conectado saúde 4

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S AÚD E CONECTADO ANO 1 NÚMERO 4 SETEMBRO/OUTUBRO DE 2012 R$ 8,00 PARA QUE ESPERAR O VERÃO? PRÁTICA DA ATIVIDADE FÍSICA PRECISA SER PERMANENTE Estação da saúde dura o ano todo Protesto no Congresso pode ter ‘corda no pescoço’ Barretos: robô de R$ 5 milhões faz cirurgia de câncer Hospital precisa de mais voluntários em Jaú Candidatos a prefeito apresentam planos para saúde e social David Zaia fala sobre ética e compra de voto na eleição Betão Sangerotti estreia coluna sobre vida saudável

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Revista Conectado Saúde, edição 4, de Jaú, matéria sobre verão, qualidade de vida, atividade física, exercícios, eleição

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SAÚDECONECTADO

Ano 1 número 4 SeTemBro/oUTUBro de 2012 R$ 8,00

Para que esPerar o verão?

Prática da atividade física Precisa ser

Permanente

Estação da saúde dura o ano todo

Protesto no Congresso pode ter ‘corda no pescoço’

Barretos: robô de R$ 5 milhões faz cirurgia de câncer

Hospital precisa de mais voluntários em Jaú

Candidatos a prefeito apresentam planos para saúde e social

David Zaia fala sobre ética e compra de voto na eleição

Betão Sangerotti estreia coluna sobre vida saudável

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2 CONECTADO SAÚDE

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CONECTADO SAÚDE 3

EXPEDIENTE AO LEITOR

SAúDE E EXERCÍCIOSO ANO TODONão espere o verão chegar para cuidar do corpo: sempre valorize sua qualidade e vida

a prática de se buscar um corpo saudável e esbelto no verão ainda persiste, mesmo com temperaturas elevadas em pleno inverno – em 17 de setembro, por exemplo, a temperatura em Jaú chegou a 35,52 graus, recorde de calor este ano. o cidadão costuma correr às academias de dezembro a fevereiro, mas nem sempre esse período é suficiente para atender às expectativas. Por isso, especialistas afirmam que é bom ante-cipar a busca por uma atividade física desde já. desde sempre.

aliás, mais importante do que um corpo esbelto é ter boa saúde. e saúde precisa ser buscada o ano todo por meio de atividades físicas. uma caminhada básica já resulta em benefícios incalculáveis para o organis-mo. corridas, então, potencializam as benesses ainda mais. as academias e até mesmo as clínicas de fisioterapia também dão sua contribuição.

nesta edição, a conectado saúde aproveitou o inverno com tempera-turas acima de 35 graus para mostrar ao leitor que não precisa esperar o verão, só em dezembro, para correr atrás da qualidade de vida. o horário de verão chega logo em 21 de outubro, condição que facilita a realização de atividades à noite.

um personal trainer e uma fisioterapeuta falam das atividades capazes de proporcionar saúde e bem estar a quem deixa de lado a ociosidade. destaque ainda para a coluna “vamos correr?”, do pedestrianista Betão sangerotti. ele dá as primeiras dicas para quem pretende trocar a ociosi-dade pela saúde. de ex-obeso, Betão é hoje um dos maiores incentivado-res da caminhada e da corrida de rua.

Política – reportagem especial desta edição aborda a eleição mu-nicipal. nota-se nos programas políticos discursos batidos de todos os candidatos sobre seus planos de governo. a conectado saúde ouviu can-didatos a prefeito de Jaú, cidade onde está a sede da revista, para ver o que cada um pretende fazer nas áreas de saúde e assistência social.

atendimento básico de saúde, pronto socorro, atendimento de urgên-cia e emergência são os tópicos abordados. o objetivo é contribuir para a discussão do tema saúde e dar um indicativo do que o cidadão poderá ter na cidade quando 2013 chegar.

questões nacionais como a crise da santa casa e a qualidade do aten-dimento médico no Brasil também são temas desta edição. Boa leitura!

PublicaçãoConectado Editora ME.

Av. Deputado João Lázaro de Almeida Prado, 176

Jardim Novo Horizonte – Jaú – SPCEP - 17.209-851

CNPJ 15.619.454.0001/12Inscrição Estadual: Isenta

Fone: (14) [email protected]

DIRETORESAdriana Bueno

Paulo César Grange

JORNALISTA RESPONSÁVELPaulo César Grange (MTB/SP nº 22.931)

[email protected]: (14) 9752-9286

DIRETORA COMERCIALAdriana Bueno (MTB/SP nº 56.889)[email protected]

Fone: (14) 9772-4560 / 9781-9282

FOTOSAdriana Bueno

Paulo César GrangeAssessorias de imprensa

Shiro Pazian (colaboração)

COLABORAÇÃOShiro Pazian

Caroline França PintoEdison Laércio de Oliveira

Distribuição (dirigida/assinatura) Clínicas médicas e odontológicas, clínicas de beleza e estética, órgãos públicos, profissio-nais liberais, hospitais, faculdades, empresas

Cidades: Jaú, Bauru, Barra Bonita, Bariri, Bo-caina, Dois Córregos, Itapuí, Brotas, Torrinha, Pederneiras, Araraquara, Botucatu, Marília,

Lençóis Paulista, São Manuel e outras regiões

Impressão:Grupo Tiliform

Bauru – SP0800-7079990

[email protected]

[email protected]

(14) 3032-6383

Esta revista aceita, para fins de publicação, artigos científicos originais e inéditos que apresentem

afinidade com o tema saúde, beleza e bem-estar. É de responsabilidade exclusiva dos autores o conteúdo

dos artigos publicados

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4 CONECTADO SAÚDE

VerÃo e SAúde

as academias esportivas ficam lota-das no verão, as pistas de caminhada congestionam na mesma época, as pis-cinas de clubes ficam cheias... mas para que esperar o verão chegar para prati-car uma atividade física? o calor já che-gou, o horário de verão começa em 21 de outubro e o verão só dá as caras em 21 de dezembro. esqueça o calendário. o inverno de 2012 termina com tempe-raturas de fazer inveja a qualquer verão. então, mexa-se pelo bem de sua saúde.

mesmo que faça um friozinho aqui outro lá é bom se exercitar no inverno. a fisioterapeuta sirlei morelli saccardo afirma que calorias são queimadas mais facilmente no inverno quando se pratica um exercício. ela explica que, por causa do

Saúde em toda estação para que

esperar o verão para praticar

atividade física?comece já. mexa-

se pelo bem de sua saúde!

frio, o corpo consome mais calorias para se aquecer durante uma atividade aeróbi-ca, por exemplo – caminhada, corrida, na-tação, dança. Portanto, exercícios no frio contribuem mais para a perda de peso.

Academia antecipada - o per-sonal trainer e gerente da academia master fitness, sami Zoghaib Júnior, diz que as pessoas costumam deixar para a última hora para buscar uma atividade de olho nas oportunidades do verão. “É difícil entrar em forma rapidamente, por isso a pessoa deve procurar anteci-

Dicas pArA Ter SAúde no VerÃo

não deixar a atividade física para a última hora Antecipe a ida para uma academia não abandone as atividades físicas dê continuidade aos treinos de um ano para o outro A busca pelo corpo perfeito não é conquista de uma semana, um mês, dois meses... pode levar anos. os resultados aparecem com a continuidade Tenha uma alimentação balanceada. Sem exagero. Beba água sempre, não deixe o corpo sentir necessidade

Paulo César Grange

PISTA NO LAGO DO SILVÉRIO É OPÇÃO PARA CAMINHAR EM JAÚ

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CONECTADO SAÚDE 5

Atividade física tem de agradar

como escolher a atividade que mais lhe agrada na hora de pensar em entrar em forma se a pessoa não sabe o que gosta? sami Zoghaib Júnior responde. segundo ele, as boas academias cos-tumam oferecer ao aluno diversas op-ções de atividades para que escolha a que mais se adapta ao objetivo pro-posto – qualidade de vida, manutenção da saúde, alto rendimento no esporte.

É comum pessoas procurarem a aca-demia querendo perder peso, sugerindo o uso da esteira. o personal sami mos-tra que uma atividade aeróbica como essa pode ser complementada com a

musculação, garantindo ótimos resulta-dos para quem espera emagrecer.

Fuga - o abandono após o “verão” passar é comum em academias. sami revela que de dezembro a fim de feve-reiro o movimento em academias che-ga a triplicar. Passado esse período co-meça a fuga dos alunos. no ápice, para atender à demanda, novos professores precisam ser contratados e novas ativi-dades são oferecidas.

o abandono, segundo ele, ocorre por-que ou o aluno não faz a atividade que gosta ou não viu resultados. “isso acon-tece quando ocorre má orientação ou má informação. não adianta a pessoa ir a uma academia, se matar nos exercícios e chegar em casa e comer um ‘caminhão’. tem de ter orientação.” ele destaca que a regra básica para perder peso é gastar

mais calorias do que ingerir.Duração - em todo caso, a carga

de treinamento deve ser respeitada conforme o nível do aluno. de 30 a 45 minutos, três vezes por semana, pode ser suficiente para quem está acostu-mado a frequentar uma academia. mas quem sai da ociosidade precisa mais tempo, tendo em vista a necessidade do alongamento, a tranquilidade para fazer o exercício e a finalização. “acre-dito que uma hora é o tempo ideal.”

Por mais que se fale dos benefícios da atividade física, ainda é “mínimo” o número de pessoas preocupadas em se exercitar. a avaliação é de sami Zo-ghaib Júnior, que considera muito pou-co a porcentagem da população que frequenta academia com continuidade. “temos muitos atletas de verão”.

padamente uma academia. ter o auxílio de um bom professor para fazer uma avaliação, ver se está fora do percentual de gordura ideal e trabalhar nisso ai. É preciso ainda ter uma boa dieta, porque não adianta se matar na atividade física e comer descontroladamente.”

sami entende que o prazo para en-trar em forma e melhorar a saúde va-ria de pessoa para pessoa. depende da prática ou não de alguma atividade de vez em quando, do completou seden-tarismo ou não, da alimentação, da su-plementação alimentar... ele calcula que ao menos três meses sejam necessários para se notar as benesses do esporte.

Para quem busca definição do corpo a musculação é o mais indicado, mas o personal destaca que exercícios com peso também contribuem para a perda do peso corporal. “Precisa ter orienta-ção de um bom professor para fazer um bom treinamento com carga.” ele alerta que resultados rápidos não exis-tem e quem se aventura pelo mundo dos anabolizantes se dá mal. “as dro-gas causam prejuízos para organismo.”

Shiro Pazian

ATIVIDADES EM ACADEMIAS COSTUMAM ATRAIR O

GRANDE PÚBLICO ENTRE DEZEMBRO E FEVEREIRO

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6 CONECTADO SAÚDE

apesar de parecer contraditório, a pessoa que busca emagrecer por meio de uma atividade física pode consumir suplementos alimentares. quem garante não existir conflito é fábio cestari, pro-prietário de loja de suplementos em Jaú. segundo ele, o mercado disponibiliza produtos que potencializam a queima de calorias, por isso é possível perder peso.

o que precisa ser superado, segundo ele, é o preconceito que existe contra o suplemento. “Pensam que é produto só para grandão, para bombados”, diz, garantindo que quem busca qualidade de vida e saúde não pode abrir mão de alguns produtos vendidos em lojas es-pecializadas do setor, como a Ziboo.

Parte do preconceito, na opinião de cestari, é porque ainda confundem suplementos alimentares com anaboli-zantes (drogas ilegais). “temos de que-brar essa idéia. a suplementação existe para você ter uma qualidade de vida melhor, para fazer seu corpo ser o me-lhor lugar para você viver.”

em termos de benefícios, cestari des-taca que é possível complementar com suplementos a alimentação falha que as

pessoas têm hoje por conta da correria do dia a dia. “temos os polivitamínicos, com vitaminas de a a Z”, exemplifica.

até senhoras de idade consomem produtos da loja de fábio cestari. no caso, um produto que ajuda a comba-ter a dor em articulações. vizinhas da loja, a própria mãe de fábio, a avó e amigas da família são todas fãs de um determinado suplemento.

Top – entre os produtos mais procu-rados na loja estão os aminoácidos de cadeia ramificada (Bcaa) e o whey pro-tein, que nada mais é do que uma pro-teína extraída do soro do leite. ao aliar esses dois produtos, fábio cestari diz que o consumo ajuda na construção de massa magra a partir da gordura.

Hoje, ele chega a receber clientes com receitas em punho expedidas por nutricionistas. “acho legal muita gente vir à loja com receita em busca de tal e tal coisa. acho que assim vamos conse-guir vencer esse preconceito que existe sobre os suplementos”, comenta, lem-brando que os produtos têm registro no ministério da saúde e na anvisa e não exigem receitas médicas.

Gente comum - em termos de público consumidor, o revendedor de suplementos destaca que a indicação é para pessoas de 15 a 70 anos, mas mesmo os mais velhos também podem consumir, desde que orientados por um médico e para certas finalidades. “entre 15 e 70 anos de idade a pessoa pode consumir praticamente de tudo.”

“Gente comum é quem mais procura suplementos. o atleta necessita de su-plementos. Gente comum busca quali-dade de vida melhor. o atleta tem de tomar se não tem o mesmo desempe-

Suplementos: dos 15 aos 70 anos

nho de quem toma”, compara, desta-cando que a forma com o corpo absor-ve a suplementação alimentar é muito interessante.

Por fim, ele pede que mais e mães acompanhem os filhos às lojas do ramo. “vão conhecer a loja, os produ-tos. tem muita coisa legal para o pai, para a mãe, para a vó, para o filho. te-mos omega 3, vitamina c, temos pro-dutos que vão fazer com que as pes-soas melhorem sua qualidade de vida.”

Água e protetoro verão começa em 21 de dezembro, mas o ‘horário de verão’ chega dois meses antes: 21 de outubro. o período é de muito calor e chuva. Hora de aproveitar o sol em atividades ao ar livre, andar de bicicleta, jogar bola, ir à praia. por isso, ao aproveitar o sol de verão se proteja dos raios solares e evitar o câncer de pele – use protetor. Se pegar muito sol e beber pouca água a pessoa se desidrata. por isso, beba muito líquido.

InícIo do verãoo verão no Hemisfério Sul, onde está o Brasil, começa no dia 21 de dezembro e termina em 20 de março, quando tem início o outono. o horário de verão 2012/2013 começa em 21 de outubro de 2012. Vai acabar à 0h do terceiro domingo do mês de fevereiro de 2013, o dia 17 de fevereiro. A determinação do começo e do fim do horário de verão está em um decreto de 2008.

FáBIO CESTARI MOSTRA UM DOS SUPLEMENTOS DISPONíVEIS NO MERCADO: VARIEDADE NACIONAL E IMPORTADA

Paulo César Grange

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CONECTADO SAÚDE 7

Postura correta evita lesões

tão importante quanto a decisão de praticar atividade física é a postura correta para executá-la. quem busca o exercício para melhorar a qualidade de vida e a saúde não quer ter problemas de coluna ou articulações, por exem-plo, os joelhos. então, a dica é: atenção à postura na realização de qualquer tipo de exercício.

a coluna e os joelhos são as “víti-mas” mais frequentes quando se trata da execução incorreta de determina-dos movimentos ou então da sobre-carga quando se utiliza um peso maior que o indicado.

a constatação é da fisioterapeuta dra. sirlei morelli saccardo. “nós, fisio-terapeutas, notamos que muitas pes-soas ainda realizam atividades do dia--a-dia de forma inadequada e também realizam atividades físicas sem orienta-ção. o peso adequado e o posiciona-mento correto são fundamentais para se alcançar os benefícios que uma ati-vidade física pode proporcionar”.

algumas pessoas esperam a lesão aparecer para procurar um tratamento fisioterapêutico, mas a reeducação pos-tural trabalha a prevenção das lesões através da orientação postural no dia--a-dia e na realização de qualquer tipo de atividade física, além de trabalhar a musculatura alongando, fortalecendo e “ensinando” o caminho para não haver lesão. depois que passa por este pro-cesso de aprendizado, qualquer pessoa está apta a realizar a atividade física ou o esporte que preferir.

quando uma pessoa chega com a lesão à clínica, sirlei e sua equipe a orientam, pois é preciso tratar inicial-mente o quadro inflamatório que se instalou para depois iniciar o trabalho de alongamento, fortalecimento, pro-priocepção, equilíbrio, enfim.

o pilates, que na clínica é conside-rado mais um método de reeducação postural, é uma atividade física com-pleta, garante a fisioterapeuta. Pois, além de trabalhar o alongamento e o fortalecimento, faz o cérebro trabalhar junto através do equilíbrio, da coorde-nação motora e da concentração que o método exige.

diante disso, a recomendação é: não faça atividade física sozinho; busque orientação de um profissional.

MARINA MAGALHÃES GARCIA FAZ PILATES NO EqUIPAMENTO CADEIRA COMBO

Divulgação

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vamos correr?roberto “Betão” sangerotti é atleta amador, divulgador do pedestrianismo e locutor de eventos - (14) 9740-1911 - [email protected]

Por Betão Sangerotti

A busca por uma vida saudável e pela qualidade de vida está em alta. Muitas pessoas resolveram se mexer e praticar atividades físicas. Mas ainda é pouco. Tem muita gente ociosa por aí, comen-do de mais e se exercitando de menos. Vamos correr, pessoal? Mas calma lá. Não dá para deixar o sofá de lado e sair correndo na mesma hora. Correr 100 metros já seria um desafio de matar para um ocioso de carteirinha.

O mais indicado é optar pela cami-nhada. É simples praticá-la. Basta um par de tênis e vontade para percorrer algumas centenas de metros ou al-guns quilômetros. Uma pessoa seden-tária que começa a caminhar percebe, em pouco tempo, que sua caminhada fica mais fácil, então ela começa a estender o percurso.

Comece com 15 minutos por dia, por exemplo. Logo você vai perceber que pode caminhar 30, 40, 60 minu-tos... Vai chegar uma hora que você acha fácil demais caminhar, indepen-dentemente do tempo de atividade ou da distância percorrida. É nesse ponto que entra a segunda fase da busca pela saúde, que é a prática da corrida de rua.

Quanto caminhar por dia? Depen-de de pessoa para pessoa. Vi estudos em que especialistas preconizam que caminhadas de 30 minutos, três vezes por semana, propiciam benefícios para

Benefícios ao seu Dispor:

- melhora da auto-estima- melhora na qualidade do sono- Aumento da capacidade cardiorrespiratória- Controle da diabete- Controle da pressão arterial- Auxílio no emagrecimento- outras mais

Adeus à ociosidade

o organismo. Quem já caminha há algum tempo pode estender para 45 minutos por dia, uma hora ou até mais.

Eu já fui sedentário, pesava 122 quilos – hoje não chega a 100. Percebi que precisava me mexer. Então, resolvi caminhar. Estabelecia um ponto de destino, ia até lá e voltava. Com o tempo percebi que dava para correr um pouco. Vale a pena tentar arriscar alguns trotes. A partir desse momento o gosto pela corrida toma conta de você.

Hoje, corro provas de dez quilôme-tros com frequência, já corri meia--maratona e até maratona, mas ai é outra história e a preparação demanda muito treinamento. Tudo começa com os primeiros passos no quarteirão de sua casa. Vamos correr?

MARCOS TOCHETTI, NORA BIA, SIMONE VANNI, PEDRO LUIZ MELOZO, REINALDO JOSÉ PEREIRA LEITE, CIBELE SILVA, NETO POLôNIO E BETÃO SANGEROTI BUSCAM SAÚDE E ALEGRIA AO SE DEDICAREM àS CORRIDAS DE RUA

Divulgação

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CONECTADO SAÚDE 9

Locais de caminhada?

Em Jaú temos pista de caminhada no Lago do Silvério, no kartódromo, na praça do museu, no campo munici-pal e nas próprias ruas da cidade. Toda cidade tem seu local de caminhada. restal. Em Campinas, opte pelo Parque do Taquaral. Ribeirão Preto, Marília, Botucatu, São Paulo... todas as cidades têm sua pista para caminhada, mesmo que informal.

Dá para caminhar na calçadas de bairros e até nas ruas. Mas fique atento ao fluxo de tráfego: caminhe sempre na contramão dos veículos. Assim, você vê o carro e é visto pelo motorista.

“Não existe chaziNhos, pílulas mágicas, suplemeNtos milagrosos. o que tem que ter é discipliNa, educação alimeNtar e determiNação Nos treiNos”

Atenção ao tênisA não ser que você more na Etiópia, no Quênia ou algum

país do tipo, você precisa de um tênis adequado para caminhar. São centenas de modelos para todos os gostos e bolsos. Antes de tudo fique atento ao tipo seu tipo de pisada. A escolha certa determina a durabilidade do seu tênis.

São três os tipos de pisada: supinada, quando se bate pri-meiro a parte de fora do pé no chão e gasta-se mais a parte de fora do tênis. A pisada neutra, que tem gasto normal do calçado. E a pisada pronada, de pessoas que não têm a curva-tura tão acentuada do pé, é o tal pé-chato, cujo desgaste do tênis é maior na parte interna (lado de dentro).

Dá pra fazer o teste da pisada em casa. Mo-lhe a sola do pé e pise numa folha de jornal. O tipo de marca deter-mina o tipo de pisada. Se ficar uma espécie de arco bem acentuada a pisada é supinada. Se a pisada for normal, o arco é menos acentuado. Se aparecer um “pé chato”, a pisada, então, prona-da. Feito isso procure uma boa loja e compre o modelo adequado.

Reprodução: http://iron-health.blogspot.com.br

Check-Up é idealSou incentivador do esporte desde 1999. Muitas

pessoas se espelharam em mim e hoje praticam corrida. Mas antes de caminhar ou correr é bom sempre procurar um médico para fazer um check-up e avaliar capacidade pulmonar e sistema cardíaco. É bom saber que não há restrição alguma para a prática do esporte. Um “de acor-do” de um cardiologista ou clínico geral é fundamental para que a busca pela saúde comece da forma correta.

Reprodução: www.checkup.med.br

CalenDáRio De PRovaS (*)

7/10 etapa eco-runner – Bauru14/10 Corrida e Caminhada Contra o Câncer – Barueri21/10 Corrida e Caminhada Contra o Câncer – Campinas21/10 Corrida e Caminhada Contra o Câncer – Franca28/10 Circuito de Corridas Caixa – ribeirão preto04/11 Circuito da Longevidade – São paulo18/11 Circuito Sesc de Corridas - Bauru31/12 São Silvestre de Avaré – Avaré31/12 São Silvestre de Brotas - Brotas31/12 86ª São Silvestre – São paulo

(*) Corridas paulistas. Veja mais em www.webrun.com.br

Teste da pisada

Paulo César Grange

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10 CONECTADO SAÚDE

eLeIÇÃo 2012

A saúde na cabeça dos políticoscaNdidatos a prefeito de jaú falam de seus plaNos sobre ateNdimeNto básico, proNto socorro e assistêNcia social

quando se liga a tv para acompanhar o horário eleitoral logo se observa que a “saúde” é prioridade de quase todos os candidatos. a educação, aliás, também está na boca da maioria. quer seja pre-feito ou vereador, todos abrem a boca e dizem “minha prioridade é saúde, edu-cação e blá-blá-blá...” isso em toda cida-de: Jaú, Bauru, araraquara, marília, são

proFeSSor LauroIdade: 51 anosVice: Luana pereiraPartido: pSoL (50)Coligação: partido não coligado Facebook: www.facebook.com/#!/laurocarlospacheco.pacheco

Paulo, campinas... dá pra confiar neles? o eleitor vai responder dia 7.

a conectado saúde convidou os candidatos a prefeito por Jaú, cidade onde está a sede da revista, para que cada um conte seus planos para a saú-de local. a todos foi enviado o mesmo questionário. simples e direto. foram mais de 15 dias até que todos res-

Atendimento básico“Vamos acabar com as filas nos pAS. As consultas serão agendadas eletronicamente. não faltarão remédios nas farmácias dos pAS e na Secretaria da Saúde. As consultas com especialistas não poderão demorar mais do que cinco dias para serem agendadas.” Pronto Socorro/Pronto Atendimento“Vamos trazer três UpAS (Unidades de pronto Atendimento), assim reforça a unidade que já está em licitação. Vamos ter o Hospital municipal e junto a ele instalaremos o pronto Socorro municipal para atendimento de urgência e emergência e atendimento infantil.”. Assistência Social“no meu governo vamos dar toda a assistência social aos dependentes químicos, com psicóloga, médicos e assistente social. Vai ser um trabalho junto com as entidades sociais. Faremos um trabalho também com as associações de bairros, identificando aquelas pessoas que têm problemas de saúde mental e que ficam abandonadas pelas ruas. daremos assistência a elas. Quero um orçamento com no mínimo 25% da receita para a saúde. Vamos contratar mais médicos e funcionários. Faremos parcerias com universidades de medicina, dando oportunidade para a vinda a Jaú de médicos residentes”

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CONECTADO SAÚDE 11

A saúde na cabeça dos políticospondessem. a candidata sheila inácio (Pmn) não foi localizada. a suposta re-núncia dela ainda não constava no site do tribunal superior eleitoral até o fe-chamento desta edição.

a seguir, acompanhe os projetos de governo. Publicamos pela ordem de envio das respostas à redação. a revista não delimitou o tamanho das respos-

tas, por isso a diferença no espaço de-dicado a cada candidatura.

a resposta de osvaldo franceschi Júnior, que concorre à reeleição, foi a mais extensa, uma vez que incluiu re-alizações do atual mandato. a redação sugeriu à assessoria dele que fizesse ajustes, focando no plano de governo para o próximo mandato.

QueStõeS para oS candIdatoS

o que se planeja para o atendimento básico em Jaú para seu mandato? Um dos pontos cruciais em Jaú é o atendimento no pronto Socorro. o que vai ser feito? mantém-se só o da Santa Casa ou cria-se mais um? em termos de desenvolvimento e assistência social, quais os projetos para seu governo? Algum destaque/diferencial no seu plano para o mandato 2013/2016?

Atendimento básico “na saúde básica, ou atenção básica, trabalharemos com medicina preventiva, através do programa Saúde da Família. nesta área daremos prioridade ao atendimento, fazendo o mesmo de forma humanizada, buscando evitar a necessidade da hospitalização.”

Pronto Socorro/Pronto Atendimento“Trabalharemos sempre com a descentralização para melhorar o atendimento. Como parte disso consta em nosso plano de governo a imediata reabertura do pronto Socorro municipal. Temos que reparar este grande erro que foi o fechamento dele. porém, manteremos e incrementaremos a parceria com a Santa Casa.”

Assistência Social“Valorização do trabalho desenvolvido pelas entidades sociais. efetivar a gestão plena da assistência social com a implementação do sistema único de assistência social. realizar campanhas educativas e de sensibilização para a prevenção e combate ao uso de drogas.”

ZucaIdade: 53 anosVice: doutor JamilPartido: pSdB (45)Coligação: pSdB/ppS Site: www.zuca45.com.br

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12 CONECTADO SAÚDE

Atendimento básico “o atendimento básico deve se pautar pela perspectiva da saúde e não da doença, como a cultura de hoje. Além de buscar eficiência no funcionamento da estrutura e programas atuais, vamos investir em atendimentos e programas ‘alternativos’, quer dizer, integrar esportes, orientação sobre nutrição com tratamentos medicinais ‘alternativos’, como acupuntura e outros.” Pronto Socorro/Pronto Atendimento“o pronto socorro da Santa Casa está superlotado e a maioria dos mais de 15 mil atendimentos por mês são de casos de pronto atendimento e não de urgência e emergência. por isso, o caminho são as UpAs 24h. Consegui a verba no governo federal para a UpA na região do Jardim pires e no distrito de potunduva. Vou tirar do papel e construir outra na região do Jardim padre Sani. Combinado com o trabalho preventivo dos postinhos vamos por a saúde no eixo. para os próximos quatro anos isso dá para fazer, fica mais em conta que partir para o pronto socorro municipal que, depois de estruturado o sistema, pode ser retomado.”

Assistência Social“dois pontos principais: desenvolvimento humano e parcerias. o primeiro pensando em criar condições para que as pessoas assistidas possam encontrar apoio para deixar a situação de necessidade. Sobre as parcerias, entendo que devemos investir numa espécie de ‘rede social’, envolvendo entidades e poder publico e, projetos articulados e bem planejados.”

carLoS ramoSIdade: 37 anosVice: Antenor ZagoPartido: ppL (54)Coligação: pSB/ppL Site: www.carlosramos54.com.br

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CONECTADO SAÚDE 13

Atendimento básico “não fechamos o Hospital São Judas, só redirecionamos. Colocamos lá o pronto Atendimento de Saúde e levamos para a Santa Casa o pronto Socorro. Agora vamos completar a descentralização das nossas Unidades Básicas de Saúde, que já começamos: contratamos médicos e estendemos o horário de atendimento até as 23h nos bairros pedro ometto, Itamaraty, padre Augusto Sani. no distrito de potunduva o atendimento passou a ser de 24 horas. Temos 12 UBS (Unidade Básica de Saúde) e 6 Unidades de Saúde da Família. Serão agora totalmente reformadas. Também vamos construir mais uma UBS em potunduva. outra vai ser construída no Jardim pires I. no Jardim Bernardi será construída uma unidade de pronto atendimento (UpA). Começaremos ainda este ano a informatização de todos os postos de saúde. pronto Socorro/pronto Atendimento“Temos um excelente pronto socorro na cidade, com atendimento de boa qualidade e profissionais qualificados e gabaritado. redimensionamos para a Santa Casa todo o atendimento de urgência e emergência, tanto pediátrico como adulto. Temos todas as especialidades dentro do hospital. Sem contar com as retaguardas que são todas as especialidades à disposição da população, como cardiologia, neurologia, patologia clínica, cirurgia plástica, cirurgias gástricas e torácicas, cirurgias infantis e atendimento cardiovascular. Assistência Social“Jaú é um centro de referência. Temos cinco unidades de CrAS (Centro de referência de Assistência Social). Quando começamos nosso governo tinha apenas um. Agora temos o Central, distrito de potunduva, pedro ometto, Cila Bauab e maria Luiza 4.“Temos também o CreAS (Centro de referência especializado de Assistência Social), que desenvolve projetos para tirar a população da marginalidade. Através da Secretaria de desenvolvimento Social oferecemos cursos preparatórios para quem não tinha nenhum conhecimento básico e acadêmico: manicure, pedicure, design em beleza, produção de bolsas, sapatos, artesanato, malharia, padaria artesanal e mulheres em construção.

dr. oSvaLdoIdade: 51 anosVice: Ana maria SachettoPartido: pV (43)Coligação: pV/pTB Site: www.osvaldo43.com.br

“nas novas escolas, junto com nossas creches, as mães são atendidas com assistência social. nosso plano é associar as escolas e o Centro de referência Social para integrá-los ainda mais. para que as mães participem mais com os filhos, aprendam juntos cultura, esporte, lazer; e cursos dentro das escolas, para que elas possam futuramente ter seu próprio sustento.

Page 14: Conectado Saúde 4

14 CONECTADO SAÚDE

Atendimento básico para começar, retomaremos o programa de extensão do Saúde da Família, que a atual administração perdeu, por pura incompetência. É no atendimento básico que resolvemos a grande parte dos problemas de saúde, pois são os procedimentos de baixa e pequena complexidade os ‘responsáveis’ pela maioria dos atendimentos realizados e, que ‘entopem’ atualmente, o pronto Socorro da Santa Casa. Além disso, construiremos uma UBS no Cila Bauab e reformaremos e reequiparemos todos os pASs da cidade. Também iremos informatizar todo o sistema de saúde de Jaú, pois só desse modo conseguiremos controlar de forma adequada e precisa o bom andamento da saúde na cidade. Com a informatização as pessoas não terão mais problemas em receber o seu remédio nos postinhos. não haverá mais falta de

raFaeL agoStInIIdade: 32 anosVice: Sigefredo GrisoPartido: pT (13)Coligação: prB / pp / pdT / pT / pmdB / pSL / pSC / pr / pHS / prp / pSd / pC do BSite: www.facebook.com/home.php#!/rafael.agostini.75

medicamentos nos pASs.A informatização também propiciará a criação do prontuário Integrado. Isso quer dizer que qualquer paciente ao chegar à uma das Unidades Básicas de Saúde ou mesmo num dos pronto socorros ou nas UpAs, o médico que vier a atendê-lo já terá em mãos o seu histórico médico. Com isso os atendimentos serão muito mais eficientes e o diagnóstico mais preciso. no meu governo não só haverá médicos em todo o horário de funcionamento dos pASs como também iremos ampliar as especialidades médicas presentes em cada um dos postinhos de Jaú.

Pronto Socorro/Pronto Atendimentoo fechamento do pronto Socorro municipal do São Judas foi um grave erro de gestão. portanto, nós reabriremos o pronto Socorro do São Judas, iniciaremos a construção de uma UpA, padrão 2, no residencial Bernardi, cujos recursos já foram disponibilizados pelo ministério da Saúde e na sequência construiremos uma nova UpA, padrão 1, na região sul da cidade. Além disso, criaremos uma Base descentralizada do SAmU em potunduva, onde também reformaremos os dois pASs e os equiparemos com raio-x, eletrocardiograma e ultrassom, recursos essenciais para um diagnóstico mais assertivo.

Assistência SocialApesar de termos 5 unidades do CrAS, há muito que se fazer pela Assistência Social em Jaú. precisamos criar programas de treinamento para os funcionários visando sua readequação as novas propostas de gestão. É necessário haver uma comunicação fluída entre as Secretarias de Saúde, educação e Gestão Social, através de gestores de cada uma destas pastas que participariam do mesmo programa de atendimento às entidades (Intersetorialidade). este programa seria responsável em gerir equipes multidisciplinares no atendimento às famílias em situação de risco e vulnerabilidade social. estas equipes seriam compostas de: Assistentes Sociais, psicólogos, nutricionistas, pedagogos e Advogados (rede Ame).É necessário e urgente o aumento do repasse às entidades. É da maior importância uma ‘radiografia’ dessas entidades.

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CONECTADO SAÚDE 15

em recente encontro de profissio-nais e gestores da saúde, o secretário de Gestão Pública do estado de são Paulo, david Zaia, falou sobre ética na política. ele apontou problemas como custo elevado das campanhas políticas e admitiu que seria plausível criar um “código de ética para prefeitos”. em 7 de outubro o Brasil vai eleger mais de 5.500 prefeitos. será que todos estão preparados para o mandato?

“Para ser prefeito precisa estar pre-parado e precisa ter votos. quem vai dizer o que é bom é a população. tem os oportunistas por aí, mas tudo passa pela escolha da população. não po-demos impor regras e fazer restrições prévias, exigir tal qualificação, para de-

“Não é só votar e achar que está tudo resolvido”david zaia apoNta medidas adotadas para se fazer política com ética

finir quem pode ou não ser candidato. cabe o eleitor olhar. o bom é que tem eleição a cada quatro anos e pode tro-car se não der certo. Pena que às vezes quatro anos custam caro”, analisa Zaia.

segundo ele, hoje já se tem “um conjunto de normas que regula o que pode e o que não pode” fazer na po-lítica. integrante do governo Geraldo alckmin, ele citou que o governador criou em agosto o conselho de trans-parência da administração Pública.

Riqueza ilícita - esse conselho é responsável por propor diretrizes, metodologias, mecanismos e procedi-mentos que vão incentivar a transpa-rência nos órgãos do governo, preve-nindo o mau uso dos recursos públicos, garantindo a eficiência da gestão e a moralidade. “o governador baixou uma norma para agilizar o combate ao enriquecimento ilícito”, diz Zaia, sobre os meios para coibir eventuais riquezas

inexplicáveis de funcionários nomea-dos ou de servidores públicos do es-tado.

“Há um conjunto de medidas sendo tomadas para tornar o fazer política com ética cada vez mais amplo. cada vez mais isso é uma exigência da socie-dade. É uma questão da transparência. temos leis para isso. tudo isso reforça a democracia que o Brasil conquistou de forma plena em 1988 com a cons-tituição. Por outro lado, a população precisa acompanhar, participar e fisca-lizar. não é só votar e achar que está tudo resolvido”, ressalta o secretário de estado.

e finaliza: “a população ainda vê a eleição como oportunidade de ganhar algum benefício, como se isso resol-vesse sua situação. a situação vai ser resolvida se tiver uma gestão eficiente em quatro anos e que dê boas condi-ções para a população e não uma cesta básica ou um milheiro de tijolo”.

DAVID ZAIA, SECRETáRIO DE GOVERNO DE SP:

CESTA BáSICA E TIJOLO NÃO RESOLVEM A VIDA

DA POPULAÇÃO

Paulo César Grange

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16 CONECTADO SAÚDE

socialJantar de encerramento da 30ª Jornada Odontológica de Jaú

Danillo Montovanelli Júnior, presidente da APCD, o homenageado Paulo Rezende Ribeiro e ainda Samyr Atique e Priscila Delamano Criado

Secretária da APCD, Luciana Rodrigues Conesa levou a filha, Bruna Conesa, à solenidade; Renato José Berro fez questão de cumprimentar a família

Presentes no jantar de encerramento, o casal José Carlos Venturin e Ana Cristina Moretto Venturin fez companhia a Renato Avelino de Oliveira Júnior e Silvana de Oliveira

O dentista Renato José Berro discursa em homenagem a colega durante a Jornada

Vista geral da solenidade que finalizou a semana da odontologia em Jaú

Fotos: Paulo César Grange

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CONECTADO SAÚDE 17

José Henrique França Sartori (Avaré), Renato José Berro, Walter Luiz Chaguri (Botucatu), Priscila Delamano Criado, Renato Avelino de Oliveira, Danillo Montovanelli Júnior, Paulo Rezende Ribeiro Júnior , Abdala Atique, Valércio Bonachella (Bauru) e Marcos Nassif

Corpo de VoluntáriosPacientes do SUS atendidos pela Santa Casa de Jaú receberam enxovais e fraldas do Corpo de Voluntários do hospital. As voluntárias fabricam fraldas e entregaram 800 unidades aos pacientes. O provedor Alcides Bernardi Junior, o vice-provedor Laércio Peroni e o 1º secretário Antonio Luiz Cremasco visitaram o bazar das voluntárias.

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18 CONECTADO SAÚDE

odonToLoGIA

dentre a série de palestras da 30ª Jornada odontológica de Jaú, uma de-las mostrou que além de conhecimen-tos específicos sobre a especialidade em que atua, o dentista precisa conhe-cer técnicas de fotografia. o evento ocorreu de 29 a 31 de agosto em Jaú e contou com cinco palestrantes, es-tandes com as principais novidades da área e um jantar festivo.

quem falou ao cerca de 90 inscritos sobre equipamentos e técnicas de fo-tografia foi ivan Yoshio, professor de dentística na usP funorp e de mais 15 cursos de especialização. na jornada, ele abordou a fotografia odontológica e a escolha da cor na era digital.

autor do livro “a arte da fotografia digital na odontologia”, Yoshio mos-trou que não basta ser dentista, é pre-ciso também ser um pouco fotógrafo “para documentar os casos, para cer-tificar que deu certo e para fazer do-cumentação para um eventual caso de litígio”.

de acordo com Yoshio, com foto-grafias do paciente” antes e depois” do tratamento o dentista pode divulgar o trabalho para colegas, como também mostrar como é que se faz determina-dos procedimentos. ele destaca que a

Abra a boca,você está sendo fotografadodeNtista também precisa coNhecer técNicas de fotografia, revela jorNada realizada pela apcd-jaú

ortodontia é a especialidade na qual a fotografia é mais utilizada, seguida por dentística, prótese e implantes.

Direito de imagem – na pales-tra realizada nas dependências da as-sociação Paulista dos cirurgiões den-tistas – regional de Jaú (aPcd), ivan Yoshio detalhou os diferentes tipos de fotografias que se obtém com diferen-tes equipamentos, distâncias do foco e com diferentes regulagens de lumino-sidade e cores do ambiente.

ressaltou que o dentista precisa ter

IVAN YOSHIO RECEBE CERTIFICADO DE PARTICIPAÇÃO DE JOSÉ FRANCO DA ROCHA, DA DIRETORIA DA APCD

VISTA DOS ESTANDES DE EMPRESAS PARCEIRAS DA

APCD: NOVIDADES PARA OS DENTISTAS

Paulo César Grange

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CONECTADO SAÚDE 19

Encontro e homenagens 30 anos depois

ao celebrar a 30ª Jornada odontoló-gica, a aPcd-Jaú promoveu um jantar de confraternização para profissionais da área. Presidente da entidade, da-nillo montavanelli Júnior, realizou algu-mas homenagens, entre elas para Pau-lo rezende ribeiro, um dos precursores da entidade jauense. ribeiro teve seu nome agregado ao da jornada.

na mesma noite foram condecora-dos ainda renato avelino de oliveira Júnior (presidente da Jornada) e Pris-cila delamano criado (coordenadora da 25ª semana de Prevenção, realizada paralelamente à Jornada).

“uma homenagem é sempre mo-mento de emoção, de satisfação, me senti bastante lisonjeado. a aPcd é uma entidade que respeito muito. sou até suspeito em falar porque tenho ‘sangue apecedense’ nas veias”, disse ribeiro, que recebeu uma placa come-morativa pela data.

ele lembrou que a aPcd é uma das

poucas entidades de classe que home-nageia a própria classe. Paulo ribeiro falou que por meio de toda a profissão se almeja bens materiais, mas o “gás” para prosseguir na jornada vem do con-graçamento e da troca de opiniões em encontros como o realizado no dia 31 de agosto num salão social de Jaú. “a entidade de classe é muito importante para a formação científica e profissional como para a formação do ser humano.”

Biografia – o dentista renato José Berro fez um retrospecto da vida de Paulo rezende ribeiro numa “biogra-fia” informal. contou da ajuda que teve do colega para se estabelecer em Jaú, 22 anos atrás; contou histórias de pes-caria entre amigos; dos encontros se-manais em torno de uma boa comida; da dedicação de ribeiro com dirigen-te da aPcd, tanto como diretor social, como presidente e como “mestre de obra” da construção da sede da asso-ciação. ainda hoje o homenageado da noite trabalha em benefício da classe, acompanhando passo a passo a cons-trução de um resort para dentistas na cidade de avaré. “o Paulinho sempre foi companheiro, não só meu, mas de todos que estão aqui”, finalizou Berro.

PRESIDENTE DA APCD, DANILLO MONTOVANELLI, ENTREGA PLACA COMEMORATIVA A PAULO REZENDE RIBEIRO, qUE DEU NOME à 30ª JORNADA

Paulo César Grange

preocupação com o “direito de ima-gem” quando fotografa um paciente. todo cuidado é pouco. “Precisa ter autorização da pessoa que você fez a foto, mesmo que seja só da boca, mes-mo que o rosto não apareça é impor-tante que o paciente autorize você a usar a foto”.

o uso da foto pode ser tanto comer-cial, como documental. neste último caso o direito de imagem não é tão preocupante porque o dentista não a divulga para ninguém, apenas a tem como arquivo de casos. em termos de direito autoral a foto pertence a quem fotografou.

Equipamentos - como buscar orientação? ivan Yoshio responde. “muitas pessoas compram equipa-mento e acham que é fácil fotografar. ninguém pega um pincel e vai pintar - precisa fazer um curso para aprender as técnicas da pintura. Para fotografia é a mesma coisa: tem de fazer um cur-so para aprender a utilizar a câmera na odontologia”. o livro dele é um bom começo para o dentista virar fotógrafo.

Paulo César Grange

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20 CONECTADO SAÚDE

THereZA perLATTI

a quarta-feira é o dia em que a so-lidariedade prevalece na associação Hospitalar thereza Perlatti, em Jaú. É neste dia que o bazar fica aberto à co-munidade e quando voluntárias levam bolos para os pacientes para o lanche especial semanal. tudo funciona mui-to bem, mas o hospital precisa ampliar seu quadro de voluntários.

a superintendente técnica do hos-pital, susana ragazzi candido, lembra que o primeiro grupo de ajuda ao pró-ximo se formou há 19 anos na entida-de. diz ela que os voluntários surgiram para complementar o trabalho da dire-toria eleita na época e que permanece

Em busca de voluntárioshospital thereza perlatti espera colaboração da ‘turma do bem’ em prol dos pacieNtes com doeNças meNtais

na administração até hoje.“todos podem participar. Para se

cadastrar é necessário comparecer ao departamento do serviço social”, ex-plica susana, ao mesmo em que pede mais voluntários para os setores de costura e para o bazar. “Gente do bem” que queira aderir deve procurar as as-sistentes débora ribeiro e carla miran-da (14 – 3601-8282).

o Hospital thereza Perlatti possui dois grupos de voluntárias. “um grupo é composto por sete pessoas que cuidam do bazar de roupas e costuram novos enxovais, como lençóis, toalhas e luvas de banho”, explica susana. “o outro gru-

A temática do voluntariado foi abordada na edição anterior da Conectado Saúde, quando os grupos da Santa Casa de Jaú e do Hospital Amaral Carvalho foram os personagens principais da reportagem. A revista não poderia se furtar a atender ao apelo da única instituição especializada no atendimento de doenças mentais numa região que engloba cerca de 40 cidades. Saiba mais sobre a entidade em www.therezaperlatti.com.br

po é composto por 60 voluntárias, que confeccionam os bolos, mais algumas que vão ao hospital para servir esses bolos aos pacientes”, completa.

“a gente tem um quadro muito pe-queno”, destaca a superintendente téc-nica. mesmo assim, ela garante que o trabalho é valioso. o grupo de costura, por exemplo, com três costureiras, che-ga a produzir (cortar e costurar) de 20 a 30 lençóis por quarta-feira, quando se dedicam à causa do hospital.

a costureira voluntária odete marsola costa colabora há nove anos. ela desta-ca que ser voluntário é doar uma parte do seu tempo, mesmo abrindo mão de afazeres pessoais. o tempo que se doa, segundo ela, se ganha de volta. ela con-vida outras pessoas a doarem ao menos duas horas do seu dia para os pacientes do hospital. todos vão ser recompensa-dos: pacientes e voluntário.

a sala do voluntariado foi inaugu-

ANA MARIA FERRAGINI ALVES, ISAURA DEARO, MARIA COMUNIAN FERRAZ E JULIETA BERGAMINE

Paulo César Grange

Paulo César Grange

CARLA MIRANDA, ASSISTENTE SOCIAL, E SUZANA CANDIDO, SUPERINTENDENTE TÉCNICA DO HOSPITAL THEREZA PERLATTI, DE JAÚ: NECESSIDADE DE AJUDA

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CONECTADO SAÚDE 21

rada em 2007 e está instalada ao lado do hospital, em direção ao estádio de futebol. Julieta Bergamine, de 83 anos, diz que há 20 anos é voluntária no hos-pital. as peças são vendidas por valores de r$ 1 a r$ 3.

Doações – no bazar do Perlatti vendem-se roupas recebidas em doa-ção e que não servem para pacientes. suzana candido conta que a entidade recebeu muitas doações de roupas de inverno, como blusas e moletons. ago-ra, a necessidade é de roupas para o verão, como bermudas e camisetas.

com a receita obtida no bazar, os voluntários ajudam na compra de te-cido para confeccionar roupa de cama do hospital e também para adquirir roupas diversas para os pacientes. Por-tanto, além de voluntários, o hospital precisa de “fregueses” em seu bazar, sempre repleto de novidades. MáqUINAS DE COSTURA ESTÃO à ESPERA DE VOLUNTáRIAS, COMO AS DONA ODETE E SANTINA

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22 CONECTADO SAÚDE

deBATeS

Por enquanto são meras sugestões em fase em formatação, mas se vierem a se concretizar poderão contribuir positivamente para aliviar a crise que atinge hospitais beneficentes. o 22º congresso nacional das santas casas e Hospitais filantrópicos, realizado em setembro, elencou algumas iniciativas para combater o subfinanciamento das ações de saúde pública.

a edição anterior da conectado saú-de trouxe reportagem que aponta dívi-da de quase r$ 12 bilhões, apontado em relatório do grupo especial da co-missão de seguridade social e família da câmara dos deputados (cssf). o jauense José Luiz spigolon, superin-tendente da confederação das santas casas de misericórdia, Hospitais e en-tidades filantrópicas (www.cmb.org.br), esteve no congresso nacional e faz uma análise das discussões.

foram cerca de 550 congressistas presentes. “apesar dos excelentes te-mas em discussão, predominou a pre-ocupação com a crise de sustentabili-dade que se instalou no segmento em decorrência do subfinanciamento das ações de saúde pública, especialmen-te dos procedimentos ambulatoriais e hospitalares de média complexidade, predominantes nos atendimentos às comunidades”, diz spigolon.

Iniciativas em prol de

filantrópicosações sugeridas No coNgresso das saNtas casas podem resultar em impactos positivos coNtra a crise

nos debates estiveram representan-tes e técnicos do ministério da saúde, que anunciaram algumas ações que estão em formatação e que podem ser trazer um alívio para os caixas das san-tas casas e filantrópicos.

segundo spigolon, uma das inicia-tivas propostas é criar uma política de utilização de leitos das instituições de menor porte e complexidade como re-taguarda para os hospitais de urgência/emergência, que estariam sobrecarre-gados e com pacientes em corredores.

ele cita ainda o estimulo financeiro para a abertura de novas vagas para residência médica em hospitais de ensino, revisão do processo de contra-tualização dos hospitais filantrópicos e dos valores de incentivo atualmen-te praticados e a revisão da portaria que regula a certificação das entida-des como filantrópicas. “são iniciati-vas muito bem vindas, mas com baixo impacto na eliminação do subfinancia-mento que tem levado à crise”, finaliza o superintendente da cmB.

CONGRESSO DAS SANTAS CASAS E HOSPITAIS

FILANTRóPICOS DISCUTIR A CRISE NO SETOR: SOLUÇõES

ESTÃO NO PAPEL AINDA

LInha de crédIto

A Caixa econômica Federal anunciou uma nova linha de crédito (BndeS Saúde) para reestruturação das Santas Casas e hospitais filantrópicos – está em vigor desde 1º outubro. A negociação para a linha de crédito teve participação da CmB e da Frente parlamentar apoio às Santas Casas, Hospitais e entidades Filantrópicas. representante da CmB, mirocles Veras, diz que essa linha de crédito dará condição aos hospitais renegociarem suas dívidas, conquistarem a Certidão negativa de débito e assim pleitear investimentos. A Caixa estuda ainda a reestruturação na linha de crédito do Caixa Hospitais, visando alongar prazo de pagamento e diminuição dos juros.

Rafael Lima

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CONECTADO SAÚDE 23

Protesto com corda no pescoço

o relatório elaborado por deputa-dos e que mostra que santas casas estão em situação “terminal” por causa da crise ainda não teve um desfecho no ministério da saúde. ao menos até o fechamento desta edição, ocorrido no fim de setembro. o documento foi en-tregue ao ministro da saúde, alexandre Padilha, mas estaria “empacado” após mais de um mês, mesmo com a piora no setor e divulgação pela imprensa do fechamento de milhares de leitos.

superintendente da cmB, José Luiz spigolon diz que “há dúvidas quanto à postura desse ministério: se recebeu o documento como uma ‘peça mera-mente política’ (de pressão política) ou

se a considerou importante, a ponto de merecer uma análise e reflexão técnica, com possíveis propostas de soluções, mesmo que parciais neste momento”.

a frente Parlamentar da saúde po-derá adotar algumas sugestões de protestos apresentadas no congresso nacional e pelo deputado darcísio Pe-rondi, que preside a frente. cogita-se até tomar os corredores da câmara e do senado pelos dirigentes das instituições com cordas nos pescoços, simulando

uma forca, e fazer, simultaneamente, uma exposição de material hospitalar sucateado nos mesmos corredores

“essas ações visam chamar a aten-ção de forma mais contundente para o problema e aumentar a mobilização política”, diz spigolon. ele também es-pera pela marcação de audiências com ministros federais, ministério Público federal e oaB para apresentar as rei-vindicações que o segmento precisa para sair da crise.

Rafa

el Lim

aMINISTRO ALExANDRE PADILHA RECEBE RELATóRIO DOS DEPUTADOS E DE DIRIGENTES DE HOSPITAIS

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24 CONECTADO SAÚDE

CONECTADO NOTÍCIAS

noIte aLemã beneFIcente a r$ 60

Será no dia 20 de outubro, às 20h, na sede de

campo do Jahu Clube de Jaú um dos eventos

mais aguardados por quem faz solidariedade. O

grupo Voluntariado Eventos, da Santa Casa de

Jaú, vai promover a 11ª Noite Alemã. Comida

típica, chopp, bebidas e caneca, inclusos no

convite individual, ao preço de R$ 60. A renda

será destinada à Santa Casa de Jaú. Reserve seu

convite pelo fone (14) 3602-3270.

utI neonataL recebe FototerapIaO setor UTI Neonatal da Santa Casa de Jaú recebeu a doação de

um equipamento de Fototerapia. Esse aparelho é utilizado numa

série de tratamentos à base de processos fotoquímicos que não

queimam ou provocam danos à superfície da pele e estimula ou

mesmo inibe determinadas atividades das células favorecendo o seu

rejuvenescimento. O serviço de Teledoações agradece a colaboração

da LWART Lubrificantes, de Lençóis Paulista. Na foto, Eliana Cecília

Magalhães, Ana Claudia Capelozza Carneiro Lyra, Dr. Luis Gonzaga

Gerlin e Celi de Oliveira Reis

Saúde da geStante em paLeStra abertaO Ambulatório de Gestação de Alto Risco – Gestar da Santa Casa de Jaú realizou

palestras sobre Trabalho de Parto. A enfermeira responsável pelo encontro foi

Claudete Ferreira, que recebeu gestantes e acompanhantes para as palestras com

especialistas.

LeILão do jIpe:veja ganhadoreS

Milhares de pessoas colaboraram

com a compra do cupom para

concorrer a um jipe na etapa de

Arealva do Circuito de Leilões da

Federação Brasileira de Entidades

de Combate ao Câncer (Febec), em

prol do Hospital Amaral Carvalho

(HAC). Foram 4 mil pessoas presentes

no almoço, leilão de gado, sorteio

de prêmios, bazar da solidariedade

e shows. Duzentos animais foram

leiloados. A equipe Jipeiros Centro-

Oeste Paulista marcou presença

com 130 jipes de Bauru, Jaú, Bariri,

Pederneiras, Macatuba, Lençóis

Paulista, Itápolis, Ibitinga e São José

do Rio Preto. No show de prêmios,

o jipe de R$30 mil, modelo 1958, foi

para o bauruense Sérgio Lamônica.

A botucatuense Juliana de Souza

ganhou a moto 125cc.

Divulgação

Divulgação

Divulgação

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CONECTADO SAÚDE 25

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26 CONECTADO SAÚDE

TeCnoLoGIA

uma das tecnologias mais avança-das no mundo para realização de ci-rurgias vai estar disponível no interior de são Paulo a partir de novembro. o Hospital de câncer de Barretos re-ceberá um robô de alta precisão para realização de cirurgias de tumores urológicos, ginecológicos, de cabeça e pescoço e nos sistemas digestivos alto e baixo.

o equipamento foi comprado nos estados unidos com recursos de uma doação de r$ 5 milhões feita pela cutrale, uma das gigantes da citricul-tura no Brasil.

atualmente, robôs desse tipo são usados em três instituições particulares na capital paulista, nos hospitais albert einstein, sírio-Libanês e oswaldo cruz. o Hospital de câncer de Barretos será

Robô contra o câncer em Barretos tecNologia vem dos

eua graças à doação de r$ 5 milhões da cutrale

o primeiro do interior paulista com a tecnologia.

Henrique Prata, administrador do hospital, informa que a meta é chegar a 600 procedimentos por ano. “Podemos nos tornar referência na américa Latina nesse tipo de cirurgia porque o volume de casos atendidos em Barretos é muito grande.” ele destaca que o paciente em Barretos terá o mesmo tratamento que teria nos eua ou nas grandes capitais.

carlos otero de oliveira, um dos diretores da cutrale, justificou a ini-ciativa da empresa “por acreditar na seriedade do hospital em levar aten-dimento a pessoas que jamais teriam esse tipo de oportunidade”. a manu-tenção da máquina, estimada em us$ 300 mil anuais, será bancada durante cinco anos por eunice diniz, colabo-

radora da instituição.

Artistas - além de oferecer aten-dimento gratuito, o Hospital do câncer de Barretos mantém boa parte de sua estrutura graças às doações de artistas e do setor privado. a festa do Peão de Barretos também reverte parte de sua renda à instituição de saúde.

notícia publicada recentemente pela “folha de s.Paulo” informava que o icesp (instituto do câncer do estado de são Paulo octavio frias de oliveira) deverá ter o mesmo robô até o fim do ano, mas com recursos de r$ 8 milhões do governo federal.

DIRETORES DO HCB E DA CUTRALE: ANTONIO TALVANE, CIRURGIÃO ONCOLóGICO;

JUVENAL CARDOSO DA SILVA, GERENTE DE CONTABILIDADE DA CUTRALE; HENRIqUE

PRATA, DIRETOR-GERAL DO HOSPITAL; CARLOS OTERO DE OLIVEIRA, DIRETOR DA CUTRALE; E

RAUL STRATTNER, DIRETOR DA STRATTNER

Divulgação

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CONECTADO SAÚDE 27

próTeSeS

o Hospital centrinho, de Bauru, pre-vê realizar o implante de 50 próteses auditivas de orelha média até o fim de 2012. Parte dos dispositivos será implantada em pacientes com orelha média normal e parte em pessoas com orelha malformada. este último caso se destaca pelo pioneirismo, tendo em vista que precede cirurgia duplamente inédita realizada neste ano.

a iniciativa de restaurar a audição a pacientes com mais de 18 anos de ida-de do centrinho é viabilizada por meio de uma parceria com o ministério da saúde. segundo a assessoria da enti-dade, após avaliação e publicação dos resultados, a ideia é que o procedimen-to seja inserido efetivamente nas políti-cas públicas na área de saúde auditiva.

no primeiro semestre, a equipe do hospital de ensino centrinho-usP, rea-lizou uma cirurgia duplamente inédita no país: pela primeira vez um paciente com orelha malformada recebeu uma prótese auditiva cirurgicamente im-plantável de orelha média, e nos dois ouvidos.

“no Brasil, esse dispositivo foi regu-lamentado pela anvisa (agência na-cional de vigilância sanitária) em maio

Prótese em orelha malformada cirurgia iNovadora vai se

repetir No ceNtriNho até fim do aNo; hospital tem tradição em restaurar audição de pacieNtes

de 2010, porém raras cirurgias foram realizadas e todas em pacientes com orelha média normal”, explica o médico otorrinolaringologista rubens vuono de Brito neto, responsável pela cirurgia realizada no centrinho-usP e coorde-nador da Prática Profissionalizante em implante coclear e Próteses auditivas implantáveis da instituição. na europa e estados unidos, a prótese é implanta-da desde o final da década de 90.

aparelhos - “esse dispositivo é indi-cado para pessoas com perda auditiva que não se beneficiam do uso de apa-relhos de amplificação sonora individu-al ou não podem usá-lo por questões médicas”, afirma Brito neto. a prótese pode ser utilizada por pessoas com de-ficiência auditiva moderada e severa.

de acordo com Brito neto, embo-ra a eficiência dos aparelhos auditivos convencionais seja reconhecida, uma parcela significativa dos pacientes não os utilizam, seja pelo aspecto estético, pela dificuldade do uso em situações comuns do dia a dia (como durante exercícios físicos, durante o sono ou em atividades aquáticas) ou ainda pela perda de qualidade do som principal-mente em ambientes muito ruidosos.

o dISpoSItIvo

Fabricada por uma empresa austríaca, a prótese auditiva Vibrant Soundbridge é composta por dois componentes: um interno, implantável, e uma unidade externa. o dispositivo promove vibrações diretamente nas estruturas do ouvido médio. As vibrações imitam as mesmas atividades produzidas pelas ondas sonoras se deslocando pelo canal auditivo. esta “transmissão direta” permite excelente qualidade de som sem bloquear o canal auditivo.

RUBENS VUONO DE BRITO NETO, OTORRINOLARINGOLOGISTA RESPONSáVEL PELA CIRURGIA INÉDITA REALIZADA NO CENTRINHO-USP

Arquivo SerCom/Centrinho-USP

IMAGEM ILUSTRATIVA DE PARTE DO COMPONENTE INTERNO IMPLANTADO CIRURGICAMENTE NO OUVIDO MÉDIO. EM DETALHE, O FIO CONDUTOR E O FLOATING MASS TRANSDUCER (FMT). à DIREITA, O OUVIDO INTERNO OU CóCLEA

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w.medel.com

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Page 28: Conectado Saúde 4

28 CONECTADO SAÚDE

SoLIdArIedAde

ele trabalha em emissora de rádio desde 1956. É uma enciclopédia radio-fônica. conhece tudo de música e de futebol, especialmente do Xv de Jaú. Já foi repórter esportivo e locutor. Hoje, é programador musical. diante disso, um ouvido aguçado é ferramenta de traba-lho essencial. mas, nos últimos tempos, sérgio de souza Gomes sofria com a perda auditiva. sofria. agora, ele diz que escuta até de mais.

serginho Gomes, 65 anos, foi ho-menageado recentemente pela rádio Jauense pelos serviços prestados ao longo de décadas. recebeu uma placa comemorativa e, o mais importante, um aparelho auditivo. a clínica direito de ouvir, de Jaú, esteve junto no projeto de restabelecer a audição do radialista.

“o par de t-500 que recebi resolveu um problemão que eu tinha já há al-gum tempo. a ingestão continua de antibióticos à base de estreptomicina causou endurecimento do cóclio e, por extensão, reduziu a minha capacidade de audição agora que já passei dos 60 anos. depois que coloquei os apa-relhos a melhora foi de 100%”, conta serginho.

ele até brinca com a situação. “estou ouvindo até o que não quero.” oriun-do da imprensa, serginho foi homena-

tecNologia auditiva a serviço de sergiNho gomes

Música para os ouvidos

geado diante de colegas no dia 11 de agosto, num coquetel diante de ami-gos e familiares.

fonoaudióloga da rede de clínicas em Jaú, Gleice roseli Bueno tito, lem-bra que “a perda auditiva do serginho o estava prejudicando profissionalmente. ele é portador de perda auditiva bilate-ral e, consequentemente, tem uma bai-xa capacidade de compreensão”.

Gleice explica que a rede de clínica a qual representa em Jaú chega a ofe-recer aparelhos auditivos com até 70% de desconto.

“o objetivo é adaptação do melhor

o cidadão que não tem condições de comprar um aparelho, mesmo com desconto oferecido pela direito de ouvir, pode pleiteá-lo do SUS (Serviço único de Saúde) se for portador de deficiência e o médico otorrino diagnosticar essa necessidade e emitir o exame de audiometria. o Brasil criou em 2004 a política nacional de Atenção à Saúde Auditiva, que disponibiliza aparelhos auditivos às pessoas de baixa renda. o site www.saudeauditiva.org.br esclarece algumas questões envolvendo esse programa. o serviço só está disponível em hospitais credenciados.

aparelho, com mais tecnologia pelo menor preço. o direito de ouvir come-çou como projeto social, exatamente pelo fato de aparelhos auditivos serem comercializados com um alto custo, prejudicando a aquisição dos mesmos por pacientes com menos condição financeira”, explica a fonoaudióloga, uma das 250 credenciadas no Brasil.

SERGINHO GOMES (COM PLACA) E COLEGAS DE PROFISSÃO, AMIGOS E FAMILIARES

SERGINHO GOMES COM GLEICE TITO, DA ONG DIREITO DE OUVIR: PARCERIA COM EMISSORA DE RáDIO

Divulgação

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o brasil teve um crescimento econômico significativo nos últimos anos, tanto que já é a sexta economia mundial. No entanto, em rela-ção à saúde deixa muito a desejar. Nesta área, as ações do governo ainda se equiparam à re-alidade africana, onde a estrutura é precária e a destinação de recursos é menor do que a média de muitos países.

e apesar de não faltarem médicos, como mostram dados da organização mundial da saúde (oms), a proporção de leitos é inferior à média mundial. a população brasileira - as-sim com as de mais 29 países - gasta de seu próprio bolso mais de 50% de sua renda com saúde.

e os problemas não param por aí. assim como os pacientes, os profissionais da saúde sofrem com a precariedade do setor, tanto em relação a questões salariais quanto em relação ao direito de atuar em condições dignas de trabalho; fator que prejudica o atendimento à população e, consequentemente, o sistema como um todo.

mesmo que nas últimas décadas as auto-ridades brasileiras tenham adotado mecanis-mos para aumentar o orçamento para o se-tor, como, por exemplo, a aplicação da extinta contribuição provisória sobre movimentações financeiras (cpmf), conhecida como ‘impos-to do cheque’ e agora com a aprovação da emenda constitucional 29, vemos que nada disso aconteceu.

a emenda 29, por exemplo, determina per-centuais mínimos a serem investidos em saúde, cabendo aos municípios 15%, aos estados 12% e à união o valor do orçamento do ano ante-rior mais a variação do produto interno bruto nominal, o pib. são recursos que deveriam ser destinados à saúde, mas está comprovado que isto não tem sido feito.

falta uma política séria de gestão e é por isso que a diferença entre o que se gasta com a saúde no brasil e o que se gasta nos países ricos ainda é grande.

A saúde brasileira está aquém do esperado

edison Laércio de oliveira

segundo a oms, em 2000 o governo brasi-leiro destinava 4,1% de seu orçamento para o setor. dez anos depois, a taxa subiu para 5,9%. a média mundial é de 14,3% - e a taxa brasi-leira chega a ser inferior à média africana. do total que se gasta no país com a saúde, 56% vêm do bolso dos cidadãos e não do estado. apenas 30 de 193 países vivem esta situação e, nestes locais, apenas um terço dos custos com a saúde são arcados pelos cidadãos.

Nos países europeus, por exemplo, os gas-tos médios dos governos com cada cidadão chegam a ser dez vezes superior aos do brasil. em alguns casos, como luxemburgo, gasta-se mais de us$ 6,9 mil por cidadão, quase 25 ve-zes o valor do brasil.

e sem falar na falta de investimento no se-tor. outro dado que é bastante preocupante é que o país conta, em média, com 26 leitos para cada 10 mil pessoas. a média mundial é de 30 leitos para cada 10 mil habitantes; na europa, a disponibilidade é três vezes superior à do brasil. acrescente-se a este quadro mais uma dose de falta de cuidado com os pacientes brasileiros no que tange a oferta de medica-mentos e insumos hospitalares necessários ao tratamento. para completar o quadro, o núme-ro reduzido de profissionais é outro agravante que compromete ainda mais o atendimento.

a falta de infraestrutura, de insumos básicos e de pessoal em quantidade suficiente para o atendimento é gritante e resulta em filas, pa-cientes sem atendimento e até em morte. No brasil ainda é a categoria da saúde que não deixa a situação ficar pior. são médicos, enfer-meiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, funcionários da administração dos estabeleci-mentos de saúde, além é claro dos trabalhado-res do setor de higiene, copa e cozinha, ma-nutenção que driblam o cansaço de jornadas duplas de trabalho e a precariedade do siste-ma para dar um atendimento minimamente digno à população.

a situação da saúde é realmente preocu-

Edison Laércio de Oliveira é presidente da federa-ção dos trabalhadores da saúde do estado de são Paulo

pante e é nossa tarefa, como repre-sentante de uma categoria, lutar para que este quadro melhore. é isto o que queremos como cidadãos e também como lideranças de um sindicato que defende os profissionais da saúde.

Numa ação que acontece no es-tado de são paulo foi lançada uma campanha que visa à conscientização da população saudável para a neces-sidade de exigir das autoridades in-vestimentos sérios no setor de saúde e, principalmente nos trabalhadores que atuam nesta área tão essencial para a qualidade de vida no país.

a campanha denominada mobili-zação estadual pela valorização dos profissionais da saúde comprova que se não houver qualidade de vida e a valorização daqueles que atuam na área, não haverá melhora no aten-dimento para a população que tan-to gasta para manter sua saúde, seja pagando impostos ou um plano de saúde. e o quadro somente caminha-rá para a solução definitiva quando houver o devido envolvimento dos interessados.

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