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Multas www.crc.org.br | www.facebook.com/crcrj | [email protected] | www.tvcrc.com.br A Tribuna do Contabilista Revista do Nós contabilizamos o progresso Conselho Regional de Contabilidade do Estado do Rio de Janeiro ano VII nº 38 Distribuição gratuita Profissionais da contabilidade e entidades congraçadas buscam fim das penalizações abusivas páginas 12 a 14 da GFIP

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Page 1: Conselho Regional de Contabilidade do Estado do Rio de ... · Sobral de Sousa, Joper Padrão do Espírito Santo, Samir Ferreira Barbosa Nehme, Sérgio ... que também determina a

Multas

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A Tribuna do Contabilista

Revista do

Nós contabilizamos o progresso

Conselho Regional de Contabilidade do Estado do Rio de Janeiro • ano VII • nº 38 • Distribuição gratuita

Profissionais da contabilidade e entidades congraçadas buscam fim das penalizações abusivas

páginas 12 a 14

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GFIP

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Editorial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3

Eventos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 a 8

Opinião . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9

Legislação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10

Itinerante . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11

Capa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 a 14

Entrevista . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .15

Prêmios e Certificação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .16

PVCC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .17

Educação Continuada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .18

Eleições . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .19

Atualidades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 e 21

Boletim Técnico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .22

Entidades Congraçadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .23

Presidente: Vitória Maria da Silva Vice-Presidente: Francisco José dos Santos Alves VP de Desenvolvimento Profissional: Waldir Jorge Ladeira dos Santos VP de Pesquisa e Estudos Técnicos: Josir Simeone Gomes VP Operacional: Samir Ferreira Barbosa Nehme VP de Registro Profissional: Gil Marques Mendes VP de Fiscalização, Ética e Disciplina: Márcia Tavares Sobral de Sousa VP de Interior: Irany Onofre Rodrigues VP de Controle Interno: Antonio Ranha da Silva

Câmara de Desenvolvimento Profissional – Tel.: 2216-9571 Presidente: Waldir Jorge Ladeira dos Santos Integrantes: Damaris Amaral da Silva, Diva Maria de Oliveira Gesualdi e Jarbas Tadeu Barsanti Ribeiro Câmara de Pesquisa e Estudos Técnicos - Tel.: 2216-9602 Presidente: Josir Simeone Gomes Integrantes: Diva Maria de Oliveira Gesualdi, Ivanildo Silva de Carvalho e Neide Peres Ferreira Câmara Operacional - Tel.: 2216-9631 Presidente: Samir Ferreira Barbosa Nehme Integrantes: Cezar Augusto Carneiro Stagi, Jarbas Tadeu Barsanti Ribeiro e Aroldo José Plaz Câmara de Registro Profissional - Tel.: 2216-9561 Presidente: Gil Marques Mendes Integrantes: Adriano Luiz Medina, Sérgio Gonçalves da Costa e Neide Peres Ferreira Câmara de Fiscalização, Ética e Disciplina - Tel.: 2216-9552 Presidente: Márcia Tavares Sobral de Sousa Integrantes: Aroldo José Planz, Cezar Augusto Carneiro Stagi, Cláudio Vieira Santos, Jarbas Tadeu Barsanti Ribeiro, Jovelina Mota de Lima, Lygia Maria Vieira Sampaio, Renata de Lima Haydt da Silva, Joper Padrão do Espírito Santo, Lilian Lima Alves, Ivanildo Silva de Carvalho Câmara de Controle Interno - Tel.: 2216-9629 Presidente: Antonio Ranha da Silva Integrantes: Sérgio Gonçalves da Costa, Lygia Maria Vieira Sampaio e Joper Padrão do Espírito Santo Conselho Editorial - Tel.: 2216-9507 Coordenadora: Vitória Maria da Silva Integrantes: Francisco José dos Santos Alves, Manuel Domingues de Jesus e Pinho, Maria de Fátima Moreira, Vicente de Paulo Muniz e Wanderley Wesley Nogueira Marques Conselheiros Efetivos Contadores: Antonio Ranha da Silva, Aroldo José Planz, Cezar Augusto Carneiro Stagi, Cláudio Vieira Santos, Diva Maria de Oliveira Gesualdi, Francisco José dos Santos Alves, Gil Marques Mendes, Josir Simeone Gomes, Lílian Lima Alves, Lygia Maria Vieira Sampaio, Márcia Tavares Sobral de Sousa, Joper Padrão do Espírito Santo, Samir Ferreira Barbosa Nehme, Sérgio Gonçalves da Costa, Vitória Maria da Silva e Waldir Jorge Ladeira dos Santos Técnicos em Contabilidade: Adriano Luiz Medina, Damaris Amaral da Silva, Ivanildo Silva de Carvalho, Irany Onofre Rodrigues, Jarbas Tadeu Barsanti Ribeiro, Jovelina Mota de Lima, Neide Peres Ferreira e Renata de Lima Haydt da Silva Conselheiros Suplentes Contadores: Alexandre Andrade da Silva, Jayme Pina Rocio, Jorge Ribeiro dos Passos Rosa, José Alves de Alvarenga, Luiz Antônio Ochsendorf Leal, Magno Tarcisio de Sá, Manuel Domingues de Jesus e Pinho, Maria de Fátima Moreira, Osmar Guimarães de Lima, Rosângela Dias Marinho, Vicente de Paulo Muniz e Wanderley Wesley Nogueira Marques Técnicos em Contabilidade: Elismar Moraes dos Santos, Fernando Antonio Viana Mendes, Flávia da Silva Domingos, Sonia Regina Cardoso Barbosa, Valéria Maria da Silva e William de Paiva Motta

Coordenação: Fernanda Ribeiro Coordenação editorial: Cláudia Daumas Produção e Design: Cajá Comunicação Editor: Jorge Lourenço Reportagem e redação: Gabriela Vasconcellos e Luiza Ribeiro Design gráfico: Felipe Nogueira e César Buscacio

Fotografias: Arquivo/CRCRJ, Eliane Carvalho e Agência Brasil

Tiragem: 2 mil exemplares

Edição Eletrônica nº38 - novembro/dezembro de 2015. Periodicidade bimestral.

Rua Primeiro de Março, nº 33 – Centro – Rio de Janeiro – RJ – CEP: 20010-000 Tel.: (21) 2216-9595 – Fax: 2216-9505. [email protected] | www.crc.org.br

Os artigos e matérias assinadas são de responsabilidade de seus autores. O CRCRJ não se responsabiliza pelos serviços e produtos oferecidos pelos anunciantes.

Revista do CRCRJ A Tribuna do Contabilista

A lista completa das Delegacias do CRCRJ, com nome do representante, endereço e telefone, está disponível no portal do Conselho (www.crcrj.org.br).

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Caros colegas,

Finalizamos o ano de 2015 com ótimas notícias: ampliamos a realização de eventos, palestras e seminários, os quais alcançaram mais de dez mil profissionais da contabilidade na capital e em outros municípios. Criamos o Seminário Itinerante de Contabilidade no Setor Público e realizamos novas edições do Fórum Itinerante, e, em 2016, ele certamente atingirá todos os municípios do Estado. Também promovemos a solenidade de outorga de Certificado de Melhores CRs aos formandos e alunos do 4º período (1º semestre de 2015), um reconhecimento do esforço e da dedicação daqueles que, em breve, serão nossos colegas de trabalho.

Este ano, também aconteceu a 57ª Concerj, com palestras sobre importantes temas para a contabilidade, como novidades tecnológicas, o papel da profissão na área pública e o atual momento político e econômico vivenciado pelo país. Com tanta corrupção, vemos também um grande desejo da sociedade pela transparência, e é justamente nesse ponto que podemos e devemos expandir nossa atuação.

Além do investimento em Educação Continuada, agimos com rigor na Fiscalização: foram mais de três mil agendamentos finalizados e mais de 425 autos lavrados, alcançando uma média de seis mil profissionais.

Ed

itorial

Realizamos quatro reuniões com a Receita Federal, nas quais abordamos melhorias no atendimento e outras demandas da classe. Um exemplo é a situação da GFIP, que está deixando muitos profissionais insatisfeitos com as multas abusivas. Estamos dando nosso apoio à categoria. Assim, fizemos uma reunião aberta em nosso plenário para ouvir as experiências e debater possíveis soluções.

Caminhamos em direção à maior valorização do profissional da contabilidade e lutamos junto ao governador pela criação da Controladoria Geral do Estado. Firmamos importantes parcerias, como o Termo de Cooperação Técnica com a Escola de Educação Financeira do Rioprevidência e, recentemente, com o Sescoop-RJ. Também promovemos reuniões com entidades sindicais de municípios do interior para ouvir suas demandas.

O resultado das eleições, cuja vitória foi da Chapa 1, demonstrou a aprovação do trabalho em curso. Agradeço ao conselho diretor que, cada qual em sua área, trabalha arduamente para ampliar e aprimorar a atuação de nosso Conselho. Em 2016, vamos continuar o que foi iniciado e fazer ainda mais.

Obrigada pela confiança e boa leitura,

Vitória Maria da SilvaPresidente do CRCRJ

Balanço e metas

Revista do CRCRJ 3

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4 Revista do CRCRJ

Destaques acadêmicos

A presidente Vitória Maria da Silva entrega o certificado a uma das homenageadas da noite

A noite do dia 17 de dezembro foi inesquecível para os 24 estudantes homenageados pelo CRCRJ. Alunos do curso de Ciências Contábeis – sete do 4º período (segundo ano) e 17 formandos – se reuniram no plenário ao lado de seus familiares para receber o reconhecimento pelo desempenho acadêmico. A turma teve como patrono in memoriam o professor e profissional da contabilidade Lino Martins da Silva. Sua esposa, Heloísa Helena da Silva, compareceu à ocasião para receber a honraria.

Compuseram a mesa solene a presidente Vitória Maria da Silva; o vice-presidente, Francisco José Alves; o vice-presidente de Desenvolvimento Profissional, Waldir Ladeira, o vice-presidente de Desenvolvimento Profissional do CRCSP, José Donizete; e o representante da apoiadora do evento Ernest&Young, Daniel Peixoto. Também prestigiaram a cerimônia os conselheiros Diva Gesualdi, Joper Padrão, Rosangela Marinho, Damaris Amaral e Gil Marques Mendes, além dos membros da Comissão de Coordenadores de Curso de Ciências Contábeis Cláudia Basílio (Estácio), Gabriela Barreto (Unilasalle) e Sergio Argolo (UFRJ).

A certificação funciona da seguinte maneira: as Instituições de Ensino enviam para o CRCRJ os dados do estudante do 4º período e do formando com os maiores coeficientes de rendimento (CRs) para receberem o reconhecimento. Ela foi instituída pela Resolução CRCRJ nº456/15, que também determina a escolha de um

patrono, proeminente profissional da contabilidade, para receber homenagem póstuma.

O vice-presidente Ladeira parabenizou os presentes e externou o orgulho do Conselho em realizar a primeira edição da cerimônia. Ele também disse que o objetivo é motivar os estudantes a não parar nunca de estudar, discurso corroborado pelo vice-presidente Francisco José Alves, em homenagem ao patrono Lino Martins da Silva:

“Um homem com uma sabedoria tão grande cuja contribuição para a nossa sociedade, e em especial, para a nossa categoria, e para a contabilidade enquanto ciência, é inigualável”, descreveu. Quem completou a homenagem e entregou a placa à Heloísa Helena da Silva, viúva do prof. Lino, foi o contabilista Carlos Eduardo, que lembrou uma célebre frase do patrono: “Pense grande, comece pequeno e evolua sempre”. Emocionada, Heloísa agradeceu o carinho manifestado a seu marido, ressaltando o quanto ele amava a profissão.

Conselho promove primeira edição de entrega de certificados de mérito a estudantes de ciências contábeis que mais se destacaram em 2015

Instituições de ensino, não deixem de participar! Enviem os dados dos alunos do curso de Ciências Contábeis para que possam receber esta importante homenagem do Conselho por seu desempenho acadêmico! Dúvidas pelo e-mail [email protected]

O vice-presidente do CRCRJ, Francisco José Alves, Heloísa Helena da Silva, a presidente Vitória Maria da Silva, e o vice-presidente de

Desenvolvimento Profissional do CRCSP, José Donizete

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“Sped: como gerir uma empresa neste novo cenário” foi o tema do II Seminário de Contabilidade da Zona Oeste, realizado no dia 16 de novembro em Campo Grande, que reuniu um público de aproximadamente 300 pessoas. O palestrante José Luiz Fondacaro, membro do departamento Alliance da Alterdata Software, explicou as principais mudanças trazidas pelo projeto e os cuidados que empresários e profissionais da contabilidade devem ter para “sobreviver” neste novo cenário.

O cruzamento de dados dos três programas utilizados hoje pelo governo, entre eles o Sped, foi um dos pontos destacados. De acordo com Fondacaro, a fiscalização das empresas é facilitada com a chegada do “novo mundo digital”, e, por isso, os cuidados devem ser redobrados. Ele também falou sobre a necessidade de uma verdadeira mudança na cultura organizacional das empresas, pois o Sped demandará informações integradas entre diferentes departamentos. Nesse sentido, é fundamental a gestão estar ao lado do profissional da contabilidade e do setor de RH e oferecer treinamentos para os funcionários.

O vice-presidente Operacional do CRCRJ, Samir Nehme, fez a abertura do evento, na qual destacou a importância da ampliação de conhecimento por meio das palestras oferecidas pelo Conselho. Ele aproveitou a ocasião para falar sobre a atuação da Câmara Operacional,

sob seu comando. Em seguida, o vice-presidente de Desenvolvimento Profissional, Waldir Ladeira, explicou o Programa de Educação Continuada e os cursos e seminários promovidos pelo CRCRJ.

Compuseram a mesa de abertura a presidente Vitória Maria da Silva; o delegado em Campo Grande, Roberto Otoniel Júnior; o presidente da Associação de Contabilistas da Zona Oeste, Daniel Virgínio; a presidente da UNIPEC e conselheira do CRCRJ, Damaris Amaral; o gerente de consultoria de Negócios Contábeis Mauro Gomes e o presidente da Associação Comercial de Campo Grande, Guilherme Eisenlohr.

Even

tos

II Seminário de Contabilidade da Zona Oeste aborda Sped

José Luiz Fondacaro elucidou dúvidas sobre o Sped para um público de aproximadamente 300 pessoas

Realizado em parceria com a Alterdata Software, o evento tratou dos cuidados necessários para gerir uma empresa no atual cenário

Revista do CRCRJ 5

Realizado nos dias 4 e 5 de novembro, no plenário do Conselho, o I Encontro de Contadores teve como tema o aprimoramento da gestão contábil e tributária em cooperativas do Estado. Trata-se de uma realização do Sistema OCB/Sescoop-RJ, em parceria com o CRCRJ. Na ocasião, foi assinado o Termo de Cooperação Técnica entre as duas entidades.

O objetivo do Encontro é colaborar com o processo de desenvolvimento dos empreendimentos cooperativistas, ao profissionalizá-los e torná-los mais competitivos, ressaltando o papel do profissional da contabilidade nesse sentido. Foram oferecidas palestras sobre as Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS) e sobre o e-Social. Além disso, a proposta de criação de

um Comitê Permanente de Estudos Contábeis foi aprovada.

Compareceram ao evento a presidente do CRCRJ, Vitória Maria da Silva; o presidente do Sistema OCB/Sescoop-RJ, Marcos Diaz; o delegado do CRCRJ em Niterói, José Ribamar do Amaral Cypriano; e a coordenadora de Ciências Contábeis da Unilasalle, Gabriela Barreto.

I Encontro de Contadores foi realizado pelo OCB/Sescoop-RJ em parceria com CRCRJ

Evento debate gestão de cooperativas

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6 Revista do CRCRJ

Planejamento estratégico

Desafios para o futuro da perícia judicial

Para aumentar a integração do fisco estadual com os contribuintes, a Sefaz-RJ realizou em 15 de dezembro uma palestra sobre os projetos estruturantes do órgão, com o subsecretário da Receita do Estado, Antonio Carlos Cabral.

Na abertura, o conselheiro do CRCRJ Alexandre Andrade observou que a iniciativa teve início na 57ª Concerj, quando foi firmada a aproximação da Secretaria e de outras entidades com os profissionais contábeis e os contribuintes.

O subsecretário falou sobre projetos, entre eles o das mudanças para melhorar o atendimento – como a divisão da Superintendência de Cadastro e Arrecadação em dois departamentos e a adoção de novos softwares.

Antonio Carlos Cabral apresentou o planejamento estratégico da Sefaz-RJ, iniciado em outubro de 2014. Um dos projetos em desenvolvimento é o de documentos fiscais eletrônicos, com o objetivo de construir uma base para possibilitar o cruzamento de informações e consultas posteriores à malha fiscal.

Outro ponto abordado foi o Domicílio Eletrônico do Contribuinte (DEC), ambiente virtual no qual os contribuintes poderão enviar e receber notificações da administração tributária fluminense por meio de Caixa Postal Virtual. O primeiro módulo da ferramenta, em desenvolvimento, pode estar disponível até o fim do primeiro semestre de 2016.

FiscalizaçãoUm dos projetos em execução é o monitoramento dos

grandes contribuintes, no qual um grupo do órgão acompanha a arrecadação. A partir das conclusões iniciais, serão propostas ações fiscais, procedimentos de cobrança e outras iniciativas.

Também está em desenvolvimento um planejamento para tornar as fiscalizações estaduais mais assertivas, com base em índices fiscais comprovados. A expectativa é de que, gradativamente, 80% das ações sejam dessa forma. Nessa área, Antonio Carlos Cabral também abordou a criação dos programas de fiscalização, com ações que indiquem as empresas a serem fiscalizadas.

O polo de cobrança administrativa, outro projeto em andamento, é um setor do órgão que entra em contato com os contribuintes para auxiliar a quitar débitos tributários. Ainda há o Cidadania Fiscal, iniciativa que atribuirá pontos, convertidos em créditos, a quem informar o CPF no momento da emissão das notas fiscais de compras. Outra mudança é o novo ITD, no qual a declaração de informações para inventário ou dissolução conjugal poderá ser feita pela internet, assim como a emissão das guias a serem pagas.

Sefaz-RJ apresenta iniciativas estruturantes para profissionais contábeis e contribuintes

O subsecretário da Receita do Estado, Antonio Carlos Cabral, em apresentação no auditório da Sefaz-RJ

Entre os dias 3 e 4 de novembro aconteceu, no Hotel Rio Othon Palace, em Copacabana, a quinta edição do Congresso Nacional de Perícias Judiciais (CONAPE). Realizado pela Associação dos Peritos Judiciais do Estado do Rio de Janeiro (APJERJ) e pela Federação Brasileira das Associações de Peritos, Árbitros, Mediadores e Conciliadores (Febrapam), o evento teve apoio do CRCRJ. As palestras tiveram por objetivo atualizar o profissional no que se refere ao novo Código

de Processo Civil, que entra em vigor em 16 de março de 2016 e promete buscar mais igualdade na tramitação de processos semelhantes.

Entre os convidados estiveram o ministro do Supremo Tribunal Federal Luiz Fux; o ministro do Superior Tribunal de Justiça Luis Felipe Salomão; o desembargador do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro Cesar Cury; o professor da Universidade Federal Fluminense Oscar Cirne Neto; e o professor colaborador da COPPE Willy Lacerda.

5º CONAPE promove troca de experiências entre especialistas de diferentes áreas

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Em novembro, o CRCRJ promoveu palestras com o auditor da Receita Federal Leônidas Quaresma. Ele esclareceu dúvidas sobre a Declaração do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física (DIRPF) e outros temas em debate na contabilidade. Foram realizados quatro encontros: em Niterói (dia 12), Nova Iguaçu (16), Teresópolis (18) e Campo Grande (19).

Leônidas esclareceu como opera a revisão sistemática de todas as declarações dos modelos completo e simplificado de pessoas físicas, com destaque para novidades como a Declaração de Serviços Médicos e de Saúde (DMED) e o Carnê-Leão. De acordo com o especialista, prestadoras de serviços médicos e operadoras de planos privados deverão coletar nome, data de nascimento e CPF dos clientes atendidos em 2015, como parte das exigências na declaração para profissionais liberais de 2016.

Na preparação para a DIRPF, o palestrante destacou a importância do Rascunho, aplicativo online que permite lançar operações ao longo do ano, assim que elas acontecem. “A Receita está sempre preocupada em facilitar a vida do contribuinte. Basta baixar o software e trabalhar na declaração anterior. Quando começar a temporada de entrega do IR, em março, é preciso apenas importar o arquivo”, recomenda (saiba mais no box).

Atualizações no eSocialEle alertou ainda para as atualizações no site do

eSocial. “O portal será atualizado para permitir que os

empregadores paguem os tributos relativos à primeira parcela do decimo-terceiro salário e liberar a guia para o pagamento dos tributos de novembro”, disse.

Na ocasião, também compuseram a mesa de abertura o delegado do CRCRJ de Niterói, José Ribamar Cypriano; o delegado da Receita Federal do município, Fernando José Velho; o representante da 7ª Região Fiscal da Superintendência Regional da Receita, Jorge Viana; e a coordenadora do curso de Ciências Contábeis da Unilasalle, Gabriela Araújo.

Rascunho na palma da mãoLançado pela Receita Federal com o objetivo de

facilitar a entrega da DIRPF, o aplicativo Rascunho pode ser utilizado em desktops e em dispositivos móveis como tablets e smartphones.

A partir de março, ele não estará mais disponível, somente a importação do arquivo pelo programa de declaração do Imposto de Renda. Vale lembrar que o uso é opcional.

O aplicativo já está disponível para download gratuito na GooglePlay e na Apple Store.

Revista do CRCRJ 7

Even

tos

A cidade de Macaé foi palco, no dia 27 de novembro, da 19ª edição do Encontro de Profissionais de Contabilidade do Litoral Fluminense – “De Profissional a Empresário Contábil”. Aproximadamente 250 participantes, entre profissionais, empresários e estudantes de contabilidade, compareceram. A presidente do CRCRJ, Vitória Maria da Silva, prestigiou o encontro, que teve apoio do Conselho.

A vice-presidente de Fiscalização, Ética e Disciplina do CRCRJ, Márcia Tavares, proferiu a

palestra “A realidade dos escritórios contábeis”, na qual expôs sua visão de empresária. As outras apresentações foram “Coaching de Liderança”, com Luiz Augusto Paiva, “Gestão estratégica – uma visão para profissionais de contabilidade”, com Rui Marcelo, e “O novo perfil do Regin”, com o vice-presidente da Jucerja, Vitor Hugo Gonçalves. Também compuseram a programação talk shows, feira de negócios e momentos culturais.

Na ocasião, a vice-presidente de Fiscalização do CRCRJ, Márcia Tavares, proferiu palestra

19º ENCON acontece em Macaé

CRCRJ promove palestras sobre os cuidados especiais para a entrega da DIRPF

Declaração sem atropelos

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8 Revista do CRCRJ

Transparência no Terceiro Setor

Realizado em 25 de novembro, o IV Seminário de Prestação de Contas do Terceiro Setor reuniu palestras sobre auditoria, boas práticas contábeis, gestão e planejamento, Sped, a atuação do Ministério Público e o novo marco regulatório para o setor. O auditório lotado demonstrou o interesse dos profissionais da contabilidade e dos gestores pelo tema central: transparência.

O vice-presidente do Conselho, Francisco José Alves, representando a presidente Vitória Maria da Silva, compôs a mesa solene, ao lado da presidente da Unipec e conselheira, Damaris Amaral; do vice-presidente de Controle Interno, Antônio Ranha; do gerente administrativo-financeiro e procurador da Fundação Roberto Marinho, Luiz Henrique Cordeiro; e do diretor do SESCON Francisco Eduardo Ribeiro.

As atividades iniciaram com uma palestra do vice-presidente Ranha sobre “Auditoria de Entidades do Terceiro Setor”. De acordo com ele, auditoria não se resume a números finais. Para alcançá-los de maneira correta e fidedigna, é preciso passar por diversas etapas, como a avaliação do controle interno, o recolhimento e a avaliação das evidências, além da emissão do relatório. Ranha também falou sobre a necessidade de especialização dos auditores, que precisam comprovar 40 horas anuais de participação em cursos, palestras e seminários (NBT PG 12 R1).

A atuação do Ministério Público com relação às Fundações de Direito Privado foi abordada pelas promotoras da Promotoria de Justiça de Fundações, Dras.

Maria de Lourdes da Fonseca e Daniela Faria Tavares. Foi destacado o aumento da presença do órgão no dia a dia das fundações, com a intenção de aproximar-se e incrementar a fiscalização.

Dra. Daniela Tavares reiterou a necessidade da contratação do auditor externo para acompanhar o dia a dia da fundação e dar um parecer ao MP. “Os auditores são como uma extensão do MP, pois alcançam locais que não conseguimos”, disse. Elas também mencionaram que as notas explicativas são documentos de grande importância e deveriam conter o contexto operacional da entidade, os critérios de apuração de despesa e receita, as responsabilidades, entre outras informações.

A coordenadora contábil da Fundação Roberto Marinho, Cássia Silva, falou sobre boas práticas contábeis no setor. Entre elas, as ações preventivas – como controle de riscos e acompanhamento mensal das contas de ativos e passivos – e de gerenciamento de riscos – como o acompanhamento das Certidões Negativas (CND).

Na parte da tarde, as palestras ministradas foram “Gestão e Planejamento no Terceiro Setor”, pela representante da Área de Desenvolvimento Institucional Raquel Diniz; “Sped Prático para o Terceiro Setor”, pelo gerente contábil do Hospital Pediátrico Pró-Criança Jutta Batista; e “Novo Marco Regulatório Terceiro Setor”, pelo conselheiro do CRCSP Marcelo Monello. Ele explicou as mudanças trazidas pela Lei nº 13.019/2014, como a extinção dos convênios entre a administração pública e as entidades do terceiro setor.

CRCRJ promove quarta edição de seminário voltado para profissionais da contabilidade e gestores de entidades sem fins lucrativos

O vice-presidente de Controle Interno, Antônio Ranha, em palestra durante Seminário

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Op

inião

Revista do CRCRJ 9

Em meados de 2013, um grupo de conselheiros, cansado “da mesmice”, resolveu enfrentar a “oligarquia” dominante, por vários e consecutivos anos, e partir para luta para termos um “Conselho de Todos Nós, de Cada Um de Nós”, um CRC de Vitórias.

Tivemos consciência de que seria uma luta sem trégua, uma luta de David contra Golias, a ser travada em três rounds.

Os elevados ideais e objetivos que norteavam todo o grupo e cada um do grupo que, irmanados, comungando e imbuídos dos mesmos sentimentos, dava-nos a coragem e o destemor, para, de forma digna, decente e honrada, enfrentar a oligarquia.

Iniciado o primeiro round, o grupo foi vítima das mais fantasiosas acusações, uma obra de ficção de mentes atormentadas pela hipótese de derrota, que, num julgamento democrático, sereno, justo e perfeito dos contabilistas, se “concretizou”.

Empossado, o grupo passou a dar prioridade às ações que beneficiassem diretamente os colegas, especialmente do interior, promovendo o “Fórum Itinerante”, em que os setores de maior interesse dos profissionais, Fiscalização, Registro e Educação Continuada, se fazem presentes.

A Fiscalização, agendando previamente suas visitas, visando orientar, esclarecer e ajudar no cumprimento das obrigações antes de qualquer autuação. O Registro e a Educação Continuada, acolhendo as reivindicações e as solicitações, atendendo as pertinentes e possíveis.

Toda a administração está voltada para a defesa intransigente dos interesses da classe, junto às autoridades dos Poderes Executivo e Legislativo, Federal, Estadual e Municipal, tendo sido recompensada pelas suas ações, com o reconhecimento da Assembleia Legislativa de nosso Estado, outorgando a Comenda “Medalha Tiradentes”, à nossa presidente Vitoria Maria da Silva, Medalha essa nunca antes conferida a um presidente do Conselho, complementando com a Homenagem à vice-presidente de Fiscalização Marcia Tavares, conferindo-lhe a “Moção de Aplausos”.

Em 2015 iniciou-se o segundo round, em um pleito com três chapas, corroborando um dos objetivos do grupo, acabando com a “mesmice”, e, coerentemente, a Chapa 01 “CRC DE VITORIAS”, promoveu uma ampla renovação, de novas ideias, novos ideais e, claro, não faltaram aquelas obras de ficção do primeiro round.

Novamente, num julgamento democrático, sereno, justo e perfeito, dos contabilistas, que nos deram a Vitória, honrando o grupo com a confiança e o reconhecimento de que estamos e continuaremos a fazer o melhor pela classe.

As ações do Grupo em 2016 e 2017, agora ampliado e renovado, continuarão sempre voltadas para dar continuidade ao que vem sendo realizado, melhorando, ampliando e desburocratizando os serviços, para uma perfeita interatividade com os profissionais.

Sem qualquer preocupação, a não ser o fiel cumprimento dos nossos objetivos, estaremos prontos para o “terceiro round”, mesmo com as obras de ficção dos adversários, por termos a convicção de que “as árvores que dão fruto são as apedrejadas”.

História de uma luta em três rounds

Vicente de Paulo Muniz Conselheiro do CRCRJ e Ouvidor

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ção

DECORE

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Atualmente, o “campeão de audiência” na emissão de Autos de Infração na fiscalização do CRCRJ, e praticamente de todos os conselhos no Brasil, ainda é a emissão “sem comprovação de documentos hábeis” da DECORE.

No período de 2014 e 2015, foram lavrados mais de 800 Autos de Infração, envolvendo mais de 40.000 mil DECORE emitidas, das quais cerca de 80% foram emitidas sem documentação hábil.

Em Novembro de 2015 foi publicada a Resolução 1.492, que alterou a Resolução 1.364/2011 e incluiu mudanças na emissão e na apresentação da documentação hábil e legal que o profissional deverá anexar ao emitir uma DECORE.

Para melhor compreensão, ressaltamos as mudanças mais impactantes a serem observadas por todos os profissionais da contabilidade que emitem esse documento tão importante e de alto grau de relevância para nossa profissão.

Para emissão do novo modelo da DECORE ELETRÔNICA:1) Será obrigatório o uso de certificação digital para assinatura da DECORE;2) Será obrigatório, no ato da emissão, fazer o upload dos documentos comprobatórios, isto é, deverão ser digitalizados os documentos descritos no artigo 3º e anexo II da Resolução 1.364/2011 e anexados a cada DECORE emitida;3) Não haverá mais bloqueio do sistema, onde a liberação da DECORE passa a ser automática;4) Todas as DECORES emitidas estarão à disposição da Receita Federal do Brasil.Cabe ressaltar que as alterações pela Resolução 1.492/2015

estarão vigorando a partir de Abril de 2016.Acreditamos que agora, com o envio desse documento à Receita

Federal do Brasil, o profissional da contabilidade que insistir em permanecer cometendo esse grave erro será plenamente atingido.

Para uma melhor reflexão ainda desse documento:A DECORE – Declaração de percepção de rendimentos foi

instituída em 1994 pelo Conselho Federal de Contabilidade e passou por várias reformulações no decorrer dos anos até chegar ao modelo atual, emissão eletrônica.

A DECORE é um documento apto a fazer prova de informações sobre percepção de rendimentos em favor de pessoas físicas, amplamente solicitado pelas Instituições Financeiras para cadastros de caráter creditício.

A DECORE como prerrogativa exclusiva do profissional de

contabilidade, conforme estabelece o artigo 1º da Resolução 1.364/2011, atende a necessidade de seu cliente perante a sociedade em comprovação dos rendimentos recebidos.

O profissional da contabilidade somente poderá emitir a declaração se estiver em situação regular, inclusive quanto a débito de qualquer natureza inclusive do escritório a que estiver vinculado.

A DECORE emitida tem a garantia do CRCRJ, onde na declaração de rendimentos emitida segue uma Certidão de Regularidade Profissional informando um número de controle para que o usuário do documento possa verificar sua autenticidade no endereço eletrônico do CRCRJ.

Atualmente a DECORE ELETRÔNICA tem como legislação aplicável a Resolução CFC 1.364/2011, cujo artigo 3º estabelece que somente poderá ser emitida a declaração com base no Livro Diário ou em documentos autênticos constantes do anexo II dessa resolução.

Com isso, o profissional, deverá estar atento, pois se não anexar a documentação hábil e legal estará sujeito à penalidade penal artigo 299 do Código Penal (documento falso e ilegítimo) bem como da Resolução CFC 1.445/2012 (COAF – Lavagem de dinheiro), penalidade cível (ressarcimento por prejuízo causado a terceiros), além das penalidades ética e disciplinar, e poderá até ser suspenso do exercício profissional pelo Conselho Regional de Contabilidade.

No preenchimento do Sistema Eletrônico de emissão de DECORE o profissional de contabilidade deverá estar atento às informações ali descritas, a fim de evitar erros, pois não há possiblidade de cancelamento do documento. Contudo, se houver um erro no momento de sua emissão, o profissional da contabilidade deverá imprimir o documento, anexar as cópias dos documentos que comprovam os rendimentos declarados e criar uma memória de informação com objetivo de, se for indagado pela fiscalização sobre aquela emissão poderá justificar-se pelo seu cancelamento.

Com essas alterações, com certeza o sistema CFC/CRCs dá mais um passo na mudança desse comportamento negativo, para maior valorização de nossa profissão!

Se “Juntos somos Fortes”, “Unidos seremos Imbatíveis” !Este é o CRCRJ na luta pela valorização do profissional

da contabilidade.

Uma Declaração MAIS que Legal

Marcia Tavares Sobral de SousaVice-presidente de Fiscalização, Ética e

Disciplina do CRCRJ

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Revista do CRCRJ 11

Itineran

te

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De volta para casa

O Fórum Profissional Itinerante do CRCRJ chegou a sua 13ª edição e fechou com chave de ouro o calendário de 2015: após passagens por diferentes regiões do estado, o encontro aconteceu no Rio de Janeiro. Realizado em 11 de novembro na sede do Sindicont-Rio, o Fórum contou com painéis sobre temas como o Simples Nacional, a fiscalização do CRCRJ, a aplicação do critério de rastreabilidade na integração e as mudanças nas regras do ICMS e seus efeitos nas empresas.

Ao falar sobre a administração de escritórios contábeis, o diretor da Nibo Controle Financeiro e Software de Gestão Empresarial, Gabriel Gaspar, deu dicas sobre como aumentar a produtividade e a rentabilidade de um escritório. Ele apontou os desafios dos profissionais da contabilidade, como trabalhar sobre pressão devido às obrigações aos riscos financeiros.

Na palestra sobre a Lei nº 12.973/2014, o professor do Instituto de Pesquisa e Estudos Contábeis (IPECRJ), Paulo

Última edição de 2015 do Fórum Itinerante foi realizada na cidade do Rio de Janeiro

Em novembro e dezembro, aconteceram quatro novas edições do Seminário Itinerante de Contabilidade no Setor Público, desta vez em Araruama (5 e 6 de novembro), São Gonçalo (9 e 10 de novembro), Macaé (8 e 9 de dezembro) e Três Rios (15 e 16 de dezembro). O evento oferece palestras sobre importantes temas da área pública e também um curso sobre Elaboração e Análise das Demonstrações Contábeis aplicado ao Setor Público.

O vice-presidente de Desenvolvimento Profissional, Waldir Ladeira, ministrou a palestra “Do ‘Contabilês’ ao Português: entendendo a informação contábil” e a conselheira Rosângela Marinho, coordenadora da Comissão de Área Pública do

Conselho, apresentou palestra sobre “A contabilidade na Prática Municipal”. O curso começou após o almoço do primeiro dia e teve sequência durante todo o dia seguinte. Nessas edições, ele foi ministrado pela profissional contábil Yasmim da Costa Monteiro.

O Seminário é aberto ao público, mas tem como público-alvo os servidores das secretarias municipais de Fazenda, Controle Interno e Desenvolvimento Econômico. Trata-se de parte da estratégia do Conselho de treinar os profissionais da contabilidade que atuam na área pública para aprimorar a qualidade da informação contábil, da administração pública e da transparência.

Novas edições do Seminário Itinerante de Contabilidade no Setor PúblicoEvento objetiva treinar profissionais que atuam na área pública de municípios do Rio de Janeiro

Henrique Pêgas, abordou como acontecerá a integração entre contabilidade e Fisco com a promulgação do documento. “Até 2007, a contabilidade era for temente influenciada pela legislação fiscal, mas o casamento com o Fisco começou em 1977”, relembrou.

O diretor da Nibo, Gabriel Gaspar, em palestra durante Fórum Itinerante

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A luta contra

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Profissionais da contabilidade e entidades congraçadas posicionam-se contra cobranças de multas da GFIP, retroativas a 2010

Em novembro, profissionais da contabilidade foram surpreendidos com o recebimento dos autos de infração pelo atraso na entrega das GFIPs (Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social) de 2010. Apesar de estabelecidas em lei desde 1991, elas só começaram a ser aplicadas em 2013, retroativas a 2009, devido à junção dos sistemas da Previdência Social e da Receita Federal (RFB). Até então, o recebimento de GFIPs era administrado pela Caixa Econômica Federal (CEF), que não realizava cobrança de multas pelo atraso na entrega, somente se a empresa estivesse sob ação fiscal. Pega desprevenida, a categoria agora luta pelo fim das penalidades, consideradas abusivas.

“Enxergamos isso como uma maneira de ampliar a arrecadação neste momento de crise. Viram essa oportunidade e pegaram declarações do ano de 2010 e, agora, um mês antes de essas cobranças prescreverem, lavraram os autos de infração”, argumenta o vice-presidente Operacional do CRCRJ, Samir Nehme. Segundo informações passadas pela Receita em reunião com as entidades congraçadas, somente no Estado do Rio foram lavrados 144 mil autos.

Para Samir, o grande problema está na ausência de transparência: os profissionais poderiam ter se precavido se fosse prestado, com antecedência, um esclarecimento sobre o novo método de cobrança por atrasos, agora por parte da RFB.

12 Revista do CRCRJ

Entre os casos, destacam-se aqueles cujo valor da multa é superior ao do próprio imposto. De acordo com a advogada tributarista Rose Marie de Bom, eles, em especial, fogem ao bom senso e ampliam a possibilidade de questionamento: “Determinadas decisões do Superior Tribunal de Justiça dão o respaldo para afirmarmos essa incoerência. São atrasos na entrega da obrigação acessória, cuja cobrança é superior ao do encargo”.

Em janeiro de 2015, as empresas contábeis conseguiram a isenção de mais de R$1 bilhão em multas da GFIP, recebidas em 2013. A anulação ocorreu por meio da Lei nº 13.097, resultante da Medida Provisória nº 656/14, sancionada pela presidente Dilma Rousseff. Depois dessa vitória, alguns profissionais ficaram incrédulos ao receber novas ocorrências. “Se a própria Receita entendeu que essas cobranças eram indevidas, não esperávamos uma nova ocorrência em tão pouco tempo”, afirma Samir.

Um aspecto importante é a responsabilidade da penalização: apesar de ser aplicada ao empresário, acaba recaindo no profissional da contabilidade. A advogada Rose Marie De Bom ressalta a importância de guardar comprovantes e registrar em e-mails as pendências de envio de informações por parte do cliente para o profissional poder se proteger. Mas essa não é a única preocupação: além do gasto financeiro, gera dor de cabeça o desgaste na relação entre profissional e cliente.

multas abusivas

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Revista do CRCRJ 13

Em busca de soluçõesAgora, as entidades congraçadas estão iniciando um processo

para dar respaldo à classe. O primeiro passo foi a realização de uma reunião aberta ao público, no dia 23 de novembro, no plenário do Conselho. “Não é papel do CRCRJ, enquanto autarquia federal, posicionar-se e lutar pelo fim das penalizações, mas entendemos o anseio dos profissionais e apoiamos a mobilização”, explicou o vice-presidente, Francisco José Alves.

Além dos profissionais e associações presentes no encontro, foram convidados a participar o deputado federal Celso Jacob e os advogados tributaristas Rose Marie de Bom, Gerson Stocco e Raquel Barbosa. Em sua fala, o deputado Celso Jacob corroborou a visão do vice-presidente Operacional Samir Nehme, ao dizer que “o governo deve prestar informações mais claras e buscar arrecadação na cobrança dos impostos, não em multas por obrigações acessórias”.

Os profissionais presentes demonstraram insatisfação e fizeram sugestões – entre elas, pressionar os deputados federais e viabilizar uma campanha na grande mídia. Também ressaltaram as deficiências do sistema da CEF, como a ocorrência de falha no momento do envio da informação. Nesse sentido, a revisão do prazo de pagamento e a luta por uma melhoria no sistema também são demandas.

Os advogados Gerson Stocco, Raquel Barbosa e Rose Marie de Bom forneceram todo o embasamento jurídico para as possíveis ações a serem realizadas. “Precisamos questionar a aplicação de penalizações em obrigações acessórias quando a declaração principal foi paga. Isso não faz sentido”, disse Gerson.

A orientação é entrar com pedido de impugnação dos autos junto à RFB. A defesa deve ser entregue pelo próprio profissional na mesma circunscrição do estabelecimento da empresa, e não é necessário ter assinatura de advogado. “Paralelamente, queremos, por meio de influência política, negociar o cancelamento dessas multas. Já existe um movimento da Fenacon no Congresso Federal nesse sentido. No Conselho, estamos solicitando uma audiência com

todos os parlamentares da bancada do Rio de Janeiro para levar nosso pleito e buscar apoio”, elucida Samir.

Também foi decidido consensualmente divulgar a petição pública sobre a aprovação do Projeto de Lei nº 7512/2014, que extingue as multas das GFIPs. Os advogados presentes se prontificaram a fornecer modelos para as impugnações. Dias depois, foram disponibilizados, no portal do CRCRJ, o modelo de impugnação ao auto de infração, o roteiro de procedimentos para protocolo e a minuta de impugnação (acesse no box).

O caso da ECFA preocupação se estende à Escrituração Contábil Fiscal (ECF),

cuja definição para as penalizações é considerada inconsistente. “Até as vésperas da entrega, a Receita estava disponibilizando novas versões. Também nos preocupa a ausência de definição dos termos ’erro e omissão’. De fato, está muito amplo. Podem pegar um erro sem impactos no imposto e gerar uma multa absurda”, analisa a presidente da Unipec e conselheira do CRCRJ, Damaris Amaral.

A ECF substitui a Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica (DIPJ), a partir do ano-calendário 2014, e foi entregue em setembro de 2015 no Sistema Público de Escrituração Digital (Sped). Os valores definidos em legislação assustam: a empresa tributada pelo lucro real que não apresentar informações ou o fizer com atraso estará sujeita a uma multa equivalente a 0,25%, por mês ou fração de mês correspondente ao atraso, do lucro líquido antes da incidência do IR (Imposto de Renda) e da CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido), do período a que se refere a apuração. Para as demais empresas, será cobrado R$ 500 por mês. O valor é limitado a 10% do lucro líquido.

“Na realidade, o trabalho de controle e arrecadação dos impostos é do Fisco, transferido para o profissional da contabilidade. Com a criação das declarações, nos tornamos responsáveis pela obrigação da informação. Realizar esse trabalho e ainda sermos penalizados nos deixa muito insatisfeitos”, salienta Samir.

O CRCRJ promoveu uma reunião aberta no plenário do Conselho, para debater o assunto

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14 Revista do CRCRJ

A posição da RFBDe acordo com Marcus Vinicius Vidal Pontes, superintendente

da RFB na 7º Região, a operacionalização efetiva da cobrança só pôde ser iniciada com a conclusão da migração dos dados previdenciários, oriundos da Previdência Social, para o banco de dados da RFB. “Somente depois da migração passou-se a ter segurança para a cobrança”, afirmou. “As multas estão sendo cobradas, logicamente, em estrita obediência à legislação, o artigo 32-A da Lei nº 8.212/91 (saiba mais no box) e, portanto, não podem ser excluídas administrativamente”.

Com relação à abonação das multas em 2013, Pontes explica que a legislação tratou de apenas alguns casos: multas aplicadas pelo atraso na entrega da GFIP sem movimento, entregues até 31 de dezembro com 2015 e, aquelas com movimento, lançadas até a data da publicação da Lei, entregues até o último dia do mês subsequente ao previsto para a entrega. As demais multas não foram alcançadas, mantendo-se exigíveis.

Em reunião realizada com as entidades congraçadas em 8 de dezembro, ele reiterou o comprometimento de aumentar a grade de atendimento para receber as impugnações de autos de infrações da GFIP, ao disponibilizar mais horários de agendamento. Caso os agendamentos não sejam suficientes, é possível utilizar o prazo dos últimos cinco dias da data de ciência do auto para ser recebido no órgão sem agendamento prévio.

Acesse no por talNo portal do CRCRJ, é possível acessar o Modelo de impugnação ao auto de infração, o Roteiro de procedimentos

para protocolo e a Minuta de Impugnação, além do link direto para a petição pública sobre a aprovação do Projeto de Lei nº 7512/2014.

Acesse: http://crc.org.br/_jornal/SeminarioItinerante.asp

Entenda a Lei:Marcus Vidal, superintendente da 7ª Região da

RFB, explica: “A multa por atraso na entrega da GFIP, correspondente a 2% ao mês-calendário ou fração, incide sobre o montante das contribuições informadas, ainda que integralmente pagas, respeitados o percentual máximo de 20% e os valores mínimos de R$ 200,00, no caso de declaração sem fato gerador, ou de R$ 500, nos demais casos. A empresa está obrigada mesmo nos casos sem recolhimento para o FGTS, e a GFIP será declaratória, contendo todas as informações cadastrais e financeiras de interesse da Previdência Social”.

A GFIP deve ser entregue até o dia 7 do mês seguinte àquele em que a remuneração foi paga, creditada, ou tiver ocorrido fato gerador de contribuição à Previdência Social. Caso não haja expediente bancário no dia 7, a entrega deverá ser antecipada para o dia imediatamente anterior.

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trevista

Revista do CRCRJ 15Revista do CRCRJ 15

Presidente da Comissão de Tributação, Controle da Arrecadação Estadual e de Fiscalização dos Tributos Estaduais, o deputado estadual Luiz Paulo Corrêa da Rocha fala sobre a atual situação econômico-tributária no Rio de Janeiro.

Qual foi o panorama da situação econômico-financeira do Estado em 2015, considerado um ano de crise?

O ano de 2015 foi duríssimo. Tínhamos uma receita estimada em R$ 75 bilhões, e arrecadou-se cerca de R$ 62 bi. Como consequência, não houve reajuste salarial do servidor, e as políticas públicas, já em dificuldades, pioraram muito.

Diversas questões, de caráter estrutural e de gestão, ocasionaram a crise. O Brasil está vivendo uma recessão, com PIB nacional negativo, alta da inflação e da taxa de juros, além da crise política, cada vez mais grave.

A crise na Petrobras, decorrente da corrupção, e a queda mundial no preço do barril do petróleo – desde o segundo semestre de 2014 – devem ser consideradas. Também houve erro por parte de governadores, que não foram contidos ao gastar.

Outro erro estrutural dos governos é apostar todas as fichas nas indústrias automobilística e petrolífera. Isso afetou muito o PIB e as arrecadações estaduais de royalties e de ICMS, devido ao cenário internacional de crise no petróleo. Resultado? Uma perda de receita enorme.

Houve um esforço governamental e parlamentar no estado do Rio para criar leis com o objetivo de aumentar a receita, e algumas elevam a carga tributária – como as alíquotas de ITD e o aumento de 1% do ICMS de produtos vinculados ao Fundo Estadual de Combate à Pobreza. Mas também é necessário cortar custos.

Agora, o governo estuda a Lei de Responsabilidade Fiscal do Estado. Quando o texto chegar, vamos examiná-lo. Mas não há mágica a fazer: é dever otimizar as receitas e reduzir as despesas.

Uma de suas lutas centrais na Alerj é a diminuição da carga tributária. Como essa luta se adequa ao atual momento?

No atual cenário, não haverá redução de carga tributária porque a saída do governo é justamente o aumento. Minha luta será para que seja o menor possível e, também, a respeito da substituição tributária, principalmente para as micro e

pequenas empresas, que são grandes empregadores de arrecadação baixa e não podem ser duplamente tributadas.

Em setembro, aconteceu um encontro do Fórum de Desenvolvimento Estratégico, no qual foi apresentada uma proposta de expansão dos incentivos fiscais da Lei 4.533/2005 – atualmente restritos a 51 municípios – a todos do Estado. Qual a situação atual desse projeto? Na teoria, ele reduziria a arrecadação, o que pode ser perigoso em momentos como o atual. Qual é a sua visão?

O projeto está parado. Se dependesse de mim, solitariamente, eu editaria uma lei que proibisse qualquer tipo de incentivo fiscal até o estado sair desse buraco. Este não é o momento para qualquer tipo de incentivo fiscal, e tenho votado contra projetos semelhantes porque não é possível incentivar fiscalmente quando se está sem receita.

Uma das grandes demandas da classe contábil é a criação da Controladoria Geral do Estado. Como você vê essa necessidade?

Ela é fundamental, principalmente em períodos de crise, porque só há saída se houver controle. Mas é fundamental que seja independente, subordinada diretamente ao governador.

Qual é a expectativa para as contas do Estado e, de maneira geral, a situação econômica de todo o país, em 2016?

A crise continuará em 2016. A previsão de arrecadação de receita é tímida. Então, prevê-se uma grande discrepância entre receita e despesa.

Olhar clínico sobre as contas do Estado

O deputado estadual Luiz Paulo Corrêa da Rocha

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A cerimônia de entrega do XVI Prêmio Contador Geraldo de La Rocque, realizada no dia 6 de novembro, teve a participação do conselheiro do CRCRJ Jorge Ribeiro Rosa e do diretor adjunto da Faculdade de Administração e Finanças (FAF) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Prof. Dr. Fernando Padovani.

Na ocasião, foram entregues os prêmios aos três melhores trabalhos científicos desenvolvidos por mestrandos em Ciências Contábeis de todo o Brasil. Em primeiro lugar, o trabalho “Retornos anormais versus criação de valor e sinergias operacionais de firmas brasileiras envolvidas em combinações de negócios”, de Marcio Pimenta, José Augusto Marques e Marcelo Macedo, recebeu o prêmio de R$ 5 mil.

Na segunda posição, houve empate entre os textos “Prestação de contas por entidades do terceiro setor e seus impactos na obtenção de recursos: um olhar sobre o comportamento dos doadores individuais”, de Henrique Portulhak, Albino Delay e Vicente Pacheco, e “Os impactos da assimilação da norma internacional de relatório financeiro

Prêmio Contador Geraldo de La Rocque reconhece os melhores trabalhos científicos desenvolvidos por mestrandos da área

Prêmios em mãos

Os trabalhos premiados ficam disponíveis para leitura na Biblioteca Ivo Malhães e também são publicados na Revista Pensar Contábil.

(IFRS 15), que trata do reconhecimento das receitas de contratos com os clientes, e seus efeitos assimétricos nas demonstrações financeiras das empresas brasileiras”, escrito por Carlos José Guimarães. Ambos receberam R$3 mil como premiação.

Já o terceiro colocado foi o trabalho “Análise da Relação entre a divulgação de informações por segmento e a competitividade”, cujos autores, Nathan de Oliveira, Patrícia Costa e Jessica Ávila, foram premiados com R$2 mil.

O Prêmio Geraldo de La Rocque é concedido anualmente pelo CRCRJ em parceria com a Uerj. A entrega ocorreu durante o XVII Encontro do Mestrado em Ciências Contábeis da Uerj, entre os dias 5 e 6 de novembro.

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PV

CC

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A prestação de contas do Programa de Voluntariado da Classe Contábil foi o foco da 44ª reunião do PVCC/RJ, realizada no plenário do CRCRJ no dia 16 de dezembro. A coordenadora do programa, conselheira Rosangela Dias Marinho, apresentou as ações realizadas ao longo do ano e as expectativas para 2016.

“Em 2015 houve uma solidificação do nosso trabalho. Com cada subcoordenador agindo em sua área, conseguimos dar passos maiores. O foco agora é a expansão. Para realizar, precisamos de pessoas. Por isso, vamos buscar ampliar a participação dos voluntários já cadastrados, além de acolher novos”, disse a coordenadora.

Um dos exemplos apresentados foi a participação mais ativa da criação e da manutenção dos Observatórios Sociais (subprograma Rede Nacional de Cidadania Fiscal – Observatórios Sociais, coordenado pela conselheira Sonia Barbosa). O objetivo é estimular os profissionais da contabilidade a liderarem o processo de criação e operacionalização dos OS, por meio de ações de controle social. Em 2015, o PVCC colaborou com o já existente Observatório de Niterói e com a criação do Observatório de Teresópolis. Está em andamento o de São Pedro d’Aldeia e, em fase embrionária, o de Araruama. Outro destaque é o programa Dinheiro Direto na Escola (fruto do Termo de Cooperação com o MPF).

Em 2015, o Programa de Educação Financeira, cujo subcoordenador é o conselheiro Luiz Antônio Leal, ganhou novos projetos. Entre eles, a realização de palestras sobre o tema na Escola de Educação Financeira do Rioprevidência, a assinatura do Termo de Cooperação Técnica firmado entre o CRCRJ e o Fundo Único de Previdência Social do Estado do RJ e a elaboração do Programa de Educação Financeira para o CRCRJ, que será desenvolvido em 2016. “O país está disseminando essa questão da Educação Financeira, então entendemos que o Conselho, enquanto entidade que representa os profissionais da contabilidade, está se alinhando a essa estratégia. Por isso, estamos promovendo ações internas e externas para disseminar o tema”, explicou Luiz Antônio.

Já o subprograma de Incentivo a Doações aos Fundos da Criança e do Idoso, cujas subcoordenadoras são Fátima Bernardo e Solange Pacheco, teve como principal ação a organização de uma campanha eletrônica para sensibilizar os profissionais cadastrados no CRCRJ a mobilizar seus clientes a aderir ao programa de incentivos fiscais que regula doações aos Fundos. Para 2016, o principal objetivo é criar o projeto “1 voluntário em cada Conselho”, para orientar na gestão dos fundos, e rastrear junto à RFB o repasse dos recursos.

Ações locaisAo longo do ano, foram doados 16.500 kg de alimentos não

perecíveis, arrecadados nos cursos oferecidos pelo Conselho. Foram beneficiadas 19 entidades cadastradas no CRCRJ. Também foi ampliada a participação no Ação Global, programa que visa à inclusão social realizado em parceria entre a Rede Globo e o Sesi. O PVCC levou orientação sobre Controle Social e Orçamento Familiar a Campo Grande, Rio das Ostras, Vila Isabel, Tanguá, Vassouras e Nova Friburgo.

Programa de Voluntariado da Classe Contábil faz balanço do ano

Solidariedade além dos números

A coordenadora do PVCC, conselheira Rosangela Dias Marinho

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O Programa de Educação Profissional Continuada (PEPC) foi tema de encontro realizado no CRCRJ no dia 2 dezembro. Voltado aos profissionais abrangidos pela NBC PG 12, o evento teve como objetivo discutir os principais pontos da Norma, bem como a gestão e o controle da pontuação e a supervisão da atividade de auditoria independente.

A presidente Vitória Maria da Silva realizou a abertura ao lado do vice-presidente de Desenvolvimento Profissional e Institucional do CFC, Zulmir Ivânio Breda; do vice-presidente de Desenvolvimento Profissional do CRCRJ, Waldir Ladeira; do conselheiro Jorge Ribeiro Rosa; e do gerente de Normas de Auditoria da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Madson de Gusmão Vasconcelos.

Na palestra “Pontos Relevantes acerca da Educação Profissional Continuada”, Zulmir Breda falou sobre o trabalho do CFC e abordou o que é o Programa, o escopo da Norma - que, a partir de 2016, além dos auditores independentes, também abrangerá os responsáveis técnicos pelas demonstrações contábeis, ou que exerçam funções de gerência/chefia na área contábil das empresas sujeitas à contratação de auditoria independente pela CVM, pelo BCB, pela SUSEP ou consideradas de grande porte nos termos da Lei n.º 11.638/07. Ele também resumiu as propostas em andamento: o desenvolvimento de um novo sistema eletrônico para controle do programa, a revisão de alguns pontos da Norma e a ampliação do PEPC para alcançar toda a classe futuramente.

O papel da CVM perante a Educação Continuada e a supervisão da atividade de auditoria independente foi abordada pelo gerente de Normas de Auditoria da instituição, Madson Vasconcelos. Entre os temas mencionados, a Supervisão Baseada em Risco (SBR), bem como os parâmetros para essa avaliação, que incluem, por exemplo, a revisão externa de qualidade, a atuação do auditor, as inspeções de rotina e as supervisões temáticas, além da Educação Continuada. “A Educação Continuada para nós é hoje o aspecto principal de toda essa engrenagem, pois sem ela não existe um mercado atualizado e desenvolvido”, afirmou.

Membro da Comissão de Educação Profissional Continuada (CEPC/RJ) do CRCRJ, o conselheiro Jorge Ribeiro

Rosa falou sobre as atribuições e a rotina da Comissão. Explicou que ela recebe as solicitações de credenciamento e as analisa. Caso aprovadas, são submetidas à homologação da CEPC do Conselho Federal. Com relação a essa aprovação, Zulmir Breda ressaltou a importância de passar pelo CFC para garantir um padrão no julgamento para a pontuação dos cursos e eventos oferecidos pelas capacitadoras.

Em seguida, o responsável pela Coordenação de Aferição de Solvência da SUSEP, Thiago Signorelli, abordou as ações realizadas pelo órgão na Educação Profissional Continuada, como o oferecimento de palestras específicas que pontuam no programa e a supervisão da atividade. A Circular SUSEP nº 484, de 2014, instituiu a obrigatoriedade do cumprimento do PEPC para a manutenção da habilitação dos auditores independentes em sociedades supervisionadas pela Superintendência.

A última palestra do dia, proferida pelo diretor presidente do IBRACON – 3ª Seção Regional, Paulo Buzzi Filho, apresentou o posicionamento do Instituto, destacando a importância do aprendizado contínuo. Capacitador nato, o IBRACON oferece cursos presenciais e online. “Nossos cursos seguem todos os pré-requisitos do Conselho Federal e são ministrados por profissionais competentes e atualizados”, ressaltou. Buzzi também abordou a importância e a responsabilidade da profissão e disse que a instituição busca sempre ouvir as demandas da categoria.

Esclarecimentos sobre Educação ContinuadaEm encontro, representantes do CFC, do CRCRJ e de órgãos reguladores ministraram palestras sobre o assunto

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Em palestra, o gerente de Normas de Auditoria da CVM, Madson Vasconcelos

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As eleições do CRCRJ, realizadas em 17 e 18 de novembro de 2015, resultaram na vitória da chapa 1, “CRC de Vitórias”. Em segundo lugar, a chapa 2, “A favor do contabilista”, e em terceiro, a chapa 3, “Profissionais da contabilidade fazem a diferença”. Do total de profissionais aptos a votarem, 36.962 exerceram sua cidadania e votaram no portal criado especificamente para esse fim, enquanto 78% dos que não votaram apresentaram a justificativa no site, em campo específico, durante o período de 30 dias após o encerramento da eleição.

Os conselheiros foram eleitos para preencher um terço do plenário e terão mandato até 2019. No caso do CRCRJ, foi escolhido ainda mais um conselheiro suplente na categoria Técnico em Contabilidade, que exercerá mandato complementar até 31 de dezembro de 2017, devido ao falecimento de um conselheiro efetivo em 2014. Totalizam, portanto, 17 conselheiros.Confira ao lado a relação de conselheiros eleitos:

Chapa 1 vence as eleiçõesChapa “CRC de Vitórias” é eleita para mandato até 2019

Mandato complementar – Conselheiro Suplente

Categoria profissional Nome Registro nº

Técnico em Contabilidade Sérgio Nunes Fernandes RJ-042724/O

Conselheiros Efetivos

Categoria profissional Nome Registro nº

Contador Alexandre Andrade da Silva RJ-065368/O

Contador Luiz Francisco Peyon da Cunha PE-011726/O T RJ

Contador Joper Padrão do Espírito Santo RJ-014509/O

Contador Carlos Alexandre de Paiva RJ-050306/O

Contador Ademilton Ferreira Dantas RJ-100869/O

Contador Felipe Farias de Oliveira RJ-109259/O

Contador Marcelo dos Santos de Oliveira RJ-068459/O

Técnico em Contabilidade Neide Peres Ferreira RJ-030055/O

Conselheiros Suplentes

Categoria profissional Nome Registro nº

Contador Ana Luiza Pereira Lima RJ-073963/O

Contador Fabiano Corrêa de Castro RJ-108068/O

Contador Sandra Helena Gonzaga Pedroso RJ-059024/O

Contador Gustavo Fontoura Cretton RJ-066242/O

Contador Cláudia Basílio RJ-090839/O

Contador Lygia Maria Vieira Sampaio RJ-015777/O

Contador Sérgio Gonçalves da Costa RJ-054915/O

Técnico em Contabilidade Victor Avelino da Mota RJ-114209/O

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A Medalha Tiradentes, maior comenda da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), foi entregue à presidente do CRCRJ, Vitória Maria da Silva, no dia 14 de dezembro. A premiação foi oferecida pelo deputado Nivaldo Mulim devido às ações em prol da classe contábil. Conselheiros, delegados e funcionários do Conselho, além de amigos e familiares da homenageada, prestigiaram a solenidade. Vitória é a primeira presidente do CRCRJ a receber a Medalha.

À frente do Conselho há dois anos, seu esforço pela aproximação com outros setores da sociedade e valorização da categoria foram enaltecidos pelo deputado. Ele falou sobre a história de Vitória, sua trajetória pessoal e profissional, tendo sido a primeira presidente mulher do SINDICONT-Rio e a primeira mulher a presidir a Câmara de Fiscalização do Conselho. “Na qualidade de presidente, está buscando aproximar o CRCRJ da sociedade. Seu trabalho tem se tornado referência nacional na busca de construir um país cada vez mais justo. Além disso, contribui para a contabilidade assumir merecida posição de destaque”, ressaltou.

Emocionada, Vitória agradeceu aos presentes e falou sobre a homenagem concedida: “É uma grande honra receber a Medalha Tiradentes e eu a dedico a todos os profissionais da contabilidade, pois foram eles que me colocaram onde estou”. Ela ainda reiterou a importância da diretoria para implementar as ações desenvolvidas em sua gestão: “Se brilhamos é porque somos uma constelação. Uma estrela não brilha sozinha”.

Homenagem é decorrente das ações de Vitória Maria da Silva em prol da classe contábil

Presidente do CRCRJ recebe Medalha Tiradentes

A presidente do CRCRJ, Vitória Maria da Silva, e a vice-presidente de Fiscalização, Márcia Tavares, ao lado do deputado Nivaldo Mulim

Compuseram a mesa solene: Poliana Albergaria, filha da homenageada; a vice-presidente de Fiscalização, Márcia Tavares; o vice-presidente de Desenvolvimento Profissional, Waldir Ladeira; a presidente da UNIPEC e conselheira Damaris Amaral; e a vice-presidente da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), Marta Arakaki. Também estiveram presentes o deputado Luiz Paulo e o prefeito de São Gonçalo, Neilton Mulim. Os presentes foram brindados com apresentações da Orquestra da Prefeitura de São Gonçalo.

Moção de AplausosA noite foi de dupla homenagem.

Além da outorga da Medalha Tiradentes, foi oferecida uma Moção de Aplausos a todos os profissionais da contabilidade, representados pela vice-presidente de Fiscalização, Márcia Tavares. Ela agradeceu a surpresa e ressaltou a importância da honraria. “É muito especial para todos nós. Vitória, obrigada por acreditar em sua diretoria, por confiar e delegar. O mais importante em um líder é deixar seus liderados brilharem também”, discursou.

Vitória Maria da Silva em discurso emocionado após receber a Medalha Tiradentes

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Nova localização: Delegacia de Cabo Frio

A Delegacia de Cabo Frio está em novo endereço. O representante mantém-se inalterado: RC Ramires Contabilidade Organização Contábil LTDA, cujo responsável é o profissional contábil Ramires Rodrigues de Souza. O novo local é Avenida Francisco Mendes, 226, loja 3, no Centro de Cabo Frio. Os contatos são: (22) 2643-5108 e [email protected].

Os alunos da Faculdade Dom Bosco, localizada em Resende (RJ), estiveram longe de casa no dia 12 de novembro: eles foram visitar o Conselho, por meio do projeto Integração CRCRJ-Escola. Cerca de 11 estudantes compareceram e conheceram a estrutura física e a atuação da entidade.

Recepcionados pelo diretor do departamento de Registro, José Vicente de Paula, eles assistiram a um vídeo sobre a profissão e as inúmeras possibilidades do mercado de trabalho, já que o profissional da contabilidade tem sido cada vez mais requisitado. Em seguida, assistiram a palestras de representantes de cada pilar do Conselho: Registro, Fiscalização e Educação Continuada.

A visita, depois de passar pelo gabinete da presidente e pela biblioteca, foi encerrada no lugar que aguça a curiosidade dos estudantes: o Centro de Memória da Contabilidade. Um de seus principais atrativos é a reprodução de um escritório da contabilidade de época e contém, inclusive, uma prensa – objeto que, há algum tempo, era indispensável para a profissão. “A visita ao CMC é uma oportunidade de conhecer os objetos já utilizados na contabilidade, totalmente desconhecidos pela juventude de hoje, que só conhece a tecnologia da Era Digital”, disse José Vicente.

Mais perto do Conselho

Estudantes da Faculdade Dom Bosco visitam a sede do CRCRJ

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Este Boletim Técnico faz parte da edição nº 38 da Revista do CRCRJ

Boletim Informativo

Laudelino JochemVice-Presidente de Administração e Finanças do Conselho Regional de

Contabilidade do Paraná.

Orientação Técnica Geral – OTG 1000

As empresas que se enquadrarem no Modelo Contábil para Microempresa e Empresa de Pequeno Por te (ITG 1000) estão obrigadas a manterem a escri-turação contábil regular, em especial do Livro Diário e do Livro Razão, mas ficam dispensadas de apresentar o Livro Caixa.

A escrituração contábil deve ser realizada com observância aos Princípios Contabilidade, aprovados pela Resolução CFC n.º 750/1993, de acordo com o regime de competência.

Os lançamentos contábeis no Livro Diário devem ser feitos diariamente. É permitido que os lançamen-tos sejam feitos ao final de cada mês, desde que te-nham como supor te os livros ou outros registros au-xiliares, como por exemplo, os Livros Fiscais.

Sempre que possível o custo dos estoques deve ser calculado considerando os custos individuais dos itens. Dependendo da atividade econômica e do sistema de controle interno existente na microempresa e na em-presa de pequeno porte, essa forma de mensuração dos estoques poderá implicar em custos significativos para gerar a informação, por vezes, maior do que os be-nefícios derivados. Por esse motivo admite-se a flexibili-zação quanto à adoção de outros métodos alternativos de avaliação dos seus estoques. A escolha entre o PEPS e o custo médio ponderado é uma política contábil de-finida pela entidade e, portanto, esta deve ser aplicada consistentemente entre os períodos. Não é permitida, portanto, a sua alternância entre uma forma de apura-ção e outra, sem motivo justificável.

Os estoques devem ser mensurados pelo menor valor entre o custo e o valor realizável líquido. Esta avaliação somente deve ser realizada se houver “evi-dências observáveis” de que os estoques sofreram desvalorização após a sua aquisição.

Os ativos de modo geral e, em especial, os itens do imobilizado devem ser analisados por ocasião da ela-boração das Demonstrações Contábeis, quanto a sua recuperabilidade. Tais itens não podem ser apresenta-dos nas Demonstrações Contábeis Anuais por valor

superior ao valor que são capazes de gerar fluxos de benefícios econômicos presentes e futuros.

As microempresas e as empresas de pequeno por te devem elaborar e apresentar as demons-trações contábeis anuais de forma comparada com as do exercício imediatamente anterior. A divulgação das demonstrações contábeis do ano anterior no mesmo documento com as demons-trações contábeis do exercício atual possibilita a comparabilidade das informações em atendimen-to às necessidades dos usuários externos (insti-tuições financeiras, fornecedores, licitantes, entre outros), reduzindo, com isso, os custos opera-cionais, uma vez que essa divulgaçao não exigirá qualquer acréscimo de investimento, haja vista que as demonstrações do ano anterior já estão prontas e arquivadas no banco de dados dos sis-temas informatizados (ou em outros aplicativos) utilizados pelo profissional da contabilidade, res-ponsável pela sua elaboração. Nos casos em que a microempresa e a empresa de pequeno por te façam uso de sistemas informatizados (software) que não apresentem essa funcionalidade, será permitido apresentar as demonstrações contá-beis referentes ao ano encerrado, sem a apre-sentação do ano anterior, até 31 de dezembro de 2016.

A Car ta de responsabilidade da administra-ção exigida para microempresa e da empresa de pequeno por te pode ser atendida, de forma alternativa, mediante a sua inserção, no “Termo de Encerramento” do Livro Diário registrado em Órgão de Registro do comércio.

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Capacitação é a chave do negócioA cada dia que passa a capacitação ganha mais importância para

o mercado corporativo. Por isso, promovemos cerca de 100 treina-mentos de janeiro a dezembro de 2015. E no mês em que todos pensam em presentes, planos para o ano que está por vir e tudo o que foi feito nos 365 dias vividos, nosso “papo” foi tecnologia e a área societário! No mês de dezembro promovemos os fóruns Societários e de Tecnologia onde debatemos os assuntos mais im-portantes dessa área do direito que está presente, fortemente, no dia a dia de todo profissional e refletimos sobre a importância da tecnologia para o funcionamento de qualquer empresa e no meio contábil essa importância parece que fica duplicada. Para os eventos, contamos com a Julgadora Singular da JUCERJA, Paola Jacob, o Co-ordenador de Cadastro e Chefe de Cadastro e Informações Fiscais

da SEFAZ, Rafael Lacerda, o Vice Presidente da JUCERJA, Vitor Hugo Gonçalves, e o Ofi-cial Substituto do RCPJ, Jalber Lira Buannafina. Além de representantes das empresas NIBO, OMIE, ARTSOFT e Leandro Bissoli, especia-lista em direito digital.

Sindicont-Rio Sindicato dos Contabilistas do Município do Rio de Janeiro

SINDICONT-Rio celebra 99 anos de fundação

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O Jubileu de Salgueiro do SINDICONT-Rio, 99 anos de sua fundação, foi celebrado na noite do dia 6 de novembro, no Salão Nobre da Entidade, que fica sediada no centro do Rio de Janeiro.

Na solenidade de abertura, o pastor Josuel Batista Ferreira, diretor do SINDICONT-Rio, destacou a perseverança do Sindicato ao continuar a atender os seus associados durante o período de restauração da sede, após o sinistro que atingiu o prédio em dezembro de 2014.

Emocionada, a contadora Lygia Sampaio, presidente da Entidade, mencionou em seu discurso: “Superamos todas as dificuldades e o nosso Sindicato novamente ressurge, como uma fênix” e, ainda, ressaltou: “Se há cem anos éramos chamados de guarda-livros, hoje somos peças importantíssimas para a sociedade e nosso trabalho vai além da escrituração de livros. Somos os pilares da transparência e do controle social”.

A presidente também destacou: “Hoje, estamos vivendo uma grande crise econômica e política em nosso país, o que deixou temas como fraude e corrupção em evidência. Sabemos que a ética é fundamental na nossa atividade, especialmente pelo papel que assumimos com a nova contabilidade: dar suporte à tomada de decisão dos gestores”.

Na oportunidade, foi outorgado ao contador Jayme Pina Rocio e ao sindicalista Antonio Fernandes dos Santos Neto o Troféu SINDICONT-Rio.

Lygia Maria Vieira SampaioPresidente do SINDICONT-Rio

CURSOS COM CONVÊNIO COM CRC-RJContabilidade Tributária Prof. Adriane ValenteICMS - Substituição Tributária Dra. Rose Marie de BomContabilidade p/Ent. Sem fins Lucrativos Prof. Luiz Antonio RangelContabilidade Terceiro Setor Prof. Paulo Roberto OrmerodAtivo Imobilizado Prof. Alberto Gonçalves

PALESTRASGestão; Auditoria e o Profissional da Contabilidade; COAF;Análise Econômica e Financeira; Imposto de Renda – Pessoa Física; Bloco K – Sped Educação Financeira no Brasil e no mundo; Compra e Venda Imóveis – Responsabilidade civil; Nota Fiscal Eletrônica; ECD E ECF - Divergências e Inconsistências; Previdência e as mudanças na Legislação; Normas e Procedimen-tos Reg. JUCERJA; Formação de Preços e Honorários; Desoneração da folha de pagamento; Reflexo 13º Salário na Des. Folha pagto.; As novas regras da Aposentadoria.

EVENTOS COMEMORAÇÃO 51º aniversário da UNIPECComemoração dos Aniversariantes do mês Comemoração do Dia Internacional da Mulher - Participação Marta ArakakiComemoração Dia das Mães Comemoração Dia dos PaisComemoração Dia do Profissional Contábil Festa de Confraternização do Final do ano.

Queremos convidar você, que ainda não faz parte desta família (Unipecana), a juntar-se ao nosso grupo, para que unidos possamos fazer muito mais. O Brasil precisa de nós, e só em união venceremos os obstáculos que estamos atravessando. Espero por você

Damaris Amaral Presidente da Unipec

UNIPECFinalizando o ano de 2015, temos consciência das difi-

culdades encontradas, entretanto, e transpondo as barreiras, conseguimos realizar várias ações que puderam ajudar os profissionais da contabilidade em seu exercício profissional.

Numa breve retrospectiva, relatamos algumas principais ações e aproveitamos para transmitir nossa imensa gratidão a todos que estiveram conosco e fizeram parte desse tra-balho tão importante.

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