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PRO"RAMA(adaptado do pro#rama do Pro$% Pedro Martne&)
I% No'o e e$etos essen!as 1. Noo leal! as"e#tos #om"leme$tares
%. &lassifi#ao do #o$trato
1. &o$trato t'"i#o
%. &o$trato o$eroso
(. &o$trato si$alam)ti#o
*. &o$trato obria#io$al e real
+. &o$trato de e,e#uo i$sta$t-$ea! e,#e"es
(. orma
*. Efeitos reais
1. 0deia eral
%. E,#e"es
(. &l)usula de reserva de "ro"riedade
a Noo
b Efi#)#ia
# 2is#o +. Efeitos obria#io$ais
1. 2eras erais
%. E$trea da #oisa
(. Paame$to do "reo
a As"e#tos erais! determi$ao
b &um"rime$to
# Parti#ularidades
d Des"esas do #o$trato
II% Modaldades tp!as de !ompra e *enda
1. 3uesto "rvia
%. 4e$da a fil5os ou $etos
(. 4e$da de be$s futuros6 frutos "e$de$tes e "artes #om"o$e$tes ou
i$tera$tes
As"e#tos erais
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# 2eduo do "reo
d 0$dem$i9ao
+. 4e$da de #oisas defeituosas
1. Noo de defeitoa 3ualidade $ormal e a#ordada
b 4alor e utilidade da #oisa
%. Defeito o#ulto e defeito a"are$te
(. &oisa defeituosa e #um"rime$to defeituoso
*. &o$sequ7$#ias
a 2esoluo
b 2e"arao do defeito ou substituio da #oisa
# 2eduo do "reo
d 0$dem$i9ao
e 2elao e$tre os diversos meios 8ur'di#os
f Bara$tia
+. E,er#'#io dos direitos! "ra9o
. 2eimes es"e#iais
a A$imais
b 2es"o$sabilidade do "rodutor# Defesa do #o$sumidor
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Aula n + , +-./0.1/+3
Sum2ro A"rese$tao. Cs tr7s sistemas. sistema do t'tulo e do modo6 sistema do t'tuloe sistema do modo. A evoluo 5istri#a da #om"ra e ve$da. Direito roma$o.
????
M4todo de a*ala'o
Feste a 1%?1%?%>1(6 que ser) o "ri$#i"al eleme$to de avaliao!
Frabal5o qui$9e$al $as aulas "r)ti#as
56lo#ra$a
Aulas teri#as
Pedro de Albuquerque6 Direito das obrigaes, contratos em especial, 2009, Tomo I,
Volume 1. Tomo I6 ? versa sobre a #om"ra e ve$da at Gs "erturbaes t'"i#as da
#om"ra e ve$da Hque so tr7s: #om"ra e ve$da de be$s al5eios! #om"ra e ve$da de be$s
o$erados e #om"ra e ve$da de #oisa defeituosa6 #om e,#e"o de uma!
Pedro de Albuquerque/Iiuel Assis 2aimu$do6Direito das obrigaes, contratos em
especial, Tomo II, Volume 2 !ontratos de empreitada, 2012, II ? #obre toda a
matria relativa G em"reitada. Direito das "brigaes, Volume # $ene%es &eit'o? Iatria da lo#ao.
Eleme$tos "oli#o"iados a for$e#er "ela re7$#ia da dis#i"li$a aos alu$os.
7e#sla'o
Cd#o C*l
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COMPRAEVENDA, EVO789:O;IST
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4iorou $a maior "arte da vi7$#ia do Direito 2oma$o Hat s#. M4. Iodelo domi$a$te $oDireito 2oma$o. &o$siste em dois $e#ios ou a#tos. A #om"ra e ve$da re"artia?se "or doisa#tos Hato6 fa#to6 $e#io e #o$trato6 eram duas e$tidades 8ur'di#as diversas que se a8udavame$tre si "ara "rodu9ir o efeito fi$al6 mas o $e#io de #om"ra e ve$da em si mesmo $o o"eravaa tra$sfer7$#ia da "ro"riedade. 4iorava em 2oma e viora em Es"a$5a.
Sistema do Ttulo e do Modo
primeiro corresponde a um sistema de transmisso casual em !ue o negcio asee o acto de trans&er0ncia so distintos e separados mas em !ue se re!uer umacompagina'o entre o primeiro e o segundo.
3ua$do #elebro um #o$trato de #om"ra e ve$da a #oisa $o "assa a ser "ro"riedade do#om"rador. Por e,em"lo se eu ve$der este relio a um se$5or que estiver a' se$tado e"eru$tar se ele quer #om"rar e ele res"o$der que sim6 que quer #om"rar6 isto "ara di9er que$o tra$smite a "ro"riedade. Cbria?se a tra$smitir qualquer #oisa que at "ode ser a "osse6 mas
#o$ti$ua "ro"riet)rio. Este $e#io tem efi#)#ia merame$te obria#io$al. um ato subseque$teque "ode ser a tra$smisso da #oisa6 a tra$sfer7$#ia da "osse Ho ato material de e$trear a #oisa.&elebro o #o$trato mas #o$ti$uo "ro"riet)rio6 a"e$as qua$do e$treo a #oisa ao outro que a"ro"riedade se tra$sfere. Posso estar obriado a #elebrar outro ato. C $e#io de #om"ra eve$da em si mesmo $o se o"era a tra$sfer7$#ia. istema de tra$smisso #ausal. Ne#io base eato de tra$sfer7$#ia so disti$tos e se"arados mas em que de requer uma #om"ai$ao e$tre oseu$do e o "rimeiro. o dois a#tos de"e$de$tes um do outro. C seu$do ato6 que o queo"era a tra$sfer7$#ia da #oisa arti#ula?se #om o "rimeiro $o se$tido em que e #ausal6 de"e$dedele6 se o "rimeiro sofrer aluma vi#issitude6 o seu$do ato afe#tado.
O SISTEMADOT=T87O
A #om"ra e ve$da tem efi#)#ia real. Ela6 "or si s6 o"era a tra$sfer7$#ia da #oisa6 datitularidade. o a#tos se"arados e $o se arti#ulam. abstra#to relativame$te ao "rimeiro.
O SISTEMADOMODO
Femos dois $e#ios disti$tos. Cs dois a#tos so se"arados e $o se arti#ulam $o se$tido emque o seu$do ato abstra#to6 $o #ausal relativame$te ao "rimeiro e $o sofre as vi#issitudes
do "rimeiro. istema e,iste$te $a Alema$5a.
Aula n 1 , 1/./0.1/+3
Sum2ro Evoluo 5istri#a. Direito i$termdio. Evoluo 5istri#a da #om"ra e ve$da $oDireito "ortuu7s at Gs Crde$aes.
????
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Do "o$to de vista 5istri#o e do direito #om"arado t'$5amos tr7s sistemas Hmodo! t'tulo e t'tuloe do modo. C sistema do modo foi o que "redomi$ou $o direito roma$o.
Dreto Romano
2.1 Direito Romano8o direito romano a compra e #enda (emptio venditio) " predominantemente umcontrato consensual e ilateral pelo !ual uma das partes (o #endedor) se origa atrans&erir para a outra (o comprador) a posse de uma rese a assegurar9l+e o go:opac&ico origando9se (comprador) este a dar ,!uele (#endedor) a propriedade dedeterminadapecunia!ue constitui opretium.
C im"rio roma$o do o#ide$te #aiu $o s#ulo 4 Gs mos dos O)rbaros. C im"rio roma$o doorie$te s #aiu $o s#ulo M4. E$qua$to e$tidade "ol'ti#a6 o direito roma$o viorou mais de %>s#ulos6 at que a"are#eram as #odifi#aes ilumi$istas do s#ulo M4000! #dios ilumi$istas da
"rimeira sistem)ti#a $o s#ulo M0M! s#ulo MM os #dios da seu$da sistem)ti#a6 do qual fa9"arte o $osso #dio #ivil.
C #o$trato de #om"ra e ve$da $o o"erava a tra$sfer7$#ia da #oisa. A tra$sfer7$#ia da #oisa $oo"erava imediatame$te. E,em"lo se fosse roma$o6 se #elebrasse o #o$trato e ve$da do relioe o meu #om"rador a#ordasse o "reo e dissesse que a#eitava a #om"ra e ve$da6 a "ro"riedadedo relio $o se tra$smitia imediatame$te. C que eu fi#ava obriada era a "rati#ar um atosubseque$teme$te6 que $ormalme$te era a tradicio. A "osse o #o$trolo material sobre a #oisa6o "oder sobre a #oisa6 $o qual so atribu'dos efeitos 8ur'di#os.
8esta de&ini'o " e;pressa a caracterstica mais original da compra e #enda
romana< a mera origatoriedade. - emptio venditio" um contrato em !ue !uer a trans&er0ncia da coisa !uer o
pagamento do pre'o so di&eridos para momento posterior.
No sistema do t'tulo e do modo6 a #om"ra e ve$da $o tra$sferia a "ro"riedade do ob8e#to.Neste sistema 5) dois a#tos disti$tos. Primeiro o #o$trato de #om"ra e ve$da e de"ois um a#toaut$omo que se #o$8ua #om este. A #om"ra e ve$da a"e$as erava efeitos obria#io$aisHobriava o ve$dedor a e$trear a #oisa e o #om"rador a "aar a #oisa.
A#tualme$te6 $o e,er#'#io da "osse #o$ti$uada/ se eu e,er#er a "osse dura$te muito tem"o6
"osso tor$ar?me "ro"riet)rio. Esta "osse #o$ti$uada #5amada de usu#a"io.No se sabe qua$do que a #om"ra e ve$da se tor$ou $um #o$trato obria#io$al. C que #ara#ter'sti#o das so#iedades "rimitivas a tro#a e fu$#io$ava i$sta$ta$eame$te. De"ois6 osistema v)lido foi uma #om"ra e ve$da a #om"rar. E,em"lo o que fa9emos $ossu"ermer#ados. Primeiro "eamos $a #oisa6 "aamos a #oisa e s de"ois que a levamos.
A #om"ra e ve$da baseada $a "alavra das "essoas "rovo#a a"e$as efeitos obria#io$ais e de"oise,ie alo "osterior que "ressu"e alum "e$same$to. &om"ra e ve$da #o$se$sual que "rodu9efeitos obria#io$ais.
8a "poca ps9clssica em #irtude da descon&ian'a geral pro#ocada pelo declnio da
economia regressa9se , compra e #enda a pronto ou contado um &enmeno !uea&ecta tanto o cidente com o riente.
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>po!a ps.!l2ss!a
Q) um "er'odo de ra$de #rise e#o$mi#a6 5ave$do uma ra$de des#o$fia$a e$tre as "essoas.Passa?se a um esquema a #o$tar. No mome$to em que re#ebo o "reo e e$treo a #oisa6 d)?se atra$sfer7$#ia da "ro"riedade. Nas so#iedades mais "rimitivas6 a #om"ra e ve$da ti$5a "or si sefi#)#ia obria#io$al.
&om 8usti$ia$o? #om"ra e ve$da um esquema merame$te obria#io$al.
Aos roma$os era estra$5a de que ti$5a que 5aver #orres"o$d7$#ia do "reo #om o ob8e#to emsi. Essa ideia a"are#eu #om i$flu7$#ia do #ristia$ismo. A"are#e a #erta altura $a doutri$a dos
doutores medievais6 8uristas "s direito #omum6 a "artir s#ulo M006 #omea a 5aver a a"li#aodo direito roma$o $a Euro"a6 as u$iversidades #omeam a a"li#ar direito roma$o.
Nesta altura6 qua$do se re#omea a ol5ar "ara as fo$tes6 v7?se que 5) um me#a$ismo de que Rdado o $ome de leso e$orme que era um me#a$ismo desti$ado a #ombater situaes dedes"ro"oro e$tre o "reo e a #osia. Este me#a$ismo ti$5a a"li#ao limitada G tutela de be$simveis6 e era o me#a$ismo que tutelava a"e$as uma das "artes6 o ve$dedor. 0sto erava a"ossibilidade do ve$dedor ve$der a #oisa "or um "eo viril res#i$dir o #o$trato6 e,#e"to se o#om"rador "referisse "aar o "reo 8usto "ara $o ver o #o$trato destru'do. e o bem fosseve$dido a um "reo i$ferior a metade do 8usto valor6 o ve$dedor "odia res#i$dir o #o$trato.
Dreto nterm4do
Per'odo subseque$te G queda de 2oma6 a "artir s#ulo M e ate ao s#ulo M00. Cs "ovos b)rbaroseram "ovos mais "rimitivos que os roma$os. Assistimos um reresso G forma "rimitiva6 G#om"ra e ve$da a #o$tado6 se$o a um esquema de tro#a imediata. 3ua$do se "assa "ara a#om"ra e ve$da6 $estes "ovos assumiu a estrutura de um #o$trato real a dois ti"os. Sm ti"oti$5a a ver #om os efeitos da #om"ra e ve$da e o outro ti$5a a ver #om o me#a$ismo da "r"ria#om"ra e ve$da. Era estra$5a a ideia da #om"ra e ve$da #o$se$sual.
2.2 Direito intermdio
- compra e #enda no direito dos po#os germ>nicos lomardos e &rancos pareceassumir a estrutura de um contrato real em !ue de incio se assiste a umaimediata troca entre o em e o pre'o em din+eiro.
- estes po#os raros era completamente estran+a a ideia de uma compra e#enda consensual.
Ne#!os reas quoad effectum e ne#!os reas quoad constitutionem. Q) determi$ados$e#ios6 $omeadame$te o mtuo6 em que se e,ie a e$trea da qua$tia mutuada. No basta
Contratos I Compra e Venda (aulas tericas)Pg. ?@
A ideia de que o "reo devia ser 8usto estra$5a ao Direito &l)ssi#o. Iais tarde a"are#eria o#o$#eito depretium iustume a questo6 re#orre$do G $ome$#latura dos Doutores Iedievais6 dalaesio enormis.
Ai$da assim trata?se de uma fiura que $o ati$iu $u$#a o -mbito de um me#a$ismo dea"li#ao eral. i#ou #o$fi$a$do G tutela do ve$dedor de be$s imveis.
*m conse!u0ncia se um em de rai: &osse #endido um pre'o in&erior a metade doseu #alor Austo o #endedor podia pedir a resciso do contrato e;cepto se ocomprador pudesse pagar a di&eren'a.
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que as duas "artes diam que vo #elebrar o mtuo e que diam as #o$dies e que esto os doisde a#ordo #om as #o$dies e e$to vo #elebrar o mtuo. C mtuo s e,iste e$qua$to #o$tratoqua$do o mutu)rio e$trear o di$5eiro. 0sto um #o$trato real quoad #o$stitutuio$em6 de"e$dede um #om"ortame$to material.
Contrato real quoad effectum6 aqueles que o"eram "or si s a tra$sfer7$#ia da #oisa. E,em"lo #om"ra e ve$da e doao. e eu "eru$tar a alum se quer #om"rar o meu relio e eledisser que sim e a#ordamos o "reo e di9emos $e#io fe#5ado6 o relio dei,a de ser meu "orfora do #o$trato. e eu disser a alum que l5e ofereo o relio e "eru$to se ela a#eita e eladi9 que sim6 o relio dei,a de ser meu i$sta$ta$eame$te.
*m #e: de se tornar per&eita com o consenso ou a contraposi'o das duasoriga'Bes a compra e #enda dependia da reali:a'o e&ecti#a de uma daspresta'Bes por uma das partes para a outra &icar #inculada.
Para os "ovos b)rbaros eram $e#ess)rias as duas #oisas. No "odia #5ear ao " de um b)rbaroe "eru$tar se ele quer #om"rar e ele di9er que sim e a#ordar valores e fi#ar #om titularidade dorelio. Fi$5a que a#ordar o $e#io e ti$5a que e$trear a #oisa e $esse mesmo mome$to a#oisa dei,ava de ser mi$5a. A #om"ra e ve$da era real quoad effe#tum e quoad #o$stitutio$em.Era $e#ess)ria a reali9ao de ambas as "restaes "ara alm do a#ordo.
T medida que se vai ava$a$do $o tem"o6 #omeam a ser #o$stru'das formas es"irituais dere"rese$tar/ tradu9ir o #um"rime$to das duas "restaes. E,em"lo se alum ve$desse uma"ro"riedade. C ato de e$trea do #um"rime$to da "restao6 bastava a e$trea de umdo#ume$to. C do#ume$to simboli9ava a tra$sfer7$#ia da "ro"riedade.
Renas!mento do Dreto Romano
C"erado "ela es#ola de Oolo$5a Hs#ulo 006 assiste?se ao reresso da #om"ra e ve$daobria#io$al e #o$se$sual vie$te $o "er'odo #l)ssi#o e 8usti$ia$eu daquele orde$ame$to8ur'di#o.
Renascimento do Direito Romano
Como renascimento do direito romano operado pela *scola de olon+a assiste9se aoregresso da compra e #enda consensual e origacional #igente no perodo clssico eAustinianeu da!uele ordenamento Aurdico.
C direito roma$o re$as#e e es"al5a?se "or toda a Euro"a. 2eressa?se ao esquema da #om"ra e
ve$da merame$te #o$se$sual6 isto H#om os "ovos b)rbaros t'$5amos uma #om"ra e ve$dabaseada $o t'tulo e $a tradio da #oisa6 ti$5a que ser tudo i$sta$t-$eo.
No direito roma$o temos um esquema baseado $o t'tulo e $a tradio6 "odia 5aver "rimeiro uma#ordo merame$te #o$se$sual e esse a#ordo $o "ressu"o$5a que e$treasse imediatame$te a#oisa. C a#ordo determi$ava que eu fi#ava obriado a tra$smitir a #oisa. A e$trea da #oisa $oera #o$stitutiva do a#ordo6 era s #o$stitutiva da tra$sfer7$#ia da "ro"riedade.
Pro e,em"lo6 era um b)rbaro e queria ve$der qualquer #oisa. Fi$5a que a#ordar e e$trear loo6se$o $o 5avia #o$trato. e #elebrasse #om um roma$o um #o$trato e dissesse que a#eitava a#om"ra e ve$da "elo que me ti$5a "ro"osto6 aqui 8) t'$5amos um #o$trato6 s que a #oisa
#o$ti$uava a ser mi$5a at verifi#armos um modo Husu#a"io ou tradio.
Contratos I Compra e Venda (aulas tericas)Pg. ??
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C direito #omum $o iual ao direito roma$o. As fo$tes so as mesmas6 mas o "o$to de vista difere$te6 o modo de ver as #oisas difere$te. A $ossa viso #o$stitutiva da $ossa realidade.
Cs 8uristas medievais eram "rofu$dame$te #atli#os e ol5avam "ara o direito roma$o #om ol5osde #atli#os. Na matria de equil'brio ou desequil'brio e$tre as "restaes $o fa9ia se$tido e
"orta$to deram o $ome de leso e$orme e trabal5aram aquilo.
- prolemtica da leso enorme no direito comum aseado na ideia de Austo pre'oe#idencia em como o ius commune no &oi um simples elaora'o do direitoromano.
Preo 8usto "ara um #risto a ideia b)si#a a ideia de iualdade aos ol5os de Deus6 que todosso iuais e todos devem ser tratados de modo 8usto. Para os 8uristas medievais o que a#o$te#e que i$admiss'vel uma #om"ra e ve$da em que $o 5) equil'brio e vo alarar este me#a$ismode leso e$orme a todas as "artes.
Com o direito comum a leso enorme ad!uire o carcter de um mecanismo deaplica'o geral.
3uer o ve$dedor quer o #om"rador "assam a ser tutelados "elo me#a$ismo da leso e$orme emtodos os #o$tratos. A "roblem)ti#a da leso e$orme $o direito #omum foi baseada $a ideia de8usto "reo.
* isto !uer no tocante ,s pessoas (ela passa a ser concedida !uer ao #endedor !uerao comprador) !uer ainda no respeitante aos negcios aos !uais " aplicada. 8a suaase encontra9se uma presen'a do dolo !ue a&ectaria o contrato pela sua leso.
Iodelo: #om"ra e ve$da seu$do o sistema do t'tulo e do modo6 baseada $a ideia de que deve5aver equil'brio e$tre as "restaes6 #om efeitos obria#io$ais e baseada $o #o$se$so.
#om o 8usra#io$alismo que se teoria a vo$tade e$qua$to tal. Feori9ado "or 8uristass#ulo M400/ M40006 ra$de "arte deles Alemes. eu$da es#ol)sti#a.
Feoria eral da vo$tade o que eu dio vi$#ula?me "era$te os outros e "era$te deus. No "ossodi9er uma #oisa e fa9er outra. 3ua$do dio que ve$do e a outra "arte a#eita6 e$to a #oisadei,ou de ser mi$5a.
Durge ainda a &igura da leso enormssima isot " a !ue ultrapassa#a os dois ter'os
do pre'o.
Aula n 3 , 1?./0.1/+3
Sum2ro: &o$#luso da evoluo 5istri#a da #om"ra e ve$da. &dio de eabra. Direito"ositivo. Efeitos e eleme$tos esse$#iais da #om"ra e ve$da.
????
Contratos I Compra e Venda (aulas tericas)Pg. ?2
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No fi$al da ltima aula referiu?se o &dio de Na"oleo6 que de"ois das teori9aesra#io$alistas sobre a vo$tade6 que o &dio &ivil fra$#7s viria a #o$sarar a #om"ra e ve$da#om base $o sistema do t'tulo e,#lusivame$te
Essa soluo do direito fra$#7s vai ter im"li#ao $o modelo de #om"ra e ve$da que viora
a#tualme$te em Portual. Porqu7K
Dreto Vs#t!o
Porque $s a$tes da fu$dao t'$5amos a a"li#ao do direito visiti#o Ha"s a queda doim"rio roma$o do o#ide$te.
Na fase de me$or "u8a$a do im"rio roma$o do o#ide$te aqui $a Pe$'$sula 0bri#a6 esta foii$vadida "or 4-$dalos6 uevos e Ala$os. Cs roma$os "ediram a8uda aos visiodos6 que vierame,"ulsar estes "ovos da Pe$'$sula 0bri#a6 #om e,#e"o de uma "eque$a "arte do $orte6 o$de5o8e a Bali9a. Lo#al o$de "erma$e#eram alu$s destes "ovos6 mas qua$do os ve$#eram
voltaram "ara a B)lia. qua$do o im"rio 2oma$o do C#ide$te #ai6 que eles reressam eo#u"am a Pe$'$sula 0bri#a.
o direito visiti#o que se a"li#a at a Pe$'$sula 0bri#a ser o#u"ada "elos muulma$os Ho quesu#edeu ra"idame$te6 se$do "arado $os Pire$us "or &arlos Ia$os6 #om e,#e"o de umabol5i$5a $o $orte da Pe$'$sula 0bri#a6 o$de subsistem alu$s #ristos. Q) uma batal5a dosmuulma$os6 e um #5efe dos #ristos #5amado Pl)io6 em que os muulma$os "erdem. Estaderrota $o tem im"a#to $e$5um "ara os muulma$os6 mas "ara os #ristos foi de#isiva6 "oisasseurou a "erma$7$#ia #rist $a Pe$'$sula 0bri#a6 at ao s#. M04 em que se fa9 are#o$quista #rist #om a queda de Bra$ada Hltimo bastio $a Pe$'$sula 0bri#a.
Dreto Portu#u@s
C que que se a"li#a a "artir da re#o$quista que 5o8e PortualK
2.3. Direito Portuu!s
8o cdigo #isigtico a trans&er0ncia de propriedade no se #eri&ica para e&eito docontrato de compra e #enda !ue continua a ter nature:a origacional
Primeiro a"li#ado o direito visiti#o6 e a"s a fu$dao do 2ei$o de Portual #omea aassistir?se a uma "erda do direito visiti#o e G a"li#ao do direito roma$o re$as#ido a "artir de
Oolo$5a: o direito #omum.
E G medida que $s ava$amos $o tem"o #omea a a"li#ar?se em detrime$to do direitovisiti#o o direito roma$o #omum Ho direito visiti#o era em ra$de "arte tambm direitoroma$o6 s que direito roma$o vulari9ado.
C direito roma$o de Oolo$5a o direito roma$o re$as#ido6 e "orta$to das fo$tes 8usti$ia$eias6 oque si$ifi#a que o modelo em Portual desde o re$as#ime$to do direito roma$o o sistema dot'tulo e do modo.
Nos "rimeiros a$os da fu$dao ai$da tem i$flu7$#ia o direito visiti#o. Q) uma fase em que
su"ostame$te 8) se devia a"li#ar o direito roma$o de Oolo$5a H$a tradio es#ol)sti#a6 mas
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"orque os 8u'9es e 8uristas "ortuueses muitas ve9es $o sabiam latim6 sobretudo os 8u'9es6re#orriam a fo$tes de direito roma$o tradu9idas "ara #astel5a$o.
Desi$adame$te a"li#ava?se em Portual as Uete PartidasV6 que so uma fo$te de direito#astel5a$o que #orria em #astel5a$o e $o em latim #omo era tradio $a 0dade Idia.
E 5) at a #erta altura re"rese$taes de "ortuueses a "rotestarem 8u$to do rei $o se$tido de$o se a"li#arem essas fo$tes6 $o se$tido de $o 5aver a mediao de fo$tes #astel5a$as e de sea"li#ar o direito roma$o $a verso es#ol)sti#a6 que ti$5a re$as#ido em Oolo$5a a "artir do s#.M00.
Ias de fa#to6 muitos dos 8u'9os deviam a"li#ar direito roma$o e #omo $o sabiam latimre#orriam Gs Ulores Del Dere#5oV6 UAs ete PartidasV.
Era tradio das Uete PartidasV o sistema do t'tulo e do modo: #om"ra e ve$da #om efi#)#iamerame$te obria#io$al e de"ois a $e#essidade da "r)ti#a de um a#to subseque$te que a#res#e
ao #o$trato de #om"ra e ve$da6 "ara que a tra$sfer7$#ia da #oisa se o"ere efe#tivame$te. C#o$trato de #om"ra e veda $o "rodu9ia essa tra$sfer7$#ia.
A$tes de $s #5earmos ao &dio de eabra6 ai$da temos uma reulame$tao da #om"ra eve$da $as tr7s orde$aes. Fodas elas reulam a #om"ra e ve$da. Em fu$o das su#essivases#olas de direito roma$o 5) uma atitude difere$te relativame$te ao direito roma$o qua$to Gfora da sua a"li#ao subsidi)ria.
A li$5a eral a de que $os "o$tos em que as Crde$aes a"rese$tavam solues es"e#'fi#as6as Crde$aes "revale#iam sobre o direito roma$o #omum6 embora #ada uma destasCrde$aes te$5a reulado o a"elo ao direito #omum de forma difere$te.
Nas tr7s Crde$aes o que $s temos do "o$to de vista substa$tivo a "ro"sito da #om"ra eve$da6 embora a reulame$tao tivesse aluma "rofu$didade6 o que $s temos direitoroma$o #omum6 "elo que o esquema $as $ossas Crde$aes o sistema do t'tulo e do modo.
aba$do$amos o sistema do t'tulo e do modo6 qua$do $o s#. M0M6 #om o &dio de eabraH1
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Fodavia os "rimeiros i$ter"retes6 e sobretudo os $ot)rios e as "artes6 qua$do ol5avam "ara oque o &dio de eabra di9ia6 $um "rimeiro mome$to mar#ados "or uma tradio #e$te$)ria ouquase mile$ar6 fi#aram $a dvida se este #dio $o #o$sarava ai$da o sistema do t'tulo e domodo.
E "orqu7K Porque quem ol5ar "ara as "rimeiras es#rituras feitas aqua$do da e$trada em vior do&dio de eabra6 vai ver que as "artes di9em alo #omo isto: Ueu "or este #o$trato tra$smito eabrio?me a tra$smitirV o que $o #om"ai$)vel #om o sistema do t'tulo.
o contrato de compra e venda aquelle em que um dos contrahentes se obriga aentregar certa cousa, e o outro se obriga a pagar por ella certo preo em dinheiro.
Num #o$trato de #om"ra e ve$da de a#ordo #om o sistema de t'tulo6 se eu disser Ueu ve$doV 8)tra$smiti6 $o "re#iso de me obriar a tra$smitir. Porque que 5) dvidasK
Primeiro temos a i$flu7$#ia 5istri#a6 de"ois "orque quem ol5ava "ara este "re#eito6basi#ame$te o que l) v7 um sistema de t'tulo e do modo.
4o ver que se di9 que #o$trato de #om"ra e ve$da aquele em que um dos #o$trae$tes seobria a e$trear #erta #oisa e o outro se obria a "aar "or ela #erto "reo ou di$5eiro6 "orta$to$o 5) qualquer refer7$#ia G tra$smisso da #oisa. e,istem refer7$#ia a obriaes6 da' quei$i#ialme$te 5ouvesse dvidas qua$to ao sistema aqui #o$sarado.
e $s temos aquele "re#eito que di9 que o #o$trato de #om"ra e ve$da era obriaes6 do$de que resulta e$to a efi#)#ia realK 2esultava de dois "re#eitos: o artio ;1+W e o artio 1+*=W6 eque "ermitiam de fa#to $s #o$#luirmos que est)vamos "era$te o sistema do t'tulo6 $o obsta$te
a $oo eral de #om"ra e ve$da "are#er a"o$tar "ara o sistema do t'tulo e do modo.Porqu7K C "rimeiro destes "re#eitos di9ia o seui$te:
*ra o seguinte o teor dos dois perceitos
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$o o reime da #om"ra e ve$da #omer#ial6 mas o reime do #dio das so#. &omer#iais6 se$doque de resto "ara alm6 e,iste 8) alu$s a$os um reime "ara os valores mobili)rios H&dio dos4alores Iobili)rios.
Q) quem defe$da que qua$to a estes valores mobili)rios e i$de"e$de$teme$te de se saber se a
#om"ra e ve$da #omer#ial abre "or si s as "ortas ao sistema do t'tulo e do modo6 5) quem diade qualquer ma$eira6 os valores mobili)rios de a#ordo #om o reime que #o$sta $este #dioH&I4 seuem $e#essariame$te o sistema do t'tulo e do modo.
Esta tese foi defe$dida tambm $o -mbito da a#uldade de Direito da S$iversidade Nova6 e ao#o$tr)rio da tese que defe$de a "ossibilidade de $s termos o sistema do t'tulo e do modo $odireito #ivil6 esta tese de sistema de t'tulo e de modo "ara os valores mobili)rios tem alumaa#eitao "arte da $ossa 8uris"rud7$#ia.
Q) muitos a#ordos que di9em que a #om"ra e ve$da de valores mobili)rios obede#em aosistema do t'tulo e do modo. 3uem "ela "rimeira ve9 defe$deu esta #o$struo de formadese$volvida foi a DraX. 4era Eir Hartio $a revista F5emis. C Prof. erreira de Almeidasuste$ta a mesma "osio6 em &oimbra o Prof. &outi$5o de Abreu.
Ns vimos que o art.W *>
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A #om"ra e ve$da "rodu9 obriaes mas $e#ess)rio a tradio subseque$te Ho modo o a#tosubseque$te "ara que a tra$sfer7$#ia se d7. Na #om"ra e ve$da su8eita a #o$dio sus"e$siva$s $o temos $e$5uma #om"ra e ve$da obria#io$al "ela ra9o sim"les de que $o se "rodu9$e$5um efeito $em sequer obria#io$al6 isto 6 o $e#io su8eito G #o$dio um $e#io"e$de$te6 ele v)lido mas totalme$te i$efi#a9.
Ns estamos "era$te um sistema #om"letame$te difere$te. Ns temos um t'tulo e $o mome$toem que se verifi#ar a #o$dio o t'tulo a$5a fora. No mome$to da verifi#ao da #o$dio"rodu9?se a a tra$sfer7$#ia "orqu7K &om base $o #o$trato Ho t'tulo est) #omo que #om"rimido6#o$di#io$ado6 e a "artir do mome$to da verifi#ao da #o$dio6 ele des#om"rime e "rodu9 osefeitos todos6 mas os efeitos so ai$da do t'tulo.
0mai$em que eu era ae$te de viae$s. E vou re#eber dois #5arters de turistas6 e te$do ae,"e#tativa de que vai #5over6 vou ter #om um ve$dedor de uarda?#5uvas e #elebrava um#o$trato de #om"ra e ve$da "ara o #aso de #5over6 eu #om"ro uarda?#5uva6 mas se $o #5overeu $o #om"ro uarda?#5uvas. Fe$5o aqui uma #om"ra e ve$da su8eita a #o$dio sus"e$siva.A #5uva $o re"rese$ta o modo6 alias $em sequer um a#to meu6 um a#to da $ature9a. Eu $ote$5o e fa9er $ada6 um fa#to futuro e i$#erto. e #5over 5) #om"ra e ve$da #om efi#)#iatra$slativa imediata6 $o 5) $e#essidade de eu fa9er mais $ada Hve$dedor. Podia at reformar?me da mi$5a a#tividade #omo ae$te de viae$s6 mas se #5over eu 8) $o "osso fa9er $ada. No5) sequer i$#um"rime$to da mi$5a "arte.
Na #om"ra e ve$da obria#io$al eu "osso i$#um"rir "orque s te$5o obriaes6 e #omoqualquer #o$trato de #ari9 obria#io$al6 o obriado "ode i$#um"rir6 te$do de"ois de assumir as#o$sequ7$#ias da res"o$sabilidade #o$tratual.
Neste #aso desde o i$sta$te em que #aia um "i$o de #5uva os uarda?#5uvas so meus6 Noestamos aqui "era$te o sistema do t'tulo e do modo6 um #o$trato que "or si s desde que#5ova "rodu9 os seus efeitos.
Aula n , /+.+/.1/+3
Sum2ro
??????Resumo da ltma aulaabordou?se a questo de saber que a #om"ra e ve$da tem de ter$e#essariame$te efi#)#ia real. &omeou?se a a$alisar as e,#e"es do art.W *>
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e#entual adminssiilidade de situa'Bes de compra e #enda com simples e&icciaorigacional.
&o$stata?mos que a ve$da sus"e$siva #orres"o$de a uma situao que uma e,#e"o G rera
da efi#)#ia real tra$slativa imediata6 "orque 5) um deferime$to e$tre a #elebrao do $e#io eefeito #aso se verifique a #o$dio. A "artir do mome$to em que a #o$dio se verifique6 ot'tulo a$5a efi#)#ia e o#orre a tra$sfer7$#ia.
Cosa $utura
Em FBD& estudou?se a $oo da #oisa futura. C art.W *>< $W % di9 que a titularidade debe$s/#oisa futuras se tra$sfere qua$do a #oisa for adquirida "elo alie$a$te.
8a #enda suAeita a condi'o suspensi#a ou suAeita a termo inicial " o prprio
contrato !ue &ica paralisado nos seus e&eitos essenciais e no apenas atrans&er0ncia da propriedade. %rata9se assim uma #e: mais de um caso de#enda em distinta da #enda origatria ou origacional
E,em"lo: e eu ve$der #a#5orros6 de uma #adela que est) "re$5a6 eu estou a ve$der uma #oisafutura He so frutos6 ou de uma qua$tidade de relios que esto a sair da f)bri#a6 de a#ordo#om uma qua$tidade de es"e#ifi#idades. E qua$do que o bem se tra$sfereK Fra$sfere?sequa$do se tor$a "rese$te H*>
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E basta a #ir#u$st-$#ia de o ve$dedor $o ter aqui que reali9ar $e$5um a#to tra$slativo "ara se"er#eber que a #om"ra e ve$da o#orre ai$da "or efeito do #o$trato6 ou "o$do a questo de outraforma6 "or mero efeito do #o$trato6 mas ai$da "or efeito do #o$trato sistema do t'tulo.
Fambm 8) #o$5e#em as obriaes alter$adas6 as obriaes6 e$ri#as6 as obriaes
alter$ativas. Ns aqui estamos a falar de #om"ra e ve$da de #oisa i$determi$ada6 de #oisae$ri#a6 de #oisa alter$ativa. 3ua$do que se d) a tra$sfer7$#ia $estes #asosK
Q) #ir#u$st-$#ias em que a determi$ao ou a #o$#e$trao de"e$de de um a#to do ve$dedor6de um a#to de ter#eiro ou de outros meios6 e "orta$to aqui $s verifi#amos que ai$da o t'tulo a"rodu9ir a tra$sfer7$#ia6 "orque mais uma ve96 "ode 5aver tra$sfer7$#ia "or a#to que $o dove$dedor H$o estamos a falar do modo6 "ode ser at uma #ir#u$st-$#ia fortuita.
Por e,em"lo $as #oisas i$determi$adas ou e$ri#as a #o$#e$trao "ode dar?se "or"ere#ime$to. Cu $o #aso de um obriao alter$ativa6 em que uma se tor$a im"oss'vel6 "assa aser devida aquela que "oss'vel6 e isto at "ode ser resultado de um a#o$te#ime$to $atural6 deum fa#to fortuito.
8a #enda de coisa indeterminada de coisa gen"rica ou em alternati#a atrans&er0ncia da propriedade tanto poder depender de um acto do #endedor (artigo53=.E do Cdigo Ci#il) como #eri&icar9se por outros meios (artigos 54?.E e 542.E doCdigo Ci#il). ra asta a possiilidade de a concentra'o no surgir comoconse!u0ncia ou resultado de um acto do #endedor para logo se poder concluir ouconstatar no ter a #enda de coisa indeterminada gen"rica ou em alternati#acarcter origatrio.
rutos naturas
Partes #om"o$e$tes ou i$tera$tes $esse a #aso a tra$sfer7$#ia verifi#a?se $o mome$to da#ol5eita ou se"arao.
8o caso da compra de &rutos naturais ou partes componentes ou integrantes atrans&er0ncia #eri&ica9se no momento da col+eita ou separa'o. 8o + pois!ual!uer origa'o de dareda !ual &i!ue dependente a trans&er0ncia da propriedade
e $s "e$sarmos $u$s frutos do "omar6 eles "odem #air so9i$5os. No mome$to em que #aiemdesam de ser do ve$dedor. Eles at "odem ser #ol5idos "elo ve$dedor6 "odem ser roubados Hse
um ladro arra$#ar as mas das )rvores6 qua$do fa9 isto6 as mas que so ve$didas ai$da#omo frutos "e$de$tes "assam da "ro"riedade do "ro"riet)rio do "omar "ara quem os #om"rou6$o "assam "ara o ladro. No mome$to que alum rouba uma ma e a #ome6 est) a #omerum bem que 8) $o "ro"riedade do "ro"riet)rio do "omar. Est) a #omer a mao que "ro"riedade de quem #om"rou os frutos "e$de$tes. E se 5ouver um ve$daval6 qua$do a fruta dese"ara da )rvore6 tra$sfere?se imediatame$te! $o se tra$sfere "or a#to do ve$dedor6 loo $o o modo6 o t'tulo "or si s que determi$a que verifi#ada a #ol5eita 5) a tra$sfer7$#ia.
Venda de 6ens alFeos
A ve$da de be$s al5eios $ula. e eu ve$der uma #oisa que $o mi$5a6 est) a reali9ar umave$da non dominoe a soluo a $ulidade. Ias esta $ulidade at'"i#a "orque "ode #o$validar?
Contratos I Compra e Venda (aulas tericas)Pg. 2
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se Has $ulidades "or $orma $o se #o$validam6 a a$ulabilidade que se #o$valida. E #omo que se #o$valida o $e#ioK e o alie$a$te vier a adquirir a #oisa que ve$deu.
8a compra e #enda de ens al+eios uma #e: ad!uirida pelo #endedor atitularidade do direito ou coisa #endida a #enda consolida9se e #eri&ica9se
transmisso para o comprador (artigo 7=5.E do Cdigo Ci#il). #endedor &icaorigado a sanar a nulidade da compra e #enda atra#"s da a!uisi'o dapropriedade da coisa ou titularidade do direito #endido (artigo 7=.E do CdigoCi#il).
Contudo no tem !ual!uer origa'o de transmitir.
comprador ad!uire por simples e&eito do contrato.
0mai$em alum que ve$de um ob8e#to que $o l5e "erte$#e. e essa "essoa vier adquirir oob8e#to que ve$deu6 5) #o$validao da ve$da non domino. A ve$de a O um relio que de Y6o $e#io $ulo. Ias se A adquirir o relio a Y6 $o "re#iso mome$to em que adquire orelio6 ele "assa "ara o O. Peru$tar?se?) isto modoK No6 "orque o A que ve$deu o relio aO6 $o tem de fa9er $ada "ara que o relio qua$do e$tre $a esfera 8ur'di#a de A "asse "ara O.
0mai$em que A ve$de a O um relio que $o dele6 e que "or qualquer #ir#u$st-$#ia fi#a#om ele. No seu$do em que o relio e$trasse $a titularidade da esfera 8ur'di#a de A6 sa'a6 "orfora do t'tulo6 e at #o$tra a vo$tade de A Hque $o "ode fa9er $ada #o$tra isto.
Ias e$to o reime da #om"ra e ve$da al5eios "rev7 uma obriao a #aro do alie$a$te desa$ar o $e#io6 mas ele "ode #um"ri?la ou $o6 mas se ele vier a adquirir a #oisa $o "odeo"or?se G tra$sfer7$#ia.
Q) de fa#to uma obriao de #o$validao6 mas $o 5) uma obriao de tra$smitir em simesmo6 de dar em se$tido "r"rio6 e "ode di9er?se que o #om"rador $o "rimeiro $e#io nondomino6 adquire ai$da "or sim"les efeito do #o$trato6 mesmo que o outro es#o$da o ob8e#to.
Reser*a de propredade
mais dis"utado o #aso de #om"ra e ve$da #om reserva de "ro"riedade. Porque o art.W *>= di9que o alie$a$te "ode reservar "ara si a "ro"riedade da #oisa at ao "aame$to do "reo ou at Gverifi#ao de qualquer outro eve$to.
Caso mais disputado " o da compra e #enda com reser#a de propriedade.Perante este preceito -ssun'o Cristas e ran'a Jou#eia sustentam poder tera compra e #enda e&eito origacional.
Has o artigo 4@=.EK? no pode ser interpretado isoladamente como se e;istisseso:in+o no uni#erso Aurdico. *le tem de se conAugar com os artigos 74.E e7=.E. ra estes preceitos so claros ao indicar ser elemento essencial dacompra e #enda a transmisso da propriedade de uma coisa ou direito. Por issose essa trans&er0ncia se no #eri&icar no estamos A perante o tipo compra e#enda de direito ci#il.
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C "aame$to do "reo $o #orres"o$de ao modo6 at "orque devido "elo #om"rador. Equa$do falamos do modo de um a#to do ve$dedor que su"ostame$te teria "or fim ob8e#tivo eefeito a tra$smisso da #oisa.
3ua$do a "rimeira "arte do *>=W di9 reservar a "ro"riedade at ao "aame$to6 a' $o 5)
"roblema $e$5um. Porque estamos a falar de um a#to do #om"rador.
C "roblema #om"li#a?se $a "arte fi$al do art.W *>=W6 qua$do di9 U...ou at G verifi#ao dequalquer outro eve$toV6 Este outro eve$to $o "ode ser a tradio da #oisa6 $o "ode ser omodo6 a e$trea do modoK
A Prof. Assu$o &ristas e Iaria$a ra$a Bouveia res"o$dem que "ode6 se "ode ser qualqueroutro eve$to6 e$to est) admitido aqui o sistema do t'tulo e do modo.
&riti#a do ree$te: este ra#io#'$io era a#eit)vel se o art.W *>= fu$#io$asse so9i$5o6 mas ele temde se arti#ular #om os art.W =W v7m $o -mbito de "re#eitos mais ou me$os e$ri#os6 a #omear "elo art.W*>+W Hque as "rofs. tambm i$vo#am o "ri$#'"io da liberdade #o$tratual a qual uma reraeral mas que "ode ser afastada "or $orma es"e#ial
C que o art.W *>+W di9 que ao$de $o 5a8a $orma es"e#ial6 e$to as "artes "odem dis"or #omoe$te$derem. Em matria de tra$sfer7$#ia de direitos reais6 di9?$os o art.W *>
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Porque que 5) quem dia que assimK A tra$smisso de valores mobili)rios vem reulada $o&dio de 4alores Iobili)rios e a sua tra$smisso tambm tem um reime "arti#ular.
C &dio &omer#ial $o artio %(>W tem uma "reviso que di9 que so ob8e#tivame$te#omer#iais a #om"ra e ve$da de a#es. C Prof. Ie$e9es &ordeiro e$te$de que este "re#eito
est) revoado "elo &dio das o#iedades &omer#iais6 se$do #erto que o "r"rio -mbito do&dio das o#iedades &omer#iais sofreu muitas limitaes $o que di9 res"eito G #om"ra eve$da dos valores mobili)rios6 "rimeiro "ela e$trada em vior do &dio de Ier#ado de4alores Iobili)rios e de"ois "elo &dio de 4alores Iobili)rios.
C rosso do reime das tra$smisses est) do &4I6 5) tr7s ti"os de valores mobili)rios.
Em "rimeiro luar temos os valores mobili)rios es#riturais. Di9?$os o art.W W $W 1que eles setra$smitem "elo reisto $a #o$ta do adquire$te. Pare#e que $o basta a #om"ra e ve$da6 que $e#ess)rio o seu reisto "or aquele que os adquire.
3ua$to aos valores mobili)rios ao "ortador6 di9?$os o art.W 1>1W6 tra$smitem?se "ela e$trea dot'tulo ao adquire$te6 ou de"osit)rio6 "essoa "or ele i$di#ada. T lu9 desta #o$struo6 te$do?se#elebrado a #om"ra e ve$da6 s qua$do e$treasse o valor mobili)rio que o t'tulo dei,aria deser meu.
Cs valores $omi$ativos6 di9?$os o art.W 1>16 $W %6 "or de#larao es#rita $o t'tulo a favor dotra$smiss)rio6 seuida de reisto 8u$to emite$te ou do i$termedi)rio fi$a$#eiro Heralme$teba$#os.
Sma "rimeira leitura destes "re#eitos a"o$tam "ara o sistema do t'tulo e de modo. Fodavia um#o$8u$to im"orta$te de autores afirma que estes "re#eitos $o a"o$tam $o se$tido do t'tulo e domodo6 #omo o #aso do Prof. Cliveira As#e$so6 da Prof.X A$a Paula &osta e ilva. C Prof.Pedro de Albuquerque tambm $o e$te$de que estes "re#eitos a"o$tem $a dire#o do sistema
do t'tulo e do modo.Porqu7K Porque o art.W $W %W vem di9er?$os que $o #aso de #om"ra de valores mobili)rioses#riturados6 o #om"rador desses t'tulos "ode ve$de?los i$de"e$de$teme$te do reisto e a "artirdo mome$to da #om"ra e ve$da. F'$5amos visto que seu$do o art. W $W 16 os valores
mobili)rios es#riturados se tra$smitiam "or efeito do reisto6 mas loo a seuir o $W% do mesmo"re#eito di9 que i$de"e$de$teme$te do reisto o #om"rador "ode voltar a ve$de?los.
A me$os que este "re#eito queira #o$sarar aluma #oisa verdadeirame$te es"a$tosa: que aleitimidade "ara ve$der uma #oisa que $o do alie$a$te6 "are#e que afi$al o art.W W6 $W %Wdesme$te a leitura mais i$tuitiva que se ti$5a feito a "ro"sito da tra$smisso de valores
es#riturais.
Contratos I Compra e Venda (aulas tericas)Pg. 3?
-s &ormas de transmisso destes ttulos " a seguinteos contratos de aliena'o l4cito ao alienante reser+ar para si a propriedade da coisa at
ao cumprimento total ou parcial das obrigaes da outra parte ou at / +eri(ica'o de
ualuer outro e+ento.
"oss'vel eu subordi$ar a tra$smisso da "ro"riedade G verifi#ao de outro eve$to que o"aame$to de um ter#eiro6 isto t'"i#o dos #o$tratos de fi$a$#iame$to6 dos #o$tratos de #rditoao #o$sumo #om re#urso ao #rdito ba$#)rio6 #omo "or e,em"lo6 eu #om"ro um #arro6 ove$dedor do #arro reserva "ara si a "ro"riedade at que eu "aue i$teralme$te ao fi$a$#iadorHao mutua$te.
&olo#a?se a questo de saber se l'#ita a situao $a qual a#ordado que a reserva da"ro"riedade fi#ar) a favor do fi$a$#iador.
Aula n H , ++.+/.1/+3
Sum2ro
......
+ . A opon6ldade da !l2usula de reser*a de propredade no suBeta a re#sto ater!eros%
$ip"tese
% anti!urio #ende a & uma cmoda pelo pre'o de ?@@@ euros. contrato cont"muma clusula por &or'a da !ual %reser#a para si a propriedade do em at" !ue &l+epague a totalidade do pre'o. *ntretanto & mesmo sem pagar o de#ido #enda acmoda a C. C apresenta9se ento Aunto de % e e;ige a entrega da cmoda. %in#oca a clusula de reser#a de propriedade mas Cresponde !ue o por se tratar deuma clusula de um contrato entre %e &essa clusula " relati#amente a ele res interalios e destarte l+e no " opon#el. %em ra:o$
-lguma coisa mudaria se em #e: de uma cmoda esti#esse em Aogo uma casa$
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0sto tem a ver a questo da o"o$ibilidade ou $o da reserva de "ro"riedade a ter#eiros6 e#o$#retame$te a "rimeira 5i"tese #om a questo da o"o$ibilidade de uma reserva de"ro"riedade $o su8eita a reisto a ter#eiros.
I 9 P*/ H-8 H-%I8*R considera numa posi'o A antes de&endida de
&ure condendo por V-R D*- !ue a clusula de reser#a de propriedade deens m#eis tem e&iccia inter partesmas no " opon#el a terceiros.
A reserva de "ro"riedade de be$s mveis s em #ertos #asos que est) su8eita a reistoHautomveis6 avies6 bar#os6 mas s 5) um reime rera da su8eio a reisto $o #aso de ve$dade be$s imveis.
Nesta 5i"tese estamos "era$te um direito de "ro"riedade de um bem que $o su8eito areisto. Nem o A o reistou $em o O $em o &6 "elo que $o 5ave$do reisto desi$adame$te da#l)usula de reserva de "ro"riedade.
C Prof. Pedro 2oma$o Iarti$e9 retoma uma tese6 seu$do a qual G lu9 do $osso direito6 areserva de "ro"riedade s tem efi#)#ia e$tre as "artes e $o o"o$'vel a ter#eiros6 o quesi$ifi#aria que $a $ossa 5i"tese6 que o A $o "oderia re#usar?se a e$trear o ob8e#to a &6i$vo#ado a #l)usula de reserva de "ro"riedade.
Esta soluo divere da soluo que defe$dida "ela comunus opinion6 de que a #l)usula dereserva de "ro"riedade o"o$'vel a ter#eiros sem"re que $o 5a8a sistema de reisto.
*sta posi'o di#erge no entanto da communis opinio segundo a !ual no+a#endo origatoriedade de registo a clusula de reser#a " sempre opon#el aterceiros de oa &".
uais so os argumentos de Pedro omano Hartine:$
4e8amos os quais os arume$tos esrimidos de um lado e de outro:
C Prof. Pedro 2oma$o Iarti$e9 i$vo#a quatro arume$tos: em "rimeiro luar a $e#essidade datutela da a"ar7$#ia e o luar "aralelo #om uma outra fiura do direito das obriaes: o "e$5or.
0$vo#a tambm um outro arume$to que tem a ver #om a relatividade dos #o$tratos6 e,iste um"ri$#'"io de que os #o$tratos $o so o"o$'veis a ter#eiros6 ou se8a6 so o"o$'veis a"e$as e$treas "artes6 o que si$ifi#a que se$do a reserva de "ro"riedade uma #l)usula que i$serida $o
#o$trato6 em fu$o dessa relatividade $o "ode ser i$vo#ada e,teriorme$te "era$te ter#eiros.
Loo A $o "oderia di9er ao & que ve$deu ao O #om reserva de "ro"riedade "orque aquilo uma #l)usula de um #o$trato a que & totalme$te al5eio.
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autor in#oca=W6 o qual $o "rev7 isto6 ele di9 que "oss'vel umareserva da "ro"riedade a favor do alie$a$te e $o a favor de ter#eiro. Ias 5) quem ve$5a falarda $e#essidade de uma i$ter"retao a#tualista e de 5aver $ovas $e#essidades de se "oder "rever$ovas formas de tutela do #rdito6 e tambm v)rios defe$sores destas "osies i$vo#amarume$tos liados G letra da lei do art.W *>=W.
Q) quem fale em arume$tos literais6 5) quem fale $a $e#essidade de i$ter"retao a#tualista6da $e#essidade de $ovas formas da tutela do #rdito.
- sua admissiilidade Aurdica mostra9se contudo longe de ser pac&ica.
*;iste ampla Aurisprud0ncia a &a#or e contra
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%am"m a n#el doutrinal o tema " deatido.
ual ser a solu'o ade!uada$
In#ocam9se &re!uentemente argumentos ligados , letra do artigo 4@=E.
M !uem &ale em necessidade de interpreta'o atualista do preceito e nanecessidade de se pre#erem no#as &ormas de tutela do cr"dito.
!ue pensar destes argumentos$
3ua$to G letra6 a "osio do Prof. Pedro de Albuquerque basta$te #lara: $o e$te$de que aletra te$5a um si$ifi#ado de#isivo6 o si$ifi#ado sem"re dado "elo #o$te,to Ho que est) $oartio =W do && uma im"ossibilidade metodoli#a.
- letra de pouco #ale. 8o " por a !ue se resol#e o prolema. - solu'o node#e ser em &un'o da letra mas do prolema metodolgico da intencionalidadenormati#a da norma e dopriusmetodolgico representado pelo caso.
Pelo que:
e ol5armos "ara o art.W *>=W6 ele fala de reserva da "ro"riedade a favor do alie$a$te. Estamos afalar da reserva de bil5etes do #i$ema ou estamos a falar $a #o$servao da "ro"riedade da#oisaK A "eru$ta "rovo#atria6 "orque bvio de $s estamos a falar da reserva de bil5etesde #i$ema. 3ua$do o artio *>=W di9 que "oss'vel ao alie$a$te reservar "ara si a #oisa6 est) adi9er que "oss'vel ao alie$a$te #o$servar a #oisa.
C Prof. Pedro de Albuquerque e$te$de que a "artir do mome$to em que isto que est) em 8oo6eu $o "osso #o$servar a reserva de "ro"riedade de uma #oisa $a esfera 8ur'di#a de quem $u$#aa teve6 a $o ser que te$5a "oderes m)i#os. Podero di9er que isto #o$#e"tualismo6 "orqueest) em r)#io 8ustame$te a ideia formal ou #o$#e"tual de que eu $o "osso reservar uma"ro"riedade $a esfera 8ur'di#a de uma "essoa que $u$#a a teve6 "orque #o$#e"tualme$te isso$o "oss'vel.
Ias do "o$to de vista da materialidade esta soluo "ode ser til. Ias "ara o Prof. Pedro deAlbuquerque do "o$to de vista da materialidade sub8a#e$te e da 8ustia do #aso6 a soluo $o til. E "orqu7K
3ua$do se di9 que esta i$ter"retao deve ser a#eite "orque 5o8e 5) uma $e#essidade adi#io$alde tutela do #rdito6 e "orta$to temos que fa9er uma i$ter"retao a#tualista do art.W *>=W do &&6de forma a admitir a reserva da "ro"riedade a favor de quem $u$#a a teve "ara vir ao e$#o$trodos tem"os e fa#ilitar essa tutela do #rdito6 o Prof. Pedro de Albuquerque afirma que essemesmo resultado "ode ser al#a$ado de outra forma sem fa9er uso desse e,er#'#io.
-l"m disso no se a&igura necessria nen+uma interpreta'o atualista. -
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%udo #isto no parece poss#el reser#ar a propriedade a &a#or de !uem a notem. Pelo menos en!uanto no +ou#er algu"m dotado de poderes mgicos
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posi'o Aurdica do #endedor com reser#a de propriedade " como !ual!ueroutra situa'o no pessoal trans&er#el
asta pois ao #endedor trans&erir a sua posi'o para o comprador pararesol#er o prolema sem necessidade de se in#entarem &ic'Bes
&5ama?se a ate$o "ara que aqui $o se est) $o -mbito da auto$omia "rivada6 "orque #omoadia$te se ver)6 a reserva da "ro"riedade um direito real. 3uem tem a "ro"riedade tem umdireito real Hque o direito real "or e,#el7$#ia6 mas quem tem uma "ro"riedade su8eita areserva 8) $o tem a "ro"riedade "le$a6 tem uma "ro"riedade limitada mas ai$da um direitoreal. E quem a adquire tem a e,"e#tativa de vir a tor$ar?se "ro"riet)rio6 e essa e,"e#tativatambm um direito real.
Cs direitos reais esto su8eitos "or fora do art.W 1(>W ao "ri$#'"io da ti"i#idade dos direitosreais6 isto 6 o i$ter"rete $o livre de #riar ab nuncdireitos reais6 s "odem ser #o$sideradosdireitos reais e qualifi#ados #omo tal "elas Ule$tes do i$tr"reteV fiuras que esto
e,"ressame$te #o$tem"ladas e "revistas.
8o se est num domnio de autonomia pri#ada.
Vale o princpio da tipicidade dos direitos reais (art.E ?3@6E do Cdigo Ci#il).
Eu $o te$5o s que qualifi#ar #omo reais fiuras que t7m essa UetiquetaV dada "elo leislador6"odem ser quaisquer outras6 mas t7m de ser fiuras #riadas "or uma fo$te "rvia Hque t7m deestar "revistas.
C art.W *>=W $o tem l) isso6 e "orta$to6 a "artir do mome$to em que que estou a fa9er essa
i$ter"retao a#tualista estou 8ustame$te a violar o "ri$#'"io da ti"i#idade dos direitos reais.
E #omo estudaro em direitos reais 5) ra9es sub8e#tivas "ara que essa ti"i#idade $o "ossaestar a ser #riada ab nuncuma #as#ata i$fi$d)vel de direitos reais.
Dito isto6 5) outros arume$tos substa$tivos que "ermitem al#a$ar o mesmo efeito sem termosque forar a $ota relativame$te ao art.W *>=W.
e eu te$5o uma "ro"riedade su8eita a reserva eu "osso ve$d7?la a qualquer "essoa6 "osso do)?la6 "osso tra$smiti?la. A #esso #o$tratual $o "oss'vel6 mas a tra$smisso do direito . Aqueleque reserva a "ro"riedade6 "ode reservar a "ro"riedade "ara si e $o i$sta$te seui$te tra$smiti?
la6 #o$#ede$do e,a#tame$te o mesmo efeito6 sem $e#essidade de se forar a U$otaV e ir "araalm daquilo que a $ossa me$te tem #a"a#idade "ara #o$#eber.
mais sim"les seu eu fi9er o #o$trato e reservar a "ro"riedade "ara o alie$a$te e $o mesmo#o$trato eu disser que a "ro"riedade se tra$sfere "ara o fi$a$#iador.
Cutra "ossibilidade que se #olo#a que eu "osso #o$di#io$ar a tra$sfer7$#ia da "ro"riedade dove$dedor "ara o #om"rador ao "aame$to ao ter#eiro. Pode a #oisa fi#ar $a esfera 8ur'di#a do#om"rador H$o temos "orta$to que fi##io$ar a reserva de "ro"riedade a favor de ter#eiro6admitimos que a reserva #o$ti$ua a favor do alie$a$te e su8eitar isso ao "aame$to ao ter#eiro.0sto tambm a#autela alumas das "reo#u"aes.
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3uais so os arume$tosK C fa#to de o art.W *>=W $o "rever essa "ossibilidade6 mas seu$do oProf. Pedro de Albuquerque ele $o tem de o "rever.
- possiilidade de transmisso da posi'o ou se se pre&erir do direito do titularda reser#a de propriedade pareceria linearmente admiss#el
uais so os argumentos contra a possiilidade de transmisso$
artigo 4@=.E. /i:9se no pre#er ele a transmisso do direito do alienante comreser#a de propriedade.
Pode?se afirmar que o fa#to de uma $orma $o "rever a tra$smisso de um direito que ele i$tra$smiss'velK No "osso afirmar tal #oisa.
&acto de se tratar de uma clusula de um contrato logo alegadamenteintransmiss#el.
ue pensar destes argumentos$
C Prof. Pedro de Albuquerque valora $eativame$te estes arume$tos6 uma ve9 que a rera 8ustame$te a o"osta. 3ua$do $o "roibido tra$smitir um direito eu "osso tra$smiti?lo6 eestamos aqui a falar de um direito de "ro"riedade que a base do sistema dos direitos reais. Este
direito "or $ature9a tra$smiss'vel.Eu "oderia di9er que ele $o tra$smiss'vel "orque 5) uma $orma que o "ro'be6 mas $o "ossodi9er que "elo fa#to de $o 5aver uma $orma que "ermita a tra$smisso6 que ele $o tra$smiss'vel. "re#isame$te ao #o$tr)rio6 se $o 5) uma $orma que o "ro'ba eu te$5o quedi9er que ele tra$smiss'vel. a rera dos direitos sub8e#tivos.
-ntes da compra e #enda com reser#a de propriedade o #endedor " proprietriopleno.
/epois da #enda passa a ter uma propriedade limitada e circunscrita a &ins degarantia
Estamos a falar de um direito de "ro"riedade limitado e #ir#u$s#rito a fi$s de ara$tia6 mas que um direito real. Fodo o direito sub8e#tivo tra$smiss'vel6 a $o ser que se8a um direito de$ature9a "essoal ou "elo seu "r"rio #o$te,to que se8a i$tra$smiss'vel.
Has nem por isso dei;a de ser uma posi'o concreta Auridicamente tutelada ecorrespondente a um direito suAeti#o do #endedor.
* esse direito suAeti#o " naturalmente transmiss#el
/i:er !ue o artigo 4@=.E no pre#0 a possiilidade de trans&er0ncia " errado.
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ui Pinto /uarte contesta por"m essa possiilidade. %am"m Jra#ato Horaisle#anta dF#idas. * alguma Aurisprud0ncia acol+e as dF#idas +esita'Bes oua&irma'Bes de impossiilidade.
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Por!u0$
- regra " a de !ue os direitos suAeti#os de nature:a no pessoal soli#remente transmiss#eis. Por isso na aus0ncia de !ual!uer norma a proiir a
aliena'o ou transmissiilidade do direito do #endedor com reser#a depropriedade a concluso de#e ser precisamente a oposta< o direito suAeti#o doalienante !ue ene&icia de uma reser#a de propriedade " per&eitamentetransmiss#el
A #o$#luso que este arume$to $o v)lido6 ou se8a6 que o sil7$#io do direito vale emse$tido o"osto ao do arume$to.
- ideia de segundo a !ual a posi'o do credor com reser#a de propriedade nopoderia ser transmitida no encontra !ual!uer ase de&ens#el.
Como conse!u0ncia dessa clusula de reser#a surge uma determinada posi'oAurdica para o alienante
C Prof. 2ui Pi$to Duarte afirma que a reserva da "ro"riedade resulta da #l)usula de um#o$trato6 e as #l)usulas $o "odem ser tra$smitidas i$de"e$de$teme$te dos #o$tratos. verdade6 s que da #l)usula resulta um direito.
Ns volt)vamos aqui a arume$tos que a$teriorme$te foram tra9idos G #olao6 $omeadame$tea "ro"sito da o"o$ibilidade da reserva da "ro"riedade $o #aso de be$s mveis.
Lidar a"e$as #om a ideia da #l)usula errado "orque si$ifi#a ver a"e$as um lado da questo.
verdade que qua$do se #o$ve$#io$a uma reserva da "ro"riedade isso resulta de uma #l)usula#o$tratual e,"ressa ou im"l'#ita6 mas da' resultam direitos "ara as "artes.
C #asame$to tambm resulta de um #o$trato6 a #om"ra e ve$da dos #om"utadores resulta de um#o$trato6 loo este arume$to de di9er que a reserva da "ro"riedade resulta de uma #l)usula deum #o$trato e que ela $o o"o$'vel ou tra$smiss'vel "rova demais.
i$ifi#ava que os todos os direitos de base $eo#ial ou #o$tratual eram i$tra$smiss'veis oui$o"i$)veis. Porta$to $o #orre#to #e$trarmo?$os a"e$as $a me$o G #l)usula. A #l)usulame$#io$a a"e$as um dos lados da UmoedaV6 mas a UmoedaV tem dois lados. E "ara alm da#l)usula 5) o efeito que resulta da #l)usula6 e esse tra$smiss'vel.
-ntes da compra e #enda com reser#a de propriedade o #endedor " proprietrio./epois da #enda passa a ter uma propriedade circunscrita a &ins de garantia. *stasitua'o Aurdica corresponde posi'o concreta e Auridicamente tutelada. O um direitosuAeti#o " naturalmente transmiss#el como !ual!uer outro.
Em s'$tese $o "are#e ser 8ustifi#)vel a reserva da "ro"riedade a favor do fi$a$#iador6 que admiss'vel a tra$smisso do direito resulta$te da reserva da "ro"riedade He 8ustame$te um dosme#a$ismo que tor$a dis"e$s)vel a reserva de "ro"riedade a favor do fi$a$#iador6 e "are#e seradmiss'vel a reserva de "ro"riedade a favor do alie$a$te mas su8eita ao "aame$to a ter#eiro6embora 5a8a o"i$ies divere$tes relativame$te a esta questo.
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de #eculo autom#el pois no " titular do registo de reser#a de propriedadeG
Di9 ai$da Hter#eiro arume$to que o fi$a$#iador $o "oderia sequer re#orrer a um me#a$ismoque est) reulado em leislao avulsa6 que o me#a$ismo #autelar de a"ree$so do ve'#ulo
automvel. E "orqu7K Porque se 5) reserva de "ro"riedade a favor de alie$a$te6 isso si$ifi#aque o mutua$te $o tem $e$5um t'tulo "ara "edir a a"ree$so do ve'#ulo.
o #endedor tam"m no parece poder &a:09lo A !ue apesar de ser titular dorespeti#o registo no tem moti#o para propor a a'o de resolu'o do contrato decompra e #enda como determina o artigo ?7.E nE ? do /ecreto9Nei 54K5.
i$alme$te o "r"rio ve$dedor $o "oderia re#orrer ao me#a$ismo de a"ree$so #autelar dove'#ulo6 "or uma ra9o muito sim"les6 que a"esar de ter o reisto a seu favor6 $o tem motivo"ara "ro"or $em a resoluo $em a a"ree$so "orque o seu direito est) satisfeito.
0sto si$ifi#aria que se esti"ulasse uma reserva da "ro"riedade a favor do alie$a$te mas su8eitaao "aame$to a ter#eiro6 $a realidade a reserva da "ro"riedade $o serviria "ara $ada.
Has no nos parece com a de#ida considera'o !ue ten+a ra:o.
Em "rimeiro luar "or uma ra9o sim"les6 o que o Prof. Bravato Iorais fa96 o seu ra#io#'$iotem dois "o$tos es"e#'fi#os6 e,#lusivos da #om"ra e ve$da de automveis6 ora o me#a$ismo defi$a$#iame$to atravs de um ter#eiro $o e,#lusivo da #om"ra e ve$da de automveis6 "elo#o$tr)rio6 su"e?se que [ a =>[ dos #asos de 5abitao "r"ria so #om"ras que obede#em aeste fiuri$o.
procedimento descrito corresponde na realidade , esmagadora maioria doscasos de compra de +aita'o prpria.
Has + duas di&eren'as.
Devemos #o$siderar desde loo dois as"e#tos do ra#io#'$io do Prof. Bravato Iorais6 os quaisso es"e#'fi#os de uma #ir#u$st-$#ia #o$#reta que $o se "ode verifi#ar $outros #asos.
3ua$to G #om"ra e ve$da o fiuri$o este Hfi$a$#iame$to "or ter#eiro mas rarame$te sere#orre G fiura da reserva da "ro"riedade. No #aso de #om"ra de 5abitao "r"ria #omre#urso ao #rdito o que #omum o re#urso G fiura da 5i"ote#a.
?. na nossa +iptese +ou#e reser#a de propriedade a &a#or do alienante. 8acompra e #enda de +aita'o com recurso ao cr"dito isso no " comum.
2. na compra e #enda de casa com recurso ao cr"dito " usual &a:er9se +ipoteca a&a#or do anco. Isso no sucede na nossa +iptese.
uais os argumentos contra a posi'o de Jra#ato Horais$
*m primeiro lugar parte dos seus argumentos reporta9se apenas , compra e#enda com reser#a de propriedade de #eculos autom#eis.
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E qual a va$taem dissoK e o #o$trato resolvido #om base $o i$#um"rime$to do mtuo e areserva da "ro"riedade a favor do alie$a$te6 uma ve9 resolvido o #o$trato a #oisa reverte "arao alie$a$te e $o "ara o mutua$te. Esti"ulam uma #l)usula que uma ve9 resolvido o #o$trato6 o"roduto da ve$da do #arro que ob8e#to do #o$trato e #om"ra e ve$da e que resolvido6 revertea favor da e$tidade mutua$te em "arte "ara satisfa9er o seu direito de #rdito.
E "orta$to $o 5) $e$5uma difi#uldade "ara que isto se "asse deste modo. No dif'#il fa#e G#ir#u$st-$#ias #omo as #oisas se "ro#essam6 um i$ter"rete ou um 8ui9 e$te$der que 5)eleme$tos sufi#ie$teme$te "o$derosos qua$do 5) uma #oliao fu$#io$al de #o$tratos6 "ara oi$#um"rime$to de um #o$trato Hque o #o$trato de mtuo determi$ar a "ossibilidade de see,iir a e$trea da #oisa "or resoluo do #o$trato6 ou doutra forma6 "or e,er#'#io da reserva da"ro"riedade
&o$#lu'do6 e,istem me#a$ismos f)#eis "ara que $o se8a $e#ess)rio forar o art.W *>=W6 "araadmitir uma reserva da "ro"riedade a favor do fi$a$#iador6 qua$do o art.W *>=W $o a "rev7. Carume$to de que o art.W *>=W $o "rev7 essa soluo6 que isso seria admiss'vel em resultado das$e#essidades da tutela do #rdito6 seria 8ustifi#)vel fa9er uma i$ter"retao a#tualista do art.W*>=W6 dir?se?ia que essa i$ter"retao a#tualista s seria $e#ess)ria se $o 5ouvesse outrosme#a$ismos H"e$5or6 5i"ote#a6 a "ossibilidade de tra$sfer7$#ia do "r"rio direito de reserva da"ro"riedade que #o$seuem al#a$ar e,a#tame$te o mesmo resultado sem forar o art.W *>=W6 e"or isso $o se v7 tra9 ao $e$5uma6 $o se v7 "erti$7$#ia $a arume$tao seu$do a qual $sdev'amos #o$siderar que o art.W *>=W #o$sararia #oisas que $o esto l) "orque o &dio 1= e 5o8e 5) um #o$8u$to de "r)ti#as que $aquela altura $o e,istiam6 e "orta$to seria8ustifi#)vel admitir uma reserva da "ro"riedade H#o$servar a "ro"riedade $a esfera 8ur'di#ao$de ela $u$#a esteve.
??????
%. A RESERVADEPROPRIEDADEEAEI"QNCIADEC8MPRIMENTODOCONTRATO
Cutra questo que se #olo#a se aquele que tem a reserva da "ro"riedade a seu favor "ode"rimeiro e,iir o #um"rime$to do #o$trato qua$do 5a8a falta de "aame$to do "reo6 e semesmo assim $o obsta$te essa e,i7$#ia6 o #om"rador $o "aar6 "ode de"ois de ter "edido o"reo6 de vir a resolver o #o$trato.
$'P(T)S)%#ende a &um autom#el com reser#a de propriedade a &a#or do primeiro. &acaa por no pagar o pre'o de#ido a %pela compra do carro. !ue pode ou de#e%&a:er$
/e#e resol#er o contrato para poder rea#er o carro$
u ser !ue pode e;igir primeiro o cumprimento do pre'o em &alta e apenas nae#entualidade de & continuar relapso " !ue e;igir a resolu'o$
Aluma doutri$a e 8uris"rud7$#ia e$te$dem que s "ode fa9er uma de duas #oisas: ou "ede o"reo ou resolve o #o$trato.
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-lguma doutrina e Aurisprud0ncia nacionais t0m entendido !ue o ene&icirio dareser#a de propriedade s pode e;igir a restitui'o da coisa !uando e;er'a o direitode resolu'o sem pre#iamente ter e;igido o cumprimento pontual do contrato
No "ode #omear "or resolver o #o$trato e de"ois "edir o "reo Haqui $o e,iste qualquerdiver7$#ia. e uma "essoa resolve um #o$trato6 a resoluo si$ifi#a uma su"resso da fo$te6 e"orta$to6 #ada uma das "artes restitui aquilo que re#ebeu. e resolve o #o$trato 8) $o "ode aseuir ir "edir o "reo do #o$trato "orque o #o$trato que leitimaria o "aame$to desse "reofoi resolvido.
#endedor pode ter interesse em e;igir o cumprimento do contrato e manter areser#a de propriedade.
- +iptese in#ersa " !ue " inadmiss#el dado no se poder e;igir ocumprimento de um contrato resol#ido.
A questo que se #olo#a se ele "ode "rimeiro "edir o "reo e de"ois resolver o #o$trato. Q)quem dia que $o. Q) 8uris"rud7$#ia que se o be$efi#i)rio "ediu o "aame$to de "reo eleabdi#ou6 res#i$diu6 re$u$#iou ao direito de resolver o #o$trato.
Oasi#ame$te o que est) aqui em #ausa saber se 5) uma #oisa que se #5ama ius +aendi, a ideia de que uma "essoa "ode "edir o #um"rime$to do #o$trato6 mas se o i$#um"rime$to "erdurar6ela "ode resolver o #o$trato. Q) "orm quem dia que este ius +aendi$o e,iste a "artir domome$to em que se "ede o #um"rime$to re$u$#ia?se G "ossibilidade de resoluo.
eu$do o Prof. Pedro de Albuquerque6 um ve$dedor6 qualquer ele que se8a6 "ode ter i$teresseem "rimeiro e,iir o #um"rime$to do #o$trato6 ali)s foi "ara isso que o #o$trato foi #elebrado.3ua$do as "essoas #elebram um #o$trato $o "ressu"osto de que ele vai ser #um"rido.Qave$do mora do #om"rador6 aquilo que fa9 mais se$tido do "o$to de vista do ve$dedor queo #o$trato se8a #um"rido6 e o ve$dedor "ode ter o i$teresse em #o$ti$uar a i$sistir $o#um"rime$to do #o$trato e a ma$ter a reserva da "ro"riedade. No 5) $e$5umai$#om"atibilidade e$tre a e,i7$#ia do #um"rime$to do #o$trato e a reserva da "ro"riedade.
8ada e;iste !ue para a #enda com reser#a de propriedade retire ao #endedor a&aculdade de e;igir o cumprimento ou a limit.e
3ua$do alum e,ie o #um"rime$to de um #o$trato #om reserva da "ro"riedade6 $o est) $em
a re$u$#iar G reserva da "ro"riedade $em a direito de resoluo. C #o$tr)rio que i$admiss'vel6 qua$do alum resolve um #o$trato6 o #o$trato desa"are#e.
No s $o 5) $ada $o #o$trato de #om"ra e ve$da ou $o me#a$ismo da reserva da "ro"riedadeque limite ou retire a fa#uldade de e,iir o #um"rime$to e ma$ter a reserva da "ro"riedade6#omo ao #o$tr)rio6 o me#a$ismo do i$#um"rime$to e da mora em muitos #asos6 s setra$sforma em i$#um"rime$to defi$itivo6 qua$do fi,ado um "ra9o "ara o #um"rime$to do"aame$to Ho ve$dedor fi,a um "ra9o "ara #um"rir e s se $o #um"rir ele resolve. E "orta$too "r"rio "ressu"osto da #o$dio resolutiva t)#ita e o "ressu"osto da #o$verso da mora em#um"rime$to a fi,ao de um "ra9o e da e,i7$#ia do #um"rime$to. Iais uma ve9 $o se v7qualquer i$#om"atibilidade e$tre a e,i7$#ia do "reo e a reserva da "ro"riedade6 e de"ois $um
mome$to "osterior da resoluo.
Contratos I Compra e Venda (aulas tericas)Pg. 5=
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-lis a simples mora no cumprimento de um contrato ilateral no desencadeiaimediatamente o direito de resol#er o negcio.
Para isso suceder mostra9se imprescind#el con#erter9se a mora emincumprimento de&initi#o nos termos do [email protected]? do Cdigo Ci#il atra#"s da
&i;a'o de um pra:o para o de#edor cumprir.??????
%. ; A TRANSERQNCIADORISCONACOMPRAEVENDACOMRESERVADEPROPRIEDADE
$'P(T)S)+
% #ende a &um carro Q com reser#a de propriedade a &a#or. *ntretanto numamani&esta'o contra a austeridade no decorrer da !ual ocorre um tumulto pFlico o
carro " destrudo. seguro contratado para garantir os riscos do carro ; cont"muma clusula pela !ual " a&astada a responsailidade da seguradora pelos danosdecorrentes de tumultos pFlicos. -dmitindo !ue a disposi'o " #lida !uem suportao risco de destrui'o do carro$
Esta 5i"tese tem a ver tambm #om a questo da reserva da "ro"riedade e de saber quemsu"orta o ris#o. A maior "arte das a"li#es $os seuros #o$tra todos os ris#os tem uma e,#lusoque afasta os da$os #ausados "or tumultos "bli#os6 "elo que vamos admitir que este o #asoda $ossa 5i"tese.
Q) quem "arta do "ri$#'"io eral em matria de distribuio do ris#o "ara di9er que o ris#o vai
"or #o$ta do alie$a$te Hdo be$efi#i)rio da reserva da "ro"riedade6 "orque a rera eral emmatria de ris#o a de que quem su"orta o da$o quem for titular do direito afe#tado. De"oisas reras da res"o$sabilidade #ivil "odem determi$ar uma i$ter"retao do da$o de uma esfera"ara a outra.
Ias "arti$do do "ressu"osto de que $a $ossa 5i"tese $o 5) res"o$sabilidade #ivil dove$dedor ou do #om"rador do #arro6 loo as reras erais de distribuio da res"o$sabilidade#ivil diriam o seui$te: o do$o do #arro $o o #om"rador H"orque ai$da $o "aou o "reo6 odo$o do #arro o ve$dedor6 "orta$to seu$do a rera eral da distribuio do ris#o6 su"orta oris#o quem do$o da #oisa.
- prolemtica da trans&er0ncia do risco na compra e #enda com reser#a depropriedade mostra9se discutida.
-lguns autores partindo da considera'o de !ue na compra e #enda comreser#a de propriedade se no deu ainda a trans&er0ncia do direito realsustentam correr o risco da perda &ortuita por conta do alienante.
e re#orremos ao art.W ;=W6 $uma "rimeira leitura "are#e que isto que de#orre deste "re#eito.Ai$da $o 5ouve tra$sfer7$#ia do direito6 e "orta$to seria isto que o artio ;=W diria.
entendimento " suscet#el de parecer , primeira #ista de receer a coertura
do artigo =6.E.
Contratos I Compra e Venda (aulas tericas)Pg. 6@
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- reser#a da propriedade #isa garantir a posi'o do #endedor contra o risco deno pagamento do pre'o ou da no #eri&ica'o do e#ento a ela associado.
No 5ave$do "assaem6 tra$sfer7$#ia da titularidade do direito6 seria o ve$dedor a #orrer o
ris#o6 $uma "rimeira leitura do art.W ;=W?
Porm "ara o Prof. Pedro de Albuquerque esta soluo do "o$to de vista da "o$derao dosi$teresses em 8oo6 relativame$te #5o#a$te6 "orque a reserva da "ro"riedade um me#a$ismoque su"ostame$te deveria tutelar o alie$a$te6 e $s vamos #o$verter este me#a$ismo $umme#a$ismo que o des"rotee.
8o se compreende destarte !ue um mecanismo destinado a re&or'ar aposi'o do #endedor acae a&inal por a desguarnecer sendo certo !ue atrans&er0ncia do domnio material e do go:o sore a coisa no dei;ou de passarpara o comprador.
Femos de #o$siderar que esta reserva da "ro"riedade est) asso#iada a uma "assaem do o9o"ara o #om"rador. C alie$a$te ma$tm uma "ro"riedade mas 8) $o em o o9o6 e ma$tm a"ro"riedade "ara se a#autelar #o$tra ris#o de i$#um"rime$to.
titular do direito alienado dei;a de #erdadeiramente o ser para passar a ter umagarantia real ou se se pre&erir uma propriedade limitada ao papel de garantia. comprador esse passa a ter como e&eito do negcio suAeito , reser#a umae;pectati#a real de a!uisi'o do em.
No fa9 se$tido estar a ta"ar de um lado e a desta"ar do outro6 a usar um me#a$ismo que
su"osto "roteer o alie$a$te6 e de"ois dei,)?lo e,"osto a vi#issitudes "elas quais ele tambm$o res"o$s)vel. E #omo 5) "ou#o se disse que o alie$a$te $o res"o$s)vel6 o #om"radortambm o $o 6 e a"esar de tudo foi o #om"rador que l) dei,ou o #arro e que o usa. No fa9se$tido ol5ar "ara um me#a$ismo que su"ostame$te "roteia o #om"rador e de"ois usar esseme#a$ismo "ara o des"roteer.
Este "roblema tambm se #olo#a em relao G #oisa mveis $o su8eitas a reisto e #om reservada "ro"riedade6 em que $em sequer 5) seuros He,em"lo: um relio valioso.
&omo que $s devemos resolver esta questoK C alie$a$te ai$da tem uma "ro"riedade6 e isso que de fa#to "are#e resultar do art.W *>=W Ha "ro"riedade $o "assa do alie$a$te "ara o
#om"rador a"esar da #om"ra e ve$da6 e$qua$to $o 5ouver o "aame$to6 mas esta "ro"riedade uma "ro"riedade fu$#io$ali9ada #omo ara$tia6 e "orta$to esta "ro"riedade $o uma"ro"riedade $ormal.
A "ro"riedade o direito real m),imo6 que tem maior e,te$so e me$or i$te$sidade. o direitoreal "or e,#el7$#ia6 mas a "ro"riedade em determi$ados #asos "ode ser fu$#io$ali9ada "orra9es de ara$tia6 "or e,em"lo 5) #asos em que se verifi#a a alie$ao de uma #oisa em favorde uma "essoa6 $o "orque ela queira #om"rar a #oisa6 mas 8ustame$te "ara l5e "assar a #oisa#omo ara$tia. 0sto est) "revisto $os #asos de #o$tratos fi$a$#eiros.
Ias $este #aso esta uma "ro"riedade limitada6 que desi$adame$te $o l5e #o$fere o o9o.
Ao #om"rador ?l5e dada uma fa#uldade de o9o6 mas $o l5e dada uma "ro"riedade "le$a.
Contratos I Compra e Venda (aulas tericas)Pg. 6?
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Podemos di9er que de um lado est) um direito real limitado e do outro est) uma e,"e#tativa6se$do que as e,"e#tativas "odem ser muitas ve9es He $este #aso um direito sub8e#tivo6 temos"ois dois direitos reais.
um me#a$ismo em tudo semel5a$te ao do "ro"riet)rio e do usufrutu)rio. De um alado temos
o direito do "ro"riet)rio6 que um direito real maior mas que est) o$erado6 do outro lado temoso direito real me$or do usufrutu)rio que o$era o direito de "ro"riedade.
C que que a#o$te#e6 qua$do "or e,em"lo a #oisa que est) su8eita a um me#a$ismo destes6"ro"riedade e usufruto6 "ere#e ou destru'da "or fa#to $o im"ut)vel a $i$umK C "ro"riet)rio#orre e su"orta o ris#o da "erda do seu direito de "ro"riedade6 e o usufrutu)rio su"orta o ris#o da"erda do seu direito de usufruto.
Aqui e,a#tame$te a mesma #oisa. C alie$a$te su"orta o ris#o de "erda da #oisa6 o #om"radorsu"orta o ris#o de "erda da sua e,"e#tativa real de aquisio. Porta$to $a #om"ra e ve$da6 oalie$a$te su"orta o ris#o de "erda da sua ara$tia6 e "orta$to ele dei,a de "oder em #aso dei$#um"rime$to6 de e,e#utar essa ara$tia "orque ele 8) $o a tem! do "o$to de vista do#om"rador su"orta o ris#o de "erda da sua e,"e#tativa real de aquisio6 ou se8a6 ele 8) $o "odevir a adquirir a "ro"riedade do #arro.
De outra forma ai$da6 temos um #o$trato de #om"ra e ve$da em que o #om"rador #o$ti$ua a"oder e,iir o "reo mas $o tem ara$tia6 e o alie$a$te #o$ti$ua a ter que "aar o "reo mas 8)$o "ode e,iir a e$trea da #oisa. assim que se distribui o ris#o $a reserva da "ro"riedade.
8esse sentido cada um suporta o risco do seu direito.
??????
EN8ADRAMENTODO"MTICODACOMPRAEVENDACOMRESERVADEPROPRIEDADE
Q) um #o$8u$to de seis teorias e,"li#ativas da "osio dos dois i$terve$ie$tes $o #o$trato dereserva da "ro"riedade.
?. teoria da condi'o suspensi#aG
2. teoria da condi'o resoluti#aG
3. teoria da #enda origacionalG4. teoria da dupla propriedadeG
Q) quem dia que estamos "era$te uma #o$dio sus"e$siva. Q) quem afirme que #o$dioresolutiva.
Q) quem afirme que isto uma #om"ra e ve$da obria#io$al6 e $s 8) falamos sobre estaquesto a "ro"sito dos efeitos do direito de "ro"riedade6 e a questo de saber se a "ro"riedadeti$5a sem"re de ser um #o$trato #om efi#)#ia real ou se "odia em #ertas #ir#u$st-$#ias "odia serum #o$trato #om efi#)#ia obria#io$al.
Contratos I Compra e Venda (aulas tericas)Pg. 62
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oi me$#io$ada a "osio da Prof. Assu$o &ristas e da Prof. Iaria$a ra$a Bouveia queafirmam fa#e ao art.W *>=W que isto um #o$trato merame$te obria#io$al de"e$de$te do"aame$to ou de qualquer outro eleme$to.
De"ois 5) quem dia que 5) uma du"la "ro"riedade6 que so ambos "ro"riet)rios6 quer o
alie$a$te quer o #om"rador.
5. a teoria da #enda com e&iccia translati#a imediata associada , atriui'o ao#endedor de uma posi'o Aurdica real !ue l+e garante a rea!uisi'o do emem caso de incumprimentoG
Q) uma outra teoria que di9 que $s temos uma tra$sfer7$#ia imediata do direito de"ro"riedade6 s que o ve$dedor teria $a reserva da "ro"riedade a "rerroativa6 $o fu$do6 deresolver este #o$trato e de re#u"erar a #oisa.
A es"e#ifi#idade seria esta: a #oisa tra$sferir?se $a mesma6 mas "orque se esti"ulou uma reservada "ro"riedade6 o alie$a$te "odia reaver.
6. teoria da e&iccia translati#a di&erida ao momento do pagamento do pre'o com aconcesso ao comprador no perodo !ue medeia entre a celera'o docontrato e o pagamento de uma posi'o Aurdica di#ersa da propriedadeG
Q) quem dia ai$da que a efi#)#ia tra$slativa diferida6 $o 5) uma efi#)#ia tra$slativaimediata6 #om a atribuio $este "er'odo de tem"o e$tre a #elebrao do #o$trato e o "aame$todo "reo6 de uma "osio que diversa da "ro"riedade6 e aqui e$quadra?se o que o Prof. Pedrode Albuquerque afirmou. Q) uma "ro"riedade limitada H$o uma "ro"riedade "ura e sim"les6
do lado do alie$a$te 5) um direito de uma e,"e#tativa real da "osio6 e um direito real me$orda "arte do #om"rador.
e ol5armos "ara #ada uma destas teorias temos o seui$te.
Cl5a$do "ara a teoria da #o$dio sus"e$siva. abemos que a #o$dio um fa#to e,terior ao#o$trato6 futuro e i$#erto. C "aame$to do "reo6 se for esse o eve$to que est) su8eito atra$sfer7$#ia6 $o um fa#to futuro e i$#erto $em e,terior ao #o$trato. um efeito esse$#ial do#o$trato6 o seu "aame$to devido e "ode ser e,iido em tribu$al.
No 5) $e$5um #aso em que a verifi#ao da #o$dio "ossa ser e,iida em tribu$al6at "orque
se "assasse "oder ser e,iida em tribu$al6 e$to dei,ava de ser um fa#to futuro e i$#erto.
e uma das "artes "udesse ser #oaida G verifi#ao de uma #o$dio6 e$to dei,ava de ser uma#o$dio6 e "orta$to6 $o "odemos falar de #o$dio em todos os #asos em que este8amos"era$te o "reo.
Peru$tar?se?)6 e$to e a tal outra 5i"tese do art.W *>=W que di9 que o eve$to "ode ser umqualquerK
Contratos I Compra e Venda (aulas tericas)Pg. 63
de#er de pagar o pre'o no corresponde a um &acto e;terior ao contrato&uturo e incerto. *le corresponde antes a um e&eito essencial do contrato decompra e #enda cuAo cumprimento pode ser e;igido Audicialmente e suAeito ae;ecu'o coati#a
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o artigo 4@=.EK? do Cdigo Ci#il situa'Bes de reser#a de propriedade no ligadasao pagamento do pre'o pelo !ue poder9se9ia di:er !ue pelo menos !uanto aestas situa'Bes seria pertinente o en!uadramento nos moldes de um condi'osuspensi#a
3ua$to a isso em fu$o da arume$tao a$teriorme$te e,"osta6 "elo me$os $esses #asos6"oderiam ser #o$dies sus"e$sivas. e isso fosse verdade6 $s ter'amos uma quebra de u$idadedom)ti#a da #om"ra e ve$da6 #o$soa$te o eve$to fosse o "aame$to do "reo ou um outroqualquer.
Ias mesmo assim6 $em $esses outros #asos se "ode falar de #o$dies sus"e$siva. E "orqu7KPorque $a #o$dio sus"e$siva so todos os efeitos do #o$trato que so #o$di#io$ados. e eusubordi$ar um qualquer #o$trato a uma #o$dio sus"e$siva6 ele $o "rodu9 $e$5u$s efeitose$qua$to a #o$dio se verifi#ar6 a $o ser determi$ados efeitos a#essrios que te$5am a ver#om a #ir#u$st-$#ia de as "artes $o deverem ir #o$tra a boa?f e im"edir a verifi#ao da
#o$dio.
a #erdade " !ue a condi'o atinge todos os e&eitos do contrato en!uanto areser#a de propriedade apenas a&ecta a transmisso da propriedade
Na reserva da "ro"riedade $o estamos a falar de $ada "are#ido6 a"e$as a tra$sfer7$#ia do "reo que que deferida6 todos os outros efeitos do #o$trato se "rodu9em6 "elo que $o "odemosfalar de #o$dio sus"e$siva.
E isto tambm "ermite afastar a ideia da teoria da #o$dio resolutiva6 "orque basta a#o$siderao de que qua$do 5) #o$dio resolutiva todos os efeitos do #o$trato so devidos6
"ara se "er#eber que $um #o$trato de #om"ra e ve$da qua$do 5) i$#um"rime$to6 o devedor temai$da a fa#uldade de e,iir o "reo6 e "orta$to $s $o estamos a falar em #o$dio resolutiva6$o estamos a falar em destruir todos os efeitos do #o$trato6 "elo #o$tr)rio6 o efeito $ormal dareserva da "ro"riedade o de "ermitir ao #om"rador obter uma ara$tia adi#io$al de satisfaodo seu direito6 e "orta$to do #um"rime$to do #o$trato.
-s considera'Bes acaadas de tecer #alem igualmente para a teoria de !ue nacompra e #enda com reser#a de propriedade se assistiria a um negcio suAeito ,condi'o resoluti#a
3ua$to ) efi#)#ia obria#io$al6 8) foi referida ta$ta ve96 que $o vale a "e$a estar a referir que"or um #o$8u$to de ra9es a mesma $o verdadeira.
uanto , tese da #enda com e&iccia origacional podemos reAeit9la a!ui semnecessidade de se acrescentar mais nada
3ua$to G du"la "ro"riedade tambm deve ser afastada6 "orque em "rimeiro luar ela "are#eadequar?se mal #om o art.W *>=W6 que fala da #o$servao de uma "ro"riedade6 e $o di9 que se#o$stituem duas "ro"riedades.
- dupla propriedade de#e ser a&astada.
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Alm disso esta tese se mostra des$e#ess)ria e su"rflua6 "orque 5) outras formas de e$quadrareste me#a$ismo sem se re#orrer a uma #o$struo to #om"li#ada.
*m primeiro lugar ela ade!ua9se mal com o artigo 4@=.E do Cdigo Ci#il. *msegundo lugar ela mostrasse desnecessria e sup"r&lua no tra:endo nada
consigo por!uanto " poss#el encontrar uma e;plica'o mais simples e maisade!uada , realidade Aurdica e material !ue se encontra suAacente , compra e#enda com reser#a de propriedade.
A#eitar uma teoria da du"la "ro"riedade asse$ta mal #om o art6W *>=W e leva$ta um outro"roblema: #omo que #ada uma se arti#ula em relao G outra. 3ua$do eu te$5o um direito realmaior e um direito real me$or6 eu te$5o um direito real mais e,te$so me$os i$te$so e do outrolado te$5o um direito real que me$os e,te$so mas mais i$te$so6 e 8ustame$te "or ter estamaior i$te$sidade que o usufruto "ode o$erar a "ro"riedade. Ias #omo que dois direitosabsolutame$te iuais se #o$di#io$am um ao outroK Na reserva da "ro"riedade as fa#uldades do
#om"rador e,#luem as do ve$dedor e vi#e?versa.
* !uanto , tese da e&iccia translati#a imediata associada , atriui'o ao#endedor de uma posi'o Aurdica real !ue l+e garante a rea!uisi'o do emem caso de incumprimento$
Esta ideia s "or si e,a#tame$te a mesma #oisa que a resoluo. 3ua$do 5) resoluo do#o$trato de #om"ra e ve$da6 o #om"rador H#om ou sem reserva da "ro"riedade readquire obem.
*la implica alis , semel+an'a do !ue acontece com a teoria da condi'o
resoluti#a uma altera'o estrutural da compra e #enda da reser#a depropriedade &ace ao regime constante do artigo 4@=.E do Cdigo Ci#il ondeapenas se admite ser lcito ao alienante reser#ar para si a propriedade da coisa.
/e&ender semel+ante tese seria recondu:ir as +ipteses de reser#a depropriedade a normais situa'Bes de resolu'o da compra e #enda sem!ual!uer tipo de especialidade da primeira relati#amente , segunda.
Pelo que "or e,#luso de "artes resta?$os a teoria da efi#)#ia tra$slativa diferida ao mome$to do
"aame$to do "reo. A ara$tia de um lado Ha "ro"riedade fu$#io$ali9ada "or ra9es defi$alidade de ara$tia e do outro lado a e,"e#tativa real de aquisio6 do$de isto a8uda aresolver o "roblema da distribuio do ris#o $os moldes que 8) vimos.
esta9nos a posi'o !ue #0 na compra e #enda com reser#a de propriedade em !ueo e&eito translati#o " de&erido ao momento do pagamento &icando toda#ia e desdelogo o comprador in#estido com a reali:a'o do contrato numa posi'o Aurdicaespec&ica tradu:ida numa e;pectati#a real de a!uisi'o en!uanto o #endedor det"muma garantia real destinada a assegurar o pagamento do pre'o.
Contratos I Compra e Venda (aulas tericas)Pg. 65
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Aula n ++ , 11.+/.1/+3
Sum2ro
......
3 , VENDADE5ENS8T8ROSR8TOSPENDENTESEDEPARTESCOMPONENTESO8INTE"RANTESDE8MACOISA
$'P(T)S)+
%celera com& em 2@?? um contrato de compra e #enda pelo !ual #ende a esteFltimo os &rutos !ue o seu pomar ir produ:ir na prima#era de 2@?2. Por"m depoisda #enda reali:ada e de receido o din+eiro%descura o seu pomar de tal &orma !ueas r#ores so a&etadas por uma doen'a e no produ:em !uais!uer &rutos. &pretende saer !uais so os seus direitos perante esta situa'o
- resposta ser a mesma se em #e: de descuido de %o pomar ti#esse sido atingidopor uma no#a e impre#is#el doen'a$
A "rimeira $ota que temos de ter "rese$te a seui$te: isto $o uma ve$da de fruto "e$de$teem se$tido estrito6 uma ve9 que $s estamos aqui a falar de um fruto a "rodu9ir e $o de umfruto "e$de$te Hfruto que 8) este8a "e$durado $uma )rvore. Estamos "orta$to a falar de be$s
futuros e $o de frutos "e$de$tes.
A questo que se #olo#a aqui de saber quem su"orta as #o$sequ7$#ias da falta de dili7$#ia"or "arte do ve$dedor6 e a "eru$ta seui$te saber o que su#ederia se $o tivesse 5avido faltade dili7$#ia do ve$dedor.
abemos que 5) uma $oo que #orres"o$de a frutos "e$de$tes em se$tido estrito6 e que o bemque futuro $o e,a#tame$te a mesma #oisa do que um fruto "e$de$te.
- compra e #enda de ens &uturos &rutos pendentes e de partes componentesou integrantes de uma coisa encontra9se pre#ista no artigo [email protected] do Cdigo
Ci#il.
- #enda de ens &uturos stricto sensu #eri&ica9se !uando o #endedor aliena ensine;istentes ao tempo da celera'o do contrato de compra e #enda !ue se noencontrem em seu poder ou a !ue no tem direito.
Ns "odemos falar em be$s futuros em se$tido "r"rio e estrito6 e $esse #aso6 sero be$s futurosaqueles que o ve$dedor alie$a sem ter direito a eles $o mome$to da ve$da ou que soi$e,iste$tes ao tem"o da ve$da.
Contratos I Compra e Venda (aulas tericas)Pg. 66
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Podemos tambm utili9ar a e,"resso em futuro #om se$tido am"lo6 e $esse #aso6 a e,"ressobem futuro abra$e todos estes #asos Hreferida $o art.W
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A #om"ra e ve$da de um bem futuro $o tem ob8e#to. C ob8e#to 5)?de ser a #oisa que ve$dida6 mas que ai$da $o e,iste6 loo falta?l5e o ob8e#to Hque um dos eleme$tos do $e#io8ur'di#o.
Na $ossa 5i"tese6 $s temos um $e#io 8ur'di#o que a"o$ta "ara um ob8e#to que $o e,iste6 e
"orta$to seu$do o Prof. 2aul 4e$tura Ho ree$te #o$#orda #om esta afirmao6 $s temos um$e#io i$#om"leto6 falta?l5e alo6 $este #aso o ob8e#to "ara que ele este8a "erfeito e "rodu9a osseus efeitos Ho ree$te #o$#orda #om esta afirmao.
eu$do o Prof. 2aul 4e$tura6 se $o temos um $e#io #om"leto6 a res"o$sabilidaderesulta$te do i$#um"rime$to da obriao a"e$as d) luar a uma i$dem$i9ao "elo i$teresse#o$tratual $eativo6 uma ve9 que a res"o$sabilidade "elo i$teresse #o$tratual "ositivo aferidaao i$teresse do "r"rio #um"rime$to.
E aqui $s $o estamos a falar de uma obriao de #um"rime$to de efeitos esse$#iais6 mas simde uma obriao a#essria que a seu tem"o "oder) dar oriem G verifi#ao e "roduo dosefeitos.
-SN V*8%- considerando a #enda de ens &uturos como um negcioincompleto antes de se #eri&icar a trans&er0ncia da propriedade entende de#er&icar a indemni:a'o circunscrita ao interesse negati#o.
Cutra "osio defe$dida "elo Prof. Ie$e9es Leito6 ele afirma que $s estamos "era$te um#o$trato de #om"ra e ve$da que "rodu9 efeitos6 de tal forma que o ve$dedor est) obriado afa9er as dili7$#ias $e#ess)rias "ara que a #oisa se tor$e "rese$te.
Porta$to estamos "era$te um #o$trato v)lido e que validame$te "rodu9 efeitos. A questo "ara oProf. Ie$e9es Leito6 que se temos um #o$trato que "rodu9 obriaes6 $o 5) $e$5umara9o "ara a i$dem$i9ao ser limitada ao i$teresse #o$tratual $eativo.
H*8*R*D N*I%T de&ende estar9se diante de um contrato #alidamente celeradopelo !ue a indemni:a'o no poderia &icar limitada pelo interesse contratualnegati#o.
Para o Prof. Pedro de Albuquerque6 os dois t7m ra9o:
C Prof. 2al 4e$tura tem ra9o qua$do di9 que $s estamos "era$te um $e#io
i$#om"leto6 $o se$tido em que $o estamos ai$da "era$te uma #om"ra e ve$da que"rodu9a a tra$sfer7$#ia da #oisa6 que "rodu9a a obriao de e$trea da #oisa6desi$adame$te. C $e#io $o est) #om"leto "orque desi$adame$te $o tem ob8e#to!
Ias o Prof. Ie$e9es Leito tambm tem ra9o qua$do di9 que $s temos um #o$tratovalidame$te #elebrado6 $a medida em #om isso si$ifique que $s temos aqui um#o$trato que $o sofre de $e$5uma ili#itude6 $o 5) verdadeirame$te $e$5um v'#io quafe#te a res"e#tiva validade6 e "orta$to um #o$trato validame$te #elebrado e que"rodu9 efeitos.
%em ra:o -SN V*8%- ao a&irmar estar9se diante de um negcio
incompleto. Has tem9na tam"m H*8*R*D N*I%T !uando sustenta tratar9sede um negcio #alidamente celerado se com isso pretender signi&icar no
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+a#er a!ui !ual!uer &orma de ilicitude.
A questo que $o "rodu9 todos os efeitos que uma #om"ra e ve$da $ormal "rodu9iria6 "orque$o 5ave$do ob8e#to $o "ode 5aver tra$sfer7$#ia de uma #oisa merame$te virtual. E e$qua$to
o ob8e#to $o e,istir $o o"era a tra$sfer7$#ia da #oisa6 $o 5) a obriao de e$trea6 et#.
s negcios incompletos apesar a sua incompletude e destarte da sua &altade #alidade (como negcios completos) podem e produ:em alguns e&eitosAurdicos.
-&astada estar isso sim apenas a produ'o da totalidade dos respeti#ose&eitos.
Pelo que $s estamos "era$te um $e#io i$#om"leto6 e $o 5) $e$5uma i$#om"atibilidade emdi9er que estamos "era$te um $e#io i$#om"leto e um $e#io validame$te #elebrado6 "orqueo que #ara#teri9a um $e#io i$#om"leto 8ustame$te a #ir#u$st-$#ia de ele $o "rodu9ir a"le$itude dos efeitos que "rodu9iria se estivesse #om"leto.
Ias isso $o si$ifi#a que o $e#io i$#om"leto a"esar de $o "rodu9ir o efeito iual Gqueleque "rodu9 o $e#io #om"leto6 que ele $o "rodu9a alu$s efeitos6 e $s temos aqui ume,em"lo disso mesmo.
Na 5i"tese6 esta #om"ra e ve$da est) i$#om"leta e "or isso $o "ode "rodu9ir a tra$sfer7$#iada #oisa e$qua$to esta $o se tor$ar "rese$te6 mas "rodu9 alu$s efeitos6 e "orta$to t7m os doisra9o. Q) um $e#io i$#om"leto6 s que o $e#io i$#om"leto $o si$$imo de $e#io semefeitos.
Por e,em"lo6 a "ro#urao se arti#ula #om as i$strues i$ter$as6 #om o ma$dato6 et#6 masi$de"e$de$teme$te dessa arti#ulao "odem em determi$adas #ir#u$st-$#ias uma "ro#urao"ura ou que viola as i$strues "rodu9ir efeitos #om base6 "or e,em"lo6 $a a"ar7$#ia. A"ro#urao um $e#io i$#om"leto $a medida em que est) desti$ado a arti#ular?se #om um$e#io sub8a#e$te H"or $orma um ma$dato. Ias em determi$adas #ir#u$st-$#ias "ode $o5aver ma$dato H"orque "or e,em"lo a "ro#urao foi dada "rimeiro e "ode ter uma utili9aoabusiva6 mas mesmo assim "rodu9ir efeitos.
Porta$to o que #ara#ter'sti#o de um $e#io i$#om"leto $o a aus7$#ia da "roduo deefeitos6 mas sim a aus7$#ia dos efeitos que se "rodu9iriam se se 8u$tasse a "arte em falta.
Est) "or isso afastada a "roduo da totalidade dos efeitos6 mas $o de todos e qualquer6 "eloque o ree$te afirma que 5ave$do a obriao "or "arte do alie$a$te de reali9ar um #o$8u$to dedili7$#ias "ara que o bem se tor$e "rese$te6 $o v7 ra9o "ara se e$te$der que a i$dem$i9aote$5a que ser "elo i$teresse #o$tratual $eativo.
Parece destarte e atendendo , circunst>ncia de logo com a compra e #endade ens &uturos &rutos pendentes e partes componentes surgir para o #endedora origa'o de ad!uirir a coisa determinar o respeti#o incumprimento culposo ode#er de indemni:ar pelo interesse contratual positi#o.
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Em 8eito de #o$#luso6 dir?se?ia que esta i$dem$i9ao "elo i$teresse #o$tratual "ositivo6"orque 8) 5) uma obriao a #aro do ve$dedor de fa9er tudo o que for $e#ess)rio "ara que a#oisa "asse "ara a "ro"riedade do #om"rador.
3ua$to G seu$da sub?5i"tese6 de admitirmos que a im"ossibilidade se deveria a uma doe$a
$ova e im"revis'vel6 a que