aulas práticas - comercial i

Upload: ines-pedrosa

Post on 14-Oct-2015

25 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • 5/24/2018 Aulas Prticas - Comercial I

    1/21

    Direito Comercial IAulas Prticas

    2012/2013

    7 de Novembro 2012

    CASO 2

    Alnea c): regime especial comum dos juros moratrios - previso de uma taxa de jurossupletiva aplicvel s obrigaes comerciais, superior taxa de juro aplicada as operaes

    civis.

    Trata-se de uma Concesso. No pagou desde o momento que a obrigao se vence. Enquanto

    a obrigao j existe mas no se vence, no ainda exigvel. a partir do momento de

    exigibilidade da dvida que se contam os juros moratrios, que indemnizam a falta de

    cumprimento tempestivo da obrigao, do prejuzo causado.

    Juros comerciais atentamos ao artigo 102. do CComercial. Temos um modelo mais ou

    menos estabilizado. Neste momento interessa-nos o pargrafo terceiro.

    Est em causa a aplicao de uma taxa de juro. Desde que os credores intentem.

    Que juros moratrios? Legais, que resultam da lei, por exemplo nas obrigaes pecunirias,

    artigo 806. CCivil, 395., 415., 626. CComercial; Convencionais, fixados pelas partes,

    quando tal assim, ou as partes fixam a taxa ou no fixam a taxa. S se aplica o 102. se as

    partes no convencionarem uma taxa, terem afirmado o quanto . No se aplica quando o juro

    convencional e definida a taxa.

    Se a divida provier de acto de comrcio, se o credor for ttulo de comercial, para a taxa

    supletiva aplica-se 102. corpo e pargrafo 2, CCom. Isto remete-nos para uma portaria597/2005 de 19 de Julho. Taxa est estabilizada nos 8%. A taxa de juro civil de 4%, Portaria

    n 291/2003.

    Este regime foi confirmado tambm para as transaces comerciais e de empresa DL n

    32/2003, 17 de Fevereiro.

    Esto em causa obrigaes pecunirias. Aplica-se a este regime a mesma disciplina do 102.

    para o artigo 4.. do DL referido.

    Este diploma exige que ambas as partes sejam empresas, mas no exige que essas empresas se

    dediquem a uma actividade comercial artigo 3.. Actividade econmica profissional

    autnoma, fala mesmo que no comercial.

    Quando for uma empresa no comercial tambm beneficia de um regime mais favorvel.

    Mostra mais a autonomia do direito comercial.

    Tem de ser sempre entre empresas.

    Titulares de Empresas Comerciais:

    A doutrina est dividida, entende-se que o credor deve explorar uma

  • 5/24/2018 Aulas Prticas - Comercial I

    2/21

    Direito Comercial IAulas Prticas

    2012/2013

    Em sentido objectivo restringe a aplicao da lei, s estes podem usar a taxa legal

    superior a 8%. O professor das prticas insere-se aqui. comerciante com empresa.

    Mesmo que no esteja

    Em sentido subjectivo o sujeito titular da actividade mercantil. Na prtica o Dr.

    Coutinho, Menezes Cordeiro, credor igual a comerciante. Amplia a aplicao da lei. A categoria

    de credores ampliada porque os credores podem no ser empresrios. comerciante sem

    empresa.

    Quais os pressupostos?

    - Saber se a dvida provm de um acto de comrcio compra de prateleiras 230., acto

    acessrio conexa, n2 fornecimento. No razovel vir por aqui.

    - Ser subjectivamente comercial. 2.

    - Quem o credor a empresa da baixa, titular de empresa comercial? Vamos ao

    102. comercial ou no? Pratica actos objectivamente comerciais, 463., revenda.

    Aplica-se a cada um dos semestres o aviso correspondente.

    CASO N 3:

    Regime da Firma Sai em exame + autonomia do direito comercial

    DL n 129/98 artigos 32. a 44.; 54. e ss; 60. a 62.. Regulam os princpios gerais.

    O artigo 44. deste decreto rege a resoluo da alnea b). necessrio ligar o nmero um com

    o quarto. No possvel transmitir a firma sem transmitir tambm o estabelecimento. O

    nmero dois acrescenta.

    Antnio adquiriu.

    A firma distintiva de comerciantes empresrios.

    Princpio da Verdade responde alnea c) do caso. Artigo 32.. Restrio 32./5

    Princpio da Novidade ou Exclusividade

    Princpio da Capacidade distintiva

    Princpio da Unidade 38. , um comerciante, uma firma.

    Princpio da Licitude Residual

    Alnea d)Momento preventivo de aferio dos princpios constituintes da firma. Pede-se que

    aquela firma seja reconhecida para depois ser registada. O primeiro no pode ser porque viola

    o princpio da capacidade distintiva 33. DL e 14.C. Sociedades Comerciais. No segundonome est em causa o princpio da novidade ou exclusividade. Interessa que no conjunto

  • 5/24/2018 Aulas Prticas - Comercial I

    3/21

    Direito Comercial IAulas Prticas

    2012/2013

    global seja exclusivo. Ambas as firmas partilham entre si a sigla, associada pelo publico mdio

    sic televiso. Duas teses doutrinais: actividades anlogas, concorrentes, no se aceita;

    aceitando-se, entre actividades no concorrentes a confuso ser menor e da ser aceitvel.

    Defendemos uma tese diferente, que est em vigor tambm para as actividades noconcorrentes. TAP SONAE, BCP, EDP, PT, tem uma forma oficiosa, oficial

    Empresas

    CASO N 5:

    Situao de negcio sobre empresa, sentido comercial ou no comercial? Comercial, o objecto

    de direitos e obrigaes, relaes jurdicas, empresa em sentido objectivo, estrutura

    econmico-produtiva que a empresa .

    No este o nico sentido, tambm comum referir-se o sentido subjectivo, em que est emcausa o sujeito que algum que exerce uma actividade econmica.

    Geralmente o sujeito, comerciante ou no, quando exerce uma actividade econmica explora

    uma empresa, um sujeito empresrio, em princpio.

    Empresa em sentido subjectivo, estamos a falar de variados sujeitos, pessoas singulares e

    colectivas.

    Conceito corporativo, que entende a empresa como uma comunidade.

    O que se aplica nas leis ou empresa em sentido subjectivo ou objectivo.

    No h um conceito unitrio de empresa, nomeadamente porque no h um conceito que

    valha para todas as espcies de empresas, para todos os ramos de direito, e mesmo dentro do

    conceito de empresa, h varias concepes ou perfis desde logo que tem de ser abordada.

    A empresa que aqui nos interessa, que objecto dos negcios empresa-estabelecimento, no

    entanto podemos afirmar que h um conceito geral em sentido objectivo.

    Traos constituintes do conceito geral:

    1. O estabelecimento um bem jurdico, distinguvel por si prprio, e regulvel porsi s vamos aqui considerar uma disciplina autnoma, que se aplica aoestabelecimento como um todo unitrio. O prprio negcio tem autonomia.

    Se as partes simularam um negcio sobre a empresa, mas queriam apenas uma

    parte no podemos aplicar o regime prprio, favorvel transmisso sobre o

    estabelecimento

    2. Se funda numa organizao de meios ou bens, porque os elementos entre siinterrelacionam de maneira a que o todo seja diferente da mera soma. O

    restaurante assumiu uma entidade nova, e diferente da soma das mesas,

    trabalhadores, etc. Assumiu uma entidade diferente, resultante da

    complementaridade, inter-relao de todo os bens.

  • 5/24/2018 Aulas Prticas - Comercial I

    4/21

    Direito Comercial IAulas Prticas

    2012/2013

    Podemos ter um tasco degradado, mas com uma comida fantstica, mas pode-se

    tirar tudo e tornar isso renovado. Mudando os elementos o todo novo fica

    diferente, porque a maneira como os bens se relacionam diferente como se

    relacionavam no tasco. A organizao de meios, com meios novos, vai dar origem aestabelecimento novo. Unidade jurdica, fundada numa organizao de meios, que

    se organizam entre si, e fundam um bem jurdico novo.

    Quando fazemos um trespasse sobre ou de um estabelecimento, temos de saber o que

    significa uma vez que este o objecto do negcio. Em rigor no se est a negociar o armazm,

    os servios administrativos, os carros, est se a negociar todo o estabelecimento! No se est a

    negociar cada um deles individualmente, mas sim como um bem novo.

    Um queijo com vrios buraquinhos, este o estabelecimento, e os buracos so os bens l

    dentro, quando se vende o queijo vende-se com os buracos.

    Teremos de saber se as partes quiseram o negcio como um todo, ou apenas alguma parte.

    O logtipo por exemplo pode ser o que mais cativou, e a decorao, as mquinas e tudo o

    resto no interessa.

    O todo diferente da mera soma do agregado. o todo que objecto do negcio. Quando se

    transmite o estabelecimento transmite-se como uma unidade jurdica, um todo unitrio. Se

    no for no temos negcio sobre a empresa.

    Negcio sobre o todo :

    Estabelecimento

    = Meios ou bens da empresa - instrumentos estrutural ou funcionalmente inseridosnaorganizao produtiva que a empresa .

    a. Factores produtivos -1Coisas corpreas - A

    Coisas incorpreas -B

    Bens no coisificadas - C

    b. Meios identificadores - 2

    1 - Objectos ou instrumentos de trabalho e capital, e o trabalho.

  • 5/24/2018 Aulas Prticas - Comercial I

    5/21

    Direito Comercial IAulas Prticas

    2012/2013

    2- Que predominantemente ou capitalmente identificam e individualizam a empresa

    logotipos, marcas, recompensas, em bom rigor potenciam os factores de produo.

    A -os imoveis, mquinas, ferramentas, mobilirio, matrias-primas, mercadorias, etc.

    B -invenes patenteadas, desenhos industriais, marcas, logtipos

    C -prestaes de servio, prestaes de trabalho, situaes de facto com valor patrimonial.

    Para ns apenas inclumos o chamado saber-fazer que abrange por um lado conhecimentos,

    no patenteados e ou no patenteveis, de caracter cientifico, tcnico-emprico, aplicados na

    prtica empresarial, incluindo os saberes de negcio e as experiencias negociais acumuladas;

    entendemos que no situao de facto com valor patrimonial: as posies resultantes da

    prpria organizao interna da empresa, relaes de facto com fornecedores, financiadores e

    clientes, porque estamos a falar de situaes que no correspondem ao processo produtivo e

    estrutura que sustenta o processo produtivo. Tudo o que exterior ao processo produtivo, e estrutura est ligado empresa mas no meio da empresa.

    Quando temos um negcio como este precisamos de saber quais os elementos que

    foram transferidos.

    As partes podem excluir elementos, e convencionar elementos que no se transmitem.

    O que interessa saber se transferiram os elementos necessrios para identificar a

    empresa.

    Utilizamos subconjuntos de meios empresariais ou mbitos de entrega doestabelecimento. Para tal, ns temos um limite, uma fronteira, para identificar se houve ou

    no negcio sobre o estabelecimento. Tem de ser respeitado em concreto o chamado mbito

    mnimo ou necessrio. Se no forem transmitidos elementos ou mbitos empresariais que

    concordamos que fazem parte do mbito mnimo, tal significa, que no se pode considerar

    aquele negcio como negcio sobre o estabelecimento. Para que consigamos aplicar o regime

    jurdico prprio dos negcios de estabelecimento s o podemos fazer se esse respeitar na

    entrega dos elementos o mbito mnimo.

    Quando se diz que o negcio sobre o todo, tal no significa que tenhamos de

    transmitir tudo, no podemos excluir os elementos necessrios para identificar, responsveispela identidade daquele estabelecimento mnimo. uma condio da prpria subsistncia do

    negcio.

    Em abstracto:

    mbito NaturalConstitudo pelos elementostransmitidos no silncio daspartes, independentementede haver ou no uma

    previso expressa sobreaquele bem empresarial. No

    mbito convencionalEsto os elementosempresariais que apenas setransmitem por fora de umaestipulao ou conveno

    expressa ou tcita entre aspartes. Transmitem-se s

    mbito residual, legal ouimperativo constitudo pordeterminadas realidadesligadas empresa que por

    fora da lei se transmitempara o transmissrio: dividas

  • 5/24/2018 Aulas Prticas - Comercial I

    6/21

    Direito Comercial IAulas Prticas

    2012/2013

    se dizendo nada sobre aquelebem ele entra na esfera

    jurdica do beneficirio.a. Bens que pertencem

    ao transmitente attulo depropriedade.

    b. Meios que esto disponibilidade dotransmitente a ttuloobrigacional.

    Ou as partes no identificamos elementos, tudo o queest neste mbito passa; ouas partes identificam alguns

    elementos, todos os que noso identificados passam seestiverem neste mbito.Tudo o que se quiser que nopasse tem de ser excludo.Se nada for dito transmite-se.

    aqueles que tenhampreviso.Se nada for dito fica na esfera

    jurdica do transmitente.

    a trabalhadores, dvidasresultantes de coima derelaes laborais e tambmas dividas segurana social.

    mbito MnimoElementos necessrios ou essenciais para identificar onegcio.

    Regra: fazendo parte do mbito mnimo, fazendo parte do mbito natural as partes

    no podem excluir, e no mbito convencional tem de convencionar. Os mbitos so

    subconjuntos de entrega em que conseguimos localizar os bens. Os elementos pertencem em

    abstracto, porque para qualquer negcio esto ou no mbito natural ou convencional, mas em

    concreto no mbito mnimo.

    Obrigao de entrega condicionada pelos elementos do mbito mnimo. Para aquele negcio e

    num certo momento, os elementos do mbito mnimo podem mudar.

    No caso:

    Quando temos um negcio sobre o estabelecimento temos de ver se h realmente um

    negocio. Para isso averiguamos se houve elementos que nos levem concluso que o

    estabelecimento foi como um todo ou no. Temos de saber quais so os negcios que existem:

    o trespasse e a locao. O trespasse uma categoria de negcios imanados de caractersticas

    comuns: transmisso definitiva da empresa, em negcio inter vivos.

    Temos um trespasse sobre o estabelecimento, a transmisso definitiva do elemento. O imvel,

    elemento empresarial, se est ou no, depende da perspectiva. H quem entenda que est no

    mbito convencional. Mas o mais certo coloc-lo no mbito natural independentemente e a

    salvo da conveno especial das partes. Seno se fizer meno da transmisso do prdio e nose concluir que ele foi excludo deve entender-se que foi transmitido naturalmente.

  • 5/24/2018 Aulas Prticas - Comercial I

    7/21

    Direito Comercial IAulas Prticas

    2012/2013

    1. elemento prdio ou imvel. Nada sendo expresso ele transmite-se naturalmente.

    (Um exemplo de concluirmos que foi excludo - o imvel valia 500.000 e apenas a

    empresa foi vendida por 150000 . No tem de estar previsto expressamente porque est no

    mbito natural, mas se concluirmos que as partes o quiseram excluir no se transmite.)

    Faz parte no mbito mnimo, nada foi dito, cumpre o mbito mnimo. 1112. CC basta

    para aquisio do imvel a forma exigida para o trespasse, estamos a fazer um negcio sobre

    todo o estabelecimento, que incluiu o imvel. Aproveitar para a validade formal da

    transmisso do imvel.

    22 de Novembro de 2012

    Continuao do caso n5

    a. Identificao dos elementos do negocio.i. O imvel (prdio) segundo a nossa opinio integramos o imvel quanto a um

    trespasse do estabelecimento, no mbito natural.

    ii. Carrinha a propriedade jurdica e propriedade econmica. Bem

    mvel=automvel=contrato de locao financeira.

    11. DL

    1112. CC 115. RAU

    Quando o imvel arrendado seja um local de estabelecimento, o senhorio no

    precisa de consentir na transmisso de B para C. Este regime prprio do trespasse, s

    funciona se houver efectivamente um trespasse, nomeadamente porque na

    negociao se violou a entrega de bens pertencentes ao mbito mnimo.

    Transmite-se tambm a sua carrinha, a sua propriedade econmica,

    nomeadamente sem necessidade de autorizao do locador, a sociedade financeira.

    Passa a locao financeira sem necessidade de autorizao, no entanto h uma

    possibilidade de oposio por parte do locador, nomeadamente por falta de condieseconmica, no discricionria, mas sim necessita de fundamentao.

    iii. Logotipo elementos ou meios empresariais, coisas incorpreas, duas

    hipteses possveis:

    Sinal distintivo bifuncional individualizar sujeitos e tambm mas nem

    sempre estabelecimentos, empresas.

    Seguem o regime da marca, em regra se no estiverem l o nome as

    firmas e o nome dos particulares pertencem ao mbito natural, se estiverem

    pertencem ao mbito convencial

  • 5/24/2018 Aulas Prticas - Comercial I

    8/21

    Direito Comercial IAulas Prticas

    2012/2013

    304. -B que ressalva o artigo 31/5

    artigos 304. A e seguintes Cdigo de Propriedade Industrial.

    - mbito natural transmitido,

    - mbito convencional -

    iv. Crditos pecunirios passa para o trespassrio? meio empresarial ou no?

    So o so se incidirem sobre meios empresarias, o objecto aparente neste caso, o

    trespassante A vendeu loia e ficou com o dinheiro, este est ligado h estrutura

    organizativa? No. Quem passou a ter meio empresarial foi o construtor civil, quem

    comprou a loia, que ficou na empresa dele com um meio. O A que vendeu ficou

    com os 15ooo euros mas este no meio empresarial. O crdito entrega do meio

    empresarial, para B, esse sim ser um meio, porque est ligado. No entanto, o facto deno ser meio empresarial, no significa que no tenham um regime. Acabam por

    entrar no mbito convencional regime comum civilstica da transmisso ou cesso de

    crditos 577. do CC. Precisava de uma clausula direccionada para a transmisso

    desses crditos, caso no haja acordo mantem se na esfera jurdica do trespassante. O

    facto de integrarmos no mbito convencional, resulta pura e simplesmente no regime

    de transmisso ou cesso de crditos, no transforma algo que no meio

    empresarial em meio empresarial. Acordo entre o transmitente e tranmissario.

    Resoluo de um caso destes:

    1. Identificar o negocio2. Trespasse ou locao3. Elementos em causa propriedade ou obrigao4. Ambito Natural se nada disserem passa.5. AMbito Convencional para passar tem que convencionar, tacita ou explicitamente6. Ambito mnimo serve para saber se houve ou no negocio sobre o estabelecimento e

    se consequentemente se aplica o regime. De todos os elementos trs que so:

    logotipo, marca, maquina. Se no passarem no existe negocio sobre o

    estabelecimento. Elementos em concreto para aquele estabelecimento, e varia de

    negocio para negocio. Podem fazer parte elementos do ambito natural, convencional

    ou dos dois. Tem uma parte extensiva, elstico.

    Logotipo pertence ao mbito natural, caso no tenha nomes passou

    Marca , tinha um nome, ambito convencional, no houve conveno no passou

    Maquinas, ambito natural passou

    Dos trs apenas passaram dois, o ambito mnimo no foi respeitado. S se

    dispensado de consentir, caso haja um negocio sobre o estabelecimento. Se no se

    respeitar o ambito mnimo, ento ter de dar autorizao, como no houve, existir

    ordem de despejo.

  • 5/24/2018 Aulas Prticas - Comercial I

    9/21

    Direito Comercial IAulas Prticas

    2012/2013

    Se tiver no ambito natural e excluram no passou.

    Ambitos instrumentais, natural e convencional, para se definir em concreto o ambito

    mnimo.

    O Ambito mnimo apenas serve para saber se aquilo que passou suficiente para

    definir o mbito mnimo, se alguns no passaram e deviam ter passado, teremos um

    problema de saber se houve ou no um negocio sobre o estabelecimento.

    !! Quando h um caso deste identifica-se o problema, se mera transferncia.

    Se determinado elemento, que as partes no excluram, precisa ou no de pertencer

    ao ambito mnimo

    Ponto II da alnea a) nos negcios translativos de propriedade, temos sempre aobrigao de entrega e transmisso do gozo ao transmissrio. No h nenhuma

    previso expressa, mas implcita, para evitar que o alienante possa concorrer e

    danificar os valores que o estabelecimento tem. Instrumento de defesa do

    trespassrio contra possveis concorrenciais diferenciais contra o trespassario e outros

    sujeitos: cnjuge, . Limites temporais.

    b. C o senhorio, h um negocio de estabelecimento de A para B. O C afirma que noautorizou o negcio. Estamos perante um trespasse de um estabelecimento que

    funciona num imvel arrendamento 1112./1 a) do CC. uma norma excepcional,

    porque constitui um desvio ao regime comum presente no artigo 1059./2 do CC 424. e seguintes CC. 1038. e) CC 1112./1 a) CC

    Se aplicssemos o regime comum CC no teria de consentir na transmisso do

    estabelecimento, mas consentir na posio de arrendatrio.

    Desvio a uma regra o senhorio tem um imvel arrendado, se o seu arrendatrio,

    dono da empresa a trespassar, impe-se-lhe sempre novos arrendatrios porque so

    os novos trespassrios do arrendamento. Evitar que um sujeito terceiro ao negocio

    impea o negocio.

    Ao afirmar eu no se respeitou o ambito mnimo, quer dizer, que no houve negocio

    sobre o estabelecimento, que no houve trespasse. 1083./2 e)

    Quando no h consentimento e devia haver ilcita

    Quando as partes no comunicam ineficaz

    RC 1059./2 444. e seguintes; 1083./2 e)

    RE 1112./1 a)

    O 1112./1 a) - no h trespasse significa que no h trespasse para este efeito, de

    dispensa de consentimento do senhorio para a cesso licita. Referencia ao mbito

  • 5/24/2018 Aulas Prticas - Comercial I

    10/21

    Direito Comercial IAulas Prticas

    2012/2013

    mnimo, tem de ser transferido o mbito mnimo. Ambas as alneas eram de simulao

    relativa.

    29 de Novembro

    Alnea c) do caso n5 temos aqui um novo negcio e uma constituio de uma nova empresa.

    A tomou de arrendamento a Duarte negocio quanto ao imvel. E neste prdio instalou uma

    fbrica de componentes elctricos para automveis, empresa comercial ou no comercial?

    comercial, pelo artigo 230., n 1.

    A faz um contrato de compra e venda com E trespasse sobre o estabelecimento sobre a

    forma de um contrato de compra e venda. uma categoria de vrios negcios. Dizer o porque

    de ser um trespasse.

    Temos de identificar sempre a natureza do negcio categoria + forma do negcio.

    O senhorio entende que no havendo clientela, no podia ser considerado este objecto do

    negocio como um estabelecimento enquanto tal, entendendo que no houve objecto, porque

    este no existia ainda, logo no houve trespasse, por no ter ainda entrado em

    funcionamento.

    Se o senhorio no consentiu ento foi ilcita dando origem a resoluo do contrato de

    arrendamento, 1083..

    Temos de esclarecer o facto de ter de autorizar a venda, ele s tem de conhecer a vicissitudesobre o imvel, e no sobre o trespasse, este lhe alheio. preciso averiguar as condies

    concretas do negocio. Se o arrendatrio passa para E ou no preciso autorizao? Ele apenas

    consente ou no na transferncia jurdica de arrendatrio integrada no negocio sobre o

    estabelecimento.

    H estabelecimento?

    Elementos: factores produtivos + meios. Isto tudo s passa a ser um estabelecimento quando

    um bem jurdico novo.

    Em coerncia, tudo o que no factor produtivo que est na estrutura ecomica da empresano elemento empresarial. A clientela no meio empresarial. Para etse efeito quando o

    senhorio o afirma, no importante, o que importante, que j estava devidamente

    implantada e estruturada para ser produtivo, basta que a empresa esteja apta a funcionar:

    conceito de aviamento de estabelecimento de empresa, empresa aviada, apta a funcionar.

    Aptido ou idoneidade produtividade e em princpio lucrativa para a empresa realizar o fim

    para o qual foi criada - cujos elementos esto j devidamente organizados como complexos de

    bens j prontos e aptos para o processo produtivo (elemento objectivo)., seja industrial, de

    servios.

  • 5/24/2018 Aulas Prticas - Comercial I

    11/21

    Direito Comercial IAulas Prticas

    2012/2013

    Logo que tenhamos um bem jurdico novo apto, aviado nesse momento ele pode ser objecto

    de negcios. Se concluirmos que a fabrica est pronta a funcionar, ela estabelecimento da

    empresa pode ser objecto de negocio, tirando a razo ao senhorio. Temos estabelecimento

    novo, objecto novo do negocio, logo haveria trespasse 1112., senhorio no tinha deconsentir, logo foi licita.

    Estabelecimento no se identifica com existncia de clientela nem se associa a direito de uma

    clientela. um dos temas mais discutidos ao nvel de doutrina.

    algo imprescindvel a manuteno da empresa, que manifestao do aviamento da

    empresa, se est apta tem clientes, mas estas relaes no implicam que tenhamos de dizer

    que a clientela sejam elemento de empresa, enquanto estrutura econmico produtiva.

    Resposta simples, afastando a clientela dos elementos, que h trespasse, pode ser objecto de

    negcio, sendo assim o imvel arrendado a sua transferncia no precisava de autorizao dosenhorio, logo licita, o senhorio no tem razo.

    Sai sempre no exame o trespasse, negocio sobre o imvel, ambito mnimo, simulao.

    Negcios temporrios sobre o estabelecimento

    Que permitem transmitir durante um determinado tempo um estabelecimento

    Alnea d) do Caso 5

    E o novo trespassrio, cedeu a F. Algum deles deu conhecimento ao senhorio?

    Identificar o negocio: locao sobre ou de estabelecimento. O que ? Negcio temporrio

    sobre o estabelecimento sobre contrapartida onerosa. Negcio tpico, temporrio e oneroso.

    1022. CC - locao do estabelecimento, etc. toda a gente afirma ou designa por cesso de

    explorao. No se transmite a propriedade, o titulo, apenas se cede.

    Coisa=estabelecimento.

    Nesta alnea, saber se quando h locao, o proprietrio do estabelecimento E,

    proporcionando o gozo da explorao do estabelecimento, o locatrio do estabelecimento,durante um certo tempo e em troca de uma remunerao, quando cessar e nada foi dito, volta

    a explorao para o E. F obrigado a restituir no mesmo estado, a coisa ou objecto locado.

    Tem como obrgao essencial tpica do locatrio fazer uma utilizao prudente para restituir a

    coisa e pagar.

    A propriedade est paralisada, mas contnua no E, apenas o F tem a sua explorao. No

    trespasse no o que acontece, o proprietrio passa a ex-proprietario.

    O senhorio afirma que deveria ter consentido na transferncia do gozo do prdio.

    1. No se transmite a posio de arrendatrio

  • 5/24/2018 Aulas Prticas - Comercial I

    12/21

    Direito Comercial IAulas Prticas

    2012/2013

    2. cede-se o gozo da explorao do prdio

    Tese de que no necessrio tambm neste caso o consentimento, porque se para o

    trespasse, que o mais, a lei no exige que o senhorio tenha de consentir, para o menos, a

    locao em que no haveria transmisso, mais justificava no existir a necessidade do

    consentimento.

    Tem de haver efectivamente uma locao sobre o estabelecimento. Senao poder utilizar

    tambm o 1112./1. Caso no haja locao pode existir pois simuladamente (relativa) um sub-

    arrendamento.

    1088. CC -

    1109./2 CC interpretao correctiva. O senhorio no tem de consentir a transferncia do

    estabelecimento mas sim a transferncia do gozo do prdio, a sua cesso (do gozo).

    O senhorio no tem de consentir tanto no trespasse nem na locao. Quando no existir

    aplicar-se- o regime comum.

    Os estabelecimentos devem ser transmissveis, circulveis.

    O negocio sobre o estabelecimento na locao ou trespasse impe-se ao senhorio.

    O senhorio tem de saber do negocio, e que saiba o que esta acontecer com o seu imvel.

    Dever de comunicao ao senhorio 1038. g) CC. Condio de eficcia. Se o senhorio, no

    tendo necessidade de consentir, mas ter de receber a notificao, e no acontecer ineficaz1109./2.

    Tambem 1083./2 e). 1 parte so possvel se o incumprimento for suficientemente grave.

    Para alem do facto de haver um incumprimento susceptvel de ser integrado em alguma das

    alneas do n2, o julgador ter de confrontar com a clausula geral de relevncia, e chegar a

    concluso que no foi suficientemente grave. particularmente til para os casos de locao.

    1. alem de no ser necessrio a consentir, o senhorio credor do direito da notificao do

    negocio 1038 g. e 1109./2 se o prazo no for cumprido causa de resoluo 1038 2 e), no

    entanto necessrio a clausula geral.

    No tem efeitos automticos.

    Nem o senhorio tinha que autorizar 1109./2 nem a falta de conhecimento. 1039., 2. parte

    e)

    1112./1 a) CC

  • 5/24/2018 Aulas Prticas - Comercial I

    13/21

    Direito Comercial IAulas Prticas

    2012/2013

    13 de Dezembro de 2012

    CASO 6

    Letras de Cmbio

    um documento que contm uma ordem de pagamento (1./2 LULL), de uma quantia

    determinada, dada pelo sacador(aquele que passa a letra, e ordena o pagamento) ao sacado

    (aquele que deve pagar) ordem do tomador(quem vai beneficiar da letra).

    Em esquema:

    Sacador (A) Tomador ( C )

    = Credor de B = Credor de A

    Sacado (B) = devedor

    Em regra, a emisso de uma letra ocorre porque existe uma relaoentre:

    - Sacador e Sacado

    - Sacador e Tomador

    No entanto o saque (a ordem de pagamento) pode ser:

    1. ordem do prprio sacador por exemplo em situaes de emprstimos

    efectuados pelo sacador ao sacado. Aqui fica colocado na posio de tomador.

    2.Saque sobre o prprio sacador uma sociedade sacando sobre uma filial, que acaba

    por sacar a ela prpria. Ou seja d a ordem de pagamento a si prprio.

    3. Saque por ordem e conta de um terceiro que se consubstancia na emisso do

    titulo por ordem e conta de um terceiro.

    3. LULL

    A letra de cmbio permite diferir no tempo, em vez de pagar agora, o aceitante pagar

    uma quantia na data do vencimento da letra, ser por isso, um instrumento de crdito, e que

    permite a circulao do crdito.

    A letra constituindo ttulo executivo (46. CPC) permite o recurso ao processo

    executivo para obter o pagamento.

    Negcios cambirios:

    1. SAQUE ordem de pagamento dada pelo sacador ao sacado.

  • 5/24/2018 Aulas Prticas - Comercial I

    14/21

    Direito Comercial IAulas Prticas

    2012/2013

    Pelo saque, o sacador cria a letra de cmbio. A ordem de pagamento deve ser purae

    simples, no podendo estar subordinada a condies, visto que, a obrigao cambiria tem a

    caracterstica da literalidade, e de evitar que o portador mediato seja obrigado a realizar

    indagaes fora do ttulo.

    Tem de ser uma quantia determinada

    Com o saque da letra de cmbio, o prprio sacador torna-se obrigado cambirio

    perante o tomador, porque garante da aceitao e do pagamento perante o tomador e

    posteriores portadores da letra. Da que atendendo a que o sacador assume o papel de

    garante, ele o obrigado inicial. 9. LULL

    A responsabilidade do sacador solidria com a do aceitante, endossante ou a

    avalista. 47. LULL.

    O sacador pode exonerar-se da garantia da aceitao mas, ainda quando isso

    acontea, no se exonera da garantia do pagamento nem pode faz-lo 9., II, LULL e 43./1.

    2. ACEITE pelo Sacado 21. e ss. LULL. Pelo aceite, o sacado faz sua a

    responsabilidade pelo pagamento da letra, aceitando a ordem de pagamento contida no

    saque. Com o aceite o sacadotorna-se o obrigado principal. a declarao do sacado. Se no

    aceitar a letra, o sujeito indicado como sacado no fica obrigado pela letra. Pode dar-se o

    caso de se ter comprometido antes de aceitar a letra, a posterior recusa pode gerar obrigao

    de indemnizar aquele perante o qual se comprometeu (normalmente o sacador).

    Como o aceitante que se obriga a pagar a letra na data do seu vencimento, este

    considerado o obrigado principal.

    Aps o vencimento da letra, a apresentao para o aceite j no pode ter lugar: a

    apresentao que ento se faa ao sacado dever ser para pagamento. Esta apresentao

    pode ser efectuada pelo portador da letra ou por um simples detentor.

    A recursa de aceite deve ser comprovada por um protestopara da retirar as inerentes

    vantagens. O sacado apenas se torna obrigado cambirio atravs do aceite. Como a recusa de

    aceite implica a antecipao do vencimento, o portador pode exercer os seus direitos de aco

    antes do vencimento 43., contra os endossantes, sacador e outros co-obrigados (aces deregresso).

    a) Aceite por Interveno os obrigados de garantia podem, ser forados a

    pagar a quantia mencionada na letra se o sacado no aceitar. Este aceite afasta ou limita a

    aco de regresso. 56., necessrio que a letra seja aceitvel e que o portador tenha direito

    de aco antes do vencimento, 43. III.

  • 5/24/2018 Aulas Prticas - Comercial I

    15/21

    Direito Comercial IAulas Prticas

    2012/2013

    3. ENDOSSO 11. e ss. LULL. Pelo qual se transmite a letra. A letra um ttulo

    ordem, um ttulo de crdito que se transmite por endosso. O endossante torna-se, em

    princpio, garante da aceitao e do pagamento da letra. 15. LULL

    A transmisso no necessita de ser notificada ao aceitante. O endosso transmite a

    letra e os direitos que dela decorrem, com as consequncias resultantes do regime cambirio.

    dada uma nova ordem de pagamento ao sacado: -lhe dada a ordem para pagar ao

    endossado. Da ser um novo saque.

    O primeiro endosso deve ser realizado pelo tomador e os seguintes pelos respectivos

    endossados, garantindo-se uma serie ininterrupta de endossos. 16. I e 11..

    O endossante garante a aceitao e o pagamento da letra, mas perante os posteriores

    portadores da letra, salvo clusula em contrrio. Funo de garantia do endosso, em que oendossante ser um obrigado cambirio.

    O portador la letra s ser considerado legitimo portador, se a sua posio assenta

    numa cadeia de endossos sem interrupes 16. I, funo de legitimao do endosso.

    4. AVAL 30. e ss. LULL. O avalistagarante o pagamento da letra, no todo ou em

    parte. Garante esse pagamento por parte de algum dos restantes obrigados cambirios.

    31. IV - Quando a letra no saiu das relaes imediatas de grande importncia saber

    se possvel alegar e provar que o aval sem indicao referida foi dado por pessoa diferente

    do sacador. Ex.: A deu o seu aval sem indicar por quem o dava. Contudo, foi alegado e provadoque A deu o avale por B, aceitante, que devia dinheiro a C, sacador, e com quem foi combinada

    a aposio do aval; A, avalista que no indicou o avalizado, paga a letra ao portador. Ao abrigo

    do disposto no artigo 32., III, demanda B, sacador, que se defende invocando o facto de ter

    combinado com A e com o aceitante C que o aval teria como avalizado este ultimo. Vem sendo

    aceite que nas relaes imediatas se prove que o aval sem indicao de avalizado foi prestado

    a favor de pessoa que no o sacador. Nas relaes mediatas, para tutela dos interesses

    relacionados com a circulao da letra, a presuno no possa ser ilidida. Mas nas relaes

    imediatas, mais do que falar de uma presuno ilidvel, parece ser de entender que se trata da

    oponibilidade de uma excepo fundada nas relaes causais ou extracartulares.

    Relaes existentes:

    IMEDIATAS a letra situa-se no domnio das relaes imediatas, quando est no

    domnio das relaes entre o subscritor e o sujeito cambirio imediato (relaes sacador-

    sacado, sacado-tomador, tomador-primeiro endossado, etc.), isto , nas relaes em que os

    sujeitos cambirios o so comitantemente das relaes cartulares.

    MEDIATAS - quando a letra se encontra na posse de um portador estranho s

    convenes extracartulares.

  • 5/24/2018 Aulas Prticas - Comercial I

    16/21

    Direito Comercial IAulas Prticas

    2012/2013

    As relaes imediatas diferenciam-se das relaes mediatas, num primeiro

    entendimento pela circunstncia de o portador do ttulo ou subscritor do ttulo de crdito

    estar colocado na cadeia de transmisses que sucessivamente foram ocorrendo

    imediatamente a seguir ao devedor accionado ou, pelo contrrio, separado dele porinterpostos subscritores ou portadores, portanto, numa posio mediata em relao a tal

    devedor.

    Ou seja:

    Quando em linguagem tcnico-jurdica nos referimos, relativamente a letras de

    cmbio, a relaes mediatas ou imediatas, queremos distinguir os casos em que tais ttulos,

    saindo do poder do tomador, entraram em circulao, daqueles em que o portador ainda um

    dos titulares da relao jurdica subjacente.

    Com esta distino tem-se em vista a responsabilidade do signatrio do ttulo, e adefinio da espcie de excepes que este ainda pode (relaes imediatas), ou j no pode

    (relaes mediatas) opor ao portador. Tal problema est ligado aos caracteres de literalidade,

    abstraco e autonomia dos ttulos de crdito, por fora dos quais, se o signatrio, a quem se

    pede o pagamento, no esteve ligado ao portador na criao do ttulo, no pode opor-lhe

    vcios ou causas de exonerao que daquele no constem.

    Requisitos externos da Letra:

    REQUISITOS NO ESSENCIAIS aqueles que embora numerados no artigo 1, podem

    ter a sua falta suprida nos termos definidos no artigo 2. (LULL).

    REQUISITOS ESSENCIAIS- sero os restantes previstos no artigo 1. Pode dar-se o caso

    de faltarem requisitos essenciais, mesmo aqui, importa verificar se foi ou no celebrado um

    acordo de preenchimentoda letra. Faltando este acordoo documento no valer como letra:

    ser uma letra incompleta.

    A lei admite a existncia de acordos de preenchimento, entre, o sacador e tomador

    (10. LULL), tratando-se aqui de uma letra em branco, em que a imperfeio querida como

    passageira. A letra em branco ter de conter, necessariamente, a palavra letra, e ainda, a

    assinatura do sacador, colocada com a inteno, por parte do subscritor, de que se obriga

    cambiariamente.

    De notar que mesmo existindo esse acordo de preenchimento a letra em brancono

    produzir efeitos como letra enquanto for letra em branco, antes do preenchimento dos

    requisitos essenciais em falta.

    A violao do pacto de preenchimento no pode ser oposta aoportador mediato, salvo

    se este tiver adquirido a letra de m-f (no a simples m f: conhecimento do vcio anterior;

    mais se exige, alm do simples conhecimento, que o portador tenha agido, ao adquirir a letra,

    com a conscincia de causar por esse facto um prejuzo ao devedor) ou, adquirindo-a, tenha

    cometido uma falta grave. Mas nos casos em que o sujeito que adquiriu a letra por endosso

    acaba de a preencher, no parece merecer a tutela do 10..

  • 5/24/2018 Aulas Prticas - Comercial I

    17/21

    Direito Comercial IAulas Prticas

    2012/2013

    Independncia das obrigaes cambirias: a letra pode conter varias declaraes cambirias

    de que resultam obrigaes para os respectivos subscritores, mas so independentes entre si.

    7.. Tal significa que os vcios mencionados que afectem uma das obrigaes cambiarias no se

    transmitem, na medida do exposto, as obrigaes de outros subscritores, salvo excepes.

    Abstraco da Obrigao cambiria:

    A obrigao cambiria independe da sua causa: esta -lhe indiferente e por isso a obrigao

    cambiria pode servir qualquer causa. Perante o portador mediato do ttulo, o devedor

    cambirio no pode invocar, em regra, excepes fundadas nas relaes causais estabelecidas

    com anteriores portadores ou com o sacador. A causa, aqui, a relao fundamental (compra

    e venda, mutuo, etc.) ou causa remota. Mas causa tambm aquela conveno executiva, o

    pacto que se destina a regular ou reforar, atravs de uma letra, uma obrigao j constituda.

    H dois nveis a considerar: o da relao causal, subjacente emisso do ttulo,tambm designada por contrato originrio ou relao jurdica fundamental; e a relao

    cartular, que emerge da relao causal, e dela se autonomiza.

    O direito emergente e incorporado no ttulo autnomo em relao ao direito no-

    cambirio, subjacente que lhe deu origem. Os ttulos de crdito no surgem ex nihilo no

    mundo do direito, nem no trfego comercial. Tm sempre na origem um negcio ou, pelo

    menos, uma situao jurdica para cuja documentao, circulao, mobilizao ou cobrana

    so emitidos.

    O sacado numa letra no a aceita, em princpio se no dever alguma quantia aosacador. O sacador do cheque saca-o sobre um banqueiro a quem confiou fundos e ordem

    de algum a quem deve pagar essa quantia inscrita no cheque. O direito incorporado pelo

    ttulo diferente daquele que o originou, outro direito. O direito incorporado no ttulo

    designa-se por direito cartular; o direito que lhe deu origem designa-se por direito

    subjacente..

    17.

    Exemplo: A compra a B um automvel. Como A no tem todo o dinheiro necessrio

    para pagar a B, combinam que A ficar a dever parte do preo. Porm, acordam que B sacar

    uma letra sua prpria ordem, que A aceitara, da qual consta o montante em divida.

    Realizados ambos os negcios cambirios, B acaba por endossar a letra a C, que por sua vez faz

    o mesmo a D. Este ultimo vai ter com a na data do vencimento da letra e exige-lhe o

    pagamento. Contudo, A recusa efectuar o pagamento alegando que o automvel que comprou

    a B sofre de vrios defeitos e no vale o preo cobrado. Tudo isto era desconhecido para D.

    D portador de boa f. A recusa o pagamento invocando uma excepo fundada nas

    relaes pessoais com o sacador (B). Pelo 17. essa invocao no pode ter lugar. A no se

    liberta da obrigao de pagar so por alegar a relao pessoal com B. No se liberta de pagar so

    por alegar facts que decorrem da relao subjacente ao surgimento da obrigao cambiaria deA e que causa desta,

  • 5/24/2018 Aulas Prticas - Comercial I

    18/21

    Direito Comercial IAulas Prticas

    2012/2013

    Essa relao subjacente exterior ao negocio cambirio de que resultou a obrigao

    cambiaria. A obrigao cambiaria independente dessa relao e os vcios que afectem essa

    relao no afectam a obrigao cambiaria. Da esta ser abstracta, em relao a ela se abstrai

    designadamente dos eventuais vcios da relao fundamental. E tambm da convenoexecutiva.

    Isso so sera assim, quando o portador seja mediato. D no era parte na relao

    subjacente invocada por A. Se B no tivesse endossado a letra, sendo ele o respectivo

    portador, ento A j poderia invocar perante B as excepes causais resultantes da relao

    pessoal entre eles estabelecida e que estava subjacente ao surgimento da obrigao

    cambiaria.

    Tem de estar ainda de boa f. Para se estar de m f no basta que o adquirente, ao

    adquirir, tenha tido conhecimento de que o devedor ser prejudicado mediante a perda das

    excepes, ainda necessrio que a aquisio seja feita com a inteno de causar prejuzo

    injusto ao devedor. Caso um portador intermdio se encontre de boa f, tal facto torna

    irrelevante a ma f de um posterior portador da letra.

    O direito literal:

    O obrigado cambirio tem de respeitar o direito do portador nos termos em que tal direito

    definido pelo texto da letra de cambio. Ao portador mediato de boa fe no podem tambm ser

    opostas excepes que se baseiem em acordos, celebrados entre anteriores sujeitos

    cambirios, que no tenham manifestao no texto da letra.

    A literalidade anda a par do formalismo.

    O direito autonomo:

    O legitimo possuidor da letra (aquele que justifica o seu direito por uma serie ininterrupta de

    endossos) tem um direito sobre o titulo que autonomo relativamente aos direitos anteriores

    possuidores. No afectado por vcios dos direitos sobre a letra de anteriores possuidores.

    16.

    A compra a B uma mobilida de escritrio e fica a dever parte do preo . A aceita uma letra queB saca sua prpria ordem. B coloca na letra um endosso em branco, pois pensava ir entregar

    a letra a C, seu fornecedor a quem devia dinheiro. D furtou a letra a B. Posteriormente D,

    endossa a letra a E. E estava de boa fe e no agiu com culpa grave. E portador da letra.

    Justificando o seu direito por uma seria ininterrupta de endossos. Por isso E, no obrigado a

    restituir a letra a B (desapossado da letra), e na data do vencimento E pode exigir o pagamento

    a A. O direito de E sobre o titulo autonomo: relativamente aos vcios do direito de C sobre o

    titulo, que em rigor, no tinha qualquer direito sobre a letra porque a furtara.

    Contudo E j teria de restituir sa letra se no momento da aquisio da letra estava de ma fe ou

    se adquirindo a cometeu uma falta grave.

  • 5/24/2018 Aulas Prticas - Comercial I

    19/21

    Direito Comercial IAulas Prticas

    2012/2013

    Ma f aqui quando o portador sabe que o endossante ao tem uma posse regular, mesmo

    ignorando que essa irregularidade consequncia do anterior desapossamento.

    Falta grave se aquele no se rodeou do mnimo de diligencia exigvel atendendo ao caso

    concreto.

    Resoluo do Caso

    Transmisso de letras s se consegue se o ttulo de crdito estiver imune quilo que

    estiver de fora.

    A (sacador) - B (sacado)

    A - C (tomador, 1. endossante) - D (2. endossante) - E (3.

    endossante)

    Relaes imediatas aquelas que so surpreendidas e sujeitos que esto seguidos, sacador

    com sacada; sacador com tomador.

    Relao mediata B com tomador.

    B tem de aceitar a ordem de pagamento. Pode no aceitar, aqui no teremos uma relao

    jurdica perfeita, de obrigar o sacador.

    Relao cambiria originaria entre A e B da declarao do sacador, e uma ordem de

    pagamento ao sacado. Uma promessa de pagamento. Uma promessa ao A de que B vai aceitar

    e pagar. A partir do momento em que o ttulo definitivo j endossado.

    Promessa? De que o sacado (B) vai assumir a responsabilidade cambiria do pagamento e de

    que pagara efectivamente a divida. Com esta promessa o sacador fica obrigado ele prprio a

    pagar a letra se: o sacado no aceitar, ou aceitar e no pagar.

    A obrigado cambirio de garantia. O sacado fica com a obrigao cambiria principal quando

    aceita, aquele sobre o qual foi emitida a ordem de promessa de pagamento.

    Aceite - declarao atravs da qual o sacado se obriga a pagar o montante pecunirio da letra

    ao portador na data do vencimento.

    Quando o tomador C endossa a E, tambm fica como obrigado de garantia (C).

    O Avalista aquele que d o avale.

    Artigo 9.. 15. 30. (obrigados de garantia)

    Endosso quando algum endossa a outro uma letra, modo normal de transmisso de letra,

    11., faz uma nova ordem de pagamento, porque o beneficirio do direito de poder exigir o

    montante outro. Nova ordem que , quem endossa est tambm com obrigao de garantia,

    atravessa o negcio.

  • 5/24/2018 Aulas Prticas - Comercial I

    20/21

    Direito Comercial IAulas Prticas

    2012/2013

    Diferena entre o sacador e o endossante o sacador obriga-se perante todos os que esto a

    sua frente. O endossante s se obriga perante os endossados posteriores.

    47. Cdigo relativo as letras e livranas.

    O Eduardo na data de vencimento, inscrita na letra, B e A recusou-se a pagar, o primeiro como

    obrigado principal e o A como obrigado de garantia.

    A e B relao jurdica fundamental. B comprou materiais ao A e ficou a dever-lhe, e este fez

    uma letra, um direito cartolar.

    A era devedor de C no montante, disponibilizando-lhe a letra relao jurdica causal.

    B no paga a E invocou um vcio da relao jurdica fundamental. Porque os 7500 euros esto

    a ser discutidos, o contrato fonte dessa divida, no tribunal.

    Quid iuris? Este fundamento causa para excepcionar, paralisar o pagamento que era exigvel

    a B?

    Quem est protegido deste fundamento o E. O regime das letras funda-se no princpio da

    autonomia, direito relativo as obrigaes cambiais. A independncia do direito cartolar a tudo

    o que no convenciona no titulo.

    So inopunveis aos portadores mediatos da letra, e s so oponveis ao portador da letra que

    tenha sido participante nessas convenes, ou seja, o portador imediato.

    Todos os portadores da letra que so alheios aos vcios e excepes das convenes dos

    negcios estranhos a prpria letra, contra eles nunca podem ser colocadas essas excepes.

    Princpio da literalidade tudo o que est fora do titulo no interessa para o titulo.

    Excepes factos impeditivos, circunstncias modificativas, causas de direito. No funcionam

    nas reaces imediatas a no ser que se esteja de ma f. 17.

    Sai sempre o artigo 17. ou 16., geralmente aquilo que se quer que nunca se falhe.

    O A protesto, acto de comprovao formal das duas omisses. As obrigaes de garantia so

    assumem relevo depois de haver o protesto da Letra. Este pode ter duas modalidades: 1.Protesto por falta de pagamento; 2. Protesto por falta de aceite. Quando o sacado no paga ou

    no aceita a lei prev que tem de ser feito um protesto. Para que se possa exigir

    responsabilidade cambiaria de garantia. Se no for feito no prazo 53. perde os seus direitos

    excepo do aceitante.

    A tem razo, a nica pessoa que o E pode exigir do sacado porque foi o sacado aceitante.

    Sacado aceitante obrigao pecuniria principal. 44., 45., 46., e do cdigo de registos e

    notariado, 119. e ss.

    A 53. paragrafo 1.

    O protesto no foi feito tempestivamente.

  • 5/24/2018 Aulas Prticas - Comercial I

    21/21

    Direito Comercial IAulas Prticas

    2012/2013

    2.parte alnea a) houve j protesto por falta de pagamento de D, e s depois deste que

    endossou ao E. Saber se o E continua a ter os mesmos privilgios enquanto credor cambiaria

    que teria se o endosso tivesse sido feito antes do protesto. A lei diz que tem um valor

    diminudo porque o artigo 20. , deixa de ser um portador para ser mero cessionrio de umcredito. 585. CC. Esta remisso atrbui ao B perante ao E os meios de defesa que em

    circunstancias normais no poderia opor. O E no poder utilizar o artigo 17. Saimos do

    regime da tutela do regime cambirio para o regime comum da cessao de crditos. O artigo

    20. paralisa o 17.

    b) conceito de boa fe que mobilizamos para o artigo 17. - entronca na necessidade de

    densificarmos a 2. parte do artigo 17. conscientemente em detrimento M fe tem como

    primeiro requisito necessidade que o sujeito conhece o vicio o conhecimento; o que significa a

    conscincia, Ferrer correia quando o portador sabe que podem ser opostas os vcios ao seu

    endossante. No nosso caso E ou D indiferente porque no causa nenhum prejuzo ao B,perante a D por estarem em relaes mediatas.

    Mas se for A sacador e 1. endossante - B sacado

    A - C, este j estaria de m f. Indo abaixo o 17.

    O Dr Alexandre exige que se queira prejudicar.

    Fora do caso: 16. ma f aqui diferente.