compilação de legislação de artista e técnico em artes cênicas

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Lei Nº 6.533, de 24 de maio de 1978 Dispõe sobre a regulamentação das profissões de artista e de técnico em espetáculos de diversões, e dá outras providências Decreto Nº 82.385, de 5 de outubro de 1978 Regulamenta a lei Nº 6.533, de 24 de maio de 1978, que dispõe sobre as profissões de artista e de técnico em espetáculos de diversões, e dá outras providências Quadro anexo ao decreto Nº 82.385, de 5 de outubro de 1978 Títulos e descrições das funções em que se desdobram as atividades de artistas e técnicos em espetáculos de diversões Lei Nº 6.533, de 24 de maio de 1978 Dispõe sobre a regulamentação das profissões de artista e de técnico em espetáculos de diversões, e dá outras providências O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º - O exercício das profissões de Artista e de Técnico em espetáculos de diversões é regulamentado pela presente Lei: Art. 2º - Para efeitos desta Lei, é considerado: I - Artista, o profissional que cria, interpreta ou executa obra de caráter cultural de qualquer natureza, para efeito de exibição ou divulgação pública, através de meios de comunicação de massa ou em locais onde se realizam espetáculos de diversão pública; II - Técnico em Espetáculos de Diversões, o profissional que, mesmo em caráter auxiliar, participa, individualmente ou em grupo, de atividade profissional ligada diretamente à elaboração, registro, apresentação ou conservação de programas espetáculos e produções. Parágrafo único - As denominações e descrições das funções em que se desdobram as atividades de artista e Técnico em Espetáculos de Diversões constatarão do regulamento desta lei. Art. 3º - Aplicam-se as disposições desta Lei às pessoas físicas ou jurídicas que tiveram a seu serviço os profissionais definidos no artigo

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Conjunto de legislações sobre o artista e o técnico no Brasil

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Lei N 6

Lei N 6.533, de 24 de maio de 1978

Dispe sobre a regulamentao das profisses de artista e de tcnico em espetculos de diverses, e d outras providncias

Decreto N 82.385, de 5 de outubro de 1978Regulamenta a lei N 6.533, de 24 de maio de 1978, que dispe sobre as profisses de artista e de tcnico em espetculos de diverses, e d outras providncias

Quadro anexo ao decreto N 82.385, de 5 de outubro de 1978Ttulos e descries das funes em que se desdobram as atividades de artistas e tcnicos em espetculos de diverses

Lei N 6.533, de 24 de maio de 1978Dispe sobre a regulamentao das profisses de artista e de tcnico em espetculos de diverses, e d outras providncias

O PRESIDENTE DA REPBLICA, fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1 - O exerccio das profisses de Artista e de Tcnico em espetculos de diverses regulamentado pela presente Lei: Art. 2 - Para efeitos desta Lei, considerado: I - Artista, o profissional que cria, interpreta ou executa obra de carter cultural de qualquer natureza, para efeito de exibio ou divulgao pblica, atravs de meios de comunicao de massa ou em locais onde se realizam espetculos de diverso pblica; II - Tcnico em Espetculos de Diverses, o profissional que, mesmo em carter auxiliar, participa, individualmente ou em grupo, de atividade profissional ligada diretamente elaborao, registro, apresentao ou conservao de programas espetculos e produes. Pargrafo nico - As denominaes e descries das funes em que se desdobram as atividades de artista e Tcnico em Espetculos de Diverses constataro do regulamento desta lei. Art. 3 - Aplicam-se as disposies desta Lei s pessoas fsicas ou jurdicas que tiveram a seu servio os profissionais definidos no artigo anterior, para realizao de espetculos, programas, produes ou mensagens publicitrias, Pargrafo nico - Aplicam-se, igualmente, as disposies desta Lei s pessoas fsicas ou jurdicas que agenciem colocao de Mo-de-obra de profissionais definidos no artigo anterior. Art. 4 - As pessoas fsicas ou jurdicas de que trata o artigo anterior devero ser previamente inscritas no Ministrio do Trabalho. Art. 5 - No se incluem no disposto nesta Lei os Tcnicos em Espetculos de Diverses que prestam servios empresa de radiodifuso. Art. 6 - O exerccio das profisses de Artista e de Tcnico em espetculos de Diverses requer prvio registro na Delegacia Regional do Trabalho do Ministrio do Trabalho, o qual ter validade em todo o territrio nacional. Art. 7 - Para registro do Artista ou do Tcnico em Espetculos de Diverses, necessrio a apresentao de: I - diploma de curso superior de Diretor de Teatro, Coregrafo, Professor de Arte Dramtica, ou outros cursos semelhantes, reconhecidos na forma da Lei; ou II- diploma ou certificado correspondente s habilitaes profissionais de 2o Grau de Ator, Contra-regra, Cenotcnico, Sonoplasta, ou outras semelhantes reconhecidas na forma da Lei; ou III - atestado de capacitao profissional fornecido pelo Sindicato representativo das categorias profissionais, e subsidiariamente, pela Federao respectiva. 1 - A entidade sindical dever conceder ou negar o atestado mencionado no item III, no prazo de 3 (trs) dias teis, podendo ser concedido o registro, ainda que provisrio, se faltar manifestao da entidade sindical neste prazo. 2 - Da deciso da entidade sindical que negar a concesso do atestado mencionado no item III deste artigo, caber o recurso para o Ministrio do Trabalho, at 30 (trinta) dias a contar da cincia. Art. 8 - O registro de que trata o artigo anterior poder ser concedido a ttulo provisrio pelo prazo mximo de 1(um) ano, com dispensa do atestado a que se refere o item III do mesmo artigo, mediante indicao conjunta dos Sindicatos de empregadores e de empregados. Art. 9 - O exerccio das profisses de que se trata esta Lei exige contrato de trabalho padronizado, nos termos de instrues a serem expedidas pelo Ministrio do Trabalho. 1 - O contrato de trabalho ser visado pelo Sindicato representativo da categoria profissional, e subsidiariamente, pela Federao respectiva, como condio para registro no Ministrio do Trabalho, at a vspera de sua vigncia. 2 - A entidade sindical dever visar ou no o contrato, no prazo mximo de 2 (dois) dias teis, findos os quais ele poder ser registrado no Ministrio do trabalho, se faltar a manifestao sindical. 3 - Da deciso da entidade sindical que negar o visto, caber recurso para o Ministrio do Trabalho. Art. 10 - O contrato de trabalho conter, obrigatoriamente: I - qualificao das partes contratantes; II - prazo de vigncia; III - natureza da funo profissional, com definio das obrigaes respectivas; IV - ttulo do programa, espetculo ou produo, ainda que provisrio, com indicao do personagem nos casos de contrato por tempo determinado; V - locais onde atuar o contratado, inclusive os opcionais; VI - jornada de trabalho, com especificao do horrio e intervalo de repouso; VII - remunerao e sua forma de pagamento; VIII - disposio sobre eventual incluso do nome do contratado no crdito de apresentaoe cartazes, impressos e programas; IX - dia de folga semanal; X - ajuste sobre viagens e deslocamentos; XI - perodo de realizao dos trabalhos complementares, inclusive dublagem, quando posteriores execuo do trabalho de interpretao objeto do contrato; XII - nmero da Carteira de Trabalho e da Previdncia Social;

Pargrafo nico - Nos contratos de trabalho por tempo indeterminado dever constar, ainda, clusula relativa ao pagamento de adicional, devido em caso de deslocamento para prestao de servio fora da cidade ajustada no contrato de trabalho. Art. 11 - A clusula de exclusividade no impedir o Artista ou Tcnico em Espetculos de diverses de prestar servios a outro empregador em atividade diversa da ajustada no contrato de trabalho, desde que em outro meio de comunicao, e sem que se caracterize prejuzo para o contratante com o qual foi assinada a clusula de exclusividade; Art. 12 - O empregador poder utilizar trabalho profissional, mediante nota contratual, para substituio de Artista ou de Tcnico em Espetculos de Diverses, ou para prestao de servio caracteristicamente eventual, por prazo no superior a 7 (sete) dias consecutivos, vedada a utilizao desse mesmo profissional, nos 60 (sessenta) dias subseqentes, por essa forma, pelo mesmo empregador. Pargrafo nico - O Ministrio do Trabalho expedir instrues sobre a utilizao da nota contratual e aprovar seu modelo. Art. 13 - No ser permitida a cesso ou promessa de cesso de direitos autorais e conexos decorrentes da prestao de servios profissionais. Pargrafo nico - Os direitos autorais e conexos dos profissionais sero devidos em decorrncia de cada exibio da obra. Art. 14 - Nas mensagens publicitrias, feitas para cinema, televiso, ou para serem divulgadas por outros veculos, constar do contrato de trabalho obrigatoriamente: I - o nome do produtor, do anunciante e, se houver, da agncia de publicidade para quem a mensagem produzida; II - o tempo de explorao comercial da mensagem; III - o produto a ser promovido; IV - os veculos atravs dos quais a mensagem ser exibida; V - as praas onde a mensagem ser veiculada; VI - o tempo de durao da mensagem e suas caractersticas.

Art. 15 - O contrato de trabalho e a nota contratual sero emitidos com numerao sucessiva e ordem cronolgica. Pargrafo nico - Os documentos de que trata este artigo sero firmados pelo menos em duas vias pelo contratado, ficando uma delas em seu poder. Art. 16 - O profissional no poder recusar-se a autodublagem quando couber. Pargrafo nico - Se o empregador ou tomador de servios preferir a dublagem por terceiros, ela s poder ser feita com autorizao, por escrito, do profissional, salvo se for realizada em lngua estrangeira. Art. 17 - A utilizao de profissional contratado por agncia de locao de mo-de-obra obrigar o tomador de servio solidariamente pelo cumprimento das obrigaes legais e contratuais, se caracterizar a tentativa, pelo tomador de servio, de utilizar a agncia para fugir s responsabilidades e obrigaes decorrentes desta Lei ou de contrato. Art. 18 - O comparecimento do profissional na hora e no lugar da convocao implica a percepo integral do salrio, mesmo que o trabalho no se realize por motivo independente de sua vontade. Art. 19 - O profissional contratado por prazo determinado no poder rescindir o contrato de trabalho sem justa causa, sob pena de ser obrigado a indenizar o empregador dos prejuzos que desse fato lhe resultarem. Pargrafo nico - A indenizao de que se trata este artigo no poder exceder quela a que teria direito o empregado em idnticas condies. Art. 20 - Na resciso sem justa causa, no distrato e na cessao do contrato de trabalho o empregado poder ser assistido pelo Sindicato representativo da categoria, e, subsidiariamente, pela Federao respectiva, respeitado o disposto no artigo 477 da Consolidao das Leis do Trabalho. Art. 21 - A jornada normal de trabalho dos profissionais de que se trata esta Lei ter, nos setores e atividades respectivos, as seguintes duraes: I - Radiodifuso, fotografia e gravao: 6 (seis) horas dirias, com limitao de 30 (trinta) horas semanais; II - Cinema, inclusive o publicitrio, quando em estdio: 6 (seis) horas dirias; III - teatro: a partir da estria do espetculo ter a durao das sesses, com 8 (oito) sesses semanais; IV - Circo e variedades:6 (seis) horas dirias, com limitao de 36 (trinta e seis) horas semanais; V - Dublagem:6 (seis) horas dirias, com limitao de 40 (quarenta) horas semanais.

1 - O trabalho prestado alm das limitaes dirias ou das sesses semanais previstas neste artigo ser considerado extraordinrio, aplicando-se-lhe o disposto nos artigos 59 a 61 da Consolidao das Leis do Trabalho. 2 - A jornada normal ser dividida em 2 (dois) turnos, nenhum dos quais poder exceder de 4(quatro) horas, respeitado o intervalo previsto na Consolidao das Leis do Trabalho. 3 - Nos espetculos teatrais e circenses, desde que sua natureza ou tradio o exijam, o intervalo poder, em beneficio do rendimento artstico, ser superior a 2 (duas) horas. 4 - Ser computado como trabalho efetivo o tempo em que o empregado estiver disposio do empregador, a contar de sua apresentao no local de trabalho, inclusive o perodo destinado a ensaios, gravaes, dublagem, fotografias, caracterizao e todo aquele que exija a presena do Artista, assim como o destinado do ambiente, em termos de cenografia, iluminao e montagem do equipamento. 5 - Para o artista, integrante de elenco teatral, a jornada de trabalho poder ser de 8 (oito) horas, durante o perodo de ensaio, respeitando o intervalo previsto na Consolidao das Leis do Trabalho. Art. 22 - Na hiptese de exerccio concomitante de funes dentro de uma mesma atividade, ser assegurado ao profissional um adicional mmimo de 40% (quarenta por cento), pela funo acumulada, tomando-se por base a funo melhor remunerada. Pargrafo nico - vedada a acumulao de mais de duas funes em decorrncia do mesmo contrato de trabalho. Art. 23 - Na hiptese de trabalho executado fora do local constante do contrato de trabalho, correro conta do empregador, alm do salrio, as despesas de transporte e de alimentao e hospedagem, at o respectivo retorno. Art. 24 - livre a criao interpretativa do Artista e do Tcnico em Espetculos de Diverses, respeitando o texto da obra.

Art. 25 - Para contratao de estrangeiro domiciliado no exterior, exigir-se- prvio recolhimento de importncia a 10% (dez por cento) do valor total do ajuste da Caixa Econmica Federal em nome da entidade sindical da categoria profissional.

Art. 26 - O fornecimento de guarda-roupa e demais recursos indispensveis ao cumprimento das tarefas contratuais ser de responsabilidade do empregador. Art. 27 - Nenhum Artista ou Tcnico em Espetculos de Diverses ser obrigado a interpretar ou participar de trabalho passvel de por em risco sua integridade fsica ou moral. Art. 28 - A contratao de figurante no qualificado profissionalmente, para atuao espordica, determinada pela necessidade de caractersticas da obra, poder ser feita pela norma da indicao prevista no artigo 8. Art. 29 - Os filhos de profissionais de que trata esta Lei cuja atividade seja itinerante, tero assegurada a transferncia de matrcula e conseqente vaga nas escolas pblicas locais de 1o e 2o graus, e autorizada nas escolas particulares desses nveis, mediante apresentao de certificado de escola de origem. Art. 30 - Os textos destinados memorizao, juntamente com o roteiro de gravao ou plano de trabalho, devero ser entregues ao profissional com antecedncia mnima de 72 (setenta e duas) horas, em relao ao incio dos trabalhos. Art. 31 - Os profissionais de que se trata esta Lei tem penhor legal sobre o equipamento e todo o material de propriedade do empregador utilizado na realizao do programa, espetculo ou produo, pelo valor das obrigaes no cumpridas pelo empregador. Art. 32 - assegurado o direito ao atestado de que trata o item III do artigo 7o ao Artista ou Tcnico em espetculos de Diverses que, at a data da publicao desta Lei tenha exercido, comprovadamente, a respectiva profisso. Art. 33 - as infraes ao disposto nesta Lei sero punidas com multa de 2(duas) a 20 (vinte) vezes o maior valor de referncia previsto no artigo 2o,pargrafo nico, da Lei no 6.205, de 29 de abril de 1975, calculada a razo de um valor de referncia por empregado em situao irregular. Pargrafo nico - Em caso de reincidncia, embarao ou resistncia a fiscalizao, emprego de artifcio ou simulao com o objetivo de fraudar a lei, a multa ser aplicada em seu valor mximo. Art. 34 - o empregador punido na forma do artigo anterior, enquanto no regularizar a situao que se deu causa a autuao, e no recolher a multa aplicada, aps esgotados os recursos cabveis, no poder: I - receber qualquer benefcio, incentivo ou subveno concedidos por rgos pblicos; II - obter liberao para expedio de programa espetculo, ou promoo, pelo rgo ou autoridade competente. Art. 35 - Aplicam-se aos Artistas e Tcnicos em Espetculos de Diverses as normas da legislao do trabalho, exceto naquilo que for regulado de forma diferente nesta Lei. Art. 36 - O Poder Executivo regulamentar essa lei no prazo de 60 (sessenta) dias a contar da data de sua publicao. Art. 37 - Esta Lei entrar em vigor no dia 19 de agosto de 1978, revogadas as disposies em contrrio, especialmente o art. 35, o 2 do art. 480, o pargrafo nico do art. 507 e o art. 509 da Consolidao das Leis do Trabalho, aprovada pelo decreto-lei no 5.452, de 1943, a Lei n 101, de 1947 e a Lei no 301, de 1948.

Braslia, em 24 de maio de 1978; 157 da Independncia e 90 da Repblica. Publicado no DO no dia 26/5/78.

Assinado por

Ernesto Geisel / Arnaldo Prieto / Ney Braga / Armando Falco

DECRETO LEI n 82.385, DE 05 DE OUTUBRO DE 1978

REGULAMENTA A LEI No 6.533 DE 24 DE MAIO DE 1978 , QUE DISPE SOBRE AS PROFISSES DE ARTISTA E DE TCNICO EM ESPETCULOS DE DIVERSES, E D OUTRAS PROVIDNCIAS.

O PRESIDENTE DA REPBLICA, usando da atribuio que lhe confere o art. 81o, item III, da Constituio e tendo em vista o disposto no artigo 36 da Lei no 6.533 de 24 de maio de 1978,

DECRETA:

Art. 1 - O exerccio das profisses de Artistas e de Tcnico em Espetculos de diverses disciplinado pela Lei no 6.533, de 24 de maio de 1978, e pelo presente regulamento.

Art. 2 - Para efeitos da Lei no 6.533, de 24 de maio de 1978, considerado:

I - artista, o profissional que cria, interpreta ou executa obra de carter cultural de qualquer natureza para efeito de exibio ou divulgao pblica, atravs de meios de comunicao de massa ou em locais onde se realizam espetculos de diverses pblicas;

II - Tcnico em Espetculos de Diverses, o profissional que, mesmo em carter auxiliar, participa, individualmente ou em grupo, de atividade profissional ligada diretamente a elaborao, registro, apresentao ou conservao de programas, espetculos e produes.

Pargrafo nico - As denominaes e descries das funes em que se desdobram as atividades de Artista e de Tcnico em Espetculos de Diverses constam no Quadro anexo a este regulamento.

Art. 3 - Aplicam-se as disposies da Lei no 6.533, de 24 de maio de 1978, s pessoas fsicas ou jurdicas que tiverem a seu servio os profissionais definidos no artigo anterior, para a realizao de espetculos, programas, produes ou mensagens publicitrias.

Pargrafo nico - As pessoas fsicas ou jurdicas de que se trata este artigo devero ser previamente inscritas no Ministrio do Trabalho.

Art. 4 - Para inscrio de pessoas fsicas e jurdicas de que se trata o artigo anterior necessrio a apresentao de:

I - documento de constituio de firma, com o competente registro da Junta Comercial da localidade em que tenha sede;

II - comprovante do recolhimento da contribuio sindical

III - nmero de inscrio no Cadastro Geral de Contribuintes do Ministrio da fazenda.

Pargrafo nico - O Ministrio do trabalho fornecer, a pedido da empresa interessada, carto de inscrio que lhe faculte instruir pedido de registro de contrato de trabalho de Artista e Tcnico em Espetculos de Diverses.

Art. 5 - Aplicam-se, igualmente, as disposies da lei no 6.533, de 24 de maio de 1978, s pessoas fsicas ou jurdicas que agenciem colocao de mo-de-obra de Artistas e Tcnico em Espetculo de Diverses.

Pargrafo nico - Somente as empresas organizadas e registradas no Ministrio do Trabalho, nos termo da lei no 6.019, de 3 de janeiro de 1974, podero agenciar colocao de mo-de-obra de Artista e de Tcnico em espetculos de Diverses.

Art. 6 - No se incluem no disposto neste regulamento os Tcnicos em Espetculos de diverses que prestam servios a empresa de radiodifuso.

Art. 7 - O exerccio das profisses de Artista e de Tcnico em Espetculos de Diverses requer prvio registro na Delegacia Regional do Trabalho do Ministrio do Trabalho, o qual ter validade em todo o territrio nacional.

Art. 8 - Para registro do artista ou do Tcnico em Espetculos de Diverses, no Ministrio do Trabalho, necessria a apresentao de:

I - diploma de curso superior de Diretor de Teatro, Coregrafo, Professor de Arte dramtica, ou outros cursos semelhantes, reconhecidos na forma da Lei; ou

II - diploma ou certificado correspondente as habilitaes profissionais de 2o grau de Ator, Contra-regra, Cengrafo, Sonosplasta, ou outros reconhecidos na forma da Lei; ou

III - atestado de capacitao profissional fornecido pelo Sindicato representativo das categorias profissionais, e subsidiariamente, pela Federao respectiva.

Art. 9- O atestado mencionado no item III do artigo anterior dever ser requerido pelo interessado, mediante preenchimento de formulrio prprio, fornecido pela entidade sindical, e instrudo com documentos ou indicaes que comprovem sua capacitao profissional.

Art. 10 - O Sindicato representativo da categoria profissional constituir Comisses, integradas por profissionais de reconhecidos mritos, as quais caber emitir parecer sobre os pedidos de atestado de capacitao profissional.

Art. 11 - Os Sindicatos e Federaes de empregados, objetivando adotar critrios uniformes para o fornecimento do atestado de capacitao profissional, podero estabelecer acordos ou convnios entre entidades sindicais, bem como Associaes de Artistas e de Tcnicos em Espetculos de diverses.

Art. 12o - as entidades sindicais encarregadas do fornecimento do atestado de capacitao profissional devero elaborar instrues contendo requisitos, tais como documentos e provas de aferio de capacidade profissional necessrios para obteno, pelos interessados, do referido atestado.

Pargrafo nico: as entidades sindicais enviaro cpias das instrues mencionadas nesse artigo, ao Ministrio do Trabalho.

Art. 13o - a entidade sindical dever decidir sobre o pedido de atestado de capacitao profissional no prazo de 3(trs) dias teis a contar da data em que se completar a apresentao da documentao necessria ou diligncia exigida pela mesma entidade.

Art. 14o - da deciso da entidade sindical que nega fornecimento do atestado de capacitao profissional, caber recurso o ministrio do Trabalho no prazo de 30 (trinta) dias a contar da cincia.

Pargrafo nico - Para apreciao do recurso o Ministrio do Trabalho solicitar, a entidade sindical, informaes sobre as razes da negativa de concesso do atestado.

Art. 15o - poder ser concedido registro provisrio, caso a entidade sindical no se manifeste sobre o atestado de capacitao profissional no prazo mencionado no artigo 13o.

Art. 16o - O registro de Artista e de Tcnico em Espetculos de Diverses ser efetuado pela Delegacia Regional do Trabalho do Ministrio do trabalho, a requerimento do interessado, instrudo com os seguintes documentos:

I - diploma, certificado ou atestado mencionado nos itens I, II e III do artigo 8o;

II - Carteira de Trabalho e Previdncia social ou , caso no a possua o interessado, documentos mencionados no artigo 16o, pargrafo nico, da Consolidao das Leis do Trabalho.

1o - Caso a entidade sindical no fornea o atestado de capacitao profissional no prazo mencionado no artigo 13o, o interessado poder instruir seu pedido de registro com o protocolo de apresentao do requerimento ao Sindicato.

2o - Na hiptese prevista no pargrafo anterior o Ministrio do Trabalho conceder a entidade sindical prazo no superior a 3 (trs) dias teis para se manifestar sobre o fornecimento do atestado.

Art. 17o - O Ministrio do Trabalho efetuar registro provisrio de Artista e de Tcnico em Espetculos de Diverses, com prazo de validade de 1(um) ano, sem direito a renovao, com dispensa do atestado de que trata o item III do artigo 8o, mediante indicao conjunta dos sindicatos de empregados e empregadores.

Art. 18o - Os critrios de indicao para o registro provisrio de que trata o artigo anterior sero estabelecidos por acordo entre os sindicatos e federaes dos profissionais e empregadores interessados.

Art. 19o - O exerccio das profisses de trata este regulamento exige contrato de trabalho padronizado, nos termos de instrues a serem expedidas pelo Ministrio do Trabalho.

Art. 20o - O contrato de trabalho ser visado pelo sindicato representativo da categoria profissional e, subsidiariamente, pela federao respectiva, como condio para registro no Ministrio do Trabalho at a vspera da sua vigncia.

Art. 21o - O sindicato representativo da categoria profissional e, subsidiariamente, a Federao respectiva verificaro a observncia da utilizao do contrato de trabalho padronizado, de acordo com instrues expedidas pelo Ministrio do Trabalho e das clusulas constantes de Convenes Coletivas de Trabalho acaso existentes, como condio para apor o visto no contrato de trabalho.

Art. 22o - a entidade sindical dever visar ou no o contrato de trabalho no prazo mximo de 2(dois) dias teis, a contar da data da sua apresentao, findos os quais ele poder ser registrado no Ministrio do Trabalho, se faltar a manifestao sindical.

Art. 23o - A entidade sindical dever comunicar Delegacia Regional do Trabalho do ministrio do Trabalho as razes pelas quais no visou o contrato de trabalho no prazo de 2 (dois) dias teis.

Art. 24o - Da deciso da entidade sindical que negar o visto, caber recurso par ao Ministrio do trabalho no prazo de 30(trinta) dias contados da cincia.

Art. 25o - O contrato de trabalho conter obrigatoriamente:

I - qualificao das partes contratantes;

II - prazo de vigncia;

III - natureza da funo profissional, com definio das obrigaes respectivas;

IV - ttulo do programa, espetculo ou produo, ainda que provisrio, com indicao do personagem nos casos de contrato por tempo determinado;

V - locais onde atuar o contratado, inclusive os opcionais;

VI - jornada de trabalho, com especificao do horrio e intervalo de repouso;

VII - remunerao e sua forma de pagamento;

VIII - disposio sobre eventual colocao do nome do contratado no crdito de apresentao, cartazes, impressos e programas;

IX - dia de folga semanal;

X - ajuste sobre viagens e deslocamentos;

XI - perodo de realizao dos trabalhos complementares, inclusive dublagem, quando posteriores execuo do trabalho de interpretao, objeto do contrato de trabalho;

XII - nmero da Carteira de Trabalho e Previdncia Social.

Art. 26o - Nos contratos de trabalho por tempo indeterminado dever constar, ainda, clusula relativa a pagamento de adicional devido em caso de deslocamento para prestao de servio fora da cidade ajustada no contrato de trabalho.

Art. 27o - A clusula de exclusividade no impedir o Artista ou Tcnico em Espetculos de Diverses de prestar servios a outro empregador em atividade diversa ajustada no contrato de trabalho, desde que em outro meio de comunicao e sem que se caracterize prejuzo para o contratante com o qual foi assinada a clusula de exclusividade.

Art. 28o - O registro do contrato de trabalho dever ser requerido pelo empregador Delegacia regional do Trabalho do Ministrio do Trabalho

Art. 29o - O requerimento do registro dever ser instrudo com os seguintes documentos:

I - 2 (duas) vias do instrumento de contrato de trabalho, visadas pelo Sindicato representativo da categoria profissional e, subsidiariamente, pela Federao representativa;

II - Carteira de Trabalho e previdncia Social do Artista e do Tcnico em Espetculos de Diverses contratado e contendo registro nos termos dos artigos 15o, 16o ou 17o;

III - comprovante da inscrio de que trata o artigo 4o.

Art. 30o - O empregador poder utilizar trabalho de profissional, mediante nota contratual, para substituio de artista ou de Tcnico em Espetculos de diverses, ou para prestao de servio caracteristicamente eventual, por prazo no superior a 7(sete) dias consecutivos, vedada a utilizao desse mesmo profissional, nos 60 (sessenta) dias subseqentes, por essa forma, pelo mesmo empregador.

Art. 31o - O Ministrio do Trabalho expedir instrues sobre a utilizao de nota contratual e aprovar seu modelo.

Art. 32o - O contrato de trabalho e nota contratual sero emitidos com numerao sucessiva e em ordem cronolgica.

Pargrafo nico - Os documentos de que se trata este artigo sero firmados pelo menos em 2(duas) vias pelo contratado, ficando uma delas em seu poder.

Art. 33o - No ser permitida a cesso ou promessa de cesso de direitos autorais e conexos decorrentes da prestao de servios profissionais.

Art. 34o - Os direitos autorais e conexos dos profissionais sero devidos em decorrncia de cada exibio da obra.

Art. 35o - No ser liberada, pelo rgo federal competente, a exibio da obra ou espetculo, sem comprovao de ajuste quanto ao valor e a forma de pagamento dos direitos autorais e conexos.

1o - No ajuste os artistas devero ser representados pelas associaes representativas autorizadas a funcionar pelo Conselho Nacional de Direito Autoral .

2o - No caso de ajuste direto pelo Artista sua validade depender de prvia homologao pelo Conselho Nacional de Direito Autoral.

3o - O Conselho Nacional de Direito Autoral no homologar qualquer ajuste direto que importe em fixar valor de diretos autorais e conexos inferior ao estabelecido em ajuste feito, com o mesmo empregador, atravs da participao das associaes referidas no 1o.

Art. 36o - Nas mensagens publicitrias filmadas para cinema, televiso ou para serem divulgadas para o pblico por outros veculos constar do contrato de trabalho, obrigatoriamente:

I - o nome do produtor, do anunciante e, se houver, da agncia de publicidade para quem a mensagem produzida;

II - o tempo de explorao comercial da mensagem;

III - o produto, a marca, a denominao da empresa, o servio ou o evento a ser promovido;

IV - os meios de comunicao atravs dos quais a mensagem ser exibida;

V - as praas onde a mensagem ser veiculada;

VI - o tempo de durao da mensagem e suas caractersticas, devendo ser mencionada eventual variao percentual.

Art. 37o - O profissional no poder recusar-se autodublagem, quando couber, o que deve contar do respectivo contrato de trabalho.

Art. 38o - Na hiptese de o empregador ou tomador de servios preferir a dublagem por terceiros, ela s poder ser feita com autorizao, por escrito, do profissional, salvo se for realizada em lngua estrangeira.

Art. 39o - a utilizao de profissional contratado por agncia de locao de mo-de-obra obriga o tomador de servio solidariamente, pelo cumprimento das obrigaes legais e contratuais, se caracterizar a tentativa, pelo tomador de servio, de utilizar a agncia para fugir a essas responsabilidades e obrigaes.

Art. 40o - O comparecimento do profissional na hora e no lugar da convocao implica a percepo integral do salrio, mesmo que o trabalho no se realize por motivos independentes de sua vontade.

Art. 41o - O profissional contratado por prazo determinado no poder rescindir o contrato de trabalho sem justa causa sob pena de ser obrigado a indenizar o empregador dos prejuzos que desse fato lhe resultarem.

Art. 42o - A indenizao de que se trata o artigo anterior no poder exceder quela que teria direito o empregado em idnticas condies.

Art. 43o - Na resciso sem justa causa, no distrato e na cessao do contrato de trabalho o empregado poder ser assistido pelo Sindicato representativo da categoria e, subsidiariamente, pela Federao respectiva, respeitando o disposto no artigo 477 da Consolidao das Leis do Trabalho.

Art. 44o - A jornada normal de trabalho dos profissionais de que trata este regulamento ter, nos setores e atividades respectivos, as seguintes duraes:

I - Radiodifuso, fotografia e gravao: 6 (seis) horas dirias, com limitao de 30 (trinta) horas semanais;

II - Cinema, inclusive publicitrio, quando em estdio: 6 (seis) horas dirias;

III - Teatro: a partir da estria do espetculo ter a durao das sesses, com limitao de 8(oito) sesses semanais;

IV - Circo e variedades:6 (seis) horas dirias, com limitao de 40 (quarenta) horas semanais;

V - Dublagem : 6 (seis) horas dirias, com limitao de 40 (quarenta) horas semanais.

1o - O trabalho prestado alm das limitaes dirias ou das sesses previstas neste artigo ser considerado extraordinrio, aplicando-se-lhe o disposto nos artigos 59 a 61 da Consolidao das Leis do Trabalho.

2o - A jornada normal ser dividida em 2 (dois) turnos, nenhum dos quais poder exceder de 4 (quatro) horas, respeitando o intervalo previsto na Consolidao das Leis do Trabalho.

3o - Nos espetculos teatrais e circenses, desde que sua natureza ou tradio o exijam, o intervalo poder em benefcio do rendimento artstico, ser superior a 2 (duas) horas.

Art. 45o - Ser computado como trabalho efetivo o tempo em que o empregado estiver disposio do empregador a contar de sua apresentao no local de trabalho, inclusive o perodo destinado a ensaios, gravaes, dublagens, fotografias, caracterizao, e todo aquele que exija a presena do Artista, assim como o destinado preparao do ambiente, em termos de cenografia, iluminao e montagem de equipamento.

Art. 46o - Para o artista integrante de elenco teatral, a jornada de trabalho poder ser de 8 (oito) horas, durante o perodo de ensaio e rensaio, respeitando o intervalo previsto na Consolidao das Leis do Trabalho.

Art. 47 o - A jornada de trabalho do profissional de teatro, a partir da estria, ter a durao das sesses e abranger o tempo destinado a caracterizao e todo aquele que exija sua presena para preparao do ambiente.

Art. 48o - Considera-se estdio, para efeitos do item II do artigo 44o, o palco construdo e utilizado exclusivamente para filmagens e gravaes, em carter permanente.

Art. 49o - Na hiptese de exerccio concomitante de funes dentro de uma mesma atividade, ser assegurado ao profissional um adicional mnimo de 40% (quarenta por cento), pela funo acumulada, tomando-se por base a melhor funo remunerada.

Art. 50o - vedada a acumulao de mais de duas funes em decorrncia do mesmo contrato de trabalho.

Art. 51o - Na hiptese de trabalho a ser executado fora do local constante do contrato de trabalho, correro conta do empregador, alm do salrio, as despesas de transporte e de alimentao e hospedagem, at o respectivo retorno.

Art. 52 o - livre a criao interpretativa do Artista e do Tcnico em Espetculos de Diverses, respeitando o texto da obra.

Pargrafo nico - Considera-se texto da obra, para fins desta artigo, a forma final do roteiro.

Art. 53o - Para a contratao de estrangeiro, domiciliado no exterior, exigir-se- prvio recolhimento de importncia equivalente a 10% (dez por cento) do valor total do ajuste Caixa Econmica Federal em nome da entidade sindical da categoria profissional.

Art. 54o - O fornecimento de guarda-roupa e demais recursos indispensveis ao cumprimento das tarefas contratais ser de responsabilidade do empregador.

Art. 55o - Nenhum artista ou Tcnico em Espetculos de Diverses ser obrigado a interpretar ou participar de trabalho passvel de por em risco sua integridade fsica ou moral.

Art. 56o - a contratao de figurante no qualificado profissionalmente para atuao espordica, determinada pela necessidade de caractersticas artsticas da obra poder ser feita mediante indicao conjunta dos sindicatos de empregados e empregadores.

Art. 57o - Considera-se figurante a pessoa convocada pela produo para se colocar a servio da empresa, em local e horrio determinados, para participar individual ou coletivamente, como complementao de cena.

Pargrafo nico - No ser considerada figurante a pessoa cuja imagem seja registrada por se encontrar, ocasionalmente, no local utilizado na filmagem.

Art. 58o - Ao figurante no se exigir prvio registro no Ministrio do Trabalho, devendo os originais dos documentos de indicao conjunta permanecer em poder do empregador e cpias em poder dos sindicatos de empregados e empregadores.

Art. 59 o - Os filhos dos profissionais de que se trata este regulamento, cuja atividade seja itinerante, tero assegurada a transferncia de matrcula e conseqente vaga nas escolas pblicas locais de 1o e 2o graus, e autorizada nas escolas particulares desses nveis, mediante apresentao de certificado da escola de origem.

Art. 60o - Os textos destinados memorizao, juntamente com o roteiro de gravao ou plano de trabalho, devero ser entregues ao profissional com antecedncia mnima de 72 (setenta e duas) horas, em relao ao incio dos trabalhos.

Art. 61o - Os profissionais de que trata este regulamento tem penhor legal sobre o equipamento e todo material de propriedade do empregador , utilizado na realizao de programa, espetculo ou produo, pelo valor das obrigaes no cumpridas pelo empregador.

Art. 62o - assegurado o direito do atestado de que trata o item III do artigo 8o, ao Artista ou Tcnico em Espetculos de Diverses que, at a data da publicao da Lei no 6.533, de 24 de maio de 1978, tenha exercido, comprovadamente a respectiva profisso.

Art. 63o - As infraes ao disposto na Lei no 6.533, de 24 de maio de 1978, e neste regulamento, sero punidas com multa de 2 (duas) a 20 (vinte) vezes o valor de referncia previsto no artigo 2o, pargrafo nico, da Lei no 6.205, de 29 de abril de 1975, calculada razo de um valor de referncia por empregado em situao irregular.

1o - Em caso de reincidncia, embarao ou resistncia fiscalizao, ou emprego de artifcio ou simulao com o objetivo de fraudar a lei, a multa ser aplicada em seu valor mximo.

2o - O Ministrio do trabalho expedir Portaria dispondo sobre a gradao e recolhimento das multas de que se trata este artigo.

3o - competente para aplicar as multas de que se trata este artigo o Delegado Regional do Trabalho do Ministrio do Trabalho.

Art. 64o - O empregador punido na forma do artigo anterior, enquanto no regularizar a situao que deu causa a atuao e no recolher a multa aplicada, aps esgotados os recursos cabveis, no poder:

I - receber qualquer beneficio, incentivo ou subveno concedidos por rgo pblicos;

II - obter liberao para exibio do programa, espetculo ou produo, pelo rgo ou autoridade competente.

Pargrafo nico - Caber ao Ministrio do trabalho, atravs da Delegacia Regional do Trabalho, a iniciativa de comunicar ao rgo ou autoridade competente para liberao de programa, espetculo ou produo, e aos rgo pblicos que concedem benefcio, incentivo ou subveno s pessoas fsicas ou jurdicas referidas no artigo 3o, a situao irregular do empregador que no houver regularizado a situao que deu causa a autuao e no houver recolhido a multa aplicada, aps esgotados os recursos cabveis.

Art. 65o - Aplicam-se ao Artista e Tcnico em Espetculos de Diverses as normas da legislao do trabalho exceto naquilo que for regulado de forma diferente na Lei no 6.533, de 24 de maio de 1978.

Art. 66o - Este decreto entrar em vigor na data da sua publicao, revogadas as disposies em contrrio.

Braslia, DF, em 5 de outubro de 1978, 157o da Independncia e 90o da Repblica. Publicado no DO em 06/10/78.

Assinado por

Ernesto Geisel / Arnaldo Pietro / Armando Falco / Rmulo Furtado / Euro Brando

QUADRO ANEXO AO DECRETO No 82.385, DE 05 DE OUTUBRO DE 1978 TTULOS E DESCRIES DAS FUNES EM QUE SE DESDOBRAM AS ATIVIDADES DE ARTISTAS E TCNICOS EM ESPETCULOS DE DIVERSES

Artes Cnicas

ACROBATA - Executa acrobacias e demonstraes de ginstica, realizando exerccios de contorcionismo, fora e equilbrio, saltos e cambalhotas; utiliza-se de barras, trampolim, aparelhos, animais, bicicletas e outros meios. Pode atuar sozinho ou em conjunto com outros Artistas, no ar ou em terra.

ADERECISTA - Monta, transforma ou duplica objetos cenogrficos, e de indumentria, seguindo orientao do Cengrafo e/ou Figurinista, utilizando-se de tcnicas artesanais.

AMESTRADOR - Amestra animais domsticos para exerccios, atravs de comando de gestos, voz, baseando-se no reflexo condicionado.

ASSISTENTE DE COREGRAFO - Auxilia e substitui o coregrafo durante o perodo de montagem ou remontagem do espetculo , em suas tarefas especficas.

ASSISTENTE DE DIREO - Auxilia e assiste o diretor, em todas as suas atribuies, participando do processo criador; zela pela disciplina e andamento dos ensaios na ausncia do Diretor, atuando tambm como elemento de ligao junto produo, equipe artstica e tcnica; providncia os avisos diariamente colocados em tabelas durante os ensaios; na ausncia do Diretor a responsabilidade de toda a parte artstica poder lhe ser delegada.

ATOR - Cria, interpreta e representa uma ao dramtica, baseando-se em textos, estmulos visuais, sonoros ou outros, previamente concebidos por um autor ou criados atravs de improvisaes individuais ou coletivas; utiliza-se de recursos vocais, corporais e emocionais, apreendidos ou intudos, com o objetivo de transmitir, ao espectador, o conjunto de idias e aes dramticas propostas; pode utilizar-se de recursos tcnicos para manipular bonecos, tteres e congneres; pode interpretar sobre a imagem ou voz de ou trem; ensaia buscando aliar a sua criatividade do Diretor.

BAILARINO OU DANARINO - Executa danas atravs de movimentos coreogrficos preestabelecidos ou no ; ensaia seguindo orientao do Coregrafo , atuando individualmente ou em conjunto , interpretando papis principais ou secundrio ; pode optar pela dana clssica , moderna , contempornea , folclrica , popular ou shows ; pode ministrar aulas de dana em academias ou escolas de dana , reconhecidas pelo Conselho Federal de Educao , obedecidas as condies para registro como professor BARREIRA - Cuida da manuteno do espetculo circense visando o bom andamento do mesmo; faz montagem e desmontagem dos nmeros no decorrer do espetculo; eventualmente ajuda o Artista, quando o mesmo se apresenta sozinho, sob orientao do Ensaiador Circense.

CABELEIREIRO DE ESPETCULOS - Executa penteados exigidos pela concepo do espetculo, seguindo a orientao da equipe de criao e utilizando produtos adequados.

CAMARADA - Ajuda a armar o circo e a cuidar da sua manuteno, limpando-o, ajustando todos os acessrios das instalaes e executando outras tarefas auxiliares, sob orientao do Capataz.

CAMAREIRA - Encarrega-se da conservao das peas de vesturio utilizadas no espetculo, limpando-as, passando-as e costurando-as, providenciando a sua lavagem; auxilia os Atores e Figurantes a vestirem as indumentrias cnicas; organiza o guarda-roupa e embalagem dos figurinos, em caso de viagem.

CAPATAZ - Encarregado geral do material; examina o bom estado das cordas, cabos de ao, mastarus, grades, cruzetas e todo o material, para que haja segurana do pblico e dos artistas, tendo sob sua subordinao o Camarada.

CARACTERIZADOR - Cria e projeta caractersticas fsicas artificiais, maquilagem e penteados do personagem, definidos pela direo do espetculo.

CENGRAFO - Cria, projeta e supervisiona, de acordo com o esprito da obra, a realizao e montagem de todas as ambientaes e espaos necessrios a cena, incluindo a programao cronolgica dos cenrios; determina os materiais necessrios; dirige a preparao, montagem, desmontagem e remontagem das diversas unidades do trabalho.

CENOTCNICO - Planeja, coordena, constri, adapta e executa todos os detalhes de material, servios e montagem de cenrios, seguindo maquetes, croquis e plantas fornecidos pelo Cengrafo.

COMEDOR DE FOGO - Introduz e expele fogo pela boca, utilizando-se de tochas, acendendo-as e apagando-as sucessivamente; faz tambm demonstraes de insensibilidade epidrmica ao fogo.

CONTORCIONISTA - Executa contorcionismo em vrios sentidos, mediante exerccios especficos, para causar a impresso de fenmenos anatmicos.

CONTRA-REGRA - Executa tarefas de colocao dos objetos de cena e decorao do cenrio; guarda-os em local prprio; cuida da sua manuteno solicitando aos tcnicos os reparos necessrios; d sinais de incio e intervalos do espetculo para Atores e pblico; executa a limpeza do palco; encarregado pelos efeitos rudos na caixa de teatro, seguindo as exigncias do espetculo.

COREGRAFO - Cria obra coreogrfica , e/ou movimentaes cnicas , utilizando-se de recursos humanos , tcnicos e artstico , a partir de uma idia bsica , valendo-se , para tanto , de msica , texto , ou qualquer outro estmulo ; estrutura o esquema do trabalho a ser desenvolvido e cria as figuras coreogrficas ou sequncias ; transmite aos Artistas a forma , a movimentao , o ritmo , a dinmica ou interpretao , necessrios para a execuo da obra proposta ; pode dedicar-se preparao corporal de Artistas.

CORTINEIRO - Manipula cordas ou dispositivos eltricos, para o movimento das cortinas, seguindo as determinaes do Diretor ou Diretor de Cena, mediante as necessidades determinadas pelo espetculo.

COSTUREIRA DE ESPETCULOS - Confecciona trajes especficos para espetculos, a partir das idias concebidas do Figurinista ou Cengrafo.

DIRETOR - Cria, elabora e coordena a encenao do espetculo a partir de uma idia, texto, roteiro, obra literria, msica ou qualquer outro estmulo utilizando-se de recursos tcnico-artsticos procurando assegurar o alcance dos resultados objetivados com a encenao; estuda a obra a ser representada, analisando o tema, personagem e outros elementos importantes, para obter uma percepo geral do esprito da mesma; define com o Coregrafo, Figurinista, Cengrafo, iluminador e outros tcnicos, quais as melhores solues para o espetculo, preservando assim a unidade da obra; assume a linha filosfica ou ideolgica, individual ou coletiva para o trabalho, norteado pelos princpios da liberdade criativa; decide sobre quaisquer alteraes no espetculo; opina e sugere sobre a divulgao do esprito do espetculo; presta assistncia durante o perodo de apresentao; na relao com o Produtor fica preservada a sua autonomia quanto criao; define com o Produtor a equipe tcnica e artstica.

DIRETOR CIRCENSE - Programa o espetculo, dirige o ensaio e a apresentao e responsvel pela organizao e boa ordem do espetculo.

DIRETOR DE CENA - Encarrega-se da disciplina e andamento do espetculo durante a representao; faz cumprir as normas e horrios para o bom andamento do trabalho; elabora tabelas de avisos, notificando os corpos tcnico e artstico do andamento ou alteraes do trabalho; comunica ao contra-regra as irregularidades ou problemas de manuteno de objetos, cenrios ou figurinos.

DIRETOR DE PRODUO - encarrega-se da produo do espetculo junto a equipe tcnica e artstica; analisa a planeja as necessidades de montagem; controla o andamento da produo, dando cumprimento a prazos e tarefas.

DOMADOR - Doma e adestra animais ferozes, dentro de jaulas adequadas. Utiliza-se de aparelhos e objetos apropriados para obter dos animais o cumprimento dos exerccios por ele determinados.

ELETRICISTA DE CIRCO - Cuida da iluminao interna e externa e mantm as fiaes em bom estado; instala os refletores, quadros de luz e chaves; faz efeitos de iluminao e opera refletores.

ELETRICISTA DE ESPETCULOS - Instala e repara os equipamentos eltricos e de iluminao, mantendo-os, substituindo-os ou reparando circuitos eltricos, para adaptar essas instalaes s exigncias do espetculo; afina os refletores e coloca gelatinas coloridas conforme o esquema de iluminao; instala as mesas de comando das luzes e aparelhos eltricos.

ENSAIADOR CIRCENSE - ensaia representaes teatrais e outros Artistas para nmeros de picadeiro ou palco, visando melhor desenvolvimento do espetculo; pode servir de ponto nas apresentaes.

ENSAIADOR DE DANA - Ensaia os movimentos coreogrficos com os Bailarinos ou Danarinos , colocando-os , tcnicos e interpretativamente dentro do espetculo.

EQUILIBRISTA - Realiza exerccios de acrobacia baseado em pontos de equilbrio, utilizando-se de aparelhos adequados para auxlio ou complementao do seu desempenho artstico; pode apresentar-se s ou acompanhado.

EXCNTRICO MUSICAL - Executa nmeros musicais acrobticos, utilizando-se de instrumentos que coloca sobre as costas ou sob as pernas, bem como de outros objetos no instrumentais necessrios execuo de seus nmeros; pode se apresentar sozinho ou acompanhado.

FAQUIR - Faz demonstraes de sua potencialidade e suportar dores ou sofrimento, por meios prprios.

FIGURANTE - Participa, individual ou coletivamente, de espetculos como complementao de cena.

FIGURINISTA - Cria e projeta os trajes e complementos usados por atores e figurantes, de acordo com a equipe de criao; indica os materiais a serem utilizados; acompanha, supervisiona e detalha a execuo do projeto.

HOMEM-BALA - Lana-se ao ar por um canho explosivo no lugar de uma bala.

HOMEM DO GLOBO DA MORTE - Realiza acrobacias sobre uma moto no interior de um globo metlico executando voltas de 360 graus; apresenta-se s, em duplas ou trios.

ICARISTA - Equilibra sobre os ps, objetos ou pessoas, em posies estticas ou rotativas.

ILUMINADOR - Cria e projeta a iluminao do espetculo em consenso com a equipe de criao; indica o equipamento necessrio; elabora o plano geral de iluminao o esquema para instalao e adequao os refletores mesa de luz, bem como a afinao dos mesmos; prepara o roteiro para operao da mesa, ensaiando o operador.

MGICO - Faz deslocar ou desaparecer objetos; executa outros tipos de ilusionismo, realizando truques, jogos de mgica de prestidigitao, utilizando aparelhos ou movimentos manuais.

MAITRE DE BALLET - Dirige os bailarinos ou danarinos do corpo de baile , zelando pelo rendimento tcnico e artstico do espetculo ; ensaia bailarinos ou danarinos ; remonta coreografias ; ministra aulas de dana em uma companhia especfica.

MALABARISTA - Pratica jogos com malabares, tendo habilidade no manuseio de aparelhos, substituindo, eventualmente, os malabares por outros objetos, com ajuda ou no de auxiliar.

MANEQUIM - Representa e desfila usando seu corpo para exibir roupas e adereos.

MAQUILADOR DE ESPETCULO - Maquila o rosto, pescoo, mos e, segundo a necessidade, o corpo do artista, utilizando produtos adequados e empregando tcnicas especiais; analisa o tipo do personagem a ser vivido pelo Ator, examinado no roteiro, ou segundo sugestes dadas pela equipe de criao, a idade e caractersticas a serem realadas; aplica postios.

MAQUINISTA - Constri, monta e desmonta cenrios: auxilia o setor cenotcnico; movimenta cortinas de cena, cabos de varanda ou alapo; faz a manuteno da maquinaria do teatro e do urdimento; orienta e executa os movimentos do cenrio durante o espetculo.

MAQUINISTA AUXILIAR - Auxilia o Maquinista nas suas atribuies de construir, montar e desmontar cenrios, bem como na sua movimentao.

MESTRE DE PISTA - Encarregado do espetculo circense obedecendo e fazendo obedecer programao do Diretor Artstico, atravs do programa interno; fixa avisos em tabelas, apresentando e auxiliando a apresentao, quando h apresentador.

OPERADOR DE LUZ - Opera os controles da mesa de iluminao, fixas ou mveis; executa o roteiro de iluminao; verifica o funcionamento do equipamento eltrico.

OPERADOR DE SOM - Monta e opera a aparelhagem de som que reproduz a trilha sonora do espetculo.

PALHAO - Realiza pantomimas, pilhrias e outros nmeros cmicos, comunicando-se com o pblico por meio de cenas divertidas; caracteriza-se atravs de roupas extravagantes e empregando mscara constante individual e intransfervel ou disfarces cmicos, para apresentar os seus nmeros; orienta-se por instrues recebidas ou pela prpria imaginao, fazendo gestos caractersticos, podendo se apresentar s ou acompanhado.

SECRETRIO DE FRENTE - Percorre praas antecipadamente para localizar terrenos, fazer locaes, licenciar o circo, promover publicidade e efetuar pagamento; tambm responsvel pelas despesas e liberao do espetculo.

SECRETRIO TEATRAL - Organiza a administrao da empresa; coordena a produo, disciplina, interna e externamente a atividade da companhia e da produo; encarrega-se da documentao legal da companhia e da produo; efetua pagamentos; controla os borde-reaux, fiscaliza a bilheteria.

SONOPLASTIA - Elabora o fundo musical ou efeitos sonoros especiais, ao vivo ou gravados, selecionando msicas, efeitos adequados ao texto e de comum acordo com a equipe de criao; pesquisa as msicas ou efeitos, para montar a trilha sonora; pode operar a mesa de controle, produzindo os efeitos planejados ou ensaia o Operador de som.

STRIP-TEASER - Representa usando a expresso corporal, para transmitir dramaticamente emoes sensuais ensaiadas ou improvisadas, com ou sem msica.

TCNICO DE SOM - instala e repara os equipamentos de som de acordo com a direo; fornece manuteno a estes equipamentos; auxilia tecnicamente ao Operador de som, quando necessrio.

Cinema

ADERECISTA - Monta , transforma ou duplica , utilizando-se de tcnicas artesanais , objetos cengraficos e de indumentria , segundo orientao do Cengrafo e/ou figurinista.

ANIMADOR -Executa a visualizao do roteiro, modelos dos personagens e os "lay-outs'' de cena, conforme orientao do Diretor de Animao.

ARQUIVISTA DE FILMES Organiza, controla e mantm sob sua guarda filmes e material publicitrio em arquivos apropriados; avalia e relata o estado do material, coordenando os trabalhos de reviso e reparos das cpias, quando possvel ou necessrio, com o auxlio do Revisor.

ASSISTENTE DE ANIMAO -Transfere para o acetato, os "lay-outs" do Animador e do Assistente de Animador.

ASSISTENTE DE ANIMADOR -Completa o planejamento do Animador intercalando os desenhos; faz pequenas animaes.

ASSISTENTE DE CMERA DE CINEMA Assiste o Operador de Cmera e o Diretor de Fotografia; monta e desmonta a cmera de cinema e seus acessrios; zela pelo bom estado deste equipamento, carrega e descarrega chassis, opera o foco, o "zoom" e o diafragma, redige os boletins de cmera, prepara o material a ser encaminhado ao laboratrio, realiza os testes de verificao de equipamento.

ASSISTENTE DE CENOGRAFIA - Assiste o Cengrafo em suas atribuies; coleta danos e realiza pesquisas relacionadas com o projeto cenogrfico.

ASSISTENTE DO DIRETOR CINEMATOGRFICO - Assiste o Diretor Cinematogrfico em suas atividades, desde a preparao da produo at o trmino das filmagens; coordena as comunicaes entre o Diretor de Produo Cinematogrfico e o conjunto da equipe e do elenco; colabora na anlise tcnica do roteiro, do plano e da programao diria de filmagens ou ordem do dia; supervisiona o recebimento e distribuio dos elementos requisitados na ordem do dia; coordena e dinamiza as atividades, visando o cumprimento da programao estabelecida.

ASSISTENTE DO MONTADOR CINEMATOGRFICO - Encarrega-se da ordenao, classificao e sincronizao do som e imagem do copio; executa os cortes indicados pelo Montador Cinematogrfico; classifica e ordena as sobras de som e imagem; sincroniza as diversas pistas componentes da trilha sonora do filme.

ASSISTENTE DE MONTADOR DE NEGATIVO -Assiste o Montador de Negativo em suas atribuies; prepara o material e equipamento a ser utilizado; acondiciona as sobras de material.

ASSISTENTE DE OPERADOR DE CMERA DE ANIMAO - Assiste o Operador de Cmera no processo de filmagem de animao.

ASSISTENTE DE PRODUTOR CINEMATOGRFICO - Assiste o Diretor de Produo Cinematogrfica no desempenho de suas funes.

ASSISTENTE DE REVISOR E LIMPADOR - Encarrega-se da reviso e limpeza de pelculas e fitas magnticas.

ASSISTENTE DE TRUCADOR - Assiste o Trucador Cinematogrfico em suas atribuies.

ATOR - Cria, interpreta e representa uma ao dramtica baseando-se em textos, estmulos visuais, sonoros ou outros, previamente concebidos por um autor ou criados atravs de improvisaes individuais ou coletivas; utiliza-se de recursos vocais, corporais e emocionais, apreendidos ou intudos, com o objetivo de transmitir ao espectador o conjunto de idias e aes dramticas propostas; pode utilizar-se de recursos tcnicos para manipular bonecos, tteres e congneres; pode interpretar sobre a imagem ou a voz de outrem; ensaia buscando aliar a sua criatividade do Diretor; atua em locais onde se apresentam espetculos de diverses pblicas e/ou nos demais veculos de comunicao.

AUXILIAR DE TRFEGO - Encarrega-se do encaminhamento dos filmes aos seus devidos setores.

CENARISTA DE ANIMAO - Executa os cenrios necessrios para cada plano, cena e seqncia da animao conforme os "lay-outs" de cena e orientao do Chefe de Arte e do Diretor de Animao.

CENGRAFO - Cria, projeta e supervisiona, de acordo com o esprito da obra, a realizao e montagem de todas as ambientaes e espaos necessrios cena; determina os materiais necessrios; dirige a preparao, montagem e remontagem das diversas unidades de trabalho. Nos filmes de longa metragem exerce, ainda, as funes de Diretor de Arte.

CENOTCNICO - Planeja, coordena, constri, adapta e executa todos os detalhes de material, servios e montagem dos cenrios, segundo maquetes, croquis e plantas fornecidas pelo cengrafo.

CHEFE DE ARTE DE ANIMAO - Coordena o trabalho dos Coloristas e da copiadora eletrosttica.

COLADOR-MARCADOR DE SINCRONISMO - Tira as pontas de sincronismo, ao mesmo tempo que faz a marca do ponto sincrnico do anel anterior, colocando, por meio de emendas, e rolo de filme e de magntico em seu estado original.

COLORISTA DE ANIMAO - Colore os desenhos impressos no acetato sob a superviso do Chefe de Arte.

CONFERENTE DE ANIMAO - Confere o trabalho dos Coloristas; auxilia na filmagem; cuida do mapa de animao e da ordem dos desenhos e cenrios, separando-os por planos e cenas.

CONTINUISTA DE CINEMA - Assiste o Diretor Cinematogrfico no que se refere ao encadeamento e continuidade da narrativa, cenrios, figurinos, adereos, maquiagem, penteados, luz, ambiente, profundidade de campo, altura e distncia da cmera; elabora boletins de continuidade e controla os de som e de cmera; anota dilogos, aes, minutagens, dados de cmera e horrio das tomadas; prepara a claquete; informa produo dos gastos dirios de negativo e fita magntica.

CONTA-REGRA DE CENA - Encarrega-se da guarda, conservao e colocao dos objetos de cena, sob orientao do Cengrafo.

CORTADOR-COLADOR DE ANIS - Corta os trechos marcados do copio ou cpia do trabalho seguindo a numerao feita pelo Marcador de Anis.

DIRETOR DE ANIMAO - Cria o planejamento de animao do filme, os "lay-outs" de cena, guias de animao, movimentos de cmera; supervisiona o processo de produo, inclusive trilha sonora; o responsvel pela qualidade do filme.

DIRETOR DE ARTE - Cria, conceitua, planeja e supervisiona a produo de todos os componentes visuais de um filme ou espetculo; traduz em formas concretas as relaes dramticas imaginadas pelo Diretor Cinematogrfico e sugeridas pelo roteiro; define a construo plstico-emocional de cada cena e de cada personagem dentro do contexto geral do espetculo; verifica e elege as locaes, as texturas, a cor e efeitos visuais desejados, junto ao Diretor Cinematogrfico e ao Diretor De Fotografia; define e conceitua o espetculo estabelecendo as bases sob as quais trabalharo o Cengrafo, o Figurinista, o Maquiador, o Tcnico de Efeitos Especiais Cnicos, os grficos e os demais profissionais necessrios, supervisionando-os durante as diversas fases de desenvolvimento do projeto.

DIRETOR DE ARTE DE ANIMAO Responsvel pelo visual grfico dos filmes de animao; cria os personagens e os cenrios do filme.

DIRETOR CINEMATOGRFICO - Cria a obra cinematogrfica, supervisionando e dirigindo sua execuo, utilizando recursos humanos, tcnicos e artsticos; dirige artisticamente e tecnicamente a equipe e o elenco; analisa e interpreta o roteiro do filme, adequando-o realizao cinematogrfica sob o ponto de vista tcnico e artstico; escolhe a equipe tcnica e o elenco; supervisiona a preparao da produo; escolhe locaes, cenrios, figurinos, cenografias e equipamentos; dirige e/ou supervisiona a montagem, dublagem, confeco da trilha musical e sonora, e todo o processamento do filme at a cpia final; acompanha a confeco do "trailer", do "avante-trailer".

DIRETOR DE DUBLAGEM - Assiste ao filme e sugere a escalao do elenco para a dublagem do filme; esquematiza a produo, programa nos horrios de trabalho, orienta a interpretao e o sincronismo do Ator sobre sua imagem ou de outrem.

DIRETOR DE FOTOGRAFIA - Interpreta com imagens o roteiro cinematogrfico, sob a orientao do Diretor Cinematogrfico; mantm o padro tcnico e artstico da imagem; durante a preparao do filme, seleciona e aprova o equipamento adequado ao trabalho, indicando e/ou aprovando os tcnicos sob sua orientao, o tipo de negativo a ser adotado, os testes de equipamento; examina e aprova locaes interiores e exteriores, cenrios e vesturios; nas filmagens orienta o Operador de Cmera, Assistente de Cmera, Eletricistas, Maquinistas e supervisiona o trabalho do Continuista e o do Maquiador, sob o ponto de vista fotogrfico; no acabamento do filme, quando coveniente ou necessrio, acompanha a cpia final, em laboratrio, durante a marcao de luz.

DIRETOR DE PRODUO CINEMATOGRFICA - Mobiliza e administra recursos humanos, tcnicos, artsticos e materiais para a realizao do filme; racionaliza e viabiliza a execuo do projeto, mediante anlise tcnica do roteiro, em conjunto com o Diretor Cinematogrfico ou seu Assistente; administra financeiramente a produo.

EDITOR DE UDIO - Encarrega-se da reviso e sincronizao dos dilogos dublados; sincroniza as "bandas internacionais" e marca as correes a serem feitas na mixagem.

ELETRICISTA DE CINEMA - Encarrega-se da guarda, manuteno e adequada instalao do equipamento eltrico e de iluminao do filme, distribuindo de acordo com as indicaes do Diretor de Fotografia; determina as especificaes dos geradores a serem utilizados.

FIGURANTE - Participa, individual ou coletivamente, como complementao de cena.

FIGURINISTA - Cria e projeta os trajes e complementos usados pelo elenco e figurao, executando o projeto grfico dos mesmos; indica os materiais a serem utilizados; acompanha, supervisiona e detalha a execuo do projeto.

FOTOGRFO DE CENA - Fotografa, durante as filmagens, cenas do filme para efeito de divulgao e confeco de material publicitrio; indica o material adequado ao seu trabalho; trabalha em conjunto com o Diretor Cinematogrfico e o Diretor de fotografia.

GUARDA-ROUPEIRO - Encarrega-se da conservao das peas de vesturio utilizadas no espetculo ou produo, auxilia o elenco e a figurao a vestir as indumentrias, organiza a guarda e embalagem dos figurinos, em caso de viagem.

LETRISTA DE ANIMAO -Executa os letreiros ou crditos para produes cinematogrficas.

MAQUIADOR DE CINEMA - Encarrega-se da maquiagem ou caracterizao do elenco e figurao de um filme, sob orientao do Diretor Cinematogrfico, em comum acordo com o Diretor de Fotografia; indica os produtos a serem utilizados em seu trabalho.

MAQUINISTA DE CINEMA Encarrega-se do apoio direto ao Operador de Cmera, Assistente de Cmera e Eletricista no que se refere ao material de maquinaria; instala e opera equipamentos destinados fixao e/ou movimentao da cmera.

MARCADOR DE ANIS - Executa a marcao dos anis de dublagem, no copio ou cpia de trabalho.

MICROFONISTA - Assiste o Tcnico de Som; monta e desmonta o equipamento, zelando pelo seu bom estado; posiciona os microfones; confecciona os boletins de som.

MONTADOR DO FILME CINEMATOGRFICO - Monta e estrutura o filme, em sua forma definitiva, sob a orientao do Diretor Cinematogrfico, a partir do material de imagem e som usando seus recursos artsticos, tcnicos e equipamentos especficos; zela pelo bom estado e conservao das pistas sonoras, faz o plano de mixagem, participando das mesmas; orienta o Assistente de Montagem.

MONTADOR DE NEGATIVO - Monta negativos de filmes cinematogrficos a partir do copio montado, respeitando os cortes e marcao do Montador de Filme Cinematogrfico.

OPERADOR DE CMERA - Opera a cmera cinematogrfica a partir das instrues do Diretor Cinematogrfico e do Diretor de Fotografia; enquadra as cenas do filme; indica os focos e os movimentos de "zoom" e cmera.

OPERADOR DE CMERA DE ANIMAO - Filma os desenhos em equipamento especial, responsabilizando-se pela qualidade fotogrfica do filme.

OPERADOR DE GERADOR - Encarrega-se da manipulao e operao do gerador e corrente eltrica durante as filmagens.

PESQUISADOR CINEMATOGRFICO - Coleta e organiza dados e materiais, desenvolve pesquisas no sentido de preservao da memria cinematogrfica sob qualquer forma, quer flmica, bibliogrfica, fotogrfica e outras.

PROJECIONISTA DE LABORATRIO - Opera projetor cinematogrfico especialmente preparado para os trabalhos de estdio de som.

REVISOR DE FILME - Executa a reviso e reparo das cpias de filmes, verificando as condies materiais das mesmas, sob coordenao do Arquivista de Filmes.

ROTEIRISTA DE ANIMAO - Cria, a partir de uma idia, texto obra literria, sob a forma de argumento ou roteiro de animao, narrativa com seqncia de ao, com ou sem dilogo, a partir do qual se realiza o filme de animao.

ROTEIRISTA CINEMATOGRFICO - Cria, a partir de uma idia, texto ou obra literria, sob a forma de argumento ou roteiro cinematogrfico, narrativa com seqncias de ao, com ou sem dilogos, a partir da qual se realiza o filme.

TCNICO EM EFEITOS ESPECIAIS CNICOS - Realiza e/ou opera, durante as filmagens, mecanismos que permitem a realizao de cenas exigidas pelo roteiro cinematogrfico, cujo efeito d ao expectador convencimento da ao pretendida pelo Diretor Cinematogrfico.

TCNICOS EM EFEITOS ESPECIAIS TICOS - Realiza e elabora trucagens, durante as filmagens, com acessrios complementares cmera, sem a utilizao de laboratrio de imagens ou "truca".

TCNICO DE FINALIZAO CINEMATOGRFICA - Acompanha as trucagens e faz o trfego de laboratrio, supervisionando a qualidade do material trabalhado, na rea do filme publicitrio.

TCNICO DE MANUTENO ELETRNICA - Encarrega-se da conservao, manuteno e reparo do equipamento eletrnico de um estdio de som.

TCNICO DE MANUTENO E EQUIPAMENTO CINEMATOGRFICO - Responsvel pelo bom andamento das mquinas, com profundo conhecimento de mecnica e/ou eletrnica cinematogrfica.

TCNICO-OPERADOR DE MIXAGEM - Encarrega-se de reunir em uma nica pista, todas as pistas sonoras de um filme, aps submet-las a vrios processos de equalizao sonora.

TCNICO DE SOM - Realiza a interpretao e registro durante as filmagens, dos sons requeridos pelo Diretor Cinematogrfico, indica o material adequado ao seu trabalho e a equipe que o assiste; examina e aprova do ponto de vista sonoro, as locaes internas e externas, cenrios e figurinos, orienta o Microfonista, acompanha o acabamento do filme, a transcrio do material gravado para magntico perfurado, a mixagem e a transcrio tica.

TCNICO EM TOMADA DE SOM - Realiza a gravao de vozes, rudos e msicas, em estdio de som; opera a mesa de gravao; executa equalizaes sonoras.

TCNICO EM TRANSFERNCIA SONORA - Realiza a transferncia de sons gravados em discos, fitas magnticas ou ticas para fitas magnticas ou negativo tico; realiza testes de ajuste do equipamento e da qualidade do negativo tico revelado.

TRUCADOR CINEMATOGRFICO - Executa trucagens ticas, realizando efeitos de imagem desejados pelo Diretor Cinematogrfico; opera o equipamento denominado "truca"Fotonovela

ARTE-FINALISTA DE FOTONOVELA - Aplica as fotos nas pginas; traa as legendas especificando a fala do personagem; faz os fios e o acabamento final de acordo com a diagramao.

ASSISTENTE DE FOTOGRAFIA DE FOTONOVELA - Encarrega-se de material fotogrfico; executa a troca de lentes das cmeras; distribui o material de trabalho entre os iluminadores e toma a medio de luz.

CONTINUSTA DE FOTONOVELA - Acompanha e assiste o Diretor no que refere ao encadeamento e continuidade das cenas, cenrios, figurinos, adereos, maquilagem, penteados, luz ambiente, altura e distncia da cmera; elabora boletins de controle da continuidade.

COORDENADOR DE ELENCO - Seleciona atores para composio de elenco para fotonovela; promove o primeiro contato entre as partes.

DIAGRAMADOR DE FOTONOVELA - Dispe da seqncia das fotos para serem impressas, tendo o cuidado especial na programao grfica das cenas e na colocao das fala; orienta o laboratrio fotogrfico quanto ao padro de ampliao das fotos.

DIRETOR DE FOTONOVELA - Dirige os Atores, Fotgrafo e equipe tcnica; aprova as locaes; quando necessrio encaminha ao Redator adaptaes de texto; determina a ambientalizao cnica e figurinos; discute com o Fotgrafo os melhores ngulos para as tomadas.

DIRETOR DE PRODUO DE FOTONOVELA - Analisa tecnicamente o projeto; elabora o plano para execuo da fotonovela e decide as locaes juntamente com o Diretor; determina a tabela de horrio; providencia todos os meios materiais para a realizao do plano de produo.

REDATOR DE FOTONOVELA - Revisa e rescreve, quando necessrio e devidamente autorizado pelo Roteirista, os textos finais da fotonovela; cria histrias originais ou adapta obras de cunho literrio ou no, transformando-as em roteiros com linguagem adequada fotonovela.

Radiodifuso

ATOR - Cria, interpreta e representa uma ao dramtica, baseando-se em textos, estmulos visuais, sonoros ou outros, previamente concebidos por um autor ou criados atravs de improvisaes individuais ou coletivas; utiliza-se de recursos vocais, corporais e emocionais apreendidos ou intudos, com o objetivo de transmitir ao espectador o conjunto de idias e aes dramticas propostas; pode utilizar-se de recursos tcnicos para manipular bonecos, tteres e congneres: pode interpretar sobre a imagem ou voz de outrem; ensaia buscando aliar sua criatividade do Diretor.

FIGURANTE - Participa, individual ou coletivamente, de espetculos como complementao de cena.