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COPEL
Companhia Paranaense de Energia - Copel
CNPJ/MF 76.483.817/0001-20
Inscrição Estadual 10146326-50
Companhia de Capital Aberto - CVM 1431-1
www.copel.com [email protected]
Rua Coronel Dulcídio, 800, Batel - Curitiba - PR
CEP 80420-170
Informações Trimestrais – ITR
Março / 2006
COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL
2
SUMÁRIO
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ..............................................................................................................................................3
Balanço Patrimonial - Ativo................................................................................................................................................ 3 Balanço Patrimonial – Passivo e Patrimônio Líquido ......................................................................................................... 4 Demonstração do Resultado ............................................................................................................................................. 5 Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido......................................................................................................... 6 Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos ..................................................................................................... 7 Demonstração do Fluxo de Caixa...................................................................................................................................... 9 Demonstração do Valor Adicionado ................................................................................................................................ 11
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ...............................................................................................13 1 Contexto Operacional ....................................................................................................................................... 13 2 Apresentação das Informações Trimestrais ...................................................................................................... 15 3 Disponibilidades................................................................................................................................................ 16 4 Consumidores e Revendedores ........................................................................................................................ 17 5 Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa ............................................................................................... 17 6 Serviços Executados para Terceiros, Líquidos.................................................................................................. 18 7 Dividendos a Receber....................................................................................................................................... 18 8 Repasse CRC ao Governo do Estado do Paraná.............................................................................................. 19 9 Impostos e Contribuições Sociais ..................................................................................................................... 20 10 Conta de Compensação da “Parcela A” ............................................................................................................ 22 11 Ativo Regulatório - Pasep/Cofins....................................................................................................................... 24 12 Cauções e Depósitos Vinculados...................................................................................................................... 25 13 Outros Créditos................................................................................................................................................. 25 14 Coligadas e Controladas................................................................................................................................... 26 15 Investimentos.................................................................................................................................................... 27 16 Imobilizado........................................................................................................................................................ 29 17 Empréstimos e Financiamentos ........................................................................................................................ 31 18 Debêntures ....................................................................................................................................................... 35 19 Fornecedores.................................................................................................................................................... 41 20 Folha de Pagamento e Provisões Trabalhistas ................................................................................................. 49 21 Benefício Pós-Emprego .................................................................................................................................... 49 22 Taxas Regulamentares ..................................................................................................................................... 50 23 Outras Contas a Pagar ..................................................................................................................................... 50 24 Provisões para Contingências........................................................................................................................... 51 25 Capital Social.................................................................................................................................................... 54 26 Receita Operacional.......................................................................................................................................... 55 27 Deduções da Receita Operacional.................................................................................................................... 56 28 Energia Elétrica Comprada para Revenda ........................................................................................................ 56 29 Pessoal............................................................................................................................................................. 56 30 Planos Previdenciário e Assistencial ................................................................................................................. 57 31 Material ............................................................................................................................................................. 57 32 Matéria-prima e Insumos para Produção de Energia......................................................................................... 57 33 Gás Natural e Insumos para Operação de Gás................................................................................................. 57 34 Serviços de Terceiros ....................................................................................................................................... 58 35 Taxas Regulamentares ..................................................................................................................................... 58 36 Outras Despesas Operacionais......................................................................................................................... 59 37 Resultado Financeiro ........................................................................................................................................ 60 38 Resultado de Participações Societárias ............................................................................................................ 60 39 Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE................................................................................. 61 40 Reconciliação da Provisão para Imposto de Renda e Contribuição Social ........................................................ 64 41 Instrumentos Financeiros.................................................................................................................................. 64 42 Transações com Partes Relacionadas .............................................................................................................. 64 43 Leilão de Energia .............................................................................................................................................. 67 44 Empresas Controladas...................................................................................................................................... 69
COMENTÁRIO DO DESEMPENHO NO TRIMESTRE ...............................................................................................................72 DIRETORIA E CONSELHOS.....................................................................................................................................................77 PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES.....................................................................................................................78
COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL
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DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Balanço Patrimonial - Ativo Em 31 de março de 2006 e 31 de dezembro de 2005
(Valores expressos em milhares de reais)
Companhia Consolidado
CÓDIGO DESCRIÇÃO 31/03/2006 31/12/2005 31/03/2006 31/12/2005
1 Ativo Total 7.339.589 7.198.411 10.975.650 10.939.006
1.01 Ativo Circulante 190.401 292.883 2.459.365 2.470.243
1.01.01 Disponibilidades 1.018 15.583 1.150.459 1.131.766
1.01.02 Créditos 189.383 277.300 1.264.562 1.301.887
1.01.02.01 Consumidores e Revendedores - - 988.606 945.577
1.01.02.02 Provisão para Créditos Liquidação Duvidosa - - (81.978) (79.073)
1.01.02.03 Serviços Executados para Terceiros, Líquidos - - 8.489 7.349
1.01.02.04 Dividendos a Receber 131.681 207.152 2.573 3.665
1.01.02.05 Serviços em Curso 1.060 1.060 11.625 12.132
1.01.02.06 Repasse CRC ao Governo Estado do Paraná - - 32.337 31.803
1.01.02.07 Impostos e Contrib. Sociais a Compensar 52.290 64.737 103.682 131.038
1.01.02.08 Conta de Compensação da "Parcela A" - - 86.018 128.187
1.01.02.09 Ativo Regulatório - Pasep/Cofins - - 25.081 43.876
1.01.02.10 Cauções e Depósitos Vinculados - - 44.271 43.746
1.01.02.11 Outros Créditos 4.352 4.351 43.858 33.587
1.01.03 Estoques - - 44.344 36.590
1.02 Ativo Realizável a Longo Prazo 1.460.374 1.432.132 2.052.054 2.057.777
1.02.01 Créditos Diversos 216.206 205.406 2.016.332 2.022.420
1.02.01.01 Consumidores e Revendedores - - 99.996 104.483
1.02.01.02 Repasse CRC ao Governo Estado do Paraná - - 1.144.591 1.150.464
1.02.01.03 Impostos e Contrib. Sociais a Compensar 154.074 143.346 523.616 526.506
1.02.01.04 Depósitos Judiciais 62.132 62.060 149.775 145.183
1.02.01.05 Conta de Compensação da "Parcela A" - - 8.735 8.559
1.02.01.06 Ativo Regulatório - Pasep/Cofins - - 49.173 43.608
1.02.01.07 Cauções e Depósitos Vinculados - - 25.096 27.041
1.02.01.08 Outros Créditos - - 15.350 16.576
1.02.02 Créditos com Pessoas Ligadas 1.244.168 1.226.726 35.722 35.357
1.02.02.01 Com Coligadas 35.722 35.357 35.722 35.357
1.02.02.02 Com Controladas 1.208.446 1.191.369 - -
1.03 Ativo Permanente 5.688.814 5.473.396 6.464.231 6.410.986
1.03.01 Investimentos 5.688.814 5.473.396 416.375 414.320
1.03.01.01 Participações em Coligadas - - 380.667 378.518
1.03.01.02 Participações em Controladas 5.684.152 5.468.734 22.720 22.815
1.03.01.03 Outros Investimentos 4.662 4.662 12.988 12.987
1.03.02 Imobilizado - - 6.042.542 5.991.291
1.03.03 Ativo Diferido - - 5.314 5.375
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Balanço Patrimonial – Passivo e Patrimônio Líquido Em 31 de março de 2006 e 31 de dezembro de 2005
(Valores expressos em milhares de reais)
Companhia Consolidado
CÓDIGO DESCRIÇÃO 31/03/2006 31/12/2005 31/03/2006 31/12/2005
2 Passivo Total 7.339.589 7.198.411 10.975.650 10.939.006
2.01 Passivo Circulante 860.421 273.870 2.886.389 2.258.341
2.01.01 Empréstimos e Financiamentos 12.293 11.304 90.924 99.253
2.01.02 Debêntures 718.030 92.471 723.043 115.703
2.01.03 Fornecedores 603 280 1.265.632 1.162.416
2.01.04 Impostos, Taxas e Contribuições 18.813 59.122 207.193 310.942
2.01.05 Dividendos a Pagar 110.561 110.567 115.429 114.467
2.01.06 Folha de Pagamento e Provisões Trabalhistas 94 96 109.482 108.326
2.01.08 Outros 27 30 374.686 347.234
2.01.08.01 Benefícios Pós-Emprego 1 2 126.415 132.902
2.01.08.02 Conta de Compensação da "Parcela A" - - 64.020 65.664
2.01.08.03 Taxas Regulamentares - - 59.429 41.280
2.01.08.04 Outras Contas a Pagar 26 28 124.822 107.388
2.02 Passivo Exigível a Longo Prazo 821.331 1.437.358 2.285.061 3.050.051
2.02.01 Empréstimos e Financiamentos 102.179 110.096 565.339 602.624
2.02.02 Debêntures 266.680 962.902 530.252 1.226.525
2.02.03 Provisões para Contingências 327.633 326.531 496.200 495.292
2.02.04 Dívidas com Pessoas Ligadas 124.839 37.829 - -
2.02.05 Outros - - 693.270 725.610
2.02.05.01 Fornecedores - - 152.251 176.609
2.02.05.02 Impostos e Contribuições Sociais - - 38.808 37.235
2.02.05.03 Benefícios Pós-Emprego - - 486.198 486.854
2.02.05.04 Consumidores - - 1.465 -
2.02.05.05 Conta de Compensação da "Parcela A" - - 14.548 24.912
2.04 Participações Minoritárias - - 146.363 143.431
2.05 Patrimônio Líquido 5.657.837 5.487.183 5.657.837 5.487.183
2.05.01 Capital Social Realizado 3.480.000 3.480.000 3.480.000 3.480.000
2.05.02 Reservas de Capital 817.293 817.293 817.293 817.293
2.05.04 Reservas de Lucro 1.189.890 1.189.890 1.189.890 1.189.890
2.05.04.01 Legal 209.821 209.821 209.821 209.821
2.05.04.02 Retenção de Lucros 980.069 980.069 980.069 980.069
2.05.05 Lucros/Prejuízos Acumulados 170.654 - 170.654 -
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Demonstração do Resultado Para os trimestres findos em 31 de março de 2006 e de 2005
(Valores expressos em milhares de reais)
Companhia Consolidado
CÓDIGO DESCRIÇÃO 31/03/2006 31/03/2005 31/03/2006 31/03/2005
3 Demonstração do Resultado
3.01 Receita Bruta de Vendas e/ou Serviços - - 1.815.625 1.591.852
3.01.01 Fornecimento de Energia Elétrica - - 1.387.612 1.226.381
3.01.02 Suprimento de Energia Elétrica - - 281.687 227.650
3.01.03 Disponibilidade da Rede Elétrica - - 69.224 64.192
3.01.04 Receita de Telecomunicações - - 13.873 12.478
3.01.05 Distribuição de Gás Canalizado - - 49.952 40.360
3.01.06 Outras Receitas Operacionais - - 13.277 20.791
3.02 Deduções da Receita Bruta - - (502.020) (442.525)
3.03 Receita Líquida de Vendas e/ou Serviços - - 1.313.605 1.149.327
3.04 Custo de Bens e/ou Serviços Vendidos (6.063) (2.589) (1.035.007) (1.003.582)
3.04.01 Energia Elétrica Comprada para Revenda - - (359.555) (359.817)
3.04.02 Encargos de Uso da Rede Elétrica - - (158.060) (111.837)
3.04.03 Pessoal (1.200) (903) (130.513) (136.519)
3.04.04 Planos Previdenciário e Assistencial (3) (11) (31.505) (24.218)
3.04.05 Material (1) (2) (16.078) (13.575)
3.04.06 Matéria-prima e Insumos para Prod. de Energia Eletrica - - (6.146) (3.424)
3.04.07 Gás Natural e Insumos para Operação de Gás - - (23.681) (85.641)
3.04.08 Serviços de Terceiros (1.782) (825) (51.097) (41.923)
3.04.09 Depreciação e Amortização - - (85.437) (79.160)
3.04.10 Taxas Regulamentares - - (137.316) (115.224)
3.04.11 Tributos (1.759) (260) (4.976) (4.096)
3.04.12 Outras Despesas Operacionais (1.318) (588) (30.643) (28.148)
3.05 Resultado Bruto (6.063) (2.589) 278.598 145.745
3.06 Despesas/Receitas Operacionais 166.171 80.623 (5.407) (15.534)
3.06.03 Financeiras (25.250) (830) (7.337) (19.836)
3.06.03.01 Receitas Financeiras 1.407 1.172 115.308 94.777
3.06.03.02 Despesas Financeiras (26.657) (2.002) (122.645) (114.613)
3.06.06 Resultado da Equivalência Patrimonial 191.421 81.453 1.930 4.302
3.07 Resultado Operacional 160.108 78.034 273.191 130.211
3.08 Resultado Não Operacional 16 - (3.652) (3.848)
3.08.01 Receitas 16 - 1.717 1.361
3.08.02 Despesas - - (5.369) (5.209)
3.09 Resultado Antes Tributação/Participações 160.124 78.034 269.539 126.363
3.10 Provisão para IR e Contribuição Social - - (105.339) (54.877)
3.10.01 Imposto de Renda - - (77.352) (39.517)
3.10.02 Contribuição Social - - (27.987) (15.360)
3.11 IR Diferido 10.530 373 10.354 11.733
3.11.01 Imposto de Renda 7.743 166 7.613 8.519
3.11.02 Contribuição Social 2.787 207 2.741 3.214
3.14 Participações Minoritárias - - (3.900) (4.812)
3.15 Lucro do Trimestre 170.654 78.407 170.654 78.407
Lucro Líquido por Lote de Mil Ações 0,6236 0,2865 0,6236 0,2865
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Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2005 e para o trimestre findo em 31 de março de 2006
(Valores expressos em milhares de reais)
Reserva Capital Reservas Reserva de retenção Lucros social de capital legal de lucros acumulados Total
Saldo em 31 de dezembro de 2004 3.480.000 817.293 184.702 654.322 - 5.136.317
Ajuste de exercícios anteriores - - - - (28.516) (28.516)
Lucro líquido do exercício - - - - 502.377 502.377
Destinação proposta à A.G.O.:
Reserva legal - - 25.119 - (25.119) -
Juros sobre o capital próprio - - - - (122.995) (122.995)
Reserva para investimentos - - - 325.747 (325.747) -
Saldo em 31 de dezembro de 2005 3.480.000 817.293 209.821 980.069 - 5.487.183
Lucro líquido do trimestre - - - - 170.654 170.654
Saldo em 31 de março de 2006 3.480.000 817.293 209.821 980.069 170.654 5.657.837
COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL
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Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos Para os trimestres findos em 31 de março de 2006 e de 2005
(Valores expressos em milhares de reais)
ORIGENS
2006 2005 2006 2005
Das operaçõesLucro líquido do período 170.654 78.407 170.654 78.407
Despesas (receitas) que não afetam o capital circulante líquido:
Depreciação e amortização - - 85.437 79.160Variações monetárias de longo prazo - líquidas 2.891 (205) (1.375) (21.592)Equivalência patrimonial (191.418) (81.452) (3.223) (5.503)Imposto de renda e contribuição social diferidos (10.728) (373) 5.830 (7.911)Provisões no exigível a longo prazo - - 25.487 20.408 Baixas de realizáveis a longo prazo - - 21 21 Baixas de imobilizado em serviço - líquidas - - 5.883 4.604 Amortização de ágio em investimentos - - 1.297 1.202 Participações minoritárias - - 2.932 7.079
(199.255) (82.030) 122.289 77.468
Origens das (aplicações nas) operações (28.601) (3.623) 292.943 155.875
De terceirosColigadas e controladas 64.001 77.445 - - Participação financeira do consumidor - - 8.431 9.355Debêntures - 100.000 - 100.000 Realizáveis a longo prazo transferidos para o circulante:
Consumidores e revendedores - - 6.823 5.460 Repasse CRC ao Governo do Estado do Paraná - - 8.286 7.740ICMS a recuperar - - 373 567 Conta de compensação da "parcela A" - - - 54.265 Contratos de mútuo 93 129 93 129 Demais realizáveis a longo prazo - - 425 508
64.094 177.574 24.431 178.024
Da redução do capital circulante líquido 689.032 - 638.926 -
TOTAL DAS ORIGENS 724.525 173.951 956.300 333.899
Companhia Consolidado
As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações contábeis.
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Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos Para os trimestres findos em 31 de março de 2006 e de 2005
(Valores expressos em milhares de reais)
APLICAÇÕES
2006 2005 2006 2005
No imobilizado - - 149.458 133.156
No realizável a longo prazoConsumidores e revendedores - - 102 - Impostos e contribuições sociais a compensar - - 1.763 350Depósitos judiciais - - 4.520 4.506Conta de compensação da "parcela A" - - 4.079 - Ativo regulatório Pasep/Cofins - - 5.565 19.381 Demais realizáveis a longo prazo - - 936 -
- - 16.965 24.237
Nos investimentos 24.000 12.046 129 5
No diferido - - 18 163
Exigíveis a longo prazo transferidos para o circulante:Empréstimos e financiamentos - - 26.793 30.333Debêntures 700.525 - 705.538 - Fornecedores - - 24.358 17.189 Benefícios pós-emprego - - 26.144 40.925Conta de compensação da "parcela A" - - 6.702 - Impostos, contribuições sociais e outras contas a pagar - - - 1.588 Contingências judiciais - - 195 -
700.525 - 789.730 90.035
No aumento do capital circulante líquido - 161.905 - 86.303
TOTAL DAS APLICAÇÕES 724.525 173.951 956.300 333.899
Demonstração da variação do capital circulante líquido
Ativo circulante inicial 292.883 330.461 2.470.243 1.638.482Passivo circulante inicial 273.871 684.060 2.258.341 2.226.261Capital circulante líquido inicial 19.012 (353.599) 211.902 (587.779)
Ativo circulante final 190.401 334.605 2.459.365 1.784.255Passivo circulante final 860.421 526.299 2.886.389 2.285.731Capital circulante líquido final (670.020) (191.694) (427.024) (501.476)
Aumento (redução) do capital circulante líquido (689.032) 161.905 (638.926) 86.303
As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações contábeis.
Companhia Consolidado
COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL
9
Demonstração do Fluxo de Caixa Para os trimestres findos em 31 de março de 2006 e de 2005
(Valores expressos em milhares de reais)
2006 2005 2006 2005ATIVIDADES OPERACIONAIS
Lucro líquido do período 170.654 78.407 170.654 78.407
Despesas (receitas) que não afetam o caixa:Provisão (reversão) para créditos de liquidação duvidosa - - 3.197 24.652 Depreciação e amortização - - 85.437 79.160 Variações monetárias de longo prazo - líquidas 2.891 (205) (1.375) (21.592) Equivalência patrimonial (191.418) (81.452) (3.223) (5.503) Imposto de renda e contribuição social diferidos (10.728) (373) 5.830 (7.911) Provisões no exigível a longo prazo - - 25.487 20.408 Baixas de realizáveis a longo prazo - - 21 21 Baixas de imobilizado em serviço - líquidas - - 5.883 4.604 Amortização de ágio em investimentos - - 1.297 1.202 Participações minoritárias - - 2.932 7.079
(199.255) (82.030) 125.486 102.120
Variações no ativo circulanteConsumidores e revendedores - - (36.498) (102.024) Serviços executados para terceiros, líquidos - - (1.140) (1.768) Serviços em curso - (83) 507 29 Repasse CRC ao Governo do Estado do Paraná - - 7.752 7.130 Impostos e contribuições sociais a compensar 12.447 (5.216) 27.729 (32.845) Conta de compensação da "parcela A" - - 42.169 42.957 Ativo regulatório - Pasep/Cofins - - 18.795 - Cauções e depósitos vinculados (525) (28.851) Almoxarifado - - (7.754) (2.046) Outros créditos 92 248 (9.753) (7.125)
12.539 (5.051) 41.282 (124.543) Variações no passivo circulante
Fornecedores 323 (46) 78.858 165.919 Impostos e contribuições sociais (40.310) (21.588) (103.749) (39.034) Folha de pagamento e provisões trabalhistas (2) (31) 1.156 18.297 Benefícios pós-emprego (1) (15) (32.631) (30.573) Conta de compensação da "parcela A" (8.346) - Taxas regulamentares - - 18.149 11.116 Operações com derivativos - - - 12.353 Outras contas a pagar (2) - 17.239 3.037
(39.992) (21.680) (29.324) 141.115 Aplicações no realizável a longo prazo
Consumidores e revendedores - - (102) - Impostos e contribuições sociais a compensar - - (1.763) (350) Depósitos judiciais - - (4.520) (4.506) Coligadas e controladas 64.001 77.445 - - Conta de compensação da "parcela A" - - (4.079) - Ativo regulatório - PASEP/COFINS - - (5.565) (19.381) Pagamentos antecipados de seguros - - (936) -
64.001 77.445 (16.965) (24.237)
Total das Atividades Operacionais 7.947 47.091 291.133 172.862
Companhia Consolidado
As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações contábeis.
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Demonstração do Fluxo de Caixa Para os trimestres findos em 31 de março de 2006 e de 2005
(Valores expressos em milhares de reais)
2006 2005 2006 2005ATIVIDADES DE INVESTIMENTO
Participações societárias:Copel Transmissão S.A. (17.000) - Copel Participações S.A. (7.000) (12.046) Demais investidas - - (129) (5)
Dividendos e juros sobre o capital próprio 75.471 106.873 1.092 - Aplicações no imobilizado:
Em geração - - (856) (3.776) Em geração (Centrais Elétricas do Rio Jordão S.A. - Elejor) (27.963) (37.814) Em transmissão - - (39.294) (30.813) Em distribuição - - (72.010) (53.063) Em telecomunicações - - (5.805) (5.315) Em canalização de gás (Companhia Paranaense de Gás - Compagás) - - (3.530) (2.375)
Contribuições do consumidor - - 8.431 9.355 Aplicações no diferido (18) (163)
Total das Atividades de Investimento 51.471 94.827 (140.082) (123.969)
ATIVIDADES DE FINANCIAMENTOEmpréstimos e financiamentos 989 13.661 (35.122) (21.132) Debêntures (74.966) (49.893) (98.198) (49.893) Dividendos (6) 151 962 (655)
Total das Atividades de Financiamento (73.983) (36.081) (132.358) (71.680)
TOTAL DOS EFEITOS NO CAIXA (14.565) 105.837 18.693 (22.787)
Saldo inicial de caixa 15.583 3.281 1.131.766 533.092 Saldo final de caixa 1.018 109.118 1.150.459 510.305
Variação no caixa (14.565) 105.837 18.693 (22.787)
Companhia
Nota: Demonstração em conformidade com o Manual de Contabilidade do Serviço Público de Energia Elétrica, aprovado pela
Resolução
ANEEL nº 444/2001 publicada no D.O.U. em 29.10.2001.
Consolidado
As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações contábeis.
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Demonstração do Valor Adicionado Para os trimestres findos em 31 de março de 2006 e de 2005
(Valores expressos em milhares de reais)
2006 2005
Receitas Venda de energia, serviços e outras receitas 1.815.625 1.591.852 Provisão para créditos de liquidação duvidosa (3.196) (24.652) Resultado não operacional (3.652) (3.848)
Total 1.808.777 1.563.352
( - ) Insumos aquiridos de terceiros Energia elétrica comprada para revenda 359.555 359.817 Encargos de uso da rede elétrica 158.060 111.837 Material, insumos e serviços de terceiros 73.321 Gás natural e insumos para operação de gás 23.681 144.563 Encargos de capacidade emergencial 909 24.841 Outros insumos 22.399 (360)
Total 637.925 640.698
( = ) VALOR ADICIONADO BRUTO 1.170.852 922.654
( - ) Depreciação e amortização 85.437 79.160
( = ) VALOR ADICIONADO LÍQUIDO 1.085.415 843.494
( + ) Valor Adicionado TransferidoReceitas financeiras 125.759 94.777 Equivalência patrimonial 1.930 4.302
Total 127.689 99.079
VALOR ADICIONADO A DISTRIBUIR 1.213.104 942.573
Nota: Demonstração em conformidade com a Norma Brasileira de Contabilidade NBC T 3.7 aprovada pela Resol. CFC nº 1.010 publicada no D.O.U. em 25.01.2005.
Consolidado
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12
Demonstração do Valor Adicionado Para os trimestres findos em 31 de março de 2006 e de 2005
(Valores expressos em milhares de reais)
2006 % 2005 %
DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO :
Pessoal Remunerações 94.482 100.843 Planos previdenciário e assistencial 31.505 24.218 Auxílio alimentação e educação 10.511 8.455 Encargos sociais - FGTS 8.424 8.871 Indenizações trabalhistas 1.583 272 Transferências para imobilizado em curso (10.011) (9.132)
Total 136.494 11,3 133.527 14,2
Governo ICMS 356.766 319.509 Taxas regulamentares 137.316 115.224 Cofins 105.305 64.600 Imposto de renda e contribuição social 94.985 43.144 Encargos sociais - INSS 25.524 27.210 Pasep 23.557 13.944 RGR 15.100 19.329 CPMF e IOF 9.060 7.150 Outros tributos 4.976 4.096 ISSQN 383 302
Total 772.972 63,7 614.508 65,2
Financiadores Juros e multas 124.036 107.463 Aluguéis 5.048 3.856
Total 129.084 10,6 111.319 11,8
Acionistas Lucros retidos 170.654 78.407 Participações minoritárias 3.900 4.812
Total 174.554 14,4 83.219 8,8
1.213.104 100,0 942.573 100,0
Valor Adicionado ( médio ) por empregado 155 139 Taxa de contribuição do patrimônio líquido - % 21,4 18,1 Taxa de geração de riqueza - % 11,1 9,3 Taxa de retenção de riqueza - % 14,4 8,8
As notas explicativas da administração - NE são parte integrante das demonstrações contábeis.
Consolidado
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13
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Informações Trimestrais – ITR em 31 de março de 2006 e de 2005
(Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado).
1 Contexto Operacional
A Companhia Paranaense de Energia - Copel (Copel, Companhia ou Controladora) é uma sociedade por
ações de capital aberto, as quais são negociadas nas bolsas de valores do Brasil, dos Estados Unidos
da América e da Espanha. É uma sociedade de economia mista, controlada pelo Governo do Estado do
Paraná, destinada, através de suas subsidiárias, a pesquisar, estudar, planejar, construir e explorar a
produção, transformação, transporte, distribuição e comercialização de energia, em qualquer de suas
formas, principalmente a elétrica, sendo essa atividade regulamentada pela Agência Nacional de Energia
Elétrica - Aneel, vinculada ao Ministério de Minas e Energia. Adicionalmente, a Copel está autorizada a
participar de consórcios ou companhias, em conjunto com empresas privadas, com o objetivo de
desenvolver atividades nas áreas de energia, de telecomunicações e de gás natural.
COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL
14
As subsidiárias integrais da Copel são:
Copel Geração S.A. - Explora o serviço de geração de energia. Seu parque gerador é composto por
18 usinas em operação, sendo 17 hidrelétricas e uma termelétrica, totalizando 4.549,6 MW de
capacidade instalada efetiva. Também possui em sua estrutura 11 subestações, das quais 10 são
automatizadas e teleoperadas, com potência instalada de transformador elevador de 5.004,1 MVA.
Detém, perante a Aneel, as seguintes concessões relacionadas no quadro a seguir, todas renováveis de
acordo com a legislação vigente do setor elétrico nacional:
Usinas Rio Capacidade Data da Data de
Instalada (MW) Concessão Vencimento
Hidrelétricas
Gov. Bento Munhoz da Rocha Neto
(Foz do Areia) Iguaçu 1.676,00 24.05.1973 23.05.2023
Gov. Ney Aminthas de Barros Braga
(Segredo) Iguaçu 1.260,00 14.11.1979 15.11.2009
Gov. José Richa (Caxias) Iguaçu 1.240,00 02.05.1980 04.05.2010Gov. Pedro Viriato Parigot de Souza Capivari-Cachoeira 260,00 23.04.1965 07.07.2015
Guaricana Arraial 36,00 13.08.1976 15.08.2026
Chaminé São João 18,00 13.08.1976 15.08.2026
Apucaraninha Apucaraninha 10,00 13.10.1975 13.10.2025
Mourão Mourão 8,20 20.01.1964 07.07.2015
Derivação do Rio Jordão Jordão 6,50 14.11.1979 15.11.2009Marumbi(1) Ipiranga 4,80 - -
São Jorge Pitangui/Tibagi 2,30 04.12.1974 04.12.2024
Chopim I Chopim 1,98 20.03.1964 07.07.2015
Rio dos Patos Rio dos Patos/Ivaí 1,72 14.02.1984 14.02.2014
Cavernoso Cavernoso/Iguaçu 1,30 07.01.1981 07.01.2011Salto do Vau(2) Palmital 0,94 27.01.1954 -Pitangui(2) Pitangui 0,87 05.12.1954 -Melissa(2) Melissa 1,00 08.10.1993 -
TermelétricaFigueira 20,00 21.03.1969 26.03.2019(1) Em homologação na Aneel.
(2) Usinas com capacidade inferior a 1 MW é efetuado apenas registro na Aneel.
Copel Transmissão S.A. - Tem como principal atribuição prover os serviços de transporte e
transformação de energia elétrica produzida pela Companhia. É responsável pela construção, operação
e manutenção de todas subestações, bem como das linhas, destinadas à transmissão de energia. A
Concessionária também opera parte do Sistema Interligado Nacional – SIN, localizado na região sul do
País, para o Operador Nacional do Sistema - ONS. Conta com 127 subestações com tensões iguais ou
superiores a 69 kV e 7.046,7 km de linhas de transmissão;
Copel Distribuição S.A. - Explora a distribuição e a comercialização de energia em qualquer de suas
formas, principalmente a elétrica, proveniente de combustíveis e de matérias-primas energéticas.
Distribui energia elétrica à 1.109 localidades, pertencentes aos 392 dos 399 municípios no Estado do
Paraná, e também ao município de Porto União, no Estado de Santa Catarina;
COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL
15
Copel Telecomunicações S.A. - A significativa infra-estrutura do sistema corporativo de
telecomunicações da Companhia, operado e mantido há 30 anos para atender às suas necessidades,
combinada com a grande experiência no setor, contribuiu para que a Copel obtivesse licença da Anatel
para prestação de serviços a outras empresas; e
Copel Participações S.A. - Por meio dessa subsidiária integral, é possível à Copel participar
acionariamente de outras sociedades ou consórcios em diversas áreas de atuação. A Copel tem
participação em cinco empresas de geração, na modalidade de produtor independente de energia
elétrica, organizadas na forma de Sociedade de Propósito Específico - SPE, com potência instalada total
de 760,9 MW. Participa também nos setores de saneamento, gás, telecomunicações e serviços.
As companhias controladas pela Copel são:
Companhia Paranaense de Gás - Compagas - E uma sociedade de economia mista na qual a Copel
Participações detém 51% do capital votante e que tem como atividade principal a exploração do serviço
público de fornecimento de gás natural canalizado, através de sua rede de distribuição de 448 km,
implantada nos municípios paranaenses de Araucária, Curitiba, Campo Largo, Balsa Nova, Palmeira,
Ponta Grossa e São José dos Pinhais; e
Elejor – Centrais Elétricas Rio Jordão S.A. - é uma Sociedade de Propósito Específico, na qual a
Copel Participações detém 70% do capital social votante. Foi constituída para implantar e explorar o
Complexo Energético Fundão-Santa Clara no Rio Jordão, na sub bacia do Rio Iguaçu, no Estado do
Paraná.
2 Apresentação das Informações Trimestrais
As Informações Trimestrais contábeis estão sendo apresentadas em conformidade com as disposições
da Lei das Sociedades por Ações, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, conjugadas
com a legislação específica da Aneel e regulamentações da Comissão de Valores Mobiliários – CVM, do
Instituto dos Auditores Independentes do Brasil – Ibracon e do Conselho Federal de Contabilidade -
CFC.
Em cumprimento às disposições legais pertinentes, a consolidação das participações societárias
contempla, a partir do exercício encerrado em 31.12.2005, a inclusão das demonstrações contábeis da
Elejor. Visando possibilitar a comparabilidade das informações, tal procedimento foi igualmente adotado
nas demonstrações contábeis consolidadas de 31.03.2005.
As controladas seguem práticas contábeis adotadas pela Copel.
Como informações complementares, apresentamos no formulário 16.01/ITR a Demonstração do Fluxo
de Caixa e a Demonstração do Valor Adicionado.
COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL
16
As notas explicativas às demonstrações contábeis de 31 de dezembro de 2005, publicadas na imprensa
oficial em 20 de abril de 2006, complementam as notas das informações trimestrais presentes,
publicadas de forma resumida.
a) Informações Trimestrais Consolidadas
As informações trimestrais consolidadas estão sendo apresentadas em conformidade com a Instrução
CVM n.º 247/1996 e deliberações posteriores, e contemplam a controladora, as subsidiárias integrais
(Copel Geração, Copel Transmissão, Copel Distribuição, Copel Telecomunicações e Copel
Participações) e as sociedades controladas indiretas (Compagas e Elejor).
Os balanços patrimoniais e as demonstrações de resultado das empresas constantes da consolidação
estão sendo apresentados na nota 44, reclassificados para fins de padronização do plano de contas.
Na consolidação, foram eliminados os investimentos da Companhia nos patrimônios líquidos das
controladas, bem como os saldos de ativos, passivos, receitas, custos e despesas decorrentes de
operações entre as companhias, tendo sido destacada a participação dos acionistas minoritários, de
forma que as demonstrações contábeis consolidadas representem efetivamente os saldos de transações
com terceiros.
b) Principais Práticas Contábeis
As principais práticas contábeis adotadas na elaboração destas informações trimestrais são consistentes
com aquelas adotadas nas demonstrações contábeis de 31 de dezembro de 2005 e informações
trimestrais – ITRs anteriores.
3 Disponibilidades
.
31.03.2006 31.12.2005 31.03.2006 31.12.2005
Caixa e bancos 453 208 49.159 85.793
Aplicações financeirasBancos federais 511 15.323 1.025.957 914.634
Bancos privados 54 52 75.343 131.339
565 15.375 1.101.300 1.045.973
1.018 15.583 1.150.459 1.131.766
Companhia Consolidado
As aplicações financeiras da Companhia, em sua maioria, foram realizadas em instituições financeiras
oficiais, prevalecendo os papéis de renda fixa (títulos públicos federais), com remuneração média de
100% do Certificado de Depósito Interbancário – CDI. As aplicações financeiras em bancos privados
referem-se, em parte, a obrigações dispostas em Resoluções da Aneel (Resoluções n.º 552/2002 e
n.º23/2003) que regulamentam os aportes de garantias financeiras, nas operações realizadas de compra
e venda de energia no âmbito da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE.
COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL
17
4 Consumidores e Revendedores
Saldos Vencidos Venc. há mais Total
vincendos até 90 dias de 90 dias
31.03.2006 31.12.2005
ConsumidoresResidencial 84.880 73.672 5.954 164.506 155.429
Industrial 76.259 15.957 43.691 135.907 132.088 Comercial 54.249 22.671 4.079 80.999 78.334
Rural 12.211 6.358 443 19.012 16.744 Poder público 13.966 8.505 16.163 38.634 54.400 Iluminação pública 12.001 1.568 781 14.350 14.854
Serviço público 19.692 790 123 20.605 11.356 Não faturados 135.487 - - 135.487 135.157 Parcelamento de débitos vencidos 69.408 6.664 8.686 84.758 64.659
Parcelamento de débitos vencidos - RLP 71.114 - - 71.114 73.091 Enc. de capac. emergencial 17 82 2.813 2.912 8.033
Tarifa social baixa renda 6.449 19.527 116 26.092 12.783 Governo do Paraná - luz fraterna 226 7.583 25.158 32.967 27.352 Aluguel de equip. e estruturas 473 806 390 1.669 31.207
Fornecimento de gás 12.482 457 500 13.439 13.538 Outros créditos 7.687 8.307 11.500 27.494 27.945 Outros créditos - RLP 9 - - 9 3
576.610 172.947 120.397 869.954 856.973 Revendedores
Suprimento
Suprimento curto prazo - - 40 40 40
Suprimento - CCEE (nota 39) 4.883 - 98 4.981 11.018 Ressarcimento de geradores 14.500 - - 14.500 13.332 Ressarcimento de geradores - RLP 28.873 - - 28.873 31.389
Contratos iniciais 5.054 - - 5.054 9.520 Leilão de energia 69.503 - - 69.503 50.415 Contratos bilaterais 53.686 - - 53.686 36.862
176.499 - 138 176.637 152.576 Sistema de TransmissãoRede elétrica 25.799 - - 25.799 24.765 Rede básica 15.850 151 85 16.086 15.631 Rede de conexão 19 10 97 126 115
41.668 161 182 42.011 40.511
794.777 173.108 120.717 1.088.602 1.050.060
Circulante 694.781 173.108 120.717 988.606 945.577
Realizável a longo prazo - RLP 99.996 - - 99.996 104.483
Consolidado
5 Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa
A provisão para créditos de liquidação duvidosa foi constituída de acordo com as normas contidas no
Manual de Contabilidade de Serviço Público de Energia Elétrica da Aneel e no plano de contas instituído
pela Agência Nacional do Petróleo - ANP, para o serviço público de fornecimento de gás. Após criteriosa
análise das contas a receber vencidas, a Administração da Companhia considerou os seguintes valores
como sendo suficientes para cobrir eventuais perdas na realização dos créditos a receber:
COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL
18
.
Consolidado Adições (1) Baixas
31.12.2005 31.03.2006
Consumidores e revendedoresResidencial 15.254 2.860 - 18.114
Industrial 11.905 27.827 - 39.732 Comercial 28.284 (25.489) - 2.795 Rural 25 12 - 37
Poder público 22.214 (2.317) - 19.897 Iluminação pública 135 29 - 164 Serviço público 31 (17) - 14
Concessionárias e permissionárias 760 - - 760 Fornecimento de gás 465 - - 465
79.073 2.905 - 81.978 (1) Líquidas das reversões.
Consolidado
Na classe comercial foi revertida a provisão para perdas referente a faturas de aluguel de equipamentos
e estruturas que estavam sendo discutidas judicialmente. Com a decisão favorável à Companhia, o
montante foi arrecadado neste trimestre.
6 Serviços Executados para Terceiros, Líquidos
Saldos Vencidos Vencidos há Total vincendos até 90 dias mais de 90 dias
31.03.2006 31.12.2005 Serviços de telecomunicações 210 6.812 452 7.474 6.341 Serviços executados para terceiros 44 326 3.235 3.605 3.307 Prov. para créd. liquidação duvidosa - - (2.590) (2.590) (2.299)
254 7.138 1.097 8.489 7.349
Consolidado
7 Dividendos a Receber
.
31.03.2006 31.12.2005 31.03.2006 31.12.2005
Dividendos a receber
Sercomtel S.A. - Telecomunicações - - - 942
Tradener Ltda. - - 64 64
Dominó Holdings S.A. - - 2.487 2.637
Outros 22 22 22 22
22 22 2.573 3.665 Juros s/ capital próprio (nota 14):
Copel Geração S.A. - 75.471 - -
Copel Transmissão S.A. 69.217 69.217 - -
Copel Telecomunicações S.A. 916 916 - -
Copel Participações S.A. 61.526 61.526 - -
131.659 207.130 - -
131.681 207.152 2.573 3.665
Companhia Consolidado
COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL
19
8 Repasse CRC ao Governo do Estado do Paraná
Mediante contrato firmado em 04.08.1994 e termo aditivo de dezembro de 1995, o saldo remanescente
da Conta de Resultados a Compensar - CRC foi negociado com o Governo do Estado do Paraná para
ser ressarcido em 240 meses, atualizado pela variação do Índice Geral de Preços - Disponibilidade
Interna - IGP-DI e juros de 6,65% ao ano. Em 1º.10.1997, houve renegociação do saldo para pagamento
nos 330 meses seguintes pelo sistema price de amortização, com vencimento da primeira parcela em
30.10.1997 e a última em 30.03.2025, mantidas as cláusulas de atualização e juros do contrato original.
O Governo do Estado do Paraná, em 19.03.2003, formulou ao Ministério da Fazenda solicitação de
aprovação de pedido de federalização do crédito de CRC da Copel, o qual foi enviado à Secretaria do
Tesouro Nacional - STN para avaliação, sem resposta até a presente data.
Através do quarto termo aditivo assinado em 21.01.2005, a Companhia renegociou com o Governo do
Estado do Paraná, o saldo em 31.12.2004 da Conta de Resultados a Compensar - CRC, no montante de
R$ 1.197.404, em 244 prestações recalculadas pelo sistema price de amortização, com vencimento da
primeira parcela em 30.01.2005 e as demais com vencimentos subseqüentes e consecutivos.
No valor renegociado, além das parcelas vincendas, estão incluídos o saldo da parcela vencida em
fevereiro de 2003 e as parcelas vencidas de março de 2003 a dezembro de 2004, corrigidos pelo IGP-DI
e acrescidos de juros de 1% ao mês. As demais cláusulas do contrato original foram mantidas.
O Governo do Estado vem cumprindo o pagamento das parcelas renegociadas conforme estabelecido
no quarto termo aditivo. As amortizações são garantidas com recursos oriundos de dividendos.
A mutação da conta Repasse CRC ao Governo do Estado do Paraná é a seguinte:
Ativo Relizável a Total
Saldos Circulante longo prazo Consolidado
Em 31 de dezembro de 2004 29.459 1.167.945 1.197.404
Encargos 76.443 - 76.443
Variação monetária 31 14.291 14.322
Transferências 31.772 (31.772) -
Amortizações (105.902) - (105.902)
Em 31 de dezembro de 2005 31.803 1.150.464 1.182.267
Encargos 19.040 - 19.040
Variação monetária 7 2.413 2.420
Transferências 8.286 (8.286) -
Amortizações (26.799) - (26.799)
Em 31 de março de 2006 32.337 1.144.591 1.176.928
COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL
20
9 Impostos e Contribuições Sociais
.
31.03.2006 31.12.2005 31.03.2006 31.12.2005
Ativo circulante
IRPJ/CSLL antecipados e a compensar 52.290 64.737 62.055 92.510
IRPJ/CSLL diferidos sobre: (a)
Planos previd. e assistencial - delib. CVM 371 - - 3.803 4.150
Déficit previdenciário - plano III - - 6.180 6.091
Prejuízo fiscal - - 745 745
Adições temporárias - - 14.690 14.690
ICMS a recuperar - - 15.797 12.526
Outros tributos a compensar - - 412 326
52.290 64.737 103.682 131.038
Ativo realizável a longo prazo
IRPJ/CSLL diferidos sobre: (a)
Déficit previdenciário - plano III - - 108.394 109.973
Planos previd. e assistencial - delib. CVM 371 - - 52.479 53.082
Adições temporárias 114.919 114.488 241.640 236.153
Prejuízo fiscal e base de cálculo negativa 30.958 20.859 71.659 79.677
IRPJ/CSLL antecipados e a compensar 8.197 7.999 8.196 7.999
ICMS a recuperar - - 30.450 29.081
ICMS liminar para depósito judicial - - 10.773 10.531
Pasep/Cofins s/ ICMS liminar p/ dep. judicial - - 25 10 154.074 143.346 523.616 526.506
Passivo circulante
IRPJ/CSLL diferidos sobre: (a)
CVA - - 24.393 37.696
Exclusões temporárias - - 9.846 17.220
Imposto de renda retido na fonte 282 101 1.121 376
ICMS a recolher - 27.523 117.048 157.129
Pasep e Cofins a recolher 18.302 18.302 52.393 54.106
Outros tributos 229 13.196 2.392 44.415
18.813 59.122 207.193 310.942
Passivo exigível a longo prazo
IRPJ/CSLL diferidos sobre: (a)
CVA - - 2.333 2.910
Exclusões temporárias - - 8.957 8.957
Ativo regulatório Pasep/Cofins - - 16.719 14.827
ICMS liminar para depósito judicial - - 10.774 10.531
Pasep/Cofins s/ ICMS liminar p/ dep. judicial - - 25 10 - - 38.808 37.235
(1) No consolidado
Companhia Consolidado
a) Imposto de renda e contribuição social diferidos
A Companhia contabiliza imposto de renda diferido calculado à alíquota de 15%, mais o adicional de
10%, e a contribuição social calculada à alíquota de 9%.
Os tributos diferidos sobre déficit previdenciário estão sendo realizados em conformidade com o plano de
amortização da respectiva dívida e a provisão para convênio assistencial na medida em que ocorrem os
pagamentos dos benefícios pós-emprego. Os tributos diferidos sobre as demais provisões serão
realizados em função das decisões judiciais e das realizações dos ativos regulatórios.
COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL
21
Pela legislação tributária em vigor, o prejuízo fiscal e a base negativa de contribuição social são
compensáveis com lucros futuros tributáveis, até o limite de 30% do lucro tributável, não estando sujeitos
a prazo prescricional.
A base de cálculo para a realização dos créditos fiscais está contabilizada conforme demonstração a
seguir:
.
Consolidado
31.03.2006
Ativo circulante
IRPJ/CSLL sobre planos previd. e assistencial - delib. CVM 371 3.803
IRPJ/CSLL sobre déficit previdenciário - plano III 6.180
Prejuízo fiscal 745
Adições temporárias 14.690
Ativo realizável a longo prazo
IRPJ/CSLL sobre déficit previdenciário - plano III 108.394
IRPJ/CSLL sobre planos previd. e assistencial - delib. CVM 371 52.479
IRPJ/CSLL sobre adições temporárias 241.640 IRPJ/CSLL sobre prejuízo fiscal e base de cálculo negativa 71.659
(-) Passivo circulante
IRPJ/CSLL sobre diferimento da CVA 24.393
IRPJ/CSLL sobre exclusões temporárias 9.846
(-) Passivo exigível a longo prazo
IRPJ/CSLL sobre diferimento da CVA 2.333
IRPJ/CSLL sobre exclusões temporárias 8.957
IRPJ/CSLL sobre ativo regulatório Pasep/Cofins 16.719
437.342
.
Em cumprimento à Instrução CVM n.º 371, de 27 de junho de 2002, a expectativa de geração de base de
cálculo positiva em montante suficiente para realização dos créditos fiscais, contabilizados pela
Companhia com base em estudos submetidos à apreciação dos Conselhos de Administração e Fiscal,
está apresentada a seguir:
.
Parcela estimada Parcela efetiva Parcela estimada
de realização de realização de realização
2006 132.393 24.333 -
2007 - - 25.874
2008 - - 22.030
2009 - - 20.193
2010 - - 22.114
2011 - - 31.572
Após 2011 - - 315.559
132.393 24.333 437.342
As projeções de resultado futuro serão objeto de reavaliação da administração quando do encerramento
do exercício em 31 de dezembro de 2006.
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22
10 Conta de Compensação da “Parcela A”
A Portaria Interministerial n.º 25, de 24.01.2002, dos Ministros da Fazenda e de Minas e Energia,
estabeleceu que fossem registradas na Conta de Compensação de Variação de Valores de Itens da
“Parcela A” - CVA as variações ocorridas entre os valores previstos por ocasião dos reajustes tarifários e
os valores efetivamente desembolsados dos seguintes itens de custo da “Parcela A”: tarifa de repasse
de potência de Itaipu Binacional; tarifa de transporte de energia elétrica proveniente de Itaipu Binacional;
quota de recolhimento à Conta de Consumo de Combustíveis – CCC; tarifa de uso das instalações de
transmissão integrantes da rede básica; Compensação Financeira pela Utilização dos Recursos
Hídricos; e Encargos dos Serviços do Sistema - ESS.
Posteriormente, as Portarias Interministeriais n.º 116, de 04.04.2003, e n.º 361, de 26.11.2004, incluíram
novos itens, como a quota de recolhimento à Conta de Desenvolvimento Energético - CDE, os custos de
aquisição de energia elétrica e as quotas de energia e custeio do Programa de Incentivo a Fontes
Alternativas de Energia - Proinfa.
Em junho de 2005, a Aneel autorizou à Copel Distribuição reajuste médio de 7,80%. Deste percentual,
5,99% corresponderam aos valores decorrentes das variações de custos da parcela A - CVA, percentual
este composto por: 3,12% da CVA diferida do ano tarifário de 2003; 3,56% da CVA de 2004 não
compensada anteriormente; e por 0,69% negativos correspondentes aos valores do período findo em
junho de 2005. Além dos valores da CVA, o reajuste considerou 3,06% devidos aos ajustes financeiros
provenientes do ativo regulatório Pasep/Cofins e de custos adicionais da conexão complementar e
1,25% ao reajuste tarifário negativo no período.
As parcelas referentes ao reajuste de 2003, 2004 e 2005 estão sendo recuperadas no período de 24 de
junho de 2005 a 23 de junho de 2006, conforme valores repassados às tarifas, reconhecidos pela
Resolução Homologatória Aneel n.º 130, de 20.06.2005.
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23
A composição dos saldos da Conta de Compensação “Parcela A” – CVA é a seguinte:
Consolidado
31.03.2006 31.12.2005 31.03.2006 31.12.2005 CVA recuperável reajuste tarifário 2003
Energia elétrica comprada p/revenda (Itaipu) 11.356 22.712 - - Transporte de energia comprada (Itaipu) 161 321 - - Encargos uso sist. transmissão (rede básica) 5.506 11.011 - - CDE 4.150 8.300 - - ESS 2.990 5.980 - -
24.163 48.324 - - CVA recuperável reajuste tarifário 2004
Encargos uso sist. transmissão (rede básica) 20.942 41.885 - -
20.942 41.885 - - CVA recuperável reajuste tarifário 2005
Transporte de energia comprada (Itaipu) 543 1.086 - - Encargos uso sist. transmissão (rede básica) 7.844 15.689 - - CDE 2.496 4.991 - - ESS 1.633 3.267 - - CCC 2.193 4.386 - -
14.709 29.419 - - CVA recuperável reajuste tarifário 2006
Transporte de energia comprada (Itaipu) 2.167 910 722 910 Encargos uso sist. transmissão (rede básica) - 854 - 854 CDE 6.721 1.617 2.241 1.617 ESS 1.522 598 507 598 CCC 10.178 4.580 3.393 4.580 Proinfa 5.616 - 1.872 -
26.204 8.559 8.735 8.559
86.018 128.187 8.735 8.559
circulante realizável a longo prazo Ativo Ativo
Consolidado
31.03.2006 31.12.2005 31.03.2006 31.12.2005 CVA compensável reajuste tarifário 2005
Energia elétrica comprada p/ revenda: Leilão 8.283 16.565 - - Cien 3.620 7.239 - - Itiquira (185) (370) - - Itaipu 8.659 17.318 - -
20.377 40.752 - - CVA compensável reajuste tarifário 2006
Energia elétrica comprada p/ revenda: Leilão 30.488 14.556 10.163 14.556 Cien 6.137 5.752 2.046 5.752 Itiquira (15.962) (7.557) (5.321) (7.557) Itaipu 18.614 12.161 6.205 12.161
39.277 24.912 13.093 24.912 Encargos uso sist. transm. (rede básica) 4.366 - 1.455 -
43.643 24.912 14.548 24.912
64.020 65.664 14.548 24.912
circulante exigível a longo prazo Passivo Passivo
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24
A movimentação dos saldos de deferimentos de custos tarifários atualizados pelo Sistema Especial de
Liquidação e Custódia - Selic apresenta-se como se segue:
.
Saldo Diferim. Amortiz. Atualiz. Transf. Saldo
31.12.2005 31.03.2006
AtivoEnergia elét. comprada para revenda (Itaipu) 22.712 - (14.677) 3.321 - 11.356
Transporte de energia comprada (Itaipu) 3.227 974 (919) 311 - 3.593 Encargos uso sist. transm. (rede básica) 70.293 (7.481) (38.628) 4.287 5.821 34.292 CDE 16.525 5.511 (8.401) 1.973 - 15.608 ESS 10.443 766 (6.327) 1.770 - 6.652
CCC 13.546 4.274 (2.847) 791 - 15.764 Proinfa - 7.488 - - - 7.488
136.746 11.532 (71.799) 12.453 5.821 94.753 Passivo
Energia elétrica comprada para revenda: Leilão 45.677 9.682 (9.084) 2.659 - 48.934 Cien 18.743 (4.053) (3.970) 1.083 - 11.803 Itiquira (15.484) (5.203) 202 (983) - (21.468)
Itaipu 41.640 (460) (9.495) 1.793 - 33.478 Encargos uso sist. transm. (rede básica) - - - - 5.821 5.821
90.576 (34) (22.347) 4.552 5.821 78.568
11 Ativo Regulatório - Pasep/Cofins
Pela publicação das Leis Federais n.ºs 10.637, de 30.12.2002 e 10.833, de 29.12.2003, foram majoradas
as alíquotas e alteradas as bases de cálculo do PIS/Pasep e da Cofins. Em razão dessas alterações,
ocorreu crescimento nas despesas com PIS/Pasep de dezembro de 2002 a junho de 2005 e nas
despesas com a Cofins de fevereiro de 2004 a junho de 2005.
A Aneel, através do Ofício Circular n.º 302/2005-SFF/Aneel, reconhece o direito da Companhia em ser
ressarcida dos custos adicionais com Pasep e Cofins, autorizando as concessionárias a apurar o valor
do impacto produzido em função da mudança de critérios de apuração do PIS/Pasep e Cofins e
reconhecê-lo contabilmente como ativo ou passivo, conforme a natureza do impacto, positivo ou
negativo, respectivamente. Fundamentada em tal dispositivo, a Companhia tem registrado, de acordo
com critério definido pela Agência Reguladora, os créditos no montante de R$ 135.906, reduzindo, em
contrapartida, a despesa com Pasep e Cofins.
Do montante dos créditos, R$ 49.173 estão contabilizados como ativo realizável a longo prazo,
aguardando definições da Aneel quanto aos prazos de recuperação. Por este motivo, tais valores não
foram atualizados monetariamente.
Do montante a ser recuperado até o próximo reajuste tarifário, ou seja, R$ 86.733, já foram realizados
R$ 61.652.
COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL
25
12 Cauções e Depósitos Vinculados
31.03.2006 31.12.2005 Ativo circulante
Depósitos em garantia 44.271 43.746 44.271 43.746
Ativo realizável a longo prazoCaução do contrato da STN (nota 17.b) 25.096 27.041
25.096 27.041
Consolidado
Os depósitos em garantia atendem as exigências da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica –
CCEE e estão vinculados às operações realizadas nos leilões de energia e nas liquidações da própria
CCEE.
13 Outros Créditos
31.03.2006 31.12.2005 31.03.2006 31.12.2005 Ativo circulante
Adiantamento a empregados - - 18.043 7.276 Pagamentos antecipados - - 4.846 7.611 Parcelamento Onda Provedor de Serviços 4.348 4.348 4.348 4.348 Salários de empregados cedidos a recuperar - - 3.591 3.557 Adiantamento para depósitos judiciais - - 2.862 1.435 Aquisição de combustível por conta da CCC - - 2.248 726 Desativações em curso - - 2.113 2.856 Adiantamento a fornecedores - - 2.109 2.857 RGR - diferença de 2003 - - 1.056 2.155 Alienação de bens e direitos - - 644 643 Entidades seguradoras - - 482 516 Outros créditos a receber 4 3 4.463 2.554 Provisão para créditos de liquidação duvidosa - - (2.947) (2.947)
4.352 4.351 43.858 33.587 Ativo realizável a longo prazo
Empréstimos compulsórios - - 7.966 7.830 Pagamentos antecipados - - 4.392 5.754 Bens e direitos destinados à alienação - - 2.749 2.749 Outros créditos a receber - - 243 243
- - 15.350 16.576
Companhia Consolidado
A Companhia antecipa a primeira parcela do décimo terceiro salário no mês de janeiro, conforme
celebrado em acordo coletivo de trabalho, registrando o montante como adiantamento a empregados.
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26
14 Coligadas e Controladas
A Companhia possui, demonstrados pelo valor líquido, os créditos a receber abaixo junto às suas
coligadas e controladas:
31.03.2006 31.12.2005 31.03.2006 31.12.2005
Controladas:Copel Geração S.A.
Juros s/ capital próprio a receber (nota 7) (a) - 75.471 - -
- 75.471 - - Copel Transmissão S.A.
Juros s/ capital próprio a receber (nota 7) (a) 69.217 69.217 - - Financiamentos repassados (b) 23.903 25.390 - -
93.120 94.607 - -
Copel Distribuição S.A.Financiamentos repassados (b) 90.570 96.010 - -
Debêntures repassadas (b) 572.825 620.122 - - Contas-correntes (c) 245.245 173.944 - -
908.640 890.076 - - Copel Telecomunicações S.A.
Juros s/ capital próprio a receber (nota 7) (a) 916 916 - - Contas-correntes (c) 67.244 67.244 - -
68.160 68.160 - -
Copel Participações S.A.Juros s/ capital próprio a receber (nota 7) (a) 61.526 61.526 - -
Contas-correntes (c) 208.659 208.659 - -
270.185 270.185 - - .
Controladas 1.340.105 1.398.499 - - Coligada:
Foz do Chopim Energética Ltda.Contrato de mútuo 35.722 35.357 35.722 35.357
Coligada 35.722 35.357 35.722 35.357
1.375.827 1.433.856 35.722 35.357
Juros s/ capital próprio (nota 7) 131.659 207.130 - -
Realizável a longo prazo 1.244.168 1.226.726 35.722 35.357
Companhia Consolidado
a) Juros sobre capital próprio a receber
Dividendos a receber das subsidiárias integrais sob a forma de juros sobre capital próprio, conforme
determinam seus estatutos.
b) Financiamentos e debêntures repassados
A Companhia repassou os empréstimos e financiamentos para as suas subsidiárias integrais quando de
suas constituições em 2001. Entretanto, como os contratos cujas transferências para as respectivas
subsidiárias ainda estão em fase de formalização, estes compromissos encontram-se igualmente
registrados na Controladora.
COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL
27
Nas demonstrações contábeis, os saldos desses financiamentos repassados, sem incidência de
remuneração, são apresentados separadamente na Companhia como contas a receber das subsidiárias
integrais e como obrigação por empréstimos e financiamentos, no montante de R$ 114.473, em
31.03.2006 (nota 17).
O montante de R$ 572.825 referente a debêntures também foi repassado para a Copel Distribuição,
observado o mesmo critério de registro do parágrafo anterior (nota 18).
c) Contas-correntes
A 112ª Reunião Ordinária do Conselho de Administração da Controladora, realizada em 24.03.2006,
definiu que os valores devidos pela Copel Distribuição sejam devolvidos à mesma.
As Assembléias Gerais Ordinárias, realizadas em 28.04.2006, nas subsidiárias Copel Telecomunicações
e Copel Participações, oficializaram aumentos de capital social nos valores correspondentes aos saldos
em 31.03.2006 dessas contas-correntes.
15 Investimentos
31.03.2006 31.12.2005 31.03.2006 31.12.2005
Participações em coligadas (a) - - 380.667 378.518
Participações em controladasCopel Geração S.A. 2.540.651 2.468.404 - - Copel Transmissão S.A. 957.361 907.128 - - Copel Distribuição S.A. 1.605.746 1.532.506 - -
Copel Telecomunicações S.A. 115.884 114.724 - - Copel Participações S.A. 464.510 445.972 - - Elejor - Centrais Elétricas do Rio Jordão S.A. - ágio - - 22.720 22.815
5.684.152 5.468.734 22.720 22.815
Outros investimentosFundo de investimento da Amazônia - Finam 32.609 32.609 32.609 32.609
Finam - Nova Holanda 7.761 7.761 7.761 7.761 Fundo de investimento do Nordeste - Finor 9.870 9.870 9.870 9.870 Provisão para perdas nos incentivos (47.900) (47.900) (47.900) (47.900)
Imóveis para uso futuro do serviço - - 6.825 6.825 Outros investimentos 2.322 2.322 3.823 3.822
4.662 4.662 12.988 12.987
5.688.814 5.473.396 416.375 414.320
Companhia Consolidado
COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL
28
a) Participações em coligadas
Patrimônio líquido Partic.Coligadas da investida Copel
31.03.2006 31.12.2005 (%) 31.03.2006 31.12.2005
Sercomtel S.A. - Telecomunicações 212.226 211.501 45,00 95.502 95.175 Ágio 8.967 10.024 Total Sercontel S.A. - Telecomunicações 104.469 105.199 .
Sercomtel Celular S.A. 33.119 33.534 45,00 14.904 15.091 Ágio 1.238 1.383 Total Sercomtel Celular S.A. 16.142 16.474 .
Carbocampel S.A. (1) 503 513 49,00 246 252 Adiantamentos para aumento de capital 198 198 Total Carbocampel S.A. 444 450 .
Escoelectric Ltda. (1) (1.919) (1.919) 40,00 - - Adiantamentos para aumento de capital 2.500 2.500 .
Braspower International Engineering S/C Ltda. (1) (361) (336) 49,00 - - Adiantamentos para aumento de capital 176 176 .
UEG Araucária Ltda. (nota 19) (196.082) (182.102) 20,00 - - Adiantamentos para aumento de capital 142.027 141.899 .
Dominó Holdings S.A. (1) 585.234 564.569 15,00 87.785 84.685 Copel Amec S/C Ltda. (1) 914 890 48,00 438 427 Dona Francisca Energética S.A. (1.526) (4.753) 23,03 - - Centrais Eólicas do Paraná Ltda. (1) 5.706 5.582 30,00 1.712 1.675 Foz do Chopim Energética Ltda. (1) 69.819 69.983 35,77 24.974 25.033
380.667 378.518 (1) Não revisado por auditores independentes
Consolidado Investimento
Os investimentos na Sercomtel S.A. Telecomunicações e na Sercomtel Celular S.A. registraram ágios de
aquisição (R$ 42.289 e R$ 5.814) que no balanço representam saldos líquidos de R$ 8.967 e R$ 1.238,
respectivamente. Esses ágios estão sendo amortizados à taxa anual de 10%, cujo efeito no resultado
dos exercícios de 2006 e de 2005 foi de R$ 1.202 (R$ 1.057 + R$ 145). O fundamento econômico do
pagamento do ágio nos investimentos da Sercomtel S.A. - Telecomunicações e na Sercomtel Celular
S.A. foi a expectativa de rentabilidade futura, resultado da avaliação do retorno do investimento com
base no fluxo de caixa descontado.
COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL
29
16 Imobilizado
Depreciação Custo acumulada Consolidado
31.03.2006 31.12.2005 Em serviço
Copel Geração S.A. 4.268.996 (1.512.048) 2.756.948 2.779.164 Copel Transmissão S.A. 1.405.311 (453.132) 952.179 937.985 Copel Distribuição S.A. 3.299.374 (1.619.959) 1.679.415 1.670.463 Copel Telecomunicações S.A. 297.237 (136.747) 160.490 160.518 Copel Participações S.A. 383 (240) 143 151 Companhia Paranaense de Gás - Compagas 133.501 (22.746) 110.755 109.591 Elejor - Centrais Elétricas do Rio Jordão S.A. 303.096 (6.083) 297.013 281.510
9.707.898 (3.750.955) 5.956.943 5.939.382 Em curso
Copel Geração S.A. 140.371 - 140.371 143.116 Copel Transmissão S.A. 200.053 - 200.053 185.417 Copel Distribuição S.A. 206.935 - 206.935 186.357 Copel Telecomunicações S.A. 20.819 - 20.819 21.704 Copel Participações S.A. - - - - Companhia Paranaense de Gás - Compagas 11.006 - 11.006 10.261 Elejor - Centrais Elétricas do Rio Jordão S.A. 278.504 - 278.504 270.177
857.688 - 857.688 817.032 10.565.586 (3.750.955) 6.814.631 6.756.414
Obrigações especiais (a)Copel Transmissão S.A. (7.140) (7.140) Copel Distribuição S.A. (764.949) (757.983)
(772.089) (765.123) .
6.042.542 5.991.291
Líquido
De acordo com os artigos 63 e 64 do Decreto n.º 41.019, de 26.02.1957, os bens e instalações
utilizados na geração, transmissão, distribuição e comercialização são vinculados a esses serviços, não
podendo ser retirados, alienados, cedidos ou dados em garantia hipotecária sem a prévia e expressa
autorização do Órgão Regulador. A Resolução Aneel n.º 20/1999 regulamentou a desvinculação de bens
das concessões do Serviço Público de Energia Elétrica, concedendo autorização prévia para
desvinculação de bens inservíveis à concessão, quando destinados à alienação, determinando que o
produto da alienação seja depositado em conta bancária vinculada para aplicação na concessão.
a) Obrigações especiais
São obrigações vinculadas à concessão do serviço público de energia elétrica e representam os valores
da União e dos consumidores, bem como as doações não condicionadas a qualquer retorno a favor do
doador e as subvenções destinadas a investimentos na atividade de distribuição. O prazo de vencimento
dessas obrigações é aquele estabelecido pelo Órgão Regulador para concessões de transmissão e
distribuição, cuja quitação ocorrerá ao final das concessões.
COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL
30
b) Planos de universalização de energia elétrica
A Aneel, através da Resolução n.º 223, de 29.04.2003, estabeleceu as condições gerais para elaboração
dos Planos de Universalização de Energia Elétrica visando ao atendimento de novas unidades
consumidoras, ou aumento de carga, regulamentando o disposto nos artigos 14 e 15 da Lei n.º 10.438
de 26.04.2002, e fixou as responsabilidades das concessionárias e permissionárias de serviço público de
distribuição de energia elétrica. Foi devolvido aos consumidores até 31.03.2006 o montante de R$ 5.535.
O programa “Luz para Todos“ instituído pelo Governo objetivou antecipar a meta de completar 100% de
eletrificação no País até 2008, sem qualquer ônus para o consumidor.
c) Levantamento físico dos bens do imobilizado
A Companhia realiza regularmente inventários físicos de seus ativos, distribuídos dentro de sua área de
concessão.
d) Taxas de depreciação
As principais taxas anuais de depreciação, de acordo com a Resolução Aneel n.º 44/1999, a Portaria
n.º 96/1995, do Ministério das Comunicações, e a Agência Nacional do Petróleo – ANP, são:
.
% .
Geração
Equipamento geral 10,00
Geradores 3,30
Reservatórios, barragens e adutoras 2,00
Turbina hidráulica 2,50
Transmissão
Condutor e estrutura do sistema e transformador de força 2,50
Equipamento geral 10,00
Religadores 4,30
Distribuição
Condutor e estrutura do sistema e transformador 5,00
Banco de capacitores e chave de distribuição 6,70 Regulador de tensão 4,80
Administração central
Edificações 4,00
Máquinas e equipamentos de escritório 10,00
Móveis e utensílios 10,00
Veículos 20,00
Telecomunicações
Equipamentos de transmissão e de energia (telecomunicações) 10,00
Cabos aéreos e subterrâneos, fios e central privada de comutação 10,00
Fornecimeno de gás natural
Gasoduto 3,30 Equipamentos de operação do gasoduto 10,00
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31
e) Mutação do imobilizado
Obrigações
Saldos em serviço em curso especiais Consolidado
Em 31 de dezembro de 2004 5.530.574 925.435 (725.448) 5.730.561Programa de investimentos - 668.866 - 668.866Quotas de depreciação (328.636) - - (328.636)
Baixas (24.248) - - (24.248)Imobilizações de obras 761.692 (761.692) - - Participação financeira dos consumidores - - (39.675) (39.675)
Reversão de provisões para contingências - (14.687) - (14.687) de investimentos - (890) - (890)
Em 31 de dezembro de 2005 5.939.382 817.032 (765.123) 5.991.291Programa de investimentos - 149.458 - 149.458 Quotas de depreciação (85.358) - - (85.358)
Baixas (5.883) - - (5.883) Imobilizações de obras 108.802 (108.802) - - Participação financeira dos consumidores - - (6.966) (6.966)
Em 31 de março de 2006 5.956.943 857.688 (772.089) 6.042.542
Imobilizado
17 Empréstimos e Financiamentos
A composição dos saldos de empréstimos e financiamentos da Companhia é a seguinte:
. Passivo Exigível a
circulante longo prazo Companhia
Principal Encargos Principal 31.03.2006 31.12.2005
Moeda estrangeiraSecretaria Tesouro Nacional (b) 9.069 3.224 102.179 114.472 121.400
9.069 3.224 102.179 114.472 121.400
Total
A composição dos empréstimos e financiamentos consolidados é a seguinte:
. Passivo Exigível a Total
circulante longo prazo Consolidado
Principal Encargos Principal 31.03.2006 31.12.2005
Moeda estrangeira
BID (a) 20.435 888 81.742 103.065 122.302
Secretaria Tesouro Nacional (b) 9.069 3.224 102.179 114.472 121.400
Banco do Brasil S.A. (c) 4.566 72 11.415 16.053 20.040
Eletrobrás (d) 7 2 58 67 66
34.077 4.186 195.394 233.657 263.808
Moeda nacionalEletrobrás (d) 46.141 13 301.778 347.932 365.186
Eletrobrás - Elejor (e) - - 36.874 36.874 33.377
BNDES (f) 6.366 - 30.292 36.658 38.315
Banestado (g) 41 - - 41 70
Banco do Brasil S.A. (c) 95 5 1.001 1.101 1.121
52.643 18 369.945 422.606 438.069
86.720 4.204 565.339 656.263 701.877
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32
a) Banco Interamericano de Desenvolvimento - BID
Empréstimo para a Usina Hidrelétrica de Segredo e Derivação do Rio Jordão, liberado a partir de
15.01.1991, totalizando US$ 135.000. O principal cujo pagamento da primeira parcela ocorreu em
15.01.1997 e os juros são amortizados semestralmente até 2011. Os juros são calculados de acordo
com a taxa de captação do BID, a qual, para o primeiro trimestre de 2006, foi de 4,23% ao ano. O
contrato prevê em suas cláusulas as seguintes hipóteses de rescisão:
1) inadimplemento, por parte do mutuário de qualquer outra obrigação estipulada no contrato ou
contratos subscritos com o Banco para financiamento para o projeto;
2) a retirada ou suspensão, como membro do Banco, da República Federativa do Brasil;
3) inadimplemento, por parte do fiador, se houver, de qualquer obrigação estipulada no contrato de
garantia;
4) quando a relação entre o seu ativo circulante e o total dos seus financiamentos comerciais e
bancários de curto prazo, excluídas a parte corrente da dívida de longo prazo e os dividendos a
serem reinvestidos, seja igual ou superior a 1,2; e
5) quando a relação entre sua dívida de longo prazo e o seu patrimônio não exceder a 0,9.
b) Secretaria do Tesouro Nacional - STN
A reestruturação da dívida de médio e longo prazos, assinada em 20.05.1998, referente aos
financiamentos sob amparo da Lei n.º 4.131/62, está demonstrada no quadro a seguir:
Prazo Vencimento CarênciaTipo de bônus (anos) final (anos)
31.03.2006 31.12.2005
Par Bond (1) 30 15.04.2024 30 35.218 37.375 Capitalization Bond (2) 20 15.04.2014 10 25.679 27.121 Debt Conversion Bond (3) 18 15.04.2012 10 21.705 23.050 Discount Bond (4) 30 15.04.2024 30 24.463 25.984 El Bond - Bônus de Juros (5) 12 15.04.2006 3 1.198 1.273 New Money Bonds (6) 15 15.04.2009 7 3.082 3.274 Flirb (7) 15 15.04.2009 9 3.127 3.323
114.472 121.400
Consolidado
As taxas de juros praticadas e as amortizações são as seguintes:
1) Par Bond – Juros correspondentes a 4,0% a.a. no primeiro ano e a 6,0% a.a. nos seguintes e
amortização única no final do contrato.
2) Capitalization Bond – Juros correspondentes a 4,0% a.a. no primeiro ano e a 8,0% a.a. nos
seguintes e amortização em 21 parcelas semestrais, a partir de abril de 2004.
3) Debt Conversion Bond – Juros correspondentes a libor semestral + 7/8 de 1% a.a. e amortização em
17 parcelas semestrais, a partir de abril de 2004.
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33
4) Discount Bond – Juros correspondentes a libor semestral + 13/16 de 1% a.a. e amortização única no
final do contrato.
5) El Bond – Bônus de Juros – Juros correspondentes a libor semestral + 13/16 de 1% a.a. e
amortização em 19 parcelas semestrais, a partir de abril de 1997.
6) New Money Bonds – Juros correspondentes a libor semestral + 7/8 de 1% a.a. e amortização em 17
parcelas semestrais, a partir de abril de 2001.
7) Flirb – Juros correspondentes a 4,0% a 5,0% a.a. nos primeiros anos e libor semestral + 13/16 de
1% a.a. após o 6.º ano até o final do contrato e amortização em 13 parcelas semestrais, a partir de
abril de 2003.
Em garantia a esse contrato, a Companhia cedeu e transferiu à União, condicionado ao inadimplemento
de qualquer parcela do financiamento, os créditos que forem feitos à sua conta corrente bancária
centralizadora da arrecadação das suas receitas próprias, até o limite suficiente para pagamento das
prestações e demais encargos devidos em cada vencimento. Nos bônus Discount Bond e Par Bond
existem garantias depositadas, nos valores de R$ 10.346 e R$ 14.750 (R$ 11.147 e R$ 15.894, em
31.12.2005), respectivamente, contabilizadas na conta Cauções e Depósitos Vinculados, no Ativo
realizável a longo prazo (nota 12).
c) Banco do Brasil S.A.
Contratos com recursos em yen, para a subestação isolada a gás - Salto Caxias, amortizáveis em 20
parcelas semestrais, a partir de 07.03.2000, com juros de 6,6% ao ano. A garantia é vinculada à receita
própria.
Contrato particular de cessão de crédito com a União, através do Banco do Brasil S.A., assinado em
30.03.1994, amortizável em 240 parcelas mensais pelo sistema price, a partir de 1º.04.1994, com
atualização mensal pela Taxa de Juros de Longo Prazo - TJLP e Índice Geral de Preços de Mercado -
IGPM e taxa de juros de 5,098% a.a.
d) Eletrobrás
Empréstimos originados de recursos do Fundo de Financiamento da Eletrobrás – Finel e da RGR, para
expansão dos sistemas de geração, transmissão e distribuição. A amortização dos contratos vincendos
iniciou em fevereiro de 1999 e o último pagamento está previsto para agosto de 2021. Os juros de 5,5%
a 6,5% a.a. e o principal são amortizados mensalmente, atualizados pelo índice do Finel e da Unidade
Fiscal de Referência – Ufir.
A garantia é representada pela receita própria.
e) Eletrobrás - Elejor
O saldo apresentado refere-se à correção e juros das ações preferenciais da Elejor detidas pela
Eletrobrás, as quais deverão ser readquiridas pela emissora, conforme cláusulas contratuais (nota 42).
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34
f) BNDES
O saldo do BNDES também é composto por quatro contratos da Compagas assinados em 14.12.2001,
amortizáveis em 99 parcelas, com juros de 4% a.a., sendo dois para aquisição de máquinas e
equipamentos, indexados pela TJLP (limitada a 6% a.a.) e dois para obras, instalações e serviços,
indexados pela Unidade Monetária do BNDES - UMBND.
g) Banco Banestado S.A.
Contrato do Fundo de Desenvolvimento Urbano assinado em 23.07.1998, amortizável em 96 parcelas
mensais pelo sistema price, com carência de 12 meses, atualização mensal com base na Taxa de
Referência - TR e taxa de juros de 8,5% a.a. e com vencimento final em 20.07.2006. A garantia é
representada pela receita própria.
Composição dos empréstimos e financiamentos por tipo de moeda e indexador:
.Moeda (equivalente em R$) / Indexador
31.03.2006 % 31.12.2005 %Moeda estrangeira
Dólar norte-americano 114.539 17,45 121.466 17,31
Yen 16.053 2,45 20.040 2,86 BID - cesta de moedas 103.065 15,70 122.302 17,42
233.657 35,60 263.808 37,59 Moeda nacional
TR 41 0,02 70 0,01 URBNDES e TJLP 36.701 5,59 38.378 5,47 IGP-M 37.931 5,78 34.434 4,91
Ufir 22.004 3,35 25.619 3,65 Finel 325.929 49,66 339.568 48,37
422.606 64,40 438.069 62,41
656.263 100,00 701.877 100,00
Consolidado
Variação das principais moedas estrangeiras e indexadores aplicados aos empréstimos e
financiamentos:
.
Moeda/Indexador Variação (%)
1º trimestre de 2006 1º trimestre de 2005 No ano de 2005
Dólar norte-americano (7,19) 0,44 (11,82)Yen (6,94) (4,09) (23,53)BID - cesta de moedas 0,63 (2,46) (6,76)TR 0,50 0,62 2,96URBNDES 1,44 1,03 3,75IGP-M 0,70 1,55 1,21Finel 0,14 0,31 0,24UMBND (6,12) 1,75 (14,04)
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35
Vencimentos das parcelas de longo prazo:
Moeda Moeda estrangeira nacional
31.03.2006 31.12.2005 2007 20.408 35.686 56.094 83.015 2008 32.909 44.658 77.567 80.002 2009 32.043 43.276 75.319 77.473 2010 26.611 42.047 68.658 70.407 2011 16.391 42.047 58.438 59.467 2012 4.545 36.051 40.596 40.454 2013 2.916 35.999 38.915 38.638
2014 1.463 35.884 37.347 36.966 2015 - 35.844 35.844 35.356 2016 - 18.047 18.047 17.805 2017 - 135 135 130 2018 - 135 135 130 após 2018 58.108 136 58.244 62.781
195.394 369.945 565.339 602.624
Consolidado
Mutação de empréstimos e financiamentos:
Total
Saldos Circulante Longo prazo Circulante Longo prazo Consolidado
Em 31 de dezembro de 2004 456.171 308.041 58.225 394.827 1.217.264 Ingressos - - - 35.532 35.532 Encargos 27.685 - 31.765 - 59.450
Variação monetária e cambial (28.966) (45.375) (61) 5.499 (68.903) Transferências 39.328 (39.328) 56.572 (56.572) - Amortizações (453.748) - (87.718) - (541.466)
Em 31 de dezembro de 2005 40.470 223.338 58.783 379.286 701.877 Encargos 3.119 - 7.340 - 10.459
Variação monetária e cambial (2.283) (15.242) 26 4.750 (12.749) Transferências 12.702 (12.702) 14.091 (14.091) - Amortizações (15.745) - (27.579) - (43.324)
Em 31 de março de 2006 38.263 195.394 52.661 369.945 656.263
Moeda estrangeira Moeda nacional
18 Debêntures
Exigível a Circulante longo prazo
Principal Encargos Principal 31.03.2006 31.12.2005 Companhia (a) 133.320 11.885 266.680 411.885 435.251
Copel Distribuição (b) 566.177 6.648 - 572.825 620.122 Elejor (c) - 5.013 263.572 268.585 286.855
699.497 23.546 530.252 1.253.295 1.342.228
Total Consolidado
O saldo da obrigação referente às operações com debêntures, no montante de R$ 572.825, foi
repassado para a Copel Distribuição (R$ 620.122, em 31.12.2005), da mesma forma que os
empréstimos e financiamentos que foram repassados às Subsidiárias Integrais (nota 14).
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a) Debêntures - Companhia - 3ª emissão
A emissão em série única de 40 mil debêntures constitui a terceira emissão de debêntures simples,
concluída em 09.05.2005, com subscrição integral no valor total de R$ 400.000, com prazo de vigência
de quatro anos e vencimento final em 2009, sendo a primeira amortização, de 1/3, em 1º.02.2007, a
segunda, de 1/3, em 1º.02.2008 e a terceira, de 1/3, em 1º.02.2009.
A espécie das debêntures é simples, não conversíveis em ações, escriturais e nominativas e solidária
das subsidiárias integrais da Copel. Os recursos foram destinados ao pagamento de títulos emitidos no
mercado internacional (euronotas) pela emissora, em 02.05.1997, cujo vencimento ocorreu em
02.05.2005, no valor de US$ 150.000.
A garantia dada é a movimentação da conta corrente da Copel Geração junto ao Banco do Brasil S.A.,
na qual serão depositados todos e quaisquer recursos recebidos ou creditados pela Copel Geração por
força dos contratos de comercialização de energia, atuais e futuros.
A título de remuneração sobre o valor nominal das debêntures, deduzidas as amortizações realizadas e
pagas anteriormente, incidirão juros remuneratórios correspondentes a 115% da taxa média dos
Depósitos Interfinanceiros de um dia - DIs, extragrupo, expressa na forma de percentual ao ano, base
252 dias úteis, calculadas e divulgadas diariamente pela Central de Custódia e de Liquidação Financeira
de Títulos - Cetip (à taxa DI) calculadas de forma exponencial e cumulativa pro rata temporis por dias
úteis decorridos. A remuneração correspondente aos períodos de capitalização será devida e paga
semestralmente, sendo o primeiro vencimento em 1º.08.2005 e o último em 1º.02.2009. Não haverá
repactuação das debêntures.
O contrato apresenta as cláusulas prevendo rescisão nas seguintes hipóteses:
1) decretação de falência da emissora ou de qualquer controlada, direta ou indireta, da emissora ou
pedido de concordata preventiva ou falência formulado pela emissora ou por qualquer controlada,
direta ou indireta, da emissora (ou qualquer procedimento judicial análogo que substitua ou
complemente a atual legislação sobre falências e concordatas, inclusive recuperação judicial e
extrajudicial);
2) não-pagamento de qual(is)quer valor(es) devido(s) aos debenturistas nas datas previstas;
3) decretação de intervenção na concessão ou extinção da concessão para a exploração dos serviços
de distribuição, transmissão ou geração de energia pela emissora ou pelas controladas da emissora;
4) sem prejuízo do item (2) acima, o descumprimento pela emissora ou pela Copel Geração de
qualquer obrigação não financeira estipulada ou a inveracidade de qualquer declaração prestada na
emissão ou no contrato de penhor, não remediado no prazo de dez dias úteis contados da data de
inadimplência ou da constatação da inveracidade, sendo que esse prazo de dez dias úteis não se
aplica às obrigações para as quais tenha sido estipulado prazo específico;
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5) protesto(s) legítimo(s) de título(s) contra a emissora ou qualquer controlada, direta ou indireta, da
emissora cujo valor unitário ou agregado seja igual ou superior a R$ 25.000, valor esse que deverá
ser reajustado anualmente pela variação do IGP-M, apurado e divulgado pela Fundação Getúlio
Vargas, salvo se o protesto tiver sido efetuado por erro ou má-fé de terceiros, desde que
validamente comprovado pela emissora ou pela controlada, direta ou indireta, da emissora,
conforme o caso, ou se vier a ser cancelado o prazo de trinta dias contados de sua ocorrência;
6) decisão judicial transitada em julgado ou arbitral definitiva, de natureza condenatória, contra a
emissora ou qualquer controlada, direta ou indireta, da emissora, por valor agregado que ultrapasse
R$ 40.000, valor esse que deverá ser reajustado anualmente pela variação do IGP-M, desde que a
emissora ou qualquer controlada, direta ou indireta, da emissora, não comprove o pagamento, ao
agente fiduciário, no prazo de dez dias úteis a partir do pagamento, do valor agregado, nos prazos e
termos estabelecidos em referida decisão judicial transitada em julgado ou decisão arbitral definitiva;
7) vencimento antecipado de qualquer dívida da emissora ou de qualquer controlada, direta ou indireta,
da emissora, em montante unitário ou agregado igual ou superior a R$ 25.000, valor esse que
deverá ser reajustado anualmente pela variação do IGP-M;
8) falta de pagamento pela emissora ou qualquer controlada, direta ou indireta, da emissora de
quaisquer dívidas financeiras em valor agregado igual ou superior a R$ 25.000, valor esse que
deverá ser reajustado anualmente pela variação do IGP-M;
9) falta de cumprimento por parte da emissora ou qualquer controlada, direta ou indireta, da emissora,
durante a vigência da emissão de debêntures, das leis, normas e regulamentos, inclusive
ambientais, que afetem ou possam afetar a capacidade da emissora de cumprir fiel e integralmente
com suas obrigações previstas na escritura de emissão; e
10) qualquer alteração do objeto social previsto no estatuto social da emissora que altere a atividade
social preponderante.
b) Debêntures – Copel Distribuição
Emissão de debêntures simples, concluída em 09.05.2002, com subscrição integral no valor total de
R$ 500.000, dividida em três séries (R$ 100.000, R$ 100.000 e R$ 300.000, respectivamente), com
prazo de vigência de cinco anos, vencíveis em 1º.03.2007. A primeira série foi readquirida em
27.02.2004 e a segunda série foi repactuada em março de 2005, com remuneração da taxa DI,
capitalizada de spread de 1,50% a.a., com vencimento para 1º.03.2007.
A espécie das debêntures é sem preferência (quirografária), com garantia pela fiança conjunta e solidária
das subsidiárias integrais da Copel. Não são conversíveis em ações e têm forma escritural. A destinação
dos recursos foi a quitação do Euro-Commercial Paper e aplicação no programa de investimentos das
subsidiárias integrais relativo aos exercícios de 2002 a 2004.
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Na sua emissão, a remuneração da primeira e segunda séries foi equivalente à variação da taxa DI
(calculada e divulgada pela Cetip), expressa na forma de percentual ao ano, base 252 dias, capitalizada
de spread de 1,75% ao ano. São pagas semestralmente no primeiro dia útil dos meses de março e
setembro. A terceira série tem seu valor nominal unitário remunerado a partir da data de emissão,
1º.03.2002, pela variação do IGP-M, pelo número de dias úteis, mais juros de 13,25% ao ano. Os juros
são pagos anualmente no primeiro dia útil de março, com atualização pela variação do IGP-M, em
parcela única, juntamente com o principal.
c) Debêntures – Elejor
O contrato da primeira emissão de debêntures da Elejor foi realizado com a BNDES Participações S.A. –
BNDESPAR, com interveniência da Copel Participações S.A., denominada “Acionista Garantidora” com a
Copel.
Os recursos captados apresentam as seguintes finalidades:
1) investimentos no Complexo Energético Fundão-Santa Clara, no rio Jordão, no Estado do Paraná;
2) investimentos em duas pequenas centrais hidrelétricas, PCH Santa Clara I e PCH Fundão;
3) pagamento de 50% dos valores aportados entre 1º.07.2004 e 30.09.2004, conforme contrato de
mútuo celebrado em 07.04.2004 com a Acionista Garantidora;
4) pagamento integral dos aportes de recursos realizados pela Acionista Garantidora no período de
1 .10.2004 até a data da primeira integralização das debêntures;
5) pagamento de despesas operacionais inerentes à atividade social da emissora, inclusive aquisição
de energia elétrica para suprimento de compromisso de fornecimento; e
6) financiamento dos programas sócioambientais relacionados à realização dos investimentos no
Complexo Energético Fundão-Santa Clara.
Foram emitidas 1.000 debêntures, sob forma escritural e sem emissão de cautelas ou certificados. A
emissão foi em duas séries, a primeira de 660 e a segunda de 340. As duas séries foram nominativas,
conversíveis em ações ordinárias e preferenciais da classe “C”, a critério dos debenturistas.
O valor total da emissão foi de R$ 255.626. As debêntures tiveram valor nominal unitário de R$ 256 na
data da emissão, 15.02.2005. As debêntures terão seu valor nominal atualizado segundo a variação da
TJLP.
A primeira série tem vencimento em 15.02.2015. O período de carência é de quarenta e oito meses
contados da emissão, a partir do qual a amortização dar-se-á em vinte e quatro parcelas trimestrais na
forma da escritura. A primeira amortização ocorrerá em 15.05.2009.
A segunda série tem vencimento em 15.02.2016. O período de carência é de sessenta meses, a partir do
qual a amortização dar-se-á em vinte e quatro parcelas trimestrais, na forma da escritura. A primeira
amortização ocorrerá em 15.05.2010.
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Os juros da primeira e segunda séries serão remunerados segundo a variação da TJLP, acrescido de um
spread de 4% a.a., incidente sobre o saldo devedor das séries. Os juros da primeira série serão pagos
anualmente, nos primeiros doze meses, contados da data da emissão, e trimestralmente durante todo o
restante do prazo, sendo o primeiro vencimento em 15.02.2006 e o último em 15.02.2015. Os juros da
segunda série serão pagos anualmente nos primeiros vinte e quatro meses contados a partir da data de
emissão, e trimestralmente durante todo o restante do prazo, sendo o primeiro em 15.05.2007 e o último
em 15.02.2016.
O contrato apresenta as seguintes garantias:
1) fidejussória (carta de fiança) emitida pela Copel Participações, a qual se obriga como fiadora e
principal pagadora perante os debenturistas;
2) penhor de direitos emergentes do contrato de concessão: nos termos dos instrumentos particular de
vinculação de receitas e outras avenças celebrados entre a emissora, o agente fiduciário e o banco
depositário, constituiu-se penhor, em caráter irrevogável e irretratável, com a devida autorização da
Aneel; e
3) vinculação de receitas e reserva de meios de pagamentos: por instrumento celebrado entre a
emissora, o agente fiduciário e o banco depositário, constituiu-se conta centralizadora e conta
reserva, com vigência até a final liquidação de todas as obrigações deste contrato.
Em relação às cláusulas de rescisão de contrato, além das hipóteses previstas nos artigos 39 e 40 do
Regulamento do BNDES aplicáveis a seus contratos, e se a Assembléia Geral de debenturistas, pelo
voto dos que detenham 50% + 1 (cinqüenta por cento mais uma) das debêntures em circulação assim
deliberar, o agente fiduciário poderá declarar antecipadamente vencidas todas as debêntures objeto da
emissão e exigir o pagamento, pela emissora, da dívida relativa ao saldo devedor das debêntures,
acrescido de juros e demais encargos, na ocorrência dos seguintes eventos:
1) protesto de títulos contra a emissora no valor igual ou superior a R$ 5.000, do qual resulte riscos à
solvabilidade da Elejor, sendo tal valor corrigido anualmente pelo IGPM, divulgado pela Fundação
Getúlio Vargas;
2) pedido de concordata preventiva formulada pela emissora;
3) liquidação ou decretação de falência da emissora;
4) vencimento antecipado de qualquer dívida da emissora em razão e inadimplemento contratual, cujo
montante seja igual ou superior a R$ 5.000 corrigidos anualmente pelo IGPM;
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5) a inclusão, em acordo societário ou estatuto da emissora, com exceção dos acordos já existentes e
devidamente registrados em livro, de dispositivo pelo qual seja exigido quorum especial para
deliberação ou aprovação de matérias que limitem ou cerceiem o controle da Companhia pelos
controladores, ou ainda, a inclusão naqueles documentos, de dispositivos que importe em:
i) restrições à capacidade de crescimento da Elejor ou desenvolvimento tecnológico; ii) restrições a
novos mercados: e iii) restrições ou prejuízo à capacidade de pagamento das obrigações financeiras
desta operação;
6) as declarações realizadas na Escritura, pela emissora, sejam falsas ou enganosas, ou ainda, de
forma relevante, incorretas ou incompletas; e
7) ocorrência de qualquer incorporação, fusão, cisão, transformação ou qualquer outra reorganização
societária, ou de ativos relevantes, bem como, qualquer redução do capital, ou criação de ações
resgatáveis pelas emissoras sem prévia autorização pela BNDESPAR.
Vencimento das parcelas de longo prazo:
.
31.03.2006 31.12.2005 2007 - 696.222 2008 133.320 133.320 2009 155.662 155.667 2010 41.225 41.233 2011 45.055 45.064 2012 45.055 45.064
2013 45.055 45.064 2014 42.081 42.090 2015 19.734 19.738 2016 3.065 3.063
530.252 1.226.525
Consolidado
A mutação das debêntures é a seguinte:
Exigível a Total Saldos Circulante longo prazo Consolidado
Em 31 de dezembro de 2004 156.620 457.407 614.027 Ingressos 18.116 755.626 773.742 Encargos 170.916 - 170.916 Variação monetária - 13.492 13.492 Amortizações (229.949) - (229.949)
Em 31 de dezembro de 2005 115.703 1.226.525 1.342.228 Encargos 48.350 - 48.350 Variação monetária (1.028) 4.252 3.224 Transferências 700.525 (700.525) - Amortizações (140.507) - (140.507)
Em 31 de março de 2006 723.043 530.252 1.253.295
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19 Fornecedores
.
31.03.2006 31.12.2005
Encargos de uso da rede elétricaUso da rede básica 43.698 41.765
Transporte de energia 3.076 3.102
Uso da conexão 252 252
47.026 45.119
Fornecedores de energia elétrica
Cia. de Interconexão Energética - Cien - ELP 151.095 175.452 Foz do Chopim Energética Ltda. (a) 69.751 69.244
Cia. de Interconexão Energética - Cien 63.000 63.000
Eletrobrás (Itaipu) 60.666 77.921
Furnas Centrais Elétricas S.A. 31.380 18.348
Itiquira Energética S.A. 7.614 7.037
Administracion Nac. de Eletr. - Ande (Paraguai) 4.846 4.763
Dona Francisca Energética S/A 4.182 4.182 Concessionários - CCEE (nota 39) 1.581 -
Outros concessionários 81.930 35.851
476.045 455.798
Materiais e serviços
Petróleo Brasileiro S.A. - Petrobras - aquisição de gás pela Copel Geração (b) 478.502 478.502
Cia. Paranaense de Gás - Compagas - multas contratuais (c) 338.267 283.198
Petróleo Brasileiro S.A. - Petrobras - aquisição de gás pela Compagas 18.199 16.586
Petróleo Brasileiro S.A. - Petrobras - aquisição de gás pela Compagas - ELP 268 268
Outros fornecedores 58.688 58.665
Outros fornecedores - ELP 888 889
894.812 838.108
1.417.883 1.339.025
Circulante 1.265.632 1.162.416
Exigível a Longo Prazo - ELP 152.251 176.609
Consolidado
a) Foz do Chopim Energética Ltda.
A Copel firmou contrato com a Foz do Chopim Energética Ltda. dentro do Programa de Geração
Distribuída – Progedis. Seis meses após o contrato ter sido firmado, foi efetuado Aditivo Contratual,
desconsiderando as regras do Progedis e reajustado o valor da energia em mais de 30%, antes mesmo
da usina começar a gerar energia elétrica.
A Aneel até a presente data não homologou o contrato (e por conseqüência seu aditivo), sendo que a
Companhia pagou pela energia contratada no ano de 2002.
Foi contratada assessoria jurídica pela Companhia para examinar a legalidade do contrato, sendo
concluído que não foram observadas as regras da Lei 8.666/93 e que não havia justificativa para o
aumento concedido no Aditivo.
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A Copel ingressou com ação declaratória de nulidade do contrato, estando os autos tramitando perante a
2ª Vara da Fazenda de Curitiba. Ao mesmo tempo a Copel fez pedido sucessivo, ou seja, caso não seja
declarada a nulidade do contrato, que seja declarada a nulidade do aditivo face às bases que o mesmo
foi assinado.
A Foz do Chopim Energética também ingressou com ação contra a Copel, pleiteando o recebimento da
energia objeto do contrato de compra e venda.
Os processos foram reunidos e as partes já contestaram a ação entre elas.
Aguarda-se a audiência de instrução, quando as partes devem produzir provas.
Caso o mesmo seja declarado válido e o Judiciário mencionar o valor devido, deverá ser deduzido de tal
quantia os valores devidos pela Foz do Chopim Energética, a titulo de mútuo que estão pendentes de
recebimento, bem como os relativos ao contrato de prestação de serviços.
b) Petróleo Brasileiro S.A. - Petrobras
O valor referente às obrigações com a Petrobras, R$ 478.502, em 31.03.2006 (R$ 478.502, em
31.12.2005) refere-se à provisão para pagamento da quantidade de gás garantida no contrato original
firmado entre a Copel e Compagas, onde estava previsto o pagamento, mesmo não havendo o
respectivo consumo (take or pay). O contrato também previa a recuperação do valor pago pelo período
de sete anos, vinculado ao consumo equivalente de gás. Entretanto, sua efetiva recuperação estava
atrelada ao desfecho das discussões da Companhia com os outros acionistas da UEG Araucária, como
mencionado nos itens “c”, “d” e “e” desta nota.
Conforme mencionando no item “e” desta nota, o acordo consistiu na assinatura entre as partes de um
Contrato de Transação Extrajudicial, de um Termo de Consentimento de Transferência de Quotas e de
um Protocolo de Intenções.
No Termo de Consentimento, a Petrobras declara que nada tem a opor quanto à aquisição por parte da
Copel das cotas da El Paso na UEG Araucária. Esta operação, que está sendo formalizada entre a
Copel e a El Paso, resultará no aumento da participação da Copel na UEG Araucária, mediante o
pagamento do equivalente a US$ 190.000, dos atuais 20% para 80%. A Petrobras permanece com 20%
das ações.
Pelo Protocolo de Intenções, a Petrobras envidará os melhores esforços para atendimento às
necessidades de suprimento de combustível para a operação da UEG Araucária, a partir de 2010,
podendo esse combustível ser gás natural ou energético alternativo.
O acordo com a Petrobras e o Memorando de Intenções equacionarão, de forma amigável, as
divergências existentes sobre o contrato de fornecimento de gás para a Usina Termelétrica de Araucária
e possibilitam buscar a viabilidade técnica e operacional da mesma.
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c) Companhia Paranaense de Gás - Compagas
O valor referente às obrigações com a Compagas, R$ 338.267, em 31.03.2006 (R$ 283.198, em
31.12.2005) abrange as multas contratuais sobre a compra e transporte de gás, citados no item “b”, além
da margem de remuneração devida à Compagas por conta da intermediação de compra de gás da
Petrobras.
O Contrato original, assinado em 2000, previa a venda de gás natural destinado exclusivamente ao
consumo na UEG Araucária para geração de energia elétrica, com prazo de duração de 20 anos,
contados a partir do fornecimento inicial (2002).
Em razão do litígio estabelecido com a UEG Araucária e o fato de que o contrato de compra de energia
celebrado entre a Copel e a UEG não foi homologado pela Aneel, em 25.02.2003, o Conselho de
Administração da Companhia autorizou a suspensão dos pagamentos relativos ao contrato de compra e
venda de gás natural (que seria necessário como combustível destinado ao funcionamento da usina, a
qual jamais foi colocada em operação comercial) para a Compagas que, por sua vez, suspendeu os
pagamentos para a Petrobras.
Desde 1º.06.2005, os eventos referentes ao contrato de fornecimento e transporte de gás deixaram de
ser faturados pela Compagas, em decorrência da rescisão do contrato entre a Petrobras e a Compagas
e entre a Compagas e a Copel, conforme decisão manifestada unilateralmente pela Compagas.
d) UEG Araucária Ltda.
Histórico das questões judiciais:
A UEG Araucária e a Copel são partes em procedimento arbitral perante a Câmara de Comércio
Internacional, na França, bem como em processo judicial perante a justiça estatal do Paraná, nos quais
se discute a validade e a eficácia de determinadas estipulações constantes do contrato relativo à venda
e compra de potência assegurada, celebrado em 31.05.2000, com validade por 20 anos a partir da data
de declaração de operação comercial da usina termelétrica erigida no município de Araucária, Estado do
Paraná.
Por intermédio do contrato de compra e venda de potência assegurada e da operação e manutenção da
citada usina termelétrica a gás natural, a Copel e a UEG Araucária firmaram compromisso de
exclusividade de disponibilização à Copel de toda potência inicial assegurada da Usina, no montante de
484,3 MW.
Os valores mensais pagos até dezembro de 2002 referem-se ao adiantamento do valor que se faria
devido nos termos de instrumento contratual que seria firmado pelas partes que celebraram o contrato
original, desde que referido instrumento contratual substitutivo viesse a obter a necessária homologação
regulatória. A partir de janeiro de 2003, os pagamentos foram suspensos pela nova administração em
razão da interrupção das negociações bilaterais tendentes à elaboração do instrumento contratual
substitutivo ao contrato de compra e venda de potência assegurada.
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44
A UEG Araucária citou a Companhia no “Tribunal Arbitral de Paris”, em 1°.04.2003, com o objetivo de
promover arbitragem sobre a suposta inadimplência contratual da Copel. Em 22.04.2003, a UEG
Araucária enviou à Copel comunicação em que considerava rescindido o contrato.
A Copel propôs junto à Justiça Estadual do Paraná, em 22.06.2003, ação declaratória de nulidade da
cláusula arbitral e obteve decisão liminar suspendendo o procedimento arbitral, sob pena de multa diária.
Segundo Parecer Jurídico de autoria do Instituto de Direito Civil - IDC, firmado por renomados juristas, a
Administração da Companhia é de opinião que o contrato de compra e venda de potência assegurada é
ineficaz sob o ponto de vista jurídico, visto que ele não foi jamais homologado pela Aneel.
Adicionalmente, o parecer menciona que o pagamento do valor de compra da usina, a título de multa
contratual, conforme pretendido no aditamento ao pedido de arbitragem, não pode ser considerado
devido antes do trânsito em julgado do processo em curso perante a justiça estatal brasileira. Ademais, o
valor da multa contratual em questão é bastante superior ao preço de mercado de uma usina de igual
porte e natureza, o que contraria a legislação aplicável à matéria.
A administração da Companhia, com base no parecer jurídico mencionado e no entendimento de que o
contrato firmado entre as partes é ineficaz, optou por reverter, na data base de 30.06.2003, as provisões
efetuadas relativas aos faturamentos mensais efetivados pela UEG Araucária contra a Companhia.
Em 14.08.2003, a Companhia entrou com nova ação judicial contra a UEG Araucária, denominada Ação
Cautelar de Produção Antecipada de Provas, que foi autuada sob o n.º 24.546/2003, junto à 3.ª Vara da
Fazenda Pública de Curitiba, por meio do qual a Copel pretende constituir prova a seu favor quanto à
demonstração da impossibilidade técnica de operação da usina de forma contínua, segura e
permanente. Para tanto, foi nomeado um grupo de peritos judiciais e as partes apresentaram os quesitos
e nomearam assistentes técnicos. Em maio de 2005 foi disponibilizado o laudo pericial e aguarda-se, no
momento, a finalização da tradução de documentos e a eventual apresentação de laudos
complementares/divergentes por parte dos assistentes técnicos. O laudo pericial, de 10.05.2005 e já
disponibilizado nos autos, é favorável à tese da Copel e confirma a impossibilidade técnica de operação
da usina de forma contínua, segura e permanente.
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Em 22.02.2004, ocorreu audiência preliminar junto à Câmara Arbitral - CCI, na França, oportunidade em
que, imediatamente após sua abertura, a audiência foi adiada para o dia 15.04.2004. Naquela
oportunidade, a Copel reafirmou, consignando expressamente sua posição de não-aceitação da
competência da câmara arbitral, ressaltando a existência de sentença no Brasil, que reconheceu a
ausência de validade do compromisso arbitral constante do contrato objeto de litígio, o qual daria suporte
ao procedimento arbitral iniciado na França. Em julho de 2004, houve nova audiência em Paris, em
seqüência ao procedimento arbitral, ocasião em que a Copel reiterou sua posição manifestada quanto à
ausência de competência do Tribunal Arbitral para apreciar a questão a ele unilateralmente submetida
pela UEG Araucária. Em 06.12.2004, o Tribunal Arbitral, por maioria de votos, julgou-se competente para
apreciar e julgar as matérias que lhe foram submetidas. Referido julgamento não influenciará ou alterará
as decisões do Poder Judiciário brasileiro a respeito da mesma matéria. Superada a discussão acerca
da competência do Tribunal Arbitral, teve início a fase em que se discute o mérito do litígio entre as
partes. De 23 a 27.01.2006 foram realizadas as audiências de instrução.
Em 30.05.2005, a Companhia, mesmo não reconhecendo a competência do Tribunal Arbitral para o
julgamento da demanda, apresentou pedido reconvencional, no valor de US$ 238.261, com base no
princípio da eventualidade e como forma de defesa às alegações formuladas pela UEG Araucária.
A Aneel reconheceu os problemas técnicos e operacionais que impedem a UEG Araucária de produzir
energia. Em ofício encaminhado ao presidente da Copel e à direção da UEG Araucária, a Aneel, além de
atestar as razões pelo não funcionamento do complexo, considera como “comprometida” a condição de
início da operação comercial, em 27.09.2002, data da inauguração da usina.
Os laudos enviados à Aneel atestam que a usina não tem condições de operar de forma contínua e
segura, razões apontadas pela Copel desde 2003. Confirmados pelos peritos do Scott Wilson Raymond,
da Inglaterra, e pelo Instituto Superior Técnico – IST, de Portugal, ambos renomados centros europeus
especializados em energia termelétrica, os laudos atestam todos os problemas relatados pela Copel no
laudo pericial judicial que tramita na 3.ª Vara da Fazenda Pública de Curitiba.
Em 27.03.2006, UEG Araucária e Copel comunicaram ao Tribunal Arbitral que estão presentemente
entabulando negociações para resolver o litígio. Em decorrência dessa comunicação, o Tribunal Arbitral
suspendeu a arbitragem, prorrogando a data da audiência para apresentação das alegações finais pelas
partes. O término da arbitragem, previsto para o final do primeiro semestre de 2006, também ficará
suspenso até definição acerca de eventual acordo.
Intenção de compra das ações da El Paso na UEG Araucária:
A Copel, em cumprimento ao disposto na Instrução CVM 358/2002, comunicou ao mercado a assinatura,
em 17.02.2006, de Memorando de Intenções entre a Companhia e El Paso Energy Araucária Company,
resultante da negociação referente à Usina Termelétrica de Araucária, localizada no Paraná, com 484
MW de capacidade instalada.
Os principais itens acordados nessa negociação foram:
COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL
46
1) a Copel adquire a totalidade das cotas pertencentes à El Paso na Usina Termelétrica de Araucária,
o que representa 60% do capital social, pelo equivalente a US$ 190.000 (cento e noventa milhões
de dólares);
2) esse valor será integralmente pago após a assinatura do acordo definitivo, que deverá ocorrer até
30.04.2006. O referido prazo foi prorrogado para 20/05/2006;
3) o cumprimento desse Memorando de Intenções está sujeito à aprovação da Aneel, da Assembléia
Legislativa do Estado do Paraná e dos órgãos administrativos da El Paso;
4) adicionalmente, El Paso e Copel concordam, enquanto cotistas da Usina Termelétrica de Araucária,
em promover a suspensão dos processos judiciais e do procedimento arbitral em curso perante a
Justiça Estatal e a Câmara de Comércio Internacional de Paris.
Plano Operacional da UEG Araucária:
Dentro do planejamento empresarial da Copel está inserida, no mapa estratégico da Copel Geração, a
estratégia de crescer a receita de geração. Para tanto, a Copel está se empenhando em adquirir a
participação da empresa El Paso no empreendimento UEG Araucária e pretende disponibilizar a energia
da usina, a partir de 2010, através de leilões de energia conduzidos pelo MME.
Para esse atendimento, a Copel e a Petrobras assinaram em 06 de março de 2006 um Protocolo de
Intenções no qual se destaca que a Petrobras envidará os seus melhores esforços para atendimento das
necessidades de suprimento de combustível, o qual poderá ser gás natural ou um energético alternativo.
Haverá necessidade de investimentos da UEG Araucária na usina para permitir a utilização de
energético alternativo. Doze meses é o tempo estimado necessário para efetuar as alterações na planta.
Essa iniciativa tornará mais confiável o aspecto operacional da usina.
No caso de viabilidade de fornecimento de gás natural, as condições comerciais a serem praticadas
serão definidas na ocasião da celebração de novo contrato de fornecimento e deverão refletir os novos
custos de aquisição do combustível e das tarifas incrementais de transporte. No caso de combustível
alternativo, as condições comerciais serão as praticadas para o mercado, considerando a cadeia de
suprimento.
Aguarda-se a renovação, já solicitada pela UEG Araucária junto ao Instituto Ambiental do Paraná - IAP,
da licença ambiental de operação (LO) da usina para operar com o combustível gás natural, vencida em
2004. A solicitação junto ao IAP para obter a licença ambiental para operar com combustível alternativo
será encaminhada brevemente.
COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL
47
e) Assinatura de acordo com a Petrobras
Em 07.03.2006, por meio de fato relevante divulgado ao mercado, a Copel informou que no dia anterior
havia assinado com a Petrobras, acordo visando equacionar as pendências referentes ao contrato de
gás para a Usina Termelétrica de Araucária, cujas bases haviam sido previamente comunicadas ao
mercado em fato relevante de 24.02.06. O acordo consistiu na assinatura de um Contrato de Transação
Extrajudicial pelo qual a Copel Geração S.A., tendo como devedora solidária a Copel, confessa uma
dívida de R$ 150 milhões para com a Petrobras, esta na qualidade de cessionária dos créditos da
Compagas junto à Copel Geração, a ser paga em 60 parcelas mensais, a partir de janeiro de 2010,
sendo os valores corrigidos pela Taxa Selic. No entanto, o aperfeiçoamento dessa transação e a
consolidação de seus efeitos financeiros e contábeis estavam subordinados à satisfação de duas
condições antecedentes:
1) a aprovação da Aneel da dação, pela Copel Geração, de seus recebíveis em garantia do pagamento
da dívida que confessou em favor da Petrobras, condição essa que foi satisfeita por meio do
Despacho nº 769, de 13.04.2006, publicado no D.O.U. de 17.04.2006, pelo qual a referida Agência
aprovou a constituição da referida garantia, formada por recebíveis da Copel Geração,
correspondente a 2,56% da receita líquida da concessionária; e
2) a negociação, com a Compagas, dos montantes e condições de pagamento, (i) dos valores
referentes às penalidades (multas contratuais e juros de mora) previstas no Contrato de Compra e
Venda de Gás Natural firmado pela Copel Geração S.A com a Compagas em 05.06.2002,
obrigações essas que em face da assinatura do Contrato de Transação Extra Judicial entre a
Petrobras e a Copel, que regularizou o principal do referido contrato de compra de gás, requerendo
então que sejam anuladas as penalidades previstas no contrato original; e (ii) dos valores referentes
à margem devida pela Copel Geração à Compagas sobre o faturamento das parcelas “take or pay” e
“ship or pay” do Contrato de Compra e Venda de Gás Natural, os quais não estão compreendidos na
negociação realizada com a Petrobras por meio do Contrato de Transação Extrajudicial e Confissão
de Dívida, cujo objeto restringiu-se apenas ao principal da dívida.
A negociação e quitação pela Copel Geração dos valores referidos no item “2” supra, inclusive o
reconhecimento conjunto de que as mencionadas penalidades contratuais tornaram-se nulas e de
nenhum efeito, cujas tratativas já foram iniciadas com a Compagas, deverão ser concluídas no corrente
mês de maio de 2006, e imediatamente após, porque só assim estará aperfeiçoado o Contrato de
Transação Extrajudicial firmado entre a Petrobras, a Compagas, a Copel Geração e a Copel, serão
revertidos os provisionamentos que a Copel vêm efetuando até a presente data, para fazer frente a todos
os pagamentos oriundos do Contrato de Compra e Venda de Gás Natural (principal, multas contratuais,
encargos moratórios e margem), de modo a que os conseqüentes resultados sejam refletidos
contabilmente no fechamento do mês de maio do corrente exercício.
COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL
48
f) Rio Pedrinho Energética S.A. e Consórcio Salto Natal Energética S.A.
As empresas Rio Pedrinho Energética S.A. e Consórcio Salto Natal Energética S.A. requereram a
instauração de procedimentos arbitrais perante a Câmara de Arbitragem da Fundação Getúlio Vargas,
sob os n.ºs 001 e 002/2004, por meio dos quais pleiteavam o pagamento dos valores das parcelas
vencidas, bem como a multa rescisória, relativamente aos contratos de compra e venda de energia
elétrica firmados com a Copel Distribuição. Os procedimentos arbitrais foram julgados procedentes, de
forma que a Copel Distribuição foi condenada ao pagamento dos valores pleiteados, acrescidos de
honorários advocatícios.
Ressalta-se que os contratos objeto dos procedimentos arbitrais estão sendo questionados em ação
popular, onde se pede a nulidade dos mesmos (CVCEE/COPEL-DIS/DCOD/CPR n.º 16/2002, Rio
Pedrinho e CVCEE/COPEL-DIS/DCOD/CPR n.º 17/2002, Salto Natal), sob o argumento de que estes
seriam lesivos ao patrimônio da Companhia.
Também está em trâmite ação declaratória de nulidade da cláusula arbitral desses contratos interposta
pela Companhia, atualmente sob n.º 380/2005, perante a 2.ª Vara da Fazenda Pública, Falências e
Concordatas da Comarca de Curitiba.
Em virtude das restrições impostas à Copel pela suposta inadimplência desses contratos, a Companhia
interpôs e obteve êxito na Medida Cautelar n.º 1.392/2004, cuja decisão foi confirmada por maioria pelo
Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, para não permitir qualquer tipo de constrangimento à Copel,
considerando que o contrato está sub judice em virtude da ação declaratória e da ação popular
mencionadas.
A Copel também ingressou com ação ordinária, distribuída para a 2.ª Vara da Fazenda Pública – Autos
n.º 950/2005, pela qual pleiteia a declaração de nulidade dos contratos e das sentenças arbitrais, tendo
os réus sido citados em 30.09.2005.
As empresas Rio Pedrinho Energética S.A. e Consórcio Salto Natal Energética S.A. ofereceram
contestação, tendo sido o processo encaminhado ao Ministério Público para manifestação, o qual não
emitiu qualquer pronunciamento até o encerramento destas demonstrações contábeis.
A Administração, suportada por opinião de seus assessores jurídicos, não reconheceu nenhuma
provisão, por considerar como sendo prováveis as chances de êxito quando da decisão final desses
processos.
As empresas Energética Rio Pedrinho e Consórcio Salto Natal, ingressaram com execução de título
judicial, contra a Copel Distribuição S.A., executando as sentenças arbitrais.
A Copel Distribuição foi citada e apresentou bens a penhora.
O valor total das execuções é de aproximadamente R$ 60.000.
COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL
49
A Copel irá interpor embargos à execução, através de tal medida irá colocar em discussão a validade
das sentenças arbitrais que já está sendo objeto de discussão na ação declaratório em curso (autos
950/2005).
20 Folha de Pagamento e Provisões Trabalhistas
.
31.03.2006 31.12.2005 Folha de pagamento
Folha de pagamento, líquida 32.617 32.615 Tributos e contribuições sociais 15.994 15.344 Consignações a favor de terceiros 31 2
48.642 47.961 Provisões trabalhistas
Férias e 13º salário 45.289 45.522 Encargos sociais sobre férias e 13º salário 15.551 14.843
60.840 60.365
109.482 108.326
Consolidado
21 Benefício Pós-Emprego
As subsidiárias da Companhia, através da Fundação Copel, da qual são patrocinadoras, mantêm planos
de complementação de aposentadoria e pensão (Plano Previdenciário) e de assistência médico-
odontológica (Plano Assistencial) para seus empregados e dependentes legais ativos e pós-emprego. As
contribuições aos planos são efetuadas por ambas as partes, patrocinadoras e beneficiários, com base
em cálculos atuariais elaborados por atuários independentes, seguindo as normas vigentes aplicáveis às
entidades fechadas de previdência complementar, a fim de prover fundos suficientes para cobrir as
obrigações futuras com os benefícios a conceder.
Em 1998, houve implantação e migração do plano previdenciário (Plano Previdenciário III). Em
conseqüência, essa mudança de plano gerou um saldo de dívida, que, atualizado até então, foi
transferido para as subsidiárias integrais, por ocasião de sua criação, em 2001. O montante foi
financiado em 210 prestações mensais, indexadas pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor -
INPC e juros de 6% a.a., com vencimento a partir de 1º.08.2001. Como garantia desses contratos, as
patrocinadoras autorizaram a Fundação Copel a bloquear saldos em contas correntes bancárias de sua
propriedade, ficando a Companhia como garantidora solidária em caso de qualquer déficit decorrente da
concessão de benefícios.
A Companhia adota as práticas contábeis instituídas pela Deliberação CVM n.º 371, de 13.12.2000, para
registrar os custos com os planos previdenciário e assistencial, bem como os encargos sobre a dívida
assumida com o Plano III (nota 30).
COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL
50
Plano Plano Total previdenciário assistencial Consolidado
Total estimado 2006Custo do serviço corrente 6.774 7.182 13.956 Custo estimado dos juros 369.279 52.728 422.007 Rendimento esperado do ativo do plano (320.618) (9.161) (329.779) Contribuições estimadas dos empregados (28.667) - (28.667) Amortização de ganhos e perdas 24.434 - 24.434
51.202 50.749 101.951
22 Taxas Regulamentares
.
31.03.2006 31.12.2005 Conta de consumo de combustível - CCC 25.852 1.051 Conta de desenvolvimento energético - CDE 13.689 10.934 Compensação financeira - recursos hídricos 8.927 12.382 Reserva global de reversão - RGR 5.282 5.390 Encargos de capacidade emergencial 3.420 10.021 Taxa de fiscalização - Aneel 1.264 1.117 RGR - diferenças a partir de 2004 979 - Outras taxas a pagar 16 385
59.429 41.280
Consolidado
23 Outras Contas a Pagar
.
31.03.2006 31.12.2005 Taxa de iluminação pública arrecadada 15.558 14.951 Devolução - antecipação universalização obras 489 1.586 Devolução de faturas 425 428 Saldo transferência de crédito de ICMS 171 886 Consumidores - outros 2.878 2.007 Programas de pesquisa e desenvolvimento e eficiência energética (a) 89.975 72.887 Encargo da concessão - outorga Aneel 9.319 5.746 Empréstimo compulsório - Eletrobrás 2.468 3.225 Cauções em garantia 450 508 Entidades seguradoras - prêmios a pagar 13 1.837 Outras obrigações 3.076 3.327
124.822 107.388
Consolidado
a) Programas de pesquisa e desenvolvimento - P&D e eficiência energética - PEE
A Resolução Normativa Aneel nº 176, de 28.11.2005 estabeleceu critérios para aplicação de recursos
em Programa de Eficiência Energética – PEE pelas concessionárias ou permissionárias do serviço
público de distribuição de energia elétrica, de acordo com o regulamento estabelecido por aquela
Agência Reguladora. Na mesma Resolução, foi aprovado o Manual do Programa de Eficiência
Energética - PEE.
COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL
51
Esse Manual define regras para a contabilização dos custos do PEE, estabelecendo como competência,
para efeito do registro contábil do passivo e resultado, o mesmo mês de faturamento da receita cobrada
dos consumidores de energia e que, sobre o saldo do passivo incidirão juros a partir do mês
subseqüente ao faturamento, até o mês da efetiva aplicação dos recursos, calculados diariamente com
base na taxa Selic.
24 Provisões para Contingências
A Companhia responde por diversos processos judiciais de natureza trabalhista, tributária e cível,
perante diferentes tribunais e instâncias. A Administração da Companhia, fundamentada na opinião de
seus assessores legais, mantém provisão para contingências sobre as causas cuja probabilidade de
perda é considerada provável.
Os saldos de Depósitos Judiciais e Provisões para Contingências da Companhia são os seguintes:
Depósitos judiciais (Ativo - RLP) Provisões (Passivo - ELP)
31.03.2006 31.12.2005 31.03.2006 31.12.2005 Cíveis:
Cíveis e vara da fazenda - - 28 28 - - 28 28
Fiscais:Cofins (a) - - 197.549 197.549 Pasep 14.118 14.046 14.336 14.263 INSS (b) 48.014 48.014 - - INSS - Refis (c) - - 108.511 107.482 Tributos federais - - 7.209 7.209 Desapropriações - - - -
62.132 62.060 327.605 326.503
62.132 62.060 327.633 326.531
Companhia Companhia
COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL
52
Os saldos consolidados são os seguintes:
Depósitos judiciais (Ativo - RLP) Provisões (Passivo - ELP)
31.03.2006 31.12.2005 31.03.2006 31.12.2005
Trabalhistas 67.150 62.693 82.646 82.667
Cíveis:
Consumidores 1.652 1.648 20.068 20.205
Servidões de passagem 6.873 6.852 13.384 13.384
Cíveis e vara da fazenda 10.970 10.946 32.021 32.059
19.495 19.446 65.473 65.648
Fiscais:
Cofins (a) - - 197.550 197.549 Pasep 14.118 14.046 14.336 14.263
INSS (b) 48.014 48.014 25.625 25.625
INSS - Refis (c) - - 72.053 71.023
Tributos federais - - 30.741 30.741
Desapropriações - - 7.776 7.776
62.132 62.060 348.081 346.977
.
Outros depósitos judiciais 998 984 - -
149.775 145.183 496.200 495.292
Consolidado Consolidado
a) Cofins
Em 18.08.1998, o Tribunal Regional Federal da 4.º Região proferiu acórdão reconhecendo a imunidade
da Copel em relação à Cofins sobre as operações com energia elétrica. Em 10.08.2000, a União interpôs
ação rescisória para desconstituir o referido acórdão e em 21.11.2000 a Companhia foi citada, abrindo-
se, assim, a discussão quanto à questão da perda do direito da União de interpor a ação rescisória.
Em 14.12.2000, o processo foi concluso para o relator, com contestação apresentada pela Copel em
08.12.2000, embasada em pareceres conclusivos de renomados juristas, contratados pela Copel, sobre
a improcedência da ação rescisória interposta. Conservadoramente, a Administração decidiu manter,
para contingência, somente a provisão do valor principal em discussão, especificamente no que tange
aos valores não recolhidos no período de setembro de 1998 a junho de 2001, sem os respectivos juros
de mora e multa. O valor ora provisionado não inclui, por conseqüência, os valores exigidos pela
Secretaria da Receita Federal mediante auto de infração em relação ao período de janeiro a dezembro
de 1997, no valor atualizado de R$ 112.982, uma vez que os assessores jurídicos consideram que o
lançamento foi efetuado sem permissão legal.
Em agosto de 2003, a ação rescisória foi julgada procedente, ou seja, de forma desfavorável à Copel,
por maioria de votos. A Copel interpôs embargos de declaração, tendo sido tal recurso parcialmente
acolhido.
COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL
53
Em junho de 2004, a Copel interpôs embargos infringentes (uma vez que obteve voto favorável à Copel
em relação à decadência, ou seja, perda do direito da União pretender desconstituir o acórdão que
reconheceu a imunidade), cujo julgamento foi designado para 02.12.2004. Iniciado o julgamento dos
embargos infringentes na data marcada e realizadas as sustentações orais pelos representantes das
partes (Copel e União), o TRF anunciou o seu adiamento.
Em 02.06.2005, o TRF prosseguiu com o julgamento e, em 1.ª seção, por maioria, acolheu a tese de
decadência para a propositura da ação rescisória em favor da Copel, e em 03.08.2005 foi publicado o
acórdão.
A União protocolou Recursos Especial em 19.09.2005 e a Copel apresentou suas contra-razões ao
recurso. Após o exame de admissibilidade, o recurso interposto foi admitido pelo TRF da 4ª Região,
diante do que foram opostos embargos de declaração pela Copel, com o intuito de rever a decisão que
admitiu o recurso.
Essa provisão não foi incluída no Refis pelo fato de a Companhia, baseada em opiniões de diversos
juristas, considerar a chance de êxito como provável, quando da decisão dos referidos processos
judiciais.
b) INSS
Os depósitos judiciais de INSS, além daqueles relativos a recolhimentos de terceiros provisionados,
incluem outros processos da Companhia sendo contestados e suportados por depósitos recursais.
c) Programa de recuperação fiscal – Refis
Em 2000, a Companhia incluiu no Programa de Recuperação Fiscal – Refis, instituído pela Lei n.º 9.964,
de 10.04.2000, uma dívida total de R$ 89.766, proveniente de obrigações fiscais junto ao INSS, tendo
liquidado R$ 45.766 referentes aos juros, com créditos decorrentes de prejuízos fiscais do imposto de
renda e bases negativas da contribuição social adquiridos de terceiros. Considerando que a Secretaria
da Receita Federal não concluiu a análise do processo de transferência dos créditos citados, a
Companhia, em setembro de 2003, constituiu provisão que, atualizada até 31.03.2006, resulta em valor
líquido de R$ 72.053.
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54
25 Capital Social
O capital social integralizado, em 31.03.2006, monta a R$ 3.480.000 e sua composição por ações (sem
valor nominal) e principais acionistas é a seguinte:
Número de ações em milharesAcionistas Preferenciais "A" Preferenciais "B" Total
% % % % Estado do Paraná 85.028.464 58,6 - - - - 85.028.464 31,1 Paraná Investimentos S.A. 134 - - - 13.639 - 13.773 - Eletrobrás 1.530.775 1,1 - - - - 1.530.775 0,6 BNDESPAR 38.298.775 26,4 - - 27.282.007 21,3 65.580.782 24,0 Custódias em bolsa (Brasil) 16.061.450 11,1 120.404 29,9 70.973.566 55,4 87.155.420 31,8 Custódias em bolsa (ADS's) 3.507.455 2,4 - - 29.812.803 23,2 33.320.258 12,2 Prefeituras 184.295 0,1 14.716 3,6 - - 199.011 0,1 Outros acionistas 419.733 0,3 268.235 66,5 138.925 0,1 826.893 0,2
145.031.081 100,0 403.355 100,0 128.220.940 100,0 273.655.376 100,0
Ordinárias
Nas Assembléias Gerais, cada ação ordinária dá direito a um voto.
As ações preferenciais classe “A” não possuem direito a voto, porém detêm prioridade no reembolso do
capital e direito ao recebimento de dividendos de 10% ao ano, não cumulativos, calculados sobre o
capital representado pelas ações dessa classe.
As ações preferenciais classe “B” não possuem direito a voto, mas terão prioridade na distribuição de
dividendos mínimos, calculados com base em 25% do lucro líquido ajustado, de acordo com a legislação
societária e o Estatuto da Companhia. Os dividendos assegurados à classe “B” serão prioritários apenas
em relação às ações ordinárias e somente serão pagos à conta dos lucros remanescentes depois de
pagos os dividendos prioritários das ações preferenciais classe “A”.
De acordo com o artigo 17 e seus parágrafos, da Lei n.º 6.404/1976, os dividendos atribuídos às ações
preferenciais são, no mínimo, 10% maiores do que os atribuídos às ações ordinárias.
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55
26 Receita Operacional
.
31.03.2006 31.03.2005
Fornecimento de energia elétrica
Residencial 495.912 447.518
Industrial 408.338 357.303
Comercial, serviços e outras atividades 304.707 261.443
Rural 68.713 62.229
Poder público 41.226 35.614
Iluminação pública 36.468 34.203
Serviço público 32.248 28.071
1.387.612 1.226.381
Suprimento de energia elétrica
Contratos iniciais 13.662 9.279
Leilão - CCEAR 153.535 108.691
Contratos bilaterais 109.452 105.239
Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE 5.038 4.441
281.687 227.650
Disponibilidade da rede elétrica
Rede elétrica - tarifa de uso do sistema de distribuição (TUSD) 33.512 30.928 Rede básica - tarifa de uso do sistema de transmissão (TUST) 35.667 33.223
Rede de conexão 45 41
69.224 64.192
Receita de telecomunicações
Serviço de comunicações de dados e de telecomunicações 13.873 12.478
13.873 12.478
Distribuição de gás canalizado
Venda de gás natural 49.952 40.360
49.952 40.360
Outras receitas operacionais
Renda da prestação de serviços 2.971 2.854
Arrendamentos e aluguéis 8.175 12.531
Subvenção - CCC - 3.365
Serviço taxado 1.711 1.869
Outras receitas 420 172
13.277 20.791
1.815.625 1.591.852
Consolidado
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56
27 Deduções da Receita Operacional
.
31.03.2006 31.03.2005
Tributos sobre a receita
Cofins 105.305 64.600
Pasep 23.557 13.944
ICMS 356.766 319.509
ISSQN 383 302 486.011 398.355
Encargos do consumidor
Quota para reserva global de reversão - RGR 15.100 19.329
Encargos de capacidade emergencial 909 24.841
16.009 44.170
502.020 442.525
Consolidado
28 Energia Elétrica Comprada para Revenda
.
31.03.2006 31.03.2005
Eletrobrás (Itaipu) 93.771 131.987
Cia. de Interconexão Energética - Cien 75.240 79.909
Furnas Centrais Elétricas S.A. - leilão 66.625 44.321
Companhia Hidro Elétrica do São Francisco - leilão 38.748 31.204
Outras concessionárias - leilão 26.776 22.509 Itiquira Energética S.A. 21.008 17.889
Companhia Energética de São Paulo - leilão 22.259 11.746
Dona Francisca Energética S.A. 12.146 12.778
Câmara de Comercialização de Energia - CCEE 4.699 1.128
Energia elétrica comprada para revenda - CVA passiva (12.425) -
Outras concessionárias 10.708 6.346
359.555 359.817
Consolidado
29 Pessoal
.
31.03.2006 31.03.2005 31.03.2006 31.03.2005
Remunerações 953 742 94.482 100.843
Encargos sociais 247 161 33.948 36.081 Auxílio alimentação e educação - - 10.511 8.455
Indenizações trabalhistas - - 1.583 272
(-) Transferências p/ imobilizado em curso - - (10.011) (9.132)
1.200 903 130.513 136.519
Companhia Consolidado
COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL
57
30 Planos Previdenciário e Assistencial
Plano Plano
assistencial
31.03.2006 31.03.2005
Cálculo atuarial 12.801 12.687 25.488 19.430 Complemento de benefícios a empregados ativos 26 5.991 6.017 4.788
12.827 18.678 31.505 24.218
Consolidado previdenciário
31 Material
.
31.03.2006 31.03.2005
Material para o sistema elétrico 5.914 4.702
Combustíveis e peças para veículos 5.403 4.644
Material de construção civil 793 567
Material para cantina 783 770
Material de expediente 592 603
Material de segurança 380 393
Ferramental 332 278 Material de informática 313 295
Material para hotéis e hospedarias 278 317
Lubrificantes para veículos e equip. automotivos 172 148
Conservação e limpeza 154 198
Vestuário e uniforme 125 205
Telecomunicações 34 57
Outros materiais 805 398
16.078 13.575
Consolidado
32 Matéria-prima e Insumos para Produção de Energia
.
.
31.03.2006 31.03.2005
Combustíveis para produção de energia elétrica 6.049 3.366 Gás natural para produção de energia elétrica 39 -
Outros insumos 58 58
6.146 3.424
Consolidado
33 Gás Natural e Insumos para Operação de Gás
.
.
31.03.2006 31.03.2005
Gás natural comprado para revenda 23.611 85.624 Outros insumos 70 17
23.681 85.641
Consolidado
O gás adquirido destina-se à comercialização pela Compagas.
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58
34 Serviços de Terceiros
.
31.03.2006 31.03.2005 31.03.2006 31.03.2005
Consultoria técnica, científica e administrativa 1.075 13 6.241 4.680
Manutenção do sistema elétrico - - 4.756 4.654
Postais e telegráficos - serviços - - 4.457 3.787
Agentes autorizados e credenciados - - 4.382 3.205
Processamento e transmissão de dados - - 3.213 3.262
Telefone - - 3.112 1.947
Serviços de apoio administrativo - 48 2.846 2.912
Serviços de manutenção civil - - 2.167 983
Vigilância - - 2.142 1.398
Viagens 39 91 2.103 1.458
Leitura e entrega de faturas - - 1.944 1.860
Atendimento a consumidores - - 1.646 1.743
Instalações - serviços em área verde - - 1.071 748
Veículos - manutenção e conservação - - 894 694 Treinamentos - 96 874 441
Limpeza de faixa de servidão - - 841 286
Telecomunicações - manutenção do sistema - - 734 608
Auditoria 622 486 731 634
Telefonista - pessoa Jurídica - - 641 626
Transformadores - - 612 -
Administração de agências franqueadas - - 603 770
Fretes e carretos - - 507 499
Comunicação - - 470 192
Postinho de luz - empreiteiros - - 446 633
Reprografias 2 3 298 363
Despesas jurídicas 8 28 285 451
Outros serviços 36 60 3.081 3.089
1.782 825 51.097 41.923
Companhia Consolidado
A variação verificada em Consultoria técnica, científica e administrativa, na Companhia, é decorrente de
gastos com consultoria jurídica relacionada à questão com a UEG Araucária.
35 Taxas Regulamentares
.
31.03.2006 31.03.2005
Conta de consumo de combustível - CCC 75.941 57.488 Compensação financeira pela utilização de recursos hídricos 13.466 18.029 Taxa de fiscalização - Aneel 3.670 2.635
Conta de desenvolvimento energético - CDE 44.105 37.028
Outras 134 44
137.316 115.224
Consolidado
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59
36 Outras Despesas Operacionais
.
Companhia Consolidado
31.03.2006 31.03.2005 31.03.2006 31.03.2005
Programas de P&D(1), PEE(2), PDTI(3) e FNDCT(4) - - 22.627 2.266
Arrendamentos e aluguéis 26 22 5.048 3.856
Seguros 1 1 2.227 1.128
Doações, contribuições e subvenções - - 215 15
Prov. p/ cred. liq.duv. - consumidores e revend. (nota 5) - - 2.905 24.653
Prov. (rev.) p/ cred. liq.duv. - serv. terc./ outros cred. - - 291 (1)
Anúncios - campanhas especiais 1.004 747 2.836 895
Consumo próprio de energia elétrica - - 1.504 887 Indenizações - - 555 561
Encargo da concessão - outorga Aneel - - 3.572 -
Recup. de combustíveis para prod. energia elétrica - - (6.049) -
Recuperação de despesas - (182) (7.081) (7.750)
Despesas gerais 287 - 1.993 1.638
1.318 588 30.643 28.148 (1) Programa de pesquisa e desenvolvimento (3) Programa de desenvolvimento tecnológico e industrial(2) Programa de eficiência energética (4) Fundo nacional de desenvolvimento científico e tecnológico
As despesas com Programas de P&D e PEE do exercício de 2005 somente foram reconhecidas em
dezembro, no montante de R$ 29.681. Deste total, o valor de R$ 6.941 corresponde ao primeiro trimestre
de 2005, o qual não foi registrado nas informações trimestrais de 31.03.2005.
COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL
60
37 Resultado Financeiro
.
31.03.2006 31.03.2005 31.03.2006 31.03.2005
Receitas financeiras
Renda de aplicações financeiras 156 364 42.049 17.605
Juros e comissões 457 681 23.283 31.721
Acréscimos moratórios sobre faturas de energia - - 27.305 11.241
Remuneração selic - CVA - - 11.613 7.591
Juros s/ direito de ressarcimento de geradores - - 2.234 -
Variações monetárias - - 2.967 21.022
Juros sobre impostos a compensar 794 120 918 3.753
Outras receitas financeiras - 7 4.939 1.844
1.407 1.172 115.308 94.777
(-) Despesas financeirasEncargos de dívidas 21.414 - 56.169 43.641
Multas contratuais - Compagas - - 55.069 35.886
CPMF e IOF 1.035 439 9.060 7.150
Remuneração selic - CVA - - 3.713 -
Multas moratórias - fiscais - 381 2.669 5.268
Multas sancionatórias e outras 414 - 1.246 67
Juros sobre parcelamento de tributos 1.030 1.124 1.030 1.123
Variações monetárias e cambiais 1.321 - (10.451) 6.982
Encargos de operações com derivativos (nota 41) - - - 12.353
Outras despesas financeiras 1.443 58 4.140 2.143
26.657 2.002 122.645 114.613
(25.250) (830) (7.337) (19.836)
Companhia Consolidado
38 Resultado de Participações Societárias
31.03.2006 31.03.2005 31.03.2006 31.03.2005
Equivalência patrimonial
Copel Geração S.A. 72.247 2.987 - -
Copel Transmissão S.A. 33.233 30.116 - -
Copel Distribuição S.A. 73.240 31.485 - -
Copel Telecomunicações S.A. 1.160 732 - -
Copel Participações S.A. 11.538 16.132 - -
Coligadas (a) - - 3.224 5.503
(-) Cofins/Pasep s/ juros s/ capital próprio - - - -
. 191.418 81.452 3.224 5.503
Dividendos 3 1 3 1
Amortização de ágio
Sercomtel S.A. Telecomunicações - - (1.057) (1.057)
Sercomtel Celular S.A. - - (145) (145)
Elejor - Centrais Elétricas do Rio Jordão S.A. - - (95) -
- - (1.297) (1.202)
191.421 81.453 1.930 4.302
Companhia Consolidado
COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL
61
a) Equivalência patrimonial – coligadas
Lucro líquido / (prejuízo) Partic.. Investida Copel Equivalência patrimonial
31.03.2006 31.03.2005 (%) 31.03.2006 31.03.2005 Sercomtel S.A. - Telecomunicações 725 1.859 45,00 326 837
Sercomtel Celular S.A. (415) 230 45,00 (186) 103 Dominó Holdings S.A. 20.665 21.590 15,00 3.100 3.171 Escoelectric Ltda. - (1.494) 40,00 - (222) Copel Amec S/C Ltda. 23 70 48,00 11 34
Dona Francisca Energética S.A. 3.227 1.376 23,03 - - Carbocampel S.A. (10) (8) 49,00 (5) (4) Braspower International Engineering S/C Ltda. (26) (49) 49,00 - - Centrais Eólicas do Paraná Ltda. 123 198 30,00 37 60 Foz do Chopim Energética Ltda. (164) 4.259 35,77 (59) 1.524
UEG Araucária Ltda. (13.980) (14.878) 20,00 - -
3.224 5.503
Consolidado
A Companhia vem contabilizando o resultado da avaliação dos investimentos pela equivalência
patrimonial, limitada ao valor de sua participação no investimento.
A Companhia, com base em demonstrações financeiras “pro-forma” da coligada Sercomtel S.A.
Telecomunicações de 31.12.2005, as quais refletem exceções incluídas nos relatórios dos auditores
sobre a referida coligada, reconheceu a correspondente perda na equivalência patrimonial no valor de
R$ 8.103, sendo mantido o mesmo valor para o 1º trimestre de 2006. Tal valor refere-se à equivalência
por parte da Copel em razão de investimentos efetuados pela Sercomtel em participação em outras
companhias, as quais apresentaram provisão para passivo a descoberto.
39 Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE
O MAE foi extinto e suas atividades, ativos e passivos foram, em 12.11.2004, absorvidos pela Câmara
de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE.
A CCEE foi constituída sob forma de pessoa jurídica de direito privado sob a regulação e fiscalização da
Aneel.
Os dados de comercialização de energia elétrica da Copel Distribuição, considerados na contabilização
do MAE, atualmente CCEE, não foram reconhecidos pela Companhia como efetivos e definitivos para os
exercícios de 2000, 2001 e primeiro trimestre de 2002. Esses dados foram calculados através de
critérios e valores que levaram em conta decisões da Agência Reguladora contidas no Despacho Aneel
n.º 288/2002 e na Resolução Aneel n.º 395/2002, sendo objeto de contestação, e tendo a Companhia já
encaminhado, pelas vias administrativas e judiciais, providências contra aquelas decisões.
COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL
62
Em 16.07.2002, a Companhia e a Copel Distribuição ajuizaram ação ordinária requerendo a concessão
de tutela antecipada com o objetivo de suspender: a) os efeitos do Despacho Aneel n.° 288/2002,
determinando à Aneel que se abstenha de adotar qualquer medida que importe na modificação dos
números constantes da contabilização dos exercícios de 2000, 2001 e primeiro trimestre de 2002,
realizada pelo MAE em 13.03.2002 ou, caso já tenha sido efetuada outra contabilização, que suste os
seus efeitos; e b) os efeitos do artigo 1°, § 1°, da Resolução Aneel n.° 395/2002.
No mérito, requerem: a) que seja declarada a inaplicabilidade do Despacho Aneel n.° 288, bem como, na
hipótese de já ter ocorrido nova contabilização, que a mesma seja declarada nula; b) a condenação da
Aneel, para que se abstenha de adotar qualquer medida que importe na modificação dos números
constantes da contabilização dos exercícios de 2000, 2001 e primeiro trimestre de 2002, realizada pelo
MAE em 13.03.2002; c) que seja declarado que o artigo 1°, § 1°, da Resolução Aneel n.° 395/2002 não
se aplica às sociedades; e, d) a condenação da Aneel ao pagamento de indenização pelos prejuízos
causados, a serem apurados em liquidação de sentença.
Em 07.08.2002 foi proferida decisão indeferindo o pedido de antecipação de tutela, de forma que, em
13.08.2002, as sociedades interpuseram agravo de instrumento com pedido de efeito suspensivo contra
a decisão que indeferiu o pedido de antecipação de tutela.
Em 27.08.2002, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região proferiu decisão deferindo o pedido de efeito
suspensivo para sustar a liquidação da contabilização determinada pelo Despacho n.º 288 e Resolução
n.º 395 da Aneel.
Em 09.09.2002, a Aneel apresentou petição requerendo que fosse reconsiderada a decisão que deferiu
o pedido de efeito suspensivo, o que lhe foi negada. Em 02.11.2002, a Copel protocolou uma petição
perante o Superior Tribunal de Justiça juntando cópia da decisão em questão. Em 29.08.2003, os autos
foram remetidos à conclusão, posição que permanece inalterada até o encerramento destas
demonstrações trimestrais.
O pleito da Companhia está embasado substancialmente no fato de o Despacho e a Resolução
mencionados acima terem produzido alterações retroativas à data da ocorrência das operações,
especificamente quanto à comercialização parcial da quota parte de Itaipu nos submercados sul e
sudeste para atender contratos bilaterais de energia livre, durante o período de racionamento em 2001,
quando havia discrepância significativa de preço da energia de curto prazo entre os mercados. O
montante estimado em 31.03.2006, relativo às diferenças de cálculo, é de aproximadamente R$ 630.000,
não reconhecido pela Companhia no passivo de energia a pagar.
A Administração, suportada por opinião de seus assessores jurídicos, considera como possíveis as
chances de êxito quando da decisão final desses processos judiciais.
COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL
63
Os saldos relativos às transações realizadas pela Companhia são os seguintes:
Copel Copel Elejor Geração Distribuição
31.03.2006 31.12.2005 Ativo circulante (nota 4)
Até dezembro de 2005 107 - - 107 11.018
De janeiro a março de 2006 520 4.354 - 4.874 -
627 4.354 - 4.981 11.018 Passivo circulante (nota 19)
De janeiro a março de 2006 1.172 - 409 1.581 -
1.172 - 409 1.581 -
Consolidado
A movimentação dos valores de energia de curto prazo (CCEE) no primeiro trimestre de 2006 está
apresentada como segue:
Valores Valores a liquidar Liquidação Apropriação a liquidar
31.12.2005 31.03.2006Ativo circulante (nota 4)
Até dezembro de 2005 11.018 (10.188) (723) 107
De janeiro a março de 2006 - (1.869) 6.743 4.874
11.018 (12.057) 6.020 4.981 (-) Passivo circulante (nota 19)
De janeiro a março de 2006 - (1.141) 2.722 1.581
- (1.141) 2.722 1.581
Total líquido 11.018 (10.916) 3.298 3.400
Os valores da energia no longo prazo podem estar sujeitos a modificação dependendo de decisão dos
processos judiciais em andamento, movidos por algumas empresas do setor, além da própria Copel,
relativos à interpretação das regras do mercado em vigor. Essas empresas, não incluídas na área do
racionamento, obtiveram liminar que torna sem efeito o Despacho n.º 288 da Aneel, de 16.05.2002, que
teve como objetivo o esclarecimento às empresas do setor sobre o tratamento e a forma de aplicação de
determinadas regras de contabilização do MAE, incluídas no Acordo Geral do Setor Elétrico.
COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL
64
40 Reconciliação da Provisão para Imposto de Renda e Contribuição
Social
A reconciliação da provisão para o imposto de renda (IRPJ) e da contribuição social (CSLL), calculada
pela alíquota fiscal, com os valores constantes da demonstração do resultado é a seguinte:
.
31.03.2006 31.03.2005 31.03.2006 31.03.2005
Lucro (prejuízo) antes do IRPJ e CSLL 160.124 78.034 269.539 126.363 IRPJ e CSLL (34%) (54.442) (26.531) (91.643) (42.963)
Efeitos fiscais sobre:Equivalência patrimonial 65.082 27.694 - - Outros (110) (1.535) (3.342) (181)
Efeitos fiscais sobre:
IRPJ e CSLL (34%) 10.530 (372) (94.985) (43.144)
Companhia Consolidado
41 Instrumentos Financeiros
A administração da Companhia, por meio de uma política de derivativos realizou operação de hedge de
moeda com o objetivo de se proteger dos efeitos de variações das taxas de câmbio sobre a exposição
de passivos indexados ao dólar norte-americano.
O valor contábil desse instrumento financeiro foi liquidado em 29.04.2005, tendo sido atualizado de
acordo com as taxas pactuadas contratualmente, estando a perda realizada decorrente do resultado
negativo dessas operações, no montante de R$ 166.582, registrada no resultado financeiro, (R$ 41.952
no exercício de 2005, dos quais R$ 12.353 referem-se ao primeiro trimestre de 2005; R$ 90.906 no
exercício de 2004; e R$ 33.724 no exercício de 2003).
42 Transações com Partes Relacionadas
A Copel efetuou uma variedade de transações com partes relacionadas não consolidadas, incluindo a
venda de energia elétrica para consumo, cujas tarifas aplicadas são aquelas aprovadas pela Aneel, não
sendo os valores faturados considerados relevantes para fins de divulgação. Todas as outras transações
são efetuadas em similaridade com o praticado pelo mercado.
COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL
65
Os principais saldos das transações com partes relacionadas no balanço patrimonial são:
.Parte relacionada Natureza da operação
31.03.2006 31.12.2005Ativo circulante .
Braspower I. Engineering S/C Ltda. Cessão de empregados 992 992 Governo do Estado do Paraná Cessão de empregados 1.076 1.076 Governo do Estado do Paraná CRC (nota 8) 32.337 31.803 .
Ativo realizável a longo prazo .Foz do Chopim Energética Ltda. Contrato de Mútuo (nota 14) 35.722 35.357 Governo do Estado do Paraná CRC (nota 8) 1.144.591 1.150.464 .
Passivo circulante .
BNDES Financ. obra desvio do Rio Jordão (nota 17) - 2.737 BNDES Financ. de máqs. equips., obras, instalações
e serviços (nota 17) 6.366 6.376 Centrais Eólicas do Paraná Ltda. Compra de energia elétrica 2.938 2.651 Dona Francisca Energética S.A. Compra de energia elétrica (nota 19) 4.182 4.182 Dutopar Participações Ltda. Reemb. de salários de empregados cedidos 228 76
Eletrobrás Financiamentos (nota 17) 46.163 52.248 Eletrobrás (Itaipu) Compra de energia elétrica (nota 19) 60.666 77.921 Foz do Chopim Energética Ltda. Compra de energia elétrica (nota19) 69.751 69.244 Petróleo Brasileiro S.A. - Petrobras Aquisição de gás para revenda (nota 19) 18.199 16.586 Petróleo Brasileiro S.A. - Petrobras Reemb. de salários de empregados cedidos 29 29 .
Passivo exigível a longo prazo .BNDES Financ. de máqs. equips., obras, instalações
e serviços (nota 17) 30.292 31.939 Eletrobrás Financiamentos (nota 17) 301.836 313.004
Eletrobrás Atualiz. ações da Elejor a serem recompradas da Eletrobrás (nota 17) 36.874 33.377
Petróleo Brasileiro S.A. - Petrobras Aquisição de gás para revenda (nota 19) 268 268 .
Consolidado
COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL
66
Os principais saldos das transações com partes relacionadas na demonstração de resultado são:
.
Parte relacionada Natureza da operação
31.03.2006 31.03.2005
Energia elétrica comprada p/ revenda
Centrais Eólicas do Paraná Ltda. Compra de energia elétrica 186 202 Dona Francisca Energética S.A. Compra de energia elétrica (nota 28) 12.146 12.778 Eletrobrás (Itaipu) Compra de energia elétrica (nota 28) 93.771 131.987
Foz do Chopim Energética Ltda. Compra de energia elétrica (nota 28) - 5.601 . .
Pessoal
Dutopar Participações Ltda. Reemb. de salários de empregados cedidos 79 46 Petróleo Brasileiro S.A. - Petrobras Reemb. de salários de empregados cedidos 80 76 . .
Gás natural e insumos p/ oper. Gás
Petróleo Brasileiro S.A. - Petrobras Gás natural comprado p/ revenda (nota 33) 23.611 85.624 . .
Outras despesas operacionais
Braspower I.Engineering S/C Ltda. Recup. desp. cessão de empregados - (104) Governo do Estado do Paraná Recup. desp. cessão de empregados (49) (120) . .
Receitas financeiras
Foz do Chopim Energética Ltda. Receita s/ contrato de mútuo 457 642 Governo do Estado do Paraná Receita s/ CRC 21.461 39.466 . .
Despesas financeiras
BNDES Desp. s/ financ. obra de desvio do Rio Jordão - 176
BNDES Desp. s/ financ. máqs. equips., obras, instal. e serviços 826 1.375
Centrais Eólicas do Paraná Ltda. Multa s/ contrato de compra de energia 50 67 Foz do Chopim Energética Ltda. Multa s/ contrato de compra de energia 508 818 Eletrobrás Desp. s/ financiamentos 7.770 9.290 .
Consolidado
Os saldos decorrentes de transações entre a Companhia e suas subsidiárias integrais estão
demonstrados na nota 14.
BNDES - A BNDES Participações S.A. - BNDESPAR detém 26,4% das ações ordinárias da Companhia
e tem o direito de indicar dois membros do Conselho da Administração. O BNDESPAR é subsidiária
integral do BNDES.
Dona Francisca Energética S.A. - A Companhia concedeu avais a sua coligada indireta Dona
Francisca Energética S.A., por empréstimos tomados por esta junto ao BNDES (aval solidário) e ao
Bradesco (aval solidário), respectivamente nos montantes, em 31.03.2006, de R$ 49.623 e R$ 29.076.
Dutopar Participações Ltda. e Petróleo Brasileiro S.A – Petrobras – As duas companhias são
acionistas minoritários da Compagas.
Eletrobrás – A Eletrobrás detém 1,1% das ações ordinárias da Companhia a qual possui financiamentos
com a Eletrobrás, descritos na nota 17.
A Eletrobrás detém ações preferenciais da Elejor. Estas ações deverão ser readquiridas em 32 parcelas
trimestrais e consecutivas, a partir do 24º mês do início da operação comercial do empreendimento,
caracterizada pela operação comercial da última unidade geradora a qual está prevista para 31.08.2006.
Assim, o primeiro pagamento pode ser previsto para agosto de 2008, sendo que o montante a ser pago
COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL
67
será atualizado pela aplicação do IGPM/FGV, entre a data de integralização das ações e a data do
pagamento, acrescido de remuneração do capital de 12% a.a. (nota 17).
Petróleo Brasileiro S.A – Petrobras – A Petrobras é acionista minoritário da Compagas, através de sua
controlada Petrobras Gás S.A – Gaspetro.
UEG Araucária Ltda. - A Companhia celebrou contrato com a UEG Araucária relativo à compra de
potência assegurada. A validade desse contrato está sendo discutida judicialmente (nota 19.b).
43 Leilão de Energia
Em 16.12.2005, foi realizado o 1º Leilão de Energia Nova, com base no novo modelo do setor. No total
foram comercializados 564.075 GWh, ao preço médio de 121,20 R$/MWh, com data de entrega prevista
para 2008, 2009 e 2010. No leilão foram ofertados contratos de energia com fontes térmicas e hídricas,
com duração de 15 e 30 anos, respectivamente. A Copel adquiriu os montantes especificados na tabela
a seguir:
Fonte Térmica(GWh)
2008 951 3.755
2009 857 7.964
2010 17.437 8.455
Fonte: CCEE
AnoFonte Hídrica
(GWh)
O 2º Leilão de Energia Nova está previsto para ocorrer em 12.06.2006. Trata-se do Leilão de A-3, com
entrega de energia a partir de janeiro de 2009. Em virtude do baixo desvio da previsão do mercado em
relação ao realizado e da redistribuição das cotas de Itaipu, a Copel não irá adquirir energia nesse leilão.
A aquisição de energia realizada no 1º leilão é suficiente para atender a totalidade do mercado para o
ano 2009. O aumento da cota de Itaipu será absorvido pela frustração de compra ocorrida no ano 2008 e
2009. A nova conta de Itaipu foi calculada com base no mercado faturado das concessionárias de
distribuição do ano 2004 e terão validade a partir de janeiro de 2008. De acordo com a Resolução
Normativa Aneel nº 218/2006, eventuais sobras ou déficits, provocadas pela redistribuição da cota de
Itaipu, serão compensadas prioritariamente pelo Mecanismo de Compensação de Sobras e Déficits -
MCSD.
Em agosto de 2005, a Copel Distribuição utilizou-se do mecanismo MCSD para ajustar o nível de
contratação, em função da cessão dos consumidores livres para a Copel Geração. Em dezembro de
2005, foi utilizado novamente o mecanismo MCSD, dessa vez, para aquisição de energia existente para
2006 e 2007, a fim de reduzir a compra de energia nova. Recentemente, em abril de 2006, a Copel
utilizou MCSD novamente reduzindo seu nível de contratação, em virtude da migração de consumidores
para o ambiente de livre contratação.
COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL
68
O detalhamento do arcabouço regulatório do novo modelo do setor elétrico encontra-se em sua fase
final, restando ainda a regulamentação da forma de repasse para as tarifas dos custos com a sobra de
contratos, dentro do limite de 103%. A proposta apresentada pela Aneel na Audiência Pública estabelece
a ordem de priorizacão dos contratos, de modo que as sobras sempre serão alocadas nos CCEARs de
energia existente.
Relativamente ao aspecto tarifário, em 2005 registramos como fatos relevantes a exclusão dos tributos
PIS-Pasep/Cofins da composição da tarifa de energia elétrica, a alteração da aplicação da fórmula do
Índice de Reajuste Tarifário - IRT, a assinatura do aditivo ao contrato de concessão da Copel
Distribuição, e a publicação da Resolução Normativa nº 166/2005, que estabeleceu nova metodologia de
cálculo da Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição - Tusd e da Tarifa de Energia - TE.
Em 2005, a Agência reguladora do setor elétrico deu início ao processo de aprimoramento do
mecanismo de revisão tarifária por meio do Fórum Técnico de Integração da Aneel e Sociedade,
considerando-se que as contribuições que forem aceitas serão incorporadas e aplicadas no Segundo
Ciclo de Revisão Tarifária.
A Copel, em conjunto com a Abradee, elaborou propostas de aprimoramento para a Base de
Remuneração, Empresa de Referência, Fator X e WACC. A proposta está baseada em uma metodologia
de revisão tarifária clara, sólida e consistente que aumente a transparência do processo e permita a sua
reprodutibilidade, reduzindo a subjetividade na sua aplicação, buscando a simplicidade sem
comprometer a precisão.
COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL
69
44 Empresas Controladas
Apresentamos as demonstrações contábeis em 31.03.2006 das subsidiárias integrais (Copel Geração -
GER, Copel Transmissão - TRA e Copel Distribuição – DIS) e das controladas (Compagas – COM e
Elejor – ELE):
ATIVO GER TRA DIS TEL PAR COM ELE
Circulante
Disponibilidades 604.927 10.632 437.656 2.655 4.775 32.370 56.426
Consumidores e revendedores, líquidos 163.572 47.103 726.190 - - 39.317 6.600
Serviços executados para terceiros, líquidos 1.331 183 35 9.321 - - -
Dividendos a receber - - - - 7.568 - -
Serviços em curso 3.453 2.342 4.539 - 231 - -
Repasse CRC ao Governo do Estado do Paraná - - 32.337 - - - -
Impostos e contribuições sociais a compensar 12.183 10.002 85.933 2.338 10.056 831 856
Conta de compensação da "parcela A" - - 86.018 - - - -
Ativo regulatório - Pasep/Cofins - 6.938 18.143 - - - -
Cauções e depósitos vinculados 22.529 - 21.506 - - 236 -
Outros créditos 10.843 6.324 17.537 1.459 163 951 3.108
Almoxarifado 68 10.033 26.231 7.381 - 630 -
818.906 93.557 1.456.125 23.154 22.793 74.335 66.990
Realizável a Longo Prazo
Consumidores e revendedores 138.324 - 71.123 - - - -
Repasse CRC ao Governo do Estado do Paraná - - 1.144.591 - - - -
Impostos e contribuições sociais a compensar 58.606 36.123 253.929 10.306 8.122 2.456 -
Depósitos judiciais 7.336 16.676 63.340 289 - - 2
Conta de compensação da "parcela A" - - 8.735 - - - -
Ativo regulatório - Pasep/Cofins - 16.493 32.680 - - - -
Cauções e depósitos vinculados - 5.238 19.859 - - - -
Coligadas, controladas e controladora 124.839 - - - 187.189 - -
Pagamentos antecipados 3.592 - - - - 49 751
Outros créditos 936 56 8.272 - 1.694 - -
333.633 74.586 1.602.529 10.595 197.005 2.505 753
Permanente
Investimentos 4.150 2.257 419 - 516.624 2 -
Imobilizado 2.897.319 1.145.092 1.121.401 181.309 143 121.761 575.517
Diferido - - - - - 5.314 -
2.901.469 1.147.349 1.121.820 181.309 516.767 127.077 575.517
Total do Ativo 4.054.008 1.315.492 4.180.474 215.058 736.565 203.917 643.260
COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL
70
PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO GER TRA DIS TEL PAR COM ELE
Circulante
Empréstimos e financiamentos 48.252 15.562 20.744 - - 6.366 -
Debêntures - - 572.825 - - - 5.013
Fornecedores 877.923 6.662 435.362 1.355 43 18.748 4.180
Impostos e contribuições sociais 33.103 16.994 166.679 932 7 4.302 713
Juros sobre o capital próprio - 69.217 - 916 61.526 9.732 154
Folha de pagamento e provisões trabalhistas 17.770 15.984 68.604 5.299 871 795 64
Benefícios pós-emprego 24.319 22.935 73.550 5.466 144 - -
Conta de compensação da "parcela A" - - 64.020 - - - -
Taxas regulamentares 12.018 2.074 45.134 16 - - 187
Encargo da concessão - outorga Aneel - - - - - - 9.319
Outras contas a pagar 11.922 5.073 96.892 132 189 677 763
1.025.307 154.501 1.543.810 14.116 62.780 40.620 20.393
Exigível a Longo Prazo
Empréstimos e financiamentos 330.831 74.305 93.037 - - 30.292 36.874
Debêntures - - - - - - 263.572
Provisões para contingências 64.317 41.977 97.978 753 - - -
Dívidas com pessoas ligadas - 20.400 245.246 67.243 256.257 - 187.189
Fornecedores 889 - 260.545 - - 267 -
Impostos e contribuições sociais - 5.608 24.243 - - 8.957 -
Benefícios pós-emprego 92.013 81.740 293.856 17.062 615 912 -
Consumidores - - 1.465 - - - -
Conta de compensação da "parcela A" - - 14.548 - - - -
488.050 224.030 1.030.918 85.058 256.872 40.428 487.635 Patrimônio Líquido
Capital social 2.338.932 751.989 1.607.168 120.650 330.718 50.012 113.800
Reservas de capital - - - 701 - - 21.443
Reservas de lucros 129.472 151.739 - - 74.657 64.228 32
Lucros (Prejuízos) acumulados 72.247 33.233 (1.422) (5.467) 11.538 8.629 (43)
2.540.651 936.961 1.605.746 115.884 416.913 122.869 135.232
Total do Passivo e Patrimônio Líquido 4.054.008 1.315.492 4.180.474 215.058 736.565 203.917 643.260
COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL
71
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO GER TRA DIS TEL PAR COM ELE
Receita Operacional
Fornecimento de energia elétrica 37.929 - 1.350.120 - - - 555
Suprimento de energia elétrica 283.411 - 14.512 - - - 18.606
Disponibilidade da rede elétrica - 105.305 35.400 - - - -
Receita de telecomunicações - - - 21.037 - - -
Distribuição de gás canalizado - - - - - 50.050 -
Outras receitas operacionais 1.560 656 11.698 - - 20 35
Deduções da receita operacional (38.303) (14.844) (435.673) (2.932) - (9.451) (816)
Receita Operacional Líquida 284.597 91.117 976.057 18.105 - 40.619 18.380
Despesa Operacional
Pessoal e planos previdenciário e assistencial (25.090) (21.521) (105.224) (6.461) (1.164) (1.167) (233)
Material (1.881) (973) (12.641) (526) (3) (44) (9)
Matéria-prima e insumos - prod. energia elétrica (6.244) - - - - - -
Gás natural e insumos para operações de gás - - - - - (23.681) -
Serviços de terceiros (11.410) (4.404) (38.764) (1.542) (137) (718) (1.147)
Energia elétrica comprada para revenda (16.389) - (377.526) - - - (482)
Encargos de uso da rede elétrica (44.213) - (183.800) - - - (1.531)
Depreciação e amortização (25.781) (10.084) (39.082) (6.682) (8) (1.618) (2.181)
Taxas regulamentares (14.500) (830) (121.559) (134) - - (293)
Tributos (373) (481) (2.013) (158) (97) (88) (7)
Encargo da concessão - outorga Aneel - - - - - - (3.572)
Outras despesas operacionais 1.222 (3.275) (21.432) (702) (34) (332) (1.193)
(144.659) (41.568) (902.041) (16.205) (1.443) (27.648) (10.648)
Resultado das Atividades 139.938 49.549 74.016 1.900 (1.443) 12.971 7.732
Resultado Financeiro
Receitas financeiras 30.366 1.968 76.342 167 9.020 1.406 2.071
Despesas financeiras (58.859) 454 (33.192) (117) (91) (1.314) (10.309)
(28.493) 2.422 43.150 50 8.929 92 (8.238)
Resultado de Participações Societárias - - - - 6.150 - -
Lucro Operacional 111.445 51.971 117.166 1.950 13.636 13.063 (506)
Resultado Não Operacional (41) (407) (3.186) (34) - (1) -
Lucro (Prejuízo) antes da Tributação 111.404 51.564 113.980 1.916 13.636 13.062 (506)
Imposto de renda e contribuição social (39.157) (18.331) (40.740) (756) (2.098) (4.433) -
Lucro (Prejuízo) Líquido do Período 72.247 33.233 73.240 1.160 11.538 8.629 (506)
COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL
72
COMENTÁRIO DO DESEMPENHO NO TRIMESTRE
Distribuição
Ligação de consumidores: Em março de 2006 a Copel atendeu a 3.277.966 consumidores (3.203.168
consumidores foram atendidos em março de 2005), sendo faturados 21.382 consumidores acima do
número registrado em dezembro de 2005.
Redes Compactas – A Copel vêm implantando redes compactas em áreas urbanas com elevado grau
de arborização nas proximidades das redes de distribuição. Essa tecnologia evita cortes e podas de
árvores e melhora a qualidade do fornecimento, pois reduz o número de desligamentos. Ao final de
março de 2006, a extensão das redes compactas instaladas era de 1.228 km (1.210 km em março de
2005).
Rede Secundária Isolada – A Copel também está investindo em redes secundárias isoladas em baixa
tensão (127/220 V), que apresenta vantagens significativas em relação à rede aérea convencional, tais
como:
- melhora os indicadores DEC e FEC;
- dificulta o roubo de energia;
- melhora as condições do meio ambiente e reduz a área de podas;
- aumenta a segurança;
- reduz a queda de tensão ao longo da rede;
- aumenta a vida útil do transformador pela redução do número de curtos-circuitos na rede, entre outros.
Ao final de março de 2006, a extensão das redes de distribuição secundárias isoladas instaladas era de
1.154 km (535 km em março de 2005).
Comportamento do mercado – A geração de energia da Copel de janeiro a março de 2006 foi de 3.576
GWh (4.317 GWh de janeiro a março de 2005), o montante de energia comprada de Itaipu foi de 1.146
GWh (1.148 GWh no primeiro trimestre de 2005), o da Cien foi de 864 GWh (864 GWh no mesmo
período de 2005) e o da CCEAR (leilão) foi de 2.986 GWh (2.141 GWh no primeiro trimestre de 2005),
conforme demonstrado no fluxo a seguir:
COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL
73
.
Fluxo de energia (GWh) Janeiro a março de 2006
Distribuição Direta
4.409 - 97,5%
Geração própria Requisito estadual Concessionárias
3.576 - 36,8% 4.520 - 46,5% 111 - 2,5%
Disponibilidade
Energia recebida 9.727 Consumidores livres
6.151 - 63,2% 295 - 3,0%
CCEAR - 2.986 Energia suprida
Itaipu - 1.146 4.172 - 42,9%
CIEN - 864
Outros - 1.155 Contratos bilaterais 1.072 - 11,0%
CCEAR 2.817 - 29,0%
MRE e CCEE 283 - 2,9%
Perdas e diferenças
740 - 7,6%
Perdas rede básica 206 - 2,1%
Perdas distribuição 486 - 5,0%
Alocação de contratos no CG 48 - 0,5%
Obs.: Valores sujeitos a alterações após fechamento pela CCEE.
CG = Centro de gravidade do Submercado (diferença entre a energia contratada e a recebida no CG - estabelecido em
Contrato.)
Distribuição direta por classe de consumo (GWh) – No quadro a seguir é apresentado o desempenho
do consumo por classe de consumidores no primeiro trimestre de 2006.
.
Classe Em GWh
jan - mar 2006 jan - mar 2005 Variação
Residencial 1.211 1.160 4,4%
Industrial (inclui consumidores livres) 1.761 1.853 -4,9%Comercial 892 821 8,6%
Rural 386 363 6,4%
Outras 454 431 5,1%
TOTAL 4.704 4.628 1,7%
Consumo industrial por ramo de atividade (GWh) – A seguir são apresentados os consumos de
energia elétrica dos principais ramos de atividade industrial, incluindo os consumidores livres.
COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL
74
.Ramo Em GWh
jan - mar 2006 jan - mar 2005 Variação Produtos alimentares e bebidas 539 531 1,5%
Madeira 211 224 -5,8%Papel, papelão e celulose 210 212 -0,9%Borracha e plástico 127 114 11,4%
Veículos automotores 100 103 -2,9%Minerais não metálicos 94 138 -31,9%Metalurgia básica 85 87 -2,3%
Número de consumidores – O número de consumidores faturados em março de 2006 foi de 3.277.966,
o que representou um crescimento de 2,3% sobre o mesmo mês do ano anterior.
.
Classe Consumidores
mar 2006 mar 2005 Variação
Residencial 2.581.912 2.517.373 2,6%
Industrial (inclui consumidores livres) 54.313 49.722 9,2%Comercial 273.215 267.366 2,2%
Rural 326.387 327.773 -0,4%
Outras 42.139 40.934 2,9%
3.277.966 3.203.168 2,3%
Administração
Quadro de empregados – O quadro de pessoal da Copel encerrou o primeiro trimestre de 2006 com
7.943 empregados, distribuídos entre as subsidiárias integrais da Companhia, da seguinte forma: Copel
Geração, 942; Copel Transmissão, 927; Copel Distribuição, 5.747; Copel Telecomunicações, 300; e
Copel Participações 27 empregados. A Compagas, empresa em que a Copel detém 51% de
participação, possuía, em março de 2006, 65 empregados.
(Ao final do primeiro trimestre de 2005 a Copel contava com 6.798 empregados, distribuídos entre as
subsidiárias integrais da Companhia, da seguinte forma: Copel Geração, 816; Copel Transmissão, 834;
Copel Distribuição, 4.875; Copel Telecomunicações, 248 e Copel Participações 25 empregados. A
Compagas tinha 63 empregados.)
Relações com o Mercado
De janeiro a março de 2006, na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) as ações ordinárias
nominativas (ON – código CPLE3) e as ações preferenciais nominativas classe “B” (PNB – código
CPLE6) da Copel estiveram presentes em 100% dos pregões. O Free Float da Copel totalizou 44,0% do
capital social da companhia. O valor de mercado da Copel, em 31 de março de 2006, ficou em torno de
R$ 5.452 milhões. Dos 57 papéis que compõem o Ibovespa, as ações PNB da Copel representam 1,3%
da carteira em 22º lugar, e com o índice Beta de 1,10. Das 12 companhias que compõem a carteira
teórica do IEE, a Copel aparece em 3º lugar, com participação de 8,5% naquele índice.
COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL
75
Na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE), são negociadas as ações PNB em forma de ADS's (código
ELP), as quais estiveram presentes em 100% dos pregões daquela Bolsa.
No LATIBEX (Mercado de Valores Latino Americano em Euros), vinculado a Bolsa de Valores de Madrid,
são também negociadas as ações PNB, com o código XCOP, as quais também estiveram presentes em
98% dos pregões daquela Bolsa.
Na Bovespa, as ações ON fecharam o período cotadas, por lote de mil, a R$ 18,37 com variação de
22,9% no primeiro trimestre de 2006 e as PNB a R$ 21,69 com variação de 20,6%. Na NYSE as ADS’s
fecharam o período cotadas a US$ 9,82, com variação de 30,4%. No LATIBEX as XCOP’s fecharam o
período cotadas a € 8,24, com variação de 29,2%.
.
Desempenho das ações ON PNB
Total Média diária Total Média diária
Bovespa
Negócios 1.373 22 40.149 648
Quantidade (mil) 5.298.800 85.465 56.587.900 912.708
Volume (R$ mil) 91.973 1.483 1.227.321 19.795
Presença 62 100% 62 100%
NyseQuantidade (mil) 1.180.400 59.020 21.276.200 343.165
Volume (US$ mil) 9.296 465 213.010 3.436
Presença 20 32% 62 100%
Latibex
Quantidade (mil) 385.527 6.119
Volume (€ mil) 3.364 53 Presença 63 100%
Tarifas
Em março de 2006, a tarifa média de fornecimento de energia elétrica atingiu R$ 211,59/MWh,
representando uma elevação de 6,2% em relação a março do ano anterior.
A classe industrial teve uma elevação de 18,5%, refletindo a continuidade do processo de realinhamento
tarifário e de retirada gradual dos subsídios cruzados entre os grupos de consumo de alta e baixa
tensão, conforme o disposto no Decreto 4.667/2003.
.
Tarifas R$/MWh
mar 2006 mar 2005 Variação
Residencial 268,95 269,18 -0,1%
Industrial 176,29 148,75 18,5%
Comercial 232,27 228,69 1,6%Rural 164,43 162,36 1,3%
Outras 177,14 172,41 2,7%Total fornecimento 211,59 199,27 6,2%
Sem ICMS
Não inclui consumidores livres
COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL
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As principais tarifas de compra de energia da Copel estão demonstradas no quadro a seguir:
.
Tarifas de Compra de Energia R$/MWh
mar 2006 mar 2005 Variação
Itaipu (1) 84,82 91,54 -7,3%
Cien 88,24 92,67 -4,8%Leilão - CCEAR 2005-2012 57,69 57,51 0,3%Leilão - CCEAR 2006-2013 67,81 - -
(1) Inclui tarifa de Furnas
Pela Resolução ANEEL nº 303, de 28 de março de 2006, foram homologadas as tarifas de venda da
Copel para a Cocel, com aumento médio de 3,6% sobre a anterior. Pela Resolução ANEEL nº 280, de 30
de janeiro de 2006, foram homologadas as tarifas de venda da Copel para a CFLO, tendo um aumento
percentual da ordem de 3,7%.
.Tarifas de Suprimento de Energia R$/MWh
mar 2006 mar 2005 VariaçãoLeilão - CCEAR 2005-2012 57,53 57,50 0,1%Leilão - CCEAR 2006-2013 67,65 - -Pequenas Concessionárias 86,08 78,59 9,5%
COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL
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DIRETORIA E CONSELHOS
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Presidente JOÃO BONIFÁCIO CABRAL JÚNIOR
ACIR PEPES MEZZADRI
FRANCELINO LAMY DE MIRANDA GRANDO
LAURITA COSTA ROSA
NELSON FONTES SIFFERT FILHO
ROGÉRIO DE PAULA QUADROS
RUBENS GHILARDI
Membros:
SÉRGIO BOTTO DE LACERDA
COMITÊ DE AUDITORIA
Presidenta LAURITA COSTA ROSA
ACIR PEPES MEZZADRI Membros:
ROGÉRIO DE PAULA QUADROS
CONSELHO FISCAL
Presidente ANTONIO RYCHETA ARTEN
Membros: HERON ARZUA
JORGE MICHEL LEPELTIER
MÁRCIO LUCIANO MANCINI
NELSON PESSUTI
DIRETORIA
Diretor Presidente RUBENS GHILARDI
Diretor de Finanças e de Relações com Investidores PAULO ROBERTO TROMPCZYNSKI
Diretor de Gestão Corporativa LUIZ ANTONIO ROSSAFA
Diretor de Distribuição RONALD THADEU RAVEDUTTI
Diretor de Geração e Transmissão de Energia e de Telecomunicações RAUL MUNHOZ NETO
Diretor Jurídico ASSIS CORRÊA
C O N T A D O R
Contador - CRC-PR-024769/O-3 ENIO CESAR PIECZARKA
COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL
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PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES
Aos Administradores e Acionistas da
COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL
Curitiba - PR
1) Efetuamos uma revisão especial das Informações Trimestrais - ITR da COMPANHIA PARANAENSE
DE ENERGIA - COPEL (controladora e consolidado) referentes ao trimestre findo em 31 de março
de 2006, compreendendo os balanços patrimoniais individual e consolidado de 31 de março de
2006, as demonstrações do resultado correspondentes ao trimestre findo naquela data e o relatório
de desempenho, elaborados de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e sob a
responsabilidade da administração da Companhia.
2) Nossa revisão foi efetuada de acordo com as normas específicas estabelecidas pelo IBRACON –
Instituto dos Auditores Independentes do Brasil, em conjunto com o Conselho Federal de
Contabilidade, e consistiu, principalmente, de: (a) indagação e discussão com os administradores
responsáveis pelas áreas Contábil, Financeira e Operacional da Companhia e suas controladas,
quanto aos critérios adotados na elaboração das Informações Trimestrais; e (b) revisão das
informações e dos eventos subseqüentes que tenham ou possam vir a ter efeitos relevantes sobre a
situação financeira e as operações da Companhia e suas controladas.
3) Baseados em nossa revisão especial, não temos conhecimento de nenhuma modificação relevante
que deva ser feita nas Informações Trimestrais acima referidas para que estas estejam de acordo
com as práticas contábeis adotadas no Brasil, aplicadas de forma condizente com as normas
expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários - CVM, especificamente aplicáveis à divulgação
das informações trimestrais obrigatórias.
4) Conforme mencionado na nota explicativa no 39 às informações trimestrais, a Companhia está
questionando os cálculos preparados e divulgados pelo então Mercado Atacadista de Energia
Elétrica – MAE (presentemente Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE), que
levam em consideração as decisões da Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, contidas no
Despacho ANEEL no 288/2002 e na Resolução ANEEL no 395/2002, por entender que esses
normativos introduziram alterações nas regras de mercado vigentes à época da ocorrência das
respectivas operações. O montante envolvido é de aproximadamente R$ 630.000 mil, cuja provisão
não foi registrada contabilmente pela Companhia, fundamentada na opinião de seus assessores
jurídicos, que entendem com sendo possível a chance de êxito da companhia no desfecho do
referido processo.
COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL
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5) Nossa revisão foi conduzida com o propósito de emitir um relatório de revisão especial sobre as
informações trimestrais básicas tomadas em conjunto. A demonstração do fluxo de caixa, incluída
no formulário 16.01/ITR às informações trimestrais, para o trimestre findo em 31 de março de 2006,
é apresentada com o propósito de permitir análises adicionais e não são requeridas como parte das
informações trimestrais básicas conforme as práticas contábeis adotadas no Brasil. A
demonstração do fluxo de caixa, para o trimestre findo em 31 de março de 2006, foi por nós
revisada de acordo com os procedimentos de revisão aplicados nas informações trimestrais básicas
e, conforme nossa revisão, não temos conhecimento de qualquer modificação relevante, em relação
as informações trimestrais básicas tomadas em seu conjunto.
6) Os balanços patrimoniais, individual e consolidado, em 31 de dezembro de 2005, apresentados para
fins de comparação, foram auditados por outros auditores independentes, cujo parecer, emitido em
23 de março de 2006, conteve parágrafo de ênfase sobre o mesmo assunto descrito no parágrafo
no 4 acima.
7) As demonstrações de resultados, individual e consolidada, para o trimestre findo em 31 de março de
2005, apresentadas para fins de comparação, também foram revisadas por outros auditores
independentes, cujo relatório de revisão especial, emitido em 16 de maio de 2005, conteve
parágrafo de ênfase sobre o mesmo assunto descrito no parágrafo no 4 acima.
Curitiba, 10 de maio de 2006
DELOITTE TOUCHE TOHMATSU José Écio Pereira da Costa Júnior
Auditores Independentes Sócio
CRC n.º 2 SP-011.609/O-8 F-PR CRC SP-101.318/O-2 T-PR