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setembro 2007 www.revistaconectado.com.br ano 1 Nº 1 o Círio em São Paulo esse é Pai d’égua: entrevista com o chef Paulo André veio no isopor: restaurante paulista especialista em comida paraense

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�setembro 2007

www.revistaconectado.com.br ano 1 Nº 1

o Círio em

São Paulo

esse é Pai d’égua:entrevista com o chef

Paulo André

veio no isopor: restaurante paulista especialista

em comida paraense

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Editorial

Olá, caro leitor!

Antes de tudo, desacelere! Saia do ritmo alucinante da capital paulista, pois esta revista foi feita para ser apre-ciada como um bom tacacá: devagar e saboreando os pe-quenos detalhe... E, se prestares bastante atenção, poderás até sentir nas próximas páginas os sabores, os aromas, as cores e até o calor humano que só povo paraense tem.

No Conectado, cada matéria foi elaborada pensando nas dificuldades e nas necessidades que a maioria dos pa-raenses sente ao chegar em São Paulo. Afinal, quem ainda não se perguntou onde achar um bom açaí ou aquela tapio-quinha pai d’egua, ou quem nunca errou de metrô? E qual o paraense que não gosta de se saber quais os lugares freqüen-tados pelos conterrâneos? Mais do que uma revista, esta publicação é um verdadeiro guia de sobrevivência para os pa-raenses que se encontram nesta cidade que não pára nunca.

Nesta primeira edição, começamos com fogos de arti-fício, papel picado, maniçoba, pato no tucupi e até chop de maracujá... Não! Isto não é um sonho. Aqui em São Pau-lo também se comemora o Círio de Nazaré. Não deixe der ler a nossa matéria de capa para saber onde e quando o “Natal dos paraenses” é realizado. Afinal, toda prece para a nos-sa querida “Nazica”é válida, seja aqui ou em Belém do Pará.

Agora, se estás em busca de emprego, a pedida é a seção “onde trabalhar”, que traz dicas sobre sites e agências de em-pregos e mais uma variedade de informações sobre o mer-cado de trabalho na capital paulista. Não deixe de passear também pela Vila Madalena, esse bairro espcial que é a es-colha de 9 em cada 10 paraenses que vêm morar em Sampa.

Esperamos que a revista te agrade e que o objetivo principal dela seja alcançado: aproximar a comunidade paraense em São Paulo e ajudar quem está chegando nesta cidade que é tão “estranha” e tão legal, e que foi adotada pelos paraenses como uma segunda casa.

Uma boa leitura a todos.

www.revistaconectado.com.br ano 1 Nº 1

o Círio em

São Paulo

esse é Pai d’égua:entrevista com o chef

Paulo André

veio no isopor: restaurante paulista especialista

em comida paraense

égua!!!

revista conectado, é a revista feita praa aproximaer a comunidade praense.

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Uma parceria com o Conselho Pau-lista de Cinema fez com que o Metrô de São Paulo pudesse colocar em práti-ca um projeto para incentivar o cinema nacional. É o “Viagem ao Cinema”, que começou em abril de 2004 com o fil-me “Benjamin”. O projeto funciona da seguinte maneira: organiza-se um ex-posição temática sobre o filme em uma determinada estação e os usuários, após visitá-la, participam de promoções com direito a ingressos para assistir o filme.

O Metrô de São Paulo tradicionalmen-te promove diversas atividades e mani-festações artísticas em suas estações. Essa iniciativa específica faz parte de sua estratégia de relacionamento com os usu-

ários e a sociedade. São ações desse tipo que valorizam o cotidiano das pessoas que se utilizam desse modo de transpor-te, agregando cultura ao serviço presta-do e proporcionando espaço para que diversas formas de expressão artística e cultural alcancem um grande público.

O projeto “Viagem ao Cinema” vem ao encontro dessa política, abrindo a agen-da cultural do Metrô para o Cinema Na-cional e oferecendo uma promoção aos usuários, além de incentivar o uso do sis-tema por motivos de lazer, já que a maio-ria das salas de exibição estão próximas às estações. O Metrô de São Paulo tradi-

Projeto Viagem ao Cinema

O Metrô de

São Paulo

tradicionalmente

promove

diversas

atividades e

manifestações

artísticas em

suas estações

você está aqui

mapa do transporte metropolitano

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sumário

7 - Veio no Isopor A rede Suruí possui cinco restaurantes em São Paulo dedicados a resgatar a culinária dos primeiros habitantes do Brasil

16 - capaCírio em São Paulo

23 - Esse é Pai D’éguaentrevista com o chef Paulo André

14 - onde trabalharA rede Suruí possui cinco restaurantes em São Paulo

dedicados a resgatar a culinária dos primeiros habitantes do Brasil

26 - DicasVila Madalena: um lugar pra viver

14 - onde trabalharA rede Suruí possui cinco restaurantes em São Paulo

dedicados a resgatar a culinária dos primeiros habitantes do Brasil

26 - DicasVila Madalena: um lugar pra viver

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7setembro 2007

Tacacá,que saudade que dá do Pará...

A rede Suruí possui cinco restaurantes em São Paulo dedica-dos a resgatar a culinária dos primeiros habitantes do Brasil. Ad-ministradas por Yone Yamassaki, que é neta de um pajé guarani, as casas possuem na decoração quadros com cocares, figuras de pássaros e plantas que remetem diretamente à cultura indígena.

No buffet, é também ela quem comanda a seleção de re-ceitas inspiradas pelos ingredientes e pelo modo de pre-paro usado nas tribos - em especial na Suruí, de onde ela retirou o nome dos estabelecimentos. Moqueca, leitão à pu-ruruca, galinhada com pequi, nhoque de banana da terra, purê de abóbora com gengibre e o típico tacacá são algumas das receitas, feitas com componentes trazidos da Amazônia para tornar mais semelhante a relação do menu com a mata.

No buffet, é também ela quem coman-da a seleção de receitas inspiradas pe-los ingredientes e pelo modo de preparo usado nas tribos - em especial na Suruí, de onde ela retirou o nome dos estabe-lecimentos. Moqueca, leitão à pururuca, galinhada com pequi, nhoque de banana da terra, purê de abóbora com gengibre e o típico tacacá são algumas das recei-tas, feitas com componentes trazidos da Amazônia para tornar mais semelhante a relação do menu com a mata. Moqueca, leitão à pururuca, galinhada com pequi, nhoque de No buffet, é também ela quem comanda a seleção de receitas inspiradas pelos ingredientes e pelo modo de prepa-ro usado nas tribos - em especial na Suruí, de onde ela retirou o nome dos estabe-lecimentos. Moqueca, leitão à pururuca, galinhada com pequi, nhoque de banana da terra, purê de abóbora com gengibre e o típico tacacá são algumas das recei-tas, feitas com componentes trazidos

veio no isopor

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onde trabalhar

São Paulo, 1 de Outubro de 2007 - Mercado de trabalho competitivo e em constante mutação faz com que executi-vos busquem alternativas. Com o merca-do competitivo e em constante mutação, onde há até mais trabalho, mas menos empregos nos moldes tradicionais, em que a pessoa ficava 20 ou 30 anos numa mesma empresa, os executivos se es-truturam para enfrentar a vida após a morte - que eles descobriram que exis-te, pelo menos no mundo corporativo - que pode ser muito proveitosa. Traçan-do um paralelo com os antigos egípcios, os executivos cada vez mais se prepa-ram para os ritos de passagem com o apoio da expertise de consultorias es-pecializadas, pesquisas de mercado e nas próprias capacidades e recursos acumulados para sobreviver com brilho do lado de lá, da vida pós-corporativa.

As opções encontradas pelos execu-tivos quando decidem mudar de rumo são várias e vão desde iniciar carreiras no mundo acadêmico até partir para o em-

preendedorismo, uma alternativa em alta.Um estudo realizado pela DBM Con-

sultoria , que tem atuação internacional especializada em gestão do capital hu-mano em momentos de transição, sobre os principais motivos de desligamento de exe-cutivos de suas companhias, revelou que 35% dos que iniciaram vida nova du-rante a pesquisa, realizada num perío-do de doze meses encerrado em abril de 2007, resolveram empreender, ou abrin-do consultorias ou investindo em novos negócios. Em 2005 a taxa era de apenas 10%. O trabalho considerou o movimento de gerentes, superintendentes, diretores,

Mercado novo,problemas velhos

O Metrô de São Paulo promove diversas atividades e manifestações artísticas em suas estações

Onde procurar empregoCom o mercado competitivo

e em constante mutação, onde há até mais trabalho, mas me-nos empregos nos moldes tradi-cionais, em que a pessoa ficava 20 ou 30 anos numa mesma em-presa, os executivos se estrutu-ram para enfrentar a vida após a morte - que eles descobriram que existe, pelo menos no mun-do corporativo - que pode ser

muito proveitosa. Traçando um paralelo com os antigos egíp-cios, os executivos cada vez mais se preparam para os ritos de passagem com o apoio da expertise de consultorias espe-cializadas, pesquisas de merca-do e nas próprias capacidades e recursos Traçando um paralelo com os antigos egípcios, os exe-cutivos cada vez mais se prepa

www.catho.com.br

www.publicijobs.com.br

www.emprego.com.br

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EM SãO PaulOCIRIO

Outubro está chegando para as festas. Sim, muitas festas em homenagem à Nossa Senhora de Nazaré, padroeira dos para-

enses. O Bazar BR apresenta as suas homenagens com as mãos de fadas e a criatividade de muitos artesãos na exposição ‘Na-zarés, fitas e chitas’. Com chita, seda, argila, madeira, semen-

tes, cera de carnaúba, tururi, miriti, papier-machê, papel, cuias, regionalismo, originalidade e exclusividade, o Espaço Cultural Bazar BR põe o seu Círio 2007 na rua a partir desta segunda-

feira (10).

capa

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VOISSOIS

OLÍRIO

MIMOSO

Todas as referências à origem da festa do Círio de Nazaré remetem à lenda do aparecimento da imagem de N. Sra de Na-zaré, com poderes miraculosos, achada por um caboclo. Conta-se, em livros, edi-ções especiais de jornais, artigos e outros escritos, que Plácido José de Souza era um caboclo da região, filho de um portu-guês e uma índia nativa. Era agricultor e caçador, e possuía um sítio na estrada do Maranhão (hoje Bairro de Nazaré). Num certo dia de outubro de 1700, Plácido saiu para caçar na região do igarapé Murutucu (onde hoje é a Basílica). Depois de mui-to caminhar pela mata, parou para refres-car-se nas águas do igarapé. Ao levantar a cabeça, enxergou a imagem de Nossa Se-nhora entre as pedras cheias de lodo. Ca-tólico fervoroso, Plácido levou a santa para o barraco onde morava e ali, em um altar humilde, passou a venerar Nossa Senhora.

Procurada pelos viajantes que passa-vam pela estrada do Maranhão, a casa de Plácido tornou-se lugar de culto a Nossa

Senhora. Sabendo de seus milagres, mui-tos devotos iam rezar, pagar promessas e agradecer os milagres alcançados. Uma das passagens mais importantes do his-tória de N. Sra. de Nazaré, constantemen-te citada como justificativa da construção da Basílica no lugar onde se encontra, diz respeito ao eventos chamados pelo povo de “sumiço da santa”. Diz-se que no dia seguinte àquele em que foi encontrada, a imagem não amanheceu no altar da casa de Plácido. Sem saber o que acontece-ra, este saiu andando pela estrada indo parar às margens do Murutucu. Para sua surpresa, a imagem estava novamente entre as pedras. Diz-se que a santa su-miu outras vezes, quando retirada dali.

Esta história chegou aos ouvidos do governador da época, que ordenou que se levasse a imagem para o Palácio do Go-verno, onde ficou sob intensa vigilância. Pela manhã, contudo, o altar estava vazio. Impressionados com o milagre, os devo-tos concluíram que Nossa Senhora que-

Era agricultor e caçador, e possuía um sítio na estrada do Maranhão (hoje Bairro de Nazaré).

capa

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capa

Todas as referências à origem da festa do Círio de Nazaré remetem à lenda do aparecimento da imagem de N. Sra de Na-zaré, com poderes miraculosos, achada por um caboclo. Conta-se, em livros, edi-ções especiais de jornais, artigos e outros escritos, que Plácido José de Souza era um caboclo da região, filho de um portu-guês e uma índia nativa. Era agricultor e caçador, e possuía um sítio na estrada do Maranhão (hoje Bairro de Nazaré). Num certo dia de outubro de 1700, Plácido saiu para caçar na região do igarapé Murutucu (onde hoje é a Basílica). Depois de mui-to caminhar pela mata, parou para refres-car-se nas águas do igarapé. Ao levantar a cabeça, enxergou a imagem de Nossa Se-nhora entre as pedras cheias de lodo. Ca-tólico fervoroso, Plácido levou a santa para o barraco onde morava e ali, em um altar humilde, passou a venerar Nossa Senhora.

Procurada pelos viajantes que passa-vam pela estrada do Maranhão, a casa de Plácido tornou-se lugar de culto a Nossa Senhora. Sabendo de seus milagres, mui-tos devotos iam rezar, pagar promessas e agradecer os milagres alcançados. Uma das passagens mais importantes do his-tória de N. Sra. de Nazaré, constantemen-te citada como justificativa da construção da Basílica no lugar onde se encontra, diz respeito ao eventos chamados pelo povo de “sumiço da santa”. Diz-se que no dia seguinte àquele em que foi encontrada, a imagem não amanheceu no altar da casa de Plácido. Sem saber o que acontece-ra, este saiu andando pela estrada indo parar às margens do Murutucu. Para sua

surpresa, a imagem estava novamente entre as pedras. Diz-se que a santa su-miu outras vezes, quando retirada dali.

Esta história chegou aos ouvidos do governador da época, que ordenou que se levasse a imagem para o Palácio do Go-verno, onde ficou sob intensa vigilância. Pela manhã, contudo, o altar estava vazio. Impressionados com o milagre, os devo-tos concluíram que Nossa Senhora que-ria ficar às margens do igarapé. E ali foi onde construíram uma ermida, ao lado da qual o caboclo Plácido ergueu sua nova casa. Com o passar do tempo, os mila-gres foram aumentando, trazendo à cida-de gente de vários lugarejos do interior, e a imagem acabou indo parar em Belém.

Naquela época, os viajantes que pas-savam pela casa de Plácido vinham do Maranhão ou da Vigia (cerca de 200 qui-lômetros distante de Belém), onde já ha-via o culto a Nossa Senhora. Talvez algum devoto, após a viagem, tenha parado no igarapé e deixado a imagem da santa nas pedras, mas isto não importa. Depois de um longo processo de reconhecimento dos milagres da santa e da devoção lo-cal por parte da igreja, em setembro de 1790, chegou a autorização para a reali-zação de homenagens à santa conforme o Ritual Litúrgico. Foi então que o governa-dor Francisco Coutinho pensou em fazer uma procissão pela cidade. Dias antes da romaria, porém, o governador adoeceu. Prometeu, então, à santa que, caso se re-cuperasse, ele mesmo levaria a imagem até a capela do Palácio. Restabelecido, cumpriu sua promessa e na madruga-

Era agricultor e caçador, e possuía um sítio na estrada do Maranhão Era agricultor e caçador, e possuía um sítio na estrada do Maranhão (hoje Bairro de Nazaré). Num certo dia de outubro de 1700, Plácido saiu para caçar na região do igarapé Murutucu (onde hoje é a Basílica)

Era agricultor e caçador, e possuía um sítio na estrada do Maranhão Era agricultor e caçador, e possuía um sítio na estrada do Maranhão (hoje Bairro de Nazaré). Num certo dia de outubro de 1700, Plácido saiu para caçar na região

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dicas

Vila Madalena é um bairro da cida-de de São Paulo situado no distrito do Alto de Pinheiros, na região oeste do município. É o ponto final da linha 2 do Metrô (Estação Vila Madalena), onde é servido por um terminal de ônibus.

Este bairro é bastante conhecido por ser um reduto boêmio da cidade de São Paulo, com grande concentração de ba-res e casas noturnas, além da escola de samba Pérola Negra. O nome do bair-ro também serviu de título a uma nove-la da Rede Globo, na década de 1990.

Uma das características mais pitores-cas do bairro é o nome de suas ruas. São nomes líricos como: Paulistânia, Harmo-nia, Girassol, Purpurina, Wizard e Ori-ginal. Isso permite que o bairro tenha esquinas sugestivas como a “Harmonia com Purpurina”. Segundo historiadores, as ruas foram batizadas por sugestão de estudantes, participantes do movimento anarquista. A adoção de nomes poéticos tinha a intenção de quebrar a tradição ur-bana de homenagear autoridades públicas.

Hoje, o bairro abriga uma concen-

Eu moro na Vila Madalena

academias

Gladys Sene Altafini administrava uma empresa de produtos fotográfi-cos da família, mas sempre gostou de dançar. Aliás, era dançando que ela mandava embora o estresse do dia-a-dia. “Então isso começou a pulsar dentro de mim. Comecei com jazz, flamenco, sapateado, dança de sa-lão, clássico, fazia três horas por dia

Vila Madalena é um bairro da cidade de São Paulo situado no distrito do alto de Pinheiros, na região oeste

O que o bairro oferece

Barbeiros

supermercados

Gladys Sene Altafini administrava uma empresa de produtos fotográfi-cos da família, mas sempre gostou de dançar. Aliás, era dançando que ela mandava embora o estresse do dia-a-dia. “Então isso começou a pulsar dentro de mim. Comecei com jazz, flamenco, sapateado, dança de sa-lão, clássico, fazia três horas por dia

Gladys Sene Altafini administrava uma empresa de produtos fotográfi-cos da família, mas sempre gostou de dançar. Aliás, era dançando que ela mandava embora o estresse do dia-a-dia. “Então isso começou a pulsar