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1 COLÉGIO ESTADUAL JARDIM CONSOLATA ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO Rua Adoniran Barbosa, 620 – Jardim Consolata Cascavel – Paraná CEP: 85.815-240 FONE: (45) 3229 – 7247 / (45)3227-4512 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO VOLUME I Projeto Político Pedagógico encaminhado ao Núcleo Regional de Educação de Cascavel e Secretaria de Estado da Educação Curitiba - PR Cascavel 2010

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COLÉGIO ESTADUAL JARDIM CONSOLATA ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

Rua Adoniran Barbosa, 620 – Jardim Consolata Cascavel – Paraná CEP: 85.815-240 FONE: (45) 3229 – 7247 / (45)3227-4512

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

VOLUME I

Projeto Político Pedagógico encaminhado ao Núcleo Regional de Educação de Cascavel e Secretaria de Estado da Educação Curitiba - PR

Cascavel 2010

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

VOLUME I

3

AGRADECIMENTOS

Em meio a tantos horizontes que se descortinaram com a nova LDBEN, 9394/96, o

Colégio Estadual Jardim Consolata reorganiza sua função contando com a participação ativa

de toda a comunidade escolar.

A todos que têm contribuído na construção do Projeto Político Pedagógico para que

esta se torne uma realidade na sala de aula o nosso agradecimento, especialmente ao grupo de

professores e funcionários, que num profícuo trabalho dedicaram seus esforços.

Este trabalho leva-nos a compreender que não podemos ser Estrela e sim Constelação,

“Educar” com atos, palavras, atitudes e particularmente com coração aberto.

Equipe Administrativa e Pedagógica do COLÉGIO ESTADUAL JARDIM CONSOLATA .

4

APRESENTAÇÃO

Ao construirmos o Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Jardim

Consolata, lançamo-nos à frente, com base nas conquistas existentes e nos objetivos que

almejamos. Vivemos um momento em que se faz necessária a união de todos os esforços para

a construção de uma escola comprometida com o resgate dos valores morais e éticos, sem

perder de vista a importância da socialização, transmissão e reconstrução de conhecimento.

Sabe-se que este Projeto busca um rumo, uma direção e que o mesmo é um compromisso

definido coletivamente. A organização do Projeto Político Pedagógico pressupõe a formação

de um cidadão crítico, criativo, responsável e participativo - sujeito histórico capaz de

reinventar a autonomia do ser humano na construção da democracia e da justiça social.

Projeto Político Pedagógico é a construção coletiva da identidade da escola

pública, popular, democrática e de qualidade para todos. O Projeto define uma concepção de

homem, sociedade, conhecimento, educação, cultura, cidadania, ensino, aprendizagem e

avaliação articulada à dimensão política pedagógica de produzir uma concepção de educação

e sociedade democrática.

Todo Projeto supõe ruptura com o presente e promessas para o futuro. Projetar significa tentar quebrar um estado confortável para arriscar-se, atravessar um período de instabilidade e buscar uma estabilidade em função de promessa de cada projeto contém estado melhor do que o presente. Um projeto educativo pode ser tomado como promessa frente determinadas rupturas. As promessas tornam visíveis os campos de ação possível, comprometendo seus atores e autores.( GADOTTI, 2001)

A atualidade exige da escola um grande desafio à educação. Cabe fornecer, de

algum modo, a cartografia de um mundo complexo e constantemente agitado e, ao mesmo

tempo, a bússola que permita navegar através dele. Nesse novo contexto que vem se

desenhando, uma resposta puramente quantitativa à necessidade insaciável da educação já não

é possível e nem mesmo adequada. Não basta acumular tão-somente determinada quantidade

de conhecimentos, é necessário apropriar-se deles, redimensioná-los, atualizá-los, dinamizá-

los ao longo da vida e para a vida. À luz desse pressuposto o Colégio Estadual Jardim

Consolata visa à superação do isolamento e da inércia pedagógica, avançando com a criação

de estratégias de ensino e aprendizagem, construídas no próprio processo educativo da escola,

com a finalidade de avaliar e reconstruir a complexidade das relações sociais presentes no

espaço escolar que expressem a necessidade de mudança.

5

Ao propor o Projeto Político Pedagógico, essa instituição escolar vislumbra uma

escola que esteja em permanente construção, preocupa-se em instaurar uma forma de

organização de trabalho pedagógico que desvele os conflitos e as contradições, explicitando o

compromisso com a formação do cidadão. A execução de um projeto pedagógico de

qualidade deve, nascer da própria realidade tendo como suporte a explicitação das causas dos

problemas e das situações nas quais tais problemas aparecem e ser uma ação articulada de

todos os envolvidos com a realidade escolar.

6

SUMÁRIO

1 MARCO SITUACIONAL............................................................................. 8 1.1 Identificação da Instituição.......................................................................... 8 1.2.Planilhas de Turmas e Matrículas 2010................................................. 13 2. TRAJETÓRIA HISTÓRICA......................................................................... 14 2.1. Caracterização Sócio – Econômica Cultural da Comunidade Escolar....... 16 2. JUSTIFICATIVA......................................................................................... 19 4. OBJETIVO...................................................................................................... 21 5. PRINCÍPIOS NOTEADORES DA EDUCAÇÃO........................................ 22 6. DIVERSIDADE EDUCACIONAL................................................................ 23 6.1 Cultura afro-brasileira e africana................................................................. 24 6.2 Educação Indígena........................................................................................ 25 6.3 Educação no Campo...................................................................................... 26 7. INCLUSÃO EDUCACIONAL....................................................................... 27 7.1 Sala de Recursos........................................................................................... 27 7.1.1 Intervenções Pedagógicas para atendimento a alunos com dificuldade de aprendizagem (Sala de Recursos)...................................................................... 28 7.2 Sala de Apoio à Aprendizagem..................................................................... 29 7.2.1 Intervenções Pedagógicas para atendimento a alunos com dificuldade de aprendizagem (Sala de Apoio)............................................................................. 32

7.3 Adequação Curricular para Aluno com Necessidade de Ações Educacionais Diferenciadas........................................................................................................ 34 8 DESEMPENHO ESCOLAR MEDIANTE INSTRUMENTOS AVALIATIVOS NACIONAIS........................................................................... 35 8.1 Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb 35

8.2 Prova Brasil e Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb).. 36 9 ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO................................................................. 37 10. AGENDA 21................................................................................................. 38 11. PERFIL DOS SEGMENTOS DA ESCOLA............................................. 42 11.1 Perfil da Direção........................................................................................ 42 11.2 Perfil da Equipe Pedagógica...................................................................... 42 11.3. Perfil do Corpo Docente........................................................................... 43 11.4 Perfil dos Agentes Educacionais II........................................................... 44 11.5 Perfil dos Agentes Educacionais I............................................................. 44 12. MARCO CONCEITUAL............................................................................ 45 13. FUNÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO............................ 51 14. MARCO OPERACIONAL......................................................................... 52 14.1 Plano de Ação do Estabelecimento........................................................... 52 14.2 Plano de Ação da Equipe Pedagógica Escolar.......................................... 52 14.3 Plano de Ação do Laboratório de Biologia................................................ 54 14.4 Plano de Ação da Biblioteca....................................................................... 55 14.5 Plano de ação do Laboratório de Informática............................................ 57 14.6 Plano de Ação dos Agentes Educacionais ................................................. 59 14.7 Plano de Ação Do Conselho Escolar.......................................................... 59 14.8 Plano de Ação da APMF - Associação de Pais, Mestres e Funcionários.. 60 14.9 Plano de Ação do Grêmio Estudantil.......................................................... 61 14.10 Sistema de Avaliação do Estabelecimento de Ensino ............................. 62

7

14.11 Conselho de Classe.................................................................................... 68 14.12 Enfrentamento à Evasão Escolar.............................................................. 71 14.13 Proposta de Recuperação de Estudos...................................................... 75 14.14 Regime de Progressão Parcial.................................................................. 75 14.15 Estudos sobre o Estado do Paraná............................................................ 76 14.16 Língua Estrangeira Moderna Ofertada.................................................... 77 14.17 Gestão Democrática.................................................................................. 77 14.18 Organização da Hora – Atividade............................................................. 78 14.19 Formação Continuada................................................................................ 78 14.20 Avaliação Institucional .............................................................................. 79 15. AVALIAÇÃO DO PPP.................................................................................. 81 16. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................... 83

8

1. MARCO SITUACIONAL

1.1. Identificação da Instituição

O COLÉGIO ESTADUAL JARDIM CONSOLATA - Ensino Fundamental e Médio,

situa-se à rua Adoniran Barbosa 620, no Bairro Consolata, na cidade de Cascavel - Paraná,

com o telefone (45) 3229-7247 – 3229-1034 – 3227-4512.

O prédio é estadual, atende a educandos das séries finais do Ensino Fundamental e

Ensino Médio.

O Colégio Estadual Jardim Consolata teve seu funcionamento autorizado pela

Resolução 570/83 publicada no Diário Oficial do Estado em 05 de abril do ano de 1983. O

Reconhecimento do Estabelecimento foi publicado no Diário Oficial em 07 de abril de 1987

pela Resolução nº 1195/87, a mesma Resolução reconhece o Curso do Ensino de 1º grau. No

Diário Oficial do Estado de 16 de julho de 2003, foi renovado o Reconhecimento do Ensino

Fundamental pela Resolução 1527/2003.

O curso Educação Geral foi reconhecido oficialmente em 26 de abril de 1993, pela

Resolução 1855/93, com renovação do Reconhecimento do Ensino Médio pela

Resolução1768/03 publicada no Diário Oficial de 11 de agosto de 2003.

O Regimento Escolar do Estabelecimento encontra-se reconhecido pelo Ato

Administrativo de nº 126 datado de 20 de agosto de 2002.

O terreno é amplo, lugar alto e bem localizado no Bairro.

Em sua estrutura física o colégio conta com:

Secretaria

Banheiros masculinos

Banheiros femininos

Sala da Equipe Pedagógica

Sala da Equipe de Direção

Sala de professores

Ambiente para laboratório de estudos científicos

Biblioteca

Banheiro feminino e masculino para servidores

9

Laboratório de informática

Depósitos

Cantina comercial

Despensa

Cozinha

Saguão coberto

Passarelas

16 salas de aula

Uma quadra de esporte descoberta

Uma quadra de esporte coberta

Conta com um grupo de educadores (professores e funcionários) comprometidos

com a educação, todos os professores são licenciados sendo a maioria pós-graduados.

NOME FUNÇÃO FORMAÇÃO PÓS GRADUAÇÃO Adilor Pereira Ramos Professor Ciências Ciências Alceu Martins Junior Professor Educação física - Amarildo de Paula Leite Professor Matemática - Ana Claudia B. de Andrade

Professora Matemática Ensino de Matemática

Anderson C. C. de Oliveiro

Professor História -

Andrea S. Monte Blanco Kanehisa

Professora Matemática -

Angela Luis Vida Professora Letras -Português / Inglês

-

Antonio Casanova Agente Educacional II

Pedagogia -

Antônio Juarez Dornelles Professor História Educação Especial Arceni Matthes Professora Geografia Augusto Alves de Souza Professor Matemática Matemática Beverli Alves Pereira Chiamulera

Professora Ciências/Biologia Biologia

Celia Regina Scheid Secretária Letras (Português e Inglês)

Estudos Literários

Claudete Carmo Pereira Professora Ciências Metodologia do Ensino-Aprendizagem de Ciências no

Processo Educativo Cleni Machado Dias Serviços Gerais Ensino Médio e profis.

em Segurança do trabalho

-

Creuza Terezinha Antunes dos Santos

Direção Auxiliar

Pedagogia Supervisão e Orientação

Cristina Alves dos Santos Professora Ciências Sociais Educação e Gestão

10

Deborah Cristina Kich de Los Stos

Equipe Pedagógica/

Profesora

Ed. Física e Pedagogia Didática e Met. do Ensino

0ilair de Fatima Santos Serviços Gerais Ensino Fundamental -

Edite Salete Taparo Professora História e Geografia História Elizabeth Pereira Martins Professora Matemática Matemática e Orientação

Fabiana Pereira Martins Professora Letras Lingüística

Fernanda Pedrita Vicente Professora Letras – Português / Inglês

Educação Especial

Franciele Krindges Vieira Professora Filosofia História da fil. Moderna e contemp. – Em curso

Gisele Walz Professora Ciências c/ hab. em matemática

Metodologia da Matemática

Isaura Garbacheski Tussi

Equipe Pedagógica

Pedagogia Fund. da Educ./ Pesq. Planejamento e Adm. Em Educação / e Educação

Especial . Isolde Terezinha Fillmann

Professora Educação Física Educação Especial

Jaqueline Aparecida Ferla Professora Matemática - Jaqueline Cerezoli Professora Letra – Português/Inglês - João Henrique Guarienti Dal'maso

Professor Matemática Práticas do Ensino da Matemática – Em curso

João Marcos dos Santos Agente Educacional II

Ensino Médio

Jomar Vieira Rocha Diretor Química Educação Especial Karen Strapasson Bordiga Professora Geografia - Katia Omori Antunes de Oliveira

Agente Educacional II

Ciências Contábeis (em curso)

-

Licelda Zanchetti da Luz Professora História Historiografia Contemporânea

Lucas Alberto Fumagali Professor Geografia - Luciana Judite Signori Professora Letras – Português /

Inglês Educação Especial

Lucimar Aparecida Pagliosa

Professora Ciências e Biologia Mestrado em agronomia

Luis Jovani Tavares Professor Educação Física Pedagogia Religiosa

Luiz Carlos dos Santos Morais

Professor Ciências e Matemática Metodologia do Ens. da Matemática

Marcelina de Souza Moura

Agente Educacional I

Pedagogia -

Marcelo Elzio Rodrigues Professor Matemática Ensino da Matemática e Física

Márcia Mendes da Fonseca

Professora Letras (Portug. e Inglês) Português e Literatura

11

Maria da Silva Rubim Serviços Gerais Ensino Fundamental -

Maria de Fatima de Oliveira

Assist. de Execução

Biologia Microbiologia Aplicada

Maria de Fatima Galbiatti Professora Geografia - Maria de Lourdes V. C. Silvério

Equipe Pedagógica

Pedagogia Administração, Supervisão e Orientação Educacional

Maria do Carmo B. do Amaral

Professora Letras – Português / Inglês

Língua, Literatura e Ensino

Maria Rita dos Santos Agente Educacional II

Pedagogia – Cursando -

Maria Vieira Antunes Rocha

Serviços Gerais Ensino Fundamental -

Marilina M. de M. Moreira

Professora Letras (Portug. e Inglês) -

Marinês Lazzaron Guisilini

Professora Letras – Português / Inglês

-

Marines Muller Alessandretti

Agente Educacional II

Pedagogia -

Marisa Strassburger Professora Letras - Portugues - Mariza Balen Slongo Professora Historia Administração, Supervisão e

Orientação educacional Marlene de Fátima Pereira

Professora Educação Física -

Marli Aparecida Bencz Professora Letras – Português /Espanhol

Língua Espanhola

Nelci Terezinha P.Lopes Professora Matemática - Nilceia R. da Silva Limanski

Professora Letras – Português/Italiano

-

Nilson Espedito Pedro Serviços Gerais Ensino Fundamental -

Noeli dos Santos Mikulski

Agente Educacional I

Pedagogia -

Noemi Terezinha de Souza

Agente Educacional I

Ensino Médio -

Odete Meith Fernandes Professora Letras – Português Interdisciplinaridade na Educação

Osmar Provin Professor Letras (Portug. e Inglês) Técnicas de Produção de Texto

Paulino Pereira da Luz Professor História Metod. Cientifica, Planej., Gestão e Avaliação do Serviço Público - Em

curso

Raquel Mattana Professora Letras (Portug. e Inglês) Língua Portuguesa – Teoria e Prática

Roseli Frederico Cheffer Professora Santina de Lima Bezerra E Silva

Serviços Gerais Ensino Médio

Sidnei Antonio da Silva Professor Filosofia -

12

Silvana Aparecida Medeiros

Professora Letras (Portug. e Inglês) Administração, Supervisão e Orientação educacional

Sirvania dos Stos Fonseca Marques

Agente Educacional II

Administração (cursando)

-

Sonia da Silva Muller Agente Educacional II

Ensino Médio -

Sueli Aparecida de Lima Serviços Gerais Ensino Fundamental

Taciana Karina Geraldi Professora Geografia Geografia, Planejamento e Gestão Ambiental

Tania Maria Paczkowski de Morais

Professora Letras (Portug. e Inglês) Português Lit. e Ensino e Metodologia em Português

Telma Liberatore Gregolin

Professora Ciências

Veroni Magalhães Professora Biologia - Simone Aparecida de Lima

Agente Educacional II

História Geografia e História

Flavia Danieli Rech Cassol

Professora Ciências Educação de Jovens e Adultos

Nilza de Fátima Soares Marcelino

Equipe Pedagogica

Pedagogia -

Eleandro Miguel da Silva Professor Eng. Química - Edileusa Fernandes A. Ferreira

Professora Ciências Didática e Metodologia do Ensino

Florinda da Silva Oliveira Equipe Pedagógica

Pedagogia Gestão de qualidade e produtividade

Janete Bedendo Rossi Equipe Pedagógica

Pedagogia -

Santina Salete Grazioli Equipe Pedagógica

Pedagogia

Rosi Rodrigues da Luz Casemiro

Serviços Gerais Ensino Médio -

13

1.2. Planilhas de turmas e matrículas na Educação Básica, séries finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio – 2010

Ens. Fund. 6ª A 7ª A 7ª B 7ª C 8ª A 8ª B 8ª C - - - Nº alunos 32 32 35 30 33 34 36 TOTAL Ens. Médio 1º A 1º B 1º C 2º A 2º B 2º C 3º A 3º B - - Nº alunos 36 36 36 33 34 28 38 28 TOTAL

TOTAL DE ALUNOS MATRICULADOS NO PERÍODO VESPERTINO Ens. Fund.

5ª A 5ª B 5ª C 5ª D 5ª E 5ª F 5ª G 6ª B 6ª C 6ª D 6ª E

25 30 30 29 23 25 21 36 34 35 32 6ª F 7ª D 7ª E 7ª F 8ª D 8ª E Nº alunos 33 31 30 27 37 36 TOTAL

TOTAL DE ALUNOS MATRICULADOS NO PERÍODO NOTURNO

Ens. Médio 1º D 1º E 2º D 2º E 2º F 3º C 3º D - - - Nº alunos 37 36 31 30 29 45 44 TOTAL

ALUNOS DO ESTABELECIMENTO

ENSINO FUNDAMENTAL: 706

ENSINO MÉDIO: 508

TOTAL GERAL: 1.244

TOTAL DE TURMAS

ENSINO FUNDAMENTAL: 24

ENSINO MÉDIO: 15

14

2. TRAJETÓRIA HISTÓRICA

O COLÉGIO ESTADUAL JARDIM CONSOLATA - Ensino Fundamental e Médio

de Cascavel, teve sua criação por força da Resolução 570/83, no dia 1º de março de 1983,

veiculada através do Diário oficial nº 1508 do dia 05/03/83 à página 33, pelo então Secretário

de Estado da Educação Dr. Iran Martins Sanches.

Inicialmente era apenas Escola Municipal Terezinha Picolli Cezarotto, pertencente

somente ao município, com ensino de 1ª a 4ª séries.

Como a demanda de matrícula para a 5ª série era bastante grande neste bairro,

através da Resolução acima citada institui-se no mesmo prédio, o ensino regular de 5ª a 8ª

séries, sob direção estadual.

O ano letivo teve seu início no dia 15 de março de 1983, com três (3) turmas de 5ª

séries, e a direção esteve a cargo da professora Iracema Leandro da Silva Alves. Com o

falecimento da mesma em 26/07/1983, assumiu provisoriamente o cargo a professora Milza

Rodrigues Gawlik até 20/02/1984.

A partir do dia 22/03/1984 assumiu a direção a professora Ivone Gausmann Sturmer,

através da Resolução 1567/84 e Portaria 2559/84, para exercer as funções com dois padrões,

atendendo pela direção e direção auxiliar deste Estabelecimento de Ensino.

Em eleição realizada em 20 de novembro de 1985, a professora acima citada que, até

então, respondia pela direção por indicação da Inspetoria, foi votada e eleita pela vontade e

votos dos pais e da comunidade para responder pelo cargo e período de dois anos. foi

empossada em 30/12/1985 conforme a Resolução 5572/85 desempenhando a função até

30/12/1987.

Neste mandato foi construído o segundo bloco, com seis salas de aula, uma sala para

professores e dois banheiros, também adquiriu o reconhecimento para o funcionamento do

primeiro grau, através da Resolução 1195/87 de março de 1987.

Segundo normas preestabelecidas, houve eleição para direção, no ano de 1987, tendo

sido eleita para o cargo a professora Enedina Terezinha da Silva Sirtoli, que assumiu dia

28/11/1987, através da Resolução 4884/87, sendo que no ano de 1989 a escola conseguiu a

implantação do 2º grau, a partir do esforço de três anos de luta.

A professora Enedina foi reeleita e continuou na administração conforme Resolução

3337 de 02/01/1990, onde atuou até maio de 1991.

15

Em sua gestão, construiu duas canchas (uma iluminada), duas salas de aula de

madeira e o muro da escola.

Com a ação conjunta da professora Enedina e Ivone na direção, orientação e

supervisão conseguiram uma brilhante participação da escola nos eventos como: competição

artística, campeonato esportivo, gincana, encontros, procurando envolver pais, alunos e

professores.

Em 1991 foi designada pelo Núcleo para assumir a direção a professora Luiza

Rodrigues Rubin, através da Portaria 0376/91, por quatro meses.

No mesmo ano foi designada à professora Antonia Rossi, através da Portaria 01371

de 18/11/1991, Diário Oficial 3658 do dia 10/12/1991.

Em sua gestão que foi de 1991 a 1995, o Estabelecimento teve o Reconhecimento do

2º grau através da Resolução 1855/93 publicada no Diário Oficial de 26/04/1993.

Em 1995 houve eleição direta para diretor, vencendo o professor Augusto Alves de

Souza, nomeado pela Resolução 04622/95 com seu primeiro mandato de dois anos e reeleito

para mais três anos designado pela Resolução 04348/87.

No ano de 2001, a Escola passou a ser administrada pela professora Ângela Luis

Vida, nomeada pelo NRE, portaria 0405/01 publicada no DOE em 13/03/2001.

No mesmo ano houve consulta à comunidade, tendo o voto do núcleo com peso de

20% do colégio eleitoral sendo o que definiu a eleição, assumindo então o professor João

Henrique Guarienti Dal’ Maso em janeiro de 2002, com a gestão até 31/12/2003.

Em novembro de 2003, houve eleição, sendo o professor Paulino Pereira da Luz e o

diretor auxiliar Amarildo de Paula Leite vencedores, com a Resolução 4254/04 DOE

23/01/04, com o mandato até 31/12/2005.

Em novembro de 2005, nova eleição para diretores, desta vez, o professor Paulino

Pereira da Luz como diretor e diretor auxiliar Elias Alves de Souza, para assumir o mandato

em 2006.

Em outubro de 2008, nova eleição para diretores, desta vez o professor Jomar Vieira

da Rocha como diretor e diretor - auxiliar Cleusa T. Antunes dos Santos, para assumir o

mandato em 2009.

16

Caracterização Sócio – Econômica Cultural da Comunidade Escolar

Pesquisa por amostragem realizada a partir de questionários distribuídos pela

equipeadministrativa à todas as famílias no ato da matrícula no ano de 2006.

1) O aluno mora com:

2) Situação Habitacional

3) Grau de instrução dos pais

4) Quanto ao emprego

89%

8%2% 1%

Pais Avós Tios Outros familiares

75%

16%

8% 1%

Casa própria Casa alugadaCasa Cedida emprestada Não responderam

25%

24%39%

7% 5%

1ª a 4ª série 5ª a 8ª série Ensino Médio

Curso Superior Não responderam

49%

25%

11%3%2% 8% 2%

Os pais estão empregados

Só o pai está empregado

Só a mãe está empregada

O Pai e o aluno estão empregados

Só os irmãos estão empregados

Todos estao desempregados e sobrevivem com auxilio de outraspessoasNão responderam

17

5) Renda familiar

6) Quanto á saúde: A família utiliza:

7) Quanto a religiosidade

1 a 3 Salários mínimos 3 a 5 salários mínimosMais de 5 salários Não responderam

89%

9%1%

1%

Unidade básica de saúde FarmáciasRemédios caseiros Não respondeu

76%

21%

1% 2%

Católica Evangélica Outra religião Não responderam

18

8) Como o aluno aproveita seus momentos de lazer 9) O aluno integra algum projeto

social

10) Distância de casa à escola

70%8%

1%19% 2%

TV Jogos Passeios Festas Não responderam

72%

26%

2%

Não Sim Não responderam

44%

42%

13% 1%

1 a 5 quadras 5 a 10 quadrasOutro bairro Não responderam

19

3. JUSTIFICATIVA

Este Projeto Político - Pedagógico justifica-se pela necessidade da escola de

organizar o trabalho escolar envolvendo todos os seus integrantes dentro de um processo

democrático, de acordo com suas necessidades, tendo autonomia e responsabilidade no

processo, contando com a cooperação de todas as instâncias governamentais.

Tal organização implicará nas estruturas administrativas e pedagógicas, ou seja, na

disposição dos recursos humanos, físicos e financeiros bem como nas questões do ensino-

aprendizagem e do currículo.

Justifica-se também pelo fato de precisarmos rever as ações, as práticas já postas e

vistas como corretas por uma determinada época e ainda estabelecida na escola de modo a

confrontar experiências, para então re-elaborar, os métodos, práticas, atitudes, as bases, a

estrutura já sedimentadas com o tempo, reluta-se em mudar, uma vez que mudanças podem

significar abalos, rupturas e interferências.

A construção do Projeto Político - Pedagógico nada mais é do que um contínuo

processo de equilíbrio-desiquilíbrio-equilíbrio, necessário sempre a uma gestão democrática

que tem como um dos principais objetivos a coletividade.

É intenção do Projeto Político - Pedagógico desenvolver um trabalho conjunto no

qual a igualdade, a qualidade do ensino, a inclusão e a reciprocidade sejam o ápice do

processo.

Deste modo, reorganizar o interior da escola, pautando-se na gestão

democrática, com sua intrínseca relação com o Projeto Político - Pedagógico, implica

participação com iguais oportunidades de decisão e ação no processo da administração

democrática. Nessa premissa, a cada ano a comunidade escolar será convocada no início e no

meio do ano, a fim de olhar, conhecer, rever o PPP e propor mudanças para o mesmo. É desta

forma que é conduzida a escola para que não perca a sua especificidade democrática e por

isso necessita de muito diálogo e participação.

Tendo em vista que a intenção deste colégio é a construção coletiva do

conhecimento, observa-se uma necessidade de rompimento com as práticas individualistas

uma vez que estas práticas acarretam à formação do aluno uma série de inconvenientes, pois

os mesmos podem observar que o corpo docente age com diferentes critérios em relação à

disciplina, a valores e outras práticas.

20

Na medida em que todos os profissionais da educação soltarem as amarras da

impaciência, da indisposição, da irresponsabilidade, do individualismo, do preconceito e da

exclusão e olharem para o mesmo ponto, perseguindo o mesmo objetivo das escolas

preocupadas com a transformação social do aluno é que a gestão democrática será realidade e

a construção do Projeto Político - Pedagógico será válida.

Acreditamos que a preocupação e empenho dos profissionais da educação com a

constante avaliação de suas práticas pedagógicas também justificam a necessidade da

construção e reconstrução do Projeto Político - Pedagógico.

21

4. OBJETIVO

Pautando-se em uma política de gestão democrática, o Projeto Político - Pedagógico

tem como objetivo organizar o trabalho escolar num processo de construção coletiva,

incluindo todos os segmentos da comunidade escolar, levando em consideração suas idéias e

opiniões, construções, no sentido de elaborá-lo e implantá-lo num ambiente em que haja

autonomia, participação, métodos e atitudes democráticas, bem como responsabilidade por

parte de todos nas discussões, estudos, que deverão fornecer uma base teórica na qual possam

estruturar o projeto, as reformulações e conclusões.

Buscamos também como objetivo orientar para práticas que possibilitem um

envolvimento maior entre pais, educadores, alunos e funcionários, bem como elaborar formas

de organização que superem conflitos, eliminando as práticas competitivas e autoritárias,

procurando modos de romper com o caráter individual das relações.

22

5. PRINCÍPIOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO

Partindo do pressuposto de que esta é uma entidade de educação da esfera pública, os

princípios que norteiam nossa prática são basicamente aqueles estabelecidos pela Lei nº

9394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN em seu Título II acerca

dos fins e prerrogativas da educação Nacional, apresentados a seguir:

Art. 2º A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Art. 3º O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber; III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas; IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância; [...] VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; VII - valorização do profissional da educação escolar; VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino; IX - garantia de padrão de qualidade; X - valorização da experiência extra-escolar; XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.

Portanto todas a ações praticadas no interior da escola estarão pautadas no que reza a

LDBEN, bem como legitimadas pela referida Lei.

23

6. DIVERSIDADE EDUCACIONAL

A escola pretende chamar a atenção para problemas graves da estrutura social que

a escola por si só não dará conta de resolver, convidando para o debate a comunidade

com a intenção de mostrar com clareza de idéias, que esses problemas com as minorias

estigmatizadas (pessoas com deficiências, homossexuais, etc.) bem como outros grupos,

social e economicamente excluídos, são frutos de uma sociedade de classes, e que a superação

desses problemas deve passar necessariamente sobre a análise de como se estrutura o atual

modo de produção, uma vez que a principal forma de exclusão, se dá na exclusão das pessoas

do processo produtivo, independentemente do grupo que as pessoas excluídas se encontram.

Encontram-se obstáculos para o debate efetivo dentro da comunidade escolar e da

comunidade como um todo, por termos conceitos, pré-conceitos e inculcações impostas pela

classe dominante que, por parecerem absolutas e insuperáveis, colocam a classe trabalhadora (

aí incluímos todos os trabalhadores e não esses ou aqueles) em pé de desigualdade e até

mesmo um choque entre si, em determinados casos. Isso faz com que o debate acerca de

temas pontuais, não garanta a dimensão que precisa, ou seja, não se atinge a essência dos

problemas e sim, o debate ocorre (quanto ocorre), em nível superficial.

Espera-se com esse proposto alicerçarmos as discussões que se iniciam dentro da

comunidade escolar como um todo pelo processo de inclusão e desdobrarmos, até chegarmos

à essência e não só na aparência, pois se tudo que é aparência fosse essência, não

precisaríamos de ciência.

A inclusão não limita-se apenas às pessoas com deficiências, mas é compromisso da

instituição escolar incluir todos os indivíduos, uma vez que apresentam diferenças sociais,

culturais, econômicas, religiosas, étnicas, garantindo-lhes o acesso ao conhecimento

sistematizado. Para tal as profissionais e os profissionais da educação devem fornecer apoio

técnico, pedagógico, facilitar seu acesso e permanência na escola, incluindo a todos,

fornecendo subsídios para que percebam que fazem parte de um conjunto que precisa ser

continuamente construído com o esforço e a cooperação de toda a comunidade escolar

efetivamente integrada.

Desta forma, de acordo com as políticas da SEED, temos como alvo alguns grupos

que ao longo da história sofreram algum tipo de exclusão, tais como os afro-descendentes, as

crianças e jovens que por inúmeros motivos estão fora da escola, e as pessoas que apresentam

necessidades especiais.

24

Atentando para a escola inclusiva, visamos uma educação que atenda às diferenças

individuais, respeitando as necessidades de qualquer um dos alunos. Vale ressaltar que, por

necessidades especiais entende-se não somente uma situação de deficiência, mas também

situacionais como depressão profunda, fraturas, obesidade mórbida, necessidade de uso

permanente de medicamentos, próteses, entre outros.

6.1 Cultura afro-brasileira e africana

Reconhecendo a importância de uma educação efetivamente inclusiva, a escola

procura valorizar e respeitar as diversas culturas e suas manifestações, dentre elas a cultura

dos afro-brasileiros empenhando-se em trabalhar conteúdos que possibilitem uma educação

de relações étnico-raciais positivas.

Para tal os educadores em suas aulas abordam a questão racial de modo a reconhecer

e valorizar a história cultural e identidade dos afro-brasileiros, combatendo o racismo e as

discriminações que atingem particularmente os negros, com o intuito de assegurar-lhes

sua identidade valorizada e seus direitos garantidos.

A obrigatoriedade de inclusão de História e Cultura Afro- Brasileira e Africana por

força da Lei Nº10.639/2003 (que altera a Lei 9394/96) nos currículos da Educação Básica,

estabelece que no conteúdo programático deve-se incluir a “História da África e dos

Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da

sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro à História do Brasil”.

Estabelece também que os conteúdos referentes à História e Cultura Afro-brasileira

farão parte de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de Educação Artística e de

Literatura e História Brasileiras.

Sabe-se que a lei por si só não resolve nada. É preciso percebê-la como algo que

ajudará na valorização da história e cultura do povo negro, enfatizando a diversidade cultural

e racial, revelando seus valores de modo a elevar sua auto-estima, facilitando a compreensão

de sua etnia na perspectiva de uma sociedade mais justa e igualitária.

Neste sentido a escola proporcionará em sua prática ações educativas vivenciadas

pelos educadores e alunos de modo que, não trata-se simplesmente de mudar um currículo,

mas sim de abrir nele um espaço para, quem sabe, superar questões que impedem o pleno

exercício da cidadania.

25

A diversidade cultural, racial, social e econômica brasileira são fatos que, se

encarados pela escola com a devida seriedade, podem ser melhor compreendidos pelos

educandos. E é do respeito e compreensão a estas diversidades que poderá resultar uma nova

sociedade, sem racismo, sem preconceito e sem discriminação.

6.2 Educação Indígena

Mesmo não sendo a população atendida pela nossa escola, o tema referente à cultura

indígena é abordado no decorrer das aulas em virtude da relevância de expressar a diversidade

cultural, bem como contemplar os desafios educacionais contemporâneos.

De acordo com o Caderno Temático de Educação Escolar indígena (2006, P.18):

As políticas educacionais atuais para a realidade indígena parte dos

fundamentos legais e conceituais presentes na Constituição de 1988, que colocou sobre novas bases os direitos indígenas. São direitos constitucionais dos povos indígenas e a garantia de seus territórios, de suas formas de organização social e de sua produção sociocultural, o ensino ministrado nas línguas indígenas e o reconhecimento dos processos próprios de aprendizagem.

A partir do exposto, percebe-se a garantia aos direitos dos povos indígenas, portanto,

o sistema educacional deve assegurar a esses povos o direito à uma educação consoante aos

respectivos princípios.

Embora não seja uma escola cujo contexto sociocultural dos educandos origine-se

das comunidades indígenas, nossa escola estabelece uma relação com temas oriundos da

temática indígena, uma vez que contempla durante as aulas das mais diversas disciplinas

temas referentes à cultura indígena.

6.3 Educação no Campo

O tema educação no campo não abordado de modo enfático nas Propostas

Curriculares Pedagógicas da escola pelo de que a escola é situada em um bairro populoso da

cidade e por esse motivo a população em idade escolar dessa região preenche todas as vagas

26

existentes nas turmas e, inclusive, muitas vezes precisam procurar vagas em escola fora da

região.

Comumente as transferências se dão por novas famílias advindas de outros bairros,

municípios, estados e/ou países que passam a residir na região.

27

7. INCLUSÃO EDUCACIONAL

7.1 Sala de Recursos

Em nossa política de inclusão temos o compromisso de criar na escola espaço para

todos, atendendo as necessidades dos segmentos por vezes excluídos, resgatando valores

humanos, garantindo assim condições de igualdade de direito para todos, dentre eles, os

alunos com necessidades educacionais especiais.

Neste sentido, faz-se necessário refletir acerca da educação inclusiva e suas

implicações com os pais, educadores e os alunos com necessidades educacionais especiais

para efetivar na prática uma escola pública de qualidade que atenda tais alunos facilitando seu

processo de aprendizagem e participação social.

Partindo-se do pressuposto que é mister superar preconceitos, discriminação, as

barreiras atitudinais, a escola deve atentar para a importância da articulação entre os discursos

e as práticas da educação comum e especial com o intuito de proporcionar uma escola

receptiva, que estimule tais alunos a vencer as barreiras que impedem a aprendizagem e a

participação, flexibilizando conteúdos, métodos e a avaliação de modo a auxiliá-los,

considerando suas dificuldades.

Em nosso Estado, a rede regular de ensino oferece serviços e apoios especializados

visando atender alunos com necessidades educacionais especiais, dentre eles a Sala de

Recursos.

Assim, com o apoio do Estado, interessados em uma inclusão educacional

responsável, disponibilizamos do Serviço do Apoio Especializado que, neste caso é a Sala

de Recursos – serviços de apoio especializado de 1ª a 8ª séries – em nosso caso, de 5ª a 8ª

séries, oferecendo no período contrário daquele em que o aluno freqüenta na Classe Comum,

tendo um professor de Educação Especial, procedendo a um atendimento pedagógico

específico que se dá individualmente ou em pequenos grupos, com cronograma de

atendimento objetivando o progresso dos alunos que apresentam dificuldade de

aprendizagem, lançando mão de métodos, programas, estratégias, atividades diversificadas e

extracurricular para tal.

28

A filosofia de trabalho na sala de recursos está embasada no respeito às diferenças

individuais, bem como no direito de todos a oportunidades iguais, mediante atendimento

diferenciado.

Deve-se propiciar ao aluno oportunidades de superar possíveis preconceitos e

sentimentos de baixa auto-estima, valorizando suas qualidades, auxiliando no

desenvolvimento de processo de construção de conhecimento, oportunizando condições de

interagir em diversas situações sociais reconhecendo-se como indivíduo ativo e integrante da

comunidade escolar.

7.1.1 Intervenções Pedagógicas para atendimento a alunos com dificuldade de aprendizagem (Sala de Recursos)

No que concerne à Sala de Recursos, Serviço de Apoio Especializado, a escola conta

com professor especializado que complementa o atendimento educacional que ocorre em

classe comum, de 5ª série à 8ª, série do Ensino Regular. Os alunos com necessidades

educacionais especiais, são atendidos em contra-turno. No caso do Colégio Estadual Jardim

Consolata, o atendimento ocorre no período matutino.

O atendimento pode ser individualizado, ou em pequenos grupos, isso será

determinado conforme especificidade do aluno, tal ação justifica-se em virtude de se buscar o

melhor atendimento possível para cada caso.

Tendo em vista que os alunos já são oriundos de situações problemáticas como,

constantes reprovações e situações familiares atípicas, comumente, a escola estabelece um

estreito vinculo com a família, pois, acredita-se que seja imprescindível tal relação, com vistas

a colaborar com a apreensão do que é ensinado ao aluno.

Como forma de melhorar a aprendizagem, são desenvolvidos conteúdos que

contemplam as seguintes áreas: cognitiva, lateralidade, sensação, percepção, imagem e

esquema corporal, atenção, memória, raciocínio, concentração, desenvolvimento motor, área

sócio-afetiva-cultural, etc.

As atividade são desenvolvidas de modo atraente aos alunos, de modo a estimular o

desenvolvimento do aluno, bem como a aquisição do conhecimento pelo mesmo.

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7.2 Sala de Apoio à Aprendizagem

Conforme Instrução 022/2008, da Superintendência da Educação, considerando a

LDB nº 9394/96, o Parecer CNE nº 04/98, a Deliberação 007/99- CEE e a Resolução

Secretarial nº 371/98, atribui-se as prerrogativas a serem observadas quanto as Salas de Apoio

a Aprendizagem, delimitadas às 5ª séries do Ensino Fundamental, da Rede Pública de Ensino.

Tais prerrogativas consideram: a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, os Pareceres

e Deliberações do Conselho Nacional e Estadual de Educação, para identificar a necessidade

de uma ação pedagógica interventora quanto às dificuldades de aprendizagens

especificamente às disciplinas de núcleo norteador do currículo, Língua portuguesa e

Matemática.

Para tanto, estabelece instruções pertinentes de competência a Equipe Pedagógica e

ao Professor Regente de Turma quanto às providências e ações a serem feitas para a execução

da Lei no que se refere ao assunto em questão.

De acordo com a instrução 022/2008 SUED-SEED, sobre os critérios para a abertura

e organização das turmas fica determinado que:

1. Os estabelecimentos de ensino terão abertura automática de 01 (uma) Sala de

Apoio à Aprendizagem de Língua Portuguesa e 01 (uma) de Matemática a cada 03 (três)

turmas de 5ª série ofertadas. Para esse cálculo, não serão consideradas as turmas do turno

noturno;

2. A abertura da demanda automática das Salas de Apoio à Aprendizagem no sistema

será efetivada conforme a seguinte ordem:

2.1. Turmas no mesmo turno: abertura das Salas de Apoio no turno contrário;

2.2. Turmas em turnos diferentes: abertura das Salas de Apoio no(s) turno(s)

contrário(s),respeitando-se a proporção de número de turmas por turno;

2.3. Excepcionalmente no caso de quatro turmas em dois turnos, abertura das Salas

de Apoionos dois turnos.

3. A carga horária disponível para cada uma das disciplinas – Língua Portuguesa e

Matemática serão de 04 horas-aula semanais para os alunos, acrescidas de 01 (uma) hora-aula

atividade para o Professor, devendo ser ofertadas, prioritariamente, em aulas geminadas, em

dias não subseqüentes, sempre tendo em vista o benefício do aluno;

4. As Salas de Apoio à Aprendizagem deverão ser organizadas em grupos de no

máximo 15(quinze) alunos;

30

5.O funcionamento das Salas de Apoio à Aprendizagem está condicionado à

freqüência de alunos, existência de espaço físico adequado, Professor e Plano de Trabalho

Docente integrado ao Projeto Político Pedagógico da escola;

6. O aluno de 5ª série com defasagens de aprendizagem em conteúdos referentes aos

Anos Iniciais do Ensino Fundamental freqüentará as Salas de Apoio à Aprendizagem de

Língua Portuguesa e/ou Matemática no turno contrário ao qual está matriculado.

Acerca dos profissionais responsáveis pelo funcionamento das salas de apoio à

aprendizagem a instrução 022/2008 SUDE-SEED reza o seguinte:

1. Atribuições da Direção e Equipe Pedagógica:

1.1 Apresentar e discutir a legislação específica do Programa Salas de Apoio à

Aprendizagem com o coletivo da escola;

1.2. Decidir com os Professores regentes das turmas de 5ª séries, a indicação dos

alunos para composição das turmas, de acordo com diagnóstico realizado;

1.3. Orientar a elaboração do Plano de Trabalho Docente para as Salas de Apoio à

Aprendizagem, acompanhando sua efetivação e propondo metodologias adequadas às

necessidades dos alunos, diferenciando-as das atividades do ensino regular;

1.4. Orientar as famílias a respeito do Programa Salas de Apoio à Aprendizagem,

informando aos pais ou responsáveis sobre a necessidade e importância dos alunos

estenderem seu tempo escolar;

1.5. Garantir a participação dos Professores da Salas de Apoio à Aprendizagem no

Conselho de Classe ou, na ausência desses Professores, apresentar as questões relativas à

aprendizagem dos alunos;

1.6 Acompanhar os alunos, buscando sua participação integral no Programa,

mantendo pais ou responsáveis informados quanto à freqüência, aproveitamento nas Salas de

Apoio à Aprendizagem e no Ensino Regular;

1.7 Organizar a questões estruturais tais como espaço físico apropriado, alimentação,

acesso a materiais didáticos, garantindo a freqüência dos alunos e o funcionamento das salas;

1.8. Orientar os Professores no preenchimento dos relatórios das Salas de Apoio à

Aprendizagem;

1.9. Acompanhar a freqüência e a movimentação dos alunos matriculados nas Salas

de Apoio à Aprendizagem e providenciar a substituição quando da superação das dificuldades

apresentadas, oportunizando o atendimento de novos alunos;

1.10. Organizar o acompanhamento das Salas de Apoio à Aprendizagem em escolas

com dualidade administrativa, garantindo seu funcionamento no contra-turno.

31

2. Atribuições dos Professores Regentes:

2.1. Diagnosticar as dificuldades de oralidade, leitura, escrita, formas espaciais e

quantidades, referentes aos conteúdos dos anos iniciais do Ensino Fundamental, apresentadas

pelos alunos indicando-os para a participação do Programa de Salas de Apoio à

Aprendizagem;

2.2. Participar com a Equipe Pedagógica e o Professor da Sala de Apoio à

Aprendizagem da definição de ações pedagógicas que possibilitem a superação das

dificuldades apresentadas pelos alunos;

2.3. Acompanhar o processo de aprendizagem do aluno durante e após a participação

no Programa;

2.4. Decidir com a Equipe Pedagógica e os Professores das Salas de Apoio, a

permanência ou a dispensa dos alunos do Programa.

2. Preencher as fichas de encaminhamento dos alunos indicados para o Programa;

3. Atribuições dos Professores de Salas de Apoio à Aprendizagem:

3.1 Elaborar o Plano de Trabalho Docente juntamente com a Equipe Pedagógica,

Professores regentes, de acordo com o disposto no Projeto Político Pedagógico para Língua

Portuguesa e Matemática, adequados à superação das dificuldades de oralidade, leitura,

escrita, bem como às formas espaciais e quantidades nas suas operações básicas e

elementares, dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental;

3.2. Desenvolver em sala o Plano de Trabalho Docente definido;

3.3. Organizar e disponibilizar para o coletivo de Professores regentes da turma e

Equipe Pedagógica pastas individuais dos alunos, de acompanhamento do processo de ensino

e aprendizagem;

3.4. Manter o Livro Registro de Classe atualizado;

3.5. Comunicar, por escrito, à Equipe Pedagógica, as faltas consecutivas dos alunos;

3.6. Decidir com a Equipe Pedagógica e os Professores regentes, a permanência ou a

dispensa dos alunos das Salas de Apoio à Aprendizagem;

3.7. Elaborar materiais didático-pedagógicos considerando as necessidades de

aprendizagem dos alunos das Salas de Apoio à Aprendizagem;

3.8. Participar do Conselho de Classe;

3.9. Participar de formação continuada promovida pela SEED/NRE/Escola;

3.10. Preencher e entregar os documentos referentes ao Programa no prazo

preestabelecido.

4. Atribuições dos Núcleos Regionais de Educação:

32

4.1. Apresentar e discutir a legislação específica do Programa Salas de Apoio à

Aprendizagem para as escolas sob sua jurisdição, acompanhando sua implantação e

funcionamento;

4.2. Organizar encontros periódicos com Professores, Pedagogos e Diretores das

escolas com a finalidade de orientar sobre o objetivo do Programa e sobre as especificidades

dos encaminhamentos metodológicos a serem adotados;

4.3. Encaminhar ao Departamento de Educação Básica/DEB, ao final de cada

semestre, os relatórios do Programa Salas de Apoio à Aprendizagem das escolas

jurisdicionadas aos Núcleos Regionais de Educação.

5. Atribuições das Equipes Pedagógicas do Departamento de Educação Básica:

5.1. Acompanhar a implantação e funcionamento do Programa;

5.2. Direcionar as ações dos Núcleos Regionais de Educação quanto ao objetivo do

Programa e as especificidades dos encaminhamentos metodológicos a serem adotados;

5.3. Viabilizar materiais pedagógicos adequados ao funcionamento das Salas de

Apoio à Aprendizagem;

5.4 Promover formação continuada para os profissionais envolvidos no Programa;

No que diz respeito aos critérios de demanda para a sala de apoio à aprendizagem a

Instrução 022/2008 SUDE-SEED estabelece o seguinte:

A atribuição de aulas para as Salas de Apoio à Aprendizagem, nas disciplinas de

Língua Portuguesa e Matemática, segue a Resolução anual do GRHS.

7.2.1 Intervenções Pedagógicas para atendimento a alunos com dificuldade de aprendizagem (Sala de Apoio)

As Salas de Apoio de Língua Portuguesa e Matemática foram criadas com o

objetivo de atender às defasagens de aprendizagem apresentadas pelos alunos que frequentam

a 5ª série/6º ano do Ensino Fundamental. As dificuldades trabalhadas referem - se,

principalmente, à aquisição dos conteúdos de oralidade, leitura e escrita, na disciplina de

Língua Portuguesa e, formas espaciais e quantidades nas suas operações básicas e elementares

na disciplina de Matemática.

Sabendo que os alunos necessitam desse apoio para acompanhar o ensino regular,

é importante ressaltar que a escola deve respeitar e valer-se do conhecimento que o educando

33

já traz consigo e, a partir do trabalho lúdico chegar à aquisição do conhecimento

sistematizado.

O trabalho com atividades diferenciadas justifica-se pelo fato de que a superação

das dificuldades ocorre mais rapidamente quando se diminuem as tensões e bloqueios com

relação ao ato da escrita e a compreensão das operações matemáticas básicas.

Baseando-se nessa visão, desenvolve-se uma prática pedagógica que intercala

momentos lúdicos com posterior sistematização dos conteúdos. Na disciplina de Língua

Portuguesa são utilizadas caça – palavras, cruzadinhas, dominó de frases, dominó de

associação de ideias, Jogo de Língua Portuguesa: Na Ponta da Língua, jogos de memória,

jogos pedagógicos na Internet, filmes e músicas. Tais atividades geralmente são

desenvolvidas antes da produção escrita, pois visam a descontração, o uso espontâneo da fala

e da escrita.

Propõem – se o trabalho com o lúdico como uma das alternativas pedagógicas para

motivar o aluno a comunicar – se oralmente e por escrito. A leitura é trabalhada de forma

individual e coletiva e, os gêneros textuais diferenciados. As questões de análise linguística e

ortografia são trabalhadas dentro do contexto de produção de cada gênero textual visando

levar o educando a compreender a sua importância.

Considerando as defasagens de conteúdos trazidas para a 5ª série, o projeto da Sala

de Apoio visa um trabalho diferenciado, que eleve a autoestima do aluno para que se sinta

seguro da própria capacidade de construir conhecimentos matemáticos. Nesse sentido, o

professor deve ser incentivador e mediador do processo de aprendizagem. Trabalhar de forma

que os alunos testem suas próprias suposições, pensem por si mesmos e ampliem a

compreensão dos conceitos e procedimentos envolvidos nas situações cotidianas. A

reconstrução dos conceitos matemáticos parte de um plano de execução em construções

próprias de recursos didáticos que dão conta da relação de conteúdos estudados e da realidade

do aluno, como também recursos didáticos diversos que contribuem de modo expressivo para

o desenvolvimento das atividades que envolvem a matemática aplicada.

Os jogos e as brincadeiras contribuem para a criatividade, busca de novas estratégias e

aprimoramento da organização do pensamento, pois vem ao encontro de todos os interesses

do educando. Na resolução de problemas, o objetivo é aperfeiçoar o raciocínio lógico -

matemático, levando o aluno a ter iniciativas, criatividade e sua própria independência,

buscando para isso um plano de execução. Assim sendo, os recursos devem ser diversificados

desde a construção do próprio aluno, relacionando ao conteúdo estudado, como também as

sucatas de próprio uso. Os recursos tecnológicos e pedagógicos são muito importantes, mas

34

devem ser utilizados com metodologia lúdica e de criação. Tais atividades permitem o avanço

expressivo dos alunos na própria independência, autoconfiança e até mesmo sua

autoavaliação.

7.3 Adequação Curricular para Aluno com Necessidade de Ações Educacionais

Diferenciadas

Visando o atendimento à alunos que precisem de um acompanhamento

individualizado/especializado, a escola conta com uma profissional devidamente habilitada

Professor de Apoio em Sala de Aula (PASA), bem como trabalha com uma proposta

curricular adequada às necessidades de tal educando.

A primeira ação tomada consiste em informar e orientar os professores quanto às

especificidades do aluno, e juntos buscar maneiras diferenciadas de propiciar o bem-estar e

desenvolvimento das ações pedagógicas que facilitarão a vida escolar do aluno.

A partir do que o docente titular da disciplina trabalha, a PASA busca trazer esse

conteúdo de modo acessível ao educando, além disso, é preparado ao educando, atividades

diferenciadas que estejam consoantes à necessidade do educando.

A escola tem o apoio do Núcleo Regional de Educação de Cascavel, e recorre ao

mesmo, sempre que necessário, ou seja, quando recebe alunos com necessidades educacionais

especiais. Tudo visando o pleno desenvolvimento do educando.

Desta forma, no que concerne à esse assunto, a escola tem trabalhado de maneira

flexível, primeiro estudando os casos que chegam, para então tomar as medidas necessárias.

35

8 DESEMPENHO ESCOLAR MEDIANTE INSTRUMENTOS AVALIATIVOS

NACIONAIS

8.1 Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb)

Não podemos estar alheios ao que ocorre no contexto educacional no âmbito

nacional e também porque acreditamos ser uma forma do aluno, do professor e da escola ter

uma idéia do que possam melhorar a partir dos resultados, e a partir dos índices, reorientar

ações visando melhorar a qualidade de ensino proposto.

O Ideb é um instrumento criado pelo Ministério da Educação e Cultura (Mec) cujo

objetivo consiste em avaliar as escolas em âmbito nacional.

Demonstra-se relevante sociedade, pois, a partir da sua aplicação pode-se estabelecer

parâmetros, tanto na rede privada quanto na pública, nas mais diversas localidades do país.

Segundo a página eletrônica do Mec, a formação da média do Ideb ocorre da seguinte forma:

A nota de 0 a 10 atribuída a cada escola é o resultado (proporcional à escala 0 a 10) de uma multiplicação: os pontos obtidos no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica - Saeb e/ou na Prova Brasil vezes a taxa de aprovação de alunos daquela escola. Ou seja, para obter uma boa nota no Ideb, é preciso que os alunos tenham se saído bem nessas duas provas - em outras palavras, que estejam aprendendo o conteúdo escolar -, aplicadas pelo Ministério da Educação, e também que a escola apresente uma baixa taxa de reprovação. Os dois fatores são igualmente importantes.

Percebe-se que para a formação da média do Ideb existe a necessidade de se

visualizar a escola como um todo, uma vez que são vários fatores que contribuem na

formação de tal nota. Por isso, exige-se um olhar amplo sobre as práticas e as ações

pedagógicas com objetivo de sempre aprimorar a escola. Assim, a nota do Ideb é um item

relevante para mensurar o progresso da escola, haja vista que estar sempre se superando é um

objetivo.

Um desafio à longo prazo estabelecido pelo Mec com apoios de instituições não-

governamentais para a educação nacional é que em 2022, o Brasil tenha uma média 6 - média

atual dos países desenvolvidos no PISA (Programa Internacional de Avaliação de Alunos.

Assim, neste espaço de tempo, cada escola deverá traçar suas próprias metas, conforme notas

que lhe foram atribuídas no Ideb.

36

8.2 Prova Brasil e Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb)

Da mesma forma que o Ideb é um importante instrumento de avaliação a Prova

Brasil e o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb) também servem como

diagnóstico, em larga escala, desenvolvidas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas

Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC).

Objetiva avaliar a qualidade do ensino ofertado pelo sistema educacional brasileiro a

partir de testes padronizados e questionários socioeconômicos. Na nossa escola os testes são

aplicados nas turmas de oitava séries, em virtude de ofertarmos apenas as séries finais do

Ensino Fundamental, e na terceira série do ensino médio.

Os alunos devem responder à questões de língua portuguesa priorizando a leitura, e

matemática ressaltando a resolução de problemas.

O questionário socioeconômico capta informações acerca do contexto que podem

estar associados ao desempenho do aluno.

Além disso, os professores e diretores das turmas e escolas avaliadas também

respondem a questionários que coletam dados demográficos, perfil profissional e de

condições de trabalho.

Conforme página eletrônica do Mec:

A partir das informações do Saeb e da Prova Brasil, o MEC e as secretarias estaduais e municipais de Educação podem definir ações voltadas ao aprimoramento da qualidade da educação no país e a redução das desigualdades existentes, promovendo, por exemplo, a correção de distorções e debilidades identificadas e direcionando seus recursos técnicos e financeiros para áreas identificadas como prioritárias.

As medias auferidas pela Prova Brasil compõe o cálculo do Ideb, e estão disponíveis

para a sociedade, para que a mesma possa acompanhar o desempenho das escolas e dos

alunos.

37

9 ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO

O Colégio Estadual Jardim Consolata – Ensino Fundamental e Médio, situado no

bairro Jardim Consolata, região da cidade de Cascavel, onde abrange um grande percentual da

população, oriundos da classe trabalhadora, filhos de trabalhadores e por conseguinte,

necessitados de ingressar no mundo do trabalho, atende a um total de 1.240 alunos nos três

períodos, sendo um total de 170 alunos distribuídos nas oitavas séries e um total de 516

alunos distribuídos nas três séries do Ensino Médio. Portanto, há uma demanda de 686 alunos

aptos a entrarem no mercado de trabalho.

Partindo dessa realidade, oportunizar o estágio não obrigatório aos alunos desta

instituição se caracteriza como uma possibilidade de ingressá-lo ao mundo do trabalho. Nesse

contexto, visando uma educação emancipatória e assumindo compromisso com a formação

humana dos alunos a qual requer a apropriação dos conhecimentos científicos, tecnológicos e

histórico-sociais, produzidos pela humanidade, além das relações interpessoais e da

construção do significado do trabalho, suas relações e organização da história do homem

enquanto sujeito histórico, regulamentamos o estágio não obrigatório no Projeto Político

Pedagógico e no Regimento Escolar.

O referido estágio é amparado por legislação específica: Parecer CNE/CEB

nº35/2003, a Resolução CNE/CEB n° 1/2004; a Resolução nº 2/2005; a Lei Federal nº

9394/96; a Lei Federal nº 11.788/08 e o Parecer nº 02/09 da Comarca de Legislação e Normas

que a esta se incorpora.

38

10. AGENDA 21

Histórico: A agenda 21 é decorrente da proposta sobre desenvolvimento sustentável

para o meio ambiente, realizada no Rio de Janeiro em 1992, por políticos, cientistas,

pesquisadores, estudantes e professores, entre outros, o que se denominou Eco 92.

O desenvolvimento sustentável é uma preocupação em nível mundial para o século

XXI, por isso o nome “Agenda 21”. Trata-se de um acordo internacional que visa melhorar a

qualidade de vida de todas as pessoas do planeta.

A Conferência das Nações Unidas para o meio Ambiente e Desenvolvimento

(CNUMAD), firmou parceria global entre os Estados, a fim de que se respeitassem os

interesses coletivos que pudessem proteger a integridade do ambiente e do desenvolvimento,

reconhecendo a natureza como um sistema integral e interdependente da terra. Mesmo

sabendo que atualmente a humanidade tenha condições de se desenvolver de uma forma

sustentável, é preciso garantir as necessidades e o comprometimento dessa geração com a

geração futura para que a mesma possa encontrar suas próprias necessidades.

A idéia do desenvolvimento sustentável é não limitar-se aos métodos tradicionais de

conservação e equilíbrio ambiental, mas tentar encontrar o equilíbrio entre tecnologia e

ambiente natural. Nesse ponto a Educação tem um papel significativo, haja vista que a mesma

trabalha com a formação das consciências a partir da informação, do conhecimento, entre

outros, sobre a natureza e todos os fenômenos de transgressão causados pelo homem que

possam vir a trazer conseqüências danosas ao próprio homem, às suas condições de

sobrevivência.

Proposta

O Desenvolvimento Sustentável não se restringe meramente ao meio ambiente

enquanto espaço geográfico, mas enquanto espaço de vivência, espaço onde haja condições

para gerar e prover a vida com qualidade.

A Agenda 21 é composta de 27 (vinte sete) princípios, onde se estabelece prioridades

como:

Todos têm direito a uma vida saudável;

É dever dos Estados garantirem políticas ambientais dentro de suas jurisdições;

39

O direito ao desenvolvimento deve garantir necessidades das gerações presentes e

futuras;

A proteção do ambiente não deverá ocorrer de forma isolada, mas integrar-se ao

desenvolvimento sustentável;

Os Estados e as pessoas como um todo deverão cooperar para a erradicação da

pobreza, para garantir as necessidades essenciais da maioria das populações

mundiais;

Os países em desenvolvimento e menos desenvolvidos deverão receber atenção

especial;

Os Estados e a solidariedade mundial devem cooperar para a saúde e integridade

dos ecossistemas da Terra;

Cabe aos Estados reduzir e eliminar a produção de consumo insustentável e

estimular políticas demográficas apropriadas;

Os Estados devem cooperar para o desenvolvimento dos indivíduos no

conhecimento, implementando tecnologias;

Melhorar a maneira de tratar questões ambientais, incentivando programas e

políticas públicas e participação dos cidadãos nessas questões;

Os Estados devem dispor de leis ambientais apropriadas ao contexto ambiental

para o qual elas se dispuserem;

Compete aos Estados promoverem um sistema econômico de desenvolvimento

sustentável, tendo por base consenso internacional;

São deveres dos Estados desenvolverem legislação própria para sanar problemas

às vítimas de danos causados por conseqüência danosa de ordem ambiental;

Os Estados devem evitar deslocamento de material danoso ao meio ambiente;

Como medida de precaução ambiental, os Estados devem se precaver quanto aos

recursos a serem utilizados para garantir a saúde ambiental;

Os custos ambientais devem ser internacionalizados, a fim de que, as autoridades

na jurisdição de seus territórios, possam responsabilizar-se economicamente pelos

danos que causarem, haja vista que esses pertencem a um só e mesmo planeta;

Deve-se criar uma política de avaliação de impacto ambiental, como instrumento

nacional;

È dever dos Estados comunicarem-se mutuamente caso haja algum desastre

ambiental num deles, devendo este, ser ajudado pelos demais;

40

Caso os Estados queiram desenvolver programas de risco ambiental, deve

notificar aos demais para que haja precaução;

É importante a participação das mulheres nos projetos ambientais de

desenvolvimento sustentável;

Os jovens devem ser encorajados a atuarem pela aliança mundial junto aos

programas de desenvolvimento sustentável, visando um futuro melhor para eles e

seus descendentes;

Os Estados devem garantir preservação da cultura indígena que por tradição zela

pelo meio ambiente;

Aos povos submetidos a opressão, dominação e ocupação, deve se garantir a

preservação dos recursos naturais;

Os Estados devem respeitar o direito internacional, e no caso de conflito armados

entre as nações, e vir a garantir a restauração do desenvolvimento sustentável;

O desenvolvimento e a proteção do meio ambiente são inseparáveis e denotam a

paz;

Com relação a possíveis controvérsias sobre o meio ambiente, os Estados devem

resolvê-las pacificamente;

A população e os Estados devem cooperar-se de boa fé, com espírito de

solidariedade para a aplicação dos princípios arrolados.

A Agenda 21 lembra da importância fundamental que a educação tem para com o

programa de desenvolvimento sustentável, haja vista, a falta de esclarecimento da maioria das

pessoas acerca do ambiente de vida, e do meio ambiente como fonte dessa vida. Nesse sentido

a educação primária deve garantir o acesso de pelo menos 80% da população, e o

analfabetismo combatido, devendo a mulher ter o mesmo direito de acesso e índice de

alfabetização dos homens.

Reestruturar a educação para o Desenvolvimento Sustentável é uma preocupação das

nações em geral, devendo as mesmas assegurar alguns quesitos necessários para que isso

possa se viabilizar. Destacando-se aspectos como:

Garantir educação para as pessoas de todas as idades;

Envolver as crianças nos estudos referentes ao meio ambiente, saúde, saneamento,

alimentos e impacto econômico ambiental dos recursos ambientais utilizados;

Desenvolver nos programas educacionais, os conceitos de ambiente e meio

ambiente sustentável, incluindo os problemas que afetam as sociedades e suas causas.

41

Consideramos que a Educação Ambiental para uma sustentabilidade eqüitativa é um processo de aprendizagem permanente, baseado no respeito a todas as formas de vida. Tal educação afirma valores e ações que contribuem para a transformação humana e social e para a preservação ecológica. Ela estimula a formação de sociedades socialmente justas e ecologicamente equilibradas, que conservam entre si relação de interdependência e diversidade. Isto requer responsabilidade individual e coletiva em níveis local, nacional e planetário (SATO, 2002, p. 17).

Diante do enunciado bem como da dissertação anteriormente esboçada sobre

Desenvolvimento Sustentável, Educação e Meio Ambiente, considerando que há um

entrelaçamento significativo e imprescindível entre eles conclui-se que às escolas cabe

desenvolver e implementar formas educativas que viabilizem as propostas concernentes à

qualidade de vida.

Neste sentido o Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Jardim Consolata

em permanente construção coletiva, tem por objetivo no momento, a partir de um grupo de

professores organizados no interior na escola que visa trabalhar com o Meio Ambiente, aderir

outros membros responsáveis e interessados para estudar a obra de Sato “Educação

Ambiental”, onde se encontram ricos elementos sobre Concepção de Educação Ambiental e

Desenvolvimento Sustentável. Paralelo a isto indica bibliografias e propostas metodológicas

de trabalho prático a ser desenvolvido, começando na escola e estendendo-se para a

comunidade.

Pensamos que embora haja a idéia de um projeto ambiental e discussões quanto à

desenvoltura do mesmo, faz-se necessário ler e compreender a obra em questão para os

aprimoramentos científicos quanto à idealização e execução de qualquer projeto nessa ordem.

42

11. PERFIL DOS SEGMENTOS DA ESCOLA 11.1 Perfil da Direção

A direção tem por finalidade promover e articular os segmentos da comunidade

escolar garantindo a especificidade entre o ensino-aprendizagem.

A direção da escola tem como objetivo mediar as relações que se façam necessárias

entre todos os segmentos envolvidos no contexto escolar, buscando vencer os desafios do

cotidiano pautado na coletividade.

11.2 Perfil da Equipe Pedagógica

A equipe pedagógica é articuladora do Projeto Político Pedagógico da instituição no

campo pedagógico, organizando a reflexão, a participação e os meios para a concretização do

mesmo, de tal forma que a escola possa cumprir sua tarefa de propiciar que todos os alunos

aprendam e se desenvolvam como seres humanos plenos, partindo do pressuposto de que

todos têm direito e são capazes de aprender.

A Equipe Pedagógica, ao mesmo tempo em que acolhe e engendra, deve ser

questionadora, desequilibradora, provocadora, animando e disponibilizando subsídios que

permitam o crescimento do grupo. Tem um papel importante na formação dos educadores,

ajudando a elevar o nível de consciência: tomada de consciência (cf.SAVIANI,1983), ou

criação de um novo patamar para o senso comum (cf.BOAVENTURA SANTOS, 1985).

A coordenação pedagógica é muito ampla, envolve questões de currículo,

construção do conhecimento, aprendizagem, relações interpessoais, ética, disciplina, avaliação

de aprendizagem, relacionamento com a comunidade, recursos didáticos, etc.(cf.CELSO

VASCONCELLOS).

43

11.3. Perfil do Corpo Docente

É certo que o cotidiano de experiência do professor é uma forma de construção de

conhecimento e influencia na prática docente, constituindo-se um fator importante para o

direcionamento da postura pedagógica. A expressão do cotidiano do professor é determinante

e determinada pela conjuntura social e cultural onde se desenvolve.

Suas experiências e sua história são fatores determinantes do seu comportamento

cotidiano.

O conhecimento do professor é construído no seu próprio cotidiano, mas ele não é só

fruto da vida na escola, ele provém também de outros ambientes.

A prática e os saberes que podem ser observados no professor são o resultado da

apropriação que ele faz da prática e dos saberes históricos.

A apropriação é uma ação recíproca em sujeito e os diversos âmbitos ou integrações.

É evidente que esgotar este perfil representa uma tarefa impossível. Só através da

prática - e da prática de pensar a prática, que Paulo Freire sustenta com a melhor maneira de

pensar certo - é que este perfil irá se definindo, dinâmica e dialeticamente.

No entanto, parece possível delineá-lo a partir da identificação de algumas condições

que são imprescindíveis ao novo educador (e o chama de novo porque o seu fazer adquire

uma nova dimensão).

Ao educador já não cabe a postura de neutralidade. Acrescente-se, inclusive, que esta

é sempre falaciosa, na medida em que, sob uma falsa aparência de neutralidade, se fica a

serviço da dominação. Da mesma forma, outro não pode ser o compromisso assumido pelo

educador senão o de explorar as condições que se manifestam também no educativo. Caso

contrário, a reprodução tende a se manter.

Para efetivação deste compromisso não existem fórmulas mágicas ou receitas

prontas. Só o fazer refletir poderá indicar os caminhos, os rumos desta práxis transformadora.

Orientando esta busca deve estar à clareza de que não cabe a educação realizar a

transformação estrutural da sociedade, mas que, nesta transformação, há uma tarefa que lhe

cabe sendo, como tal intransferível. Parece razoável afirmar ainda mais: esta transformação

não se consolidará sem ela.

Enquanto detentor do poder, o educador representa tão-somente o emissário do

sistema usando sua prática a serviço da garantia da subserviência. A partir da descoberta da

44

sua autoridade, é que o educador poderá efetivamente incorporar o seu papel de intelectual

orgânico das classes subalternadas reconhecendo-se dirigente.

No entanto, o professor deve procurar cumprir as decisões tomadas coletivamente na

escola, para garantir o bom andamento dos trabalhos.

Em síntese, é como decorrência do que aqui se observou, o educador é aquele que

reconhece seu papel político, a dimensão política da educação e a interioriza como

profissional como sujeito, refletindo-a através de sua práxis.

Essas observações não esgotam o problema, representam em realidade uma tomada

de contato com a questão inicialmente proposta, que supõe um processo permanente de

reflexão-ação.

11.4 Perfil dos Agentes Educacionais II

Os agentes educacionais II são também um educadores, devendo participar

ativamente do plano de ação do estabelecimento, conhecendo a legislação vigente, estratégias

de conquista e reconhecimento da importância da vida escolar do educando. Sendo a

instituição escolar um lugar de ensino, aprendizado e avaliação, cabe aos agentes

educacionais II participarem de todos os encontros pedagógicos, bem como sugerir e aceitar

sugestões no desempenho de suas funções, num processo de otimização e construção do

projeto político pedagógico.

11.5 Perfil dos Agentes Educacionais I

Os agentes educacionais I consideram a escola algo muito importante, uma

necessidade para as crianças, o lugar que lhes assegura o sustento, onde passam grande parte

de seus dias, além de ser um local de conhecimento e cultura. Consideram-se também

educadores uma vez que participam da vida estudantil, convivendo com os alunos e,

consequentemente, também educando-os.

45

12. MARCO CONCEITUAL

A Escola é uma instituição historicamente constituída enquanto necessidade surgida,

principalmente no auge da desenvoltura da sociedade moderna a qual impunha a construção

de um aparato político, ideológico e sociológico que pudesse sustentá-la enquanto tal.

Tal sociedade defenderia um novo tipo de poder político, não mais centrado nas

mãos da Igreja, mas num suposto poder democrático liberal onde houvesse, liberdade,

igualdade e fraternidade. Levou uma classe social de trabalhadores – os burgos, ao poder.

Estando nele, esta classe que era minoria, apressou-se em se apoderar desse poder econômico

para se fortalecer no poder político, para tanto, negou aquilo que não era de proveito da

sociedade em decadência a qual conseguira derrubar – a feudal, e prontamente encontrou

justificativa para todas as suas “doutrinações” ideológicas.

A Escola como não poderia deixar de ser, até pela viabilidade de propagação dessa

ideologia em massa, a educação, torna-se como diria Althusser (1998) “Aparelho Ideológico

do estado”, ou seja, a escola que nasce juntamente com a sociedade moderna e com ela se

desenvolve acompanhando-lhe os passos, cumpre a priori, desde sua gênese o papel de

reprodutora do Estado.

Essa reprodução visa à manutenção do sistema do modo de produção que surgira

arraigado ao novo modelo de sociedade. O capitalismo imponente tinha como valor maior o

próprio capital, sendo o homem o seu beneficiário e a sociedade seu mercado promissor, tudo

devendo ocorrer pelo bem comum dos cidadãos dentro da conformação da divisão do

trabalho, de modo que todos pudessem se beneficiar de um modo ou de outro. Fossem os

mais ricos ou os menos ricos as situações desse mercado no padrão distribuição de renda. Pois

segundo a ideologia das aptidões naturais, todos teriam inteligência suficiente para

alcançarem as escadarias do sucesso, cabendo àqueles que mais se esforçassem se

sobressaírem ou não.

A partir dos ideais liberais tem-se para início de conversa a concepção filosófica de

mundo de Emmanuel Kant (1770-1831), para ele “o pensamento cria a realidade”, assim o

homem não pode senão participar dos fenômenos dessa realidade, a mente é mais importante

do que a coisa em si, por isso é considerado um filósofo idealista. As idéias extraídas de Kant

influenciarão não somente outras teorias de sustentação a sociedade moderna, como também,

fortalecerão pensar o homem como alguém que pensa uma realidade pronta, a qual ele deve

46

adaptar as leis naturais, pois não é possível conhecer a realidade em si, mas somente o

fenômeno desta tal qual esta se nos apresenta.

Sobremaneira Kant corrobora o perfil de homem que nascia junto a sociedade

burguesa industrial, onde a escola teria seu papel regulador e mantenedor desse perfil de

homem.

Antes destas influências não se pode deixar de mencionar o racionalismo cartesiano,

onde a razão posta como possibilidade para o conhecimento absoluto da realidade faz do

homem seu próprio senhor, nascendo ali o sujeito, aquele capaz de: em se utilizando da razão,

pensamento inteligente tudo pode conhecer, e criar e recriar, com isto o pensamento científico

tomou corpo.

No campo da sociologia Augusto Comte, (1798-1857) confirma o cientificismo e

nisto não deixa de reforçar a natureza da escola burguesa, quando sua teoria chamada,

positivismo se nega a admitir outra realidade que não sejam os fatos e a investigar outra coisa

que não sejam as relações entre os fatos. Tudo já estaria determinado, caberia à ciência

encontrar as variáveis que regem os fenômenos.

Na ciência positivista, o progresso é o desenvolvimento da própria ordem natural das

coisas, devendo assim ser mantido, pois essa é a lei natural.

A visão estática e linear de mundo e de sociedade sobrecarregou a educação,

principalmente a educação brasileira. Temos resquícios fortíssimos da educação jesuítica:

formal, católica e tradicional, que por muitos anos ensinou e muito bem a ler, a escrever, a

contar, e ensinou com propriedade, diga se de passagem, ler era decodificar, escrever era fazer

cópias, e contar era decorar a tabuada. Se hoje está melhor? Ou pior? São tantas as diferenças,

de mundo, de homens, de contexto, de texto, de perspectivas, quem sabe uma pesquisa

bastante compromissada respondesse!

Voltando a questão da escola pensando-a hoje, a escola que temos é fruto de uma

história longa, que segue a trilha da história da vida dos homens, seja ela, no seu curso

econômico, político, social, filosófico, científico ou religioso.

A escola é o lugar de ensino e difusão do conhecimento, é instrumento para o acesso das camadas populares ao saber elaborado; é simultaneamente, meio educativo de socialização do aluno no mundo social do adulto. O ensino, como mediação técnica, deve dar a todos uma formação cultural e científica de alto nível; a socialização, como mediação sociopolítica, deve cuidar da formação da personalidade social em face de uma nova cultura. A contribuição da escola para a democratização está no cumprimento da função que lhe é própria: a transmissão/ assimilação ativa do saber elaborado (Libâneo, 1990 p.75)

47

Embora a escola tenha sido criada, desenvolvida e subsiste nos moldes do sistema

capitalista, que carrega consigo um ideal de homem individualista e ensimesmado, um ideal

de mundo que não sustenta mais suas próprias regras e leis morais, pois ao mesmo tempo em

que sustenta o ideal de eternidade (os bens serão colhidos no céu pelo bem que se fizer na

terra); prega a felicidade imediata pelo consumismo exacerbado, o pragmatismo que anula as

pessoas fazendo as objeto delas mesmas; a escola pública ainda é o espaço democrático onde

as contradições da realidade concreta podem e devem ser discutidas e debatidas a fim de que

o aprendiz ao se apropriar do conhecimento historicamente elaborado, possa efetivamente

fazê-lo de forma crítica, isto é, possa pensar sobre o que fora pensado e sobre o que se esta

sendo feito ou não a partir das diferentes formas de pensar ou não. Sujeito crítico ou acrítico,

a escola ainda é o espaço para esta reflexão, mesmo sendo reprodutora ideológica do sistema.

Quando se faz ou se pede um projeto político pedagógico, ele impõe tais reflexões no

âmbito escolar, educacional e para tanto não se pode deixar de retomar mesmo que

sucintamente o histórico da vida da escola.

Quando o Pedagogo faz seu juramento por ocasião de sua formação uma das frases

que cai muito bem para este momento e que fica como o pensamento da equipe sobre educar

e fazer acontecer na escola visando transformação, uma vez que, sua política é a formação

mais que a simples informação, é ... “ Se fazer homens eu conseguir, sentir-me-ei realizado.”

O Projeto Político Pedagógico é um processo contínuo que existe para subsidiar a

prática da escola como um todo em que se valorizam as diferenças como enriquecimento em

busca de um bem comum. Pais, alunos, professores, funcionários, direção enfim toda

comunidade, envolvidos na mesma causa para que a educação não corra o risco de ser algo

fragmentado, mas fruto de um processo em que todos possam compartilhar suas idéias e

ações.

A conquista da autonomia da escola é atingida quando se entende o significado de

sua proposta pedagógica, porque é fruto da ação de todos os envolvidos na dinâmica do

ensino-aprendizagem, participante na auto-reflexão do trabalho educativo, ato político

coletivo.

Essa caminhada requer também ação, reflexão, possibilitando às escolas situarem-se

num horizonte de possibilidades de enriquecimento do cotidiano escolar, imprimindo uma

direção que deriva de respostas compartilhadas.

O P.P.P. propõe a concepção de homem, sociedade, educação, escola, cultura,

ciência, tecnologia, trabalho, cidadania, conhecimento, ensino, aprendizagem, avaliação, bem

como os pressupostos filosóficos que dão suporte ao trabalho pedagógico. Propõe uma

48

concepção de escola como elemento básico da vida social e cultural da comunidade,

propiciando ao educando o conhecimento sistematizado, a oportunidade de construção de

cidadania, de cultura, instrumentalizando-o para pensar e discutir criticamente os mais

variados assuntos que digam respeito à sua formação cultural e humana, com suporte teórico

que lhe permita resignificar sua prática efetiva.

Buscando a melhoria da qualidade de ensino, o P.P.P. concebe uma escola na qual o

trabalho pedagógico possa ser entendido como um todo e vivenciado por todos, tendo como

foco central o aluno.

Tendo em vista a sociedade excludente na qual estamos inseridos, uma sociedade

globalizada, onde o capital é soberano em seus argumentos, podemos ver no individualismo a

expressão máxima de uma não virtude apontada como verdade absoluta, carregada de uma

abrangente conseqüência de resultados catastróficos no seio da sociedade moderna, onde a

idolatram, colhem como resultado de suas manifestações alcance na destruição de valores

étnicos passados, famílias desestruturadas, consumismo exacerbado nas condições dadas

pelos prazos longínquos, estabelecidos pela lei de mercado, e principalmente na ausência de

padrões, modelos dentro de caso, ou do pai, ou da mãe, ou de ambos na busca frenética do

sustento para suas casas e principalmente para sua tão sonhada satisfação pessoal pela tal da,

“ascensão social”.

Dentro deste contexto faz-se necessário que a escola seja um local de

formação e informação, que capacite o aluno a intervir em sua realidade social com a

possibilidade de transformá-la. Nesse sentido a escola deve estar preparada e pronta para

discutir, refletir sua prática, repensando que saberes, que conhecimento, que avaliação, que

educação deverá ofertar, assumindo o compromisso de contribuir para a construção de um

sujeito autônomo e crítico, pois acreditamos ser a escola este espaço de discussão e reflexão

para alcançarmos uma sociedade mais justa e igualitária, superando assim, a discriminação, a

desigualdade social, com base na transformação de nossa sociedade.

Nesse caso, o P.P.P. é uma oportunidade de construção de novas formas de

pensar e agir no âmbito escolar. Todos os envolvidos no processo, cada qual com suas

responsabilidades, participação e empenho em estar sempre revendo suas práticas e no caso

do educador, pleiteando formação continuada, haja visto que, cada vez mais faz-se necessária

a apropriação de novos conhecimentos no preparo profissional dos educadores. O professor

pode participar da organização do trabalho escolar, assumindo coletivamente a

responsabilidade pela escola, investindo em sua formação profissional, ampliando seus

49

conhecimentos, tornando seu desempenho profissional mais eficiente e atualizado, incidindo

na transformação ou melhoria de sua prática.

A organização do trabalho escolar implica na participação de todos os envolvidos no

processo, ou seja, direção, alunos, professores, funcionários, pedagogos, pais, articulando o

projeto pedagógico, o processo de ensino, aprendizagem e avaliação, discutindo

coletivamente questões, sejam pedagógicas ou organizacionais.

No P.P.P. a proposta de avaliação é pautada como um processo contínuo de obter

informações, de diagnosticar progressos, capacidades e possíveis defasagens do aluno,

oferecendo-lhe oportunidades de recuperação paralela para que atinja uma aprendizagem

satisfatória. A avaliação se estenderá a todos os segmentos da escola, ou seja, não só o aluno

deverá ser avaliado. A avaliação é aprendizagem, logo, enquanto se avalia, se aprende e

enquanto se aprende, se avalia. Desse modo, todos deverão estar avaliando e sendo avaliados.

Tal prática deverá ser um processo inclusivo, democrático, do qual todos farão parte num

trabalho construtivo em prol da melhoria da qualidade de ensino.

O P.P.P. tem compromisso com o ensino, supõe rupturas com o presente e promessas

para o futuro. Sair de um estado confortável e arriscar-se, atravessar um período de

instabilidade e buscar estabilidade frente ao Projeto Político Pedagógico, vai além de um

simples agrupamento de planos. Partindo de uma análise das realidades sociais ele sustenta

implicitamente as finalidades sociopolíticas da educação.

De acordo com a tendência pedagógica progressista que direciona nossa prática, não

há como institucionalizar a escola que buscamos numa sociedade capitalista. Desta forma,

temos como meta a transformação da realidade social assim como a superação das inúmeras

desigualdades sociais.

Deste modo, nosso compromisso é a valorização da ação pedagógica enquanto

inserida na prática social concreta. Entendemos a escola como mediação entre o individual e o

social, exercendo aí a articulação entre a transmissão dos conteúdos e a assimilação ativa por

parte de um aluno concreto, ou seja, inserido num contexto de relações sociais. Dessa

articulação resulta o saber criticamente reelaborado.

O P.P.P. é um compromisso sócio-político e pedagógico; político no sentido de

comprometer-se com a formação do cidadão e pedagógico no sentido de definir as ações

educativas e as características necessárias à escola de cumprir seus propósitos. Para que isso

se concretize é preciso refletir sobre os elementos básicos, as finalidades da escola, a estrutura

organizacional, o currículo, o processo de avaliação.

50

Dentro dessa perspectiva entendemos que a difusão dos conteúdos é primordial, não

conteúdos abstratos, mas conteúdos concretos, portanto, indissociáveis das realidades sociais.

Um trabalho pautado nessa proposta estará a serviço dos interesses populares, pois a escola

poderá contribuir para a eliminação das desigualdades sociais tornando-a democrática.

Se a escola é parte da sociedade agir dentro dela é poder contribuir para a sua

transformação. Assim, estar a serviço dos interesses populares é garantir um bom ensino a

todos. Isto é, a apropriação dos conteúdos escolares básicos que tenham ressonância na vida

dos alunos.

A educação que pretendemos deverá ser uma atividade mediadora dentro da prática

social. A intervenção do professor consiste em preparar o aluno para o mundo adulto e suas

contradições fornecendo-lhe meios através da aquisição de conteúdos e da socialização para

que possa participar ativamente na democratização da sociedade.

Os conteúdos a serem trabalhados são culturais e universais, construídos

historicamente e incorporados pela humanidade, mas permanentemente reavaliados face às

realidades sociais. Deste modo, não são fechados e fragmentados, mas sim significativos e

indissociáveis para a prática social dos educandos.

O professor tem como função possibilitar ao aluno o acesso aos conteúdos, ligando-

os com a experiência concreta dele, a continuidade, e proporcionar momentos de reflexão que

ajudam o aluno a chegar à ruptura do conhecimento adquirido para que ele passe a ser

realmente significativo para a sua vida e para seu engajamento político e social.

Para que isso ocorra todos os que atuam dentro da escola devem buscar reavaliar sua

prática no sentido de valorizar a experiência do aluno confrontada com o saber. O trabalho

docente deverá relacionar a prática vivida pelos alunos com os conteúdos propostos, momento

em que se dá a “ruptura” , ou seja, a consciência do valor dos conteúdos para a vida, que não

é, senão a união entre a teoria e prática. O professor atuará como mediador valorizando tanto

a sua prática quanto à do aluno para fazer valer as trocas de conhecimento.

O docente dispõe de uma formação para ensinar, possui conhecimento e a ele cabe

analisar os conteúdos em confronto com as realidades sociais. Sua intervenção deverá levar o

aluno a acreditar em suas possibilidades ampliando e reelaborando seus conceitos e

experiências de vida.

51

13. FUNÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Desde meados da década de 90, a idéia do Projeto Pedagógico vem tomando

corpo no discurso oficial em quase todas as instituições de ensino, espalhadas nesse imenso

Brasil. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9394/96), em seu artigo 12,

inciso I, prevê que: “os Estabelecimentos de Ensino, respeitadas as normas comuns e as do

seu sistema de ensino, terão a incumbência de elaborar e executar sua proposta pedagógica”,

deixando explícita a idéia de que a Escola não pode prescindir da reflexão sobre sua

intencionalidade educativa. Assim sendo, o Projeto Político Pedagógico passou a ser objeto

prioritário de estudo e de muita discussão.

Nesse sentido torna-se necessária e imprescindível à capacitação docente,

instrumentalizando os profissionais da educação que atuam na escola no sentido de discutirem

a prática pedagógica, enfatizando sempre os aspectos essências de formação do educador

garantindo a implementação de práticas docentes que venham contribuir na formação do

aluno cidadão como um todo, na busca de instrumentalizar e ampliar as oportunidades de

acesso ao conhecimento, justificando, o plano de ação que fomentará o trabalho coletivo

envolvendo toda a comunidade escolar.

O Projeto Político Pedagógico não é apenas uma exigência de ordem

administrativa, pois deve expressar a reflexão e o trabalho realizado em conjunto por todos os

profissionais da escola, no sentido de atender as diretrizes do sistema educacional de

educação, bem como as necessidades locais e específicas da comunidade escolar, ele é a

concretização da identidade da escola e do oferecimento de garantias para o ensino de

qualidade. Trata-se de um instrumento que permite clarificar a ação educativa da Instituição

Educacional em sua totalidade. Tem como propósito a explicitação dos fundamentos teóricos-

metodológicos, dos objetivos, do tipo de organização e das formas de implementação e de

avaliação institucional, tendo duas dimensões a política e a pedagógica. Ele é político no

sentido de compromisso com a formação do cidadão para um tipo de sociedade e é

pedagógico porque possibilita a efetivação da intencionalidade da escola, que é a formação do

cidadão participativo, responsável, compromissado, crítico e criativo. Essa última é a

dimensão que trata de definir as ações educativas da escola, visando a efetivação de seus

propósitos e sua intencionalidade. Assim sendo, “a dimensão política se cumpre na medida

em que ela se realiza enquanto prática especificamente pedagógica” (SAVIANI, 2001).

52

14. MARCO OPERACIONAL

14.1 Plano de Ação do Estabelecimento

Projeto Político Pedagógico é uma iniciativa comprometida com o repensar da escola

pública dando importância ao prazer de ensinar e aprender como também a alegria e a

realização do ser humano.

Fonte de energia vital ímpar, que se constrói pela participação de todos e se integra

na construção da vida coletiva e, sobretudo, CIDADÃ.

O conhecimento e consciência dos educadores do Colégio Estadual Jardim Consolata

quanto à necessidade de se redefinir o espaço escolar em seu tempo, bem como os rituais

cristalizados na prática de ensino, de maneira que possam estar voltados efetivamente para a

formação de sujeitos ativos, cidadãos atuantes e participativos, pressupõe uma mudança

compartilhada de todas as instâncias constitutivas da escola, o que, em grau maior ou menor,

implicará em uma ruptura com a prática escolar tradicional.

Especificando um pouco mais, um trabalho dessa natureza só se efetivará na relação

de envolvimento de todos os agentes deste processo, ou seja, numa ação coletiva em que se

busque adquirir, transmitir, socializar e produzir conhecimentos. À luz desse pressuposto,

projeta-se uma prática educativa em que ações eminentemente de natureza intelectual não

neutralizem ou deixem à sombra outras que possam proporcionar igualmente ao sujeito a

alegria de viver, de amar e de ser solidário.

Sob esse princípio, propõe-se para nortear a prática educativa, unir os conhecimentos

e experiências de educadores que têm a concepção de uma educação transformadora que

norteia o ser humano para atingirem seus objetivos de vida, que possam mediar o

conhecimento científico e popular, construindo a personalidade e a dignidade. É com base

nesta filosofia que se reflete a personalidade que se norteia nos pressupostos filosóficos desta

escola.

14.2 Plano de Ação da Equipe Pedagógica Escolar

Assessorar, coordenar e avaliar a implantação dos planejamentos de ensino e do

Projeto Político Pedagógico.

53

Coordenar grupos de estudos, para contínua capacitação pedagógica.

Acompanhar o processo de avaliação do aproveitamento nas diferentes áreas do

conhecimento.

Conhecer a totalidade do processo pedagógico, para orientar e acompanhar o

desempenho docente e discente.

Levantar junto com professores e famílias, informações sobre alunos que

apresentem problemas específicos, tomando decisões que proporcionem

encaminhamento e/ou atendimento adequado pela escola, família e outras

instituições.

Elaborar com a equipe docente os planos de recuperação de estudos a serem

proporcionados aos alunos que apresentem dificuldades de aprendizagem.

Assessorar o processo de seleção de livros didáticos a serem adotados pela escola

e/ou pela rede estadual de ensino.

Coordenar, em conjunto com a direção da escola, o trabalho de elaboração e/ou

realimentação do planejamento de ensino nas diversas áreas do conhecimento,

conforme o plano curricular.

Participar de reuniões e cursos convocados pelo NRE e direção da escola.

Buscar, junto ao NRE, orientações para o encaminhamento do seu trabalho.

Opinar, emitindo parecer, sobre a participação dos integrantes da equipe docente

em cursos e assessoramentos propostos por outras entidades.

Coordenar o pré-conselho, conselho de classe, emitir parecer e orientar os

encaminhamentos.

Levantar dados no trabalho escolar para análise de estudos, visando à melhoria da

qualidade do ensino aprendizagem.

Estimular os pais para envolverem-se com a aprendizagem do seu filho,

integrando-os na organização escolar.

Participar em atividades, eventos, cursos, programas em horário extra-escolar,

sempre que convocado ou houver necessidade.

Registrar em ata o atendimento aos alunos, pais ou responsáveis.

54

14.3 Plano de Ação do Laboratório de Biologia

As práticas de laboratório hoje fazem parte da realidade de muitos alunos nas

escolas, algo que há alguns anos não acontecia. Com o passar do tempo, o professor observou

que se ele trouxesse algo novo para mostrar em sala de aula, diferente do conteúdo que estava

trabalhando, os alunos compreenderiam melhor. No entanto, começou-se a observar a

importância de se relacionar à teoria com a prática, pois trabalhando somente com a teoria, os

discentes teriam dificuldades em imaginar as reações que ocorrem, por exemplo: dentro da

célula, tecido ou outro. Já com a prática, eles podem compreender melhor o mecanismo de

funcionamento das mesmas.

No entanto correlacionar teorias e práticas é uma tarefa muitas vezes difícil para o

professor, pois exige tempo hábil para organização, lavagem, desinfecção, esterilização dos

materiais e prepará-los para-se fazer as práticas, sendo que se as mesmas já estiverem prontas

pelos devidos profissionais (assistentes de execução) de laboratório, isso fará com que ocorra

uma melhor aprendizagem do conteúdo proposto, permitindo uma maior integração entre

alunos, tendo um melhor desenvolvimento dos saberes o que permite aguçar a parte cognitiva,

afetiva e psicomotora, alem de estimular a sociedade através das atividades realizadas em

grupos. Pois os saberes estão em todos os lugares, mas é na escola que se ensina os saberes.

Entretanto participa-se das práticas de laboratório os alunos do Ensino

Fundamental: a disciplina de ciências e do Ensino Médio as disciplinas de Biologia, Química

e Física. Tendo em vista que na disciplina de ciências eles participam de práticas como:

normas e segurança de laboratório, conhecimento de vidrarias e equipamentos, fazem o uso de

lupas para visualização e determinação das diferentes espécies de animais e plantas,

diferenciação de células vegetal e animal, identificação de diferentes tipos de parede celular e

tecido tanto animal como vegetal com o auxílio do microscópio. Já na disciplina de Biologia,

os alunos participam de práticas com a finalidade de proporcionar aulas com materiais

específicos para o estudo da anatomia, fisiologia humana, embriologia, reprodução humana,

divisão celular, identificação de tecido animal e vegetal, célula animal e vegetal e tipos de

parede celular com o auxílio do microscópio, funções do DNA E RNA, identificação de

colônias de bactérias. Na disciplina de física, as práticas proporcionam ao aprendiz o estudo

do magnetismo, eletricidade, ótica, ondulatória (ondas) e massa. Contudo as práticas de

química oferecem a oportunidade para que eles possam observar as reações químicas como a

55

de fenômenos físicos e químicos, mudanças de estados físicos, densidade, misturas,

destilação, cromatografia, decantação de líquidos, reações químicas e elementos químicos

utilizando diferentes tipos de materiais.

Sendo assim, faz-se necessário que o profissional de laboratório sensibilize os

usuários sobre as práticas, normas de segurança, desenvolvimento das atividades e cuidados

com manuseio dos materiais.

14.4 Plano de Ação da Biblioteca

A biblioteca do Colégio Estadual Jardim Consolata é denominada Biblioteca Nara

Regina Gaspar em homenagem a uma ex-professora deste estabelecimento de ensino, falecida

em 1987.

Desde o início de suas atividades, a biblioteca objetiva constituir apoio fundamental

aos professores e estudantes.

Ocupa um espaço agradável, proporcionando aos seus usuários um ambiente

adequado para realização de leitura e pesquisa. Possui um acervo composto por livros

didáticos, literários, enciclopédias, dicionários, atlas e três jornais periódicos: Hoje, A Gazeta

do Paraná e O Paraná, os quais deveriam ficar à disposição dos leitores na biblioteca. Os

livros literários são circulantes, isso é, podem ser retirados pelos sócios da biblioteca e

devolvidos num prazo pré-determinado.

Funciona de segunda-feira a sexta-feira, nos três períodos: matutino, vespertino e

noturno.

A biblioteca é de suma importância. Tem por finalidade o embasamento do processo

didático-pedagógico, através da leitura, consulta e pesquisa, contribuindo para a ampliação do

conhecimento dos membros dos corpos discente e docente e funcionários. Amplia o universo

cultural, enriquece o currículo e fortalece a proposta pedagógica da escola. Permite que o

pesquisador encontre subsídios para suas pesquisas. Permite conservar os

conhecimentos transcritos no curso dos séculos, de forma e técnica diversas, através de livros,

revista e jornais. Oferece aos professores oportunidades de aperfeiçoamento profissional no

local de trabalho, na sua hora-atividade. Contempla, também, aos estudantes, que têm acesso

à informação. Se o professor for a única opção de informação, a biblioteca perde o seu

sentido. Ela atua fundamentalmente na área de educação, pois é uma extensão da sala de aula

56

e um apoio pedagógico. Contribui imensamente para a formação do educando. Abre a todos

os docentes - não apenas aos de língua portuguesa e literatura - a oportunidade de

familiarizar-se com seu acervo.

Cabe aos bibliotecários:

Incentivar os alunos a visitarem e conhecerem os territórios literários, de acordo

com seus gostos, características pessoais e aspirações.

Orientar o usuário que pesquisa, de forma que localize o material que necessita.

Executar as rotinas de empréstimo, renovação e devolução, controlando a entrada e

saída de materiais.

Preservar e organizar materiais e equipamentos existentes, fazendo a supervisão e

controle dos mesmos.

Organizar e administrar o acervo.

Atender bem a todos que necessitam da biblioteca.

Ter seu trabalho em harmonia com a equipe pedagógica e professores.

Conforme explícito no Regimento Escolar também é garantido à biblioteca:

Ter respeitado o seu local de trabalho, bem como possuir condições necessárias

para realizá-lo a contento.

Ter autonomia dentro do seu local de trabalho, quanto ao aspecto psicopedagógico.

Receber o apoio da direção e equipe pedagógica para o bom andamento do

trabalho.

Ter agendadas com antecedência aulas de pesquisa com o professor e sua turma.

Ter suas normas respeitadas.

Enfim, a Biblioteca Nara Regina Gaspar está aberta não apenas para emprestar

livros, mas para abrir as possibilidades de acesso à informação e ao conhecimento.

A biblioteca não é apenas um depósito de livros. Se assim o fosse, deixaria de

atender as suas razões existenciais, de estímulo maior no trabalho do espírito, contribuindo à

escalada da inteligência humana.

Luís Milanese disse o seguinte: “Se um dia a humanidade considerar o

desenvolvimento científico uma insensatez, não precisa destruir os laboratórios: basta fechar

as bibliotecas especializadas”.

O acesso livre à informação é um exercício de liberdade que se desdobra

infinitamente. No conhecimento não há nada definitivo. Tudo está para ser reescrito

constantemente.

57

O que não podemos perder é a vontade de melhorar sempre no desempenho das

tarefas e contribuir para que os objetivos da biblioteca sejam alcançados.

É de extrema importância para o funcionário sentir-se reconhecido pelo seu

esforço como pessoa e como profissional. Assim, ele contribuirá cada vez mais para melhorar

o ambiente interno. Trabalhar de forma criativa, determinada, comprometido com o bom

andamento dos serviços, com a equipe e com os resultados, criará um sincronismo que levará

a biblioteca a atingir sucesso em seus projetos.

14.5 Plano de ação do Laboratório de Informática

A tecnologia é uma constante no atual contexto histórico. Assim sendo, a escola,

inserida na sociedade, e como meio que prepara o educando, deve aprender lidar com essa

ferramenta, bem como, auxiliar na interação entre educando e tecnologia.

Assim, o laboratório de informática, foi desenvolvido a partir de políticas

governamentais do estado, o Paraná Digital, que previam a inserção da tecnologia no espaço

escolar. Para tanto, cada instituição de ensino estadual recebeu um laboratório de informática,

televisores multimídias em cada sala de aula, entre outros recursos tecnológicos. Quem atua

no setor são Agentes Educacionais 2, no caso desta escola, um Agente Educacional em cada

período.

A partir desta realidade, no ano de 2006, a escola recebeu vinte e quatro

computadores, oriundos de tal projeto, onde quatro máquinas foram destinadas à secretaria e

as demais para a formação do laboratório.

Somada as políticas estaduais, tem-se também aquelas desenvolvidas pela União, e no

ano de 2009, iniciou-se o processo de instalação de outro laboratório, o PROINFO, onde a

escola recebeu mais dezoito computadores, sendo que dezesseis foram destinados ao ao

laboratório de informática, com o objetivo de incentivar a pesquisa entre educadores e

educadandos.

Diante do exposto, apresenta-se o laboratório de informática desta escola, como

espaço destinado ao uso de computadores, tanto por educadores quanto educandos, cuja meta

é aproximar a tecnologia do espaço educativo, usando-na como ferramenta no cumprimento

das metas propostas da escola no que tange à educação.

58

O laboratório de informática tem seu horário de funcionamento consoante ao da

escola, oferecendo espaço para que o professor ministre aulas, mediante prévio agendamento

(no mínimo dois dias) e não tomando mais do que três aulas por período, possibilitando no

intervalo dessas aulas a pesquisa em contraturno e por professores na preparação de suas

aulas.

Os alunos do contraturno, deverão anotar nome completo, série e o horário em que

entraram para pesquisa, e ao sair, também deverão anotar o horário, tudo isso em livro

específico para tal finalidade.

Ressalta-se que outros recursos tecnológicos, como rádio, multimídia e aparelhos e

DVD fazem parte dos equipamentos disponíveis no laboratório, para uso dos educadores. No

entanto, o uso de multimídia é feito mediante prévio agendamento. O educador deve retirar o

material pessoalmente ou enviar educando munido de crachá de identificação do professor, ou

lembrete escrito e assinado pelo mesmo, ficando sob responsabilidade do educador a

devolução do material no setor.

No caso das mídias de DVDs, estas podem ser emprestadas pelos educadores, ficando

estes responsáveis pelos materiais e pela devolução dos mesmos ao setor em data estipulada

pelo agente educacional que atua no setor.

Não será permitida a permanência de alunos que se encontram em horário de aula,

salvo situações em que seja evidente a necessidade e com autorização do professor e/ou

equipe.

É no laboratório que se realiza a impressão das avaliações, onde o professor deverá

encaminhar por e-mail ou trazer em mídia compatível aos equipamentos, os arquivos que

aplicará aos educandos, nesse caso, a solicitação (envio ou entrega do arquivo) deverá ser

feita com no mínimo dois dias de antecedência.

Desta forma, o laboratório de informática auxilia na formação do educando, seja no

âmbito de contribuir no aprofundamento dos conteúdos em sala de aula, seja na formação do

aluno como pessoa por meio das relações sociais estabelecidas no ambiente, bem como, o

zelo pelo mesmo.

59

14.6 Plano de Ação dos Agentes Educacionais

O Serviço Administrativo tem como função principal, apoiar os atos da direção e

Equipe Pedagógica, atendendo às necessidades dos professores, alunos e outros

colaboradores, a fim de que toda ação obtenha êxito.

O primeiro contato comunidade-escola se dá por intermédio deste setor, por isso, a

importância de que todos sejam bem recebidos, de saber ouvir aqueles que da escola

precisam. Quanto melhor é a impressão inicial que a comunidade tem, tanto melhor será o

relacionamento entre estes.

Historicamente, a função administrativa surgiu com os Jesuítas, onde os menos

“capacitados” trabalhavam para a manutenção das classes (salas de aula), em troca de

alimentação para si. Hoje, temos o suprimento destes cargos via concurso público, o que

significa de certa maneira avanço para a classe. Visto que para a aprovação em concurso

público há necessidade de certo preparo, a escola fica melhor subsidiada. Mesmo com estes

avanços, sempre há o que se melhorar, para a satisfação de toda a comunidade. Neste sentido,

espera-se a compreensão dos órgãos governamentais, para que haja oferta de capacitação,

direcionada a este melhor atendimento. Entende-se que quanto maior o grau de satisfação, em

relação ao primeiro contato, menor o número de problemas a serem enfrentados pelos órgãos

superiores.

14.7 Plano de Ação Do Conselho Escolar

O Conselho Escolar do Colégio Estadual Jardim Consolata-Ensino Fundamental e

Médio, sito à Rua Adoniran Barbosa, nº 620, Jardim Consolata Cascavel – Paraná reger-se

por estatuto próprio dispositivos legais que lhe forem aplicáveis.

O Conselho Escolar e um órgão colegiado de natureza deliberativa, consultiva e

fiscal, não tendo caráter político-partidário, religioso, racial e nem lucrativo, não sendo

remunerados seus Dirigentes e/ou Conselheiros.

O Conselho Escolar tem por finalidade efetivar a gestão escolar, na forma de

colegiado, promovendo a articulação entre os segmentos da comunidade escolar e os setores

da Escola, constituindo - se como órgão auxiliar da direção do Estabelecimento de Ensino.

60

Sendo ele constituído pelos membros do magistério, alunos e funcionários pais ou

responsáveis pelos alunos e funcionários que protagonizam a ação educativa na escola.

A atuação e representação de qualquer dos integrantes do Conselho Escolar visará o

interesse maior dos alunos, inspirados nas finalidades e objetivos da educação pública, para

assegurar o cumprimento da função da Escola, que é ensinar.

A ação do Conselho Escolar deverá ser articulada com a ação dos profissionais que

atuam na escola, preservando a especificidade de cada área de atuação.

A autonomia do Conselho Escolar será exercida com base nos seguintes

compromissos:

A legislação em vigor;

A democratização da gestão escolar;

As oportunidades de acesso, permanência e qualidade de ensino na escola publica

de todos que a ela têm direito.

14.8 Plano de Ação da APMF - Associação de Pais, Mestres e Funcionários.

Associação de Pais, Mestres e Funcionários - pessoa jurídica de direito privado, é um

órgão de representação dos pais e profissionais do estabelecimento, não tendo caráter político

partidário, religioso, racial e nem fins lucrativos, não sendo remunerados os seus Dirigentes e

Conselheiros, sendo constituído por prazo indeterminado. Tendo como objetivos:

Discutir, no seu âmbito de ação, sobre ações de assistência ao educando, de

aprimoramento do ensino e integração família-escola-comunidade, enviando

sugestões em consonância com a proposta pedagógica, para apreciação do

Conselho escolar e equipe - pedagógica-administrativa.

Prestar assistência aos educandos, professores e funcionários, assegurando - lhes

melhores condições de eficiência escolar, em consonância com a Proposta

Pedagógica do Estabelecimento de Ensino.

Buscar a integração dos segmentos da sociedade organizada, no contexto escolar,

discutindo a política educacional, visando sempre a realidade dessa comunidade.

61

Promover o entrosamento entre pais, alunos, professores e funcionários e toda a

comunidade, através de atividades socioeducativas e culturais e desportiva, ouvindo

o Conselho Escolar.

Representar os reais interesses da comunidade escolar, contribuindo dessa forma,

para a melhoria da qualidade de ensino, visando uma escola publica, gratuita e

universal.

Gerir e administrar os recursos financeiros próprios e os que lhe s forem repassados

através de convênios, de acordo com as prioridades estabelecidas em reunião

conjunta com o Conselho Escolar, com registro em livro de ata.

Colaborar com a manutenção e conservando do prédio escolar e suas instalações,

conscientizando sempre a comunidade sobre a importância desta ação.

A Associação de Pais, Mestres e Funcionários e um órgão formado não somente por

pais, mas também com a participação de toda a comunidade escolar, onde aqueles evolvidos

no processo são igualmente responsáveis pelo sucesso da Educação da Escola Publica que

objetiva dar apoio a Direção de escolas, primando pelo entrosamento entre pais, alunos,

professores, funcionários e toda a comunidade, com as atividades sócio-educativa, culturais e

desportivas.

Uma de suas grandes responsabilidades é discutir, colaborar e participar das decisões

coletivas sobre as ações da equipe pedagógica - administrativa e do Conselho Escolar,

visando a assistência ao educando, o aprimoramento do ensino e a integração família-escola-

comunidade.

Com a atualização do Estado garante-se uma participação mais efetiva da

comunidade escolar, também com a integração dos funcionários dos estabelecimentos de

ensino. O objetivo é contribuir com a representatividade de interesses e melhorar a qualidade

do ensino, garantindo uma escola publica gratuita e universal.

14.9 Plano de Ação do Grêmio Estudantil

O Grêmio atua de forma independente da diretoria, Conselho de Escola e APMF,

ou seja, tem autonomia para elaborar propostas, organizar e sugerir atividades para a escola.

Para realizá-las, no entanto, deverá contar com autorização da direção ou Conselho da Escola,

62

pois as propostas deverão ser sempre discutidas e agendadas. É direito dos estudantes

participar da organização do calendário e das atividades que serão realizadas na escola.

Quanto aos partidos políticos, eles fazem parte da nossa vida política e atuam nos

movimentos sociais e estudantis, mas o Grêmio deve procurar agir sempre com independência

e autonomia, respeitando a pluralidade dos alunos que representa. Cada estudante pode ter sua

preferência político-partidária, assim como militar em favor dela, no entanto, ela não é

condição necessária para a participação no grêmio estudantil.

14.10 Sistema de Avaliação do Estabelecimento de Ensino

Em tempos de crise de valores sociais, morais e éticos, temos cada vez mais a

ansiedade dos educadores devido a necessidade de qualificação frente à fertilidade virtual-

tecnológica que o educando tem ao seu alcance fora da escola, via o mundo da mídia, via

internet, no processo informatizado da sociedade globalizada da comunicação. Diante disso,

refletir e construir uma escola é, essencialmente colocar em prática uma concepção política e

pedagógica que esteja alicerçada numa visão de sociedade que tem como desafio responder

aos novos paradigmas educacionais, as definições das especificidades da organização escolar

como construtora da cidadania e dos saberes que a norteiam na dimensão da qualidade

desejada na educação.

Cabe à escola, um repensar coletivo que envolva a comunidade escolar, para a

melhoria da qualidade da educação. Elaborando como objetivo prioritário, em sua proposta

pedagógica, uma forma de diagnosticar os problemas provenientes do processo de

aprendizagem, assim como um plano de ação para se atingir esse objetivo. A avaliação

escolar é, sem dúvida, de suma importância, uma vez que é potencialmente o instrumento a

ser usado na construção ou no pleno desenvolvimento do modelo de atuação escolar. Se

conduzida com caráter reflexivo serve para identificar as dificuldades apresentadas pelos

alunos, no decorrer do período letivo e não apenas para a finalização do processo ensino

aprendizagem, pois, a maneira como uma escola avalia é o reflexo da educação que ela

valoriza.

A escola precisa trabalhar de modo interativo, com outras instituições sociais e,

assim cumprir seu papel social de construção e democratização do conhecimento. Deve-se

também conectar numa atuação que exige uma qualificação técnico-tecnológica, científica,

63

artística e ética, frente ao mundo global e a educação. Segundo Vasconcelos (1994, P 46) “o

conhecimento não tem sentido em si mesmo: deve ajudar a compreender o mundo, para nele

intervir. Assim sendo, compreendemos que a principal finalidade da avaliação no processo

escolar é ajudar a garantir a construção do conhecimento”.

A concepção de avaliação está interligada a uma apreciação qualitativa sobre

dados relevantes do processo de ensino aprendizagem que auxilia o processo a tomar decisões

sobre o seu trabalho abrangendo a organização escolar como um todo: as relações internas à

escola, o trabalho docente, a organização do ensino e, ainda, a relação com a sociedade.

A avaliação é um exercício mental que permite a análise, o conhecimento e o

diagnóstico e um objetivo. Avaliar é um processo de autoconhecimento e, também, de

conhecimento da realidade. É um processo de análise, recreação e ressignificação que fazem

parte dessa realidade preparando o educando a enfrentar as exigências da sociedade.

Observamos que muitas vezes existe uma visão reduzida e equivocada do

processo de avaliação, já que a nota, produto concreto dessa verificação, reflete apenas o

resultado do desempenho cognitivo do aluno, e nunca o processo educativo que o levou a tal

resultado.

O termo avaliar tem sido constantemente associado a expressões como: fazer

prova , exame, atribuir notas, repetir ou passar de ano. Esta associação, tão freqüente em

nossas escolas é resultante de uma concepção pedagógica arcaica, porém tradicionalmente

dominante. Nela a educação é concebida como mera transmissão e memorização de

informações prontas e o aluno é visto como um ser passivo e receptivo e visa apenas o

controle formal, com o objetivo classificatório e não educativo.

Se nos propusermos a conceber a avaliação, dentro de um processo onde educar é

formar e aprender a construir o próprio saber estaremos contemplando dimensões que não a

reduzem a simples atribuição de notas. Se o ato de ensinar e aprender, consiste na realização,

em mudanças e aquisições e comportamentos cognitivos, afetivos e sociais, o ato de avaliar

consiste em verificar se eles estão sendo realmente atingidos e em que grau se dá essa

consecução, para ajudar o aluno a avançar na aprendizagem e na construção do seu saber.

Nessa perspectiva, a avaliação assume um sentido orientador e cooperativo, considerando a

relação mútua entre os aspectos quantitativos e qualitativos.

As práticas da avaliação são definidas pelas concepções de mundo dos

profissionais envolvidos no processo, ou seja, a definição dos instrumentos de avaliação é

determinada pelas idéias e modelos da realidade do sistema em que o profissional atua. Nesse

sentido o trabalho docente deve ser conduzido de forma que a avaliação lhe apresente um

64

diagnóstico dos avanços e dificuldades dos alunos, indicando o replanejamento de suas

atividades e o aperfeiçoamento de sua prática pedagógica.

E nesse sentido é importante reconhecer a necessidade de verificar o

conhecimento prévio do aluno, e a partir daí planejar seus conteúdos e detectar o que ele

aprendeu em anos anteriores, bem como identificar as dificuldades de aprendizagem e

caracterizar as suas possíveis causas.

O professor também deve estabelecer ao iniciar o ano letivo, os conhecimentos

que seus alunos devem adquirir e as atitudes a serem desenvolvidas. Esses conhecimentos

devem ser constantemente avaliados durante a realização das atividades, fornecendo

informações tanto para o professor como para o aluno sobre o que já foi assimilado e o que

ainda precisa ser dominado. Caso o aluno não consiga atingir as metas propostas, cabe ao

professor analisar o processo desenvolvido em termos de ensino aprendizagem e reorganizar

novas situações de aprendizagem, para dar a todos condições de êxito, ficando atento aos

aspectos afetivos e culturais do educando e não só cognitivos.

A avaliação deve fazer parte de um processo dialógico, interativo, que visa fazer

do indivíduo um ser melhor, mais crítico, mais criativo, mais autônomo, mais participativo,

mas que também irá diagnosticar, e favorecer o desenvolvimento integral do aluno. No

procedimento de avaliação devem-se considerar testes organizados pelo professor, coleção de

produtos de trabalhos do aluno, registros dos resultados de observações e discussões,

comentários, entrevistas, análise da escrita, entre tantas outras estratégias a serem empregadas

de acordo com o momento, pois a avaliação será um ato subsidiário da prática pedagógica,

com vistas a obtenção de resultados, os mais satisfatórios possíveis diante do caminho de

desenvolvimento de cada educando.

O aluno é estimulado a trabalhar de forma produtiva quando percebe que há uma

finalidade na proposta do professor, onde os seus resultados e que seu desempenho é

comparado com ele próprio e que seus progressos e dificuldades são vistos a partir de seu

próprio padrão de desempenho, necessidades e possibilidades. Conforme Hoffmann (1998, p

09), uma ação mediadora promove um processo interativo dialógico, existente enquanto

relação humana, confluência de idéias e vivências.

Toda e qualquer produção por parte dos alunos deve ser significativa, uma vez

que reflete um determinado estágio de desenvolvimento dos conhecimentos, ou seja, sua

bagagem biopsicosociológica, e a partir daí, poderá, sim trabalhar, dando-lhe subsídios para o

desenvolvimento, sustentado-o a assimilação pessoal desses subsídios para sua trajetória

existencial desde que haja entendimento por parte do professor de como o aluno elaborou

65

determinadas respostas e/ou soluções, para definir então, quais intervenções e atividades

coletivas e/ou individuais deverão ser realizadas visando dar continuidade ao processo de

desenvolvimento.

É fundamental que se tenha uma visão sobre o aluno como um ser social e

político, capaz de atos e fatos, datado de e em conformidade com o senso crítico, sujeito de

seu próprio desenvolvimento. Somente uma avaliação levada a termo de forma adequada, é

capaz de favorecer o desenvolvimento crítico pleno ou a construção perfeita da autonomia do

educando para a vida. A avaliação do ponto de vista crítico da classe trabalhadora. Portanto

deve ser democrática e deve favorecer o desenvolvimento da capacidade do aluno de

apropriar-se de conhecimentos científico, sociais e tecnológicos produzidos historicamente.

É importante ressaltarmos também que o ato de avaliar não se restringe apenas a

figura do aluno, uma vez que todos os segmentos da escola devem ser avaliados. Portanto

estaremos em alguns momentos reunindo professores, alunos, equipe pedagógica e

administrativa, funcionários, APMF, Grêmio Estudantil e demais instâncias da comunidade

escolar, com o intuito de “uns avaliarem aos outros”, através da exposição de opiniões e

sugestões que contemplem a análise do trabalho desenvolvido pelos segmentos. Estaremos

também convocando representantes de todos os segmentos da escola para a elaboração de um

questionário, semelhante ao que é usado na Avaliação Institucional (caderno SEED), para

posteriormente ser aplicado a todo conjunto que integra a escola.

Acreditamos, assim, que a avaliação é um processo que deve ser estendido a todos

os setores da escola, e conforme o conceito emitido por SANT’ANNA (1995, p.07) “ a

avaliação escolar é o termômetro que permite avaliar o estado em que se encontram os

elementos envolvidos no contexto. Ela tem um papel altamente significativo na educação,

tanto que nos arriscamos a dizer que a avaliação é a alma do processo educacional” .

Salientamos ainda, que nesta instituição de ensino, as avaliações serão registradas

de forma somatória ou percentual, e a verificação do rendimento escolar, será feita a cada

bimestre, onde pais e alunos terão acesso às “médias” através da retirada de boletins

escolares.

Para nortear o trabalho pedagógico foi elaborada a Instrução Normativa 02/2010

do Colégio Estadual Jardim Consolata, cujo objetivo é estabelecer as normas para realização

das avaliações/recuperações e registro destas no livro registro de classe, também para

estabelecer o número mínimo de instrumentos avaliativos e facilitar a compreensão de como

se processa a avaliação das mesmas. A referida instrução reza o seguinte:

66

INSTRUÇÃO Nº 02/2010

Estabelece as normas para a realização das

avaliações/recuperações e registro destas no diário de

classe.

A direção, os pedagogos deste estabelecimento de ensino, no uso de suas atribuições e:

Considerando atender aos anseios dos professores manifestada na Semana Pedagógica 2010 e

Reunião Pedagógica de 27/02/2010 quanto ao processo de avaliação;

Considerando orientar a comunidade escolar quanto à alteração no processo de avaliação e

recuperação de conteúdos/estudos como forma de experimentação e posterior regulamentação no Regimento

Escolar;

Considerando aproximar a prática da avaliação à teoria legislada sobre o assunto, expões e instrui

o que segue:

Os registros das avaliações e recuperações devem constituir a perfeita escrituração da vida

escolar do aluno e garantir a qualquer tempo, a integridade e a compreensão das informações.

No decorrer do bimestre, o professor dará para o aluno no mínimo três (03) avaliações, sendo

pelo menos uma prova escrita com valores e instrumentos diversos, totalizando o valor de

(zero vírgula zero) 0,0 a (dez vírgula zero) 10,0.

Após cada avaliação, o aluno terá direito à recuperação de conteúdos/estudos. Nela, o

professor irá indicar/rever para o aluno com aproveitamento insuficiente, a área de estudos e

os conteúdos da disciplina.

Na recuperação de conteúdos/estudos, antes do final do bimestre, o professor

deverá fazer uma síntese no quadro para a turma;

Cabe ao professor determinar ao aluno que registre em seu caderno os

conteúdos/estudos sintetizados no quadro;

A recuperação citada acima, preferencialmente deverá ocorrer após cada

avaliação e correção da mesma.

Ao término das três, ou mais avaliações no decorrer do bimestre, o professor

deverá fazer a somatória, conforme item 6.2;

Não há registro específico da obrigatoriedade da recuperação de notas, mas fica óbvio que

como consequência da recuperação de conteúdos/estudos, a forma de aferir/verificar se

houve apreensão dos conteúdos considerados insuficientes pelo aluno, será através de

“prova”, uma outra avaliação que se traduzirá em notas, uma vez que o sistema de ensino

assim determina. Caso contrário, o aluno mesmo com a recuperação de conteúdos/estudos,

continuará com nota baixa, traduzido em baixo rendimento escolar/aprendizagem abaixo dos

parâmetros estabelecidos pela escola/colégio e pelo sistema.

No final do bimestre, o professor fará uma recuperação de notas, que terá o valor de 0,0 a

10,0 (zero vírgula zero) a (dez vírgula zero), utilizando-se de uma prova individual. Para isso,

o mesmo recorrerá aos conteúdos indicados para o aluno no momento em que deu a

67

recuperação de conteúdos/estudos, (síntese de conteúdo do quadro) dado pelo professor(a);

conforme 3.1, 3.2, 3.3.

Após a recuperação de notas no final do bimestre prevalecerá a maior nota.

No livro de chamada:

No espaço conteúdo registrar:

As avaliações e recuperações de conteúdos/estudos

Ex.: 25/02/2010 – AV1 – prova individual sobre as principais teorias favoráveis ao

Absolutismo.

02/03/2010 – recuperação de conteúdo/estudo – principais teorias

favoráveis ao Absolutismo. E assim, sucessivamente na AV2, AV3...

Observe o exemplo abaixo:

CONTEÚDO

PERIODICIDADE: 1º

ÉPOCA: 03/02/10 A 22/04/10

Data Fevereiro Rubrica

3 Formação Continuada

4 Formação Continuada

5 Formação Continuada

9 Apresentação da disciplina, do professor, e do sistema de avaliação ...

10 O Absolutismo e a situação na Europa

11 A formação do Absolutismo Inglês

18 A era da dinastia Tudor

23 Teóricos do Absolutismo

24 O domínio Absoluto dos reis

25 AV 1 – Prova individual sobre as principais teorias Favoráveis ao Absolutismo

Março

02 Recuperação/revisão dos principais tópicos Relacionados ao Absolutismo

No espaço avaliação registrar:

O dia do mês, o número da avaliação e o valor desta.

Observe o exemplo abaixo:

AVALIAÇÃO Anotações de avaliações e recuperação realizadas ao longo do período (provas, trabalhos, atividades, etc)

22/02 Av1

Valor 3,0

08/03 Av2

Valor 4,0

05/04 Av3

Valor 3,0

Somatória

19/04/10 Rec. Bim

10,0

Faltas

Média

68

1 1,6 2,9 2,5 7,0 9,5 1 0 9,5 2 2 3 3

No espaço das observações, registrar: A recuperação ocorre de forma paralela

durante o bimestre, conforme Regimento Interno e Instrução nº.02/2010 do Colégio

Estadual Jardim Consolata.

Esta instrução estará à disposição de qualquer membro da comunidade escolar para consulta e

solicitação de esclarecimento, sendo que cada professor (a) receberá uma cópia.

Segue em anexo um documento de apoio, (legislação e bibliografia de referência).

Qualquer dúvida, procurar a direção e as pedagogas.

Fica revogada a instrução nº01/2010 de 11/03/10 do Colégio Est. Jardim Consolata E.F.M –

Cascavel.

Direção e Equipe Pedagógica

Cascavel, 14 de setembro de 2010

14.11 Conselho de Classe

No que tange ao Conselho de Classe, percebemos que nossa escola ainda traz em seu

bojo resquícios de trabalho fragmentado, porém, podemos afirmar que avançamos

significativamente nos últimos anos e estamos buscando, continuamente, atingir a meta por

nós estabelecida que é a plena efetivação do Conselho de Classe Participativo.

Já alcançamos resultados em relação aos encaminhamentos tomados a partir do que

se decide nesses encontros, especialmente na perspectiva de discutir diagnósticos e

proposições levantadas no Pré-conselho, estabelecendo comparações entre resultados

anteriores e atuais, entre níveis de aprendizagem diferentes nas turmas e não entre alunos.

Outro ponto importante no qual avançamos é o Pós-conselho, momento de chamar alunos

para motivá-los, alertá-los, parabenizá-los, auxiliá-los, propor trabalhos extras, conforme as

necessidades de cada um.

Uma questão problemática que tem gerado muitas discussões reside no alto índice de

aprovados por conselho. Em 2008 tivemos um índice de aprovados por conselho de classe em

torno de 40% dos alunos. Em função desse alto índice, no ano de 2009, em vários momentos

69

levantamos muitos questionamentos sobre esse resultado e convidamos os educadores da

nossa comunidade escolar a refletir sobre o assunto, com a finalidade de diminuir tal

percentual, não apenas sob o enfoque numeral, mas com vistas a forma com que os educandos

estavam se apropriando dos conhecimentos e conteúdos trabalhados no cotidiano escolar.

Preocupamo-nos com práticas que ainda reforçam o fracasso escolar através da

reprovação, sem visualizar, no entanto, que quando reprovamos um aluno, estamos também

reprovando o nosso trabalho, salvo algumas exceções. E por isso banimos de nossa prática o

conselho de classe tradicional que parecia ser um encontro informal no qual os educadores se

reuniam para “falar mal dos alunos” e de questões sobre os mais diferentes assuntos, sendo

que em último plano aparecia o tema de ordem principal que é a aprendizagem.

Atualmente, com diretores adeptos da gestão democrática e sempre abertos à plena

participação da comunidade nos assuntos concernentes à escola, e também pelo fato de termos

pedagogas efetivas via concurso público, essa realidade tem mudado ano após ano,

justamente pelo motivo de termos equipe constituída por profissionais habilitadas e que

dominam a problemática em torno do assunto ensino-aprendizagem, mesmo que com alguns

equívocos cometidos no decorrer da caminhada.

O fato é que estamos buscando aprender dia após dia, procurando refletir sobre as

decisões tomadas e os encaminhamentos apontados, via pré-conselho, conselho e pós-

conselho de classe com o intuito de sanar as muitas deficiências que temos quando se trata de

decidir sobre a vida de nossos alunos no que diz respeito a prosseguir sua caminhada através

da aprovação ou ser retido e mais uma vez digerir amargamente o seu fracasso escolar, que

será também o nosso de certa forma.

Dentre os assuntos mais discutidos no âmbito escolar, evidencia-se o Conselho de

Classe: Como ele ocorre, qual a função, o que fazer antes e depois, quando fazer. Porém,

percebe-se que quando está em pauta o Conselho de Classe Participativo, o entusiasmo pela

discussão diminui. Por que será?

O Conselho de Classe tradicional sempre acaba sendo uma reunião com a equipe

pedagógica, direção, professores e secretária da escola para tratar do comportamento dos

alunos, da indisciplina, mostrar a indignação pelos que não fazem as tarefas, não trazem os

livros, os que faltam demais e quando comparecem, não querem saber de nada, que é preciso

chamar os pais, dar “um susto” e outras situações do gênero. O que somente legitima o

fracasso do evento e por conseguinte, dos alunos e dos profissionais da educação enquanto

mediadores da aprendizagem.

70

Nesta forma de Conselho de Classe, tudo já está posto antes mesmo do encontro, ou

seja, as notas já estão decididas, o aluno já foi avaliado, os critérios (se existirem), foi o

professor quem estabeleceu sem comunicar aos interessados quais são, e cada professor da

turma joga suas angústias e seu aborrecimento com os alunos na pauta, enfim, o Conselho de

Classe acaba sendo um “tribunal da inquisição” e o veredicto será sempre: condenado! E o

pior, o réu nem está presente! Sim, uma vez que neste tipo de conselho aluno não entra, pois

“pode escutar demais e sair falando coisas que não foram ditas”!

Perguntar se nos dias atuais isto ainda ocorre é redundante. Sabemos que sim, porém

temos consciência de que isto pode e deve ser mudado. Então passamos a discutir o Conselho

de Classe Participativo, o que não é tarefa cômoda, uma vez que está exigindo mudança de

postura, mais trabalho, romper com o velho, rever teorias e práticas estabelecidas há muito

tempo e dadas como verdades absolutas e isto não é nada fácil.

Dada a necessidade de avançar na discussão acerca do Conselho de Classe

Participativo, temos a avaliação como foco do trabalho pedagógico. E o conselho de classe

serve a esse propósito pois é um instrumento para repensar a avaliação dos alunos, dos

professores, dos pedagogos, direção, funcionários com a participação efetiva de todos os

segmentos da escola.

O conselho de classe participativo deve ser espaço que oportunize rever e reorganizar

a prática pedagógica, as metodologias, os recursos didáticos para facilitar o ensino e a

aprendizagem objetivando favorecer uma avaliação mais completa do aluno e do próprio

trabalho docente.

Para que possamos avançar neste sentido, é mister repensarmos o modo como vem

sendo organizado o conselho de classe e como estamos registrando o mesmo. É fato que

nunca perdemos de vista a discussão sobre como implementar um conselho de classe

participativo, conforme algumas escolas já vem fazendo. Estamos numa constante busca sobre

como organizar o trabalho pedagógico de acordo com as suas finalidades.

Deste modo, na prática, efetuamos o pré-conselho de classe/conselho de classe/pós-

conselho de classe, o que, para nós, é um grande avanço. No período noturno, há muito tempo

os alunos participam do conselho de classe, nos outros períodos, iniciamos neste ano com as

turmas do Ensino Médio com ótimos resultados, pois percebemos que isto abre uma gama

enorme de possibilidades de avanço, pois acabamos “expondo” o aluno e antes, ao querer

“preservá-lo”, estávamos tolhendo o seu direito de “réplica, de defesa” e ele não percebia o

seu ato falho. Porém, quando chamado a responder pelos seus atos, torna a sua

responsabilidade de melhorar enquanto aluno muito maior, uma vez que a “história foi

71

publicada e está nas bancas!” Esta é a grande virtude do CCP, ele não pode negar, fingir que

não foi comunicado que não está sendo bom aluno.

Para os docentes, o Conselho de Classe Participativo também é um ótimo exercício

de avaliação do seu desempenho junto aos alunos que podem expor no ato do conselho suas

dúvidas, angústias e o que pensam da disciplina e quais as suas expectativas em relação a ela.

O que precisamos entender é que todos, devemos estar juntos neste processo: escola,

pais, educadores, propondo ações, compreendendo cada um o seu papel para juntos

fortalecermos a ação pedagógica. Estamos gradativamente caminhando para tal, ao

compreender que todos têm direito de participar do evento, não somente como expectador

mas como parte integrante do processo.

Temos observado em nossas discussões que a participação efetiva que pretendemos

não será algo “rápido e indolor”, deverá ser uma construção contínua e, para 2011

pretendemos ampliar as discussões sobre o assunto que se apresenta como uma necessidade e

uma boa possibilidade de interagirmos com os pais, com os alunos, professores, direção com

o objetivo de juntos estabelecermos critérios claros para a avaliação tanto dos sujeitos quanto

dos processos educativos para que a escola atinja sua meta primordial que é auxiliar os alunos

em sua busca e apreensão do conhecimento formal para que possam, com tranqüilidade e

sabedoria agir no mundo, na sociedade, com condições de transformá-la, estando preparados,

conforme a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDBEN 9394/96, em seu Artigo

2º, através de seu pleno desenvolvimento, para o exercício da cidadania e sua qualificação

para o trabalho.

Sendo assim, propomo-nos a levar adiante a discussão sobre o tema, abordando-o

sempre que houver uma oportunidade, seja em reuniões pedagógicas, reuniões para entrega de

boletins, conversas com as turmas, conversas informais, pois temos convicção de que para

muitos membros de nossa comunidade escolar, conselho de classe e avaliação ainda são

coisas decididas por poucos dentro da escola e este modo de pensar precisa e deve mudar.

14.12 Enfrentamento à Evasão Escolar

Podemos afirmar que a evasão escolar é combatida exaustivamente em nossa escola,

e com o objetivo de auxiliar e facilitar, não somente o “resgate” de alunos mas também

72

prevenir e evitar a ausência deles na escola. Achamos por bem organizar este tópico, tendo em

vista a necessidade de documentar as ações, reflexões, implicações, responsabilidades que a

comunidade escolar tem com os alunos e a preocupação em garantir o seu acesso e

permanência na escola.

Para tal, neste processo de inserção do item, Evasão Escolar no PPP, nos pautamos,

em documentos com bases na Constituição Federal de 1988; a Lei de Diretrizes e Bases Para

a Educação Nacional (Lei 9394/96); o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90)

que tratam do acesso e permanência dos alunos nas escolas e buscaremos estabelecer critérios

que possam, de alguma forma, auxiliar no enfrentamento à evasão escolar pois todos

concordamos que lugar de crianças e adolescentes é na escola.

Enquanto parte integrante da comunidade escolar temos uma grande preocupação

em avançar na organização do trabalho pedagógico da escola, porém encontramos à nossa

frente um entrave que, por vezes faz “desmoronar” o processo educativo que tão

cuidadosamente tentamos construir. Este famigerado monstro chama-se Evasão escolar! Por

que ela ocorre? O que fazer para bani-la do nosso contexto? Existem culpados pela evasão?

Quem são?

São perguntas que insistentemente nos fazemos e nem sempre ou quase sempre não

encontramos respostas, uma vez que não é algo isolado, vem sempre acompanhada de uma

série de fatores.

Ao rever a função principal da escola, observamos que é a transmissão do

conhecimento científico, de modo sistematizado, que ajude o aluno a compreender a

sociedade historicamente construída e entender-se parte da mesma, com a possibilidade de

melhora em sua qualidade de vida. É no processo de ensino e aprendizagem que o aluno

recebe conhecimentos que podem lhe servir de acesso a uma cultura geral para sua formação

como cidadão, sujeito da sua história.

No entanto, para que este processo ocorra, o aluno deve ter claro que a escola é um

lugar de trabalho, de estudo, de busca de conhecimento e não de lazer (no sentido de somente

brincar). Logo, estudar exige disciplina, vontade, seriedade, compromisso consigo mesmo e

com a escola.

Infelizmente muitos alunos não a entendem desta forma e o que é pior, com o

consentimento dos pais evadem-se da escola. Este pode ser um dos motivos da evasão escolar.

Cabe ressaltar que há inúmeras razões para evasão escolar. Cada família, cada aluno, cada

situação é um caso e deve ser cuidadosamente investigado.

73

Em nosso colégio, no cotidiano escolar buscamos ao longo dos bimestres conversar

sempre que necessário e também como forma de prevenção ao abandono escolar, com os

alunos que não estão atingindo a média estabelecida nas disciplinas (6,0) para tentar

descobrir quais são as suas dificuldades; que situações ocorreram para que não conseguisse

apreender os conteúdos; o porquê das faltas desnecessárias; se gazeou aulas, enfim, fazemos

uma investigação em sua vida escolar, tendo por base os dados fornecidos pelos professores,

pelo aluno, pelos colegas e pelos pais, peça importante no processo.

Estas medidas são tomadas para que não ocorra lá no final do 3º bimestre, por

exemplo, de o aluno (e pais também) pensar ou dizer: -“ Já estou reprovado mesmo, então

vou desistir”. Percebemos esta situação – a desmotivação - como uma das principais causas da

evasão, apesar de nosso constante trabalho de “buscas e salvamentos”, ligações para casa, até

para o trabalho dos pais, mesmo sabendo não ser apropriado; bilhetes, contatos com parentes,

conversas esclarecedoras com os pais, e em situações mais graves, encaminhamentos para o

Conselho Tutelar quando percebemos a negligência da família no caso.

Dentre as pessoas com as quais contamos para evitar a evasão escolar, muitas vezes,

infelizmente, podem estar também as pessoas que facilitam a evasão. É um movimento

contraditório, mas que às vezes existe. Por que pensamos assim?

Existem pais menos esclarecidos ou nem tanto, que fazem vistas grossas para as

inúmeras faltas dos filhos pois não querem brigas, ou estão trabalhando em horários

diferenciados para dar-lhes o sustento e vão... deixando como está “o menino não gosta

mesmo de estudar, ele quer é trabalhar”. Mas desde quando adolescente deve deixar de

estudar para trabalhar?

Para alguns profissionais da educação, descomprometidos com a sua profissão,

quando o aluno dá muitos problemas, perturba suas aulas, briga com os colegas, é

indisciplinado, desinteressado, é melhor que não compareça, assim, não causa transtornos na

sala de aula. Então, quando o aluno começa a faltar (pois já não vê motivos para ficar), ao

invés de comunicar a escola, fica quieto, pois “as aulas estão indo que é uma beleza sem o

fulano!”

Os alunos por sua vez, nem sempre percebem a importância dos estudos, até porque,

estudar não é fácil, dá trabalho, exige atenção, desprendimento, até sacrifícios, e muitas vezes

precisam ajudar os pais no sustento da família, alguns moram com amigos e devem ajudar nas

despesas, outros moram com avós e nem sempre recebem o apoio necessário para estudar.

Apesar das leis que asseguram o direito a escolaridade e que proíbem o adolescente

de trabalhar, sabemos que muitos alunos trabalham de forma casual, fazendo “bicos”,

74

trabalhando em oficinas de fundos de quintal, na mecânica do vizinho e assim por diante,

quase sempre com o aval da família que recebe de bom grado o parco “salário” do filho para

ajudar nas despesas de casa. Há também o lado “divertido” de ficar fora da escola para filhos

de pais pouco interessados em sua educação que são o futebol no campinho, o baseado

passado de mão em mão nos terrenos baldios, a internet na lan house, o namoro clandestino

na casa das meninas enquanto os pais estão trabalhando e outras situações que contribuem

para a evasão.

É um círculo vicioso que “apaga” na cabeça do aluno a vontade de estudar e que

nós, enquanto educadores, não damos conta de resolver. Não sabemos e às vezes, achamos

conveniente não saber a “reacender” no aluno o interesse pelos estudos.

Sabemos da garantia legal que a criança e o adolescente possuem de acesso e

permanência na escola, buscamos contato permanente com os evadidos, muitas vezes sem

sucesso, encaminhamos casos para o Conselho Tutelar, preenchemos fichas FICA, tentamos

investigar os motivos de o aluno não estar vindo para a escola, enviamos bilhetes por

conhecidos das famílias, telefonamos, “incomodamos” os pais, enfim, lançamos mão de tudo

que possa favorecer o retorno do aluno às atividades escolares.

Quando retornam, ficamos felizes, com a sensação de estarmos realmente fazendo

bem o nosso trabalho, porém, quando conseguimos contato, oferecemos ajuda como por

exemplo, facilitar a situação de excesso de faltas, ofertando trabalhos extras para reposição

de conteúdos e notas mas mesmo assim o aluno não retorna, até com o apoio dos pais que

simplesmente alegam que o filho “não gosta de estudar”, sentimo-nos avalizando um “crime”

contra o direito aos estudos e pensamos:

Se alguém cortar uma árvore sem licença, certamente será punido conforme as

normas da lei, pelo crime contra a natureza e deverá pagar por isto. Ora, quando “deixamos

por isto mesmo” o fato do pai permitir que seu filho fique fora da escola, não estamos

também, cometendo uma violência? Podando alguém?

Sendo assim, continuaremos sempre nossa luta para trazer de volta aos estudos, as

crianças, jovens e adolescentes que de uma forma ou de outra passam por nossa vida

profissional, dando sentido à ela. E uma boa maneira de começar é nos perguntando: O que

podemos fazer para facilitar o acesso e permanência da criança e do adolescente na escola? E

nos propondo a encontrar soluções que “tragam de volta aquele menino para a escola!” Isto

continuaremos a fazer com o engajamento de toda a comunidade escolar.

75

14.13 Proposta de Recuperação de Estudos

A recuperação de estudos obedece ao Regimento Interno da instituição e segue os

seguintes princípios:

é direito dos alunos, independentemente do nível de apropriação dos conhecimentos

básicos;

dar-se-á de forma permanente e concomitante ao processo ensino e aprendizagem.

será organizada com atividades significativas, por meio de procedimentos didático-

metodológicos diversificados;

deverá indicar a área de estudos e os conteúdos da disciplina;

a avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma escala de 0

(zero) a 10,0 (dez vírgula zero);

os resultados das avaliações dos alunos serão registrados em documentos próprios,

bimestralmente, a fim de que sejam asseguradas a regularidade e autenticidade de sua

vida escolar; e

os resultados da recuperação serão incorporados às avaliações efetuadas durante o

período letivo, constituindo-se em mais um componente do aproveitamento escolar,

sendo obrigatória sua anotação no Livro Registro de Classe.

14.14 Regime de Progressão Parcial

Segundo a Instrução nº 02/2009 SUDE/DAE/CDE a progressão parcial caracteriza-se

como aquela por meio da qual o aluno não obtendo aprovação final em até três disciplinas, em

regime seriado poderá cursá-las subseqüente e concomitantemente as séries seguintes,

conforme artigo 17 da Deliberação nº 09/01- CEE.

Embora o Colégio Estadual Jardim Consolata não oferte a progressão parcial,

atenderá alunos oriundos dessa modalidade, no caso de transferências, tal procedimento será

regido conforme artigos do Regimento Interno, que apresenta o seguinte:

Art. 98 Para o aluno com matrícula por dependência determina-se que:

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Parágrafo único - Havendo incompatibilidade de horário, será estabelecido plano especial de estudos para a disciplina em dependência, registrando-se em relatório, o qual integrará a pasta individual do aluno. Art. 99 É vedada a matrícula inicial no Ensino Médio ao aluno com dependência de disciplina no Ensino Fundamental. Art. 100 A expedição de Certificado ou Diploma de conclusão do curso ocorrerá após atendida a carga horária mínima exigida em lei. Parágrafo Único – Ao final do curso, havendo disciplina em dependência, o aluno será matriculado na série, para cursar somente a(s) disciplina(s) em dependência(s) e o Certificado ou Diploma será expedido após a sua conclusão. Art. 101 O estabelecimento de ensino não oferta aos seus alunos matrícula com Progressão Parcial. Parágrafo Único - As transferências recebidas de alunos com dependência em até três disciplinas serão aceitas e deverão ser cumpridas mediante plano especial de estudos.

14.15 Estudos sobre o Estado do Paraná

De modo específico, a História do Estado do Paraná está contemplado no

Planejamento Anual, Conteúdos Específicos do terceiro ano do ensino médio, abrangendo os

seguintes temas: Paraná na atualidade: disputa pela terra; movimentos sociais; movimento

Quilombola paranaense; cultura festas e manifestações artísticas paranaenses; as condições

socioeconômica dos indígenas paranaenses; companhias de colonização; guerra do Poricatu;

criação do Estado do Iguaçu; reforma agrária no Oeste do Paraná, entre outros.

Além disso, as temáticas inerentes ao Estado do Paraná perpassam todas as séries, de

modo direto ou não, estando implícitos nos conteúdos contemplados nos Planejamentos e

Planos de Trabalhos Docentes de maneira contextualizada e interdisciplinar, portanto, o tema

Paraná não é exclusivo da disciplina de História, sendo trabalhada de várias formas em várias

disciplinas, como: estudo de comidas típicas, danças folclóricas, expressão da arte paranaense,

estudo de textos cujo conteúdo refere-se à cultura paranaense, entre outros.

Os conteúdos específicos contemplam os sujeitos da história, incluindo a história

local, e o aluno como sujeito desse processo não escapa à essa experiência empírica que

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facilmente é transportada para a vivência em sala de aula contribuindo para o aprimoramento

dos conhecimentos acerca do estado em que vive.

14.16 Língua Estrangeira Moderna Ofertada

Em face um mundo globalizado a necessidade de se conhecer um segundo idioma é

fundamental para ter acesso a outras fontes de conhecimentos.

O objetivo da língua estrangeira é de propiciar ao aluno condições de emitir opiniões

acerca do tema e conteúdo, por meio da leitura compreender o texto, sendo informações

explicitas ou não, possibilitando assim a utilização da língua estrangeira como meio de acesso

à informação de outras culturas e grupos sociais.

De modo geral, os professores adotam como critérios:

avaliação de maneira gradativa;

análise do desempenho discursivo dos alunos;

interações verbais, textuais, orais; e

soluções das problematizações;

Desta forma, devido a expressividade representada pela Língua Inglesa em nível

mundial, o Colégio Estadual Jardim Consolata optou por essa opção de língua estrangeira

para compor a sua matriz curricular, tanto no Ensino Fundamental quanto no Ensino Médio.

14.17 Gestão Democrática

Gestão democrática busca atender aos objetivos e contribuir apontando uma nova

forma de agir e construir um trabalho coletivo no interior da escola; a gestão escolar

caracteriza-se por ser um processo desafiador. Que se estende aos professores, especialistas,

funcionários, alunos, APMF, e Conselho Escolar. Os mesmos referenciais do trabalho

coletivo apontam tanto para os princípios que os norteiam quanto para os objetivos que se

pretendem alcançar.

78

A gestão democrática e participativa constitui-se no resultado do exercício de

todos os componentes da comunidade escolar e em um crescimento das metas, estabelecidas

pelo PPP, construído coletivamente. O gestor deve ser o mediador entre todos os segmentos

desta comunidade. Ele é um líder que através de sua prática cotidiana busca trazer as pessoas

à oportunidade de participarem da escola, e proporcionar a todos, momentos de discussão e

análises educativas, organizando a escola de forma horizontal, ou seja, não hierárquica, onde

todos possam discutir os problemas existentes, e assim, dando suas opiniões, dimensionando -

as para ações coletivas. Desse modo, quanto mais participativo e democrático for o processo

administrativo, maiores as possibilidades de que seja relevante para as pessoas e grupos. O

papel da administração da educação será, então, o de coordenar a ação dos diversos setores da

escola, sem perder de vista a especificidade de suas características e de seus valores, de modo

que a plena realização da comunidade escolar seja efetivada.

14.18 Organização da Hora – Atividade

A hora - atividade será organizada através da distribuição de tempo para correção

de trabalhos e provas, organização de atividades a serem aplicadas em sala de aula, leitura

diversificada, inclusive do próprio Projeto Político Pedagógico e atendimento individualizado

a pais e alunos que por algum motivo tenham dificuldade de aprendizagem ou deficiência na

apropriação de conteúdos específicos inerentes de cada disciplina.

Na medida do possível, os docentes serão agrupados por área e/ou disciplina

visando a troca de experiências que contribuem para uma prática pedagógica voltada para a

melhoria da qualidade do processo de ensino - aprendizagem, a fim de que haja apropriação e

produção de conhecimento, tanto por parte dos alunos, como também pelos professores,

através de uma relação recíproca, que pode e deve também ser mediada pela equipe

pedagógica.

14.19 Formação Continuada

Pensando na formação continuada dos profissionais da educação desse

estabelecimento de ensino, organizamos uma proposta de capacitação que compreende a

79

composição de grupos de estudo reunidos por áreas de conhecimento e/ou disciplinas, em

conjunto com os demais segmentos da escola, APMF, funcionários, Conselho Escolar e

alunos.

Tais grupos deverão encontrar-se periodicamente com a finalidade de avaliar

todos os trabalhos desenvolvidos na escola, bem como verificar o nível de participação da

comunidade escolar nas ações implementadas para a melhoria e qualidade de ensino.

Entendemos que todos os segmentos da sociedade e da comunidade escolar em

geral precisam participar ativamente da elaboração dos projetos, definir prioridades e

encaminhar os trabalhos necessários à produção de conhecimentos na escola e fora dela. Para

tanto, coletivamente estaremos estudando os documentos oficiais que norteiam a prática

escolar, como a LDBEN, o Regimento Interno, o próprio PPP, o Estatuto da Criança e do

Adolescente , entre outros, bem como também temas contemporâneos diversificados.

14.20 Avaliação Institucional

A avaliação é parte integrante do processo educativo. Por meio dela, os sujeitos

escolares sabem como está a aprendizagem dos alunos e também podem ter indícios de como

está o ensino para escola refletir e melhorar a prática pedagógica.

A avaliação institucional é um instrumento contemporâneo de avaliação da escola,

lançando um olhar sobre o todo, oferecendo oportunidades para que os diferentes segmentos

da escola tenham voz.

A avaliação institucional, como instrumento de gestão democrática, em todos os níveis

e modalidades, deve contribuir para subsidiar permanentemente o processo de tomada de

decisões necessárias ao planejamento das políticas educacionais. Ao propor a série de estudos

e de debates de perspectivas educacionais, mostramos disposição para enfrentar o desafio de

dar continuidade a um processo que leve ao aperfeiçoamento das atividades desenvolvidas na

escola, fortalecendo um movimento coletivo de reflexões, para a construção dos pressupostos

que orientam a prática educativa.

Acredita-se que o processo de Avaliação Institucional tem potencial redirecionador no

sentido da construção da cidadania, a qual se traduz em consciência real dos direitos e deveres

da instituição como forma de garantir a sua autonomia. Este processo deve ser fundamentado

em seus aspectos políticos (das relações de poder existentes); técnicos (das metodologias que

80

dão suporte à sua implementação); sociais (dos sujeitos que produzem e suas relações com a

instituição e com o sistema educacional ao qual pertencem) e simbólicos (dos valores e

significados que assume, tanto para a Instituição quanto para sociedade).

É necessário sintonizar o processo de avaliação com a finalidade do objeto avaliado. O

processo educacional desenvolvido na escola busca algumas finalidades como: constituir

significado ao conhecimento científico e cultural existentes; contribuir para a formação de

cidadãos críticos, autônomos e socialmente participativos; trabalhar na perspectiva da

formação integral envolvendo os aspectos cognitivos, emocionais e de sociabilidade;

estimular a atitude investigativa e de pesquisa.

O processo de avaliação carrega em si uma força transformadora que deve ser

reconhecida, mobilizada e explorada. O entendimento do objeto estudo e avaliado é pois e

ação propulsora de sua transformação. Na medida em que a avaliação se incorpora na cultura

institucional, este processo adquire a continuidade necessária e, conseqüentemente, sua

evolução para ser gradual, constante e cumulativa. A cada movimento conhece-se melhor a

realidade, e, por conseguinte, há a possibilidade de uma melhor atuação sobre ela.

Acreditamos, então que a avaliação de maneira sistemática, das relações concebidas

no interior da escola, resultará em melhorias significativas para a organização do sistema e

para o bom desempenho do processo educativo, pautado em valores éticos e políticos

claramente demonstrados no compromisso com as ações que irão produzir os avanços sociais.

A instrumentalização da avaliação institucional será organizada mediante as

informações e orientações repassadas nas Jornadas Pedagógicas e demais encontros

proporcionados pela SEED, bem como através da elaboração de questionários avaliativos

construídos pela coletividade da escola, de forma a contemplar os anseios de todos os

segmentos envolvidos no processo educacional.

81

15. AVALIAÇÃO DO PPP

O objetivo do Projeto Político Pedagógico de nossa escola realmente vem ao

encontro dos anseios dos educadores que querem discutir o tema “ Educação“, de forma

coletiva, participativa, coesa, atual, e dinâmica, pois nada mais sensato numa discussão deste

âmbito que os profissionais da área tomem conhecimento e façam as considerações plausíveis

relacionando teoria e prática. Com procedimentos metodológicos privilegiados, onde devemos

criar as possibilidades de entendimento dos programas fundamentais.

Este momento de discussão e reflexão sobre nossa prática cotidiana de ensino pode

para alguns, ser até utópico, mas a educação só tem a ganhar quando paramos e refletimos.

Pois não é um projeto indiferente ou neutro. Ao contrário, toma partidos e reafirma os valores

considerados positivos.

A avaliação do Projeto Político Pedagógico será realizada sempre que um membro

da comunidade escolar julgar necessária nova intervenção para melhoria do mesmo, onde

todos os segmentos da escola deverão participar, contribuindo com opiniões, sugestões e

encaminhamentos a serem tomados com a finalidade, de contemplar os anseios da

comunidade escolar.

Acompanhar as atividades e avaliá-los levam-nos a reflexão, com base em dados

concretos sobre como a escola organiza-se para colocar em ação seu projeto político -

pedagógico.

A avaliação do Projeto Político Pedagógico, numa visão crítica, parte da necessidade

de se conhecer a realidade escolar, busca explicar e compreender criticamente as causas de

existência de problemas, bem como suas relações, suas mudanças e se esforço para propor

ações alternativas com base no trabalho coletivo. Esse caráter criado é conferido pela

autocrítica.

A avaliação que conjuga as idéias para um visão global sobre Projeto Político

Pedagógico, não o concebe como algo estanque e nem desvinculado dos aspectos políticos e

sociais, não rejeitam as contradições e os conflitos. Assim, é estabelecido um compromisso

82

amplo além da mera eficiência e eficácia das propostas conservadoras. Portanto, acompanhar

e avaliar o Projeto Político Pedagógico é avaliar os resultados da própria organização do

trabalho pedagógico.

Objetiva-se que este projeto norteie não apenas os interesses legais da Secretaria de

Educação, mas, principalmente, que subsidie a comunidade escolar no aprimoramento da

educação e que propicie ao educando tornar-se um agente transformador da sociedade na qual

está inserido.

83

16. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABREU, A. S. A Arte de Argumentar: Gerenciando Razão e Emoção. São Paulo: Ateliê ed., 2003. ALTHUSSER, L. P. Aparelhos Ideológicos de Estado. 7ª ed. Rio de Janeiro: Graal, 1998. BAKHTIN, M. Discurso na vida e discurso na arte. Trad. Cristóvão Tezza. New York: Academic Press, 1976. 23 p. BAKHTIN, M. Marxismo e Filosofia da Linguagem. São Paulo: Hucitec, 1999. BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Guia do Livronauta – PNBE/98. BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Lei nº 9394 de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes para educação nacional. ______. Parecer CNE nº 04/98. ______. Lei Nº10.639/2003 - História e Cultura Afro- Brasileira e Africana. CERTEAU, M. de. A cultura no plural. Campinas: Papirus, 1995. CHARTIER, R. A história cultural: entre práticas e representações. Rio de Janeiro: Difel, 1990. CHASSOT, A. Para que(m) é útil O ENSINO. Canoas: Ed. Da Ulbra, 1995. COMTE, A. Discurso sobre o espírito positivo. São Paulo : M. Fontes, 1990. FRIGOTTO, Gaudêncio. Enfoque da dialética materialista histórica na pesquisa educacional. Texto apresentado no Encontro Regional de Pesquisa Educacional no Simpósio

84

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