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FUNPRESP – O NOVO REGIME DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR DO SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL Fortaleza – 21/06/2013 EDUARDO ROCHA DIAS

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FUNPRESP – O NOVO REGIME DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR DO SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL

Fortaleza – 21/06/2013

EDUARDO ROCHA DIAS

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Previdência Complementar e serviço público

• Criação da previdência complementar e reformas da previdência

• Unificação dos regimes X aproximação das regras (diferença entre relações laborais na regras (diferença entre relações laborais na iniciativa privada e no serviço público)

• Custos do sistema (em 2010, despesa do Governo Federal foi de R$73,9 bilhões e arrecadação de apenas R$22,5 bilhões)

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Experiência internacional:

• A) Regime Próprio: Alemanha, Áustria, Bélgica, Canadá, França, Luxemburgo, Portugal

• B) Regime Próprio + Previdência complementar (Espanha, Grécia, Itália, complementar (Espanha, Grécia, Itália, México)

• C) Regime Geral + Previdência complementar (EUA, Finlândia, Holanda, Reino Unido, Suécia)

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Experiência internacional

• A) Holanda (benefícios do Regime Geral + Previdência complementar que paga aposentadoria equivalente a 70% do salário do último ano, após 65 anos de idade e 40 de do último ano, após 65 anos de idade e 40 de contribuição);

• B) Suécia (Regime Geral + Previdência complementar que paga no máximo 65% da média salarial dos 5 anos anteriores, 65 anos de idade e 30 de contribuição);

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Experiência internacional

• C) Alemanha (Regime próprio que paga no máximo 75% da média dos 2 últimos anos da salário, 40 anos de serviço);

• D) França (Regime próprio que paga no • D) França (Regime próprio que paga no máximo 75% do salário dos últimos 6 meses, com 60 anos de idade e 37,5 de contribuição)

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Experiência internacional (magistrados)

• A) EUA (Judiciário Federal): pensão vitalícia equivalente a seu último salário desde que tenham 10 anos de serviço e soma da idade com tempo de serviço seja igual a 80;com tempo de serviço seja igual a 80;

• B) EUA (Judiciário Estadual): regras variadas, em geral regimes de capitalização administrados por fundos de pensão públicos ou privados, que oferecem planos que asseguram entre 75% e 100% do salário final

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Experiência internacional (magistrados)

• Austrália (fundo de pensão que abrange todos os magistrados financiado pelo tesouro. Benefícios não são integrais, alcançando 60% do valor do salário da ativa, exigindo 60 anos do valor do salário da ativa, exigindo 60 anos de idade mínima e 10 anos de serviço).

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PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR DO SERVIDOR PÚBLICO: PREVISÃO CONSTITUCIONAL

Emenda Constitucional nº 20/98: Incluiu os §§ 14, 15 e 16 ao art. 40

§ 14

A União, os Estados, o DF e os Municípios, desde que instituam regimede previdência complementar para os seus respectivos servi dores

titulares de cargo efetivo , poderão fixar, para o valor dasaposentadorias e pensões a serem concedidas pelo regime de que trata§ 14 aposentadorias e pensões a serem concedidas pelo regime de que trataeste artigo, o limite máximo dos benefícios do RGPS.

§ 15

Observado o disposto no art. 202, lei complementar disporá sobre asnormas gerais para a instituição de regime de previdênciacomplementar pela União, Estados, DF e Municípios, para atenderaos seus respectivos servidores titulares de cargo efetivo.

§ 16

Somente mediante sua prévia e expressa opção, o disposto nos §§ 14e 15 poderá ser aplicado ao servidor que tiver ingressado no serviçopúblico até a data da publicação do ato de instituição docorrespondente regime de previdência complementar.

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PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR DO SERVIDOR PÚBLICO: PREVISÃO CONSTITUCIONAL

Emenda n. 20/98

§ 14

Emenda n. 41/03

§ 14 (mantido)

§ 15

§ 16

§ 15 (alterado)

§ 16 (mantido)

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PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR DO SERVIDOR PÚBLICO: PREVISÃO CONSTITUCIONAL

• Art. 40, § 15, da CF/88:

– O regime de previdência complementar de que trata o §14 será instituído por lei de iniciativa do respectivoPoder Executivo, observado o disposto no art. 202 ePoder Executivo, observado o disposto no art. 202 eseus parágrafos, no que couber, por intermédio deentidades fechadas de previdência complementar, denatureza pública, que oferecerão aos respectivosparticipantes planos de benefícios somente namodalidade de contribuição definida.

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PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR DO SERVIDOR PÚBLICO: PREVISÃO CONSTITUCIONAL

LEI DE INICIATIVA DO RESPECTIVO PODER EXECUTIVO

OBSERVADO O DISPOSTO NO ART. 202 E SEUS PARÁGRAFOS, NO QUE COUBER

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FORMATO DA PREVIDÊNCIA

COMPLEMENTAR

PARÁGRAFOS, NO QUE COUBER

POR INTERMÉDIO DE ENTIDADES FECHADAS DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR, DE NATUREZA

PÚBLICA

PLANOS DE BENEFÍCIOS SOMENTE NA MODALIDADE DE CONTRIBUIÇÃO DEFINIDA

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LEI QUE INSTITUI O REGIME DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR DO SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL

• Lei n. 12.618/12:

– Institui o regime de previdência complementarpara os servidores públicos federais titulares decargo efetivo, inclusive os membros dos órgãos quecargo efetivo, inclusive os membros dos órgãos quemenciona; fixa o limite máximo para a concessão deaposentadorias e pensões pelo regime próprio;autoriza a criação de 3 (três) entidades fechadas deprevidência complementar; altera dispositivos da Leino 10.887/04.

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ENTIDADES DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR

•Quais serão as entidades?

•Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal doPoder Executivo (Funpresp-Exe), para os servidores efetivos do Executivo(criada pelo Decreto 7.808, de 20/09/2012, DOU de 21/09/2012).

•Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal do•Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal doPoder Legislativo (Funpresp-Leg), para os servidores efetivos do Legislativo edo Tribunal de Contas da União e para os membros deste Tribunal.

•Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal doPoder Judiciário (Funpresp-Jud), para os servidores efetivos e para osmembros do Judiciário (criada pela Resolução STF 496, de 26/10/2012).

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ENTIDADES DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR

• As entidades foram criadas pela Lei?

– Lei n. 12.618/12: Art. 4º É a União autorizada (...) a criar as seguintesentidades fechadas de previdência complementar (...):

Funpresp-Exe Por meio de ato do Presidente da República

Funpresp-LegPor meio de ato conjunto dos Presidentes daCâmara dos Deputados e do Senado Federal

Funpresp-Jud por meio de ato do Presidente do STF

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CRIAÇÃO DA FUNPRESP

•Segundo o art. 4º, § 2º, da Lei 12.618/12, por ato conjunto das autoridades competentes para a criação das entidades mencionadas, existe a possibilidade de criação de uma única entidade que contemple os servidores públicos de dois ou dos três Poderes. Assim, por exemplo, por ato normativo conjunto três Poderes. Assim, por exemplo, por ato normativo conjunto do Presidente da República e do Presidente do STF, seria possível a criação de uma única entidade de previdência complementar que abrangesse, a um só tempo, os servidores públicos federais do Executivo e do Judiciário

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ENTIDADES DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR

• As entidades foram criadas pela Lei?

Lei n. 12.618/12:

Criação

Através de ato das autoridades mencionadas (ex. Funpresp-Exe

Lei n. 12.618/12:

Apenas autorizou a criaçãomencionadas (ex. Funpresp-Exe

foi criada pelo Decreto 7.808/2012 e Funpresp-Jud pela

Resolução STF 496 de 26/10/2012. Senado, Câmara e TCU aderiram ao Funpresp-Exe

pelo Ato da Mesa 74, de 31/01/2013).

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NATUREZA JURÍDICA DA FUNPRESP

•A Funpresp-Exe, a Funpresp-Leg e a

Funpresp-Jud serão estruturadas na

forma de fundação, de natureza pública, forma de fundação, de natureza pública,

com personalidade jurídica de direito

privado, gozarão de autonomia

administrativa, financeira e gerencial e

terão sede e foro no Distrito Federal.

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NATUREZA PÚBLICA X PERSONALIDADE JURÍDICA DE DIREITO PÚBLICO

NATUREZA =

PERSONALIDADE JURÍDICA DE DIREITO

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NATUREZA PÚBLICA = JURÍDICA DE DIREITO

PÚBLICO

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NATUREZA PÚBLICA DA FUNPRESP

•A natureza pública das entidades consistirá na:–I - submissão à legislação federal sobre licitação e contratos administrativos;–II - realização de concurso público para a contratação de pessoal, no caso de empregos permanentes, ou de processo seletivo, em se tratando de contrato temporário;de contrato temporário;–III - publicação anual, na imprensa oficial ou em sítio oficial da administração pública certificado digitalmente por autoridade para esse fim credenciada no âmbito da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP Brasil), de seus demonstrativos contábeis, atuariais, financeiros e de benefícios, sem prejuízo do fornecimento de informações aos participantes e assistidos dos planos de benefícios e ao órgão fiscalizador das entidades fechadas de previdência complementar, na forma das LC 108 e 109

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NATUREZA PÚBLICA DA FUNPRESP

•A administração das entidades fechadas de previdência complementar referidas no art. 4o

desta Lei observará os princípios que regem a administração pública, especialmente os da administração pública, especialmente os da eficiência e da economicidade, devendo adotar mecanismos de gestão operacional que maximizem a utilização de recursos, de forma a otimizar o atendimento aos participantes e assistidos e diminuir as despesas administrativas.

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ADESÃO AO REGIME DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR

• A adesão ao regime complementar é facultativa?

– Sempre. Tanto para os servidores “antigos” como os “novos”.

– Art. 202 da CF/88 e art. 3º, I, da Lei nº 12.618/12.

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APLICAÇÃO DO TETO DO RGPS

• Limitação do benefício ao teto do RGPS?

– CF/88: Art. 40. § 14 - A União, os Estados, o DF e os Municípios, desdeque instituam regime de previdência complementar para os seusrespectivos servidores titulares de cargo efetivo, poderão fixar, para ovalor das aposentadorias e pensões a serem concedidas pelo regimevalor das aposentadorias e pensões a serem concedidas pelo regimede que trata este artigo, o limite máximo estabelecido para osbenefícios do RGPS.

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APLICAÇÃO DO TETO DO RGPS

� A partir de quando?

– Lei 12.618/12: Art. 3º Aplica-se o teto do RPGS às aposentadorias e pensõesdo regime próprio da União, aos servidores e membros que tiveremingressado no serviço público:

– I - a partir do início da vigência do regime de previdência complementar,– I - a partir do início da vigência do regime de previdência complementar,independentemente de sua adesão ao plano de benefícios; e

– II - até a data anterior ao início da vigência do regime de previdênciacomplementar, e nele tenham permanecido sem perda do vínculo efetivo, eque exerçam a opção prevista no § 16 do art. 40 da Constituição Federal.

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OPÇÃO PELA APLICAÇÃO DO TETO DO RGPS

• O prazo para a opção será de 24 (vinte e quatro)

meses, contados a partir do início da vigência do

regime de previdência complementar

• O exercício da opção é irrevogável e irretratável, • O exercício da opção é irrevogável e irretratável,

não sendo devida pela União e suas autarquias e

fundações públicas qualquer contrapartida

referente ao valor dos descontos já efetuados sobre

a base de contribuição acima do teto do RGPS

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MARCO TEMPORAL PARA APLICAÇÃO DO TETO DO RGPS

� E qual será o início da vigência do regime?

– Lei 12.618/12: Art. 30. Para os fins do exercício do

direito de opção de que trata o parágrafo único do

art. 1o, considera-se instituído o regime deart. 1o, considera-se instituído o regime de

previdência complementar de que trata esta Lei a

partir da data da publicação pelo órgão fiscalizador

da autorização de aplicação dos regulamentos dos

planos de benefícios de qualquer das entidades.

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MARCO TEMPORAL PARA APLICAÇÃO DO TETO DO RGPS

� E qual será o início da vigência do regime?

Início de vigência do regime

Instituição do regime=

Publicação pelo órgão fiscalizador da autorização de aplicação dos regulamentos dos planos de benefícios de qualquer das

entidades (ocorreu em 4/2/2013 – Portaria PREVIC 44 de 31/01/2013).

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MARCO TEMPORAL PARA APLICAÇÃO DO TETO DO RGPS

�A lei fixou prazo para a instituição do regime?

•Criação das entidades: Art. 31. A Funpresp-Exe, a Funpresp-Leg e a Funpresp-Jud deverão ser criadas pela União no prazode 180 dias, contado da publicação desta Lei, e iniciar o seufuncionamento nos termos do art. 26.funcionamento nos termos do art. 26.

•Início do funcionamento: Art. 26. A Funpresp-Exe, a Funpresp-Leg e a Funpresp-Jud deverão entrar em funcionamento em até240 dias após a publicação da autorização de funcionamentoconcedida pelo órgão fiscalizador das entidades fechadas deprevidência complementar.

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MARCO TEMPORAL PARA APLICAÇÃO DO TETO DO RGPS

� Ainda não entendi!!!!

180 diasPUBLICAÇÃO DA LEI 12.618/2012

CRIAÇÃO DA ENTIDADE DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR

240 dias

PUBLICAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE FUNCIONAMENTO PELO ÓRGÃO

FISCALIZADOR

FUNCIONAMENTO

PUBLICAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE APLICAÇÃO DOS REGULAMENTOS DOS

PLANOS DE BENEFÍCIOS

MARCO TEMPORAL PARA A APLICAÇÃO DO TETO DO RGPS

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Situações concretas

•Servidor que ingressou no serviço público até aEC 41/03;

•Servidor que ingressou no serviço público após aEC 41/03 e antes da instituição da previdênciaServidor que ingressou no serviço público após a

EC 41/03 e antes da instituição da previdênciacomplementar pública;

•Servidor que ingressou no serviço público após ainstituição da previdência complementar pública.

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Situações concretas

�Servidor que ingressou no serviço público até a EC41/03:

•Pode aderir ou não à previdência pública complementar.

•Se aderir: benefício limitado ao teto do RGPS +complementação.

•Se não aderir: valor do benefício não limitado ao teto doRGPS, com possibilidade de integralidade e paridade

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Situações concretas

•Servidor que ingressou no serviço público após a EC 41/03 e antesda instituição da previdência complementar pública:

•Pode aderir ou não à previdência pública complementar.

•Se aderir: benefício limitado ao teto do RGPS + complementação.•Se aderir: benefício limitado ao teto do RGPS + complementação.

•Se não aderir: benefício calculado pela média das remunerações,podendo ser superior ao teto do RGPS (art. 40, §§ 3º, 17 e 2º, da CF/88).

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Situações concretas

•Servidor que ingressou no serviço público após ainstituição da previdência complementar pública:

•Pode aderir ou não à previdência pública complementar.

•Se aderir: benefício limitado ao teto do RGPS + complementação

•Se não aderir: benefício limitado ao teto do RGPS (semcomplementação)

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CONTRIBUIÇÃO APÓS O ATO DE INSTITUIÇÃO DA PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR

• Como fica a contribuição?

Para o regime próprio Para o regime complementar

A contribuição do servidor incidirásobre valores até o teto do RGPS.

As contribuições do patrocinador e doparticipante incidirão sobre a parcelada base de contribuição que exceder osobre valores até o teto do RGPS. da base de contribuição que exceder oteto do RGPS.

Alíquota de 11%

A alíquota da contribuição dopatrocinador será igual à doparticipante, e não poderá exceder opercentual de 8,5%

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Plano de Custeio

• A alíquota da contribuição do participanteserá por ele definida anualmente, observado odisposto no regulamento do plano debenefíciosbenefícios

• Além da contribuição normal, o participantepoderá contribuir facultativamente, semcontrapartida do patrocinador, na forma doregulamento do plano

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Plano de Custeio

• A remuneração do servidor, quando devidadurante afastamentos considerados por leicomo de efetivo exercício, será integralmentecoberta pelo ente público, continuando acoberta pelo ente público, continuando aincidir a contribuição para o regime instituídopela Lei 12.618/2012

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Plano de Custeio

• O plano de custeio deverá prever parcela dacontribuição do participante e do patrocinador como objetivo de compor o Fundo de Cobertura deBenefícios Extraordinários (FCBE), do qual serãovertidos montantes, a título de contribuiçõesvertidos montantes, a título de contribuiçõesextraordinárias, à conta mantida em favor doparticipante, nas hipóteses de morte ou invalidez doparticipante, aposentadorias especiais,aposentadoria voluntária das mulheres esobrevivência do assistido

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SERVIDOR COM REMUNERAÇÃO INFERIOR AO TETO DO RGPS

•Servidor com remuneração inferior ao teto do RGPS?

•Pode aderir à previdência pública complementar?

•Pode aderir ou não à previdência pública complementar.Pode aderir ou não à previdência pública complementar.

•Lei n. 12.618/12: Art. 13. Parágrafo único. O servidor comremuneração inferior ao teto do RGPS poderá aderir aos planosde benefícios administrados pelas entidades fechadas deprevidência complementar, sem contrapartida do patrocinador,cuja base de cálculo será definida nos regulamentos.

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BENEFÍCIO ESPECIAL PARA QUEM OPTOU PELO TETO DO RGPS

•É assegurado aos servidores e membros que optarem pela aplicação do teto do RGPS o direito a um benefício especial calculado com base nas contribuições calculado com base nas contribuições recolhidas ao regime de previdência da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios

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BENEFÍCIO ESPECIAL PARA QUEM OPTOU PELO TETO DO RGPS

=M (REMUNERAÇÕES DE CONTRIBUIÇÃO

-TETO DO

RGPS x FC

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BE= PARA O RPPS) - RGPS x FC

FC = Tc

Tt

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BENEFÍCIO ESPECIAL PARA QUEM OPTOU PELO TETO DO RGPS

• para o servidor público que tenha ingressado no serviço público até o ato de instituição da previdência complementar e tenha optado pela aplicação do teto do Regime Geral, serão concedidos dois benefícios:

– um, calculado de acordo com Lei 10.887/2004, limitado ao teto do RGPS, – outro, especial, fruto da diferença entre a média das remunerações sobre as quais incidiu contribuição para o regime próprio e o teto do regime geral, média esta que será multiplicada pelo fator de conversão. esta que será multiplicada pelo fator de conversão.

• Quanto mais acima do teto do RGPS estiverem as remunerações sobre as quais o servidor contribuiu para o regime próprio, maior será a média. Quanto mais tempo o servidor público esteve vinculado ao regime próprio até fazer a opção pela aplicação do teto do RGPS, maior o fator de conversão.• O benefício especial, portanto, será tanto maior quanto maiores as remunerações anteriores à opção e quanto maior o tempo em que o servidor esteve vinculado ao regime próprio.

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Plano de Benefícios

• Os planos de benefícios da Funpresp-Exe, daFunpresp-Leg e da Funpresp-Jud serão estruturadosna modalidade de contribuição definida, nos termosda regulamentação estabelecida pelo órgãoregulador das entidades fechadas de previdênciaregulador das entidades fechadas de previdênciacomplementar, e financiados de acordo com osplanos de custeio definidos nos termos do art. 18 daLei Complementar nº 109, de 29 de maio de 2001,observadas as demais disposições da LeiComplementar nº 108, de 29 de maio de 2001

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Plano de Benefícios

• A distribuição das contribuições nos planos debenefícios e nos planos de custeio será revistasempre que necessário, para manter o equilíbriopermanente dos planos de benefícios;

• o valor do benefício programado será calculado deacordo com o montante do saldo da contaacumulado pelo participante, devendo o valor dobenefício estar permanentemente ajustado aoreferido saldo

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Plano de Benefícios

• Os benefícios não programados serão definidos nosregulamentos dos planos, devendo ser assegurados ao menosos benefícios decorrentes dos eventos invalidez e morte e, sefor o caso, a cobertura de outros riscos atuariais;

• Os requisitos para aquisição, manutenção e perda da• Os requisitos para aquisição, manutenção e perda daqualidade de participante, assim como os requisitos deelegibilidade e a forma de concessão, cálculo e pagamentodos benefícios, deverão constar dos regulamentos dos planosde benefícios, observadas as disposições das LeisComplementares nºs 108 e 109, de 29 de maio de 2001, e aregulamentação do órgão regulador das entidades fechadasde previdência complementar

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ALGUMAS QUESTÕES POLÊMICAS

• A) constitucionalidade da Lei 12.618/2012 foi questionada nas ADI´s 4863 e 4885;

• B) o artigo 22 da Lei 12.618/2012;

• C) competência jurisdicional para causas • C) competência jurisdicional para causas envolvendo a FUNPRESP (decisões do STF nos RE´s 586453 e 583050);

• D) aplicabilidade do Código de Defesa do Consumidor (Súmula 321 do STJ)

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