conceito nacional de empresa junior

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  • 7/21/2019 Conceito Nacional de Empresa Junior

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    CONCEITO NACIONAL DE EMPRESA JNIOR

    Captulo I Da definio

    Artigo 1 - O Conceito Empresa Jnior a definio utilizada para determinar asorganizaes que se caracterizam ou no como Empresa Jnior.

    Captulo II Dos Aspectos Jurdicos e Tributrios

    Artigo 2 - Uma Empresa Jnior dever estar registrada perante a Receita Federal ergos governamentais como uma pessoa jurdica, de direito privado, associao civilsem finalidades econmicas e com fins educacionais. Desta forma, toda a legislao etributao federal, estadual e municipal inerente a esta classificao decairo sobre aEmpresa Jnior.

    Comentrio: Isso visa adequar a Empresa Jnior ao Novo Cdigo Civil e a legislaovigente, alm de proporcionar s EJs os benefcios fiscais que tal classificaoproporciona.

    Artigo 3 - No considerada como Empresa Jnior aquela empresa que no tem seuestatuto registrado em cartrio.Comentrio: O Estatuto pea fundamental para a estruturao da Empresa Jnior edeve ser o mais genrico e abrangente possvel, para que possa ser adaptado realidade de cada EJ. Ele abrange sua atividade e finalidade, direitos e deveres dosmembros, tempo de durao, eleies, organograma, entre outros.Desde a aprovao do Conceito, a Brasil Jnior tem feito esforos com o fim de se criardentro da classificao de Associao Civil Sem Fins Lucrativos a atividade econmicaEmpresa Jnior. A partir da todas as Empresas Juniores tero um prazo paraadequarem-se, registrando seu Estatuto com Empresa Jnior como sua atividadeeconmica, termo que ser juridicamente vlido. Assim, as Empresas Juniores teronovos cdigos de CNPJ adequados a esta atividade.

    Artigo 4 - No considerada como Empresa Jnior aquela empresa que no tem seuCNPJ prprio.Comentrio: O CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoas Jurdicas) prprio possibilitaliberdade e independncia Empresa Jnior e aos seus integrantes para gerirem seusprprios atos sem interferncias externas. Somente com o CNPJ prprio possvel aabertura de conta bancria em nome da EJ e do(s) seu(s) representante(s) legal(is).

    Artigo 5 - Para o devido funcionamento da Empresa Jnior, a mesma deve possuirNota Fiscal Prpria.Comentrio: Trata-se de uma exigncia legal para quem possui inscrio estadual. possvel conseguir iseno da inscrio, o que liberaria a EJ de emitir nota fiscal. Noentanto, para efeito comercial, um cliente confia muito mais numa nota fiscal emitida doque num bloco simples de recibo comprado em papelaria. Dessa forma, recomendvelmanter a inscrio estadual e conseqentemente a nota fiscal, pois estas constituemuma segurana a mais para a relao entre o cliente e a Empresa Jnior.

    Artigo 6 - Para o devido funcionamento da Empresa Jnior, suas instalaes devemestar amparadas por um Alvar da Prefeitura.Comentrio: O Alvar atende a uma exigncia legal e evita problemas com o local defuncionamento da Empresa Jnior. No caso das Instituies de Ensino que no conferema todos os seus prdios um alvar, ser necessrio que a Empresa Jnior busque a

    autorizao na Prefeitura de sua cidade.

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    Captulo III Dos Aspectos ticos

    Artigo 7 - A Empresa Jnior deve ter como finalidades:

    A. promover o desenvolvimento tcnico e acadmico de seus associadosB.

    promover o desenvolvimento econmico e social da comunidade, atravs desuas atividades

    C. fomentar o esprito empreendedor de seus associadosD. promover o contato dos alunos com o mercado de trabalhoE. promover o desenvolvimento pessoal e profissional de seus associados

    Comentrio Alm destas finalidades, a Empresa Jnior poder adaptar ou incluir outrasde acordo com sua realidade, deste que no infrinja as Leis, o Cdigo de tica do MEJou o Conceito Nacional de Empresa Jnior.

    Artigo 8 - A Empresa Jnior no pode ter como finalidades:

    A. captar recursos financeiros para a Instituio de Ensino atravs da realizaodos seus projetos ou outras atividades

    B. captar recursos financeiros para seus integrantes atravs dos projetos ou outrasatividades

    C. elevar o conceito do Curso e Instituio de Ensino diante do MEC e da sociedadeD. realizar aplicaes financeiras com fins de acumulao de capital

    Comentrio: No deve ser finalidade de uma Empresa Jnior a elevao do Conceito daInstituio de Ensino perante o MEC. Isso visa evitar que Faculdades montem Ejs sema participao dos alunos e apenas com a finalidade de promover seus cursos, alm depreservar o ideal de empreendedorismo estudantil de onde surgiu a idia de EmpresaJnior.Com relao captao de recursos, uma Empresa Jnior no pode ser criada paragerar receita para sua Instituio de Ensino, muito menos para distribuir lucros dentreseus membros. Isso desvirtuaria as EJs de suas finalidades primordiais, descritas noartigo 7 o. No entanto, os membros que atuam em projetos nas Ejs podem serremunerados e todos seus integrantes podem ser reembolsados de seus gastos queocorrem em funo do trabalho dentro da Empresa Jnior.A aplicao de recursos com fins de acumulao de capital no uma prtica condizentecom entidades sem finalidades econmicas, como as Empresas Juniores. Alm disso,esta prtica no atende a premissa bsica de reinvestir os recursos das Ejs em suaprpria estrutura ou na capacitao, treinamento e desenvolvimento de seusintegrantes. A medida tambm evita a aplicao dos recursos das Ejs em investimentosde risco (como mercado de capitais), que poderia levar a perda de parte do valoraplicado.

    Artigo 9 - A Empresa Jnior e suas entidades representativas no se envolvero comqualquer forma de ideologia e pensamento de partidos polticos.Comentrio: O MEJ Movimento Empresa Jnior um Movimento da Juventudepoltico-apartidrio. O MEJ no se envolve com nenhuma forma de ideologia epensamento de partidos polticos. No misso do MEJ representar qualquer tipo deposicionamento poltico-partidrio, mas sim desenvolver os alunos para torn-loscidados mais conscientes dos seus direitos e deveres, deixando-lhes o livre arbtrio nadefesa de suas opinies polticas. Este posicionamento sempre foi uma premissa bsicado MEJ no Brasil e preserva as Empresas Juniores de interesses distintos de seus ideaise do desgaste poltico junto ao poder pblico e a sociedade.

    Captulo IV Dos Integrantes e da forma de participao dos

    mesmos

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    Artigo 10 - Somente alunos da Instituio de Ensino, graduao ou tecnolgico, podemparticipar do quadro administrativo da empresa.Comentrio:Somente alunos de Instituies de Ensino (graduao ou tecnolgico denvel superior) podem participar de uma Empresa Jnior. Com relao aos cursostecnolgicos, permitido que estes "participem" do movimento, desde que arepresentao da EJ seja feita pelos seus membros (esta medida foi facilitada pelo Novo

    Cdigo Civil, que diminuiu a maioridade para 18 anos e permitiu queles com mais de16 anos a emancipao). A questo dos alunos de cursos tcnicos (de Ensino Mdio)no poderem criar Empresas Juniores est diretamente ligada ao tempo de permannciados mesmos em seus respectivos cursos, o que acarretaria numa rotatividade aindamaior do que j ocorre nas Empresas Juniores de cursos de nvel superior, onde amdia de durao dos cursos fica entre 4 e 5 anos. vedada, s Empresas Juniores, a existncia de professores, alunos de ps-graduaoou pessoas externas aos cursos da Instituio de Ensino da qual a EJ ligada, fazendoparte do seu quadro administrativo, ou seja, como membros efetivos, diretores ougerentes de projetos. A equipe que realiza projetos poder ser composta tanto pormembros efetivos da Empresa Jnior como por outros alunos da faculdade, havendoobrigatoriamente no mnimo 1 (um) membro efetivo ou diretor da Empresa Jnior paraacompanhar e gerenciar o projeto, a fim de que o mesmo saia com a qualidade

    requerida.

    Artigo 11 - O aluno deve ter como vnculo com a Empresa Jnior: ou voluntariado ouestgio.Inciso O voluntariado e o estgio so regidos pelas leis n 9602 (de 18 de fevereirode 1998) e n 6494 (de 07 de dezembro de 1977), respectivamente.Comentrio: Os tipos de vnculo permitidos dos alunos com a EJ so o voluntariado eestgio, no podendo haver em qualquer hiptese vnculo empregatcio com carteiraassinada. Em ambos os casos as Ejs devem ter os termos (de estgio ou voluntariado)assinados por todos os seus membros e diretores. Isso torna legal a participao dosestudantes nas Ejs e impede que ocorram problemas com a Justia do Trabalho comrelao a processos solicitando salrios, benefcios ou caracterizando um vnculoempregatcio.

    Tanto as Instituies de Ensino Superior como as Ejs podem conceder bolsas de estudoaos alunos participantes da Empresa Jnior. uma forma (como as bolsas de pesquisadas IES) de permitir aos alunos com menor poder aquisitivo que participem doMovimento. Em momento algum bolsas devem ser consideradas critrio para aadmisso de membros dentro da EJ. Alm do que, estas bolsas, se existirem, devem servoltadas nica e exclusivamente para ressarcir os gastos do estudante com seu trabalhona Empresa Jnior, e no como uma forma de remunerao, bnus ou prmio.Alm dos integrantes, a EJ pode ter prestador de servio contratado. Servios comooffice-boy, secretria, contador e advogado, podem ser contratados ou terceirizados,para facilitar os trabalhos da EJ, pois no interferem no aprendizado esperado, que aplicar conhecimentos tcnicos e adquirir ou aperfeioar tcnicas administrativas. Osservios acima mencionados permitem EJ trabalhar mais profissionalmente, dandomais ateno aos projetos e gesto da empresa. No caso de um contador, os

    membros da Empresa Jnior podero realizar a contabilidade da mesma apenas caso,no fim, haja a assinatura de profissional de contabilidade, habilitado no CRC, por seresta uma exigncia jurdica.

    Captulo V Dos projetos realizados pela Empresa Jnior

    Artigo 12 -S podem ser executados projetos que faam parte do currculo tericodos cursos ligados Empresa Jnior.Comentrio: Seria incoerente termos Empresas Juniores de Administraodesenvolvendo projetos de Engenharia Civil, ou Ejs de Qumica realizando projetos deEconomia. Este artigo busca assegurar a qualidade dos projetos desenvolvidos eestimular a aplicao prtica da teoria ensinada na faculdade.

    Artigo 13 - Todos os servios prestados a clientes por uma Empresa Jnior devemreceber orientao em sua totalidade.

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    Inciso Orientao: Acompanhamento crtico, o qual deve provir preferencialmente deprofessores da Instituio de Ensino qual a Empresa Jnior est ligada. Na falta deprofessores dispostos a orientar estes projetos, a Empresa Jnior poder recorrer aprofissionais de nvel superior devidamente habilitados na rea do projeto.Comentrio: Esta orientao dever provir preferencialmente de professores daFaculdade qual a Empresa Jnior est ligada. Na falta de professores dispostos a

    orientar projetos da Empresa, a mesma poder recorrer a profissionais (tcnicos ougraduados) ou a professores alheios a IES, desde que devidamente habilitados na rearequerida.O orientador poder ser remunerado, seja por um valor fixo por projeto orientado, sejapor uma porcentagem, ou qualquer outra forma definida entre a Empresa Jnior e aInstituio de Ensino qual a Empresa Jnior est ligada.

    Artigo 14 -A Empresa Junior deve focar seus projetos para o pblico de microempresas e empresas de pequeno porte.Comentrio:Devido s caractersticas que envolvem as Empresas Juniores, como o fatode funcionarem dentro de Instituies de Ensino, de no terem fins lucrativos, de seremcompostas por estudantes que na maioria das vezes no recebem remuneraofinanceira, se as Empresas Juniores passarem a realizar projetos apenas para grandes

    empresas, o Movimento Empresa Jnior correria o risco de canibalizar o mercado detrabalho de seus prprios membros. Os empresrios juniores poderiam ser utilizadoscomo mo-de-obra barata ao atingir um mercado que pode pagar o servio dasconsultorias tradicionais. Alm disso, as micro e pequenas empresas representam umnicho de mercado que normalmente no tm acesso ou no consegue pagar por umaconsultoria. Isso ressalta o papel social que o Movimento Empresa Jnior possui noauxlio a empreendedores de menor porte.Entretanto, o fato do foco principal de uma Empresa Jnior serem profissionais liberais,micro e pequenos empresrios, isso no impede que ela realize projetos para mdias egrandes empresas, j que estes normalmente proporcionam um aprendizado bastanteelevado e um percentual de reinvestimento acima da mdia. Alm disso, deve-se levarem conta as especificidades de cada curso, de modo que alguns s tero condies deatender em sua maioria clientes de mdio e grande porte (Exemplo: Engenharia

    Qumica), ou o governo (Exemplo: Cincias Sociais).

    Captulo VI Dos Aspectos Acadmicos

    Artigo 15 -A existncia da Empresa Jnior deve ser reconhecida formalmente comotal pela Instituio de Ensino.Comentrio:O reconhecimento formal confirma o vnculo da Ej a pelo menos um curso,permitindo um maior controle aos rgos representativos do movimento. Alm disso,evita que trocas de gesto nas Ejs ou nas Instituies de Ensino tornem-seproblemticas em funo da inexistncia de um relacionamento formal entre ambas.Dependendo de cada Instituio o trabalho na Empresa Jnior poder ser reconhecido,alm de prpria atividade, como bolsa, estgio, projeto de extenso, crditos e etc.

    Captulo VII Dos Aspectos Internos

    Artigo 16 - A eleio dos rgos deliberativos e administrativos deve ser feita poreleio direta, exceo feita aos casos de vacncia temporria dos mesmos.Comentrio:Um processo democrtico significa que no poder haver simplesmenteindicao da nova diretoria por parte da diretoria que est saindo. Isto deve serobservado a fim de que se tenham garantias mnimas de que aqueles que assumiro adireo da Ej ali estaro por desejo da maioria dos membros da Empresa Jnior, e noapenas por questes pessoais. Quanto eleio ser por cargo ou chapa ou pordiferentes pesos de voto para diretores e membros, isto fica a cargo de cada Ej emparticular.

    Artigo 17 -A maioria dos recursos da Empresa Jnior deve provir de serviosprestados.

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    Comentrio: Visa garantir que todas as Empresas Juniores sejam auto-sustentveisatravs da realizao de seus projetos e servios, evitando a dependncia financeira daInstituio de Ensino, de patrocnios institucionais ou de seus membros. Naturalmente,parte dos recursos de uma Ej podem provir de parcerias, doaes, eventos e outros.Ressalta-se tambm a exceo para o caso especial que representam as Ejs recmformadas, que normalmente no incio de suas atividades enfrentam dificuldades para

    realizarem projetos e acabam tornando-se mais dependentes.

    CONSIDERAES FINAISA Brasil Jnior est disposio para esclarecer qualquer ponto referente ao ConceitoNacional de Empresa Jnior. As dvidas e sugestes devem ser encaminhadas para aDiretoria Administrativo-Financeira, atravs do e-mail [email protected] sua Ej ainda no est adequada ao Conceito Nacional, procure o mais breve possvela Federao de seu Estado e encaminhe Confederao o problema enfrentado. AsFederaes e a Brasil Jnior estaro trabalhando para auxiliar as Ejs que enfrentamproblemas para adequarem-se ao Conceito.

    Atenciosamente,

    Diretoria Executiva 2003/2004

    Leonardo Pereira CassolDiretor Presidente da Brasil Jnior gesto 2003/2004