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Centrais Elétricas Brasileiras S.A. - Eletrobrás Demonstrações Financeiras 2003 Relatório da Administração Demonstração do Valor Adicionado Balanço Social Parecer do Auditores Independentes Parecer do Conselho Fiscal Balanço Patrimonial Notas Explicativas Anexos

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Page 1: Centrais Elétricas Brasileiras S.A. - Eletrobrás · RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO EXERCÍCIO SOCIAL FINDO EM 31/12/2003 Senhores Acionistas, Apresentamos o Relatório da Administração

Centrais Elétricas Brasileiras S.A. - Eletrobrás

Demonstrações Financeiras

2003

Relatório da Administração Demonstração do Valor Adicionado Balanço Social Parecer do Auditores Independentes Parecer do Conselho Fiscal Balanço Patrimonial Notas Explicativas Anexos

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RREELLAATTÓÓRRIIOO DDAA AADDMMIINNIISSTTRRAAÇÇÃÃOO

EXERCÍCIO SOCIAL FINDO EM 31/12/2003 Senhores Acionistas, Apresentamos o Relatório da Administração da Eletrobrás, relativo ao ano de 2003, destacando a seguir, as principais ações e atividades que foram desenvolvidas ao longo do ano. 1. INTRODUÇÃO O ano de 2003 foi marcado pelo início do governo Lula. Os agentes econômicos tinham expectativas diferenciadas quanto a política macro-econômica que seria efetivamente adotada. Afinal no 4º trimestre de 2002, verificou-se uma forte depreciação do real frente ao dólar e uma aceleração da inflação. Uma das principais medidas adotadas pelo atual governo foi a adoção de políticas fiscal e monetária econômicas restritivas, com o objetivo de reverter as expectativas pessimistas dos agentes, bem como conter a pressão inflacionária. Assim, foi elevada a meta de superávit primário, negociada com o FMI, de 3,75% para 4,25% do PIB. Concomitantemente, o Banco Central aumentou a taxa de juros básica da economia (SELIC) de 25% a.a em dezembro de 2002 para 25,5% a.a em janeiro de 2003. Em fevereiro, a taxa foi elevada novamente para 26,5% a.a, permanecendo nesse patamar por mais três meses. O resultado disso foi a redução do overshooting da taxa de câmbio R$/US$ em 18,23%, no período de dezembro de 2002 a dezembro de 2003. Nesse mesmo período, a inflação medida pelo IGPM caiu 83,7%. A taxa do IPCA, que é o índice utilizado na política de metas inflacionárias, passou de 2,10% em dezembro de 2002 para uma deflação de 0,15% em junho de 2003 e terminou o último mês do ano em 0,52%. Em 2003, o IPCA apresentou uma taxa de 9,23%, situando-se acima da meta de inflação de 8,5% estabelecida pelo Banco Central, porém, abaixo da taxa de 12,53% de 2002. As políticas adotadas pelo governo foram eficazes no combate à inflação, na estabilização da taxa de câmbio em nível favorável às exportações e na expressiva redução do risco-país. A redução dos gastos públicos gerou um superávit primário do setor público de 4,32% do PIB, no acumulado de janeiro a dezembro do ano passado. Cumpre destacar a aprovação da reforma da Previdência pelo Congresso Nacional e a expectativa de implantação do novo modelo do setor elétrico, bem como a aprovação da reforma tributária, que proporcionarão um bom alicerce para o crescimento sustentado da economia brasileira. Esses fatores impulsionaram o mercado bursátil, fazendo com que o índice IBOVESPA alcançasse uma valorização de 97,34% no ano de 2003. No mesmo período, as ações ordinárias da Eletrobrás (ELET3) valorizaram 105,51% e as ações preferênciais 92,83%. RESULTADO DO ANO A desvalorização do Dólar Americano em relação ao Real, no ano de 2003, principalmente em função da supervalorização especulativa ocorrida no ano anterior e o fato da Eletrobrás deter recebíveis indexados à moeda americana criaram um cenário desfavorável no exercício findo em 31 de dezembro de 2003. Apesar deste cenário desfavorável a Eletrobrás obteve no ano de 2003 um lucro de R$ 323 milhões, equivalente a R$ 0,60 por lote de mil ações. No mesmo período do exercício anterior a empresa registrou um lucro líquido de R$ 1.100 milhões, equivalente a R$ 2,05 por lote de mil ações. As participações societárias geraram um ganho de R$ 1.596 milhões, sendo que, em 2002 correspondeu a uma perda de R$ 2.945 milhões. Nos doze meses a ELETROBRÁS registrou uma perda de R$ 3.711 milhões relativos à Variação Cambial, contra um ganho de R$ 7.532 milhões no exercício de 2002. No tocante a Variação Monetária, o exercício de 2003 apresentou um ganho de R$ 838 milhões contra um ganho de R$ 1.304 milhões em 2002. Cabe destaque a questão da Comercialização de Energia Elétrica introduzida na companhia por força de Lei nº 10.438/02, que estabelece que a ELETROBRÁS comercialize a energia gerada por ITAIPU BINACIONAL, sendo que esta atividade não produz efeitos no resultado da empresa. Os principais indexadores dos contratos de financiamentos e de repasses mostraram as seguintes variações nos períodos:

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01/01/03

a 31/12/03 01/01/02

a 31/12/02

Variação do IGPM 8,71% 25,32%Variação do US$ (18,23%) 52,27%

2. ASPECTOS ECONÔMICOS E FINANCEIROS RESERVA GLOBAL DE REVERSÃO – RGR Na condição de gestora dos recursos oriundos da Reserva Global de Reversão - RGR, a Eletrobrás aplicou no exercício de 2003, o montante de R$ 1.323,5 milhões, em diversas linhas de créditos e programas de obras das empresas Controladas, Federalizadas, Coligadas e Privadas do Setor Elétrico. A Eletrobrás investiu 81,9% dos recursos da RGR, em programas de obras das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, excluindo-se do total das liberações realizadas no período, aquelas feitas a título de Subvenção – Baixa Renda.

Região

Valor liberado (a+b)

Programa Baixa Renda

(a)

Demais Investimentos

(b)

%

Norte 344,7 45,8 298,9 74,5Nordeste 465,4 437,9 27,5 6,9Centro-Oeste 63,3 61,1 2,2 0,5Sul 262,2 255,3 6,9 1,7Sudeste 188,0 122,3 65,7 16,4Total 1.323,5 922,5 401,0 100,0

O montante de R$ 1.323,5 milhões investidos pela Eletrobrás em 2003 destinou-se aos programas a seguir relacionados: Em R$ milhões

Programa Valor Total das Liberações % 1. Subvenção - Baixa Renda 922,5 69,7 2. Geração 200,1 15,1 3. Transmissão 121,7 9,2 4. Revitalização – Parques Térmicos 29,8 2,3 5. Luz no Campo 25,8 1,9 6. Reluz (*) 13,6 1,0 7. Outros 10,0 0,8 Total 1.323,5 100,0

(*) Programa Nacional de Iluminação Pública Eficiente - ReLuz RATING Em 2003 o rating da Eletrobrás foi confirmado em BB para emissões locais e em B+ para emissões em moeda estrangeira, equivalente ao rating soberano do país. Essa avaliação de risco foi emitida pela Standard & Poor’s. BASE ACIONÁRIA A Eletrobrás não realizou subscrição de ações ao longo do ano de 2003, houve modificação apenas na distribuição da composição acionária. No ano de 2003 houve um aumento de capital, sem emissão de cautela, relativo a incorporação de reserva de lucros no valor de R$ 173 milhões. A posição da União sofreu uma ligeira alteração neste período. O BNDESPAR aumentou sua participação em 3,33%. A participação dos acionistas minoritários teve uma redução de 1,32%.

Acionistas Quantidade de Ações 31/12/2003

Quantidade de Ações 31/12/2002

União 281.923.581.015 281.920.989.015BNDESPAR 68.322.897.850 66.122.897.850FND 22.810.794.898 22.810.794.898Outros 164.445.247.117 166.647.839.117Total 537.502.520.880 537.502.520.880

Os quadros abaixo apresentam a evolução da quantidade de acionistas residentes e não residentes por tipo de ação:

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Quantidade de Acionistas Não Residentes

Tipo 31/12/2003 31/12/2002 Variação Ordinária 183 167 9,58%Pref. B 204 175 16,57%Total 387 342 13,16%

Quantidade de Acionistas Residentes

Tipo 31/12/2003 31/12/2002 Variação Ordinária 1.579 1.525 3,54%Pref. B 12.987 14.279 (9,05%)Total 14.566 16.461 (11,51%)

ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DOS ATIVOS Ações

ELETROBRÁS PNB (Lote de 1000 ações) - ELET6 No ano de 2003, a cotação máxima atingida pelas ações preferenciais da Eletrobrás foi R$ 45,80, em 26 de dezembro. O valor mais baixo apresentado foi R$ 16,80, em 26 de fevereiro. Em 30 de dezembro, a ELET6 fechou cotada a R$45,20. Tais ações apresentaram um crescimento de aproximadamente 121,84%, no período de janeiro a dezembro. ELETROBRÁS ON (Lote de 1000 ações) - ELET 3 A cotação máxima apresentada pelas ações ordinárias da Eletrobrás, no ano de 2003, foi R$ 48,50, em 30 de dezembro, enquanto a cotação mínima registrada foi de R$ 15,70, em 25 de fevereiro. Tais ações valorizaram em torno de 151,22%, no período de janeiro a dezembro. • ADR Visando negociar suas ações no mercado americano, a Eletrobrás possui dois programas de American Depositary Receipts – ADR do nível I, ou seja, negociados no mercado de balcão, sendo um para as ações ordinárias e outro para as ações preferenciais da classe “B”. Atualmente encontra-se em curso trabalho visando à transformação dos referidos programas de ADR do nível I para o nível II, passando, desta forma, as ações da Eletrobrás a serem listadas na Bolsa de Valores de Nova York. Cada ADR representa, no momento, um lote de 500 ações. Esta relação pode ser mutável dependendo do comportamento do mercado. - CAIFY - Ações Ordinárias da ELETROBRÁS No ano de 2003, as ADRs de ações ordinárias da Eletrobrás registraram uma cotação máxima de US$8,4060, no dia 31 de dezembro e uma cotação mínima de US$2,258 , em 26 de fevereiro. De janeiro a dezembro, essas ações valorizaram, aproximadamente, 206%. - CAIGY - Ações Preferenciais da ELETROBRÁS As ADRs de ações preferenciais da Eletrobrás apresentaram o valor mais alto no ano de 2003 em 31 de dezembro, quando a cotação atingiu US$7,8340. A cotação mais baixa registrada no período foi US$2,36, em 26 de fevereiro. De janeiro a dezembro, as ações tiveram uma valorização de 172%. • LATIBEX (Mercado de Ações Latino-americanas Existente na Bolsa de Madri) As ações ordinárias da Eletrobrás cotadas na Bolsa de Madri (XELTO) registraram sua mais elevada cotação em 29 de dezembro de 2003, quando obteve o valor de є6,52. A cotação mais baixa foi de є2,06 , ocorrida em 27 de fevereiro. Em 30 de dezembro, a XELTO foi cotada a є6,45. No período de janeiro a dezembro, as ações tiveram uma valorização em torno de 98%. CAPTAÇÃO DE RECURSOS A Eletrobrás realizou leilão na BM&F de 196.367 títulos CFT-E1 (de emissão do Tesouro Nacional) num montante total de R$ 129,2 milhões, para fazer face aos investimentos do exercício de 2003. EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO Conforme Comunicado ao Mercado em 17 de dezembro de 2003, foi aprovado, pela Eletrobrás, o início dos procedimentos necessários à realização, no decorrer do 1º semestre de 2004, da conversão dos créditos oriundos do Empréstimo Compulsório constituídos a partir de 1988, em favor da Eletrobrás, em ações preferenciais da classe “B” representativa do capital social desta companhia.

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Sob o ponto de vista econômico-financeiro, uma conversão de créditos do empréstimo compulsório em Capital apresentará reflexos favoráveis no perfil de endividamento da Empresa, por implicar em transferência considerável de recursos do exigível a longo prazo (cerca de R$ 3,2 bilhões) para a conta de Patrimônio Líquido (Capital e Reserva de Capital). A conversão possibilitará aos consumidores industriais passarem da condição de detentores de créditos, intransferíveis e inegociáveis, por força da legislação, para acionistas da Eletrobrás, cujas ações poderão ser livremente negociadas. Dando continuidade à política de atendimento aos seus acionistas oriundos da capitalização de créditos do Empréstimo Compulsório, a Eletrobrás efetuou em 2003, o recadastramento no sistema escritural, de 69.478.000 ações preferenciais da classe “B”, relativas aos créditos do período de 1978 a 1987 convertidos em ações. 3. ASPECTOS MERCADOLÓGICOS MERCADO DE ENERGIA ELÉTRICA No ano de 2003, o mercado de energia elétrica apresentou crescimento de 3,7%, ficando acima do resultado obtido em 2002. O total de energia elétrica faturado pelas concessionárias foi de 300,6 TWh, valor esse que coloca o consumo de 2003 nos mesmos patamares de 1999/2000. Todas as classes de consumo, com exceção da industrial ficaram com taxas de crescimento acima da média nacional, com valores em torno de 5% no ano. A classe industrial aumentou 1,7% seu consumo de energia elétrica faturada, vis-a-vis o fraco desempenho da produção industrial no mesmo período que, segundo o IBGE, ficou em 0,3%. A migração de grandes consumidores industriais para a autoprodução vem influindo negativamente na taxa de crescimento do consumo industrial, atualmente menor 0,6% do que seria sem a autoprodução. A classe residencial, que representou em 2003, 25% do consumo faturado total do País, consumiu 76.165 GWh de energia elétrica, atendendo cerca de 45,3 milhões de consumidores residenciais, 3,3% a mais do que o atendido em 2002. O consumo médio residencial brasileiro, de 140 kWh por consumidor/mês encontra-se em patamares de 1998. Na tabela seguinte é apresentado o comportamento do mercado no ano de 2003, por subsistema elétrico e classe de consumo. Verifica-se o expressivo crescimento dos Outros Consumos (Poderes Públicos, Serviços Públicos, Iluminação Pública, Rural e Consumo Próprio) substancialmente influenciado pela boa performance da Classe Rural, sobretudo no Nordeste.

Mercado de Energia Elétrica Taxas de Crescimento (%) - 2003/2002

Classes de Consumo Subsistema Residencial Industrial Comercial Outros Total

Norte Interligado 5,7 3,1 7,1 7,0 4,0Norte Isolado 1,4 9,5 5,3 8,1 5,4Nordeste 11,0 2,9 9,4 13,9 7,9Sudeste/Centro-Oeste 4,5 0,0 4,3 5,2 2,6Sul 1,7 5,7 4,4 2,5 3,9Brasil 4,8 1,7 5,0 6,2 3,7 COMERCIALIZAÇÃO DE ENERGIA Na condição de Agente Comercializador de Energia da Itaipu, no ano de 2003 a Eletrobrás repassou para as concessionárias das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, um montante anual de 124.644.000 kW de potência contratada, correspondendo a um faturamento anual de aproximadamente R$ 6,5 bilhões. No âmbito do Mercado Atacadista de Energia Elétrica – MAE as liquidações das diferenças entre a energia vinculada à potência contratada da Itaipu e a energia contabilizada pelo MAE resultou em saldo negativo de cerca de R$ 2,7 milhões, a serem integralmente ressarcidos à Eletrobrás no ano de 2004, de acordo com a legislação em vigor. Em 2003 a Eletrobrás também atuou no MAE, como agente comercializador da energia intercambiada entre o Brasil e Uruguai através da conversora de freqüência de Rivera. Com a liquidação dos faturamentos do MAE referentes ao período 2001 e 2002, ocorrida em 2003, a Eletrobrás recebeu em torno de R$ 4,2 milhões com a venda no mercado brasileiro de 64,9 mil MWh de energia importada do Uruguai – UTE naquele período. Esse resultado, depois de deduzido dos custos/tributos incorridos pela Eletrobrás e UTE na comercialização, será igualmente dividido entre as mesmas, nos termos do Acordo Comercial firmado entre as partes. Relativamente às atividades de comercialização da energia elétrica intercambiada através da estação conversora de freqüência de Rivera, destacam-se ainda os seguintes eventos em 2003: negociação e efetiva assinatura do Aditivo do Contrato de Uso e Intercâmbio da Estação Conversora de Rivera, para fins de sub-rogação, pela Eletrobrás, dos direitos e obrigações anteriormente assumidos pela Eletrosul; negociação do Acordo Comercial de Intercâmbio de Energia Elétrica, a ser celebrado com a UTE; negociação do Contrato de Uso do Sistema de Transmissão – CUST, a ser celebrado com o ONS; e negociação do Contrato de Conexão à Transmissão – CCT a ser celebrado com a CEEE.

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Em 2003 tiveram continuidade as negociações com a Empreendimentos Energéticos Binacionales Sociedad Anonima - Ebisa envolvendo os instrumentos legais para viabilizar a comercialização, pela Eletrobrás, da energia importada/exportada da Argentina através da estação conversora de freqüência de Uruguaiana, conforme autorizado pela ANEEL. 4. INVESTIMENTOS E ASPECTOS DE ENGENHARIA Visando o atendimento às necessidades do mercado de energia elétrica no âmbito do Sistema Eletrobrás, foram aplicados, em investimentos no exercício de 2003, cerca de R$ 2,9 bilhões prioritariamente nos sistemas de geração e transmissão de energia elétrica. Esses investimentos foram realizados pelas empresas controladas e federalizadas com a seguinte posição:

R$ milhões

Empresas Realizado

até dezembro Eletrobrás 68,3 Furnas 1.046,1 Eletronuclear 171,5 Chesf 515,6 CGTEE 19,1 Eletrosul 124,7 Eletronorte 828,6 Manaus 30,7 Boavista 7,2 Cepel 2,8 Lightpar 0,4 Ceron 26,6 Eletroacre 9,1 Cepisa 14,8 Ceal 19,5 Ceam 41,2

Total 2.925,8 Desse montante, podemos destacar a seguir as principais obras realizadas no exercício: R$ milhões

Projetos Realizado até dezembro

Total Geração 1.636,7 UTE Santa Cruz 295,3 Angra I, II e III 169,0 UTE Camaçari 173,7 UHE Tucuruí 576,0 Outros 422,7Total Transmissão 1.076,7 LT Batéias/Ibiúna 134,9 Sist. Nordeste 146,4 Tucuruí 94,1 Sist. Mato Grosso 84,6 Interl. Brasil/Uruguai - Rivera 61,1 Outros 545,5Total Distribuição 68,1Total Qualidade Ambiental 17,7Total Pesquisa 2,8Total Infra Estrutura 123,8 Total Geral 2.925,8

SISTEMAS ISOLADOS Os cerca de trezentos Sistemas Isolados, localizados principalmente na Região Norte, são predominantemente térmicos e atendem a uma área estimada em 45% do território nacional, incluindo as capitais dos Estados da Região Norte. A área é

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distribuída em pequenos núcleos isolados de serviços de eletricidade e as condições de atendimento são precárias, por não disporem das vantagens resultantes da operação na forma interligada. A Eletrobrás, por meio do Grupo Técnico-Operacional da Região Norte - GTON, apóia as atividades de planejamento da operação e de manutenção dos Sistemas Isolados, estabelece a previsão e o acompanhamento da geração térmica, bem como o consumo de combustíveis coberto pela Conta de Consumo de Combustíveis. Atua também junto às próprias Empresas concessionárias controladas, objetivando investir em projetos e melhorias do atendimento na Região Norte. PEQUENAS CENTRAIS HIDRELÉTRICAS A Eletrobrás, com o objetivo de estimular a implantação de pequenas centrais com potência de até 30 MW, recebeu em 2003, para análise de solicitação de financiamento com recursos da RGR, diversos projetos de PCHs totalizando cerca de 114 MW de potência total a instalar. Somando-se aos empreendimentos recebidos anteriormente, os processos de análise técnico-orçamentária, para definição do financiamento dos empreendimentos, totalizaram 6l6 MW em 2003. 5. RESPONSABILIDADE SOCIAL E MEIO AMBIENTE PROGRAMA “LUZ NO CAMPO” Instituído por Decreto Presidencial em 02/12/1999, o Programa Nacional de Eletrificação Rural “Luz no Campo” tem como objetivo ampliar a eletrificação rural e, dessa forma, estimular o desenvolvimento econômico e social no campo. Os contratos de financiamento celebrados com as Concessionárias totalizam investimentos da Eletrobrás no montante de R$ 1.962 milhões. A partição destes recursos por região, bem como algumas características técnicas dos programas, são apresentadas a seguir:

Região Financiamento (R$)

Participação (%)

Consumidores por km

Custo (R$/km)

Potência (kVA/km)

Custo (R$/ Consumidor)

Norte 204.6219.800 10,43 1,71 7.153,83 9,91 4.187,50Nordeste 791.280.716 40,33 5,76 10.733,79 8,42 1.862,60C.Oeste 341.657.011 17,41 1,80 9.613,82 14,73 5.350,43Sudeste 414.113.268 21,11 3,33 9.899,41 22,96 2.970,32Sul 210.412.094 10,73 2,33 9.519,23 15,51 4.091,26Brasil 1.962.082.889 100,00 3,44 9.587,28 13,80 2.789,43

Consumidores Rurais Região Contratados Projetos

Elaborados Obras

em Execução Ligados

Norte 75.887 78.081 7.857 53.647 Nordeste 501.340 513.760 28.335 303.328 C.Oeste 64.854 72.297 3.477 64.147 Sudeste 183.597 181.914 10.157 164.977 Sul 76.167 78.476 1.920 44.081 Brasil 901.845 913.106 51.740 630.180

PROGRAMA “LUZ PARA TODOS” Em 2003 a Eletrobrás participou ativamente do processo de implementação do Programa Luz para Todos, que visa a universalização do serviço de energia elétrica. Para garantir a execução deste Programa estão previstos investimentos de R$ 7 bilhões nos próximos cinco anos, dos quais R$ 5,3 bilhões pelo Governo Federal através da Eletrobrás. A previsão é de que sejam atendidas 2 milhões de famílias, beneficiando cerca de 10 milhões de brasileiros. MEIO AMBIENTE Durante o ano de 2003, as seguintes atividades merecem destaque: Realização de análises técnico-orçamentárias e sócio-ambientais de empreendimentos candidatos a financiamentos

ou participações societárias da Eletrobrás; Acompanhamento ambiental das obras de geração e transmissão com participação financeira da Eletrobrás;

Supervisão e acompanhamento da execução de Estudos de Inventário Hidrelétrico das bacias hidrográficas dos rios

Teles Pires (MT), Madeira (RO), Tapajós (PA), Ji-Paraná (RO); Participação em atividades de apoio ao Ministério das Minas e Energia – MME na elaboração de estudos e análises

sócio-ambientais para o Plano Decenal de Expansão do setor elétrico.

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Desenvolvimento de estudos sobre a Emissão de Gases Estufa no local do futuro CHE Belo Monte, bem como estimativa de emissões em usinas termelétricas no Brasil.

AÇÕES SOCIAIS E CULTURAIS A Eletrobrás, consciente do seu papel social e visando conciliar seus interesses institucionais e mercadológicos com as orientações oriundas do Governo Federal, aprovou, em 2003, a criação da Coordenadoria de Responsabilidade Social e Desenvolvimento Humano, bem como sua política de apoio a projetos culturais e sociais, visando, de forma criteriosa apoiar projetos de reconhecido valor cultural ou que tivessem forte conteúdo de inclusão social. Em sintonia com a política do Governo Federal na busca do desenvolvimento da cidadania e o combate à pobreza foram desenvolvidos projetos sociais na área de educação, geração de renda e desenvolvimento comunitário e atuou-se na busca de melhores condições de vida para as comunidades de baixa renda, propiciando escolarização ou atividades profissionalizantes. Foram também aportados recursos em projetos culturais, tais como, recuperação de patrimônio, artes cênicas, filmes, festivais. Foi dada continuidade à parceria com o Comitê dos Empregados na Ação da Cidadania - CEEL, tendo sido realizadas Visitas Sociais contando com a presença e doações dos empregados, auxiliando, entre as quais, na campanha Natal pela Vida de várias entidades assistidas pela Eletrobrás/CEEL. A política de incentivo à preparação de profissionais para o mercado de trabalho foi mantida com o ingresso de estagiários de nível médio e superior, bem como com o aproveitamento de menores carentes da Fundação São Martinho, dando a oportunidade de adquirirem experiência profissional. Com objetivo de levar a seus empregados o máximo de informações e subsídios para o desenvolvimento de um estilo de vida saudável, foi lançado o programa Eletrovida, que disponibiliza uma equipe multidisciplinar de profissionais especializados e apresenta programas relacionados a diversos temas de saúde. 6. OUTROS PROGRAMAS SETORIAIS PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E INDUSTRIAL - PDTI Em 2003, foi instituído o Programa de Desenvolvimento Tecnológico e Industrial - PDTI, integrando as funções de Desenvolvimento Tecnológico, Industrial e de Pesquisa e Desenvolvimento das empresas do Grupo Eletrobrás. O PDTI objetiva atender as necessidades de materiais, equipamentos e serviços das empresas do Grupo, tanto nos sistemas de geração e transmissão já em operação, quanto para as tecnologias em novas fontes para geração e transmissão de energia elétrica em longa distância. Visa também, atender as necessidades de inovação tecnológica no segmento de distribuição de energia elétrica das empresas federalizadas nas regiões norte e nordeste do país. PROGRAMA DE ACOMPANHAMENTO EMPRESARIAL Configuração das empresas participantes do programa de acompanhamento empresarial em 2003:

EELLEETTRROOAACCRREE

CCEEAAMM

BBOOAAVVIISSTTAA EENNEERRGGIIAAMMAANNAAUUSS

EENNEERRGGIIAA

CCEERROONN

CCGGTTEEEE

CCEEPPIISSAA

CCEEAALL

EMPRESAS NO PROGRAMA DE ACOMPANHAMENTO EMPRESAS NO PROGRAMA DE ACOMPANHAMENTO- SUBIDIÁRIAS DA ELETRONORTE

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As Empresas Federais de Energia Elétrica (CEAL, CEAM, CEPISA, CERON E ELETROACRE), a CGTEE e as subsidiárias integrais da ELETRONORTE (Boa Vista Energia e a Manaus Energia) são acompanhadas empresarialmente pelo Comitê de Acompanhamento da Gestão Empresarial - COAGE e monitoradas através do Sistema de Acompanhamento de Gestão Empresarial - SIAGE, a partir de indicadores que abrangem a área financeira, mercadológica, recursos humanos e engenharia, incluindo simulação da performance empresarial, permitindo a elaboração de um Plano de Gestão e um decorrente Plano de Ação, para cada empresa. Com base e através da utilização do SIAGE efetiva-se continuamente: • Diagnóstico dos Problemas Estruturais de cada empresa; bem como o • Acompanhamento do desempenho do Plano de Gestão Anual. PROGRAMA DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA Aprovação de contratos de financiamento para implementação de projetos de iluminação pública eficiente em todas regiões do país, no âmbito do Reluz, no valor de R$ 258 milhões, correspondendo à cerca de 750 mil pontos de iluminação, beneficiando mais de 16 milhões de habitantes. Investimento de cerca de R$ 5 milhões em capacitação de 21 laboratórios em 19 universidades na área de eficiência energética, abrangendo 16 estados das 5 regiões geográficas do país. Lançamento da Chamada Pública, em parceria com a Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades, para implementar projetos de eficiência energética no setor de saneamento ambiental em todo o Brasil. PROGRAMA NACIONAL DE CONSERVAÇÃO DE ENERGIA – PROCEL

• Em 2003, os projetos realizados no âmbito do Procel contribuíram para uma economia de energia da ordem de 1.800 GWh, com uma correspondente redução de demanda no período de ponta de 458 MW e os resultados representaram uma economia para o setor em torno de R$ 2,6 bilhões.

PRINCIPAIS RESULTADOS DOS PROJETOS EXECUTADOS PELO PROCEL EM 2003 PROCEL nas Escolas Foram capacitados 36.000 professores, e, conseqüentemente, 3 milhões de alunos receberam treinamento sobre os fundamentos da conservação de energia e meio ambiente. Tecnologia O principal instrumento de divulgação para eficientização energética em equipamentos eletrodomésticos e eletroeletrônicos é o Selo Procel. Atualmente os motores, lâmpadas, reatores eletromagnéticos, freezers, geladeiras, aparelhos de ar condicionado, coletores solares e reservatórios térmicos são submetidos voluntariamente para avaliação e premiação através do Selo. Além do Selo, o Núcleo de Tecnologia, em conjunto com a UNIFEI, trabalhou no desenvolvimento do programa de diagnóstico energético, o Mark IV Plus. Projeto de Eficiência Energética do Banco Mundial Com um total previsto de US$ 12 milhões, deu-se início à assinatura de convênios nas áreas de capacitação laboratorial, marketing, treinamento, avaliação de mercado e centro de informação do Procel. ATIVIDADES INTERNACIONAIS Na área internacional, além da continuidade dos trabalhos de colaboração com o Ministério das Minas e Energia – MME e o Ministério das Relações Exteriores - MRE, em Comissões e Grupos de Trabalho diversos sobre integração energética regional, a Eletrobrás iniciou estudos para viabilizar, num médio prazo, uma atuação mais agressiva de execuções de serviços de engenharia no exterior, se fazendo, com tal propósito representar na Comitiva do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Oriente Médio no mês de dezembro de 2003. ATIVIDADES DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO – CEPEL No ano de 2003, a carteira de projetos de pesquisa e desenvolvimento para os sócios fundadores do CEPEL - Eletrobrás, FURNAS, CHESF, ELETRONORTE e ELETROSUL - compreendeu 77 projetos que contemplaram a aplicação e o desenvolvimento das mais avançadas tecnologias em nível mundial, visando a solução de problemas e inovações demandadas por estas empresas para o planejamento e operação dos sistemas, nos mais diversos aspectos, elétricos, energéticos, de mercado, de gerenciamento de riscos de comercialização e investimentos, e de avaliação e combate a perdas. Estão também em andamento, 30 outros projetos realizados para os sócios fundadores em atendimento à lei 1999/2000 (ANEEL) que regula investimentos setoriais em P&d. Os projetos do CEPEL se distribuem nas grandes linhas de pesquisa do Centro: Automação de Sistemas, Otimização Energética e Meio Ambiente, Instalações e Equipamentos, Sistemas Elétricos e Tecnologias Especiais. Durante o ano, foram realizados ainda

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cerca de 50 projetos para clientes diversos, incluindo agentes do setor, concessionárias de distribuição, fabricantes de equipamentos e consultoras. Pode-se também destacar o suporte técnico dado pelo Cepel às atividades coordenadas pelo Ministério de Minas e Energia - MME, tais como o apoio aos Comitês Técnicos do CNPE, ao Programa Luz no Campo e ao Procel, à manutenção de sistemas fotovoltaicos e revitalização do Prodeem, bem como aos estudos para o novo modelo setorial e para a criação da EPE. Utilizando sua infra-estrutura laboratorial, de porte único no hemisfério sul, o Cepel conduziu pesquisas nas áreas de equipamentos elétricos, diagnósticos e monitoramento em instalações de geração, transmissão e distribuição, e em novas tecnologias, como supercondutividade. Além disso, os laboratórios ampliaram seu importante papel de prestação de serviços à indústria nacional de equipamentos elétricos, que os utiliza intensamente para os ensaios de desenvolvimento, certificação e aceitação de seus produtos. O Cepel tem também suportado a inserção de fontes renováveis de energia no país, tendo priorizado a ampliação de sua capacidade de pesquisa e desenvolvimento nessa área. 7. ASPECTOS DE RECURSOS HUMANOS Em fevereiro de 2003, foi realizado Concurso Público, visando a contratação de pessoal para complementação do quadro próprio da empresa, tendo sido admitidos 160 concursados, perfazendo um total de 940 empregados. Dando continuidade ao Programa de Capacitação e Desenvolvimento do Quadro Funcional, foram efetuados ingressos em Programas de MBA, Mestrado e Doutorado, cumprindo ainda destacar relevante participação do corpo funcional no Programa de Idiomas patrocinado pela Empresa.

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Demonstração do Valor Adicionado

( em milhares de Reais ) Distribuição Distribuição

2003 % 2002 % 1 - Receitas (Despesas) 1.1) Venda de mercadorias, produtos e serviços 6.694.316 222,96% - 0,00%1.2) Empréstimos e financiamentos concedidos 565.573 18,84% 13.978.192 465,56%1.3) Provisão para devedores duvidosos - 0,00% - 0,00%1.4) Não operacionais 412.690 13,75% (741.839) -24,71%

7.672.579 255,54% 13.236.353 440,85%2 - Insumos adquiridos de terceiros 2.1) Matérias primas consumidas - - 2.2) Custo dos emp.e financiamentos obtidos (352.461) -11,74% (3.286.914) -50,96%2.3) Materiais, energia, serv.de terc.e outros (7.047.042) -234,71% (493.675) -7,65%2.4)Perda/ recuperação de valores ativos 188.617 6,28% (286.761) -4,45%

(7.210.886) -240,17% (4.067.350) -63,06%3 - Valor adicionado bruto 461.693 15,38% 9.169.003 142,16%4 - Retenções 4.1) Depreciação, amortização e exaustão (1.425) -0,05% (7.791) -0,12%5 - Valor adicionado líq.produzido p/entidade 460.268 15,33% 9.161.212 142,04%6 - Valor adicionado recebido em transf. 6.1) Resultado de equivalência patrimonial 1.596.195 53,16% (2.944.997) -45,66%6.2) Receitas financeiras 946.003 31,51% 233.671 3,62%

2.542.198 84,67% (2.711.326) -42,04%7 - Valor adicionado total a distribuir 3.002.466 100,00% 6.449.886 100,00%Distribuição do valor adicionado . Pessoal e encargos 110.645 3,69% 77.012 1,19%. Impostos, taxas e contribuições 827.549 27,56% 3.420.046 53,02%. Juros e aluguéis 1.741.147 57,99% 1.852.488 28,72%. Dividendos e juros sobre capital próprio 323.125 10,76% 425.000 6,59%. Lucros retidos - 0,00% 675.340 10,47%

3.002.466 100,00% 6.449.886 100,00%

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CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS S.A. - B A L A N Ç O S O C I A L

( em milhares de Reais )

1. Bases de Cálculo 2003 2002 1.1 - Faturamento Bruto 9.104.797 8.385.120 1.2 - Lucro Operacional 22.805 4.593.558 1.3 - Folha de Pagamento Bruta 93.435 63.024

2003 2002

2. Indicadores Laboriais Valor % sobre Folha de Pagamento

Bruta

% sobre Lucro Operacional

Valor % sobre Folha de Pagamento

Bruta

% sobre Lucro Operacional

2.1 – Alimentação 3.758 4,02 16,48 2.910 4,62 0,06 2.2 - Encargos Sociais Compulsórios 14.539 15,56 63,75 11.455 18,18 0,25 2.3 - Previdência Privada 9.349 10,00 40,99 8.773 13,92 0,19 2.4 – Saúde 4.294 4,60 18,83 3.792 6,02 0,08 2.5 – Educação 2.700 2,89 11,84 3.057 4,85 0,07 2.6 - Participação dos Trabalhadores nos Lucros ou Resultados 10.500 11,24 46,04 9.500 15,07 0,21 2.7 - Outros Benefícios 1.700 1,82 7,45 1.953 3,10 0,04 Total - Indicadores Laboriais (2.1 a 2.7) 46.840 50,13 105,39 41.440 65,75 0,90

3. Indicadores Sociais Valor % sobre Folha

de Pagamento Bruta% sobre Lucro Operacional

Valor % sobre Folha de Pagamento Bruta

% sobre Lucro Operacional

3.1 - Impostos (excluídos encargos sociais) 1.649.443 1.665,34 7.132,81 3.371.240 5.349,14 73,39 3.2 - Contribuição p/a Sociedade / Investimentos na Cidadania / Meio Ambiente 71.698 76,73 214,40 64.571 102,45 1,41 Total - Indicadores Sociais (3.1 e 3.2) 1.721.141 1.742,07 7.447,21 3.435.823 5.451,61 74,80

2003 2002 4. Indicadores do Corpo Funcional Nº de Empregados Nº de Empregados 4.1 - Nº de empregados ao final do período 940 799 4.2 - Nº de admissões durante o período 163 112

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Centrais Elétricas Brasileiras S.A. - ELETROBRÁS Demonstrações contábeis em 31 de dezembro de 2003 e de 2002 e parecer dos auditores independentes

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Parecer dos auditores independentes Aos Administradores e Acionistas Centrais Elétricas Brasileiras S.A. - ELETROBRÁS Examinamos os balanços patrimoniais da Centrais Elétricas Brasileiras S.A. - ELETROBRÁS e os balanços patrimoniais consolidados da Centrais Elétricas Brasileiras S.A. - ELETROBRÁS e suas controladas e controlada em conjunto em 31 de dezembro de 2003 e de 2002 e as correspondentes demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e dos adiantamentos para aumento de capital e das origens e aplicações de recursos da Centrais Elétricas Brasileiras S.A. - ELETROBRÁS e as correspondentes demonstrações consolidadas do resultado e das origens e aplicações de recursos dos exercícios findos nessas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de emitir parecer sobre essas demonstrações contábeis. Os exames das demonstrações contábeis de certas empresas controladas identificadas no Anexo III, utilizadas para fins de consolidação como mencionado na Nota 2 (item II), e de empresas nas quais são detidos investimentos temporários, mencionados nas Notas 9 e 11, foram conduzidos sob a responsabilidade de outros auditores independentes e nosso parecer, no que se refere ao valor desses investimentos e aos lucros por eles produzidos, nos montantes de R$ 12.169.280 mil (2002 - R$ 13.624.337 mil) e R$ 1.547.963 mil (2002 - prejuízos de R$ 998.828 mil), respectivamente, correspondentes também aos montantes dos ativos líquidos consolidados e aos resultados consolidados decorrentes dessas investidas, está baseado exclusivamente nos relatórios desses outros auditores.

Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil, as quais requerem que os exames sejam realizados com o objetivo de comprovar a adequada apresentação das demonstrações contábeis em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nossos exames compreenderam, entre outros procedimentos: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos das companhias, (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da companhia, bem como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto.

Com base em nossos exames e nos pareceres de responsabilidade de outros auditores independentes, somos de parecer que as demonstrações contábeis referidas no parágrafo 1 apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Centrais Elétricas Brasileiras S.A. - ELETROBRÁS e da Centrais Elétricas Brasileiras S.A. - ELETROBRÁS e suas controladas e controlada em conjunto em 31 de dezembro de 2003 e de 2002 e o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos da Centrais Elétricas Brasileiras S.A. - ELETROBRÁS dos exercícios findos nessas datas, bem como o resultado consolidado das operações e as origens e aplicações de recursos consolidadas desses exercícios, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. A empresa controlada Eletrobrás Termonuclear S.A. - ELETRONUCLEAR tem apurado prejuízos repetitivos, os quais presentemente decorrem, substancialmente, de sua estrutura de capital. Estão em andamento discussões relacionadas à regulamentação específica para a energia elétrica dessa controlada, que assegure a adequação de sua estrutura de capital, a maximização de sua eficiência operacional e a alavancagem de sua lucratividade, cujo desfecho não é praticável determinar nas circunstâncias. As demonstrações contábeis da controlada foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis aplicáveis a empresas em regime normal de operações e, portanto, não incluem quaisquer ajustes em virtude dessas incertezas.

Conforme mencionado na Nota 27, a empresa controlada FURNAS - Centrais Elétricas S.A. possui contas a receber no montante de R$ 368.869 mil, relativos às transações de venda de energia realizadas no âmbito do Mercado Atacadista de Energia - MAE no período de setembro de 2000 a setembro de 2002, ainda sob o efeito de liminares judiciais movidas por empresas do setor para suspensão de pagamento. A realização desse ativo está sujeita às decisões judiciais referentes a tais ações legais, decorrentes da interpretação das regras do mercado em vigor para aquele período.

Conforme mencionado na Nota 30, em virtude do determinado pela Lei nº 9.648, as controladas FURNAS - Centrais Elétricas S.A., Companhia Hidro Elétrica do São Francisco - CHESF, Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A. - ELETRONORTE e Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica - CGTEE começaram a reduzir em 2003, em 25% ao ano, a quantidade de energia contratada com base nos contratos iniciais vigentes em 2002, submetendo essa parcela de energia livre à comercialização em leilões públicos ou no mercado "spot". Adicionalmente, a Lei nº 10.438 transferiu de FURNAS - Centrais Elétricas S.A. para a companhia, a partir de 2003, a responsabilidade pela aquisição e repasse da energia de ITAIPU.

Conforme mencionado na Nota 30, as empresas do Sistema Eletrobrás foram excluídas do Programa Nacional de Desestatização, como determinado pela Lei nº 10.848.

Rio de Janeiro, 23 de março de 2004 PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes CRC 2SP000160/O-5 "F" RJ Luiz Márcio Malzone Contador CRC 1RJ031376/O-2

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PARECER DO CONSELHO FISCAL O Conselho Fiscal das Centrais Elétricas Brasileiras S.A. – ELETROBRÁS, no âmbito de suas atribuições legais e estatutárias, conheceu o Relatório da Administração e procedeu ao exame das Demonstrações Contábeis referentes ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2003, compostas do Balanço Patrimonial, da Demonstração do Resultado do Exercício, das Mutações do Patrimônio Líquido, das Origens e Aplicações de Recursos e das Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis acompanhadas do Parecer da Auditoria Independente, bem como inteirou-se da proposta relativa à destinação do resultado do exercício. Considerando o trabalho de acompanhamento da Empresa desenvolvido pelo Conselho Fiscal ao longo do exercício, com base na análise da documentação apresentada, nas informações prestadas pelo Departamento de Contabilidade – DFC e no Parecer da Auditoria Independente PRICEWATERHOUSECOOPERS, que declara que as Demonstrações Contábeis representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes as posições patrimonial e financeira das Centrais Elétricas Brasileiras S.A. – ELETROBRÁS, em 31 de dezembro de 2003, o Conselho Fiscal da ELETROBRÁS, destacando o entendimento firmado nos parágrafos de ênfase n°s 4, 5, 6 e 7 do Parecer da PRICEWATERHOUSECOOPERS, entende que as referidas Demonstrações Contábeis estão em condições de serem submetidas à deliberação da Assembléia Geral Ordinária de Acionistas da Empresa. É de parecer, ainda, que a proposta de Administração da ELETROBRÁS relativamente à destinação do resultado do exercício de 2003 está amparada pelas disposições legais e societárias vigentes.

Brasília (DF), 29 de março de 2004. RICARDO DE GUSMÃO DORNELLES ANTÔNIO DE PÁDUA FERREIRA PASSOS Presidente Conselheiro BEATRIZ OLIVEIRA FORTUNATO OSVALDO PETERSEN FILHO Conselheira Conselheiro

KURT JANOS TOTH Conselheiro

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CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS S.A.

BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE DEZEMBRO ( em milhares de Reais )

C O N T R O L A D O R A C O N S O L I D A D O ATIVO 2003 2002 2003 2002

CIRCULANTE Disponibilidades 1.233.947 351.545 2.788.055 1.682.505 Consumidores e revendedores 1.515.319 - 4.292.372 4.751.258 Financiamentos e empréstimos 2.330.696 3.189.829 840.183 939.965 Juros, comissões e taxas 824.836 1.598.991 68.958 97.424 Títulos e valores mobiliários 185.032 255.744 378.732 295.736 Créditos tributários 1.261.344 714.046 1.438.399 930.796 Almoxarifado 972 740 574.491 421.266 Remuneração dos investimentos 606.456 268.534 6.870 16.407 Devedores diversos 5.560 2.053 334.027 320.366 Conta de Consumo de Combustível - CCC 428.796 737.112 443.489 741.286 Créditos renegociados 97.468 445.794 239.632 141.450 Comercialização de energia elétrica 202.784 284.959 202.784 284.959 Outros 433.475 338.941 573.202 364.090

9.126.685 8.188.288 12.181.194 10.987.508

REALIZÁVEL A LONGO PRAZO Financiamentos e empréstimos 35.582.330 39.234.504 14.309.403 16.554.325 Créditos renegociados 1.987.392 - 3.480.941 891.548 Títulos e valores mobiliários 904.142 730.587 1.142.135 1.107.238 Estoque de combustível nuclear - - 262.855 273.700 Estudos e projetos 64.998 61.292 64.998 61.292 Concessões a licitar 233.570 233.570 247.860 247.841 Consumidores e revendedores - - 1.471.267 1.639.429 Créditos tributários 626.804 878.433 1.350.460 1.686.343 Investimentos temporários 11.949 14.932 11.949 14.932 Cauções e depósitos vinculados 51.043 38.335 219.730 240.731 Outros 8.467 9.054 276.510 55.748

39.470.695 41.200.707 22.838.108 22.773.127 Adiantamentos para participação societária 1.004.292 3.218.129 446.357 518.136

40.474.987 44.418.836 23.284.465 23.291.263

PERMANENTE Investimentos 39.995.742 36.968.957 3.164.567 3.196.737 Imobilizado 73.172 6.165 80.132.459 84.007.733 Diferido 49 49 14.574 20.142

40.068.963 36.975.171 83.311.600 87.224.612 89.670.635 89.582.295 118.777.259 121.503.383

As notas explicativas e os anexos I, II, III, IV e V são partes integrantes das demonstrações contábeis.

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( em milhares de Reais )

C O N T R O L A D O R A C O N S O L I D A D O PASSIVO 2003 2002 2003 2002

CIRCULANTE Financiamentos e empréstimos 797.176 306.890 2.103.306 1.323.992 Encargos de financiamentos e emp. 66.430 74.826 183.366 139.262 Créditos do Tesouro Nacional 326.100 20.354 326.100 20.354 Créditos de controladas 38.020 1.506.212 - - CCC 311.648 728.389 311.648 732.303 Fornecedores 1.666.272 32.898 2.467.818 3.464.825 Empréstimo compulsório 312.692 231.785 312.692 231.785 Obrigações estimadas 1.848 - 116.410 99.108 Remuneração aos acionistas 367.227 457.745 395.819 500.618 Tributos e contribuições sociais 1.207.394 772.489 1.682.158 1.446.710 Provisões para contingências - - 273.680 251.898 Remuneração e ressarcimento - - 320.247 311.227 Passivo atuarial 22.801 20.718 255.543 451.890 Outros 248.570 111.934 655.744 48.370

5.366.178 4.264.240 9.404.531 9.022.342

EXIGÍVEL A LONGO PRAZO Financiamentos e empréstimos 3.702.312 5.198.047 23.301.776 27.664.498 Créditos do Tesouro Nacional 1.129.910 425.923 1.129.910 425.923 Reserva Global de Reversão - RGR 4.403.659 3.979.650 4.403.659 3.979.650 Empréstimo compulsório 3.360.600 3.507.900 3.360.600 3.507.900 Tributos e contribuições sociais - 3.189 1.410.966 902.145 Obrigações fiscais diferidas 3.067.108 4.034.064 3.306.423 4.307.640 Descomissionamento de usinas nucleares - - 324.051 331.948 Provisões para contingências 715.569 917.231 1.345.759 1.717.076 Prov/ p/passivo a descoberto em invest. 32.515 629.458 32.515 629.458 Passivo atuarial 50.788 68.064 2.191.420 2.137.555 Outros 4.264 3.667 430.350 27.492

16.466.725 18.767.193 41.237.429 45.631.285 PARTICIPAÇÕES MINORITÁRIAS EM CONTROLADAS - - 297.567 298.894 PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital social 20.785.196 20.612.196 20.785.196 20.612.196 Reservas de capital 23.418.859 23.418.790 23.418.859 23.418.790 Reservas de lucros 19.908.926 18.846.203 19.908.926 18.846.203 Lucros acumulados 1.584.651 1.938.601 1.584.651 1.938.601

65.697.632 64.815.790 65.697.632 64.815.790 Adiantamentos p/aumento de capital 2.140.100 1.735.072 2.140.100 1.735.072

67.837.732 66.550.862 67.837.732 66.550.862 89.670.635 89.582.295 118.777.259 121.503.383

As notas explicativas e os anexos I, II, III, IV e V são partes integrantes das demonstrações contábeis.

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DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DOS EXERCÍCIOS

FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO ( em milhares de Reais )

CONTROLADORA CONSOLIDADO RECEITAS OPERACIONAIS 2003 2002 2003 2002 Venda de energia elétrica 6.855.490 62.677 17.275.921 16.995.887 Subvenções - consumo de combustível - - 1.627.917 1.013.711 Acréscimo moratório sobre energia elétrica 46.448 - 469.571 402.917 Participações societárias 1.596.193 (2.944.997) 191.905 (651.130)

8.498.131 (2.882.320) 19.565.314 17.761.385 DESPESAS OPERACIONAIS Pessoal 107.875 72.634 1.561.813 1.391.440 Material 3.042 2.144 155.119 132.185 Serviços 26.681 25.401 861.036 677.017 Energia comprada para revenda 6.677.881 67.909 5.012.497 5.115.170 Combustível para produção de energia elétrica - - 1.920.054 1.302.609 PASEP e COFINS 663.889 629.361 1.237.020 1.426.218 Uso da rede elétrica - - 215.619 83.599 Depreciação e amortização 1.425 7.791 1.857.656 2.454.735 Provisões operacionais 150.692 1.588.616 106.350 2.410.261 Resultado a compensar de Itaipu - - (783.497) 1.266.423 Doações e contribuições 71.698 64.570 94.337 70.033 Outras 81.466 99.537 732.423 570.992

7.784.649 2.557.963 12.970.427 16.900.682 RESULTADO OPERACIONAL ANTES DO RESULTADO FINANCEIRO 713.482 (5.440.283) 6.594.887 860.703 RECEITAS (DESPESAS) FINANCEIRAS Receitas de juros, comissões e taxas 3.625.526 2.782.621 1.825.709 925.645 Encargos de dívidas (675.978) (740.288) (2.433.732) (1.992.760) Encargos de parcelamento de tributos (5.415) (12.116) (81.337) (290.693) Encargos s/ remuneração aos acionistas (1.326.287) (1.151.846) (1.326.287) (1.151.846) Remuneração e ressarcimento - - (1.008.634) (839.493) Receita de aplicações financeiras 165.177 218.704 473.995 393.098 Atualizações monetárias líquidas 837.658 1.303.528 (344.460) 895.260 Atualizações cambiais líquidas (3.711.170) 7.531.663 (3.352.036) 5.172.732 Outras receitas (despesas) financeiras 399.812 101.575 575.321 548.497 RESULTADO FINANCEIRO (690.677) 10.033.841 (5.671.461) 3.660.440 RESULTADO OPERACIONAL 22.805 4.593.558 923.426 4.521.143 RESULTADO NÃO OPERACIONAL 412.690 (741.839) 390.367 (777.754)RESULTADO ANTES DA CONTRIB. SOCIAL E DO IMPOSTO DE RENDA 435.495 3.851.719 1.313.793 3.743.389 Contribuição social (29.447) (728.982) (317.186) (575.532) Imposto de renda (72.423) (2.012.897) (582.912) (2.032.995)RESULTADO ANTES DAS PARTICIPAÇÕES 333.625 1.109.840 413.695 1.134.862 Participação nos lucros (10.500) (9.500) (95.181) (60.505) Participação minoritária - - 4.611 25.983 LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 323.125 1.100.340 323.125 1.100.340 LUCRO POR LOTE DE 1.000 AÇÕES R$0,60 R$2,05 R$0,60 R$2,05

As notas explicativas e os anexos I, II, III, IV e V são partes integrantes das demonstrações contábeis.

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DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO ( INCLUI ADIANTAMENTOS PARA AUMENTO DE CAPITAL )

( em milhares de Reais ) RESERVAS DE LUCROS ADIANTAMENTOS

CAPITAL RESERVAS DIVIDENDOS RETENÇÃO LUCROS PARA AUMENTO SOCIAL DE LEGAL ESTATUTÁRIAS NÃO DE ACUMULADOS DE CAPITAL T O T A L

(d) CAPITAL (a) DISTRIBUÍDOS LUCROS (b)

Saldos em 31 de dezembro de 2001 20.612.196 22.716.098 1.411.010 12.980.987 3.171.234 - 1.938.601 1.455.398 64.285.524 Encargos financeiros (c) - - - - 607.632 - - 278.933 886.565 Recursos da UNIÃO - 282.678 - - - - - 741 283.419 CRC ativada - FURNAS - 420.014 - - - - - - 420.014 Lucro líquido do exercício - - - - - - 1.100.340 - 1.100.340 Destinação do resultado: Constituição de reservas - - 55.017 561.173 - 59.150 (675.340) - - Remuneração aos acionistas - - - - - - (425.000) - (425.000) Saldos em 31 de dezembro de 2002 20.612.196 23.418.790 1.466.027 13.542.160 3.778.866 59.150 1.938.601

1.735.072

66.550.862 Aumento de Capital 173.000 - - - - - (173.000) -

- Encargos financeiros (c) - - - - 881.773 - - 404.891 1.286.664 Recursos da UNIÃO - 69 - - - - - 137 206 Lucro líquido do exercício - - - - - - 323.125 - 323.125 Destinação do resultado: Constituição de reservas - - 16.156 164.794 - - (180.950) - - Remuneração aos acionistas - - - - - - (323.125) - (323.125) Saldos em 31 de dezembro de 2003 20.785.196 23.418.859 1.482.183 13.706.954 4.660.639 59.150 1.584.651 2.140.100 67.837.732

As notas explicativas e os anexos I, II , III, IV e V são partes integrantes das demonstrações contábeis.

(a) O estatuto prevê a destinação de 50% do lucro líquido para a reserva de investimentos e de 1% para a reserva de estudos e projetos. Em 2003, foram apropriados R$ 161.563 mil para a reserva de investimentos e R$ 3.231 mil para a reserva de estudos e projetos. (b) Os adiantamentos para aumento de capital são classificados no Patrimonio LíquIdo, por força do item "9" da Norma de Execução Conjunta nº 20/1990, da Coordenadoria de Contabilidade do Tesouro Nacional.(c) Os encargos financeiros referem-se ao Decreto - lei n° 326/1991 e Decreto n° 2.673/1998.(d) Em atendimento ao disposto no Artigo 199 da Lei 6404/76, a destinação do excesso do saldo das Reservas de Lucros e Lucros Acumulados em relação ao Capital Social, estará sendo submetido aos acionistas, sendo intenção da administração da ELETROBRÁS propor a capitalização do saldo dos Lucros Acumulados existentes em 31 de Dezembro de 2003.

(a) O estatuto prevê a destinação de 50% do lucro líquido para a reserva de investimentos e de 1% para a reserva de estudos e projetos. Em 2003, foram apropriados R$ 161.563 mil para a reserva de investimentos e R$ 3.231 mil para a reserva de estudos e projetos. (b) Os adiantamentos para aumento de capital são classificados no Patrimonio LíquIdo, por força do item "9" da Norma de Execução Conjunta nº 20/1990, da Coordenadoria de Contabilidade do Tesouro Nacional.(c) Os encargos financeiros referem-se ao Decreto - lei n° 326/1991 e Decreto n° 2.673/1998.(d) Em atendimento ao disposto no Artigo 199 da Lei 6404/76, a destinação do excesso do saldo das Reservas de Lucros e Lucros Acumulados em relação ao Capital Social, estará sendo submetido aos acionistas, sendo intenção da administração da ELETROBRÁS propor a capitalização do saldo dos Lucros Acumulados existentes em 31 de Dezembro de 2003.

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DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO

( em milhares de Reais ) C O N T R O L A D O R A C O N S O L I D A D O

2003 2002 2003 2002 ORIGENS Das operações - lucro líquido do exercício 323.125 1.100.340 323.125 1.100.340 Despesas (receitas) que não afetam o capital circ.líq.: Depreciação e amortização 1.425 7.791 1.857.656 2.454.735 Variações monetárias líquidas de longo prazo 2.187.576 (7.227.492) 1.466.462 (4.415.862) Ajuste dos investimentos pelo valor patrimonial (1.596.193) 2.944.997 (191.905) 651.130 Aumento (redução) de provisões de longo prazo (987.285) 3.354.081 (548.452) 3.692.337 Participação minoritária no resultado - - 4.611 (25.983) Provisão para perdas - investimentos 1.128.083 - 1.128.083 - Encargos financeiros incidentes sobre o pat.líq. 1.286.664 886.565 1.286.663 886.565 Provisão para passivo a descoberto (596.943) 629.458 (596.943) 629.458 Ativos fiscais diferidos 251.629 (478.704) 335.883 (913.772) Outras - 91.731 3.519 -

1.998.081 1.308.767 5.068.702 4.058.948 De Acionistas 206 741 5.207 53.543 De Terceiros Financiamentos obtidos 61.255 349.770 789.747 920.620 Reserva Global de Reversão e Empréstimo compulsório 514.628 1.401.837 514.628 1.401.837 Transferência do circulante para o exigível a longo prazo 692.364 58.846 1.568.526 475.356 Transferência do realizável a l.p.p/o circulante 3.599.475 2.543.988 4.645.617 2.141.792 Redução de ativos permanentes 197.501 7.708 284.863 183.215 Realização de investimento 812.346 487.510 51.816 - Venda de LFT's - 623.102 - 623.102 Outras 13.313 - - - 5.890.882 5.472.761 7.855.197 5.745.922 TOTAL DAS ORIGENS 7.889.169 6.782.269 12.929.106 9.858.413

APLICAÇÕES Na aquisição de direitos e bens do imob. e em gastos diferidos 68.432 792 3.123.868 3.592.173 Em financiamentos e empréstimos concedidos 3.269.456 2.408.400 3.258.928 1.172.872 Em participação em empresas de energia elétrica - 73.692 - 73.692 Em adiantamentos para participação societária 1.342.879 190.914 1.047.483 168.575 Transferência do exigível a longo prazo para o circulante 1.042.212 358.792 2.494.696 1.073.447 Remuneração aos acionistas 323.125 425.000 326.566 425.800 Transferência do circulante para o realizável a longo prazo 1.898.291 1.862.574 1.801.494 1.149.186 Transferência de créditos de controladas para o circulante - 1.034.269 - - Outras 108.315 15.232 64.574 223.813 TOTAL DAS APLICAÇÕES 8.052.710 6.369.665 12.117.609 7.879.558

Variação do capital circulante (163.541) 412.604 811.497 1.978.855 Demonstração da variação do capital circulante: Ativo circulante: No início do exercício 8.188.288 7.327.172 10.987.508 10.537.582 No fim do exercício 9.126.685 8.188.288 12.181.194 10.987.508 Variação 938.397 861.116 1.193.686 449.926

Passivo circulante: No início do exercício 4.264.240 3.815.728 9.022.342 10.551.271 No fim do exercício 5.366.178 4.264.240 9.404.531 9.022.342 Variação 1.101.938 448.512 382.189 (1.528.929)Variação do capital circulante (163.541) 412.604 811.497 1.978.855

As notas explicativas e os anexos I, II, III, IV e V são partes integrantes das demonstrações contábeis.

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CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS S.A.

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2003 E DE 2002

NOTA 1 - CONTEXTO OPERACIONAL

A ELETROBRÁS é uma empresa de capital aberto, com ações negociadas em bolsas de valores, que tem por objeto realizar estudos, projetos, construção e operação de usinas produtoras e linhas de transmissão e distribuição de energia elétrica, bem como a celebração de atos de comércio decorrentes dessas atividades; cooperar com o Ministério de Minas e Energia na formulação da política energética do País; conceder financiamentos a empresas concessionárias de serviço público de energia elétrica sob seu controle, e prestar garantias, no País ou no exterior, em seu favor, bem como adquirir debêntures de sua emissão; conceder financiamentos e prestar garantias, no País ou no exterior, em favor de entidades técnico-científicas de pesquisa sob seu controle; promover e apoiar a pesquisa de interesse do setor energético, ligadas à geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, bem como estudos de aproveitamento de reservatórios para fins múltiplos; contribuir para a formação do pessoal técnico necessário ao setor de energia elétrica brasileiro, bem como para a preparação de operários qualificados, mediante cursos especializados, podendo, também, conceder auxílio aos estabelecimentos de ensino do País ou bolsas de estudo no exterior e assinar convênios com entidades que colaborem na formação de pessoal técnico especializado; colaborar, técnica e administrativamente, com as empresas de cujo capital participe acionariamente e com órgãos do Ministério de Minas e Energia, além de administrar recursos setoriais, que financiam os programas do Governo Federal de eletrificação rural - Luz no Campo , o Programa Nacional de Iluminação Pública Eficiente – RELUZ, o Programa de Incentivos às Fontes Alternativas de Energia Elétrica – PROINFA e o Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica - PROCEL. A ELETROBRÁS é acionista majoritária das empresas Furnas Centrais Elétricas S.A., Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A. – ELETRONORTE, Companhia Hidro- Elétrica do São Francisco – CHESF, Empresa Transmissora de Energia Elétrica do Sul do Brasil S.A. - ELETROSUL, Eletrobrás Termonuclear S.A. - ELETRONUCLEAR e da Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica - CGTEE. A função básica dessas controladas é a geração, transmissão e distribuição de energia elétrica. A empresa participa, também, na qualidade de acionista majoritário, da LIGHT Participações S.A. – LIGHTPAR e, em regime de controle conjunto, da ITAIPU BINACIONAL.

Nos termos da Lei 10.438, de 26 de abril de 2002 a ELETROBRÁS foi autorizada a adquirir a totalidade da energia elétrica produzida por ITAIPU Binacional, passando a ser o agente comercializador de energia elétrica gerada pela citada empresa.

NOTA 2 - APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS E PRINCIPAIS PRÁTICAS ADOTADAS I – Siglas das empresas referidas nestas notas explicativas: AES ELETROPAULO AES Eletropaulo Metropolitana de Eletricidade de São Paulo S.A. AES SUL AES Sul Distribuidora Gaúcha de Energia S.A. AES TIETÊ AES Tietê S.A. ANDE Administración Nacional de Electricidad CEAL Companhia Energética de Alagoas CEAM Companhia Energética do Amazonas CEB Companhia Energética de Brasília CEEE Companhia Estadual de Energia Elétrica CELESC Centrais Elétricas de Santa Catarina S.A. CELG Centrais Elétricas de Goiás S.A. CELPA Centrais Elétricas do Pará S.A. CELPE Companhia Energética de Pernambuco CEMAR Companhia Energética do Maranhão CEMAT Centrais Elétricas Matogrossenses S.A. CEMIG Centrais Elétricas de Minas Gerais S.A. CEPISA Companhia Energética do Piauí CERJ Companhia de Eletricidade do Rio de Janeiro CERON Centrais Elétricas de Rondônia S.A. CESP Companhia Energética de São Paulo COELBA Companhia de Eletricidade da Bahia COPEL Companhia Paranaense de Energia

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CPFL Companhia Paulista de Força e Luz CTEEP Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista DUKE Duke Energy International, Geração Paranapanema S.A. EATE Empresa Amazonense de Transmissão de Energia S.A. EBE Empresa Bandeirante de Energia S.A. ELEJOR Centrais Elétricas do Rio Jordão S.A. ELEKTRO Elektro Eletricidade e Serviços S.A. ELETROACRE Companhia de Eletricidade do Acre EMAE Empresa Metropolitana de Águas e Energia S.A ENERSUL Empresa Energética do Mato Grosso do Sul EPTE Empresa Paraense de Transmissão de Energia S.A. ESCELSA Espírito Santo Centrais Elétricas S.A. GERASUL Centrais Geradoras do Sul do Brasil S.A. GUASCOR Guascor do Brasil Ltda. INVESTCO Investco S.A. ITIQUIRA Itiquira Energética S.A. LIGHT Light Serviços de Eletricidade S.A. PIRATININGA Companhia Piratininga de Força e Luz RGE Rio Grande Energia Elétrica TANGARÁ Tangará Energia S.A. TRACTBEL Tractbel Energia S.A. II – PRÁTICAS CONTÁBEIS DE CONSOLIDAÇÃO As demonstrações contábeis consolidadas contemplam as demonstrações da ELETROBRÁS e as de suas controladas mencionadas na Nota 1, elaboradas com a observância da legislação societária aplicável. Essas demonstrações contábeis foram elaboradas de conformidade com os critérios usuais de consolidação, entre os quais merecem destaque: a) eliminação dos investimentos da controladora nas empresas controladas, em contrapartida à sua participação nos

respectivos patrimônios líquidos; b) eliminação de saldos a receber e a pagar intercompanhias; c) eliminação das receitas e despesas intercompanhias; e d) destaque da participação dos acionistas minoritários no patrimônio líquido e no resultado das empresas controladas. As demonstrações contábeis da ITAIPU BINACIONAL são originalmente elaboradas em Dólares Norte – Americanos e foram convertidas para Reais, à taxa de câmbio em 31 de dezembro de 2003 ( US$ 1.00 – R$ 2,8892 ) divulgada pelo Banco Central do Brasil (2002 - US$ 1.00 – R$ 3,5333). Para fins de consolidação, as demonstrações contábeis da ITAIPU são incorporadas às da controladora em conjunto, na proporção de 50% das contas patrimoniais e de resultado. Nos termos do Tratado Internacional, firmado entre o Brasil e o Paraguai, em 26 de abril de 1973, que rege a ITAIPU Binacional, o resultado do exercício da ITAIPU alocado na rubrica resultados a compensar é transferido para o ativo imobilizado. Face à inexistência de resultados não realizados nas operações intercompanhias, o lucro líquido e o patrimônio líquido na controladora são iguais aos do consolidado.

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III - DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS CONSOLIDADAS E DA CONTROLADORA As demonstrações contábeis da ELETROBRÁS e de suas controladas foram elaboradas de acordo com a Lei das Sociedades por Ações e disposições complementares da Comissão de Valores Mobiliários - CVM, consoante as práticas contábeis descritas a seguir: a) as disponibilidades estão representadas, substancialmente, por aplicações financeiras de curto prazo, junto ao Banco

do Brasil S.A., nos termos da legislação específica para empresas estatais, emanada do Decreto-lei nº 1.290, de 03 de dezembro de 1973, com as alterações decorrentes da Resolução nº 2.917, de 19 de dezembro de 2001, do Banco Central do Brasil, que estabeleceu novos mecanismos para as aplicações das empresas públicas e das sociedades de economia mista integrantes da Administração Federal indireta;

b) o saldo de consumidores e revendedores é composto por créditos provenientes do fornecimento e suprimento de energia elétrica, incluídos aqueles decorrentes de energia transacionada no âmbito do MAE, além do fornecimento e suprimento não faturado, até 31 de dezembro de 2003, registrado com base no regime de competência.

Inclui, também, os acréscimos moratórios em função de atrasos no pagamento por parte dos consumidores, concessionários e permissionários. São constituídas provisões para créditos de liquidação duvidosa, em montante julgado suficiente para a cobertura de eventuais perdas ( ver Nota 3 e Anexo I );

c) os financiamentos e empréstimos a receber e respectivos encargos apropriados até a data do balanço estão

atualizados segundo os índices contratuais de atualização monetária ou cambial, incluindo provisões para créditos de liquidação duvidosa, demonstrados no Anexo II às Notas explicativas;

d) os materiais em estoque no almoxarifado estão registrados ao custo médio de aquisição, que não excede o valor de

reposição; e) a ELETROBRÁS, nos termos da Lei nº 8.631, de 04 de março de 1993, administra os valores relativos aos

recolhimentos efetuados pelos concessionários do serviço público de energia elétrica, para crédito nas Contas de Consumo de Combustíveis – CCC, correspondentes às quotas anuais dos dispêndios com combustíveis para geração de energia elétrica. Os valores registrados no ativo circulante correspondem às disponibilidades de recursos ( conta bancária vinculada ) e as quotas não quitadas pelos concessionários. No passivo circulante encontram-se registrados os valores a serem disponibilizados para aquisição dos combustíveis fósseis;

f) os investimentos decorrentes de participações societárias em controladas consolidadas estão avaliados pelo método

de equivalência patrimonial ( vide Anexo III ). Os demais investimentos com participação acionária igual ou superior a 20% do capital total das companhias investidas, também estão sendo avaliados pelo método de equivalência patrimonial, nos termos da legislação societária, em especial a instrução CVM 247/96. A contrapartida do ajuste decorrente dessa avaliação está computada no resultado do exercício. Os demais investimentos estão avaliados ao custo, retificados por provisões para eventuais perdas, registradas no resultado.

g) o imobilizado, demonstrado no Anexo IV, está registrado ao custo de aquisição ou construção e inclui correção

monetária até 31 de dezembro de 1995. A depreciação é calculada pelo método linear, debitada parte ao resultado do exercício e parte ao custo das ordens em curso, em função da utilização dos bens, de acordo com a Resolução nº 002, de 24 de dezembro de 1997, da Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, que determina que a depreciação seja calculada pela aplicação das taxas para cada bem ou instalação registrados nas Unidades de Cadastro – UC, instituídas pela Portaria DNAEE nº 815, de 30 de novembro de 1994;

h) os financiamentos e empréstimos a pagar e os correspondentes encargos apropriados até a data do balanço estão

atualizados pelos índices contratuais e demonstrados no Anexo V; i) os saques feitos pela ELETROBRÁS à Reserva Global de Reversão - RGR ( ver Nota 20 ), destinados a

empréstimos e financiamentos às concessionárias de energia elétrica, são registrados como exigibilidades. Sobre tais saques incidem juros de 5% ao ano, a partir da vigência da Lei n.º 8.631, de 04 de março de 1993;

j) o empréstimo compulsório está registrado pelo valor do principal, acrescido de atualização monetária, com base no

IPCA-E e juros de 6% ao ano ( ver Nota 21 ). k) o imposto de renda foi calculado pelo regime de apuração do lucro real anual, sendo utilizada a alíquota de 15% e

adicional de 10% sobre o lucro real. A contribuição social sobre o lucro líquido foi calculada à alíquota de 9% sobre o lucro ajustado. Em atendimento ao disposto na Deliberação CVM nº 273, de 20 de agosto de 1998, e da Instrução CVM nº 371, de 27 de junho de 2002, estão registrados no ativo circulante, no realizável a longo prazo e no exigível a longo prazo os ativos e obrigações fiscais diferidos, calculados sobre as diferenças temporárias, conforme demonstrado na Nota 16;

l) os demais ativos encontram-se registrados pelos seus efetivos valores de custo ou realização, conforme aplicável,

incluindo os rendimentos e eventuais variações monetárias ou cambiais auferidos; m) os demais passivos encontram-se registrados por seus valores conhecidos e calculáveis, acrescidos, conforme

aplicável, dos encargos e variações monetárias ou cambiais incorridos;

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n) o resultado do exercício é apurado segundo o regime de competência; NOTA 3 – CONSUMIDORES E REVENDEDORES Os saldos de consumidores e revendedores encontram-se detalhados no Anexo I destas Notas explicativas. A partir de 1º de setembro de 2000 entraram em vigor as regras do Mercado Atacadista de Energia Elétrica – MAE, homologadas pela Resolução nº 290/2000, de 3 de agosto de 2000, da Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, cabendo ao MAE o controle e liquidação das transações de compra e venda de energia de curto prazo ( vide Nota 27 ). Além dos valores apresentados no ativo circulante, as controladas FURNAS, CHESF e ELETRONORTE, mantêm registrados no realizável a longo prazo, incluídos na rubrica "Consumidores e revendedores", créditos correspondentes à energia livre, comercializada no âmbito do MAE, nos valores de R$ 261.408 mil, R$ 613.278 mil e R$ 231.596 mil, respectivamente, referentes ao direito de ressarcimento do gerador, previsto no Acordo Geral do Setor Elétrico (vide Nota 27). Esses valores serão realizados em até cinco anos através de acréscimos nas tarifas de geração, conforme definido pelo órgão regulador. Foram levadas a termo as negociações para o equacionamento dos créditos de energia própria pendentes de liquidação, junto às distribuidoras CELG e CEB, motivo pelo qual a controlada FURNAS reverteu a provisão para créditos de liquidação duvidosa no montante de R$ 322.816 mil, revertendo, também, o crédito tributário correspondente, no valor de R$ 109.757 mil, produzindo um efeito líquido no resultado do exercício daquela controlada de R$ 213.059 mil. Os acordos de renegociação de dívidas tiveram as seguintes características: a) CELG - Nos termos do Instrumento Particular de Confissão de Dívidas e Outras Avenças, firmado em dezembro de

2003 entre FURNAS e CELG, no montante de R$ 378.938 mil, foi pactuado que a dívida será quitada em 216 meses, com atualização pelo IGP-M, acrescido de juros de 1% ao mês. Considerando os termos do acordo de refinanciamento da dívida firmado com a CELG, FURNAS reverteu a provisão para devedores duvidosos, constituída em 2002, no montante de R$ 249.145 mil.

b) CEB - Através do Instrumento Particular de Confissão de Dívidas e Outras Avenças, firmado em outubro de 2003,

entre FURNAS e CEB, no montante de R$ 191.129 mil, a CEB reconhece um débito referente ao faturamento de energia própria, que será quitado em 144 meses, sendo o saldo devedor, atualizado pelo IGP-M, acrescido de juros de 1% ao mês. Considerando os termos do acordo de refinanciamento da dívida firmado com a CEB, FURNAS reverteu a provisão para devedores duvidosos, constituída em 2002, no montante de R$ 73.671 mil.

Para ambos os casos mencionados acima, o recebimento dos créditos se dará através de transferência parcial, para FURNAS, do faturamento das distribuidoras. Os saldos em aberto estão apresentados no quadro consolidado na Nota 7. NOTA 4 – FINANCIAMENTOS E EMPRÉSTIMOS CONCEDIDOS 1) Os empréstimos e financiamentos a receber são oriundos de recursos próprios da ELETROBRÁS ( recursos ordinários ), além de recursos setoriais, do empréstimo compulsório, recursos externos captados através de agências internacionais de desenvolvimento e do lançamento de títulos no mercado financeiro internacional. Todos os financiamentos e empréstimos estão respaldados por contratos assinados com as mutuárias. Os recebimentos destes valores, em sua maioria, estão previstos em parcelas mensais, amortizáveis em um prazo médio de 10 anos, sendo que a taxa média de juros, ponderada pelo saldo devedor, é de 7,19% a.a., atualizada monetariamente. Os empréstimos concedidos, com cláusula de atualização em moeda estrangeira, representam cerca de 57% do total da carteira. A seguir estão apresentados alguns comentários, julgados relevantes, no que se refere à gestão da carteira de empréstimos e financiamentos: a) A ELETRONORTE, como resultado de um processo de inadimplência, acumulou uma dívida vencida de principal e

encargos, de cerca de R$ 1.280.000 mil com a ELETROBRÁS, a qual foi liquidada substancialmente com a utilização de créditos decorrentes das concessões a licitar ( vide Nota 15 ) que a controlada detinha junto à controladora.

b) Com o objetivo de reduzir o endividamento em empresas classificadas como investimentos temporários, a Companhia, neste exercício, converteu em adiantamento para futuro aumento de capital o montante de R$ 1.047.482 mil, correspondente a parcelas vencidas e vincendas de alguns contratos de empréstimos e financiamentos concedidos à CEAL, ELETROACRE, CERON, CEPISA e CEAM (Ver Nota 10). O detalhamento dos financiamentos e empréstimos concedidos pela ELETROBRÁS, incluindo juros, comissões e taxas está apresentado no Anexo II ( ver também Nota 25 ). 2) Provisão para créditos de liquidação duvidosa A ELETROBRÁS possui créditos decorrentes de empréstimos e financiamentos, em aberto à longa data, junto à AES ELETROPAULO, os quais foram objeto de ação judicial movida pela Companhia, transitada em julgado, com sentença favorável à ELETROBRÁS que, contudo, até o momento, não obteve êxito no recebimento desses valores.

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Assim, a Companhia de forma conservadora mantém uma provisão para créditos de liquidação duvidosa, no valor de R$ 320.263 mil, sendo R$ 12.423 mil constituída neste exercício decorrente do principal e do serviço da dívida de financiamento e empréstimos junto àquela empresa. NOTA 5 – TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS R$ mil

CONTROLADORA CONSOLIDADO

2003 2002 2003 2002

CIRCULANTE

CFT-E1 92.630 172.454 92.630 172.454

ELET - - 193.700 39.992

NTN- P 92.402 83.290 92.402 83.290

185.032 255.744 378.732 295.736

LONGO PRAZO

FINOR/FINAM 287.082 287.082 287.082 287.082

RENDIMENTO DE PARCERIAS 616.577 443.022 625.398 443.022

ELET - - 226.859 374.338

OUTROS 483 483 2.796 2.796

904.142 730.587 1.142.135 1.107.238

a) CFT-E1 – Em dezembro, de 2003 a ELETROBRÁS alienou 196.367 títulos, por R$ 129.209 mil, correspondendo a 42% do seu valor de face, reconhecendo uma perda de R$ 177.350 mil, registrada no resultado não operacional. Esses títulos públicos têm remuneração equivalente à variação do Índice Geral de Preços – Mercado – IGP-M, sem juros, com data de resgate fixada para agosto de 2012, para os quais a controladora mantém uma provisão para ajuste a valor de mercado, já constituída em 2002 e ajustada para a data base de 31 de dezembro de 2003, sendo o saldo da provisão, no montante de R$ 98.144 mil, apresentado como redutor do ativo, tomando por base o efetivo deságio verificado na citada alienação. b) NTN-P – Recebidas no processo de privatização da LIGHT, como parte do pagamento da alienação do controle acionário da referida distribuidora de energia elétrica, com remuneração eqüivalente à variação da Taxa Referencial – TR, divulgada pelo Banco Central do Brasil, com juros de 6% a.a incidentes sobre o valor atualizado e data de resgate fixada a partir de fevereiro de 2012. c) FINOR/FINAM – Refere-se substancialmente a incentivos fiscais destinados à CHESF e ELETRONORTE. d) RENDIMENTO DE PARCERIAS – A ELETROBRÁS firmou, ao longo dos últimos anos, contratos de participação em projetos privados de geração e transmissão de energia elétrica, na qualidade de sócio preferencialista, classificados no Ativo Permanente – investimentos, com prazo pré-determinado de retirada da sociedade e com remuneração equivalente a variação do IGP-M acrescido de juros de 12% a 13% ao ano. Os rendimentos a receber decorrentes desses investimentos em parcerias estão demonstrados a seguir:

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R$ mil

CONTROLADORA

2003 2002

INVESTCO ( UHE Luís Eduardo Magalhães – TO ) 481.935 357.992

EATE ( Linha de transmissão Tucurui – PA / Presidente Dutra - MA )

53.792 31.491

ITIQUIRA ( UHE Itiquira – MT ) 36.438 30.119

TANGARÁ ( UHE Guaporé – MT ) 18.664 9.510

EPTE ( Linha de trasmissão Tocantins – TO/Vila do Conde – PA)

10.747 6.372

GUASCOR 7.102 5.898

ELEJOR ( Complexo energético Fundão-Santa Clara – PR ) 7.899 1.640

616.577 443.022

NOTA 6 – REMUNERAÇÃO DE INVESTIMENTOS Refere-se a dividendos e juros sobre o capital próprio ( líquido de imposto de renda na fonte ), decorrentes de investimentos societários mantidos pela ELETROBRÁS: R$ mil

CONTROLADORA CONSOLIDADO

2003 2002 2003 2002

FURNAS 260.383 133.682 -

CHESF 271.351 97.245 -

ITAIPU 17.335 21.200 -

ELETROSUL 40.901 - -

OUTROS 16.486 16.407 6.870 16.407

606.456 268.534 6.870 16.407

NOTA 7 – CRÉDITOS RENEGOCIADOS R$ mil CONTROLADORA CONSOLIDADO 2003 2002 2003 2002 CIRCULANTE CEB 2.260 - 18.756 - CEMAT 17.097 - 28.942 20.074 ELETROSUL 2.384 115.897 - - AES-SUL 69.132 - 69.433 - FURNAS - 928.958 - - CELG 6.595 - 18.754 - STN - - 101.883 84.246 OUTROS - - 1.864 37.130 (-)Provisão para perdas - (599.061) - - 97.468 445.794 239.632 141.450 REALIZAVEL A LONGO PRAZO

CEMAT - - 141.581 150.065 STN - - 815.813 741.483 CEB 173.922 - 362.230 - CELG 453.691 - 800.450 - Cessão de Créditos de Itaipu

1.359.779

- 1.359.779

-

OUTROS - - 1.088 - 1.987.392 - 3.480.941 891.548

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a) Oriundos de Energia Elétrica - CELG e CEB A ELETROBRÁS, o Tesouro Nacional, a ITAIPU Binacional e a ANDE, firmaram, em março de 2001, um Memorandum de Entendimento, documento no qual a ITAIPU fica autorizada a utilizar créditos que tenha junto ao Tesouro Nacional Brasileiro ou com a ELETROBRÁS e suas controladas, para compensar obrigações que tenha junto a estas, em decorrência do previsto no Tratado Internacional de constituição da ITAIPU Binacional, firmado entre os governos do Brasil e Paraguai. Devido à inadimplência de distribuidoras de energia elétrica, ITAIPU, com base no citado documento, praticou no período compreendido entre maio de 2001 a dezembro de 2002, liquidação do serviço da dívida de contratos de financiamento concedidos pela ELETROBRÁS com faturas de energia elétrica emitidas contra FURNAS e ELETROSUL, não liquidadas por essas empresas, as quais foram registradas, na controladora, no ativo circulante sob o título “ Créditos renegociados”. A partir de janeiro de 2003, foram sub-rogados à ELETROBRÁS os direitos e obrigações decorrentes da comercialização da energia elétrica gerada por ITAIPU, razão pela qual os créditos da ELETROBRÁS foram realizados mediante a transferência de direitos que FURNAS e ELETROSUL detinham junto às concessionárias distribuidoras de energia elétrica, decorrentes do repasse da energia de ITAIPU, praticado até 31 de dezembro de 2002. No último trimestre de 2003 foram concluídas as negociações para eqüacionamento das dívidas da distribuidora CEB no montante de R$ 163.892 mil, sendo que o saldo em 31 de dezembro de 2003 é de R$ 176.182 mil, sendo R$ 173.922 mil no longo prazo. A negociação estabelece, entre outras, o pagamento das dívidas em atraso em um período de 60 meses, atualizadas pela taxa SELIC, com garantias reais, mediante a transferência diretamente da instituição financeira arrecadadora da CEB, de 4% de seu faturamento bruto mensal; por consequência, a Companhia reverteu contra a rubrica provisões operacionais a provisão para créditos junto àquela distribuidora no valor de R$ 152.734 mil. Por decorrência, também foi revertida a parcela de R$ 51.929 mil, referente aos créditos tributários correspondentes. De igual forma, também foram levadas a termo as negociações com a CELG, créditos decorrentes do repasse de energia da ITAIPU, no montante de R$ 392.021 mil, sendo que o saldo em 31 de dezembro de 2003 corresponde a R$ 460.286 mil, sendo R$ 453.691 mil no longo prazo. Esses créditos serão realizados mediante transferência, diretamente pela instituição financeira arrecadadora da CELG, de 3,34% de seu faturamento bruto mensal. O prazo estimado para a quitação total é de 216 meses. Os créditos serão corrigidos pela variação do Dólar Norte-Americano, não tendo sido atribuído nenhum tipo de desconto aos valores efetivamente devidos. Como conseqüência, a Companhia reverteu contra a rubrica provisões operacionais a provisão para os créditos decorrentes do repasse da energia de ITAIPU para a distribuidora CELG, no valor de R$ 342.920 mil, bem como o crédito tributário correspondente, no valor de R$ 116.593 mil, o que produziu um efeito líquido no resultado no valor de R$ 226.327 mil. A controlada FURNAS efetuou negociações semelhantes com as distribuidoras CELG e CEB (vide Nota 3). b) Rolagem das Dívidas dos Estados – Lei 8727/93 ( STN ) Em conformidade com o Programa de Saneamento das Finanças do Setor Público, implementado pela Lei nº 8.727 de 05 de novembro de 1993, a controlada FURNAS firmou contrato de cessão de crédito com a União, para refinanciamento de dívida da CELG existentes àquela época, relativa à compra de energia, os quais serão realizados em 240 meses, a partir de abril de 1994. Os créditos são atualizados com base no Índice Geral de Preços do Mercado – IGPM e remunerados a 11 % a.a., cujo saldo em 31 de dezembro de 2003 é de R$ 427.266 mil, sendo R$ 380.599 mil no longo prazo. A controlada ELETROSUL, também, sob a égida da Lei nº 8727/93, detém créditos junto à União atualizados pelo IGP-M e acrescidos de juros de 12,68% a.a., no montante de R$ 490.430 mil, em 31 de dezembro de 2003, sendo R$ 435.514 mil no longo prazo decorrentes da assunção de direitos que a controlada possuía junto às concessionárias estaduais de energia elétrica, os quais serão realizados em 240 meses, a partir de abril de 1994. Vencido o prazo de 20 anos e remanescendo saldo a receber, uma vez que a União repassa somente os recursos recebidos dos estados que, por sua vez, estão limitados por lei em níveis de comprometimento de receitas, o parcelamento poderá ser estendido por mais 120 meses. c) Decorrentes da cessão de créditos de Itaipu ( Tesouro Nacional ) De acordo com o art. 9º da Medida Provisória Nº 1.755-9/98, atual 2.181-45, de 24 de agosto de 2001, a ELETROBRAS cedeu à União parte de seus créditos junto à ITAIPU Binacional em 1998. Nesse sentido, a ELETROBRAS cedeu à União 65,47% dos saldo dos créditos que possuía contra ITAIPU, no montante, à época, de R$ 12.858.349 mil, equivalente a US$ 10,756,524 mil, sendo que o fluxo de pagamentos referente a essa cessão , com vencimentos entre 1999 e 2023, atualizado pela variação cambial do dólar e da inflação norte-americanas, foi compatibilizado com os valores dos vencimentos da dívidas de médio e longo prazos – DMLP, assumidas pela União em 1998, resultando deste modo em parcelas variáveis. Em função desta adequação do fluxo de pagamentos aos referidos vencimentos da DMLP, os montantes pagos à ELETROBRÁS ao final de cada exercício, têm sido inferiores aos juros contratuais, respeitadas as proporções decorrentes da cessão. Esta situação decorre do fato das parcelas pagas pela ITAIPU à União não guardarem a

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proporção de 65,47% do saldo originalmente cedido, fazendo com que a União receba, temporariamente, por força de contrato, parcelas mensais superiores à sua proporção na cessão do saldo. Após 2007 essa situação se inverte, cabendo à União o recebimento de valores inferiores aos 65,47%, em função do comportamento do fluxo de pagamentos da DMLP. Desde 2002, ITAIPU vem repassando ao Tesouro Nacional valores com base na exata proporção do saldo cedido, gerando uma insuficiência de pagamentos à Secretaria do Tesouro Nacional e, por conseqüência, um excesso de pagamentos a ELETROBRÁS de igual montante. O valor original referente a essa insuficiência é de R$ 1.210.269 mil , tendo ocorrido o pagamento ao Tesouro Nacional no montante de R$ 214.986 mil em dezembro de 2003. O saldo passivo em 31 de dezembro de 2003, incluido na rubrica crédito do Tesouro Nacional, corresponde a R$ 981.124 mil, sendo R$ 300.664 mil apresentado no passivo circulante e R$ 680.460 mil no exigível a longo prazo. Adicionalmente, a ELETROBRAS registra o diferencial entre o valor apropriado por competência e o valor efetivamente recebido, conforme previsto em contrato, como um ativo realizável a longo prazo, no montante de R$ 1.359.779 mil, a ser compensado a partir de 2007, quando ocorrerá a inversão do fluxo de pagamentos. Este procedimento mantém inalterado o fluxo de pagamentos totais previstos para ITAIPU, bem como não produziu qualquer efeito no resultado da companhia. NOTA 8 - CONCESSÕES A LICITAR Referem-se aos custos incorridos pelas empresas controladas FURNAS, CHESF e ELETRONORTE em estudos e projetos voltados para o aproveitamento de potenciais hidráulicos, os quais, de acordo com o artigo 45, da Lei nº 8.987/95, serão indenizados pelo Poder Concedente, com recursos obtidos por ocasião da licitação de concessões de exploração desses potenciais. Em 31 de março de 1999, tendo em vista o processo de reestruturação patrimonial que objetivava a privatização das controladas CHESF e ELETRONORTE, a ELETROBRÁS, com a aquiescência da ANEEL, transferiu esses custos para o seu ativo, cujo saldo em 31 de dezembro de 2003, já ajustado para refletir seu valor provável de realização, monta a R$ 233.570 mil, demonstrado como segue: R$ mil 2003 2002 EMPREENDIMENTOS Inventário bacia Rio Madeira 26.500 26.500 Inventário bacia Baixo Araguaia - Tocantins 7.000 7.000 Inventário bacia Rio Xingu 40.000 40.000 Inventário bacia Rio Tapajós 7.000 7.000 Inventário complexo Trombetas – Erepecuru 7.500 7.500 Inventário bacia Médio Tocantins 28.589 28.589 UHE Barra do Peixe 9.374 9.374 UHE Belo Monte 52.256 52.256 UHE Cachoeira Porteira 17.521 17.521 UHE Serra Quebrada 27.163 27.163 UHE Ji-Paraná 10.667 10.667 TOTAL DA CONTROLADORA 233.570 233.570

Estudo de viabilidade da Foz do Bezerra 14.086 14.086

Outras 204 185 TOTAL DE FURNAS 14.290 14.271

TOTAL DO CONSOLIDADO 247.860 247.841 NOTA 9 - INVESTIMENTOS TEMPORÁRIOS A Companhia, com o objetivo de promover a privatização de concessionárias estaduais de energia elétrica, adquiriu ações ordinárias de propriedade de diversos Estados da Federação. Face ao distanciamento entre o valor do custo de aquisição e o de um eventual valor de realização desses ativos, a Companhia, por conservadorismo, adota como referência de valor o patrimônio líquido contábil dessas empresas, mesmo nos casos em que são apresentados valores negativos de patrimônio líquido, tendo em vista o compromisso da administração de promover o saneamento econômico-financeiro dessas empresas. Demonstramos a seguir a movimentação desses investimentos, os quais estão apresentados no Realizável a Longo Prazo:

CEAL CERON ELETROACRE CEPISA CEAM TOTAL

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Valor de aquisição 168.700 321.431 28.000 120.004 203.168 841.303 Ajuste de Investimentos (153.768) (321.431) (28.000) (120.004) (203.168) (826.371) Saldo em 31/12/2002 14.932 - - - - 14.932 Ajuste de investimentos (2.983) - - - - (2.983) Saldo em 31/12/2003 11.949 - - - - 11.949

Para a CEPISA que apresenta patrimônio líquido negativo ( passivo a descoberto ), a ELETROBRÁS, de forma conservadora, em atendimento às disposições do Art.12 da Instrução CVM 247/96, mantém uma provisão para cobertura de passivo a descoberto desse investimento, no valor de R$ 32.515 mil, registrados no resultado não operacional e apresentada no exígivel a longo prazo, cuja movimentação no exercício, foi a seguinte: CEAL CERON ELETROACRE CEPISA CEAM TOTAL Saldo em 31/12/2002 - 434.278 - 195.180 - 629.458 Constituição - 24.669 - 71.551 - 96.220 Reversão - (458.947) - (234.216) - (693.163) Saldo em 31/12/2003 - - - 32.515 - 32.515 Em função da conversão de dívidas da CERON e da CEPISA junto à ELETROBRÁS em adiantamento para futuro aumento de capital, foram substancialmente revertidas as correspondentes provisões para passivo a descoberto, registradas no resultado não operacional, sendo, no entanto, constituída provisão para perdas decorrentes desses adiantamentos (vide Nota 10). NOTA 10 – ADIANTAMENTOS PARA PARTICIPAÇÃO SOCIETÁRIA A ELETROBRÁS apresenta, registrado no realizável a longo prazo, os valores correspondentes a adiantamentos para futuro aumento de capital nas empresas a seguir: R$ MIL CONTROLADORA CONSOLIDADO 2003 2002 2003 2002 Controladas consolidadas FURNAS 31.154 31.154 - - CHESF 294.397 294.397 - - ELETROSUL 114.599 114.599 - - LIGHTPAR 62.285 43.062 - - ELETRONORTE 55.500 10.000 - - ELETRONUCLEAR - 2.206.781 - - 557.935 2.699.993 - - Investimentos temporários CEAL 166.238 60.486 166.238 60.486 CEPISA 7.966 30.379 7.966 30.379 CERON 92.745 103.970 92.745 103.970 ELETROACRE 34.206 69.867 34.206 69.867 CEAM 74.469 191.522 74.469 191.522

375.624 456.224 375.624 456.224

Outros investimentos 70.733 61.912 70.733 61.912 1.004.292 3.218.129 446.357 518.136

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Em função da conversão de dívidas em adiantamentos para futuro aumento de capital, das cinco distribuidoras classificadas como Investimentos Temporários, bem como os prejuízos contábeis apresentados por essas empresas, foram constituídas provisões para perdas na realização desses ativos na rubrica de provisões operacionais. Apresentamos a seguir a movimentação do saldo da controladora, no exercício:

R$ mil Saldo em 31.12.2002 3.218.129 Liberações 1.351.700 Capitalização (2.437.454) Provisões (1.128.083) Saldo em 31.12.2003 1.004.292 Em setembro de 2003, a controlada ELETRONUCLEAR realizou Assembléia Geral Extraordinária de Acionistas onde foi deliberada a conversão em capital da totalidade dos adiantamentos para futuro aumento de capital. NOTA 11 – INVESTIMENTOS R$ MIL CONTROLADORA CONSOLIDADO 2003 2002 2003 2002 Participação em empresas Equivalência patrimonial (vide Anexo III) Controladas consolidadas 37.061.558 33.970.760 - - Investimentos temporários(1)

CEAM - - - - ELETROACRE - - - - CERON - - - - CEPISA - - - - CEAL 14.686 18.354 14.686 18.354 14.686 18.354 14.686 18.354 Coligadas relevantes CEEE 164.435 145.388 164.435 145.388 EMAE 341.713 360.213 341.713 360.213 CEMAT 148.683 162.541 148.683 162.541 CTEEP 1.209.145 1.203.991 1.209.145 1.203.991 CELPA 315.832 283.112 315.832 283.112 2.179.808 2.155.245 2.179.808 2.155.245 Custo de aquisição Investimentos em INVESTCO 113.361 262.000 113.361 262.000 EATE 95.887 68.000 95.887 68.000 ITIQUIRA 33.631 41.339 33.631 41.339 TANGARÁ 30.284 27.284 30.284 27.284 EPTE 19.656 13.800 19.656 13.800 GUASCOR 3.300 3.300 3.300 3.300 ELEJOR 44.696 10.000 44.696 10.000

340.815 425.723 340.815 425.723

Outros investimentos 398.875 398.875 629.258 597.415 39.995.742 36.968.957 3.164.567 3.196.737

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(1)Demonstrações contábeis examinadas por outros auditores independentes. A avaliação dos investimentos tem por base os patrimônios líquidos das controladas e dos investimentos temporários referentes a 31 de dezembro de 2003. Para as coligadas relevantes foram utilizadas as posições de patrimônio líquido em 30 de novembro de 2003, tendo em vista que correspondiam às últimas informações disponíveis até a conclusão destas demonstrações. NOTA 12 – IMOBILIZADO O detalhamento dos bens e direitos registrados no imobilizado do consolidado está demonstrado no Anexo IV. O valor do imobilizado, está retificado pelas obrigações vinculadas à concessão do Serviço Público de Energia Elétrica abaixo relacionadas. O prazo de vencimento dessas obrigações é estabelecido pelo Órgão Regulador para concessões de geração, transmissão e distribuição, cuja quitação ocorrerá ao final da concessão e se constituem no seguinte: a) Amortizações - provenientes das “Reservas para Amortização” constituídas até 1971, nos termos do Decreto Federal

n.º 41.019/57, que foram aplicadas, até aquele ano, na expansão do Serviço Público de Energia Elétrica. b) Contribuições de consumidores - referem-se a recursos recebidos pelos Concessionários de Serviço Público de

Energia Elétrica para viabilizar a execução de empreendimentos necessários ao atendimento de pedidos de fornecimento de energia elétrica, não previstos no planejamento da expansão dos serviços.

c) Participação da União - refere-se a recursos recebidos do Governo Federal para aplicação em obras de geração e

transmissão de energia elétrica. NOTA 13 – FINANCIAMENTOS E EMPRÉSTIMOS OBTIDOS O detalhamento dos financiamentos e empréstimos obtidos pela ELETROBRÁS, incluindo encargos, está apresentado no Anexo V ( ver também Nota 25 ). NOTA 14 – FORNECEDORES A rubrica Fornecedores apresenta a seguinte composição: R$ mil

CONTROLADORA CONSOLIDADO

CIRCULANTE 2003 2002 2003 2002

Bens e Serviços 98.002 32.898 549.374 789.738

Energia Elétrica para revenda

Supridoras 1.562.069 - 1.896.689 1.177.446

Mercado Atacadista de Energia-MAE 6.201 - 21.755 1.497.641

1.666.272 32.898 2.467.818 3.464.825

NOTA 15 – CRÉDITOS DE CONTROLADAS R$ mil

CIRCULANTE

2003 2002

ELETRONORTE 3.070 1.283.034

FURNAS 32.782 177.323

ELETROSUL - 42.334

CHESF 1.368 -

LIGHTPAR 800 -

OUTRAS - 3.521

38.020 1.506.212

Do valor referente à ELETRONORTE, R$ 1.034.269 mil correspondentes aos custos incorridos por aquela controlada, relativos a estudos e projetos vinculados às concessões canceladas, transferidos para a ELETROBRÁS em 1998 (vide

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Nota 8), foram liquidados contra débitos vencidos daquela controlada junto à controladora, referentes a empréstimos e financiamentos ( vide Nota 4 ). Os valores relativos a FURNAS e ELETROSUL são referentes à antecipação da redução da tarifa de repasse da energia elétrica de ITAIPU, praticada no período de 23 de outubro a 31 de dezembro de 2002 e absorvida pela ELETROBRÁS. NOTA 16 - TRIBUTOS E CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS a ) Correntes R$ mil

CONTROLADORA CONSOLIDADO

Passivo Exigível a Passivo Exigível a

Circulante longo prazo Circulante longo prazo

Imposto de renda

2003 777.993 - 859.890 107.383

2002 571.678 3.189 822.101 237.266

Contribuição social

2003 357.534 - 364.047 26.052

2002 196.972 - 263.019 39.498

PASEP/COFINS

2003 68.081 - 139.906 27.625

2002 1.463 - 118.763 -

ICMS

2003 - - 27.695 48.813

2002 - - 17.094 47.477

REFIS/PAES

2003 - - 93.974 1.234.092

2002 - - 169.872 577.904

Outros

2003 3.786 - 196.646 32.999

2002 2.376 - 55.861 -

Total

2003 1.207.394 - 1.682.158 1.410.966

2002 772.489 3.189 1.446.710 902.145

b ) Créditos tributários R$ mil CONTROLADORA CONSOLIDADO 2003 2002 2003 2002 ATIVO CIRCULANTE Imposto de renda retido na fonte 745.705 590.084 758.365 602.389 Antecipações de IRPJ e CSSL 498.771 119.816 573.689 220.092 Demais tributos compensáveis 16.868 4.146 - 10.297 ICMS a recuperar - - 3.445 33.056

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Ativos fiscais diferidos Provisão p/ Contingências - - 47.162 - Prejuízo fiscal e base negativa de CSSL - - 22.946 64.962 Provisão para contingências - - 32.792 - 1.261.344 714.046 1.438.399 930.796 R$ mil CONTROLADORA CONSOLIDADO 2003 2002 2003 2002 REALIZÁVEL A LONGO PRAZO ICMS a recuperar - - 521.342 317.355 Ativos fiscais diferidos: Prejuízo fiscal e base negativa de CSSL - - 157.580 232.143 Provisão para contingências 243.293 311.858 267.459 570.270 Provisão para créditos duvidosos 108.728 308.346 108.728 308.346 Provisão para desvalorização de ativos 33.369 97.499 33.369 97.499 Diferimento de PASEP e COFINS 237.302 143.275 237.302 143.275 Outras 4.112 17.455 24.680 17.455

626.804 878.433 1.350.460 1.686.343 Os créditos tributários da ELETROBRÁS correspondem tão somente a diferenças temporárias, sendo seu aproveitamento em função de sua realização. Considerando o histórico de rentabilidade da empresa, bem como a expectativa de geração de lucros tributáveis nos próximos exercícios, os créditos tributários registrados contabilmente atendem às disposições da CVM sobre o assunto, expressas através da Deliberação CVM 273, de 20 de agosto de 1998 e Instrução CVM 371, de 27 de junho de 2002. Tendo em vista a natureza dos créditos tributários, principalmente sobre provisões para créditos de liquidação duvidosa e para contingências, bem como sobre o diferimento de PASEP e COFINS incidentes sobre variação cambial credora, a expectativa é de que serão realizados em 2004, 2005 e 2006, numa proporção estimada em 49% e, a partir de 2007, em parcelas de montantes semelhantes. No que se refere aos créditos tributários das controladas é apresentado imposto diferido ativo sobre prejuízos fiscais e base negativa de contribuição social da CHESF. Parte desse ativo já foi recuperado no exercício de 2003, sendo que espera-se sua recuperação plena em até 7 anos. c ) Obrigações fiscais diferidas R$ mil

CONTROLADORA CONSOLIDADO

2003 2002 2003 2002

EXIGÍVEL A LONGO PRAZO

Diferenças temporárias tributáveis

Imposto de renda

Sobre lucro inflacionário - - 36.267 234.077

Sobre variações cambiais 1.792.361 2.596.732 1.792.361 2.596.732

Outros - 81.113 203.048 185.624

1.792.361 2.677.845 2.031.676 3.016.433

Contribuição social

Sobre variações cambiais 616.049 934.823 616.049 934.823

Outras - - 39.498

616.049 934.823 616.049 974.321

PASEP e COFINS

Sobre variações cambiais 658.698 421.396 658.698 421.396

3.067.108 4.034.064 3.306.423 4.307.640

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Está registrado no Exigível a Longo Prazo como Imposto de Renda Diferido,Contribuição Social Diferida, PASEP e COFINS Diferidos, a parcela correspondente à aplicação das alíquotas correspondentes, sobre as diferenças temporárias tributáveis, representadas, principalmente, pelas variações cambiais não realizadas. O incremento apresentado em 2003 no item PASEP e COFINS, reflete o aumento da alíquota da COFINS, de 3% para 7,6% sobre variações cambiais não realizadas, decorrente da edição da Lei 10.833/03, de 29 de dezembro de 2003. d ) Conciliação da despesa com imposto de renda e contribuição social A conciliação entre os montantes de IRPJ e CSSL registrados como despesa no exercício de 2003 e aqueles apurados com base nas alíquotas nominais, é apresentada a seguir: CONTROLADORA

2003 2002

IRPJ CSSL IRPJ CSSL

Lucro antes do IRPJ e CSSL 435.495 435.495 3.851.719 3.851.719

Encargo total do IRPJ e CSSL calculado às

Alíquotas de 25% e 9% respectivamente 108.874 39.195 962.930 346.655

Efeitos de adições/(exclusões):

Equivalência patrimonial (168.897) (60.803) 878.127 316.126

Juros sobre o capital próprio - - 62.228 22.402

Provisão para perdas em investimentos 108.730 39.143 157.365 56.651

Demais adições ou excclusões 23.716 11.912 (47.753) (12.852)

Total da despesa de IRPJ e CSSL 72.423 29.447 2.012.897 728.982

e) Programa de Recuperação Fiscal - REFIS e Parcelamento Especial – PAES

A Medida Provisória nº 1.923, de 06 de outubro de 1999, convalidada pela Lei nº 9.964, de 10 de abril de 2000, instituiu o Programa de Recuperação Fiscal – REFIS, cujo objetivo é a concessão, à opção das pessoas jurídicas, do parcelamento de dívidas relativas aos débitos de impostos e contribuições administrados pela Secretaria da Receita Federal e pelo Instituto Nacional do Seguro Social, vencidos até 29 de fevereiro de 2000, condicionadas a normas do Comitê Gestor do REFIS. No exercício de 2000 as controladas FURNAS e ELETRONORTE formalizaram a opção ao REFIS com o objetivo de regularizar seus débitos relativos principalmente ao PASEP e a COFINS. - FURNAS Em março de 2000 a controlada FURNAS formalizou a opção ao REFIS com o objetivo de regularizar os débitos junto à União relativos ao PASEP e COFINS decorrentes, principalmente, da decisão desfavorável do julgamento, por parte da Secretaria da Receita Federal, do Auto de Infração emitido 1999, relativo a fatos geradores do período de 1994 a 1998.

Em julho de 2003, a controlada optou pelo Parcelamento Especial – PAES, instituído pela Lei nº 10.684, de 30 de maio de 2003, transferindo os saldos do Programa de Recuperação Fiscal – REFIS para esta nova modalidade de parcelamento. O valor a ser recolhido representa 1,5% do faturamento mensal, com prazo de financiamento limitado a 180 meses e saldo devedor corrigido pela Taxa de Juros de Longo Prazo - TJLP. Com esta opção, a Empresa incluiu, também, os valores relativos ao parcelamento especial do Imposto Territorial Rural - ITR em 60 meses e os débitos relativos ao Imposto de Renda e Contribuição Social incidentes sobre as operações com o Mercado Atacadista de Energia - MAE.

O montante da dívida do Parcelamento Especial - PAES, em 31 de dezembro de 2003, está assim discriminada:

R$ mil Débitos incluídos no REFIS PASEP e COFINS 743.431 ITR 80.614 824.045

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Atualização monetária até 31 de julho de 2003 211.102 Pagamentos efetuados até 31 de julho de 2003 (392.558) Saldo do REFIS transferido para o PAES 642.589 Novos débitos incluídos no PAES IRPJ 239.934 CSLL 86.266 Total dos débitos do PAES 326.200 Débito consolidado em 31 de julho de 2003 968.789 Atualização monetária 54.524 Pagamentos efetuados (49.138) Saldo do PAES em 31 de dezembro de 2003 974.175

O valor presente desses débitos, a serem liquidados com base na taxa mensal equivalente a 1,5% da receita bruta limitada a 180 meses é de R$ 884.497 mil, sendo as seguintes premissas utilizadas para sua determinação : 1 - a receita total tomou por base o montante faturado até dezembro de 2003, atualizado pela taxa média anual de inflação, estimada em 5%. 2 - o valor presente do débito foi obtido descontando-se o fluxo de pagamentos atualizados pela Taxa de Juros de Longo Prazo - TJLP, de 9,5% a.a. e descontados à taxa de 11% a.a., taxas estas compatíveis com o cenário econômico descrito. - ELETRONORTE: Em março de 2000 a ELETRONORTE e sua controlada Manaus Energia S/A, ingressaram no Programa de Recuperação Fiscal – REFIS, com o objetivo de regularizar débitos junto à Receita Federal e INSS, cujo saldo em 31 de dezembro de 2003 é de R$ 98.758 mil. - ELETROSUL Em agosto de 2003, em virtude de decisão desfavorável, decorrente de ação judicial decorrente do PASEP e COFINS sobre a receita pela venda de energia de ITAIPU, emanada pelo Tribunal Regional Federal da 4º região, a ELETROSUL optou pelo pagamento desta exigibilidade, por meio do Parcelamento Especial – PAES. A dívida no valor de R$ 255.133 mil, cujo montante de R$ 218.257 mil já havia sido provisionado em 2002, será paga em 180 meses. NOTA 17 - REMUNERAÇÃO AOS ACIONISTAS O estatuto da empresa estabelece como dividendo mínimo obrigatório 25% do lucro líquido, ajustado nos termos da legislação societária, respeitada a remuneração mínima de 8% do Capital Social para as ações preferenciais da classe "A" e 6% para as preferenciais da classe "B". A seguir, está demonstrado o lucro líquido ajustado, para efeito do cálculo da remuneração aos acionistas, proposta à Assembléia Geral Ordinária.

R$ mil

CONTROLADORA

2003 2002

Lucro líquido do exercício 323.125 1.100.340

Reserva legal (16.156) (55.017)

Lucro líquido ajustado 306.969 1.045.323

Dividendo mínimo obrigatório (25%) 76.742 261.331

Remuneração proposta aos acionistas – exercício de 2003

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Ações ordinárias 125.873 229.390

Ações preferencias “A” 227 225

Ações preferenciais “B” 197.025 195.385

323.125 425.000

Reais por lote de mil ações

2003 2002

Remuneração bruta:

Ações ordinárias - 0,72% ( 2002– 1,32 % ) 0,27 0,50

Ações preferenciais "A"- 8 % do capital ( 2002 – 8,00 % ) 3,09 3,07

Ações preferenciais "B"- 6 % do capital ( 2002 – 6,00 % ) 2,32 2,30

O saldo da remuneração aos acionistas demonstrado no passivo circulante contém, a parcela de R$ 44.102 mil (2002 – R$ 32.745 mil) referente a remunerações não reclamadas de exercícios anteriores. A remuneração aos acionistas é atualizada com base na taxa SELIC, nos termos do Decreto nº 2.673, de 16 de julho de 1998, a partir do encerramento do exercício, até a data do início do pagamento, a ser deliberada pela Assembléia Geral Ordinária que apreciará a presente proposta de distribuição do lucro líquido do exercício. NOTA 18 - CONTINGÊNCIAS As empresas do Sistema ELETROBRÁS têm diversas ações no âmbito do judiciário em vários estágios de julgamento. Foram constituídas provisões apresentando a seguinte composição por natureza: R$ mil

CONTROLADORA CONSOLIDADO

2003 2002 2003 2002

CIRCULANTE

Trabalhistas - - 107.348 110.357

Tributárias - - 7.136 5.833

Cíveis - - 159.196 135.708

- - 273.680 251.898

EXÍGIVEL A LONGO PRAZO

Trabalhistas 18.223 18.223 200.807 167.753

Tributárias - - 28.912 246.818

Cíveis 697.346 899.008 1.116.040 1.302.505

715.569 917.231 1.345.759 1.717.076

A provisão para contingências cíveis, na controladora, no valor de R$ 697.346 mil, corresponde a ações judiciais relacionadas ao Empréstimo Compulsório. O Empréstimo foi instituído em 1962, por intermédio da Lei n.º 4.156, de 28 de novembro, em favor da ELETROBRÁS com a finalidade de captar recursos para o desenvolvimento do setor elétrico. Durante 5 anos, contados a partir de 1964, o Empréstimo foi cobrado de todos os consumidores nas respectivas contas de energia elétrica, prevendo-se o seu resgate após decorrido o prazo de 10 anos. Até 1977 o Empréstimo foi representado por Obrigações ao Portador. A partir de então, em virtude de alterações promovidas pelo Decreto-lei nº 1.512/76 os referidos títulos deixaram de ser emitidos, passando sua cobrança a incidir tão somente sobre os consumidores industriais com consumo igual ou superior a 2.000 kw/h e a constituir um simples crédito desse tipo de consumidor junto às concessionárias de energia elétrica. O prazo de resgate foi ampliado para 20 anos e passou a incidir correção monetária sobre os créditos constituídos.

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O cálculo dos juros e da correção monetária devida aos consumidores industriais, foi procedido nos exatos termos estabelecidos na legislação aplicável, significando isto dizer que para o cálculo da correção monetária foi observado o disposto no art. 2º do Decreto-lei n.º 1.512/76 e no art. 3º da Lei n.º 4.357/64, com as alterações promovidas pela Lei n.º 5.073/96. Dessa forma, a ELETROBRÁS, em cumprimento a legislação de regência, no cômputo da correção monetária devida ao consumidor industrial, não corrige os valores pagos desde a data do efetivo recolhimento, mas sim, a partir de 1º de janeiro do ano seguinte à sua arrecadação e ao efetivar o pagamento anual dos juros sobre o montante arrecadado, o faz a partir do segundo ano após o recolhimento, com base no parágrafo único, do art. 4º, do Decreto n.º 81.668/78 que regulamentou o Decreto-lei n.º 1.512/76. Contra essa sistemática de cálculo determinada pela própria legislação, tem havido ações judiciais de cobrança, nas quais os consumidores industriais defendem a tese de que a correção monetária do Empréstimo Compulsório deve ser paga na sua integralidade, ou seja, desde a data do pagamento até a data da restituição do empréstimo ou de sua conversão em ações da ELETROBRÁS, argumentando, também, que não podem ser objeto de expurgo os índices inflacionários excluídos pelas normas legais que deram amparo ao citados planos econômicos. Nesse sentido, encontram-se ajuizadas 1.632 ações em curso, objetivando sentenças que reconheçam aos seus autores o direito de receber a correção monetária plena sobre valores que pagaram à título desse Empréstimo, estimando-se entre oito a dez anos, o prazo médio para a solução definitiva de cada processo. A Companhia, seguindo orientações da Comissão de Valores Mobiliários - CVM, adota o procedimento de classificar as causas inpetradas contra a Empresa em função do risco de perda, baseada na opinião de seus consultores jurídicos, da seguinte forma:

• Para as causas cujo desfecho negativo para a empresa seja considerado como provável, são constituídas provisões;

• Para as causas cujo desfecho negativo para a empresa seja considerado como possível, as informações

correspondentes são divulgadas em Notas explicativas; • Para as causas cujo desfecho negativo para a empresa seja considerado como remoto, somente são divulgadas

em Notas explicativas as informações, que, a critério da administração da empresa, sejam julgadas de relevância para o pleno entendimento das demonstrações contábeis.

Com base nesse critério, a Administração da ELETROBRÁS, fundamentada por seus consultores jurídicos, avalia que o risco de perda das ações vinculadas ao Empréstimo Compulsório é classificado como sendo possível e dada a relevância dos valores envolvidos e adota por conservadorismo prática de constituir provisão para contingências para fazer face a eventuais perdas decorrentes de decisões judiciais desfavoráveis. Desse modo, o valor acumulado da provisão, no montante de R$ 697.346 mil é julgado suficiente pela Administração da Companhia e está em conformidade com a avaliação dos diversos estágios em que se encontram as ações judiciais. Não existem contingências de natureza tributária e trabalhistas relevantes envolvendo a Companhia, sendo que as referidas causas têm a probabilidade de perda avaliadas substancialmente como remota pelos consultores jurídicos. A Controlada CHESF, fundamentada na opinião de seus consultores jurídicos mantém provisão, registrada no exigível a longo prazo, no valor de R$ 222.167 mil, relativa à ação cível relacionada ao contrato de empreitada das obras civis da Usina Hidrelétrica Xingó, movida pelo Consórcio formado pela Companhia Brasileira de Projetos e Obras – CBPO, Constran S.A. – Construções e Comércio e Mendes Júnior Engenharia S.A., inexistindo previsão de tempo para desfecho da ação. As Demonstrações Consolidadas incorporam, no que se refere à controlada em conjunto ITAIPU Binacional, provisões de longo prazo para fazer face à diversas ações judiciais de natureza cível e trabalhista, nos montantes de R$ 187.342 mil e R$ 168.675 mil, respectivamente. Em 1999, a Controlada FURNAS passou por um processo de fiscalização efetuado pela Secretaria da Receita Federal, envolvendo os cinco exercícios anteriores, tendo sido autuada em relação ao PASEP e a COFINS. A autuação diz respeito a exclusões nas respectivas bases de cálculo relativas, substancialmente, ao repasse e transporte da energia elétrica gerada por ITAIPU, no montante de cerca de R$ 615.000 mil, o qual foi objeto de adesão ao Programa de Recuperação Fiscal – REFIS, em março de 2000 e transferido, posteriormente, em julho de 2003, para o Parcelamento Especial – PAES ( vide Nota 16 ). Em maio de 2001, a Controlada FURNAS foi novamente autuada, pelo mesmo fato com relação ao PASEP e COFINS, tendo o período de autuação estendido para dez anos, sendo que, o valor do débito anterior, já em liquidação, foi acrescido em cerca de R$ 165.000 mil. Foi apresentado recurso de impugnação, justificado por procedimento fiscal incompleto, cumprido extra lege, superposição de fiscalização e por um período abrangido pela decadência, com base no Artigo 150, do Código Tributário Nacional.

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A administração de FURNAS, fundamentada na opinião de sua Consultoria Jurídica, entende que a ação fiscal extrapola os limites legais, com possibilidade judicial favorável a Empresa, razão pela qual, não foi constituída provisão. NOTA 19 – PASSIVO ATUARIAL – PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR I - CONTROLADORA A ELETROBRÁS é patrocinadora da Fundação Eletrobrás de Seguridade Social - ELETROS, uma entidade fechada de previdência complementar, com patrimônio próprio, segregado do patrimônio da patrocinadora, que tem por finalidade gerir plano previdenciário visando complementar benefícios de aposentadoria e pensão em favor dos empregados da patrocinadora. A ELETROS gere um plano de benefício definido, que complementa o salário real médio dos últimos anos de atividade em relação ao valor do benefício da Previdência Social, tem suas reservas matemáticas, revisadas anualmente e calculadas atuarialmente segundo o regime de capitalização. Na qualidade de patrocinadora-instituidora, a ELETROBRÁS efetua contribuições mensais, acrescidas de uma sobretaxa de administração de 15% do total das contribuições previdenciárias referentes a seus empregados. As contribuições são debitadas em despesas administrativas e totalizaram, no exercício findo em 31 de dezembro de 2003, R$ 9.349 mil ( 2002 - R$ 8.773 mil ). As taxas de contribuições praticadas são as seguintes: 2,5% - até a metade do teto da previdência 5,0% - da metade do teto até o teto da previdência 10,5% - do teto da previdência até 3 vezes o teto 15,0% - acima de 3 vezes o teto da previdência para os participantes de regulamentos antigos. Em consonância com o pronunciamento do IBRACON - Instituto dos Auditores Independentes do Brasil, aprovado pela Comissão de Valores Mobiliários através da Deliberação nº 371, de 13 de dezembro de 2000, que dispõe sobre a forma de contabilização, pelas patrocinadoras, dos benefícios concedidos aos empregados, a administração da ELETROBRÁS promove anualmente uma reavaliação atuarial do plano de benefício do qual é patrocinadora, cuja necessidade de cobertura do passivo atuarial, de sua responsabilidade é apontada com base em relatório de atuário independente, pelo método da unidade de crédito projetada. Da necessidade de cobertura atuarial apontada, a ELETROBRÁS reconhece em seus registros contábeis o valor de R$ 73.589 mil, referente a obrigações contratadas apuradas com base nos regulamentos do plano de benefício, estando apresentadas no circulante a parcela de R$ 22.801 mil e no exigível a longo prazo a parcela de R$ 50.788 mil, sob o título “Passivo Atuarial”. Esses valores estão sujeitos à atualização monetária com base na variação do IGP-M e juros de 8% a.a. sobre as parcelas a vencer e de 12% a.a. sobre as parcelas vencidas, com amortizações em parcelas mensais, vencendo-se a última em 31 de dezembro de 2006. Para efeito da reavaliação atuarial efetuada nos termos da Deliberação CVM nº 371/00, foram utilizadas as seguintes premissas: (a) taxa de 6% para o desconto da obrigação atuarial; (b) taxa de rendimento de 6% a.a. esperada sobre os ativos do plano; (c) taxa de crescimento salarial de 7% ao ano; (d) índice de reajuste de benefícios concedidos de prestação continuada de 4% ao ano; II - CONSOLIDADO As empresas controladas da ELETROBRÁS são patrocinadoras de entidades específicas de previdência privada que, também, têm por finalidade complementar benefícios de aposentadoria e pensão a seus empregados, através de planos de benefícios e de contribuições definidos, que são: • Fundação Nucleos – ELETRONUCLEAR; • Fundação Real Grandeza – FURNAS e ELETRONUCLEAR; • Fundação FACHESF – CHESF; • Fundação ELOS – ELETROSUL; • Fundação PREVINORTE – ELETRONORTE e, • Fundação CEEE de Seguridade Social - CGTEE As contribuições são debitadas em despesas administrativas e totalizaram, no exercício findo em 31 de dezembro de 2003, R$ 56.266 mil (R$ 42.823 mil em 2002 ). Em atendimento ao pronunciamento IBRACON, aprovado pela Deliberação CVM nº 371/00, apresentamos abaixo o resultado das reavaliações atuariais efetuadas por atuários independentes, em 31 de dezembro de 2003, refletidas contabilmente nas controladas:

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R$ mil Valor justo dos ativos dos planos 6.857.619 ( - ) Valor presente da obrigação atuarial (8.281.373) Necessidade de cobertura atuarial (1.423.754) Adicionalmente as empresas possuem registradas como passivo atuarial (circulante e longo prazo), obrigações já contratadas junto aos respectivos fundos de pensão no valor de R$ 949.620 mil em 31 de dezembro de 2003. Para efeito das reavaliações atuariais efetuadas nos termos da Deliberação CVM nº 371, foram utilizadas as seguintes premissas: (a) taxa de 5% a 6% a.a. para o desconto da obrigação atuarial; (b) taxa de rendimento de 6% a.a. esperada sobre os ativos do plano; (c) taxa de crescimento salarial de até 7,12 % a.a.; (d) índice de reajuste de benefícios concedidos de prestação continuada de até 4,% a.a. NOTA 20 - GESTÃO DE RECURSOS FEDERAIS A ELETROBRÁS é responsável pela gestão de recursos da Reserva Global de Reversão - RGR, que se constitui em um fundo criado para cobertura de gastos da União com indenizações de eventuais reversões de concessões vinculadas ao serviço público de energia elétrica, cujos recursos são aplicados na concessão de financiamentos ao setor elétrico, visando a expansão e melhoria do serviço, realização de programa de conservação de energia mediante projetos específicos e financiamento de programas de eletrificação rural. A contribuição para a formação da Reserva Global de Reversão é de responsabilidade das Empresas Concessionárias do Serviço Público de Energia Elétrica, mediante uma quota de reversão e encampação de serviços de energia elétrica de até 2,5% calculada sobre o valor dos investimentos dos concessionários e permissionários, limitado a 3% da receita anual. O valor da quota é computado como componente do custo do serviço. Os concessionários depositam suas quotas anuais de reversão, em duodécimos, até o ultimo dia útil de cada mês, em conta bancária vinculada, administrada pela ELETROBRÁS, que movimenta a conta de Reserva Global de Reversão para aplicação prevista na Lei nº 5.655/71 e alterações posteriores, em especial para a concessão de empréstimos à Concessionários de Serviços Públicos de Energia Elétrica, para expansão e melhoria dos serviços. Nesse sentido, os recursos da RGR são aplicados em projetos específicos de investimento, a saber: I - Nas concessionárias, permissionárias e cooperativas de eletrificação rural, para expansão dos serviços de distribuição de energia elétrica especialmente em áreas urbanas e rurais de baixa renda e para o programa de combate ao desperdício de energia elétrica; II - para instalações de produção a partir de fontes eólica, solar, biomassa e pequenas centrais hidrelétricas, assim como termelétrica associada a pequenas centrais hidrelétricas e conclusão de obras já iniciadas de geração termonuclear, limitado, neste último caso, a 10% dos recursos disponíveis; III - para estudos de inventário e viabilidade de aproveitamento de potenciais hidráulicos, mediante projetos específicos de investimento; IV - para implantação de centrais geradoras de potência até 5.000 kW, destinadas exclusivamente ao serviço público em comunidades populacionais atendidas por sistema elétrico isolado; e V - para o desenvolvimento e implantação de programas e projetos destinados ao combate ao desperdício e uso eficiente da energia elétrica, de acordo com as políticas e diretrizes estabelecidas para o Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica – PROCEL. Até 31 de dezembro de 1995, os recursos sacados pela ELETROBRÁS eram corrigidos monetariamente de acordo com os índices de correção monetária do Ativo Permanente, correção esta extinta naquela data. A ELETROBRÁS credita à Reserva juros de cinco por cento ao ano sobre o montante dos recursos utilizados. Em 31 de dezembro de 2003, o saldo dos recursos sacados junto ao fundo totalizavam R$ 4.403.659 mil ( R$ 3.979.650 mil em 31 de dezembro de 2002 ). A ELETROBRÁS também é responsável pela administração dos recursos decorrentes da Utilização de Bens Públicos – UBP, formados por contribuições dos Produtores Independentes de Energia Elétrica – PIE. NOTA 21 – EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO

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O Empréstimo Compulsório, instituído pela Lei nº 4.156/62 para gerar recursos para a expansão do sistema elétrico nacional, foi extinto pela Lei nº 7.181, de 20 de dezembro de 1983, que fixou a data de 31 de dezembro de 1993 como prazo final de recolhimento. O estoque de recursos arrecadados, registrados no passivo circulante e exigível a longo prazo, vencível a partir de 2008, é remunerado à taxa de 6% ao ano, acrescido de atualização monetária, calculada, desde janeiro de 2000, com base na variação do IPCA-E, tendo alcançado em 31 de dezembro de 2003 o total de R$ 3.673.292 mil ( 2002 - R$ 3.739.685 mil ), dos quais, R$ 3.360.600 mil a longo prazo ( 2002 - R$ 3.507.900 mil ). No montante de créditos do Empréstimo Compulsório é mantida uma parcela referente a arrecadações a classificar, contabilizada no Exigível a Longo Prazo, para qual, a ELETROBRÁS realizou, nos últimos dois meses de 2003, uma compatibilização dos créditos arrecadados, verificando uma atualização monetária a maior da ordem de R$ 491.585 mil. Como decorrência, a ELETROBRÁS reverteu a crédito do resultado do exercício, o referido valor, baixando parte de seu passivo relativo à conta Empréstimo Compulsório. O reconhecimento do referido ajuste em nada prejudicou os direitos dos detentores de créditos do Empréstimo Compulsório, uma vez que esses créditos originalmente arrecadados foram efetivamente remunerados e atualizados nos termos da legislação aplicável. Em dezembro de 2003, a Diretoria Executiva da ELETROBRÁS aprovou o início dos procedimentos necessários à realização, no decorrer do 1º semestre de 2004, da conversão em capital dos créditos do Empréstimo Compulsório, constituídos a partir de 1988, em ações preferenciais da Classe “B” de emissão da ELETROBRÁS. Conforme estabelece a legislação pertinente ( Decreto-Lei nº 1.512/76 e Lei nº 7.181/83 ), o cálculo das ações a serem disponibilizadas aos consumidores industriais será elaborado pelo valor atualizado dos créditos até 31 de dezembro de 2003, e tomará por base o valor patrimonial da ação apurado neste Balanço Patrimonial, encerrado na mesma data. Desse modo, será convocada Assembléia Geral Extraordinária para aprovar a conversão do montante efetivo dos créditos a serem convertidos, assim como a quantidade de ações que serão disponibilizadas aos detentores dos créditos, respeitada sua participação no montante dos créditos. A Administração da Companhia esclarece que nos termos do § 11, do artigo 4º, da Lei nº 4.156, de 28 de novembro de 1962, com as alterações introduzidas pelo artigo 5º do decreto-lei nº 644, de 23 de junho de 1969, as Obrigações da ELETROBRÁS, emitidas em contrapartida ao Empréstimo Compulsório arrecadado nos exercícios de 1964 a 1976, encontra-se com o seu prazo de resgate vencido, já tendo decaído o direito referente ao recebimento do valor correspondente a cada título, não mais havendo, portanto, a possibilidade de negócios com os mesmos desde 1º de julho de 2002. Assim sendo, o saldo do Empréstimo Compulsório refere-se única e exclusivamente aos créditos de 1988 a 1994, dos consumidores industriais com consumo superior a 2.000 Kwh, arrecadado no período de 1987 a 1993, conforme o decreto-lei 1.512/76, de 29 de dezembro de 1976, não havendo passivos constituídos relativos às Obrigações ou Cautelas de Obrigações. NOTA 22 - PATRIMÔNIO LÍQUIDO a) Capital Social As ações da ELETROBRÁS não têm valor nominal. As preferenciais não têm direito a voto e não são conversíveis em ordinárias, entretanto, gozam de prioridade no reembolso do capital e na distribuição de dividendo, às taxas anuais de 8% no caso de ações de classe "A" ( subscritas até 23 de junho de 1969 ) e 6% para as de classe "B" ( subscritas a partir de 24 de junho de 1969 ), calculado sobre o capital correspondente a essas classes de ações. O capital social em 31 de dezembro de 2003 e de 2002 está representado por 537.502.520.880 ações e sua distribuição, pelos principais acionistas e espécies de ações, é apresentada a seguir: QUADRO DE AÇÕES ORDINÁRIAS PREFERENCIAIS CAPITAL TOTAL QUANTIDADE % Série A Série B % QUANTIDADE % UNIÃO 264.328.120.835 58,42 - 17.595.460.180 20,72 281.923.581.015 52,45 BNDESPAR 67.789.960.070 14,98 - 532.937.780 0,63 68.322.897.850 12,30 F N D 22.810.794.898 5,04 - - 22.810.794.898 4,24 OUTROS 97.582.887.747 21,56 73.460.000 66.788.899.370 78,65 164.445.247.117 31,01 452.511.763.550 100,00 73.460.000 84.917.297.330 100,00 537.502.520.880 100,00 Do total das 164.445.247.117 ações em poder dos minoritários, 94.237.953.944 ações, ou seja, 57,3 % são de propriedade de investidores estrangeiros, sendo 73.636.849.864 ações ordinárias e 20.601.104.080 ações preferenciais da classe “B”. Dessa participação estrangeira, 52.457.542.500 ações ordinárias e 2.854.414.500 ações preferenciais da classe “B” estão custodiadas, lastreando o Programa de ADR - nível I.

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Em 31 de dezembro de 2003 o valor patrimonial das ações, por lote de mil, é de R$ 126,21 ( 2002 - R$ 120,59 ), excluídos os adiantamentos para aumento de capital. b) Reservas de Capital R$ mil 2003 2002 Compensação de insuficiência de remuneração – CRC 18.961.102 18.961.102 Ágio na emissão de ações (conversão do empréstimo 754.827 754.827 Especial – Decreto-lei nº 54.936/64 387.419 387.419 Correção Monetária do balanço de abertura de 1978 309.655 309.655 Correção Monetária do empréstimo compulsório de 1987 2.708.432 2.708.432 Doações e subvenções – FINOR , FINAM e Outros 297.424 297.355 23.418.859 23.418.790

A Reserva de Capital denominada CRC foi constituída predominantemente em exercícios anteriores e corresponde à participação percentual da ELETROBRÁS, no reconhecimento das insuficiências de remuneração ( Conta de Resultado a Compensar – CRC ) de suas controladas, reconhecidas patrimonialmente por ocasião da liquidação dos compromissos do Tesouro Nacional por força do extinto regime de remuneração garantida vigente no Setor Elétrico até o exercício de 1993. c) Reservas de Lucros R$ mil

2003 2002 Legal ( art.193 – Lei 6.404/76 ) 1.482.183 1.466.027

Estatutária – estudos e projetos ( art.194 – Lei 6.404/76 ) 206.128 202.897 Estatutária – investimentos ( art.194 – Lei 6.404/76 ) 13.489.745 13.328.182 Estatutária – outras ( art.194 – Lei 6.404/76 ) 11.081 11.081 Retenção de lucros ( art. 196 – Lei 6.404/76 ) 59.150 59.150 Dividendos não distribuídos ( art.202 – Lei 6.404/76 ) 4.660.639 3.778.866 19.908.926 18.846.203 O estatuto prevê a destinação de 50% do lucro líquido para a reserva de investimentos e de 1% para a reserva de estudos e projetos. d) Adiantamentos para futuro aumento de capital Os adiantamentos recebidos do Tesouro Nacional pela Companhia destinaram-se a:

R$ mil

2003 2002

Aquisição de participação acionária na CEEE 986.818 800.116

Aquisição da participação acionária na CGTEE 931.266 755.074

Linha de transmissão Banabuí – Fortaleza ( repassado à CHESF ) 32.380 26.254

UHE Xingó ( repassado à CHESF ) 90.976 73.764

Linhas de trasmissão no Estado da Bahia (repassado à COELBA ) 14.241 11.547

Fundo Federal de Eletrificação - Lei nº 5.073/66 84.419 68.317 2.140.100 1.735.072

De acordo com o Decreto 2.673, de 16 de julho de 1998, sobre estes recursos incidem encargos financeiros equivalentes à taxa SELIC, calculados a partir da data da transferência efetuada pelo acionista até a data da capitalização. NOTA 23 – RESULTADO DE PARTICIPAÇÕES SOCIETÁRIAS R$ mil

CONTROLADORA CONSOLIDADO

2003 2002 2003 2002

Investimentos consolidados

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Equivalência patrimonial 653.190 (2.519.989) - -

Juros sobre o capital próprio 699.819 182.337 - -

Rendimentos de capital de Itaipu 51.279 44.233 - -

1.404.288 (2.293.419) - -

Investimentos Relevantes não

Consolidados

Equivalência patrimonial 29.049 220.739 29.049 220.739

Juros sobre o capital próprio 39.103 30.534 39.103 30.534

68.152 251.273 68.152 251.273

Investimentos temporários

Avaliação patrimonial – classificados no realizável

(2.985) (826.371) (2.985)

(826.371)

Avaliação patrimonial – classificados no permanente

(3.668) (386.828) (3.668)

(386.828)

(6.653) (1.213.199) (6.653) (1.213.199)

Outros Investimentos

Juros sobre o capital próprio 12.713 24.272 12.713 24.272

Dividendos 9.432 40.050 9.432 40.498

Remuneração dos investimentos em parcerias

108.261 246.026 108.261

246.026

130.406 310.348 130.406 310.796

1.596.193 (2.944.997) 191.905 (651.130)

NOTA 24 - PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS Em conformidade com a Lei nº 10.101, de 19 de dezembro de 2000 e a Resolução nº 10, de 30 de maio de 1995, do Conselho de Coordenação e Controle das Empresas Estatais – CCE, a Empresa constituiu provisão para pagamento de participação nos lucros do exercício de 2003, no valor de R$ 10.500 mil, a ser submetido à Assembléia Geral Ordinária de Acionistas da ELETROBRÁS. NOTA 25 - INSTRUMENTOS FINANCEIROS E GESTÃO DE RISCOS a) Gestão de recursos Nas aplicações da ELETROBRÁS destacam-se, fundamentalmente, os empréstimos e financiamentos de longo prazo e os investimentos em participações acionárias em empresas concessionárias de serviço público de energia elétrica. Os empréstimos e financiamentos concedidos estão associados à função de agente de financiamento do setor elétrico nacional, onde se destacam aqueles concedidos à ITAIPU BINACIONAL, e são remunerados em média a 7,19 % a.a.( 2002- 7,52 % a.a. ). De acordo com o seu estatuto, a ELETROBRÁS está restrita a conceder financiamentos apenas às concessionárias de serviço público de energia elétrica. Desta forma, a taxa de mercado ( ou custo de oportunidade do capital da empresa ) é por ela definida, levando em conta o prêmio de risco compatível com as atividades do setor. Na impossibilidade de buscar outras alternativas, que não o próprio setor elétrico, o valor justo desses empréstimos corresponde ao seu valor contábil. No exigível a longo prazo, destacam-se os empréstimos e financiamentos obtidos, o Empréstimo Compulsório e a Reserva Global de Reversão - RGR. Os empréstimos e financiamentos captados são compostos de financiamentos contratados junto a agências internacionais multilaterais ( BID, BIRD, CAF e etc.), não sendo praticável descontá-los a uma taxa diferente da estabelecida no acordo da dívida brasileira. Os demais empréstimos são captados a taxas internacionais, fazendo com que o valor contábil seja próximo ao seu valor justo. O Empréstimo Compulsório, criado com o objetivo de gerar recursos para a expansão do sistema, recolhido junto a consumidores industriais, foi extinto pela Lei nº 7.181, de 20 de dezembro de 1993, definindo o prazo de 31 de dezembro

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de 1993 como data limite para seu recolhimento. Atualmente a ELETROBRÁS gerencia o estoque do empréstimo compulsório, atualizando-os com base no IPCA-E e remunerando-os à taxa de 6% a.a., com prazo de resgate definido. Dadas as suas restrições de aplicações, os saldos contábeis estão apresentados ao valor justo. A ELETROBRÁS finalizou o exercício de 2003 com 15 contratos passivos, entre empréstimos, financiamentos e bônus, que totalizam R$ 4.565.918 mil ( 2002 - R$ 6.026.040 mil ), conforme demonstrado a seguir.

Moeda

US$ mil (equivalentes)

%

R$ mil

Dólar Norte-Americano 1.062.477 67,23 3.069.709 Yene 298.963 18,92 863.763 EURO 218.900 13,85 632.446 Total 1.580.340 100,00 4.565.918

No encerramento do exercício, a empresa mantinha 799 contratos concedidos de empréstimos e financiamentos, totalizando R$ 38.737.862 mil (2002-R$ 44.023.324 mil), conforme demonstrado a seguir:

Moeda

US$ mil (equivalentes)

%

R$ mil

Dólar Norte-Americano 6.860.570 51,17 19.821.558 IGP-M 3.021.882 22,54 8.730.822 Real 2.829.249 21,10 8.174.268 Yene 305.082 2,27 881.441 EURO 391.033 2,92 1.129.773 Total 13.407.816 100,00 38.737.862

A ELETROBRÁS presta garantias e avais a empresas controladas, as quais atingiram o montante, em 31 de dezembro de 2003, de R$ 209.394 mil ( 2002 – R$ 209.394 mil ). b) Risco cambial Comparando-se a dívida e os recebíveis em moeda estrangeira, observa-se uma cobertura de cerca de 4,9 vezes, além disso, os prazos de pagamentos e recebimentos também se mostram compatíveis. Destaca-se que a ELETROBRÁS, após a Resolução nº 2.917 do BACEN, de 12 de dezembro de 2001, que autoriza a diversificação dos investimentos praticados exclusivamente no Banco do Brasil, está avaliando novas políticas de aplicação das disponibilidades de recursos próprios com o objetivo de maximizar seus rendimentos e criar mecanismos de proteção contra eventuais riscos cambiais. O Sistema ELETROBRÁS não detém instrumentos derivativos, uma vez que a administração considera que o saldo dos recebíveis em moeda estrangeira e o seu fluxo de realização é suficiente para que a empresa se mantenha adimplente com seus compromissos. c) Gerenciamento de investimentos Os investimentos em participações societárias são provenientes da função holding da ELETROBRÁS, que exerce o controle em cinco concessionárias geradoras - FURNAS, CHESF, ELETRONORTE, ELETRONUCLEAR e CGTEE e em uma de transmissão - ELETROSUL, cujas ações não são negociadas em bolsas de valores. Além dessas participações majoritárias, a ELETROBRÁS detém 50% do capital da ITAIPU BINACIONAL e o controle acionário da LIGHTPAR. Participa, também, de forma minoritária, em diversas concessionárias de energia elétrica. Em 31 de dezembro de 2003, a ELETROBRÁS mantinha investimentos avaliados ao custo, no valor de R$ 398.875 mil, dos quais R$ 379.313 mil referem-se a empresas de capital aberto - concessionárias de serviço público de energia elétrica. Embora as ações dessas empresas sejam admitidas em negociação em bolsas de valores, seu reduzido volume de negócios não caracteriza a existência de um mercado ativo, conforme definido na Instrução CVM nº 235/96, bem como os preços praticados não representam, necessariamente, os valores que seriam obtidos na negociação de um volume significativo de ações, demonstrando, portanto, a inexistência de condições razoáveis para o estabelecimento de preços de mercado para esses ativos, de forma a permitir uma adequada comparação com os valores contábeis. NOTA 26 - REMUNERAÇÃO DE EMPREGADOS E DIRIGENTES A menor e a maior remunerações pagas a empregados, tomando-se por base o mês de dezembro de 2003, foram de R$ 1.182,36 e R$ 17.806,40 respectivamente, de acordo com a política salarial praticada pela ELETROBRÁS. O maior honorário atribuído a dirigentes, tomando-se por base o mês de dezembro de 2003, correspondeu a R$ 18.023.96.

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NOTA 27 - COMERCIALIZAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA NO MAE Dada a situação hidrológica crítica existente no primeiro semestre de 2001, o Governo Federal estabeleceu o Programa Emergencial de Redução do Consumo de Energia Elétrica, criando regimes especiais de tarifação, limites de uso de energia elétrica e medidas necessárias para redução do consumo, que perduraram até fevereiro de 2002.

Com o objetivo de solucionar pendências nas relações comerciais entre os agentes, advindas da implantação do Programa Emergencial de Redução do Consumo de Energia Elétrica, foi o firmado o Acordo Geral do Setor Elétrico, envolvendo as geradoras e distribuidoras de energia elétrica. Em decorrência do citado Acordo, foi autorizada pelo Poder Concedente uma recomposição tarifária extraordinária. O Acordo e as normas da ANEEL previam, ainda, providências relativas à homologação dos números por aquela Agência, a adequação dos contratos iniciais, o financiamento pelo BNDES de 90% dos montantes da recomposição tarifária extraordinária e do estipulado para o reembolso de pagamento de energia livre, com prazos de amortização e encargos financeiros equivalentes aos da recomposição tarifária extraordinária. Em 04 de julho de 2002, as empresas do Setor Elétrico assinaram os instrumentos legais que consolidaram a implantação do Acordo Geral. Como decorrência, em dezembro de 2002 ocorreu a primeira liquidação, de forma parcial, das operações realizadas no âmbito do MAE, referente às comercializações de energia elétrica praticadas no período de setembro de 2000 a setembro de 2002. As liquidações dos montantes financeiros relativos ao meses de outubro, novembro e dezembro ocorreram em janeiro e fevereiro de 2003. Após processo de auditoria independente nos valores envolvidos no citado Acordo, foram liquidadas em julho de 2003 as parcelas restantes, referentes ao período de setembro de 2000 a dezembro de 2002. A partir de então, os pagamentos mensais das operações realizadas no Âmbito do MAE vem ocorrendo dentro dos vencimentos das operações. Conforme o Acordo Geral do Setor Elétrico, as geradoras controladas pela ELETROBRÁS, possuem, em 31 de dezembro de 2003 um direito de ressarcimento junto às distribuidoras, num montante de R$ 1.126.590 mil, sendo R$ 1.106.282 mil, classificados no Realizável a Longo Prazo (vide Nota 3). A controlada FURNAS, após todas as liquidações financeiras ocorridas, ainda mantém registrada no ativo circulante, créditos referentes à operações praticadas no âmbito do MAE no período de setembro de 2000 a setembro de 2002, que ficaram pendentes de recebimento, no montante de R$ 368.869 mil. A questão encontra-se sub judice em decorrência de ações judiciais impetradas contra o MAE e a ANEEL, por agentes da região Sul que discordaram da interpretação adotada pelo MAE, consoante o disposto no Despacho ANEEL Nº 288, de 16 de maio de 2002, na aplicação das regras de apuração dos valores transacionados, que impediu os agentes de comercializarem a energia de ITAIPU no mercado spot da região Sudeste, a preços de racionamento. Considerando o disposto no inciso II, parágrafo 4º do artigo 10, da Resolução ANEEL nº 552, de 14 de outubro de 2002, que estabelece que o MAE deverá proceder ao cancelamento do crédito mantido pelo agente credor afetado pelas medidas judiciais, caso fique caracterizada a procedência do questionamento feito pelo agente de mercado autor da ação judicial, a controlada FURNAS, tendo em vista o fato de que, até o momento, não ocorreram desfechos dos questionamentos judiciais em curso, mantém o crédito correspondente, registrado no ativo circulante, até que ocorra uma decisão judicial de caráter definitivo, não constituindo, desta forma, provisões para eventuais perdas. NOTA 28 - ELETRONET As controladas FURNAS, CHESF, ELETROSUL, ELETRONORTE e LIGHTPAR ingressaram no negócio de provimento de meios de transporte de sinais de informações, utilizando parte da sua infra-estrutura de transmissão.

Para viabilização deste negócio, o Sistema ELETROBRÁS identificou a necessidade de associação com a iniciativa privada que intermediasse e, consequentemente, atuasse como preposta, em nome das concessionárias, e sob a orientação das mesmas, objetivando os seus interesses negociais pelo uso de suas infra-estruturas, perante o sócio privado.

A controlada LIGHTPAR, detentora da estrutura legal e estatutária adequada aos propósitos negociais que se desejava participa minoritariamente do capital social da ELETRONET, sociedade de propósito específico, criada para viabilizar a exploração do negócio de provimento de meios de transporte de sinais de informações e prestação de serviços de telecomunicações. Como preposta dos interesses das concessionárias de energia elétrica controladas pela ELETROBRÁS junto a ELETRONET, a LIGHTPAR repassa os rendimentos do negócio às empresas, cabendo-lhe somente a remuneração a título de administração e o ressarcimento das despesas por conta desse negócio.

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A LIGHTPAR a partir de 20 de setembro de 2002, conforme deliberação de Assembléia de Acionistas, assumiu a administração da ELETRONET, em razão do inadimplemento do acionista majoritário AES Bandeirante Empreendimentos Ltda., que detém 51% do capital da sociedade, no aporte da atualização monetária da quarta parcela do capital social. O Conselho de Administração da ELETRONET decidiu pela confissão da falência da Empresa e convocou uma Assembléia Geral Extraordinária dos acionistas da ELETRONET, a qual foi iniciada em 24 de abril de 2003 e encerrada em 25 de abril de 2003, que aprovou a confissão de falência da Companhia e autorizou os administradores a tomarem as medidas judiciais cabíveis. A ELETROBRÁS, após examinados todos os pontos do pedido de falência da ELETRONET e tendo em vista que a LIGHTPAR detém créditos junto à ELETRONET que, quando realizados serão repassados às concessionárias controladas pela ELETROBRÁS, decidiu, de forma conservadora, reduzir o patrimônio líquido, no montante total de R$ 51.820 mil, das Controladas FURNAS, CHESF, ELETROSUL e ELETRONORTE para efeito de reconhecimento da equivalência patrimonial nesses investimentos, valor este que corresponde ao contas a receber mantidos por essas controladas junto à LIGHTPAR, tendo em vista que esses créditos estão vinculados ao passivo da ELETRONET junto à LIGHTPAR. NOTA 29 – NOVOS EMPREENDIMENTOS EM PARCERIAS Tendo em vista as necessidades de investimento do Setor Elétrico, em consonância com o Governo Federal na intenção de atrair novos capitais na forma estabelecida pela Lei no 10.438/2002, as empresas do Sistema ELETROBRÁS estão viabilizando a constituição de Consórcios com o objetivo de participar de leilões promovidos pela ANEEL para a outorga de concessão de linhas de transmissão.

Nesse sentido foram formados os seguintes Consórcios vencedores do leilão nº 001/2003, promovido pela ANEEL:

EMPREENDIMENTO CONSÓRCIO CONSORCIADAS

LT Teresina II – Fortaleza II AC TRANSMISÃO CHESF e ALUSA LT Salto Santiago – Ivaiporã – Cascavel Oeste

PARANÁ ELETROSUL, Santa Rita e CYMI

LT Coxipó – Cuiabá - Rondonópolis AMAZÔNIA ELETRONORTE, MASTEC,

ALUBAR, LINEAR, ENCOMIND e BIMETAL

LT Montes Claros - Irapé TRANSLESTE FURNAS, CEMIG, ALUSA e

ORTENG

Os empreendimentos estão em fase de implantação, razão pela qual, no exercício de 2003, não foram produzidos quaisquer efeitos no resultado das Controladas. NOTA 30 – EVENTOS SUBSEQUENTES - NOVO MODELO DO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO As Leis 10.847 e 10.848 ambas de 15 de março de 2004, introduziram importantes alterações no Setor Elétrico brasileiro, principalmente nos procedimentos de comercialização, nos parâmetros que regulam a licitação de concessões, nos elementos a serem obrigatoriamente observados no planejamento da expansão da oferta de energia elétrica e na alocação de riscos a que se expõem os agentes do Setor. Entre as alterações propostas, as relacionadas à comercialização entre geradoras e distribuidoras terão efeitos de curto prazo nas condições de equilíbrio econômico-financeiro das concessionárias, embora ainda inexistam elementos indispensáveis à correspondente quantificação. A contratação compulsória das necessidades de energia elétrica, para atendimento integral ao mercado de distribuição, implica na ampla revisão do relacionamento entre geradoras e distribuidoras submetidas a esta obrigação. Nos termos da nova legislação, o ambiente regulado em que se dará esse relacionamento influenciará na formação dos preços. Esta influência dar-se-á de forma mais acentuada na medida em que a obrigação de contratar combina-se com as vedações à autocontratação e à geração própria pelas distribuidoras. De um modo geral, as medidas acenam com uma significativa ampliação do volume de energia a ser negociada em ambiente regulado e redução da volatilidade de preços, atualmente verificada no Mercado Atacadista de Energia Elétrica – MAE. Merece destaque a autorização para que a controlada ELETROSUL volte a ter atividade de geração de energia elétrica, bem como, deve-se destacar, também, a possibilidade de renegociação de prazos e condições relacionadas com os contratos de fornecimentos de energia elétrica aos consumidores industriais eletrointensivos.

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Cabe ressaltar que a Lei 10.848/2004 não modificou significamente as condições de comercialização da energia descontratada até 31 de dezembro de 2003, determinada pela Lei 9.648/98; adicionalmente às Empresas do Sistema ELETROBRÁS foram excluídas do Programa Nacional de Desestatização – PND. Ainda não é possível avaliar os impactos no nível de equilíbrio econômico-financeiro das empresas do Sistema ELETROBRÁS, bem como nos seus resultados futuros.

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Anexo I

CONSUMIDORES E REVENDEDORES (em milhares de Reais)

CONTROLADORA CONSOLIDADO Circulante Circulante Longo Prazo 2003 2003 2002 2003 2002

AES ELETROPAULO 393.154 504.814 344.008 - - AES SUL 95.778 95.778 167.367 - - ANDE - 31.008 134.619 - - CEA - 136.095 - - - CEB 13.897 48.094 375.315 - - CEEE 80.298 88.447 47.694 - - CELESC 84.502 94.474 79.239 - - CELG 23.737 48.008 716.743 - - CELPA - 94.191 - - - CELPE - 68.846 - - - CEMAR - 194.356 153.099 - - CEMIG 178.334 208.870 260.101 - - CEPISA - 96.310 - - - CERJ 40.036 90.861 86.498 - - CESP 15.757 15.414 - - - COELBA - 69.757 112.848 - - COPEL 67.154 75.737 83.156 - - CPFL 83.081 138.750 243.986 - - EBE 79.395 113.636 116.152 - - ELEKTRO 52.783 63.589 89.147 - - ENERSUL 10.651 12.215 14.139 - - ESCELSA 26.070 60.963 59.756 - - LIGHT 165.978 276.568 269.879 - - MAE - 634.987 1.327.700 1.106.282 1.253.008PIRATININGA 56.503 86.102 164.630 - - RGE 22.013 27.599 31.052 - - Consumidores - 430.625 375.810 - - Outros 26.197 586.433 694.550 364.985 386.421(-) Provisão Cred. Liq. Duvidosa - (100.155) (1.196.230) - -

1.515.319 4.292.372 4.751.258 1.471.267 1.639.429

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ANEXO II DEMONSTRAÇÃO DOS FINANCIAMENTOS E EMPRÉSTIMOS A RECEBER EM 31 DE DEZEMBRO

(em milhares de Reais) CONTROLADORA CONSOLIDADO

2003 2002 2003 2002

PRINCIPAL PRINCIPAL PRINCIPAL PRINCIPAL

ENCARGOS LONGO ENCARGOS LONGO ENCARGOS LONGO ENCARGOS LONGO

TAXA MÉDIA

VALOR CIRCULANTE PRAZO TAXA MÉDIA

VALOR CIRCULANTE PRAZO TAXA MÉDIA

VALOR CIRCULANTE PRAZO TAXA MÉDIA

VALOR CIRCULANTE PRAZO

CONTROLADAS E CONTROLADA EM CONJUNTO FURNAS 6,51% 23.407 133.853 1.346.442 6,85% 19.264 132.361 1.635.547 - - - - - - - - CHESF 11,17% 119 508.475 4.890.739 10,88% 3.417 724.553 4.940.775 - - - - - - - - ELETROSUL 6,76% - 53.160 43.475 6,00% 14 9.204 56.660 - - - - - - - - ELETRONORTE 3,88% 679.391 613.848 4.687.815 4,11% 1.214.232 1.018.839 4.349.413 - - - - - - - - ELETRONUCLEAR 10,47% 59.368 165.952 1.626.318 8,30% 257.647 349.798 1.246.467 - - - - - - - - LIGHTPAR 1,81% 3.493 11.047 - 12,00% 2.370 11.047 - - - - - - - - - ITAIPU 7,03% - 19.079 17.801.615 7,06% 22.363 22.330 21.030.850 7,03% - 9.540 8.900.808 7,06% 11.182 11.165 10.515.425

765.778 1.505.414 30.396.404 1.519.307 2.268.132 33.259.712 - 9.540 8.900.808 11.182 11.165 10.515.425

OUTRAS CEPISA 0,23% 120 4.217 105.674 8,09% 33.055 53.692 150.128 0,23% 120 4.217 105.674 8,09% 33.055 53.692 150.128 CERON 0,26% 2.331 26.007 156.724 10,19% 2.324 196.992 478.698 0,26% - 26.007 156.724 10,19% 2.324 196.992 478.698 CEMIG 8,57% 2.497 84.267 257.868 8,59% 71 63.672 353.963 8,57% 2.497 84.267 257.868 8,59% 71 63.672 353.963 COPEL 8,30% 2.850 42.768 368.949 8,23% 17 49.641 402.758 8,30% 2.850 42.768 368.948 8,23% 17 49.641 402.758 CEEE 11,82% 3.209 54.487 246.546 11,10% 360 20.576 302.960 11,82% 3.209 54.487 246.546 11,10% 360 20.576 302.960 DUKE 10,00% 4.765 77.682 1.083.803 10,00% 3.843 59.259 1.069.002 10,00% 4.765 77.682 1.083.803 10,00% 3.843 59.259 1.069.002 AES TIETÊ 10,00% 6.082 99.099 1.383.464 10,00% 4.906 75.599 1.364.566 10,00% 6.082 99.099 1.383.464 10,00% 4.906 75.599 1.364.566 AES ELETROPAULO 10,50% 212.239 108.024 - 10,50% 199.816 108.024 - 10,50% 212.239 108.024 - 10,50% 199.816 108.024 - ( - ) Provisão - (212.239) (108.024) - - (199.816) (108.024) - - (212.239) (108.024) -

- (199.816) (108.024) -

TRACTBEL 12,00% 3.791 64.855 314.208 12,00% - 53.280 375.453 12,00% 3.791 64.855 314.208 12,00% - 53.280 375.453 CELPE 6,27% 424 13.578 44.218 6,56% - 14.551 75.184 6,27% 424 13.578 44.218 6,56% - 14.551 75.184

CEMAR 13,70% - 56.228 197.872 10,84% 1.873 107.981 127.274 13,70% - 56.228 197.872 10,84% 1.873 107.981 127.274 CESP 9,07% 8.352 21.509 257.343 9,05% 935 11.201 261.213 9,07% 8.352 21.509 257.342 9,05% 935 11.201 261.213 OUTRAS 24.637 280.585 769.257 32.300 215.253 1.013.593 36.868 285.946 991.928 38.858 222.356 1.077.701

59.058 825.282 5.185.926 79.684 921.697 5.974.792 68.958 830.643 5.408.595 86.242 928.800 6.038.900

T O T A L 824.836 2.330.696 35.582.330 1.598.991 3.189.829 39.234.504 68.958 840.183 14.309.403 97.424 939.965 16.554.325

Os financiamentos e empréstimos concedidos com recursos ordinários e setoriais, inclusive os repasses, vencem em parcelas variáveis, conforme demonstrado abaixo: 2005 2006 2007 2008 2009 Após 2009 TOTAL

CONTROLADORA 2.777.752 3.267.942 4.095.568 4.567.772 4.528.269 16.345.027 35.582.330 CONSOLIDADO 1.117.071 1.314.200 1.647.029 1.836.926 1.821.039 6.573.138 14.309.403

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DADOS DAS EMPRESAS

Capital social Patrimônio líquido (a) Lucro ( prejuizo ) líquido do exercício PARTICIPAÇÃO DA ELETROBRÁS Quantidade de ações - lote de mil Ordinárias Preferenciais Participação em % Subscrito e integralizado Votante MOVIMENTAÇÃO DOS INVESTIMENTOS: Saldos no ínicio do exercício Ajuste de JCP de exercício anterior Aumento de Capital Equivalência patrimonial - resultado do exercEquivalência patrimonial - reserva de capital Rendimento de capital Dividendos Juros sobre o capital próprio Saldos no final do exercício

a) Exclui adiantamentos para aumento de capcréditos vencidos há mais de 90 dias, junto a C

b) A participação da ELETROBRÁS na ITAI2002 - R$ 44.233 mil ), conforme previsto no

c) Os exames das demonstrações contábeis emcontroladas CHESF, ELETROSUL, ELETRO

INVESTIMENTOS EM EMPRESAS CONSOLIDADAS ANEXO III (em milhares de Reais)

2003 2002 ELETRO- ELETRO-

FURNAS CHESF ELETROSUL NORTE NUCLEAR LIGHTPAR CGTEE ITAIPU TOTAL FURNAS (b) ( b )

1.257.785 1.263.333 279.072 2.843.235 2.944.456 113.790 868.721 288.920 - - 11.561.958 9.929.341 1.599.590 9.235.620 4.175.831 35.014 677.311 288.920 - - 1.119.062 816.608 152.078 (292.903) (310.695) 2.908 10.627 - - -

50.618.949 40.477 42.582 68.389 8.828.994 8.480.196 1.126.273 - - - 14.088.223 938 - - 2.467.800 - - - - -

99,54 99,45 99,71 98,16 99,80 81,61 99,94 50,00 - - 99,82 100,00 99,71 98,16 99,92 81,61 99,94 - - -

10.735.767 9.394.790 1.497.415 9.433.991 2.039.647 26.201 666.284 176.665 33.970.760 36.367.182

- 154 - - - - - - 154 (199.202) - - - - 2.437.454 - - - 2.437.454 -

ício 1.105.470 799.021 145.655 (368.306) (309.621) 2.374 10.621 19.074 1.404.288 (2.293.419) - - - - - - - - - 420.014 - - - - - - - (51.279) (51.279) (44.233) - - - - - - - - - (97.245)

(332.464) (319.235) (48.120) - - - - - (699.819) (182.337) 11.508.773 9.874.730 1.594.950 9.065.685 4.167.480 28.575 676.905 144.460 37.061.558 33.970.760

ital, conforme demonstrado na Nota 10. O patrimônio líquido da Eletronorte, está reduzido, para efeito de cálculo da equivalência patrimonial, em R$ 309.469 mil correspondente à parcela deEMAR e CEA, não provisionados pela controlada.

PU BINACIONAL, de acordo com o Decreto nº 72.707/73, é fixada em US$ 50 milhões. Em 2003 a ITAIPU creditou à ELETROBRÁS rendimentos de capital equivalentes a R$ 18.344 mil ( item III do Anexo C ao tratado firmado entre o Brasil e o Paraguai, de 26 de abril de 1973.

31 de dezembro de 2003 das controladas CHESF, ELETROSUL, LIGHTPAR e CGTEE foram realizados por outros auditores independentes. Os relativos a 31 de dezembro de 2002 dasNUCLEAR, LIGHTPAR e CGTEE também foram realizado por outros auditores independentes.

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ANEXO IV

ATIVO IMOBILIZADO (em milhares de Reais)

CONTROLADORA CONSOLIDADO 2003 2002 2003 2002 FURNAS CHESF ELETRONORTE ELETRONUCLEAR ITAIPU OUTRAS TOTAL FURNAS CHESF ELETRONORTE ELETRONUCLEAR ITAIPU OUTRAS TOTAL

Geração Em serviço - - 7.462.805 16.108.236 13.680.105 5.827.787 27.135.627 1.912.191 72.126.751 7.442.255 15.869.676 13.320.777 5.335.326 32.020.794 1.900.965 75.889.793 Depreciação acumulada - - (2.298.893) (5.266.894) (6.087.427) (1.132.015) - (1.474.137) (16.259.366) (2.109.139) (4.984.250) (5.822.616) (961.422) - (1.394.205) (15.271.632) - - 5.163.912 10.841.342 7.592.678 4.695.772 27.135.627 438.054 55.867.385 5.333.116 10.885.426 7.498.161 4.373.904 32.020.794 506.760 60.618.161 Em curso 988.512 375.879 2.576.848 1.465.005 - 17.836 5.424.080 632.286 358.062 2.263.234 1.791.177 3.407 5.048.166 - - 6.152.424 11.217.221 10.169.526 6.160.777 27.135.627 455.890 61.291.465 5.965.402 11.243.488 9.761.395 6.165.081 32.020.794 510.167 65.666.327 Transmissão Em serviço - - 10.789.371 5.837.473 5.598.197 - - 2.370.366 24.595.407 9.843.371 5.573.970 5.755.323 - - 2.216.957 23.389.621 Depreciação acumulada - - (4.631.788) (2.466.850) (2.121.039) - - (1.036.711) (10.256.388) (4.365.592) (2.314.513) (2.085.353) - - (966.554) (9.732.012) - - 6.157.583 3.370.623 3.477.158 - - 1.333.655 14.339.019 5.477.779 3.259.457 3.669.970 - - 1.250.403 13.657.609 Em curso 963.494 1.372.904 1.073.024 - - 102.771 3.512.193 1.358.035 1.460.441 1.118.349 - - 112.664 4.049.489 - - 7.121.077 4.743.527 4.550.182 - - 1.436.426 17.851.212 6.835.814 4.719.898 4.788.319 - - 1.363.067 17.707.098 Distribuição Em serviço - - - - 964.237 - - - 964.237 - - 730.974 - - - 730.974 Depreciação acumulada - - - - (373.816) - - - (373.816) - - (284.178) - - - (284.178) - - - - 590.421 - - - 590.421 - - 446.796 - - - 446.796 Em curso - - - - 114.686 - - - 114.686 - - 112.976 - - - 112.976 - - - - 705.107 - - - 705.107 - - 559.772 - - - 559.772 Administração Em serviço 88.614 20.560 136.640 628.801 278.001 23.215 - 7.652 1.162.923 129.015 637.077 23.854 21.154 - 34.284 865.944 Depreciação acumulada (15.527) (14.480) (68.854) (305.372) (128.225) (12.935) - (2.616) (533.529) (63.148) (282.172) (12.988) (9.971) - (5.925) (374.204) 73.087 6.080 67.786 323.429 149.776 10.280 - 5.036 629.394 65.867 354.905 10.866 11.183 - 28.359 471.180 Em curso 85 85 52.084 149.530 56.333 179 - 555 258.766 32.206 110.863 53.910 858 - 2.704 200.626 73.172 6.165 119.870 472.959 206.109 10.459 - 5.591 888.160 98.073 465.768 64.776 12.041 - 31.063 671.721 73.172 6.165 13.393.371 16.433.707 15.630.924 6.171.236 27.135.627 1.897.907 80.735.944 12.899.289 16.429.154 15.174.262 6.177.122 32.020.794 1.904.297 84.604.918 Obrigações Vinc. A Concessão (-) Reservas para amortização - - (81.998) (20.269) - - - - (102.267) (81.998) (20.269) - - - - (102.267) (-) Contribuições e consumidores - - - (6.048) (23.521) - - - (29.569) - (6.048) (22.652) - - - (28.700) (-) Participação da União Federal - - (28.539) (108.052) (231.890) (47.314) - - (415.795) (28.539) (108.052) (231.890) (47.314) - - (415.795) (-) Outras - - (2.003) (20.777) (32.820) - - (254) (55.854) (2.003) (21.517) (32.814) - - (254) (56.588) - - (112.540) (155.146) (288.231) (47.314) - (254) (603.485) (112.540) (155.886) (287.356) (47.314) - (254) (603.350) TOTAL 73.172 6.165 13.280.831 16.278.561 15.342.693 6.123.922 27.135.627 1.897.653 80.132.459 12.786.749 16.273.268 14.886.906 6.129.808 32.020.794 1.904.043 84.007.733

Taxa anual média de depreciação (%) - Geração - - 2,30 2,05 2,38 3,30 - - - 2,30 2,07 2,38 3,30 - - - Transmissão - - 3,10 2,82 3,00 - - - - 3,10 2,80 3,00 - - - - Distribuição - - - - 5,62 - - - - - - 5,62 - - - - Administração 6,30 6,08 6,30 5,01 7,54 10,00 - - - 6,30 5,71 7,54 10,00 - - -

1 - Nos termos do Decreto n.º 41.019/57, os bens e instalações utilizados na produção, transmissão e distribuição, inclusive na comercialização, são vinculados a esses serviços não podendo ser retirados, alienados, cedidos oudados em garantia hipotecária sem a prévia e expressa autorização do Órgão Regulador.2 - As taxas de depreciação praticadas pelas controladas foram estipuladas pela Resolução ANEEL n.º 2/97, na forma das instruções contidas na Portaria DNAEE n.º 815/94. No caso de ITAIPU, não é calculada adepreciação de suas instalações, por não se constituir um item do Custo do Serviço de Eletricidade, conforme definido no Anexo "C" do Tratado assinado entre a República Federativa do Brasil e a República do Paraguai.3 - Os bens estão segurados e sua cobertura é determinada em função de seus valores e grau de risco envolvido.

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ANEXO V

DEMONSTRAÇÃO DOS FINANCIAMENTOS E EMPRÉSTIMOS A PAGAR EM 31 DE DEZEMBRO (em milhares de Reais)

CONTROLADORA CONSOLIDADO

2 0 0 3 2 0 0 2 2 0 0 3 2 0 0 2

PRINCIPAL PRINCIPAL PRINCIPAL PRINCIPAL

ENCARGOS LONGO ENCARGOS LONGO ENCARGOS LONGO ENCARGOS LONGO

TAXA MÉDIA

VALOR CIRCULANTE PRAZO TAXA MÉDIA

VALOR CIRCULANTE PRAZO TAXA MÉDIA

VALOR CIRCULANTE PRAZO TAXA MÉDIA

VALOR CIRCULANTE PRAZO

MOEDA ESTRANGEIRA Instituições Financeiras Banco Internacional de Recons- trução e Desenvolvimento - BIRD 4,74% 300 7.710 5.838 4,91% 1.369 45.368 12.150 4,74% 300 7.710 5.838 4,91% 1.369 45.368 12.150 Banco Interamericano de Desen- volvimento - BID 6,06% 13.478 91.833 808.854 7,06% 17.928 109.401 1.091.323 6,06% 13.478 91.833 808.854 7,06% 17.928 109.401 1.091.323 Comitê Andino de Fomento - CAF 6,09% 8.671 11.350 535.534 6,07% 8.918 13.881 682.684 6,09% 8.671 11.350 535.534 6,07% 8.918 13.881 682.684 Kreditanstalt fur Wiederaufbau - KFW 5,65% 446 34.670 280.993 5,65% 500 35.151 320.285 5,65% 1.652 71.644 455.411 5,65% 1.975 72.785 532.495 AMFORP & BEPCO 6,38% - 1.780 9.051 6,38% - 2.406 15.698 6,38% - 1.780 9.051 6,38% - 2.406 15.698 FINEP 0,00% - - - 3,00% 2 163 - 0,00% - - - 3,00% 12 773

- Dresdner Bank 6,50% 671 34.670 280.994 6,50% 753 35.153 320.284 6,50% 1.175 50.185 358.571 6,50% 1.370 50.956 414.667 Eximbank 1,65% 4.041 59.291 800.431 1,65% 4.774 65.367 947.824 1,65% 4.041 59.291 800.431 1,65% 4.774 65.367 947.824 Outras 5.435 12.731 46.443 - - - 19.245 37.488 160.316 13.915 50.973 125.769

33.042 254.035 2.768.138 34.244 306.890 3.390.248 48.562 331.281 3.134.006 50.261 411.910 3.822.610

Bônus Bônus - Nomura S.I.Incorp. - - - - - - - - - - -

- Bônus - West LB 12,00% 6.934 - 866.760 12,00% 8.480 - 1.059.990 6.934 - 866.760 12,00% 8.480 - 1.059.990 Bônus - S. Brothers / AMRO 10,00% 25.830 543.141 - 10,00% 31.319 - 664.225 25.830 543.141 - 10,00% 31.319 - 664.225 Bônus - J.P.Morgan Securities 9,00% 624 - 67.414 9,00% 783 - 82.442 624 - 67.414 9,00% 783 - 82.442

33.388 543.141 934.174 40.582 - 1.806.657 33.388 543.141 934.174 40.582 - 1.806.657

Outros Tesouro Nacional - ITAIPU - - - - - - 9.992 488.439 18.071.750 6,92% 14.191 390.782 21.415.658 Outros - - - - - 1.142 - - - - - 1.142

-

- - - - 1.142 9.992 488.439 18.071.750 14.191 390.782 21.416.800

66.430 797.176 3.702.312 74.826 306.890 5.198.047 91.942 1.362.861 22.139.930 105.034 802.692 27.046.067

MOEDA NACIONAL Tesouro Nacional - - - - - - - - - - - - Outros - - - - - - 91.424 740.445 1.161.846 34.228 521.300 618.431

- - - - - - 91.424 740.445 1.161.846 34.228 521.300 618.431

66.430 797.176 3.702.312 74.826 306.890 5.198.047 183.366 2.103.306 23.301.776 139.262 1.323.992 27.664.498

OBSERVAÇÕES: a) As dívidas são garantidas pela União e/ou pela ELETROBRÁS. b) O total devido em moeda estrangeira, inclusive encargos, corresponde na controladora a R$ 4.565.918 mil, equivalente a US$ 1,580,340 mil e no consolidado a R$ 23.594.733 mil, equivalente a US$ 8,166,528 mil. A distribuição percentual por tipo de moeda é a seguinte: US$ EURO YEN

CONTROLADORA 67% 14% 19% CONSOLIDADO 92% 4% 4% c) Os empréstimos e financiamentos estão sujeitos a encargos, cuja taxa média em 2003, foi de 7,40 %a.a e 2002, foi de 7,49 %a.a. d) O principal dos empréstimos e financiamentos a longo prazo, em 2003, expresso em milhares de Dólares Norte-Americanos, tem seu vencimento assim programado: 2005 2006 2007 2008 2009 Após 2009 TOTAL

CONTROLADORA 557.949 115.486 72.758 68.005 59.920 407.314 1.281.432 CONSOLIDADO 849.125 421.760 344.589 335.705 338.163 5.775.789 8.065.131

Page 52: Centrais Elétricas Brasileiras S.A. - Eletrobrás · RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO EXERCÍCIO SOCIAL FINDO EM 31/12/2003 Senhores Acionistas, Apresentamos o Relatório da Administração