como elaborar um relatÓrio

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COMO ELABORAR UM RELATÓRIO 1. CONCEITO DE RELATÓRIO 2. OBJETIVOS 3. TIPOS DE RELATÓRIOS 4. RELATÓRIO TÉCNICO-CIENTÍFICO 5. FASE DE UM RELATÓRIO 6. ESTRUTURA DO RELATÓRIO TÉCNICO-CIENTÍFICO 6.1 Capa 6.2 Falsa folha de rosto 6.3 Verso da falsa folha de rosto 6.4 Errata 6.5 Folha de rosto 6.6 Sumário 6.7 Listas de tabelas, ilustrações, abreviaturas, siglas e símbolos 6.8 Resumo 6.9 Texto 6.10 Anexo (ou Apêndice) 6.11 Referências bibliográficas 6.12 Apresentação gráfica 6.13 Negrito, grifo ou itálico 6.14 Medidas de formatação do relatório 7. CONCLUSÃO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Maria Elizabet Lovera - 1 -

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COMO ELABORAR UM RELATRIO

1. 2. 3. 4. 5. 6.

CONCEITO DE RELATRIO OBJETIVOS TIPOS DE RELATRIOS RELATRIO TCNICO-CIENTFICO FASE DE UM RELATRIO ESTRUTURA DO RELATRIO TCNICO-CIENTFICO 6.1 Capa 6.2 Falsa folha de rosto 6.3 Verso da falsa folha de rosto 6.4 Errata 6.5 Folha de rosto 6.6 Sumrio 6.7 Listas de tabelas, ilustraes, abreviaturas, siglas e smbolos 6.8 Resumo 6.9 Texto 6.10 Anexo (ou Apndice) 6.11 Referncias bibliogrficas 6.12 Apresentao grfica 6.13 Negrito, grifo ou itlico 6.14 Medidas de formatao do relatrio 7. CONCLUSO REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

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1. CONCEITO DE RELATRIO" a exposio escrita na qual se descrevem fatos verificados mediante pesquisas ou se historia a execuo de servios ou de experincias. geralmente acompanhado de documentos demonstrativos, tais como tabelas, grficos, estatsticas e outros." (UFPR, 1996)

2. OBJETIVOSDe um modo geral, podemos dizer que os relatrios so escritos com os objetivos: Divulgar os dados tcnicos obtidos e analisados; Registr-los em carter permanente.

3. TIPOS DE RELATRIOSOs relatrios podem ser dos seguintes tipos: Tcnico-cientficos; De viagem; De estgio; De visita; Administrativos; E fins especiais.

4. RELATRIO TCNICO-CIENTFICO o documento original pelo qual se faz a difuso da informao corrente, sendo ainda o registro permanente das informaes obtidas. elaborado principalmente para descrever experincias, investigaes, processos, mtodos e anlises.

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Ilustraes Segundo a ABNT (NBR 14724), so consideradas ilustraes: desenhos, esquemas, fluxogramas, fotografias, grficos, mapas, organogramas, plantas, quadros, retratos e outros. A identificao aparece na parte inferior, precedida da palavra designativa, seguida de seu nmero de ordem de ocorrncia no texto, em algarismos arbicos, do respectivo ttulo e/ou legenda explicativo de forma breve e clara, dispensando consulta ao texto, e da fonte. A ilustrao deve ser inserida o mais prximo possvel do trecho a que se refere, conforme o projeto grfico. Figuras: so desenhos, fotografias, fotomicrografias, etc., com os respectivos ttulos precedidos da palavra Figura e do nmero de ordem em algarismo arbico. No texto devem ser indicados pela abreviatura Fig., acompanhada do nmero de ordem. Se a figura no for de autoria prpria, usar a mesma regra da citao direta: Fonte: SOUZA, 2002, p. 4 Grficos: depois de sintetizados em tabelas, os dados podem ser apresentados em grficos, com a finalidade de proporcionar ao interessado uma viso rpida do comportamento do fenmeno. O grfico serve para representar qualquer tabela de maneira simples, legveis e interessantes, tornando claros fatos que poderiam passar despercebidos em dados apenas tabulados. No esquecer dos seguintes elementos: a) Ttulo: deve ser claro, mostrando o qu, onde e quando os dados ocorreram, na ordem citada. Sua identificao aparece na parte inferior, precedida das palavras designativas, seguidas de seu nmero de ordem de ocorrncia no texto, em algarismos arbicos. Exemplo: Grfico 3 Distribuio da populao por faixa etria b) Escala: a seqncia ordenada de valores que descreve o campo de variao de um fenmeno. No tracejado da maioria dos grficos, so consideradas duas escalas: a) escala vertical ou das ordenadas que se refere aos valores observados ou a freqncia dos itens, e b) escala horizontal ou das abscissas que se refere ao campo de variao do fenmeno. c) Fonte: indispensvel sua indicao. Tem por objetivo informar sobre a procedncia original dos dados e habilitar o interessado a obter outros elementos, caso os deseje, recorrendo entidade geradora dos mesmos. Deve ser colocada imediatamente abaixo do grfico, e deve seguir as mesmas regras de fonte da tabela. Exemplo: Fonte: Censo 2000. Dados gerais, Brasil. IBGE.

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Um grfico pode ter mais de uma fonte de dados. Neste caso: Fonte: Censo 2000. Dados gerais, Brasil; IBGE; Pesquisa Renda Familiar.IPEA, 2002. d) Notas: sempre que for necessrio prestar uma informao de natureza geral sobre o grfico, deve ser feita uma nota, colocada logo abaixo da FONTE. O procedimento para apresentao da NOTA nos grficos o mesmo adotado para a apresentao nas tabelas. Fonte: Censo 2000. Dados gerais, Brasil. Nota: dados trabalhados pelo autor e) Legenda: tambm chamada conveno ou chave, a descrio das convenes utilizadas na elaborao do grfico. obrigatrio seu uso sempre que forem representadas divises variveis num mesmo grfico. Pode ser colocada preenchendo os espaos vazios deixados pelo tipo de representao utilizada, direita do grfico, ou ainda, abaixo deste, logo aps a fonte, nota e chamadas

Mapas: so representaes em superfcie plana e em escala reduzida, referente a aspectos geogrficos, topogrficos ou a divises poltico-administrativas. Sugere-se o uso de moldura nos mapas, uma vez que ela facilita a colocao de convenes e dados de controle, localizados direita e abaixo da moldura. As legendas devem ser colocadas, sem moldura, nas reas recortadas no mapa. Plantas: so desenhos que representam a projeo horizontal de uma cidade, construo, instalao fsica, eltrica, hidrulica, etc. Quadros e Tabelas A apresentao de quadros e tabelas est regida pelas Normas de Apresentao Tabular (IBGE, 1979). A estas normas foram acrescidos conceitos encontrados em fontes no oficiais. Quadros: Forma usada para apresentar dados de forma organizada, para cuja compreenso no seria necessria qualquer elaborao matemtico-estatstica. A identificao deve ser feita com a palavra Quadro por extenso, seguida do nmero de ordem em algarismo arbico. Se o quadro no for de autoria prpria, usar a mesma regra da citao direta: Fonte: SAITO, 2001, p. 4 Se o quadro for baseado em outros quadros, e/ou em um texto, usar: Fonte: baseado em LEITE, 2001, p. 4 Fonte: baseado em LEITE, 2001, p. 4 e em GARCIA, 1998, pp. 45-53 Tabelas: Forma no discursiva de apresentar informaes, das quais o dado numrico se destaca como informao central. Na sua forma identificam-se espaos e elementos. (IBGE, 1993, p. 9).

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Na apresentao de uma tabela devem ser considerados os seguintes critrios: toda tabela deve ter significado prprio, dispensando consultas ao texto; Toda tabela que ultrapassar a dimenso da pgina em nmero de linhas e tiver poucas colunas, podem ter o centro apresentado em duas ou mais partes, lado a lado, na mesma pgina, separando-se as partes por um trao vertical duplo e repetindo-se o cabealho. (IBGE, 1993, p. 28). Toda tabela que ultrapassar a dimenso da pgina em nmero de colunas e tiver poucas linhas, pode ter o centro apresentado em duas ou mais partes, uma abaixo da outra, na mesma pgina, repetindo-se o cabealho das colunas indicador e os indicadores de linha. (IBGE, 1993, p. 28). No devem ser apresentadas tabelas nas quais a maior parte dos casos indique inexistncia do fenmeno; no texto deve ser indicada pela palavra Tabela, acompanhada do nmero de ordem em algarismo arbico. No esquecer de colocar, tanto no quadro quanto na tabela, os seguintes elementos: a) Ttulo: deve ser inscrito no topo, para indicar a natureza e as abrangncias geogrfica e temporal dos dados numricos. Tabela 1 Pessoas residentes em domiclios particulares, por sexo e situao do domiclio Brasil - 1980. b) Data (se a tabela estiver relacionada uma srie temporal): deve ser indicada de forma clara e concisa Tabela 2 Prevalncia da febre aftosa, no Paran, ano 1986-1989. c) Cabealho: a parte superior da tabela que especifica o contedo das colunas. d) Coluna: espao vertical do centro da tabela reservado aos dados numricos (coluna de dados numricos) ou aos indicadores de linha (colunas indicadoras), que a parte da tabela que especifica o contedo das linhas. Fonte: toda tabela deve ter fonte, inscrita a partir da primeira linha do seu rodap, para identificar o responsvel (pessoa fsica ou jurdica) ou responsveis pelos dados numricos.(IBGE, 1993, p. 20). A Identificao deve ser feita pela palavra Fonte ou Fontes, precedida da identificao do(s) responsvel (is). Recomenda-se que a identificao seja feita por extenso. Quando os dados da tabela tiverem sido trabalhados ou elaborados, o responsvel pela operao deve ser identificado em nota geral. Quando os dados numricos forem extrados de um documento, recomenda-se que seja indicada a referncia do documento. Exemplo: Fonte: Pesquisa industrial 1982-1984. Dados gerais, Brasil. Rio de Janeiro: IBGE, v.9, 410p.

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e) Nota geral: uma tabela deve ter nota geral, inscrita no seu rodap logo aps a fonte, sempre que houver necessidade de se esclarecer o seu contedo geral (IBGE, 1993, p. 20). Exemplo: Fonte: Fundao Instituto Brasileiro Nota: dados trabalhados pelo autor de Geografia e Estatstica IBGE.

5. FASES DE UM RELATRIOGeralmente a elaborao do relatrio passa pelas seguintes fases: a) plano inicial: determinao da origem, preparao do relatrio e do programa de seu desenvolvimento; b) coleta e organizao do material: durante a execuo do trabalho, a. c) redao: recomendam-se umas revises crticas do relatrio, considerando-se os seguintes aspectos: redao (contedo e estilo), seqncia das informaes, apresentao grfica e fsica.

6. ESTRUTURA DO RELATRIO TCNICO-CIENTFICOOs relatrios tcnico-cientficos constituem-se dos seguintes elementos:

6.1 CapaDeve conter os seguintes elementos: Nome da organizao responsvel, com subordinao at o nvel da autoria; Ttulo; Subttulo se houver; Local; Ano de publicao, em algarismo arbico.

6.2 Falsa folha de rostoPrecede a folha de rosto. Deve conter apenas o ttulo do relatrio.

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6.3 Verso da falsa folha de rostoNesta folha elabora-se padronizadamente, a "Ficha catalgrfica" (solicite auxlio ao Bibliotecrio da sua rea, para a confeco da mesma).

6.4 ErrataLista de erros tipogrficos ou de outra natureza, com as devidas correes e indicao das pginas e linhas em que aparecem. geralmente impressa em papel avulsa ou encartada, que se anexa ao relatrio depois de impresso.

6.5 Folha de rosto a fonte principal de identificao do relatrio, devendo conter os seguintes elementos: a) nome da organizao responsvel, com subordinao at o nvel de autoria; b) ttulo; c) subttulo, se houver; d) nome do responsvel pela elaborao do relatrio; e) local; f) ano da publicao em algarismos arbicos.

6.6 SumrioEnumerao das principais divises, sees e outras partes do trabalho, na mesma ordem e grafia em que a matria nele se sucede.

Denominado Contents em ingls, Table des Metires em francs, Contenido em espanhol, a relao dos captulos e sees no trabalho, na ordem em que aparecem. No deve ser confundido com: a) ndice: relao detalhada dos assuntos, nomes de pessoas, nomes geogrficos e outros, geralmente em ordem alfabtico; b) resumo: apresentao concisa do texto, destacando os aspectos de maior interesse e importncia; c) listas: a enumerao de apresentao de dados e informao (grficos, mapas, tabelas) utilizados no trabalho.

6.7 Listas de tabelas, ilustraes, abreviaturas, siglas e smbolos

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Listas de tabelas e listas de ilustraes so as relaes das tabelas e ilustraes na ordem em que aparecem no texto. As listas tm apresentao similar do sumrio. Quando pouco extensas, as listas podem figurar seqencialmente na mesma pgina.

6.8 ResumoDenominado Resum em francs, Abstracts em ingls, Resumen em espanhol, a apresentao concisa do texto, destacando os aspectos de maior importncia e interesse. No deve ser confundido com Sumrio, que uma lista dos captulos e sees. No sumrio, o contedo descrito pr ttulos e subttulos, enquanto no resumo, que uma sntese, o contedo apresentado em forma de texto reduzido.

6.9 TextoParte do relatrio em que o assunto apresentado e desenvolvido. Conforme sua finalidade, o relatrio estruturado de maneira distinta. O texto dos relatrios tcnico-cientficos contm as seguintes sees fundamentais: a) introduo: parte em que o assunto apresentado como um todo, sem detalhes. b) desenvolvimento: parte mais extensa e visa a comunicar os resultados obtidos. c) resultados e concluses: consistem na recapitulao sinttica dos resultados obtidos, ressaltando o alcance e as conseqncias do estudo. d) recomendaes: contm as aes a serem adotadas, as modificaes a serem feitas, os acrscimos ou supresses de etapas nas atividades.

6.10 Anexo (ou Apndice) a matria suplementar, tal como leis, questionrios, estatsticas, que se acrescenta a um relatrio como esclarecimento ou documentao, sem dele constituir parte essencial. Os anexos so enumerados com algarismos arbicos, seguidos do ttulo. Ex.: ANEXO 1 - FOTOGRAFIAS ...... ANEXO 2 - QUESTIONRIOS A paginao dos anexos deve continuar a do texto. Sua localizao no final da obra.

6.11 Referncias bibliogrficasSo as relaes das fontes bibliogrficas utilizadas pelo autor. Todas as obras citadas no texto devero obrigatoriamente figurar nas referncias bibliogrficas. A padronizao das referncias seguida de acordo com a NBR-6023/ago.1989 da ABNT - Associao Brasileira de Normas Tcncias. Algumas pessoasMaria Elizabet Lovera -8-

utilizam as normas americanas da APA - American Psychological Association, diferenciando-se uma da outra em alguns aspectos da estruturao.

6.12 Apresentao grficaModo de organizao fsica e visual de um trabalho, levando-se em considerao, entre outros aspectos, estrutura, formatos, uso de tipos e paginao.

6.13 Negrito, grifo ou itlico.So empregados para: a) palavras e frases em lngua estrangeira; b) ttulos de livros e peridicos; c) expresses de referncia como ver, vide; d) letras ou palavras que meream destaque ou nfase, quando no seja possvel dar esse realce pela redao; e) nomes de espcies em botnica, zoologia (nesse caso no se usa negrito); f) os ttulos de captulos (nesse caso no se usa itlico).

6.14 Medidas de formatao do relatrioMargem superior:............ 2,5 cm Margem inferior:.............. 2,5 cm Margem direita:............... 2,5 cm Margem esquerda:............3,5 cm Entre linhas (espao):........1,5 cm Tipo de letra..................... Times New Roman ou outro tipo de letra serifada(1) Tamanho de fonte:............12 Formato de papel:.............A4 (210 X 297 mm)

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7. CONCLUSOEntre os trabalhos publicados existentes na rea, a divulgao deste roteiro ou manual, incorpora-se ao mundo eletrnico da Internet, o que vem possibilitar o acesso consulta e at mesma impresso de cpias, auxiliando, no aperfeioamento da padronizao de seus relatrios, aproximando-se ao formato padro exigido e aplicado na rea de Metodologia da Pesquisa Cientfica. De outra forma, encontramos dificuldade na apresentao padronizada dos documentos extrados da Internet que necessitam de tratamento bibliogrfico obedecendo aos padres pr-estabelecidos, como os citados anteriormente, ABNT e APA. Sites disponveis na Internet que favorecem a organizao das referncias bibliogrficas, junto a cada tipo de documento indicado na pesquisa (principalmente os eletrnicos) e que no so indicados em manuais impressos. Finalizando, pretendemos conforme as possibilidades, disponibilizar todas as fontes de informao para elaborao de trabalhos, em formato eletrnico pela Internet. Sites para Citaes e Referncias de Documentos Eletrnicos: http://www.elogica.com.br/users/gmoura/refere.html http://ultra.pucrs.br/biblioteca/modelo.htm http://www.bibli.fae.unicamp.br/refbib/curso.html

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REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS:FRANA, J. L. et al. Manual para normalizao de publicaes tcnico-cientficas. 3.ed. rev. aum. Belo Horizonte : Ed. UFMG, 1996. SANTOS, Gildenir C., SILVA, Arlete I. Pitarello da. Norma para referncias bibliogrficas : conceitos bsicos : (NBR-6023/ABNT-1989). Campinas, SP : UNICAMP-FE, 1995. UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN. Biblioteca Central. Normas para apresentao de trabalhos : teses, dissertaes e trabalhos acadmicos. 5.ed. Curitiba : Ed. UFPR, 1996.

Rosemary Passos e Gildenir Carolino Santos (Compiladores) Publicao eletrnica registrada no ISBN: 85-86091- (em curso)

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ALGUMAS CONSIDERAES SOBRE BANCOS DE DADOS

1. INTRODUOAplicao de bancos de dados tem, tradicionalmente, sido um campo com necessidade de tolerncia a falhas, principalmente visando integridade de dados e disponibilidade. Alm disso, gerenciadores de transaes, arquivos de log, checkpointing e outros mecanismos utilizados em bancos de dados tambm necessitam de tolerncia a falhas. Falhas que afetam o hardware e os meios de armazenamento so inevitveis. Em caso de falhas, informaes vitais podem ser perdidas. Desta forma, uma parte essencial no sistema de banco de dados um esquema de recuperao responsvel pela deteco de erros e pela restaurao do banco de dados para um estado consistente, que existia antes da ocorrncia da falha. Estes esquemas de recuperao permitem uma rpida continuidade operacional aps a ocorrncia de uma falha. Apesar de comuns em SGBDs, poucos trabalhos na literatura enfocam a avaliao e validao de tcnicas de recuperao nesses sistemas. Alm disso, o aumento da tendncia do uso de SGBDs em misses crticas e sistemas comerciais crticos levam a um maior interesse por avaliao da confiabilidade e disponibilidade de tais sistemas..

2. ARQUIVO DE LOGA estrutura mais largamente usada para registrar modificaes no banco de dados o log. Na ocorrncia de uma falha de sistema, o log permite levar o banco de dados estvel a um estado consistente. Como s possvel confiar no armazenamento estvel, o SGBD armazena informaes de log no armazenamento estvel alm do banco de dados. O log tem a propriedade de que antes que qualquer mudana de estado feita por uma operao P seja escrita no meio estvel, o registro de log de P e todos os registros precedentes deste registro so escrito no log estvel.Na literatura existem vrios trabalhos que tratam de diferentes tipos de sistemas de log e sua aplicao. Entretanto a informao de qual tcnica implementada nos bancos de dados comerciais no facilmente disponvel.

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LOGHistoria: John Napier nasceu em 1550, e morreu dia 4 de abril de 1617. Era um matemtico escocs. Foi o inventor dos LOGARITMOS. Ele foi educado na universidade de St. Andrew na Europa. Em 1571, Napier voltou Esccia e se dedicou sua corrente propriedade e tomou parte nas controvrsias religiosas do tempo. Ele era um protestante fervente e publicou a influente Descoberta de Plaine de toda revelao de St.John (1593). Seu estudo de matemtica era, portanto, s um passatempo. Em 1614, Napier publicou o seu Mirifici logarithmorum canonis descriptio (Uma Descrio do Maravilhoso Cnon de Logaritmos) que conteve uma descrio de logaritmos, um conjunto de tabelas, e regras para o uso deles. Napier esperou que, por meio dos seus logaritmos, ele salvaria os astrnomos por muito tempo e os livraria dos erros de clculos. Suas tabelas de logaritmos de funes trigonomtricas foram usadas durante quase um sculo. Napier apresentou outro mtodo de simplificar clculos no seu Rabdologiae (1617). Nesse ele descreveu um mtodo de multiplicao que usa barras com nmeros marcados nelas. As barras de Napier, s vezes foram feitas de marfim, ento elas pareciam ossos, e conduziram ao nome de ossos de Napier (Napier's bones). Multiplicao eram feitas colocando os ossos apropriados lado a lado, e lendo os produtos apropriados. Essencialmente este dispositivo era uma tabela de multiplicar com partes mveis. Napier tambm fez contribuies trigonometria esfrica, achou expresses exponenciais para funes trigonomtricas, e foi influente na introduo da notao decimal para fraes.

3.Operaes e EstruturaoTodos ns sabemos existirem gigantescas bases de dados gerenciando nossas vidas. De fato sabemos que nossa conta bancria faz parte de uma coleo imensa de contas bancrias de nosso banco. Nosso Ttulo Eleitoral ou nosso Cadastro de Pessoa Fsica, certamente esto armazenados em Bancos de Dados colossais. Sabemos tambm que quando sacamos dinheiro no Caixa Eletrnico de nosso banco, nosso saldo e as movimentaes existentes em nossa conta bancria j esto nossa disposio. Nestas situaes sabemos que existe uma necessidade em se realizar o armazenamento de uma srie de informaes que no se encontram efetivamente isoladas umas das outras, ou seja, existe uma ampla gama de dados que se referem a relacionamentos existentes entre as informaes a serem manipuladas. Estes Bancos de Dados, alm de manterem todo este volume de dados organizado, tambm devem permitir Atualizaes, incluses e excluses do volume de dados, sem nunca perder a consistncia. E no podemos esquecer que na maioria das vezes estaremos lidando com acessos concorrentes a vrias tabelas de nosso banco de dados, algumas vezes com mais de um acesso ao mesmo registro de uma mesma tabela!

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O fato de montarmos uma Mala Direta em um micro PC-XT, com um drive j faz de ns um autor de um Banco de Dados? Claro que no! Um Banco de Dados , antes de mais nada uma coleo logicamente coerente de dados com determinada significao intrnseca. Em outras palavras um arquivo contendo uma srie de dados de um cliente, um arquivo com dados aleatoriamente gerados e dois arquivos padro dbf (dBase) que tem uma relao definida entre ambos, no pode ser considerada uma Base de Dados Real. Um Banco de Dados contm os dados dispostos numa ordem pr-determinada em funo de um projeto de sistema, sempre para um propsito muito bem definido. Um Banco de Dados representar sempre aspectos do Mundo Real. Assim sendo uma Base de Dados (ou Banco de Dados, ou ainda BD) uma fonte de onde poderemos extrair uma vasta gama de informaes derivadas, que possui um nvel de interao com eventos como o Mundo Real que representa. A forma mais comum de interao Usurio e Banco de Dados, d-se atravs de sistemas especficos que por sua vez acessam o volume de informaes geralmente atravs da linguagem SQL. Os Administradores de Banco de Dados (DBA) so responsveis pelo controle ao acesso aos dados e pela coordenao da utilizao do BD. J os projetistas de Banco de Dados (DBP) so analistas que identificam os dados a serem armazenados em um Banco de Dados e pela forma como estes sero representados. Os Analistas e Programadores de Desenvolvimento criam sistemas que acessam os dados da forma necessria aos Usurios Finais, que aquele que interage diretamente com o Banco de Dados.

BANCO DE DADOS:Conjunto de dados informatizados, logicamente organizados e inter-relacionados, de forma a evitar a repetio de informao e permitir o acesso quela de modo rpido e seguro. Seguindo o conceito acima podemos imaginar a importncia das funes exercidas por um banco de dados. Sem ele no seria possvel armazenar seus clientes, fornecedores, vendas, cheques, lanamentos de conta corrente, etc. Conhecer como se deve trabalhar com o banco de dados no sistema garante segurana s suas informaes. O banco de dados composto de vrios arquivos que, em conjunto, permitem a gravao e a consulta ao seu contedo. A falta ou alterao de um arquivo de forma anormal, pode prejudicar toda a dinmica de um ou mais mdulos, obstruindo este processo.

4. Composio do Banco de DadosArquivos de estrutura do banco de dados (DBF, FPT e CDX): Os arquivos DBF (DataBase File) so as tabelas de alocao de dados. So responsveis pela armazenagem de toda informao cadastrada dentro do sistema nos formulrios (cadastros), os arquivos com extenso .FPT (arquivo de estrutura de memo) armazenam os textos, como campos de observao e, juntamente com os .CDX (arquivo de ndice composto) so responsveis pela organizao e por demais componentes contidos dentro das tabelas (DBFs).Maria Elizabet Lovera - 14 -

- Arquivos de backup (TBK e BAK): Arquivos com esta extenso so cpias de tabela arquivos principais do banco de dados. Arquivos com extenso .TBK so backup de arquivos de memo (.FPT). Os .BAK so backups de tabelas (.DBF) Um Banco de Dados composto pelas seguintes partes: Gerenciador de Acesso ao Disco: O SGBD utiliza o Sistema Operacional para acessar os dados armazenados em disco, controlando o acesso concorrente s tabelas do Banco de Dados. O Gerenciador controla todas as pesquisas queries) solicitadas pelos usurios no modo interativo, os acessos do compilador DML, os acessos feitos pelo Processador do Banco de Dados ao Dicionrio de Dados e tambm aos prprios dados. O Compilador DDL (Data Definition Language) processa as definies do esquema do Banco de Dados, acessando quando necessrio o Dicionrio de Dados do Banco de Dados. O Dicionrio de Dados contm o esquema do Banco de Dados, suas tabelas, ndices, forma de acesso e relacionamentos existentes. O Processador do Banco de Dados manipula requisies prpria Base de Dados em tempo de execuo. o responsvel pelas atualizaes e integridade da Base de Dados. O Processador de Pesquisas (queries) dos usurios, analisa as solicitaes, e se estas forem consistentes, aciona o Processador do Banco de Dados para acesso efetivo aos dados. As aplicaes fazem seus acessos ao pr-compilador DML da linguagem hospedeira, que os envia ao Compilador DML (Data Manipulation Language) onde so gerados os cdigos de acesso ao Banco de Dados. Banco de Dados Universal Usa fortemente o conceito dos bancos de dados relacionais (ainda a serem vistos), no que concerne ao tratamento da informao dita caracter e muito do Modelo Orientado ao Objeto, no tocante ao tratamento de Imagens e Sons. um dos assuntos top do momento, e ser alvo de pesquisas na disciplina Tpicos Avanados - Atualidades, no sendo objeto imediato de nossa matria. Banco de Dados Relacional O Modelo de Dados relacional representa os dados contidos em um Banco de Dados atravs de relaes. Estas relaes contm informaes sobre as entidades representadas e seus relacionamentos. O Modelo Relacional, claramente baseado no conceito de matrizes, onde as chamadas linhas (das matrizes) seriam os registros e as colunas (das matrizes) seriam os campos. Os nomes das tabelas e dos campos so de fundamental importncia para nossa compreenso entre o que estamos armazenando, onde estamos armazenando e qual a relao existente entre os dados armazenados. Cada linha de nossa relao ser chamada de TUPLA e cada coluna de nossa relao ser chamada de ATRIBUTO. O conjunto de valores passveis de serem assumidos por um atribruto, ser intitulado de DOMNIO. Estes tpicos sero estudados cuidadosamente na disciplina Anlise de Sistemas, que se incumbir de apresentar cuidadosamente regras e normas para elaborao destes modelos.

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Em nosso curso, voltado construo prtica dos Bancos de Dados, e no de sua construo tericas, apenas citaremos os aspectos bsicos da construo terica, de forma a facilitar ao estudante o relacionamento que existe entre Anlise de Sistemas e Banco de Dados (uma das sub-disciplinas de Tpicos Avanados). O domnio consiste de um grupo de valores atmicos a partir dos quais um ou mais atributos retiram seus valores reais. Assim sendo Rio de Janeiro, Paran e Par so estados vlidos para o Brasil, enquanto que Corrientes no um estado vlido (pertence a Argentina e no ao Brasil). O esquema de uma relao, nada mais so que os campos (colunas) existentes em uma tabela. J a instncia da relao consiste no conjunto de valores que cada atributo assume em um determinado instante. Portanto, os dados armazenados no Banco de Dados, so formados pelas instncias das relaes. As relaes no podem ser duplicadas (no podem existir dois estados do Par, no conjunto de estados brasileiros, por exemplo), a ordem de entrada de dados no Banco de Dados no dever ter qualquer importncia para as relaes, no que concerne ao seu tratamento. Os atributos devero ser atmicos, isto , no so passveis de novas divises. Chamaremos de Chave Primria ao Atributo que definir um resgistro, dentre uma coleo de registros. Chave Secundria (Terceria, etc), sero chaves que possibilitaro pesquisas ou ordenaes alternativas, ou seja, diferentes da ordem criada a partir da chave primria ou da ordenao natural (fsica) da tabela. Chamaremos de Chave Composta, aquela chave que contm mais de um atributo (Por exemplo um cadastro ordenado alfabticamente por Estado, Cidade e Nome do Cliente, necessitaria de uma chave composta que contivesse estes trs atributos). Chamaremos de Chave Estrangeira, aquela chave que permitir a ligao lgica entre uma tabela (onde ela se encontra) com outra na qual ele chave primria. Exemplo: Cidade Estado * CidCodi * EstCodi CidNome EstNome EstCodi (E) CidCodi e EstCodi, so chaves primrias respectivamente das tabelas Cidade e Estado, enquanto EstCodi chave estrangeira na tabela de cidades. precisamente por este campo (atributo, ou coluna), que ser estabelecida a relao entre as tabelas Cidade-->Estado. Forma normal A disciplina Anlise de Sistemas abordar detalhadamente esta importante metodologia para definio das tabelas iro compor a base de dados, que aqui apenas citaremos. Primeira Forma Normal: Uma relao se encontra na primeira forma normal se todos os domnios de atributos possuem apenas valores atmicos (simples e indivisveis), e que os

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valores de cada atributo na tupla seja um valor simples. Assim sendo todos os atributos compostos devem ser divididos em atributos atmicos. Segunda Forma Normal: Uma relao se encontra na segunda forma normal quando estiver na primeira forma normal e todos os atributos que no participam da chave primria so dependentes desta. Assim devemos verificar se todos os atributos so dependentes da chave primria e retirar-se da relao todos os atributos de um grupo no dependente que dar origem a uma nova relao, que conter esse atributo como no chave. Desta maneira, na segunda forma normal evita inconsistncias devido a duplicidades. Terceira Forma Normal: Uma relao estar na terceira forma normal, quando estiver na primeira forma norma e todos os atributos que no participam da chave primria so dependentes desta porm no transitivos. Assim devemos verificar se existe um atributo que no depende diretamente da chave, retir-lo criando uma nova relao que conter esse grupo de atributos, e defina com a chave, os atributos dos quais esse grupo depende diretamente. O processo de normalizao deve ser aplicado em uma relao por vez, pois durante o processo de normalizao vamos obtendo quebras, e por conseguinte, novas relaes. No momento em que o sistema estiver satisfatrio, do ponto de vista do analista, este processo iterativo interrompido. De fato existem literaturas indicando quarta, quinta formas normais, que no nos parece to importante, nem mesmo academicamente. A normalizao para formas apoiadas em dependncias funcionais evita inconsistncias, usando para isso a prpria construo da Base. Se a mesma consistncia for passvel de ser garantida pelo aplicativo, a normalizao pode ser evitada com ganhos reais no desempenho das pesquisas. No caso da consistncia no ser importante, tambm podemos no normalizar totalmente uma Base de Dados. Exemplo: Normalizar os seguintes atributos: N do Pedido, Nome do Cliente, Nome dos Produtos, Quantidades N do Pedido, Cdigo do Cliente, Nome dos Produtos, Quantidades Cdigo do Cliente, Nome do Cliente N do Pedido, Cdigo do Cliente, Cdigo dos Produtos, Quantidades Cdigo do Cliente, Nome do Cliente Cdigo do Produto, Nome do Produto N do Pedido, Cdigo do Cliente Cdigo do Cliente, Nome do Cliente Cdigo do Produto, Nome do ProdutoN do Pedido, Cdigo do Produto, Quantidade

Cliente CliCodi CliNome

Pedido

Item

Produto ProCodi ProNome

PedNume PedNume CliCodi ProCodi IteQtde

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O esquema apresentado anteriormente poderia ser inferido diretamente, usando metodologia tipicamente apresentada em Organizao e Mtodo. Se soubermos, por hiptese, que um profissional habilitado desenhou o pedido da empresa, e que esta o est utilizando com sucesso, poderamos basear nosso modelo de dados neste formulrio. Devemos notar que muitos Analistas de Sistemas no adotam estes procedimentos, por preferirem os mtodos convencionais para elaborao do Modelo de Dados. Considerando qualquer formulrio de pedidos podemos notar que o Nmero do Pedido geralmente tem destaque e sempre nico, ou seja encontramos nossa chave primria da Tabela de Pedidos, como sabemos que um cliente pode fazer mais de uma compra, achamos nossa Tabela de Clientes, que pode ter um Cdigo, portanto achamos sua chave primria, que por conseguinte ser a chave estrangeira da Tabela de Pedidos. Um ponto delicado, diz respeito aos itens do pedido, que formam geralmente um espao destacado dentro do formulrio de pedidos. Geralmente, e este um dos casos, estas reas em separado dos formulrios daro origem a tabelas filhas, como o caso tpico das duplicatas em notas fiscais, ou dos dependentes na ficha de funcionrios. Portanto achamos nossa Tabela de Itens que ser ligada Tabela de Pedidos atravs do Nmero do Pedido, que ao mesmo tempo chave primria e chave estrangeira para a Tabela de Itens. Finalmente podemos perceber, que da mesma forma como os clientes se repetem em relao a Tabela de Pedidos, os produtos podem se repetir na tabela de itens (observe que no obstante no termos nenhum pedido com o mesmo item grafado duas vezes, este item pode ser adquirido em outro pedido). Assim descobrimos nossa quarta tabela, a Tabela de Produtos e a chave primria Cdigo do Produto.

4.1 Atualizao e Verificao do Banco de DadosDurante o processo de atualizao so criadas novas tabelas dentro do banco de dados, conforme cdigo contido no arquivo executvel. Essa operao permite a expanso dos mdulos do sistema, a adaptao das funes, enfim, do conjunto como um todo. Na verificao da integridade, realizada uma varredura pelos arquivos que compem o banco de dados procura de falhas e problemas na alocao das informaes. Durante este processo realizada uma cpia de segurana de todos os arquivos dentro do diretrio de dados. Este backup criado dentro de uma pasta backup e permite que um ou mais arquivos sejam recuperados, caso ocorra algum problema durante a verificao. Alm da pasta de backup, so criados arquivos .BAK e .TBK de algumas tabelas, sendo que estes ficam gravados dentro do diretrio de dados.

Formato comum de Banco de DadosO banco de dados do sistema Itasoft adaptvel a vrias situaes entre elas, a utilizao atravs da rede e a disponibilizao comum do banco de dados. Isso significa fazer comMaria Elizabet Lovera - 18 -

que vrias reas de trabalho acessem um ou mais bancos de dados ao mesmo tempo. um procedimento que vm facilitar principalmente a consulta de cadastros dentro do Itasoft NXS. Digamos que uma empresa possui duas reas de trabalho e o seu cadastro de produtos seja comum. Quer dizer que a empresa possui 3 (trs) diretrios de dados: um diretrio com os arquivos de dados da rea 1, um diretrio com os arquivos de dados da rea 2 e um terceiro diretrio que contm somente os arquivos correspondentes ao cadastro de produtos. Configurado o utilitrio de criao de banco de dados, o sistema gravar os produtos cadastrados tanto na rea 1, como na rea 2, em um mesmo local, podendo ser consultados nas duas reas todos estes produtos. Veja o mesmo exemplo abaixo:

Criao, alterao e excluso (Utilitrio para o Banco de Dados)

Esse utilitrio um assistente para criao,

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alterao movimentao e excluso de banco de dados, portanto deve ser usado com cautela. Esto localizadas no menu utilitrios > configuraes e possui comandos simples e de fcil compreenso. Vejamos abaixo os utilitrios e seus comandos:

Informar a Localizao de um Banco de Dados j existente:Possibilita configurar o Itasoft NXS trabalhar com um banco de dados j criado anteriormente, mas que foi movido, alterado ou formado no sistema de outra mquina. No campo cdigo para acesso, inclui-se o cdigo que ser utilizado para o acesso rea de trabalho pertencente ao banco de dados. Sempre ao entrar no programa, dever ser informado este cdigo. Informa-se o nome deste banco de dados e nos dois campos mais abaixo, o caminho dos executveis e do banco de dados. O caminho dos executveis deve ser quele onde se encontram os arquivos FAT.EXE e/ou FIN.EXE (geralmente C:\ITASOFT\NXS). Lembre-se de que, se o sistema funcionar em rede, deve-se colocar o caminho em forma de compartilhamento (chamado UNC Conveno Universal de Nomenclatura, ex.: \\SERVIDOR\C\ITASOFT\NXS), caso contrrio no ser possvel acess-lo nos terminais. No caminho do banco de dados, ser colocado o caminho do diretrio de dados (que geralmente est na pasta DADOS ou 1, em ITASOFT\NXS). Caso seja no formato comum, digite o caminho do banco principal da reade trabalho (ex.: C:\ITASOFT\NXS\DADOS) e, separado por um ponto e vrgula ;, indique o diretrio comum de dados (ex.: C:\ITASOFT\NXS\DADOS; C:\ITASOFT\NXS\COMUM). Os diretrios de dados no necessitam estar juntamente com os executveis (na pasta NXS), possibilitando distribu-los no computador ou nos demais terminais da rede conforme sua necessidade. Clique em Registrar o Banco de Dados para finalizar a operao.

Criar um novo Banco de DadosA criao de um banco de dados, forma automaticamente os arquivos de composio necessrios para a funcionalidade da base de dados. Arquivos .DBF, .FPT e .CDX sero reunidos dentro do diretrio desejado. Seguindo a mesma descrio para a incluso de um banco de dados j existente, o campo de localizao do banco de dados, solicita o caminho em que se deseja criar a base de dados, podendo ser este local o prprio computador ou um terminal da rede. Permite-se ainda criar uma nova base de dados a partir de um banco j existente no sistema. Para tanto preencha os campos supracitados e clique emcriar um banco de dados copiando as informaes... e selecione o banco de dados desejado. Para finalizar clique em criar o banco de dados.

Movimentar os arquivos que compem o Banco de DadosPermite a transferncia de tabelas entre os bancos de dados e a formao de reas comuns. Selecione o banco de dados desejado, e os arquivos que devero ser transferidos. Se desejar transferir todos, clique no boto selecionar todos os arquivos. No ltimo campo,determine o caminho do diretrio que ir receber os arquivos selecionados. Caso eles j existam no diretrio de destino, estes sero sobrescritos. Para finalizar, pressione executar as movimentaes.

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Visualizar a distribuio atual do Banco de DadosPermite visualizar na tela do computador a localizao do banco de dados selecionado e de seus arquivos.

Agregando dados por perodosEm alguns casos temos informaes que precisam ser agregadas por perodos especficos, como de cinco em cinco minutos ou de meia em meia hora, para fazer um controle ou anlise mais detalhada dos dados. Esta coluna vai mostrar como fazer este tipo de agregao sem utilizar a tcnica de cursores, que fazem uma leitura de uma linha por vez do banco de dados e efetuam um processamento, onerando o desempenho.Antes de comear a detalhar o problema e a soluo que esta coluna apresenta, recomendo aos leitores que no estejam familiarizados com agregaes que consultem duas colunas minhas aqui do iMasters: a coluna Funes de agregao em uma instruo SELECT, publicada em 11/03/2002, e a coluna Totalizando dados com ROLLUP e CUBE, publicada em 11/06/2003. Ao final desta coluna existe uma lista que contm o material j publicado aqui no iMasters contendo links para estas matrias. Ao final do artigo ser apresentado um link para download de um arquivo compactado que contm o script os comandos de criao da tabela, os objetos criados e a querys utilizadas no artigo. A massa de testes tambm disponibilizada para que o leitor possa testar o que foi apresentado nesta coluna. Para exemplificar a agregao de valores por perodos, vou utilizar uma tabela simples que contm dados de autoria de logins efetuados com sucesso em sistema. A estrutura da tabela mostrada na Figura 1 e suas colunas so descritas na seqncia.

Figura 1. Estrutura da tabela utilizada nos exemplos

ID_LOGIN: Esta coluna contm um identificador nico para cada login no sistema. DATA_LOGIN: A data em que o login foi efetuado. USER_LOGIN: Qual foi o login do usurio utilizado. MODULO_LOGIN: Qual o mdulo que este usurio acessou. ESTACAO_LOGIN: De qual estao que o usurio acessou. NIVEL_AUTO_LOGIN: Qual o nvel de autorizao deste login. Esta tabela conter um registro para cada login efetuado no sistema. Como dito anteriormente, ela ser utilizada somente para exemplificar a agregao por perodos. Poderemos aplicar as tcnicas de agregao aqui apresentadas em outras situaes similares que exigirem o agrupamento de informaes por perodos. Apesar da tabela possuir vrias colunas, a que mais nos interessar ser a coluna DATA_LOGIN, pois atravs dela que iremos agrupar os dados. O agrupamento ser feito utilizando a funo de agregao COUNT(*), pois o que queremos saber

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quantos usurios fizeram login no sistema em um determinado perodo. A massa de testes contm 10.000 registros que possuem vrios horrios diferentes, todos com a data do dia 10/10/2004. Os demais campos possuem valores que so repetidos entre os registros, pois so irrelevantes para o agrupamento. Fazendo um SELECT simples para verificar os dados obteremos o resultado apresentado na Figura 2.

SELECT TOP 10 * FROM TB_LOGLOGIN_USER

Figura 2. Os dez primeiros registros da tabela

A primeira agregao que gostaramos de fazer por hora, para determinar quantos logins foram feitos a cada hora do dia. Esta agregao no muito complicada: o que devemos fazer trabalhar no valor do campo que ser utilizado na clusula GROUP BY da instruo SELECT. Como desejamos agrupar por hora, o que temos a fazer agrupar pela data at a hora. Isso pode ser feito atravs da converso da coluna DATA_LOGIN, que do tipo DATETIME, para o tipo VARCHAR, com um formato de data especfico. Feito esta converso, devemos obter a data s at a hora, para a sua agregao. Como exemplo, vejam a query abaixo que retorna a data atual completa, a data atual convertida para VARCHAR e a data atual com o valor somente at a hora. -- RETORNA A DATA ATUAL COMPLETA, -- A DATA ATUAL CONVERTIDA PARA VARCHARE A DATA ATUAL COM O VALOR SOMENTE AT A HORA SELECT GETDATE() AS DATA_ATUAL , CONVERT(VARCHAR(19),GETDATE(),120) AS DATA_ATUAL_VARCHAR ,CONVERT(VARCHAR(13),GETDATE(),120) AS DATA_ATUAL_HORA Agora que j temos como obter uma parte da data at a hora, vamos agrupar os dados com este valor.Para melhorar a visualizao dos dados, vamos concatenar a string 00:00.000 data para representar a hora cheia e ordenar o resultado pela data. A query que agrega os dados mostrada a seguir e o seu resultado aparece na Figura 3.

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-- AGREGANDO POR HORA E ORDERNANDO POR DADA SELECT CONVERT(VARCHAR(13),DATA_LOGIN,120)+ :00:00.000 AS HORA,COUNT(*) AS QTD FROM TB_LOGLOGIN_USER GROUP BY CONVERT(VARCHAR(13),DATA_LOGIN,120)+ :00:00.000 ORDER BY CONVERT(VARCHAR(13),DATA_LOGIN,120)+ :00:00.000

Figura 3. Agregando os dados por hora cheia

Se desejarmos agregar por minuto, dez minutos ou por segundo, podemos seguir o mesmo raciocnio, sempre agregando por parte da data. Outra modificao til pode ser a ordenao das informaes: se desejarmos obter qual o perodo que tem a maior quantidade de logins basta mudarmos o campo na clusula ORDER BY. Um detalhe: se no houver nenhum login durante o perodo ele no agregado e por conseqncia este perodo no aparecer nos resultados.O script disponibilizado no final do artigo contm querys que fazem as agregaes por outros perodos e outras ordenaes, seguindo o mesmo raciocnio. At aqui vimos como fazer para agregar por partes da data. Mas e se desejarmos agregar os dados por perodos que no so facilmente obtidos por partes da data, como a cada 5, 15 ou 30 minutos? Para resolver este problema devemos definir como devemos considerar uma data dentro de um perodo. Por exemplo, se quisermos agregar de cinco em cinco minutos, temos que encaixar todas as datas nestes perodos. Faremos isso da seguinte maneira: analisaremos o dgito que est na posio da unidade dos minutos. Se este valor for 0,1,2,3 ou 4, a data ser considerada como minuto com final 0. Se o

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valor for 5,6,7,8 ou 9 ele ser considerado como minuto de final 5. Com isso teremos datas no grupo de datas com minuto final 0 e outras datas no grupo com minuto final 5. Para facilitar a implementao desta pequena regra, vamos criar uma User Defined Function (UDF) que receber como parmetro uma data, e retornar uma data com o dgito do minuto acertado, de acordo com qual grupo esta data pertence. O cdigo fonte desta UDF mostrado na seqncia: -- ESTA FUNO VAI ENCAIXAR A DATA EM UM DETERMINADO INTERVALODE 5 EM 5 MINUTOS CREATE FUNCTION dbo.CALC_5_MIN(@DT DATETIME) RETURNS DATETIME AS BEGIN DECLARE @RET DATETIME DECLARE @DIG INT -- OBTENDO O DIGITO DA UNIDADE DO MINUTO SET @DIG = SUBSTRING(CONVERT(VARCHAR(16),@DT,120),16,1) -- VERIFICANDO EM QUAL INTERVALO A DATA DEVE SER ENCAIXADA IF @DIG