORADAMBRASIL. Folha SD.22 - Goiás. Rio de Janei-ro, 1981. (Levantamento de Recursos Naturais, 25).

BRASIL. Ministério das Minas e Energia. Depar-tamento Nacional de Produção Mineral. PROJE-TO RADAMBRASIL. Folha SE.22 - Goiânia. Riode Janeiro, 1983. (Levantamento de RecursosNaturais, 31)

BRASIL. Ministério das Minas e Energia. Departa-mento Nacional de Produção Mineral. PROJETORADAMBRASIL. Folha SD.21 – Cuiabá. Rio de Ja-neiro: RadamBrasil, 1982. v.26, p.25-192. (Levan-tamentos de Recursos Naturais, 26).

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 211: Rel Mato Grosso

211

BRASIL. Ministério das Minas e Energia. Departa-mento Nacional de Produção Mineral. PROJETORADAMBRASIL. Folha SC.21 - Juruena. Rio de Ja-neiro: RadamBrasil, 1974. 117-164 p.(Levantamentode Recursos Naturais, 20).

BRASIL. Ministério das Minas e Energia. Departa-mento Nacional de Produção Mineral. PROJETORADAMBRASIL Produção garimpeira de ouro pormunicípio e por empresas de mineração no Estadode Mato Grosso. Brasília: Divisão de Planejamentoe Economia Mineral, 1996.

BRASIL. Ministério das Minas e Energia. Departa-mento Nacional de Produção Mineral. PROJETORADAMBRASIL Folha SD.20 - Guaporé. Rio de Ja-neiro, 1979. 364 p., p.21-123. (Levantamento deRecursos Naturais, 19).

BRASIL. Ministério de Minas e Energia. Departa-mento Nacional de Pesquisa Mineral - DNPM. Re-latórios Internos – Economia Mineral. Cuiabá: DNPM– 12° Chefia, 2001.

BRASIL. Ministério de Minas e Energia. Departa-mento Nacional de Pesquisa Mineral - DNPM. Re-latórios Internos – Economia Mineral. Cuiabá: DNPM– 12° Chefia, 2002.

BRASIL. Ministério de Minas e Energia. Departa-mento Nacional de Pesquisa Mineral - DNPM. Re-latórios Internos – Economia Mineral. Cuiabá: DNPM– 12° Chefia, 2003.

BRASIL. Secretaria de Minas e Metalurgia. Diag-nóstico do setor mineral de Mato Grosso: fator deinteriorização e desenvolvimento. Brasília, 2002. 68p.

BRAUN, O. P. G. Contribuição à geomorfologia doBrasil Central. Rev. Bras. de Geografia, Rio de Ja-neiro, n.3., 1971. (Fundação IBGE)

BRAUN, O. P. G. Projeto Roraima. 2a Fase; Levan-tamento geológico integrado: Relatório de mape-amento preliminar ao milionésimo, corresponden-te à “Fotointerpretação Preliminar”. Manaus: DNPM/CPRM, 1973. 218p. il.

BRITO NEVES, B. B. de. Main stages of the deve-lopment of the sedimentary basins of South Ameri-ca and their relationship with the tectonics of supercontinents. Gondwana Research, v.5, n.1, p.175-196, 2002

BRITO, M. F. L. de. Granito Jauari. In.: ALMEIDA,M. E. (Ed.), Projeto Serra Imeri. Geologia e Recur-sos Minerais das Folhas NA.20-Y e SA.20-V-A eSA.20-V-B. Nota Explicativa. Manaus: CPRM, 2000.(CD-Rom).

BRITO, M. F. L. de; FRAGA, L. M. B.; SANTOS, L.C.; ALMEIDA, M. E. Suíte Intrusiva Marauiá. In.:ALMEIDA, M. E. (Ed.). Projeto Serra Imeri. Geolo-

gia e Recursos Minerais das Folhas NA.20-Y e SA.20-V-A e SA.20-V-B. Nota Explicativa. Manaus: CPRM,2000a. (CD-Rom).

BRITO, M. F. L. de; FRAGA, L. M. B.; SILVA, L.C.;SANTOS, J. O. S. Complexo Cauaburi. In.: AL-MEIDA, M. E. (Ed.). Projeto Serra Imeri. Geologia eRecursos Minerais das Folhas NA.20-Y e SA.20-V-Ae SA.20-V-B. Nota Explicativa. Manaus: CPRM,2000b. (CD-Rom).

CAPUTO, M. V. Stratigraphy, Tectonics, Paleoclima-tology and Paleogeography of Northern Basins ofBrazil. 1984. 586p. Tese (Doutorado) - University ofCalifornia, Santa Barbara, USA, 1984.

CAPUTO, M. V.; CROWELL, J. C. Migration of Gla-cial Centers Across Gondwana During Paleozoic Era.GSA Bulletin, n.96, p.1020-1036, 1985.

CARDOSO, O. R. F. A.; DEL’ARCO, J. O.; SOUZA,E. P.Reconhecimento geológico em parte das Fo-lhas SD. 20-Z-D, SD. 21-Y-A e SD. 21-Y-C; operação541/79. Goiânia: Projeto RADAMBRASIL, 1980.61p.(Relatório Interno, 386-G)

CARNEIRO FILHO, A. Observações preliminares dasdunas do Rio Negro. In.: SIMPÓSIO INTERNACIO-NAL DO QUATERNÁRIO DA AMAZÔNIA, 1992,Manaus. Resumos e Contribuições Científicas. Ma-naus: UFAM, 1993. 166p. il.

CARNEIRO, M. A. O Complexo Metamórfico BonfimSetentrional (Quadrilátero Ferrífero, Minas Gerais):litoestratigrafia e evolução geológica de um segmentode crosta continental do Arqueano. 1992. 233 p.Tese(Doutorado) - Instituto de Geociências, Universida-de de São Paulo, São Paulo, 1992.

CARNEIRO, M. A.; ULBRICH, H. H. G. J. ; KAWA-SHITA, K. Proterozoic crustal evolution at the sou-thern margin of the Amazonian Craton in the State ofMato Grosso, Brazil: evidence from Rb-Sr and K-Ardata. Precambrian Research, 59, p.263-282, 1992.

CARVALHO, J. B. & MORAES, R. de. Indícios devulcanismo ácido no Grupo Cuiabá na região deCuiabá, MT. In.: CONGRESSO BRASILEIRO DEGEOLOGIA, 37, São Paulo, 1992. Boletim de Resu-mos Expandidos...,São Paulo: SBG, 1992. p.311-312. v.1

CHAPELL, B. I. W. & WHITE, A. J. R. Two con-trasting granite types. Pacific Geology, v.8, p.173-174, 1974.

CHAPELL, B. W.; WHITE, A. J. R. I - and S-typegranites in the Lachlan Fold Belt. Trans. Royal Soc.Edinburgh Earth Sciences, 83. p.1-26, 1992.

CORDANI, U. G. & TASSINARI, C. C. G. Comentá-rios sobre os dados geocronológicos disponíveispara as folhas SD.21 Cuiabá, SE.21 Corumbá e

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 212: Rel Mato Grosso

212

SF.21 Rio Apa. In.: SCHOBBENHAUS FILHO, C.Carta Geológica ao milionésimo. Brasília: DNPM,1979. 13p. (Inédito).

CORDANI, U. G. et al. On the applicability of theRb-Sr method to argillaceous sedimentary rocks:some examples from Precambrian sequences ofBrazil. Journal of Geology, n.. 471, p.253- 728, 1985.

CORDANI, U. G.; BRITO NEVES, B. B. de. The ge-ologic evolution of South America during the Ar-chaean and Early Proterozoic. Rev. Bras. Geociên-cias, São Paulo, v.12, n.1-3, p.78-88,1982.

CORDANI, U. G.; KAWASHITA, K.; THOMAS FILHO,H. Applicability of the rubidium-strontium me-thod to shales and related Rocks. Contribution togeologic time scale. AAPG, Stud. Geol., n.6, p.91-117, 1978.

CORRÊA, J. A.; CORREIA FILHO, F. C. L.; SCIS-LEWSKI, G.; NETO, C.; CAVALLON, L. A.; CER-QUEIRA, N. L. S.; NOGUEIRA, V. L. Geologia dasRegiões Centro e Oeste de Mato Grosso. ProjetoBodoquena. Goiânia: Departamento Nacional deProdução Mineral-DNPM/CPRM, 1976. RelatórioFinal (inédito)

CORRÊA, J. A.; CORREIA FILHO, F. C. L.; SCIS-LEWSKI, G.; NETO, C.; CAVALLON, L. A.; CER-QUEIRA, N. L. S.; NOGUEIRA, V. L. Geologia dasRegiões Centro e Oeste de Mato Grosso. ProjetoBodoquena. Brasília: Departamento Nacional deProdução Mineral - DNPM/CPRM, 1979. 111p.(SérieGeologia Básica n° 3, mapa geológico escala1:250.000)

CORRÊA, José Antônio; COUTO, Edemir Augustodo. Projeto Aluviões Diamantíferos de Mato Grosso.Goiânia;CPRM, 1972. 2v.(Convênio DNPM / CPRM)

COSTA NETO, M.C.. Estudo da interação fluido-ro-cha nos depósitos da Lavrinha, Distrito Aurífero dePontes e Lacerda – MT. 1998. 115p. Tese (Disserta-ção de Mestrado). Instituto de Geociências, Univer-sidade de Campinas - UNICAMP, Campinas, 1998.

COSTA, Antonio Flavio Uberti; ZANINI, Luiz Fernan-do Pardi. Geofísica aplicada à detecção da Conta-minação de Águas subterrâneas no depósito de lixode Alvorada, RS. Porto Alegre: CPRM, 1995. (PRO-TEGER - Programa Técnico para o gerenciamentoda região metropolitana de Porto Alegre. Sériedegredação Ambiental, v.07)

COSTA, M. J. Projeto Aripuanã – Serra Expedito,distrito e município de Aripuanã, Estado de MatoGrosso. Relatório Final de Pesquisa. Mineração Ari-puanã Ltda, 1999. 48p. (Processo DNPM n.8666.173/92)

COSTA, R.; WESKA, R. K.; SANTOS, J. X. dos; SIL-

VA, A. F da. A seqüência Vulcano-clasto-químicado Grupo Bauru da Região do Boiadeiro, Municí-pio de Dom Aquino, Mato Grosso. SIMPÓSIO DEGEOLOGIA DO CENTRO-OESTE, 8., 2003. Boletimde Resumos… Cuiabá: SBG, Núcleo Centro-Oes-te, 2003. p: 127.

COSTA, Sérgio Arcoverde de Gusmão; FRAGOME-NI, Paulo Roberto Pizarro; FRAGOMENI, Mariân-gela Gravatá. Projeto Serra do Roncador. Reconhe-cimento Geológico. Relatório Final. Goiânia:CPRM,1975. 4v.(Convênio DNPM / CPRM)

COSTI, H. T. Uma sugestão acerca de um novoposicionamento e nova denominação estratigráfi-ca para as rochas máficas tipo Tapuruquara (noro-este do Amazonas e oeste do Território Federal deRoraima). In.: SIMPÓSIO DE GEOLOGIA DA AMA-ZÔNIA, 1, 1985, Belém. Anais ... Belém: SBG, 1985.v.1, p.340-350.

COUTINHO, M. G. da N.; ROBERT, F. & SANTOS,R. A. dos. Província Mineral do Tapajós, Amazônia,Brasil: Novo enfoque geológico das mineralizaçõesde ouro. In.: CONGRESSO BRASILEIRO DE GEO-LOGIA, 40, 1998, Belo Horizonte. Anais ... BeloHorizonte: SBG – Minas Gerais, 1998.

COWARD, M. P.; RIES, A. C. (Eds.). Collision Tecto-nics. London: Blackwell, 1986. p.83-94. (Geol. Soc.Special Publ., 19).

CRÕSTA, A. P. Domo de Araguainha - O maior as-troblema da América do Sul. In.: SCHOBBENHAUS,C.; CAMPOS, D. A.; QUEIROZ, E. T.; WINGE, M.;BERBERT-BORN, M. (Edit.) Sítios Geológicos e Pa-leontológicos do Brasil. Rio de Janeiro: CPRM, 1999.

CRÓSTA, A. P. Impact structures in Brazil. In.: J.Pohl (ed.) Research in Terrestrial Impact Structures.Wiesbaden, Vieweg & Sohn, p.30-38, 1987

CRÓSTA, A. P. Mapeamento geológico do Domode Araguainha utilizando técnicas de sensoriamen-to remoto. 1982. 90 p.Tese. (Dissertação de Mestra-do) - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais(INPE), São José dos Campos, 1982.

CRÓSTA, A. P., GASPAR; J. C.; CANDIA, M. A. F.Feições de metamorfismo de impacto no Domode Araguainha. Rev. Bras. Geociências, n.11, p.139-146, 1981.

CRUZ, E. L. C. C. Relatório sobre o estudo da alte-ração hidrotermal em alguns depósitos de ouro daProvíncia Mineral Alta Floresta. Projeto Província Mi-neral Alta Floresta. Rio de Janeiro: CPRM-ServiçoGeológico do Brasil, 2002. 21p. (Relatório InternoDEREM/DIMETA)

CRUZ, N. M. C. Palinologia de sedimentos paleo-zóicos do Território Federal de Rondônia. In.: CON-

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 213: Rel Mato Grosso

213

GRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 31., 1980,Camboriú. Anais... Camboriú: SBG, 1980. v.5,p.3041-3048.

CRUZ, S. A. S. Aspectos geológicos e geoeconô-micos de Tepequém; relatório interno. Manaus,DNPM/CPRM, 1980.

CRUZ, S. A. S. Os garimpos de Roraima;. Manaus:DNPM/CPRM, 1980. (Relatório interno)

CUADROS JUSTO, Lorenzo J. E. Fosfato da Serrada Bodoquena, Mato Grosso do Sul. Goiânia: CPRM,2000. (Informe de Recursos Minerais - Série Insu-mos Minerais para Agricultura, 2 - Programa deAvaliação Geológico - Econômica de Insumos Mi-nerais para Agricultura no Brasil.)

CUNHA, B. C. C.; POTIGUAR, L. A. T.; IANHEZ, A.C.; BEZERRA, P. E. L.; PITTHAN, J. H. L.; SOUZAJÚNIOR, J. J.; MONTALVÃO, R. M. G.; SOUZA, A.M. S.; HILDRED, P. R.; TASSINARI,C. C. G. Geolo-gia da Folha SC.22 – Tocantins. Projeto RadamBra-sil. Rio de Janeiro-RJ. 1980.

CUNHA, Bernardo Cristóvão Colombo da et al. In.:BRASIL. Ministério das Minas e Energia. Departa-mento Nacional de Produção Mineral. Projeto Ra-dambrasil. Folha SC.22. Tocantins. Rio de Janeiro:RadamBrasil, 1981. p.145-146. (Levantamento deRecursos Naturais, 22).

DALL´AGNOL, R.; SILVA, C. M. G.; SCHELLER, T.Fayalite, hedembertgite mhyofites of Iriri Formati-on, Tapajós gold province, Amazonian Craton: Im-plication for the Uatumã volcanism. In: SIMPÓSIOSOBRE VULCANISMO E AMBIENTES ASSOCIADOS,n., 1999, Gramado-RS. Boletim de Resumos, Gra-mado: SBG- Sociedade Brasileira de Geologia,1999. p.31.

DALL’AGNOL, R. Titanita-biotita granitos do BaixoRio Uaupés, Província Rio Negro, Amazonas. Par-te II: geoquímica e petrogênese. Rev. Bras. Geoci-ências, v.22, n.1, p.15-28, 1992.

DALL’AGNOL, R.; ABREU, A. S. Característicaspetrográficas e petrológicas do Complexo Guia-nense na folha NA.19 Pico da Neblina. In.: CON-GRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 29, 1976,Ouro Preto. Anais ... Ouro Preto: SBG, 1976. V.2,p.321-350.

DALL’AGNOL, R.; BETTENCOURT, J. S.; JORGEJOÃO, X. da S.; MEDEIROS, H.; COSTI, H. T.; MA-CAMBIRA, M. J. B. Granitogenesis in northern Bra-zilian region: a review. Rev. Bras. Geociências, v.17,n.4. p.382-403, 1987.

DANNI, José Caruso Moresco & CAMPOS, José ElóiGuimarães. Geologia e petrologia do ComplexoCachoeira do Lageado, Iporá, Goiás. SIMPÓSIO DE

GEOLOGIA DO CENTRO-OESTE, 4, 1994, Brasília .Anais ...Brasília:SBG, 1999. p.152-154

DARDENNE, M. A. Relatório da viagem ao MatoGrosso. Goiânia: Projeto RadamBrasil, 1980.7p.(Relatório Interno RADAMBRASIL, 377-G)

DARDENNE, M. A.; SCHOBBENHAUS, C. ÉpocasMetalogenéticas no Cráton Amazônico. In.: SIM-PÓSIO DE GEOLOGIA DA AMAZÔNIA, 7, 2001,Belém. Resumos Expandidos ... Belém: SBG –Núcleo Norte, 2001. Cd Rom

DARDENNE, M. A.; SCHOBBENHAUS, C. Metalo-gênese do Brasil. Brasília: Editora Universidade deBrasília, 2001. 392 p.il.

DEL´ARCO, Jéferson Oliveira; TARAPANOFF, Igor &BEZERRA, Pedro Edson Leal. As formações detríti-cas e detrito-lateríticas cenozóicas da proção meri-dional da depressão do Araguaia. In.: CONGRES-SO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 40, 1998, BeloHorizonte. Anais ... Belo Horizonte: SBG, 1998. p.71

DEL’ARCO, J. O. et al. Geologia. In.: BRASIL. Mi-nistério das Minas e Energia. Departamento Nacio-nal de Produção Mineral. Projeto Radambrasil.Folha SE.21 – Corumbá e parte da folha SE.20.Rio de Janeiro: MME, 1982. p.25-160. (Levantamen-to de Recursos Minerais, 27).

DELGADO, I. de M.; SOUZA, G. V. V.; SANTOS, R.A. dos. Contribuição ao conhecimento das minerali-zações de ouro da Província Mineral de Alta Flores-ta, Mato Grosso. Relatório de Viagem. Salvador:CPRM, 2001.

DEUTSCH, A.; BUHL, D.; LANGENHORST, F. Onthe significance of crater ages: new ages for Dellen(Sweden) and Araguainha (Brazil). Tectonophysics,n.216, p.205-218, 1992.

DIETZ, R. S.; FRENCH, B. M. Two probable astro-blemes in Brazil. Nature, p.244, n.561-562, 1973.

DIETZ, R. S.; FRENCH, B. M.; OLIVEIRA, M. A. M.Araguainha Dome (Goiás) and Serra da Cangalha(Mato Grosso): probable astroblemes? In.: SBG,In.: CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 27,1974, Porto Alegre. Resumo das Comunicações ...Porto Alegre:SBG, p.102. v.1. 1973.

DNPM. Departamento Nacional de Pesquisa Mine-ral. Anuário Mineral Brasileiro. 1991 - 2001. Brasília:DNPM, 2002.

DRAGO, Valter Alberto et al. Síntese da geologiapré-cambriana da Folha SD.22 Goiás. In.: SIMPÓ-SIO DE GEOLOGIA DO CENTRO-OESTE, 1, 1981,Goiânia. Ata ... Goiânia: SBG, 1981. p.30 - 52.

DREHER, A. M.; ARAÚJO, J. F. V.; ABREU, A. S.Associação básico-anortosítica dos rios Curuque-

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 214: Rel Mato Grosso

214

tê e Ciriquiqui - Município de Lábrea, Estado doAmazonas. In.: CONGRESSO BRASILEIRO DE GE-OLOGIA, 29, 1976, Ouro Preto. Anais do... OuroPreto: SBG, 1976. V.4, p.149-168.

DUCHESNE, J. C.; BERZA, T.; LIÈGEOIS, J. P.;VANDER, Auwera. The variscan post-collisional vol-canism in laate carboniferous – Permian sequencesof Ligurian Alps, Southerm Alps and Sardinia (Italy):A synthesis. Lithos, v.45, n.1-4; p.281-304, 1998.

EBY, G. N. Chemical subdivision of the A-Type gra-nitoids: petrogenetic and tectonic implications:Geology, 20, p.641-644, 1992.

EKLUND, O. et al. Ga Svecofennian post-collisionalshosshonitic magmatism in the Fennoscandian shi-eld. Lithos, n.45, p.87-108, 1998.

ELETRONORTE. Geologia, condições de fundaçãoe materiais naturais de construção dos sítios SantoAntônio, Teotônio e Girau, rio Madeira. Estudos deinventário da Bacia do rio Madeira, trecho nacional.Relatório Preliminar. [S.l.], 1987. 85p.

ENGELHARDT, W. V.; MATTHÄI, S. K.; WALZEBU-CK, J. Araguainha impact crater, Brazil. The interiorpart of the uplift. Meteoritics, n.27, p.442-457, 1992.

ENGLAND, P. C.; THOMPSON, A. Some thermal andtectonic models for crustal melting in continentalcollision zones. In.: COWARD, M. P.; RIES, A. C.(Eds.). Collision Tectonics. London: Blackwell,1986. 415p.p.83-94. (Geol. Soc. Special Publ., 19).

ENNIES, W. T. Geologia do Centro-Norte Matogros-sense. 1966. 65p. Tese (Doutorado). Departamen-to de Engenharia de Minas, Esc. Politécnica daUniversidade de São Paulo, São Paulo, 1966.

ESTADO DE MATO GROSSO. Mato Grosso Social.[s.l.] Secretaria de Comunicação Social, ano 1, 2003.

ESTADO DO MATO GROSSO. Secretaria de Estadode Planejamento e Coordenação Geral. Espaciali-zação das principais informações geológicas. Cam-po Grande: SEPLAM, 1997. (Proj. de Desenvolvimen-to Agroambiental do Estado de Mato Grosso – PRO-DEAGRO – Conv. MPO – BIRD – CNEC).

EVANS, J. W. The geology of Mato Grosso. Quar-terly Journal of the Geological Society of London,v.50, n.2, p.85-1-4, 1894

FAGUNDES, R. P.& VEIGA, A. T. C. Diretrizes paraprospecção e pesquisa mineralizações auríferas naBaixada Cuiabana - MT. In.: SIMPÓSIO DE GEOLO-GIA DO CENTRO-OESTE, 3, Cuiabá, 1991.Anais…Cuiabá, SBG. 1991. p.73-83,

FAIRCHILD, I. J. & HAMBERY, M. J. The Vendiansucession os northeastern Spitsbergen: Petrogene-sis os a dolomite-tillit association. Precambrian

Research, n.26, p.111-167, 1994.

FARACO, M.T.L., MARINHO, P.A.C., VALE, A.G.,COSTA, et al. Folha SC.22-Tocantins. In.: SCHOB-BENHAUS, C., GONÇALVES, J.H., SANTOS, J.O.S.,ABRAM, M.B., LEÃO NETO, R. MATOS,.G.M.M.,VIDOTTI, R.M., RAMOS, M.A.B., JESUS, J.D.A. de(eds.), Carta Geológica do Brasil ao Milionésimo,Sistema de Informações Geográficas. ProgramaGeologia do Brasil. Brasília:CPRM, 2004. CD-ROM.

FARIA, A.; REIS NETO, J. M. Nova Unidade Litoes-tratigráfica Pré-Furnas no Sudoeste de Goiás. In.:CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 30,1978, Recife. Resumo das Comunicações ...Recife:SBG, 1978. p.136-137.

FARIA, Reinhardt Adolfo; VELOSO, José AlbertoVivas; HIRSON, João da Rocha; MARINI, OnildoJoão; ANDRADE, Geraldo Ferreira de; FONSECA,Marcelo Rafael C. Borges da et al. Projeto Piranhas,Relatório Final. Brasília: DNPM/Fub, 1975. 143 p(Relatório do Arquivo Técnico da DGM, 2462).

FERNANDES, L. L. & CRUZ, J. C. R. ModelagemSísmica por Diferenças Finitas em Meios Bidimensi-onais com Difratores. In.: SIMPÓSIO DE GEOLOGIADA AMAZÔNIA, 7, 2001, Belém. Resumos Expandi-dos ... Belém: SBG – Núcleo Norte, 2001. Cd Rom

FERNANDES, C. J. Gênese e Controle Estrutural dasMineralizações de Ouro da Faixa Móvel Aguapeí,Sudoeste do Estado de Mato Grosso. 140p. 2003.Tese (Doutorado) Instituto de Geociências, Univer-sidade de Brasília - UnB, Brasília, ,

FERNANDES, C. J. Geologia do depósito Pau-a-Pique e Guias Prospectivos para Ouro no GrupoAguapeí, Sudoeste do Estado de Mato Grosso.134p.1999. Tese (Dissertação de Mestrado) - Insti-tuto de Geociências, Universidade Federal do RioGrande do Sul - UFRS, Porto Alegre, 1999.

FERNANDES, C. J.; GERALDES, M. C.; TASSINA-RI, C. C. G.; KUYUMJIAN, R. M. Idades 40Ar/39Arpara os Depósitos Auríferos da Faixa Móvel Agua-peí, Porção Sudoeste do Cráton Amazônico, Esta-do de Mato Grosso In.: SIMPÓSIO DE GEOLOGIADO CENTRO-OESTE, 2003, Cuiabá Anais... Cuia-bá: Editora da UFMT, 2003.p.93-96.

FERNANDES, C. J.; KUYUMJIAN, R.. M.; PINHO,F. E. C. Partição da deformação na faixa móvelAguapeí, sudoeste do Cráton Amazônico – Fron-teira Brasil/Bolívia, e as mineralizações auríferasassociadas. In.: SIMPÓSIO DE GEOLOGIA DA AMA-ZÔNIA, 8, 2003, Cuiabá. Anais ...Cuiabá:SBG, 2003.p.76-78

FERNANDES, C. J.; PULZ, G. M.; OLIVEIRA, S. A.,LIMA E CUNHA, M. C.; BARBOZA, E. S.; PINHO, F.

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 215: Rel Mato Grosso

215

E. C.; QUADROS, A. P. Diferenças Químicas e Tex-turais entre os Veios de Quartzo Férteis e Estéreisno depósito Aurífero Pau-a-Pique (Grupo Aguapeí,Estado de Mato Grosso). Pesquisas, n.26, p.91-101, 2001.

FERNANDES, C. J.; PULZ, G. M.; PINHO, F. E. C.;QUADROS, A. P.; OLIVEIRA, A. S. de. Controle es-trutural do depósito aurífero Pau-a-Pique: intersec-ção de fraturas D e R no interior da Zona de Cisa-lhamento Corredor, SW do Estado de Mato Gros-so. In.: SIMPÓSIO NACIONAL DE ESTAUDOS TEC-TÔNICOS E SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE TEC-TÔNICA DA SBG, 7, 1999, Lençóis, BA. Anais ...Lençóis, BA: SBG-Núcleo Bahia/Sergipe, 1999.

FERNANDES, C. J.; RUIZ, A. S.; KUYUMJIAN, R..M.; PINHO, F. E. C. Geologia e controle estruturaldos Depósitos Auríferos do Grupo Aguapeí – Regiãoda Lavrinha, Sudoeste do Cráton Amazônico. – Bra-sil. Rev. Bras. Geociências, 2003 (encaminhado)

FERNANDES, C. J.; RUIZ, A. S.; PINHO, F. E. C.;KUYUMJIAN, R. M. Compartimentação da deformaçãona Faixa Móvel Aguapeí, sudoeste do Cráton Amazôni-co – Brasil, e as mineralizações auríferas associadas.Rev. Bras. de Geociências , 2004. (no prelo).

FERNANDES, L. A. & COIMBRA, A. M. O grupoCaiuá (Ks): revisão estratigráfica e contexto depo-sicional. Rev. Bras. Geociências, v.24, n.3, p.164-176, 1994.

FERNANDES, L. A. A cobertura cretácea suprabási-ca no Paraná e Pontal do Paranapanema (SP): osgrupos Bauru e Caiuá. 129p.1992. Tese (Mestrado).Instituto de Geociências, Universidade de São Paulo– USP, São Paulo, 1992.

FERNANDES, L. A. Estratigrafia e evolução geoló-gica de parte oriental da Bacia Bauru (Ks, Brasil):Mapa Litoestratigráfico da Parte Oriental da BaciaBauru 1:1.000.000. 1998.

FERNANDES, Luiz Alberto & COIMBRA, ArmandoMárcio. Revisão estratigráfica da parte oriental dabacia Bauru (neocretaceo). Rev. Bras. Geociênci-as, n.30, v.4, p.7171 – 728, 2000.

FERNANDES, P. E. C. A.; PINHEIRO, S. da S.;MONTALVÃO, R. M. G. de; ISSLER, R. S.; ABREU,A. S.; TASSINARI, C. C. G. Geologia. In.: BRASIL.Departamento Nacional da Produção Mineral. Pro-jeto RADAMBRASIL. Folha SA.19 Içá; geologia, ge-omorfologia, pedologia, vegetação e uso potencialda terra. Rio de Janeiro, 1977. 446p.(Levantamentode Recursos Naturais, 14). p.17-123.

FERREIRA FILHO, Cesar F. & BIZZI, Luís A. Carca-terização de cumulados máficos granulitizados noRio Alegre - MT. 1985 (Sem referências)

FERREIRA, A. L., RIZZOTTO, G. J., QUADROS, M.L. E.; BAHIA, R. B. C., LOPES, R. C., OLIVEIRA, M.A. Folha SB.21-Tapajós. In.: SCHOBBENHAUS, C.,GONÇALVES, J. H., SANTOS, J. O. S., ABRAM, M.B., LEÃO NETO, R., MATOS, G. M. M., VIDOTTI, R.M., RAMOS, M. A. B., JESUS, J. D. A. de (eds.).Carta Geológica do Brasil ao Milionésimo, Sistemade Informações Geográficas. Programa Geologia doBrasil. Brasília:CPRM, 2004.. CD-Rom.

FERREIRA, A. L.; ALMEIDA, M. E.; BRITO, M. de F.L. de; MONTEIRO, M. A. S. Projeto Especial Provín-cia Mineral do Tapajós. Geologia e Recursos Mine-rais da Folha Jacareacanga (SB.21-Y-B). Estados doPará e Amazonas. Escala 1:250.000. Nota explica-tiva. Manaus: CPRM, 2000. 1 CD-Rom.

FIGUEIREDO, A. J. de A.; EULALIO, A.; RODRI-GUES, A. P.; BARRETO, B. de F.; PIMENTEL, G. deB.; COUTO, J. G. P.; REISCHl, J. L.; COSTA, S. A.de G.; RESENDE FILHO, S. T. de; PASTORE JUNI-OR, W. P.; RIBEIRO FILHO, W. Projeto Alto Guapo-ré. Relatório Final. Folha Tangará da Serra SD.21-Y-B. Goiânia: DNPM/CPRM, 1974. v.1.

FIGUEIREDO, A. J. de A.; OLIVATTI, O. Projeto AltoGuaporé. Relatório Final Integrado. Goiânia: DNPM/CPRM, 1974. v.11. (Relatório do Arquivo Técnicoda DGM, 2323)

FLEISCHER, Ronald. Um modelo “rift” para os de-pósitos sedimentares de diamante do Brasil. In.:SIMPÓSIO BRASILEIRO DE GEOLOGIA DO DIA-MANTE, 1, 1993, Cuiabá. Anais ... Cuaibá: Ed. UFMT,1993. p.165-197.

FOLK, R. L. Pratical petrographic classification oflimestones. Bulletin of American.Association of Pe-troleum Geologists, n.43, p.1-22, 1959.

FORMAN, J. H. A.; NARDI, J. J. S.; MARQUES, J.P.M.; LIMA, M. I. C. Pesquisa Mineral no Iriri - Cu-ruá. Belém: SUDAM / GEOMINERAÇÃO, 1972. 62p.

FRAGA, L. M. B. Formação Serra da Neblina. In.:ALMEIDA, M. E. (Ed.). Projeto Serra Imeri. Geologiae Recursos Minerais das Folhas NA.20-Y e SA.20-V-A e SA.20-V-B. Nota Explicativa. Manaus: CPRM,2000. 1 CD-Rom.

FRAGA, L. M. B.; REIS, N.J. The Rapakivi Granite-Anorthosite Association of Mucajaí region-RoraimaState-Brazil. In.: DALL’AGNOL, R.; MACAMBIRA,M.J.B.; COSTI, H.T. (Eds.). SYMPOSIUM ON RAPAKI-VI GRANITES AND RELATED ROCKS, 1, 1995, Be-lém. Abstracts Volume. Belém: Center for Geoscien-ces. University Federal of Para, 1995. 88p.p 31-32.

FRANCO, H. A CAMPOS.; J. E. G.; DANNI, J. C. M. ASeqüência Vulcano-sedimentar Iporá/Amorinópolis:Uma Contribuição. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 216: Rel Mato Grosso

216

GEOLOGIA, 38, 1994, Camboriú. Boletim Res. Ex-pandidos, Camboriú:SBG, 1994. v.3 p.108-110.

FRASCA, Antônio Augusto Soares et al. Síntese daGeologia do Projeto PROMIN Alta Floresta.1:500.000. In.: CONGRESSO BRASILEIRO DE GE-OLOGIA, 41, 2002, João Pessoa. Anais... JoãoPessoa: SBG, 2000. p.445

FRASCA, Antônio Augusto Soares: LACERDA FI-LHO, Joffre Valmório; SOUZA, J. O.; OLIVEIRA,Cipriano Cavalcante de; MORETON, L. C.; ALBU-QUERQUE, Mário Cavalcanti; MARTINS, E. G.;BORGES, F. R.; VILAS BOAS, P.F; RIBEIRO, PedroSérgio Estevam. Evolução Tectônica dos terrenosacrescionários do norte do Mato Grosso. In.: SIM-PÓSIO DE GEOLOGIA DO CENTRO – OESTE, 8,2003, Cuiabá. Bol. Resumos ... Cuiabá: SBG – CO,2003. p.37- 38

FRASCA, Antônio Augusto; BORGES, FelicissimoRosa. Programa Levantamentos Geológicos Bási-cos do Brasil - PLGB. Projeto Província Mineral deAlta Floresta (PROMIN ALTA FLORESTA). Geologiae Recursos Minerais da Folha Ilha 24 de Maio - SC.21-Z-A. Brasilia: CPRM, 2004.

FRASCA, Antonio Ausgusto Soares. Geologia e Re-cursos Minerais da Folha Rio São João da Barra –SC.21-V-D. In.: SIMPÓSIO DE GEOLOGIA DA AMA-ZÔNIA, 8, 2003, Cuiabá. Anais...Cuiabá:SBG, 2003

FUCK, R. A. A Faixa Brasília e a Compartimenta-ção Tectônica na Província Tocantins. In: SIMPÓ-SIO DE GEOLOGIA DO CENTRO-OESTE, 4,1994, Brasília. 1994. Atas ... Brasília:SBG, 1994.p.184 – 187

GAMA JR., E. A Sedimentação do grupo Passa Dois(exclusive formação Irati): um modelo geomórfico.Rev. Bras. Geociências, São Paulo, n.9, 1-16, 1982.

GAMA JR., E. A Sedimentação do grupo PassaDois (exclusive formação Irati): um modelo geomór-fico. Revista Brasileira de Geociências, São Paulo,n. 9, 1-16, 1982.

GAUDETTE, H. E.; OLSZEWSKI, W. J. Determinati-on of radiometric ages, Amazonas Territory, Vene-zuela. In.: SIMPOSIUM AMAZONICO, 1, 1985, Ca-racas. Boletim ... Caracas: MEN/Direccion de Geo-logie, 1985b. p.733-746.

GAUDETTE, H. E.; OLSZEWSKI, W. J. Geochrono-logy of the basement rocks, Amazonas Territory,Venezuela and the tectonic evolution of the westernGuiana Shield. Geol. Mijnb., 64, p.131-144, 1985a.

GERALDES, C. M. Geoquímica e Geocronologia doPlutonismo Granítico Mesoproterozóico do SW doEstado de Mato Grosso (SW do Cráton Amazônico).2000. 414p. Tese (Doutorado) - Instituto de Geoci-

ências, Universidade São Paulo, São Paulo.

GERALDES, M. C. et al. Estudos isotópicos U/Pb (con-vencional e SHRIMP) e Sm/Nd de rochas granitóidesna Serra de Santa Bárbara (SW do Estado do MatoGrosso): Uma possível extensão do Bloco Paráguada Bolívia (?). In.: SIMPÓSIO DE GEOLOGIA DA AMA-ZÔNIA, 7, 2001, Belém. Resumos Expandidos ...Belém: SBG – Núcleo Norte, 2001. Cd Rom

GERALDES, M. C.; TASSINARI, C. C. G.; BABINSKI,M.; IYER, S. Sulfur and lead isotope characteristicsof the Pontes e Lacerda gold deposits, sw Amazo-nian Craton-Brasil. In.: BETTENCOURT, J. S.; TEI-XEIRA, W.; PACCA, I. G.; GERALDES, M. C.; SPAR-RENBERGER, I. (Eds.). Workshop on Geology ofthe SW Amazonian Craton: State-of-the-Art, 2001,São Paulo … Extended Abstracts. São Paulo: Insti-tute of Geosciences-University of São Paulo, 2001.186p.p.167-170.

GERALDES, M. C.; TEIXEIRA, W.; BETTENCOURT,J. S. Lithosfere versus astenophere source for theSW Amazonian Craton A-type granites: the role ofthe paleo and mesoproterozoic accretionary beltsfor their coeval anorogenic suites. In.: BETTEN-COURT, J. S.; TEIXEIRA, W.; PACCA, I. G.; GERAL-DES, M. C.; SPARRENBERGER, I. (Eds.). Workshopon Geology of the SW Amazonian Craton: State-of-the-Art, 2001, São Paulo. Extended Abstracts. SãoPaulo: Institute of Geosciences-University of SãoPaulo, 2001. 186p.p.71-74.

GESICKI, Ana Lúcia & RICCOMINI, Cláudio. Neo-tectônica na biorda sudeste do Pantanal sulmato-grossense. In.: CONGRESSO BRASILEIRO DE GE-OLOGIA, 40, 1998, Belo Horizonte. Anais ... .. BeloHorizonte; SBG, 1998. p.74

GIFFONI, L. F.; ABRAHÃO, N. Reconhecimentogeológico do rio Cauaburi e região do Pico da Ne-blina, Estado do Amazonas. Relatório de Viagem.Manaus: DNPM, 1969. 75p.

GIOVANNINI, C. A.; LARIZZATTI, J. H. FormaçãoAraçá. In.: SANTOS, C. A. A.; MELO, A. F. F. (Orgs.).Projeto Serra Imeri. Relatório de Progresso. Manaus:CPRM, 1993.

GIOVANNINI, C. A.; LARIZZATTI, J. H. Sistemasdeposicionais na Serra Acará, Amazonas, In.: CON-GRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 38, 1994,Balneário Camboriú. Boletim de Resumos Expan-didos... Balneário Camboriú: SBG/DNPM/CPRM,1994. v.3, p.319-321.

GODOI, Hélios de Oliveira; MARTINS, Edson Gas-par & MELLO, José Carlos Rodrigues de. Progra-ma de Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil- PLGB. Folha SE.21-Y-D - Corumbá; Folha SF.21-V-

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 217: Rel Mato Grosso

217

B - Aldeia Tomázia; Folha SF.21-V-D - Porto Murti-nho. Escala 1:250 000. Brasília:CPRM, 1999. 88p.

GODOY, C. N.de A.; WESKA, R. K.; RUBERT, R.R.; SANTOS, J. X. dos; SILVA, A. F. da; UCHOA, J.C.. As Formações Cachoeira do Bom Jardim eCambambe do Grupo Bauru nas Cabeceiras do RioJangada, Município de Campo Verde, Mato Gros-so. SIMPÓSIO DE GEOLOGIA DO CENTRO-OES-TE, 8., 2003. Boletim de Resumos… Cuiabá: SBG,Núcleo Centro-Oeste, 2003. p: 127.

GONÇALVES, A. & SCHNEIDER, R. L. Geologia desemi-detalhe da região de Sangradouro, Batovi,Tesouro e Guiratinga, Mato Grosso, Ponta Grossa.PETROBRÁS-DESUL, 1968, 35p (Relatório Técni-co Interno, 394).

GONÇALVES, A.; SCHINEIDER, A. C. Geologia doCentro Leste de Mato Grosso, Ponta Grossa. PE-TROBRÁS-DESUL, 1970, 43p (Relatório TécnicoInterno, 394).

GONZAGA DE CAMPOS, L. F. Reconhecimento dazona compreendida entre Bauru e Itapira. São Pau-lo: Typ.Ideal, 1905. 40 p.

GONZAGA DE CAMPOS, L. F. Seção Geológica.Comissão Geographica e Geológica. São Paulo:Typ.J. Skeller, 1889. p.21-34.

GONZAGA, G. M.; TOMPKINS, L. A. Geologia doDiamante. In.: SCHOBBENHAUS, Carlos; COELHO,C. E. Silva. (coord.) Principais Depósitos Mineraisdo Brasil. Brasília:DNPM/CPRM, 1991. v.4, p.53-116

GRAY, J. et al. Silurian-Age Fossils from the Paleo-zoic Paraná Basin Southern Brazil. Geology, n.13,p.521-525, 1985.

GUIMARÃES, D. O arenito Parecis e sua posiçãocronogeológica. Notas Prelim. Est. Div. Geol. Mine-ral, Rio de Janeiro, n.150,1971. p.1-12.

GUIMARÃES, Gerobal & ALMEIDA, Luiz F. G. de.Águas termais no Estado de Mato Grosso.Cuiabá:DFPM, 1972.

HAMMERSCHIMIDT, K.; ENGELHARDT, W.. 40Ar/39Ar dating of the Araguainha impact structure,Mato Grosso, Brazil. Meteoritics, n.30, p.227-233, 1995

HASUI, Y. & ALMEIDA, Fernando Flávio Marquesde. Geocronologia do Centro-Oeste Brasileiro.Boletim da Sociedade Brasileira de Geologia, v.19,n.1, p.5-26, 1970.

HASUI, Y., HARALYI, N. L., SCHOBBENHAUS, C.Elementos Geofísicos e Geológicos da RegiãoAmazônica: Subsídios para o Modelo Geotectôni-co. In: SIMPÓSIO DE GEOLOGIA DA AMAZONAS,2., 1984, Manaus. Anais... Manaus: SBG, 1984. p.

129-147

HENNIES, W. T. Geologia do Centro-Norte Matogros-sense. 1966. 65p.Tese Doutoramento em Engenha-ria. Departamento de Engenharia de Minas, Esc.Politécnica da Universidade de São Paulo, SãoPaulo, 1966.

IANHEZ et al. Geologia. In.: BRASIL. Ministério dasMinas e Energia. Departamento Nacional de Pro-dução Mineral. Projeto RADAMBRASIL. Folha SE.22- Goiânia. Rio de Janeiro: DNPM, 1983. 164p. (Le-vantamento de Recursos Naturais, 31).

INSTITUTO DE PESQUISAS MATO-GROSSENSE. Osetor mineral de Mato Grosso: diagnóstico e diretri-zes para ações de Estado. Cuiabá, 2000. 104p.

ISOTTA, C. A. L et al. Projeto Província Estanífera deRondônia. Relatório Final. Porto Velho: DNPM-CPRM, 1978. 16v.

ISOTTA, C. A. L.; CARNEIRO, J. M.; KATO, H. T.;BARROS, R. J. L. Projeto Província Estanífera deRondônia. Relatório Final. Porto Velho: DNPM/CPRM, 1978. 16 v.

ISSLER, R. S. Esboço geológico-tectônico doCráton do Guaporé. Rev. Bras. Geociências, SãoPaulo, Rio de Janeiro, v.7, n.3,1977. p.177-211.

ISSLER, R. S. Estruturas circulares de Tapuruquara.In.: BRASIL. Departamento Nacional da ProduçãoMineral. Projeto RADAMBRASIL. Relatório interno,RADAM 81-G. Belém: DNPM,1976. 13p.

ISSLER, R. S.; ANDRADE. A. R. E.; MONTALVÃO,R. M. G. et al. Geologia. In.: BRASIL. . DEPARTA-MENTO NACIONAL DA PRODUÇÃO MINERAL.PROJETO RADAMBRASIL. Folha NA.22 - Belém.Rio de Janeiro, 1974. (Levantamento de RecursosMinerais, 5).

JENSEN, L. S. A new cation plot for classifying su-balkalic volcanic rocks. Ontario: Division of Mines,MP 66. 1976. 22p.

JICA/MMAJ. JAPAN INTERNATIONAL COOPERATI-ON AGENCY. METAL MINING AGENCY OF JAPANJICA/MMAJ. Report on the mineral exploration in theAlta Floresta area, Federative Republic of Brazil (Pha-se II). 2000. Inédito.

JICA/MMAJ. JAPAN INTERNATIONAL COOPERATI-ON AGENCY. METAL MINING AGENCY OF JAPAN. Report on the mineral exploration in the Alta Flo-resta area, Federative Republic of Brazil - Phase III.2001. 307p.

JICA/MMAJ. JAPAN INTERNATIONAL COOPERATI-ON AGENCY. METAL MINING AGENCY OFJAPAN.Final Report. Report on the mineral explo-ration in the Alta Floresta area, Federative Repu-

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 218: Rel Mato Grosso

218

blic of Brazil. 2001. 137p.

KAWASHITA, K. et al. Rochas carbonáticas da Fai-xa Paraguai: idades e inferências com base emrazões 87Sr/ 86Sr. In.: CONGRESSO BRASILEIRODE GEOLOGIA, 20, 1966. Anais ... Salvador: SBG,Salvador,1966. v.6, p.531-532.

KLEIN, E. L. et al. Programa Levantamentos Geoló-gicos Básicos do Brasil - PLGB. Geologia e Recur-sos Minerais da Província Mineral do Tapajós: esta-do do Pará e do Amazonas. Escala 1:500.000. Notaexplicativa. Belém: CPRM, 2000. 104p.

KLEIN, G. V.Intracratonic Basins. In.: BUSBY, C.J.; INGERSOLL, R. V.(Ed.). Tectonics of Sedimen-tary Basins. Cambridge: Blackwell Science, 1995.p.459-478.

KLOOSTERMAN, J. B. A tin province of the Nigeri-an type in southern Amazonia. In.: INTERNATIONALTIN COUNCIL, 1968. London.v.2, p.381-400.

KLOOSTERMAN, J. B. Ring structures in the Orien-te and Massangana granite complexes, Rondonia,Brazil. Eng. MIn.Met., v.45, n.266, p.73-77, 1967.

KLOOSTERMAN, J. B. Uma Província do tipo nige-riano no sul da Amazônia. Eng. MIn.Met., v.47,n.278, p.59-64, 1967.

KROONENBERG, S. B. El Borde Occidental delEscudo de Guayana en Colombia. In.: SIMPOSIUMAMAZONICO, 1, 1985, Puerto Ayacucho. Boletin deGeologia, Puerto Ayacucho - Ministério de EnergiaY Minas, 1985. p.51-61. (Publ. Esp., 10)

KUSTER, D. & HARMS, U. Post-collisional potas-sic granitoids from the southern and northwesternparts of the Late Neoproterozoic East African Oro-gen: a review. Lithos, n.45, p.177-196, 1998. (AnInternational Journal of Minealogy, Petrology andGeochemistry)

KUYUMJIAN, R. M. Geoquímica e Significado doPosicionamento Geotectônico de Rochas Plutôni-cas da Região de Chapada, Goiás, Brasil. In: CON-GRESSO BRASILEIRO DE GEOQUÍMICA, 2, 1989,Rio de Janeiro. Anais ... Rio de Janeiro:SGB, 1989.p.195-201.

KUYUMJIAN, R. M. The geochemistry and teconicsignificance of amphibolites from Chapada Sequen-ce Central Brazil. London, 1989. 289p.Tese. (Dou-torado) - University of London (Ingland), 1989.

LABUTRESSE, E. & RANCY, A. The late quaternaryof the Upper Jurua River southwester Amazonia,Brazil: geology and vertebrate paleontology. Qua-ternary of south America and Antartic Peninsula, n.11,p.27-46, 1998.

LACERDA FILHO, J. V. As mineralizações Auríferasda Província Alta Floresta e suas relações com o

Arco Magmático Juruena. In: SIMPÓSIO DA AMA-ZÔNIA, 7., 2001, Belém. ResumosExpandidos...Belém: SBG-Núcleo Norte, 2001. CdRom.

LACERDA FILHO, J. V. et al. Geologia e evoluçãotectônica da região Norte de Mato Grosso (ProjetoPROMIN Alta Floresta). In.: SIMPÓSIO DE GEOLO-GIA DA AMAZÔNIA, 7, 2001, Belém. Anais ...Belém:SBG, 2001. CD Rom

LACERDA FILHO, J. V. L.; SOUZA, J. O.; OLIVEI-RA, Cipriano Cavalcante de.; RIBEIRO, P.S. E.; VI-LAS BOAS, P.F.; ALBUQUERQUE, M. C.; FRASCAA. A. S.; BORGES, F. R.; MORETON, L. C.; MAR-TINS, E. G.; CAMARGO, M. A.; VALENTE, C. R.;PIMENTEL, M. M.; BOTELHO, N. F. Geologia eEvolução Tectônica da Região Norte do Mato Gros-so (Projeto Promin-Alta Floresta). In.: SIMPÓSIO DEGEOLOGIA DA AMAZÔNIA, 7, 2001, Belém. Resu-mos Expandidos ... Belém: SBG – Núcleo Norte,2001. Cd Rom

LACERDA FILHO, J. V., VALENTE, C. R., BAHIA, R.B. C., LOPES, R. C., ROMANINI, S. J. OLIVEIRA, I.W. B., OLIVEIRA, C. C., SACHS, L. L. B., SILVA, V.A., BATISTA. I. H. Folha SD.22-GOIÁS. In.: SCHOB-BENHAUS, C., GONÇALVES, J. H., SANTOS, J. O.S., ABRAM, M. B., LEÃO NETO, R., MATOS, G. M.M., VIDOTTI, R. M., RAMOS, M. A. B., JESUS, J. D.A. de (eds.). Carta Geológica do Brasil ao Milionési-mo, Sistema de Informações Geográficas. ProgramaGeologia do Brasil. Brasília:CPRM, 2004. CD-ROM.

LACERDA FILHO, J. V., VALENTE, C. R., RIZZOT-TO, G. J., et al. Folha SE.21-Corumbá. In.: SCHO-BBENHAUS, C., GONÇALVES, J.H., SANTOS,J.O.S. et al. (eds.). Carta Geológica do Brasil aoMilionésimo, Sistema de Informações Geográficas.Programa Geologia do Brasil. Brasília:CPRM,2004. CD-Rom.

LACERDA FILHO, J. V.; REZENDE, A.; SILVA, A.Programa Levantamentos Geológicos Básicos doBrasil - PLGB. Geologia e Recursos Minerais doEstado de Goiás e Distrito Federal. Mapa Geológicodo Estado de Goiás e Distrito Federal Esc.1:500.000. Goiânia: CPRM, 1999. 1CD anexo. (Con-vênio CPRM/METAGO/UnB).

LACERDA FILHO, J. V.; SOUZA, J. O.; PIMENTEL,M. M. et al.. Geocronologia U-Pb e Sm-Nd da re-gião de Alta Floresta, norte de Mato Grosso. In.:BETTENCOURT, J.S.; TEIXEIRA, W.; PACCA, I.G.;GERALDES, M.C.; SPARRENBERGER, I. (Eds.).Workshop on Geology of the SW Amazonian Cra-ton: State-of-the-Art, 2001. São Paulo. ExtendedAbstracts. São Paulo: Institute of Geosciences-Uni-versity of São Paulo, 2001. 186p.p.53-55.

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 219: Rel Mato Grosso

219

LACERDA FILHO, Joffre Valmório de; Projeto Pro-víncia Mineral Alta Floresta (Promin – Alta Floresta).Relatório de acompanhamento técnico. Goiânia:CPRM, jul..2000. (relatório Interno).

LAMARÃO, C. N.; DALL´AGNOL, R.; LAFON, J. M.As associações vulcânicas e plutônicas de Vila Ri-ozinho e Moraes Almeida, Província Aurífera do Ta-pajós, SW do Estado do Pará. In.: SIMPÓSIO SO-BRE VULCANISMO E AMBIENTES ASSOCIADOS,1999, Gramado. Boletim de Resumos... Gramado-RS: SBG, 1999. p.93.

LAMEYRE, J. Granites and evolution of the crust.Rev. Bras. de Geociências, v.17, p.349 – 359, 1987.

LANGE, F. W. & PETRI, S. The devonian of the Pa-raná basin. Boletim Paranaense de Geociências egeoquímico do centro-oeste de Mato Grosso, Curiti-ba, n.21/22, p.5-55, 1967.

LATRUBESSE, E. M.; RAMONELL, C. A Clima-tic Model for Southwestern Amazonia in LastGlacial Times. Quaternary International, 21,p.163-169, 1994.

LE MAITRE, R. W. A Classification of Igneous rocksand glossary terms. Oxford: Blackwell, 1989. 193p.

LE MAITRE, R. W. A new approach to the classifi-cation of igneous rocks using the basalt- andesite-dacite-rhyolite suite as na example. Contributions toMineralogy and Petrology, v.56, n.2, p.191-203, 1976.

LE MAITRE, R. W. Some problems of the projecti-on of chemical data into mineralogical classificati-ons. Contrib. Mineral. Petrol., n.56, p.181-189, 1976.

LE MAITRE, R. W. The chemical variability of somecommon ignous rocks. J. Petrol., m. 17, p.587-637, 1976.

LEAL, José Waterloo Lopes; JOÃO, X. da S. Jor-ge; SANTOS, D. B. dos. Aspectos geológicos epossibilidades metalogenéticas da área limítrofePará-Mato Grosso (Folha SC.21-X-C Rio São Be-nedito). In.: CONGRESSO BRASILEIRO DE GEO-LOGIA, 31, 1980, Balneário Camboriú. Anais ... ..Balneário Camboriú: SBG, 1980. v.3, p.1589-1600.

LEAL, José Waterloo Lopes; JOÃO, Xafi da SilvaJorge; SANTOS, Dacyr Botelho dos. Aspectos ge-ológicos e possibilidades metalogenéticas da árealimítrofe Pará – Mato Grosso (Folha SC.21-X-C –Rio São Benedito). In.: CONGRESSO BRASILEIRODE GEOLOGIA, 31, 1980, Balneário de Camboriú.Anais ... .. Balneário de Camboriú: SBG, 1980. v.6,p.2400-2422.

LEAL, José Waterloo Lopes; SILVA, G. H.; ABREU,A. S.; LIMA, M. I. C. Granito Serra da Providência.In.: CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 29,1976, Ouro Preto. Anais ... .. Ouro Preto: SBG.,

1976. v.4, p.59-74

LEAL, José Waterloo Lopes; SILVA, G. H.; SAN-TOS, D. B.; TEIXEIRA, W.; LIMA, M. I. C.; FERNAN-DES, C. A. C.; PINTO, A. C. Geologia. In.: Brasil.DNPM. Projeto RADAMBRASIL. Folha SC.20 PortoVelho; geologia, geomorfologia, pedologia, vegeta-ção e uso potencial da terra. Rio de Janeiro, 1978.663p.(Levantamento de Recursos Naturais, 16).p.17-184.

LEITE, A. A. S. Geoquímica, petrogênese e evolu-ção estrutural dos granitóides arqueanos da regiãode Xinguara. SE do Cráton Amazônico. 2001. 330p.Tese (Doutorado) - Centro de Geociências, Uni-versidade Federal do Pará - UFPa, Belém.

LEITE, J. A. D. Região sudoeste de Mato Grosso.Juina – Aripuanã – Colniza – Juruena – Juara. Cuia-bá: UFMT/CPRM, 2004. (Relatório Interno)

LEITE, J. A. D. & SAES, G. S. Geocronologia Pb/Pb de zircões detríticos e análise estratigráfica dascoberturas sedimentares proterozóicas do sudoestede Cráton Amazônico. Revista do Instituto de Geo-ciências da USP, Série Científica, São Paulo, v.3,p.113-127, 2002.

LEITE, J. A. D.; SAES, G. S. & MACAMBIRA, M. J.B. The southwest portion of Amazon Craton in MatoGrosso State, Brazil: the state of the art of geologicKnowledge. In.: WORKSHOP ON GEOLOGY OFSOUTHWEST AMAZONIAN CRATON. State of theart, 2001, São Paulo.

LEITE, J. A. D.; SAES, G. S.; RUIZ, A. S. Anatomiae interpretação das lavas basálticas subaquosas dasequência vulcano-sedimentar Quatro Meninas, Ara-putanga, MT. In.: CONGRESSO BRASILEIRO DEGEOLOGIA, 34, 1986, Goiânia. Resumos e BrevesComunicações... Goiânia: SBG, 1986. v.1, p.99.

LEITE, J. A. D; SAES, G. S. & WESKA, R. K. A.Suíte Intrusiva Rio Branco e o Grupo Aguapeí naserra de Rio Branco, Mato Grosso. In.: SIMPÓSIODE GEOLOGIA DO CENTRO-OESTE, 2, 1985, Goi-ânia. Anais ... Goiânia:SBG, 1985. p.247-255.

LIBERATORE, G.; ALECRIM, J. D.; MEDEIROS, J.B. de; MALOUF, R. F.; PINHEIRO, S. da S.; ACHÃO,S. M.; SANTOS, J. O. S. Projeto Aripuanã-Sucundu-ri. Relatório Final. Manaus, DNPM/CPRM, 1972. 8v.il.

LIÉGEOIS, J. P. et al. Constrasting origin of post-collisional high-K calc-alkaline and shoshonitic ver-sus alkaline and peralkaline granitoids. The use ofnormalization.Lithos, n.45, p.29-44, 1998.

LIÉGEOIS, J. P. Some words on the post-collisionalmagmatism. Preface to special Edition on Post-Collisional Magmatism. Lithos, n.45, p.15-17, 1998.

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 220: Rel Mato Grosso

220

LIMA, Francisco das Chagas Lages Correia; GON-ÇALVES, Hélio Silveira; MARQUES, Walter José.Projeto Mapas Metalogenéticos e de Previsão deRecursos Minerais. Folha SD.2I-Y-C - Mato Grosso(Jauru) . Escala.1:250 000. Goiânia:CPRM, 1982.11p.(Convênio DNPM / CPRM)

LIMA, M. I. C. de & PIRES, J. de L. Geologia daregião do Alto Rio Negro – AM. In.: SIMPÓSIO DEGEOLOGIA DA AMAZÔNIA, 2, 1985, Belém. Anais... Belém: SBG, 1985. V.1, p.140-154.

LIMA, P .F. C. et al. Projeto Apiacás-Caiabis – Reco-nhecimento geológico. Relatório final. Goiânia:DNPM/CPRM,1975. 4v.Inédito.(Relatório do Arqui-vo Técnico da DSM,2499), v.1.

LISBOA, M. A. R. Oeste de São Paulo, Sul de MatoGrosso, Geologia, Indústria Mineral, Clima, Vegeta-ção, Solo Agrícola, Indústria Pastoril. Rio de Janei-ro: Typ do Jornal do Commercio, 1909. 172 p.

LITHERLAND, M. et al. The geology and mineralresources of the bolivian Precambrian shield. Lon-don: Bristish Geol. Survey (Natural environmentResearch Council), 1986. 153p.

LOBATO, F. P.N.S.; APPEL, L. E.; GODOY, M. C. F.T. de; RITTER, J. E. Pesquisa de cassiterita noTerritório Federal de Rondônia. Rio de Janeiro:DNPM, 1966. 191p.(Boletim, 125).

LOPES, R. da C. Correlação e análise inicial entreas Seqüências Sedimentares registradas em duassondagens na bacia do Cachimbo. CPRM:PortoAlegre, 2001. (Relatório Interno.)

LOURENÇO, R. S.; MONTALVÃO, R. M. G. de; PI-NHEIRO, S. da S.; FERNANDES, P.E. C. A.; PEREI-RA, E. R.; FERNANDES, C. A. C.; TEIXEIRA, W.Geologia. In.: BRASIL. Departamento Nacional daProdução Mineral. Projeto RADAMBRASIL. Folha SA.20 Manaus; geologia, geomorfologia, pedologia,vegetação e uso potencial da terra. Rio de Janeiro,1978. 623p. (Levantamento de Recursos Naturais,18). p.17-164.

LUZ, José da Luz. Projeto Fosfato de Bonito. Goiâ-nia: CPRM, 1980. (Conv.Codesul / CPRM)

LUZ, José da Luz; OLIVEIRA, Amóss de Melo; SOU-IZA, João Olímpio; MOTTA, José Francisco Marci-ano; TANNO, Luiz Carlos; DOUZA, Nilson Batistade; ABREU FILHO, Waldemar. Projeto Coxipó. Re-latório Final. Goiânia: CPRM, 1980. v.1,136p.(Conv.DNPM / CPRM)

LUZ, José da Silva; OLIVEIRA, Amóss de Melo;LEMOS, Damião Barreiro; ARGOLO, João Lamar-ck; SOUZA, João Olimpio de; TANNO, Luiz Carlos;SOUZA, Nilson Batista; ABREU FILHO, Waldemar.Projeto Província Serrana. Relatório Final.

Goiânia:CPRM, 1978. v.1, 105 p. (Convênio DNPM/ CPRM)

LUZARDO, R. Projeto Serra do Imeri. Geologia erecursos minerais das folhas NA.20-Y (A,B,C e D)e SA.20-V (A e B). Nota explicativa. Manaus:CPRM, 2000.

MACAMBIRA, E. M. B. & VALE, A. G. (org.). Pro-grama Levantamentos Geológicos Básicos do Bra-sil. Programa Grande Carajás. Folha São Félix doXingu, Folha SB.22-Y-B. Estado do Pará. Texto Ex-plicativo. Brasília: CPRM-Serviço Geológico do Bra-sil, Brasília, 1997. 344p.

MACAMBIRA, E. M. B., VALE, A. G. Projeto Espe-cial Mapas de Recursos Minerais de Solos e deVegetação para Áreas do Projeto Grande Carajás:Subprojeto Recursos Minerais. Folha SB.22-Y-B, SãoFélix do Xingu-PA. Brasília: CPRM, 1996.

MACAMBIRA, M. J. B.; LANCELOT, J. Time cons-traints of the Archean Rio Maria crust, SoutheasternAmazonian Craton, Brazil. International GeologyReview, v. 38, p. 1134-1142, 1996.

MACHADO, N., LINDENMAYER, Z., KROGH, T. E.et al. U/Pb geochronology of archean magmatismand basement reactivation in the Carajás area,Amazon shield, Brazil. Precambrian Research, n.49,p.329-354, 1991.

MACIEL, P. Titilo cambriano no estado de MatoGrosso. Boletim da Sociedade Brasileira de Geolo-gia, São Paulo, v.8, n.1, p.31-39, 1959.

MADRUCCI, V. Avaliação dos produtos integradosTM-Landsat, RADARSAT e gamaespectrométricos,na caracterização tectônica e mapeamento geológi-co de área mineralizada em ouro na Região de AltaFloresta-MT. 2000. 187p. Dissertação (Mestrado) -Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, São Josédos Campos, 2000.

MAIA, R. R. et al. Projeto Carvão no Alto Solimões.Manaus: DNPM/CPRM, 1977.

MANIAR, P. D. & PICCOLI, M. P. Tectonic discrimi-nation of granitoids, Geological Society of AméricaBulletin, Pittsburgh, v.101, p.635-643, may 1989.

MARON, M. A. C.. Ouro. Sumário Mineral, Brasília, v.16,p.76-77, 1996.

MARTINELLI, Cesar. D´Abronzo. Petrografia, estru-tural e fluídos da mineralizaçãop aurífera dos Araés-Nova Xavantina – MT. 1998. 183p. Tese. (Doutora-do) – Instituto de Geociências, Universidade Esta-dual Paulista, UNESP - Rio Claro – SP, 1998.

MARTINELLI, Cesar D’Abronzo & BATISTA Job Je-sus. Estratigrafia da sequência metavulcanosedimen-tar dos Araés: Grupo Cuiabá. In.: SIMPÓSIO DEGEOLOGIA DO CENTRO-OESTE, 8, 2003, Cuiabá.

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 221: Rel Mato Grosso

221

Anais ...Cuiabá: SBG, 2003. p. 124-126

MARTINELLI, Cesar D’Abronzo; XAVIER, RobertoPerez; MORALES, Norberto; BATISTA, Job Jesus.Modelo estrutural e fluídos da mineralização aurífera“Garimpo dos Araés” – Nova Xavantina – MT. In.:SIMPÓSIO DE GEOLOGIA DO CENTRO-OESTE, 6,1997, Cuiabá. Anais ... Cuiabá: SBG, 1997. p.46-48

MARZOLLI, A.; RENNE, P. R.; PICIRILLO, E. M.;ERNESTO, M.; BELLIENI, G.; MIN, A. Extensive 200Million-year-old continental flood basalts of theCentral Atlantic Magmatic Province. Science, 284,616-618, 1999.

MASON, R. & KERR, D. Cabaçal 1 Mine – MatoGrosso State, Brasil. Definition of ore zones andpotencial for new ore reserves. On behalf of Minera-ção Santa Martha (private report). Rio de Janeiro,Brasil, 1990.

MATOS, J. B.; SCHIORSCHER, J. H. D.; GERAL-DES, M. C.; SOUZA, M. Z. A.; RUIZ, A.S. Petrogra-fia, geoquímica e Geocronologia das Rochas doOrógeno Rio Alegre, Mato Grosso: Um Registrode Crosta Oceânica Mesoproterozóica no SW doCráton Amazônico. Revista do Instituto de Geociên-cias – USP, São Paulo, v.4, n.1, p.75-90, 2004.

MATOS, J. B.; SCHORSCHER, J. H. D. Tendênciasgeoquímicas da sequência vulcano-sedimentar dorio Alegre-MT. In.: SIMPÓSIO DE GEOLOGIA DOCENTRO-OESTE, 6, 1997, Cuiabá. Anais ... Cuia-bá, 1997. p.26-28.

MATOS, J. B.; SCHORSCHER, J. H. D.; GERAL-DES, M. C.; SOUZA, M. Z. A . de. The Rio Alegrevolcanosedimentar sequence (SW Amazonian Cra-ton, Brazil): chemical and isotopes (U/Pb and Sm/Nd) constraints and tectonic implications. In.: BET-TENCOURT, J.S.; TEIXEIRA, W.; PACCA, I. G.; GE-RALDES, M. C.; SPARRENBERGER, I; (Eds.).Workshop on Geology of the sw Amazonian Cra-ton: State-of-the-Art, 2001. São Paulo. ExtendedAbstracts. São Paulo: Institute of Geosciences-University of São Paulo, 2001. 186p.p.56-59.

MATOS, J. B.; SOUSA, M. Z. A.; RUIZ, A. S.; SIL-VA, C. H. & SOUSA, F. J. Caracterização preliminardo Granodioro Água Clara do Distrito de Farinó-polis (Araputanga-MT). In.: CONGRESSO BRASI-LEIRO DE GEOLOGIA, 39, 1996, Balneário Cam-boriú, SC. Anais... Balneário Camboriú. Santa Ca-tarina: SBG, 1996. p.66-64.

MATOS, João batista & RUIZ, Amarildo Salina.Contribuição à geologia da Folha Santa Rita, MatoGrosso. . In.: SIMPÓSIO DE GEOLOGIA DO CEN-TRO-OESTE, 3, 1991, Goiânia. Anais ...Goiânia:SBG, 1991. p.122-126.

MATOS, João Batista de. Contribuição à geologia

de parte da porção meridional do cráton amazônico- Região do Rio Alegre, MT. 1995. 108p. Tese (Mes-trado) - Instituto de Geociências, Universidade deSão Paulo, São Paulo, 1995.

MATOS, João Batista de; SCHRSCHER, JohannHans; GERALDES, Mauro César; SOUZA, MariaZélia Aguiar de. The Rio Alegre volcanosedimentarsequence (SW amazonian Craton, Brazil); chemi-cal and isotopes (U/Pb and Sm/Nd) constrains andtectonic implications. In.: WORKSHOP ON GEO-LOGY OF THE AMAZONIC CRATON: STATE-OF-THE-ART, 2001, São Paulo. Extended Abstracts….São Paulo: Institute of Geosciences – University ofSão Paulo, 2001.

MELO, A. F. F. et al. Projeto Tapajós-Sucunduri.Relatório Final. Manaus: CPRM/DNPM, 1980. v.1.

MELO, A. F. F. de & VILLAS BOAS, P. F. Geologiada região do Alto Rio Negro-Setor Noroeste doEstado do Amazonas. In.: SIMPÓSIO DE GEOLO-GIA DA AMAZÔNIA, 4, 1994, Belém. Boletim deResumos Expandidos. Belém: SBG-Núcleo Norte,1994. p.22-25.

MELO, A. F. F. de & VILLAS BOAS, P. F. IntrusõesBásicas do Proterozóico Superior (Diabásio Cuju-bim) e Mesozóico (Diabásio Uaraná) na região no-roeste do Estado do Amazonas - Projeto Alto RioNegro. In.: SIMPÓSIO DE GEOLOGIA DA AMAZÔ-NIA, 5, 1996, Belém. Boletim de Resumos Expandi-dos. Belém: SBG- Núcleo Norte, 1996. p.68-71.

MELO, A. F. F. de & VILLAS BOAS, P.F. Projeto AltoRio Negro. Relatório Preliminar. Manaus: CPRM,1993. 3v.

MELO, A. F. F. de; SANTOS, C. A. dos; VILLASBOAS, P.F. Geologia da região das Serras Aracá eDaraá. (nordeste do Estado do Amazonas). Manaus:CPRM, 1993.(Relatório Interno)

MELO, A. F. F. et al. Metamorfitos arqueanos e gra-nitóides pré-uatumã das regiões dos Rios Tapajós(alto curso) e Aripuanã (médio curso). Manaus:CPRM, 1980. 133p.(Relatório Interno).

MENDOZA, V. Geologia del area del rio Supuare:parte noroccidental del escudo de Guyana, EstadoBolivar, Venezuela. M. M. H., 1972. p.306-338 (Bol.de Geologia Publ. Esp., 6).

MENEZES FILHO, N. R. de. Projeto Alto Rio Negro.Relatório de Consultoria Técnica. Salvador: CPRM,1988. 11p.

MENEZES, Ricardo Gallart de. Programa de Le-vantamentos Geológicos Básicos do Brasil - PLGB.Folha SD.21-Y-C-II - Pontes e Lacerda - MT. Escala1:100 000. Brasília:CPRM, 1993. 126p.

MEZZALLIRA et al. Léxico Estratigráfico do Estado

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 222: Rel Mato Grosso

222

de São Paulo. São Paulo: Instituto Geológico, 1981.(Boletim, 5).

MILANI, E. J. Evolução tectono-estratigráfica daBacia do Paraná e seu relacionamento com a geo-dinâmica fanerozóica do Gonduana sul-ocidental1997. Tese (Doutorado) – Universidade Federal doRio Grande do Sul, Porto Alegre, 1997. 2 v.

MILANI, E. J.; FRANÇA, A. B.; SCHNEIDER, R. L.Bacia do Paraná. Boletim Geociências, Rio de Ja-neiro, v.8, n.1, p.69-82, 1994.

MILANI, E. J.; THOMAZ FILHO, A. SedimentaryBasins of South America. In.: CORDANI, U. G.; MI-LANI, E. J.; THOMAZ FILHO, A.; CAMPOS, D. A.(Ed.). Tectonic Evolution of South America. Rio deJaneiro: 31st. IGC, 2000. p.389-449.

MIRANDA, J. G. A produção de ouro no estado deMato Grosso. Campinas. 1997. 108p. Tese (Disser-tação de Mestrado). Universidade de Campinas,IGE/UNICAMP, 1997.

MONTALVÃO, R. G. M.; FERNANDES, P.E. C. A.Grupo Tunuí. Relatório Interno 38-G. Belém: ProjetoRADAMBRASIL, 1975.

MONTALVÃO, R. M. G. de; MUNIZ, M. de B.; ISS-LER, R. S.; DALL’AGNOL, R.; LIMA, M. I. C. de;FERNANDES, P.E. C. A.; SILVA, G. G. da. Geologia.In.: BRASIL. DNPM. Projeto RADAMBRASIL. FolhaNA.20 Boa Vista e parte das folhas NA.21 Tumucu-maque, NB.20 Roraima e NB.21. geologia, geomor-fologia, pedologia, vegetação e uso potencial terra.Rio de Janeiro, 1975. 427p.(Levantamento de Re-cursos Naturais, 8). p.13-136.

MONTALVÃO, R. M. G. Grupo Uatumã no CratonGuianês. In.: CONFERÊNCIA GEOLÓGICA INTER-GUIANAS. 10, Belém, 1975. Anais ... Belém: De-partamento Nacional da Produção Mineral(DNPM),1975. p.286-339.

MONTEIRO, H., MACÊDO, P. M.; SILVA, M. et al. OGreenstone Belt do Alto Jauru. In.: CONGRESSOBRASILEIRO DE GEOLOGIA, 34., 1986, Goiânia.Anais ... Goiânia: SBG, 1986. v.2, p.631-647.

MONTEIRO, M. A. S. Diabásio Crepori. In.: ALMEI-DA, A.L. et al. Projeto Especial Província Mineraldo Tapajós. Geologia e Recursos Minerais da Fo-lha Vila Mamãe Anã. (SB.21-V-D). Estados do Paráe Amazonas. Escala 1:250.000. Nota Explicativa.Manaus: CPRM, 2000a.

MONTES, A. S. L.; FROTA, G. B; MOREIRA, J. M.;MENEZES FILHO, N.R.; ALMEIDA, V.J. Projeto Cen-tro-Oeste de Mato Grosso; Relatório Final. Folha Ju-ruena, SC.21-Y. Goiânia: CPRM. 1974. v.11

MORAES, I. R. & MAKHOUL, E. R. O. Contribuiçãoà Geologia da Serra Salto do Aguapeí – sub-área I.

Cáceres/MT. 1986. 86p. Trabalho de Graduação.Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT,Cuaibá, 1986. (Inédito).

MOREIRA, M. I. C. & BORGHI, L. Fácies sedimen-tares e sistemas deposicionais das Formações AltoGarças e Vila Maria na região de Chapada dosGuimarães (MT), Borda Noroesta da Bacia do Pa-raná. Rev. Bras. Geociências, v.29 , n.3 , p.419-428, 1999.

MORETON, Luiz Carlos & MARTINS, Edson Gas-par. Geologia e Recursos Minerais da Folha VilaGuarita – SC.21-Z-B – 1:250.000. In.: SIMPÓSIO DEGEOLOGIA DA AMAZÔNIA, 8, 2003, Cuiabá. Anais...Cuiabá:SBG, 2003

MORETON, Luiz Carlos & MARTINS, Edson Gas-par. Programa Levantamentos Geológicos Básicosdo Brasil - PLGB. Projeto Província Mineral de AltaFloresta (PROMIN ALTA FLORESTA). Geologia eRecursos Minerais da Folha Vila Guarita - SC.21-Z-B.. Brasilia: CPRM, 2004.

MORETON, Luiz Carlos. Projeto Mapas Metaloge-néticos e de Previsão de Recursos Minerais. FolhaSD.2I-Y-D - Barra do Bugres. Escala 1:250 000.Goiânia:CPRM, 1985. 26p.(Convênio DNPM /CPRM).

MOURA, M. A. & BOTELHO, N. F. A mineralizaçãodo tipo Au pórfiro de Serrinha (Matupá, MT). In.:CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 40,1998, Belo Horizonte. Anais ... Belo Horizonte:SBG, 1998. p.116.

MOURA, Márcia Abrahão. O Maciço Granítico Ma-tupá e o Depósito de Ouro Serrinha (MT): Petrolo-gia, Alteração Hidrotermal e Metalogenia. 1998.238p. Tese (Doutorado) - Instituto de Geociências,Universidade de Brasília- UnB, Brasília, 1998.

MOURA, P. de. Reconhecimentos geológicos novale do Tapajós. Boletim Serv.Geol. Mineral., Riode Janeiro, n.67,1932. p.1-49.

NAHASS, S. et al. Programa de Reuniões para Inte-gração Geológica. Integração dos projetos AltoGuaporé, Sudeste de Rondônia, Centro-Oeste deMato Grosso, Noroeste de Rondônia e Norte daAmazônia. Manaus: DNPM/CPRM, 1974. 45p.

NARDI, L. Y. S. As rochas granitóides da sérieshoshonítica. Rev. Bras. Geociências, v.16, n.1, p.3-10, 1986.

NEDER, R. D.; FIGUEIREDO, B. R.; BEAUDRY, C.et al. The expedito massive sulphide deposit, MatoGrosso. Rev. Bras. Geociências, v.30, n.2, p.222-225, 2000.

NEDER, R. D.; FIGUEIREDO, B. R.; TASSINARI, C.C. & LEITE, J. A. D. - Implicações genéticas da

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 223: Rel Mato Grosso

223

alteração cálcio-silicática de Na/Pb da Serra doExpedito, Aripuanã, MT. In.: Geology of SW Amazo-nian Craton: The state of the art, 2001, São Paulo.

NELSON, B. K.; DE PAOLO, D. J. Rapid producti-on of continental crust 1.7 to 1.9 b.y. ago: Nd iso-topic evidence from the basement of the NorthAmerican mid-continent. Geol. Soc. Am. Bull., n.96,p.746-754, 1985.

NILSON, T. The Pleistocene - Geology and Life inthe Quaternary Ice Age. Ferdinand Enke Verlag, 1983.651p.

NOGUEIRA, Valdir Luiz; OLIVEIRA, Cipriano Caval-cante. Projeto Bonito - Aquidauana. Relatório Final.Goiânia:CPRM, 1978. 14.v (Convênio DNPM /CPRM)

NUNES, Nilo Sérgio Vargas. Geologia e resultadosprospectivos da área Tabuleta, Mato Grosso. Goiâ-nia: CPRM, 2000. (Programa Nacional de Prospec-ção de Metais do Grupo da Platina - PNPP.Informede Recursos Minerais. Série do Grupo da Platina eAssociados, 22).

NUNES, Nilo Sérgio Vargas. Geologia e resultadosprospectivos da Área Rio Alegre, Mato Grosso. Goi-ânia: CPRM, 2000. (Programa Nacional de Pros-pecção de Metais do Grupo da Platina -PNPP.Informe de Recursos Minerais. Série do Gru-po da Platina e Associados, 23).

NUNES, Nilo Sérgio Vargas. Geologia e resultadosprospectivos das Áreas Morro do Leme e Morro SemBoné, Mato Grosso. Goiânia: CPRM, 2000. (Progra-ma Nacional de Prospecção de Metais do Grupoda Platina - PNPP. Informe de Recursos Minerais.Série do Grupo da Platina e Associados, 19).

OJAKANGAS, R. W. Review of Archean clastic se-dimentation, Canadian Shield: major felsic contri-butions for turbidite and alluvial fan-fluvial fáciesassociations. In.: AYRES, L. D.; THRUSTON, K. D.;CARD, K. D.; WEBER, W. Evolution of Archean su-pracrustal sequences. Geological Association ofCanadá, Special Paper 28, p.23-47. 1985.

OLIVA, L. A. et al. Carta geológica do Brasil ao mi-lionésimo; Folha Cuiabá. Brasília, 1979. 18p.

OLIVATTI, O. & MARQUES, V. J. Projeto Águas Quen-tes; Relatório Final. Goiânia: CODEMAT/CPRM,1972. 47p.

OLIVATTI, O. & RIBEIRO FILHO, W. Notas sobre aocorrência de sedimentação glacial no vale do RioJauru MT. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE GEO-LOGIA, 29, Ouro Preto, 1976. Resumo dos Traba-lhos... Belo Horizonte Ouro Preto, Sociedade Bra-sileira de Geologia, 1976 a. p.30.

OLIVATTI, O.; RIBEIRO FILHO, W. Revisão da Geo-

logia do Centro-Norte de Mato Grosso; Projetos Cen-tro-Oeste de Mato Grosso, Alto Guaporé e Serra Azul.Goiânia: CPRM, 1976. 51p.

OLIVEIRA, A. E. de. S. Rio de Janeiro: SGM, 1928.56p.il. (Boletim, 31)

OLIVEIRA, A. I. de & LEONARDOS, O. H. Geologiado Brasil. Rio de Janeiro: Comissão Brasileira dosCentenários Portugal, 1943. 472p. il.

OLIVEIRA, A. I.; LEONARDOS, O. H. Geologia doBrasil. 2 ed. Rio de Janeiro: Serv. de InformaçãoAgrícola, 1943. 813p. (Série Didática, 2)

OLIVEIRA, A. J. & MOURA, P. Geologia da regiãode Corumbá e minérios de manganês e ferro deUrucum, Mato Grosso. Boletim da Divisão de Fo-mento da Produção Mineral, Departamento Nacio-nal de Produção Mineral – DNPM, n.62, p.13-29,1944. (Parte I)

OLIVEIRA, Avelino Ignácio de & LEONARDOS,Othon Henry. Geologia do Brasil. 2 ed. Rio de Ja-neiro: Serviço de Informação Agrícola, 1943.472p.(Série Didática, 2).

OLIVEIRA, Cipriano Cavalcante de & ALBUQUER-QUE, Mário Cavalcanti. Programa LevantamentosGeológicos Básicos do Brasil - PLGB. Projeto Pro-víncia Mineral de Alta Floresta (PROMIN ALTA FLO-RESTA). Geologia e Recursos Minerais da Folha AltaFloresta - SC. 21-Z-X-C. Brasilia: CPRM, 2004.

OLIVEIRA, Cipriano Cavalcante de & ALBUQUERU-QE, Mário Cavalcanti. Geologia e Recursos Mine-rais da folha Alta Floresta (SC.21-X_C). In.: SIMPÓ-SIO DE GEOLOGIA DA AMAZÔNIA, 8, 2003, Cuia-bá. Anais ...Cuiabá:SBG, 2003

OLIVEIRA, E. P. de. O Terreno Devoniano ao Suldo Brasil. Amm. Esc. Minas Ouro Preto, n.14, p.31-41, 1912.

OLIVEIRA, M. A. M. de. Reconhecimento geológicona região noroeste da bacia do Paraná, Ponta Gros-sa. PETROBRÁS-DEBSP, 1964, 47p (Relatório Téc-nico Interno, 2025).

OLIVEIRA, M. A. M. de; MUHLMANN. Geologia deSemi-Detalhe da Região de Mutum, Jaciara, SãoVicente e Chapada dos Guimarães. Ponta Grossa:PETROBRÁS/ DEBSP, 1965. 628 p. (Relatório Téc-nico Interno, 300).

OLIVEIRA, M. A. M. Reconhecimento GeológicoExpedido na Região do Alto Paraguai. PontaGrossa:Petrobrás-DEBSP, 1964. 47p.

PADILHA, A. V.; MONTES, A. S. L.; FROTA, G. B.;MOREIRA, J. M. P.MENEZES FILHO, N.R. de; AL-MEIDA, V.J. de. Projeto Centro-Oeste de Mato Gros-so. Relatório Final. Goiânia: CPRM, 1974. v.1 (Rela-

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 224: Rel Mato Grosso

224

tório Inédito)

PADILHA, Atahualpa Valença; MONTES, Adevanil deSantana Lamartin; MENEZES FILHO, Nelson Ramoset al. Projeto Centro-Oeste de Mato Grosso. Rela-tório Final. Goiânia: CPRM, 1974. 5v.(ConvênioDNPM / CPRM)

PAES DE BARROS, A. J.; LAET, S. M. & RESENDE,W. M. Províncias auríferas do norte do Estado deMato Grosso. In.: SIMPÓSIO DE GEOLOGIA DAAMAZÔNIA, 6, Manaus, 1999. Resumos Expandi-dos... Manaus: SBG, 1999. SBG-Núcleo Norte. Bol.de Resumos Expandidos: 124-127. Manaus, 1999.

PAIVA, G. Valle do Rio Negro: physiografia e geolo-gia. Rio de Janeiro: SGM, 1929. 62p.(SGM, 40)

PASTANA, J. M. N.; SILVA NETO, C. S. Projeto Chi-ché; Relatório de Progresso. Belém: DNPM-CPRM,1980. 2v.

PAYOLA, B. L. et al. Estratigrafia preliminar e ambi-entes de deposição dos depósitos estaníferos se-cundários nos distritos de Cachoeirinha, MonteNegro e Oriente Novo, Estado de Rondônia. In.:SYMPOSIUM AMAZÔNICO, 2, 1984, Manaus. Anais... Manaus: DNPM, 1984. p.359-374.

PAYOLLA, B. L. As rochas graníticas e sieníticas dasCachoeiras Teotônio e Santo Antônio, rio Madeira,Porto Velho, Rondônia: geologia, petrografia e geo-química. 1994. 145p. Dissertação (Mestrado) - Ins-tituto de Geociências, Universidade de Brasília,Brasília, 1994.

PAYOLLA, B. L.; BETTENCOURT, J. S.; KOZUCH,M.; LEITE Jr., W. B. FETTER, A.; VAN SCHMUS, W.R. Geological evolution of the basement rocks inthe east-central part of the Rondônia Tin Province,SW Amazonian Craton, Brazil: U-Pb and Sm-Nd iso-topic constraints. Precambrian Research, (Subme-tido)

PEACOCK, M. A. Classification of igneous rockseries. J. Geol. Chicago, n.39, p.54-67, 1931.

PEARCE, J. A. Sources and settings of granitic ro-cks. Episodes, v.19, n.4, p.120-125, 1996.

PEARCE, J. A. Trace element characteristics of la-vas from destructive plate boundaries. In.: THOR-PE, R. S. (Ed.) Andesites. New York: John Wiley ofSons,. p.525 – 548. 1982

PEARCE, J. A.; CANN, J. R. Tectonic setting ofbasic volcanic rocks determined using trace ele-ments analyses, earth planet. Sci. Lett,. N.19, p.290-300, 1973.

PEARCE, J. A.; HARRIS, N. B. W.; TINDLE, A. G.Trace Element Discrimination Diagrams for the Tec-tonic Interpretation of Granitic Rocks. J. Petrology,

v.25, Part 4, p.956-983,1984.

PEARCE, T. H.; GORMAN, B. E.; BIRKETT, T. C.The relationship between major element chemistryin tectonic environment of basic and intermediatevolcanic rocks. Earth and Planetary Science Letters,36, p.121-132, 1977.

PEDREIRA, A. J. & BAHIA, R. B. C. Sedimentarybasins of Rondônia State, Brazil: response to thegeotectonic evolution of the Amazonic craton.Rev.Bras. Geociências, v.30, 2000. CD-Rom.

PEDREIRA, A. J. Estudo das Bacias Sedimenta-res – Regiões de Alta Floresta, Matupá e Serrado Cachimbo. Relatório de Viagem. Salvador:CPRM, 2000.

PELACHIN, P.; TROMBIM, O. A. & MAGNANO, E.L.; Geologia da mina de estanho de São Francisco– Aripuanã (MT). In.: CONGRESSO BRASILEIRO DEGEOLOGIA, 34, 1986, Goiânia. Anais ... Goiânia:SBG, 1986. (Submetido)

PENNA, Gilberto Scudeller & FIGUEIREDO, Antô-nio Jorge de Andrade. Projeto Alcalinas - RelatórioFinal. Goiânia: DNPM/CPRM,1972. 143p.(Conv.DNPM/CPRM)

PENNA, Gilberto Scudeller; PEREIRA, Alex Domin-gos Carneiro; TAKAHASHI, Armando Teruo; OGUI-NO, Kiomar; FERREIRA NETO, Manoel Henrique;ARAÚJO, Vanderlei Antônio. Projeto Goiânia II -Relatório Final. Goiânia: DNPM/CPRM, 1975. 5 v.

PENNA, G. S. et al. Projeto Goiânia II. Goiânia:DNPM/CPRM, 1974. 5v.

PESSOA, M. R.; ANDRADE, A. F.; NASCIMENTO,J. D.; SANTOS, J. O. S.; OLIVEIRA, J. R.; LOPES,R. da C.; PRAZERES, W. V. Projeto Jamanxim. Re-latório Final. Manaus: DNPM/CPRM, 1977.

PIMENTEL M. M. & FUCK, R. A. Geologia da se-qüência vulcano-sedimentar de Arenópolis (GO).Rev. Bras. Geociências, n.16, p.217-223, 1986.

PIMENTEL, M. Resultados geocronólogicos do Pro-jeto Promin Alta Floresta. Brasília: UnB, 2001. (Re-latório Interno).

PIMENTEL, M. M. Late Proterozoic crustal evolutionof the Tocantins Province in Central Brazil: An isoto-pic and geochemistry study. 1991. 248p.Tese. (Dou-torado) - Oxford University, Oxford, 1991.

PIMENTEL, M. M. & FUCK, R. A. Late proterozoicgranitic magmatism in southwestern Goiás, Brazil.Rev. Bras. Geociências, São Paulo, v.17, n.4, p.415-425, 1987.

PIMENTEL, M. M. & FUCK, R. A. Origem e evolu-ção das rochas metavulcânicas e metaplutônicasda região de Arenópolis (GO). Rev. Bras. Geociên-cias, São Paulo, v.17, n.1, p.2 - 14, 1987

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 225: Rel Mato Grosso

225

PIMENTEL, M. M. A sequência vulcano-sedimentarde Arenópolis-GO: petrologia ígnea e metem´rofica,contexto geotectônico e considerações metalogené-ticas preliminares. 1985. 188p. Tese. (Dissertaçãode Mestrado) – Instituto de Geociências, Universi-dade de Brasília – UnB, Brasília, 1985.

PIMENTEL, M. M. Magmatismo Ácido peralumino-so associado ao Grupo Araxá na região entre Piresdo Rio e Ipameri, Goiás: características geoquími-cas e implicações geotectônicas. In: SIMPÓSIO DEGEOLOGIA DO CENTRO-OESTE, 5, 1995, Goiânia.Anais...Goiânia, 1995. p.6

PIMENTEL, M. M., FUCK, R. A , DARDENNE, M.A., RIBEIRO, R. J. C. Características Isotópicas (Sre Nd) e Geoquímicas do Magmatismo GraníticoAssociado ao Grupo Araxá na Região de Ipameri,Goiás. In.: SIMPÓSIO DE GEOLOGIA DO CENTRO-OESTE, 6, Cuiabá, 1997. Ata ... Cuiabá:SBG, 1997.p.11-14.

PIMENTEL, M. M.; FUCK, R. A. GeocronologiaRb-Sr da Porção Sudoeste do Maciço Mediano deGoiás. Rev. Bras. Geociências, São Paulo, v.24, n.2,p.104-111, 1994

PIMENTEL, M. M.; CHARNLEY, N. Intracrustal REEfractionation and implications for Sm-Nd model agecalculations in late-stage granitic rocks: An exam-ple from central Brazil. Chemical Geology, n.86,p.123-138, 1991. (Isotope Geoscience Section)

PIMENTEL, M. M.; FUCK, R. A. Características geo-químicas e isotópicas de unidades metavulcânicase ortognáissicas neoproterozoicas do oeste deGoiás. Boletim da Soc. Bras. Geol - NCO, n.15,p.1-22, 1992.

PIMENTEL, M. M.; FUCK, R. A.; ALVARENGA, CarlosJosé Souza de. Post-Brasiliano (Pan-African) high-Kgranitic magmatism in Central Brazil: the role of LatePrecambrian-early Paleozoic extension.PrecambrianResearch, n.80, p.217-238, 1996.

PIMENTEL, M. M.; HEAMAN, L..; FUCK, R. A. Zir-con and sphene U-Pb geochronology of Upper Pro-terozoic volcanic-arc rock units from southwesternGoiás, central Brazil. Journal of South American EarthSciences, v.4, n.94, p.295-305, 1991.

PIMENTEL, Márcio Martins et al. The basement ofthe Brasília Fold Belt and the Goiás Magmatic Arc.In.: CORDANNI, U. G. et al. Tectonic Evolution ofSouth América. Rio de Janeiro: INTERNATIONALGEOLOGICAL CONGRESS, 31, 2000. p.195-229.

PIMENTEL, Márcio Martins; FUCK, Reinhardt Adol-fo; GIOIA, Simone Maria Costa Lima. The Neopro-terozoic Goiás Magmatic Arc, Central Brazil: a revi-ew and new Sm-Nd data. Rev. Bras. Geociências,

n.30, v.1, p.35-39, 2000.

PINHEIRO, S. da S. e FERREIRA, A. L. Sugestãopara a definição da denominação Formação Pal-mares, Região do Alto Tapajós, Sudoeste do Pará.Projeto Promin-Tapajós. Manaus: CPRM-ServiçoGeológico do Brasil, 1999. 4p.(Relatório Interno).

PINHEIRO, S. da S.; FERNANDES, P. E. C. A.; PE-REIRA, E. R.; VASCONCELOS, E. G.; PINTO, A. doC.; MONTALVÃO, R. M. G. de; ISSLER, R. S.;DALL’AGNOL, R.; TEIXEIRA, W.; FERNANDES, C.A. C. Geologia. In.: BRASIL. DNPM. Projeto RA-DAMBRASIL. Folha NA. 19 Pico da Neblina; geolo-gia, geomorfologia, pedologia, vegetação e usopotencial da terra. Rio de Janeiro, 1976.374p.(Levantamento de Recursos Naturais, 11).p.17-137.

PINHEIRO, S. da S.; NUNES, A. C. B.; COSTI, H.;YAMAGUTY, H. S.; FARACO, M. T. L.; REIS, N.J.;MENEZES, R. G.; RIKER, S. R. L.; WILDNER, W.Projeto Catrimâni-Uraricoera. Relatório de Progres-so. Manaus: DNPM/CPRM, 1981. v.II-B.

PINHEIRO, S. da S.; REIS, N. J.; COSTI, H. T. Proje-to Caburaí. Relatório Final. Manaus: DNPM/CPRM,1990. 91p.

PINHO, F. E. C. Estudo das rochas encaixantes e veiosmineralizados a ouro do Grupo Cuiabá, na regiãodenominada Garimpo do Araés, Nova Xavantina, Es-tado de Mato Grosso. 1990. 114p. Tese (Mestrado) -Instituto de Geociências, Universidade Federal doRio Grande do Sul, Porto Alegre - RS, 1990.

PINHO, F. E. C. The origin of the Cabaçal Cu-Audeposit, Alto Jauru greenstone belt, Brazil. 1996.211p. Tese (Doutorado) - The University of WesternOntario, Canada, London, 1996.

PINHO, F. E. C.; FYFE, W. S.; PINHO, M. A. S. B.Early proterozoic evolution of the Alto Jauru gre-enstone belt, southern Amazonian Craton, Brazil.International Geology Review, 39, p.220-229, 1997.

PINHO, M. A. S. B. et al. Caracterização petrográfi-ca e dados geocronológicos preliminares das ro-chas vulcânicas da Formação Iriri, porção centro-sul do Craton Amazônico – Aripuanã - Mato Gros-so. Rev. Bras. Geociências, São Paulo, v.31, n.1,p.37-42, 2001.

PINHO, M. A. S. B. et al. Nd isotopic compositi-ons, U-Pb age and geochemistry of paleoprotero-zoic magmatism of the southwestern AmazonianCraton – Mato Grosso. Work-shop on Geology ofthe SW Amazonian Craton: State-of-the-art, São Pau-lo. p.83-85. 2001.

PINHO, M. A. S. B. Petrografia e Geoquímica Preli-minar da porção norte do Batólito Serra da Provi-

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 226: Rel Mato Grosso

226

dência, divisa dos estados de Mato Grosso e Ron-dônia. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLO-GIA, 42, 2004, Araxá. Anais ... Araxá:SBG, 2004.

PINHO, M. A. S. B., AGUIAR, A. B. Estudos petro-gráficos e ensaios físico-mecânicos em granitosutilizados como rochas ornamentais na região deRondolândia - Mt, divisa com Mato Grosso. In:CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 42,2004, Araxá. Anais ... Araxá:SBG, 2004.

PINHO, M. A. S. B., Nardi, L. V, CHEMALE JR, F.,LIMA, E. F. Paleoproterozoic bimodal magmatismin the southwest of the Amazonian Craton: crustalreworking and juvenil source. Journal of South Ame-rica, 2004.

PINHO, M. A. S. B., RUPERT, CHEMALE JR, F.,Ducin. Dados petrográficos , geoquímicos e Ida-des U-Pb das Vulcânicas Félsicas do Grupo Iriri naporção nordeste de Mato Grosso – Serra dos Ma-galhães. In: In: CONGRESSO BRASILEIRO DE GE-OLOGIA, 42, 2004, Araxá. Anais ... Araxá:SBG,2004.

PINHO, M. A. S. B., RUPERT. Intrusão Santa Inês ,uma suite estratiforme constituída por PiroxênioHornblendito a Hornblenda gabro, localizada nosudeste do Cráton Amazônico . In: CONGRESSOBRASILEIRO DE GEOLOGIA, 42, 2004, Araxá. Anais... Araxá:SBG, 2004.

PINHO, M. A. S. B.,; WESKA, Mizusaki; CHEMALEJR, F.; Petrografia, Geoquímica E Análises Isotópi-cas (Sr, Nd, Ar) Dos Basaltos De Tapirapuã (Tanga-rá Da Serra, Mato Grosso In: CONGRESSO BRASI-LEIRO DE GEOLOGIA, 42, 2004, Araxá. Anais ...Araxá:SBG, 2004.

PINHO, M. A. S. B.; GERALDES, Néder; BETTEN-COURT, Paola. Temporal Correlation Between Mi-neral Deposits Formation and Regional OrogenicEvents in the SW Amazonian, 2004.

PINHO, M. A. S. B.; FRANCISCO, E. C.; QUADROS,A. P.; CHEMALE JR, F. Discussão do Termo Uatu-mã-Iriri, Região Norte do Estado de Mato Grosso –Brasil. In.: SIMPÓSIO DE GEOLOGIA DA AMAZÔ-NIA, 7, 2001, Belém. Resumos Expandidos ... Be-lém: SBG – Núcleo Norte, 2001. CD Rom

PINHO, M. A. S. B.; LIMA, E. F. & CHEMALE JR., F.Geologia da região do Moriru - Dados preliminaresda Formação Iriri - Aripuanã - Mato Grosso. In.:SIMPÓSIO DE GEOLOGIA DO CENTRO-OESTE, 7,SIMPÓSIO DE GEOLGIA DE MINAS GERAIS, 10,Brasília, 1999. Boletim De Resumos ... Brasília:SBG,1999. p.14

PINHO, M. A. S. B.; LIMA, E. F.; FETTER, A.; SCHO-MUSE, R. W.; CHEMALE, JR. F.. Caracterização

Petrográfica e dados Geocronológicos Prelimina-res das Rochas Vulcânicas Uatumã-Formação Iriri,Porção Centro-Sul do Cráton Amazônico-Aripuanã-Mato Grosso. Rev. Bras. de Geociências, n. 31, v.3,p.7-42, 2001.

PINHO, M. A. S. B.; VAN SCHMUS, W. R.; CHEMA-LE Jr., F. Nd isotopic compositions, U-Pb age andgeochemistry of paleoproterozoic magmatism ofthe southwestern Amazonian Craton - Mato Grosso- Brazil. In.: BETTENCOURT, J. S.; TEIXEIRA, W.;PACCA, I. G.; GERALDES, M. C.; SPARRENBER-GER, I. (Eds.). WORKSHOP ON GEOLOGY OF THESW AMAZONIAN CRATON: State-of-the-Art, 2001,São Paulo. Extended Abstracts. São Paulo: Institu-te of Geosciences-University of São Paulo, 2001.186p.p.83-85.

PINHO, M. A. S.; SCHMUS, W. R.; CHEMALE JR.;F. Nd isotopic composition, U-Pb age and geo-chemisty of paleoproterozoic magmatism of theSouthwestern Amazonian Craton – Mato Grosso,Brazil. In: BETTENCOURT, J. S.; TEIXEIRA, W.; PAC-CA, I. I. G.; GERALDES, M. C.; SPARRENBERGER,J. (eds.). Workshop Geology of the SW AmazonianCraton: State-of the – art. Extended abstract.. SãoPaulo: University of São Paulo, 2001. p. 83-85

PINHO, M.; LIMA, E. F.; PINHO, F. E. C. AspectosPetrográficos da Formação Iriri na Região do Ce-dro Bom, Aripuanã-MT. In.: SIMPÓSIO DE GEOLO-GIA DO CENTRO-OESTE, 7, Cuiabá, 1997. Anais... Cuiabá: Sociedade Brasileira de Geologia,NúcleoCentro-Oeste, 1997. p.30-31.

PINHO, Marcelo Jung & VECCHIATO, Antônio Bran-dt. Caracterização da aptidão do meio fisico dasub Bacia do Córrego do Moinho / Três Barras –Cuiabá, MT frente aos processos de uso e ocupa-ção do solo. In.: SIMPÓSIO DE GEOLOGIA DAAMAZÔNIA, 8, 2003, Cuiabá. Anais ...Cuiabá:SBG,2003. p.107-108.

PINHO, Marcelo Jung & VECCHIATO, Antônio Bran-dt. Caracterização da aptidão do meio fisico dasub Bacia do Córrego do Moinho / Três Barras –Cuiabá, MT frente aos processos de uso e ocupa-ção do solo. In.: SIMPÓSIO DE GEOLOGIA DAAMAZÔNIA, 8, 2003, Cuiabá. Anais ...Cuiaba:SGB,2003.

PINHO, Márcia Aparecida de Sant’Ana Barros. Pe-trografia, geoquímica e geocronologia do magma-tismo bimodal paleoproterozóico ocorrente nonorte do Estado de Mato Grosso. 2001. 162p.Tese(Doutorado em Geociências) - Instituto de Geoci-ências, Universidade Federal do Rio Grande do Sul.Porto Alegre, 2001.

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 227: Rel Mato Grosso

227

PINTO FILHO, F. P.; FREITAS, A. F. de; MELO, C. F.de; ROMANINI, S. J. Projeto Sudeste de Rondônia.Relatório Final. Porto Velho: CPRM, 1977. 4 v., il.

PIRES, F. R. M.; GONÇALVES, F. T. T.; RIBEIRO, L.A. S.; SIQUEIRA, A. J. B. Controle da mineraliza-ções auríferas do grupo Cuiabá, Mato Grosso. In.:CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 34.Goiânia, 1986. ANAIS… Goiânia, SBG. v.5, p.2383-2395, 1986.

PRIEM, H.N.A.; BOELRIJK, N.A.I.M.; HEBEDA, E,H,;VERsCHURE, R.H.; VERDURMEN, E.A. AdditionalK-Ar measurements on Permo-Triassic dolerites fromSuriname. Amsterdam: Annu. Prog. Rep.Z.W.O. La-boratorium voor Isotopen-Geologie, 1970. p.87-88.

QUADROS, M. L. do E. S. & RIZZOTTO, G. J. Evo-lução geológica dos terrenos Jamari e Roosevelt –Juruena, Setor Sudeste do Cráton Amazônico. In.:CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 41,João Pessoa. Anais ... João Pessoa: SBG/NE,2002. (Submetido)

QUADROS, M. L. do E. S.; BAHIA, R. B. C.; SCAN-DOLARA, J. E. Evolução tectônica dos grábens dosetor oeste do Cráton Amazônico – Estado deRondônia. In.: CONGRESSO BRASILEIRO DE GEO-LOGIA, 40, 1998, Belo Horizonte. Anais ... BeloHorizonte: SBG-Núcleo Minas Gerais, 1998.529p.p.403.

QUADROS, M. L. do E. S.; SILVA FILHO, E. P.da;REIS, M. R.; SCANDOLARA, J. E.; Consideraçõespreliminares sobre a evolução dos sistemas de dre-nagens dos rios Guaporé, Mamoré e Madeira, Es-tado de Rondônia. In.: SIMPÓSIO DE GEOLOGIADA AMAZÔNIA, 5, 1996, Belém. Boletim de Resu-mos Expandidos e Guia de Excursões. Belém: SBG,1996. 427p.il. p.242-245.

QUEIROZ, Emanuel Teixeira de. Geologia da Mag-nesita. In.: SCHOBBENHAUS, Carlos; QUEIROZ,Emanuel Teixeira de; COELHO, Carlos Eduardo Sil-va. Principais depósitos minerais do Brasil. Rochase Minerais Industriais – Parte C. Brasília: DNPM/CPRM, 1997. p.205 – 218

QUEIROZ, Emanuel Teixeira de. Geologia das Argi-las. In.: SCHOBBENHAUS, Carlos; QUEIROZ,Emanuel Teixeira de; COELHO, Carlos Eduardo Sil-va. Principais depósitos minerais do Brasil. Rochase Minerais Industriais – Parte C. Brasília: DNPM/CPRM, 1997. p.93-98

RABELO, L. & SOARES, P.C. Lineamento Trans-brasiliano e Neotectônica na Bacia do Pantanal.In.: SIMPÓSIO NACIONAL DE ESTUDOS TECTÔNI-COS, 7., 1999, Lençóis. Anais... Salvador: SBG/BA-SE, 1999. p.79-82.

RAJAB, Adnem et al. Catálogo de rochas ornamen-

tais do Estado de Mato Grosso. Cuiabá: DNPM,1998. 78 p.

RAMALHO, R. Pantanal matogrossense: comparti-mentação geomorfológica. . In.: SIMPÓSIO BRA-SILEIRO DE SENSORIAMENTO REMOTO, 1, 1978,São José dos Campos. Sumários ... São José dosCampos:INPE, 1978.

RAMOS, C. R. Relatório de viagem realizada ao rioCauaburi. Belém: DNPM, 1972. 9p.

RAMOS, J. R. de A. O Carvão do Rio Fresco, aflu-ente do Xingu. Engenharia, Mineração e Metalur-gia, Rio de Janeiro, v.19, n.114, p.259, 1954.

RAPELA, C. W.; PANKHURST, R. J. Monzonite sui-tes: the innermost Cordelleran plutonism of Pata-gonia. Trans. R. Soc. Edinburgh: earth sci.,v.87,1996. p.193-203.

REIS, C. C.; MONTEIRO, E. A. Projeto IntegraçãoAlto Rio Negro-Serra Imeri. Reconhecimento geoló-gico ao longo dos rios Curicuriari, Capauari e áreasadjacentes, região do alto rio Negro, Estado doAmazonas, Brasil. Relatório de Viagem. Manaus:CPRM, 1995. 12p.(inédito).

REIS, Nelson Joaquim Reis; RIKER, Silvio Lopes &PINHEIRO, Sandoval da Silva. Terrenos sedimenta-res da região dos rios Tapajós, Teles Pires e Jurue-na. In.: CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA,41, 2002, João Pessoa. Anais ... João Pessoa: SBG,2002. p.392.

RIBEIRO FILHO, W. & FIGUEIREDO, Antônio Jor-ge de Andrade. Reconhecimento Geológico daRegião oeste de Mato Grosso. In.: CONGRESSOBRASILEIRO DE GEOLOGIA, 28, Porto Alegre,1974.Anais ... .. Porto Alegre: Sociedade Brasileira deGeologia, 1974. v.4, p.27-35.

RIBEIRO FILHO, W.; LUZ, J. S.; ABREU FILHO, W.Projeto Serra Azul: reconhecimento geológico. Re-latório Final. Escala 1:500.000. Goiânia: CPRM,1975. v.1 (Convênio DNPM/CPRM).

RIBEIRO, P. S. E. & VILLAS BOAS, P. F. Geologiada Folha Ilha 24 de Maio – SC.21-Z-A. In.: SIMPÓ-SIO DE GEOLOGIA DA AMAZÔNIA, 8, 2003, Cuia-bá. Anais ...Cuiabá:SBG, 2003

RIBEIRO, P. S. E.; LACERDA FILHO, Joffre Valmó-rio de. L.; DELGADO, I. M. et al.. As mineralizaçõesAuríferas da Província Alta Floresta e suas relaçõescom o Arco Magmático Juruena. In.: SIMPÓSIO DEGEOLOGIA DA AMAZÔNIA, 7, 2001, Belém. Resu-mos Expandidos ... Belém: SBG – Núcleo Norte,2001. CD Rom

RIBEIRO, Pedro Sérgio Estevam; VILLAS BOAS,Paulo Fernando. Programa Levantamentos Geoló-

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 228: Rel Mato Grosso

228

gicos Básicos do Brasil - PLGB. Projeto ProvínciaMineral de Alta Floresta (PROMIN ALTA FLORES-TA). Geologia e Recursos Minerais da folha São Joãoda Barra – SC.21-V-D. Brasilia: CPRM, 2004.

RIKER, S. R. L.; OLIVEIRA, M. A. Enfoque Geológi-co-Geotectônico da Região do Domo do Sucun-duri – Estado do Amazonas. In.: SIMPÓSIO DEGEOLOGIA DA AMAZÔNIA, 7, 2001, Belém. Resu-mos Expandidos ... Belém: SBG – Núcleo Norte,2001. CD Rom

RIZZOTTO, G. J. et al. O Granito Aripuanã: data-ção U-Pb (Shrimp) e implicações metalogenéticas.In.: CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 41,João Pessoa. Anais ... João Pessoa: SBG/NE,2002. (Submetido)

RIZZOTTO, G. J. Petrologia e ambiente tectônicodo Grupo Nova Brasilândia-RO. 1999. 136p. Dis-sertação (Mestrado) - Universidade Federal do RioGrande do Sul, Porto Alegre, 1999.

RIZZOTTO, G. J., QUADROS, M. L. E. S., BAHIA,R. B. C., CORDEIRO, A. V. Folha SC.20-Porto Ve-lho. In.: SCHOBBENHAUS, C., GONÇALVES, J. H.,SANTOS, J. O. S., ABRAM, M. B., LEÃO NETO, R.,MATOS, G. M. M., VIDOTTI, R. M., RAMOS, M. A.B., JESUS, J. D. A. de (eds.). Carta Geológica doBrasil ao Milionésimo, Sistema de Informações Ge-ográficas. Programa Geologia do Brasil .Brasília:CPRM, 2004. CD-ROM.

RIZZOTTO, G. J.; QUADROS, M. L. E. S.; BAHIA,R. B. C.; DALL´IGNA, L. G.; CORDEIRO, A. V. Fo-lha SD.20-Guaporé. In.: SCHOBBENHAUS, C.,GONÇALVES, J. H.; SANTOS, J. O. S.; ABRAM, M.B.; LEÃO NETO, R.; MATOS, G. M. M.; VIDOTTI,R.M.; RAMOS, M.A.B.; JESUS, J.D.A. de(eds.).Carta Geológica do Brasil ao Milionésimo, Sistemade Informações Geográficas. Programa Geologia doBrasil. Brasília:CPRM, 2004. CD-ROM.

RIZZOTTO, G. J.; SCANDOLARA, J. E.; SILVA, C.R.; DALL’AGNOL, R.; MORAIS, P.R. Geology andpreliminary geochemistry of the middle protero-zoic Serra da Providência rapakivi granite-Rondô-nia, Brazil. In.: DALL’AGNOL R.; MACAMBIRA,M.J.B.; COSTI, H.T. (Eds.). Symposium on Rapaki-vi Granites and Related Rocks, Belém. AbstractsVolume. Belém: Center of Geosciences. UniversityFederal of Para, 1995. 88p.p.67-68.

RIZZOTTO, G.J., QUADROS, M.L.E.S., BAHIA,R.B.C., FERREIRA, LOPES, R.C., A.L., CORDEI-RO, A.V. Folha SC.21-Juruena. In.: SCHOBBE-NHAUS, C., GONÇALVES, J.H., SANTOS, J.O.S.,ABRAM, M.B., LEÃO NETO, R., MATOS,G.M.M.,VIDOTTI, R.M., RAMOS, M.A.B., JESUS, J.D.A. de(eds.). Carta Geológica do Brasil ao Milionésimo,

Sistema de Informações Geográficas. ProgramaGeologia do Brasil. Brasília:CPRM, 2004. CD-ROM.

RODRIGUES, A. P.; PIMENTEL, G. de B.; REISCHL,J. L.; REZENDE FILHO, S; T. de R. & RIBEIRO FI-LHO, E. Projeto Alto Guaporé, Relatório Final, FolhaMato Grosso – SD.21-Y-C. Goiânia: DNPM/CPRM,1974. v.4, p.35

RODRIGUES, J. B. Geocronologia e geoquímica daSeqüência Vulcano-sedimentar de Iporá e RochasGraníticas Associadas. 1996. 101p. Tese. (Disserta-ção de Mestado), Instituto de Geociências. Univer-sidade de Brasília – UnB, Brasília, 1996).

RODRIGUES, R.; AZEVEDO, R. L. M.; ESTRADA,N.M.; REHIM, H. A. A.; SATO, K.; KAWASHITA, K.;SOLIANI JR., E. Inferências cronoestratigráficas paracarbonatos da Bacia dos Parecis, com base emdados da razão 87 SR / 86 Sr. In.: CONGRESSOBRASILEIRO DE GEOLOGIA, 38, 1994, Camboriu.1994. Anais ... Camboriu: SBG, 1994. v.3, p.286-287.

ROMANINI, L. Geologia e geoquímica do comple-xo granitóide de Massangana e sua relação com asmineralizações de estanho. 1981, [s.p.]. Tese (mes-trado). Instituto de Geociências, Universidade Fe-deral da Bahia – UFBA, Salvador, 1981.

ROMANINI, S. J. Geologia e resultados prospecti-vos da área Rio Branco/Alta Floresta, Rondônia.Porto Alegre: CPRM, 2000. (Informe de RecursosMinerais, Série Metais do Grupo da Platina e Asso-ciados, n. 08)

ROMANINI, Sérgio José. Mapa geológico prelimi-nar da Serra Céu Azul/RO. Prospecção geoquímicae síntese geológico-metalogenética. Porto Alegre:CPRM, 1997. 1v.(Informe de Recursos Minerais, Sé-rie Metais do Grupo da Platina e Associados, n. 03)

ROMANINI, Sérgio José. Mapa geológico prelimi-nar da Serra do Colorado/RO. Síntese geológico-metalogenética. Porto Alegre: CPRM, 1997.1v.(Informe de Recursos Minerais, Série Metais doGrupo da Platina e Associados, n. 02)

ROMANINI, Sérgio José. Projeto Platina/RO: geolo-gia e resultados prospectivos-Área de Cacoal. Por-to Alegre: CPRM, 1992.

ROMANINI, Sérgio José. Síntese Geológica e Pros-pecção Geoquímica da Área Rio Madeirinha, MatoGrosso. Porto Alegre: CPRM, 2000. (ProgramaNacional de Prospecção de Metais do Grupo daPlatina - PNPP.Informe de Recursos Minerais. Sériedo Grupo da Platina e Associados, 11)

RUIZ, A. S. Contribuição à geologia do Distrito deCachoeirinha, MT. 1992. 98p. Dissertação (Mestra-do) - Instituto de Geociências, Universidade de SãoPaulo, São Paulo, 1992.

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 229: Rel Mato Grosso

229

RUIZ, A. S. Evolução Geológica dos Terrenos Poli-cíclicos no SW do Cráton Amazônico – Região daFronteira Brasil-Bolívia. 121p. 2003. Exame de Qua-lificação, Instituto de Geociências, UniversidadeEstadual Paulista Rio Claro – UNESP, 2003.

RUIZ, A. S., SIMÕES, L. S. A., MATOS, J. B., RUIZ,L., M B A. Cráton Amazônico: Uma Breve Revisãoe Considerações sobre o seu Limite Meridional. In:SBG, SIMPÓSIO NACIONAL DE ESTUDOS TECTÔ-NICOS, 9. 2003a., Búzios. Anais.... Búzios: SBG,2003a., p. 86–89

RUIZ, A. S.; SIMÕES, L. S. A., MATOS, J. B.; SOU-SA, M. Z. A., GODOY, A. M., RUIZ, L. M. B. A..Aspectos Petrográficos, Estruturais e Geoquímicosdo Plúton Santa Clara: um exemplo do Magmatis-mo Calymmiano no SW do Cráton Amazônico -Mato Grosso. Contribuições à Geologia da Amazô-nia, vol. IV. 2004. (prelo).

RUIZ, A.S., RUIZ, L., M B. de A., GODOY, A., M.,SOUZA, M. Z. A., GERALDES, M.C., SIMÕES,L.S.A. e MATOS, J.B.. Maciços Graníticos Tonia-nos (1.0–0.85 Ga.) no SW do Cráton Amazônico:Bolívia Oriental e SW de Mato Grosso – BR. In:SIMPÓSIO DE GEOLOGIA DO CENTRO OESTE, 7,Anais, SBG, p. 112–113, 2003b

RUIZ, Amarildo Salina; SIMÕES, Luiz Sérgio A.;ARAUJO RUIZ, Larissa Marques B. A.; MATOS,João B.; GODOY, Antonio Misson; SOUZA, MariaZélia A. de. Caracterização geológica do quadran-te sudeste da folha Rio Novo (SD.21-Y-A-I) – MatoGrosso. In.: SIMPÓSIO DE GEOLOGIA DA AMAZÔ-NIA, 8, 2003, Cuiabá. Anais ...Cuiabá:SBG, 2003.p.114-115

SAES, G. S. & LEITE, J. A. D. Estratigrafia e ambi-entes deposicionais das seqüências proterozóicasdas bacias Cachimbo e Caiabis/Aripuanã, sudoes-te do Cráton Amazônico. Cuiabá: UFMT - Institutode Ciências Exatas e da Terra, Departamento deRecursos Minerais, 2002. 20p. (Relatório inédito)

SAES, G. S. Evolução tectônica e paleogeográficado aulacógeno Aguapeí (1.2-1.0 Ga) e dos terrenosdo seu embasamento na porção sul do Cráton Ama-zônico. 1999. 135p. Tese (Doutorado) - Instituto deGeociências, Universidade de São Paulo, São Pau-lo, 1999.

SAES, G. S.; ALVARENGA, C. J. S.; CUNHA, J. E.Depósitos de Plataforma Marinha dominada pormarés e tempestades do proterozóico médio naporção sudoeste do Cráton Amazônico, Região deRio Branco, MT. In.: SIMPÓSIO SOBRE SISTEMASDEPOSICIONAIS NO PRÉ-CAMBRIANO, 1987, OuroPreto. Anais ... Ouro Preto: SBG-Núcleo MinasGerais, 1987. 102p.p.1-5 (Boletim, 6).

SAES, G. S.; LEITE, J. A. D.; MACAMBIRA, M. B.Stratigraphy and Sedimentary Environments of Pro-terozoic Sequences in Cachimbo and Caiabis/Ari-puanã Basins, Amazon Craton, Brazil. In.: BETTEN-COURT, J. S.; TEIXEIRA, J. S.; PACCA, I. G.; GE-RALDES, M. C.; SPARRENBERGER, I. (Eds.).Workshop on Geology of the SW Amazonian Cra-ton: State-of-the-Art, 2001, São Paulo. ExtendedAbstracts. São Paulo: Institute of Geosciences-Uni-versity of São Paulo, 2001. 186p.p.119.

SAES, G. S.; LEITE, J. A. D.; WESKA, R. K. Geolo-gia da Folha Jauru (SD. 21-Y-C-III): uma síntese dosconhecimentos. In.: CONGRESSO BRASILEIRO DEGEOLOGIA, 33, 1984, Rio de Janeiro. Anais .. Riode Janeiro: SBG, 1984. V.5, p.2193-2204.

SAES, G. S.; LEITE, J. D.; MACAMBIRA, M. B. Strati-graphy and Sedimentary Environments of ProterozoicSequences in Cachimbo and Caiabis/Aripuanã Basins,Amazon Craton, Brasil. São Paulo: IG/USP, 2001.

SAES, G. S.; PINHO, F. E. C. & LEITE, J. A. D. Co-berturas metassedimentares do proterozoico mé-dio no sul do Craton Amazônico e suas mineraliza-ções auríferas. In.: SIMPÓSIO DE GEOLOGIA DOCENTRO-OESTE, 3, 1991, Goiânia. Anais ...Goiânia:SBG, 1991. p.37-41.

SANFORD, R. M. & LANGE, F. W. Basin study ap-proach to oil evaluation of Paraná Miogeyncline,south Brazil.Bulletin of the American Associaton ofPetroleum Geologists, Tulsa, Okla, n.44, p.1316 –1370, 1960

SANTIAGO, A. F.; SANTOS, J. O. S.; MAIA, R. G.N.Estratigrafia preliminar da Bacia Sedimentar doAlto Tapajós. In: CONGRESSO BRASILEIRO DEGEOLOGIA, 31., 1980, Balneário Camboriú. Anais... Balneário Camboriú: SBG, 1980. v.2, p.786-797.

SANTOS J. O. S.; HARTMANN, L. A.; GAUDETTE,H. E.; GROVES, D. I.; MCNAUGHTON, N.J.; FLE-TCHER, I. R. A New Understanding of the Provincesof the Amazon Cráton based on Integration of FieldMapping and U-Pb and Sm-Nd Geochronology.Gondwana Research, n.3, v.4, p.453-488. 2000.

SANTOS, A. R.; PARADELLA, W. R.; VENEZIANI,P.; MORAIS, M. C. Avaliação de um par estereos-cópico híbrido (RADARSAT x TM-Landsat) em es-tudos geológicos na Província Mineral de Carajás.In.: SIMPÓSIO DE GEOLOGIA DA AMAZÔNIA, 7,2001, Belém. Resumos Expandidos ... Belém: SBG– Núcleo Norte, 2001. CD Rom

SANTOS, Botelho dos; LEAL, José Waterloo Lo-pes; JORGE JOÂO, Xafi da Silva. Complexo Uatu-mã - conotação estratigráfica para produtos de ati-vação da plataforma NO Escudo do Guaporé.CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 31,

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 230: Rel Mato Grosso

230

Camburiú, SBG, 1980. Anais ... Balneário de Cam-boriú: SBG, 1980. p.798-811.

SANTOS, C. A. S.; MELO, A. F. F. Projeto Serra Ime-ri. Relatório de Progresso. Manaus: CPRM, 1993.1v. (inédito).

SANTOS, D. B. dos. O Grupo Beneficente. Belém:Projeto RADAMBRASIL, 1977. 7p.(Relatório Inter-no RADAMBRASIL, 128-G).

SANTOS, D. B.; FERNANDES, P. E.; DREHER, A.M.; CUNHA, F. M. B.; BASEI, M. A. S.; TEIXEIRA, J.B. G. Geologia. In.: BRASIL. MINISTÉRIO DAS MI-NAS E ENERGIA. PROJETO RADAMBRASIL. FolhaSB.21 Tapajós. Rio de Janeiro: DNPM, 1975. p.15-116 (Levantamento de Recursos Naturais,v.7)

SANTOS, E. J.; FERREIRA, C. A.; SILVA JÚNIOR,J. M. F. Geologia e recursos minerais do Estadoda Paraíba. Escala 1:500.000. Recife: CPRM, 2002.

SANTOS, J. F. O ouro elúvio-laterítico do depósitode Jatobá - MT. In.: CONGRESSO BRASILEIRO DEGEOLOGIA, 33. Rio de Janeiro, 1984. Anais…Riode Janeiro, SBG. 1984. v.8, p.4012-4023.

SANTOS, J. O .S.; LOGUÉRCIO, S. O. A parte me-ridional do Cráton Amazônico (Escudo Brasil- Cen-tral) e as bacias do Alto Tapajós e Parecis-Alto Xin-gu. In.: SCHOBBENHAUS, C. ; CAMPOS, D.A .;DERZE, G.R. ; ASMUS, H. E. Geologia do Brasil:Texto Explicativo do Mapa Geológico do Brasil eda Área Oceânica Adjacente incluindo DepósitosMinerais. Escala 1:2.500.000. Brasília: DNPM, 1984.p.93-127.

SANTOS, J. O. S. A parte Setentrional do CrátonAmazônico (Escudo das Guianas) e a Bacia Ama-zônica. In.: SCHOBBENHAUS, C. et al. (Coords.).Geologia do Brasil: texto explicativo do mapa geo-lógico do Brasil e da Área oceânica adjacente in-cluindo depósitos minerais. Escala 1:2.500.000. Bra-sília: DNPM, 1984. p.57-85.

SANTOS, J. O. S. O Pantanal Setentrional e os cam-pos de dunas da Amazônia Ocidental. In.: SIMPÓ-SIO INTERNACIONAL DO QUATERNÁRIO DA AMA-ZÔNIA, 1992, Manaus. Resumos e ContribuiçõesCientíficas. Manaus: UFAM, 1993. 185p.il., p.110.

SANTOS, J. O. S. Relatório de Viagem à Austrália.Relatório Interno. Manaus: CPRM, 2001. 18p.

SANTOS, J. O. S., HARTMANN, L. A., GAUDETTE,H. E. Reconnaissance U-Pb in Zircon, Pb-Pb in Sul-phides and Review of Rb-Sr Geochronology in theTapajós Gold Province, Pará-Amazonas States, Bra-zil. In.: SOUTH AMERICAN SYMPOSIUM ON ISOTO-PE GEOLOGY, 1, Campos do Jordão-SP, 1997. Ex-tended Abstracts... Campos do Jordão-SP.p.280-282.

SANTOS, J. O. S.; ARAÚJO NETO, H. Algumas ca-racterísticas químicas do magmatismo Parima/Tapu-ruquara. Acta Amazônica, v.8, n.4, p.639-656, 1976.

SANTOS, J. O. S.; FARIA, M. S. G.; HARTMANN, I.A.; McNAUGHTON, N.J. Age and regional strati-graphy of the Roraima Supergroup and Roraima-like outliers in northern South America based on U-Pb geochronology. In.: SIMPÓSIO DE GEOLOGIADA AMAZÔNIA, 7, 2001, Belém. Resumos Expandi-dos. Belém: SBG/Núcleo Norte, 2001. 1 CD-Rom.

SANTOS, J. O. S.; LOGUERCIO, S. O. C. A partemeridional do Cráton Amazônico (Escudo Brasil-Central e as bacias do Alto-Tapajós e Parecis-AltoXingu In.: SCHOBBENHAUS, C. et al. (coords.).Geologia do Brasil; texto explicativo do mapa ge-ológico do Brasil e da área oceânica adjacente,incluindo depósitos minerais. Brasília: DNPM, 1984.501p.p.93-127.

SANTOS, J. O. S.; MOREIRA, A. S.; PESSOA, M.R.; OLIVEIRA, J. R. de; MALOUF, R. F.; VEIGA JU-NIOR, J.P.; NASCIMENTO, J.O. do. Projeto Norteda Amazônia. Domínio Baixo Rio Negro. Geologiada Folha NA.20-Z. Relatório Final. Manaus: DNPM/CPRM, 1974. 8 V.il., v.III A.

SANTOS, J. O. S.; NELSON, B. W. Os campos dedunas do Pantanal Setentrional. In.: CONGRESSOLATINO-AMERICANO DE GEOLOGIA, 9, 1995, Ca-racas, Temário 3 ... Venezuela.

SANTOS, J. O. S.; NELSON, B. W.; GIOVANINI, C.A. Campos de dunas: corpos de areia sob leitosabandonados de grandes rios. Ciência Hoje, v.16,n.93, p.22-25, 1993.

SANTOS, J. O. S.; PESSOA, M. R.; REIS, N.J. As-sociações máficas-ultramáficas magnesianas naPlataforma Amazônica. Manaus: CPRM, 1981.

SANTOS, J. O. S.; REIS NETO, J. M. Algumas ida-des de rochas graníticas do Cráton Amazônico. In.:CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 32,1982, Salvador. Anais ... .. Salvador: SBG, 1982.5v.il., p.339-348.

SANTOS, J. O. S.; REIS, N.J.; HARTMANN, L. A.;MCNAUGHTON, N.; FLETCHER, I. Associação anortosito-charnockito-rapakivi no Caliminiano donorte do Cráton Amazônico, Estado de Roraima,Brasil: evidências de geocronologia U-Pb (shrimp)em zircão e baddeleyita. In: SIMPÓSIO DE GEO-LOGIA DA AMAZÔNIA, 6., 1999, Manaus. Bol. Res.Expandidos, Manaus: SBG, 1999. p.502-505

SANTOS, R. A dos. Controle estrutural das minerali-zações auríferas da Província Mineral do Tapajós.Síntese do Estudo de Prospectos. Salvador:CPRM -DEGEO / DIGEOB, ago. 1999. (Relatório de Con-

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 231: Rel Mato Grosso

231

sultoria Interna)

SANTOS, R. A dos. Programa Levantamentos Ge-ológicos Básicos do Brasil - PLGB - Projeto Crepo-rizão. Belém:CPRM, 2000. CD Rom

SANTOS, R. A. Contribuição à análise estrutural demineralizações auríferas do Norte de Mato Grosso.Salvador: CPRM - Serviço Geológico do Brasil,2000. (Relatório Consultoria Interna. Diretoria deGeologia e Recursos Minerais – Departamento deGeologia / Divisão de Geologia Básica – ProjetoPromin-Alta Floresta.).

SANTOS, R. A. Contribuição ao conhecimento ge-ológico regional e estudo de mineralizações aurí-feras do Norte do Mato Grosso. Salvador: CPRM -Serviço Geológico do Brasil, 2001.

SANTOS, R. O. B. dos; PITTHAN, J. H. L.; BARBO-SA, E. S.; FERNANDES, C. A. C.; TASSINARI,C.C.G.; CAMPOS, D. de A. Geologia. In.: BRASIL.DNPM. Projeto RADAMBRASIL. Folha SD. 20 Gua-poré; geologia, geomorfologia, pedologia, vegeta-ção e uso potencial da terra. Rio de Janeiro, 1979.364p.(Levantamento de Recursos Naturais, 19).p.21-123.

SATO, K.; TASSINARI, C. C. G. Principais Eventosde Acreção continental no Cráton Amazônico ba-seados em idade modelo Sm-Nd, calculada emevoluções de estágio único e estágio duplo. In.:COSTA, M.L.; ANGÉLICA, R.S. (Coords.). Contri-buições à geologia da Amazônia. Belém: FINEP/SBG-NO, 1997. 437p.il., p.91-142.

SCABORA, J. A. & DUARTE, C.L. A jazida de ourode São Vicente – município de Nova Lacerda – MT.A Terra em Revista, n.4, p.32-42. 1998.

SCABORA, J. A. et al. Projeto Mogno Alta Floresta,Mato Grosso. Relatório Parcial de Exploração. [s.l.]:Mineração Santa Elina, 1997. v.1.

SCANDOLARA, J. E.; AMORIM, J. L. de; RIZZOT-TO, G. J.; QUADROS, M. L. do E. S.; BAHIA, R.B.C.Compartimentação tectônica-estratigráfica pré-cam-briana de Rondônia: subsídios para os modelosevolutivos. In.: SIMPÓSIO DE GEOLOGIA DA AMA-ZÔNIA, 6, 1999. Manaus. Boletim de Resumos Ex-pandidos. Manaus: SBG, 1999. 596p.p.282-285.

SCANDOLARA, J. E.; RIZZOTTO, G. J.; AMORIM,J. L.; QUADROS, M. L. do E. S.; BAHIA, R. B. C. Aevolução geológica do segmento sudoeste do Crá-ton Amazônico – Estado de Rondônia e Adjacên-cias. In.: REIS, N. J.; MONTEIRO, M. A .S. (Coord.)Contribuições à Geologia da Amazônia. Manaus:SBG-Núcleo Norte, 2001. v.2

SCANDOLARA, J. E.; RIZZOTTO, G. J.; BAHIA, R. B.C.; QUADROS, M. L. do E. S.; SILVA, C. R. da; AMO-

RIM, J. L. de. Mapa geológico do Estado de Rondô-nia: Escala 1:1.000.000. Porto Velho: CPRM, 1997

SCANDOLARA, Jaime Estevão & RIZZOTO, GilmarJosé. Programa Levantamentos Geológicos Bási-cos do Brasil - PLGB. Folha Paulo Saldanha. Brasí-lia: CPRM, 1998

SCHOBBENHAUS FILHO, C. et al. Carta Geológicado Brasil ao Milionésimo: Folha Cuiabá - SD.21.Brasília: DNPM, 1975.

SCHOBBENHAUS FILHO, C. et al. Carta Geológicado Brasil ao Milionésimo: Folha Rio Apa - SF.21.Brasília: DNPM, 1979.

SCHOBBENHAUS, C.; CAMPOS, D. de A.; DER-ZE, G. R.; ASMUS, H. E. Geologia do Brasil. Textoexplicativo do mapa geológico do Brasil e da áreaoceânica adjacente incluindo depósitos minerais.Escala 1:2.500.000. Brasília: DNPM, 1984. 501 p.

SCHOBBENHAUS, C. & OLIVA, L. A. Carta Geoló-gica do Brasil ao milionésimo, Folha Corumbá – SE.21. Brasília: DNPM, 1979.

SCHOBBENHAUS, C. et al. Carta Geológica do Bra-sil ao Milionésimo, Folha Goiânia - SE.22. Brasília:DNPM/CPRM, 1975. 74p.

SCHOBBENHAUS, C.; CAMPOS, D. A.; DERZE, G.R. et al. Mapa geológico do Brasil. Escala1:2.500.000. Brasília: DNPM, 1981.

SCHOBBENHAUS, C.; CAMPOS, D. A.; DERZE, G.R.; ASMUS, H. E.. (Coord.) Mapa Geológico doBrasil e da área oceânica adjacente incluindo de-pósitos minerais. Esc. 1:2.500.000. Brasília: DNPM,Brasília. 1981.

SEER, H. J. Geologia, deformação e mineralizaçãode cobre no complexo vulcano sedimentar de BomJardim de Goiás. 1985. 181p. Tese. (Mestrado) –Instituto de Geociências, Universidade de Brasília,Brasília, DF, 1985.

SEER, J. H.; NILSON, A. A. Contribuição à geolo-gia das unidades pré-cambrianas da região de BomJardim de Goiás. In.: SIMPÓSIO DE GEOLOGIA DOCENTRO-OESTE, 2, 1985, Goiânia-GO. Ata ...Goiânia:SBG, 1985. p.267-281.

SENGÖR, A. M. C. Plate tectonics and orogenicresearch after 25 years: synopsis of a Thethyan pers-pective. Earth Sci. Rev.27, p.1-201, 1990.

SETZER, J. Os solos da noroeste. Bol. De Agric.,São Paulo, n. Único, 1943. 15p.

SILLITOE, H. Intrusion - related gold deposits. In.:Gold Metallogeny and Exploration, London, 1991.P.165 - 209.

SILLITOE, R. H. Granites and metal deposits. Epi-sodes, v.19, n.4,1996. p.126-133.

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 232: Rel Mato Grosso

232

SILVA NETO, C. S.; SANTOS, C. A.; PEREIRA, E.R.; GUIMARÃES, L. R. Projeto Apiacás. Relatóriode Progresso II. Belém: Convênio DNPM/CPRM,1980. 2v.

SILVA, C. H. Caracterização Estrutural de Minerali-zações Auríferas do Grupo Cuiabá, Baixada Cuia-bana (MT). 1999. 134p. Dissertação de Mestrado.Universidade do Estado de São Paulo - IGCE/UNESP, 1999.

SILVA, C. H.; SIMÕES, L. S. A.; RUIZ, A. S. Ca-racterização Estrutural dos Veios Auríferos na Re-gião de Cuiabá, MT. Rev. Bras. Geociências, v.32,n.4, p.407-418, 2002.

SILVA, C. H.; SIMÕES, L. S. A.; RUIZ, A. S. Minerali-zação de Ouro em Veios de Quartzo no Garimpo doAbdala, Baixada Cuiabana – MT. SIMPÓSIO DE GE-OLOGIA DO CENTRO-OESTE, 8, Cuiabá, 2003. Bo-letim de Resumos... Cuiabá: SBG, 2003. p.72-73

SILVA, C. R. da; BAHIA, R. B. C.; SILVA, L. C. da.Geologia da Região de Rolim de Moura-Sudestede Rondônia. In.: CONGRESSO BRASILEIRO DEGEOLOGIA, 37, 1992, São Paulo. Boletim de Re-sumos Expandidos. São Paulo: SBG, 1992. 2v.V.2,p.152-153.

SILVA, G. G. da et. al. Geologia. In.: BRASIL. MI-NISTÉRIO DAS MINAS E ENERGIA. DEPARTAMEN-TO NACIONAL DE PRODUÇÃO MINERAL. PROJE-TO RADAMBRASIL. Folha SB.22 – Araguaia e parteda Folha SC.22-Tocantins. Rio de Janeiro:DNPM.1974. p.1-144. (Levantamento de Recursos Mine-rais, 4).

SILVA, G. G. da; LIMA, M. I. C.; ANDRADE, A. R. F.de; ISSLER, R. S., GUIMARÃES, G. Geologia. Fo-lha SB.22-Araguaia e parte da Folha SC.22–Tocan-tins. DNPM/RADAM: Rio de Janeiro. 1974. (Levan-tamento de Recursos Minerais, 4). p.1-172.

SILVA, G. G.; ISSLER, R. S. Sienito Canamã; umapossibilidade metalogenética na Amazônia. Belém:projeto RADAMBRASIL, 1974. 14p.(Relatório Inter-no, 20-G)

SILVA, G. H.; LEAL, José Waterloo Lopes.; MON-TALVÃO, R. M. G. et al. Geologia. In.: BRASIL.DEPARTAMENTO NACIONAL DA PRODUÇÃO MI-NERAL. PROJETO RADAMBRASIL. Folha SC.21-Juruena: geologia, geomorfologia, pedologia, vege-tação e uso potencial da terra. Rio de Janeiro, 1980.p.21-116. (Levantamento de Recursos Naturais, 20).

SILVA, L. C. da; SANTOS, J. O. S. Distribuição deETR e granitogênese na região do Alto Rio Negro(AM). In.: SIMPÓSIO DE GEOLOGIA DA AMAZÔ-NIA, 4, 1994, Belém. Boletim de Resumos Expan-didos. Belém: SBG, 1994. 396p.p.235-237.

SILVA, L. C. da; SANTOS, J. O. S.; GAUDETTE, H.

Granitogênese na região do Alto Rio Negro-AM. ATerra em Revista, n.2, p.24-31, 1996.

SILVA, L. M.; PARENTE, C. V.; BRANDÃO, R. de L.;ARAÚJO, R. V.de; ROMANINI, S. J.; CAVALCAN-TE, J. C. Projeto Guajará-Mirim. Relatório Final. PortoVelho: DNPM/CPRM, 1980. 5v.

SILVA, M. D. Relatório Final de Pesquisa. Cuiabá:Mineração Manati S/A, 1990.

SIQUEIRA, A. J. B. Geologia da Mina de Ouro Fi-lão do Paraíba, Região de Peixoto de Azevedo,Norte do Mato Grosso. 1997. 87p.Tese. (Disserta-ção de Mestrado) – Departamento de Geologia,Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio deJaneiro,1997.

SIQUEIRA, L. P. Bacia dos Parecis. Boletim de Ge-ociências da Petrobrás, v.3, p.3-16, 1989.

SIQUEIRA, L. P. de; TEIXEIRA, L.B. & PONTES, C.de S. Bacia dos Parecis: Evolução das AtividadesExploratórias. Rio de Janeiro: Petrobrás, 1998.

SIQUEIRA, L. P.; TEIXEIRA, L. B. Bacia dos Pare-cís: nova fronteira exploratória da Petrobrás. In.:CONGRESSO INTERNACIONAL DA SOCIEDADEBRASILEIRA DE GEOFÍSICA, 3., 1993, Rio de Ja-neiro. Resumos Expandidos... Rio de Janeiro: SBGf,1993. p.168-170.

SOUSA, Maria Zélia Aguiar. Petrologia e geoquími-ca do complexo alcalino Ponta do Morro - MT. 1997.168p. Tese (Doutorado). Programa de Pós Gradua-ção em Geoquímica e Geotectônica, Instituto deGeociências - Universidade de São Paulo - USP,São Paulo, 1997.

SOUZA FILHO, P. W. M.; QUADROS, M. L. do E.S.; SCANDOLARA, J. E.; SILVA FILHO, E. P.da S.;REIS, M. R. Compartimentação morfoestrutural eevidências de atividade neotectônica no sistemafluvial Guaporé-Mamoré-Alto Madeira, Rondônia.In.: SIMPÓSIO DE GEOLOGIA DA AMAZÔNIA, 6,1999, Manaus. Boletim de Resumos Expandidos.Manaus: SBG, 1999. 596p.p.330-333.

SOUZA, A M. M. de et al. Projeto São Manuel.Reconhecimento Geológico no Limite Pará - MatoGrosso. Brasília: MME , 1990. (Convênio DNPM/CPRM).

SOUZA, A. M. M. de et al. Reconhecimento Geoló-gico no limite Pará-Mato Grosso. Projeto São Manu-el. Brasília: DNPM/CPRM, 1980.

SOUZA, A. M. M. et al. Projeto São Manoel. Relató-rio de Progresso. Belém: DNPM/CPRM, 1979. 46p.

SOUZA, A. M. M.; FARIA, C. A. S.; LANDIN, J. P.P.;LEAL, JOSÉ WATERLOO LOPES.. Reconhecimen-to geológico no limite Mato Grosso – Pará, ProjetoSão Manuel. Brasília: DNPM/CPRM, 1979. 27p.Il.

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 233: Rel Mato Grosso

233

SOUZA, E. C. de; MARQUES, W. J. Granito porfiro-blástico de Santo Antônio - Território Federal de Ron-dônia. Porto Velho: DNPM/CPRM, 1974. 11p.

SOUZA, E. C. de; MELO, A. F. F. de; ADAMY, A.;SOEIRO, R. S.; DALEIRO, V.Projeto Noroeste deRondônia. Relatório Final. Porto Velho: DNPM/CPRM, 1975. 12 v.il.

SOUZA, E. P. & HILDRED, P. R. Contribuição aoEstudo da Geologia do Grupo Aguapeí, Oeste deMato Grosso. In: CONGRESSO BRASILEIRO DEGEOLOGIA, 31, 1980, Balneário de Camboriú.Anais.... Balneário de Camboriú: SGB, 1980. v.2,p.813-825.

SOUZA, J. O., FRASCA, A. A. S.; OLIVEIRA, C. C.Programa de Levantamentos Geológicos Básicosdo Brasil.Projeto Província Mineral de Alta Flores-ta. Geologia e Recursos Minerais das folhas Rio SãoJoão da Barra - SC.21-V-D; Alta Floresta - SC.21-X-C; Ilha 24 de Maio - SC.21-Z-A; Vila Guarita - SC.21-Z-B, estados de Mato Grosso e Pará. CPRM-ServiçoGeológico do Brasil. Brasília, 2004.

SOUZA, João Olímpio. Projeto Mapas Metalogené-ticos e de Pesquisa de Recursos Minerais. FolhaSD.21-Z-C – Cuiabá. Goiânia:CPRM/MME, 1986.

SOUZA, João Olímpio. Projeto Mapas Metalogené-ticos e de Previsão de Recursos Minerais. FolhaSD.2I-Z-A - Rosário Oeste. Escala 1:250 000.Goiânia:CPRM, 1986. 30p.(Convênio DNPM / CPRM)

SOUZA, N .B. O grupo Cuiabá na área do ProjetoCoxipó – Estratigrafia e potencialidade econômi-ca. In.: SIMPÓSIO DE GEOLOGIA DO CENTRO-OESTE, 1, 1981, Brasília. Anais ... Brasília:SBG,1981. p.226-40.

SOUZA, N. B. Principais depósitos de ouro do es-tado de Mato Grosso. In.: CONGRESSO BRASI-LEIRO DE GEOLOGIA, 35. Belém, 1988.Anais…Belém: SBG, 1988. v.1, p.116-129.

SUGUIO, K. Os Paleoclimas da Terra, com desta-que ao Período Quaternário. In.: SIMPÓSIO DEGEOLOGIA DA AMAZÔNIA, 6, 1999, Manaus. Bole-tim de Resumos Expandidos. Manaus: SBG/Nú-cleo Norte, 1999. 596p.p.10-14.

SUMÁRIO MINERAL 2003. Brasília: DNPM,v.23, 2003.

SYLVERTER, P. J. Post-collisional strongly peralu-minous granites. Lithos, n.45, p.1-28, 1998.

TASSINARI, C. C. G. & TEIXEIRA, W. Estudo geo-cronológico e estratigráfico das rochas pré-cambri-anas da Folha SC-21 Juruena. Salvador: ProjetoRADAMBRASIL,1978. N.p.(Relatório Interno RA-DAMBRASIL,168-G).

TASSINARI, C. C. G. A porção ocidental do CrátonAmazônico: evidências isotópicas de acresçãocontinental no Proterozóico Médio. In.: SYMPO-SIUM AMAZONICO, 2., 1984, Manaus. Atas... Ma-naus: DNPM, 1984. p.439-446.

TASSINARI, C. C. G. O mapa geocronológico doCráton Amazônico no Brasil: Revisão dos dados iso-tópicos. 1996. 139p.Tese. (Livre-Docência) - Institu-to de Geociências, Universidade de São Paulo –USP, São Paulo, 1996.

TASSINARI, C. C. G.; BETTENCOURT, J. S.; GE-RALDES, M. C.; MACAMBIRA, M. J. B.; LAFON, J.M. The Amazonian Craton.In.: CORDANI, U. G. etal (Eds.). Tectonic evolution of South America. Riode Janeiro: International Geological Congress, 31,2000. 853p.il., p.41-95.

TASSINARI, C. C. G.; CORDANI, U. G.; NUTMAN, A.P.; VAN SCHMUS, W. R.; BETTENCOURT, J. S.;TAYLOR, P. N. Geochronological systematics onBasement Rocks from the Rio Negro-Juruena Pro-vince (Amazonian Craton) and Tectonic Implications.Internnational Geology Review, 38, p.161-175, 1996.

TASSINARI, C. C. G.; MACAMBIRA, M. J. B. Geo-chronological provinces of the Amazonian Craton.Episodes, v.22, n.3, p.174 -182, 1999.

TASSINARI, C. C. G.; SIGA Jr., O.; TEIXEIRA, W. Épo-cas metalogenéticas relacionadas a granitogênese doCráton Amazônico. In.: CONGRESSO BRASILEIRODE GEOLOGIA, 33, 1984, Rio de Janeiro. Anais do ...Rio de Janeiro: SBG, 1984. v.6, p.2963-2977.

TASSINARI, C. C. G.; TEIXEIRA, W.; NUTMAN, A.P.; SZABÓ, G. A.; MONDIN, M.; SATO, K. Archeancrustal evolution of the Imataca Complex, Amazo-nian Craton: Sm/Nd, Rb-Sr and U-Pb (SHRIMP) evi-dences. In.: SIMPÓSIO DE GEOLOGIA DA AMAZÔ-NIA, 7, 2001, Belém. Resumos Expandidos ... Be-lém: SBG – Núcleo Norte, 2001. CD Rom

TASSINARI, C. C. G.; TEIXEIRA, W.; SIGA JÚNIOR,O. Considerações cronoestratigráficas da regiãodas chapadas do Cachimbo e Dardanelos. In.:CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 30,Recife,1978. Anais ... .. Recife: Sociedade Brasilei-ra de Geologia,1978. v.1. p.477-490.

TASSINARI, C.C.G. Resultados das idades K/Arem Rondônia. Porto Velho:CPRM, 1993. (Relató-rio Interno).

TAUSON, L. V. Geochemistry and metallogeny of theLatitic series. Inter. Geol. Rev., n.25, p.125-135, 1983.

TAYLOR, S. R. The apllication of trace element datato problems in petrology. In.: Ahrens, C. A. RANKA-NA, K. & RUYICORN, S. L. (ed.), Physics and che-mistry of the Earth, p.133-213.

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 234: Rel Mato Grosso

234

TAYLOR, S. R.; McLENNAN, S. M. The continentalcrust. Oxford: Blackwell, 1985. 312p.

TEIXEIRA, L. B. Evidência geofísica de rifts precur-sores nas bacias paleozóicas do Amazonas, Para-ná, Parecis, Parnaíba, Solimões e Alto Tapajós. In.:MELO, J.H.G.; TERRA, G.J.S. (Ed.). Correlação deSeqüências Paleozóicas Sul-americanas. Rio de Ja-neiro: Petrobras, 2001. 7 p.(Ciência-Técnica-Petró-leo. Seção Exploração de Petróleo, 20). 1 CD-Rom.

TEIXEIRA, N. A. Assoalho Oceânico no ComplexoUltramáfico do Quatipuru (PA). Implicações Geo-tectônicas para a Faixa Móvel Araguaia. In: CON-GRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 39, 1996.Anais...Salvador: SBG, 1996. v.6, p.117-120.

TEIXEIRA, N. P.Contribuição ao estudo das rochasgranitóides e mineralizações associadas da SuiteIntrusiva Velho Guilherme, Província Estanífera do Suldo Pará. 507p. 1999. Tese (Doutorado). Instituto deGeociências, USP-Universidade de São Paulo, SãoPaulo, 1999. 2v.

TEIXEIRA, S. G.; BORGES, M. S.; GUEDES, O.;FIALHO, R. Ecologia da Paisagem e a Indicaçãode Áreas de Risco do Programa de Macrodrena-gem da Bacia do Una no Bairro da Pedreira. In.:SIMPÓSIO DE GEOLOGIA DA AMAZÔNIA, 7, 2001,Belém. Resumos Expandidos ... Belém: SBG

TEIXEIRA, W.; AKIMOTO, H.; SIGA JR., O.; SATO,K. A evolução geocronológica dos terre-nos graní-tico-gnáissico-migmatíticos ao sul da Faixa Canas-tra, sudoeste de Minas Gerais. In.: SIMPOSIO DEGEOLOGIA DE MINAS GERAIS, 5, 1989, Belo Hori-zonte. Anais ... Belo Horizonte: SBG-Núcleo deMinas Gerais, 1989. Boletim 10, p.243-246.

TEIXEIRA, W.; TASSINARI, C. C. G. Caracterizaçãogeocronológica da Província Rondoniana e suasimplicações geotectônicas. In.: SYMPOSIUM AMA-ZONICO, 2, 1984, Manaus. Anais ... Manaus: DNPM,1984. 517p.p.87-102.

TEIXEIRA, W.; TASSINARI, C. C. G. Estudo geocro-nológico da Folha SA.20 Manaus. Belém: ProjetoRADAMBRASIL, 1977. 16p.Rel. Interno.

TOHVER, E.; VAN DER PLUIJM, B. A .; SCANDO-LARA, J. E.; GERALDES, M. C. Rodinia and theAmazonia-Laurentia connection: preliminary D-P-T-tresults in western Brazil. GSA Meeting. Denver (CO)-USA. Abstracts, 2000.

TOLEDO, F. H. Mineralização e alteração hidroter-mal do depósito de ouro do Cabaçal, Mato Grosso.1997. 86p. Dissertação (Mestrado) - UNICAMP, Cam-pinas, 1997.

TORRES, L. C. de A.; THEODOROVICS, A.; CA-VALCANTE, J. C.; ROMANINI, S. J.; RAMALHO, R.Projeto Sudoeste de Rondônia. Relatório Final. Por-to Velho: DNPM/CPRM, 1979. 7v.

TOSDAL, R. M.; BETTENCOURT, J. S. U-Pb zircon

ages and Pb isotopic compositions of middle pro-terozoic rondonian massifs, southwestern margin ofthe Amazon Craton, Brazil. In.: CONGRESSO GE-OLOGICO CHILENO, 7, 1994. V.11, p.1538-1541.

TOSDAL, R. M.; BETTENCOURT, J. S.; LEITE Jr.,W. B.; PAYOLLA, B. L. Pb isotopic compositionsfrom middle proterozoic rondonian rapakivi massi-fs, southwestern margin of the Amazonian Craton,Brazil. In.: DALL’AGNOL, R.; MACAMBIRA, M.J.B.;COSTI, H.T. (Eds.). SYMPOSIUM ON RAPAKIVIGRANITES AND RELATED ROCKS, 1, 1995, Belém.Abstracts Volume. Belém: Center for Geosciences.University Federal of Para, 1995. 88p.p.78-79.

VALENTE, C. R. Imagens TM-Landsat 5 e Fusão deImagens ((IHS) TM com dados aerogeofísicos e geo-químicos (Au, Fe, Cr em sedimentos de corrente).Goiânia: CPRM, 2001. CD Rom

VALENTE, C. R., LACERDA FILHO, J. F., RIZZOT-TO, G. J., LOPES, R. C., ROMANINI, S. J.,OLIVEIRA, I. W. B., SACHS, L. L. B., SILVA, V. A.,BATISTA, I. H. Folha SE.22-Goiânia. In.: SCHOBBE-NHAUS, C., GONÇALVES, J. H., SANTOS, J. O. S.,ABRAM, M. B., LEÃO NETO, R., MATOS, G. M. M.,VIDOTTI, R. M., RAMOS, M. A. B., JESUS, J. D. A.de (eds.). Carta Geológica do Brasil ao Milionésimo,Sistema de Informações Geográficas. Programa Ge-ologia do Brasil. Brasília:CPRM, 2004. CD-Rom.

VALENTE, C. R., LACERDA FILHO, J. V., RIZZOT-TO, G. J., BAHIA, R. B. C., QUADROS, M. L. E. S.,LEITE, S. R., LOPES, R. C., OLIVEIRA, I. W. B., OLI-VEIRA, C. C., SACHS, L. L. B., SILVA, V. A., BATIS-TA, I. H., Folha SD.21-Cuiabá. In.: SCHOBBENHAUS,C., GONÇALVES, J. H., SANTOS, J. O. S., ABRAM,M. B., LEÃO NETO, R., MATOS,.G. M. M., VIDOTTI,R. M., RAMOS, M. A. B., JESUS, J. D. A. de (eds.).Carta Geológica do Brasil ao Milionésimo, Sistemade Informações Geográficas. Programa Geologia doBrasil. Brasília:CPRM, 2004. CD-Rom.

VASQUES, M. L.; QUADROS, M. L. E. S.; BAHIA,R. B. C.; SANTOS, A.; RICCI, P. S. F.; SCHETT, R.;SILVA, C. M. C.; MACAMBIRA, M. J. B. Magmatis-mo Uatumã na Província Tapajós. Novos dadosgeocronológicos. In.: SIMPÓSIO DE GEOLOGIA DAAMAZÔNIA, 6, 1999, Manaus. Boletim deResumos…Manaus: SBG-Sociedade Brasileira deGeologia, 1999. p.471-474.

VASQUEZ, M. L., RICCI, P.dos S. F., KLEIN, E. L.,SANTOS, A.; MARTINS, R. C. Descrição das unida-des litoestratigráficas e litodêmicas In.: VASQUEZ,M.L., KLEIN, E.L. (org). Projeto Especial ProvínciaMineral do Tapajós. Geologia e recursos mineraisda folha Rio Novo (SB.21-Z-C). Estado do Pará. Es-cala 1:250.000. Nota explicativa. Belém: CPRM-Ser-viço Geológico do Brasil, 2000.

VASQUEZ, M. L.; RICCI, P. S. F.; KLEIN, E. L. et al.Descrição das unidades litoestratigráficas e litodê-

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 235: Rel Mato Grosso

235

micas In: KLEIN, E. L.; VASQUEZ, M. (Org.) ProjetoEspecial Província Mineral do Tapajós: geologia erecursos minerais da folha Vila Riozinho (SB.21-Z-A). Estado do Pará. Escala 1:250.000. Nota explica-tiva. Belém: CPRM, 2000.

VASQUEZ, M. L.; RICCI, P. S. F.; KLEIN, E. L. Grani-tóides pós-colisionais da porção leste da Provín-cia Tapajós. In: Klein, E. L.; Vasquez, M. L.; Rosa-Costa, L. T. (eds). Contribuições à Geologia daAmazônia. Belém: SBG – Núcleo Norte (SBG-NO),2002. v.3. p.67-83.

VIANA, M. G. et al. O Arco Magmático de MaraRosa, Goiás: Dados Geoquímicos e Geocronoló-gicos e suas Implicacões Regionais. Rev. Bras.Geociências, São Paulo, v.25, n.2, p.111-123, 1995

VIANA, M. G. Geocronologia e Geoquímica dasRochas Ortognáissicas e Metavulcânicas da Regiãode Mara Rosa, Norte de Goiás. 1995. 118p. (Disser-tação de Mestrado) - Instituto de Geociências, Uni-versidade de Brasília - UnB, Brasília, 1995.

VIEGAS FILHO, J. de R.; BONOW, C. de W. ProjetoSeis Lagos. Relatório Final. Manaus: DNPM, 1977.

VIEIRA, A. J. Estratigrafia e estrutura da região deRondonópolis, MT. Ponta Grossa. PETROBRÁS-DEBSP, 1985 (Relatório Técnico Interno, 302).

VIEIRA, A. J. Geologia do Centro-Oeste de MatoGrosso. Ponta Grossa. PETROBRÁS-DEBSP, 1965.79 p.(Relatório Técnico Interno, 379).

WERNICK, E. A type granites and post-colliosionalrapakivi granites. In.: BETTENCOURT, J. S.; TEIXEI-RA, W.; PACCA, I. I. G.; GERALDES, M. C.; SPAR-RENBERGER, J. (eds.). Workshop Geology of theSW Amazonian Craton: State-of the – art. Extendedabstract.. São Paulo: University of São Paulo,2001.156p.

WESKA, R. K. “Placers” diamantíferos da região deÁgua Fria-Chapada dos Guimarães, MT. 170p.1987.Tese (Dissertação de Mestrado). Instituto de Geo-ciências – Universidade ade Brasília – UnB, 1987.(Mapa Geológico, escala 1: 50.000)

WESKA, R. K.; BITTENCOURT, R. D.; PISANI, J. R.T.; ARRAIS, J. C. DE P.; MACIEL, M. A. C.; RIBEI-RO, J. M.; KATO, S. L. R.; ARAÚJO, S. A. de.;Rosestolato Filho, A. A Estratigrafia, a EvoluçãoTectônica e o Diamante do Grupo Bauru da Re-gião de Poxoréo, MT. In.: SIMPÓSIO BRASILEIRODE GEOLOGIA DO DIAMANTE, 1., 1993, Cuiabá.Anais...Cuiabá: Ed. UFMT – Gráfica Universitária,1993. p.208-228

WESKA, R. K.; DANNI, J. C. M.; DARDENNE, M. A.;PERIN, A. L.; Contribuição a Estratigrafia do GrupoBauru na Região da Chapada dos Guimar~es – MT.In: CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 35,1988, Bélem. Anais...Bélem: SBG, 1988.

WESKA, R. K.; LEONARDOS, H. O.; GONZAGA, G.

M. (ed.) Simpósio Brasileiro de Geologia do Dia-mante, 1. Cuiabá: Ed. UFMT, 1993. (Publicaçãoespecial 01/93).

WESKA, R. K.; PERIN, A. L.; BITTENCOURT, R. D.1991. “Placers” Diamantíferos na Chapada dosGuimarães, Mato Grosso, Brasil. In: SIMPÓSIO DEGEOLOGIA DO CENTRO-OESTE, 3., 1991, Cuia-bá. Anais...Cuiabá: Sociedade Brasileira de Geo-logia. v.1, p.200-210.

WESKA, R. K.; SVISERO, D. P. Uma síntese do co-nhecimento sobre as rochas de natureza kimberlíti-ca da porção sul do Cráton Amazônico, no Estadode Mato Grosso. In.: BETTENCOURT, J. S.; TEIXEI-RA, W.; PACCA, I. G.; GERALDES, M. C.; SPAR-RENBERGER, I. (Eds.). Workshop on Geology of theSW Amazonian Craton: State-of-the-Art, 2001. SãoPaulo. Extended Abstracts. São Paulo: Institute ofGeosciences-University of São Paulo, 2001.186p.p.140-144.

WESKA, Ricardo Kalikowski; PERIN, Alfredi Luiz &BITTENCOURT ROSA, Deocleciano. Placers dia-mantíferos na Chapada dos Guimarães, Mato Gros-so, Brasil. In.: SIMPÓSIO DE GEOLOGIA DO CEN-TRO-OESTE, 3, 1991, Goiânia. Anais ... Goiânia:SBG, 1991. p.200-210.

WHALEN, J. B.; CURRIE, K. L.; CHAPPEll, B. W. A-types granites: geochemical characteristics, discri-mination and petrogenesis. Cont. Mineral. Petrol.,95, p.407-419, 1987.

WHITE, L. C. Geologia do Sul do Brasil (Geology ofSouth Brazil). Trad. Manuel J. Ornelas, B. In.: Di-rect. Agric. Viação Ind. Obras Públ., Salvador, v.8,n.6, p.582-86, 1906 .

WILDNER, Wilson.Projeto Província Mineral Alta Flo-resta. Seqüências vulcano e Metavulcano - Sedimen-tares da Região de Alta Floresta. Porto Alegre:CPRM, 2001. 11p.(Relatório de Campo)

ZAINE, M. F. & FAIRCHILD, T. R. Consideraçõespaleoambientais sobre a Formação Araras, FaixaParaguai, Estado de Mato Grosso. In.: CONGRES-SO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 37, 1992. SãoPaulo, Boletim de Resumos expandidos..., SãoPaulo: SBG, 1992. v.2, p.474-475. 11

ZAINE, M. F. & FAIRCHILD, T. R. Ichnofóssils andpossible Impressions of soft-bodie animals in theRaizama Formation (Alto Paraguai Grup.Vendian –Cambrian), Mato Grosso, Brazil. Anais Acad. Bras.de Ciências, v.68, n.4, p.597, 1996.

ZAINE, M. F. Análise dos fósseis de parts da faixaParaguai (MS, MT) e seu contexto temporal e paleo-ambiental. 1991. 215p. Tese. (Doutorado) - Institu-to de Geociências, Universidade de São Paulo, SãoPaulo, 1991.

ZALÁN, P.V.; ASTOLFI, M. A. M.; VIEIRA, I. S. et al.The Paraná basin, Brazil. Tulsa: AAPG Memoir, n.51,p.681-708, 1990.

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Page 236: Rel Mato Grosso

ANEXOS

Page 237: Rel Mato Grosso

RECURSOS MINERAIS DO ESTADO DE MATO GROSSO

NÚMERO CÓDIGOSEQUÊNCIAL GEOBANK LATITUDE LONGITUDE

1 25967 SERRA DA PROVIDÊNCIA RONDOLÂNDIA Estânho 10º13'34" 61º34'13" (Não determinado) Irregular2 48348 RONDÔNIA COM. E EXTR. DE MIN. LTDA RONDOLÂNDIA Granito 10º41'19" 61º27'32" Mina Irregular R. M. 1.424.070 t3 25577 SÃO FRANCISCO COLNIZA Estânho 09º15'17" 61º22'54" Mina Placer R. M. 13.176.494 m34 25960 FAG II COLNIZA Estânho 09º16'06" 61º18'32" Garimpo Placer5 25555 IGARAPÉ DEZ DIAS COLNIZA Ouro 09º29'23" 61º14'43" Garimpo Placer6 25690 RIO CABIXI COMODORO Ouro 13º19'05" 60º21'48" Garimpo Placer7 25455 MORRO SEM BONÉ COMODORO Niquel 13º45'30" 60º20'30" Não explotado Lateriota R. M. 36.900.000 t8 25642 RIO COLORADO COMODORO Ouro 13º51'10" 60º19'59" Garimpo Placer9 25456 MORRO DO LEME COMODORO Niquel 13º59'45" 60º10'20" Não explotado Lateriota R. M. 14.300.000 t

10 25383 SERRA AGUAPEI VILA BELA DA SANTISSIMA TRINDADE Ouro 15º06'00" 59º59'32" Garimpo Filonaeane11 25824 RIO ALEGRE VILA BELA DA SANTISSIMA TRINDADE Ouro 15º06'00" 59º58'00" (Não determinado) Placer12 25450 JUINA JUINA Diamante 11º21'20" 59º52'27" Garimpo Placer13 25382 MINA SÃO VICENTE; JAZIDA DE SÃO FRANCISCO VILA BELA DA SANTISSIMA TRINDADE Ouro 14º33'18" 59º47'01" Mina Filoneana14 25806 JUINA JUINA Diamante 11º18'33" 59º45'51" Garimpo Placer15 25408 NOVA LACERDA NOVA LACERDA Brita 14º09'59" 59º39'00" Mina Irregular16 25409 FAZENDA SÃO SEBASTIÃO-VILA BELA VILA BELA DA SANTISSIMA TRINDADE Brita 16º11'08" 59º37'26" Mina Irregular17 25410 SERRA DO EXPEDITO ARIPUANA Chumbo 10º04'41" 59º29'55" Não explotado Irregular R. M. 22.300.000 t18 25443 GARIMPO DO BOM SUCESSO COLNIZA Ouro 09º38'10" 59º27'16" Garimpo Placer19 25852 AGUAPEI PONTES E LACERDA Ouro 15º23'22" 59º22'00" Garimpo Filoneana20 25809 RIO GUAPORE PONTES E LACERDA Ouro 15º13'05" 59º20'40" Não explotado Placer21 25825 CÓRREGO SEGUNDO PONTES E LACERDA Cobre 15º37'13" 59º19'34" Não explotado Irregular22 25826 AFLUENTE DO CÓRREGO DA ONÇA PONTES E LACERDA Ouro 15º18'41" 59º19'09" (Não determinado) Filoneana23 25853 GARIMPO DO ALEGRE PONTES E LACERDA Ouro 15º28'14" 59º19'09" Garimpo Placer24 25386 PONTES E LACERDA PONTES E LACERDA Ouro 15º00'00" 59º17'00" Garimpo Filoneana25 25849 GARIMPO DA LAVRINHA; PONTES E LACERDA PONTES E LACERDA Ouro 15º21'44" 59º16'52" Garimpo Filoneana26 25847 SERRA AZUL PONTES E LACERDA Ouro 15º22'58" 59º16'21" Garimpo Filoneana27 25387 MATO GROSSO PONTES E LACERDA Ouro 15º20'23" 59º16'07" Garimpo Placer28 25834 REGIÃO DO CÓRREGO DA LAVRINHA PONTES E LACERDA Ouro 15º16'00" 59º16'00" (Não determinado) Filoneana29 25841 MATO GROSSO PONTES E LACERDA Ouro 15º22'43" 59º16'00" Garimpo Filoneana30 25843 AGUAPEI PONTES E LACERDA Ouro 15º19'33" 59º16'00" Garimpo Filoneana31 25851 SERRA AGUAPEI PONTES E LACERDA Ouro 15º21'00" 59º15'58" Garimpo Filoneana32 25850 SERRA AGUAPEI PONTES E LACERDA Ouro 15º20'25" 59º15'50" Garimpo Filoneana33 25854 GROTA PONTES E LACERDA Ouro 15º28'46" 59º15'24" Garimpo Placer34 25846 SERRA AZUL PONTES E LACERDA Ouro 15º20'13" 59º15' 20" Garimpo Placer35 25842 AGUAPEI PONTES E LACERDA Ouro 15º21'12" 59º15'13" Garimpo Filoneana36 25823 FAZENDA LAVRINHA; PONTES E LACERDA PONTES E LACERDA Ouro 15º18'00" 59º15'00" Garimpo Filoneana37 25827 RIO ALEGRE; FAZENDA CERRO AZUL PONTES E LACERDA Cobre 15º35'19" 59º14'42" Não explotado Irregular38 25848 PONTES E LACERDA PONTES E LACERDA Ouro 15º21'18" 59º14'21" Garimpo Filoneana39 25845 MATO GROSSO PONTES E LACERDA Ouro 15º22'30" 59º12'54" Garimpo Filoneana40 25397 ALTO GUAPORE PONTES E LACERDA Cobre 15º41'10" 59º12'37" Não explotado Irregular41 25844 AGUAPEI PONTES E LACERDA Ouro 15º23'05" 59º12'30" Garimpo Filoneana42 25828 SERRA DO AGUAPEÍ PONTES E LACERDA Cobre 15º35'46" 59º12'29" Não explotado Irregular43 25421 GARIMPO ARIPUANÃ ARIPUANA Ouro 10º08'00" 59º12'00" Garimpo Filoneana44 25829 FAZENDA MINOURO PORTO ESPERIDIAO Cobre 15º46'29" 59º11'40" Não explotado Irregular45 25831 RIO DO CÁGADO PONTES E LACERDA Ouro 15º28'38" 59º10'41" Não explotado Irregular46 25830 FAZENDA MINOURO GLORIA D'OESTE Cobre 15º44'59" 59º10'16" Não explotado Irregular47 25420 MORIRU COLNIZA Ouro 08º53'00" 59º10'00" Garimpo Filoneana48 25384 ALTO GUAPORE PORTO ESPERIDIAO Ouro 15º40'05" 59º09'09" Garimpo Filoneana49 48483 FAZENDA CHICÓRIA-PIPER ACURI LL JUINA Diamante 11º21'12" 59º08'06" Garimpo Piper50 25388 MATO GROSSO PONTES E LACERDA Ouro 15º25'48" 59º08'03" Garimpo Filoneana51 48484 FAZENDA CHICÓRIA-PIPER ACURI L JUINA Diamante 11º21'16" 59º07'39" Garimpo Piper52 25771 JUINA JUINA Diamante 11º24'53" 59º07'16" Garimpo Placer53 48485 FAZENDA CHICÓRIA-PIPER JUINA Diamante 11º21'01" 59º07'13" Garimpo Piper54 25805 JUINA JUINA Diamante 11º21'45" 59º06'53" Garimpo Placer55 48531 SÃO LUIZ-03-JUINA JUINA Diamante 11º31'08" 59º05'48" (Não determinado) Piper56 48477 DIAGEM DO BRASIL S/A-JUINA JUINA Diamante 11º21'00" 59º05'45" (Não determinado) Piper57 25770 JUINA JUINA Diamante 11º26'41" 59º05'42" Garimpo Placer58 48481 DIAGEM DO BRASIL S/A-JUINA JUINA Diamante 11º21'20" 59º05'21" Mina Piper R. M. 13.928.700 t59 25832 RIO AGUAPEI PORTO ESPERIDIAO Niquel 15º49'05" 59º05'07" (Não determinado) Irregular60 25407 GLEBA ADRIANÓPOLIS; PONTES E LACERDA JAURU Brita 15º27'00" 59º05'00" Mina Irregular61 25451 JUINA JUINA Diamante 11º21'17" 59º02'05" Garimpo Placer62 25369 55 KM A NOROESTE DE PORTO ESPIRIDIÃO PORTO ESPERIDIAO Granito 15º47'04" 59º01'17" Não explotado Irregular63 25398 PONTES E LACERDA PONTES E LACERDA Cobre 15º05'02" 58º59'58" Não explotado Placer64 25769 JUINA JUINA Diamante 11º29'21" 58º59'30" Garimpo Placer65 25411 FILADELPHIA/ARIPUANA JUINA Manganês 11º04'28" 58º58'43" Não explotado Irregular66 48300 SL MINERAÇÃO LTDA-JUINA JUINA Diamante 11º29'23" 58º58'20" Mina Placer67 48301 PEDREIRA PALLUS-ALTA FLORESTA ALTA FLORESTA Granito 09º49'16" 58º58' 20" Mina Irregular R. M. 570.641 m368 48524 SÃO LUIZ-01-JUÍNA JUINA Diamante 11º31'30" 58º53'18" (Não determinado) Placer69 25375 7 KM A NOROESTE DE FIGUEIRÓPOLIS FIGUEIROPOLIS D'OESTE Granito 15º26'53" 58º48'02" Não explotado Irregular70 25385 JAURU JAURU Ouro 15º12'00'' 58º44'00" Garimpo Filoneana71 25399 MATO GROSSO INDIAVAI Cobre 15º14'19" 58º42'46" Não explotado Irregular

MORFOLOGIA ECONOMICOSUBSTÂNCIATOPONIMIA MUNICÍPIOCOORDENADAS

STATUS

Page 238: Rel Mato Grosso

72 48354 ARIPUANÃ-MT170 CASTANHEIRA Ferro 10º56'30" 58º41'11" Não explotado Estratiforme73 25400 MATO GROSSO FIGUEIROPOLIS D'OESTE Cobre 15º36'49" 58º39'10" Não explotado Irregular74 25401 MATO GROSSO INDIAVAI Cobre 15º20'43'' 58º35'33" Não explotado Irregular75 25402 JAURU INDIAVAI Cobre 15º26'52'' 58º35'17" Não explotado Irregular76 25403 JAURU FIGUEIROPOLIS D'OESTE Cobre 15º41'19" 58º35'08" Não explotado Irregular77 25374 FAZENDA JATAÍ; 4 KM DE ÁGUAS CLARAS INDIAVAI Granito 15º29'51" 58º33'58" Não explotado Irregular78 25833 RIO JAURU GLORIA D'OESTE Cobre 15º41'51" 58º33'11" Não explotado Irregular79 25804 GARIMPO JURUENA NOVA BANDEIRANTES Ouro 09º09'43" 58º32'43" Garimpo Placer80 25810 5 KM A NORTE DO POVOADO DE NORTELÂNDIA ARAPUTANGA Cobre 15º15'16" 58º29'14" Não explotado Irregular81 25392 ARAPUTANGA ARAPUTANGA Cobre 15º15'35" 58º26'28" Não explotado Irregular82 25811 13 KM A NOROESTE DE ARAPUTANGA ARAPUTANGA Cobre 15º25'13" 58º26'28" Não explotado Irregular83 25372 20 KM A SUDOESTE DE SÃO JOSÉ DOS QUATRO MARCOS SAO JOSE DOS QUATRO MARCOS Granito 15º37'50" 58º26'21" Não explotado Irregular84 25393 ARAPUTANGA ARAPUTANGA Cobre 15º27'24" 58º26'10" Não explotado Irregular85 25416 CLAREIRA; NOVO ASTRO NOVA BANDEIRANTES Ouro 09º11'21" 58º24'44" Garimpo Placer86 25835 7 KM A SUDOESTE DE ARAPUTANGA SAO JOSE DOS QUATRO MARCOS Cobre 15º32'51" 58º24'35" Não explotado Irregular87 25370 FAZENDA IPIRANGA; 20 KM A SUDOESTE DE SÃO JOSÉ SAO JOSE DOS QUATRO MARCOS Granito 15º39'20" 58º24'27" Mina Irregular88 25813 2;5 KM A NOROESTE DE ARAPUTANGA ARAPUTANGA Cobre 15º28'13" 58º24'27" Não explotado Irregular89 25812 5 KM A NOROESTE DE ARAPUTANGA ARAPUTANGA Cobre 15º27'32" 58º22'38" Não explotado Irregular90 25837 6 KM A NORTE DO POVOADO DE TABULETA GLORIA D'OESTE Cobre 15º45'40" 58º20'22" Não explotado Irregular91 25836 8;5 KM A SUL DE ARAPUTANGA SAO JOSE DOS QUATRO MARCOS Cobre 15º33'32" 58º20'06" Não explotado Irregular92 25377 ARAPUTANGA ARAPUTANGA Pirita 15º29'43" 58º19'58" Não explotado Irregular93 25380 ARAPUTANGA GLORIA D'OESTE Pirita 15º48'24" 58º19'58" Não explotado Irregular94 25814 4;5 KM A SUL DE ARAPUTANGA ARAPUTANGA Cobre 15º30'57" 58º19'49" Não explotado Irregular95 25379 ARAPUTANGA GLORIA D'OESTE Pirita 15º47'02" 58º19'24" Não explotado Irregular96 25776 GARIMPO NOVO ASTRO NOVA BANDEIRANTES Ouro 09º12'25" 58º19'05" Garimpo Placer97 25404 MATO GROSSO GLORIA D'OESTE Cobre 15º46'16" 58º17'53" Não explotado Irregular98 25839 4 KM A NORDESTE DO POVOADO DE TABULETA GLORIA D'OESTE Cobre 15º48'49" 58º17'53" Não explotado Irregular99 25838 POVOADO DE TABULETA GLORIA D'OESTE Cobre 15º47'35" 58º17'11" Não explotado Irregular100 25857 GARIMPO MATO GROSSO RIO BRANCO Ouro 15º17'30" 58º14'00" Garimpo Filoneana101 25405 MATO GROSSO SAO JOSE DOS QUATRO MARCOS Cobre 15º24'08" 58º3 '2" Não explotado Irregular102 25389 GREENSTONE JAURU RIO BRANCO Ouro 15º19'00" 58º13'00" Garimpo Filoneana103 25381 CABAÇAL ARAPUTANGA Ouro 15º20'06" 58º12'29" Mina Filoneana R. M. 1.200.000 t104 25394 MARGEM ESQUERDA DO RIO BRANCO RIO BRANCO Cobre 15º20'35" 58º12'20 Não explotado Irregular105 25815 MARGEM DIREITA DO RIO BRANCO SALTO DO CEU Cobre 15º01'22" 58º12'03" Não explotado Irregular106 25816 MARGEM DIREITA DO RIO BRANCO SALTO DO CEU Cobre 15º04'38" 58º11'30" Não explotado Irregular107 25817 MARGEM DIREITA DO RIO BRANCO SALTO DO CEU Cobre 15º04'38" 58º10'32" Não explotado Irregular108 25819 MARGEM DIREITA DO RIO BRANCO SALTO DO CEU Cobre 15º05'27" 58º10'15" Não explotado Irregular109 25395 SALTO DO CÉU SALTO DO CEU Cobre 15º03'49" 58º09'50" Não explotado Irregular110 25818 MARGEM DIREITA DO RIO BRANCO SALTO DO CEU Cobre 15º02'44" 58º09'50" Não explotado Irregular111 25390 GREENSTONE JAURU SAO JOSE DOS QUATRO MARCOS Ouro 15º25'00" 58º09'32" Garimpo Filoneana112 25820 LEITO DO RIO BRANCO (MT) SALTO DO CEU Cobre 15º01'55" 58º09'08" Não explotado Irregular113 48139 RODOVIA BR 364- CÁCERES GLORIA D'OESTE Dolomito 15º50'26" 58º09'00" Não explotado Estratificada114 25840 SALTO DO CÉU; RIO BRANCO SALTO DO CEU Cobre 15º03'16" 58º08'53" Não explotado Irregular115 25858 GARIMPÃO RIO BRANCO Ouro 15º23'36" 58º08'27" Garimpo Placer116 25822 MARGEM ESQUERDA DO RIO BRANCO SALTO DO CEU Cobre 15º05'11" 58º08'10" Não explotado Irregular117 25821 MARGEM ESQUERDA DO RIO BRANCO SALTO DO CEU Cobre 15º03'16" 58º07'53" Não explotado Irregular118 48097 SUDOESTE DO POVOADO DE SONHO AZUL MIRASSOL D'OESTE Calcário 15º47'35" 58º05'23" Não explotado Estratificada119 25406 MATO GROSSO LAMBARI D'OESTE Cobre 15º21'16" 58º04'42" Não explotado Irregular120 25373 FAZENDA URUTAU; 18 KM DE MIRASSOL D´OESTE MIRASSOL D'OESTE Granito 15º35'36" 58º04'38" Mina Irregular121 10215 IMPERIO - FAZENDA SÃO JOAQUIM CACERES Calcário 15º49'58" 58º03'51" Mina Estratificada122 25396 7;5 KM A LESTE DO RIO BRANCO RIO BRANCO Cobre 15º14'35" 58º02'29" Não explotado Irregular123 48906 2FI 0001 MT CAMPO NOVO DO PARECIS Gás Natural 14º05'09" 57º59'39" Não explotado124 48134 12 KM A SUL DE LAMBARI D:OESTE LAMBARI D'OESTE Calcário Calcítico 15º24'31" 57º57'30" Não explotado Estratificada125 10213 TAPIRAPUÃ- FAZENDA TANGARÁ TANGARA DA SERRA Calcário Dolomítico 14º49'43" 57º51'34" Mina Estratificada R. M. 185.985.421 t126 10214 CAMIL - FAZENDA PRIMAVERA CACERES Calcário Dolomítico 16º12'00" 57º34'44" Mina Estratificada127 48098 15 KM A SUDOESTE DO POVOADO DE SANTANA CACERES Dolomito 15º59'10" 57º34'02" Não explotado Estratificada128 41771 PEDREIRA PERAL; A 8 KM DA CIDADE DE JUARA JUARA Granito 11º14'59" 57º33'51" Mina Irregular129 48344 FILÃO DO GENTIL APIACAS Ouro 09º22'21" 57º32'24" Garimpo Filoneana130 11943 SÍTIO QUEIMA PÉ TANGARA DA SERRA Basalto 14º39'01" 57º31'33" Mina Irregular R. M. 4.148.611 m3131 48099 11 KM A SUDOESTE DO POVOADO DE SANTANA CACERES Dolomito 15º59'51" 57º30'41" Não explotado Estratificada132 39599 SÍTIO SANTO ANTONIO ESTRADA 5 KM-5 TANGARA DA SERRA Água Mineral 14º39'00" 57º28'00" Mina Irregular 8.500 l/h133 48345 FILÃO DO RAIMUNDO-SÁTELITE APIACAS Ouro 09º24'40" 57º24'03" Garimpo Filoneana134 25775 GARIMPO NOVO SATÉLITE APIACAS Ouro 09º20'32" 57º23'27" Garimpo Placer135 25772 GARIMPO AFONSO APIACAS Ouro 09º18'54" 57º20'43" Garimpo Placer136 25415 TIÃO FERA; BAIXAO ÁGUA AZUL APIACAS Ouro 09º25'02" 57º19'20" Garimpo Placer137 48101 11 KM A NE DA FAZ. CACHOEIRINHA PORTO ESTRELA Dolomito 15º38'43" 57º18'13" Não explotado Estratificada138 48135 6 KM A SUDESTE DA FAZ. CACHOEIRINHA-CÁCERES PORTO ESTRELA Dolomito 15º46'21" 57º17'38" Não explotado Estratificada139 48349 FILÃO DO JORGE APIACAS Ouro 09º22'55" 57º13'45" Garimpo Placer140 25749 NOVO PLANETA; BAIXÃO MARABÁ APIACAS Ouro 09º21'04" 57º13'38" Garimpo Placer141 48350 LAGOA DO JABUTI-APIACÁS APIACAS Calcário Dolomítico 08º58'25" 57º10'00" Mina Estratificada142 25773 GARIMPO NOVO PLANETA APIACAS Ouro 09º26'28" 57º09'48'' Garimpo Placer143 48102 CÓRREGO TRÊS RIBEIRÕES-CÁCERES PORTO ESTRELA Dolomito 15º30'41" 57º07'05' Não explotado Estratificada144 25774 GARIMPO BRUNO APIACAS Ouro 09º20'00" 57º05'27" Garimpo Placer145 48103 15 A NORDESTE DA FAZENDA SANGRADOURO NOSSA SENHORA DO LIVRAMENTO Dolomito 15º49'29" 57º02'17" Não explotado Estratificada146 48104 20 KM LESTE DE PORTO ESTRÊLA-BARRA DOS BUGRES PORTO ESTRELA Dolomito 15º18'41" 57º02'05" Não explotado Estratificada

Page 239: Rel Mato Grosso

147 48295 MINERAÇÃO BOMFIM-APIACÁS PARANAITA Ouro 09º13'37" 57º02'03" Garimpo Placer148 48143 RIO JAUQUARA-OESTE DA SERRA DAS ARARAS PORTO ESTRELA Dolomito 15º15'28" 56º58'44" Não explotado Estratificada149 48209 ÁGUA BONINI-N.SRA DO LIVRAMENTO NOSSA SENHORA DO LIVRAMENTO Água Mineral 15º38'44" 56º55'44" Mina Irregular150 48105 FAZENDA ITAIPU-ALTO PARAGUAI BARRA DO BUGRES Dolomito 15º14'15" 56º54'18" Não explotado Estratificada R. M. 4.576.000 t151 41774 FAZENDA JACARANDÁ; 122 KM A W DE ALTA FLORESTA ALTA FLORESTA Granito 09º31'51" 56º53'35" Não explotado Irregular152 10207 ARROSSENSAL NORTELANDIA Diamante 14º19'00" 56º49'00" Mina Placer153 48106 FAZENDA MONTE ALEGRE-SERRA DAS ARARAS ROSARIO OESTE Dolomito 15º27'25" 56º48'42" Não explotado Estratificada154 48179 RIO SANTANA =ALTO PARAGUAI NORTELANDIA Diamante 14º27'00" 56º46'60" Garimpo Placer155 48060 PERIMETRO URBANO DA CIDADE DE POCONÉ POCONE Ouro 16º16'02" 56º46'01" Garimpo Filoneana156 48188 PERIMETRO URBANO DE POCONÉ POCONE Ouro 16º16'00" 56º46'00" Garimpo Filoneana157 48141 POCONÉ POCONE Dolomito 15º59'35" 56º45'45" Não explotado Estratificada158 48107 FAZENDA ENGENHO-SERRA DO TOMBADOR ROSARIO OESTE Dolomito 15º03'43" 56º44'42" Não explotado Estratificada159 48062 PERIMETRO URBANO DA CIDADE DE POCONÉ POCONE Ouro 16º1' 0"1 56º43'01" Garimpo Filoneana160 48148 RIO PARAGUAI-CORR. QUEIMADA- ALTO PARAGUAI ALTO PARAGUAI Diamante 14º38'27" 56º42'05" Garimpo Placer161 10210 BAUXI - MOENDA ROSARIO OESTE Calcário Calcítico 15º08'23" 56º41'25" Mina Estratificada R. M. 240.867.906 t162 48202 FAZENDA SÃO PAULO POCONE Ouro 16º04'08" 56º41'03" Garimpo Filoneana163 48140 NOSSA SRA DO LIVRAMENTO POCONE Dolomito 15º48'27" 56º39'51' Não explotado Estratificada164 48133 FAZENDA VARGEM BONITA-POCONÉ POCONE Ouro 16º04'12" 56º39'33" Garimpo Filoneana165 48061 PERIMETRO URBANO DA CIDADE DE POCONÉ POCONE Ouro 16º14'32" 56º39'29" Garimpo Filoneana166 48200 GARIMPO DO SILVIO-POCONÉ POCONE Ouro 16º18'09" 56º39'08" Garimpo Filoneana167 48294 GARIMPO AGROPECUÁRIA MOGNO ALTA FLORESTA Ouro 09º56'30" 56º38'48" Garimpo Placer168 48201 GARIMPO DO MAURICIO-POCONÉ POCONE Ouro 16º13'31" 56º38'47" Garimpo Filoneana169 48185 PERIMETRO URBANO DA CIDADE DE POCONÉ POCONE Ouro 16º17'16" 56º38'41" Garimpo Filoneana170 48093 SUDOESTE DA FAZENDA SÃO JOSE -ROSÁRIO OESTE ROSARIO OESTE Dolomito 14º59'44" 56º38'40" Não explotado Estratificada171 48057 PERIMETRO URBANO DA CIDADE DE POCONÉ POCONE Ouro 16º17'39" 56º38'37" Garimpo Placer172 48299 FILÃO DO RATO-FAZENDA MOGNO ALTA FLORESTA Ouro 09º58'20" 56º38'23" Garimpo Placer173 25439 GARIMPO RIO TELES PIRES PARANAITA Ouro 09º23'59" 56º38'10" Garimpo Filoneana174 48132 3 KM NW DA CIDADE DE POCONÉ POCONE Ouro 16º14'38" 56º37'55" Garimpo Filoneana175 48186 PERIMETRO URBANO DE POCONÉ POCONE Ouro 16º16'49" 56º37'49" Garimpo Filoneana176 48037 PERIMETRO URBANO DE POCONÉ POCONE Ouro 16º16'11" 56º37'48" Garimpo Filoneana177 48137 SERRA DO TIRA SENTIDO-ALTO PARAGUAI ALTO PARAGUAI Dolomito 14º42'23" 56º37 21" Não explotado Estratificada178 48018 CIDADE DE POCONE POCONE Ouro 16º15'04" 56º37'14" Garimpo Filoneana179 48197 GARIMPO DO URBANO-POCONÉ POCONE Ouro 16º15'22" 56º37'14" Garimpo Filoneana180 48178 FAZENDA BARREIRINHO E ARARAS-MORROS RANCHINHO E ARARAS ROSARIO OESTE Dolomito 15º07'03" 56º3711" Não explotado Estratificada181 48184 PERIMETRO URBANO DA CIDADE DE POCONÉ POCONE Ouro 16º16'57" 56º37'04" Garimpo Filoneana182 10201 LAJINHA POCONE Ouro 16º14'58" 56º36'59" Mina Filoneana183 48058 PERIMETRO URBANO DA CIDADE DE POCONÉ POCONE Ouro 16º16'47" 56º36'48" Garimpo Filoneana184 48063 PERIMETRO URBANO DA CIDADE DE POCONÉ POCONE Ouro 16º15'31" 56º36'48" Garimpo Filoneana185 48126 SERRA VIRA SAIA -NW FAZ. ÁGUA BRANCA ALTO PARAGUAI Dolomito 14º49'01" 56º36'40" Não explotado Estratificada186 48064 PERIMETRO URBANO DA CIDADE DE POCONÉ POCONE Ouro 16º11'38" 56º36'37" Garimpo Filoneana187 48199 GARIMPO DO BATISTA-POCONÉ POCONE Ouro 16º17'29" 56º36'16" Garimpo Filoneana188 25787 GARIMPO PARANAÍTA-JAÚ PARANAITA Ouro 09º32'25" 56º36'00" Garimpo Placer189 48144 RIBEIRÃO TAMANDUÁ-ALTO PARAGUAI ALTO PARAGUAI Diamante 14º39'04" 56º35'28" Garimpo Placer190 48065 FAZENDA OURINHOS-DISTRITO DE CANGAS POCONE Ouro 16º06'39" 56º35'08" Garimpo Filoneana191 48094 RIO PARAGUAI-SW DE ALTO PARAGUAI ALTO PARAGUAI Diamante 14º32'05" 56º35'04" Garimpo Placer192 48158 FAZENDA TAMBOR-N SRA. DO LIVRAMENTO NOSSA SENHORA DO LIVRAMENTO Ouro 15º32'00" 56º34'58" Garimpo Filoneana193 48128 FAZENDA CINCO IRMÃOS POCONE Ouro 15º46'37" 56º34'47" Garimpo Filoneana194 25791 PIUM PARANAITA Ouro 09º27'50" 56º34'27" Garimpo Placer195 48095 FAZENDAS LAURINHAS -ROSARIO OESTE ALTO PARAGUAI Diamante 14º49'50" 56º34'14" Garimpo Placer196 48198 GARIMPO DO DEVAIR-POCONÉ POCONE Ouro 16º05'17" 56º34'10" Garimpo Filoneana197 25788 FILÃO DO ZÉ DA PORTA ABERTA PARANAITA Ouro 09º30'40" 56º34'05" Garimpo Filoneana198 25414 CRENTES PARANAITA Ouro 09º22'50" 56º33'19" Garimpo Filoneana199 25437 IGARAPÉ DO JAÚ PARANAITA Ouro 09º29'52" 56º33'14" Garimpo Placer200 48096 FAZENDA ÁGUA BRANCA ROSÁRIO OESTE ROSARIO OESTE Dolomito 14º50'02" 56º31'15" Não explotado Estratificada201 48077 DISTRITO DE CANGAS POCONE Ouro 16º07'55" 56º29'28" Garimpo Filoneana202 48147 RIO PARAGUAI-ALTO PARAGUAI ALTO PARAGUAI Diamante 14º28'44" 56º29'22" Garimpo Placer203 25784 BAIXÃO DO ZÉ VERMELHO PARANAITA Ouro 09º29'35" 56º29'00" Garimpo Placer204 25778 FILÃO DO WALDEMAR-PARANAÍTA PARANAITA Ouro 09º31'11" 56º28'38" Garimpo Filoneana205 10208 FAZENDA GUARANA DIAMANTINO Diamante 14º21'03" 56º28'19" Garimpo Placer206 48142 CARANDAZINHO-ROSÁRIO OESTE ALTO PARAGUAI Dolomito 14º29'27" 56º28'15" Não explotado Estratificada207 25783 BAIXÃO PÉ DE BALA PARANAITA Ouro 09º29'54" 56º27'43" Garimpo Placer208 25432 FILÃO PARANAITA Ouro 09º31'06" 56º27'35" Garimpo Filoneana209 10200 FAZENDA SALINAS POCONE Ouro 16º10'05" 56º27'34" Mina Filoneana R. M. 456.040 t210 48323 FILÃO DO ALDUIR-PARANAITA PARANAITA Ouro 09º31'40" 56º27'14" Garimpo Filoneana211 25756 GIL; FABINHO ALTA FLORESTA Ouro 10º23'47" 56º26'33" Garimpo Filoneana212 48149 RIO PARI-ALTO PARAGUAI ALTO PARAGUAI Diamante 14º39'24" 56º26'26" Garimpo Placer213 25440 GARIMPO RIO TELES PIRES PARANAITA Ouro 09º27'57" 56º25'37" Garimpo Placer214 48078 FAZENDA SALINAS NOSSA SENHORA DO LIVRAMENTO Ouro 16º11'28" 56º25'37" Garimpo Filoneana215 48123 AGUA BRANCA-ROSÁRIO OESTE ROSARIO OESTE Diamante 14º54'00" 56º25'07" Garimpo Placer216 25433 FILÃO DA DONA DIVA PARANAITA Ouro 09º31'00" 56º24'51" Garimpo Filoneana217 48079 FAZENDA SALINAS I NOSSA SENHORA DO LIVRAMENTO Ouro 16º09'33" 56º24'48" Garimpo Filoneana218 25781 BAIXÃO DA DRAGA PARANAITA Ouro 09º31'00" 56º24'19" Garimpo Placer219 48089 URUBU- RIO PARÍ NOSSA SENHORA DO LIVRAMENTO Ouro 15º41'01" 56º24'01" Garimpo Filoneana220 48080 FAZENDA SALINAS LL NOSSA SENHORA DO LIVRAMENTO Ouro 16º08'25" 56º23'46" Garimpo Filoneana221 25782 BAIXÃO PORTO DA AREIA PARANAITA Ouro 09º31'16" 56º23'45" Garimpo Placer

Page 240: Rel Mato Grosso

222 25780 BAIXÃO DA FOFOCA PARANAITA Ouro 09º30'10" 56º23'37" Garimpo Placer223 48118 RIO CUIABÁ - SUL DE ROSÁRIO OESTE ROSARIO OESTE Diamante 14º55'56" 56º23'28" Garimpo Placer224 48180 RIO SANTANA- N SRA DO LIVRAMENTO NOSSA SENHORA DO LIVRAMENTO Ouro 15º47'55" 56º23'17" Garimpo Placer225 12072 FAZENDA ROSALINA NOSSA SENHORA DO LIVRAMENTO Ouro 15º49'14" 56º23'10" Mina Filoneana226 48125 SERRADO TOMBADOR-ROSÁRIO OESTE NOBRES Calcário 14º43'03" 56º22'06" Não explotado Estratificada227 25434 BAIXÃO VELHO PARANAITA Ouro 09º31'32" 56º21'43" Garimpo Placer228 25779 BAIXÃO DA AMIZADE PARANAITA Ouro 09º30'27" 56º21'37" Garimpo Placer229 48129 CÓRREGO CHICO LOPES NOSSA SENHORA DO LIVRAMENTO Ouro 15º41'44" 56º21'28" Garimpo Filoneana230 48150 BENTO PIRES- N. SRA. DO LIVRAMENTO NOSSA SENHORA DO LIVRAMENTO Ouro 15º41'44" 56º21'20" Garimpo Placer231 48119 NOBRES-ROSÁRIO OESTE NOBRES Dolomito 14º44'41" 56º21'19" (Não determinado) Estratificada R. M. 102.574.600 t232 48206 GARIMPO DO VALDINEI NOSSA SENHORA DO LIVRAMENTO Ouro 15º41'11" 56º20'57" Garimpo Filoneana233 48163 FAZENDA BOM JARDIM-VÁRZEA GRANDE NOSSA SENHORA DO LIVRAMENTO Ouro 15º38'49" 56º19'47" Garimpo Placer234 48228 ECOPLAN MINERAÇÃO LTDA NOBRES Calcário Dolomítico 14º44'16" 56º19'11" Mina Estratificada R. M. 219.349.493235 48207 GARIMPO DO TANQUE FUNDO NOSSA SENHORA DO LIVRAMENTO Ouro 15º58'51" 56º18'59" Garimpo Filoneana236 48152 COCAES-N-SRA DO LIVRAMENTO NOSSA SENHORA DO LIVRAMENTO Ouro 15º43'26" 56º18'56" Garimpo Placer237 48127 FAZENDA QUILOMBO NOSSA SENHORA DO LIVRAMENTO Ouro 15º57'08" 56º18'53" Garimpo Placer238 48159 FAZENDA TEIXEIRA-VÁRZEA GRANDE NOSSA SENHORA DO LIVRAMENTO Ouro 15º37'36" 56º18'14" Garimpo Placer239 48151 CARIJO-N. SRA. DO LIVRAMENTO NOSSA SENHORA DO LIVRAMENTO Ouro 15º39'17" 56º18'00" Garimpo Placer240 39779 ROSARIO OESTE-NOBRES-MORRO GRANDE ROSARIO OESTE Calcário Calcítico 14º40'29" 56º17'60" Mina Estratificada R. M. 40.135.330 t241 48203 GARIMPO DO QUILOMBO NOSSA SENHORA DO LIVRAMENTO Ouro 15º57'25" 56º17'35" Garimpo Filoneana242 48124 SERRA DO TOMBADOR- ROSÁRIO OESTE NOBRES Calcário 14º38'02" 56º17'05" Não explotado Estratificada243 48205 GARIMPO DO LUIZ CAVALCANTE NOSSA SENHORA DO LIVRAMENTO Ouro 15º37'24" 56º16'35" Garimpo Filoneana244 48120 RIO CUIABÁ-ROSÁRIO OESTE NOBRES Diamante 14º43'57" 56º16'02" Garimpo Placer245 39778 TOMBADOR-SALOBRA I;SOBA E PITAS NOBRES Calcário Calcítico 14º37'00"' 56º15'00" Mina Estratificada R. M. 73.017.979246 48204 GARIMPO DO NETINHO NOSSA SENHORA DO LIVRAMENTO Ouro 15º53'04" 56º14'56" Garimpo Filoneana247 48108 CÓRREGO TARUNÃ- VARZEA GRANDE NOSSA SENHORA DO LIVRAMENTO Ouro 15º36'43" 56º14'31" Garimpo Placer248 48117 LOCALIDADE DE LAURINHA-DISTRITO DA GUIA CUIABA Diamante 15º18'52" 56º11'22" Garimpo Placer249 10217 NOSSA SENHORA DA GUIA - RODOVIA MT- 010 CUIABA Calcário Dolomítico 15º20'34" 56º10'54" Mina Estratificada R. M. 2.119.315 t250 48138 SERRA DA BOA VISTA E DAS NOBRES Dolomito 14º31'57" 56º10'50" Não explotado Estratificada251 48189 AFLUENTE DO RIO PARI -VÁRZEA GRANDE CUIABA Argila 15º30'01" 56º10'35" Mina Placer252 48130 PRAIA DA BACUA NOSSA SENHORA DO LIVRAMENTO Ouro 15º53'29" 56º10'10" Garimpo Filoneana253 48122 FAZENDA POMBO- ROSÁRIO OESTE ROSARIO OESTE Ouro 14º54'02" 56º10'04" Garimpo Placer254 41773 11 KM A OESTE DE ALTA FLORESTA; SENTIDO PARANAÍTA ALTA FLORESTA Granito 09º31'52" 56º09'43" Não explotado iIrregular255 48347 11 KM A W DE ALTA FLORESTA ALTA FLORESTA Granito 09º52'43" 56º09'43" Não explotado iIrregular256 48190 ESTRADA PARA GUARITA-VÁRZEA GRANDE VARZEA GRANDE Argila 15º38'12" 56º09'28" Mina Placer257 48160 FAZENDA BANDEIRANTE-CUIABÁ CUIABA Calcário Dolomítico 15º30'04" 56º09'11" Não explotado Estratificada258 48194 CÓRREGO CANOA QUEBRADA CUIABA Argila 15º31'49" 56º08'46" Mina Placer259 48192 CÓRREGO TRAÍRA VARZEA GRANDE Argila 15º40'55" 56º07'60'' Mina Placer260 48121 CÓRREGO ARRUDA- FAZENDA PARIBO NOBRES Ouro 14º53'46" 56º07'42" Garimpo Placer261 48084 VILA COXIPÓ AÇU CUIABÁ CUIABA Diamante 15º16'25" 56º07'34" Garimpo Placer262 48195 BAIA DO SUJÃO-RIO CUIABÁ VARZEA GRANDE Argila 15º42'01" 56º07'13" Mina Placer263 48191 PAI ANDRÉ-CUIABÁ CUIABA Argila 15º44'55" 56º06'40" Mina Placer264 48196 FAZENDA SÃO JOÃO- RIO CUIABÁ CUIABA Argila 15º41'28" 56º05'45" Mina Placer265 48085 BIFURCAÇÃO MT 010 MT 251 CUIABÁ CUIABA Ouro 15º32'59" 56º05'15" Garimpo Placer266 48193 NORTE DO PORTO SANTANA VARZEA GRANDE Argila 15º40'14'' 56º04'42" Mina Filoneana267 48090 FORQUILHA-CONCEIÇÃO-CUIABÁ CUIABA Ouro 15º38'00" 56º04'00" Garimpo Placer268 25438 FILÃO DA SERRINHA ALTA FLORESTA Ouro 09º49'03" 56º03'48" Garimpo Filoneana269 25419 SERRINHA DE MATUPA ALTA FLORESTA Ouro 09º48'08" 56 03 35 Garimpo Filoneana270 10202 FAZENDA SÃO PAULO CUIABA Ouro 15º32'27" 56º02'39" Mina Filoneana R. M. 240.007.443 t271 48086 CÓRREGO JIMILO COHAB NOVA -CUIABÁ CUIABA Ouro 15º33'11' 56º02'29" Garimpo Filoneana272 48092 COXIPÓ DO OURO-CUIABÁ CUIABA Ouro 15º27'05" 56º02'04" Garimpo Placer273 48153 FAZENDA CACHOEIRINHA-N. SRA. DO LIVRAMENTO NOSSA SENHORA DO LIVRAMENTO Ouro 15º47'04" 56º01'24" Garimpo Filoneana274 48131 RIO BANDEIRA CUIABA Ouro 15º24'01" 56º01'17" Garimpo Filoneana275 48087 RIO COXIPÓ-CUIABÁ CUIABA Ouro 15º24'17" 55º58'21" Garimpo Filoneana276 25785 GARIMPO MOCHEDO ALTA FLORESTA Ouro 09º37'49" 55º57'16" Garimpo Placer277 48017 RIO MANSO CHAPADA DOS GUIMARAES Ouro 14º51'48" 55º50'25" Garimpo Placer278 48146 RIO MANSO-CHAPADA DOS GUIMARÃES CHAPADA DOS GUIMARAES Diamante 14º51'48" 55º50'25" Garimpo Placer279 25428 GROTA SERRA AZUL NOVA CANAA DO NORTE Ouro 10º33'00" 55º46'00" Garimpo Placer280 39273 ROD. EMANUEL PINHEIRO; KM 62 - BICAS DAS MOÇAS CHAPADA DOS GUIMARAES Água Mineral 15º27'29" 55º45'04" Mina Irregular 25.200 l/h281 48253 ÁGUA FRIA-CHAPADA DOS GUIMARÃES CHAPADA DOS GUIMARAES Diamante 15º09'58" 55º44'35" Garimpo Polacer282 48335 FILÃO DA GALOPEIRA NOVA CANAA DO NORTE Ouro 10º37'52" 55º44'29" Garimpo Filoneana283 48161 FAZENDA BOM JARDIM ROSARIO OESTE Dolomito 14º34'15" 55º44'26" Não explotado Estratificada284 48252 ÁGUA FRIA CHAPADA DOS GUIMARAES Diamante 15º14'11" 55º39'07" Garimpo Placer285 34036 RIBEIRÃO CACHOEIRINHA CHAPADA DOS GUIMARAES Diamante 15º17'21" 55º38'55' Não explotado Placer286 48088 FAZENDA ABOLIÇÃO-SANTO ANTONIO DO LEVERGER SANTO ANTONIO DO LEVERGER Ouro 15º47'14" 55º38'46" Garimpo Filoneana287 48262 GARIMPO DOS CURVOS-ÁGUA FRIA-RIO QUILOMBO CASTANHEIRA Diamante 15º17'06" 55º38'04" Garimpo Placer288 25431 ILHA PRAINHA NOVO MUNDO Ouro 09º53'06" 09º53'06" Garimpo Placer289 46893 RIBEIRÃO CACHOEIRINHA - ACORÁ CHAPADA DOS GUIMARAES Ouro 15º17'00" 55º37'00" Não explotado Placer290 48320 FILÃO DO EDU-TAPAJÓS COLIDER Ouro 10º47'44" 55º36'24" Garimpo Filoneana291 25417 TAPAJOS COLIDER Ouro 10º47'43" 55º36'18" Garimpo Placer292 25777 ILHAS GRACILIA E ALTAIR NOVO MUNDO Ouro 09º54'27" 55º36'07" Garimpo Placer293 25412 TRAIRÃO NOVO MUNDO Ouro 09º48'24" 55º34'45" Garimpo Placer294 48261 CACHOEIRA RICA-CHAPADA DOS GUIMARÃES CHAPADA DOS GUIMARAES Diamante 15º15'36" 55º31'24" Garimpo Placer295 48136 SERRA DE CUIABÁ-NOBRES NOBRES Dolomito 14º18'35" 55º31'02" Não explotado Estratificada296 48208 FRANCISCO MOYA-STO. ANTONIO DO LEVERGER SANTO ANTONIO DO LEVERGER Água Mineral 15º58'57" 55º30'43" Mina Irregular

Page 241: Rel Mato Grosso

297 11952 SERRA DE SÃO VICENTE SANTO ANTONIO DO LEVERGER Granito 15º46'27" 55º29'14" Mina Irregular298 11953 BOM JARDIM SANTO ANTONIO DO LEVERGER Água Mineral 15º40'00" 55º28'00" Mina Irregular 34.800 l/h299 25422 COLIDER NOVO MUNDO Ouro 10º05'00'' 55º27'30" Garimpo Filoneana300 25446 COLIDER COLIDER Ouro 10º50'00" 55º27'00" Não explotado Placer301 25757 COLIDER COLIDER Ouro 10º49'00" 55º25'00" Garimpo Filoneana302 48907 2SM 0001 MT SANTA RITA DO TRIVELATO Gás Natural 13º30'44" 55º24'38" Não explotado303 25449 ESTRADA VELHA COLIDER Al 10º54'00" 55º21'30" Não explotado Irregular304 25430 GARIMPO NOVO HORIZONTE NOVO MUNDO Ouro 09º43'24" 55º20'43" Garimpo Filoneana305 48352 GARIMPO DO FININHO NOVO MUNDO Ouro 10º08'33" 55º13'50" Garimpo Filoneana306 25423 CÓRREGO VOLTA REDONDA NOVO MUNDO Ouro 10º06'50" 55º13'30" Garimpo Placer307 25758 CÓRREGO VOLTA REDONDA NOVO MUNDO Ouro 10º05'00" 55º12'00" (Não determinado) Placer308 25750 EDU NOVA SANTA HELENA Ouro 10º49'37" 55º11'15" Garimpo Placer309 25759 ALUVIÕES NOVO MUNDO Ouro 10º10'30" 55º11'00" Garimpo Placer310 48353 GARIMPO DO JAMELÃO NOVO MUNDO Ouro 10º09'55'' 55º10'54" Garimpo Filoneana311 11954 ROÇA ALEGRIA ALEGRIA CAMPO VERDE Água Mineral 15º31'00" 55º10'00" Mina Irregular 25.200 l/h312 25760 COLIDER MATUPA Ouro 10º06'00" 55º09'00" Garimpo Filoneana313 25445 BR163; MARGEM DIREITA DO RIO BRANCO TERRA NOVA DO NORTE Fluor 10º43'17" 55º08'37" Não explotado Irregular314 39322 FAZ. SÃO PEDRO DO JATOBÁ - DISTRITO DE CELMA JACIARA Água Mineral 15º43'07" 55º08'21" Mina Irregular 40.000 l/h315 25424 COLIDER MATUPA Ouro 10º05'00" 55º08'00" Garimpo Filoneana316 25797 FILÃO DO ORLANDO MATUPA Ouro 10º06'24" 55º07'54" Garimpo Filoneana317 48297 FILÃO DO OLERINDO-PEIXOTO DE AZEVÊDO MATUPA Ouro 10º06'24" 55º07'51" Garimpo Filoneana318 25425 RIO BRANCO TERRA NOVA DO NORTE Ouro 10º45'00" 55º07'00" Garimpo Placer319 25447 VEIO DO VALDOMIRO MATUPA Ouro 10º05'00" 55º07'00" Garimpo Filoneana320 41770 A 11 KM DE TERRA NOVA; SENTIDO SANTA HELENA TERRA NOVA DO NORTE Granito 10º45'01" 55º06'58" Não explotado Irregular321 25796 FILÃO DO GERALDO MATUPA Ouro 10º07'21" 55º06'16" Garimpo Filoneana322 48341 FILÃO DO MINEIRO PEIXOTO DE AZEVEDO Ouro 10º13'30" 55º05'46" Garimpo Filoneana323 25795 FILÃO DO NAIURAM MATUPA Ouro 10º08'05" 55º05'11" Garimpo Filoneana324 25754 PARAIBA PEIXOTO DE AZEVEDO Ouro 10º13'15" 55º05'07" Garimpo Placer325 25761 GARIMPO VEIO MATUPA Ouro 10º04'30" 55º05'00" Garimpo Filoneana326 25751 PARAIBA PEIXOTO DE AZEVEDO Ouro 10º13'16" 55º04'59" Garimpo Filoneana327 25442 FILÃO DO PARAIBA PEIXOTO DE AZEVEDO Ouro 10º13'14" 55º04'42" Garimpo Placer328 25793 FILÃO DO CABU PEIXOTO DE AZEVEDO Ouro 10º13'23" 55º04'07" Garimpo Placer329 25762 GARIMPO EM ALUVIÕES DO BAIXAO NOVO PEIXOTO DE AZEVEDO Ouro 10º15''00" 55º04'00" Garimpo Placer330 48346 FILÃO DA LINHA MATO GROSSO MATUPA Ouro 10º06'07" 55º03'48" Garimpo Filoneana331 48338 FILÃO DO QUEIROZ-ZEZINHO PEIXOTO DE AZEVEDO Ouro 10º08'09" 55º03'33" Garimpo Filoneana332 25426 GARIMPO DOMINGOS NOVO MUNDO Ouro 10º01'00" 55º03'00" Garimpo Placer333 25763 ALUVIÕES PEIXOTO DE AZEVEDO Ouro 10º14'00" 55º03'00" Garimpo Placer334 25765 GARIMPO DO VEIO DO JOÃO-VILA GUARITA PEIXOTO DE AZEVEDO Ouro 10º12'00" 55º03'00" Garimpo Filoneana335 25429 GARIMPO NOVO MUNDO NOVO MUNDO Ouro 09º48'38" 55º02'43" Garimpo Filoneana336 25800 SERRINHA PEIXOTO DE AZEVEDO Ouro 10º13'00" 55º02'06" Garimpo Filoneana337 25808 FILÃO DO EBÉDIO PEIXOTO DE AZEVEDO Ouro 10º14'41" 55º02'03" Garimpo Filoneana338 25766 ALUVIÃO DO BAIXO VELHO PEIXOTO DE AZEVEDO Ouro 10º15'00" 55º02'00" Garimpo Placer339 25752 TETO PEIXOTO DE AZEVEDO Ouro 10º13'15" 55º01'49" Garimpo Placer340 25792 FILÃO DO ZÉ DECO PEIXOTO DE AZEVEDO Ouro 10º12'27" 55º01'37" Garimpo Placer341 25802 GARIMPO BRAÇO NORTE GUARANTA DO NORTE Ouro 10º00'00" 55º01 '37" Garimpo Filoneana342 25448 ALUVIOES DO BAIXO VELHO PEIXOTO DE AZEVEDO Ouro 10º12'00" 55º01'30" Garimpo Placer343 25764 GARIMPO DO BAIXO VELHO PEIXOTO DE AZEVEDO Ouro 10º13'30'' 55º01'30" Garimpo Placer344 25798 FILÃO DO SEBASTIÃO GUARANTA DO NORTE Ouro 10º01'45" 55º01'1"8 Garimpo Filoneana345 48272 ECO DA CACHOEIRA-JACIARA JACIARA Água Mineral 15º58'36" 55º00'40" Mina Irregular346 25767 ALUVIÃO DA GR0TA RICA PEIXOTO DE AZEVEDO Ouro 10º13'00" 55º00'00" Garimpo Placer347 25768 GARIMPO NOS ALUVIÕES DA GROTA RICA PEIXOTO DE AZEVEDO Ouro 10º14'00" 55º00'00" Garimpo Placer348 25803 GARIMPO PEIXOTO AZEVEDO PEIXOTO DE AZEVEDO Ouro 10º10'48" 55º00'00" Garimpo Placer349 48293 FILÃO DA SEDE-PEIXOTO DE AZEVEDO PEIXOTO DE AZEVEDO Ouro 10º16'18" 54º57'39" Garimpo Filoneana350 48324 FILÃO DO JUCA NOVA SANTA HELENA Ouro 10º41'51" 54º57'12" Garimpo Filoneana351 48343 FILÃO DO PÉ FRIO NOVA SANTA HELENA Ouro 10º40'03" 54º56'54" Garimpo Filoneana352 48351 GARIMPO DO ARAGÃO- GARANTÃ DO NORTE GUARANTA DO NORTE Ouro 10º11'19" 54º56'46" Garimpo Filoneana353 48342 FILÃOQUEIROZ-PETECA NOVA SANTA HELENA Ouro 10º43'48" 54º55'48" Garimpo Filoneana354 48339 FILÃO DO URÚ NOVA SANTA HELENA Ouro 10º43'15" 54º54'55" Garimpo Filoneana355 39289 MT-453; KM 06 - FAZ. NOSSA SENHORA APARECIDA DOM AQUINO Água Mineral 15º35'50" 54º54'45" Mina Irregular 1.500.000 l/h356 48286 SIZERNANDO SANTANA JUSCIMEIRA Água Termal 16º03'46" 54º53'25" Mina Irregular357 48333 FILÃO DA SERRINHA PEIXOTO DE AZEVEDO Ouro 10º14'19" 54º53'02" Garimpo Filoneana358 25413 SERRINHA PEIXOTO DE AZEVEDO Ouro 10º14'23" 54º52'59" Garimpo Filoneana359 48278 MOACIR FILHO-JUSCIMEIRA JUSCIMEIRA Água Termal 16º03'08" 54º52'57" Mina Irregular360 48210 MINASCAL-CALCÁRIO E DERIVADOS PLANALTO DA SERRA Dolomito 14º39'50" 54º52'52" Mina Placer361 48279 ADEMAR SILVA JUSCIMEIRA Água Termal 16º03'15" 54º52'49" Mina Irregular362 48267 BALNÉARIO THERMAS ALPHAVILLE JUSCIMEIRA Água Termal 16º02'03" 54º52'49" Mina Irregular363 48280 WELLINGTON FAGUNDES JUSCIMEIRA Água Termal 16º03'51" 54º52'36" Mina Irregular364 11951 JUSCIMEIRA JUSCIMEIRA Água Termal 16º03'48" 54º52'02" Mina Irregular365 41710 ÁGUAS QUENTES - DISTRITO DE SANTA ELVIRA JUSCIMEIRA Água Termal 16º11'54" 54º51'47" Mina Irregular366 48282 JOÃO NETO JUSCIMEIRA Água Termal 16º01'50" 54º51'41" Mina Irregular367 48283 JOÃO MORAES JUSCIMEIRA Água Termal 16º14'17" 54º51'13" Mina Irregular368 25801 GARIMPO AGROPECUÁRIA CACHIMBO MATUPA Ouro 10º13'30" 54º51'10" Garimpo Placer369 48281 ELI JUSCIMEIRA Água Termal 16º02'10" 54º50'46" Mina Irregular370 48284 IRENÓPOLIS JUSCIMEIRA Água Mineral 16º03'46" 54º49'22" Mina Irregular371 48340 FILÃO DO PÉ QUENTE TERRA NOVA DO NORTE Ouro 10º22'46" 54º48'23" Garimpo Filoneana

Page 242: Rel Mato Grosso

372 25799 FILÃO DO MELADO MATUPA Ouro 10º12'07" 54º47'51" Garimpo Filoneana373 25427 GROTA DO BAIANO PEIXOTO DE AZEVEDO Ouro 10º18'00" 54/47'00" Garimpo Placer374 48326 FILÃO DO AUGUSTO PEIXOTO DE AZEVEDO Ouro 10º22'51" 54º41'39" Garimpo Filoneana375 48325 GARIMPO DO PERU TERRA NOVA DO NORTE Ouro 10º30'22" 54º41'39" Garimpo Filoneana376 48298 GARIMPO DA GROTA SERRA AZUL-VILA GUARITA TERRA NOVA DO NORTE Ouro 10º33'02" 54º40'04" Garimpo Placer377 39393 BR-163; KM 555;6 - FAZENDA BURITI RONDONOPOLIS Arenito 16º44'23" 54º39'55" Mina Irregular R. M. 2.500.000 t378 48285 ASSENTAMENTO INCRA JUSCIMEIRA Água Termal 16º01'50" 54º39'30" Mina Irregular379 48275 NAPOLEÃO-RONDONOPOLIS RONDONOPOLIS Água Mineral 16º13'09" 54º36'23" Mina Irregular380 48263 LINDERBERG S/A INDUSTRIA E COMÉRCIO-POXOREU POXOREO Calcário Calcítico 15º51'34" 54º27'16" Mina Estratificada381 48274 PEDRA PRETA PEDRA PRETA Água Mineral 16º53'32" 54º26'21" Mina Irregular382 48266 RIO POXORÉO-POXORÉO POXOREO Diamante 15º51'03" 54º23'24" Garimpo Placer383 48264 RESERVA GARIMPEIRA DO ALTO COITÉ-POXORÉO POXOREO Diamante 15º47'21" 54º21'13" Garimpo Placer384 48218 JATOBÁ 02-PARANATINGA PARANATINGA Diamante 13º39'35" 54º11'44'' (Não determinado) Placer385 48488 JATOBÁ 05-PARANATINGA PARANATINGA Diamante 13º41'34" 54º11'32" (Não determinado) Piper386 48518 IBITINGA-04-PARANATINGA PARANATINGA Diamante 13º34'07" 54º09'04" (Não determinado) Piper387 48499 IBITINGA-01C-PARANATINGA PARANATINGA Diamante 13º32'55" 54º08'54" (Não determinado) Piper388 48498 IBITINGA-01B-PARANATINGA PARANATINGA Diamante 13º32'27" 54º08'53" (Não determinado) Piper389 48497 IBITINGA-01A-PARANATINGA PARANATINGA Diamante 13º33'19" 54º08'38" (Não determinado) Piper390 48215 BATOVI-13-PARANATINGA PARANATINGA Diamante 14º11'13" 54º04'33" (Não determinado) Placer391 48216 BATOVI-14-PARANATINGA PARANATINGA Diamante 14º11'38" 54º04'33" (Não determinado) Placer392 48222 BARDET 01-PARANATINGA PARANATINGA Diamante 14º12'26" 54º04'27" (Não determinado) Placer393 48225 BARDET 03-PARANATINGA PARANATINGA Diamante 14º12'34" 54º04'10'' (Não determinado) Placer394 48486 BATOVI 20-PARANATINGA PARANATINGA Diamante 13º47'05" 54º04'04" (Não determinado) Piper395 48224 BARDET 02-PARANATINGA PARANATINGA Diamante 14º12'34" 54º03'49" (Não determinado) Placer396 48214 BATOVI 06-PARANATINGA PARANATINGA Diamante 14º13'47" 54º03'47" (Não determinado) Piper397 48217 BATOVI-02-PARANATINGA PARANATINGA Diamante 13º38'50" 54º03'16" (Não determinado) Placer398 48487 BATOVI 02-PARANATINGA PARANATINGA Diamante 13º38'50" 54º03'16" (Não determinado) Piper399 48227 BATOVI 22-PARANATINGA PARANATINGA Diamante 13º37'37" 54º03'12" (Não determinado) Placer400 48248 EMAL-EMPRESA DE MINERAÇÃO ARIPUANÃ LTDA PRIMAVERA DO LESTE Calcário Dolomítico 14º31'36" 54º00'35" Mina Estratificada401 48250 EMAL-EMPRESA DE MINERAÇÃO ARIPUANÃ PRIMAVERA DO LESTE Calcário Dolomítico 14º37'36" 54º00'35" Mina Estratificada R. M. 3.250.540 t402 48287 AREADO-01-POXOREO POXOREO Diamante 15º54'27" 54º00'00" Não explotado Placer403 48249 REICAL INDUSTRIA E COMÉRCIO DE CALCÁRIO PARANATINGA Calcário Dolomítico 14º35'09" 53º59'18" Mina Estratificada404 10218 CALCÁRIO MENTEL-PRIMAVERA DO LESTE PARANATINGA Calcário Dolomítico 14º28'28" 53º58'09" Mina Estratificada405 48246 EMAL-EMPRESA DE MINERAÇÃO ARIPUANÃ PARANATINGA Calcário Dolomítico 14º34'02" 53º58'02" Mina Estratificada406 48289 AREADO-02-POXOREO POXOREO Diamante 15º53'42" 53º57'55" Não explotado Placer407 48277 ITIQUIRA ITIQUIRA Calcário 17º08'09" 53º5126" Não explotado Estratificada408 48226 COLISEU 02-PARANATINGA PARANATINGA Diamante 13º44'22" 53º49'51" (Não determinado) Placer409 48220 PIRANHAS 01-PARANATINGA PARANATINGA Diamante 13º54'23" 53º45'14" (Não determinado) Placer410 48221 PIRANHAS 02-PARANATINGA PARANATINGA Diamante 13º55'13" 53º45'02" (Não determinado) Placer411 48251 INDUSTRIA DE CALCÁRIO MENDES TEIXEIRA ALTO GARCAS Calcário Dolomítico 16º55'12" 53º33'08" Mina Estratificada412 39222 LOTE INVERNADA ALTO GARCAS Dolomito 16º56'08" 53º30'40" Mina Estratificada413 48271 SERRA QUEBRA DENTE-TORIXOREU TORIXOREU Calcário 16º10'42" 52º55'20" Não explotado Estratificada414 48268 CAMPO REDONDO-GENERAL CARNEIRO GENERAL CARNEIRO Água Termal 15º42'36" 52º47'47" Mina Irregular415 48269 SERRA DOS INDIOS-TORIXOREÓ PONTAL DO ARAGUAIA Calcário 16º00'42" 52º42'47" Não explotado Estratificada416 48270 FAZENDA CAPIM BRANCO TORIXOREO POXOREO Calcário 16º10'57" 52º38'30" Não explotado Estratificada417 48318 MORRO DO CAOLIM-STA CRUZ DO XINGU SAO JOSE DO XINGU Caulim 09º59'45" 52º34'58" Não explotado Irregular418 48211 CALCÁRIO VANGUARDA NOVA XAVANTINA Calcário Dolomítico 14º16'47" 52º33'16" Mina Estratificada419 10204 FAZENDA SÃO JUDAS TADEU NOVA XAVANTINA Ouro 14º37'54" 52º29'56" Garimpo Filoneana420 48276 OSVALDO-BARRA DO GARÇAS BARRA DO GARCAS Água Mineral 15º46'35" 52º22'04" Mina Irregular421 10321 BARRA DO GARÇAS BARRA DO GARCAS Água Termal 15º52'52" 52º21'41" Mina Irregular422 34042 PERÍMETRO URBANO DE BARRA DO GARÇAS BARRA DO GARCAS Água Termal 15º52'52" 52º12'41" Mina Irregular423 48273 FONTE RONCADOR-BARRA DO GARÇAS BARRA DO GARCAS Água Mineral 15º19'30" 52º11'27" Mina Irregular424 48317 SERRA DE TAPIRAPÉ CONFRESA Granito 10º23'55" 51º39'28" Não explotado Irregular425 48212 CALCÁRIO VALE DO ARAGUAIA COCALINHO Calcário Dolomítico 14º10'10" 51º36'29" Mina Estratificada426 10216 SUPERCAL-FAZENDAS ROSA E AGUA PRETA COCALINHO Calcário Dolomítico 14º12'60" 51º34'58" Mina Estratificada427 48213 CALCÁRIO PEDRA PRETA COCALINHO Calcário Dolomítico 14º08'48" 51º27'14" Mina Estratificada428 48319 VILA SANTANINHA VILA RICA Ouro 09º51'14" 51º19'31" Garimpo Filoneana

Page 243: Rel Mato Grosso

IDADE IDADE MATERIALLatitude Longitude TDM (Ga) Ma ANALIZADO

1.470 ± 57 K-Ar Leal et al. - 1.9781.687 ± 40 K-Ar Silva, G. H. Et al - 1.9801.183 ± 40 K-Ar Santos et al - 1.979

1.900 a 900 K-Ar Barros et al - 1.9822.600 a l800 Rb-Sr Barros et al - 1.9821.359 ±108 K-Ar Folha SB.20 Purus ( ? )

1490 Rb-Sr Hasui & Almeida - l.9701200 Rb-Sr Tassinari - 1.981

1.797 ± 90 Rb-Sr Tassinari & TeixeiraGnaisse 2.971 ± 29 U-Pb Macambira & Lancelot - l.996Anfibolito 2.856 ± 03 U-Pb Machado et al. - l.991Gnaisse Tonalítico 2.581 ± 06 U-Pb Santos, J. O. S.

537/AM-MR/87.3 Granito 1.415 ± 85 Rb-Sr Barros et al - 1.982537/AM-MR/79 Granito granofírico 1.481 ± 84 Rb-Sr Barros et al - 1.982AJ-15 Gnaisse 1.364 ± 50 Rb-Sr Hama 1976 (apud) Tassinari - 1.981WF-385 Granulito 1.262 ± 54 Rb-Sr Hama 1976 (apud) Tassinari - 1.981WF-405 Microgranito 1.241 ± 37 Rb-Sr Hama 1976 (apud) Tassinari - 1.981KK-MB-79.1 Granito 1.414 ± 33 Rb-Sr Kawashita 1972 (apud) Tassinari - 1.981

9 Gnaisse 1.140 ± 80 K-Ar Hasui & Almeida - l.9704 Anfibolito 966 ± 68 K-Ar Hasui & Almeida - l.970

AEF-199 Greisen (?) 1.104 ± 20 K-Ar Hama 1976 (apud) Tassinari - 1.981AJ-65 Adamelito 1.881 ± 26 K-Ar Hama 1976 (apud) Tassinari - 1.981AJ-189 Granito 1.805 ± 26 K-Ar Hama 1976 (apud) Tassinari - 1.981JG-14 Anfibolito 1.430 ± 22 K-Ar Hama 1976 (apud) Tassinari - 1.981537/AM-MR/51 Granito 1.229 ± 26 K-Ar Barros et al - 1.982KK-MB/79.1 Granito 933 ± 19 K-Ar Kawashita 1972 (apud) Tassinari - 1.981KK-MB/79.3 Anfibolito 935 ± 13 K-Ar Kawashita 1972 (apud) Tassinari - 1.981

Granito 1490 Rb-Sr Hurley et al - 1.968

CC -235 Anfibolitos 9°58'0,47" 56°45'29,52" 2,24 2,5 Sm-Nd Rocha Toltal Pimentel - 2001

BANCO DE DADOS GEOCROLÓGICOS DAS UNIDADES DO ESTADO DE MATO GROSSO

AMOSTRA ROCHACOORDENADA

εND(t) METODO REFERÊNCIACOMPLEXO XINGU

COMPLEXO BACAERI - MOGNO

Page 244: Rel Mato Grosso

CC-02 Ortognaisse granÍtico 9°50'5,58" 56°03'1,40" 1.992 ± 07 U-Pb Zircão Pimentel - 2001Gnaisse 2.005 ± 07 U-Pb Zircão Santos et al - 1.999Gnaisse tonalitico 2.011 ± 23 U-Pb Zircão Santos et al - 2.000

Monzogranito 1.872 ± 12 Pb-Pb Zircão Moura - 1.998LM-76D Biotita granito 10°15' 54,71" 54°54'36,33" 2,34 -3,09 Sm-Nd Rocha Total Pimentel - 2001

Granito 1.937 ± 100 U-Pb JICA/MMAJ - 2.000Granito 1.894 ± 06 U-Pb JICA/MMAJ - 2.000Granito 1.848 ± 17 U-Pb JICA/MMAJ - 2.000

LM-63 Gabro 10°07'47,06" 54°56'58,99" 2,23 -2,08 Sm-Nd Rocha Toltal Pimentel - 2001

Ignibrito 1.890 ± 02 Pb-Pb Zircão Lamarão et al - 1999Riolito 1.877 ± 04 Pb-Pb Zircão Lamarão et al - 1999

1890 U-Pb Zircão Pinho - 2004

Tonalito 1.558 ±250 Rb-Sr Saes & Leite - 2.003Tonalito 1.780 ± 10 U-Pb Pinho - 1.996

Granito 1.823 ± 35 Pb-Pb JICA/MMAJ - 2.000Granito 1.848 ± 17 U-Pb JICA/MMAJ - 2.000Granito 1.817 ± 06 U-Pb JICA/MMAJ - 2.000

Granodiorito 1.803 ± 16 U-Pb JICA/MMAJ - 2.000Monzogranito 1.816 ± 57 U-Pb JICA/MMAJ - 2.000Granito 1.793 ± 06 U-Pb JICA/MMAJ - 2.000Monzogranito 1.801 ± 7,8 U-Pb JICA/MMAJ - 2.000Monzogranito 1.823 ± 35 U-Pb JICA/MMAJ - 2.000

2,22 -1,25 Sm-Nd Rocha Total Pimentel - 2.0001819 à 1795 U-Pb Zircão Pimentel - 2.000

Granito/Veio de Quartzo 1.760 Pb-Pb Pirita JICA/MMAJ - 2.001Granito/Veio de Quartzo 1.560 Pb-Pb Pirita JICA/MMAJ - 2.001

Sienito 1.175 ± 14 Rb-Sr Silva & Issler - 1.974Sienito 1.332 ± 29 Rb-Sr Silva et al. - 1.980Sienito 1.806 ± 03 U-Pb Zircão Santos et al. - 2.000

SUÍTE INTRUSIVA MATUPÁ

SUÍTE FLOR DA SERRA

COMPLEXO CUIU - CUIÚ

GRUPO IRIRI

TONALITO CABAÇAL

SUÍTE INTRUSIVA JURUENA

SUÍTE INTRUSIVA PARANAÍTA

ALCALINAS RIO CRISTALINO

Page 245: Rel Mato Grosso

PS-09 Xisto Milonitizado 10°23'49,59" 56°26'33,34" 1.859 ± 05 U-Pb Zircão Detritico Santos et al - 2.000

Riolito porfiro 1.786 ± 17 U-Pb JICA/MMAJ - 2.000Riolito porfiro 1.781 ± 08 U-Pb Zircão Pimentel -2001Riodacito 1.801 ± 11 U-Pb Zircão Pinho et al. - 2.001

A - 1 Metariolito 1.767 ± 02 U-Pb Zircão Pinho et al. - 2.003 A - 2 Riodacito 1.761 ± 05 U-Pb Zircão Pinho et al. - 2.003A - 3 Monzogranito (Moriru) 1.774 ± 04 U-Pb Zircão Pinho et al. - 2.003A - 4 Monzogranito (Moriru) 1.775 ± 13 U-Pb Zircão Pinho et al. - 2.003A - 6 Monzogranito (Moriru) 1.759 ± 03 U-Pb Zircão Pinho et al. - 2.003A - 7 Monzogranito (Moriru) 1.764 ± 32 U-Pb Zircão Pinho et al. - 2.003A - 8 Monzogranito (Moriru) 1.766 ± 05 U-Pb Zircão Pinho et al. - 2.003P - 20 Sienogranito (Moriru) 1.772 ± 66 U-Pb Zircão Pinho et al. - 2.003P - 21 Granodiorito (Moriru) 1.765 ± 04 U-Pb Zircão Pinho et al. - 2.003P - 25 Monzogranito (Moriru) 1.763 ± 06 U-Pb Zircão Pinho et al. - 2.003P - 27 Sienogranito (Moriru) 1.772 ± 04 U-Pb Zircão Pinho et al. - 2.003P - 29 Monzogranito (Moriru) 1.803 ± 03 U-Pb Zircão Pinho et al. - 2.003

Gnaisse 1.790 à 1740 U-Pb Zircão Pinho 1997Tufos Riolítico 1.747 ± 17 U-Pb Zircão Monteiro et al. - 1.986

1.769 ± 29 U-Pb Zircão Pinho - 1.9961.724 ± 30 U-Pb Zircão Pinho - 1.996

Metased Vulcanoclástico 1.758 ± 07 U-Pb Monteiro - 1.9861.767 ± 24 U-Pb Monteiro et al. - 1.9861.746 ± 20 U-Pb Monteiro et al. - 1.986

Gnaisse Aliança 1.744 ± 38 U-Pb Zircão Pinho - 1.996 - in Geraldes - 2.000Gnaisse Rosa 1.795 ± 21 U-Pb Zircão Pinho - 1.997

Gnaisse tonalítico 1.971 ± 70 Rb-Sr Carneiro - 1.985Gnaisse 1.740 ± 27 U-Pb Zircão Geraldes - 2.000

Tonalito 1.785 ± 08 U-Pb Zircão Pimentel - 2001CC -237 Enderbito 9°59'6,69" 56°46'6,39" 2,26 -2,1 Sm-Nd Rocha Total Pimentel - 2.001

Enderbito 1.775 ± 10 U-Pb Zircão JICA/MMAJ - 2.000Tonalito 2,18 -27,33 Sm-Nd Rocha Total Pimentel - 2001

GRUPO MARCELO - CABEÇAS

SUÍTE COLIDER

GRUPO ALTO JAURU

COMPLEXO ALTO GUAPORÉ

SUÍTE INTRUSIVA VITÓRIA

Page 246: Rel Mato Grosso

Biotita Granito 1.784 ± 17 U-Pb Zircão Pimentel - 2.001Granito 1.765 ± 05 U-Pb Zircão Pimentel - 2.001Granito porfiro 2,06 0,65 Sm-Nd Rocha Total Pimentel - 2.001Granito porfiro 2,14 -1,11 Sm-Nd Rocha Total Pimentel - 2.001

JV - 110 Biotita metagranito 9°24'54,9" 59°07'39,1" 1.669 ± 06 U-Pb Zircão Lacerda Filho - 2.004

Monzogranito 0,41 1.774 ± 28 U-Pb Zircão Pimentel - 2.001 1.653 ± 42 U-Pb Zircão Pimentel - 2.001 (idade metamorfismo)

JD-17b Biotita granada granito 10°12'22,34" 56°23'49,74" 1.770 ± 09 U-Pb Zircão Pimentel - 2.001 Biotita granada granito 2,09 0,14 Sm-Nd Rocha Total Pimentel - 2.001

JD-17b Biotita granada granito 10°12'22,34" 56°23'49,74" 2,17 -1,43 Sm-Nd Rocha Total Pimentel - 2.001

Granito 1.757 ± 16 U-Pb Santos et al - 2.000Riodacito Foliado 09º 20' 55" 59º 19' 33" 1.766 ± 02 U-Pb Pinho et al. - 2.001Riodacito Milonitizado 09º 19' 09" 59º 20' 55" 1.761 ± 05 U-Pb Pinho et al. - 2.001Biotita Monzogranito 09º 17' 19" 59º 20' 55" 1.761 ± 11 U-Pb Pinho et al. - 2.001Hornblenda Monzogranito 09º 16' 07" 59º 22' 29" 1.786 ± 11 U-Pb Pinho et al. - 2.001Gnaisse 09º 13' 56" 59º 22' 50" 1.760 ± 03 U-Pb Pinho et al. - 2.001Hornblenda Monzogranito 09º 23' 25" 59º 21' 30" 1.799 ± 16 U-Pb Pinho et al. - 2.001Hornblenda Monzogranito 09º 23' 25" 59º 17' 40" 1.765 ± 05 U-Pb Pinho et al. - 2.001Granodiorito Foliado 09º 23' 14" 59º 08' 26" 1.690 ± 20 U-Pb Pinho et al. - 2.001 OBS: Idade Cristaliz.Titanita-Biotita Monzogranito09º 21' 15" 59º 06' 56" 1.762 ± 06 U-Pb Pinho et al. - 2.001Monzonito Alterado 09º 09' 14" 59º 07' 09" 1.791 ± 10 U-Pb Pinho et al. - 2.001

Metadacito 1.762 ± 06 U-Pb Zircão Neder et al - 2.000Metadacito 1.740 ± 08 U-Pb Zircão Santos et al. - 2.000Dacito 1.755 ± 05 U-Pb Neder et al - 2.000

1.757 ± U-Pb Zircão Jaime D. Leite - 2.004

Granito 1.755 ± 06 U-Pb Neder et al - 2.000HG-60 Granito 10°52'2,04 55°45'11,80" 1.743 ± 04 U-Pb Zircão Pimentel - 2.001

JV - 122 Biotita metagranito 11°09'00,8" 57°14'36,4" 1.800 ± 20 U-Pb Zircão Lacerda Filho - 2.004

SUÍTE INTRUSIVA SÃO PEDRO

COMPLEXO NOVA MONTE VERDE

SUÍTE INTRUSIVA SÃO ROMÃO

GRANITO TELES PIRES

GRUPO ROOSEVELT

GRANITO ZÉ DO TORNO

SUÍTE NOVA CANAÃ

GRANITO FONTANILLAS

Page 247: Rel Mato Grosso

Gabro 1.688 ± 46 Sm-Nd Geraldes et al - 1.986Gabro 2.8 Ga K-Ar Plagioclásio Monteiro et al 1986

Ignimbrito 10º 17' 42" 54º 11' 46" 1.790 ± 02 Rb-Sr Leite, Jayme A. D.Siltito 1.485 ± 32 Rb-Sr Tassinári et al. - 1.978Siltito 1.331 ± 28 Rb-Sr Tassinári et al. - 1.978Conglomerado basal 1.714 ± 39 Pb-Pb Zircão Saes & Leite - 2.002

Granito 1.587 ± 04 U-Pb Zircão Geraldes - 2.000

Ortognaisse 1.552 ± 03 U-Pb Zircão Ruiz, et al - 2.004

1600 à 1547 U-Pb Bettencourt et al. - 1.999Monzogranito 1.573 ± 15 U-Pb Bettencourt et al. - 1.999Sienogranito 1.606 ± 24 U-Pb Bettencourt et al. - 1.999Piterlito 1.566 ± 05 U-Pb Bettencourt et al. - 1.999Viborgito 1.566 ± 03 U-Pb Bettencourt et al. - 1.999Biotita Sienogranito 1.554 ± 17 U-Pb Bettencourt et al. - 1.999Quartzo-Sienito 1.532 ± 05 U-Pb Bettencourt et al. - 1.999Granito 11º 26' 50" 59º 06' 36" 1,81 1.81 Ga Sm-Nd Rocha Total SOPEMI-UnBGranito 11º 28' 26" 59º 09' 09" 1,8 1.80 Ga Sm-Nd Rocha Total SOPEMI-UnB

GR 333 Metagranito -69 1.677 U-Pb Zircão Giklmar et al. - 2002Ortogn. monzogranítico 1.547 ± 13 U-Pb Santos et al. - 2002Asugen-gnaisse 1.569 ± 18 U-Pb Santos et al. - 2002Gnaisse monzogranítico 1.570 ± 17 U-Pb Tasinari et al. - 1996

JV - 69 Hor. Bio. sienonito 11°19'38,2" 58°59'52,9" 1.542 ± 02 U-Pb Zircão Lacerda Filho - 2004

MQ-33 Sienogranito 1.537 ± 07 U-Pb Zircão Rizzotto et al. - 2.002MQ-33 Granito 1.546 ± 05 Pb-Pb Zircão Rizzotto et al. - 2.002

Metadacítico 1,67 4.8 1.509 ± 10 U-Pb Zircão Matos et al - 2.004Metadacítico 1,48 4.3 1.503 ± 14 U-Pb Zircão Matos et al - 2.004Gabro 1,7 4.1 1.481 ± 47 U-Pb Zircão Matos et al - 2.004Granito 1,5 2.6 1.449 ± 07 U-Pb Zircão Matos et al - 2.004Metadacitos 1.449 ± 07 U-Pb Zircão Matos et al - 2.004 In Ruiz - 2.004

SUÍTE INTRUSIVA FIGUEIRA BRANCA

GRUPO BENEFICENTE

SUÍTE INTRUSIVA SANTA CRUZ

COMPLEXO METAMÓRFICO RIO NOVO

SUÍTE INTRUSIVA SERRA DA PROVIDÊNCIA

GRANITO ARIPUANÃ

COMPLEXO METAVULCANO-SEDIMENTAR RIO ALEGRE

Page 248: Rel Mato Grosso

Anfibolito 1.330 ± 33 Rb-Sr Menezes, et al - 1.993Granulito 1.494 ± 10 U-Pb Zircão Geraldes - 2.000

Granodiorito 1,77 1.485 ± 04 U-Pb Matos, et al - 1.996Granodiorito 1400 Rb-Sr Monteiro et al - 1.986

1,48 1.422 ± 04 U-Pb Geraldes et al. - 2.0011,63 1.456 ± 34 U-Pb Geraldes et al. - 2.001

1.308 ± 13 Rb-Sr Menezes et al. - 1.9931.464 ± 25 U-Pb Geraldes et al. - 2.001

Granito gnaissico 1.456 ± 10 U-Pb Zircão Ruiz et al - 2.003Sienogranito 1.419 ± 09 U-Pb Zircão Ruiz et al - 2.003Monzogranito 1.318 ± 24 Rb-Sr Ruiz et al - 2.003

Monzogranito 1.444 ± 13 U-Pb Zircão Ruiz et al - 2.003Granodiorito 1.436 ± 04 U-Pb Zircão Ruiz et al - 2.003Granito 1.462 ± 07 U-Pb Zircão Ruiz et al - 2.003

Granito 1.423 ± 02 U-Pb Zircão Geraldes et al. - 2.000Quartzo-Sienito 1.126 ± 38 Rb-Sr Geraldes et al. - 2.000Granito 1.46 à 1.42 U-Pb Zircão Geraldes et al. - 2.001

1.472 ± 24 U-Pb Geraldes et al. - 2.001Granito pórfiro 1.423 ± 04 U-Pb Zircão In Ruiz et al. - 2.003Granito 1.546 ± 05 Pb-Pb Rizzoto et al - 2.002Granito 1.537 ± 07 U-Pb Rizzoto et al - 2.002

Tonalito 1.384 ± 40 U-Pb Zircão Ruiz et al - 2.004 Granodiorito 1.412 ± 05 U-Pb Zircão Geraldes - 2.004 Granito 1.400 ± 24 U-Pb Zircão Geraldes - 2.004 Tonalito 1.379 ± 31 U-Pb Zircão Colombo et al.- 2.001

1.440 ± 80 Rb-Sr Monteiro et al 1.986Granito 1.546 ± 15 U-Pb Geraldes - 2.000Granito 1.394 ± 37 U-Pb Zircão Geraldes - 2.000Granito 1.423 ± 15 U-Pb Geraldes - 2.001

COMPLEXO GRANULITO SANTA BARBARA

SUÍTE INTRUSIVA ÁGUA CLARA

SUÍTE INTRUSIVA SANTA HELENA

SUÍTE INTRUSIVA PINDAITUBA

SUÍTE INTRUSIVA RIO BRANCO

SUÍTE INTRUSIVA SANTA RITA

SUÍTE INTRUSIVA ALVORADA

Page 249: Rel Mato Grosso

Ortognaisse 1.360 ± 45 Rb-Sr Rizzotto et al. - 2.002Anfibolito 1.315 ± 06 Ar-Ar Rizzotto et al. - 2.002Monzogranito 1.313 ± 03 Ar-Ar Rizzotto et al. - 2.002Monzogranito 1.319 ± 02 Ar-Ar Rizzotto et al. - 2.002Leucogranito 1.314 ± 06 Ar-Ar Rizzotto et al. - 2.002Metagabro 1.352 ± 03 U-Pb Rizzotto et al. - 2.002

Granito 1.608 ± 200 U-Pb Zircão Geraldes - 2.000Granito 1600 U-Pb Ruiz & Tassinári - 2.001Sienogranito fino 1.310 ± 44 U-Pb Zircão Geraldes - 2.000

1.608 ± 200 Rb-Sr Dall'agnol & Santos - 1996

1.260 ± 56 Rb-Sr Leal et al - 1978

Basalto 1.225 ± 20 K-Ar Silva et al - 1.980Basalto 1.416 ± 14 K-Ar Silva et al - 1.980Granito Foliado F. 10º 07' 00" 59º 09' 00" 2.201 Sm-Nd Rocha Total Rizzotto et al - 2.002

Arenito 1.710 ± 11 Pb-Pb Detritico Saes & Leite - 2.002Arenito 1.367 ± 149 Pb-Pb Detritico Saes & Leite - 2.002

1.848 ± 17 U-Pb JICA/MMAJ - 2.0001.755 ± 05 U-Pb JICA/MMAJ - 2.0001.653 ± 42 U-Pb Pimentel - 2.001

Conglomerado basal 1.987 ± 04 Pb-Pb Detritico Saes & Leite - 2.003Conglomerado 1.377 ± 13 Pb-Pb Detritico Saes & Leite - 2.003

1.383 ± 04 Pb-Pb Detritico Saes & Leite - 2.001

1005 U-Pb Rizzotto et al - 1999

SUÍTE METAMÓRFICA COLORADO

GRANITO LAJES

ALCALINAS CANAMÃ

SUÍTE INTRUSIVA CACOAL

FORMAÇÃO ARINOS

FORMAÇÃO DARDANELOS

SUÍTE INTRUSIVA RIO PARDO

Page 250: Rel Mato Grosso

1400 Rb-Sr Barros et al - 1.982Veios hidrotermais 946 à 908 ± 0,9 Ar-Ar Sericita Fernandes et al. - 2.003Metarenito 1.453 ± 10 U-Pb Detritico Santos, et al. - 2.001Metarenito 1.420 ± 16 U-Pb Detritico Santos, et al. - 2.001Metarenito 1.350 ± 19 U-Pb Detritico Santos, et al. - 2.001Metarenito 1.327 ± 15 U-Pb Detritico Santos, et al. - 2.001Metarenito 1.271 ± 15 U-Pb Detritico Santos, et al. - 2.001Metarenito 1.231 ± 14 U-Pb Detritico Santos, et al. - 2.001Milonito 964 ± 40 K-Ar Muscovita Santos, et al. - 2.001Fro. Morro Cristalino 936 ± 20 K-Ar Litherland et al. - 1.986 For. Vale da Promissão 1.039 ± 23 K-Ar Litherland et al. - 1.986

950 ± 23 K-Ar Bloomfield & Litherland - 1.979 876 ± 28 K-Ar Bloomfield & Litherland - 1.979

Metarenito 912 ± 0,7 Ar-Ar Ruiz et al. - 2004948 à 843 ± 17 K-Ar Geraldes et all - 1997

1030 U-Pb Detritico Bahia - 1.9971154 U-Pb Detritico Santos, J. O. - 2.002

995 U-Pb

939 à 914 U-Pb Barros et al - 1.982 In coluna estr. ant.Granito 1490 Rb-Sr Hasui & Almeida - 1.970Granito 745 ± 14 Rb-Sr Barreto & Montovani - 1.975Granito 706 ± 31 Rb-Sr Tassinári - 1.981Gabro 656 ± 10 K-Ar Tassinári - 1.981Granito 698 ± 21 K-Ar Tassinári - 1.981Granito 900 à 850 Rb-Sr Barros et al - 1.982Granito 1,2 950 ± 40 U-Pb Menezes et al. - 1.993

852 ± 14 K-Ar Menezes et al. - 1.993

Granito 914 ± 15 U-Pb Zircão Babinski et al - 2.001 - In Ruiz et al. 2.003Granito 930 U-Pb Zircão Babinski et al - 2.001Granito 916 ± 20 U-Pb Zircão Babinski et al - 2.001

97-118a Granito 939± 19 U-Pb Zircão Mauro Cesar Geraldes - 200097-118b Granito 914± 15 U-Pb Zircão Mauro Cesar Geraldes - 2000

GRUPO AGUAPEÍ

FORMAÇÃO PALMEIRAL

SUÍTE INTRUSIVA RONDÔNIA

SUÍTE INTRUSIVA GUAPÉ

SUÍTE INTRUSIVA SÃO DOMINGOS

Page 251: Rel Mato Grosso

Granito 906 ± 03 Ar-Ar Biotita Araujo Ruiz - 2.003

Gnaisse 899 À 856 U-Pb Zircão Pimentel & Fuck - 1.992Ortognaisse 675 ± 75 Rb-Ar Rodrigues - 1.996Gnaisse tonalitico 600 ± 136 Rb-Ar Viana - 1.995

853 ± 13 U-Pb Zircão Viana - 1.995

4034/AM-OC/196 Filito 746 ± 28 Rb-Sr Barros et al - 1.9824034/AM-OC/194 Filito 752 ± 26 Rb-Sr Barros et al - 1.982

462 à 576 Ma U-Pb

660 À 547 Rb-Ar Cordani et al. - 1.985

Granito 504 K-Ar Almeida - 1.964Granito 503 K-Ar Hasui & Almeida - 1.970Granito 483 ± 08 Rb-Ar Almeida & Montovani - 1.975Granito 514 à 498 Rb-Ar Adalberto Maia Barros et al - 1.982Granito 506 K-Ar Hasui & Almeida - 1.970Granito 504 ± 05 U-Pb Pinho, F. E. - 2.004

247 -243 Ma Ar-Ar

198 Ar-Ar Minioli et al. - 1.999 112 ± 03 K-Ar Adalberto Maia Barros et al - 1.982 123 ± 13 K-Ar Minioli et al. - 1.971

Basalto 112 ± 04 K-Ar Minioli et al. - 1.971Basalto 126 ± 04 K-Ar Minioli et al. - 1.971Basalto 196 ± 1,8 Ar-Ar Minioli et al. - 1.999

GRANITO SARARÉ

ORTOGNAISSES DO OESTE DE GOIÁS

GRUPO CUIABÁ

SUÍTE INTRUSIVA SERRA NEGRA

GRUPO ALTO PARAGUAI - FORMAÇÃO DIAMANTINO

SUÍTE SÃO VICENTE = GRANITO SÃO VICENTE

UNIDADE ARAGAUINHA

FORMAÇÃO TAPIRAPUÃ

Page 252: Rel Mato Grosso

Basalto 138 à 129 Ar-Ar Cordani & Vandoros - 1.967112,3 à 125,7 K-Ar Minioli et al - 1.971

130 Rb-Sr Teixeira - 1.980

Arenito 83,9 ± 04 Ar-Ar Gibson et al - 2004

Sienito 84 ± 06 Rb-Sr Del'Arco et al. - 1.982

FORMAÇÃO PAREDÃO GRANDE

SUÍTE PONTA DO MORRO

FORMAÇÃO SERRA GERAL