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EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2019
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SUMÁRIO
SUMÁRIO
Relatório da Administração ............................................................................ 04
1. Mensagem da Administração ......................................................................... 04
2. Perfil e Negócios da CELG GT ........................................................................ 05
3. Investimentos ........................................................................................... 07
4. Desempenho Operacional ............................................................................. 08
5. Cenário Macroeconômico e Setorial ................................................................. 10
6. Ambiente Regulatório ................................................................................. 13
7. Desempenho Econômico-Financeiro ................................................................. 15
Relatório dos Auditores Independentes ............................................................. 16
Declaração de Concordância com o Relatório dos Auditores Independentes ................ 27
Demonstrações Financeiras ............................................................................ 28
Balanços Patrimoniais .................................................................................... 28
Demonstração dos Resultados ........................................................................... 30
Demonstração dos Resultados Abrangentes ........................................................... 31
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido ................................................. 32
Demonstração dos Fluxos de Caixa ..................................................................... 33
Demonstração dos Valores Adicionados ................................................................ 34
Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras ................................................. 35
1. Contexto Operacional ................................................................................. 35
2. Apresentação das Demonstrações Financeiras ..................................................... 36
3. Principais Políticas Contábeis ........................................................................ 39
4. Caixa e Equivalentes de Caixa ....................................................................... 44
5. Contas a Receber ...................................................................................... 44
6. Outros Ativos Circulantes e Não Circulantes ....................................................... 45
7. Ativo de Contrato ...................................................................................... 48
8. Investimentos ........................................................................................... 49
9. Imobilizado .............................................................................................. 52
10. Intangível .............................................................................................. 53
11. Fornecedores .......................................................................................... 53
12. Empréstimos e Financiamentos ..................................................................... 54
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SUMÁRIO
13. Outros Passivos Circulantes e Não Circulantes ................................................... 56
14. Benefício Pós-Emprego .............................................................................. 57
15. Provisão para Litígios ................................................................................ 59
16. Tributos Diferidos..................................................................................... 60
17. Patrimônio Líquido ................................................................................... 61
18. Receita Operacional Líquida ........................................................................ 63
19. Custos e Despesas Operacionais .................................................................... 63
20. Outros Resultados Operacionais .................................................................... 64
21. Resultado Financeiro ................................................................................. 65
22. Imposto de Renda e Contribuição Social .......................................................... 65
23. Demonstração do Resultado por Atividade ....................................................... 67
24. Fluxos de Caixa das Atividades Operacionais (Método Indireto) .............................. 67
25. Distribuição do Valor Adicionado ................................................................... 68
26. Transações com Partes Relacionadas .............................................................. 69
27. Instrumentos Financeiros ............................................................................ 70
28. Eventos Subsequentes................................................................................ 71
29. Autorização de Emissão das Demonstrações Financeiras ....................................... 71
Declaração de Concordância com as Demonstrações Financeiras .............................. 73
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SUMÁRIO
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RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO
1. MENSAGEM DA ADMINISTRAÇÃO
Esta diretoria recebeu a missão, no ano de 2019, de conduzir a CELG GT de forma a continuar
privilegiando a eficiência em suas atividades de geração e transmissão, agregando o maior
valor possível à Companhia.
A gestão da organização foi conduzida com esse foco, com resultados altamente expressivos.
Na seara dos investimentos, foram entregues diversas obras à sociedade, merecendo destaque
as decorrentes de Reforços nas subestações de Firminópolis, Planalto, Paranaíba e Palmeiras,
que viabilizarão aumento de suprimento de energia, maior flexibilidade operativa e maior
confiabilidade para o sistema.
No ano de 2019 a CELG GT gerou EBITDA de R$ 78,5 milhões, 14,2% superior ao ano de 2018,
representando 37,47% sobre a Receita Operacional Líquida. Oportuno destacar, nesse
contexto, que a Companhia manteve o endividamento em níveis adequados, de forma que a
proporção entre Dívida Líquida e EBITDA totalizou o múltiplo de 1,43. O conjunto de ações
promovidas culminou na obtenção de uma margem de lucro líquido da ordem de 33,94%,
alcançando o valor de R$ 71,1 milhões, rentabilidade 21,4% superior à obtida no ano de 2018.
Reconhecemos os desafios do Setor Elétrico, especialmente no momento atual em que estão
sendo discutidas/implementadas alterações nos marcos regulatórios e nos modelos de
negócios. São exemplos dessa realidade a Modernização do Setor Elétrico, cujo ponto de
partida se deu com a formalização Portaria MME nº 187/2019, e a criação de Comissão
Especial na Câmara dos Deputados para a elaboração de Projeto de Lei que deverá culminar
no “Código Brasileiro de Energia Elétrica”.
Os Leilões de Geração e Transmissão continuaram bastante competitivos, com algumas
novidades, como o realizado para Sistemas Isolados. Destaques para os deságios, que por
exemplo, no único Leilão de Transmissão do ano (Nº 02/2019), superou 60%.
Recepcionamos o Planejamento Estratégico 2019-2028, elaborado ao final de 2018, dedicando
o máximo de empenho para alcançar os objetivos e metas então delineados, marcadamente
os que tangenciam a efetividade e modernização na gestão e controles internos, desempenho
nas atividades de operação e manutenção, compatibilização dos custos de PMSO aos
regulatórios, bem como na expansão dos negócios.
Por último, cabe destacar que foi aprovada na Assembleia Legislativa de Goiás a Lei Nº
20.762/2020, que autoriza o Poder Executivo do Estado de Goiás a promover medidas de
desestatização da CELG Geração e Transmissão.
Lener Silva Jayme
Diretor Presidente
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RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO
2. PERFIL E NEGÓCIOS DA CELG GT
Os principais negócios da CELG GT envolvem concessões nos segmentos de Geração e
Transmissão de Energia, tanto de forma direta como por meio de participação em Sociedades
de Propósitos Específicos.
2.1. Estrutura e Governança
A CELG GT, sociedade de economia mista, é uma subsidiária integral da CELGPAR, a qual
possui como principal acionista o Estado de Goiás, com participação de 99,76%, seguido pela
Eletrobrás (0,07%) e outros (0,17%), conforme estrutura societária da companhia a seguir:
2.2. Negócios
A seguir serão apresentadas as concessões da CELG GT nos segmentos de geração e
transmissão, bem como os principais investimentos via participação em SPEs.
Transmissão
A CELG GT possui 3 contratos de concessões próprios (63/2001, 003/2015 e 004/2016) e
participações acionárias em 4 outros contratos (014/2013, 018/2013, 003/2014 e 008/2016).
Vide Tabela Sintética abaixo:
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RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO
Contrato de
Concessão Concessionária Objeto
Vencimento Concessão
Participação CELG GT
RAP 2019/2020 (milhões)
63/2001 CELG GT 16 Linhas de Transmissão (230KV)
744 km GO 31/12/2042 100,0% R$ 141,7
03/2015 CELG GT LT 230KV - Itumbiara-Paranaíba
(11km) 05/03/2045 100,0% R$ 2,2
04/2016 CELG GT Compensador Estático SE Luziânia 19/01/2046 100,0% R$ 22,4
14/2013 Vale do São Bartolomeu
LT 345 KV Samambaia - Brasília Sul, C3 (14 km)
LT 500 KV Luziânia - Brasília Leste, C1 e C2 (67 km x 2)
SE Brasília Leste, 500/√3 - 138/√3 - 13,8 KV - 1260 MVA.
09/10/2043 10,0% R$ 38,4
18/2013 SPE Pantanal
LT 230 kV Campo Grande II, C2 (13km)
SE Campo Grande II 230/138 KV, 2x150 MVA
09/10/2043 49,0% R$ 8,9
03/2014 SPE Lago Azul LT 230 kV Barro Alto - Itapaci, C2
(69km) 14/05/2044 50,1% R$ 4,3
08/2016 Firminópolis LT 230 kV Trindade - Firminópolis, C2
(83km) 07/04/2046 49,0% R$ 7,8
Geração
Atualmente, a Companhia detém o Contrato de Concessão de Rochedo, opera provisoriamente
a Usina de São Domingos por força de Portaria, e participa como acionista das Usinas Corumbá
III e PCH Fazenda Velha. Vide informações gerais sobre os empreendimentos:
Usina/PCH Instrumento/
Concessão Potência Instalada
Garantia Física
Início Operação Comercial
Vencimento Participação
CELG GT
Energia Vendida
/Cota
RAG 2019/2020
(R$ milhões)
Rochedo* Contrato 02/2016
4 MW 3 MW abr/56 jan/46 100% Cota R$ 4,32
São Domingos
Portaria 352/2013 -
MME 12 MW 7,2 MW jun/90 - 100% Cota
R$ 5,25
UHE Corumbá
Contrato 126/2001
94,6 MW 50,9 MW
out/09 nov/36 15% Energia Vendida
preço por MWH
Fazenda Velha
Portaria 265/2014 -
MME 16,5 MW 8,9 MW mar/16 jun/49 20%
Energia Vendida
preço por MWH
*Conforme Contrato de Concessão 70% na garantia física submete-se ao regime de cotas de garantia física e 30%
comercializada conforme interesses da Companhia.
Está em estudo, no âmbito da ANEEL, a expansão de Rochedo em mais 8MW. Ademais, a CELG
GT possui outros projetos em estudo, como Consórcio Médio Rio Claro, Consórcio Rio Claro,
Consórcio Meia Ponte e Consórcio Rio Mosquito, com previsão de capacidade instalada na
ordem de 605 MW e a participação média da CELG GT é de 24,42%.
2.3. Referenciais estratégicos
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RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO
A missão da CELG GT, ser uma empresa de excelência, inovadora e sustentável em soluções
de energia, nos permite, de forma alternativa, evoluir no mercado de energia, em
consonância com a dinâmica do setor elétrico, que tem passado não somente por alterações
nos formatos dos leilões e priorizações de fontes alternativas, quanto em termos de
comercialização. Fazemos de nossa visão, atuar de forma empreendedora e rentável, o nosso
foco e destino de nossos esforços diários, sempre ancorados em nossos valores: transparência,
segurança, ética, eficiência e respeito às pessoas.
A CELG GT adota o Balanced Scorecard como instrumento que viabiliza a integração entre
nossos objetivos estratégicos e o monitoramento de evolução de nossas performances.
Dentre nossos objetivos estratégicos buscamos garantir a saúde e segurança no ambiente de
trabalho, melhorar competência dos empregados, garantir efetividade e modernização na
gestão e controles internos, garantir alto desempenho nas atividades de operação e
manutenção, promover ações de responsabilidade socioambiental, ampliar a capacidade de
geração e expandir a atividade de transmissão, além de prezarmos por aumentar receitas,
compatibilizar custos de PMSO aos regulatórios, prover a alavancagem de projetos, de forma
a elevar a lucratividade da Companhia.
3. INVESTIMENTOS
Em 2019 os investimentos diretos da CELG GT somaram mais de R$ 64,8 milhões, mantendo
um investimento maior em 16% que a média dos últimos 5 anos (R$ 55,9 milhões).
Destacamos a energização dos seguintes empreendimentos:
a) Instalação banco autotransformador 230/138/13,8 kV – 3x50 MVA e conexões na SE
Firminópolis, o que permitirá o aumento da oferta de energia elétrica na região, além
de garantir a confiabilidade e segurança do suprimento. O arranjo do setor de 230 kV da
subestação também foi adequado permitindo assim maior flexibilidade operativa;
b) Instalação de Trafo 230/69/13,8 kV - 50 MVA, ativação do trafo reserva e conexões
na SE Planalto, a substituição dos transformadores em final de vida útil (T1 e T2 de
230/69 kV) foram substituídos por novos equipamentos, contemplando aumento de
potência nominal (de 41,7 MVA para 50 MVA cada). O transformador reserva 230/69 kV –
50 MVA foi ativado, assumindo permanentemente a cargas da subestação com os outros
transformadores. Com esta obra será possível o aumento do suprimento de energia da
região, além de ter melhorado a confiabilidade das instalações locais;
c) Instalação do 3º Transformador 230/69/13,8 kV - 50 MVA e conexões. Adequação de
arranjo em 230 kV na SE Paranaíba, cujas obras refletem em maior confiabilidade e
capacidade de atendimento a demanda da região. Ademais, o arranjo do setor 230 kV
proporciona maior flexibilidade operativa para as instalações; e
d) Instalação do 3º Transformador 230/69/13,8 kV - 50 MVA e conexões associadas na SE
Palmeiras, o que resultará em maior confiabilidade e capacidade de atendimento à
demanda da região.
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RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO
Além dos empreendimentos citados, em 2019 foram modernizadas diversas instalações da
empresa, através da substituição/instalação de serviços auxiliares, substituição de painéis de
proteção, substituição de seccionadores, adequação da iluminação de pátio e
reforma/ampliação de casas de comando.
Também investimos mais de R$ 3,8 milhões em participações, dentre eles, para as SPE´s Vale
do São Bartolomeu (R$ 1,3 milhões) e Firminópolis Transmissora (R$ 1,2 milhões). Destaque
para a energização do Contrato de Concessão nº 08/2016, referente a Linha de Transmissão
(em 230 kV), interligando as Subestações de Trindade e Firminópolis.
Em 2020 prevemos investir mais de R$ 130 milhões, cujas principais obras são:
a) SE Cachoeira Dourada - Substituição do ATR1 230/138kV, (3+1)x33,33 MVA, por
(3+1)x40 MVA. Com a substituição do banco de autotransformadores 230/138 kV da
subestação Cachoeira Dourada, será possível a reativação desta transformação da CELG
GT que, em conjunto com o banco ATR2 de outra transmissora, proporcionará maior
confiabilidade no suprimento aos consumidores da região, além de permitir o
escoamento das gerações de energia conectadas no barramento de 138 kV da
instalação;
b) SE Anhanguera - 2º Banco de transformadores 230/69/13,8 kV - 3x16,67 MVA e
conexões associadas. A subestação Anhanguera possui apenas um banco de
autotransformadores 230/69 kV que em condição de contingência resulta em
interrupção de energia para o sistema prisional da região, entre outras cargas. A
instalação do segundo banco de autotransformadores 230/69 kV – 3x16,67 MVA permitirá
a melhoria da confiabilidade e segurança do suprimento. O arranjo do setor de 69 kV da
subestação também foi adequado para que atenda os padrões da empresa e permita
maior flexibilidade operativa;
c) SE Carajás - Instalação do 3° Autotransformador 230/138 kV, o que permitirá o
aumento da oferta de energia para as cargas conectadas nestas subestações, bem como
a melhoria da confiabilidade das instalações;
d) SE Anhanguera - Substituição do 3° Autotransformador 230/138 kV. Esta obra também
implicará em aumento da oferta de energia para as cargas conectadas nestas
subestações, bem como a melhoria da confiabilidade das instalações;
e) Modernização das Usinas de Rochedo e São Domingos, em que serão substituídos
todos os sistemas de proteção, controle e supervisão, o que permitirá a operação
remota das instalações com maior segurança e confiabilidade.
4. DESEMPENHO OPERACIONAL
A CELG GT tem feito gestão para melhorar todos os seus índices de qualidade. Mais uma vez a
disponibilidade dos ativos de transmissão geridos pela CELG GT ficou acima das melhores
práticas de disponibilidade do SIN em 2019, como exposto no gráfico a seguir:
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RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO
Quanto à disponibilidade das unidades geradoras dos empreendimentos de geração, diversos
fatores influenciam esse índice, como a duração da manutenção eletromecânica anual e a
ocorrência de falhas nos equipamentos das usinas.
Observa-se que a disponibilidade de cada usina é determinada tomando-se a média da
disponibilidade de cada unidade geradora do empreendimento ao longo do ano. Apresentamos
abaixo o gráfico com o desempenho das Usina de Rochedo e de São Domingos a partir de
2013:
A Usina Rochedo passará por modernização em 2020. Assim, no ano deverá ter uma
disponibilidade menor em razão das interrupções para execução dos serviços, mas após a
conclusão destes, o objetivo é que a mesma apresente uma disponibilidade maior que a atual.
A Usina São Domingos apresenta normalmente uma disponibilidade mais alta devido à
existência de 2 (duas) Unidades Geradoras (UG) e a presença de uma equipe local de
manutenção para solução de problemas pontuais, diminuindo o período de paralisação. Muito
embora a UG2 opere atualmente em condições de baixa confiabilidade, ela permanece
disponível para operação em períodos de vazão excessiva enquanto a UG1 opera o tempo
todo, até que se conclua a implantação da modernização já em andamento com previsão de
conclusão para outubro de 2020 que deverá trazer maior confiabilidade e segurança
operacional à Usina além de reduzir significativamente os custos de operação e manutenção
do empreendimento.
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RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO
5. CENÁRIO MACROECONÔMICO E SETORIAL
A seguir apresentamos, sob a ótica da CELG GT, os cenários macroeconômicos e setoriais que
permearam 2019, os quais acabam por refletir em nossas expectativas para o ano de 2020.
5.1. Cenário macroeconômico
Em 2019, o Produto Interno Bruto – PIB – do Brasil cresceu 1,1% em termos reais, conforme o
IBGE, valor 0,2% menor que os dois anos antecedentes.
O resultado, abaixo das expectativas do início de 2019, decorre, conforme nota informativa
divulgada pelo Ministério da Economia, da redução do componente governamental na
composição do PIB, considerando os dados até o terceiro trimestre de 2019.
A opção pela redução da participação estatal na economia está alinhada à estratégia
macroeconômica de redução estrutural dos juros de médio e de longo prazo, e,
consequentemente, à de maior protagonismo do setor privado no arranjo econômico
proposto. A busca de equilíbrio fiscal e de destravamento burocrático é personificada na
reforma previdenciária e na Medida Provisória da liberdade econômica já aprovadas, bem
como nas reformas tributária e administrativa com expectativa de tramitação em 2020,
juntamente com a venda de estatais e suas subsidiárias pela Secretaria Especial de
Desestatização, Desinvestimento e Mercados. Tais propostas visam maior dinamismo da
iniciativa privada, e um esforço para redução do agravamento do quadro fiscal. Caso haja a
redução do desequilíbrio fiscal, espera-se que os juros de longo prazo caiam uma vez que o
risco de calote do governo ou de majoração de tributos diminui.
Cabe ressaltar que tais medidas não ocorrem sem efeitos colaterais. A redução na taxa SELIC
promove, no curto prazo, a redução de posição especulativa estrangeira em títulos da dívida
pública, aumentando a demanda externa por moedas estrangeiras a serem repatriadas e
desvalorizando o Real. A desvalorização do Real, por sua vez, é elemento de redução da
rentabilidade dos investidores externos, uma vez que os lucros em reais a serem repatriados
agora estão sujeitos a uma cotação desvalorizada. Este efeito, se não moderado de alguma
forma, poderá provocar uma redução no ritmo de investimentos externos no Brasil,
componente importante na retomada do crescimento cuja intenção do governo é de ser
protagonizada pela iniciativa privada.
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RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO
A taxa média de desemprego reduziu de 12,3% em 2018 para 11,9% em 2019. De acordo com a
PNAD, houve aumento na população ocupada em R$ 1,8 milhão de pessoas, atingindo 93,4
milhões, 2% acimado valor de 2018. O trabalho com carteira assinada teve alta de 1,1% na
média anual, alcançando 33,2 milhões de trabalhadores. Os trabalhadores por conta própria
cresceram 4,1%, ou 446 mil pessoas a mais que em 2018. A combinação dos resultados mostra
uma mudança no perfil do trabalho no Brasil, cujo crescimento é liderado pelos empregos por
conta própria, e por uma redução relativa da participação dos empregos com carteira
assinada. A mudança no formato de empregabilidade decorre de um desenho institucional que
beneficia a contratação de Pessoa Jurídica, e essa assimetria de tributação é alvo da reforma
tributária, a qual pretende, entre outros objetivos, desonerar a folha de pagamentos.
Segundo o IBGE, na tabela de Contas Nacionais Trimestrais, a Formação Bruta de Capital Fixo
medida como proporção do PIB permanece em níveis reduzidos. Em 2019, a proporção ficou
em 15,36% do PIB, leve aumento de 0,12% em relação a 2018. Esse número vem recuperando
lentamente desde 2017, onde atingiu a mínima de 14,56%. O resultado, no entanto, está
aquém dos observados entre 2010 e 2013, quando superava 20%.
A inflação, medida no índice IPCA, ficou em 4,31% no fechamento de 2019, superando o
centro da meta de inflação (3,75%) em 0,56%. O resultado foi agravado, sobretudo, em
dezembro, quando ocorreu uma alteração de preços relativos nas carnes, em função da crise
de produção da China. Como consequência, aumentou-se a exportação brasileira das carnes à
China, o que provocou escassez no mercado doméstico, refletindo pesadamente no IPCA de
dezembro de 2019.
Já a perspectiva macroeconômica em que o Brasil está inserido em 2020 é complexa e
significativamente impactada pelas influências internacionais. A condução econômica do país,
de eixo liberal, aumenta a aposta em uma agenda reformista como base para o crescimento
economicamente sustentável de longo prazo. Ao mesmo tempo, o cenário internacional se
impõe como desafio com o surgimento do novo Corona Vírus e toda complexidade de questões
mundiais pendentes: eleições americanas, conflitos armados, degradação ambiental,
soberania e fronteiras, e tantas mais.
Quanto às implicações macroeconômicas no setor elétrico brasileiro, a estratégia de
austeridade fiscal continuará a implicar a redução da iniciativa pública no setor, com maior
probabilidade de privatizações e aumento do ritmo de desinvestimentos públicos. Espera-se
também redução do financiamento pelas agências de fomento e bancos públicos, com
consequente redução do montante de financiamento por empresas públicas.
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RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO
Fato é que nos últimos anos, a crise financeira e a demora na recuperação econômica tem
impossibilitado a capacidade de realização de investimentos em obras e serviços públicos por
parte do Governo Federal, que nesta perspectiva, tem como aliado o setor elétrico, visto sua
importância para retomar o crescimento econômico brasileiro. Os leilões no segmento de
transmissão e geração têm a forte capacidade de atrair investimentos e geração de empregos
sendo assim fundamental para o desenvolvimento e crescimento dos demais elos da cadeia
produtiva do país, bem como viabilizar melhor infraestrutura para as áreas remotas do Brasil.
5.2. Cenário setorial
Uma das pautas setoriais relevantes em 2019 foi o processo de modernização do marco
regulatório do Sistema Elétrico Brasileiro, que além das questões recorrentes do setor elétrico
como o aumento de competitividade, estrutura de negócios e sistema tarifário, incluiu novos
desafios que envolvem a participação mais significativa de fontes não gerenciáveis, como
geração eólica e solar fotovoltaica, para expansão da produção de energia.
Neste contexto, as inovações tecnológicas destas fontes está a reconfiguração de todo o setor
e inclusive de fontes convencionais, a percepção do risco, a forma de garantir a segurança da
operação do sistema elétrico que requerem custos decrescentes e maior participação do
parque gerador. No enfoque das inovações constam ainda a mudança de fluxo a qual deixa
mais imperativa a participação do consumidor de tal forma a alterar o sentido único do fluxo
de energia (grandes usinas centralizadas para os centros de consumo) para sentidos múltiplos
entre aqueles que acessam a rede.
Face a estas transformações do arcabouço técnico-operativa do sistema elétrico que está em
transição neste último ano (2019), estimula a necessidade de se planejar para receber e
adaptar-se a todas essas mudanças e garantir o suprimento futuro com robustez e
sustentabilidade, em um horizonte a médio e longo prazo. Neste sentido, o Plano Decenal de
Expansão de Energia – PDE é constantemente revisitado.
Na versão do PDE 2029, divulgado pelo Ministério de Minas e Energia (MME) de 2019, 2º
volume, a perspectiva para crescimento médio anual da carga do Sistema Interligado Nacional
no horizonte decenal sem abatimento da Geração Distribuída, é aproximadamente 2.903 MW
médios o que representa uma taxa média de 3,6% a.a.
Neste contexto, se verifica que as PCHs e CGHs apresentam um vasto elenco de
empreendimentos ainda não aproveitados e que traz diversos benefícios para a matriz
elétrica brasileira, como as sinergias com outras fontes renováveis (eólica, biomassa e
fotovoltaica) e flexibilidade operativa de armazenamento no horizonte operativo de curto
prazo. A oferta eólica tem se mostrado competitiva em termos de preço de energia face às
demais tecnologias. No que tange a oferta solar fotovoltaica, as inovações tecnológicas vêm
concretizando a expectativa de queda dos preços como foram vistos nos últimos leilões de
energia nova.
Perspectivas para geração
Em referência a Expansão Indicativa das fontes a qual está em atendimento aos critérios de
planejamento estabelecidos na Resolução nº 9 de 2008 o Conselho Nacional de Política
Energética (CNPE), verifica-se no horizonte decenal a possibilidade de ter um crescimento de
fontes energéticas não tradicionais, como demonstra o gráfico a seguir:
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RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO
Fonte: PDE 2019
Observa-se expansão de todas as fontes, mas de forma mais representativa a eólica e a
térmica.
Perspectivas para transmissão
Os investimentos previstos para o sistema de transmissão relativo à Rede Básica e à Rede
Básica de Fronteira previsto para o período de 2020-2029, perfazem o montante de R$ 103,7
bilhões sendo R$ 73,6 bilhões em linhas de transmissão e R$ 30,1 bilhões em subestações,
incluindo as instalações de fronteira. A perspectiva é de incremento de 55.785 km de rede e
172.147 MVA de capacidade de transformação do sistema.
6. AMBIENTE REGULATÓRIO
Os modelos de leilões adotados pelo Poder Concedente estão demonstrando relativa
assertividade. Por exemplo, no ano de 2019, foram realizados 5 (cinco) leilões de geração de
energia elétrica, 1 (um) leilão de transmissão de energia elétrica. No segmento de Geração
destacaram-se os leilões nº 003/2019 e nº 004/2019 destinados a contratação de energia
nova. Por exemplo, no leilão nº 003/2019 (A-4) registrou deságio médio de 45,03% relativo ao
preço inicial ofertado no certame, enquanto no Leilão nº 002/2019 de Transmissão, com mais
de R$ 18 bilhões de investimentos, registrou deságio médio recorde de 60,30%.
No âmbito das discussões envolvendo a Participação Popular, promovidas pela ANEEL, os
principais aspectos que afetam a CELG GT, ainda que não estejam em fase conclusiva, foram:
a) Audiência Pública nº 003/2019 – Critérios para aprimoramento da regulamentação de
critérios e procedimentos de cálculo dos investimentos em bens reversíveis não
amortizados ou não depreciados de concessões de geração prorrogadas nos termos da
Lei nº 12.783/2013;
b) Audiência Pública nº 005/2019 – Aprimoramento da proposta de alteração das Regras
de Comercialização de Energia Elétrica em atendimento à Resolução Normativa nº
817/2018 e ao Despacho nº 1.400/2018;
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RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO
c) Audiência Pública nº 009/2019 – Definição de metodologia de cálculo e atualização da
taxa regulatória de remuneração do capital dos segmentos de geração e transmissão de
energia elétrica;
d) Consulta Pública nº 005/2019 – Regulamentação associada a reforços e melhorias em
instalações de transmissão sob responsabilidade de concessionárias de transmissão de
energia elétrica;
e) Consulta Pública nº 006/2019 – Avaliação da necessidade de aprimoramento dos
comandos regulatórios afetos à vida útil regulatória de equipamentos da transmissão;
f) Consulta Pública nº 026/2019 – Definição de metodologia de cálculo e atualização da
taxa regulatória de remuneração de capital; e
g) Consulta Pública nº 039/2019 – Aprimoramento do processo de Recontabilização do
Mercado de Curto Prazo.
No entanto, algumas questões envolvendo segurança jurídico regulatória ficarão para 2020,
entre as quais, cita-se a judicialização no mercado de curto prazo de geração de energia
elétrica e a modernização do setor elétrico.
Assevera-se que foi aprovado na Câmara o Projeto de Lei nº 3.975/2019 na forma do PL nº
10.985/2018, para solucionar o entrave em torno do risco hidrológico, porém não obteve o
mesmo êxito no Senado Federal. O referido Projeto de Lei prevê alternativas mediante
expurgo dos fatores considerados “não hídricos”, como despacho de termelétricas mais caras
e importação de energia pelas usinas desde 2013, e a possibilidade de alongar o horizonte das
concessões limitada a 7 (sete) anos. O fato é que há um estoque de inadimplência referente a
R$ 7,93 bilhões que será necessário avançar para resolver as incertezas de ordem jurídico
regulatória.
Acerca das modernizações previstas pela Consulta Pública nº 33/2017, houve evolução, como
por exemplo a criação do Grupo de Trabalho através da Portaria nº 187/2019, que apresentou
Plano de Ação que sistematiza o processo de Modernização, apontando para a necessidade de
implementação de medidas de curto, médio e longo prazos (88 ações divididas em 15 Frentes
de Atuação), para a implementação das ações o Ministério de Minas e Energia formalizou a
Portaria MME nº 403 de outubro de 2019, que instituiu o Comitê de Implementação da
Modernização – CIM. Dentre os objetivos da Modernização destaca-se: corrigir os sinais de
preços, racionalizar encargos e subsídios, ajustar a expansão da geração aos novos requisitos
do sistema, separação contratual de lastro e energia, bem como a abertura ordenada do
mercado livre, acomodando novos modelos de negócios e tecnologias.
Assim, há expectativa de grandes transformações no setor elétrico, mediante o aumento da
geração distribuída, de veículos elétricos, baterias e equipamentos dotados de interconexão
digital reconfigurará o perfil da produção e do consumo de energia elétrica constituindo um
novo elemento na cadeia produtiva, “prossumidor” (produtor e consumidor de energia). Além
disso, estas inovações tecnológicas permitirão maior escolha do consumidor.
A CELG GT espera por uma política setorial e normas regulatórias mais robustas e previsíveis
permitindo maior estabilidade, beneficiando todos os stakeholders, de forma que o setor
elétrico possa contribuir ainda mais com a recuperação da economia brasileira.
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RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO
7. DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO
Em 2019, a CELG GT registrou lucro líquido de R$ 71,10 milhões. Este valor representa um
aumento de 21,44 % frente ao resultado de R$ 58,54 milhões de 2018. Já o EBITDA (Lucro
Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização) totalizou R$ 78,47 milhões em 2019.
Em 2018, o EBITDA foi de R$ 68,74 milhões. Assim, os índices de rentabilidade, como Margem
EBITDA (EBITDA/Receita Operacional Líquida), foram de 37,47% e, a Margem Líquida (Lucro
Líquido/ROL) de 33,94% no ano de 2019.
Em termos de Receita Operacional Líquida, houve aumento de 3,40% O valor de 2019 foi de R$
209,47 milhões, e o de 2018 foi de R$ R$ 202,58 milhões. Já os custos operacionais, que
incluem os custos de construção, aumentaram 1,02%, abaixo da receita, sendo o valor de
2018 de R$ 97,74 milhões, e R$ 98,73 milhões o valor de 2019.
Assim, o resultado operacional (Lucro Bruto Operacional), que em 2018 era de R$ 104,84
milhões, apresentou majoração de 5,63%, chegando a R$ 110,74 milhões em 2019. A rubrica
de Pessoal totalizou em 2019 R$ 43,82 milhões, enquanto em 2018 somou R$ 41,87 milhões,
representando um aumento de 4,64%, ou R$ 1,94 milhões.
Já o Passivo Circulante em 2019, que registrou R$ 67,80 milhões, representa a 3,36% maior
que a referida rubrica em 2018, quando se registrou R$ 65,59 milhões em 2018.
O Patrimônio Líquido cresceu R$ 78,93 milhões, ou 8,72% sobre o valor de R$ 905,22 milhões
em 2018. Dos R$ 78,93 milhões acrescidos, R$ 29,50 milhões decorreram de aportes, R$ 54,21
milhões de retenção de lucros e a dedução de R$ 4,79 milhões em perdas atuariais de
benefício pós-emprego.
A rubrica de investimentos reduziu de R$ 70,802 milhões em 2018 para R$ 64,823 milhões em
2019, redução da ordem de 8,44%. A rubrica de ativos de contrato das concessões aumentou
3,2%, de R$ 872,40 milhões em 2018 para R$ 900,40 milhões em 2019.
Até 2019, houve captação de R$ 111,70 milhões. Deste valor, R$ 40,51 milhões foram
liberados ao longo de 2019.Este valor corresponde ao ingresso de recursos proporcionado pelo
Fundo Constitucional do Centro-Oeste, cujo agente intermediador é o Banco do Brasil. Em
2018, a rubrica Empréstimos e financiamentos de longo prazo perfazia R$ 71,46 milhões, e
agora em 2019 o valor registrado na rubrica foi de R$ 100,10 milhões. Quanto aos de curto
prazo, houve um aumento R$ 7,21 milhões, ou 140,8%, saindo de R$ 5,13 milhões para R$
12,34 milhões. Já o total de empréstimos e financiamentos somando curto e longo prazo saiu
de R$ 76,59 milhões em 2018 para R$ 112,44 milhões em 2019.
Resume-se, na tabela abaixo, o desempenho econômico-financeiro da empresa nos últimos 5
anos:
2015 2016 2017 2018 2019
ROL (R$ mil) 50.529 441.605 249.321 202.577 209.474
Margem Líquida (R$ mil) 32,12% 54,91% 35,38% 28,90% 33,94%
EBITDA (R$ mil) -5.622 350.500 97.553 68.736 78.496
Lucro Líquido (R$ mil) 16.234 242.484 88.209 58.544 71.097
Patrimônio Líquido (R$ mil) 380.737 678.018 801.195 905.221 984.151
Endividamento (R$ mil) 11.373 15.227 10.027 76.590 112.442
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RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO
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RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES
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RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES
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RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES
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RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES
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RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES
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RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES
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RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES
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RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES
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RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES
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RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES
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RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES
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RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES
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DECLARAÇÃO DE CONCORDÂNCIA
DECLARAÇÃO DE CONCORDÂNCIA COM O RELATÓRIO DOS AUDITORES
INDEPENDENTES
Os Diretores da Celg Geração e Transmissão S.A. – Celg GT, em cumprimento ao disposto no
Art. 25, inciso V da Instrução CVM nº 480, de 7 de dezembro de 2009, e às disposições
estatutárias, declaram que reviram, discutiram e concordam com o Parecer, sem ressalvas,
da Berkan Auditores Independentes S.S., emitido em 24 de março de 2020, referente às
Demonstrações Financeiras encerradas em 31 de dezembro de 2019.
Goiânia, 24 de março de 2020.
Lener Silva Jayme José Fernando Navarrete Pena Djair Dias Brito
Diretor Presidente Diretor Vice-Presidente Diretor Técnico e Comercial
CPF nº 479.523.006-44 CPF nº 303.118.701-63 CPF nº 102.598.131-68
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RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES
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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Nota 31/12/2019 31/12/2018
Reapresentado
ATIVO 1.317.256 1.199.296
CIRCULANTE 412.657 330.821
Caixa e equivalentes de caixa 4 157.598 100.907
Contas a receber 5 25.088 25.400
Serviços em curso 6.1 14 162
Créditos fiscais 6.2 1.678 555
Estoques 6.3 4.095 4.110
Despesas antecipadas 6.4 1.236 1.105
Bens destinados à alienação 6.6 3.158 3.189
Ativo de contrato 7 211.852 191.164
Outros devedores 6.7 7.938 4.229
NÃO CIRCULANTE 904.599 868.475
Realizável a longo prazo 704.783 696.010
Depósitos judiciais e cauções 6.8 1.189 1.252
Investimentos temporários 6.9 8.354 -
Ativo de contrato 7 688.548 681.237
Outros devedores 6.7 6.692 13.521
Investimentos 8 184.411 156.479
Imobilizado 9 7.684 8.782
Intangível 10 7.721 7.204
As notas explicativas são parte integrante das Demonstrações Financeiras.
CELG GERAÇÃO E TRANSMISSÃO S.A. - CELG GT
BALANÇOS PATRIMONIAIS
Em 31 de dezembro de 2019 e 31 de dezembro de 2018
(Valores expressos em milhares de reais)
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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Nota 31/12/2019 31/12/2018
Reapresentado
PASSIVO 1.317.256 1.199.296
CIRCULANTE 67.798 65.592
Fornecedores 11 5.939 3.571
Empréstimos e financiamentos 12 12.342 5.126
Obrigações sociais e trabalhistas 13.1 5.404 4.980
Benefício pós-emprego 14 223 202
Tributos 13.2 20.776 30.993
Dividendos a pagar 17.1 e 17.3 16.886 13.904
Encargos setoriais 13.3 4.158 3.152
Outros credores 13.4 2.070 3.664
NÃO CIRCULANTE 265.307 228.483
Empréstimos e financiamentos 12 100.100 71.464
Benefício pós-emprego 14 5.376 604
Provisão para litígios 15 4.188 10.152
Encargos setoriais 13.3 4.497 3.638
Tributos diferidos 16 137.198 126.926
Outros credores 13.4 13.948 15.699
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 984.151 905.221
Capital social 17.1 649.549 620.045
Outros resultados abrangentes 17.2 (5.389) (604)
Reservas de lucros 17.3 339.991 285.780
CELG GERAÇÃO E TRANSMISSÃO S.A. - CELG GT
BALANÇOS PATRIMONIAIS
Em 31 de dezembro de 2019 e 31 de dezembro de 2018
(Valores expressos em milhares de reais)
As notas explicativas são parte integrante das Demonstrações Financeiras.
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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Nota 31/12/2019 31/12/2018
OPERAÇÕES EM CONTINUIDADE
RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 18 209.474 202.577
Custos operacionais 19 (98.734) (97.735)
LUCRO BRUTO OPERACIONAL 110.740 104.842
Despesas operacionais 19 (35.132) (38.322)
LUCRO OPERACIONAL ANTES DOS OUTROS RESULTADOS 75.608 66.520
Outros resultados operacionais 20 19.106 906
Resultado da equivalência patrimonial 8 7.942 13.833
Resultado financeiro 21 836 438
LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL 103.492 81.697
Imposto de renda e contribuição social 22 (32.395) (23.153)
LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 71.097 58.544
LUCRO POR AÇÕES 0,22 0,18
CELG GERAÇÃO E TRANSMISSÃO S.A. - CELG GT
DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2019 e de 2018(Valores expressos em milhares de reais, exceto lucro por ações)
As notas explicativas são parte integrante das Demonstrações Financeiras.
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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Nota 31/12/2019 31/12/2018
LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 71.097 58.544
Ganhos (Perdas) atuariais de benefício pós-emprego 14 (4.785) 178
RESULTADO ABRANGENTE DO EXERCÍCIO 66.312 58.722
CELG GERAÇÃO E TRANSMISSÃO S.A. - CELG GT
DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS ABRANGENTES
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2019 e de 2018(Valores expressos em milhares de reais)
As notas explicativas são parte integrante das Demonstrações Financeiras.
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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Nota Capital Outros Lucros ou Patrimônio
social resultados Reserva Reserva de prejuízos Líquido
abrangentes legal retenção acumulados
de lucros
SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 549.095 (782) 17.500 235.382 - 801.195
Aporte de capital via AFAC 17.1 50.000 - - - - 50.000
Aporte de capital via dividendos 17.1 20.950 - - - - 20.950
Ganhos atuariais de benefício pós-emprego 14 e 17.2 - 178 - - - 178
Lucro líquido do exercício - - - - 58.544 58.544
Dividendos mínimos obrigatórios 17.3 - - - - (13.904) (13.904)
Constituição de reservas de lucros 17.3 - - 2.927 41.713 (44.640) -
SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018 620.045 (604) 20.427 277.095 - 916.963
Ajustes de exercícios anteriores 8.2 e 8.5 - - - - (11.742) (11.742)
Destinação dos ajustes de exercícios anteriores 17.3 - - - (11.742) 11.742 -
SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018 (REAPRESENTADO) 620.045 (604) 20.427 265.353 - 905.221
Aporte de capital via AFAC 17.1 15.600 - - - - 15.600
Aporte de capital via dividendos 17.1 13.904 - - - - 13.904
Perdas atuariais de benefício pós-emprego 14 e 17.2 - (4.785) - - - (4.785)
Lucro líquido do exercício - - - - 71.097 71.097
Dividendos mínimos obrigatórios 17.3 - - - - (16.886) (16.886)
Constituição de reservas de lucros 17.3 - - 3.555 50.656 (54.211) -
SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2019 649.549 (5.389) 23.982 316.009 - 984.151
As notas explicativas são parte integrante das Demonstrações Financeiras.
CELG GERAÇÃO E TRANSMISSÃO S.A. - CELG GT
DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2019 e de 2018(Valores expressos em milhares de reais)
Reservas de lucros
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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Nota 31/12/2019 31/12/2018
FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS
Recebimentos de clientes e outros 209.425 191.233
Pagamentos a fornecedores (16.403) (14.872)
Pagamentos de empregados e encargos sociais (48.020) (41.383)
Pagamentos de tributos e encargos setoriais (39.853) (34.496)
Outras despesas operacionais e administrativas (3.281) (1.750)
CAIXA GERADO PELAS OPERAÇÕES 101.868 98.732
Rendimentos de aplicações financeiras 5.700 1.713
Receitas financeiras recebidas 212 422
Despesas financeiras pagas (7.227) (1.608)
Tributos sobre o lucro (38.396) (12.269)
CAIXA LÍQUIDO GERADO PELAS ATIVIDADES OPERACIONAIS 24 62.157 86.990
FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO
Dividendos recebidos 5.430 9.601
Venda de imóveis 2.924 -
Aquisição de investimentos societários (3.800) (11.639)
Aquisição de ativo de contrato (50.126) (69.788)
Aquisição de imobilizado (922) (3.538)
Aquisição de intangível (931) (461)
Outros (8.258) (98)
CAIXA LÍQUIDO CONSUMIDO NAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO (55.683) (75.923)
FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO
Aporte de capital e AFAC 13.900 11.600
Empréstimos obtidos 40.512 71.186
Pagamento de mútuos obtidos (1.568) (1.890)
Pagamento de empréstimos obtidos (2.627) (2.923)
CAIXA LÍQUIDO GERADO PELAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO 50.217 77.973
AUMENTO NO CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA 56.691 89.040
Caixa e equivalentes de caixa no início do exercício 100.907 11.867
Caixa e equivalentes de caixa no final do exercício 157.598 100.907
AUMENTO NO CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA 56.691 89.040
CELG GERAÇÃO E TRANSMISSÃO S.A. - CELG GT
DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA (MÉTODO DIRETO)
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2019 e de 2018(Valores expressos em milhares de reais)
As notas explicativas são parte integrante das Demonstrações Financeiras.
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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Nota 31/12/2019 31/12/2018
1. RECEITAS 273.065 236.530
1.1. Vendas de mercadorias, produtos e serviços 102.414 85.423
1.2. Outras receitas 99.993 80.845
1.3. Receita de construção de ativos próprios 71.430 70.802
1.4. Provisão para créditos de liquidação duvidosa - Reversão / (Constituição) (772) (540)
2. INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS (79.804) (84.900)
2.1. Custos dos produtos, das mercadorias e dos serviços vendidos (3.277) (1.647)
2.2. Materiais, energia, serviços de terceiros e outros (73.698) (78.630)
2.4. Outros (2.829) (4.623)
3. VALOR ADICIONADO BRUTO (1 - 2) 193.261 151.630
4. DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO E EXAUSTÃO (1.349) (1.199)
5. VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA ENTIDADE (3 - 4) 191.912 150.431
6. VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA 16.528 16.830
6.1. Resultado da equivalência patrimonial 7.942 13.833
6.2. Receitas financeiras 8.140 2.761
6.3. Outros 446 236
7. VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR (5 + 6) 208.440 167.261
8. DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO 25 208.440 167.261
8.1. Pessoal 25 43.800 40.956
8.2. Impostos, taxas e contribuições 25 86.206 65.502
8.3. Remuneração de capitais de terceiros 25 7.337 2.259
8.4. Remuneração de capitais próprios 25 71.097 58.544
CELG GERAÇÃO E TRANSMISSÃO S.A. - CELG GT
DEMONSTRAÇÃO DOS VALORES ADICIONADOS
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2019 e de 2018(Valores expressos em milhares de reais)
As notas explicativas são parte integrante das Demonstrações Financeiras.
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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
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NOTAS EXPLICATIVAS
CELG GERAÇÃO E TRANSMISSÃO S.A. – CELG GT
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS REFERENTES AOS
EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2019 E 31 DE DEZEMBRO DE 2018
(Valores expressos em milhares de reais, exceto se indicado de outra forma)
1. CONTEXTO OPERACIONAL
A CELG GERAÇÃO E TRANSMISSÃO S.A. – CELG GT (“Companhia”) é uma sociedade anônima de
capital fechado, subsidiária integral da COMPANHIA CELG DE PARTICIPAÇÕES (“CELGPAR”),
com sede na cidade de Goiânia, Estado de Goiás, Brasil, constituída em 15 de dezembro de
2005 com início das suas operações a partir de 1º de setembro de 2006, como resultado do
processo de desmembramento das atividades da COMPANHIA ENERGÉTICA DE GOIÁS – CELG,
determinado pelo Governo Federal conforme Lei nº 10.848, de 15 de março de 2004.
1.1. Objeto Social
A CELG GT está destinada à exploração técnica e comercial de instalações de geração e de
transmissão que lhes foram outorgados pelo Poder Concedente, para isso poderá realizar
estudos, elaborar projeções, pesquisar, planejar, construir e operar instalações de geração,
transformação e transporte de energia elétrica, sendo tais atividades regulamentadas pela
Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, vinculada ao Ministério de Minas e Energia –
MME. Adicionalmente, a CELG GT está autorizada a participar de consórcios ou companhias,
em conjunto com empresas privadas, com o objetivo de desenvolver atividades nas áreas de
energia, observada a legislação aplicável.
A Companhia possui usinas hidrelétricas, linhas e subestações de transmissão pertencentes à
rede básica do sistema brasileiro de geração e transmissão.
1.2. Concessões
A transferência das concessões de geração e transmissão de energia elétrica da COMPANHIA
ENERGÉTICA DE GOIÁS para a CELG GT foi aprovada pela ANEEL através da Resolução
Autorizativa nº 643, de 25 de julho de 2006.
A Companhia detém junto à ANEEL as seguintes concessões de geração:
Geração Localidade Estado Contrato de Data da Vencimento Capacidade Capacidade
concessão concessão instalada utilizada
(MW) (MW)
PCH 16,000 16,000
São Domingos (a) Rio São Domingos GO 62/2000 22/05/1981 30/06/2020 12,000 12,000
Rochedo (b) Rio Meia Ponte GO 02/2016 05/01/2016 05/01/2046 4,000 4,000
CGH 0,350 0,350
Mambaí (c) Rio Corrente GO 62/2000 17/01/1973 31/12/2028 0,350 0,350
16,350 16,350
(a) Apesar da concessão estar vencida, a CELG GT continua operando a usina por autorização,
conforme Portaria nº 352, de 10 de outubro de 2013, do Ministério de Minas e Energia - MME,
sem previsão de término. Em 14 de março de 2008 foi solicitada a renovação da concessão
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NOTAS EXPLICATIVAS
pela administração da CELG GT, estando esta renovação em discussão administrativa junto ao
MME, bem como na esfera judicial. A Receita Anual de Geração – RAG foi determinada até
30/06/2020, conforme Resolução Homologatória ANEEL nº 2.587/2019.
(b) Contrato de concessão para prestação de serviço de geração de energia elétrica em
regime de alocação de cotas de garantia física de energia e potência, nos termos do art. 8º da
Lei nº 12.783, de 11 de janeiro de 2013.
(c) A CGH Mambaí foi extinta em função do seu alagamento para construção da PCH Mambaí
II. Em função disso, é disponibilizado energia pelo período integral de concessão obtido pela
exploração da citada Pequena Central Hidrelétrica Mambaí II e de suas eventuais
prorrogações, no montante mensal de 203,792 MWh, como contraprestação ao bloco de
energia que a CGH Mambaí I deixou de produzir mensalmente a partir de sua efetiva
paralisação. A forma de pagamento se dá através da entrega dos montantes descritos acima
na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE.
As concessões de transmissão estão discriminadas abaixo:
Transmissão Localidade Contrato de Data da Vencimento Capacidade Extensão
concessão concessão instalada (km)
(MVA/MVAr) Linhas de
Subestações transmissão
Subestações e linhas
Rede básica (a) Goiás 63/2001 07/07/1995 05/12/2042 3.208 745
Rede básica (b) Goiás / Minas Gerais 03/2015 06/03/2015 06/03/2045 - 11
Rede básica (c) Goiás 04/2016 20/01/2016 20/01/2046 300 -
3.508 756
(a) Concessão composta por 12 subestações de transmissão de 230 kV e 14 linhas de
transmissão na tensão de 230 kV.
(b) Concessão composta pela LT 230 kV Itumbiara – Paranaíba – C2.
(c) Concessão composta pela SE 500 kV Luziânia – Compensador Estático 500 kV – (-150/+300)
MVAr.
2. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
2.1. Bases de preparação
As Demonstrações Financeiras foram preparadas em conformidade às normas internacionais
de contabilidade (“IFRS” – Internacional Financial Reporting Standards), emitidas pelo
International Accounting Standards Board – IASB, e as práticas contábeis adotadas no Brasil.
As práticas contábeis adotadas no Brasil compreendem aquelas incluídas na legislação
societária brasileira e os pronunciamentos técnicos, as orientações e as interpretações
técnicas emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC e aprovados pela
Comissão de Valores Mobiliários - CVM.
A Companhia também se utiliza das orientações contidas no Manual de Contabilidade do Setor
Elétrico Brasileiro e das normas definidas pela Agência Nacional de Energia Elétrica
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NOTAS EXPLICATIVAS
(“ANEEL”), quando estas não são conflitantes com as práticas contábeis adotadas no Brasil
e/ou com as práticas contábeis internacionais.
A Administração afirma que todas as informações relevantes próprias das demonstrações
contábeis estão divulgadas e correspondem ao que é utilizado na gestão da Companhia.
A autorização para a conclusão destas Demonstrações Financeiras foi dada pela Administração
em 24 de março de 2020.
2.2. Base de mensuração
As Demonstrações Financeiras foram elaboradas com base no custo histórico, exceto quando
informado de outra forma, como descrito nas práticas contábeis a seguir. O custo histórico
usualmente é baseado no valor justo das contraprestações pagas em troca de ativos.
2.3. Moeda funcional e de apresentação
A moeda funcional da Companhia é o Real, e as Demonstrações Financeiras estão sendo
apresentadas em milhares de reais. O arredondamento é realizado somente após a totalização
dos valores. Desta forma, os valores em milhares apresentados quando somados podem não
coincidir com os respectivos totais já arredondados.
2.4. Uso de estimativas, julgamentos e premissas
A preparação das Demonstrações Financeiras exige que a Administração da Companhia faça
julgamentos e adote estimativas e premissas que afetam a aplicação de políticas contábeis e
os valores reportados de ativos, passivos, receitas e despesas.
Por definição, as estimativas contábeis raramente serão iguais aos respectivos resultados
reais. Desta forma, a Administração da Companhia revisa as estimativas e premissas adotadas
de maneira contínua, baseadas na experiência histórica e em outros fatores considerados
relevantes. Os ajustes oriundos destas revisões são reconhecidos no exercício em que as
estimativas são revisadas e aplicadas de maneira prospectiva.
As Demonstrações Financeiras incluem a utilização de estimativas que levaram em
consideração avaliações e julgamentos da Administração, experiências de eventos passados e
correntes, pressupostos relativos a eventos futuros e outros fatores objetivos e subjetivos. Os
itens significativos sujeitos a essas estimativas são:
a) análise do risco de crédito para determinação da provisão para créditos de liquidação
duvidosa e de outros riscos para a determinação da necessidade de provisões, inclusive
para contingências trabalhistas e transações realizadas no âmbito da Câmara de
Comercialização de Energia Elétrica – CCEE;
b) revisão da vida útil econômica do ativo imobilizado e de sua recuperação nas
operações;
c) mensuração do valor justo de instrumentos financeiros;
d) compromissos com plano de benefícios de colaboradores;
e) imposto de renda e contribuição social diferidos; e
f) provisões para contingências.
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NOTAS EXPLICATIVAS
A liquidação das transações envolvendo essas estimativas poderá resultar em valores
divergentes dos registrados nas Demonstrações Financeiras devido às imprecisões inerentes ao
processo de estimativa. Essas estimativas são revisadas periodicamente.
2.5. Avaliação de Investimento em Joint Venture
O investimento em controlada em conjunto, objeto do Pronunciamento Técnico CPC 19 (R2) –
Negócios em Conjunto, é avaliado pelo método da equivalência patrimonial no balanço
individual da adquirente e apresentado pelo método da equivalência patrimonial nas
demonstrações, tanto como parte das práticas contábeis brasileiras, quanto das normas
internacionais de contabilidade, que admitem o uso da equivalência patrimonial
alternativamente à consolidação proporcional, alternativa adotada pelo CPC a partir da
versão revisada (R2) do Pronunciamento Técnico CPC 19, conforme determinado pela
Interpretação Técnica ICPC 09 (R2).
Em 31 de dezembro de 2019 a participação nas controladas em conjunto se apresentava da
seguinte forma:
Controlada em conjunto Data base das
Demonstrações 31/12/2019 31/12/2018
Financeiras
Energética Corumbá III S.A. 31/12/2019 37,50 37,50
Pantanal Transmissão S.A. 31/12/2019 49,00 49,00
Lago Azul Transmissão S.A. 31/12/2019 50,10 50,10
Firminópolis Transmissão S.A. 31/12/2019 49,00 49,00
Participação %
2.6. Informações por segmento
Um segmento operacional é um componente da Companhia que desenvolve atividades de
negócio das quais pode obter receitas e incorrer em despesas, incluindo receitas e despesas
relacionadas com transações com outros componentes da Companhia. Todos os resultados
operacionais desses segmentos são revistos frequentemente pela Administração para decisões
sobre os recursos a serem alocados ao segmento e para avaliação de seu desempenho, e para
o qual informações financeiras individualizadas estão disponíveis.
Os resultados de segmentos que são reportados à Administração incluem itens diretamente
atribuíveis, bem como aqueles que podem ser alocados em bases razoáveis. Os itens não
alocados compreendem principalmente ativos corporativos (primariamente a sede da
Companhia), despesas da sede e ativos e passivos de imposto de renda e contribuição social.
Os gastos de capital por segmento são os custos totais incorridos durante o exercício para a
aquisição de ativo de contrato, ativo imobilizado, e ativos intangíveis não sendo ágio.
2.7. Demonstração dos Fluxos de Caixa
Segundo o CPC 03 (R2) – Demonstração dos Fluxos de Caixa, os fluxos de caixa referentes a
juros, dividendos e Juros Sobre o Capital Próprio – JSCP recebidos e pagos devem ser
apresentados separadamente. Cada um deles deve ser classificado de maneira consistente, de
exercício a exercício, em decorrência de atividades operacionais, de investimento ou de
financiamento.
O CPC encoraja fortemente as entidades a classificarem os juros, recebidos ou pagos, os
dividendos e JCSP recebidos como fluxos de caixa das atividades operacionais, e os dividendos
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NOTAS EXPLICATIVAS
e JCSP pagos como fluxos de caixa das atividades de financiamento. Contudo, a Companhia
adota alternativa diferente, seguindo em parte o que preconiza o CPC. Por entender que a
classificação abaixo tem uma representação mais adequada dos fluxos de caixa, a Companhia
adota a seguinte opção:
Controlada em conjunto Data base das
Demonstrações 31/12/2019 31/12/2018
Financeiras
Energética Corumbá III S.A. 31/12/2019 37,50 37,50
Pantanal Transmissão S.A. 31/12/2019 49,00 49,00
Lago Azul Transmissão S.A. 31/12/2019 50,10 50,10
Firminópolis Transmissão S.A. 31/12/2019 49,00 49,00
Participação %
2.8. Demonstração do Valor Adicionado
A apresentação da Demonstração do Valor Adicionado (DVA) é requerida pela legislação
societária brasileira e pelas práticas contábeis adotadas no Brasil aplicáveis a companhias
abertas. A DVA foi preparada de acordo com os critérios definidos no CPC 09 – Demonstração
do Valor Adicionado. As IFRS não requerem a apresentação dessa demonstração. Como
consequência, pelas IFRS, essa demonstração está apresentada como informação
suplementar, sem prejuízo do conjunto das Demonstrações Financeiras.
3. PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTÁBEIS
3.1. Caixa e equivalentes de caixa
A Companhia considera como caixa e equivalentes de caixa o montante em caixa, depósitos
bancários e investimentos de curto prazo.
Para que um investimento seja qualificado como equivalente de caixa é preciso ter
conversibilidade imediata em montante conhecido de caixa e estar sujeito a um insignificante
risco de mudança de valor.
3.2. Contas a receber
Representam os valores faturados aos concessionários do serviço público de distribuição de
energia elétrica, de acordo com contratos realizados na Câmara de Comercialização de
Energia Elétrica no Ambiente Regulado – CCEARs ou cotas de garantia física de energia e
potência, operações realizadas na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE e os
valores a receber referentes aos serviços de construção, da receita financeira e dos serviços
de operação e manutenção, bem como o valor do ativo indenizável da geração/transmissão
de energia elétrica.
O ativo indenizável registrado ao término da construção, refere-se à parcela estimada dos
investimentos realizados e não amortizados até o final da concessão e ao qual a Companhia
terá direito de receber caixa ou outro ativo financeiro ao término da vigência do contrato de
concessão. Conforme definido nos contratos, a extinção da concessão determinará, de pleno
direito, a reversão ao poder concedente dos bens vinculados ao serviço, procedendo-se os
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NOTAS EXPLICATIVAS
levantamentos e avaliações, bem como a determinação do montante da indenização devida à
concessionária, observando os valores e as datas de sua incorporação ao sistema elétrico. A
Companhia estimou o valor de indenização de seus ativos com base nos seus respectivos
valores de livros, sendo este o montante que a Administração entende ser o mínimo garantido
pela regulamentação em vigor. Considerando que a Administração monitora de maneira
constante a regulamentação do setor, em caso de mudanças nesta regulamentação que por
ventura alterem a estimativa sobre o valor de indenização dos ativos, os efeitos contábeis
destas mudanças serão tratados de maneira prospectiva nas Demonstrações Financeiras. No
entanto, a Administração reitera seu compromisso em continuar a defender os interesses dos
acionistas da Companhia na realização destes ativos, visando a maximização do retorno sobre
o capital investido na concessão, dentro dos limites legais.
3.3. Provisão para créditos de liquidação duvidosa
Em conformidade aos critérios de constituição que constam Nota Explicativa n° 5, a
Administração resguarda um montante, considerado satisfatório, objetivando a cobertura de
eventuais perdas na realização dos créditos a receber da Companhia.
3.4. Estoques (inclusive do ativo imobilizado)
Os materiais no almoxarifado classificados no ativo circulante e aqueles destinados a
investimentos, classificados no ativo imobilizado, estão registrados pelo custo médio de
aquisição. Os valores contabilizados não excedem seus valores de realização. Os materiais em
estoque são classificados no ativo circulante e os destinados a obras são classificados no Ativo
Imobilizado e Ativo de Contrato, não sendo depreciados ou amortizados.
3.5. Investimentos
As informações financeiras das controladas em conjunto e das coligadas são reconhecidas
através do método de equivalência patrimonial. O investimento da Companhia inclui o ágio
identificado na aquisição, líquido de quaisquer perdas acumuladas por redução ao valor
recuperável.
3.6. Imobilizado
Os bens do ativo imobilizado vinculados aos contratos de concessão de serviço público são
depreciados pelo método linear com base nas taxas anuais estabelecidas e revisadas
periodicamente pela ANEEL, as quais são praticadas e aceitas pelo mercado como
representativas da vida útil econômica dos bens vinculados à infraestrutura da concessão. No
entanto, os bens vinculados aos contratos de uso de bem público sob o regime de produtor
independente de energia elétrica são depreciados com base nas taxas anuais estabelecidas
pela ANEEL, limitados ao prazo da concessão. Os demais bens do ativo imobilizado são
depreciados pelo método linear com base na estimativa de vida útil.
A depreciação é calculada sobre os bens do ativo imobilizado em serviço, pelo método linear,
tomando por base os saldos contábeis registrados nas respectivas Unidades de Cadastro – UC,
como determina a Resolução Normativa ANEEL nº 674 de 11 de agosto de 2015, às taxas
constantes na tabela anexa à mesma Resolução, as quais refletem a vida útil estimada dos
bens.
3.7. Intangível
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NOTAS EXPLICATIVAS
Inclui os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados a manutenção da
entidade ou exercidos com tal finalidade. Os ativos intangíveis serão amortizados caso sua
vida útil possa ser razoavelmente estimada, caso contrário serão considerados de vida útil
indefinida sendo sujeitos ao teste de recuperabilidade econômica.
A amortização é calculada sobre os bens do ativo intangível em serviço, pelo método linear,
tomando por base os saldos contábeis registrados nas respectivas Unidades de Cadastro – UC,
como determina a Resolução Normativa ANEEL nº 674 de 11 de agosto de 2015, às taxas
constantes na tabela anexa à mesma Resolução, as quais refletem a vida útil estimada dos
bens.
3.8. Empréstimos e financiamentos
São atualizados pelas variações monetárias incorridas até a data do final do exercício,
incluindo juros e demais encargos previstos contratualmente. A Companhia não possui
operações em moeda estrangeira.
3.9. Plano de suplementação de aposentadoria e pensão
A CELG GT é patrocinadora da ELETRA – FUNDAÇÃO CELG DE SEGUROS E PREVIDÊNCIA. Os
custos associados ao plano previdenciário são reconhecidos à medida que as contribuições são
devidas, observando o regime de competência e a Deliberação CVM nº 695 de 13 de dezembro
de 2012.
3.10. Imposto de renda e contribuição social
São calculados e provisionados com base nas alíquotas efetivas, vigentes na data de
elaboração das Demonstrações Financeiras, de imposto de renda e contribuição social.
3.11. Programa de Pesquisa e Desenvolvimento – P&D
Conforme a Lei nº 9.991/2000, as concessionárias e permissionárias de serviços públicos de
geração e transmissão de energia elétrica estão obrigadas a destinar anualmente o percentual
de 1% de sua receita operacional líquida em pesquisa e desenvolvimento do setor elétrico,
conforme Resolução Normativa ANEEL nº 504/2012.
3.12. Provisões
As provisões são reconhecidas em função de um evento passado quando há uma obrigação
legal ou construtiva que possa ser estimada de maneira confiável e se for provável a exigência
de um recurso econômico para liquidar esta obrigação. Quando aplicável, as provisões são
apuradas através do desconto dos fluxos de desembolso de caixa futuros esperados a uma
taxa que considera as avaliações atuais de mercado e os riscos específicos para o passivo.
3.13. Procedimentos de Consolidação
Os investimentos nas controladas são demonstrados ao custo e ajustados pelo método de
equivalência patrimonial. O saldo do valor patrimonial dos investimentos nas controladas em
conjunto permaneceram ajustados pela equivalência patrimonial nas Demonstrações
Financeiras, incluindo a respectiva provisão para desvalorização do investimento nessas
participações societárias, ou seja, os saldos patrimoniais e de resultado dessas controladas
em conjunto não foram consolidados com a CELG GT nas Demonstrações Financeiras de 31 de
dezembro de 2019 comparativamente à posição apresentada em 31 de dezembro de 2018.
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NOTAS EXPLICATIVAS
Dessa forma, as informações individuais das controladas em conjunto não foram incorporadas
ao processo de consolidação da CELG GT na data base de 31 de dezembro de 2019, visto que a
CELG GT obedeceu a posição adotada pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis, no que
concerne à não adoção da consolidação proporcional dos Investimentos Controlados em
Conjunto, nos moldes da CPC 19 (R2) – Negócios em Conjunto.
3.14. Pronunciamentos novos ou revisados aplicados pela primeira vez em 2019
A Companhia aplicou pela primeira vez pronunciamentos e interpretações do CPC, em vigor
para exercícios iniciados em 1º de janeiro de 2019 ou após esta data. Todas as normas e
interpretações que se aplicaram pela primeira vez em 2019, não apresentaram, no entanto,
impactos nas Demonstrações Financeiras da Companhia. A Companhia decidiu não adotar
antecipadamente nenhuma outra norma, interpretação ou alteração que tenham sido
emitidas, mas ainda não vigentes.
A natureza das mudanças resultantes da adoção destas novas normas estão descritas a seguir:
a) CPC 06 (R2) – Arrendamentos: o CPC 06 (R2) se sobrepões à versão anterior (R1) da
norma de arrendamentos, além do ICPC 03 – Aspectos Complementares das Operações
de Arrendamento Mercantil. A norma estabelece os princípios para reconhecimento,
mensuração, apresentação e divulgação de arrendamentos e exige que os arrendatários
reconheçam a maioria dos arrendamentos no balanço patrimonial;
b) ICPC 22 – Incerteza sobre tratamento de tributos sobre o lucro: a Companhia
determina se considera cada tratamento tributário incerto separadamente ou em
conjunto com um ou mais tratamentos fiscais incertos e considera a abordagem que
melhor prevê a resolução da incerteza. A Companhia aplica julgamento significativo na
identificação de incertezas sobre tratamentos de imposto de renda e contribuição
social;
c) CPC 48 – Recursos de pagamento antecipado com compensação negativa: de
acordo com o CPC 48 (IFRS 9), um instrumento de dívida pode ser mensurado ao custo
amortizado ou pelo valor justo por meio de outros resultados abrangentes, desde que os
fluxos de caixa contratuais sejam “somente pagamentos de principal e juros sobre o
principal em aberto” (critério de SPPI) e o instrumento for mantido no modelo de
negócio adequado para esta classificação. As alterações ao CPC 48 esclarecem que um
ativo financeiro cumpre o critério de SPPI independentemente do evento ou
circunstância que cause a rescisão antecipada do contrato e independentemente da
parte que paga ou recebe uma compensação razoável pela rescisão antecipada do
contrato;
d) CPC 33 (R1) – Alterações, reduções ou liquidação de planos: as alterações ao CPC
33 (R1) abordam a contabilização quando ocorre alteração, redução ou liquidação de
um plano durante o exercício. As alterações especificam que quando ocorre alteração,
redução ou liquidação do plano durante o exercício anual coberto nas Demonstrações
Financeiras, a entidade deve determinar o custo do serviço atual para o exercício
remanescente após a alteração, redução ou liquidação do plano, usando as premissas
atuariais utilizadas para reavaliar o passivo (ativo) líquido do benefício definido,
refletindo os benefícios oferecidos pelo plano e os ativos do plano após aquele evento.
A entidade deve também apurar os juros líquidos para o período remanescente após
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NOTAS EXPLICATIVAS
alteração, redução ou liquidação do plano, usando o passivo (ativo) líquido do benefício
definido refletindo os benefícios oferecidos pelo plano e os ativos do plano após aquele
evento, bem como a taxa de desconto usada para reavaliar este passivo (ativo) líquido
do benefício definido; e
e) CPC 18 (R2) – Investimento em Coligada, em Controlada e em Empreendimento
Controlado em Conjunto Controlado em Conjunto: as alterações esclarecem que a
entidade deve aplicar o CPC 48 a investimentos de longo prazo em uma coligada ou
joint venture para a qual o método da equivalência patrimonial não se aplique, mas
que, em substância, faça parte do investimento líquido na coligada ou joint venture
(investimento de longo prazo). Este esclarecimento é relevante porque sugere que o
modelo de perdas de crédito esperadas do CPC 48 seja aplicável a estes investimentos
de longo prazo. As alterações esclarecem ainda que, ao aplicar o CPC 48, a entidade
não deve considerar os prejuízos da coligada ou joint venture, ou as perdas por redução
ao valor recuperável do investimento líquido, reconhecidos como ajustes ao
investimento líquido na coligada ou joint venture que decorrem da aplicação do CPC 18
(R2).
As melhorias anuais (Ciclo 2015-2017) de pronunciamentos do CPC estão descritas a seguir:
a) CPC 15 (R1) – Combinações de Negócios: as alterações esclarecem que, quando a
entidade obtém o controle de um negócio que seja uma operação conjunta, ela deve
aplicar os requisitos para uma combinação de negócios em estágios, inclusive a
reavaliação de participações anteriormente detidas nos ativos e passivos da operação
conjunta ao valor justo. Ao fazê-lo, a adquirente reavalia toda a participação
anteriormente detida na operação conjunta. A entidade aplica essas alterações às
combinações de negócios para as quais a data de aquisição ocorre a partir do início do
primeiro exercício anual com início a partir de 1º de janeiro de 2019;
b) CPC 19 (R2) – Negócios em Conjunto: uma entidade que participe, mas não possua o
controle conjunto de uma operação conjunta, poderá obter o controle conjunto da
operação conjunta cuja atividade constitua um negócio, conforme definição do CPC 15
(R1). As alterações esclarecem que as participações anteriormente detidas nesta
operação conjunta não são remensuradas. A entidade aplica essas alterações às
operações cujo controle tenha sido obtido a partir do início do primeiro exercício anual
com início a partir de 1º de janeiro de 2019;
c) CPC 32 – Tributos sobre o Lucro: as alterações esclarecem que as consequências do
imposto de renda sobre dividendos estão vinculadas mais diretamente a transações ou
eventos passados que geraram lucros distribuíveis do que às distribuições aos titulares.
Portanto, a entidade reconhece as consequências do imposto de renda sobre dividendos
no resultado, outros resultados abrangentes ou patrimônio líquido conforme o lugar em
que a entidade originalmente reconheceu essas transações ou eventos passados. A
entidade aplica essas alterações a partir de 1º de janeiro de 2019. Quando a entidade
aplica essas alterações pela primeira vez, as aplica às consequências do imposto de
renda sobre dividendos reconhecidas a partir do início do exercício comparativo mais
antigo. Como a legislação fiscal aplicável nas jurisdições nas quais a Companhia atua
(primariamente no Brasil) não preveem a tributação dos dividendos, essa alteração não
trouxe efeito sobre as Demonstrações Financeiras; e
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NOTAS EXPLICATIVAS
d) CPC 20 (R1) – Custos de Empréstimos: as alterações esclarecem que a entidade deve
tratar como parte dos empréstimos em geral qualquer empréstimo que tenha sido
contraído originalmente para desenvolver um ativo qualificável quando
substancialmente todas as atividades necessárias para preparar o ativo para uso ou
venda forem concluídas. A entidade aplica estas alterações aos custos de empréstimos
incorridos a partir do início do exercício anual em que a entidade aplica essas
alterações pela primeira vez. A entidade aplica estas alterações a exercícios anuais com
início a partir de 1º de janeiro de 2019. Como a prática atual da Companhia está
alinhada a essas alterações, não houve nenhum impacto sobre suas Demonstrações
Financeiras.
4. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA
A composição dos saldos em Caixa e Equivalentes é formada pelos seguintes valores:
Rubrica 31/12/2019 31/12/2018
Caixa 6.981 605
Contas bancárias à vista 6.950 585
Fundos de caixa 31 20
Equivalentes de caixa (a) 150.617 100.302
157.598 100.907
(a) Aplicações financeiras na modalidade de Certificado de Depósito Bancário – CDB com
remuneração vinculada ao CDI, e liquidez imediata.
5. CONTAS A RECEBER
A composição por vencimento dos saldos em Contas a Receber é formada pelos seguintes
valores:
Rubrica Corrente 31/12/2019
a vencer
Até 60 Até 90 De 91 a De 181 a Mais de PECLD
dias dias 180 dias 360 dias 360 dias
Suprimento de energia (a) 912 - - - - - 912 940
Suprimento de energia - - - - - - - 940
Provisão de suprimento de energia 912 - - - - - 912 -
Encargos de uso da rede elétrica (b) 20.671 476 20 122 96 (96) 21.289 20.035
Encargos de uso da rede elétrica 3.117 202 19 122 96 (96) 3.460 20.035
Provisão de encargos de uso da rede elétrica 17.554 274 1 - - - 17.829 -
Energia elétrica de curto prazo (c) 421 453 426 1.116 1.173 (1.173) 2.416 3.944
Energia elétrica de curto prazo 222 453 426 1.116 1.173 (1.173) 2.217 3.875
Provisão de energia elétrica de curto prazo 199 - - - - - 199 69
Outros 43 - - 54 374 - 471 481
22.047 929 446 1.292 1.643 (1.269) 25.088 25.400
Corrente vencida 31/12/2018
(a) Faturamento da energia comercializada através de leilão (CCEARs), pelo regime de
alocação de cotas de garantia física de energia e potência (RAG), e, recebimento de ativo de
contrato.
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NOTAS EXPLICATIVAS
(b) Faturamento pelo uso da rede elétrica de transmissão (RAP) e de Contratos de Conexão da
Transmissão (CCT), e, recebimento de ativo de contrato.
(c) Valores a receber do Mercado de Curto Prazo – MCP e provisão de energia elétrica de curto
prazo a ser liquidada pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE.
A Companhia constitui a provisão para créditos de liquidação duvidosa por meio de uma
análise individual do saldo dos clientes, sendo considerado o histórico de inadimplência,
negociações em andamento e existência de garantias reais. A provisão constituída é
considerada suficiente para cobrir eventuais perdas na realização desses ativos.
A seguir, a movimentação da PECLD no período:
Rubrica 31/12/2018 Provisões Reversões Baixas 31/12/2019
Suprimento de energia 10 - - (10) -
Encargos de uso da rede elétrica 404 121 (61) (368) 96
Energia elétrica de curto prazo 461 3.769 (3.057) - 1.173
875 3.890 (3.118) (378) 1.269
6. OUTROS ATIVOS CIRCULANTES E NÃO CIRCULANTES
6.1. Serviços em curso
A composição dos saldos em Serviços em Curso é formada pelo seguinte valor:
Rubrica 31/12/2019 31/12/2018
Serviços prestados a terceiros 14 162
14 162
6.2. Créditos fiscais
A CELG GT possui créditos tributários registrados no ativo circulante, os quais deverão ser
compensados integralmente. A composição dos saldos em Créditos Fiscais é formada pelos
seguintes valores:
Rubrica 31/12/2019 31/12/2018
Tributos federais 1.638 555
Imposto de renda retido na fonte (a) 1.456 391
INSS 3 -
Outros (b) 179 164
Tributos municipais 40 -
ISS 40 -
1.678 555
(a) Retenções efetuadas por órgãos públicos em cumprimento à Instrução Normativa RFB nº
1.234/2012 e nº 1.540/2015, e, retenções sobre rendimentos de aplicações financeiras.
(b) Pagamento indevido ou a maior.
6.3. Estoques
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NOTAS EXPLICATIVAS
A composição dos saldos em Estoques é formada pelos seguintes valores: Rubrica 31/12/2019 31/12/2018
Material 4.095 4.110
Almoxarifado de operação e manutenção 259 227
Transformação, fabricação e reparo de materiais 3.056 3.087
Emprestado 298 320
Destinado à alienação 477 471
Resíduos e sucatas 5 5
4.095 4.110
6.4. Despesas antecipadas
A composição dos saldos em Despesas Antecipadas é formada pelos seguintes valores:
Rubrica 31/12/2019 31/12/2018
Prêmios de seguros 702 649
Outros 534 456
PROINFA 534 456
1.236 1.105
6.5. Seguros
A Companhia tem um programa de gerenciamento de riscos com o objetivo de delimitá-los,
contratando no mercado coberturas compatíveis com o seu porte e operação. As coberturas
foram contratadas por montantes considerados suficientes pela Administração para cobrir
eventuais sinistros, considerando a natureza da sua atividade, os riscos envolvidos em suas
operações e a orientação de seus consultores de seguros e a suficiência da cobertura não é
escopo do trabalho dos nossos auditores.
Em 31 de dezembro de 2019, as apólices de seguro existentes, especificadas por modalidade
de risco e data de vigência está demonstrada a seguir:
Risco Vigência Importância Prêmio Despesa Saldo em
segurada reconhecida despesas
no resultado antecipadas
Ativos da concessão (a/b) 20/08/2019 a 20/08/2020 698.847 1.047 376 671
Outros - - 44 13 31
1.091 389 702
(a) Patrimonial (seguro operacional): cobertura conta incêndio, queda de raio, alagamento,
inundação, quebra de máquina nos prédios, sendo todas as construções e seus anexos
(excetuando-se alicerces, fundações e terreno) e seus conteúdos (máquinas, equipamentos,
móveis e utensílios, com exceções), relacionados a linhas e subestações de transmissão, e
usinas. Patrimonial (seguro de risco de engenharia): básica OCC e/ou IM e/ou OCC/IM,
despesas extraordinárias, despesas de desentulho, equipamentos móveis e estacionários,
ferramentas de pequeno porte, honorários de perito.
(b) Responsabilidade civil geral (seguro operacional): cobertura a reparações por danos
involuntários corporais e/ou materiais, causados a terceiros e que sejam, exclusivamente,
ocorridos no interior dos estabelecimentos especificados na apólice. Incluindo-se custas
judiciais do foro civil e honorários de advogados nomeados. Responsabilidade civil geral
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NOTAS EXPLICATIVAS
(seguro de risco de engenharia): reparações por danos corporais e/ou materiais causado a
terceiros, dentro do local segurado, durante a realização de obras civis e/ou prestação de
serviços de montagem, instalação e/ou assistência técnica e manutenção, de máquinas,
equipamentos e/ou aparelhos em geral, pelo segurado (há exceções).
6.6. Bens destinados à alienação
A composição dos saldos dos Bens Destinados à Alienação é formada pelos seguintes valores:
Rubrica 31/12/2019 31/12/2018
Bens destinados à alienação 3.158 4.469
Terrenos (a) 345 237
Edificações, obras civis e benfeitorias (a) 2.813 2.952
Intangível (b) - 1.280
(-) Provisão para redução ao valor recuperável (b) - (1.280)
3.158 3.189
(a) Imóveis inservíveis à concessão da Celg Distribuição S.A., repassados à CELG GT conforme
Promessa de Compra e Venda, com anuência da Companhia Celg de Participações - CELGPAR.
(b) Ressarcimento do Contrato de Concessão nº 53/2000 - ANEEL - AHE Itumirim, de
26/07/2000, à CELG GT, em decorrência dos custos com o desenvolvimento dos Estudos de
Inventário do Aproveitamento Hidrelétrico (R$ 39 mil), e com o desenvolvimento dos Estudos
de Viabilidade e Ambientais (R$ 1.241 mil).
6.7. Outros devedores
A composição dos saldos em Outros Devedores, é formada pelos seguintes valores:
Rubrica 31/12/2019 31/12/2018
Circulante 7.938 4.229
Créditos a receber 5.020 4.225
Empregados 35 9
Fornecedores - Operacional 23 23
Fornecedores - Investimento 354 -
Alienação de bens e direitos 184 -
Ordem de dispêndio a reembolsar 3 -
Rendas a receber (a) 19 18
Dividendos a receber (b) 4.203 3.457
Outros - Operacional 10 512
Outros - Investimento 189 206
Destivações e alienações 2.918 4
Desativações em curso 2.918 4
Não circulante 6.692 13.521
Créditos a receber 6.692 13.521
Adiantamentos - coligadas, controladas ou controladoras (b) 5.145 12.250
Outros 1.547 1.271
14.630 17.750
(a) Renda de aluguel de imóvel para a Usina Xavantes S.A., localizada ao lado da Subestação
Xavantes do acervo da CELG GT.
(b) Ver Nota Explicativa nº 26.
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NOTAS EXPLICATIVAS
6.8. Depósitos judiciais e cauções
Os valores de Depósitos Judiciais e Cauções são registrados no ativo não circulante, tendo em
vista as incertezas quanto ao desfecho das ações objeto de depósitos.
Os depósitos estão registrados pelo valor nominal, atualizados monetariamente, tendo por
base a variação de taxa referencial (TR) para depósitos trabalhistas e previdenciários e SELIC
para tributários e regulatórios. O saldo está composto da seguinte forma:
Rubrica 31/12/2019 31/12/2018
Depósitos judiciais 424 487
Trabalhistas 359 422
Fiscais 65 65
Cauções e depósitos vinculados (a) 765 765
1.189 1.252
(a) Garantia do Contrato de Concessão nº 003/2015 (LT 230 kV Itumbiara - Paranaíba - C2).
6.9. Investimentos temporários
A composição dos saldos em Investimentos Temporários, é representado por fundo vinculado à
Conta de Reserva do Serviço da Dívida no valor equivalente a seis parcelas do financiamento
com o Banco do Brasil S.A, através de recursos oriundos do Fundo Constitucional de
Financiamento do Centro-Oeste – FCO, conforme Nota Explicativa nº 12. O saldo é formado
pelos seguintes valores:
Rubrica 31/12/2019 31/12/2018
Fundos vinculados 8.354 -
8.354 -
7. ATIVO DE CONTRATO
Os contratos de concessão de geração/transmissão de energia da CELG GT estão dentro dos
critérios de aplicação da Interpretação Técnica 01 – ICPC 01 (R1), assim como do CPC 47. Os
saldos dos Ativos de Contrato são como segue:
Contrato Descrição
Curto Longo Total Curto Longo Total
prazo prazo prazo prazo
CC 063/2001 Transmissão 176.852 549.940 726.792 157.560 543.654 701.214
PRT 352/2013 Usina São Domingos 2.865 19.867 22.732 2.808 19.863 22.671
CC 03/2015 LT 230 KV Itumbiara - Paranaíba 2.416 21.091 23.507 2.312 19.584 21.896
CC 02/2016 Usina Rochedo 4.809 12.666 17.475 4.642 12.330 16.972
CC 04/2016 SE 500 KV Luziânia 24.910 84.984 109.894 23.842 85.806 109.648
211.852 688.548 900.400 191.164 681.237 872.401
31/12/2019 31/12/2018
A seguir, a movimentação do Ativo de Contrato no exercício:
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NOTAS EXPLICATIVAS
Contrato Descrição 31/12/2018 Receita Serviços de Serviços de Amortização Outras 31/12/2019
financeira construção ou operação e do contrato adições
do contrato de melhoria manutenção (RAP/RAG) e baixas
CC 063/2001 Transmissão 701.214 67.825 69.145 74.419 (171.082) (14.729) 726.792
PRT 352/2013 Usina São Domingos 22.671 - 166 5.898 (6.003) - 22.732
CC 03/2015 LT 230 KV Itumbiara - Paranaíba 21.896 1.648 1.412 354 (1.647) (156) 23.507
CC 02/2016 Usina Rochedo 16.972 1.780 404 2.979 (4.671) 11 17.475
CC 04/2016 SE 500 KV Luziânia 109.648 10.568 303 13.697 (23.562) (760) 109.894
872.401 81.821 71.430 97.347 (206.965) (15.634) 900.400
8. INVESTIMENTOS
A composição dos saldos em Investimentos é formada pelos seguintes valores:
Rubrica 31/12/2019 31/12/2018
Reapresentado
Coligadas 43.167 40.598
Energética Fazenda Velha S.A. (a) 4.526 3.964
Vale do São Bartolomeu Transmissora de Energia S.A. (a) 38.641 36.634
Controladas em conjunto (joint venture ) 124.344 114.199
Energética Corumbá III S.A. (b) 65.770 63.562
Pantanal Transmissão S.A. (a) 26.342 24.429
Lago Azul Transmissão S.A. (a) 19.785 19.847
Firminópolis Transmissão S.A. (a) 12.447 6.361
Avaliados ao custo 219 78
Sicoob Juriscredcelg (c) 219 78
Propriedade para investimento (d) 16.681 1.604
Terrenos 618 835
Edificações, obras civis e benfeitorias 599 769
Ajuste ao valor justo - AVJ 15.464 -
184.411 156.479
(a) Aporte de capital e aumento/diminuição pela equivalência patrimonial.
(b) Aporte de capital, aumento/diminuição pela equivalência patrimonial e ágio e gastos
diferidos concernentes à parte do custo financeiro da Energética Corumbá III S.A., referente
ao atraso de aportes no Consórcio Empreendedor Corumbá III, regulado pela ata da 10ª
Assembleia.
(c) Integralização de capital via distribuição de sobras e juros sobre o capital próprio na
Cooperativa de Crédito dos Magistrados, Servidores da Justiça do Estado de Goiás e
Empregados da Celg Ltda. (Sicoob Juriscredcelg).
(d) Imóveis inservíveis à concessão da Celg Distribuição S.A., repassados à CELG GT conforme
Promessa de Compra e Venda, com anuência da Companhia Celg de Participações - CELGPAR.
O cálculo da equivalência patrimonial no exercício está demonstrado abaixo:
Página | 55
NOTAS EXPLICATIVAS
Investida Participação no Patrimônio Resultado
capital social (%) Líquido do exercício
ajustado 31/12/2019 31/12/2018
Energética Fazenda Velha 20,0% 22.630 (1.300) (260) (1.250)
Vale do São Bartolomeu 10,0% 386.413 7.442 744 (1.554)
Energética Corumbá III 37,5% 173.480 20.246 7.592 5.376
Pantanal Transmissão 49,0% 53.759 1.904 933 920
Lago Azul Transmissão 50,1% 39.490 1.372 687 3.032
Firminópolis Transmissão 49,0% 25.403 (3.580) (1.754) 7.309
701.175 26.084 7.942 13.833
Equivalência patrimonial
A seguir, a movimentação dos Investimentos no exercício:
Investida 31/12/2018 Equivalência Aportes Amortização Dividendos Dividendos Juros sobre 31/12/2019
Reapresentado patrimonial e AFAC de ágio (MEP) (Preferenciais o capital
e custo) próprio
Energética Fazenda Velha 3.964 (260) 822 - - - - 4.526
Vale do São Bartolomeu 36.634 744 1.263 - - - - 38.641
Energética Corumbá III 63.562 7.592 - (42) (5.427) 85 - 65.770
Pantanal Transmissão 24.429 933 980 - - - - 26.342
Lago Azul Transmissão 19.847 687 - - (749) - - 19.785
Firminópolis Transmissão 6.361 (1.754) 7.840 - - - - 12.447
Sicoob Juriscredcelg (Custo) 78 - - - - 131 10 219
154.875 7.942 10.905 (42) (6.176) 216 10 167.730
8.1. Energética Fazenda Velha S.A.
A CELG GT é acionista da Energética Fazenda Velha S.A. que tem por objeto a finalidade
específica de promover todos os atos e ações necessários para garantir a participação
conjunta dos acionistas, na qualidade de produtora independente de energia elétrica. A
Companhia tem o direito de exploração de aproveitamento hidrelétrico no Rio Ariranha, no
município de Jataí, no Estado de Goiás, bem como a comercialização da energia gerada na
PCH Fazenda Velha, com potência instalada de 16,5 MW, com concessão de 35 anos.
A CELG GT tem participação acionária de 20% (vinte por cento) do capital social.
8.2. Vale do São Bartolomeu Transmissora de Energia S.A.
A CELG GT participou do Leilão ANEEL nº 02/2013, venceu o Lote B, juntamente a outras
empresas para construção de subestações e linhas de transmissão da Rede Básica, conforme
descrição abaixo:
a) LT 500 kV Brasília Leste – Luziânia – C1 e C2;
b) SE Brasília Leste 500/138 kV – (6+1)X180MVA;
c) LT 230 kV Brasília Geral – Brasília Sul – C3 (subterrânea); e
d) LT 345 kV Brasília Sul – Samambaia – C3.
Para implantação e exploração desse empreendimento foi constituída, em agosto de 2013, a
SPE Vale do São Bartolomeu Transmissora de Energia S.A., no qual a CELG GT tem
participação acionária de 10% (dez por cento) do capital social.
A Coligada Vale do São Bartolomeu Transmissora de Energia S.A. alterou o seu Balanço
Patrimonial, de 31 de dezembro de 2018, após a CELG GT já ter registrado a equivalência
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NOTAS EXPLICATIVAS
patrimonial, fundamentada em informações oficiais encaminhadas por esta investida, quando
da autorização para divulgação das Demonstrações Financeiras da CELG GT.
A CELG GT ressalta que se essa informação pudesse ter sido razoavelmente obtida, teria sido
levada em consideração na elaboração e na apresentação das Demonstrações Financeiras de
31 de dezembro de 2018.
Diante do exposto, está sendo reconhecido, mensurado e divulgado nas Demonstrações
Financeiras findas em 31 de dezembro de 2019, um ajuste de exercícios anteriores no valor
negativo de R$ 616 mil, o que acarretou na reapresentação retrospectiva das seguintes
Demonstrações Financeiras em 31 de dezembro de 2019: Balanço Patrimonial e Demonstração
das Mutações do Patrimônio Líquido.
8.3. Energética Corumbá III S.A.
A CELG GT é acionista da Energética Corumbá III S.A. que participa do Consórcio
Empreendedor Corumbá III, tendo por objeto a operação, manutenção e exploração comercial
da Usina Hidrelétrica Corumbá III, localizada em Luziânia, no Estado de Goiás, na qualidade
de produtor independente de energia elétrica. A usina hidrelétrica entrou em operação
comercial no dia 24 de outubro de 2009, com capacidade instalada de 93,6 MW.
A CELG GT tem participação acionária de 37,50% (trinta e sete vírgula cinco por cento) do
capital social.
8.4. Pantanal Transmissão S.A.
A CELG GT participou do Leilão ANEEL nº 02/2013, venceu o Lote F, juntamente com a
empresa CEL Engenharia Ltda. para construção da seguinte subestação da Rede Básica: SE
Campo Grande II 230/138 kV, 2x150 MVA.
Para implantação e exploração desse empreendimento foi constituída, em agosto de 2013, a
SPE Pantanal Transmissão S.A., sendo que a CELG GT tem participação acionária de 49%
(quarenta e nove por cento) do capital social.
8.5. Lago Azul Transmissão S.A.
A CELG GT participou do Leilão ANEEL nº 07/2013, venceu o Lote D, juntamente com a
empresa Furnas Centrais Elétricas S.A. para construção da seguinte linha de transmissão da
Rede Básica: LT 230 kV Barro Alto – Itapaci, C2.
Para implantação e exploração desse empreendimento foi constituída, em janeiro de 2014, a
SPE Lago Azul Transmissão S.A., sendo que a CELG GT tem participação acionária de 50,1%
(cinquenta vírgula um por cento) do capital social.
A Controlada em Conjunto Lago Azul Transmissão S.A. alterou o seu Balanço Patrimonial, de
31 de dezembro de 2018, após a CELG GT já ter registrado a equivalência patrimonial,
fundamentada em informações oficiais encaminhadas por esta investida, quando da
autorização para divulgação das Demonstrações Financeiras da CELG GT.
A CELG GT ressalta que se essa informação pudesse ter sido razoavelmente obtida, teria sido
levada em consideração na elaboração e na apresentação das Demonstrações Financeiras de
31 de dezembro de 2018.
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NOTAS EXPLICATIVAS
Diante do exposto, está sendo reconhecido, mensurado e divulgado nas Demonstrações
Financeiras findas em 31 de dezembro de 2019, um ajuste de exercícios anteriores no valor
negativo de R$ 11.126 mil, o que acarretou na reapresentação retrospectiva das seguintes
Demonstrações Financeiras em 31 de dezembro de 2019: Balanço Patrimonial e Demonstração
das Mutações do Patrimônio Líquido.
8.6. Firminópolis Transmissão S.A.
A CELG GT participou do Leilão ANEEL nº 05/2015, venceu o Lote L, juntamente com a
empresa CEL Engenharia Ltda. para construção da seguinte linha de transmissão da Rede
Básica: LT 230 kV Trindade – Firminópolis.
Para implantação e exploração desse empreendimento foi constituída, em fevereiro de 2016,
a SPE Firminópolis Transmissão S.A., sendo que a CELG GT tem participação acionária de 49%
(quarenta e nove por cento) do capital social.
9. IMOBILIZADO
A composição dos saldos e movimentação no Imobilizado é formada pelos seguintes valores:
Rubrica Valor Valor
31/12/2018 Adições Baixas Transferências 31/12/2019 31/12/2018 Baixas Depreciação 31/12/2019 líquido em líquido em
do exercício 31/12/2019 31/12/2018
Ativo imobilizado em serviço 11.080 - (4.664) 600 7.016 (5.929) 3.457 (968) (3.440) 3.576 5.151
Geração 4.454 - (4.454) - - (3.242) 3.307 (65) - - 1.212
Terrenos 1 - (1) - - - - - - - 1
Reservatórios, barragens e adutoras 3.184 - (3.184) - - (1.987) 2.050 (63) - - 1.197
Edificações, obras civis e benfeitorias 527 - (527) - - (527) 527 - - - -
Máquinas e equipamentos 742 - (742) - - (728) 730 (2) - - 14
Administração 6.626 - (210) 600 7.016 (2.687) 150 (903) (3.440) 3.576 3.939
Máquinas e equipamentos 5.316 - (76) 594 5.834 (2.098) 38 (714) (2.774) 3.060 3.218
Veículos 1.042 - (134) - 908 (505) 112 (149) (542) 366 537
Móveis e utensílios 268 - - 6 274 (84) - (40) (124) 150 184
Ativo imobilizado em curso 3.631 1.196 (119) (600) 4.108 - - - - 4.108 3.631
Geração 3.334 291 - - 3.625 - - - - 3.625 3.334
A ratear - 10 - - 10 - - - - 10 -
Desenvolvimento de projetos 3.334 281 - - 3.615 - - - - 3.615 3.334
Administração 297 905 (119) (600) 483 - - - - 483 297
Máquinas e equipamentos - 1 (8) 7 - - - - - - -
A ratear 292 359 (4) (294) 353 - - - - 353 292
Material em depósito 5 136 (107) 96 130 - - - - 130 5
Compras em andamento - 409 - (409) - - - - - - -
14.711 1.196 (4.783) - 11.124 (5.929) 3.457 (968) (3.440) 7.684 8.782
Valor Original Contábil (VOC) Depreciação acumulada
As principais taxas de depreciação por macroatividade, estão discriminadas na Resolução
Normativa ANEEL nº 674 de 11 de agosto de 2015.
9.1. Bens vinculados à concessão
De acordo com os artigos 63 e 64 do Decreto nº 41.019, de 26 de fevereiro de 1957, os bens e
instalações utilizados na geração e transmissão de energia elétrica são vinculados a esses
serviços, não podendo ser retirados, alienados, cedidos ou dados em garantia hipotecária sem
a prévia e expressa autorização do Órgão Regulador. A Resolução Normativa ANEEL nº
691/2015, regulamenta a desvinculação de bens das concessões do Serviço Público de Energia
Elétrica, concedendo autorização prévia para desvinculação de bens inservíveis à concessão,
quando destinados à alienação, determinando que o produto da alienação seja depositado em
conta bancária vinculada para aplicação na concessão.
9.2. Obrigações vinculadas à concessão do serviço público de energia elétrica
São obrigações vinculadas à concessão do serviço público de energia elétrica e representam os
valores da União, Estados, Municípios e dos consumidores, bem como as doações não
condicionadas a qualquer retorno a favor do doador e as subvenções destinadas a
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NOTAS EXPLICATIVAS
investimentos no serviço público de energia elétrica. O prazo de vencimento dessas
obrigações é aquele estabelecido pelo órgão regulador para concessões de geração e
transmissão, cuja quitação ocorrerá no final da concessão.
9.3. Análise do Valor de Recuperação
De acordo com o CPC 01 (R1) – Redução ao Valor Recuperável dos Ativos, para fins de análise
de recuperação, o menor nível de unidade geradora de caixa considerado foi cada uma das
concessões detidas, analisadas individualmente.
Estimou-se o valor recuperável das unidades geradoras de caixa com base no seu valor em
uso, que representa o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados para estes ativos,
e com base nas premissas relacionadas a seguir. Os valores alocados a estas premissas
representam a avaliação da Administração sobre as tendências futuras do setor elétrico e são
baseadas tanto em fontes externas de informações como dados históricos.
Os fluxos de caixa foram projetados com base nos resultados operacionais e projeções da
Companhia até o término das concessões, tendo como principais premissas:
a) Cenários macroeconômicos obtidos através de consultorias conceituadas no mercado;
b) Crescimento orgânico compatível com os dados históricos e perspectivas de
crescimento da economia brasileira; e,
c) Taxa média de desconto obtida através de metodologia usualmente aplicada pelo
mercado, levando em consideração o custo médio ponderado de capital.
O valor recuperável desses ativos superou seu valor contábil e, portanto, não houve perdas
por desvalorização a serem reconhecidas.
A Interpretação Técnica 10 – ICPC 10 incentiva fortemente que na adoção inicial do
Pronunciamento CPC 27, seja estabelecido um valor justo daqueles bens ou conjunto de bens
de valores relevantes ainda em operação e que apresentem valor contábil substancialmente
inferior ou superior ao seu valor justo. A Companhia fez uma avaliação ao valor justo dos seus
ativos de geração. Para os demais ativos a Companhia entende que o custo histórico deduzido
da melhor estimativa de depreciação e de provisão para redução ao valor recuperável é a
prática que melhor representa seus ativos imobilizados.
10. INTANGÍVEL
O saldo do Intangível é composto basicamente por direitos de servidão de passagem, do qual
sua vida útil é indefinida, e softwares, de vida útil definida e cuja amortização é de 20% ao
ano, que teve sua recuperação analisada de acordo com o pronunciamento técnico “CPC 01
(R1) – Redução ao Valor Recuperável de Ativos”, conforme descrito na Nota Explicativa nº 9.3.
A composição dos saldos e movimentação do Intangível é formada pelos seguintes valores:
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NOTAS EXPLICATIVAS
Rubrica Valor Valor
31/12/2018 Adições Baixas 31/12/2019 31/12/2018 Amortização 31/12/2019 líquido em líquido em
do exercício 31/12/2019 31/12/2018
Ativo intangível em serviço 7.789 - - 7.937 (1.046) (381) (1.427) 6.510 6.743
Geração 6.962 - - 6.962 (478) (240) (718) 6.244 6.484
Outros 6.962 - - 6.962 (478) (240) (718) 6.244 6.484
Administração 827 - - 975 (568) (141) (709) 266 259
Softwares 581 - - 729 (330) (141) (471) 258 251
Outros 246 - - 246 (238) - (238) 8 8
Ativo intangível em curso 461 899 (1) 1.211 - - - 1.211 461
Administração 461 899 (1) 1.211 - - - 1.211 461
Softwares 429 899 (1) 1.179 - - - 1.179 429
Outros 32 - - 32 - - - 32 32
8.250 899 (1) 9.148 (1.046) (381) (1.427) 7.721 7.204
Valor Original Contábil (VOC) Amortização acumulada
11. FORNECEDORES
A composição dos saldos em Fornecedores é formada pelos seguintes valores:
Rubrica 31/12/2019 31/12/2018
Encargos de uso da rede elétrica 74 54
Materiais e serviços 5.865 3.397
Operacional 1.406 1.201
Imobilizações em curso 4.459 2.196
Outros - 120
5.939 3.571
12. EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS
As principais informações a respeito dos Empréstimos e Financiamentos estão demonstradas a
seguir:
Financiador Vencimento Encargos Moeda 31/12/2019 31/12/2018
financeiros
anuais (%)
Circulante 12.342 5.126
Empréstimos e financiamentos 10.780 3.429
Eletra (a) 30/06/2020 INPC + 6% Real 863 1.366
Banco do Brasil S.A. 30/06/2031 TFC (CMN) Real 10.025 2.077
(-) Custos de transação 30/06/2031 - Real (108) (14)
Mútuos 1.562 1.697
Celgpar (b) 30/11/2020 IPCA + 12,68% Real 1.589 1.726
(-) Custos de transação (b) 30/11/2020 - Real (27) (29)
Não circulante 100.100 71.464
Empréstimos e financiamentos 100.100 70.054
Eletra (a) 30/06/2020 INPC + 6% Real - 835
Banco do Brasil S.A. 30/06/2031 TFC (CMN) Real 101.365 70.108
(-) Custos de transação 30/06/2031 - Real (1.265) (889)
Mútuos - 1.410
Celgpar (b) 30/11/2020 IPCA + 12,68% Real - 1.437
(-) Custos de transação (b) 30/11/2020 - Real - (27)
112.442 76.590
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NOTAS EXPLICATIVAS
(a) Parcela do saldo devedor junto à Eletra – Fundação Celg de Seguros e Previdência (82,25%
para o Plano CELGPREV e 17,75% para o Plano Eletra Benefício Definido 01), relativo aos
funcionários da CELG GT. Esse saldo é atualizado com base nas variações acumuladas do INPC
e juros de 6% a.a.
(b) Contrato de Mútuo firmado com a CELGPAR para fazer face aos compromissos de
investimentos, inerentes a Reforços, determinados pelas Resoluções Autorizativas ANEEL –
REA nº 3.170/2011, 3.217/2011, 3.914/2013, 4.417/2013, 4.891/2014 e 5.444/2015, bem
como em decorrência da implantação de empreendimentos relativos aos Contratos de
Concessões nº 003/2015 e 004/2016, monetariamente atualizado, a partir da data de sua
transferência, com base na variação mensal do Índice de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA
do mês anterior à competência, ou outro índice que vier a substitui-lo, atualização esta paga
mensalmente, acrescido de juros remuneratórios à taxa de 1% (um por cento) ao mês, ambos
pro rata die.
12.1. Banco do Brasil S.A.
Recursos oriundos do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste – FCO,
instituído pela Lei nº 7.827, de 27/09/1989, que regulamentou o art. 159, inciso I, alínea c,
da Constituição Federal da República, que o Banco do Brasil S.A., na qualidade de agente
financeiro, aplica de acordo com os termos e condições estabelecidos na normatização para
utilização do FCO. Os recursos tem como finalidade fazer face aos compromissos de
investimentos, inerentes a reforços, determinados pelas Resoluções Autorizativas ANEEL – REA
nº 4.891/2014 e 5.444/2015, bem como em decorrência da implantação de empreendimentos
relativos aos Contratos de Concessões nº 003/2015 e 004/2016.
Sobre os valores lançados na conta vinculada à Cédula de Crédito Bancário, bem como o saldo
devedor daí decorrente, incidirão juros que serão calculados pela Taxa de Juros dos Fundos
Constitucionais - TFC, nos termos da Resolução CMN n° 4.622, de 02/01/2018 e legislação
posterior que venha alterá-la, ou outro indicador econômico-financeiro que legalmente venha
substituí-la, debitados no dia primeiro ou dia útil subsequente, inclusive durante o período de
carência. A TFC é formada pela composição da variação do Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo – IPCA e pelo seu componente prefixado, que nos termos da lei são a Taxa
de Juros Prefixada da TLP relativa à remuneração da parcela dos recursos “i”, nos termos do
Artigo 2° da Lei nº 13.483, de 21/09/2017, da Resolução CMN nº 4.600, de 25/09/2017 e
legislação posterior que venha alterá-la, o Coeficiente de Desequilíbrio Regional (CDR), o
Fator de Programa (FP), o Fator de Localização (FL) e o Bônus de Adimplência (BA) de 15%
(quinze por cento) quando houver. Sobre o componente prefixado da TFC do caput, será
concedido BA, desde que as prestações da dívida (principal e encargos financeiros) sejam
pagas integralmente até a data do respectivo vencimento. Nas operações de financiamento
com recursos do FCO, o componente prefixado da TFC, a ser aplicado com o BA vigente na
data da contratação, será calculado por dias úteis, com base na equivalente diária (ano de
252 dias úteis) de 4,389 (quatro inteiros e trezentos e oitenta e nove milésimos) pontos
percentuais ao ano; já nas operações de financiamento com recursos do FCO, o componente
prefixado da TFC, a ser aplicado sem o BA vigente na data de contratação, será calculado por
dias úteis, com base na equivalente diária (ano de 252 dias úteis) de 5,163 (cinco inteiros e
cento e sessenta e três milésimos) pontos percentuais ao ano.
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NOTAS EXPLICATIVAS
Os juros referidos acima são exigíveis integralmente, no dia primeiro, trimestralmente
durante o prazo de carência (12 meses), e, mensalmente durante o período de amortização
(132 meses), juntamente com as prestações do principal, nas remições, proporcionalmente
aos valores remidos, no vencimento e na liquidação da dívida.
A previsão de amortização para os próximos exercícios está demonstrada a seguir:
Financiador Vencimento 2020 2021 2022 2023 2024 2025 a Total
2031
Eletra 30/06/2020 863 - - - - - 863
Celgpar 30/11/2020 1.589 - - - - - 1.589
(-) Custos de transação - Celgpar 30/11/2020 (27) - - - - - (27)
Banco do Brasil S.A. 30/06/2031 10.025 10.147 10.147 10.147 10.147 60.777 111.390
(-) Custos de transação - BB 30/06/2031 (108) (126) (126) (126) (126) (761) (1.373)
12.342 10.021 10.021 10.021 10.021 60.016 112.442
13. OUTROS PASSIVOS CIRCULANTES E NÃO CIRCULANTES
13.1. Obrigações sociais e trabalhistas
A composição dos saldos em Obrigações Sociais e Trabalhistas é formada pelos seguintes
valores:
Rubrica 31/12/2019 31/12/2018
Tributos retidos na fonte 873 878
Consignações em favor da concessionária e/ou terceiros 560 488
Provisão de férias 3.440 3.172
Provisão de bonificação de férias 531 442
5.404 4.980
13.2. Tributos
A composição dos saldos em Tributos é formada pelos seguintes valores:
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NOTAS EXPLICATIVAS
Rubrica 31/12/2019 31/12/2018
Tributos federais 17.375 28.394
Imposto de renda 12.247 20.128
Contribuição social 3.555 6.831
PIS 279 255
COFINS 1.294 1.180
Tributos estaduais 177 5
ICMS 177 5
Investimento 177 5
Tributos municipais 4 -
ISS 4 -
Contribuições sociais 2.283 2.188
INSS a pagar 687 695
Provisão de INSS sobre férias e 13º salário 1.007 928
FGTS a pagar 314 311
Provisão de FGTS sobre férias e 13º salário 275 254
Tributos retidos na fonte 937 406
Imposto de renda retido na fonte 112 39
Operacional 7 9
Investimento 105 30
Contribuição social 77 26
Operacional 7 6
Investimento 70 20
PIS 5 4
Operacional 5 4
COFINS 21 18
Operacional 20 18
Investimento 1 -
Outros - INSS 423 152
Operacional 61 52
Investimento 362 100
Outros - ISS 299 167
Operacional 43 61
Investimento 256 106
20.776 30.993
13.3. Encargos setoriais
As obrigações a recolher, derivadas de encargos estabelecidos pela legislação do setor
elétrico, são as seguintes:
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NOTAS EXPLICATIVAS
Rubrica 31/12/2019 31/12/2018
Circulante 4.158 3.152
Pesquisa e Desenvolvimento - P&D 169 147
FNDCT 113 98
MME 56 49
Conta de Desenvolvimento Energético - CDE 3.625 2.686
Taxa de Fiscalização dos Serviços de Energia Elétrica - TFSEE 61 44
Compensação Financeira pela Utilização de Recursos Hídricos - CFURH 43 49
Demais encargos setoriais 260 226
Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia - PROINFA 260 226
Não Circulante 4.497 3.638
Pesquisa e Desenvolvimento - P&D 4.497 3.638
Recursos em poder da empresa 4.497 3.638
8.655 6.790
13.4. Outros credores
A composição dos saldos em Outros Credores é formada pelos seguintes valores:
Rubrica 31/12/2019 31/12/2018
Circulante 2.070 3.664
Empregados (a) 51 304
Concessionárias e permissionárias de energia elétrica 348 98
Cauções em garantia 21 9
Outros 1.650 3.253
Celgmed - Caixa de Assistência à Saúde dos Empregados da CELG 141 114
Operacional 7 1
Investimento 1.502 3.138
Não circulante 13.948 15.699
Empregados (a) - 51
Diretores, conselheiros e acionistas (b) 11.900 13.600
Outros (c) 2.048 2.048
16.018 19.363
14. BENEFÍCIO PÓS-EMPREGO
A composição dos saldos em benefício pós-emprego é formada pelos seguintes valores:
Rubrica Tipo 31/12/2019 31/12/2018
Circulante 223 202
Previdência privada Contribuição corrente 223 202
Não Circulante 5.376 604
Previdência privada Déficit atuarial 5.376 604
5.599 806
A Companhia é patrocinadora da Eletra – Fundação Celg de Seguros e Previdência, pessoa
jurídica sem fins lucrativos, que tem por finalidade principal a complementação dos
benefícios concedidos pela previdência oficial aos seus empregados.
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NOTAS EXPLICATIVAS
A quantificação dos montantes encontra-se em conformidade com o Pronunciamento Técnico
CPC 33 (R1) – Benefícios a Empregados, que foi instituído pela Deliberação CVM nº 695, de 13
de dezembro de 2012, emitida pela Comissão de Valores Mobiliários – CVM.
A seguir apresentam-se as principais informações quanto aos benefícios aos associados e seus
reflexos na patrocinadora:
14.1. Definição dos tipos de benefícios
A CELG GT, através da ELETRA, oferece aos seus empregados o Plano Misto de Benefícios,
instituído a partir de setembro de 2000, na característica de Contribuição Definida – CD,
durante o exercício de acumulação e de benefício definido na fase de pagamento.
A CELG GT tem responsabilidade no plano original de benefício definido, pelos custos das
variações atuariais respectivas, tanto na fase de acumulação quanto na fase de pagamento de
benefícios. No plano misto, a responsabilidade da CELG GT na fase de acumulação é variável
em função das quotas de recolhimentos dos associados, todavia limitada a um máximo de 20%
das remunerações mensais. Na fase de pagamento, após a transferência da reserva acumulada
em conta coletiva para o beneficiário da renda vitalícia, a CELG GT assume a
responsabilidade apenas pela variação negativa das hipóteses de sobrevivência.
14.2. Descrição do plano misto de benefícios
O plano prevê a acumulação de reservas individualizadas, por recolhimento mensal de quotas
pelos ativos pela patrocinadora, com base compulsória de 2% sobre os salários, acrescidas de
contribuições facultativas definidas pelos participantes em que a patrocinadora acompanha
até o limite de 20% dos salários. Há ainda, contribuições extraordinárias do participante sem
contrapartida da patrocinadora. O saldo de quotas acumulado na data de concessão do
benefício é transformado em renda vitalícia. Os aportes patronais são mantidos em conta
coletiva até a data da concessão, quando se transformam em nominativos aos beneficiários.
Os benefícios do plano são os seguintes:
a) Suplementação de aposentadoria;
b) Suplementação de aposentadoria por invalidez;
c) Suplementação de pensão; e
d) Suplementação do abono anual.
14.3. Premissas atuariais
As premissas utilizadas para avaliação atuarial, sob os critérios estabelecidos na Deliberação
CVM nº 695/2012, conforme determinação do item 49c do Pronunciamento anexo à mesma
(foi aplicado o método PUC para obtenção do valor presente da obrigação atuarial),
executadas por atuário especializado.
14.4. Custo do Patrocinador
Em 2019, o montante de contribuições da CELG GT para a ELETRA foi de R$ 1.423 mil de
contribuições correntes.
14.5. Política adotada para reconhecimento de Perdas e Ganhos atuarias:
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NOTAS EXPLICATIVAS
De acordo com a Lei Complementar nº 108, de 29 de maio de 2001, os resultados deficitários
dos planos devem ser equacionados paritariamente entre a Patrocinadora, os Participantes e
os Assistidos, enquanto que os superávits são destinados à constituição de reserva de
contingência.
De acordo com o parecer atuarial emitido por consultoria especializada, os resultados
apresentados no relatório atuarial estão em consonância com as regras estabelecidas pela
Deliberação CVM nº 695/2012, e correspondem à opção da CELG GT pelo critério de
amortização de ganhos e perdas diferidos. A divulgação dos resultados atuariais, com base no
CPC 33 (R1), apontou déficit atuarial no Plano Eletra BD 01 no montante de R$ 108 mil, e,
apontou déficit atuarial no Plano CELGPREV no montante de R$ 5.268 mil.
15. PROVISÃO PARA LITÍGIOS
As provisões são quantificadas ao valor presente de desembolso esperado para liquidar a
obrigação, usando-se a taxa adequada de desconto de acordo com os riscos relacionados ao
passivo. São atualizadas até as datas dos balanços pelo montante estimado das perdas
prováveis, observada suas naturezas e apoiadas na opinião dos advogados da Companhia.
As provisões para ações judiciais são reconhecidas quando a companhia tem uma obrigação
presente resultante de eventos passados, sendo provável que uma saída de recursos seja
necessária para liquidar a obrigação e o valor possa ser estimado com segurança.
A CELG GT responde por processos judiciais e de natureza administrativa. A Administração da
Companhia fundamentada na opinião de seus assessores legais mantém provisão para litígios
sobre as causas cuja probabilidade de perda é provável. Abaixo a demonstração dos saldos:
Natureza Reclamante Probabilidade 31/12/2019 31/12/2018
de perda
Trabalhista Ex-funcionários Provável 3.867 9.957
Cível Diversos Provável 120 -
Fiscal Receita Federal do Brasil - RFB Provável 201 195
4.188 10.152
A movimentação das Provisões para Litígios no exercício:
Natureza 31/12/2018 Provisões Reversões Baixas 31/12/2019
Trabalhista 9.957 2.492 (2.387) (6.195) 3.867
Cível - 290 (170) - 120
Fiscal 195 6 - - 201
10.152 2.788 (2.557) (6.195) 4.188
15.1. Processos com probabilidade de perda classificada como possível
A Companhia possui ações de natureza trabalhista, cível, previdenciária e tributária,
envolvendo riscos de perda. A administração, com base na avaliação de seus consultores
Página | 66
NOTAS EXPLICATIVAS
jurídicos, classificou como perda possível, para as quais não constitui provisão, no montante
estimado abaixo:
Natureza Reclamante Probabilidade 31/12/2019 31/12/2018
de perda
Trabalhista Ex-funcionários Possível 150 1.098
Cível Ministério Público e usucapião Possível 423 423
Fiscal Receita Federal do Brasil - RFB Possível 466 446
1.039 1.967
16. TRIBUTOS DIFERIDOS
A composição dos saldos em Tributos Diferidos é formada pelos seguintes valores:
Rubrica 31/12/2019 31/12/2018
Imposto de renda 96.596 93.297
Diferenças temporárias passivas 3.916 17
Receita financeira de contrato 31.509 24.118
Laudo RBSE/RPC 64.671 72.779
Diferenças temporárias ativas (3.500) (3.617)
Contribuição social 34.814 33.623
Diferenças temporárias passivas 1.410 6
Receita financeira de contrato 11.343 8.682
Laudo RBSE/RPC 23.282 26.201
Diferenças temporárias ativas (1.221) (1.266)
PIS 1.032 1
Diferenças temporárias passivas 1.032 1
COFINS 4.756 5
Diferenças temporárias passivas 4.756 5
137.198 126.926
As provisões para créditos/débitos fiscais são constituídas nos casos em que sua
recuperação/tributação futura seja efetivamente garantida. Normalmente, as provisões
ativas/passivas para créditos/débitos fiscais podem ser constituídas sobre certas condições e
com certas exceções, com relação às seguintes bases:
a) Diferenças temporárias ocorridas na base de cálculo dos tributos devidos (não
dedutíveis/tributáveis no exercício corrente, porém possivelmente
dedutíveis/tributáveis em exercícios futuros);
b) Prejuízos fiscais – imposto de renda; e
c) Base negativa de cálculo da contribuição social.
Os tributos diferidos são reconhecidos como receita ou despesa e incluídos no resultado do
exercício. Os créditos e débitos fiscais diferidos de imposto de renda e contribuição social
foram apurados e estão apresentados pelo seu valor líquido no passivo.
17. PATRIMÔNIO LÍQUIDO
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NOTAS EXPLICATIVAS
17.1. Capital social
O capital social subscrito e totalmente integralizado é de R$ 649.549 mil, representado por
329.725.474 ações ordinárias, sem valor nominal, de propriedade integral do único acionista,
COMPANHIA CELG DE PARTICIPAÇÕES – CELGPAR.
Em 09 de março de 2017, na 109ª Reunião do Conselho de Administração da Controladora
Companhia Celg de Participações – CELGPAR, foi examinada a capitalização na CELG GT do
montante de R$ 50.000 mil decorrentes de Adiantamentos para Futuro Aumento de Capital –
AFAC. Os Conselheiros de Administração expressaram concordância com a subscrição e
integralização de Capital Social, observada a inexistência de emissão de ações, ato societário
concretizado em março de 2018, conforme Assembleia Geral Extraordinária CELG GT nº 75ª,
realizada em 03 de janeiro de 2018.
Em 27 de março de 2018, na 121ª Reunião do Conselho de Administração da Controladora
Companhia Celg de Participações – CELGPAR, foi examinada a capitalização na CELG GT do
montante de dividendos mínimos obrigatórios, referentes ao exercício social encerrado em 31
de dezembro de 2017, no total R$ 20.950 mil. Os Conselheiros de Administração expressaram
concordância com a subscrição e integralização em ações a serem emitidas no aumento do
Capital Social da CELG GT, ato societário concretizado em julho de 2018, conforme
Assembleia Geral Extraordinária nº 79ª, realizada em 21 de junho de 2018.
Em 30 de novembro de 2017, na 118ª Reunião do Conselho de Administração da Controladora
Companhia Celg de Participações – CELGPAR, foi examinada a capitalização na CELG GT do
montante de R$ 12.100 mil decorrentes de Adiantamentos para Futuro Aumento de Capital –
AFAC. Os Conselheiros de Administração expressaram concordância com a subscrição e
integralização de Capital Social, observada a inexistência de emissão de ações, ato societário
concretizado em janeiro de 2019, conforme Assembleia Geral Extraordinária CELG GT nº 89ª,
realizada em 28 de novembro de 2018.
Em 30 de novembro de 2017, na 118ª Reunião do Conselho de Administração da Controladora
Companhia Celg de Participações – CELGPAR, foi examinada a capitalização na CELG GT do
montante de R$ 3.500 mil decorrentes de Adiantamentos para Futuro Aumento de Capital –
AFAC. Os Conselheiros de Administração expressaram concordância com a subscrição e
integralização de Capital Social, observada a inexistência de emissão de ações, ato societário
concretizado em junho de 2019, conforme Assembleia Geral Extraordinária CELG GT nº 96ª,
realizada em 13 de junho de 2019.
Em 28 de março de 2019, na 137ª Reunião do Conselho de Administração da Controladora
Companhia Celg de Participações – CELGPAR, foi examinada a capitalização na CELG GT do
montante de R$ 13.904 decorrentes de dividendos mínimos obrigatórios. Os Conselheiros de
Administração expressaram concordância com a subscrição e integralização de Capital Social,
observada a inexistência de emissão de ações, ato societário concretizado em junho de 2019,
conforme Assembleia Geral Extraordinária nº 96ª, realizada em 13 de junho de 2019.
17.2. Outros resultados abrangentes
De acordo com a Nota Explicativa nº 16 e parecer atuarial emitido por consultoria
especializada houve um déficit atuarial no Plano Eletra BD 01 no montante de R$ 108 mil, e,
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NOTAS EXPLICATIVAS
um déficit atuarial no Plano CELGPREV no montante de R$ 5.268 mil, acarretando um ajuste
em Outros Resultados Abrangentes de R$ 4.785 mil.
17.3. Dividendos e reservas de lucros
O lucro líquido do exercício é distribuído da seguinte forma:
a) 5% (cinco por cento) serão aplicados, antes de qualquer outra destinação, na
constituição da reserva legal, que não excederá de 20% (vinte por cento) do capital
social. A companhia poderá deixar de constituir a reserva legal no exercício em que o
saldo dessa reserva, acrescido do montante das reservas de capital de que trata o § 1º
do artigo 182, da Lei nº 6.404/76 exceder de 30% (trinta por cento) do capital social. A
reserva legal tem por fim assegurar a integridade do capital social e somente poderá ser
utilizada para compensar prejuízos ou aumentar o capital;
b) Compensação de Prejuízos Acumulados;
c) Do lucro líquido do exercício diminuído da reserva legal e da compensação de
prejuízos acumulados, 25% (vinte e cinco por cento) serão destinados a pagamento de
dividendos mínimos obrigatórios;
c) O restante do lucro líquido do exercício terá como destinação a Reserva de Retenção
de Lucros. Essa reserva tem por finalidade financiar projetos de investimentos da
companhia, não podem prejudicar o cálculo dos dividendos mínimos obrigatórios, e
pode também ser utilizada para compensação de Prejuízos Acumulados.
A distribuição do lucro do exercício de 2019, foram calculados como segue:
Rubrica 31/12/2019 31/12/2018
Lucro líquido do exercício 71.097 58.544
(-) Reserva legal (5%) (3.555) (2.927)
Lucro após constituição da reserva legal 67.542 55.617
Dividendos mínimos obrigatórios (25%) 16.886 13.904
Dividendos a pagar 16.886 13.904
Constituição de reserva legal 3.555 2.927
Dividendos mínimos obrigatórios 16.886 13.904
Constituição de reserva de retenção de lucros 50.656 41.713
Lucro líquido do exercício distribuído 71.097 58.544
18. RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA
A composição da Receita Operacional Líquida é formada pelos seguintes valores:
Rubrica 31/12/2019 31/12/2018
Receita operacional bruta (18.1) 254.131 236.157
Deduções da receita bruta (18.2) (44.657) (33.580)
209.474 202.577
18.1. Receita Operacional Bruta
Segue a composição da Receita Operacional Bruta:
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NOTAS EXPLICATIVAS
Rubrica
31/12/2019 31/12/2018
Energia Elétrica de Curto Prazo 3.533 4.068
Energia Elétrica de Curto Prazo 3.403 4.204
Provisão de Energia Elétrica de Curto Prazo 130 (136)
Operações com ativos de contrato 250.598 232.089
Receita financeira de contrato 81.821 80.845
Serviços de construção ou de melhoria 71.430 70.802
Serviços de operação e manutenção 97.347 80.442
254.131 236.157
Valor
18.2. Deduções da receita operacional bruta
A composição das Deduções sobre a Receita Operacional Bruta é a seguinte:
Rubrica 31/12/2019 31/12/2018
Tributos sobre a receita 23.507 17.840
PIS 3.162 3.185
PIS diferido 1.031 (2)
COFINS 14.563 14.668
COFINS diferida 4.751 (11)
Encargos do consumidor 21.150 15.740
Pesquisa e Desenvolvimento - P&D 1.573 1.474
Conta de Desenvolvimento Energético - CDE 15.315 10.684
Taxa de Fiscalização dos Serviços de Energia Elétrica - TFSEE 633 527
Compensação Financeira pela Utilização de Recursos Hídricos - CFURH 276 273
Outros encargos - PROINFA 3.353 2.782
44.657 33.580
19. CUSTOS E DESPESAS OPERACIONAIS
Os Custos e Despesas Operacionais estão compostos por natureza de gasto. Abaixo os valores
que compõem este grupo:
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NOTAS EXPLICATIVAS
Rubrica
31/12/2019 31/12/2018 31/12/2019 31/12/2018 31/12/2019 31/12/2018
Energia comprada para revenda 2.352 915 - - 2.352 915
Encargos de transmissão, conexão e distribuição 622 580 - - 622 580
Pessoal 20.443 17.834 23.374 24.040 43.817 41.874
Administradores - - 2.923 2.507 2.923 2.507
Materiais 1.028 73 655 1.075 1.683 1.148
Serviços de terceiros 7.789 6.710 3.872 4.329 11.661 11.039
Arrendamentos e aluguéis 17 2 235 148 252 150
Seguros 1.002 364 35 41 1.037 405
Doações, contribuições e subvenções - - 24 23 24 23
Provisões 772 540 105 3.177 877 3.717
Recuperação de custos/despesas (1.230) (733) (22) (203) (1.252) (936)
Tributos 218 12 1.534 1.247 1.752 1.259
Depreciação 65 67 903 768 968 835
Amortização 240 239 141 125 381 364
Custo de construção 64.823 70.802 - - 64.823 70.802
Pessoal 4.497 4.127 - - 4.497 4.127
Materiais 43.529 43.500 - - 43.529 43.500
Serviços de terceiros 16.414 22.650 - - 16.414 22.650
Seguros 17 15 - - 17 15
Tributos 19 57 - - 19 57
Gastos diversos 347 453 - - 347 453
Gastos diversos 593 330 1.353 1.045 1.946 1.375
98.734 97.735 35.132 38.322 133.866 136.057
Custos operacionais Despesas operacionais Total
20. OUTROS RESULTADOS OPERACIONAIS
Os Outros Resultados Operacionais têm a seguinte composição por natureza:
Rubrica 31/12/2019 31/12/2018
Outras receitas operacionais 19.711 1.017
Rendas da prestação de serviços 1.534 913
Compartilhamento de infraestrutura 502 643
Serviços de engenharia 1.032 270
Demais receitas e rendas 18.392 207
Arrendamentos e aluguéis (a) 220 207
Ganhos na alienação de materiais (b) 2.708 -
Outras - Ajuste ao valor justo - AVJ 15.464 -
(-) Tributos sobre a receita (215) (103)
PIS (29) (18)
COFINS (133) (85)
ISS (53) -
Outras despesas operacionais (605) (111)
Perdas na alienação e desativação de bens e direitos (b) (605) (111)
19.106 906
(a) Valor composto pela locação de parte do imóvel denominado “SE Xavantes” à Aruanã
Energia S.A.
(b) Valores compostos principalmente por ganhos e perdas na alienação de bens.
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NOTAS EXPLICATIVAS
21. RESULTADO FINANCEIRO
O Resultado Financeiro tem a seguinte composição por natureza:
Rubrica 31/12/2019 31/12/2018
Receitas financeiras 7.926 2.568
Receita com aplicações financeiras (a) 7.167 2.269
Multas e acréscimos moratórios 251 429
Variações monetárias 20 55
Juros sobre capital próprio 10 5
Ganhos com participações societárias avaliadas ao valor justo (b) 216 24
Outras receitas financeiras 702 8
Tributos sobre receitas financeiras (440) (222)
PIS (53) (18)
COFINS (327) (111)
IOF (60) (93)
Despesas financeiras (7.090) (2.130)
Dívida em moeda nacional (6.329) (1.872)
Juros (6.148) (1.544)
Variações monetárias (137) (281)
Comissões e taxas (14) (12)
IOF (30) (35)
Multas e acréscimos moratórios (226) (2)
Variações monetárias (493) (214)
Perdas com participações societárias avaliadas ao valor justo (b) (42) (42)
836 438
(a) Rendimentos de aplicações financeiras na modalidade de Certificado de Depósito Bancário
– CDB com remuneração vinculada ao CDI, e liquidez a partir de 30 dias.
(b) Dividendos e juros sobre o capital próprio de investimentos avaliados ao custo,
amortização de ágio, dentre outros ganhos e perdas.
22. IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL
O Imposto de Renda e Contribuição Social tem a seguinte composição:
Rubrica 31/12/2019 31/12/2018
Tributo corrente 27.905 37.389
Contribuição social corrente 7.393 9.900
Imposto de renda corrente 20.512 27.489
Tributo diferido 4.490 (14.236)
Contribuição social diferida 1.191 (3.765)
Imposto de renda diferido 3.299 (10.471)
32.395 23.153 i
A conciliação da despesa/receita de Imposto de Renda e Contribuição Social registrada no
resultado está demonstrada abaixo:
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NOTAS EXPLICATIVAS
Rubrica 31/12/2019 31/12/2018
Lucro líquido antes dos impostos 103.492 81.697
Tributos sobre o lucro a alíquota nominal de 34% 35.187 27.777
Diferenças permanentes (2.757) (4.600)
Diferenças temporárias (4.490) 14.236
Diferencial de alíquota de imposto de renda (24) (24)
Programa Empresa Cidadã (11) -
Imposto de renda e contribuição social correntes 27.905 37.389
Diferenças temporárias 4.490 (14.236)
Imposto de renda e contribuição social diferidos 4.490 (14.236)
Total de tributos sobre o lucro 32.395 23.153
Alíquota fiscal efetiva dos tributos sobre o lucro 31,3% 28,3%
As despesas de imposto de renda e contribuição social são calculadas e registradas conforme
legislação vigente e incluem o imposto corrente e diferido. Os impostos sobre a renda são
reconhecidos na demonstração do resultado, exceto para os casos em que estiverem
diretamente relacionados a itens registrados diretamente no patrimônio líquido ou no
resultado abrangente, nos quais já são reconhecidos a valores líquidos destes efeitos fiscais.
O imposto corrente é o imposto a pagar ou a receber sobre o lucro ou prejuízo tributável do
exercício a taxas de impostos ou substantivamente decretadas na data de apresentação das
Demonstrações Financeiras, e qualquer ajuste aos impostos a pagar com relação aos
exercícios anteriores.
O imposto diferido é reconhecido com relação às diferenças temporárias, entre os valores
contábeis de ativos e passivos para fins contábeis e os correspondentes valores usados para
fins de tributação. O imposto diferido não é reconhecido para diferenças temporárias
oriundas do reconhecimento inicial de ativos e passivos em uma transação que não seja
combinação de negócios e que não afete nem a contabilidade tampouco o lucro ou prejuízo
tributável.
O imposto diferido é mensurado pelas alíquotas que se espera serem as diferenças
temporárias quando elas reverterem, baseando-se nas leis que foram decretadas ou
substantivamente decretadas até a data de apresentação das Demonstrações Financeiras.
Na determinação do imposto de renda corrente e diferido a Companhia leva em consideração
o impacto de incertezas relativas as posições fiscais tomadas e se o pagamento adicional de
imposto de renda e juros tenha que ser realizado. A Companhia acredita que a provisão para
imposto de renda no ativo/passivo está adequada com relação a todos os exercícios fiscais em
aberto baseada em sua avaliação de diversos fatores, incluindo interpretações das leis fiscais
e experiência passada. Essa avaliação é baseada em estimativas e premissas que podem
envolver uma série de julgamentos sobre eventos futuros. Novas informações podem ser
disponibilizadas o que levariam a Companhia a mudar o seu julgamento quanto à adequação
da provisão existente, tais alterações impactarão a despesa com imposto de renda no ano em
que forem realizadas.
Os ativos e passivos fiscais diferidos são compensados caso haja um direito de compensar
passivos e ativos fiscais correntes, e eles se relacionam a impostos de renda lançados pela
mesma autoridade tributária sobre a mesma entidade sujeita à tributação.
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NOTAS EXPLICATIVAS
Um ativo de imposto de renda e contribuição social diferido é reconhecido por perdas fiscais,
créditos fiscais e diferenças temporárias dedutíveis não utilizados quando é provável que
lucros futuros sujeitos à tributação estarão disponíveis e contra os quais serão utilizados.
Os ativos de imposto de renda e contribuição social diferido são revisados a cada data de
relatório e serão reduzidos na medida em que sua realização não seja mais provável.
23. DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO POR ATIVIDADE
Em atendimento às instruções e orientações da ANEEL, apresentamos a Demonstração do
Resultado do exercício segregado por atividade das Unidades de Negócio de Geração (G),
Transmissão (T) e Atividades Não Vinculadas (ANV):
Rubrica
G T ANV Total G T ANV Total
OPERAÇÕES EM CONTINUIDADE
RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 13.085 196.389 - 209.474 13.690 188.887 - 202.577
Custos operacionais (8.703) (90.031) - (98.734) (6.336) (91.399) - (97.735)
LUCRO BRUTO OPERACIONAL 4.382 106.358 - 110.740 7.354 97.488 - 104.842
Despesas operacionais (2.345) (32.787) - (35.132) (2.711) (35.611) - (38.322)
LUCRO OPERACIONAL ANTES DOS OUTROS RESULTADOS 2.037 73.571 - 75.608 4.643 61.877 - 66.520
Outros resultados operacionais - - 19.106 19.106 - - 906 906
Resultado da equivalência patrimonial - - 7.942 7.942 - - 13.833 13.833
Resultado financeiro 385 268 183 836 403 49 (14) 438
LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL 2.422 73.839 27.231 103.492 5.046 61.926 14.725 81.697
Imposto de renda e contribuição social (922) (30.346) (1.127) (32.395) (1.877) (21.276) - (23.153)
LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 1.500 43.493 26.104 71.097 3.169 40.650 14.725 58.544
31/12/2019 31/12/2018
24. FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS (MÉTODO INDIRETO)
A apresentação dos fluxos de caixa das atividades operacionais pelo método indireto é
demonstrada ajustando o lucro/prejuízo líquido pelos efeitos de transações que não envolvem
caixa, pelos efeitos de quaisquer diferimentos ou apropriações por competência sobre
recebimentos de caixa ou pagamentos em caixa operacionais passados ou futuros, e pelos
efeitos de itens de receita ou despesa associados com fluxos de caixa das atividades de
investimento ou de financiamento.
Conforme as orientações do item 20A do CPC 03 – R2 (Demonstração dos Fluxos de Caixa), a
conciliação entre o lucro/prejuízo líquido e o fluxo de caixa líquido das atividades
operacionais deve ser fornecida caso a entidade utilize o método direto para apurar o fluxo
líquido das atividades operacionais. Abaixo a referida conciliação entre lucro/prejuízo líquido
e o caixa líquido gerado/aplicado pelas/nas atividades operacionais:
Rubrica 31/12/2019 31/12/2018
Lucro líquido do exercício 71.097 58.544
Despesas (Receitas) que não afetam caixa e equivalentes de caixa (4.407) 16.644
Receita financeira da concessão (81.821) (80.845)
Receita de construção (71.430) (70.802)
Depreciação e amortização 1.349 1.199
Custo de contrução 64.823 70.802
Outros custos/despesas 1.379 91
Amortização do ativo contratual 109.618 108.356
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NOTAS EXPLICATIVAS
Ganhos na alienação de materiais (2.708) -
Perdas na alienação e desativação de bens e direitos 605 111
Resultado de equivalência patrimonial (7.942) (13.833)
Ajuste ao valor justo - AVJ (15.464) -
Juros sobre capital próprio (10) (5)
Ganhos com participações societárias avaliadas ao valor justo (216) (24)
Outras receitas financeiras (846) (21)
Perdas com participações societárias avaliadas ao valor justo 42 42
Outras despesas financeiras (685) 949
Outras movimentações de investimentos e financiamentos (1.101) 624
Redução (Aumento) de Ativos (307) (3.486)
Contas a receber 312 (1.418)
Serviços em curso 148 (162)
Créditos fiscais (1.123) (359)
Estoques 15 (1.299)
Despesas pagas antecipadamente (131) (679)
Outros devedores 472 431
Aumento (Redução) de Passivos (4.226) 15.288
Fornecedores 105 300
Obrigações sociais e trabalhistas 424 485
Benefício pós-emprego - CP 21 (1)
Tributos (10.927) 24.742
Encargos setoriais 1.006 640
Outros credores 42 218
Benefício pós-emprego - LP (13) -
Provisão para litígios (5.964) 2.315
Encargos setoriais - LP 859 787
Tributos diferidos 10.272 (14.249)
Outros credores - LP (51) 51
Caixa líquido gerado pelas atividades operacionais 62.157 86.990
25. DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO
A Distribuição do Valor Adicionado tem a seguinte composição:
Rubrica
Valor % Valor %
DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO 208.440 100,0% 167.261 100,0%
Pessoal 43.800 21,0% 40.956 24,5%
Remuneração direta 33.366 16,0% 31.868 19,1%
Benefícios 7.966 3,8% 6.852 4,1%
FGTS 2.468 1,2% 2.236 1,3%
Impostos, taxas e contribuições 86.206 41,4% 65.502 39,2%
Federais 84.409 40,5% 64.191 38,4%
Estaduais 74 0,1% 115 0,1%
Municipais 1.723 0,8% 1.196 0,7%
Remuneração de capitais de terceiros 7.337 3,5% 2.259 1,3%
Juros 7.018 3,4% 2.053 1,2%
Aluguéis 277 0,1% 164 0,1%
Outras 42 0,0% 42 0,0%
Remuneração de capitais próprios 71.097 34,1% 58.544 35,0%
Dividendos 16.886 8,1% 13.904 8,3%
Lucros retidos 54.211 26,0% 44.640 26,7%
31/12/2019 31/12/2018
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NOTAS EXPLICATIVAS
26. TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS
A Companhia efetuou uma variedade de transações com partes relacionadas incluindo a
prestação de serviços e certas transações de financiamentos, conforme tabela:
Rubrica
Parte relacionada Ativo Passivo Receita / Ativo Passivo Receita /
(Despesa) (Despesa)
Contas a receber (a) 435 - 1.114 461 - 533
Energética Fazenda Velha - - 51 - - -
Lago Azul Transmissão 7 - 1.063 33 - 105
Firminópolis Transmissão 428 - - 428 - 428
Dividendos a receber (b) 4.203 - - 3.457 - -
Energética Corumbá III 1.929 - - 1.346 - -
Pantanal Transmissão 505 - - 505 - -
Lago Azul Transmissão 163 - - - - -
Firminópolis Transmissão 1.606 - - 1.606 - -
AFAC (c) 5.145 11.900 - 12.250 13.600 -
Pantanal Transmissão - - - 490 - -
Firminópolis Transmissão 5.145 - - 11.760 - -
CELGPAR - 11.900 - - 13.600 -
Empréstimos e financiamentos (d) - 1.562 (357) - 3.107 (667)
CELGPAR - 1.562 (357) - 3.107 (667)
Dividendos a pagar (b) - 16.886 - - 13.904 -
CELGPAR - 16.886 - - 13.904 -
Contas a pagar (a) - 5 (800) - - -
Energética Fazenda Velha - 3 - - - -
Lago Azul Transmissão - 2 - - - -
Firminópolis Transmissão - - (800) - - -
Equivalência patrimonial (e) - - 7.942 - - 13.833
Energética Fazenda Velha - - (260) - - (1.250)
Vale do São Bartolomeu - - 744 - - (1.554)
Energética Corumbá III - - 7.592 - - 5.376
Pantanal Transmissão - - 933 - - 920
Lago Azul Transmissão - - 687 - - 3.032
Firminópolis Transmissão - - (1.754) - - 7.309
9.783 30.353 7.899 16.168 30.611 13.699
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(a) Faturas emitidas por Contrato de Compartilhamento da Infraestrutura (CCI), e, Contratos
de Prestação de Serviços de Operação e Manutenção.
(b) Valor de dividendos mínimos obrigatórios propostos a pagar e a receber.
(c) Adiantamentos para Futuro Aumento de Capital – AFAC aportado pela CELG GT nas
investidas, assim como AFAC aportado pela CELGPAR na CELG GT.
(d) Ver a Nota Explicativa nº 12, que tratou, dentre outros assuntos, de mútuo com a
CELGPAR.
(e) Ver a Nota Explicativa nº 8, que tratou, dentre outros assuntos, do cálculo da equivalência
patrimonial.
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NOTAS EXPLICATIVAS
27. INSTRUMENTOS FINANCEIROS
Em atendimento à Deliberação CVM 604, de 19 de novembro de 2009, que aprovou os
Pronunciamentos Técnicos CPC 39, 40 e 48, e, à Instrução CVM 763/2016, a Companhia
efetuou avaliação de seus instrumentos financeiros.
Em 31 de dezembro de 2019, os principais instrumentos financeiros foram:
a) Numerário disponível – está apresentado ao seu valor de mercado, que equivale ao
seu valor contábil;
b) Contas a receber – decorrem diretamente das operações da Companhia, mantidos até
o vencimento, e está registrada pelos seus valores originais, sujeitos a provisão para
perdas e ajuste a valor presente, quando aplicável; e
c) Empréstimos e financiamentos – são classificados como passivos financeiros não
mensurados ao valor justo, e estão contabilizados pelos valores contratuais. Os valores
de mercado destes empréstimos são equivalentes aos seus valores contábeis.
Fatores de Risco
Risco de crédito: o risco de crédito da Companhia surge da possibilidade de perda que
incorre quando da incapacidade de pagamento de faturas da venda de energia elétrica e uso
do sistema de transmissão. Este risco está intimamente relacionado com fatores internos e
externos e para reduzir este tipo de risco a Companhia atua na gerência das contas a receber
implementando políticas específicas de cobrança. Os créditos de liquidação duvidosa estão
adequadamente cobertos por provisão para fazer face a eventuais perdas na realização
destes.
Risco de taxa de juros: risco da Companhia em perdas por conta de flutuações nas taxas de
juros, que aumenta as despesas financeiras relativas aos passivos captados. A Companhia não
celebrou contratos de derivativos para cobrir esse risco, mas vem monitorando
continuamente as taxas de juros de mercado, a fim de observar necessidade de contratação.
Risco quanto à escassez de energia: risco de déficit de energia elétrica, decorrente de
condições climáticas desfavoráveis quanto à ocorrência de chuvas, dado que a matriz
energética brasileira está baseada em fontes hídricas. Exercícios de estiagem prolongada
influenciam o volume de água em estoque nos reservatórios das usinas que, em níveis críticos,
elevam o risco de desabastecimento de energia. Neste cenário, eventuais impactos no
consumo de energia elétrica podem ocasionar perdas em razão da redução de receitas.
As principais bacias hidrográficas do país, onde estão localizados os reservatórios do
Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste tem enfrentado situações climáticas adversas nos últimos
anos, levando os órgãos responsáveis pelo setor a adotarem medidas de otimização dos
recursos hídricos para garantir o pleno atendimento à carga do sistema elétrico.
Desta forma, em relação ao risco no curto prazo, o Comitê de Monitoramento do Setor
Elétrico - CMSE tem apontado equilíbrio entre demanda e oferta de energia, mantendo os
índices dentro margem de segurança. Por outro lado, o risco é calculado mensalmente pelo
Operador Nacional do Sistema Elétrica – ONS, que, segundo as informações do plano mensal
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NOTAS EXPLICATIVAS
de operação divulgado mensalmente no site www.ons.org.br, não prevê programa de
racionamento para os próximos dois anos.
28. EVENTOS SUBSEQUENTES
28.1. Surto do novo Coronavírus (COVID-19)
A Celg GT informa que desde o início do surto do novo Coronavírus (COVID-19) no Brasil,
mantém acompanhamento próximo e diário dos impactos deste evento em suas operações.
Diversas medidas e protocolos vêm sendo adotados no sentido de preservar a integridade, a
saúde e a segurança de todos os seus colaboradores, tanto no contexto administrativo como
operacional, além de se determinar planos de contingência para a sustentação de suas
operações. Os canais de comunicação da Companhia com seus colaboradores vêm sendo
utilizados na conscientização acerca de cuidados necessários para evitar o contágio e a
transmissão do vírus. Até o momento, nenhum(a) colaborador(a) foi testado(a) positivamente
para a infecção em seus locais de trabalho. Os nossos planos de contingência envolvem
diversas frentes de atuação:
a) implantação do regime de trabalho remoto da maneira mais generalizada possível;
b) acompanhamento de casos sintomáticos pela área de segurança e medicina do
trabalho para medidas (em conformidade com as orientações das autoridades) imediatas
de encaminhamento de cada caso;
c) eventuais planos de contingência para fazer face à diminuição no consumo de energia
elétrica no mercado nacional, que venham a impactar o faturamento vinculado às
atividades de geração e transmissão.
Por fim, ressaltamos que em função da alta volatilidade do câmbio recentemente,
informamos que não temos nenhuma exposição cambial, e que a Celg GT tem adequada
flexibilidade e capacidade financeira para enfrentar os impactos nos seus fluxos de caixa.
28.2. Fato relevante relacionado à Celg GT
Conforme Fato Relevante divulgado ao Mercado no dia 26 de fevereiro de 2020, a
Controladora Celgpar comunicou aos seus acionistas que recebeu, por ofício, a determinação
do representante do acionista controlador, para que seja contratada empresa ou consórcio de
empresas para elaboração de estudos e posterior assessoria, para alienação das ações de sua
propriedade na Controlada Celg Geração e Transmissão S.A. – Celg GT e suas participações em
outros empreendimentos. Estas tratativas encontram-se em andamento, não tendo ocorrido
qualquer fato superveniente entre a data do Fato Relevante e a data de autorização destas
Demonstrações Financeiras.
29. AUTORIZAÇÃO DE EMISSÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Eventos subsequentes ao exercício a que se referem essas Demonstrações Financeiras são
eventos favoráveis ou desfavoráveis, que ocorrem entre a data final do exercício a que se
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NOTAS EXPLICATIVAS
referem, ou seja, 31 de dezembro de 2019, e a data na qual é autorizada a emissão dessas
Demonstrações Financeiras.
Esta autorização é de competência da Diretoria, tendo sido as Demonstrações Financeiras de
31 de dezembro de 2019 apreciadas em Reunião da Diretoria da CELG GT, realizada em 24 de
março de 2020.
Lener Silva Jayme José Fernando Navarrete Pena Djair Dias Brito
Diretor Presidente Diretor Vice-Presidente Diretor Técnico e Comercial
CPF nº 479.523.006-44 CPF nº 303.118.701-63 CPF nº 102.598.131-68
Cleiton Silva Ferreira
Contador CRC-GO 018721/O-6
CPF nº 964.994.921-34
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DECLARAÇÃO DE CONCORDÂNCIA
DECLARAÇÃO DE CONCORDÂNCIA COM AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Os Diretores da Celg Geração e Transmissão S.A. – Celg GT, em cumprimento ao disposto no
Art. 25, inciso VI da Instrução CVM nº 480, de 7 de dezembro de 2009, e às disposições
estatutárias, declaram que reviram, discutiram e concordam com as Demonstrações
Financeiras encerradas em 31 de dezembro de 2019.
Goiânia-GO, 24 de março de 2020.
Lener Silva Jayme José Fernando Navarrete Pena Djair Dias Brito
Diretor Presidente Diretor Vice-Presidente Diretor Técnico e Comercial
CPF nº 479.523.006-44 CPF nº 303.118.701-63 CPF nº 102.598.131-68