como orientar os alunos com dificuldades na leitura

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Como orientar os alunos com dificuldades na leitura As diversas dificuldades na prática da leitura. A dificuldade em realizar a leitura é tida como um dos maiores obstáculos enfrentados pelos alunos. Preocupados com essa questão, vários educadores estão em busca de o melhor caminho a seguir, contribuindo para um melhor desenvolvimento da leitura. Segundo pesquisas, as escolas estaduais apresentam maior índice em relação à dificuldade com a leitura, porém, vale ressaltar que acontece em todas as instituições de ensino independente do segmento (público ou particular). É de suma importância para lidar com esta situação, enquanto educadores, ter a consciência de que as dificuldades apresentadas na leitura estão intensamente ligadas ao desenvolvimento das habilidades na escrita provenientes de alterações ou erros de sintaxe, estruturação, organização de parágrafos, pontuação, bem como todos os elementos necessários para a composição do texto. Partindo desse pressuposto, segue algumas sugestões de estratégias a serem aplicadas de forma que venha facilitar o desempenho no processo de leitura que os alunos apresentam em sala de aula: • Procure fazer um momento de divisão para leitura, sendo que durante a aula metade do tempo seja dedicado à leitura prazerosa, onde cada um lê o que é de seu interesse, e a outra parte seja voltada para a prática da leitura voltada para o desenvolvimento de conteúdos; • A escola pode promover campanhas de incentivo à leitura, estimulando os alunos a lerem. Por exemplo: gibis como forma de leitura e entretenimento; • Trabalhar na análise e decomposição de frases escolhendo palavras segmentando-as em sílabas e fonemas, intervindo na memória, passando de memorização à memória de longo prazo. Vale ressaltar

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Page 1: Como orientar os alunos com dificuldades na leitura

Como orientar os alunos com dificuldades na leitura

As diversas dificuldades na prática da leitura.

A dificuldade em realizar a leitura é tida como um dos maiores obstáculos enfrentados pelos alunos. Preocupados com essa questão, vários educadores estão em busca de o melhor caminho a seguir, contribuindo para um melhor desenvolvimento da leitura.

Segundo pesquisas, as escolas estaduais apresentam maior índice em relação à dificuldade com a leitura, porém, vale ressaltar que acontece em todas as instituições de ensino independente do segmento (público ou particular).

É de suma importância para lidar com esta situação, enquanto educadores, ter a consciência de que as dificuldades apresentadas na leitura estão intensamente ligadas ao desenvolvimento das habilidades na escrita provenientes de alterações ou erros de sintaxe, estruturação, organização de parágrafos, pontuação, bem como todos os elementos necessários para a composição do texto.

Partindo desse pressuposto, segue algumas sugestões de estratégias a serem aplicadas de forma que venha facilitar o desempenho no processo de leitura que os alunos apresentam em sala de aula:

• Procure fazer um momento de divisão para leitura, sendo que durante a aula metade do tempo seja dedicado à leitura prazerosa, onde cada um lê o que é de seu interesse, e a outra parte seja voltada para a prática da leitura voltada para o desenvolvimento de conteúdos;

• A escola pode promover campanhas de incentivo à leitura, estimulando os alunos a lerem. Por exemplo: gibis como forma de leitura e entretenimento;

• Trabalhar na análise e decomposição de frases escolhendo palavras segmentando-as em sílabas e fonemas, intervindo na memória, passando de memorização à memória de longo prazo. Vale ressaltar que não deve ser realizada de forma mecânica ou descontextualizada, por exemplo, f e v são vagos quando isolados, mas quando proposto em palavras (faca ou vaca) já permitem um maior entendimento, o que facilita a aprendizagem;

Segundo Duke e Pearson (2002) existem seis tipos de estratégias de leitura consideradas relevantes, baseadas em pesquisas tidas como auxiliares no processo de leitura. São as seguintes:

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• Predição: trata-se de antecipar, prever fatos ou conteúdos do texto, utilizando o conhecimento existente para facilitar a compreensão.

• Pensar em voz alta: o leitor verbaliza seu pensamento enquanto lê.

• Estrutura do texto: analisar a estrutura do texto, auxiliando os alunos a aprenderem a usar as características dos textos, como cenário, problema, meta, ação, resultados, resolução e tema, como um procedimento auxiliar para compreensão e recordação do conteúdo lido.

• Representação visual do texto: auxilia leitores a entenderem, organizarem e lembrarem algumas das muitas palavras lidas quando formam uma imagem mental do conteúdo.

• Resumo: tal atividade facilita a compreensão global do texto, pois implica na seleção e destaque das informações mais relevantes contidas no texto.

• Questionamento: auxilia no entendimento do conteúdo da leitura, uma vez que permite ao leitor refletir sobre o mesmo. Pesquisas indicam também que a compreensão global da leitura é melhor quando alunos aprendem a elaborar questões sobre o texto.

Vale ressaltar que, tanto no desenvolvimento da leitura quanto da escrita, pais e professores são mediadores indispensáveis no processo de aprendizagem, prevenindo e intermediando através da correção quando necessária e com cautela.

Fonte: www.educador.brasilescola.com

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Boquinhas: método fonovisuoarticulatório na aprendizagem da leitura e escrita

O Método Fonovisuoarticulatório, carinhosamente apelidado de Método das Boquinhas,

utiliza-se além das estratégias fônicas (fonema/som) e visuais (grafema/letra), as

articulatórias (articulema/Boquinhas). Seu desenvolvimento foi alicerçado na

Fonoaudiologia, em parceria com a Pedagogia, que o sustenta, sendo indicado para

alfabetizar quaisquer crianças e reabilitar os distúrbios da leitura e escrita. Parte das

reflexões deste método foi proporcionada pelo contato com o “Programa de Mejoramiento

de la Calidad y Equidad de la Educación” (MECE) – “Programa das 900 Escolas”,

desenvolvido no Chile desde 1990, indicado pela UNESCO e estendido a outros países

(Guttman, 1993). Sua fundamentação encontra-se também nos estudos de Dewey (1938),

Vygotsky (1984, 1989), Ferreiro (1986), Watson (1994), entre outros, cujas idéias são

resumidas numa percepção holística frente à alfabetização, tendo a visão da linguagem,

como ponto focal da aprendizagem.

O ponto de partida do ser humano na aquisição de conhecimento reside na boca, que

produz sons – fonemas, que são transformados em fala, meio de comunicação inerente ao

ser humano. Para aquisição da leitura e escrita é necessário que os fonemas sejam

decodificados/codificados em letras (grafemas), como é feito no processo fônico,

trabalhando diretamente nas habilidades de análise fonológicas (Dominguez, 1994) e

consciência fonológica e fonêmica (Capovilla e Capovilla, 2002; Santos e Navas, 2002),

fator primordial e sine qua non no processo de alfabetização (Cardoso-Martins et al.,

2005). Esse processo, bastante abstrato, deve ser favorecido por meio de intervenção

pedagógica, mas por vezes torna-se incompreensível e dificultoso para alguns

aprendentes.

Assim, é acrescentado os pontos de articulação de cada letra ao ser pronunciada

isoladamente (articulemas, ou boquinhas), baseados nos princípios da Fonologia

Articulatória – FAR, que preconiza a unidade fonético-fonológica, por excelência, o gesto

articulatório (Browman e Goldstein, 1986; 1990; Albano, 2001), favorecendo a

compreensão do processo de decodificação, por mecanismos concretos e sinestésicos,

isto é, com bases sensoriais. Desta forma, a aquisição da leitura e escrita passaria a ser

acessível a quaisquer tipos de aprendentes, de maneira simples e segura, pois bastaria

uma única ferramenta de trabalho – a boca.

Mas não se trata somente de um método cinestésico, em que a chave da aprendizagem

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reside no movimento, como descrito por Fernald (1943), que usa o traçado das letras

aliado aos sons, enfatizando a memória da sequência visual, nem somente um método

fônico como os descritos por Hegge, Kirk e Kirk (1936) como fono-grafo-vocal ou o ITA

(Initial Teaching Alphabet) (Pittman, 1963), ou o VAK (visual-auditivo-cinestésico),

apresentado por Gilingham e Stillman (1973), em que há a associação do som ao nome

das letras, usado em programas de educação especial, principalmente para surdos.

A proposta do Método das Boquinhas aproximou-se da posição teórica rotulada por

distintos autores como "construtivismo" (Bednar et al., 1993), Coll et al. (1990; 1993),

Ferreiro (1986), enquanto define a aprendizagem como um processo ativo no qual o

significado se desenvolve sobre a base da experiência - que aqui se apresenta como a

consciência fonoarticulatória, uma ferramenta segura e concreta para o aprendizado da

leitura e escrita -, e o aluno construiria uma representação interna do conhecimento e

estaria aberto à troca, uma vez que todos aprenderiam pela mesma ferramenta, ou seja, a

boca.

A partir dos passos iniciais da aquisição da leitura e escrita – fator indispensável à

continuidade escolar e regulador de sucesso e manutenção da autoestima, o Método das

Boquinhas estimula a criança a usar, lidar e pensar a língua escrita a partir da boca. Esse

mecanismo a auxiliará, futuramente, a desenvolver um automonitoramento e outras

destrezas metacognitivas importantes para construir textos significativos, interpretá-los,

identificar a informação mais importante, sintetizar e gerar perguntas (Cooper, 1993). Mas

essas aquisições só serão possíveis, a partir da alfabetização, que confere ao indivíduo

igualdade e condições de adaptação ao seu meio.

Os primórdios desse trabalho foram publicados em artigos científicos e apresentados em

Congressos de Fonoaudiologia e Psicopedagogia (Jardini e Vergara, 1997; Jardini e

Souza, 2002). Atualmente a obra Boquinhas conta com sete livros publicados, sendo os

dois iniciais, Fundamentação Teórica (Jardini, 2003, em processo de atualização) e

Caderno de Exercícios (Jardini, 2008), específico para sanar as trocas de letras e melhorar

a qualidade da leitura; indicado para crianças e adultos já alfabetizados. Um livro de

estudos clínicos, Passo a Passo (Jardini, 2004, 2009), propõe reflexão, análise e

tratamento de casos que apresentam dificuldades e distúrbios de leitura e escrita.

Boquinhas na Educação Infantil

Page 6: Como orientar os alunos com dificuldades na leitura

  A proposta dos livros Boquinhas na Educação Infantil(Jardini e

Gomes, 2007) é trabalhar com a aquisição da leitura e escrita, em estágios iniciais desse

desenvolvimento, com crianças de 4 a 6 anos, propiciando um trabalho preventivo de

aquisição da linguagem. É fundamental que o educador conheça de maneira simples e

prática os sons da fala (fonemas) e suas respectivas Boquinhas (articulemas), bem como

os processos de consciência fonológica, fonêmica, processamento auditivo e visual,

coordenação visuomotora, orientação visuoespacial e desenvolvimento cognitivo, para que

possa promover com segurança o início do aprendizado da leitura e escrita e, porventura,

lidar de maneira pedagógica, com seus desequilíbrios. Essa abordagem tem contribuído

de maneira significativa para que a saúde (incluindo fala, voz e linguagem geral) dos

alunos e educadores se mantenha, sendo observada por melhorias na autoestima e

qualidade de vida, evitando-se desta forma, o excesso de encaminhamentos às clínicas de

aprendizagem, ou seja, a patologização do ensino (Collares e Moysés, 1992;1993).

Alfabetização com Boquinhas

 A proposta dos livros Alfabetização com Boquinhas (aluno e

professor) (Jardini e Gomes, 2008), oferece aos educadores condições de formalizar o

processo de aquisição da leitura e escrita a partir de pressupostos da fala, tornando a

alfabetização simples e possível em curto espaço de tempo. São abordados todos os

aspectos da leitura, bem como produção e interpretação de textos. Nesses volumes, o

educador encontrará atividades e exercícios para o trabalho pedagógico com qualquer tipo

de crianças e adultos, visando à aquisição da leitura e escrita.

Page 7: Como orientar os alunos com dificuldades na leitura

Recentemente foram lançados Jogos de Boquinhas (Jardini, 2008, 2009), contendo 13

jogos, como material de apoio aos livros, para utilização em salas de aula, consultórios

e/ou domiciliar.

 

Fonte: www.metododasboquinhas.com.br 

Transtornos de aprendizagem: O papel do Fonoaudiólogo na escolaA principal dificuldade no diagnóstico precoce dos transtornos de aprendizagem – uma dificuldade que atrapalha na alfabetização – está justamente na identificação. O que pode ser uma dislexia ou alguma outra condição física ou mental é facilmente confundida com preguiça, falta de atenção. Por estarem dia a dia com as crianças, os professores geralmente são os que primeiro percebem que algo está errado.

“Crianças que apresentam alterações de fala

têm, no geral, mais dificuldades de comportamento, tais como hiperatividade e problemas de

conduta”, explica a fonoaudióloga Irene Marchesan, presidente da Sociedade Brasileira de

Fonoaudiologia. “As alterações de fala e de linguagem estão relacionadas aos problemas de

alfabetização, às habilidades em leitura e escrita, à capacidade de soletração, dentre outras

habilidades escolares. Além dos efeitos negativos sobre a alfabetização, as alterações de fala e

linguagem podem trazer prejuízos a aspectos educacionais gerais e até mesmo ocupacionais”,

completa.

Mas para que percebam estas alterações é preciso haver informação ao professor. E é aí que

entra o papel do fonoaudiólogo nas escolas. “Nosso trabalho tem se expandido e voltado para

as questões educacionais e não apenas dentro dos processos de aquisição e leitura e escrita ou

Page 8: Como orientar os alunos com dificuldades na leitura

métodos mais facilitadores no ambito clínico, mas no sentido de desenvolver programas

pedagógicos. O fonoaudiólogo pode trabalhar em conjunto com o professor de forma que

possa proporcionar resultados melhores”, diz o fonoaudiólogo Jaime Zorzi, especialista em

crianças com dificuldade de aprendizado e autor de um livro sobre a dislexia e outros tipos de

transtornos relacionados com a dificuldades de aprendizado.

Segundo a fonoaudióloga e psicopedagoga Telma Pantâno, é comum encontrar nas escolas

dificuldades de inclusão devido ao desconhecimento dos processos cognitivos e linguísticos

que envolvem estas patologias. “Este suporte, orientação e planejamento educacional pode

ser discutido e integrado conjuntamente com a atuação fonoaudiológica”, destaca.

Fonoaudiologia educacional

Zorzi explica que a fonoaudiologia educacional é uma especialidade nova dentro da

fonoaudiologia voltada para as questões do ensino e da aprendizagem. “Tentar compreender o

aluno, por que não aprende, com foco no professor para que ele tenha uma condição mais

propícia na hora de ensinar.

Eles expicam que atualmente o papel do fonoaudiólogo no âmbito escolar envolve aspectos

preventivos e intervenções com a equipe pedagógica visando o desenvolvimento das

habilidades relacionadas a linguagem oral e escrita e, sobretudo, o desenvolvimento de

aspectos cognitivos, linguísticos e metalinguísticos necessários para esse desenvolvimento. É

importante enfatizar os conhecimentos mais atuais que as neurociências tem contribuído para

essas aquisições e a visão clara das diferenças entre desenvolvimento e aprendizagem dessas

funções no contexto educacional.

Leia mais: http://www.oqueeutenho.com.br/23301/transtornos-de-aprendizagem-o-papel-do-

fonoaudiologo-na-escola.html#ixzz20X1a4xJH

Page 9: Como orientar os alunos com dificuldades na leitura

ATIVIDADES PARA: dispraxia, discalculia, dislexia e disgrafia (letra feia)

Atividades para Dispraxia

Estas actividades servem para melhorar o equilíbrio e a coordenação, mas também o

processamento visual, a distância e a velocidade, a lógica e sequência, ajudando

assim nas dificuldades sentidas pelos dispráxicos.

Estes exemplos são simples de seguir, no entanto algumas crianças enfrentarão

algumas dificuldades na sua realização. Nadar ou andar de bicicleta são

complementos muito bons.

Estes exercícios deverão ser realizados durante 15 a 20 minutos por dia:

Balançar

Ficar de pé só numa perna, que inicialmente deverá ser a dominante e só depois

passar para a outra. Enquanto fica de pé contar quanto tempo a criança aguenta esta

posição, ficando de olhos abertos. De seguida fazer o mesmo exercício, mas de olhos

fechados. A criança poderá sentir alguma dificuldade ao fazer o exercício com os

olhos fechados.

Saltar

Começando novamente com a perna dominante contar quantas vezes a criança

consegue saltar. Quando eventualemnte a criança perder o equilíbrio troque de perna.

No início a criança irá saltar por todo o lado, mas com o tempo permanecerá mais ou

menos na mesma área.

Page 10: Como orientar os alunos com dificuldades na leitura

Habilidades com a Bola

Utilizar bolas de diferentes tamanhos para praticar atirar e apanhar. Inicialmente

distancie-se pouco da criança e pouco a pouco aumente a distância. Motive a criança

a observar o percurso da bola, isso ajuda a perceber a distância e a velocidade. Com

o tempo variar a velocidade da bola assim como direccionar a bola mais para a

esquerda ou para a direita, mas sem informar a criança desse facto. Faça o mesmo

exercício,mas agora apenas com uma mão, iniciando com o braço dominante. À

medida que a criança se vai tornando mais confiante, poderá atirar a bola contra a

parede, dentro de uma área definida (um quadrado no chão p.ex.).

Futebol

Chutar a bola em direcção à criança e motivá-la a fazer o mesmo. A criança deve

chutar primeiro com a perna dominante e depois com a outra, para a direita e para a

esquerda.

Atividades para Discalculia

Diferenças

Diferenças

Jogos de diferenças são importantes para quem possui discalculia pois desenvolve a

concentração e atenção.

Exemplo:

Descobre as 8 diferenças entre as duas imagens:

Page 11: Como orientar os alunos com dificuldades na leitura

Segue este site para jogares às diferenças online e em diferentes níveis:

http://www.brincar.pt/jogos/jogos-de-agilidade/jogo_das_diferencas_descobre_as_difer

encas_16.html

Caracol

Desenhar no chão um caracol como o da ilustração abaixo, contendo os números de 0

a 9. Posteriormente a criança deverá saltar para os números que lhe serão solicitados.

Para complexificar um pouco o exercício, podem ser solicitados números com dois ou

mais algarismos (Ex: 198. Neste caso a criança deverá saltar primeiro para o numero

1, seguidamente para o numero 9 e por fim, para o numero 8). Este jogo promove o

reconhecimento e identificação dos números, estimula a memória e desenvolve a

orientação espacial e percepção visual.

Page 12: Como orientar os alunos com dificuldades na leitura

Tamanhos

Com objectos de vários tamanhos, pedir para os colocar por ordem crescente e,

posteriormente, descrescente. Esta actividade desenvolve a orientação temporal; a

noção de "alto e baixo", "pequeno e grande"; estimula a destreza manual; e

desenvolve a atenção, concentração, capacidade de categorização e organização.

Sudoku

O objectivo é preencher um quadrado 9x9 com números de 1 a 9, sem repetir números

em cada linha e cada coluna. Também não se pode repetir números em cada

quadrado de 3x3. Esta actividade desenvolver a estruturação espácio-temporal;

promove o raciocínio lógico; e desenvolve a atenção, concentração e percepção

visual.

Exemplo:

Segue o site a seguir para jogar sudoku online com diferentes níveis de dificuldade:

http://sudoku.net.br/

Page 13: Como orientar os alunos com dificuldades na leitura

Todos os exercício que envolvam números, contagem e concentração são

recomendados para quem tem discalculia.

Atividades para DislexiaSopa de letras

Para estimular a concentração, atenção e reconhecimento das palavras/letras, a sopa

de letras é um bom jogo.

Exemplo:

Encontra mais sopas de letras para fazeres no site a seguir:

http://www.horavaga.net/jogo_145_1_sopa-de-letras.html

Anagrama

Forma uma palavra nova com as letras da palavra dada.

Pedra: ___________

Sapo: ____________

Papo: ____________

Vela: _____________

Page 14: Como orientar os alunos com dificuldades na leitura

Rato: _____________

Cabo: _____________

Amor: _____________

Cabo: _____________                                                                   Soluções

Várias palavras

Escreve (diz) palavras que contenham a parte principal da palavra que é dada:

Exemplo:

Casa: casamento, casar, casal, casarão, casinha, casado

Actividade

Pesca: __________________________________________

Estalo: __________________________________________

Pensar: __________________________________________

Cantar: __________________________________________

Estrela: __________________________________________

Amar: ___________________________________________      

                     

Criar os seus jogos:

Criar jogos é uma excelente ferramenta para promover a aprendizagem. Siga as

seguintes dicas:

Investigue sobre dislexia – aprenda sobre os sinais e os pontos fracos e fortes

acerca da dislexia;

Crie letras em vários formatos e texturas e brinque com a construção de

palavras;

Reproduza jogos que encontre em catálogos educacionais. Alguns são

bastante dispendiosos, mas facilmente reproduzíveis;

Page 15: Como orientar os alunos com dificuldades na leitura

Modifique jogos existentes para ir de encontro às necessidades do disléxico

(especialmente um tipo de jogo que este aprecie);

Partilhe ideias com outros pais, professores, e técnicos de forma a melhorar os

seus jogos;

Elabore o jogo em conjunto com o disléxico, ficará surpreendido com a

criatividade.

Corrigir a "letra feia" - Disgrafia/DisortografiaO aperfeiçoamento da escrita tende a compensar os défices na mesma, na medida em

que se pretende melhorar os factores funcionais que afectam o acto de escrever.

Deste modo apresentam-se alguns recursos e exercícios que poderão ser úteis neste

domínio.

Proporção das letras

O uso de pautas quadriculadas pode corrigir os transtornos de dimensão das letras.

Deve-se dar à criança algumas orientações: as letras ascendentes ou descendentes

ocupam três quadrados, as letras baixas apenas uma.

Transtornos da inclinação

Desenhar linhas paralelas.

Desenhar ondas e linhas rectas paralelas.

Recortar tiras de papel paralelas.

Numa folha de papel desenhar pontos em ambos os extremos que a criança

deve unir. Realizar também actividades de escrita procurando terminar em

locais adequados. 

Page 16: Como orientar os alunos com dificuldades na leitura

 Transtornos de ligação entre entre letras

Exercícios de repassar palavras e frases sem levantar o lápis.

Pôr palavras com letras separadas para que a criança as una de forma

correcta.

Transtornos de Espaçamento

O uso de pautas quadriculadas com o estabelecimento de deixar três quadriculas

entre as palavras pode ajudar na homogeneidade do espaçamento.

 

 

Posição do corpo

Durante a escrita, o corpo tem de permanecer paralelo à mesa evitando que se forme

um ângulo com esta, uma vez que isso obriga a rodar os ombros para escrever. As

Page 17: Como orientar os alunos com dificuldades na leitura

costas devem estar apoiadas nas costas da cadeira e só a zona dorsal formará um

ligeiro ângulo com o bordo da mesa.

 

 

 

Posição do papel

À medida que a criança cresce o papel vai-se separando da posição vertical criando-

se um ângulo cada vez maior entre a mesa e a posição do papel. O ângulo de

inclinação aumenta progressivamente ao longo dos anos (nos adultos é de 30 º). Do

mesmo modo, a criança tende a proximar o papel em direcção ao hemicorpo da mão

que escreve. Determinadas posturas provocam alterações no grafismo (ângulo

inadequado, movimentos persistentes). Convém realizar exercícios em que a criança

possa aprender a escrever com correcta inclinação. Um exemplo é fixar o papel para

impedir que a criança o mova durante a escrita.

 

 

Esta informação foi retirada de:

http://omovimentodaescrita.blogspot.com/2010/05/metodo-antidisgrafico-exercicios-

de.html

Page 18: Como orientar os alunos com dificuldades na leitura

Psicomotricidade e D.A.EA educação psicomotora é fundamental na vida da criança, e está reflectida no

histórico de vida do sujeito, podendo observar-se a partir daí, o desenvolvimento da

criança, o seu relacionamento com o mundo, a sua interacção com as pessoas, a

forma como pensa e como actua, expressando as suas sensações e sentimentos, e

utilizando o corpo como instrumento rico e significativo para a comunicação. Estas

devem ser inseridas e integradas de acordo com a faixa etária.

O desenvolvimento dos factores psicomotores, permite à criança uma melhora da

postura, da dissociação dos movimentos, da coordenação global dos movimentos, da

motricidade fina, do ritmo discriminação táctil, visual e auditivo, da integração das

estruturas espaciais e temporais, do aumento da capacidade de atenção e

concentração.

A Psicomotricidade nas Dificuldades de Aprendizagem pode trabalhar os seguintes

factores, com os seus objectivos:

Factor Psicomotor Objectivos

Page 19: Como orientar os alunos com dificuldades na leitura

Tonicidade Relaxação activa e passiva

Equilibração Equilíbrio estático e dinâmico

Noção do corpo

Conhecimento do próprio corpo e do corpo de outrem;

Noções espaciais do próprio corpo e do de outrem;

Interiorização da imagem corporal;

Coordenação, caligrafia, leitura harmoniosa, gestual, ritmo de

leitura (frase, palavra), imitação, entre outros.

Lateralidade

Identificação da dominância lateral;

Reconhecimento da direita e da esquerda;

Ordenação espacial, direcção gráfica (=>), ordem das letras e dos

números;

Discriminação visual;

Estruturação espácio-temporal;

Noções espaciais e temporais;

Estruturação rítmica;

Percepção visual e auditiva;

Identificação de ruídos e sons;

Identificação e combinação de letras e números (modalidades visuais,

auditivas e cinestésicas);

Noções de esquerda e direita, alto e baixo (b / p; n / u; ou / on),

dentro e fora (espaço para escrita: progressão/grandeza,

classificação/seriação, orientação/cálculos)

Praxia Global e FinaPerturbações do grafismo (motora fina);

Manipulação / preensão.

Pode-se concluir, portanto, que as contribuições da psicomotricidade na aquisição da pré-

escrita estão relacionadas com o domínio do gesto, com a estruturação espacial e a

Page 20: Como orientar os alunos com dificuldades na leitura

orientação temporal que são os três fundamentos básicos da escrita, os quais supõem:

uma direcção gráfica (escrevemos horizontalmente da esquerda para a direita); noções de

cima e baixo (n e u); de esquerda e direita e de oblíquas e curvas (g); e noção de antes e

depois.

http://dificuldadesdeaprendizagem.webnode.pt/psicomotricidade-e-d-a-e-/

JUN

2012

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DISTÚRBIOS / TRANSTORNOS / DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM

1. DISLEXIA

Definida como um distúrbio ou transtorno de aprendizagem na área da leitura, escrita

e soletração, a dislexia é o distúrbio de maior incidência nas salas de aula. Pesquisas

realizadas em vários países mostram que entre 05% e 17% da população mundial é

disléxica.

Ao contrário do que muitos pensam, a dislexia não é o resultado de má alfabetização,

desatenção, desmotivação, condição sócio-econômica ou baixa inteligência. Ela é uma

condição hereditária com alterações genéticas, apresentando ainda alterações no

padrão neurológico.

Page 21: Como orientar os alunos com dificuldades na leitura

Por esses múltiplos fatores é que a dislexia deve ser diagnosticada por uma equipe

multidisciplinar. Esse tipo de avaliação dá condições de um acompanhamento mais

efetivo das dificuldades após o diagnóstico, direcionando-o às particularidades de

cada indivíduo, levando a resultados mais concretos.

Sinais de Alerta

Como a dislexia é genética e hereditária, se a criança possuir pais ou outros parentes

disléxicos quanto mais cedo for realizado o diagnóstico melhor para os pais, à escola e

à própria criança. A criança poderá passar pelo processo de avaliação realizada por

uma equipe multidisciplinar especializada (vide adiante), mas se não houver passado

pelo processo de alfabetização o diagnóstico será apenas de uma "criança de risco".

Haverá sempre:

dificuldades com a linguagem e escrita ;

dificuldades em escrever;

dificuldades com a ortografia;

lentidão na aprendizagem da leitura;

Haverá muitas vezes :

disgrafia (letra feia);

discalculia, dificuldade com a matemática, sobretudo na assimilação de símbolos e de

decorar tabuada;

dificuldades com a memória de curto prazo e com a organização’;

dificuldades em seguir indicações de caminhos e em executar seqüências de tarefas

complexas;

dificuldades para compreender textos escritos;

dificuldades em aprender uma segunda língua.

Haverá às vezes:

dificuldades com a linguagem falada;

dificuldade com a percepção espacial;

confusão entre direita e esquerda.

Page 22: Como orientar os alunos com dificuldades na leitura

Pré -Escola

Fique alerta se a criança apresentar alguns desses sintomas:

Dispersão;

Fraco desenvolvimento da atenção;

Atraso no desenvolvimento da fala e da linguagem;

Dificuldade em aprender rimas e canções;

Fraco desenvolvimento da coordenação motora;

Dificuldade com quebra cabeça;

Falta de interesse por livros impressos;

O fato de apresentar alguns desses sintomas não indica necessariamente que ela seja

disléxica; há outros fatores a serem observados. Porém, com certeza, estaremos

diante de um quadro que pede uma maior atenção e/ou estimulação.

Idade Escolar

Nesta fase, se a criança continua apresentando alguns ou vários dos sintomas a

seguir, é necessário um diagnóstico e acompanhamento adequado, para que possa

prosseguir seus estudos junto com os demais colegas e tenha menos prejuízo

emocional:· Dificuldade na aquisição e automação da leitura e escrita;

Pobre conhecimento de rima (sons iguais no final das palavras) e aliteração (sons

iguais no início das palavras);

Desatenção e dispersão;

Dificuldade em copiar de livros e da lousa;

Dificuldade na coordenação motora fina (desenhos, pintura) e/ou grossa

(ginástica,dança,etc.);

Desorganização geral, podemos citar os constantes atrasos na entrega de trabalhos

escolares e perda de materiais escolares;

Confusão entre esquerda e direita;

Page 23: Como orientar os alunos com dificuldades na leitura

Dificuldade em manusear mapas, dicionários, listas telefônicas, etc...

Vocabulário pobre, com sentenças curtas e imaturas ou sentenças longas e vagas;

Dificuldade na memória de curto prazo, como instruções, recados, etc...

Dificuldades em decorar seqüências, como meses do ano, alfabeto, tabuada, etc..

Dificuldade na matemática e desenho geométrico;

Dificuldade em nomear objetos e pessoas (disnomias)

Troca de letras na escrita;

Dificuldade na aprendizagem de uma segunda língua;

Problemas de conduta como: depressão, timidez excessiva ou o ‘’palhaço’’ da turma;

Bom desempenho em provas orais.

Se nessa fase a criança não for acompanhada adequadamente, os sintomas

persistirão e irão permear a fase adulta, com possíveis prejuízos emocionais e

conseqüentemente sociais e profissionais.

Adultos

Se não teve um acompanhamento adequado na fase escolar ou pré-escolar, o adulto

disléxico ainda apresentará dificuldades;

Continuada dificuldade na leitura e escrita;

Memória imediata prejudicada;

Dificuldade na aprendizagem de uma segunda língua;

Dificuldade em nomear objetos e pessoas (disnomia);

Dificuldade com direita e esquerda;

Dificuldade em organização;

Aspectos afetivos emocionais prejudicados, trazendo como conseqüência: depressão,

ansiedade, baixa auto estima e algumas vezes o ingresso para as drogas e o álcool.

Fonte: http://www.dislexia.org

Page 24: Como orientar os alunos com dificuldades na leitura

2. DISARTRIA

Tem como característica principal a fala lenta e arrastada devido a alterações dos

mecanismos nervosos que coordenam os órgãos responsáveis pela fonação. A

disartria de origem muscular é resultante de paresia, paralisia ou ataxia dos músculos

que intervêm nesta articulação.

A disartria pode ter origem em lesões no sistema nervoso o que altera o controle dos

nervos provocando uma má articulação. Podemos encontrar a disatria em pessoas

que sofrem de paralisia periférica do nervo hipoglosso (duodéssimo par dos nervos

cranianos. Inerva os músculos da língua) pneumogástrico (nervo vago ou décimo par

craniano que inerva a laringe, pulmões, esôfago, estômago e a maioria das vísceras

abdominais) e facial.

Em pessoas que apresentam esclerose, intoxicação alcoólica, com tumores (malignos

ou benignos) no cérebro, cerebelo ou tronco encefálico, traumatismos crânio-

encefálicos. No caso de lesões cerebrais, os exames clínicos mostram que as

alterações não se manifestam isoladamente estando associada geralmente a outros

distúrbios tais como gnósio-apráxicos ou transtornos disfásicos.

Fonte: http://www.psicopedagogiabrasil.com.br

3. DISCALCULIA

A discalculia é uma dificuldade de aprendizagem específica, que afecta os processos

relacionados com as habilidades matemáticas. Uma vez que a aprendizagem escolar

está fortemente baseada no raciocínio lógico-matemático, a discalculia revela-se como

um forte obstáculo para o sucesso escolar.

Estas dificuldades não são consequência de défices cognitivos, visuais ou auditivos,

nem o resultado de baixa estimulação escolar.

Page 25: Como orientar os alunos com dificuldades na leitura

Existem diferentes tipos de discalculia pelo que se torna fundamental analisar o perfil

neuropsicológico e cognitivo, no sentido de se identificarem as principais dificuldades

na noção de número, na realização de operações e na resolução de problemas.

Sinais de alerta

Mesmo havendo diferentes tipologias, na generalidade conseguimos identificar alguns

sinais que parecem ser mais frequentes, comprometendo as seguintes áreas:

- memória a curto prazo;

- tarefas não-verbais;

- tarefas de orientação espacio-temporal;

- formação e identificação de números;

- cálculo mental;

- manuseamento do dinheiro;

- utilização de símbolos;

4. AFASIA

Afasia é a perda da linguagem causada por lesão no sistema nervoso central que, na

maior parte das vezes, ocorre do lado esquerdo do cérebro.

Os quadros de afasia são muito variados. Vão desde a dificuldade de articular bem as

palavras até a perda total da linguagem oral e da capacidade de traduzir conceitos em

palavras e de simbolização.

A afasia não se manifesta apenas na linguagem oral. Pode manifestar-se também na

escrita, porque os pacientes perderam a capacidade de simbolizar, de traduzir o

comando cerebral para a linguagem escrita. Em alguns casos, são capazes de

Page 26: Como orientar os alunos com dificuldades na leitura

escrever sob ditado ou de copiar, mas incapazes de ler o que escreveram. Em outros,

trocam ou omitem letras, às vezes, as vogais; às vezes, as consoantes.

Tipos

Dentre os principais tipos de afasia podemos citar a afasia de Wernecke e de Broca e

a afasia global.

1) Afasia de Wernecke: caracteriza-se pela fala fluente, ou logorréia, que não faz

sentido para quem ouve, embora a pessoa acredite estar falando corretamente e

mantenha a entonação adequada. É como se uma linha telefônica com defeito

distorcesse ou truncasse as palavras interferindo na comunicação. Em geral, paciente

com fala logorréica tem dificuldade de compreensão e de expressão, mas consegue

articular as palavras e irrita-se quando não se faz entender. É muito comum, também,

o afásico de Wernecke articular palavras que existem, mas que juntas não

estabelecem nenhum significado lógico. Quando há falha da compreensão, o

prognóstico da afasia é sempre pior.

2) Afasia de Broca: a pessoa preserva a compreensão, mas tem dificuldade para falar

porque lhe faltam as palavras. Algumas elegem jargões, uma palavra ou um nome

qualquer para diferentes situações e acreditam estar comunicando o que querem

dizer.

3) Afasia global: perda total da capacidade de falar, compreender, ler e escrever.

Causas

Acidentes vasculares cerebrais, traumatismos cranianos e encefálicos, tumores

cerebrais, infecções e processos degenerativos.

Diagnóstico

O diagnóstico da afasia pressupõe avaliar a capacidade de compreensão e de

expressão do paciente. É sempre importante começar pela avaliação sensorial, uma

vez que a deficiência auditiva pode interferir no processo de comunicação. Nos casos

de hemiplegia provocada por acidentes vasculares cerebrais, é preciso ter certeza de

Page 27: Como orientar os alunos com dificuldades na leitura

que apenas um lado está comprometido, antes de pedir que a pessoa movimente o

outro braço para mostrar que entende o que lhe é pedido.

Tratamento

O tratamento da afasia é feito pela estimulação da linguagem e é planejado

especificamente para cada caso. Conhecendo as condições exatas em que se

encontra o paciente, o terapeuta irá construir pontes entre as habilidades que

permaneceram e as que foram perdidas, valendo-se da plasticidade do sistema

nervoso central. A plasticidade neuronal permite estabelecer novas ligações entre os

neurônios.

No tratamento da afasia, a estimulação controlada, auditiva e visual, tem por objetivo

ajudar a pessoa a construir cadeias para ultrapassar os déficits provocados pela lesão,

de modo a tornar as palavras novamente disponíveis.

Recomendações

• É sempre possível melhorar a afasia, embora o nível dos resultados possa depender

de alguns fatores como extensão da lesão, motivação e idade do doente e de suas

condições gerais de saúde.

• O portador de afasia deve ser estimulado para fazer um tratamento que o ajude a

reabilitar as capacidades comprometidas, sejam elas de fala, escrita ou compreensão.

Fonte: http://drauziovarella.ig.com.br/arquivo/arquivo.asp?doe_id=132

Tabela Afasia:

TIPO DE AFASIA EMISSÃO COMPREENSÃO REPETIÇÃO LOCALIZAÇÃO

BROCA

Reduzida, podendo haver estereotipias e desintegração

fonética

BOA para ordens simples

REGULAR para ordens complexas

Laboriosa com desintegração

fonética

Opérculo frontal, ínsula e

quadrilátero de Pierre Marie

WERNICKE Fluida, podendo haver fala

logorréica e

MUITO PREJUDICADA

Parafasias Área de Wernicke

Page 28: Como orientar os alunos com dificuldades na leitura

jargões

CONDUÇÃO

Fluida, com excessiva auto-correção, sem perceber que atingiu o alvo

PRESERVADA ParafasiasGiro

supramarginal e feixe arqueado

TRANSCORTICAL

MOTORAReduzida Preservada Preservada

Anterior e superior à área de

Broca

TRANSCORTICAL

SENSORIALFluida Alterada

Preservada; pode haver ecolalia

Parte posterior da zona limítrofe

GLOBAL PREJUDICADA PREJUDICADA PREJUDICADA

Vastas lesões pré e retro-silvianas

ou lesões não contíguas das

áreas de Broca e Wernicke

ANÔMICA BOA BOA BOA Lobo temporal

Tabela resumida sobre os sintomas dos diferentes tipos de afasia. O assunto não se

esgota aqui, há vasta literatura sobre o assunto. Um livro excelente que aborda o tema

é: "Language intervention strategies in aphasia and related neurogenic communication

disorders - Roberta Chapey - 2001"

5. DISLALIA

Consiste na má pronúncia das palavras, seja omitindo ou acrescentando fonemas,

trocando um fonema por outro ou ainda distorcendo-os. A falha na emissão das

palavras pode ainda ocorrer a nível de fonemas ou de sílabas. Assim sendo, os

sintomas da Dislalia consistem em omissão, substituição ou deformação os fonemas.

De modo geral, a palavra do dislálico é fluida, embora possa ser até ininteligível,

podendo o desenvolvimento da linguagem ser normal ou levemente retardado. Não se

observam transtornos no movimento dos músculos que intervêm na articulação e

emissão da palavra. Em muitos casos, a pronúncia das vogais e dos ditongos costuma

ser correta, bem como a habilidade para imitar sons. Não há disfonia nem ronqueira.

Page 29: Como orientar os alunos com dificuldades na leitura

Diante do paciente dislálico costuma-se fazer uma pesquisa das condições físicas dos

órgãos necessários à emissão das palavras, verifica-se a mobilidade destes órgãos,

ou seja, do palato, lábios e língua, assim como a audição, tanto sua quantidade como

sua qualidade (percepção) auditiva.

As Dislalia constituem um grupo numeroso de perturbações orgânicas ou funcionais

da palavra. No primeiro caso, resultam da malformações ou de alterações de

inervação da língua, da abóbada palatina e de qualquer outro órgão da fonação.

Encontram-se em casos de malformações congênitas, tais como o lábio leporino ou

como conseqüência de traumatismos dos órgãos fonadores. Por outro lado, certas

Dislalias são devidas a enfermidades do sistema nervoso central.

Quando não se encontra nenhuma alteração orgânica a que possa ser atribuído a

Dislalia, esta é chamada de Dislalia Funcional. Nesses casos, pensa-se em

hereditariedade, imitação ou alterações emocionais e, entre essas, nas crianças é

comum a Dislalia típica dos hipercinéticos ou hiperativos. Também nos deficientes

mentais se observa uma Dislalia, às vezes grave ao ponto da linguagem ser acessível

apenas ao grupo familiar.

Até os quatro anos, os erros na linguagem são normais, mas depois dessa fase a

criança pode ter problemas se continuar falando errado. A Dislalia, troca de fonemas

(sons das letras), pode afetar também a escrita. Na prática o personagem Cebolinha,

de Maurício, é um exemplo de criança com Dislalia. Ele troca o som da letra R pelo da

letra L.

Alguns fonoaudiólogos consideram que a Dislalia não seja um problema de ordem

neurológica, mas de ordem funcional. Segundo eles, o som alterado pode se

manifestar de diversas formas, havendo distorções, sons muito próximos mas

diferentes do real, omissão, ato em que se deixa de pronunciar algum fonema da

palavra, transposições na ordem de apresentação dos fonemas (dizer mánica em vez

de máquina, por exemplo) e, por fim, acréscimos de sons. Estas alterações mais

comuns caracterizam uma Dislalia. Entretanto, do ponto de vista fisiopatológico, a

Dislalia numa criança hipercinética, por exemplo, terá que ser considerada de natureza

orgânica, já que tratando a hipercinesia desaparece a Disartria.

Page 30: Como orientar os alunos com dificuldades na leitura

Crianças com perdas auditivas leves e moderadas também costumam ter Dislalia,

fazendo trocas de alguns fonema, como por exemplo, "t" por "d", "f" por "v", "p" por "b",

"q" por "g". Muitas destas crianças, principalmente se estão em fase de alfabetização,

apresentam também trocas na escrita. Este tipo de aluno costuma ser desatento na

escola, porque tem dificuldade de ouvir a professora. A mãe costuma queixar de que a

criança com perda auditiva não atende quando é chamado e/ou ouve o aparelho de

som ou a televisão alto demais.

Fonte: http://www.psiqweb.med.br/site/?area=NO/LerNoticia&idNoticia=204

6. ECOLALIA

Ecolalia é a repetição, como um eco, das últimas palavras que chegam ao ouvido do

paciente. Em condições patológicas, observa-se nos catatônicos. O fenômeno tem

muita semelhança com a perseveração do pensamento, observada nos epilépticos. Os

enfermos repetem como um eco não só as palavras que lhes são dirigidas, como

partes de uma frase que escutam ao acaso.

Não se pode fazer distinção clara entre a ecolalia manifestada por um esquizofrênico

crônico e um enfermo portador de um transtorno cerebral orgânico, pois ambos os

pacientes podem ter em comum uma notável alteração dos processos intelectuais e da

intencionalidade.

Fonte: http://www.psiqweb.med.br/site/?area=NO/LerNoticia&idNoticia=204

7. AGRAFIA

Agrafia é uma incapacidade para traduzir as idéias por escrito, apesar de não haver

nenhum comprometimento psicomotor, da fala ou da compreensão. A linguagem

escrita, como uma das formas de expressão do pensamento, pode apresentar

alterações significativas.

Page 31: Como orientar os alunos com dificuldades na leitura

Assim, a agrafia seria como uma manifestação na escrita das alterações afásicas que

ocorrem na linguagem oral e de modo geral, está associada com lesões na parte

posterior do giro frontal médio no hemisfério cerebral dominante. Ainda que exista uma

dissociação entre a possibilidade de denominar por escrito e verbalmente, a ausência

da palavra pode existir tanto na linguagem escrita como na linguagem oral.

A redução da linguagem e o agramatismo apresentam o seu equivalente escrito; o

mesmo para o jargão e para as parafasias, cuja escrita constitui, às vezes, um modo

de facilitação privilegiada, da mesma forma que ela fornece numerosos exemplos de

dissintaxia.

Mesmo que seja corrigida as manifestações gráficas da Afasia, persistirá para sempre

uma disortografia rebelde. Portanto, nos escritos dos pacientes afásicos é possível

encontrar quase todas as alterações estudadas na linguagem oral.

Fonte: http://www.psiqweb.med.br/site/?area=ES/Dicionario&letra=A

8. AGITAÇÃO PSICOMOTORA.

Atividade motora excessiva associada à tensão emocional, geralmente é improdutiva e

repetitiva. Em alguns casos, são acompanhadas de gritos e lamentos. Normalmente

há incapacidade para permanecer sentado, compulsão em mexer muito as mãos, etc.

Os estados de agitação psicomotora são comuns em crianças e adolescentes

portadores de distúrbio neurológico ou submetidas a situação de estresse onde se

sentem pressionados e solicitados além da sua capacidade de resposta. A agitação

psicomotora é um forte indício de alteração emocional, e se constitui, quase sempre,

em comportamentos diferentes à padronização da comunidade.

Nos quadros de Mania Típica, uma das fases do Transtorno Afetivo Bipolar e que se

caracterizam por humor eufórico ou irritável, verborragia, fuga de idéias,

comportamento social desinibido, dificuldades de concentração, desatenção, aumento

da atividade, necessidade diminuída de sono, a agitação psicomotora costuma estar

sempre presente em graus variados.

Page 32: Como orientar os alunos com dificuldades na leitura

9.ANSIEDADE

Ansiedade é um estado bio-psicológico onde o ser (humano ou animais, exceto dos

répteis para baixo) se encontra mobilizado para uma adaptação necessária. Com

certeza, até por uma questão biológica, podemos dizer que a Ansiedade sempre

esteve presente na jornada humana desde a caverna até a nave espacial. A novidade

é que só agora estamos dando atenção à quantidade, tipos e efeitos dessa Ansiedade

sobre o organismo e sobre o psiquismo humanos, de acordo com as concepções da

prática clínica, da medicina psicossomática e da psiquiatria.

Nosso potencial ansioso sempre se manteve fisiologicamente presente e sempre

carregando consigo o sentimento do medo, sua sombra inseparável. É muito difícil

dizer se era diferente o estresse (esta revolução orgânica e psíquica) que acometia o

homem das cavernas diante de um urso invasor de sua morada daquilo que sente hoje

um cidadão comum diante do assaltante que invade seu lar. Provavelmente não. Faz

parte da natureza humana certos sentimentos determinados pelo perigo, pela ameaça,

pelo desconhecido e pela perspectiva de sofrimento.

A Ansiedade passou a ser objeto de distúrbios quando o ser humano colocou-a não a

serviço de sua sobrevivência, como fazia antes, mas a serviço de sua existência, com

o amplo leque de circunstâncias quantitativas e qualitativas desta existência . Assim, o

estresse passou a ser o representante emocional da Ansiedade, sua correspondência

psíquica e egoicamente determinada. O fato de um evento ser percebido como

estressante não depende apenas da natureza do mesmo, como acontece no mundo

animal, mas do significado atribuído à este evento pela pessoa, de seus recursos, de

suas defesas e de seus mecanismos de enfrentamento. Isso tudo diz respeito mais à

personalidade que aos eventos do destino em si.

Embora a Ansiedade favoreça a performance e a adaptação, ela o faz somente até

certo ponto, até que nosso organismo atinja um máximo de eficiência. à partir de um

ponto excedente a Ansiedade, ao invés de contribuir para a adaptação, concorrerá

exatamente para o contrário, ou seja, para a falência da capacidade adaptativa.

Fonte: http://www.psiqweb.med.br/site/?area=ES/Dicionario&letra=A

Page 33: Como orientar os alunos com dificuldades na leitura

10.HIPERATIVIDADE - TDAH

O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um transtorno

neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e freqüentemente

acompanha o indivíduo por toda a sua vida. Ele se caracteriza por sintomas de

desatenção, inquietude e impulsividade. Ele é chamado às vezes de DDA (Distúrbio

do Déficit de Atenção). Em inglês, também é chamado de ADD, ADHD ou de AD/HD.

Ele é o transtorno mais comum em crianças e adolescentes encaminhados para

serviços especializados. Ele ocorre em 3 a 5% das crianças, em várias regiões

diferentes do mundo em que já foi pesquisado. Em mais da metade dos casos o

transtorno acompanha o indivíduo na vida adulta, embora os sintomas de inquietude

sejam mais brandos.

Sintomas

O TDAH se caracteriza por uma combinação de dois tipos de sintomas:

1) Desatenção

2) Hiperatividade-impulsividade

O TDAH na infância em geral se associa a dificuldades na escola e no relacionamento

com demais crianças, pais e professores. As crianças são tidas como "avoadas",

"vivendo no mundo da lua" e geralmente "estabanadas" e com "bicho carpinteiro" ou

“ligados por um motor” (isto é, não param quietas por muito tempo). Os meninos

tendem a ter mais sintomas de hiperatividade e impulsividade que as meninas, mas

todos são desatentos. Crianças e adolescentes com TDAH podem apresentar mais

problemas de comportamento, como por exemplo, dificuldades com regras e limites.

Em adultos, ocorrem problemas de desatenção para coisas do cotidiano e do trabalho,

bem como com a memória (são muito esquecidos). São inquietos (parece que só

Page 34: Como orientar os alunos com dificuldades na leitura

relaxam dormindo), vivem mudando de uma coisa para outra e também são impulsivos

("colocam os carros na frente dos bois"). Eles têm dificuldade em avaliar seu próprio

comportamento e quanto isto afeta os demais à sua volta. São freqüentemente

considerados “egoístas”. Eles têm uma grande freqüência de outros problemas

associados, tais como o uso de drogas e álcool, ansiedade e depressão.

Causas

Já existem inúmeros estudos em todo o mundo - inclusive no Brasil - demonstrando

que a prevalência do TDAH é semelhante em diferentes regiões, o que indica que o

transtorno não é secundário a fatores culturais (as práticas de determinada sociedade,

etc.), o modo como os pais educam os filhos ou resultado de conflitos psicológicos.

Estudos científicos mostram que portadores de TDAH têm alterações na região frontal

e as suas conexões com o resto do cérebro. A região frontal orbital é uma das mais

desenvolvidas no ser humano em comparação com outras espécies animais e é

responsável pela inibição do comportamento (isto é, controlar ou inibir

comportamentos inadequados), pela capacidade de prestar atenção, memória,

autocontrole, organização e planejamento.

O que parece estar alterado nesta região cerebral é o funcionamento de um sistema

de substâncias químicas chamadas neurotransmissores (principalmente dopamina e

noradrenalina), que passam informação entre as células nervosas (neurônios).

Existem causas que foram investigadas para estas alterações nos neurotransmissores

da região frontal e suas conexões.

A) Hereditariedade:

Os genes parecem ser responsáveis não pelo transtorno em si, mas por uma

predisposição ao TDAH. A participação de genes foi suspeitada, inicialmente, a partir

de observações de que nas famílias de portadores de TDAH a presença de parentes

também afetados com TDAH era mais freqüente do que nas famílias que não tinham

crianças com TDAH. A prevalência da doença entre os parentes das crianças afetadas

Page 35: Como orientar os alunos com dificuldades na leitura

é cerca de 2 a 10 vezes mais do que na população em geral (isto é chamado de

recorrência familial).

Porém, como em qualquer transtorno do comportamento, a maior ocorrência dentro da

família pode ser devido a influências ambientais, como se a criança aprendesse a se

comportar de um modo "desatento" ou "hiperativo" simplesmente por ver seus pais se

comportando desta maneira, o que excluiria o papel de genes. Foi preciso, então,

comprovar que a recorrência familial era de fato devida a uma predisposição genética,

e não somente ao ambiente. Outros tipos de estudos genéticos foram fundamentais

para se ter certeza da participação de genes: os estudos com gêmeos e com

adotados. Nos estudos com adotados comparam-se pais biológicos e pais adotivos de

crianças afetadas, verificando se há diferença na presença do TDAH entre os dois

grupos de pais. Eles mostraram que os pais biológicos têm 3 vezes mais TDAH que os

pais adotivos.

Os estudos com gêmeos comparam gêmeos univitelinos e gêmeos fraternos

(bivitelinos), quanto a diferentes aspectos do TDAH (presença ou não, tipo, gravidade

etc...). Sabendo-se que os gêmeos univitelinos têm 100% de semelhança genética, ao

contrário dos fraternos (50% de semelhança genética), se os univitelinos se parecem

mais nos sintomas de TDAH do que os fraternos, a única explicação é a participação

de componentes genéticos (os pais são iguais, o ambiente é o mesmo, a dieta, etc.).

Quanto mais parecidos, ou seja, quanto mais concordam em relação àquelas

características, maior é a influência genética para a doença. Realmente, os estudos de

gêmeos com TDAH mostraram que os univitelinos são muito mais parecidos (também

se diz "concordantes") do que os fraternos, chegando a ter 70% de concordância, o

que evidencia uma importante participação de genes na origem do TDAH.

A partir dos dados destes estudos, o próximo passo na pesquisa genética do TDAH foi

começar a procurar que genes poderiam ser estes. É importante salientar que no

TDAH, como na maioria dos transtornos do comportamento, em geral multifatoriais,

nunca devemos falar em determinação genética, mas sim em predisposição ou

influência genética. O que acontece nestes transtornos é que a predisposição genética

envolve vários genes, e não um único gene (como é a regra para várias de nossas

características físicas, também). Provavelmente não existe, ou não se acredita que

exista, um único "gene do TDAH". Além disto, genes podem ter diferentes níveis de

atividade, alguns podem estar agindo em alguns pacientes de um modo diferente que

em outros; eles interagem entre si, somando-se ainda as influências ambientais.

Também existe maior incidência de depressão, transtorno bipolar (antigamente

Page 36: Como orientar os alunos com dificuldades na leitura

denominado Psicose Maníaco-Depressiva) e abuso de álcool e drogas nos familiares

de portadores de TDAH.

B) Substâncias ingeridas na gravidez:

Tem-se observado que a nicotina e o álcool quando ingeridos durante a gravidez

podem causar alterações em algumas partes do cérebro do bebê, incluindo-se aí a

região frontal orbital. Pesquisas indicam que mães alcoolistas têm mais chance de

terem filhos com problemas de hiperatividade e desatenção. É importante lembrar que

muitos destes estudos somente nos mostram uma associação entre estes fatores, mas

não mostram uma relação de causa e efeito.

C) Sofrimento fetal:

Alguns estudos mostram que mulheres que tiveram problemas no parto que acabaram

causando sofrimento fetal tinham mais chance de terem filhos com TDAH. A relação

de causa não é clara. Talvez mães com TDAH sejam mais descuidadas e assim

possam estar mais predispostas a problemas na gravidez e no parto. Ou seja, a carga

genética que ela própria tem (e que passa ao filho) é que estaria influenciando a maior

presença de problemas no parto.

D) Exposição a chumbo:

Crianças pequenas que sofreram intoxicação por chumbo podem apresentar sintomas

semelhantes aos do TDAH. Entretanto, não há nenhuma necessidade de se realizar

qualquer exame de sangue para medir o chumbo numa criança com TDAH, já que isto

é raro e pode ser facilmente identificado pela história clínica.

E) Problemas Familiares:

Page 37: Como orientar os alunos com dificuldades na leitura

Algumas teorias sugeriam que problemas familiares (alto grau de discórdia conjugal,

baixa instrução da mãe, famílias com apenas um dos pais, funcionamento familiar

caótico e famílias com nível socioeconômico mais baixo) poderiam ser a causa do

TDAH nas crianças. Estudos recentes têm refutado esta idéia. As dificuldades

familiares podem ser mais conseqüência do que causa do TDAH (na criança e mesmo

nos pais).

Problemas familiares podem agravar um quadro de TDAH, mas não causá-lo.

F) Outras Causas

Outros fatores já foram aventados e posteriormente abandonados como causa de

TDAH:

1. corante amarelo

2. aspartame

3. luz artificial

4. deficiência hormonal (principalmente da tireóide)

5. deficiências vitamínicas na dieta.

Todas estas possíveis causas foram investigadas cientificamente e foram

desacreditadas.

Fonte: http://www.tdah.org.br

http://silvanapsicopedagoga.blogspot.com.br/search/label/Ansiedade