comparação115 novo regime(1)

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1 COMPARAÇÃO ENTRE O DL Nº 115-A/98 E O NOVO REGIME DE ADMINISTRAÇÃO DAS ESCOLAS TERMO DE COMPARAÇÃO DL 115-A/98 (com as alterações da Lei nº 24/99) NOVO REGIME APRECIAÇÃO SUGESTÕES Preâmbulo Identifica três princípios: i) reforço da autonomia das escolas; ii) integração do 1º ciclo neste regime, favorecendo soluções como os agrupamentos com base em cartas educativas; iii) territorialização da política educativa com valorização da participação dos diversos intervenientes Identifica três princípios: i) reforço da participação da família e da comunidade; ii) favorecimento de lideranças fortes; iii)reforço da autonomia da escola articulada com auto-avaliação e avaliação externa Estes objectivos parecem constituir respostas a 3 problemas (falta de participação; falta de lideranças; pouca autonomia), cuja pertinência e gravidade se ignora, uma vez que a única avaliação ao 115- A/98 foi efectuada em 2001 (disponível em www.fpce.ul.pt/centros/ceescola ) e o regime agora proposto não faz o ponto de situação. Os avanços em termos de autonomia desde 1998 foram escassos e, seguramente, a responsabilidade não cabe às escolas. È necessário identificar problemas resultantes da aplicação do 115-A/98, identificados pela avaliação realizada, que justifiquem as mudanças no regime de autonomia, administração e gestão das escolas agora propostas, bem como a sua articulação com os objectivos do novo regime. Princípios gerais Identifica seis princípios (artº 4º): i) Democraticidade e participação dos intervenientes; ii) Primado de critérios pedagógicos sobre administrativos; iii) Representatividade dos órgãos através de eleição; iv) Responsabilidade dos intervenientes, incluindo estado; v) estabilidade e eficiência; vi) transparência. Identifica seis princípios (artº3º): i) igualdade e transparência; ii) integração comunitária da escola; iii) desenvolvimento da democracia; iv) participação dos vários intervenientes; v) democraticidade e representatividade dos órgãos; vi) responsabilidade e prestação de contas É positivo o reforço da responsabilidade da escola através do princípio da prestação de contas. De igual modo, também é positivo o de desenvolvimento de práticas democráticas. Contudo, verifica-se a ausência da referência à primazia de critérios pedagógicos sobre administrativos, prevista no nº 3 do artº 48º da LBSE. É fundamental incluir a referência ao primado de critérios pedagógicos sobre administrativos, de acordo com o nº 3 do artº 48º da LBSE. Princípios orientadores Identifica sete princípios (artº4º): i) integração comunitária; ii) iniciativa da comunidade; iii) flexibilidade das soluções; iv) gradualismo da autonomia decretada; v) qualidade do serviço público de educação; Identifica oito princípios (artº4º): i) promoção do sucesso e prevenção do abandono, melhoria do serviço público de educação, das aprendizagens e dos resultados; ii) Equidade e igualdade de oportunidades; iii) melhoria de condições de estudo e trabalho; iv) cumprimento de direitos e deveres; Embora o haja alterações substantivas, é positiva a referência à melhoria do sucesso dos alunos e à prevenção do abandono escolar.

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COMPARAÇÃO ENTRE O DL Nº 115-A/98 E O NOVO REGIME DE ADMINISTRAÇÃO DAS ESCOLAS

TERMO DECOMPARAÇÃO

DL 115-A/98(com as alterações da Lei nº 24/99)

NOVO REGIME APRECIAÇÃO SUGESTÕES

Preâmbulo

Identifica três princípios:i) reforço da autonomia das escolas;ii) integração do 1º ciclo neste regime,favorecendo soluções como osagrupamentos com base em cartaseducativas;iii) territorialização da políticaeducativa com valorização daparticipação dos diversos intervenientes

Identifica três princípios:i) reforço da participação da família e dacomunidade;ii) favorecimento de lideranças fortes;iii)reforço da autonomia da escola articuladacom auto-avaliação e avaliação externa

Estes objectivos parecemconstituir respostas a 3problemas (falta de participação;falta de lideranças; poucaautonomia), cuja pertinência egravidade se ignora, uma vezque a única avaliação ao 115-A/98 foi efectuada em 2001(disponível emwww.fpce.ul.pt/centros/ceescola)e o regime agora proposto nãofaz o ponto de situação.Os avanços em termos deautonomia desde 1998 foramescassos e, seguramente, aresponsabilidade não cabe àsescolas.

È necessário identificarproblemas resultantes daaplicação do 115-A/98,identificados pela avaliaçãorealizada, que justifiquem asmudanças no regime deautonomia, administração egestão das escolas agorapropostas, bem como a suaarticulação com os objectivosdo novo regime.

Princípios gerais

Identifica seis princípios (artº 4º):i) Democraticidade e participação dosintervenientes;ii) Primado de critérios pedagógicossobre administrativos;iii) Representatividade dos órgãosatravés de eleição;iv) Responsabilidade dosintervenientes, incluindo estado;v) estabilidade e eficiência;vi) transparência.

Identifica seis princípios (artº3º):i) igualdade e transparência;ii) integração comunitária da escola;iii) desenvolvimento da democracia;iv) participação dos vários intervenientes;v) democraticidade e representatividade dosórgãos;vi) responsabilidade e prestação de contas

É positivo o reforço daresponsabilidade da escolaatravés do princípio da prestaçãode contas.De igual modo, também épositivo o de desenvolvimentode práticas democráticas.Contudo, verifica-se a ausênciada referência à primazia decritérios pedagógicos sobreadministrativos, prevista no nº 3do artº 48º da LBSE.

É fundamental incluir areferência ao primado decritérios pedagógicos sobreadministrativos, de acordocom o nº 3 do artº 48º daLBSE.

Princípiosorientadores

Identifica sete princípios (artº4º):i) integração comunitária;ii) iniciativa da comunidade;iii) flexibilidade das soluções;iv) gradualismo da autonomiadecretada;v) qualidade do serviço público deeducação;

Identifica oito princípios (artº4º):i) promoção do sucesso e prevenção doabandono, melhoria do serviço público deeducação, das aprendizagens e dos resultados;ii) Equidade e igualdade de oportunidades;iii) melhoria de condições de estudo etrabalho;iv) cumprimento de direitos e deveres;

Embora não haja alteraçõessubstantivas, é positiva areferência à melhoria do sucessodos alunos e à prevenção doabandono escolar.

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vi) estabilidade e transparência dagestão;vii) sustentabilidade e equidade

v) eficiência na gestão de recursos;vi) estabilidade e transparência da gestão;vii) condições de participação da comunidade;viii) flexibilidade organizativa.

Agrupamento deescolas

Finalidades (artº5º):i) percurso sequencial e articulado;ii) superação de isolamento e exclusão;iii) reforço da capacidade pedagógica eracionalidade na gestão dos recursos;iv) aplicação do regime de autonomia;v) enquadramento das experiências emcurso.

Critérios (artº 6º):i) projecto pedagógico comum;ii) percurso escolar integrado;iii) articulação curricular;iv) proximidade;v) reorganização da rede;vi) manutenção da identidade daescola;vii) nível concelhioviii) nenhum estabelecimento emisolamento

Finalidades (artº6º):i) percurso sequencial e articulado;ii) superação de isolamento e exclusão;iii) reforço da capacidade pedagógica eracionalidade na gestão dos recursos;iv) aplicação do regime de autonomia.

Critérios (artº 6º):i) percurso escolar integrado;ii) articulação curricular;iii) proximidade;iii)ordenamento da rede;iv) manutenção da identidade da escola;v) nível concelhiovi)nenhum estabelecimento em isolamento

Possibilidade de agregar agrupamentos (7º)

A única novidade reside napossibilidade de agregação deagrupamentos, o que significaque o esforço de racionalizaçãoda rede escolar ainda não parou.

O novo regime deve referirexpressamente que ainiciativa da administraçãopara a agregação deagrupamentos deve dependerda aceitação dos órgãos deadministração e gestão dosagrupamentos implicados.

Conceito deautonomia

Poder reconhecido pela administraçãopara a escola tomar decisões nosdomínios estratégico, pedagógico,administrativo, financeiro eorganizacional(artº 3º)

Faculdade de a escola tomar decisões nosdomínios da organização pedagógica,organização curricular, gestão de recursoshumanos, acção social escolar, gestãoestratégica, patrimonial, administrativa efinanceira A autonomia depende da dimensãoe capacidade da escola, bem como da auto-avaliação e avaliação externaÈ gradual e sustentável (artº 8º)

Sem alterações substantivas anão ser as referências à avaliaçãoexterna e à auto-avaliação dada apublicação da Lei nº 31/2002 eos desenvolvimentos maisrecentes no domínio da avaliaçãodas escolas.

Instrumentosautonomia

Projecto educativoRegulamento InternoPlano anual de Actividades (artº3º)

Projecto educativoRegulamento InternoPlano anual de ActividadesRelatório anual de actividadesConta de gerênciaRelatório de auto-avaliação (artº 9º)

Não há novidades substantivasdado que o relatório anual, aconta de gerência e a avaliaçãointerna da escola já constituíamcompetências da Assembleia

Órgãos deadministração e

gestão

AssembleiaConselho executivo ou directorConselho Pedagógico

Conselho GeralDirectorConselho Pedagógico

A única novidade é aobrigatoriedade de o órgão degestão ser unipessoal, o que

A opção por um órgão degestão unipessoal ou colegialdeve constituir uma decisão da

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Conselho Administrativo (artº 7º)

Conselho Administrativo (artº 10º)

constitui perda de autonomia porparte da escola.

escola, a definir no seu RI

Órgão de direcção esuas competências

Assembleia, responsável pelas linhasorientadoras da escola, cabendo-lhe:i) eleger presidente de entre docentes;ii) aprovar PEE, acompanhar e avaliarexecução;iii) aprovar RI;iv) Emitir parecer sobre PAA,verificando conformidade com PEE;v) Apreciar relatórios;vi) Aprovar contrato de autonomia;vii) Definir linhas do orçamento;viii) Apreciar conta de gerência;ix) Apreciar avaliação interna;x) Incentivar relação com comunidade;xi) Requerer informações e dirigirrecomendações;xii) Acompanhar eleições do CEatravés de comissão(artºs 8º e 10º)

Conselho geral, responsável pelas linhasorientadoras da escola, cabendo-lhe:i) eleger presidente de entre representantes deautarquia, pais ou comunidade;ii) seleccionar e eleger o director;iii) aprovar PEE, acompanhar e avaliarexecução;iv) aprovar RI;v) Emitir parecer sobre PAA, verificandoconformidade com PEE;vi) Apreciar relatórios;vii) Aprovar contrato de autonomia;viii) Definir linhas do orçamento;ix) Aprovar conta de gerência;x) Apreciar avaliação interna;xi) Incentivar relação com comunidade;xii) Pronunciar-se sobre organização dehorários;xiii) Acompanhar e fiscalizar outros órgãosatravés de comissão permanente (artºs 11º e 13º)

As competências do órgão dedirecção saem reforçadas atravésda escolha do Director, doacompanhamento e dafiscalização de outros órgãos eda emissão de parecer sobrehoráriosA exclusão da possibilidade deum professor poder ser eleitocomo presidente do ConselhoGeral não se compreende, muitomenos a justificação apresentadapelo secretário de estado.O conceito e as práticasassociadas à competência de“fiscalização” não se adequam àtransparência na relação entreórgãos.A competência de emissão deparecer sobre horários ésupérflua e desnecessária porqueestá integrada noutras do órgãode direcção.

§O Conselho Geral deve podereleger um professor (ououtro membro qualquer)como presidente.§ É de eliminar a competência

de “fiscalização”, embora acomissão permanente doConselho possa manter-separa efeitos deacompanhamento da acçãoeducativa da escola.§ Deve ser retirada a

competência “pronunciar-sesobre os critérios deorganização dos horários”(alínea l)

Composição doórgão de direcção

i) Máximo de 20 membros;ii) Professores: máximo de 50%;iii) Funcionários: mínimo de 10%;iv) Pais e EE: mínimo de 10%;v) Alunos: não definida;vi) Autarquia e Comunidade: nãodefinida;vii) Presidente do CE ou o Director ePresidente do CP (sem direito a voto) (artºs 8º e 9º)

i) Máximo de 20 membros;ii) Professores: entre 30% a 40%;iii) Professores+funcionários: máximo de50%;iv) Pais e EE: mínimo de 20%;v) Alunos: máximo de 10%;vi) Autarquia e Comunidade, com osrepresentantes daquela a não ser inferior aosde esta;vii) Director (sem direito a voto) (artº 12º)

Verifica-se uma diminuição daparticipação dos professores noórgão de direcção.Paralelamente, há um aumento daparticipação dos Pais e EE.É possível o aumento daparticipação da autarquia e dacomunidade em consequência dasopções que escola fizer doslimites estabelecidos.

Reunião do órgão dedirecção

i) Ordinariamente uma vez portrimestre;ii) Extraordinariamente: convocadopelo presidente, a requerimento de 1/3dos membros ou solicitação dopresidente do CE ou do director

i) Ordinariamente uma vez por trimestre;ii) Extraordinariamente: convocado pelopresidente, a requerimento de 1/3 dosmembros ou solicitação do director(artº 14º)

Sem qualquer alteraçãosubstantiva.

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(artº 11º)

Designação dosrepresentantes doórgão de direcção

i) Os representantes dos alunos,funcionários e professores são eleitos;ii) Os representantes dos pais e EE sãoindicados em assembleia de pais sobproposta da respectiva da associação;iii) Os representantes da autarquia sãodesignados por esta;iv) Os representantes da comunidadesão cooptados(artº 12º)

i) Os representantes dos alunos, funcionários eprofessores são eleitos;ii) Os representantes dos pais e EE sãoindicados em assembleia de pais sob propostada respectiva da associação;iii) Os representantes da autarquia sãodesignados por esta;iv) Os representantes da comunidade sãocooptados(artº 15º)

Sem qualquer alteraçãosubstantiva.

Eleições para oórgão de direcção

i) Os representantes dos alunos,funcionários e professores constituemlistas separadas com efectivos esuplentes;ii) A conversão dos votos em mandatossegue o método de Hondt(artº 13º)

i) Os representantes dos alunos, funcionários eprofessores constituem listas separadas comefectivos e suplentes;ii) Professores: 25% de titularesiii) A conversão dos votos em mandatos segueo método de Hondt(artº 16º)

A única alteração decorre daobrigatoriedade de as listas deprofessores apresentarem 25% deprofessores titulares o que, face aonúmero de professores destacategoria, pode ser de difícilcumprimento.

Deve ser retirada aobrigatoriedade de 25% deprofessores candidatosdeverem ter a categoria deprofessor titular.

Mandato do órgãode direcção

i) 3 anos;ii) Pais e EE: 1 ano;iii) Substituição de qualquer membrono caso de perda da qualidade,preenchendo-se a vaga pela ordem dalista(artº 14º)

i) 3 anos;iii) Substituição de qualquer membro no casode perda da qualidade, preenchendo-se a vagapela ordem da lista(artº 17º)

A única alteração decorre daduração do mandato dos pais e EEpassar igualmente para 3 anos, amenos que o RI fixe de mododiferente.

Órgão de gestão

Conselho Executivo ou Director, oprimeiro constituído por presidente e 2a 4 vice-presidentes e o segundocoadjuvado por 2 adjuntos(artºs 15º e 16º)

Director, coadjuvado por 2 a 4 adjuntosfixados em função da dimensão da escola e daoferta educativa(artºs 18º e 19º)

A principal alteração decorre daobrigatoriedade do carácterunipessoal do órgão de gestão,retirando à escola a possibilidadede escolha entre órgão unipessoale órgão colegial.

A opção por um órgão degestão unipessoal ou colegialdeve ser mantida, como atrásse referiu.

Competências doórgão de gestão

i) Submeter a aprovação o PEE;ii) Elaborar e submeter a aprovação oRI;iii) Elaborar e submeter a aprovação ocontrato de autonomia;iv) Definir regime de funcionamento;v) Elaborar projecto de orçamento;vi) Elaborar o PAA;vii) Elaborar relatórios periódicos efinal do plano de actividades;viii) Superintender na constituição de

i) elaborar e submeter a aprovação o PEE;ii) elaborar e submeter a aprovação o RI;iii) elaborar e submeter a aprovação o contratode autonomia;iv) Definir regime de funcionamento;v) Elaborar projecto de orçamento;vi) Elaborar o PAA;vii) Elaborar relatório anual de actividades;viii) Aprovar o plano de formação do pessoal;ix) Superintender na constituição de turmas eelaboração de horários;

As competências do órgão degestão são reforçadas visto que elepassa a elaborar o PEE (anteriorcompetência do CP), a aprovar oplano de formação (anteriorcompetência do CP) e a designartodos os coordenadores deestruturas intermédias (oscoordenadores de departamentocurricular, por exemplo, erameleitos).

É conveniente deixar aocritério da escola apossibilidade de opção noprocesso de escolha decoordenadores dedepartamento curricular ououtras estruturas intermédias:designação ou eleição.Por outro lado, é necessárioque, no plano de formação dopessoal docente, seja, no

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turmas e elaboração de horários;ix) Distribuir serviço;x) Designar os directores de turma;xi) Planear e assegurar a ASExii)Gerir instalações, espaços,equipamentos e recursos;xiii) Estabelecer protocolos e acordos;xiv) Seleccionar pessoal docente e nãodocente;xv) Representar a escola;xvi) Exercer poder hierárquico edisciplinar;xvii) Realizar a avaliação do pessoal;(artºs 17º e 18º)

x) Distribuir serviço;xi) Designar coordenadores de escola (1ºciclo/pré-escolar), de departamento curricular,directores de turma e responsáveis deestruturas de coordenação e supervisãopedagógica;xii) Planear e assegurar a ASExiii)Gerir instalações, espaços, equipamentose recursos;xiv) Estabelecer protocolos e acordos;xv) Seleccionar pessoal docente e nãodocente;xvi) Dirigir serviços de apoio;xvii) Representar a escola;xviii) Exercer poder hierárquico e disciplinar;xix) Realizar a avaliação de desempenho dopessoal;(artº 20º)

mínimo, ouvido o CP.

Recrutamento para oórgão de gestão

i) Eleito em assembleia eleitoralconstituída por todos os professores efuncionários, representantes de alunosdo ES e dos pais e EE;ii) Os candidatos a presidente oudirector são PQND com 5 anos deserviço e uma das condições dequalificação (habilitação em gestãoescolar ou experiência de um mandatoem gestão);iii) Os candidatos a vice-presidente ouadjuntos são PQ com 3 anos de serviçoe qualificação (habilitação específicapara outras funções);iv) A candidatura implica programa deacção;v) Ganha a lista que obtenha maioriaabsoluta desde que esta represente nomínimo 60% dos eleitores;vi) A posse é conferido pelo presidenteda Assembleia(artºs 19º, 20º e 21º)

i) Eleito pelo Conselho Geral medianteprocedimento concursal prévio;ii) Os candidatos a director são PQND ouprofissionalizados do EPC com 5 anos deserviço e uma das condições de qualificação(habilitação em gestão escolar, experiência deum mandato em gestão no 115-A/98 ou nomínimo 3 anos como director pedagógico doEPC);iii) Os adjuntos são nomeados pelo directorentre PQND da escola com 5 anos de serviçoe uma das condições de qualificação;iv) O procedimento concursal é publicitado;v) Os candidatos entregam curriculum vitae eprojecto de intervenção na escola;vi) A avaliação das candidaturas é efectuadapela Comissão Permanente ou uma comissãoad hoc, sendo considerados o curriculumvitae, o projecto de intervenção e umaentrevista individual;vii) O Conselho Geral, após apreciar relatórioda Comissão e possível audição doscandidatos, elege um, considerando-se eleito oque obtenha maioria absoluta;

Um dos pontos críticos do 172/91,cujo procedimento derecrutamento para o órgão degestão era semelhante, consistiuna frequente contradição entre aseriação efectuada pela comissãoe o resultado final da votação noConselho de Escola, o queprovocou muitos problemas ediversos processos judiciais.Por outro lado, é redutor limitar aexperiência de gestão ao exercíciode cargos na vigência do DL 115-A/98, ignorando a experiêncianoutros modelos.Finalmente, é questionável o factode a posse do órgão de gestão serconferida pelo DRE que não tevequalquer papel no seurecrutamento.

§É necessário que a portaria apublicar defina, de formamais rigorosa possível, oscritérios de avaliação doperfil do director.§ Afigura-se pertinente

vincular o Conselho Geralao parecer da comissão, amenos que factos novosrelacionados com aentrevista sugiram umadecisão diferente da contidano relatório da comissão.§ É conveniente considerar

como prioridade norecrutamento os candidatosque disponham, emsimultâneo, de duascondições de qualificação: aformação e a experiência.§ É necessário considerar

também a experiência degestão escolar adquirida nosoutros modelos de gestão

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viii) No caso de nenhum sair vencedor, oConselho reúne no prazo de 5 dias, para novoescrutínio entre os 2 candidatos mais votados,considerando-se eleito o que obtiver maioriasimplesix) o director toma posse perante o directorregional de educação, após o que tem 30 diaspara designar os adjuntos(artºs 21º, 22º,23º e 24º)

escolar em Portugal depoisde 1974, ou seja, ao abrigodo DL 172/91 e do 769-A/76.§ A posse do director deve ser

conferida pelo presidente doConselho Geral.§ O director deve apresentar

propostas de nomeação dosadjuntos ao Conselho Geralpara ratificação.

Mandato do órgãode gestão

i) 3 anos, podendo cessar pordeliberação de maioria qualificada daAssembleia, por despacho do DRE ou arequerimento do interessado;ii) No caso de cessação de um vice-presidente, este é cooptado;iii) No caso de cessação do presidente,há novo processo eleitoral. (artº 22º)

i) 3 anos, podendo ser reconduzido semprocedimento concursal mediante decisão damaioria do Conselhoii) os mandatos estão limitados a 3consecutivosiii) O mandato pode cessar por deliberação demaioria qualificada do Conselho, pordespacho do DRE, a requerimento dointeressado dirigido ao DRE ou por membrodo governo na sequência de avaliação externaou acção inspectiva;iv) No último caso, o governo designa umacomissão administrativa que prepara novoconcurso (?);v) A cessação de mandato implica semprenovo procedimento concursalvi) Os adjuntos podem ser exonerados a todoo tempo pelo director(artº 25º)

Não se compreende o facto de odirector dever solicitar a suademissão ao DRE.A Comissão Administrativa nãotem que preparar o novoprocedimento concursal dado queesta competência cabe aoConselho Geral.

§ O pedido de demissão dodirector deve serapresentado ao presidente doConselho Geral, a quemcabe a iniciativa dedesencadear novoprocedimento concursal (enão à ComissãoAdministrativa).

Exercício de funções

i) Em comissão de serviço ou em contratoindividual de trabalho;ii) Em dedicação exclusiva, comincompatibilidade com excepção daparticipação em órgãos de representação,comissão ou grupos de trabalho criados peloME, criação literária ou artística ou realizaçãode conferências;iii) O director está isento do horário detrabalho, embora obrigado ao cumprimento doperíodo normal;iv) Pode prestar serviço lectivo caso pertença

O DL 115-A/98 não estabelecianada a propósito. No entanto, nãose compreende a limitaçãoimposta de o director ser professordo quadro da escola para poderdesempenhar serviço lectivo.

Deve ser retirada a limitaçãode pertença ao quadro daescola para o director, caso oentenda, poder ter serviçolectivo distribuído.

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ao quadro da escola.(artºs 26º, 27º, 28º, 29º)

Assessorias

i) A Assembleia pode autorizarmediante proposta do director ou doconselho executivo, escolhidas entreprofessores da escola;ii) As assessorias são definidas emfunção da população e do tipo e regimede funcionamento(artº 23º)

i) O Conselho pode autorizar medianteproposta do director ou do conselhoexecutivo, escolhidas entre professores daescola;ii) As assessorias são definidas em função dapopulação e do tipo e regime defuncionamento(artº 30º)

Sem qualquer alteraçãosubstantiva.

Composição doConselho

Pedagógico

i) A estabelecer pela escola com ummáximo de 20 membros, respeitandoalguns princípios (participação derepresentantes das estruturas deorientação educativa, serviços de apoioeducativo, associações de pais e EE,alunos, funcionários e dos projectos dedesenvolvimento educativo)ii) O presidente do conselho executivoou director é membro do CP;iii) Em assuntos sigilosos (exames,avaliação...) só participam docentes;v) Os representantes dos alunos sãoleitos anualmente em assembleia dedelegados de turma.(artº 25º)

i) A estabelecer pela escola com um máximode 15 membros, respeitando alguns princípios(participação dos coordenadores dedepartamento curricular, participação dasestruturas de coordenação, supervisãopedagógica e orientação educativa erepresentação dos /EE e alunos)ii) O director é presidente do CP;iii) Em assuntos sigilosos (exames,avaliação...) só participam docentes;iv) Os representantes dos pais e EE sãodesignados pela associação;v) Os representantes dos alunos são eleitosanualmente em assembleia de delegados deturma.(artº 32º)

As principais alterações são§a diminuição do número de

membros do órgão;§a acumulação da presidência do

CP por parte do director.§A manutenção de representantes

de pais/EE e alunos. A acumulação do cargo depresidente pelo director traduz-senuma diminuição da autonomiado órgão. Por outro lado, face aocarácter técnico-pedagógico doCP, traduzido no conjunto dassuas competências, este órgãoconstitui o espaço de afirmaçãoda profissionalidade docente,pelo que é convenientereequacionar a presença de pais eencarregados de educação ealunos.

§ A decisão quanto àpresidência do CP devecaber à escola a qual, no RI,define se pretende umprocesso de eleição (odirector pode obviamenteser eleito) ou a acumulaçãode funções pelo director.§Dado o carácter técnico-

pedagógico do CP, na suacomposição apenas devemconstar professores, pelo quedeve retirar-se a participaçãode representantes de pais eencarregados de educação ealunos deste órgão.

Competências doConselho

Pedagógico

i) Eleger o presidente entre os docentes;ii) Elaborar o PEE;iii) Apresentar propostas para PAA epronunciar-se sobre o projecto;iv) Pronunciar-se sobre RI;v) Pronunciar-se sobre proposta decontrato de autonomia;vi) Elaborar plano de formação;vii) Definir critérios nos domínios daorientação escolar e vocacional,acompanhamento pedagógico,avaliação dos alunos e horários;

i) Apresentar propostas para PEE e PAA;ii) Pronunciar-se sobre RI;iii) Pronunciar-se sobre proposta de contratode autonomia;iv) Apresentar propostas para plano deformação;v) Definir critérios nos domínios daorientação escolar e vocacional,acompanhamento pedagógico, avaliação dosalunos e horários;vi) Propor a criação de áreas disciplinares oudisciplinas de conteúdo local e regional e os

O Conselho Pedagógico perdecompetências designadamente:§eleger o presidente entre os seus

membros;§a elaboração do PEE, cuja

competência transita para odirector;

§a elaboração do plano deformação do pessoal docente enão docente, que transitaigualmente para o director;

§a intervenção na avaliação de

§ Como se referiu, a decisãoquanto à presidência do CPdeve caber à escola a qual,no RI, define se pretende umprocesso de eleição ou outrasolução§ A competência de

elaboração do plano deformação do pessoal docentedeve permanecer no CP ouhaver uma referênciaexplícita à necessidade de

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viii) Propor a criação de áreasdisciplinares ou disciplinas de conteúdolocal e regional e os respectivosprogramas;ix) Definir princípios nos domínios daarticulação e diversificação curricular,apoios e complementos educativos emodalidades especiais de educaçãoescolar;x) Adoptar manuais escolares;xi) Propor experiências de inovaçãopedagógica;xii) Promover e apoiar iniciativasformativas e culturais;xiii) Definir requisitos para contrataçãode pessoal;xiv) Intervir na avaliação dedesempenho;xv) Acompanhar a execução das suasdeliberações. (artº 26º)

respectivos programas;vii) Definir princípios nos domínios daarticulação e diversificação curricular, apoiose complementos educativos e modalidadesespeciais de educação escolar;viii) adoptar manuais escolares;ix) Propor experiências de inovaçãopedagógica;x) Promover e apoiar iniciativas formativas eculturais;xi) Definir requisitos para contratação depessoal;xii) Acompanhar a execução das suasdeliberações.(artº 33º)

desempenho que o novo regimenão identifica.

A perda da primeira competênciachoca frontalmente com oproclamado objectivo de atribuirmais competência à escola nodomínio da capacidade de auto-organização. Compreende-se atransição da competência deelaboração do PEE, mas éincompreensível a perda dasoutras duas.

audição deste órgão, dadasas implicações com oprocesso ensinoaprendizagem e odesenvolvimentoprofissional dos docentes.§De igual modo, o CP deve

manter competências aonível da avaliação dedesempenho até porque é noseu seio que emerge acomissão deacompanhamento daavaliação de desempenho.

Funcionamento doConselho

Pedagógico

i) Reúne ordinariamente uma vez pormês;ii) Reúne extraordinariamente poriniciativa do presidente, a requerimentode 1/3 dos membros ou mediantepedido da Assembleia ou do conselhoexecutivo/director (artº 27º)

i) Reúne ordinariamente uma vez por mês;ii) Reúne extraordinariamente por iniciativado presidente, a requerimento de 1/3 dosmembros ou mediante pedido do ConselhoGeral ou do director (artº 34º)

Sem qualquer alteração, embora aredacção não esteja correcta namedida em que o presidente e odirector são, neste regime, amesma pessoa.

Composição doConselho

Administrativo

i) Presidente do conselho executivo oudirector, que preside;ii) Um dos vice-presidentes por estedesignadoiii) O chefe de serviços deadministração escolar (artº 29º)

i) Director, que preside;ii) Um dos adjuntos por este designadoiii) O chefe de serviços de administraçãoescolar (artº 36º)

Sem qualquer alteraçãosubstantiva.

Competências doConselho

Administrativo

i) Aprovar o projecto de orçamento;ii) Elaborar o relatório de contas;iii) Autorizar a realização de despesas,fiscalizar a cobrança de receitas everificar a gestão financeira;iv) Actualizar o cadastro;

i) Aprovar o projecto de orçamento;ii) Elaborar o relatório de contas;iii) Autorizar a realização de despesas,fiscalizar a cobrança de receitas e verificar agestão financeira;iv) Actualizar o cadastro;

Sem qualquer alteraçãosubstantiva.

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(artº 30º) (artº 37º)

Funcionamento doConselho

Administrativo

i) Reúne ordinariamente uma vez pormês;ii) Extraordinariamente por iniciativado presidente ou a pedido de qualquermembro (artº 31º)

i) Reúne ordinariamente uma vez por mês;ii) Extraordinariamente por iniciativa dopresidente ou a pedido de qualquer membro (artº 38º)

Sem qualquer alteraçãosubstantativa.

Estruturas deorientação educativa

São definidas pelo RI e visami) reforço da articulação curricular;ii) organização, acompanhamento eavaliação das actividades de turma ougrupo de alunos;iii) coordenação pedagógica de ano,ciclo ou curso (artº 34º)

São definidas pelo RI e visami) articulação curricular;ii) organização, acompanhamento e avaliaçãodas actividades de turma ou grupo de alunos;iii) coordenação pedagógica de ano, ciclo oucursoiv) avaliação de desempenho do pessoaldocente (artº 41º)

A única alteração é a introduçãoda avaliação de desempenho.

Estruturas dearticulaçãocurricular

i) departamentos curriculares;ii) coordenador de departamentocurricular eleito pelos docentes (artº 35º)

i) departamentos curriculares (4 no 2º/3º ciclodo EB e ES podendo chegar a 6)ii) coordenador de departamento curriculardesignado pelo director (artº 42º)

Há três factores de clara perda daautonomia da escola:§a imposição central do número

de departamentos a criar;§a limitação da escolha do

coordenador entre osprofessores titulares;

§o facto de o coordenador deixarde ser eleito para ser designadopelo director.

§ A decisão quanto ao númeroe composição dosdepartamentos curricularesdeve pertencer à escola.§De igual modo, deve caber à

escola a decisão quanto àescolha dos coordenadoresde departamento curricular ede outras estruturasintermédias (por eleição oupor designação).

Organização dasactividades das

turmas

i) conselhos de turma constituídospelos professores, um delegado dosalunos e um representante dos pais eEE;ii) a coordenação é entregue a umdirector de turma designado pelopresidente do conselho executivo oudirector;iii)Nas reuniões para avaliaçãosumativa participam apenasprofessores;iv)A escola pode designar tutores degrupo de alunos no desenvolvimento daautonomias (artº 36º)

i) conselhos de turma constituídos pelosprofessores, um delegado dos alunos e doisrepresentantes dos pais e EE;ii) a coordenação é entregue a um director deturma designado pelo director;iii)Nas reuniões para avaliação individual dosalunos participam apenas professores;iv)A escola pode designar tutores de grupo dealunos no desenvolvimento da autonomias (artº 43º)

Há apenas uma diferença: oreforço da presença dos pais e EEno conselho de turma.

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Outras estruturas

i) coordenação pedagógica de ano,ciclo ou curso através de conselho dedirectores de turma;ii) outras designadamente para cursosdo ensino secundário;(artº 37º)

i) a escola estabelece as estruturascoordenação e supervisão pedagógica, quedevem ser asseguradas por professorestitulares(artº 44º)

Sem qualquer alteração excepto areferência aos professores titularesque, com certeza, não chegampara as necessidades.

§ É importante não esqueceros apoios educativos e asactividades deenriquecimento ecomplemento curricular, atéporque este regime (verponto seguinte) ignora-os,dando apenas ênfase adimensões organizativas decarácter mais instrumental.

Outros serviços

i) serviços especializados de apoioeducativo constituídos pelos SPO, oNúcleo de Apoio Educativo e outros(acção social escolar, salas de estudo,complemento curricular)(artºs 38º e 39º)

i) serviços administrativos, técnicos e técnico-pedagógicosii) os primeiros são chefiados pelo chefe deserviços de administração escolar;ii) os serviços técnicos compreendem aadministração económica e financeira, gestãode instalações e equipamentos e apoiojurídico; iii) os serviços técnico-pedagógicos incluemo apoio sócio-educativo, a orientaçãovocacional e a biblioteca.(artº 45º)

As alterações só “parecem”significativas. Na realidade, apresença do chefe de serviços oudos serviços de administraçãoeconómica e financeira apenasdão visibilidade a dimensõesinstrumentais da escola. Por outrolado, não se compreende odestaque para a gestão deinstalações, a biblioteca ou oapoio jurídico e, simultaneamente,não há referências ao núcleo dosapoios educativos.

Desenvolvimento daautonomia

i) A autonomia aprofunda-se com basena iniciativa da escola, de acordo comum processo faseado em que sãotransferidos níveis de competência eresponsabilidade acrescidos em funçãoda capacidade da escola;ii) Os níveis de competência eresponsabilidade em cada fase sãonegociados entre a escola, o ME e omunicípio podendo levar á celebraçãode contrato de autonomia(artº 47º)

i) A autonomia aprofunda-se com base nainiciativa da escola, de acordo com umprocesso em que são conferidos níveis decompetência e responsabilidade em função dacapacidade da escola;ii) Os níveis de competência eresponsabilidade em cada fase são negociadosentre a escola, o ME e o município podendolevar à celebração de contrato de autonomia;iii) O contrato de autonomia persegueobjectivos de equidade, qualidade, eficácia eeficiência.(artº 55º)

As alterações são duas:§ O desaparecimento do

faseamento da autonomia;§ Os quatro princípios genéricos

introduzidos já constavam doanterior normativo (nº 2 do artº49º) tendo desaparecido oprincípio de democraticidade

Contrato deautonomia

i) O contrato é um acordo celebradoente a escola, o ME e o município ondese definem objectivos e condições queviabilizam o PEE;ii) Devem constar atribuições,competências e meios a transferir para

i) O contrato é um acordo celebrado ente aescola, o ME e o município onde se definemobjectivos e condições que viabilizam o PEE;(artº 56º)

A única alteração é odesaparecimento da referência àsatribuições, competências emeios.

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a realização de fins;(48º)

Princípios docontrato deautonomia

i) Subordinação da autonomia aoserviço público de educação e àqualidade das aprendizagens;ii) Compromisso dos intervenientes naexecução do PEE e planos deactividades;iii) Participação de professores,funcionários, alunos, pais ecomunidade;iv) Responsabilização dos órgãos deadministração e gestão através deinstrumentos de avaliação;v) Adequação dos recursos atribuídosàs condições da escola e do seuprojecto;vi) Respeito pela coerência do sistemae equidade do serviço(artº 48º)

i) Subordinação da autonomia ao serviçopúblico de educação e à qualidade dasaprendizagens;ii) Compromisso dos intervenientes naexecução do PEE e planos de actividades;iii) Responsabilização dos órgãos deadministração e gestão através deinstrumentos de avaliação;v) Adequação dos recursos atribuídos àscondições da escola e do seu projecto;vi) Respeito pela coerência do sistema eequidade do serviço(artº 56º)

A única alteração diz respeito aodesaparecimento do princípio departicipação de outros actores daescola (professores,funcionários...)

Requisitos docontrato deautonomia

i) 1ª fase: funcionamento de órgãos deadministração e gestão nos termosdeste regime;ii) 2ª fase: avaliação favorável na 1ªfase, que deve ter em conta o grau decumprimento do plano e objectivos da1ª fase;(artº 48º)

i) Constituição e funcionamento de órgãos deadministração e gestão nos termos desteregime jurídico;ii) Conclusão de avaliação externa;(56º)iii) Renovação do contrato: grau decumprimento do PEE, do plano e objectivosdo contrato(artº 57º)

A única alteração diz respeito,como dissemos, aodesaparecimento das duas fasesdo processo, embora as condiçõesda antiga 2ª fase digam agorarespeito à renovação do contrato.

Competências atransferir para o

contrato deautonomia

i) gestão flexível do currículo;ii) gestão de crédito global de horas;iii) normas próprias de horários, temposlectivos, turmas e ocupação de espaços;iv) estabilização de pessoal docentemediante atribuição de cota anual;v) intervenção no processo de selecçãodo pessoal não docente (lei geral);vi) gestão do orçamento através daafectação de meios;vii) autofinanciamento;viii) aquisição de bens, serviços eexecução de obras;

i) gestão flexível do currículo;ii) gestão de crédito global de horas;iii) normas próprias de horários, temposlectivos, turmas e ocupação de espaços;iv) recrutamento de pessoal docente e nãodocente (lei geral);v) gestão do orçamento através da afectaçãode meios;vi) autofinanciamento;vii) aquisição de bens, serviços e execução deobras;viii) associações e parcerias;(artº 57º)

Como se observa nada há desubstantivamente novo em termosde transferência de competênciaspela administração para asescolas. Ao nível da “autonomiadecretada” as competências atransferir são limitadas, atéporque, em áreas importantescomo a gestão de recursoshumanos, a referência a “nostermos da lei geral” transforma ocontrato numa caricatura poistrata-se apenas de aplicar a lei.

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ix) associações e parcerias;(artº49º)

Apesar disso, as escolas deveminvestir mais na “autonomiaconstruída”, aproveitando todas asmargens possíveis paradesenvolver a sua autonomia.

Mário Sanches