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Revisão das Multas Coercitivas - AstreintesTRANSCRIPT
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08/02/2015 Consulex
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Multa por descumprimento de deciso deve ser reduzida se devedor empenhouse nasoluo21/10/2010 12:31:00
A multa por descumprimento de determinao judicial deve ser reduzida se, apesar de ter atuado com culpa leve,o devedor no foi negligente e o patamar da punio for exagerado. Mas, se o nico obstculo ao cumprimento foro descaso da parte, a reduo no pode ser aplicada. A deciso da Terceira Turma do Superior Tribunal deJustia (STJ).
A Brinks Segurana e Transporte de Valores Ltda. recorreu da condenao fixada em R$ 670 mil por falta deatendimento mdico a menor ferido em assalto. A deciso do STJ reformou a multa diria (astreinte) para R$500, resultando em condenao total atualizada de R$ 33,5 mil.
Assalto e acordo
O menor foi ferido com trs disparos na cabea e mo direita no interior de agncia do banco Bradesco,durante o transporte de valores. Por isso, ingressou com ao de indenizao contra a Brinks e o Bradesco, naqual obteve antecipao de tutela para custeio imediato das despesas mdicas.
A Brinks fez acordo judicial, sem a participao do Bradesco, para incluir o menor em plano de sade. Na vignciado acordo, em janeiro de 2006, o menor foi surpreendido com a recusa de tratamento pela operadora do plano,em razo da falta de pagamento de uma mensalidade, de outubro de 2005. O fato foi noticiado em juzo e osautores requereram a aplicao da astreinte fixada na antecipao de tutela, de R$ 10 mil por dia dedescumprimento.
A aplicao da multa foi negada em primeiro grau. O juiz reconheceu que o pagamento foi efetuado pela Brinks,apesar de no identificado pela operadora. Como no foi demonstrado prejuzo efetivo ao tratamento e oatendimento foi restabelecido depois de esclarecida a pendncia, a falha deveria ser relevada.
Mas o Tribunal de Justia de So Paulo reformou o entendimento, para impor o pagamento integral do valor fixadona sentena de tutela antecipada. Segundo o tribunal paulista, a reduo do montante fixado pordescumprimento do acordo seria descabida.
Culpa e diligncia
No STJ, a ministra Nancy Andrighi verificou que a Brinks sabia da falha da Medial Sade, desde outubro de 2005.Tanto que, apesar de no ter recebido o boleto regular de cobrana, efetuou o pagamento por meio de depsitobancrio. A empresa chegou a enviar o comprovante por fax e fez trs ligaes para a operadora de sade a fim deregularizar a situao.
Mas a relatora afirmou que, a despeito de abrandar significativamente a culpa da Brinks pelo ocorrido, nojustifica o fato de o problema ter persistido de janeiro a maro de 2006, durante 67 dias.
inegvel que a recorrente tomou medidas na tentativa de solucionar a pendncia no pagamento antes quefosse cancelado o plano, asseverou a ministra. Contudo, no se pode desconsiderar que uma atitude maiscuidadosa, com acompanhamento mais intenso do problema e com busca persistente pela soluo poderia terevitado o problema, ponderou.
Quanto reduo ou manuteno do valor das astreintes, a ministra Nancy Andrighi esclareceu que o caso vemsendo discutido com frequncia no STJ, que em geral manifestase pela impossibilidade de reviso, por incidnciada Smula n. 7. Porm, em situaes excepcionais de exagero ou modicidade claros o Tribunal considerapossvel abordar a questo, em razo de critrios de proporcionalidade e razoabilidade.
importante, sempre, ter em vista o grau de zelo do devedor em relao ao adimplemento do dever que lhetiver sido imposto na deciso ou na sentena, sustentou a ministra. No caso analisado, a ministra afirmou que,apesar de no se poder isentar a Brinks de culpa pela suspenso do tratamento, que poderia ser evitada com umaatitude mais cuidadosa, no se poderia ignorar que a empresa tomou atitudes efetivas para tentar impedir a suaocorrncia.
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H, sem dvida, alguma falta de diligncia na origem do problema, mas imperioso reconhecer que atitudesforam tomadas para inicialmente prevenir e, depois, solucionlo, concluiu. Assim, a astreinte foi reduzidapara o patamar de R$ 500,00 por dia de descumprimento, no valor total de R$ 33,5 mil por todo o perodo.
A Brinks pretendia tambm fazer incidir a condenao exclusivamente sobre o Bradesco, que se recusou acompor o acordo. Mas a relatora no pde avaliar o pedido, porque a matria no foi prequestionada nasinstncias ordinrias.
Fonte: STJ
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