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KPDS 108988 Renault do Brasil S.A. Demonstrações financeiras referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2014

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KPDS 108988

Renault do Brasil S.A.

Demonstrações financeiras referentes ao exercício findo em

31 de dezembro de 2014

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Renault do Brasil S.A. e Controlada

Demonstrações financeiras referentes ao exercício findo em

31 de dezembro de 2014

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Conteúdo

Relatório dos auditores independentes sobre as demonstrações financeiras 3

Balanços patrimoniais 5

Demonstrações de resultados 6

Demonstrações de resultados abrangentes 7

Demonstrações das mutações do patrimônio líquido 8

Demonstrações dos fluxo de caixa – método indireto 9

Notas explicativas às demonstrações financeiras 10

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KPMG Auditores Independentes Al. Dr. Carlos de Carvalho, 417 - 16º 80410-180 - Curitiba, PR - Brasil Caixa Postal 13533 80420-990 - Curitiba, PR - Brasil

Central Tel 55 (41) 3544-4747 Fax 55 (41) 3544-4750 Internet www.kpmg.com.br

KPMG Auditores Independentes, uma sociedade simples brasileira e firma-membro da rede KPMG de firmas-membro independentes e afiliadas à KPMG International Cooperative (“KPMG International”), uma entidade suíça.

KPMG Auditores Independentes, a Brazilian entity and a member firm of the KPMG network of independent member firms affiliated with KPMG International Cooperative (“KPMG International”), a Swiss entity.

Relatório dos auditores independentes sobre as demonstrações financeiras Aos Diretores da Renault do Brasil S.A. São José dos Pinhais – Paraná Examinamos as demonstrações financeiras da Renault do Brasil S.A. (“Companhia”), individuais e consolidadas, que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2014 e as respectivas demonstrações do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo naquela data, assim como o resumo das principais práticas contábeis e demais notas explicativas. Responsabilidade da administração sobre as demonstrações financeiras A administração da Companhia é responsável pela elaboração e adequada apresentação dessas demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, assim como pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de demonstrações financeiras livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro. Responsabilidade dos auditores independentes Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras com base em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Essas normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelos auditores e que a auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras estão livres de distorção relevante. Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a respeito dos valores e divulgações apresentados nas demonstrações financeiras. Os procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante nas demonstrações financeiras, independentemente se causada por fraude ou erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles internos relevantes para a elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras da Companhia para planejar os procedimentos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não para fins de expressar uma opinião sobre a eficácia desses controles internos da Companhia. Uma auditoria inclui, também, a avaliação da adequação das práticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela administração, bem como a avaliação da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.

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Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião. Opinião Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas apresentam, adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Renault do Brasil S.A. em 31 de dezembro de 2014, o desempenho de suas operações e os seus fluxos de caixa para o exercício findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. Outros assuntos Os valores correspondentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2013, apresentados para fins de comparação, foram anteriormente auditados por outros auditores independentes que emitiram relatório datado de 24 de março de 2014, o qual não conteve modificação. Curitiba, 6 de março de 2015 KPMG Auditores Independentes CRC 2SP014428/O-6 João Alberto Dias Panceri Contador CRC PR-048555/O-2

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Renault do Brasil S.A. e Controlada

Balanços patrimoniais levantados em 31 de dezembro de 2014 e de 2013

(Em milhares de reais - R$)

Notas explicativas 2014 2013 2014 2013

Notas explicativas 2014 2013 2014 2013

Ativo Passivo e patrimônio líquido

Circulante CirculanteCaixa e equivalentes de caixa 4 3.019.620 3.468.802 3.120.837 3.487.572 Fornecedores 13 1.238.413 1.490.015 1.258.403 1.509.332 Aplicações financeiras 5 125.144 249.451 125.144 249.451 Empréstimos e financiamentos 14 1.885.620 1.339.232 1.885.620 1.339.232 Clientes 6 489.242 692.854 519.304 706.472 Obrigações tributárias 16 269.533 287.757 284.920 298.480 Estoques 7 372.066 430.871 440.326 507.480 Obrigações sociais e previdênciarias 164.986 187.360 167.631 190.177 Impostos a recuperar 8 105.363 89.885 120.919 108.380 Empresas ligadas 15 66.407 23.386 68.074 24.118 Despesas antecipadas 79.423 90.397 79.423 90.397 Imposto de renda e contribuição social a pagar - 43.463 24.497 63.209 Outros ativos 9 151.538 104.239 66.610 67.499 Provisões comerciais 161.554 322.032 161.554 322.032

4.342.396 5.126.499 4.472.563 5.217.251 Provisões para garantia 90.583 98.746 90.583 98.746

Outros passivos 1.827 1.827 1.827 1.827 3.878.923 3.793.818 3.943.109 3.847.153

Não circulanteAplicações financeiras 5 213.057 111.726 213.057 111.726 Passivo não circulanteDepósitos judiciais 20 21.182 20.069 21.358 20.245 Empréstimos e financiamentos 14 572.469 760.255 572.469 760.255 Impostos diferidos 19.2 67.991 97.293 80.951 121.183 Provisão para riscos 20 215.447 221.565 218.089 224.297 Impostos a recuperar 8 84.367 69.529 84.644 69.752 Provisão para garantia 47.283 55.248 47.283 55.248 Investimentos 10 80.282 63.152 6 6 Obrigações tributárias 16 291.260 356.550 291.260 356.550 Imobilizado 11 1.685.943 1.477.829 1.690.922 1.483.146 Outros passivos - 4.006 - 4.006 Intangível 12 24.612 9.857 24.612 9.857 1.126.459 1.397.624 1.129.101 1.400.356

2.177.434 1.849.455 2.115.550 1.815.915 Total do passivo 5.005.382 5.191.442 5.072.210 5.247.509

Patrimônio líquidoCapital social 17 1.255.209 1.255.209 1.255.209 1.255.209 Reserva legal 33.618 33.618 33.618 33.618 Reservas de subvenção 18 495.685 495.685 495.685 495.685 Prejuízo acumulado (270.064) - (270.064) -

Patrimônio líquido atribuível aos controladores 1.514.448 1.784.512 1.514.448 1.784.512 Participação de não controladores - - 1.455 1.145 Total do patrimônio líquido 1.514.448 1.784.512 1.515.903 1.785.657

Total do ativo 6.519.830 6.975.954 6.588.113 7.033.166 Total do passivo e do patrimônio líquido 6.519.830 6.975.954 6.588.113 7.033.166

- - (0) 0 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

Controladora ControladoraConsolidado Consolidado

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Renault do Brasil S.A. e Controlada

Demonstrações de resultados

Exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e de 2013

(Em milhares de reais - R$)

Notas explicativas 2014 2013 2014 2013

Receita líquida de vendas 24 8.658.014 10.892.718 8.984.029 11.189.626

Custo dos produtos vendidos e serviços prestados 25 (7.471.776) (9.012.907) (7.636.292) (9.153.723)

Lucro bruto 1.186.238 1.879.811 1.347.737 2.035.903

Receitas (despesas) operacionaisVendas 25 (1.275.654) (1.436.021) (1.306.041) (1.469.590) Gerais e administrativas 25 (518.288) (513.191) (555.775) (555.076) Resultado de equivalência patrimonial 25 65.965 51.405 - - Outras receitas operacionais, líquidas 25 e 26 365.418 342.037 370.731 341.970

Resultado operacional antes do resultado financeiro e impostos (176.321) 324.041 (143.348) 353.207 20

Resultado financeiroReceitas financeiras 27 262.456 206.712 265.107 206.892 Despesas financeiras 27 (180.264) (182.102) (180.479) (182.570) Variação cambial, liquida 27 (146.633) 8.587 (145.420) 9.818

Resultado antes do imposto de renda e da contribuição social (240.762) 357.238 (204.140) 387.347

Imposto de renda e contribuição social correntes 19.1 - (66.160) (24.497) (85.908) Imposto de renda e contribuição social diferidos 19.1 (29.302) (58.872) (40.232) (68.301)

(Prejuízo) lucro líquido do exercício (270.064) 232.206 (268.869) 233.138

Lucro atribuível a:Acionistas controladores: (270.064) 232.206 (270.064) 232.206 Acionistas não controladores: - - 1.195 932

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

Controladora Consolidado

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Demonstrações de resultados abrangentes

Exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e de 2013

(Em milhares de reais)

2014 2013 2014 2013

(Prejuízo) lucro líquido do exercício (270.064) 232.206 (268.869) 233.138 Outros resultados abrangentes - - - -

Resultado abrangente total do exercício (270.064) 232.206 (268.869) 233.138

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

Controladora Consolidado

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Demonstrações das mutações do patrimônio líquido

Exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e de 2013

(Em milhares de reais - R$)

Capital social Total Total

Saldos em 31 de dezembro de 2012 1.255.209 96.571 277.489 22.008 - 1.651.277 926 1.652.203

Pagamento de juros sobre capital próprio 18.1 - (96.571) - - - (96.571) - (96.571) Dividendos e juros sobre capital próprio pagos pela controlada 10 - - - - - - (713) (713) Lucro líquido do exercício - - - - 232.206 232.206 932 233.138

Constituição de reserva para subvenção de investimentos 18.2 - - 218.196 - (218.196) - - -

Constituição de reserva legal 18.3 - - - 11.610 (11.610) - - - Dividendos a distribuir 18.1 - - - - (2.400) (2.400) - (2.400)

Saldos em 31 de dezembro de 2013 1.255.209 - 495.685 33.618 - 1.784.512 1.145 1.785.657

Dividendos e juros sobre capital próprio pagos pela controlada 10 - - - - - - (885) (885) Prejuízo do exercício - - - - (270.064) (270.064) 1.195 (268.869)

Saldos em 31 de dezembro de 2014 1.255.209 - 495.685 33.618 (270.064) 1.514.448 1.455 1.515.903

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

Atribuível ao acionista controlador

Reserva para subvenção de investimentos

Participação de não controladores

Proposta de distribuição de

dividendosNotas explicativas Reserva legalLucros (prejuízos)

acumulados

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Demonstrações dos fluxos de caixa - método indireto

Exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e de 2013

(Em milhares de reais - R$)

Notas Explicativas 2014 2013 2014 2013

Atividades operacionais

(Prejuízo) lucro líquido do exercício (270.064) 232.206 (268.869) 233.138 Ajustes para reconciliar o (prejuízo) lucro líquido do exercício com o caixa gerado

pelas atividades operacionais:

Depreciação e amortização 11 e 12 249.688 229.743 250.379 230.420 Ajuste a valor presente 46.435 37.384 46.435 37.384 Provisão para créditos de liquidação duvidosa 6 (700) 1.022 (700) 1.022 Provisão para perdas nos estoques 7 (5.711) (1.808) (3.523) (899) Equivalência patrimonial 10 (65.965) (51.405) - - Provisão para riscos 20 (6.118) 9.266 (6.208) 9.416 Provisão para garantia (16.128) (14.502) (16.128) (14.502) Provisões diversas (160.478) 187.007 (160.478) 187.007 Resultado na alienação de ativo imobilizado 26 (80.448) (28.680) (80.448) (28.627) Impostos diferidos 19.2 29.302 58.872 40.232 68.301 Juros e variação cambial não realizada 154.594 71.021 154.594 70.711

(Aumento) redução nos ativos operacionais:

Clientes 108.855 (342.482) 209.216 (335.441) Estoques 7 64.516 127.720 70.677 106.232 Impostos a recuperar 8 (30.316) 98.869 (27.431) 94.857 Aplicações financeiras 5 22.976 169.971 22.976 169.971 Depósitos judiciais 20 (1.113) 12 (1.113) 12 Despesas antecipadas 10.974 (51.375) 10.974 (51.375) Dividendos e juros sobre capital próprio recebidos 96.564 39.246 - - Outros ativos 429 (196.809) 2 (197.241) Aumento (redução) nos passivos operacionais:

Fornecedores (345.019) 246.378 (364.755) 229.570 Provisões de meios comerciais e outros (156.771) (318.238) (147.531) (313.192)

Caixa líquido (aplicado) gerado nas atividades operacionais (354.498) 503.418 (271.699) 496.764

Fluxo de caixa das atividades de investimento

Aquisição de imobilizado e intangível 11, 12 e 28 (599.577) (555.023) (599.929) (555.452) Recebimento pela alienação de bens do ativo imobilizado 292.223 177.096 292.223 177.096

Caixa líquido aplicado nas atividades de investimento (307.354) (377.927) (307.706) (378.356)

Fluxo de caixa das atividades de financiamento

Obtenção de empréstimos 1.083.160 2.040.944 1.083.160 2.040.944 Pagamentos de principal de empréstimos (762.015) (1.443.502) (762.015) (1.443.502) Pagamentos de juros de empréstimos (108.475) (61.578) (108.475) (61.578) Juros sobre capital próprio - (98.888) - (99.684)

Caixa líquido gerado pelas atividades de financiamento 212.670 436.976 212.670 436.180

Aumento (diminuição) líquido do saldo de caixa e equivalentes de caixa (449.182) 562.467 (366.735) 554.588

Caixa e equivalentes de caixa no início do exercício 4 3.468.802 2.906.335 3.487.572 2.932.984 Caixa e equivalentes de caixa no fim do exercício 4 3.019.620 3.468.802 3.120.837 3.487.572

(449.182) 562.467 (366.735) 554.588

Controladora Consolidado

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

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Demonstrações financeiras referentes ao exercício findo em

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Notas explicativas às demonstrações financeiras (Valores expressos em milhares de reais, exceto quando especificamente indicado)

1 Contexto operacional A Renault do Brasil “Companhia”, com sede em São José dos Pinhais, Paraná, é uma Companhia anônima de capital fechado e parte integrante do Grupo Renault, com sede em Paris – França. A Companhia tem por objeto social o desenvolvimento, produção, importação, exportação e comercialização de veículos automotores de passeio e comerciais leves, bem como de motores, componentes e peças de reposição. A empresa controlada Renault do Brasil Comércio e Participações Ltda. tem por objeto social a comercialização de peças, acessórios e componentes para veículos da marca Renault. Conforme descrito na nota explicativa nº 15, a Companhia mantém transações em montantes significativos com partes relacionadas. Referidas transações são realizadas com base em condições negociadas entre a Companhia e as empresas relacionadas.

2 Bases de preparação

2.1 Declaração de conformidade As demonstrações financeiras individuais e consolidadas (denominadas “Grupo”) foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil (BR GAAP). A emissão das demonstrações financeiras individuais e consolidadas foi autorizada em Reunião da Diretoria em 15 de março de 2015.

2.2 Moeda funcional e de apresentação

Estas demonstrações financeiras individuais e consolidadas estão apresentadas em Reais, que é a moeda funcional da Companhia. Todos os saldos foram arredondados para o milhar mais próximo, exceto quando indicado de outra forma.

2.3 Base de mensuração As demonstrações financeiras individuais e consolidadas foram preparadas com base no custo histórico, exceto quando indicado de outra forma.

2.4 Uso de estimativas e julgamentos Na preparação destas demonstrações financeiras individuais e consolidadas, a Administração utilizou julgamentos, estimativas e premissas que afetam a aplicação das políticas contábeis do Grupo e os valores reportados dos ativos, passivos, receitas e despesas. Os resultados reais podem divergir dessas estimativas. As estimativas e premissas são revisadas de forma contínua. As revisões das estimativas são reconhecidas prospectivamente.

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Demonstrações financeiras referentes ao exercício findo em

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2.4.1 Principais fontes de incerteza nas estimativas Na aplicação das políticas contábeis da Companhia descritas na nota explicativa nº 3, a Administração deve fazer julgamentos e elaborar estimativas a respeito dos valores contábeis dos ativos e passivos para os quais não são facilmente obtidos de outras fontes. As estimativas e as respectivas premissas estão baseadas na experiência histórica e em outros fatores considerados relevantes. Os resultados efetivos podem diferir dessas estimativas. As estimativas e premissas subjacentes são revisadas continuamente. Os efeitos decorrentes das revisões feitas às estimativas contábeis são reconhecidos no período em que as estimativas são revistas, se a revisão afetar apenas este período, ou também em períodos posteriores se a revisão afetar tanto o período presente como períodos futuros. A seguir, são apresentadas as principais premissas a respeito do futuro e outras principais origens da incerteza nas estimativas no final de cada período de relatório, que podem levar a ajustes significativos nos valores contábeis dos ativos e passivos no próximo exercício.

2.4.2 Vida útil dos bens do imobilizado Conforme descrito na nota explicativa nº 3.10, a Companhia revisa a vida útil estimada dos bens do imobilizado anualmente no final de cada período de relatório.

2.4.3 Avaliação de instrumentos financeiros Conforme descrito na nota explicativa nº 3.12, a Companhia usa técnicas de avaliação que incluem informações que não se baseiam em dados observáveis de mercado para estimar o valor justo de determinados tipos de instrumentos financeiros. A nota explicativa nº 21 oferece informações detalhadas sobre as principais premissas utilizadas na determinação do valor justo de instrumentos financeiros, bem como a análise de sensibilidade dessas premissas. A Administração acredita que as técnicas de avaliação selecionadas e as premissas utilizadas são adequadas para a determinação do valor justo dos instrumentos financeiros.

3 Principais políticas contábeis

3.1 Base de consolidação As demonstrações financeiras consolidadas incluem as informações da Companhia e sua empresa controlada Renault do Brasil Comércio e Participações Ltda., da qual a Companhia possui 98,22% de participação, cujas demonstrações financeiras foram preparadas utilizando-se das mesmas práticas contábeis adotadas pela controladora. Na consolidação das demonstrações financeiras, foi eliminada a participação da controladora no patrimônio líquido da controlada, bem como saldos de ativos e passivos, receitas, custos e despesas entre as empresas. A participação dos acionistas não controladores é apresentada destacadamente nas demonstrações financeiras consolidadas. Os lucros não realizados, referentes às vendas de peças de reposição e acessórios da controladora para a sua controlada, não foram considerados na preparação das demonstrações financeiras consolidadas devido à irrelevância do valor envolvido.

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3.2 Controladas As demonstrações financeiras de controladas são incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas a partir da data em que o controle, se inicia até a data em que o controle deixa de existir. As políticas contábeis de controladas estão alinhadas com as políticas adotadas pelo Grupo. Nas demonstrações financeiras individuais da controladora as informações financeiras de controladas são reconhecidas através do método de equivalência patrimonial.

3.3 Classificação de itens circulante e não circulante No balanço patrimonial, ativos e obrigações vincendas ou com expectativa de realização dentro dos próximos 12 meses são classificados como itens circulantes e aqueles com vencimento ou com expectativa de realização superior a 12 meses são classificados como itens não circulantes.

3.4 Reconhecimento de receita

A receita é mensurada pelo valor justo da contrapartida recebida ou a receber, deduzida de quaisquer estimativas de devoluções, descontos comerciais e/ou bonificações concedidos ao comprador e outras deduções similares. A receita de vendas de produtos é reconhecida quando todas as seguintes condições forem satisfeitas:

(i) A Companhia transferiu ao comprador os riscos e benefícios significativos relacionados à propriedade dos produtos;

(ii) A Companhia não mantém envolvimento continuado na gestão dos produtos vendidos em grau normalmente associado à propriedade nem controle efetivo sobre tais produtos;

(iii) O valor da receita pode ser mensurado com confiabilidade;

(iv) É provável que os benefícios econômicos associados à transação fluam para a Companhia; e

(v) Os custos incorridos ou a serem incorridos relacionados à transação podem ser mensurados com confiabilidade.

Serviços

As receitas por serviços prestados são reconhecidas no resultado do exercício por ocasião da conclusão total da prestação do serviço, não havendo qualquer incerteza sobre a sua aceitação pelo cliente.

Uma receita não é reconhecida se há uma incerteza significativa de sua realização.

3.5 Receitas financeiras e despesas financeiras As receitas financeiras abrangem receitas de juros sobre variações no valor justo de ativos financeiros mensurados pelo valor justo por meio do resultado e ganhos nos instrumentos de hedge que são reconhecidos no resultado. A receita de juros é reconhecida no resultado, através do método dos juros efetivos.

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As despesas financeiras abrangem despesas com juros sobre empréstimos, variações no valor justo de ativos financeiros mensurados pelo valor justo por meio do resultado, perdas por redução ao valor recuperável (impairment) reconhecidas nos ativos financeiros (exceto recebíveis), e perdas nos instrumentos de hedge que estão reconhecidos no resultado. Custos de empréstimo que não são diretamente atribuíveis à aquisição, construção ou produção de um ativo qualificável são mensurados no resultado através do método de juros efetivos.

3.6 Moeda estrangeira As transações em moeda estrangeira, ou seja, quaisquer moedas diferentes da moeda funcional da Companhia são registradas de acordo com as taxas de câmbio vigentes na data de cada transação. No final de cada período de relatório, os itens monetários em moeda estrangeira são reconvertidos pelas taxas vigentes no fim do exercício.

3.7 Benefícios de curto prazo a empregados Os pagamentos a planos de aposentadoria de contribuição definida são reconhecidos como despesa quando os serviços que concedem direito a esses pagamentos são prestados.

3.8 Imposto de renda e contribuição social A despesa com imposto de renda e contribuição social representa a soma dos impostos correntes e diferidos.

3.8.1 Impostos correntes A provisão para imposto de renda e contribuição social está baseada no lucro tributável do exercício. O lucro tributável difere do lucro apresentado na demonstração do resultado, porque exclui receitas e/ou despesas tributáveis ou dedutíveis em outros exercícios, além de excluir itens não tributáveis ou não dedutíveis de forma permanente. A provisão para imposto de renda e contribuição social é calculada individualmente com base nas alíquotas vigentes no fim do exercício.

3.8.2 Impostos diferidos O imposto de renda e contribuição social diferidos (“imposto diferido”) é reconhecido sobre as diferenças temporárias no final de cada período de relatório entre os saldos de ativos e passivos reconhecidos nas demonstrações financeiras e as bases fiscais correspondentes usadas na apuração do lucro tributável, incluindo saldo de prejuízos fiscais, quando aplicável. Os impostos diferidos passivos são geralmente reconhecidos sobre todas as diferenças temporárias tributáveis e os impostos diferidos ativos são reconhecidos sobre todas as diferenças temporárias dedutíveis, apenas quando for provável que a empresa apresentará lucro tributável futuro em montante suficiente para que tais diferenças temporárias dedutíveis possam ser utilizadas. Os impostos diferidos ativos ou passivos não são reconhecidos sobre diferenças temporárias resultantes de reconhecimento inicial de outros ativos e passivos em uma transação que não afete o lucro tributável nem o lucro contábil. A recuperação do saldo dos impostos diferidos ativos é revisada no final de cada período de relatório e, quando não for mais provável que lucros tributáveis futuros estarão disponíveis para permitir a recuperação de todo o ativo, ou parte dele, o saldo do ativo é ajustado pelo montante que se espera que seja recuperado.

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Impostos diferidos ativos e passivos são mensurados pelas alíquotas aplicáveis no período no qual se espera que o passivo seja liquidado ou o ativo seja realizado, com base nas alíquotas previstas na legislação tributária vigente no final de cada período de relatório, ou quando uma nova legislação tiver sido substancialmente aprovada. A mensuração dos impostos diferidos ativos e passivos reflete as consequências fiscais que resultariam da forma na qual a Companhia, no final de cada período de relatório, recuperar ou liquidar o valor contábil desses ativos e passivos.

3.9 Estoques Os estoques são apresentados pelo menor valor entre o valor de custo e o valor líquido realizável. Os custos dos estoques são determinados pelo método do custo médio. O valor líquido realizável corresponde ao preço de venda estimado dos estoques, deduzido de todos os custos necessários para realizar a venda.

3.10 Imobilizado Estão demonstrados ao valor de custo, deduzidos de depreciação e perda por redução ao valor recuperável acumulada, quando aplicável. São registrados como parte dos custos das imobilizações em andamento os honorários profissionais e, no caso de ativos qualificáveis, os custos de empréstimos capitalizados de acordo com a política contábil da Companhia. Tais imobilizações são classificadas nas categorias adequadas do imobilizado quando concluídas e prontas para o uso pretendido. A depreciação desses ativos inicia-se, como os outros ativos imobilizados, quando eles estão prontos para o uso pretendido. A depreciação é reconhecida com base na vida útil estimada de cada ativo pelo método linear, de modo que o valor do custo menos o seu valor residual após sua vida útil seja integralmente depreciado (exceto para terrenos e construções em andamento). A vida útil estimada, os valores residuais e os métodos de depreciação são revisados anualmente e o efeito de quaisquer mudanças nas estimativas é contabilizado prospectivamente. Um item do imobilizado é baixado após alienação ou quando não há benefícios econômicos futuros resultantes do uso contínuo do ativo. Quaisquer ganhos ou perdas na venda ou baixa de um item do imobilizado são determinados pela diferença entre os valores recebidos na venda e o valor contábil do ativo e são reconhecidos no resultado. Gastos subsequentes são capitalizados apenas quando é provável que benefícios econômicos futuros associados com esses gastos são auferidos pelo Grupo.

3.11 Ativos intangíveis Ativos intangíveis com vida útil definida, adquiridos separadamente são registrados ao custo, deduzidos da amortização e das perdas por redução aos valores recuperáveis acumulados, quando aplicável. A amortização é reconhecida linearmente com base na vida útil estimada dos ativos. A vida útil estimada e o método de amortização são revisados anualmente e o efeito de quaisquer mudanças nas estimativas é contabilizado prospectivamente. Um ativo intangível é baixado na sua alienação ou quando não há benefícios econômicos futuros resultantes do uso ou da alienação. Os ganhos ou as perdas resultantes da baixa de um ativo intangível, mensurados como a diferença entre as receitas líquidas da alienação e o valor contábil do ativo, são reconhecidos no resultado quando o ativo é baixado.

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3.12 Instrumentos financeiros

3.12.1 Ativos financeiros não derivativos A Companhia e sua controlada reconhecem os empréstimos e recebíveis inicialmente na data em que foram originados. Todos os outros ativos financeiros (incluindo os ativos designados pelo valor justo por meio do resultado) são reconhecidos inicialmente na data da negociação na qual se torna uma das partes das disposições contratuais do instrumento. A Companhia e sua controlada deixam de reconhecer um ativo financeiro quando os direitos contratuais sobre seus fluxos de caixa se expiram, ou quando transferem os direitos relativos ao recebimento dos fluxos de caixa contratuais em uma transação no qual essencialmente todos os riscos e benefícios de sua titularidade são transferidos. Eventual participação que seja criada ou retida nos ativos é reconhecida como um ativo ou passivo individual.

3.12.1.1 Empréstimos e recebíveis Empréstimos e recebíveis são ativos financeiros não derivativos com pagamentos fixos ou determináveis e que não são cotados em um mercado ativo. Os recebíveis do Grupo referem-se basicamente a créditos de curto prazo, cujo reconhecimento da receita de juros através da aplicação da taxa de juros efetiva seria imaterial.

3.12.1.2 Caixa e equivalentes de caixa Compreendem os saldos de caixa, depósitos bancários à vista e aplicações financeiras. Essas aplicações financeiras estão demonstradas ao custo, acrescido dos rendimentos auferidos até as datas de encerramento do exercício, e possuem vencimentos inferiores a 90 dias ou sem prazos fixados para resgate, com liquidez imediata, e estão sujeitas a um insignificante risco de mudança de valor.

3.12.2 Passivos financeiros não derivativos A Companhia e sua controlada reconhecem inicialmente títulos de dívida emitidos na data em que são originados. Todos os outros passivos financeiros (incluindo passivos designados pelo valor justo registrado no resultado) são reconhecidos inicialmente na data de negociação na qual se torna uma parte das disposições contratuais do instrumento. A Companhia e sua controlada baixam um passivo financeiro quando tem suas obrigações contratuais retiradas, canceladas ou vencidas. Os ativos e passivos financeiros são compensados e o valor líquido é apresentado no balanço patrimonial quando, e somente quando, tenha o direito legal de compensar os valores e tenha a intenção de liquidar em uma base líquida ou de realizar o ativo e quitar o passivo simultaneamente. Tais passivos são reconhecidos inicialmente pelo valor justo acrescido de quaisquer custos de transação atribuíveis. Após o reconhecimento inicial, esses passivos financeiros são medidos pelo custo amortizado através do método dos juros efetivos.

3.12.3 Uso de estimativas A preparação de demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil requer que a Administração da Companhia se baseie em estimativas para o registro de certas transações que afetam ativos e passivos, receitas e despesas, bem como a divulgação de informações sobre dados de suas demonstrações financeiras. Os resultados finais dessas transações e informações, quando de sua efetiva realização em períodos subsequentes, podem diferir dessas estimativas. As principais estimativas relacionadas às demonstrações financeiras referem-se à provisão para créditos de liquidação duvidosa, provisão para perdas nos estoques,

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provisão para ajuste ao valor de realização de ativos, provisão para garantia de produtos e provisão para riscos.

3.12.4 Instrumentos financeiros derivativos Derivativos são reconhecidos inicialmente pelo seu valor justo, custos de transação atribuíveis são reconhecidos no resultado quando incorridos. Após o reconhecimento inicial, os derivativos são mensurados pelo valor justo e suas variações são registradas no resultado. Embora a Companhia e sua controlada façam uso de instrumentos financeiros derivativos com o objetivo de proteção, não é adotada a prática contábil de contabilização de instrumentos de proteção (“hedge accounting”).

3.13 Redução ao valor recuperável de ativos tangíveis e intangíveis A Companhia revisa anualmente o valor contábil de seus ativos tangíveis e intangíveis para determinar se há alguma indicação de que tais ativos sofreram alguma perda por redução ao valor recuperável. Se houver tal indicação, o montante recuperável do ativo é estimado com a finalidade de mensurar o montante dessa possível perda. Quando não for possível estimar o montante recuperável de um ativo individualmente, a Companhia estima o montante recuperável da unidade geradora de caixa à qual pertence o ativo. Quando uma base de alocação razoável e consistente pode ser identificada, os ativos também são alocados às unidades geradoras de caixa individuais ou ao menor grupo de unidades geradoras de caixa para o qual uma base de alocação razoável e consistente possa ser identificada. O montante recuperável é o maior valor entre o valor justo menos os custos na venda ou o valor em uso. Na avaliação do valor em uso, os fluxos de caixa futuros estimados são descontados ao valor presente pela taxa de desconto, antes dos impostos, que reflita uma avaliação atual de mercado do valor da moeda no tempo e os riscos específicos do ativo para o qual a estimativa de fluxos de caixa futuros não foi ajustada. Se o montante recuperável de um ativo calculado for menor que seu valor contábil, o valor contábil do ativo é reduzido ao seu valor recuperável. A perda por redução ao valor recuperável é reconhecida imediatamente no resultado. Quando a perda por redução ao valor recuperável é revertida subsequentemente, ocorre o aumento do valor contábil do ativo para a estimativa revisada de seu valor recuperável, desde que não exceda o valor contábil que teria sido determinado, caso nenhuma perda por redução ao valor recuperável tivesse sido reconhecida para o ativo em exercícios anteriores. A reversão da perda por redução ao valor recuperável é reconhecida imediatamente no resultado.

3.14 Provisões As provisões são reconhecidas para obrigações presentes (legal ou presumida) resultante de eventos passados, em que seja possível estimar os valores de forma confiável e cuja liquidação seja provável. O valor reconhecido como provisão é a melhor estimativa de pagamento requerido para liquidar a obrigação no final de cada período de relatório, considerando-se os riscos e as incertezas relativos à obrigação. Quando a provisão é mensurada com base nos fluxos de caixa estimados para liquidar a obrigação, seu valor contábil corresponde ao valor presente desses fluxos de caixa (em que o efeito do valor temporal do dinheiro é relevante).

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Quando alguns ou todos os benefícios econômicos requeridos para a liquidação de uma provisão são esperados que sejam recuperados de um terceiro, um ativo é reconhecido se, e somente se, o reembolso for virtualmente certo e o valor puder ser mensurado de forma confiável.

3.14.1 Garantias A Companhia oferece garantia de 1 a 3 anos para cobertura de problemas de fabricação. Os valores são provisionados com base em estimativas, tomando como parâmetro, médias históricas dos gastos incorridos, de acordo com as análises realizadas pelo departamento de garantia, as quais são revisadas anualmente.

3.14.2 Provisão para riscos É constituída com base na avaliação efetuada pelos consultores jurídicos e pela Administração da Companhia das prováveis perdas com os processos judiciais, deduzida do saldo de depósitos judiciais, quando existentes.

3.14.3 Provisões comerciais Referem-se principalmente a provisões com comissões e bônus concedidos para a comercialização de veículos, de acordo com análises efetuadas pelo departamento comercial, as quais são revisadas anualmente.

3.15 Subvenções governamentais Subvenção para investimentos e para custeio: conforme mencionado na nota explicativa nº 18.2, a Companhia goza de benefícios fiscais relacionadas à crédito presumido, suspensão de pagamento e diferimento do ICMS. A parcela correspondente à utilização do benefício fiscal relativa ao crédito presumido de ICMS decorre da venda de produtos industrializados e é reconhecida da seguinte forma:

• Como receita do exercício corrente, sob a rubrica de outras despesas (receitas) operacionais, limitada a parcela cujas obrigações de investimentos relacionadas ao benefício foram plenamente atendidas;

• Mantida no passivo, sob a rubrica receita diferida, para a parcela do ICMS cuja obrigação de investimento ainda não tenha sido atendida;

• Também mantida no passivo, sob a rubrica receita diferida, a parcela de investimento referente a um ativo amortizável. Esta parcela será reconhecida como receita ao longo do período da vida útil deste bem, na proporção de sua amortização.

• Como receita do exercício corrente, a parcela do benefício em que não há obrigação direta de investimento;

Tanto a subvenção para custeio quanto a subvenção para investimento são computadas no resultado como receita na conta “Outras receitas (despesas) operacionais, liquidas”.

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4 Caixa e equivalentes de caixa Controladora Consolidado

2014 2013 2014 2013 Caixa e bancos 71.078 34.108 73.185 46.378Aplicação financeira no Brasil 2.948.542 3.434.694 3.047.652 3.441.194

3.019.620 3.468.802 3.120.837 3.487.572

As aplicações financeiras são representadas substancialmente por aplicações em fundo de investimento referenciadas em CDI com liquidez diária e por Letras de Câmbio com taxas atreladas à variação do Certificado de Depósito Interfinanceiro – CDI (de 109,5 % a 110,8%) com liquidez diária.

5 Aplicações financeiras (controladora e consolidado) As aplicações financeiras são representadas por Letras Financeiras mantidas junto à parte relacionada RCI Banque Brasil com taxas de juros (descritas abaixo), mantidas até o vencimento, conforme detalhado a seguir:

Vencimento Taxa de juros

ao ano 2014 2013 Circulante 20/01/2014 11,81% - 63.79007/04/2014 11,86% - 63.86107/07/2014 111,34% do CDI - 60.92720/10/2014 110,84% do CDI - 60.87319/01/2015 110,54% do CDI 68.148 -28/10/2015 110,50% do CDI 56.996 - Total circulante 125.144 249.451

Taxa de juros

ao ano 2014 2013Não circulante 19/01/2015 110,54% do CDI - 60.84020/10/2015 110,50% do CDI - 50.88607/04/2016 110,80% do CDI 108.895 -07/07/2016 110,80% do CDI 52.970 -20/10/2016 109,50% do CDI 51.192 - Total não circulante 213.057 111.726

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6 Clientes Controladora Consolidado

2014 2013 2014 2013 Clientes nacionais 69.402 84.071 88.203 91.407Clientes estrangeiros 420.761 610.404 432.022 616.686

490.163 694.475 520.225 708.093Provisão para crédito de liquidação duvidosa (921) (1.621) (921) (1.621) Contas a receber, líquido 489.242 692.854 519.304 706.472

Abaixo demonstramos a movimentação da provisão para crédito de liquidação duvidosa: Controladora e Consolidado

2014 2013 Saldo no início do exercício (1.621) (599)Adições (762) (1.484)Baixas 1.462 462 Saldo no final do exercício (921) (1.621)

O período médio de recebimento na venda de produtos foi de 14 dias em 2014 (14 dias em 2013). As contas a receber de partes relacionadas inclusas nos valores acima totalizam R$ 440.623 em 2014 (R$ 636.310 em 2013) e estão apresentadas na nota explicativa nº. 15. O quadro a seguir demonstra os saldos a receber por vencimento: Controladora Consolidado

2014 2013 2014 2013 Créditos a vencer 177.560 123.354 200.019 130.443Créditos em atraso até 30 dias 213.751 293.927 214.616 298.927Créditos em atraso de 31 a 90 dias 73.001 253.077 74.951 254.060Créditos em atraso de 91 a 120 dias 5.640 3.853 7.208 3.985Créditos acima de 120 dias 20.211 20.264 23.431 20.678 490.163 694.475 520.225 708.093

A provisão para créditos de liquidação duvidosa é constituída tendo como base os créditos vencidos há mais de 120 dias, em conjunto com a análise histórica de perda por cliente, e excluídos desses créditos os valores a receber de partes relacionadas.

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7 Estoques Controladora Consolidado

2014 2013 2014 2013 Veículos 85.752 98.525 85.752 98.525Motores 5.652 6.014 5.652 6.014Componentes para fabricação 243.264 295.718 243.264 295.718Peças de reposição 6.119 2.972 82.755 85.771Material de consumo e reposição 60.977 63.049 60.977 63.049(-) Provisão para perdas de estoques (29.698) (35.407) (38.074) (41.597) 372.066 430.871 440.326 507.480

Abaixo demonstramos a movimentação da provisão para perda nos estoques: Controladora Consolidado

2014 2013 2014 2013 Saldo no início do exercício (35.407) (37.217) (41.597) (42.498)Adições (43.895) (27.572) (46.374) (33.424)Baixas 49.604 29.382 49.897 34.325 Saldo no final do exercício (29.698) (35.407) (38.074) (41.597)

A provisão para perdas de estoque é realizada sobre itens sem giro há mais de 360 dias.

8 Impostos a recuperar Controladora Consolidado

2014 2013 2014 2013Circulante Imposto de renda e contribuição social

antecipação e IRRF 73.701 66.005 89.263 81.254 ICMS a recuperar 22.651 13.684 22.644 13.684 IPI a recuperar 6.771 3.650 6.771 3.679 PIS/COFINS a compensar 2.172 6.478 2.173 9.694 Outros impostos 68 68 68 69 105.363 89.885 120.919 108.380Não circulante ICMS a recuperar 81.776 65.569 82.053 65.792 PIS/COFINS a compensar 113 1.483 113 1.483 Outros impostos 2.478 2.477 2.478 2.477

84.367 69.529 84.644 69.752

189.730 159.414 205.563 178.132

Os valores de impostos a recuperar estão sendo recuperados no curso normal dos negócios.

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9 Outros ativos Controladora Consolidado

2014 2013 2014 2013 Adiantamentos a fornecedores 4.625 336 4.626 336Adiantamentos a colaboradores 55.148 62.204 55.857 62.791Sinistros a receber 114 1.097 114 1.097Dividendos a receber (nota explicativa 15) 86.975 39.246 - -Outros 4.676 1.356 6.013 3.275 151.538 104.239 66.610 67.499

10 Investimentos Controladora Consolidado

2014 2013 2014 2013 Renault do Brasil Com. e Participações Ltda. 80.282 63.152 - -Outros investimentos - - 6 6 80.282 63.152 6 6

Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, a Companhia possuía 98,22% de participação no capital social da Renault do Brasil Comércio e Participações Ltda. (“RBCP”), empresa que se dedica à comercialização de peças, acessórios e componentes para veículos. Em 2014 a controlada RBCP distribuiu juros sobre capital próprio e dividendos no montante de R$ 49.720 (R$ 40.042 em 2013) dos quais R$ 885 (R$ 713 em 2013) foram destinados aos acionistas não controladores, conforme determinado em reunião dos sócios quotistas realizada em 29 de abril de 2014. Abaixo segue informações sobre o investimento na RBCP: 2014 2013 Total do ativo 247.738 180.957Total do passivo 166.000 116.661Receita líquida total 475.879 465.741Patrimônio líquido da controlada em 31 de dezembro 81.737 64.296Participação no capital social 98,22% 98,22% Saldo do investimento 80.282 63.152 Lucro do exercício da controlada 67.161 52.336Receita de equivalência patrimonial reconhecida no exercício 65.965 51.405Lucro dos acionistas não controladores 1.195 932

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11 Imobilizado

Taxas % anuais de

depreciação

Controladora Consolidado

2014

CustoDeprec.

acumuladaValor

líquido 2013 2014 2013 Edificações 3,33% 485.183 (175.370) 309.814 305.085 309.814 305.085Instalações 4% a 50% 938.098 (565.251) 372.847 400.308 376.456 404.423Máquinas e equipamentos 3,33% a

50% 1.281.599 (851.989) 429.611 279.722 430.166 280.003Moldes e ferramentas 14% a 50% 1.358.166 (1.062.831) 295.335 324.857 295.335 324.856Equipamentos de informática 25% 52.088 (41.740) 10.347 11.481 10.402 11.554Veículos 25% 117.561 (6.927) 110.634 80.294 110.634 80.294Móveis e utensílios 12% a 17% 24.832 (14.489) 10.343 6.593 10.562 6.855Benfeitorias em imóveis de terceiros

(a) 9.635 (9.187) 448 477 484 518

Sistemas de comunicação 10% 6.218 (5.292) 925 1.262 1.047 1.424Equipamentos e materiais publicitários

10% 37.232 (21.386) 15.846 14.967 15.846 14.968

Adiantamento a fornecedores - 124.465 - 124.465 52.737 124.848 53.120Outros - 5.328 - 5.328 46 5.328 46 4.440.405 (2.754.462) 1.685.943 1.477.829 1.690.922 1.483.146

(a) Amortizadas às taxas que refletem os prazos dos contratos de locação dos imóveis.

Abaixo demonstramos a movimentação do ativo imobilizado:

Controladora Consolidado

2014 2013 2014 2013 Saldo no início do exercício 1.477.829 1.200.364 1.483.146 1.205.982Adições 663.612 650.446 663.964 650.875Baixas (211.775) (148.416) (211.775) (148.469)Depreciação (243.723) (224.565) (244.413) (225.242) Saldo no final do exercício 1.685.943 1.477.829 1.690.922 1.483.146

12 Intangível

Taxas % anuais de

amortização

Controladora Consolidado

2014 2013 2014 2013

Custo Amort.Acum.

ValorLíquido

ValorLíquido

Valor Líquido

ValorLíquido

Softwares 33% 74.551 (67.799) 6.752 4.630 6.752 4.630Propriedade intelectual 20% a 50% 25.286 (7.426) 17.860 5.227 17.860 5.227 99.837 (75.225) 24.612 9.857 24.612 9.857

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Abaixo demonstramos a movimentação do ativo intangível: Controladora Consolidado

2014 2013 2014 2013 Saldo no início do exercício 9.857 12.491 9.857 12.491Adições 20.721 2.544 20.721 2.544Amortização (5.966) (5.178) (5.966) (5.178) Saldo no final do exercício 24.612 9.857 24.612 9.857

13 Fornecedores Controladora Consolidado

2014 2013 2014 2013Nacional Terceiros 786.813 932.379 811.810 954.361 Partes relacionadas (nota 15) 86.388 166.033 81.375 163.246Exterior Terceiros 20.740 28.433 20.739 28.433 Partes relacionadas (nota 15) 344.472 363.170 344.479 363.292

1.238.413 1.490.015 1.258.403 1.509.332

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14 Empréstimos e financiamentos (controladora e consolidado) As modalidades dos empréstimos e suas principais condições são:

2014 2013

Taxa anual de juros Indexador Vencimento

final Circulante

Não

Circulante Circulante Não

Circulante ACC 0,86% a 1,38% Dólar norte-americano 30/10/2015 524.996 - 752.149 - NCE 5,50% a 8,0% Pré-fixado 13/10/2017 1.167 170.000 270.940 - FINIMP 1,13% a 2,36% Dólar norte-americano 16/11/2015 870.000 - 206.144 - CAPITAL DE GIRO (4131) 1,65% a 1,86% Dólar norte-americano 09/11/2015 114.005 - - - BNDES Exim 5,50% a 8% TJLP e/ou pré-fixado 15/04/2016 240.960 200.000 4.318 436.611 BNDES Finem BRL 2,50% a 7,80% TJLP e/ou pré-fixado 15/07/2019 43.165 48.719 37.295 91.583 BNDES Finem Automotiva 5% a 7% TJLP e/ou pré-fixado 15/04/2018 76.108 142.897 57.083 212.930 BNDES Finem USD UMBNDES + 1,8% Dólar norte-americano 15/01/2017 15.219 10.853 11.303 19.131

1.885.620 572.469 1.339.232 760.255

Os contratos com o BNDES possuem cláusulas restritivas com relação aos volumes e prazos para exportação. Em caso de descumprimento dessas cláusulas, o BNDES poderá exercer o direito de solicitar o pagamento antecipado dos empréstimos. A Companhia acompanha mensalmente o atendimento às cláusulas restritivas e em 31 de dezembro de 2014 estava adimplente com as referidas condições contratuais. Esses contratos estão garantidos por cartas de fiança emitidas por bancos classificados como de primeira linha.

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O cronograma para pagamentos dos empréstimos de longo prazo é conforme abaixo:

Ano Valor

2016 454.414 2017 75.332 2018 34.504 2019 8.219

572.469

15 Partes relacionadas

Controladora Consolidado

2014

2013

2014

2013 Renault SAS RBCPOutras empresas

ligadas Total Renault SASOutras empresas

ligadas Total Ativo Aplicações financeiras (a) - - 684.460 684.460 693.117 - 684.460 684.460 693.117 Clientes 117.478 6.325 316.820 440.623 636.310 119.524 326.533 446.057 625.772 Juros sobre capital próprio e dividendos a receber - 86.975 - 86.975 39.246 - - - -

Total do ativo 117.478 93.300 1.001.280 1.212.058 1.368.673 119.524 1.010.993 1.130.517 1.318.889

Passivo Royalties a pagar 62.481 - - 62.481 14.676 62.481 - 62.481 14.676 Adiantamentos de clientes - - - - 4.262 - - - 4.262 Juros sobre capital próprio e dividendos a pagar 2.070 - 519 2.589 2.589 3.737 519 4.256 3.321 Outros - - 1.337 1.337 1.859 - 1.337 1.337 1.859

Sub total 64.551 - 1.856 66.407 23.386 66.218 1.856 68.074 24.118 Fornecedores 306.230 5.873 118.757 430.860 529.203 306.230 119.624 425.854 526.538

Total do passivo 370.781 5.873 120.613 497.267 552.589 372.448 149.185 493.928 550.656

Transações Compras 1.931.726 147 1.159.384 3.091.257 2.692.192 1.931.726 1.160.450 3.092.176 2.985.745 Royalties 174.075 - - 174.075 163.591 174.075 - 174.075 163.591 Juros sobre capital próprio e dividendos - - - - 75.534 10 - 10 75.549 Despesas financeiras - - - - 1.636 1.541 - 1.541 1.636

Total de despesas 2.105.801 147 1.159.384 3.265.332 2.932.953 2.107.352 1.160.450 3.267.802 3.226.521

Vendas e outras receitas 541.396 148.722 1.266.387 1.956.505 3.130.314 542.260 1.285.067 1.827.327 3.002.010 Receitas financeiras - - 75.015 75.015 65.468 - 75.015 75.015 65.468

Total de receitas 541.396 148.722 1.341.402 2.031.520 3.195.782 542.260 1.360.082 1.902.342 3.067.478

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(a) As aplicações financeiras e saldo em conta corrente com partes relacionadas estão assim representadas:

Controladora e Consolidado

2014 2013Empresa Renault Finance 30.450 31.397RCI Banque Brasil 654.010 661.720

684.460 693.117

As principais empresas ligadas com as quais a Companhia mantém relações comerciais são: Renault Argentina, Renault SAS (França), SOFASA (Colômbia), Cormecânica (Chile), Nissan do Brasil e Nissan México. Peças de reposição As peças de reposição importadas pela Companhia junto às empresas relacionadas, Renault S.A. – França e Renault Argentina S.A. são, na sua totalidade, vendidas à controlada Renault do Brasil Comércio e Participações Ltda. Remuneração do pessoal-chave da Administração A remuneração dos diretores e das demais pessoas-chave da Administração é conforme abaixo: Controladora e Consolidado

2014 2013 Remuneração dos administradores 8.698 7.357

A remuneração total é composta por salário, bônus performance e benefícios, considerando as práticas de mercado.

16 Obrigações tributárias Controladora Consolidado

2014 2013 2014 2013Circulante IPI 22.817 36.953 22.817 36.953ICMS 97.474 109.176 111.718 119.552Impostos sobre importação 40.210 36.794 40.210 36.794PIS/COFINS 65.044 82.474 65.755 82.537IRRF e CIDE sobre royalties 18.377 4.988 18.377 4.988ISS 2.897 1.712 3.302 1.966IRRF 22.714 15.660 22.741 15.690

269.533 287.757 284.920 298.480Não circulante Diferimento de CSLL - 5.223 - 5.223ICMS a recolher 350.298 456.800 350.298 456.800Ajuste a valor presente (59.038) (105.473) (59.038) (105.473)

291.260 356.550 291.260 356.550

560.793 644.307 576.180 655.030

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A parcela relativa ao não circulante refere-se substancialmente ao benefício de dilação do prazo para o pagamento do ICMS a recolher. Esse benefício foi concedido pelo Governo do Estado do Paraná a partir de 1997 e estendeu-se até abril de 2006, de acordo com os diversos programas vigentes à época. Esse imposto começou a ser pago em 2011 e possui vencimento final em junho de 2022. Em 2014 foi pago antecipadamente o montante de R$ 110.806, relativo as parcelas dos meses de fevereiro, abril, maio, junho e julho de 2015. Em 2013 não houve pagamentos. O valor do ajuste a valor presente foi calculado com base em taxas de mercado estimadas à época da transação. Em 2014, a realização do ajuste a valor presente gerou uma despesa financeira de R$ 46.435 (R$ 37.384 em 2013), registrada diretamente ao resultado do exercício.

17 Capital social O capital social em 31 de dezembro de 2014 e 2013 é de R$ 1.255.209 e estava representado por ações nominativas sem valor nominal assim distribuídas: Acionistas ON PN Total % Renault SAS 285.438.214.584 136.615.973.268 422.054.187.852 99,85%Fundo de Desenvolvimento Econômico (PR) - 614.821.647 614.821.647 0,15%

285.438.214.584 137.230.794.915 422.669.009.499 100%

18 Reservas

Controladora

2014 2013Reservas: Subvenção para investimentos (nota 18.2) 495.685 495.685Legal (nota 18.3) 33.618 33.618

529.303 529.303

18.1 Dividendos a distribuir

Os dividendos mínimos obrigatórios devidos aos acionistas ordinários são de 5% sobre o lucro líquido ajustado. Os acionistas preferenciais tem direito a dividendos 10% superiores aos distribuídos aos acionistas ordinários. Em virtude do prejuízo apurado no exercício, não haverá distribuição de dividendos (R$ 2.400 distribuídos em 2013).

18.2 Reserva para subvenção de investimentos Em setembro de 2011 a Companhia firmou um protocolo de intenções com o Governo do Estado do Paraná, estabelecendo condições gerais e obrigações mútuas para o desenvolvimento de novos projetos na unidade industrial da Companhia instalada no Paraná.

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O referido protocolo prevê investimentos na ordem de R$ 1.500.000, a serem aplicados pela Companhia na planta localizada no Paraná até 2015, gerando 2.000 empregos diretos. O Estado do Paraná, ciente da relevância que estes investimentos acarretam para a economia paranaense, fundamentada na legislação vigente, fornece total apoio aos projetos da Companhia, permitindo-lhe acesso e fruição a todos os instrumentos de política pública estadual. Todas as obrigações assumidas pela Companhia para os exercícios de 2014 e 2013 foram integralmente atendidas e o Estado reconhece que os instrumentos de política pública estadual objeto do protocolo assinado estão sendo concedidos em contrapartida aos investimentos que serão realizados pela Companhia. Não foi constituída reserva para subvenção de investimentos no patrimônio líquido em 2014 em função da apuração de prejuízo no exercício (R$ 218.196 em 2013).

18.3 Reserva legal A Reserva legal é constituída na proporção de 5% do lucro do exercício e limitada a 20% do capital social. Em 2014 não foi constituída reserva legal em função da apuração de prejuízo no exercício (R$ 11.610 em 2013).

19 Imposto de renda e contribuição social Os valores do imposto de renda e contribuição social que afetaram o resultado do exercício são demonstrados como segue:

19.1 Despesa com imposto de renda e contribuição social

Controladora Consolidado

2014 2013 2014 2013 Lucro antes do imposto de renda e da contribuição social (240.762) 357.238 (204.140) 387.347 Regime tributário de transição conforme Lei 11.941/09 (42.482) 31.034 (42.730) 30.772 Base de cálculo do imposto de renda e da contribuição social (283.244) 388.272 (246.870) 418.119 Alíquota combinada do imposto de renda e da contribuição social 34% 34% 34% 34% Imposto de renda e contribuição social às alíquotas da legislação 96.303 (132.012) (83.936) (142.160) Resultado da equivalência patrimonial 22.428 17.478 - - Adições e exclusões permanentes, líquidas 81.106 (88.275) 79.955 (86.613) Imposto de renda e contribuição social (constituído) e revertido sobre prejuízo fiscal e base negativa de anos anteriores - 59.660 - 58.720 Compensação com prejuízo fiscal - 18.117 - 15.846 Provisão para não realização do IRPJ e CSLL Diferidos Ativos (229.657) - (229.657) - Outros 518 - (1.037) - (29.302) (125.032) (64.729) (154.207) Imposto de renda e contribuição social correntes - (66.160) (24.497) (85.908) Imposto de renda e contribuição social diferidos (29.302) (58.872) (40.232) (68.301)

(29.302) (125.032) (64.729) (154.209)

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19.2 Imposto de renda diferido Detalhamento da composição do imposto de renda e contribuição social diferidos: Controladora Consolidado

2014 2013 2014 2013 Provisões não dedutíveis 278.949 408.264 286.749 416.273 Tributos com exigibilidade suspensa 38.370 38.370 38.370 38.370 Prejuízo fiscal 927.057 711.813 930.820 723.459 Base negativa CSLL 344.257 266.525 345.654 270.760

Imposto de renda diferido ativo 1.588.633 1.424.972 1.601.593 1.448.862 Imposto de renda diferido ativo não registrado (1.520.642) (1.327.679) (1.520.642) (1.327.679)

Parcela do imposto de renda diferido ativo registrado 67.991 97.293 80.951 121.183

Em 31 de dezembro de 2014, a Companhia possuía R$ 3.708.226.464 de prejuízos fiscais e R$ 3.825.075.246 de base de cálculo negativa da contribuição social (R$ 2.847.253 e R$ 2.961.385, respectivamente, em 2013) para compensação com lucros tributáveis futuros. A Administração da Companhia, com base em estudos e projeções de resultados futuros, assim como no histórico recente de geração de lucros tributáveis, decidiu por registrar contabilmente a parcela de impostos sobre a renda diferidos para qual há perspectiva de realização. A Companhia estima que o saldo do imposto de renda diferido ativo contabilizado será realizado substancialmente nos próximos seis anos, conforme demonstrado abaixo: Prazo de realização Controladora 2015 7.739 2016 8.631 2017 9.505 2018 16.162 2019 14.607 2020 11.347

67.991

20 Provisão para riscos Com base na análise individual dos processos judiciais, a Administração da Companhia com base na avaliação efetuada por seus advogados, constituiu provisão para riscos conforme demonstrado abaixo:

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Controladora Consolidado

2014 2013 2014 2013 CPMF (a) 17.514 38.295 17.514 38.295 Regime Automotivo (b) 139.000 123.636 139.000 123.636 IPI (c) 200 3.258 200 3.258 PIS/Cofins (d) 193.684 193.684 193.684 193.684 Outros (e) 38.070 36.926 38.404 37.379

Total de riscos tributários 388.468 395.799 388.802 396.252 Trabalhistas (f) 26.384 19.228 27.087 19.861 Cíveis (g) 46.973 52.916 48.578 54.562 Depósitos judiciais PIS/Cofins e outros (d)

(213.232) (213.232) (213.232) (213.232) Depósitos judiciais CPMF (a) (33.146) (33.146) (33.146) (33.146)

215.447 221.565 218.089 224.297 Depósitos judiciais que não requerem provisão (21.182) (20.069) (21.358) (20.245) As principais provisões podem ser resumidas conforme segue:

(a) CPMF – discussão a respeito da incidência ou não de CPMF sobre operações simbólicas de câmbio na conversão de empréstimos em moeda estrangeira em capital social. Em 2014, parte do valor provisionado foi aceito pela Receita Federal para inclusão no REFIS.

(b) Regime Automotivo – discussão sobre o atendimento à determinadas cláusulas do regime automotivo regulado pelo Decreto-Lei 2072/96 durante o seu período de vigência de 1997 a 2000. Em 2014 o valor da provisão foi incrementado de acordo com o julgamento da Administração diante de novos desdobramentos da ação judicial.

(c) IPI - discussão requerendo exclusão do IPI na composição da base de cálculo do ICMS, na venda de veículos para ex-concessionária de Bauru/SP em razão de responsabilidade solidária.

(d) Pis/Cofins – discussão sobre a exigibilidade da tributação do PIS e da COFINS sobre a parcela do ICMS contida na receita de vendas.

(e) Outros – discussão a respeito de teses jurídicas sobre incidência ou não de tributos em operações realizadas pela Companhia.

(f) Trabalhistas - discussões sobre procedência ou não de verbas trabalhistas reclamadas por empregados próprios e, por responsabilidade subsidiária, quanto a reclamações de empregados de terceiros.

(g) Cíveis - discussão sobre cabimento ou não de indenização em rescisões de contratos com concessionárias e fornecedores. Para consumidores as ações se resumem em reclamações diversas relativas a danos morais e materiais.

As demais discussões administrativas e judiciais de que participam a Companhia e sua controlada, foram avaliadas pelo departamento jurídico interno e consultores externos, que as classificaram como possibilidade de perda possível ou remota, razão pela qual não foi constituída provisão para riscos das mesmas. As contingências avaliadas com probabilidade de perda como possível totalizaram R$ 13.945 (R$ 58.837 em 2013). Essas contingências referem-se a diversas ações de natureza cível e trabalhista. A movimentação da provisão para riscos durante o exercício, líquido dos respectivos depósitos judiciais, pode ser resumida conforme segue:

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Controladora Consolidado

2014 2013 2014 2013 Saldo Inicial 221.565 212.269 224.297 214.881 Adições 23.664 9.296 23.664 9.416 Baixas (29.782) - (29.872) -

Saldo Final 215.447 221.565 218.089 224.297

21 Instrumentos financeiros A Companhia e sua controlada mantêm operações com instrumentos financeiros. A Administração desses instrumentos é efetuada por meio de estratégias operacionais e controles internos visando assegurar liquidez, rentabilidade e segurança. A contratação de instrumentos financeiros com o objetivo de proteção é feita por meio de uma análise periódica da exposição ao risco que a Administração pretende cobrir (câmbio, taxa de juros, etc.). O controle consiste no acompanhamento permanente das condições contratadas versus as condições vigentes no mercado. A Companhia e sua controlada não efetuam aplicações de caráter especulativo em derivativos ou quaisquer outros ativos de risco. Os valores de realização estimados de ativos e passivos financeiros da Companhia e sua controlada foram determinados por meio de informações disponíveis no mercado e metodologias apropriadas de avaliações. Todavia, as estimativas efetuadas não indicam, necessariamente, os montantes que poderão ser realizados no mercado de troca corrente. Os derivativos são reconhecidos inicialmente pelo seu valor justo e os respectivos custos de transação são reconhecidos no resultado quando incorridos. Classificação dos instrumentos financeiros Controladora Consolidado

Classificação 2014 2013 2014 2013Ativo Caixa e equivalentes de

caixa Empréstimos e

recebíveis 3.019.620 3.468.802 3.120.837 3.487.572 Contas a receber de

clientes Empréstimos e

recebíveis 489.242 692.854 519.304 706.472 Aplicações financeiras de

curto prazo Mantido até o vencimento 125.144 249.451 125.144 249.451

Aplicações financeiras de longo prazo

Mantido até o vencimento 213.057 111.726 213.057 111.726

Passivo Empréstimos e

financiamentos Custo amortizado 2.458.089 2.099.487 2.458.089 2.099.487 Fornecedores Custo amortizado 1.238.413 1.490.015 1.258.403 1.509.333 ICMS a recolher (nota 16) Custo amortizado 291.260 356.550 291.260 356.550 A Administração revisou os ativos financeiros da Companhia em conformidade com a manutenção do capital e as exigências de liquidez e confirmou a intenção e a capacidade da Companhia manter os ativos classificados como “mantidos até a data de vencimento” até a data de seu efetivo vencimento. O valor contábil desses ativos financeiros é de R$ 338.201 em 2014 (R$ 361.177 em 2013). Os detalhes a respeito desses ativos estão descritos na nota explicativa nº. 5.

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Os principais riscos aos quais a Companhia e sua controlada estão expostas na condução das suas atividades são:

(a) Risco de crédito: As contas a receber são representadas, em grande parte por saldos com empresas relacionadas, para as quais a Administração não espera enfrentar dificuldades de realização.

(b) Risco de taxa de câmbio: A Companhia e sua controlada possuem obrigações e direitos indexados em moeda estrangeira, principalmente referentes às transações com partes relacionadas divulgadas na nota explicativa nº. 15.

(c) Valor de mercado dos instrumentos derivativos: A avaliação a valor de mercado dos instrumentos financeiros derivativos é efetuada pela tesouraria da Companhia com base nas informações de cada operação contratada e suas respectivas informações de mercado nas datas de encerramento das demonstrações financeiras, tais como taxa de juros e dólar futuro. Tais informações são comparadas com as posições informadas pelas mesas de operação de cada instituição financeira envolvida.

(d) Risco de taxa de juros: A Companhia está exposta a riscos relacionados a taxas de juros em função de empréstimos contratados vinculados, principalmente ao CDI, TJLP e taxas pré-fixadas, por outro lado, a Companhia possui aplicações financeiras vinculadas a derivativos de proteção contratados sob as mesmas taxas de juros, para cobrir tal exposição.

A Companhia detém instrumentos financeiros derivativos para proteger riscos relativos à taxa de juros e variação cambial. Todos os instrumentos financeiros derivativos detidos em 31 de dezembro de 2014 e 2013 foram celebrados em mercado balcão, com contrapartes de instituições financeiras de grande porte. Os instrumentos financeiros derivativos são apresentados no balanço patrimonial pelo seu valor justo, em conta de ativo ou passivo, respectivamente. Os instrumentos derivativos são classificados como “valor justo por meio do resultado”. As variações do valor justo dos derivativos são reconhecidas como receita ou despesa financeira no mesmo período em que ocorrem. Não houve mudança na exposição da Companhia e sua controlada aos riscos de mercado ou na maneira pela qual a Companhia administra e mensura esses riscos.

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Os valores justos de mercado dos instrumentos financeiros derivativos em aberto em 31 de dezembro de 2014 e de 2013 são conforme abaixo: Controladora e Consolidado

Valor de referência Valor justo a receber (a pagar)

Indexador 2014 2014 2013 2014 2013

Swap Parte ativa Parte passiva Valor de mercado Valor de

curva Valor de mercado

Valor de curva

Valor de mercado

Valor de curva

Valor de mercado

Valor de curva

Ativo Dólar norte-americano + Taxa Fixa a.a. % do CDI 1.610.176 1.528.260 965.912 965.855 (106.971) (111.755) (2.804) (7.517)

Passivo % do CDI Dólar norte-americano + Taxa Fixa a.a. (1.520.910) (1.521.031) - - 89.266 77.229 - -

89.266 7.229 965.912 965.855 (17.705) (34.526) (2.804) (7.517)

Gestão de risco de taxa de câmbio A Companhia e sua controlada realizam transações em moeda estrangeira; consequentemente estão expostas às variações nas taxas de câmbio. As exposições aos riscos de taxa de câmbio são administradas de acordo com os parâmetros estabelecidos pelas estratégias aprovadas por meio da utilização de contratos de swap cambial. Os valores contábeis dos ativos e passivos monetários em moeda estrangeira expostos a riscos de variação cambial pertencentes a Companhia e sua controlada no final do período de relatório são apresentados a seguir :

Controladora e Consolidado

Passivo Ativo

2014 2013 2014 2013 Dólar norte-americano 284.789 172.307 380.090 238.879 Euros 73.836 4.992 51.338 27.687

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Análise de sensibilidade de moeda estrangeira A Companhia e sua controlada estão expostas principalmente á variação cambial do euro e do dólar norte-americano. A tabela a seguir detalha a sensibilidade da Companhia e sua controlada ao aumento e à redução de 10% no Real em relação a essas moedas estrangeiras. 10% é a taxa de sensibilidade utilizada para apresentar internamente os riscos de moeda estrangeira ao pessoal-chave da Administração e corresponde à avaliação da Administração das possíveis mudanças nas taxas de câmbio. A análise de sensibilidade inclui somente itens monetários em aberto e em moeda estrangeira e ajusta sua conversão no final do exercício para uma mudança de 10% nas taxas de câmbio. Os valores apresentados a seguir, representam um aumento ou uma diminuição no resultado e no patrimônio líquido quando houver uma valorização ou desvalorização de 10% do real em relação à moeda em questão.

Controladora e Consolidado

2014 2013

Impacto do EuroImpacto do dólar norte-americano Impacto do Euro

Impacto do dólar norte-americano

Resultado 2.250 9.530 2.270 6.448

A Administração entende que a análise de sensibilidade não é representativa do risco de câmbio inerente a essas operações, uma vez que a exposição no fim do exercício não reflete a exposição durante o exercício. Índice de endividamento Controladora Consolidado

2014 2013 2014 2013 Dívida bruta (a) (4.078.683) (3.940.829) (4.098.673) (3.960.147) Caixa e equivalentes de caixa (b) 3.019.620 3.468.802 3.120.837 3.487.572 Aplicações financeiras (c) 338.201 361.177 338.201 361.177

(720.862) (110.850) (639.635) (111.398) Patrimônio líquido 1.514.448 1.784.512 1.515.903 1.785.657 Endividamento líquido 47,60% 6,21% 42,19% 6,24%

(a) A dívida está definida pelas obrigações com fornecedores e adiantamentos de clientes, empréstimos e financiamentos de curto e longo prazo e ICMS a pagar de longo prazo.

(b) Disponibilidade em tesouraria, depósitos em bancos e aplicações de liquidez imediata.

(c) Aplicações financeiras de curto e longo prazo.

Valor justo dos instrumentos financeiros O valor justo dos ativos e passivos financeiros é definido como o valor pelo qual o instrumento poderia ser trocado em uma transação corrente entre partes dispostas a negociar, e não em uma venda ou liquidação forçada.

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A tabela a seguir fornece uma análise dos instrumentos financeiros que são mensurados pelo valor justo após o reconhecimento inicial, agrupados nos Níveis 1 a 3 com base no grau observável do valor justo:

• Mensurações de valor justo de Nível 1 são obtidas de preços cotados (não ajustados) em mercados ativos ou passivos idênticos.

• Mensurações de valor justo de Nível 2 são obtidas por meio de outras variáveis além dos preços cotados incluídos no Nível 1, que são observáveis para o ativo ou passivo diretamente (ou seja, como preços) ou indiretamente (ou seja, com base em preços);

• Mensurações de valor justo de Nível 3 são obtidas por meio de técnicas de avaliação que incluem variáveis para o ativo ou passivo, mas que não têm base os dados observáveis de mercado.

Controladora Consolidado

Nível

2014

2013

2014

2013 Ativos financeiros

Mantidos até a data de vencimento

- Aplicações financeiras (a) 338.201 361.177 338.201 361.177

Empréstimos e recebíveis - Caixa e equivalentes de caixa (a) 3.019.620 3.468.802 3.120.837 3.487.572 - Contas a receber (a) 489.242 692.854 519.304 706.472

Passivos financeiros Valor justo através do resultado

- Instrumentos financeiros 2 89.266 (2.804) 89.266 (2.804)

Custo amortizado - Empréstimos e financiamentos (a) 2.458.089 2.099.487 2.458.089 2.099,487 - Fornecedores (a) 1.238.413 1.490.015 1.258.403 1.509.332 - ICMS a recolher (nota 16) (a) 291.260 356.550 291.260 356.550

(a) Os ativos financeiros não derivativos caixa e equivalentes de caixa, contas a receber de clientes, aplicações

financeiras tem valores contábeis que se aproximam de seus valores de mercado. Os passivos financeiros não derivativos empréstimos e financiamentos, fornecedores, ICMS a recolher, obrigações com partes relacionadas e outras contas a pagar, tem valores contábeis que se aproximam com os seus valores de mercado.

Durante o período não houve nenhuma transferência entre os níveis.

22 Plano de previdência privada O plano de previdência privada da Companhia é administrado pela Multipensions Bradesco – Fundo Multipatrocinado de Previdência Privada (Fundo), entidade constituída sob a forma de Companhia Civil, sem fins lucrativos, com autonomia administrativa, patrimonial e financeira, com personalidade jurídica de direito privado distinta de suas patrocinadoras. O Fundo tem como objeto a administração e execução de planos de benefícios de caráter previdenciário, complementares ao regime geral de previdência social, conforme estabelecido no Regulamento do plano de benefícios, na forma da legislação vigente.

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Os recursos necessários à consecução dos objetivos do Fundo provêm, portanto, de contribuições das patrocinadoras e dos participantes, bem como, dos rendimentos resultantes da aplicação desses recursos em investimentos, de acordo com normas estabelecidas pelas autoridades competentes. As contribuições ao plano pela Companhia e sua controlada em 2013 representaram cerca de 0,31% da folha de pagamento (0,30% em 2013), totalizando R$ 2.304 e R$ 50 respectivamente (R$ 2.283 e R$ 45, respectivamente, em 2013).

23 Participação nos resultados O Plano de participação nos resultados adotado pela Companhia estabelece a seguinte forma de distribuição:

• Bônus Performance: é aplicado para supervisores, gerentes e diretores e é calculado de acordo com o alcance de objetivos coletivos e individuais.

• Participação nos resultados (PPR): é aplicado aos demais colaboradores e é definido anualmente através de acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de Curitiba e é baseado em indicadores de qualidade, volumes e market share.

Os valores provisionados para pagamento de bônus performance e PPR em 31 de dezembro de 2014 e 2013 estão assim representados:

Controladora Consolidado

2014 2013 2014 2013 Bônus Performance 9.411 9.027 9.623 9.206PPR 160.656 109.151 162.125 110.158

170.067 118.178 171.748 119.364

Os gastos com participação nos resultados foram contabilizados como despesas e custos com pessoal e estão provisionados na rubrica de Obrigações sociais e previdenciárias.

24 Receita líquida de vendas Controladora Consolidado

2014 2013 2014 2013 Receita bruta de vendas: Mercado interno 10.928.563 11.777.360 11.368.152 12.164.065Mercado externo 918.601 2.218.534 948.480 2.248.133Prestação de serviços 226.609 271.894 233.224 288.765

12.073.773 14.267.788 12.549.856 14.700.963 Impostos incidentes sobre vendas e outras deduções (3.415.759) (3.375.070) (3.565.827) (3.511.337)

Receita líquida de vendas 8.658.014 10.892.718 8.984.029 11.189.626

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25 Demonstração dos custos e despesas por natureza Controladora Consolidado

2014 2013 2014 2013 Matérias-primas e materiais de consumo utilizados (5.641.450) (7.096.096) (5.776.506) (7.200.502)Despesas de depreciação e amortização (135.709) (120.565) (136.399) (121.295)Despesas com empregados (759.666) (757.099) (767.297) (766.253)Despesas com aluguéis e estrutura (60.479) (66.931) (72.080) (82.093)Despesas com manutenção e prestação de serviço (218.886) (256.982) (222.088) (259.660)Despesas com transporte (451.272) (605.718) (480.731) (642.128)Despesas comerciais (1.165.916) (1.349.899) (1.196.424) (1.383.591)Impostos, taxas e encargos (294.099) (277.471) (294.208) (277.552)Despesas com viagens (17.615) (14.309) (18.049) (14.567)Seguros e garantias (121.335) (95.134) (121.335) (95.134)Outros custos e despesas (136.582) (89.296) (150.353) (102.578)Custo de transformação de veículos (63.458) (56.383) (63.458) (56.383)Despesas com royalties (189.341) (168.057) (189.341) (168.057)Despesas com honorários profissionais (9.910) (8.179) (9.839) (8.596)Outras despesas/receitas operacionais 365.418 342.037 370.731 341.970

(8.900.300) (10.620.082) (9.127.377) (10.836.419) Custo dos produtos vendidos (7.471.776) (9.012.907) (7.636.292) (9.153.723)Receitas (despesas) operacionais (1.362.559) (1.555.770) (1.491.085) (1.682.696)

26 Outras receitas operacionais Controladora Consolidado

2014 2013 2014 2013 Subvenção para investimentos 206.236 210.089 206.236 210.089Inovar Auto 77.952 49.433 77.952 49.433Plano de incentivo financeiro – PIF (a) (60.493) - (60.493) (488)Resultado na venda de ativo imobilizado 80.491 28.680 80.491 28.627Outras 61.232 53.835 66.545 54.669

Total receitas operacionais 365.418 342.037 370.731 341.970

(a) Visando adequar o volume de produção às condições de mercado, a Companhia adotou em 2014

um Plano de incentivo financeiro para demissões voluntárias - PIF. Essa medida gerou uma despesa adicional no valor de R$ 60.493.

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27 Resultado financeiro Controladora Consolidado

2014 2013 2014 2013Receitas financeiras Rendimento de aplicações financeiras 187.995 204.572 190.580 204.752 Receitas com atualização monetária 744 1.570 744 1.570 Resultado em operações de derivativos 73.644 413 73.644 413 Outras receitas 73 157 139 157 Total receitas financeiras

262.456 206.712

265.107 206.892

Despesas financeira Realização do ajuste a valor presente (46.435) (37.384) (46.435) (37.384) Juros sobre empréstimos (82.317) (105.591) (82.317) (105.591) Despesas com atualização monetária - (10.798) (87) (10.825) Comissões fianças bancárias (6.783) (6.029) (6.783) (6.029) Despesas com multas (1.643) (2.606) (1.696) (2.784) Despesas com juros de mora (40.183) (16.873) (40.234) (17.126) Outras despesas financeiras (2.903) (2.821) (2.927) (2.831)

Total despesas financeiras (180.264) (182.102) (180.479) (182.570) Variação cambial líquida (146.633) 8.587 (145.420) 9.818 Total resultado financeiro (64.441) 33.197 (60.792) 34.140

28 Transações que não envolvem caixa A Companhia efetuou aquisições de imobilizado à prazo no montante de R$ 84.756 em 2014 (R$ 97.967 em 2013), que não envolve caixa e, portanto não estão refletidas na demonstração dos fluxos de caixa.

29 Cobertura de seguros As apólices de seguros mantidas pela Companhia são renovadas anualmente, conforme detalhado abaixo:

(i) Riscos nomeados, com cobertura contra os riscos de incêndio, raio, explosão, danos elétricos, fenômenos da natureza, derrames de “sprinklers”, tumultos e outros para os prédios, instalações, equipamentos, máquinas, móveis, utensílios, mercadorias e matérias primas em estoque, objetos, tendo, conforme apólice, valor em risco de R$ 3.873.000, franquia de R$ 12.910 e limite máximo indenizável de R$ 3.873.000 (R$ 3.873.000, R$ 12.910 e R$ 3.873.000 respectivamente em 2013).

(ii) All Risks com cobertura integral ao estoque de produtos acabados com limite máximo indenizável de R$ 60.855 (R$ 60.855 em 2013).

30 Compromissos Em maio de 2013 a Companhia aderiu ao Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica e Adensamento da Cadeia Produtiva de Veículos Automotores (Inovar-Auto). Esse programa é uma medida adotada pelo Governo Federal com o objetivo de estimular o investimento na indústria automobilística nacional e prevê um desconto de até 30 pontos porcentuais no IPI para

Page 39: Demonstrações financeiras referentes ao exercício findo em ... · Juros e variação cambial não realizada 71.021154.594 154.594 70.711 . Demonstrações financeiras referentes

Renault do Brasil S.A. e Controlada

Demonstrações financeiras referentes ao exercício findo em

31 de dezembro de 2014

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automóveis produzidos e vendidos no País. Em 31 de dezembro de 2014 a companhia encontra-se em pleno cumprimento aos compromissos assumidos perante o Programa.

31 Eventos subsequentes Visando adequar sua capacidade de produção à realidade do mercado automotivo previsto para o ano, a Companhia lançou, em janeiro de 2015, um Plano de Demissão Voluntária – PDV. A despesa estimada com a adoção do referido plano é de R$ 45.000 e não se encontra registrada nas demonstrações contábeis relativas ao exercício findo em 31 de dezembro de 2014, considerando as práticas contábeis adotadas no Brasil.

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