companhia paranaense de energia - latibex.com · para o exercício findo em 31 de dezembro de 2005...

79
COPEL Companhia Paranaense de Energia - Copel CNPJ/MF 76.483.817/0001-20 Inscrição Estadual 10146326-50 Companhia de Capital Aberto - CVM 1431-1 www.copel.com [email protected] Rua Coronel Dulcídio, 800, Batel - Curitiba - PR CEP 80420-170 Informações Trimestrais – ITR Março / 2006

Upload: phungkhanh

Post on 14-Feb-2019

213 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Companhia Paranaense de Energia - latibex.com · Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2005 e para o trimestre findo em 31 de março de 2006 (Valores expressos em milhares

COPEL

Companhia Paranaense de Energia - Copel

CNPJ/MF 76.483.817/0001-20

Inscrição Estadual 10146326-50

Companhia de Capital Aberto - CVM 1431-1

www.copel.com [email protected]

Rua Coronel Dulcídio, 800, Batel - Curitiba - PR

CEP 80420-170

Informações Trimestrais – ITR

Março / 2006

Page 2: Companhia Paranaense de Energia - latibex.com · Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2005 e para o trimestre findo em 31 de março de 2006 (Valores expressos em milhares

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

2

SUMÁRIO

DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ..............................................................................................................................................3

Balanço Patrimonial - Ativo................................................................................................................................................ 3 Balanço Patrimonial – Passivo e Patrimônio Líquido ......................................................................................................... 4 Demonstração do Resultado ............................................................................................................................................. 5 Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido......................................................................................................... 6 Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos ..................................................................................................... 7 Demonstração do Fluxo de Caixa...................................................................................................................................... 9 Demonstração do Valor Adicionado ................................................................................................................................ 11

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ...............................................................................................13 1 Contexto Operacional ....................................................................................................................................... 13 2 Apresentação das Informações Trimestrais ...................................................................................................... 15 3 Disponibilidades................................................................................................................................................ 16 4 Consumidores e Revendedores ........................................................................................................................ 17 5 Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa ............................................................................................... 17 6 Serviços Executados para Terceiros, Líquidos.................................................................................................. 18 7 Dividendos a Receber....................................................................................................................................... 18 8 Repasse CRC ao Governo do Estado do Paraná.............................................................................................. 19 9 Impostos e Contribuições Sociais ..................................................................................................................... 20 10 Conta de Compensação da “Parcela A” ............................................................................................................ 22 11 Ativo Regulatório - Pasep/Cofins....................................................................................................................... 24 12 Cauções e Depósitos Vinculados...................................................................................................................... 25 13 Outros Créditos................................................................................................................................................. 25 14 Coligadas e Controladas................................................................................................................................... 26 15 Investimentos.................................................................................................................................................... 27 16 Imobilizado........................................................................................................................................................ 29 17 Empréstimos e Financiamentos ........................................................................................................................ 31 18 Debêntures ....................................................................................................................................................... 35 19 Fornecedores.................................................................................................................................................... 41 20 Folha de Pagamento e Provisões Trabalhistas ................................................................................................. 49 21 Benefício Pós-Emprego .................................................................................................................................... 49 22 Taxas Regulamentares ..................................................................................................................................... 50 23 Outras Contas a Pagar ..................................................................................................................................... 50 24 Provisões para Contingências........................................................................................................................... 51 25 Capital Social.................................................................................................................................................... 54 26 Receita Operacional.......................................................................................................................................... 55 27 Deduções da Receita Operacional.................................................................................................................... 56 28 Energia Elétrica Comprada para Revenda ........................................................................................................ 56 29 Pessoal............................................................................................................................................................. 56 30 Planos Previdenciário e Assistencial ................................................................................................................. 57 31 Material ............................................................................................................................................................. 57 32 Matéria-prima e Insumos para Produção de Energia......................................................................................... 57 33 Gás Natural e Insumos para Operação de Gás................................................................................................. 57 34 Serviços de Terceiros ....................................................................................................................................... 58 35 Taxas Regulamentares ..................................................................................................................................... 58 36 Outras Despesas Operacionais......................................................................................................................... 59 37 Resultado Financeiro ........................................................................................................................................ 60 38 Resultado de Participações Societárias ............................................................................................................ 60 39 Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE................................................................................. 61 40 Reconciliação da Provisão para Imposto de Renda e Contribuição Social ........................................................ 64 41 Instrumentos Financeiros.................................................................................................................................. 64 42 Transações com Partes Relacionadas .............................................................................................................. 64 43 Leilão de Energia .............................................................................................................................................. 67 44 Empresas Controladas...................................................................................................................................... 69

COMENTÁRIO DO DESEMPENHO NO TRIMESTRE ...............................................................................................................72 DIRETORIA E CONSELHOS.....................................................................................................................................................77 PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES.....................................................................................................................78

Page 3: Companhia Paranaense de Energia - latibex.com · Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2005 e para o trimestre findo em 31 de março de 2006 (Valores expressos em milhares

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

3

DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

Balanço Patrimonial - Ativo Em 31 de março de 2006 e 31 de dezembro de 2005

(Valores expressos em milhares de reais)

Companhia Consolidado

CÓDIGO DESCRIÇÃO 31/03/2006 31/12/2005 31/03/2006 31/12/2005

1 Ativo Total 7.339.589 7.198.411 10.975.650 10.939.006

1.01 Ativo Circulante 190.401 292.883 2.459.365 2.470.243

1.01.01 Disponibilidades 1.018 15.583 1.150.459 1.131.766

1.01.02 Créditos 189.383 277.300 1.264.562 1.301.887

1.01.02.01 Consumidores e Revendedores - - 988.606 945.577

1.01.02.02 Provisão para Créditos Liquidação Duvidosa - - (81.978) (79.073)

1.01.02.03 Serviços Executados para Terceiros, Líquidos - - 8.489 7.349

1.01.02.04 Dividendos a Receber 131.681 207.152 2.573 3.665

1.01.02.05 Serviços em Curso 1.060 1.060 11.625 12.132

1.01.02.06 Repasse CRC ao Governo Estado do Paraná - - 32.337 31.803

1.01.02.07 Impostos e Contrib. Sociais a Compensar 52.290 64.737 103.682 131.038

1.01.02.08 Conta de Compensação da "Parcela A" - - 86.018 128.187

1.01.02.09 Ativo Regulatório - Pasep/Cofins - - 25.081 43.876

1.01.02.10 Cauções e Depósitos Vinculados - - 44.271 43.746

1.01.02.11 Outros Créditos 4.352 4.351 43.858 33.587

1.01.03 Estoques - - 44.344 36.590

1.02 Ativo Realizável a Longo Prazo 1.460.374 1.432.132 2.052.054 2.057.777

1.02.01 Créditos Diversos 216.206 205.406 2.016.332 2.022.420

1.02.01.01 Consumidores e Revendedores - - 99.996 104.483

1.02.01.02 Repasse CRC ao Governo Estado do Paraná - - 1.144.591 1.150.464

1.02.01.03 Impostos e Contrib. Sociais a Compensar 154.074 143.346 523.616 526.506

1.02.01.04 Depósitos Judiciais 62.132 62.060 149.775 145.183

1.02.01.05 Conta de Compensação da "Parcela A" - - 8.735 8.559

1.02.01.06 Ativo Regulatório - Pasep/Cofins - - 49.173 43.608

1.02.01.07 Cauções e Depósitos Vinculados - - 25.096 27.041

1.02.01.08 Outros Créditos - - 15.350 16.576

1.02.02 Créditos com Pessoas Ligadas 1.244.168 1.226.726 35.722 35.357

1.02.02.01 Com Coligadas 35.722 35.357 35.722 35.357

1.02.02.02 Com Controladas 1.208.446 1.191.369 - -

1.03 Ativo Permanente 5.688.814 5.473.396 6.464.231 6.410.986

1.03.01 Investimentos 5.688.814 5.473.396 416.375 414.320

1.03.01.01 Participações em Coligadas - - 380.667 378.518

1.03.01.02 Participações em Controladas 5.684.152 5.468.734 22.720 22.815

1.03.01.03 Outros Investimentos 4.662 4.662 12.988 12.987

1.03.02 Imobilizado - - 6.042.542 5.991.291

1.03.03 Ativo Diferido - - 5.314 5.375

Page 4: Companhia Paranaense de Energia - latibex.com · Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2005 e para o trimestre findo em 31 de março de 2006 (Valores expressos em milhares

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

4

Balanço Patrimonial – Passivo e Patrimônio Líquido Em 31 de março de 2006 e 31 de dezembro de 2005

(Valores expressos em milhares de reais)

Companhia Consolidado

CÓDIGO DESCRIÇÃO 31/03/2006 31/12/2005 31/03/2006 31/12/2005

2 Passivo Total 7.339.589 7.198.411 10.975.650 10.939.006

2.01 Passivo Circulante 860.421 273.870 2.886.389 2.258.341

2.01.01 Empréstimos e Financiamentos 12.293 11.304 90.924 99.253

2.01.02 Debêntures 718.030 92.471 723.043 115.703

2.01.03 Fornecedores 603 280 1.265.632 1.162.416

2.01.04 Impostos, Taxas e Contribuições 18.813 59.122 207.193 310.942

2.01.05 Dividendos a Pagar 110.561 110.567 115.429 114.467

2.01.06 Folha de Pagamento e Provisões Trabalhistas 94 96 109.482 108.326

2.01.08 Outros 27 30 374.686 347.234

2.01.08.01 Benefícios Pós-Emprego 1 2 126.415 132.902

2.01.08.02 Conta de Compensação da "Parcela A" - - 64.020 65.664

2.01.08.03 Taxas Regulamentares - - 59.429 41.280

2.01.08.04 Outras Contas a Pagar 26 28 124.822 107.388

2.02 Passivo Exigível a Longo Prazo 821.331 1.437.358 2.285.061 3.050.051

2.02.01 Empréstimos e Financiamentos 102.179 110.096 565.339 602.624

2.02.02 Debêntures 266.680 962.902 530.252 1.226.525

2.02.03 Provisões para Contingências 327.633 326.531 496.200 495.292

2.02.04 Dívidas com Pessoas Ligadas 124.839 37.829 - -

2.02.05 Outros - - 693.270 725.610

2.02.05.01 Fornecedores - - 152.251 176.609

2.02.05.02 Impostos e Contribuições Sociais - - 38.808 37.235

2.02.05.03 Benefícios Pós-Emprego - - 486.198 486.854

2.02.05.04 Consumidores - - 1.465 -

2.02.05.05 Conta de Compensação da "Parcela A" - - 14.548 24.912

2.04 Participações Minoritárias - - 146.363 143.431

2.05 Patrimônio Líquido 5.657.837 5.487.183 5.657.837 5.487.183

2.05.01 Capital Social Realizado 3.480.000 3.480.000 3.480.000 3.480.000

2.05.02 Reservas de Capital 817.293 817.293 817.293 817.293

2.05.04 Reservas de Lucro 1.189.890 1.189.890 1.189.890 1.189.890

2.05.04.01 Legal 209.821 209.821 209.821 209.821

2.05.04.02 Retenção de Lucros 980.069 980.069 980.069 980.069

2.05.05 Lucros/Prejuízos Acumulados 170.654 - 170.654 -

Page 5: Companhia Paranaense de Energia - latibex.com · Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2005 e para o trimestre findo em 31 de março de 2006 (Valores expressos em milhares

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

5

Demonstração do Resultado Para os trimestres findos em 31 de março de 2006 e de 2005

(Valores expressos em milhares de reais)

Companhia Consolidado

CÓDIGO DESCRIÇÃO 31/03/2006 31/03/2005 31/03/2006 31/03/2005

3 Demonstração do Resultado

3.01 Receita Bruta de Vendas e/ou Serviços - - 1.815.625 1.591.852

3.01.01 Fornecimento de Energia Elétrica - - 1.387.612 1.226.381

3.01.02 Suprimento de Energia Elétrica - - 281.687 227.650

3.01.03 Disponibilidade da Rede Elétrica - - 69.224 64.192

3.01.04 Receita de Telecomunicações - - 13.873 12.478

3.01.05 Distribuição de Gás Canalizado - - 49.952 40.360

3.01.06 Outras Receitas Operacionais - - 13.277 20.791

3.02 Deduções da Receita Bruta - - (502.020) (442.525)

3.03 Receita Líquida de Vendas e/ou Serviços - - 1.313.605 1.149.327

3.04 Custo de Bens e/ou Serviços Vendidos (6.063) (2.589) (1.035.007) (1.003.582)

3.04.01 Energia Elétrica Comprada para Revenda - - (359.555) (359.817)

3.04.02 Encargos de Uso da Rede Elétrica - - (158.060) (111.837)

3.04.03 Pessoal (1.200) (903) (130.513) (136.519)

3.04.04 Planos Previdenciário e Assistencial (3) (11) (31.505) (24.218)

3.04.05 Material (1) (2) (16.078) (13.575)

3.04.06 Matéria-prima e Insumos para Prod. de Energia Eletrica - - (6.146) (3.424)

3.04.07 Gás Natural e Insumos para Operação de Gás - - (23.681) (85.641)

3.04.08 Serviços de Terceiros (1.782) (825) (51.097) (41.923)

3.04.09 Depreciação e Amortização - - (85.437) (79.160)

3.04.10 Taxas Regulamentares - - (137.316) (115.224)

3.04.11 Tributos (1.759) (260) (4.976) (4.096)

3.04.12 Outras Despesas Operacionais (1.318) (588) (30.643) (28.148)

3.05 Resultado Bruto (6.063) (2.589) 278.598 145.745

3.06 Despesas/Receitas Operacionais 166.171 80.623 (5.407) (15.534)

3.06.03 Financeiras (25.250) (830) (7.337) (19.836)

3.06.03.01 Receitas Financeiras 1.407 1.172 115.308 94.777

3.06.03.02 Despesas Financeiras (26.657) (2.002) (122.645) (114.613)

3.06.06 Resultado da Equivalência Patrimonial 191.421 81.453 1.930 4.302

3.07 Resultado Operacional 160.108 78.034 273.191 130.211

3.08 Resultado Não Operacional 16 - (3.652) (3.848)

3.08.01 Receitas 16 - 1.717 1.361

3.08.02 Despesas - - (5.369) (5.209)

3.09 Resultado Antes Tributação/Participações 160.124 78.034 269.539 126.363

3.10 Provisão para IR e Contribuição Social - - (105.339) (54.877)

3.10.01 Imposto de Renda - - (77.352) (39.517)

3.10.02 Contribuição Social - - (27.987) (15.360)

3.11 IR Diferido 10.530 373 10.354 11.733

3.11.01 Imposto de Renda 7.743 166 7.613 8.519

3.11.02 Contribuição Social 2.787 207 2.741 3.214

3.14 Participações Minoritárias - - (3.900) (4.812)

3.15 Lucro do Trimestre 170.654 78.407 170.654 78.407

Lucro Líquido por Lote de Mil Ações 0,6236 0,2865 0,6236 0,2865

Page 6: Companhia Paranaense de Energia - latibex.com · Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2005 e para o trimestre findo em 31 de março de 2006 (Valores expressos em milhares

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

6

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2005 e para o trimestre findo em 31 de março de 2006

(Valores expressos em milhares de reais)

Reserva Capital Reservas Reserva de retenção Lucros social de capital legal de lucros acumulados Total

Saldo em 31 de dezembro de 2004 3.480.000 817.293 184.702 654.322 - 5.136.317

Ajuste de exercícios anteriores - - - - (28.516) (28.516)

Lucro líquido do exercício - - - - 502.377 502.377

Destinação proposta à A.G.O.:

Reserva legal - - 25.119 - (25.119) -

Juros sobre o capital próprio - - - - (122.995) (122.995)

Reserva para investimentos - - - 325.747 (325.747) -

Saldo em 31 de dezembro de 2005 3.480.000 817.293 209.821 980.069 - 5.487.183

Lucro líquido do trimestre - - - - 170.654 170.654

Saldo em 31 de março de 2006 3.480.000 817.293 209.821 980.069 170.654 5.657.837

Page 7: Companhia Paranaense de Energia - latibex.com · Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2005 e para o trimestre findo em 31 de março de 2006 (Valores expressos em milhares

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

7

Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos Para os trimestres findos em 31 de março de 2006 e de 2005

(Valores expressos em milhares de reais)

ORIGENS

2006 2005 2006 2005

Das operaçõesLucro líquido do período 170.654 78.407 170.654 78.407

Despesas (receitas) que não afetam o capital circulante líquido:

Depreciação e amortização - - 85.437 79.160Variações monetárias de longo prazo - líquidas 2.891 (205) (1.375) (21.592)Equivalência patrimonial (191.418) (81.452) (3.223) (5.503)Imposto de renda e contribuição social diferidos (10.728) (373) 5.830 (7.911)Provisões no exigível a longo prazo - - 25.487 20.408 Baixas de realizáveis a longo prazo - - 21 21 Baixas de imobilizado em serviço - líquidas - - 5.883 4.604 Amortização de ágio em investimentos - - 1.297 1.202 Participações minoritárias - - 2.932 7.079

(199.255) (82.030) 122.289 77.468

Origens das (aplicações nas) operações (28.601) (3.623) 292.943 155.875

De terceirosColigadas e controladas 64.001 77.445 - - Participação financeira do consumidor - - 8.431 9.355Debêntures - 100.000 - 100.000 Realizáveis a longo prazo transferidos para o circulante:

Consumidores e revendedores - - 6.823 5.460 Repasse CRC ao Governo do Estado do Paraná - - 8.286 7.740ICMS a recuperar - - 373 567 Conta de compensação da "parcela A" - - - 54.265 Contratos de mútuo 93 129 93 129 Demais realizáveis a longo prazo - - 425 508

64.094 177.574 24.431 178.024

Da redução do capital circulante líquido 689.032 - 638.926 -

TOTAL DAS ORIGENS 724.525 173.951 956.300 333.899

Companhia Consolidado

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações contábeis.

Page 8: Companhia Paranaense de Energia - latibex.com · Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2005 e para o trimestre findo em 31 de março de 2006 (Valores expressos em milhares

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

8

Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos Para os trimestres findos em 31 de março de 2006 e de 2005

(Valores expressos em milhares de reais)

APLICAÇÕES

2006 2005 2006 2005

No imobilizado - - 149.458 133.156

No realizável a longo prazoConsumidores e revendedores - - 102 - Impostos e contribuições sociais a compensar - - 1.763 350Depósitos judiciais - - 4.520 4.506Conta de compensação da "parcela A" - - 4.079 - Ativo regulatório Pasep/Cofins - - 5.565 19.381 Demais realizáveis a longo prazo - - 936 -

- - 16.965 24.237

Nos investimentos 24.000 12.046 129 5

No diferido - - 18 163

Exigíveis a longo prazo transferidos para o circulante:Empréstimos e financiamentos - - 26.793 30.333Debêntures 700.525 - 705.538 - Fornecedores - - 24.358 17.189 Benefícios pós-emprego - - 26.144 40.925Conta de compensação da "parcela A" - - 6.702 - Impostos, contribuições sociais e outras contas a pagar - - - 1.588 Contingências judiciais - - 195 -

700.525 - 789.730 90.035

No aumento do capital circulante líquido - 161.905 - 86.303

TOTAL DAS APLICAÇÕES 724.525 173.951 956.300 333.899

Demonstração da variação do capital circulante líquido

Ativo circulante inicial 292.883 330.461 2.470.243 1.638.482Passivo circulante inicial 273.871 684.060 2.258.341 2.226.261Capital circulante líquido inicial 19.012 (353.599) 211.902 (587.779)

Ativo circulante final 190.401 334.605 2.459.365 1.784.255Passivo circulante final 860.421 526.299 2.886.389 2.285.731Capital circulante líquido final (670.020) (191.694) (427.024) (501.476)

Aumento (redução) do capital circulante líquido (689.032) 161.905 (638.926) 86.303

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações contábeis.

Companhia Consolidado

Page 9: Companhia Paranaense de Energia - latibex.com · Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2005 e para o trimestre findo em 31 de março de 2006 (Valores expressos em milhares

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

9

Demonstração do Fluxo de Caixa Para os trimestres findos em 31 de março de 2006 e de 2005

(Valores expressos em milhares de reais)

2006 2005 2006 2005ATIVIDADES OPERACIONAIS

Lucro líquido do período 170.654 78.407 170.654 78.407

Despesas (receitas) que não afetam o caixa:Provisão (reversão) para créditos de liquidação duvidosa - - 3.197 24.652 Depreciação e amortização - - 85.437 79.160 Variações monetárias de longo prazo - líquidas 2.891 (205) (1.375) (21.592) Equivalência patrimonial (191.418) (81.452) (3.223) (5.503) Imposto de renda e contribuição social diferidos (10.728) (373) 5.830 (7.911) Provisões no exigível a longo prazo - - 25.487 20.408 Baixas de realizáveis a longo prazo - - 21 21 Baixas de imobilizado em serviço - líquidas - - 5.883 4.604 Amortização de ágio em investimentos - - 1.297 1.202 Participações minoritárias - - 2.932 7.079

(199.255) (82.030) 125.486 102.120

Variações no ativo circulanteConsumidores e revendedores - - (36.498) (102.024) Serviços executados para terceiros, líquidos - - (1.140) (1.768) Serviços em curso - (83) 507 29 Repasse CRC ao Governo do Estado do Paraná - - 7.752 7.130 Impostos e contribuições sociais a compensar 12.447 (5.216) 27.729 (32.845) Conta de compensação da "parcela A" - - 42.169 42.957 Ativo regulatório - Pasep/Cofins - - 18.795 - Cauções e depósitos vinculados (525) (28.851) Almoxarifado - - (7.754) (2.046) Outros créditos 92 248 (9.753) (7.125)

12.539 (5.051) 41.282 (124.543) Variações no passivo circulante

Fornecedores 323 (46) 78.858 165.919 Impostos e contribuições sociais (40.310) (21.588) (103.749) (39.034) Folha de pagamento e provisões trabalhistas (2) (31) 1.156 18.297 Benefícios pós-emprego (1) (15) (32.631) (30.573) Conta de compensação da "parcela A" (8.346) - Taxas regulamentares - - 18.149 11.116 Operações com derivativos - - - 12.353 Outras contas a pagar (2) - 17.239 3.037

(39.992) (21.680) (29.324) 141.115 Aplicações no realizável a longo prazo

Consumidores e revendedores - - (102) - Impostos e contribuições sociais a compensar - - (1.763) (350) Depósitos judiciais - - (4.520) (4.506) Coligadas e controladas 64.001 77.445 - - Conta de compensação da "parcela A" - - (4.079) - Ativo regulatório - PASEP/COFINS - - (5.565) (19.381) Pagamentos antecipados de seguros - - (936) -

64.001 77.445 (16.965) (24.237)

Total das Atividades Operacionais 7.947 47.091 291.133 172.862

Companhia Consolidado

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações contábeis.

Page 10: Companhia Paranaense de Energia - latibex.com · Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2005 e para o trimestre findo em 31 de março de 2006 (Valores expressos em milhares

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

10

Demonstração do Fluxo de Caixa Para os trimestres findos em 31 de março de 2006 e de 2005

(Valores expressos em milhares de reais)

2006 2005 2006 2005ATIVIDADES DE INVESTIMENTO

Participações societárias:Copel Transmissão S.A. (17.000) - Copel Participações S.A. (7.000) (12.046) Demais investidas - - (129) (5)

Dividendos e juros sobre o capital próprio 75.471 106.873 1.092 - Aplicações no imobilizado:

Em geração - - (856) (3.776) Em geração (Centrais Elétricas do Rio Jordão S.A. - Elejor) (27.963) (37.814) Em transmissão - - (39.294) (30.813) Em distribuição - - (72.010) (53.063) Em telecomunicações - - (5.805) (5.315) Em canalização de gás (Companhia Paranaense de Gás - Compagás) - - (3.530) (2.375)

Contribuições do consumidor - - 8.431 9.355 Aplicações no diferido (18) (163)

Total das Atividades de Investimento 51.471 94.827 (140.082) (123.969)

ATIVIDADES DE FINANCIAMENTOEmpréstimos e financiamentos 989 13.661 (35.122) (21.132) Debêntures (74.966) (49.893) (98.198) (49.893) Dividendos (6) 151 962 (655)

Total das Atividades de Financiamento (73.983) (36.081) (132.358) (71.680)

TOTAL DOS EFEITOS NO CAIXA (14.565) 105.837 18.693 (22.787)

Saldo inicial de caixa 15.583 3.281 1.131.766 533.092 Saldo final de caixa 1.018 109.118 1.150.459 510.305

Variação no caixa (14.565) 105.837 18.693 (22.787)

Companhia

Nota: Demonstração em conformidade com o Manual de Contabilidade do Serviço Público de Energia Elétrica, aprovado pela

Resolução

ANEEL nº 444/2001 publicada no D.O.U. em 29.10.2001.

Consolidado

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações contábeis.

Page 11: Companhia Paranaense de Energia - latibex.com · Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2005 e para o trimestre findo em 31 de março de 2006 (Valores expressos em milhares

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

11

Demonstração do Valor Adicionado Para os trimestres findos em 31 de março de 2006 e de 2005

(Valores expressos em milhares de reais)

2006 2005

Receitas Venda de energia, serviços e outras receitas 1.815.625 1.591.852 Provisão para créditos de liquidação duvidosa (3.196) (24.652) Resultado não operacional (3.652) (3.848)

Total 1.808.777 1.563.352

( - ) Insumos aquiridos de terceiros Energia elétrica comprada para revenda 359.555 359.817 Encargos de uso da rede elétrica 158.060 111.837 Material, insumos e serviços de terceiros 73.321 Gás natural e insumos para operação de gás 23.681 144.563 Encargos de capacidade emergencial 909 24.841 Outros insumos 22.399 (360)

Total 637.925 640.698

( = ) VALOR ADICIONADO BRUTO 1.170.852 922.654

( - ) Depreciação e amortização 85.437 79.160

( = ) VALOR ADICIONADO LÍQUIDO 1.085.415 843.494

( + ) Valor Adicionado TransferidoReceitas financeiras 125.759 94.777 Equivalência patrimonial 1.930 4.302

Total 127.689 99.079

VALOR ADICIONADO A DISTRIBUIR 1.213.104 942.573

Nota: Demonstração em conformidade com a Norma Brasileira de Contabilidade NBC T 3.7 aprovada pela Resol. CFC nº 1.010 publicada no D.O.U. em 25.01.2005.

Consolidado

Page 12: Companhia Paranaense de Energia - latibex.com · Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2005 e para o trimestre findo em 31 de março de 2006 (Valores expressos em milhares

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

12

Demonstração do Valor Adicionado Para os trimestres findos em 31 de março de 2006 e de 2005

(Valores expressos em milhares de reais)

2006 % 2005 %

DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO :

Pessoal Remunerações 94.482 100.843 Planos previdenciário e assistencial 31.505 24.218 Auxílio alimentação e educação 10.511 8.455 Encargos sociais - FGTS 8.424 8.871 Indenizações trabalhistas 1.583 272 Transferências para imobilizado em curso (10.011) (9.132)

Total 136.494 11,3 133.527 14,2

Governo ICMS 356.766 319.509 Taxas regulamentares 137.316 115.224 Cofins 105.305 64.600 Imposto de renda e contribuição social 94.985 43.144 Encargos sociais - INSS 25.524 27.210 Pasep 23.557 13.944 RGR 15.100 19.329 CPMF e IOF 9.060 7.150 Outros tributos 4.976 4.096 ISSQN 383 302

Total 772.972 63,7 614.508 65,2

Financiadores Juros e multas 124.036 107.463 Aluguéis 5.048 3.856

Total 129.084 10,6 111.319 11,8

Acionistas Lucros retidos 170.654 78.407 Participações minoritárias 3.900 4.812

Total 174.554 14,4 83.219 8,8

1.213.104 100,0 942.573 100,0

Valor Adicionado ( médio ) por empregado 155 139 Taxa de contribuição do patrimônio líquido - % 21,4 18,1 Taxa de geração de riqueza - % 11,1 9,3 Taxa de retenção de riqueza - % 14,4 8,8

As notas explicativas da administração - NE são parte integrante das demonstrações contábeis.

Consolidado

Page 13: Companhia Paranaense de Energia - latibex.com · Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2005 e para o trimestre findo em 31 de março de 2006 (Valores expressos em milhares

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

13

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

Informações Trimestrais – ITR em 31 de março de 2006 e de 2005

(Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado).

1 Contexto Operacional

A Companhia Paranaense de Energia - Copel (Copel, Companhia ou Controladora) é uma sociedade por

ações de capital aberto, as quais são negociadas nas bolsas de valores do Brasil, dos Estados Unidos

da América e da Espanha. É uma sociedade de economia mista, controlada pelo Governo do Estado do

Paraná, destinada, através de suas subsidiárias, a pesquisar, estudar, planejar, construir e explorar a

produção, transformação, transporte, distribuição e comercialização de energia, em qualquer de suas

formas, principalmente a elétrica, sendo essa atividade regulamentada pela Agência Nacional de Energia

Elétrica - Aneel, vinculada ao Ministério de Minas e Energia. Adicionalmente, a Copel está autorizada a

participar de consórcios ou companhias, em conjunto com empresas privadas, com o objetivo de

desenvolver atividades nas áreas de energia, de telecomunicações e de gás natural.

Page 14: Companhia Paranaense de Energia - latibex.com · Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2005 e para o trimestre findo em 31 de março de 2006 (Valores expressos em milhares

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

14

As subsidiárias integrais da Copel são:

Copel Geração S.A. - Explora o serviço de geração de energia. Seu parque gerador é composto por

18 usinas em operação, sendo 17 hidrelétricas e uma termelétrica, totalizando 4.549,6 MW de

capacidade instalada efetiva. Também possui em sua estrutura 11 subestações, das quais 10 são

automatizadas e teleoperadas, com potência instalada de transformador elevador de 5.004,1 MVA.

Detém, perante a Aneel, as seguintes concessões relacionadas no quadro a seguir, todas renováveis de

acordo com a legislação vigente do setor elétrico nacional:

Usinas Rio Capacidade Data da Data de

Instalada (MW) Concessão Vencimento

Hidrelétricas

Gov. Bento Munhoz da Rocha Neto

(Foz do Areia) Iguaçu 1.676,00 24.05.1973 23.05.2023

Gov. Ney Aminthas de Barros Braga

(Segredo) Iguaçu 1.260,00 14.11.1979 15.11.2009

Gov. José Richa (Caxias) Iguaçu 1.240,00 02.05.1980 04.05.2010Gov. Pedro Viriato Parigot de Souza Capivari-Cachoeira 260,00 23.04.1965 07.07.2015

Guaricana Arraial 36,00 13.08.1976 15.08.2026

Chaminé São João 18,00 13.08.1976 15.08.2026

Apucaraninha Apucaraninha 10,00 13.10.1975 13.10.2025

Mourão Mourão 8,20 20.01.1964 07.07.2015

Derivação do Rio Jordão Jordão 6,50 14.11.1979 15.11.2009Marumbi(1) Ipiranga 4,80 - -

São Jorge Pitangui/Tibagi 2,30 04.12.1974 04.12.2024

Chopim I Chopim 1,98 20.03.1964 07.07.2015

Rio dos Patos Rio dos Patos/Ivaí 1,72 14.02.1984 14.02.2014

Cavernoso Cavernoso/Iguaçu 1,30 07.01.1981 07.01.2011Salto do Vau(2) Palmital 0,94 27.01.1954 -Pitangui(2) Pitangui 0,87 05.12.1954 -Melissa(2) Melissa 1,00 08.10.1993 -

TermelétricaFigueira 20,00 21.03.1969 26.03.2019(1) Em homologação na Aneel.

(2) Usinas com capacidade inferior a 1 MW é efetuado apenas registro na Aneel.

Copel Transmissão S.A. - Tem como principal atribuição prover os serviços de transporte e

transformação de energia elétrica produzida pela Companhia. É responsável pela construção, operação

e manutenção de todas subestações, bem como das linhas, destinadas à transmissão de energia. A

Concessionária também opera parte do Sistema Interligado Nacional – SIN, localizado na região sul do

País, para o Operador Nacional do Sistema - ONS. Conta com 127 subestações com tensões iguais ou

superiores a 69 kV e 7.046,7 km de linhas de transmissão;

Copel Distribuição S.A. - Explora a distribuição e a comercialização de energia em qualquer de suas

formas, principalmente a elétrica, proveniente de combustíveis e de matérias-primas energéticas.

Distribui energia elétrica à 1.109 localidades, pertencentes aos 392 dos 399 municípios no Estado do

Paraná, e também ao município de Porto União, no Estado de Santa Catarina;

Page 15: Companhia Paranaense de Energia - latibex.com · Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2005 e para o trimestre findo em 31 de março de 2006 (Valores expressos em milhares

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

15

Copel Telecomunicações S.A. - A significativa infra-estrutura do sistema corporativo de

telecomunicações da Companhia, operado e mantido há 30 anos para atender às suas necessidades,

combinada com a grande experiência no setor, contribuiu para que a Copel obtivesse licença da Anatel

para prestação de serviços a outras empresas; e

Copel Participações S.A. - Por meio dessa subsidiária integral, é possível à Copel participar

acionariamente de outras sociedades ou consórcios em diversas áreas de atuação. A Copel tem

participação em cinco empresas de geração, na modalidade de produtor independente de energia

elétrica, organizadas na forma de Sociedade de Propósito Específico - SPE, com potência instalada total

de 760,9 MW. Participa também nos setores de saneamento, gás, telecomunicações e serviços.

As companhias controladas pela Copel são:

Companhia Paranaense de Gás - Compagas - E uma sociedade de economia mista na qual a Copel

Participações detém 51% do capital votante e que tem como atividade principal a exploração do serviço

público de fornecimento de gás natural canalizado, através de sua rede de distribuição de 448 km,

implantada nos municípios paranaenses de Araucária, Curitiba, Campo Largo, Balsa Nova, Palmeira,

Ponta Grossa e São José dos Pinhais; e

Elejor – Centrais Elétricas Rio Jordão S.A. - é uma Sociedade de Propósito Específico, na qual a

Copel Participações detém 70% do capital social votante. Foi constituída para implantar e explorar o

Complexo Energético Fundão-Santa Clara no Rio Jordão, na sub bacia do Rio Iguaçu, no Estado do

Paraná.

2 Apresentação das Informações Trimestrais

As Informações Trimestrais contábeis estão sendo apresentadas em conformidade com as disposições

da Lei das Sociedades por Ações, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, conjugadas

com a legislação específica da Aneel e regulamentações da Comissão de Valores Mobiliários – CVM, do

Instituto dos Auditores Independentes do Brasil – Ibracon e do Conselho Federal de Contabilidade -

CFC.

Em cumprimento às disposições legais pertinentes, a consolidação das participações societárias

contempla, a partir do exercício encerrado em 31.12.2005, a inclusão das demonstrações contábeis da

Elejor. Visando possibilitar a comparabilidade das informações, tal procedimento foi igualmente adotado

nas demonstrações contábeis consolidadas de 31.03.2005.

As controladas seguem práticas contábeis adotadas pela Copel.

Como informações complementares, apresentamos no formulário 16.01/ITR a Demonstração do Fluxo

de Caixa e a Demonstração do Valor Adicionado.

Page 16: Companhia Paranaense de Energia - latibex.com · Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2005 e para o trimestre findo em 31 de março de 2006 (Valores expressos em milhares

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

16

As notas explicativas às demonstrações contábeis de 31 de dezembro de 2005, publicadas na imprensa

oficial em 20 de abril de 2006, complementam as notas das informações trimestrais presentes,

publicadas de forma resumida.

a) Informações Trimestrais Consolidadas

As informações trimestrais consolidadas estão sendo apresentadas em conformidade com a Instrução

CVM n.º 247/1996 e deliberações posteriores, e contemplam a controladora, as subsidiárias integrais

(Copel Geração, Copel Transmissão, Copel Distribuição, Copel Telecomunicações e Copel

Participações) e as sociedades controladas indiretas (Compagas e Elejor).

Os balanços patrimoniais e as demonstrações de resultado das empresas constantes da consolidação

estão sendo apresentados na nota 44, reclassificados para fins de padronização do plano de contas.

Na consolidação, foram eliminados os investimentos da Companhia nos patrimônios líquidos das

controladas, bem como os saldos de ativos, passivos, receitas, custos e despesas decorrentes de

operações entre as companhias, tendo sido destacada a participação dos acionistas minoritários, de

forma que as demonstrações contábeis consolidadas representem efetivamente os saldos de transações

com terceiros.

b) Principais Práticas Contábeis

As principais práticas contábeis adotadas na elaboração destas informações trimestrais são consistentes

com aquelas adotadas nas demonstrações contábeis de 31 de dezembro de 2005 e informações

trimestrais – ITRs anteriores.

3 Disponibilidades

.

31.03.2006 31.12.2005 31.03.2006 31.12.2005

Caixa e bancos 453 208 49.159 85.793

Aplicações financeirasBancos federais 511 15.323 1.025.957 914.634

Bancos privados 54 52 75.343 131.339

565 15.375 1.101.300 1.045.973

1.018 15.583 1.150.459 1.131.766

Companhia Consolidado

As aplicações financeiras da Companhia, em sua maioria, foram realizadas em instituições financeiras

oficiais, prevalecendo os papéis de renda fixa (títulos públicos federais), com remuneração média de

100% do Certificado de Depósito Interbancário – CDI. As aplicações financeiras em bancos privados

referem-se, em parte, a obrigações dispostas em Resoluções da Aneel (Resoluções n.º 552/2002 e

n.º23/2003) que regulamentam os aportes de garantias financeiras, nas operações realizadas de compra

e venda de energia no âmbito da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE.

Page 17: Companhia Paranaense de Energia - latibex.com · Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2005 e para o trimestre findo em 31 de março de 2006 (Valores expressos em milhares

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

17

4 Consumidores e Revendedores

Saldos Vencidos Venc. há mais Total

vincendos até 90 dias de 90 dias

31.03.2006 31.12.2005

ConsumidoresResidencial 84.880 73.672 5.954 164.506 155.429

Industrial 76.259 15.957 43.691 135.907 132.088 Comercial 54.249 22.671 4.079 80.999 78.334

Rural 12.211 6.358 443 19.012 16.744 Poder público 13.966 8.505 16.163 38.634 54.400 Iluminação pública 12.001 1.568 781 14.350 14.854

Serviço público 19.692 790 123 20.605 11.356 Não faturados 135.487 - - 135.487 135.157 Parcelamento de débitos vencidos 69.408 6.664 8.686 84.758 64.659

Parcelamento de débitos vencidos - RLP 71.114 - - 71.114 73.091 Enc. de capac. emergencial 17 82 2.813 2.912 8.033

Tarifa social baixa renda 6.449 19.527 116 26.092 12.783 Governo do Paraná - luz fraterna 226 7.583 25.158 32.967 27.352 Aluguel de equip. e estruturas 473 806 390 1.669 31.207

Fornecimento de gás 12.482 457 500 13.439 13.538 Outros créditos 7.687 8.307 11.500 27.494 27.945 Outros créditos - RLP 9 - - 9 3

576.610 172.947 120.397 869.954 856.973 Revendedores

Suprimento

Suprimento curto prazo - - 40 40 40

Suprimento - CCEE (nota 39) 4.883 - 98 4.981 11.018 Ressarcimento de geradores 14.500 - - 14.500 13.332 Ressarcimento de geradores - RLP 28.873 - - 28.873 31.389

Contratos iniciais 5.054 - - 5.054 9.520 Leilão de energia 69.503 - - 69.503 50.415 Contratos bilaterais 53.686 - - 53.686 36.862

176.499 - 138 176.637 152.576 Sistema de TransmissãoRede elétrica 25.799 - - 25.799 24.765 Rede básica 15.850 151 85 16.086 15.631 Rede de conexão 19 10 97 126 115

41.668 161 182 42.011 40.511

794.777 173.108 120.717 1.088.602 1.050.060

Circulante 694.781 173.108 120.717 988.606 945.577

Realizável a longo prazo - RLP 99.996 - - 99.996 104.483

Consolidado

5 Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa

A provisão para créditos de liquidação duvidosa foi constituída de acordo com as normas contidas no

Manual de Contabilidade de Serviço Público de Energia Elétrica da Aneel e no plano de contas instituído

pela Agência Nacional do Petróleo - ANP, para o serviço público de fornecimento de gás. Após criteriosa

análise das contas a receber vencidas, a Administração da Companhia considerou os seguintes valores

como sendo suficientes para cobrir eventuais perdas na realização dos créditos a receber:

Page 18: Companhia Paranaense de Energia - latibex.com · Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2005 e para o trimestre findo em 31 de março de 2006 (Valores expressos em milhares

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

18

.

Consolidado Adições (1) Baixas

31.12.2005 31.03.2006

Consumidores e revendedoresResidencial 15.254 2.860 - 18.114

Industrial 11.905 27.827 - 39.732 Comercial 28.284 (25.489) - 2.795 Rural 25 12 - 37

Poder público 22.214 (2.317) - 19.897 Iluminação pública 135 29 - 164 Serviço público 31 (17) - 14

Concessionárias e permissionárias 760 - - 760 Fornecimento de gás 465 - - 465

79.073 2.905 - 81.978 (1) Líquidas das reversões.

Consolidado

Na classe comercial foi revertida a provisão para perdas referente a faturas de aluguel de equipamentos

e estruturas que estavam sendo discutidas judicialmente. Com a decisão favorável à Companhia, o

montante foi arrecadado neste trimestre.

6 Serviços Executados para Terceiros, Líquidos

Saldos Vencidos Vencidos há Total vincendos até 90 dias mais de 90 dias

31.03.2006 31.12.2005 Serviços de telecomunicações 210 6.812 452 7.474 6.341 Serviços executados para terceiros 44 326 3.235 3.605 3.307 Prov. para créd. liquidação duvidosa - - (2.590) (2.590) (2.299)

254 7.138 1.097 8.489 7.349

Consolidado

7 Dividendos a Receber

.

31.03.2006 31.12.2005 31.03.2006 31.12.2005

Dividendos a receber

Sercomtel S.A. - Telecomunicações - - - 942

Tradener Ltda. - - 64 64

Dominó Holdings S.A. - - 2.487 2.637

Outros 22 22 22 22

22 22 2.573 3.665 Juros s/ capital próprio (nota 14):

Copel Geração S.A. - 75.471 - -

Copel Transmissão S.A. 69.217 69.217 - -

Copel Telecomunicações S.A. 916 916 - -

Copel Participações S.A. 61.526 61.526 - -

131.659 207.130 - -

131.681 207.152 2.573 3.665

Companhia Consolidado

Page 19: Companhia Paranaense de Energia - latibex.com · Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2005 e para o trimestre findo em 31 de março de 2006 (Valores expressos em milhares

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

19

8 Repasse CRC ao Governo do Estado do Paraná

Mediante contrato firmado em 04.08.1994 e termo aditivo de dezembro de 1995, o saldo remanescente

da Conta de Resultados a Compensar - CRC foi negociado com o Governo do Estado do Paraná para

ser ressarcido em 240 meses, atualizado pela variação do Índice Geral de Preços - Disponibilidade

Interna - IGP-DI e juros de 6,65% ao ano. Em 1º.10.1997, houve renegociação do saldo para pagamento

nos 330 meses seguintes pelo sistema price de amortização, com vencimento da primeira parcela em

30.10.1997 e a última em 30.03.2025, mantidas as cláusulas de atualização e juros do contrato original.

O Governo do Estado do Paraná, em 19.03.2003, formulou ao Ministério da Fazenda solicitação de

aprovação de pedido de federalização do crédito de CRC da Copel, o qual foi enviado à Secretaria do

Tesouro Nacional - STN para avaliação, sem resposta até a presente data.

Através do quarto termo aditivo assinado em 21.01.2005, a Companhia renegociou com o Governo do

Estado do Paraná, o saldo em 31.12.2004 da Conta de Resultados a Compensar - CRC, no montante de

R$ 1.197.404, em 244 prestações recalculadas pelo sistema price de amortização, com vencimento da

primeira parcela em 30.01.2005 e as demais com vencimentos subseqüentes e consecutivos.

No valor renegociado, além das parcelas vincendas, estão incluídos o saldo da parcela vencida em

fevereiro de 2003 e as parcelas vencidas de março de 2003 a dezembro de 2004, corrigidos pelo IGP-DI

e acrescidos de juros de 1% ao mês. As demais cláusulas do contrato original foram mantidas.

O Governo do Estado vem cumprindo o pagamento das parcelas renegociadas conforme estabelecido

no quarto termo aditivo. As amortizações são garantidas com recursos oriundos de dividendos.

A mutação da conta Repasse CRC ao Governo do Estado do Paraná é a seguinte:

Ativo Relizável a Total

Saldos Circulante longo prazo Consolidado

Em 31 de dezembro de 2004 29.459 1.167.945 1.197.404

Encargos 76.443 - 76.443

Variação monetária 31 14.291 14.322

Transferências 31.772 (31.772) -

Amortizações (105.902) - (105.902)

Em 31 de dezembro de 2005 31.803 1.150.464 1.182.267

Encargos 19.040 - 19.040

Variação monetária 7 2.413 2.420

Transferências 8.286 (8.286) -

Amortizações (26.799) - (26.799)

Em 31 de março de 2006 32.337 1.144.591 1.176.928

Page 20: Companhia Paranaense de Energia - latibex.com · Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2005 e para o trimestre findo em 31 de março de 2006 (Valores expressos em milhares

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

20

9 Impostos e Contribuições Sociais

.

31.03.2006 31.12.2005 31.03.2006 31.12.2005

Ativo circulante

IRPJ/CSLL antecipados e a compensar 52.290 64.737 62.055 92.510

IRPJ/CSLL diferidos sobre: (a)

Planos previd. e assistencial - delib. CVM 371 - - 3.803 4.150

Déficit previdenciário - plano III - - 6.180 6.091

Prejuízo fiscal - - 745 745

Adições temporárias - - 14.690 14.690

ICMS a recuperar - - 15.797 12.526

Outros tributos a compensar - - 412 326

52.290 64.737 103.682 131.038

Ativo realizável a longo prazo

IRPJ/CSLL diferidos sobre: (a)

Déficit previdenciário - plano III - - 108.394 109.973

Planos previd. e assistencial - delib. CVM 371 - - 52.479 53.082

Adições temporárias 114.919 114.488 241.640 236.153

Prejuízo fiscal e base de cálculo negativa 30.958 20.859 71.659 79.677

IRPJ/CSLL antecipados e a compensar 8.197 7.999 8.196 7.999

ICMS a recuperar - - 30.450 29.081

ICMS liminar para depósito judicial - - 10.773 10.531

Pasep/Cofins s/ ICMS liminar p/ dep. judicial - - 25 10 154.074 143.346 523.616 526.506

Passivo circulante

IRPJ/CSLL diferidos sobre: (a)

CVA - - 24.393 37.696

Exclusões temporárias - - 9.846 17.220

Imposto de renda retido na fonte 282 101 1.121 376

ICMS a recolher - 27.523 117.048 157.129

Pasep e Cofins a recolher 18.302 18.302 52.393 54.106

Outros tributos 229 13.196 2.392 44.415

18.813 59.122 207.193 310.942

Passivo exigível a longo prazo

IRPJ/CSLL diferidos sobre: (a)

CVA - - 2.333 2.910

Exclusões temporárias - - 8.957 8.957

Ativo regulatório Pasep/Cofins - - 16.719 14.827

ICMS liminar para depósito judicial - - 10.774 10.531

Pasep/Cofins s/ ICMS liminar p/ dep. judicial - - 25 10 - - 38.808 37.235

(1) No consolidado

Companhia Consolidado

a) Imposto de renda e contribuição social diferidos

A Companhia contabiliza imposto de renda diferido calculado à alíquota de 15%, mais o adicional de

10%, e a contribuição social calculada à alíquota de 9%.

Os tributos diferidos sobre déficit previdenciário estão sendo realizados em conformidade com o plano de

amortização da respectiva dívida e a provisão para convênio assistencial na medida em que ocorrem os

pagamentos dos benefícios pós-emprego. Os tributos diferidos sobre as demais provisões serão

realizados em função das decisões judiciais e das realizações dos ativos regulatórios.

Page 21: Companhia Paranaense de Energia - latibex.com · Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2005 e para o trimestre findo em 31 de março de 2006 (Valores expressos em milhares

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

21

Pela legislação tributária em vigor, o prejuízo fiscal e a base negativa de contribuição social são

compensáveis com lucros futuros tributáveis, até o limite de 30% do lucro tributável, não estando sujeitos

a prazo prescricional.

A base de cálculo para a realização dos créditos fiscais está contabilizada conforme demonstração a

seguir:

.

Consolidado

31.03.2006

Ativo circulante

IRPJ/CSLL sobre planos previd. e assistencial - delib. CVM 371 3.803

IRPJ/CSLL sobre déficit previdenciário - plano III 6.180

Prejuízo fiscal 745

Adições temporárias 14.690

Ativo realizável a longo prazo

IRPJ/CSLL sobre déficit previdenciário - plano III 108.394

IRPJ/CSLL sobre planos previd. e assistencial - delib. CVM 371 52.479

IRPJ/CSLL sobre adições temporárias 241.640 IRPJ/CSLL sobre prejuízo fiscal e base de cálculo negativa 71.659

(-) Passivo circulante

IRPJ/CSLL sobre diferimento da CVA 24.393

IRPJ/CSLL sobre exclusões temporárias 9.846

(-) Passivo exigível a longo prazo

IRPJ/CSLL sobre diferimento da CVA 2.333

IRPJ/CSLL sobre exclusões temporárias 8.957

IRPJ/CSLL sobre ativo regulatório Pasep/Cofins 16.719

437.342

.

Em cumprimento à Instrução CVM n.º 371, de 27 de junho de 2002, a expectativa de geração de base de

cálculo positiva em montante suficiente para realização dos créditos fiscais, contabilizados pela

Companhia com base em estudos submetidos à apreciação dos Conselhos de Administração e Fiscal,

está apresentada a seguir:

.

Parcela estimada Parcela efetiva Parcela estimada

de realização de realização de realização

2006 132.393 24.333 -

2007 - - 25.874

2008 - - 22.030

2009 - - 20.193

2010 - - 22.114

2011 - - 31.572

Após 2011 - - 315.559

132.393 24.333 437.342

As projeções de resultado futuro serão objeto de reavaliação da administração quando do encerramento

do exercício em 31 de dezembro de 2006.

Page 22: Companhia Paranaense de Energia - latibex.com · Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2005 e para o trimestre findo em 31 de março de 2006 (Valores expressos em milhares

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

22

10 Conta de Compensação da “Parcela A”

A Portaria Interministerial n.º 25, de 24.01.2002, dos Ministros da Fazenda e de Minas e Energia,

estabeleceu que fossem registradas na Conta de Compensação de Variação de Valores de Itens da

“Parcela A” - CVA as variações ocorridas entre os valores previstos por ocasião dos reajustes tarifários e

os valores efetivamente desembolsados dos seguintes itens de custo da “Parcela A”: tarifa de repasse

de potência de Itaipu Binacional; tarifa de transporte de energia elétrica proveniente de Itaipu Binacional;

quota de recolhimento à Conta de Consumo de Combustíveis – CCC; tarifa de uso das instalações de

transmissão integrantes da rede básica; Compensação Financeira pela Utilização dos Recursos

Hídricos; e Encargos dos Serviços do Sistema - ESS.

Posteriormente, as Portarias Interministeriais n.º 116, de 04.04.2003, e n.º 361, de 26.11.2004, incluíram

novos itens, como a quota de recolhimento à Conta de Desenvolvimento Energético - CDE, os custos de

aquisição de energia elétrica e as quotas de energia e custeio do Programa de Incentivo a Fontes

Alternativas de Energia - Proinfa.

Em junho de 2005, a Aneel autorizou à Copel Distribuição reajuste médio de 7,80%. Deste percentual,

5,99% corresponderam aos valores decorrentes das variações de custos da parcela A - CVA, percentual

este composto por: 3,12% da CVA diferida do ano tarifário de 2003; 3,56% da CVA de 2004 não

compensada anteriormente; e por 0,69% negativos correspondentes aos valores do período findo em

junho de 2005. Além dos valores da CVA, o reajuste considerou 3,06% devidos aos ajustes financeiros

provenientes do ativo regulatório Pasep/Cofins e de custos adicionais da conexão complementar e

1,25% ao reajuste tarifário negativo no período.

As parcelas referentes ao reajuste de 2003, 2004 e 2005 estão sendo recuperadas no período de 24 de

junho de 2005 a 23 de junho de 2006, conforme valores repassados às tarifas, reconhecidos pela

Resolução Homologatória Aneel n.º 130, de 20.06.2005.

Page 23: Companhia Paranaense de Energia - latibex.com · Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2005 e para o trimestre findo em 31 de março de 2006 (Valores expressos em milhares

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

23

A composição dos saldos da Conta de Compensação “Parcela A” – CVA é a seguinte:

Consolidado

31.03.2006 31.12.2005 31.03.2006 31.12.2005 CVA recuperável reajuste tarifário 2003

Energia elétrica comprada p/revenda (Itaipu) 11.356 22.712 - - Transporte de energia comprada (Itaipu) 161 321 - - Encargos uso sist. transmissão (rede básica) 5.506 11.011 - - CDE 4.150 8.300 - - ESS 2.990 5.980 - -

24.163 48.324 - - CVA recuperável reajuste tarifário 2004

Encargos uso sist. transmissão (rede básica) 20.942 41.885 - -

20.942 41.885 - - CVA recuperável reajuste tarifário 2005

Transporte de energia comprada (Itaipu) 543 1.086 - - Encargos uso sist. transmissão (rede básica) 7.844 15.689 - - CDE 2.496 4.991 - - ESS 1.633 3.267 - - CCC 2.193 4.386 - -

14.709 29.419 - - CVA recuperável reajuste tarifário 2006

Transporte de energia comprada (Itaipu) 2.167 910 722 910 Encargos uso sist. transmissão (rede básica) - 854 - 854 CDE 6.721 1.617 2.241 1.617 ESS 1.522 598 507 598 CCC 10.178 4.580 3.393 4.580 Proinfa 5.616 - 1.872 -

26.204 8.559 8.735 8.559

86.018 128.187 8.735 8.559

circulante realizável a longo prazo Ativo Ativo

Consolidado

31.03.2006 31.12.2005 31.03.2006 31.12.2005 CVA compensável reajuste tarifário 2005

Energia elétrica comprada p/ revenda: Leilão 8.283 16.565 - - Cien 3.620 7.239 - - Itiquira (185) (370) - - Itaipu 8.659 17.318 - -

20.377 40.752 - - CVA compensável reajuste tarifário 2006

Energia elétrica comprada p/ revenda: Leilão 30.488 14.556 10.163 14.556 Cien 6.137 5.752 2.046 5.752 Itiquira (15.962) (7.557) (5.321) (7.557) Itaipu 18.614 12.161 6.205 12.161

39.277 24.912 13.093 24.912 Encargos uso sist. transm. (rede básica) 4.366 - 1.455 -

43.643 24.912 14.548 24.912

64.020 65.664 14.548 24.912

circulante exigível a longo prazo Passivo Passivo

Page 24: Companhia Paranaense de Energia - latibex.com · Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2005 e para o trimestre findo em 31 de março de 2006 (Valores expressos em milhares

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

24

A movimentação dos saldos de deferimentos de custos tarifários atualizados pelo Sistema Especial de

Liquidação e Custódia - Selic apresenta-se como se segue:

.

Saldo Diferim. Amortiz. Atualiz. Transf. Saldo

31.12.2005 31.03.2006

AtivoEnergia elét. comprada para revenda (Itaipu) 22.712 - (14.677) 3.321 - 11.356

Transporte de energia comprada (Itaipu) 3.227 974 (919) 311 - 3.593 Encargos uso sist. transm. (rede básica) 70.293 (7.481) (38.628) 4.287 5.821 34.292 CDE 16.525 5.511 (8.401) 1.973 - 15.608 ESS 10.443 766 (6.327) 1.770 - 6.652

CCC 13.546 4.274 (2.847) 791 - 15.764 Proinfa - 7.488 - - - 7.488

136.746 11.532 (71.799) 12.453 5.821 94.753 Passivo

Energia elétrica comprada para revenda: Leilão 45.677 9.682 (9.084) 2.659 - 48.934 Cien 18.743 (4.053) (3.970) 1.083 - 11.803 Itiquira (15.484) (5.203) 202 (983) - (21.468)

Itaipu 41.640 (460) (9.495) 1.793 - 33.478 Encargos uso sist. transm. (rede básica) - - - - 5.821 5.821

90.576 (34) (22.347) 4.552 5.821 78.568

11 Ativo Regulatório - Pasep/Cofins

Pela publicação das Leis Federais n.ºs 10.637, de 30.12.2002 e 10.833, de 29.12.2003, foram majoradas

as alíquotas e alteradas as bases de cálculo do PIS/Pasep e da Cofins. Em razão dessas alterações,

ocorreu crescimento nas despesas com PIS/Pasep de dezembro de 2002 a junho de 2005 e nas

despesas com a Cofins de fevereiro de 2004 a junho de 2005.

A Aneel, através do Ofício Circular n.º 302/2005-SFF/Aneel, reconhece o direito da Companhia em ser

ressarcida dos custos adicionais com Pasep e Cofins, autorizando as concessionárias a apurar o valor

do impacto produzido em função da mudança de critérios de apuração do PIS/Pasep e Cofins e

reconhecê-lo contabilmente como ativo ou passivo, conforme a natureza do impacto, positivo ou

negativo, respectivamente. Fundamentada em tal dispositivo, a Companhia tem registrado, de acordo

com critério definido pela Agência Reguladora, os créditos no montante de R$ 135.906, reduzindo, em

contrapartida, a despesa com Pasep e Cofins.

Do montante dos créditos, R$ 49.173 estão contabilizados como ativo realizável a longo prazo,

aguardando definições da Aneel quanto aos prazos de recuperação. Por este motivo, tais valores não

foram atualizados monetariamente.

Do montante a ser recuperado até o próximo reajuste tarifário, ou seja, R$ 86.733, já foram realizados

R$ 61.652.

Page 25: Companhia Paranaense de Energia - latibex.com · Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2005 e para o trimestre findo em 31 de março de 2006 (Valores expressos em milhares

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

25

12 Cauções e Depósitos Vinculados

31.03.2006 31.12.2005 Ativo circulante

Depósitos em garantia 44.271 43.746 44.271 43.746

Ativo realizável a longo prazoCaução do contrato da STN (nota 17.b) 25.096 27.041

25.096 27.041

Consolidado

Os depósitos em garantia atendem as exigências da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica –

CCEE e estão vinculados às operações realizadas nos leilões de energia e nas liquidações da própria

CCEE.

13 Outros Créditos

31.03.2006 31.12.2005 31.03.2006 31.12.2005 Ativo circulante

Adiantamento a empregados - - 18.043 7.276 Pagamentos antecipados - - 4.846 7.611 Parcelamento Onda Provedor de Serviços 4.348 4.348 4.348 4.348 Salários de empregados cedidos a recuperar - - 3.591 3.557 Adiantamento para depósitos judiciais - - 2.862 1.435 Aquisição de combustível por conta da CCC - - 2.248 726 Desativações em curso - - 2.113 2.856 Adiantamento a fornecedores - - 2.109 2.857 RGR - diferença de 2003 - - 1.056 2.155 Alienação de bens e direitos - - 644 643 Entidades seguradoras - - 482 516 Outros créditos a receber 4 3 4.463 2.554 Provisão para créditos de liquidação duvidosa - - (2.947) (2.947)

4.352 4.351 43.858 33.587 Ativo realizável a longo prazo

Empréstimos compulsórios - - 7.966 7.830 Pagamentos antecipados - - 4.392 5.754 Bens e direitos destinados à alienação - - 2.749 2.749 Outros créditos a receber - - 243 243

- - 15.350 16.576

Companhia Consolidado

A Companhia antecipa a primeira parcela do décimo terceiro salário no mês de janeiro, conforme

celebrado em acordo coletivo de trabalho, registrando o montante como adiantamento a empregados.

Page 26: Companhia Paranaense de Energia - latibex.com · Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2005 e para o trimestre findo em 31 de março de 2006 (Valores expressos em milhares

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

26

14 Coligadas e Controladas

A Companhia possui, demonstrados pelo valor líquido, os créditos a receber abaixo junto às suas

coligadas e controladas:

31.03.2006 31.12.2005 31.03.2006 31.12.2005

Controladas:Copel Geração S.A.

Juros s/ capital próprio a receber (nota 7) (a) - 75.471 - -

- 75.471 - - Copel Transmissão S.A.

Juros s/ capital próprio a receber (nota 7) (a) 69.217 69.217 - - Financiamentos repassados (b) 23.903 25.390 - -

93.120 94.607 - -

Copel Distribuição S.A.Financiamentos repassados (b) 90.570 96.010 - -

Debêntures repassadas (b) 572.825 620.122 - - Contas-correntes (c) 245.245 173.944 - -

908.640 890.076 - - Copel Telecomunicações S.A.

Juros s/ capital próprio a receber (nota 7) (a) 916 916 - - Contas-correntes (c) 67.244 67.244 - -

68.160 68.160 - -

Copel Participações S.A.Juros s/ capital próprio a receber (nota 7) (a) 61.526 61.526 - -

Contas-correntes (c) 208.659 208.659 - -

270.185 270.185 - - .

Controladas 1.340.105 1.398.499 - - Coligada:

Foz do Chopim Energética Ltda.Contrato de mútuo 35.722 35.357 35.722 35.357

Coligada 35.722 35.357 35.722 35.357

1.375.827 1.433.856 35.722 35.357

Juros s/ capital próprio (nota 7) 131.659 207.130 - -

Realizável a longo prazo 1.244.168 1.226.726 35.722 35.357

Companhia Consolidado

a) Juros sobre capital próprio a receber

Dividendos a receber das subsidiárias integrais sob a forma de juros sobre capital próprio, conforme

determinam seus estatutos.

b) Financiamentos e debêntures repassados

A Companhia repassou os empréstimos e financiamentos para as suas subsidiárias integrais quando de

suas constituições em 2001. Entretanto, como os contratos cujas transferências para as respectivas

subsidiárias ainda estão em fase de formalização, estes compromissos encontram-se igualmente

registrados na Controladora.

Page 27: Companhia Paranaense de Energia - latibex.com · Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2005 e para o trimestre findo em 31 de março de 2006 (Valores expressos em milhares

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

27

Nas demonstrações contábeis, os saldos desses financiamentos repassados, sem incidência de

remuneração, são apresentados separadamente na Companhia como contas a receber das subsidiárias

integrais e como obrigação por empréstimos e financiamentos, no montante de R$ 114.473, em

31.03.2006 (nota 17).

O montante de R$ 572.825 referente a debêntures também foi repassado para a Copel Distribuição,

observado o mesmo critério de registro do parágrafo anterior (nota 18).

c) Contas-correntes

A 112ª Reunião Ordinária do Conselho de Administração da Controladora, realizada em 24.03.2006,

definiu que os valores devidos pela Copel Distribuição sejam devolvidos à mesma.

As Assembléias Gerais Ordinárias, realizadas em 28.04.2006, nas subsidiárias Copel Telecomunicações

e Copel Participações, oficializaram aumentos de capital social nos valores correspondentes aos saldos

em 31.03.2006 dessas contas-correntes.

15 Investimentos

31.03.2006 31.12.2005 31.03.2006 31.12.2005

Participações em coligadas (a) - - 380.667 378.518

Participações em controladasCopel Geração S.A. 2.540.651 2.468.404 - - Copel Transmissão S.A. 957.361 907.128 - - Copel Distribuição S.A. 1.605.746 1.532.506 - -

Copel Telecomunicações S.A. 115.884 114.724 - - Copel Participações S.A. 464.510 445.972 - - Elejor - Centrais Elétricas do Rio Jordão S.A. - ágio - - 22.720 22.815

5.684.152 5.468.734 22.720 22.815

Outros investimentosFundo de investimento da Amazônia - Finam 32.609 32.609 32.609 32.609

Finam - Nova Holanda 7.761 7.761 7.761 7.761 Fundo de investimento do Nordeste - Finor 9.870 9.870 9.870 9.870 Provisão para perdas nos incentivos (47.900) (47.900) (47.900) (47.900)

Imóveis para uso futuro do serviço - - 6.825 6.825 Outros investimentos 2.322 2.322 3.823 3.822

4.662 4.662 12.988 12.987

5.688.814 5.473.396 416.375 414.320

Companhia Consolidado

Page 28: Companhia Paranaense de Energia - latibex.com · Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2005 e para o trimestre findo em 31 de março de 2006 (Valores expressos em milhares

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

28

a) Participações em coligadas

Patrimônio líquido Partic.Coligadas da investida Copel

31.03.2006 31.12.2005 (%) 31.03.2006 31.12.2005

Sercomtel S.A. - Telecomunicações 212.226 211.501 45,00 95.502 95.175 Ágio 8.967 10.024 Total Sercontel S.A. - Telecomunicações 104.469 105.199 .

Sercomtel Celular S.A. 33.119 33.534 45,00 14.904 15.091 Ágio 1.238 1.383 Total Sercomtel Celular S.A. 16.142 16.474 .

Carbocampel S.A. (1) 503 513 49,00 246 252 Adiantamentos para aumento de capital 198 198 Total Carbocampel S.A. 444 450 .

Escoelectric Ltda. (1) (1.919) (1.919) 40,00 - - Adiantamentos para aumento de capital 2.500 2.500 .

Braspower International Engineering S/C Ltda. (1) (361) (336) 49,00 - - Adiantamentos para aumento de capital 176 176 .

UEG Araucária Ltda. (nota 19) (196.082) (182.102) 20,00 - - Adiantamentos para aumento de capital 142.027 141.899 .

Dominó Holdings S.A. (1) 585.234 564.569 15,00 87.785 84.685 Copel Amec S/C Ltda. (1) 914 890 48,00 438 427 Dona Francisca Energética S.A. (1.526) (4.753) 23,03 - - Centrais Eólicas do Paraná Ltda. (1) 5.706 5.582 30,00 1.712 1.675 Foz do Chopim Energética Ltda. (1) 69.819 69.983 35,77 24.974 25.033

380.667 378.518 (1) Não revisado por auditores independentes

Consolidado Investimento

Os investimentos na Sercomtel S.A. Telecomunicações e na Sercomtel Celular S.A. registraram ágios de

aquisição (R$ 42.289 e R$ 5.814) que no balanço representam saldos líquidos de R$ 8.967 e R$ 1.238,

respectivamente. Esses ágios estão sendo amortizados à taxa anual de 10%, cujo efeito no resultado

dos exercícios de 2006 e de 2005 foi de R$ 1.202 (R$ 1.057 + R$ 145). O fundamento econômico do

pagamento do ágio nos investimentos da Sercomtel S.A. - Telecomunicações e na Sercomtel Celular

S.A. foi a expectativa de rentabilidade futura, resultado da avaliação do retorno do investimento com

base no fluxo de caixa descontado.

Page 29: Companhia Paranaense de Energia - latibex.com · Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2005 e para o trimestre findo em 31 de março de 2006 (Valores expressos em milhares

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

29

16 Imobilizado

Depreciação Custo acumulada Consolidado

31.03.2006 31.12.2005 Em serviço

Copel Geração S.A. 4.268.996 (1.512.048) 2.756.948 2.779.164 Copel Transmissão S.A. 1.405.311 (453.132) 952.179 937.985 Copel Distribuição S.A. 3.299.374 (1.619.959) 1.679.415 1.670.463 Copel Telecomunicações S.A. 297.237 (136.747) 160.490 160.518 Copel Participações S.A. 383 (240) 143 151 Companhia Paranaense de Gás - Compagas 133.501 (22.746) 110.755 109.591 Elejor - Centrais Elétricas do Rio Jordão S.A. 303.096 (6.083) 297.013 281.510

9.707.898 (3.750.955) 5.956.943 5.939.382 Em curso

Copel Geração S.A. 140.371 - 140.371 143.116 Copel Transmissão S.A. 200.053 - 200.053 185.417 Copel Distribuição S.A. 206.935 - 206.935 186.357 Copel Telecomunicações S.A. 20.819 - 20.819 21.704 Copel Participações S.A. - - - - Companhia Paranaense de Gás - Compagas 11.006 - 11.006 10.261 Elejor - Centrais Elétricas do Rio Jordão S.A. 278.504 - 278.504 270.177

857.688 - 857.688 817.032 10.565.586 (3.750.955) 6.814.631 6.756.414

Obrigações especiais (a)Copel Transmissão S.A. (7.140) (7.140) Copel Distribuição S.A. (764.949) (757.983)

(772.089) (765.123) .

6.042.542 5.991.291

Líquido

De acordo com os artigos 63 e 64 do Decreto n.º 41.019, de 26.02.1957, os bens e instalações

utilizados na geração, transmissão, distribuição e comercialização são vinculados a esses serviços, não

podendo ser retirados, alienados, cedidos ou dados em garantia hipotecária sem a prévia e expressa

autorização do Órgão Regulador. A Resolução Aneel n.º 20/1999 regulamentou a desvinculação de bens

das concessões do Serviço Público de Energia Elétrica, concedendo autorização prévia para

desvinculação de bens inservíveis à concessão, quando destinados à alienação, determinando que o

produto da alienação seja depositado em conta bancária vinculada para aplicação na concessão.

a) Obrigações especiais

São obrigações vinculadas à concessão do serviço público de energia elétrica e representam os valores

da União e dos consumidores, bem como as doações não condicionadas a qualquer retorno a favor do

doador e as subvenções destinadas a investimentos na atividade de distribuição. O prazo de vencimento

dessas obrigações é aquele estabelecido pelo Órgão Regulador para concessões de transmissão e

distribuição, cuja quitação ocorrerá ao final das concessões.

Page 30: Companhia Paranaense de Energia - latibex.com · Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2005 e para o trimestre findo em 31 de março de 2006 (Valores expressos em milhares

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

30

b) Planos de universalização de energia elétrica

A Aneel, através da Resolução n.º 223, de 29.04.2003, estabeleceu as condições gerais para elaboração

dos Planos de Universalização de Energia Elétrica visando ao atendimento de novas unidades

consumidoras, ou aumento de carga, regulamentando o disposto nos artigos 14 e 15 da Lei n.º 10.438

de 26.04.2002, e fixou as responsabilidades das concessionárias e permissionárias de serviço público de

distribuição de energia elétrica. Foi devolvido aos consumidores até 31.03.2006 o montante de R$ 5.535.

O programa “Luz para Todos“ instituído pelo Governo objetivou antecipar a meta de completar 100% de

eletrificação no País até 2008, sem qualquer ônus para o consumidor.

c) Levantamento físico dos bens do imobilizado

A Companhia realiza regularmente inventários físicos de seus ativos, distribuídos dentro de sua área de

concessão.

d) Taxas de depreciação

As principais taxas anuais de depreciação, de acordo com a Resolução Aneel n.º 44/1999, a Portaria

n.º 96/1995, do Ministério das Comunicações, e a Agência Nacional do Petróleo – ANP, são:

.

% .

Geração

Equipamento geral 10,00

Geradores 3,30

Reservatórios, barragens e adutoras 2,00

Turbina hidráulica 2,50

Transmissão

Condutor e estrutura do sistema e transformador de força 2,50

Equipamento geral 10,00

Religadores 4,30

Distribuição

Condutor e estrutura do sistema e transformador 5,00

Banco de capacitores e chave de distribuição 6,70 Regulador de tensão 4,80

Administração central

Edificações 4,00

Máquinas e equipamentos de escritório 10,00

Móveis e utensílios 10,00

Veículos 20,00

Telecomunicações

Equipamentos de transmissão e de energia (telecomunicações) 10,00

Cabos aéreos e subterrâneos, fios e central privada de comutação 10,00

Fornecimeno de gás natural

Gasoduto 3,30 Equipamentos de operação do gasoduto 10,00

Page 31: Companhia Paranaense de Energia - latibex.com · Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2005 e para o trimestre findo em 31 de março de 2006 (Valores expressos em milhares

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

31

e) Mutação do imobilizado

Obrigações

Saldos em serviço em curso especiais Consolidado

Em 31 de dezembro de 2004 5.530.574 925.435 (725.448) 5.730.561Programa de investimentos - 668.866 - 668.866Quotas de depreciação (328.636) - - (328.636)

Baixas (24.248) - - (24.248)Imobilizações de obras 761.692 (761.692) - - Participação financeira dos consumidores - - (39.675) (39.675)

Reversão de provisões para contingências - (14.687) - (14.687) de investimentos - (890) - (890)

Em 31 de dezembro de 2005 5.939.382 817.032 (765.123) 5.991.291Programa de investimentos - 149.458 - 149.458 Quotas de depreciação (85.358) - - (85.358)

Baixas (5.883) - - (5.883) Imobilizações de obras 108.802 (108.802) - - Participação financeira dos consumidores - - (6.966) (6.966)

Em 31 de março de 2006 5.956.943 857.688 (772.089) 6.042.542

Imobilizado

17 Empréstimos e Financiamentos

A composição dos saldos de empréstimos e financiamentos da Companhia é a seguinte:

. Passivo Exigível a

circulante longo prazo Companhia

Principal Encargos Principal 31.03.2006 31.12.2005

Moeda estrangeiraSecretaria Tesouro Nacional (b) 9.069 3.224 102.179 114.472 121.400

9.069 3.224 102.179 114.472 121.400

Total

A composição dos empréstimos e financiamentos consolidados é a seguinte:

. Passivo Exigível a Total

circulante longo prazo Consolidado

Principal Encargos Principal 31.03.2006 31.12.2005

Moeda estrangeira

BID (a) 20.435 888 81.742 103.065 122.302

Secretaria Tesouro Nacional (b) 9.069 3.224 102.179 114.472 121.400

Banco do Brasil S.A. (c) 4.566 72 11.415 16.053 20.040

Eletrobrás (d) 7 2 58 67 66

34.077 4.186 195.394 233.657 263.808

Moeda nacionalEletrobrás (d) 46.141 13 301.778 347.932 365.186

Eletrobrás - Elejor (e) - - 36.874 36.874 33.377

BNDES (f) 6.366 - 30.292 36.658 38.315

Banestado (g) 41 - - 41 70

Banco do Brasil S.A. (c) 95 5 1.001 1.101 1.121

52.643 18 369.945 422.606 438.069

86.720 4.204 565.339 656.263 701.877

Page 32: Companhia Paranaense de Energia - latibex.com · Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2005 e para o trimestre findo em 31 de março de 2006 (Valores expressos em milhares

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

32

a) Banco Interamericano de Desenvolvimento - BID

Empréstimo para a Usina Hidrelétrica de Segredo e Derivação do Rio Jordão, liberado a partir de

15.01.1991, totalizando US$ 135.000. O principal cujo pagamento da primeira parcela ocorreu em

15.01.1997 e os juros são amortizados semestralmente até 2011. Os juros são calculados de acordo

com a taxa de captação do BID, a qual, para o primeiro trimestre de 2006, foi de 4,23% ao ano. O

contrato prevê em suas cláusulas as seguintes hipóteses de rescisão:

1) inadimplemento, por parte do mutuário de qualquer outra obrigação estipulada no contrato ou

contratos subscritos com o Banco para financiamento para o projeto;

2) a retirada ou suspensão, como membro do Banco, da República Federativa do Brasil;

3) inadimplemento, por parte do fiador, se houver, de qualquer obrigação estipulada no contrato de

garantia;

4) quando a relação entre o seu ativo circulante e o total dos seus financiamentos comerciais e

bancários de curto prazo, excluídas a parte corrente da dívida de longo prazo e os dividendos a

serem reinvestidos, seja igual ou superior a 1,2; e

5) quando a relação entre sua dívida de longo prazo e o seu patrimônio não exceder a 0,9.

b) Secretaria do Tesouro Nacional - STN

A reestruturação da dívida de médio e longo prazos, assinada em 20.05.1998, referente aos

financiamentos sob amparo da Lei n.º 4.131/62, está demonstrada no quadro a seguir:

Prazo Vencimento CarênciaTipo de bônus (anos) final (anos)

31.03.2006 31.12.2005

Par Bond (1) 30 15.04.2024 30 35.218 37.375 Capitalization Bond (2) 20 15.04.2014 10 25.679 27.121 Debt Conversion Bond (3) 18 15.04.2012 10 21.705 23.050 Discount Bond (4) 30 15.04.2024 30 24.463 25.984 El Bond - Bônus de Juros (5) 12 15.04.2006 3 1.198 1.273 New Money Bonds (6) 15 15.04.2009 7 3.082 3.274 Flirb (7) 15 15.04.2009 9 3.127 3.323

114.472 121.400

Consolidado

As taxas de juros praticadas e as amortizações são as seguintes:

1) Par Bond – Juros correspondentes a 4,0% a.a. no primeiro ano e a 6,0% a.a. nos seguintes e

amortização única no final do contrato.

2) Capitalization Bond – Juros correspondentes a 4,0% a.a. no primeiro ano e a 8,0% a.a. nos

seguintes e amortização em 21 parcelas semestrais, a partir de abril de 2004.

3) Debt Conversion Bond – Juros correspondentes a libor semestral + 7/8 de 1% a.a. e amortização em

17 parcelas semestrais, a partir de abril de 2004.

Page 33: Companhia Paranaense de Energia - latibex.com · Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2005 e para o trimestre findo em 31 de março de 2006 (Valores expressos em milhares

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

33

4) Discount Bond – Juros correspondentes a libor semestral + 13/16 de 1% a.a. e amortização única no

final do contrato.

5) El Bond – Bônus de Juros – Juros correspondentes a libor semestral + 13/16 de 1% a.a. e

amortização em 19 parcelas semestrais, a partir de abril de 1997.

6) New Money Bonds – Juros correspondentes a libor semestral + 7/8 de 1% a.a. e amortização em 17

parcelas semestrais, a partir de abril de 2001.

7) Flirb – Juros correspondentes a 4,0% a 5,0% a.a. nos primeiros anos e libor semestral + 13/16 de

1% a.a. após o 6.º ano até o final do contrato e amortização em 13 parcelas semestrais, a partir de

abril de 2003.

Em garantia a esse contrato, a Companhia cedeu e transferiu à União, condicionado ao inadimplemento

de qualquer parcela do financiamento, os créditos que forem feitos à sua conta corrente bancária

centralizadora da arrecadação das suas receitas próprias, até o limite suficiente para pagamento das

prestações e demais encargos devidos em cada vencimento. Nos bônus Discount Bond e Par Bond

existem garantias depositadas, nos valores de R$ 10.346 e R$ 14.750 (R$ 11.147 e R$ 15.894, em

31.12.2005), respectivamente, contabilizadas na conta Cauções e Depósitos Vinculados, no Ativo

realizável a longo prazo (nota 12).

c) Banco do Brasil S.A.

Contratos com recursos em yen, para a subestação isolada a gás - Salto Caxias, amortizáveis em 20

parcelas semestrais, a partir de 07.03.2000, com juros de 6,6% ao ano. A garantia é vinculada à receita

própria.

Contrato particular de cessão de crédito com a União, através do Banco do Brasil S.A., assinado em

30.03.1994, amortizável em 240 parcelas mensais pelo sistema price, a partir de 1º.04.1994, com

atualização mensal pela Taxa de Juros de Longo Prazo - TJLP e Índice Geral de Preços de Mercado -

IGPM e taxa de juros de 5,098% a.a.

d) Eletrobrás

Empréstimos originados de recursos do Fundo de Financiamento da Eletrobrás – Finel e da RGR, para

expansão dos sistemas de geração, transmissão e distribuição. A amortização dos contratos vincendos

iniciou em fevereiro de 1999 e o último pagamento está previsto para agosto de 2021. Os juros de 5,5%

a 6,5% a.a. e o principal são amortizados mensalmente, atualizados pelo índice do Finel e da Unidade

Fiscal de Referência – Ufir.

A garantia é representada pela receita própria.

e) Eletrobrás - Elejor

O saldo apresentado refere-se à correção e juros das ações preferenciais da Elejor detidas pela

Eletrobrás, as quais deverão ser readquiridas pela emissora, conforme cláusulas contratuais (nota 42).

Page 34: Companhia Paranaense de Energia - latibex.com · Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2005 e para o trimestre findo em 31 de março de 2006 (Valores expressos em milhares

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

34

f) BNDES

O saldo do BNDES também é composto por quatro contratos da Compagas assinados em 14.12.2001,

amortizáveis em 99 parcelas, com juros de 4% a.a., sendo dois para aquisição de máquinas e

equipamentos, indexados pela TJLP (limitada a 6% a.a.) e dois para obras, instalações e serviços,

indexados pela Unidade Monetária do BNDES - UMBND.

g) Banco Banestado S.A.

Contrato do Fundo de Desenvolvimento Urbano assinado em 23.07.1998, amortizável em 96 parcelas

mensais pelo sistema price, com carência de 12 meses, atualização mensal com base na Taxa de

Referência - TR e taxa de juros de 8,5% a.a. e com vencimento final em 20.07.2006. A garantia é

representada pela receita própria.

Composição dos empréstimos e financiamentos por tipo de moeda e indexador:

.Moeda (equivalente em R$) / Indexador

31.03.2006 % 31.12.2005 %Moeda estrangeira

Dólar norte-americano 114.539 17,45 121.466 17,31

Yen 16.053 2,45 20.040 2,86 BID - cesta de moedas 103.065 15,70 122.302 17,42

233.657 35,60 263.808 37,59 Moeda nacional

TR 41 0,02 70 0,01 URBNDES e TJLP 36.701 5,59 38.378 5,47 IGP-M 37.931 5,78 34.434 4,91

Ufir 22.004 3,35 25.619 3,65 Finel 325.929 49,66 339.568 48,37

422.606 64,40 438.069 62,41

656.263 100,00 701.877 100,00

Consolidado

Variação das principais moedas estrangeiras e indexadores aplicados aos empréstimos e

financiamentos:

.

Moeda/Indexador Variação (%)

1º trimestre de 2006 1º trimestre de 2005 No ano de 2005

Dólar norte-americano (7,19) 0,44 (11,82)Yen (6,94) (4,09) (23,53)BID - cesta de moedas 0,63 (2,46) (6,76)TR 0,50 0,62 2,96URBNDES 1,44 1,03 3,75IGP-M 0,70 1,55 1,21Finel 0,14 0,31 0,24UMBND (6,12) 1,75 (14,04)

Page 35: Companhia Paranaense de Energia - latibex.com · Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2005 e para o trimestre findo em 31 de março de 2006 (Valores expressos em milhares

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

35

Vencimentos das parcelas de longo prazo:

Moeda Moeda estrangeira nacional

31.03.2006 31.12.2005 2007 20.408 35.686 56.094 83.015 2008 32.909 44.658 77.567 80.002 2009 32.043 43.276 75.319 77.473 2010 26.611 42.047 68.658 70.407 2011 16.391 42.047 58.438 59.467 2012 4.545 36.051 40.596 40.454 2013 2.916 35.999 38.915 38.638

2014 1.463 35.884 37.347 36.966 2015 - 35.844 35.844 35.356 2016 - 18.047 18.047 17.805 2017 - 135 135 130 2018 - 135 135 130 após 2018 58.108 136 58.244 62.781

195.394 369.945 565.339 602.624

Consolidado

Mutação de empréstimos e financiamentos:

Total

Saldos Circulante Longo prazo Circulante Longo prazo Consolidado

Em 31 de dezembro de 2004 456.171 308.041 58.225 394.827 1.217.264 Ingressos - - - 35.532 35.532 Encargos 27.685 - 31.765 - 59.450

Variação monetária e cambial (28.966) (45.375) (61) 5.499 (68.903) Transferências 39.328 (39.328) 56.572 (56.572) - Amortizações (453.748) - (87.718) - (541.466)

Em 31 de dezembro de 2005 40.470 223.338 58.783 379.286 701.877 Encargos 3.119 - 7.340 - 10.459

Variação monetária e cambial (2.283) (15.242) 26 4.750 (12.749) Transferências 12.702 (12.702) 14.091 (14.091) - Amortizações (15.745) - (27.579) - (43.324)

Em 31 de março de 2006 38.263 195.394 52.661 369.945 656.263

Moeda estrangeira Moeda nacional

18 Debêntures

Exigível a Circulante longo prazo

Principal Encargos Principal 31.03.2006 31.12.2005 Companhia (a) 133.320 11.885 266.680 411.885 435.251

Copel Distribuição (b) 566.177 6.648 - 572.825 620.122 Elejor (c) - 5.013 263.572 268.585 286.855

699.497 23.546 530.252 1.253.295 1.342.228

Total Consolidado

O saldo da obrigação referente às operações com debêntures, no montante de R$ 572.825, foi

repassado para a Copel Distribuição (R$ 620.122, em 31.12.2005), da mesma forma que os

empréstimos e financiamentos que foram repassados às Subsidiárias Integrais (nota 14).

Page 36: Companhia Paranaense de Energia - latibex.com · Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2005 e para o trimestre findo em 31 de março de 2006 (Valores expressos em milhares

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

36

a) Debêntures - Companhia - 3ª emissão

A emissão em série única de 40 mil debêntures constitui a terceira emissão de debêntures simples,

concluída em 09.05.2005, com subscrição integral no valor total de R$ 400.000, com prazo de vigência

de quatro anos e vencimento final em 2009, sendo a primeira amortização, de 1/3, em 1º.02.2007, a

segunda, de 1/3, em 1º.02.2008 e a terceira, de 1/3, em 1º.02.2009.

A espécie das debêntures é simples, não conversíveis em ações, escriturais e nominativas e solidária

das subsidiárias integrais da Copel. Os recursos foram destinados ao pagamento de títulos emitidos no

mercado internacional (euronotas) pela emissora, em 02.05.1997, cujo vencimento ocorreu em

02.05.2005, no valor de US$ 150.000.

A garantia dada é a movimentação da conta corrente da Copel Geração junto ao Banco do Brasil S.A.,

na qual serão depositados todos e quaisquer recursos recebidos ou creditados pela Copel Geração por

força dos contratos de comercialização de energia, atuais e futuros.

A título de remuneração sobre o valor nominal das debêntures, deduzidas as amortizações realizadas e

pagas anteriormente, incidirão juros remuneratórios correspondentes a 115% da taxa média dos

Depósitos Interfinanceiros de um dia - DIs, extragrupo, expressa na forma de percentual ao ano, base

252 dias úteis, calculadas e divulgadas diariamente pela Central de Custódia e de Liquidação Financeira

de Títulos - Cetip (à taxa DI) calculadas de forma exponencial e cumulativa pro rata temporis por dias

úteis decorridos. A remuneração correspondente aos períodos de capitalização será devida e paga

semestralmente, sendo o primeiro vencimento em 1º.08.2005 e o último em 1º.02.2009. Não haverá

repactuação das debêntures.

O contrato apresenta as cláusulas prevendo rescisão nas seguintes hipóteses:

1) decretação de falência da emissora ou de qualquer controlada, direta ou indireta, da emissora ou

pedido de concordata preventiva ou falência formulado pela emissora ou por qualquer controlada,

direta ou indireta, da emissora (ou qualquer procedimento judicial análogo que substitua ou

complemente a atual legislação sobre falências e concordatas, inclusive recuperação judicial e

extrajudicial);

2) não-pagamento de qual(is)quer valor(es) devido(s) aos debenturistas nas datas previstas;

3) decretação de intervenção na concessão ou extinção da concessão para a exploração dos serviços

de distribuição, transmissão ou geração de energia pela emissora ou pelas controladas da emissora;

4) sem prejuízo do item (2) acima, o descumprimento pela emissora ou pela Copel Geração de

qualquer obrigação não financeira estipulada ou a inveracidade de qualquer declaração prestada na

emissão ou no contrato de penhor, não remediado no prazo de dez dias úteis contados da data de

inadimplência ou da constatação da inveracidade, sendo que esse prazo de dez dias úteis não se

aplica às obrigações para as quais tenha sido estipulado prazo específico;

Page 37: Companhia Paranaense de Energia - latibex.com · Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2005 e para o trimestre findo em 31 de março de 2006 (Valores expressos em milhares

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

37

5) protesto(s) legítimo(s) de título(s) contra a emissora ou qualquer controlada, direta ou indireta, da

emissora cujo valor unitário ou agregado seja igual ou superior a R$ 25.000, valor esse que deverá

ser reajustado anualmente pela variação do IGP-M, apurado e divulgado pela Fundação Getúlio

Vargas, salvo se o protesto tiver sido efetuado por erro ou má-fé de terceiros, desde que

validamente comprovado pela emissora ou pela controlada, direta ou indireta, da emissora,

conforme o caso, ou se vier a ser cancelado o prazo de trinta dias contados de sua ocorrência;

6) decisão judicial transitada em julgado ou arbitral definitiva, de natureza condenatória, contra a

emissora ou qualquer controlada, direta ou indireta, da emissora, por valor agregado que ultrapasse

R$ 40.000, valor esse que deverá ser reajustado anualmente pela variação do IGP-M, desde que a

emissora ou qualquer controlada, direta ou indireta, da emissora, não comprove o pagamento, ao

agente fiduciário, no prazo de dez dias úteis a partir do pagamento, do valor agregado, nos prazos e

termos estabelecidos em referida decisão judicial transitada em julgado ou decisão arbitral definitiva;

7) vencimento antecipado de qualquer dívida da emissora ou de qualquer controlada, direta ou indireta,

da emissora, em montante unitário ou agregado igual ou superior a R$ 25.000, valor esse que

deverá ser reajustado anualmente pela variação do IGP-M;

8) falta de pagamento pela emissora ou qualquer controlada, direta ou indireta, da emissora de

quaisquer dívidas financeiras em valor agregado igual ou superior a R$ 25.000, valor esse que

deverá ser reajustado anualmente pela variação do IGP-M;

9) falta de cumprimento por parte da emissora ou qualquer controlada, direta ou indireta, da emissora,

durante a vigência da emissão de debêntures, das leis, normas e regulamentos, inclusive

ambientais, que afetem ou possam afetar a capacidade da emissora de cumprir fiel e integralmente

com suas obrigações previstas na escritura de emissão; e

10) qualquer alteração do objeto social previsto no estatuto social da emissora que altere a atividade

social preponderante.

b) Debêntures – Copel Distribuição

Emissão de debêntures simples, concluída em 09.05.2002, com subscrição integral no valor total de

R$ 500.000, dividida em três séries (R$ 100.000, R$ 100.000 e R$ 300.000, respectivamente), com

prazo de vigência de cinco anos, vencíveis em 1º.03.2007. A primeira série foi readquirida em

27.02.2004 e a segunda série foi repactuada em março de 2005, com remuneração da taxa DI,

capitalizada de spread de 1,50% a.a., com vencimento para 1º.03.2007.

A espécie das debêntures é sem preferência (quirografária), com garantia pela fiança conjunta e solidária

das subsidiárias integrais da Copel. Não são conversíveis em ações e têm forma escritural. A destinação

dos recursos foi a quitação do Euro-Commercial Paper e aplicação no programa de investimentos das

subsidiárias integrais relativo aos exercícios de 2002 a 2004.

Page 38: Companhia Paranaense de Energia - latibex.com · Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2005 e para o trimestre findo em 31 de março de 2006 (Valores expressos em milhares

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

38

Na sua emissão, a remuneração da primeira e segunda séries foi equivalente à variação da taxa DI

(calculada e divulgada pela Cetip), expressa na forma de percentual ao ano, base 252 dias, capitalizada

de spread de 1,75% ao ano. São pagas semestralmente no primeiro dia útil dos meses de março e

setembro. A terceira série tem seu valor nominal unitário remunerado a partir da data de emissão,

1º.03.2002, pela variação do IGP-M, pelo número de dias úteis, mais juros de 13,25% ao ano. Os juros

são pagos anualmente no primeiro dia útil de março, com atualização pela variação do IGP-M, em

parcela única, juntamente com o principal.

c) Debêntures – Elejor

O contrato da primeira emissão de debêntures da Elejor foi realizado com a BNDES Participações S.A. –

BNDESPAR, com interveniência da Copel Participações S.A., denominada “Acionista Garantidora” com a

Copel.

Os recursos captados apresentam as seguintes finalidades:

1) investimentos no Complexo Energético Fundão-Santa Clara, no rio Jordão, no Estado do Paraná;

2) investimentos em duas pequenas centrais hidrelétricas, PCH Santa Clara I e PCH Fundão;

3) pagamento de 50% dos valores aportados entre 1º.07.2004 e 30.09.2004, conforme contrato de

mútuo celebrado em 07.04.2004 com a Acionista Garantidora;

4) pagamento integral dos aportes de recursos realizados pela Acionista Garantidora no período de

1 .10.2004 até a data da primeira integralização das debêntures;

5) pagamento de despesas operacionais inerentes à atividade social da emissora, inclusive aquisição

de energia elétrica para suprimento de compromisso de fornecimento; e

6) financiamento dos programas sócioambientais relacionados à realização dos investimentos no

Complexo Energético Fundão-Santa Clara.

Foram emitidas 1.000 debêntures, sob forma escritural e sem emissão de cautelas ou certificados. A

emissão foi em duas séries, a primeira de 660 e a segunda de 340. As duas séries foram nominativas,

conversíveis em ações ordinárias e preferenciais da classe “C”, a critério dos debenturistas.

O valor total da emissão foi de R$ 255.626. As debêntures tiveram valor nominal unitário de R$ 256 na

data da emissão, 15.02.2005. As debêntures terão seu valor nominal atualizado segundo a variação da

TJLP.

A primeira série tem vencimento em 15.02.2015. O período de carência é de quarenta e oito meses

contados da emissão, a partir do qual a amortização dar-se-á em vinte e quatro parcelas trimestrais na

forma da escritura. A primeira amortização ocorrerá em 15.05.2009.

A segunda série tem vencimento em 15.02.2016. O período de carência é de sessenta meses, a partir do

qual a amortização dar-se-á em vinte e quatro parcelas trimestrais, na forma da escritura. A primeira

amortização ocorrerá em 15.05.2010.

Page 39: Companhia Paranaense de Energia - latibex.com · Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2005 e para o trimestre findo em 31 de março de 2006 (Valores expressos em milhares

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

39

Os juros da primeira e segunda séries serão remunerados segundo a variação da TJLP, acrescido de um

spread de 4% a.a., incidente sobre o saldo devedor das séries. Os juros da primeira série serão pagos

anualmente, nos primeiros doze meses, contados da data da emissão, e trimestralmente durante todo o

restante do prazo, sendo o primeiro vencimento em 15.02.2006 e o último em 15.02.2015. Os juros da

segunda série serão pagos anualmente nos primeiros vinte e quatro meses contados a partir da data de

emissão, e trimestralmente durante todo o restante do prazo, sendo o primeiro em 15.05.2007 e o último

em 15.02.2016.

O contrato apresenta as seguintes garantias:

1) fidejussória (carta de fiança) emitida pela Copel Participações, a qual se obriga como fiadora e

principal pagadora perante os debenturistas;

2) penhor de direitos emergentes do contrato de concessão: nos termos dos instrumentos particular de

vinculação de receitas e outras avenças celebrados entre a emissora, o agente fiduciário e o banco

depositário, constituiu-se penhor, em caráter irrevogável e irretratável, com a devida autorização da

Aneel; e

3) vinculação de receitas e reserva de meios de pagamentos: por instrumento celebrado entre a

emissora, o agente fiduciário e o banco depositário, constituiu-se conta centralizadora e conta

reserva, com vigência até a final liquidação de todas as obrigações deste contrato.

Em relação às cláusulas de rescisão de contrato, além das hipóteses previstas nos artigos 39 e 40 do

Regulamento do BNDES aplicáveis a seus contratos, e se a Assembléia Geral de debenturistas, pelo

voto dos que detenham 50% + 1 (cinqüenta por cento mais uma) das debêntures em circulação assim

deliberar, o agente fiduciário poderá declarar antecipadamente vencidas todas as debêntures objeto da

emissão e exigir o pagamento, pela emissora, da dívida relativa ao saldo devedor das debêntures,

acrescido de juros e demais encargos, na ocorrência dos seguintes eventos:

1) protesto de títulos contra a emissora no valor igual ou superior a R$ 5.000, do qual resulte riscos à

solvabilidade da Elejor, sendo tal valor corrigido anualmente pelo IGPM, divulgado pela Fundação

Getúlio Vargas;

2) pedido de concordata preventiva formulada pela emissora;

3) liquidação ou decretação de falência da emissora;

4) vencimento antecipado de qualquer dívida da emissora em razão e inadimplemento contratual, cujo

montante seja igual ou superior a R$ 5.000 corrigidos anualmente pelo IGPM;

Page 40: Companhia Paranaense de Energia - latibex.com · Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2005 e para o trimestre findo em 31 de março de 2006 (Valores expressos em milhares

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

40

5) a inclusão, em acordo societário ou estatuto da emissora, com exceção dos acordos já existentes e

devidamente registrados em livro, de dispositivo pelo qual seja exigido quorum especial para

deliberação ou aprovação de matérias que limitem ou cerceiem o controle da Companhia pelos

controladores, ou ainda, a inclusão naqueles documentos, de dispositivos que importe em:

i) restrições à capacidade de crescimento da Elejor ou desenvolvimento tecnológico; ii) restrições a

novos mercados: e iii) restrições ou prejuízo à capacidade de pagamento das obrigações financeiras

desta operação;

6) as declarações realizadas na Escritura, pela emissora, sejam falsas ou enganosas, ou ainda, de

forma relevante, incorretas ou incompletas; e

7) ocorrência de qualquer incorporação, fusão, cisão, transformação ou qualquer outra reorganização

societária, ou de ativos relevantes, bem como, qualquer redução do capital, ou criação de ações

resgatáveis pelas emissoras sem prévia autorização pela BNDESPAR.

Vencimento das parcelas de longo prazo:

.

31.03.2006 31.12.2005 2007 - 696.222 2008 133.320 133.320 2009 155.662 155.667 2010 41.225 41.233 2011 45.055 45.064 2012 45.055 45.064

2013 45.055 45.064 2014 42.081 42.090 2015 19.734 19.738 2016 3.065 3.063

530.252 1.226.525

Consolidado

A mutação das debêntures é a seguinte:

Exigível a Total Saldos Circulante longo prazo Consolidado

Em 31 de dezembro de 2004 156.620 457.407 614.027 Ingressos 18.116 755.626 773.742 Encargos 170.916 - 170.916 Variação monetária - 13.492 13.492 Amortizações (229.949) - (229.949)

Em 31 de dezembro de 2005 115.703 1.226.525 1.342.228 Encargos 48.350 - 48.350 Variação monetária (1.028) 4.252 3.224 Transferências 700.525 (700.525) - Amortizações (140.507) - (140.507)

Em 31 de março de 2006 723.043 530.252 1.253.295

Page 41: Companhia Paranaense de Energia - latibex.com · Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2005 e para o trimestre findo em 31 de março de 2006 (Valores expressos em milhares

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

41

19 Fornecedores

.

31.03.2006 31.12.2005

Encargos de uso da rede elétricaUso da rede básica 43.698 41.765

Transporte de energia 3.076 3.102

Uso da conexão 252 252

47.026 45.119

Fornecedores de energia elétrica

Cia. de Interconexão Energética - Cien - ELP 151.095 175.452 Foz do Chopim Energética Ltda. (a) 69.751 69.244

Cia. de Interconexão Energética - Cien 63.000 63.000

Eletrobrás (Itaipu) 60.666 77.921

Furnas Centrais Elétricas S.A. 31.380 18.348

Itiquira Energética S.A. 7.614 7.037

Administracion Nac. de Eletr. - Ande (Paraguai) 4.846 4.763

Dona Francisca Energética S/A 4.182 4.182 Concessionários - CCEE (nota 39) 1.581 -

Outros concessionários 81.930 35.851

476.045 455.798

Materiais e serviços

Petróleo Brasileiro S.A. - Petrobras - aquisição de gás pela Copel Geração (b) 478.502 478.502

Cia. Paranaense de Gás - Compagas - multas contratuais (c) 338.267 283.198

Petróleo Brasileiro S.A. - Petrobras - aquisição de gás pela Compagas 18.199 16.586

Petróleo Brasileiro S.A. - Petrobras - aquisição de gás pela Compagas - ELP 268 268

Outros fornecedores 58.688 58.665

Outros fornecedores - ELP 888 889

894.812 838.108

1.417.883 1.339.025

Circulante 1.265.632 1.162.416

Exigível a Longo Prazo - ELP 152.251 176.609

Consolidado

a) Foz do Chopim Energética Ltda.

A Copel firmou contrato com a Foz do Chopim Energética Ltda. dentro do Programa de Geração

Distribuída – Progedis. Seis meses após o contrato ter sido firmado, foi efetuado Aditivo Contratual,

desconsiderando as regras do Progedis e reajustado o valor da energia em mais de 30%, antes mesmo

da usina começar a gerar energia elétrica.

A Aneel até a presente data não homologou o contrato (e por conseqüência seu aditivo), sendo que a

Companhia pagou pela energia contratada no ano de 2002.

Foi contratada assessoria jurídica pela Companhia para examinar a legalidade do contrato, sendo

concluído que não foram observadas as regras da Lei 8.666/93 e que não havia justificativa para o

aumento concedido no Aditivo.

Page 42: Companhia Paranaense de Energia - latibex.com · Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2005 e para o trimestre findo em 31 de março de 2006 (Valores expressos em milhares

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

42

A Copel ingressou com ação declaratória de nulidade do contrato, estando os autos tramitando perante a

2ª Vara da Fazenda de Curitiba. Ao mesmo tempo a Copel fez pedido sucessivo, ou seja, caso não seja

declarada a nulidade do contrato, que seja declarada a nulidade do aditivo face às bases que o mesmo

foi assinado.

A Foz do Chopim Energética também ingressou com ação contra a Copel, pleiteando o recebimento da

energia objeto do contrato de compra e venda.

Os processos foram reunidos e as partes já contestaram a ação entre elas.

Aguarda-se a audiência de instrução, quando as partes devem produzir provas.

Caso o mesmo seja declarado válido e o Judiciário mencionar o valor devido, deverá ser deduzido de tal

quantia os valores devidos pela Foz do Chopim Energética, a titulo de mútuo que estão pendentes de

recebimento, bem como os relativos ao contrato de prestação de serviços.

b) Petróleo Brasileiro S.A. - Petrobras

O valor referente às obrigações com a Petrobras, R$ 478.502, em 31.03.2006 (R$ 478.502, em

31.12.2005) refere-se à provisão para pagamento da quantidade de gás garantida no contrato original

firmado entre a Copel e Compagas, onde estava previsto o pagamento, mesmo não havendo o

respectivo consumo (take or pay). O contrato também previa a recuperação do valor pago pelo período

de sete anos, vinculado ao consumo equivalente de gás. Entretanto, sua efetiva recuperação estava

atrelada ao desfecho das discussões da Companhia com os outros acionistas da UEG Araucária, como

mencionado nos itens “c”, “d” e “e” desta nota.

Conforme mencionando no item “e” desta nota, o acordo consistiu na assinatura entre as partes de um

Contrato de Transação Extrajudicial, de um Termo de Consentimento de Transferência de Quotas e de

um Protocolo de Intenções.

No Termo de Consentimento, a Petrobras declara que nada tem a opor quanto à aquisição por parte da

Copel das cotas da El Paso na UEG Araucária. Esta operação, que está sendo formalizada entre a

Copel e a El Paso, resultará no aumento da participação da Copel na UEG Araucária, mediante o

pagamento do equivalente a US$ 190.000, dos atuais 20% para 80%. A Petrobras permanece com 20%

das ações.

Pelo Protocolo de Intenções, a Petrobras envidará os melhores esforços para atendimento às

necessidades de suprimento de combustível para a operação da UEG Araucária, a partir de 2010,

podendo esse combustível ser gás natural ou energético alternativo.

O acordo com a Petrobras e o Memorando de Intenções equacionarão, de forma amigável, as

divergências existentes sobre o contrato de fornecimento de gás para a Usina Termelétrica de Araucária

e possibilitam buscar a viabilidade técnica e operacional da mesma.

Page 43: Companhia Paranaense de Energia - latibex.com · Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2005 e para o trimestre findo em 31 de março de 2006 (Valores expressos em milhares

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

43

c) Companhia Paranaense de Gás - Compagas

O valor referente às obrigações com a Compagas, R$ 338.267, em 31.03.2006 (R$ 283.198, em

31.12.2005) abrange as multas contratuais sobre a compra e transporte de gás, citados no item “b”, além

da margem de remuneração devida à Compagas por conta da intermediação de compra de gás da

Petrobras.

O Contrato original, assinado em 2000, previa a venda de gás natural destinado exclusivamente ao

consumo na UEG Araucária para geração de energia elétrica, com prazo de duração de 20 anos,

contados a partir do fornecimento inicial (2002).

Em razão do litígio estabelecido com a UEG Araucária e o fato de que o contrato de compra de energia

celebrado entre a Copel e a UEG não foi homologado pela Aneel, em 25.02.2003, o Conselho de

Administração da Companhia autorizou a suspensão dos pagamentos relativos ao contrato de compra e

venda de gás natural (que seria necessário como combustível destinado ao funcionamento da usina, a

qual jamais foi colocada em operação comercial) para a Compagas que, por sua vez, suspendeu os

pagamentos para a Petrobras.

Desde 1º.06.2005, os eventos referentes ao contrato de fornecimento e transporte de gás deixaram de

ser faturados pela Compagas, em decorrência da rescisão do contrato entre a Petrobras e a Compagas

e entre a Compagas e a Copel, conforme decisão manifestada unilateralmente pela Compagas.

d) UEG Araucária Ltda.

Histórico das questões judiciais:

A UEG Araucária e a Copel são partes em procedimento arbitral perante a Câmara de Comércio

Internacional, na França, bem como em processo judicial perante a justiça estatal do Paraná, nos quais

se discute a validade e a eficácia de determinadas estipulações constantes do contrato relativo à venda

e compra de potência assegurada, celebrado em 31.05.2000, com validade por 20 anos a partir da data

de declaração de operação comercial da usina termelétrica erigida no município de Araucária, Estado do

Paraná.

Por intermédio do contrato de compra e venda de potência assegurada e da operação e manutenção da

citada usina termelétrica a gás natural, a Copel e a UEG Araucária firmaram compromisso de

exclusividade de disponibilização à Copel de toda potência inicial assegurada da Usina, no montante de

484,3 MW.

Os valores mensais pagos até dezembro de 2002 referem-se ao adiantamento do valor que se faria

devido nos termos de instrumento contratual que seria firmado pelas partes que celebraram o contrato

original, desde que referido instrumento contratual substitutivo viesse a obter a necessária homologação

regulatória. A partir de janeiro de 2003, os pagamentos foram suspensos pela nova administração em

razão da interrupção das negociações bilaterais tendentes à elaboração do instrumento contratual

substitutivo ao contrato de compra e venda de potência assegurada.

Page 44: Companhia Paranaense de Energia - latibex.com · Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2005 e para o trimestre findo em 31 de março de 2006 (Valores expressos em milhares

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

44

A UEG Araucária citou a Companhia no “Tribunal Arbitral de Paris”, em 1°.04.2003, com o objetivo de

promover arbitragem sobre a suposta inadimplência contratual da Copel. Em 22.04.2003, a UEG

Araucária enviou à Copel comunicação em que considerava rescindido o contrato.

A Copel propôs junto à Justiça Estadual do Paraná, em 22.06.2003, ação declaratória de nulidade da

cláusula arbitral e obteve decisão liminar suspendendo o procedimento arbitral, sob pena de multa diária.

Segundo Parecer Jurídico de autoria do Instituto de Direito Civil - IDC, firmado por renomados juristas, a

Administração da Companhia é de opinião que o contrato de compra e venda de potência assegurada é

ineficaz sob o ponto de vista jurídico, visto que ele não foi jamais homologado pela Aneel.

Adicionalmente, o parecer menciona que o pagamento do valor de compra da usina, a título de multa

contratual, conforme pretendido no aditamento ao pedido de arbitragem, não pode ser considerado

devido antes do trânsito em julgado do processo em curso perante a justiça estatal brasileira. Ademais, o

valor da multa contratual em questão é bastante superior ao preço de mercado de uma usina de igual

porte e natureza, o que contraria a legislação aplicável à matéria.

A administração da Companhia, com base no parecer jurídico mencionado e no entendimento de que o

contrato firmado entre as partes é ineficaz, optou por reverter, na data base de 30.06.2003, as provisões

efetuadas relativas aos faturamentos mensais efetivados pela UEG Araucária contra a Companhia.

Em 14.08.2003, a Companhia entrou com nova ação judicial contra a UEG Araucária, denominada Ação

Cautelar de Produção Antecipada de Provas, que foi autuada sob o n.º 24.546/2003, junto à 3.ª Vara da

Fazenda Pública de Curitiba, por meio do qual a Copel pretende constituir prova a seu favor quanto à

demonstração da impossibilidade técnica de operação da usina de forma contínua, segura e

permanente. Para tanto, foi nomeado um grupo de peritos judiciais e as partes apresentaram os quesitos

e nomearam assistentes técnicos. Em maio de 2005 foi disponibilizado o laudo pericial e aguarda-se, no

momento, a finalização da tradução de documentos e a eventual apresentação de laudos

complementares/divergentes por parte dos assistentes técnicos. O laudo pericial, de 10.05.2005 e já

disponibilizado nos autos, é favorável à tese da Copel e confirma a impossibilidade técnica de operação

da usina de forma contínua, segura e permanente.

Page 45: Companhia Paranaense de Energia - latibex.com · Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2005 e para o trimestre findo em 31 de março de 2006 (Valores expressos em milhares

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

45

Em 22.02.2004, ocorreu audiência preliminar junto à Câmara Arbitral - CCI, na França, oportunidade em

que, imediatamente após sua abertura, a audiência foi adiada para o dia 15.04.2004. Naquela

oportunidade, a Copel reafirmou, consignando expressamente sua posição de não-aceitação da

competência da câmara arbitral, ressaltando a existência de sentença no Brasil, que reconheceu a

ausência de validade do compromisso arbitral constante do contrato objeto de litígio, o qual daria suporte

ao procedimento arbitral iniciado na França. Em julho de 2004, houve nova audiência em Paris, em

seqüência ao procedimento arbitral, ocasião em que a Copel reiterou sua posição manifestada quanto à

ausência de competência do Tribunal Arbitral para apreciar a questão a ele unilateralmente submetida

pela UEG Araucária. Em 06.12.2004, o Tribunal Arbitral, por maioria de votos, julgou-se competente para

apreciar e julgar as matérias que lhe foram submetidas. Referido julgamento não influenciará ou alterará

as decisões do Poder Judiciário brasileiro a respeito da mesma matéria. Superada a discussão acerca

da competência do Tribunal Arbitral, teve início a fase em que se discute o mérito do litígio entre as

partes. De 23 a 27.01.2006 foram realizadas as audiências de instrução.

Em 30.05.2005, a Companhia, mesmo não reconhecendo a competência do Tribunal Arbitral para o

julgamento da demanda, apresentou pedido reconvencional, no valor de US$ 238.261, com base no

princípio da eventualidade e como forma de defesa às alegações formuladas pela UEG Araucária.

A Aneel reconheceu os problemas técnicos e operacionais que impedem a UEG Araucária de produzir

energia. Em ofício encaminhado ao presidente da Copel e à direção da UEG Araucária, a Aneel, além de

atestar as razões pelo não funcionamento do complexo, considera como “comprometida” a condição de

início da operação comercial, em 27.09.2002, data da inauguração da usina.

Os laudos enviados à Aneel atestam que a usina não tem condições de operar de forma contínua e

segura, razões apontadas pela Copel desde 2003. Confirmados pelos peritos do Scott Wilson Raymond,

da Inglaterra, e pelo Instituto Superior Técnico – IST, de Portugal, ambos renomados centros europeus

especializados em energia termelétrica, os laudos atestam todos os problemas relatados pela Copel no

laudo pericial judicial que tramita na 3.ª Vara da Fazenda Pública de Curitiba.

Em 27.03.2006, UEG Araucária e Copel comunicaram ao Tribunal Arbitral que estão presentemente

entabulando negociações para resolver o litígio. Em decorrência dessa comunicação, o Tribunal Arbitral

suspendeu a arbitragem, prorrogando a data da audiência para apresentação das alegações finais pelas

partes. O término da arbitragem, previsto para o final do primeiro semestre de 2006, também ficará

suspenso até definição acerca de eventual acordo.

Intenção de compra das ações da El Paso na UEG Araucária:

A Copel, em cumprimento ao disposto na Instrução CVM 358/2002, comunicou ao mercado a assinatura,

em 17.02.2006, de Memorando de Intenções entre a Companhia e El Paso Energy Araucária Company,

resultante da negociação referente à Usina Termelétrica de Araucária, localizada no Paraná, com 484

MW de capacidade instalada.

Os principais itens acordados nessa negociação foram:

Page 46: Companhia Paranaense de Energia - latibex.com · Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2005 e para o trimestre findo em 31 de março de 2006 (Valores expressos em milhares

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

46

1) a Copel adquire a totalidade das cotas pertencentes à El Paso na Usina Termelétrica de Araucária,

o que representa 60% do capital social, pelo equivalente a US$ 190.000 (cento e noventa milhões

de dólares);

2) esse valor será integralmente pago após a assinatura do acordo definitivo, que deverá ocorrer até

30.04.2006. O referido prazo foi prorrogado para 20/05/2006;

3) o cumprimento desse Memorando de Intenções está sujeito à aprovação da Aneel, da Assembléia

Legislativa do Estado do Paraná e dos órgãos administrativos da El Paso;

4) adicionalmente, El Paso e Copel concordam, enquanto cotistas da Usina Termelétrica de Araucária,

em promover a suspensão dos processos judiciais e do procedimento arbitral em curso perante a

Justiça Estatal e a Câmara de Comércio Internacional de Paris.

Plano Operacional da UEG Araucária:

Dentro do planejamento empresarial da Copel está inserida, no mapa estratégico da Copel Geração, a

estratégia de crescer a receita de geração. Para tanto, a Copel está se empenhando em adquirir a

participação da empresa El Paso no empreendimento UEG Araucária e pretende disponibilizar a energia

da usina, a partir de 2010, através de leilões de energia conduzidos pelo MME.

Para esse atendimento, a Copel e a Petrobras assinaram em 06 de março de 2006 um Protocolo de

Intenções no qual se destaca que a Petrobras envidará os seus melhores esforços para atendimento das

necessidades de suprimento de combustível, o qual poderá ser gás natural ou um energético alternativo.

Haverá necessidade de investimentos da UEG Araucária na usina para permitir a utilização de

energético alternativo. Doze meses é o tempo estimado necessário para efetuar as alterações na planta.

Essa iniciativa tornará mais confiável o aspecto operacional da usina.

No caso de viabilidade de fornecimento de gás natural, as condições comerciais a serem praticadas

serão definidas na ocasião da celebração de novo contrato de fornecimento e deverão refletir os novos

custos de aquisição do combustível e das tarifas incrementais de transporte. No caso de combustível

alternativo, as condições comerciais serão as praticadas para o mercado, considerando a cadeia de

suprimento.

Aguarda-se a renovação, já solicitada pela UEG Araucária junto ao Instituto Ambiental do Paraná - IAP,

da licença ambiental de operação (LO) da usina para operar com o combustível gás natural, vencida em

2004. A solicitação junto ao IAP para obter a licença ambiental para operar com combustível alternativo

será encaminhada brevemente.

Page 47: Companhia Paranaense de Energia - latibex.com · Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2005 e para o trimestre findo em 31 de março de 2006 (Valores expressos em milhares

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

47

e) Assinatura de acordo com a Petrobras

Em 07.03.2006, por meio de fato relevante divulgado ao mercado, a Copel informou que no dia anterior

havia assinado com a Petrobras, acordo visando equacionar as pendências referentes ao contrato de

gás para a Usina Termelétrica de Araucária, cujas bases haviam sido previamente comunicadas ao

mercado em fato relevante de 24.02.06. O acordo consistiu na assinatura de um Contrato de Transação

Extrajudicial pelo qual a Copel Geração S.A., tendo como devedora solidária a Copel, confessa uma

dívida de R$ 150 milhões para com a Petrobras, esta na qualidade de cessionária dos créditos da

Compagas junto à Copel Geração, a ser paga em 60 parcelas mensais, a partir de janeiro de 2010,

sendo os valores corrigidos pela Taxa Selic. No entanto, o aperfeiçoamento dessa transação e a

consolidação de seus efeitos financeiros e contábeis estavam subordinados à satisfação de duas

condições antecedentes:

1) a aprovação da Aneel da dação, pela Copel Geração, de seus recebíveis em garantia do pagamento

da dívida que confessou em favor da Petrobras, condição essa que foi satisfeita por meio do

Despacho nº 769, de 13.04.2006, publicado no D.O.U. de 17.04.2006, pelo qual a referida Agência

aprovou a constituição da referida garantia, formada por recebíveis da Copel Geração,

correspondente a 2,56% da receita líquida da concessionária; e

2) a negociação, com a Compagas, dos montantes e condições de pagamento, (i) dos valores

referentes às penalidades (multas contratuais e juros de mora) previstas no Contrato de Compra e

Venda de Gás Natural firmado pela Copel Geração S.A com a Compagas em 05.06.2002,

obrigações essas que em face da assinatura do Contrato de Transação Extra Judicial entre a

Petrobras e a Copel, que regularizou o principal do referido contrato de compra de gás, requerendo

então que sejam anuladas as penalidades previstas no contrato original; e (ii) dos valores referentes

à margem devida pela Copel Geração à Compagas sobre o faturamento das parcelas “take or pay” e

“ship or pay” do Contrato de Compra e Venda de Gás Natural, os quais não estão compreendidos na

negociação realizada com a Petrobras por meio do Contrato de Transação Extrajudicial e Confissão

de Dívida, cujo objeto restringiu-se apenas ao principal da dívida.

A negociação e quitação pela Copel Geração dos valores referidos no item “2” supra, inclusive o

reconhecimento conjunto de que as mencionadas penalidades contratuais tornaram-se nulas e de

nenhum efeito, cujas tratativas já foram iniciadas com a Compagas, deverão ser concluídas no corrente

mês de maio de 2006, e imediatamente após, porque só assim estará aperfeiçoado o Contrato de

Transação Extrajudicial firmado entre a Petrobras, a Compagas, a Copel Geração e a Copel, serão

revertidos os provisionamentos que a Copel vêm efetuando até a presente data, para fazer frente a todos

os pagamentos oriundos do Contrato de Compra e Venda de Gás Natural (principal, multas contratuais,

encargos moratórios e margem), de modo a que os conseqüentes resultados sejam refletidos

contabilmente no fechamento do mês de maio do corrente exercício.

Page 48: Companhia Paranaense de Energia - latibex.com · Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2005 e para o trimestre findo em 31 de março de 2006 (Valores expressos em milhares

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

48

f) Rio Pedrinho Energética S.A. e Consórcio Salto Natal Energética S.A.

As empresas Rio Pedrinho Energética S.A. e Consórcio Salto Natal Energética S.A. requereram a

instauração de procedimentos arbitrais perante a Câmara de Arbitragem da Fundação Getúlio Vargas,

sob os n.ºs 001 e 002/2004, por meio dos quais pleiteavam o pagamento dos valores das parcelas

vencidas, bem como a multa rescisória, relativamente aos contratos de compra e venda de energia

elétrica firmados com a Copel Distribuição. Os procedimentos arbitrais foram julgados procedentes, de

forma que a Copel Distribuição foi condenada ao pagamento dos valores pleiteados, acrescidos de

honorários advocatícios.

Ressalta-se que os contratos objeto dos procedimentos arbitrais estão sendo questionados em ação

popular, onde se pede a nulidade dos mesmos (CVCEE/COPEL-DIS/DCOD/CPR n.º 16/2002, Rio

Pedrinho e CVCEE/COPEL-DIS/DCOD/CPR n.º 17/2002, Salto Natal), sob o argumento de que estes

seriam lesivos ao patrimônio da Companhia.

Também está em trâmite ação declaratória de nulidade da cláusula arbitral desses contratos interposta

pela Companhia, atualmente sob n.º 380/2005, perante a 2.ª Vara da Fazenda Pública, Falências e

Concordatas da Comarca de Curitiba.

Em virtude das restrições impostas à Copel pela suposta inadimplência desses contratos, a Companhia

interpôs e obteve êxito na Medida Cautelar n.º 1.392/2004, cuja decisão foi confirmada por maioria pelo

Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, para não permitir qualquer tipo de constrangimento à Copel,

considerando que o contrato está sub judice em virtude da ação declaratória e da ação popular

mencionadas.

A Copel também ingressou com ação ordinária, distribuída para a 2.ª Vara da Fazenda Pública – Autos

n.º 950/2005, pela qual pleiteia a declaração de nulidade dos contratos e das sentenças arbitrais, tendo

os réus sido citados em 30.09.2005.

As empresas Rio Pedrinho Energética S.A. e Consórcio Salto Natal Energética S.A. ofereceram

contestação, tendo sido o processo encaminhado ao Ministério Público para manifestação, o qual não

emitiu qualquer pronunciamento até o encerramento destas demonstrações contábeis.

A Administração, suportada por opinião de seus assessores jurídicos, não reconheceu nenhuma

provisão, por considerar como sendo prováveis as chances de êxito quando da decisão final desses

processos.

As empresas Energética Rio Pedrinho e Consórcio Salto Natal, ingressaram com execução de título

judicial, contra a Copel Distribuição S.A., executando as sentenças arbitrais.

A Copel Distribuição foi citada e apresentou bens a penhora.

O valor total das execuções é de aproximadamente R$ 60.000.

Page 49: Companhia Paranaense de Energia - latibex.com · Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2005 e para o trimestre findo em 31 de março de 2006 (Valores expressos em milhares

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

49

A Copel irá interpor embargos à execução, através de tal medida irá colocar em discussão a validade

das sentenças arbitrais que já está sendo objeto de discussão na ação declaratório em curso (autos

950/2005).

20 Folha de Pagamento e Provisões Trabalhistas

.

31.03.2006 31.12.2005 Folha de pagamento

Folha de pagamento, líquida 32.617 32.615 Tributos e contribuições sociais 15.994 15.344 Consignações a favor de terceiros 31 2

48.642 47.961 Provisões trabalhistas

Férias e 13º salário 45.289 45.522 Encargos sociais sobre férias e 13º salário 15.551 14.843

60.840 60.365

109.482 108.326

Consolidado

21 Benefício Pós-Emprego

As subsidiárias da Companhia, através da Fundação Copel, da qual são patrocinadoras, mantêm planos

de complementação de aposentadoria e pensão (Plano Previdenciário) e de assistência médico-

odontológica (Plano Assistencial) para seus empregados e dependentes legais ativos e pós-emprego. As

contribuições aos planos são efetuadas por ambas as partes, patrocinadoras e beneficiários, com base

em cálculos atuariais elaborados por atuários independentes, seguindo as normas vigentes aplicáveis às

entidades fechadas de previdência complementar, a fim de prover fundos suficientes para cobrir as

obrigações futuras com os benefícios a conceder.

Em 1998, houve implantação e migração do plano previdenciário (Plano Previdenciário III). Em

conseqüência, essa mudança de plano gerou um saldo de dívida, que, atualizado até então, foi

transferido para as subsidiárias integrais, por ocasião de sua criação, em 2001. O montante foi

financiado em 210 prestações mensais, indexadas pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor -

INPC e juros de 6% a.a., com vencimento a partir de 1º.08.2001. Como garantia desses contratos, as

patrocinadoras autorizaram a Fundação Copel a bloquear saldos em contas correntes bancárias de sua

propriedade, ficando a Companhia como garantidora solidária em caso de qualquer déficit decorrente da

concessão de benefícios.

A Companhia adota as práticas contábeis instituídas pela Deliberação CVM n.º 371, de 13.12.2000, para

registrar os custos com os planos previdenciário e assistencial, bem como os encargos sobre a dívida

assumida com o Plano III (nota 30).

Page 50: Companhia Paranaense de Energia - latibex.com · Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2005 e para o trimestre findo em 31 de março de 2006 (Valores expressos em milhares

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

50

Plano Plano Total previdenciário assistencial Consolidado

Total estimado 2006Custo do serviço corrente 6.774 7.182 13.956 Custo estimado dos juros 369.279 52.728 422.007 Rendimento esperado do ativo do plano (320.618) (9.161) (329.779) Contribuições estimadas dos empregados (28.667) - (28.667) Amortização de ganhos e perdas 24.434 - 24.434

51.202 50.749 101.951

22 Taxas Regulamentares

.

31.03.2006 31.12.2005 Conta de consumo de combustível - CCC 25.852 1.051 Conta de desenvolvimento energético - CDE 13.689 10.934 Compensação financeira - recursos hídricos 8.927 12.382 Reserva global de reversão - RGR 5.282 5.390 Encargos de capacidade emergencial 3.420 10.021 Taxa de fiscalização - Aneel 1.264 1.117 RGR - diferenças a partir de 2004 979 - Outras taxas a pagar 16 385

59.429 41.280

Consolidado

23 Outras Contas a Pagar

.

31.03.2006 31.12.2005 Taxa de iluminação pública arrecadada 15.558 14.951 Devolução - antecipação universalização obras 489 1.586 Devolução de faturas 425 428 Saldo transferência de crédito de ICMS 171 886 Consumidores - outros 2.878 2.007 Programas de pesquisa e desenvolvimento e eficiência energética (a) 89.975 72.887 Encargo da concessão - outorga Aneel 9.319 5.746 Empréstimo compulsório - Eletrobrás 2.468 3.225 Cauções em garantia 450 508 Entidades seguradoras - prêmios a pagar 13 1.837 Outras obrigações 3.076 3.327

124.822 107.388

Consolidado

a) Programas de pesquisa e desenvolvimento - P&D e eficiência energética - PEE

A Resolução Normativa Aneel nº 176, de 28.11.2005 estabeleceu critérios para aplicação de recursos

em Programa de Eficiência Energética – PEE pelas concessionárias ou permissionárias do serviço

público de distribuição de energia elétrica, de acordo com o regulamento estabelecido por aquela

Agência Reguladora. Na mesma Resolução, foi aprovado o Manual do Programa de Eficiência

Energética - PEE.

Page 51: Companhia Paranaense de Energia - latibex.com · Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2005 e para o trimestre findo em 31 de março de 2006 (Valores expressos em milhares

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

51

Esse Manual define regras para a contabilização dos custos do PEE, estabelecendo como competência,

para efeito do registro contábil do passivo e resultado, o mesmo mês de faturamento da receita cobrada

dos consumidores de energia e que, sobre o saldo do passivo incidirão juros a partir do mês

subseqüente ao faturamento, até o mês da efetiva aplicação dos recursos, calculados diariamente com

base na taxa Selic.

24 Provisões para Contingências

A Companhia responde por diversos processos judiciais de natureza trabalhista, tributária e cível,

perante diferentes tribunais e instâncias. A Administração da Companhia, fundamentada na opinião de

seus assessores legais, mantém provisão para contingências sobre as causas cuja probabilidade de

perda é considerada provável.

Os saldos de Depósitos Judiciais e Provisões para Contingências da Companhia são os seguintes:

Depósitos judiciais (Ativo - RLP) Provisões (Passivo - ELP)

31.03.2006 31.12.2005 31.03.2006 31.12.2005 Cíveis:

Cíveis e vara da fazenda - - 28 28 - - 28 28

Fiscais:Cofins (a) - - 197.549 197.549 Pasep 14.118 14.046 14.336 14.263 INSS (b) 48.014 48.014 - - INSS - Refis (c) - - 108.511 107.482 Tributos federais - - 7.209 7.209 Desapropriações - - - -

62.132 62.060 327.605 326.503

62.132 62.060 327.633 326.531

Companhia Companhia

Page 52: Companhia Paranaense de Energia - latibex.com · Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2005 e para o trimestre findo em 31 de março de 2006 (Valores expressos em milhares

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

52

Os saldos consolidados são os seguintes:

Depósitos judiciais (Ativo - RLP) Provisões (Passivo - ELP)

31.03.2006 31.12.2005 31.03.2006 31.12.2005

Trabalhistas 67.150 62.693 82.646 82.667

Cíveis:

Consumidores 1.652 1.648 20.068 20.205

Servidões de passagem 6.873 6.852 13.384 13.384

Cíveis e vara da fazenda 10.970 10.946 32.021 32.059

19.495 19.446 65.473 65.648

Fiscais:

Cofins (a) - - 197.550 197.549 Pasep 14.118 14.046 14.336 14.263

INSS (b) 48.014 48.014 25.625 25.625

INSS - Refis (c) - - 72.053 71.023

Tributos federais - - 30.741 30.741

Desapropriações - - 7.776 7.776

62.132 62.060 348.081 346.977

.

Outros depósitos judiciais 998 984 - -

149.775 145.183 496.200 495.292

Consolidado Consolidado

a) Cofins

Em 18.08.1998, o Tribunal Regional Federal da 4.º Região proferiu acórdão reconhecendo a imunidade

da Copel em relação à Cofins sobre as operações com energia elétrica. Em 10.08.2000, a União interpôs

ação rescisória para desconstituir o referido acórdão e em 21.11.2000 a Companhia foi citada, abrindo-

se, assim, a discussão quanto à questão da perda do direito da União de interpor a ação rescisória.

Em 14.12.2000, o processo foi concluso para o relator, com contestação apresentada pela Copel em

08.12.2000, embasada em pareceres conclusivos de renomados juristas, contratados pela Copel, sobre

a improcedência da ação rescisória interposta. Conservadoramente, a Administração decidiu manter,

para contingência, somente a provisão do valor principal em discussão, especificamente no que tange

aos valores não recolhidos no período de setembro de 1998 a junho de 2001, sem os respectivos juros

de mora e multa. O valor ora provisionado não inclui, por conseqüência, os valores exigidos pela

Secretaria da Receita Federal mediante auto de infração em relação ao período de janeiro a dezembro

de 1997, no valor atualizado de R$ 112.982, uma vez que os assessores jurídicos consideram que o

lançamento foi efetuado sem permissão legal.

Em agosto de 2003, a ação rescisória foi julgada procedente, ou seja, de forma desfavorável à Copel,

por maioria de votos. A Copel interpôs embargos de declaração, tendo sido tal recurso parcialmente

acolhido.

Page 53: Companhia Paranaense de Energia - latibex.com · Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2005 e para o trimestre findo em 31 de março de 2006 (Valores expressos em milhares

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

53

Em junho de 2004, a Copel interpôs embargos infringentes (uma vez que obteve voto favorável à Copel

em relação à decadência, ou seja, perda do direito da União pretender desconstituir o acórdão que

reconheceu a imunidade), cujo julgamento foi designado para 02.12.2004. Iniciado o julgamento dos

embargos infringentes na data marcada e realizadas as sustentações orais pelos representantes das

partes (Copel e União), o TRF anunciou o seu adiamento.

Em 02.06.2005, o TRF prosseguiu com o julgamento e, em 1.ª seção, por maioria, acolheu a tese de

decadência para a propositura da ação rescisória em favor da Copel, e em 03.08.2005 foi publicado o

acórdão.

A União protocolou Recursos Especial em 19.09.2005 e a Copel apresentou suas contra-razões ao

recurso. Após o exame de admissibilidade, o recurso interposto foi admitido pelo TRF da 4ª Região,

diante do que foram opostos embargos de declaração pela Copel, com o intuito de rever a decisão que

admitiu o recurso.

Essa provisão não foi incluída no Refis pelo fato de a Companhia, baseada em opiniões de diversos

juristas, considerar a chance de êxito como provável, quando da decisão dos referidos processos

judiciais.

b) INSS

Os depósitos judiciais de INSS, além daqueles relativos a recolhimentos de terceiros provisionados,

incluem outros processos da Companhia sendo contestados e suportados por depósitos recursais.

c) Programa de recuperação fiscal – Refis

Em 2000, a Companhia incluiu no Programa de Recuperação Fiscal – Refis, instituído pela Lei n.º 9.964,

de 10.04.2000, uma dívida total de R$ 89.766, proveniente de obrigações fiscais junto ao INSS, tendo

liquidado R$ 45.766 referentes aos juros, com créditos decorrentes de prejuízos fiscais do imposto de

renda e bases negativas da contribuição social adquiridos de terceiros. Considerando que a Secretaria

da Receita Federal não concluiu a análise do processo de transferência dos créditos citados, a

Companhia, em setembro de 2003, constituiu provisão que, atualizada até 31.03.2006, resulta em valor

líquido de R$ 72.053.

Page 54: Companhia Paranaense de Energia - latibex.com · Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2005 e para o trimestre findo em 31 de março de 2006 (Valores expressos em milhares

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

54

25 Capital Social

O capital social integralizado, em 31.03.2006, monta a R$ 3.480.000 e sua composição por ações (sem

valor nominal) e principais acionistas é a seguinte:

Número de ações em milharesAcionistas Preferenciais "A" Preferenciais "B" Total

% % % % Estado do Paraná 85.028.464 58,6 - - - - 85.028.464 31,1 Paraná Investimentos S.A. 134 - - - 13.639 - 13.773 - Eletrobrás 1.530.775 1,1 - - - - 1.530.775 0,6 BNDESPAR 38.298.775 26,4 - - 27.282.007 21,3 65.580.782 24,0 Custódias em bolsa (Brasil) 16.061.450 11,1 120.404 29,9 70.973.566 55,4 87.155.420 31,8 Custódias em bolsa (ADS's) 3.507.455 2,4 - - 29.812.803 23,2 33.320.258 12,2 Prefeituras 184.295 0,1 14.716 3,6 - - 199.011 0,1 Outros acionistas 419.733 0,3 268.235 66,5 138.925 0,1 826.893 0,2

145.031.081 100,0 403.355 100,0 128.220.940 100,0 273.655.376 100,0

Ordinárias

Nas Assembléias Gerais, cada ação ordinária dá direito a um voto.

As ações preferenciais classe “A” não possuem direito a voto, porém detêm prioridade no reembolso do

capital e direito ao recebimento de dividendos de 10% ao ano, não cumulativos, calculados sobre o

capital representado pelas ações dessa classe.

As ações preferenciais classe “B” não possuem direito a voto, mas terão prioridade na distribuição de

dividendos mínimos, calculados com base em 25% do lucro líquido ajustado, de acordo com a legislação

societária e o Estatuto da Companhia. Os dividendos assegurados à classe “B” serão prioritários apenas

em relação às ações ordinárias e somente serão pagos à conta dos lucros remanescentes depois de

pagos os dividendos prioritários das ações preferenciais classe “A”.

De acordo com o artigo 17 e seus parágrafos, da Lei n.º 6.404/1976, os dividendos atribuídos às ações

preferenciais são, no mínimo, 10% maiores do que os atribuídos às ações ordinárias.

Page 55: Companhia Paranaense de Energia - latibex.com · Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2005 e para o trimestre findo em 31 de março de 2006 (Valores expressos em milhares

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

55

26 Receita Operacional

.

31.03.2006 31.03.2005

Fornecimento de energia elétrica

Residencial 495.912 447.518

Industrial 408.338 357.303

Comercial, serviços e outras atividades 304.707 261.443

Rural 68.713 62.229

Poder público 41.226 35.614

Iluminação pública 36.468 34.203

Serviço público 32.248 28.071

1.387.612 1.226.381

Suprimento de energia elétrica

Contratos iniciais 13.662 9.279

Leilão - CCEAR 153.535 108.691

Contratos bilaterais 109.452 105.239

Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE 5.038 4.441

281.687 227.650

Disponibilidade da rede elétrica

Rede elétrica - tarifa de uso do sistema de distribuição (TUSD) 33.512 30.928 Rede básica - tarifa de uso do sistema de transmissão (TUST) 35.667 33.223

Rede de conexão 45 41

69.224 64.192

Receita de telecomunicações

Serviço de comunicações de dados e de telecomunicações 13.873 12.478

13.873 12.478

Distribuição de gás canalizado

Venda de gás natural 49.952 40.360

49.952 40.360

Outras receitas operacionais

Renda da prestação de serviços 2.971 2.854

Arrendamentos e aluguéis 8.175 12.531

Subvenção - CCC - 3.365

Serviço taxado 1.711 1.869

Outras receitas 420 172

13.277 20.791

1.815.625 1.591.852

Consolidado

Page 56: Companhia Paranaense de Energia - latibex.com · Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2005 e para o trimestre findo em 31 de março de 2006 (Valores expressos em milhares

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

56

27 Deduções da Receita Operacional

.

31.03.2006 31.03.2005

Tributos sobre a receita

Cofins 105.305 64.600

Pasep 23.557 13.944

ICMS 356.766 319.509

ISSQN 383 302 486.011 398.355

Encargos do consumidor

Quota para reserva global de reversão - RGR 15.100 19.329

Encargos de capacidade emergencial 909 24.841

16.009 44.170

502.020 442.525

Consolidado

28 Energia Elétrica Comprada para Revenda

.

31.03.2006 31.03.2005

Eletrobrás (Itaipu) 93.771 131.987

Cia. de Interconexão Energética - Cien 75.240 79.909

Furnas Centrais Elétricas S.A. - leilão 66.625 44.321

Companhia Hidro Elétrica do São Francisco - leilão 38.748 31.204

Outras concessionárias - leilão 26.776 22.509 Itiquira Energética S.A. 21.008 17.889

Companhia Energética de São Paulo - leilão 22.259 11.746

Dona Francisca Energética S.A. 12.146 12.778

Câmara de Comercialização de Energia - CCEE 4.699 1.128

Energia elétrica comprada para revenda - CVA passiva (12.425) -

Outras concessionárias 10.708 6.346

359.555 359.817

Consolidado

29 Pessoal

.

31.03.2006 31.03.2005 31.03.2006 31.03.2005

Remunerações 953 742 94.482 100.843

Encargos sociais 247 161 33.948 36.081 Auxílio alimentação e educação - - 10.511 8.455

Indenizações trabalhistas - - 1.583 272

(-) Transferências p/ imobilizado em curso - - (10.011) (9.132)

1.200 903 130.513 136.519

Companhia Consolidado

Page 57: Companhia Paranaense de Energia - latibex.com · Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2005 e para o trimestre findo em 31 de março de 2006 (Valores expressos em milhares

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

57

30 Planos Previdenciário e Assistencial

Plano Plano

assistencial

31.03.2006 31.03.2005

Cálculo atuarial 12.801 12.687 25.488 19.430 Complemento de benefícios a empregados ativos 26 5.991 6.017 4.788

12.827 18.678 31.505 24.218

Consolidado previdenciário

31 Material

.

31.03.2006 31.03.2005

Material para o sistema elétrico 5.914 4.702

Combustíveis e peças para veículos 5.403 4.644

Material de construção civil 793 567

Material para cantina 783 770

Material de expediente 592 603

Material de segurança 380 393

Ferramental 332 278 Material de informática 313 295

Material para hotéis e hospedarias 278 317

Lubrificantes para veículos e equip. automotivos 172 148

Conservação e limpeza 154 198

Vestuário e uniforme 125 205

Telecomunicações 34 57

Outros materiais 805 398

16.078 13.575

Consolidado

32 Matéria-prima e Insumos para Produção de Energia

.

.

31.03.2006 31.03.2005

Combustíveis para produção de energia elétrica 6.049 3.366 Gás natural para produção de energia elétrica 39 -

Outros insumos 58 58

6.146 3.424

Consolidado

33 Gás Natural e Insumos para Operação de Gás

.

.

31.03.2006 31.03.2005

Gás natural comprado para revenda 23.611 85.624 Outros insumos 70 17

23.681 85.641

Consolidado

O gás adquirido destina-se à comercialização pela Compagas.

Page 58: Companhia Paranaense de Energia - latibex.com · Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2005 e para o trimestre findo em 31 de março de 2006 (Valores expressos em milhares

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

58

34 Serviços de Terceiros

.

31.03.2006 31.03.2005 31.03.2006 31.03.2005

Consultoria técnica, científica e administrativa 1.075 13 6.241 4.680

Manutenção do sistema elétrico - - 4.756 4.654

Postais e telegráficos - serviços - - 4.457 3.787

Agentes autorizados e credenciados - - 4.382 3.205

Processamento e transmissão de dados - - 3.213 3.262

Telefone - - 3.112 1.947

Serviços de apoio administrativo - 48 2.846 2.912

Serviços de manutenção civil - - 2.167 983

Vigilância - - 2.142 1.398

Viagens 39 91 2.103 1.458

Leitura e entrega de faturas - - 1.944 1.860

Atendimento a consumidores - - 1.646 1.743

Instalações - serviços em área verde - - 1.071 748

Veículos - manutenção e conservação - - 894 694 Treinamentos - 96 874 441

Limpeza de faixa de servidão - - 841 286

Telecomunicações - manutenção do sistema - - 734 608

Auditoria 622 486 731 634

Telefonista - pessoa Jurídica - - 641 626

Transformadores - - 612 -

Administração de agências franqueadas - - 603 770

Fretes e carretos - - 507 499

Comunicação - - 470 192

Postinho de luz - empreiteiros - - 446 633

Reprografias 2 3 298 363

Despesas jurídicas 8 28 285 451

Outros serviços 36 60 3.081 3.089

1.782 825 51.097 41.923

Companhia Consolidado

A variação verificada em Consultoria técnica, científica e administrativa, na Companhia, é decorrente de

gastos com consultoria jurídica relacionada à questão com a UEG Araucária.

35 Taxas Regulamentares

.

31.03.2006 31.03.2005

Conta de consumo de combustível - CCC 75.941 57.488 Compensação financeira pela utilização de recursos hídricos 13.466 18.029 Taxa de fiscalização - Aneel 3.670 2.635

Conta de desenvolvimento energético - CDE 44.105 37.028

Outras 134 44

137.316 115.224

Consolidado

Page 59: Companhia Paranaense de Energia - latibex.com · Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2005 e para o trimestre findo em 31 de março de 2006 (Valores expressos em milhares

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

59

36 Outras Despesas Operacionais

.

Companhia Consolidado

31.03.2006 31.03.2005 31.03.2006 31.03.2005

Programas de P&D(1), PEE(2), PDTI(3) e FNDCT(4) - - 22.627 2.266

Arrendamentos e aluguéis 26 22 5.048 3.856

Seguros 1 1 2.227 1.128

Doações, contribuições e subvenções - - 215 15

Prov. p/ cred. liq.duv. - consumidores e revend. (nota 5) - - 2.905 24.653

Prov. (rev.) p/ cred. liq.duv. - serv. terc./ outros cred. - - 291 (1)

Anúncios - campanhas especiais 1.004 747 2.836 895

Consumo próprio de energia elétrica - - 1.504 887 Indenizações - - 555 561

Encargo da concessão - outorga Aneel - - 3.572 -

Recup. de combustíveis para prod. energia elétrica - - (6.049) -

Recuperação de despesas - (182) (7.081) (7.750)

Despesas gerais 287 - 1.993 1.638

1.318 588 30.643 28.148 (1) Programa de pesquisa e desenvolvimento (3) Programa de desenvolvimento tecnológico e industrial(2) Programa de eficiência energética (4) Fundo nacional de desenvolvimento científico e tecnológico

As despesas com Programas de P&D e PEE do exercício de 2005 somente foram reconhecidas em

dezembro, no montante de R$ 29.681. Deste total, o valor de R$ 6.941 corresponde ao primeiro trimestre

de 2005, o qual não foi registrado nas informações trimestrais de 31.03.2005.

Page 60: Companhia Paranaense de Energia - latibex.com · Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2005 e para o trimestre findo em 31 de março de 2006 (Valores expressos em milhares

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

60

37 Resultado Financeiro

.

31.03.2006 31.03.2005 31.03.2006 31.03.2005

Receitas financeiras

Renda de aplicações financeiras 156 364 42.049 17.605

Juros e comissões 457 681 23.283 31.721

Acréscimos moratórios sobre faturas de energia - - 27.305 11.241

Remuneração selic - CVA - - 11.613 7.591

Juros s/ direito de ressarcimento de geradores - - 2.234 -

Variações monetárias - - 2.967 21.022

Juros sobre impostos a compensar 794 120 918 3.753

Outras receitas financeiras - 7 4.939 1.844

1.407 1.172 115.308 94.777

(-) Despesas financeirasEncargos de dívidas 21.414 - 56.169 43.641

Multas contratuais - Compagas - - 55.069 35.886

CPMF e IOF 1.035 439 9.060 7.150

Remuneração selic - CVA - - 3.713 -

Multas moratórias - fiscais - 381 2.669 5.268

Multas sancionatórias e outras 414 - 1.246 67

Juros sobre parcelamento de tributos 1.030 1.124 1.030 1.123

Variações monetárias e cambiais 1.321 - (10.451) 6.982

Encargos de operações com derivativos (nota 41) - - - 12.353

Outras despesas financeiras 1.443 58 4.140 2.143

26.657 2.002 122.645 114.613

(25.250) (830) (7.337) (19.836)

Companhia Consolidado

38 Resultado de Participações Societárias

31.03.2006 31.03.2005 31.03.2006 31.03.2005

Equivalência patrimonial

Copel Geração S.A. 72.247 2.987 - -

Copel Transmissão S.A. 33.233 30.116 - -

Copel Distribuição S.A. 73.240 31.485 - -

Copel Telecomunicações S.A. 1.160 732 - -

Copel Participações S.A. 11.538 16.132 - -

Coligadas (a) - - 3.224 5.503

(-) Cofins/Pasep s/ juros s/ capital próprio - - - -

. 191.418 81.452 3.224 5.503

Dividendos 3 1 3 1

Amortização de ágio

Sercomtel S.A. Telecomunicações - - (1.057) (1.057)

Sercomtel Celular S.A. - - (145) (145)

Elejor - Centrais Elétricas do Rio Jordão S.A. - - (95) -

- - (1.297) (1.202)

191.421 81.453 1.930 4.302

Companhia Consolidado

Page 61: Companhia Paranaense de Energia - latibex.com · Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2005 e para o trimestre findo em 31 de março de 2006 (Valores expressos em milhares

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

61

a) Equivalência patrimonial – coligadas

Lucro líquido / (prejuízo) Partic.. Investida Copel Equivalência patrimonial

31.03.2006 31.03.2005 (%) 31.03.2006 31.03.2005 Sercomtel S.A. - Telecomunicações 725 1.859 45,00 326 837

Sercomtel Celular S.A. (415) 230 45,00 (186) 103 Dominó Holdings S.A. 20.665 21.590 15,00 3.100 3.171 Escoelectric Ltda. - (1.494) 40,00 - (222) Copel Amec S/C Ltda. 23 70 48,00 11 34

Dona Francisca Energética S.A. 3.227 1.376 23,03 - - Carbocampel S.A. (10) (8) 49,00 (5) (4) Braspower International Engineering S/C Ltda. (26) (49) 49,00 - - Centrais Eólicas do Paraná Ltda. 123 198 30,00 37 60 Foz do Chopim Energética Ltda. (164) 4.259 35,77 (59) 1.524

UEG Araucária Ltda. (13.980) (14.878) 20,00 - -

3.224 5.503

Consolidado

A Companhia vem contabilizando o resultado da avaliação dos investimentos pela equivalência

patrimonial, limitada ao valor de sua participação no investimento.

A Companhia, com base em demonstrações financeiras “pro-forma” da coligada Sercomtel S.A.

Telecomunicações de 31.12.2005, as quais refletem exceções incluídas nos relatórios dos auditores

sobre a referida coligada, reconheceu a correspondente perda na equivalência patrimonial no valor de

R$ 8.103, sendo mantido o mesmo valor para o 1º trimestre de 2006. Tal valor refere-se à equivalência

por parte da Copel em razão de investimentos efetuados pela Sercomtel em participação em outras

companhias, as quais apresentaram provisão para passivo a descoberto.

39 Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE

O MAE foi extinto e suas atividades, ativos e passivos foram, em 12.11.2004, absorvidos pela Câmara

de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE.

A CCEE foi constituída sob forma de pessoa jurídica de direito privado sob a regulação e fiscalização da

Aneel.

Os dados de comercialização de energia elétrica da Copel Distribuição, considerados na contabilização

do MAE, atualmente CCEE, não foram reconhecidos pela Companhia como efetivos e definitivos para os

exercícios de 2000, 2001 e primeiro trimestre de 2002. Esses dados foram calculados através de

critérios e valores que levaram em conta decisões da Agência Reguladora contidas no Despacho Aneel

n.º 288/2002 e na Resolução Aneel n.º 395/2002, sendo objeto de contestação, e tendo a Companhia já

encaminhado, pelas vias administrativas e judiciais, providências contra aquelas decisões.

Page 62: Companhia Paranaense de Energia - latibex.com · Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2005 e para o trimestre findo em 31 de março de 2006 (Valores expressos em milhares

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

62

Em 16.07.2002, a Companhia e a Copel Distribuição ajuizaram ação ordinária requerendo a concessão

de tutela antecipada com o objetivo de suspender: a) os efeitos do Despacho Aneel n.° 288/2002,

determinando à Aneel que se abstenha de adotar qualquer medida que importe na modificação dos

números constantes da contabilização dos exercícios de 2000, 2001 e primeiro trimestre de 2002,

realizada pelo MAE em 13.03.2002 ou, caso já tenha sido efetuada outra contabilização, que suste os

seus efeitos; e b) os efeitos do artigo 1°, § 1°, da Resolução Aneel n.° 395/2002.

No mérito, requerem: a) que seja declarada a inaplicabilidade do Despacho Aneel n.° 288, bem como, na

hipótese de já ter ocorrido nova contabilização, que a mesma seja declarada nula; b) a condenação da

Aneel, para que se abstenha de adotar qualquer medida que importe na modificação dos números

constantes da contabilização dos exercícios de 2000, 2001 e primeiro trimestre de 2002, realizada pelo

MAE em 13.03.2002; c) que seja declarado que o artigo 1°, § 1°, da Resolução Aneel n.° 395/2002 não

se aplica às sociedades; e, d) a condenação da Aneel ao pagamento de indenização pelos prejuízos

causados, a serem apurados em liquidação de sentença.

Em 07.08.2002 foi proferida decisão indeferindo o pedido de antecipação de tutela, de forma que, em

13.08.2002, as sociedades interpuseram agravo de instrumento com pedido de efeito suspensivo contra

a decisão que indeferiu o pedido de antecipação de tutela.

Em 27.08.2002, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região proferiu decisão deferindo o pedido de efeito

suspensivo para sustar a liquidação da contabilização determinada pelo Despacho n.º 288 e Resolução

n.º 395 da Aneel.

Em 09.09.2002, a Aneel apresentou petição requerendo que fosse reconsiderada a decisão que deferiu

o pedido de efeito suspensivo, o que lhe foi negada. Em 02.11.2002, a Copel protocolou uma petição

perante o Superior Tribunal de Justiça juntando cópia da decisão em questão. Em 29.08.2003, os autos

foram remetidos à conclusão, posição que permanece inalterada até o encerramento destas

demonstrações trimestrais.

O pleito da Companhia está embasado substancialmente no fato de o Despacho e a Resolução

mencionados acima terem produzido alterações retroativas à data da ocorrência das operações,

especificamente quanto à comercialização parcial da quota parte de Itaipu nos submercados sul e

sudeste para atender contratos bilaterais de energia livre, durante o período de racionamento em 2001,

quando havia discrepância significativa de preço da energia de curto prazo entre os mercados. O

montante estimado em 31.03.2006, relativo às diferenças de cálculo, é de aproximadamente R$ 630.000,

não reconhecido pela Companhia no passivo de energia a pagar.

A Administração, suportada por opinião de seus assessores jurídicos, considera como possíveis as

chances de êxito quando da decisão final desses processos judiciais.

Page 63: Companhia Paranaense de Energia - latibex.com · Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2005 e para o trimestre findo em 31 de março de 2006 (Valores expressos em milhares

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

63

Os saldos relativos às transações realizadas pela Companhia são os seguintes:

Copel Copel Elejor Geração Distribuição

31.03.2006 31.12.2005 Ativo circulante (nota 4)

Até dezembro de 2005 107 - - 107 11.018

De janeiro a março de 2006 520 4.354 - 4.874 -

627 4.354 - 4.981 11.018 Passivo circulante (nota 19)

De janeiro a março de 2006 1.172 - 409 1.581 -

1.172 - 409 1.581 -

Consolidado

A movimentação dos valores de energia de curto prazo (CCEE) no primeiro trimestre de 2006 está

apresentada como segue:

Valores Valores a liquidar Liquidação Apropriação a liquidar

31.12.2005 31.03.2006Ativo circulante (nota 4)

Até dezembro de 2005 11.018 (10.188) (723) 107

De janeiro a março de 2006 - (1.869) 6.743 4.874

11.018 (12.057) 6.020 4.981 (-) Passivo circulante (nota 19)

De janeiro a março de 2006 - (1.141) 2.722 1.581

- (1.141) 2.722 1.581

Total líquido 11.018 (10.916) 3.298 3.400

Os valores da energia no longo prazo podem estar sujeitos a modificação dependendo de decisão dos

processos judiciais em andamento, movidos por algumas empresas do setor, além da própria Copel,

relativos à interpretação das regras do mercado em vigor. Essas empresas, não incluídas na área do

racionamento, obtiveram liminar que torna sem efeito o Despacho n.º 288 da Aneel, de 16.05.2002, que

teve como objetivo o esclarecimento às empresas do setor sobre o tratamento e a forma de aplicação de

determinadas regras de contabilização do MAE, incluídas no Acordo Geral do Setor Elétrico.

Page 64: Companhia Paranaense de Energia - latibex.com · Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2005 e para o trimestre findo em 31 de março de 2006 (Valores expressos em milhares

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

64

40 Reconciliação da Provisão para Imposto de Renda e Contribuição

Social

A reconciliação da provisão para o imposto de renda (IRPJ) e da contribuição social (CSLL), calculada

pela alíquota fiscal, com os valores constantes da demonstração do resultado é a seguinte:

.

31.03.2006 31.03.2005 31.03.2006 31.03.2005

Lucro (prejuízo) antes do IRPJ e CSLL 160.124 78.034 269.539 126.363 IRPJ e CSLL (34%) (54.442) (26.531) (91.643) (42.963)

Efeitos fiscais sobre:Equivalência patrimonial 65.082 27.694 - - Outros (110) (1.535) (3.342) (181)

Efeitos fiscais sobre:

IRPJ e CSLL (34%) 10.530 (372) (94.985) (43.144)

Companhia Consolidado

41 Instrumentos Financeiros

A administração da Companhia, por meio de uma política de derivativos realizou operação de hedge de

moeda com o objetivo de se proteger dos efeitos de variações das taxas de câmbio sobre a exposição

de passivos indexados ao dólar norte-americano.

O valor contábil desse instrumento financeiro foi liquidado em 29.04.2005, tendo sido atualizado de

acordo com as taxas pactuadas contratualmente, estando a perda realizada decorrente do resultado

negativo dessas operações, no montante de R$ 166.582, registrada no resultado financeiro, (R$ 41.952

no exercício de 2005, dos quais R$ 12.353 referem-se ao primeiro trimestre de 2005; R$ 90.906 no

exercício de 2004; e R$ 33.724 no exercício de 2003).

42 Transações com Partes Relacionadas

A Copel efetuou uma variedade de transações com partes relacionadas não consolidadas, incluindo a

venda de energia elétrica para consumo, cujas tarifas aplicadas são aquelas aprovadas pela Aneel, não

sendo os valores faturados considerados relevantes para fins de divulgação. Todas as outras transações

são efetuadas em similaridade com o praticado pelo mercado.

Page 65: Companhia Paranaense de Energia - latibex.com · Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2005 e para o trimestre findo em 31 de março de 2006 (Valores expressos em milhares

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

65

Os principais saldos das transações com partes relacionadas no balanço patrimonial são:

.Parte relacionada Natureza da operação

31.03.2006 31.12.2005Ativo circulante .

Braspower I. Engineering S/C Ltda. Cessão de empregados 992 992 Governo do Estado do Paraná Cessão de empregados 1.076 1.076 Governo do Estado do Paraná CRC (nota 8) 32.337 31.803 .

Ativo realizável a longo prazo .Foz do Chopim Energética Ltda. Contrato de Mútuo (nota 14) 35.722 35.357 Governo do Estado do Paraná CRC (nota 8) 1.144.591 1.150.464 .

Passivo circulante .

BNDES Financ. obra desvio do Rio Jordão (nota 17) - 2.737 BNDES Financ. de máqs. equips., obras, instalações

e serviços (nota 17) 6.366 6.376 Centrais Eólicas do Paraná Ltda. Compra de energia elétrica 2.938 2.651 Dona Francisca Energética S.A. Compra de energia elétrica (nota 19) 4.182 4.182 Dutopar Participações Ltda. Reemb. de salários de empregados cedidos 228 76

Eletrobrás Financiamentos (nota 17) 46.163 52.248 Eletrobrás (Itaipu) Compra de energia elétrica (nota 19) 60.666 77.921 Foz do Chopim Energética Ltda. Compra de energia elétrica (nota19) 69.751 69.244 Petróleo Brasileiro S.A. - Petrobras Aquisição de gás para revenda (nota 19) 18.199 16.586 Petróleo Brasileiro S.A. - Petrobras Reemb. de salários de empregados cedidos 29 29 .

Passivo exigível a longo prazo .BNDES Financ. de máqs. equips., obras, instalações

e serviços (nota 17) 30.292 31.939 Eletrobrás Financiamentos (nota 17) 301.836 313.004

Eletrobrás Atualiz. ações da Elejor a serem recompradas da Eletrobrás (nota 17) 36.874 33.377

Petróleo Brasileiro S.A. - Petrobras Aquisição de gás para revenda (nota 19) 268 268 .

Consolidado

Page 66: Companhia Paranaense de Energia - latibex.com · Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2005 e para o trimestre findo em 31 de março de 2006 (Valores expressos em milhares

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

66

Os principais saldos das transações com partes relacionadas na demonstração de resultado são:

.

Parte relacionada Natureza da operação

31.03.2006 31.03.2005

Energia elétrica comprada p/ revenda

Centrais Eólicas do Paraná Ltda. Compra de energia elétrica 186 202 Dona Francisca Energética S.A. Compra de energia elétrica (nota 28) 12.146 12.778 Eletrobrás (Itaipu) Compra de energia elétrica (nota 28) 93.771 131.987

Foz do Chopim Energética Ltda. Compra de energia elétrica (nota 28) - 5.601 . .

Pessoal

Dutopar Participações Ltda. Reemb. de salários de empregados cedidos 79 46 Petróleo Brasileiro S.A. - Petrobras Reemb. de salários de empregados cedidos 80 76 . .

Gás natural e insumos p/ oper. Gás

Petróleo Brasileiro S.A. - Petrobras Gás natural comprado p/ revenda (nota 33) 23.611 85.624 . .

Outras despesas operacionais

Braspower I.Engineering S/C Ltda. Recup. desp. cessão de empregados - (104) Governo do Estado do Paraná Recup. desp. cessão de empregados (49) (120) . .

Receitas financeiras

Foz do Chopim Energética Ltda. Receita s/ contrato de mútuo 457 642 Governo do Estado do Paraná Receita s/ CRC 21.461 39.466 . .

Despesas financeiras

BNDES Desp. s/ financ. obra de desvio do Rio Jordão - 176

BNDES Desp. s/ financ. máqs. equips., obras, instal. e serviços 826 1.375

Centrais Eólicas do Paraná Ltda. Multa s/ contrato de compra de energia 50 67 Foz do Chopim Energética Ltda. Multa s/ contrato de compra de energia 508 818 Eletrobrás Desp. s/ financiamentos 7.770 9.290 .

Consolidado

Os saldos decorrentes de transações entre a Companhia e suas subsidiárias integrais estão

demonstrados na nota 14.

BNDES - A BNDES Participações S.A. - BNDESPAR detém 26,4% das ações ordinárias da Companhia

e tem o direito de indicar dois membros do Conselho da Administração. O BNDESPAR é subsidiária

integral do BNDES.

Dona Francisca Energética S.A. - A Companhia concedeu avais a sua coligada indireta Dona

Francisca Energética S.A., por empréstimos tomados por esta junto ao BNDES (aval solidário) e ao

Bradesco (aval solidário), respectivamente nos montantes, em 31.03.2006, de R$ 49.623 e R$ 29.076.

Dutopar Participações Ltda. e Petróleo Brasileiro S.A – Petrobras – As duas companhias são

acionistas minoritários da Compagas.

Eletrobrás – A Eletrobrás detém 1,1% das ações ordinárias da Companhia a qual possui financiamentos

com a Eletrobrás, descritos na nota 17.

A Eletrobrás detém ações preferenciais da Elejor. Estas ações deverão ser readquiridas em 32 parcelas

trimestrais e consecutivas, a partir do 24º mês do início da operação comercial do empreendimento,

caracterizada pela operação comercial da última unidade geradora a qual está prevista para 31.08.2006.

Assim, o primeiro pagamento pode ser previsto para agosto de 2008, sendo que o montante a ser pago

Page 67: Companhia Paranaense de Energia - latibex.com · Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2005 e para o trimestre findo em 31 de março de 2006 (Valores expressos em milhares

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

67

será atualizado pela aplicação do IGPM/FGV, entre a data de integralização das ações e a data do

pagamento, acrescido de remuneração do capital de 12% a.a. (nota 17).

Petróleo Brasileiro S.A – Petrobras – A Petrobras é acionista minoritário da Compagas, através de sua

controlada Petrobras Gás S.A – Gaspetro.

UEG Araucária Ltda. - A Companhia celebrou contrato com a UEG Araucária relativo à compra de

potência assegurada. A validade desse contrato está sendo discutida judicialmente (nota 19.b).

43 Leilão de Energia

Em 16.12.2005, foi realizado o 1º Leilão de Energia Nova, com base no novo modelo do setor. No total

foram comercializados 564.075 GWh, ao preço médio de 121,20 R$/MWh, com data de entrega prevista

para 2008, 2009 e 2010. No leilão foram ofertados contratos de energia com fontes térmicas e hídricas,

com duração de 15 e 30 anos, respectivamente. A Copel adquiriu os montantes especificados na tabela

a seguir:

Fonte Térmica(GWh)

2008 951 3.755

2009 857 7.964

2010 17.437 8.455

Fonte: CCEE

AnoFonte Hídrica

(GWh)

O 2º Leilão de Energia Nova está previsto para ocorrer em 12.06.2006. Trata-se do Leilão de A-3, com

entrega de energia a partir de janeiro de 2009. Em virtude do baixo desvio da previsão do mercado em

relação ao realizado e da redistribuição das cotas de Itaipu, a Copel não irá adquirir energia nesse leilão.

A aquisição de energia realizada no 1º leilão é suficiente para atender a totalidade do mercado para o

ano 2009. O aumento da cota de Itaipu será absorvido pela frustração de compra ocorrida no ano 2008 e

2009. A nova conta de Itaipu foi calculada com base no mercado faturado das concessionárias de

distribuição do ano 2004 e terão validade a partir de janeiro de 2008. De acordo com a Resolução

Normativa Aneel nº 218/2006, eventuais sobras ou déficits, provocadas pela redistribuição da cota de

Itaipu, serão compensadas prioritariamente pelo Mecanismo de Compensação de Sobras e Déficits -

MCSD.

Em agosto de 2005, a Copel Distribuição utilizou-se do mecanismo MCSD para ajustar o nível de

contratação, em função da cessão dos consumidores livres para a Copel Geração. Em dezembro de

2005, foi utilizado novamente o mecanismo MCSD, dessa vez, para aquisição de energia existente para

2006 e 2007, a fim de reduzir a compra de energia nova. Recentemente, em abril de 2006, a Copel

utilizou MCSD novamente reduzindo seu nível de contratação, em virtude da migração de consumidores

para o ambiente de livre contratação.

Page 68: Companhia Paranaense de Energia - latibex.com · Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2005 e para o trimestre findo em 31 de março de 2006 (Valores expressos em milhares

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

68

O detalhamento do arcabouço regulatório do novo modelo do setor elétrico encontra-se em sua fase

final, restando ainda a regulamentação da forma de repasse para as tarifas dos custos com a sobra de

contratos, dentro do limite de 103%. A proposta apresentada pela Aneel na Audiência Pública estabelece

a ordem de priorizacão dos contratos, de modo que as sobras sempre serão alocadas nos CCEARs de

energia existente.

Relativamente ao aspecto tarifário, em 2005 registramos como fatos relevantes a exclusão dos tributos

PIS-Pasep/Cofins da composição da tarifa de energia elétrica, a alteração da aplicação da fórmula do

Índice de Reajuste Tarifário - IRT, a assinatura do aditivo ao contrato de concessão da Copel

Distribuição, e a publicação da Resolução Normativa nº 166/2005, que estabeleceu nova metodologia de

cálculo da Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição - Tusd e da Tarifa de Energia - TE.

Em 2005, a Agência reguladora do setor elétrico deu início ao processo de aprimoramento do

mecanismo de revisão tarifária por meio do Fórum Técnico de Integração da Aneel e Sociedade,

considerando-se que as contribuições que forem aceitas serão incorporadas e aplicadas no Segundo

Ciclo de Revisão Tarifária.

A Copel, em conjunto com a Abradee, elaborou propostas de aprimoramento para a Base de

Remuneração, Empresa de Referência, Fator X e WACC. A proposta está baseada em uma metodologia

de revisão tarifária clara, sólida e consistente que aumente a transparência do processo e permita a sua

reprodutibilidade, reduzindo a subjetividade na sua aplicação, buscando a simplicidade sem

comprometer a precisão.

Page 69: Companhia Paranaense de Energia - latibex.com · Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2005 e para o trimestre findo em 31 de março de 2006 (Valores expressos em milhares

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

69

44 Empresas Controladas

Apresentamos as demonstrações contábeis em 31.03.2006 das subsidiárias integrais (Copel Geração -

GER, Copel Transmissão - TRA e Copel Distribuição – DIS) e das controladas (Compagas – COM e

Elejor – ELE):

ATIVO GER TRA DIS TEL PAR COM ELE

Circulante

Disponibilidades 604.927 10.632 437.656 2.655 4.775 32.370 56.426

Consumidores e revendedores, líquidos 163.572 47.103 726.190 - - 39.317 6.600

Serviços executados para terceiros, líquidos 1.331 183 35 9.321 - - -

Dividendos a receber - - - - 7.568 - -

Serviços em curso 3.453 2.342 4.539 - 231 - -

Repasse CRC ao Governo do Estado do Paraná - - 32.337 - - - -

Impostos e contribuições sociais a compensar 12.183 10.002 85.933 2.338 10.056 831 856

Conta de compensação da "parcela A" - - 86.018 - - - -

Ativo regulatório - Pasep/Cofins - 6.938 18.143 - - - -

Cauções e depósitos vinculados 22.529 - 21.506 - - 236 -

Outros créditos 10.843 6.324 17.537 1.459 163 951 3.108

Almoxarifado 68 10.033 26.231 7.381 - 630 -

818.906 93.557 1.456.125 23.154 22.793 74.335 66.990

Realizável a Longo Prazo

Consumidores e revendedores 138.324 - 71.123 - - - -

Repasse CRC ao Governo do Estado do Paraná - - 1.144.591 - - - -

Impostos e contribuições sociais a compensar 58.606 36.123 253.929 10.306 8.122 2.456 -

Depósitos judiciais 7.336 16.676 63.340 289 - - 2

Conta de compensação da "parcela A" - - 8.735 - - - -

Ativo regulatório - Pasep/Cofins - 16.493 32.680 - - - -

Cauções e depósitos vinculados - 5.238 19.859 - - - -

Coligadas, controladas e controladora 124.839 - - - 187.189 - -

Pagamentos antecipados 3.592 - - - - 49 751

Outros créditos 936 56 8.272 - 1.694 - -

333.633 74.586 1.602.529 10.595 197.005 2.505 753

Permanente

Investimentos 4.150 2.257 419 - 516.624 2 -

Imobilizado 2.897.319 1.145.092 1.121.401 181.309 143 121.761 575.517

Diferido - - - - - 5.314 -

2.901.469 1.147.349 1.121.820 181.309 516.767 127.077 575.517

Total do Ativo 4.054.008 1.315.492 4.180.474 215.058 736.565 203.917 643.260

Page 70: Companhia Paranaense de Energia - latibex.com · Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2005 e para o trimestre findo em 31 de março de 2006 (Valores expressos em milhares

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

70

PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO GER TRA DIS TEL PAR COM ELE

Circulante

Empréstimos e financiamentos 48.252 15.562 20.744 - - 6.366 -

Debêntures - - 572.825 - - - 5.013

Fornecedores 877.923 6.662 435.362 1.355 43 18.748 4.180

Impostos e contribuições sociais 33.103 16.994 166.679 932 7 4.302 713

Juros sobre o capital próprio - 69.217 - 916 61.526 9.732 154

Folha de pagamento e provisões trabalhistas 17.770 15.984 68.604 5.299 871 795 64

Benefícios pós-emprego 24.319 22.935 73.550 5.466 144 - -

Conta de compensação da "parcela A" - - 64.020 - - - -

Taxas regulamentares 12.018 2.074 45.134 16 - - 187

Encargo da concessão - outorga Aneel - - - - - - 9.319

Outras contas a pagar 11.922 5.073 96.892 132 189 677 763

1.025.307 154.501 1.543.810 14.116 62.780 40.620 20.393

Exigível a Longo Prazo

Empréstimos e financiamentos 330.831 74.305 93.037 - - 30.292 36.874

Debêntures - - - - - - 263.572

Provisões para contingências 64.317 41.977 97.978 753 - - -

Dívidas com pessoas ligadas - 20.400 245.246 67.243 256.257 - 187.189

Fornecedores 889 - 260.545 - - 267 -

Impostos e contribuições sociais - 5.608 24.243 - - 8.957 -

Benefícios pós-emprego 92.013 81.740 293.856 17.062 615 912 -

Consumidores - - 1.465 - - - -

Conta de compensação da "parcela A" - - 14.548 - - - -

488.050 224.030 1.030.918 85.058 256.872 40.428 487.635 Patrimônio Líquido

Capital social 2.338.932 751.989 1.607.168 120.650 330.718 50.012 113.800

Reservas de capital - - - 701 - - 21.443

Reservas de lucros 129.472 151.739 - - 74.657 64.228 32

Lucros (Prejuízos) acumulados 72.247 33.233 (1.422) (5.467) 11.538 8.629 (43)

2.540.651 936.961 1.605.746 115.884 416.913 122.869 135.232

Total do Passivo e Patrimônio Líquido 4.054.008 1.315.492 4.180.474 215.058 736.565 203.917 643.260

Page 71: Companhia Paranaense de Energia - latibex.com · Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2005 e para o trimestre findo em 31 de março de 2006 (Valores expressos em milhares

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

71

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO GER TRA DIS TEL PAR COM ELE

Receita Operacional

Fornecimento de energia elétrica 37.929 - 1.350.120 - - - 555

Suprimento de energia elétrica 283.411 - 14.512 - - - 18.606

Disponibilidade da rede elétrica - 105.305 35.400 - - - -

Receita de telecomunicações - - - 21.037 - - -

Distribuição de gás canalizado - - - - - 50.050 -

Outras receitas operacionais 1.560 656 11.698 - - 20 35

Deduções da receita operacional (38.303) (14.844) (435.673) (2.932) - (9.451) (816)

Receita Operacional Líquida 284.597 91.117 976.057 18.105 - 40.619 18.380

Despesa Operacional

Pessoal e planos previdenciário e assistencial (25.090) (21.521) (105.224) (6.461) (1.164) (1.167) (233)

Material (1.881) (973) (12.641) (526) (3) (44) (9)

Matéria-prima e insumos - prod. energia elétrica (6.244) - - - - - -

Gás natural e insumos para operações de gás - - - - - (23.681) -

Serviços de terceiros (11.410) (4.404) (38.764) (1.542) (137) (718) (1.147)

Energia elétrica comprada para revenda (16.389) - (377.526) - - - (482)

Encargos de uso da rede elétrica (44.213) - (183.800) - - - (1.531)

Depreciação e amortização (25.781) (10.084) (39.082) (6.682) (8) (1.618) (2.181)

Taxas regulamentares (14.500) (830) (121.559) (134) - - (293)

Tributos (373) (481) (2.013) (158) (97) (88) (7)

Encargo da concessão - outorga Aneel - - - - - - (3.572)

Outras despesas operacionais 1.222 (3.275) (21.432) (702) (34) (332) (1.193)

(144.659) (41.568) (902.041) (16.205) (1.443) (27.648) (10.648)

Resultado das Atividades 139.938 49.549 74.016 1.900 (1.443) 12.971 7.732

Resultado Financeiro

Receitas financeiras 30.366 1.968 76.342 167 9.020 1.406 2.071

Despesas financeiras (58.859) 454 (33.192) (117) (91) (1.314) (10.309)

(28.493) 2.422 43.150 50 8.929 92 (8.238)

Resultado de Participações Societárias - - - - 6.150 - -

Lucro Operacional 111.445 51.971 117.166 1.950 13.636 13.063 (506)

Resultado Não Operacional (41) (407) (3.186) (34) - (1) -

Lucro (Prejuízo) antes da Tributação 111.404 51.564 113.980 1.916 13.636 13.062 (506)

Imposto de renda e contribuição social (39.157) (18.331) (40.740) (756) (2.098) (4.433) -

Lucro (Prejuízo) Líquido do Período 72.247 33.233 73.240 1.160 11.538 8.629 (506)

Page 72: Companhia Paranaense de Energia - latibex.com · Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2005 e para o trimestre findo em 31 de março de 2006 (Valores expressos em milhares

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

72

COMENTÁRIO DO DESEMPENHO NO TRIMESTRE

Distribuição

Ligação de consumidores: Em março de 2006 a Copel atendeu a 3.277.966 consumidores (3.203.168

consumidores foram atendidos em março de 2005), sendo faturados 21.382 consumidores acima do

número registrado em dezembro de 2005.

Redes Compactas – A Copel vêm implantando redes compactas em áreas urbanas com elevado grau

de arborização nas proximidades das redes de distribuição. Essa tecnologia evita cortes e podas de

árvores e melhora a qualidade do fornecimento, pois reduz o número de desligamentos. Ao final de

março de 2006, a extensão das redes compactas instaladas era de 1.228 km (1.210 km em março de

2005).

Rede Secundária Isolada – A Copel também está investindo em redes secundárias isoladas em baixa

tensão (127/220 V), que apresenta vantagens significativas em relação à rede aérea convencional, tais

como:

- melhora os indicadores DEC e FEC;

- dificulta o roubo de energia;

- melhora as condições do meio ambiente e reduz a área de podas;

- aumenta a segurança;

- reduz a queda de tensão ao longo da rede;

- aumenta a vida útil do transformador pela redução do número de curtos-circuitos na rede, entre outros.

Ao final de março de 2006, a extensão das redes de distribuição secundárias isoladas instaladas era de

1.154 km (535 km em março de 2005).

Comportamento do mercado – A geração de energia da Copel de janeiro a março de 2006 foi de 3.576

GWh (4.317 GWh de janeiro a março de 2005), o montante de energia comprada de Itaipu foi de 1.146

GWh (1.148 GWh no primeiro trimestre de 2005), o da Cien foi de 864 GWh (864 GWh no mesmo

período de 2005) e o da CCEAR (leilão) foi de 2.986 GWh (2.141 GWh no primeiro trimestre de 2005),

conforme demonstrado no fluxo a seguir:

Page 73: Companhia Paranaense de Energia - latibex.com · Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2005 e para o trimestre findo em 31 de março de 2006 (Valores expressos em milhares

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

73

.

Fluxo de energia (GWh) Janeiro a março de 2006

Distribuição Direta

4.409 - 97,5%

Geração própria Requisito estadual Concessionárias

3.576 - 36,8% 4.520 - 46,5% 111 - 2,5%

Disponibilidade

Energia recebida 9.727 Consumidores livres

6.151 - 63,2% 295 - 3,0%

CCEAR - 2.986 Energia suprida

Itaipu - 1.146 4.172 - 42,9%

CIEN - 864

Outros - 1.155 Contratos bilaterais 1.072 - 11,0%

CCEAR 2.817 - 29,0%

MRE e CCEE 283 - 2,9%

Perdas e diferenças

740 - 7,6%

Perdas rede básica 206 - 2,1%

Perdas distribuição 486 - 5,0%

Alocação de contratos no CG 48 - 0,5%

Obs.: Valores sujeitos a alterações após fechamento pela CCEE.

CG = Centro de gravidade do Submercado (diferença entre a energia contratada e a recebida no CG - estabelecido em

Contrato.)

Distribuição direta por classe de consumo (GWh) – No quadro a seguir é apresentado o desempenho

do consumo por classe de consumidores no primeiro trimestre de 2006.

.

Classe Em GWh

jan - mar 2006 jan - mar 2005 Variação

Residencial 1.211 1.160 4,4%

Industrial (inclui consumidores livres) 1.761 1.853 -4,9%Comercial 892 821 8,6%

Rural 386 363 6,4%

Outras 454 431 5,1%

TOTAL 4.704 4.628 1,7%

Consumo industrial por ramo de atividade (GWh) – A seguir são apresentados os consumos de

energia elétrica dos principais ramos de atividade industrial, incluindo os consumidores livres.

Page 74: Companhia Paranaense de Energia - latibex.com · Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2005 e para o trimestre findo em 31 de março de 2006 (Valores expressos em milhares

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

74

.Ramo Em GWh

jan - mar 2006 jan - mar 2005 Variação Produtos alimentares e bebidas 539 531 1,5%

Madeira 211 224 -5,8%Papel, papelão e celulose 210 212 -0,9%Borracha e plástico 127 114 11,4%

Veículos automotores 100 103 -2,9%Minerais não metálicos 94 138 -31,9%Metalurgia básica 85 87 -2,3%

Número de consumidores – O número de consumidores faturados em março de 2006 foi de 3.277.966,

o que representou um crescimento de 2,3% sobre o mesmo mês do ano anterior.

.

Classe Consumidores

mar 2006 mar 2005 Variação

Residencial 2.581.912 2.517.373 2,6%

Industrial (inclui consumidores livres) 54.313 49.722 9,2%Comercial 273.215 267.366 2,2%

Rural 326.387 327.773 -0,4%

Outras 42.139 40.934 2,9%

3.277.966 3.203.168 2,3%

Administração

Quadro de empregados – O quadro de pessoal da Copel encerrou o primeiro trimestre de 2006 com

7.943 empregados, distribuídos entre as subsidiárias integrais da Companhia, da seguinte forma: Copel

Geração, 942; Copel Transmissão, 927; Copel Distribuição, 5.747; Copel Telecomunicações, 300; e

Copel Participações 27 empregados. A Compagas, empresa em que a Copel detém 51% de

participação, possuía, em março de 2006, 65 empregados.

(Ao final do primeiro trimestre de 2005 a Copel contava com 6.798 empregados, distribuídos entre as

subsidiárias integrais da Companhia, da seguinte forma: Copel Geração, 816; Copel Transmissão, 834;

Copel Distribuição, 4.875; Copel Telecomunicações, 248 e Copel Participações 25 empregados. A

Compagas tinha 63 empregados.)

Relações com o Mercado

De janeiro a março de 2006, na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) as ações ordinárias

nominativas (ON – código CPLE3) e as ações preferenciais nominativas classe “B” (PNB – código

CPLE6) da Copel estiveram presentes em 100% dos pregões. O Free Float da Copel totalizou 44,0% do

capital social da companhia. O valor de mercado da Copel, em 31 de março de 2006, ficou em torno de

R$ 5.452 milhões. Dos 57 papéis que compõem o Ibovespa, as ações PNB da Copel representam 1,3%

da carteira em 22º lugar, e com o índice Beta de 1,10. Das 12 companhias que compõem a carteira

teórica do IEE, a Copel aparece em 3º lugar, com participação de 8,5% naquele índice.

Page 75: Companhia Paranaense de Energia - latibex.com · Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2005 e para o trimestre findo em 31 de março de 2006 (Valores expressos em milhares

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

75

Na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE), são negociadas as ações PNB em forma de ADS's (código

ELP), as quais estiveram presentes em 100% dos pregões daquela Bolsa.

No LATIBEX (Mercado de Valores Latino Americano em Euros), vinculado a Bolsa de Valores de Madrid,

são também negociadas as ações PNB, com o código XCOP, as quais também estiveram presentes em

98% dos pregões daquela Bolsa.

Na Bovespa, as ações ON fecharam o período cotadas, por lote de mil, a R$ 18,37 com variação de

22,9% no primeiro trimestre de 2006 e as PNB a R$ 21,69 com variação de 20,6%. Na NYSE as ADS’s

fecharam o período cotadas a US$ 9,82, com variação de 30,4%. No LATIBEX as XCOP’s fecharam o

período cotadas a € 8,24, com variação de 29,2%.

.

Desempenho das ações ON PNB

Total Média diária Total Média diária

Bovespa

Negócios 1.373 22 40.149 648

Quantidade (mil) 5.298.800 85.465 56.587.900 912.708

Volume (R$ mil) 91.973 1.483 1.227.321 19.795

Presença 62 100% 62 100%

NyseQuantidade (mil) 1.180.400 59.020 21.276.200 343.165

Volume (US$ mil) 9.296 465 213.010 3.436

Presença 20 32% 62 100%

Latibex

Quantidade (mil) 385.527 6.119

Volume (€ mil) 3.364 53 Presença 63 100%

Tarifas

Em março de 2006, a tarifa média de fornecimento de energia elétrica atingiu R$ 211,59/MWh,

representando uma elevação de 6,2% em relação a março do ano anterior.

A classe industrial teve uma elevação de 18,5%, refletindo a continuidade do processo de realinhamento

tarifário e de retirada gradual dos subsídios cruzados entre os grupos de consumo de alta e baixa

tensão, conforme o disposto no Decreto 4.667/2003.

.

Tarifas R$/MWh

mar 2006 mar 2005 Variação

Residencial 268,95 269,18 -0,1%

Industrial 176,29 148,75 18,5%

Comercial 232,27 228,69 1,6%Rural 164,43 162,36 1,3%

Outras 177,14 172,41 2,7%Total fornecimento 211,59 199,27 6,2%

Sem ICMS

Não inclui consumidores livres

Page 76: Companhia Paranaense de Energia - latibex.com · Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2005 e para o trimestre findo em 31 de março de 2006 (Valores expressos em milhares

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

76

As principais tarifas de compra de energia da Copel estão demonstradas no quadro a seguir:

.

Tarifas de Compra de Energia R$/MWh

mar 2006 mar 2005 Variação

Itaipu (1) 84,82 91,54 -7,3%

Cien 88,24 92,67 -4,8%Leilão - CCEAR 2005-2012 57,69 57,51 0,3%Leilão - CCEAR 2006-2013 67,81 - -

(1) Inclui tarifa de Furnas

Pela Resolução ANEEL nº 303, de 28 de março de 2006, foram homologadas as tarifas de venda da

Copel para a Cocel, com aumento médio de 3,6% sobre a anterior. Pela Resolução ANEEL nº 280, de 30

de janeiro de 2006, foram homologadas as tarifas de venda da Copel para a CFLO, tendo um aumento

percentual da ordem de 3,7%.

.Tarifas de Suprimento de Energia R$/MWh

mar 2006 mar 2005 VariaçãoLeilão - CCEAR 2005-2012 57,53 57,50 0,1%Leilão - CCEAR 2006-2013 67,65 - -Pequenas Concessionárias 86,08 78,59 9,5%

Page 77: Companhia Paranaense de Energia - latibex.com · Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2005 e para o trimestre findo em 31 de março de 2006 (Valores expressos em milhares

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

77

DIRETORIA E CONSELHOS

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Presidente JOÃO BONIFÁCIO CABRAL JÚNIOR

ACIR PEPES MEZZADRI

FRANCELINO LAMY DE MIRANDA GRANDO

LAURITA COSTA ROSA

NELSON FONTES SIFFERT FILHO

ROGÉRIO DE PAULA QUADROS

RUBENS GHILARDI

Membros:

SÉRGIO BOTTO DE LACERDA

COMITÊ DE AUDITORIA

Presidenta LAURITA COSTA ROSA

ACIR PEPES MEZZADRI Membros:

ROGÉRIO DE PAULA QUADROS

CONSELHO FISCAL

Presidente ANTONIO RYCHETA ARTEN

Membros: HERON ARZUA

JORGE MICHEL LEPELTIER

MÁRCIO LUCIANO MANCINI

NELSON PESSUTI

DIRETORIA

Diretor Presidente RUBENS GHILARDI

Diretor de Finanças e de Relações com Investidores PAULO ROBERTO TROMPCZYNSKI

Diretor de Gestão Corporativa LUIZ ANTONIO ROSSAFA

Diretor de Distribuição RONALD THADEU RAVEDUTTI

Diretor de Geração e Transmissão de Energia e de Telecomunicações RAUL MUNHOZ NETO

Diretor Jurídico ASSIS CORRÊA

C O N T A D O R

Contador - CRC-PR-024769/O-3 ENIO CESAR PIECZARKA

Page 78: Companhia Paranaense de Energia - latibex.com · Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2005 e para o trimestre findo em 31 de março de 2006 (Valores expressos em milhares

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

78

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES

Aos Administradores e Acionistas da

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL

Curitiba - PR

1) Efetuamos uma revisão especial das Informações Trimestrais - ITR da COMPANHIA PARANAENSE

DE ENERGIA - COPEL (controladora e consolidado) referentes ao trimestre findo em 31 de março

de 2006, compreendendo os balanços patrimoniais individual e consolidado de 31 de março de

2006, as demonstrações do resultado correspondentes ao trimestre findo naquela data e o relatório

de desempenho, elaborados de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e sob a

responsabilidade da administração da Companhia.

2) Nossa revisão foi efetuada de acordo com as normas específicas estabelecidas pelo IBRACON –

Instituto dos Auditores Independentes do Brasil, em conjunto com o Conselho Federal de

Contabilidade, e consistiu, principalmente, de: (a) indagação e discussão com os administradores

responsáveis pelas áreas Contábil, Financeira e Operacional da Companhia e suas controladas,

quanto aos critérios adotados na elaboração das Informações Trimestrais; e (b) revisão das

informações e dos eventos subseqüentes que tenham ou possam vir a ter efeitos relevantes sobre a

situação financeira e as operações da Companhia e suas controladas.

3) Baseados em nossa revisão especial, não temos conhecimento de nenhuma modificação relevante

que deva ser feita nas Informações Trimestrais acima referidas para que estas estejam de acordo

com as práticas contábeis adotadas no Brasil, aplicadas de forma condizente com as normas

expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários - CVM, especificamente aplicáveis à divulgação

das informações trimestrais obrigatórias.

4) Conforme mencionado na nota explicativa no 39 às informações trimestrais, a Companhia está

questionando os cálculos preparados e divulgados pelo então Mercado Atacadista de Energia

Elétrica – MAE (presentemente Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE), que

levam em consideração as decisões da Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, contidas no

Despacho ANEEL no 288/2002 e na Resolução ANEEL no 395/2002, por entender que esses

normativos introduziram alterações nas regras de mercado vigentes à época da ocorrência das

respectivas operações. O montante envolvido é de aproximadamente R$ 630.000 mil, cuja provisão

não foi registrada contabilmente pela Companhia, fundamentada na opinião de seus assessores

jurídicos, que entendem com sendo possível a chance de êxito da companhia no desfecho do

referido processo.

Page 79: Companhia Paranaense de Energia - latibex.com · Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2005 e para o trimestre findo em 31 de março de 2006 (Valores expressos em milhares

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL

79

5) Nossa revisão foi conduzida com o propósito de emitir um relatório de revisão especial sobre as

informações trimestrais básicas tomadas em conjunto. A demonstração do fluxo de caixa, incluída

no formulário 16.01/ITR às informações trimestrais, para o trimestre findo em 31 de março de 2006,

é apresentada com o propósito de permitir análises adicionais e não são requeridas como parte das

informações trimestrais básicas conforme as práticas contábeis adotadas no Brasil. A

demonstração do fluxo de caixa, para o trimestre findo em 31 de março de 2006, foi por nós

revisada de acordo com os procedimentos de revisão aplicados nas informações trimestrais básicas

e, conforme nossa revisão, não temos conhecimento de qualquer modificação relevante, em relação

as informações trimestrais básicas tomadas em seu conjunto.

6) Os balanços patrimoniais, individual e consolidado, em 31 de dezembro de 2005, apresentados para

fins de comparação, foram auditados por outros auditores independentes, cujo parecer, emitido em

23 de março de 2006, conteve parágrafo de ênfase sobre o mesmo assunto descrito no parágrafo

no 4 acima.

7) As demonstrações de resultados, individual e consolidada, para o trimestre findo em 31 de março de

2005, apresentadas para fins de comparação, também foram revisadas por outros auditores

independentes, cujo relatório de revisão especial, emitido em 16 de maio de 2005, conteve

parágrafo de ênfase sobre o mesmo assunto descrito no parágrafo no 4 acima.

Curitiba, 10 de maio de 2006

DELOITTE TOUCHE TOHMATSU José Écio Pereira da Costa Júnior

Auditores Independentes Sócio

CRC n.º 2 SP-011.609/O-8 F-PR CRC SP-101.318/O-2 T-PR