como elaborar um orçamento
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COMO ELABORAR UM ORÇAMENTO
Com o começo do ano chega a hora de organizar os negócios e nada melhor para um bom começo do que
ter um orçamento bem feito, com a previsão das receitas e despesas para um determinado período,
geralmente um ano. Na verdade, a melhor hora de preparar o orçamento é antes do final do ano, mais
precisamente entre outubro e novembro, quando a cabeça do empreendedor deve estar focada não
somente no ano em curso, mas também em como ele quer que o ano seguinte se comporte, aumento de
vendas e rentabilidade, contratação de pessoas, corte de despesas, etc.
Um bom orçamento, antes de mais nada, deve estar alinhado com o Plano de Negócios da Empresa, o
qual quase sempre contempla um horizonte de 3 a 5 anos, a depender do ciclo de negócio da empresa.
Mas este é outro assunto que vamos falar em uma próxima oportunidade.
Mas vamos voltar ao nosso orçamento. A grande maioria dos empresários pouco se utiliza desta
ferramenta e aqueles que a utilizam o fazem de forma limitada ou mesmo incompleta. Aqui vamos passar
por alguns dos principais aspectos a serem atentados na elaboração desta importante ferramenta de gestão.
Qual o formato: geralmente a adoção do orçamento no formato de uma DRE – Demonstração do
Resultado do Exercício é bastante adequado, já que o empreendedor pode ter uma estimativa não só das
receitas e despesas, mas também da rentabilidade.
O que incluir: o orçamento, diferentemente de um fluxo de caixa, é uma previsão das receitas e gastos
que ocorrerão ao logo de um período, geralmente 1 ano. Comece pelo que chamamos do operacional:
vendas estimadas por linha de serviço ou produto, isto será importante para se avaliar o crescimento de
vendas de forma específica, custos de produção ou prestação de serviços, como matéria prima, mão de
obra e demais insumos. À partir daí itens não associados diretamente ao operacional devem ser estimados
como aluguel, custos de financiamento, renda de aplicações financeiras, dentre outros.
Quem envolver: um orçamento sem a participação das áreas afetas da empresa geralmente omite
aspectos importantes e deixa de aproveitar um importante instrumento de motivação, a participação na
construção de algo importante para a empresa. Envolva as pessoas e ganhará mais comprometimento com
o orçamento.
Divulgue: uma boa prática é a divulgação para todos os níveis da empresa do que está sendo esperado
para aquele ano. Novamente, isto aumenta o comprometimento com o que foi planejado.
Acompanhe: de nada adianta um belo orçamento sem que haja um acompanhamento e, como resultado
deste acompanhamento, ações de correção. Vendas abaixo do estimado ou despesas acima das estimativas
podem indicar a necessidade de ações de correção, que quanto mais demorarem maior será o
comprometimento do resultado orçado. Uma boa prática é a realização de reuniões mensais, nunca muito
distante do encerramento do mês, onde é discutido o desempenho das áreas e onde sugestões para o
retorno ao orçado são discutidas, descontinuidade de um produto, melhoria na gestão de despesas, dentre
outras.
Aprovações: após todo o esforço de elaborar, divulgar e acompanhar, nada de desviar dos objetivos.
Qualquer gasto não previsto deve ser objeto de profunda discussão e avaliada a possibilidade de se
identificar fonte de recursos para fazer face àquele gasto não previsto.
Atualize: O orçamento não pode ser fator limitador para o crescimento ou mesmo inflexível. Sempre que
ocorrer algum evento importante, necessidade de um novo investimento, alteração macroeconômica, etc.
o mesmo deve ser revisado.
Mas a mensagem principal é a de que o orçamento é um instrumento de acompanhamento e gestão
acessível a todos os tamanhos de empresa, variando apenas o nível de sofisticação na sua elaboração. De
resto, é divulgar e acompanhar!