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COLÉGIO ESTADUAL DO JARDIM INDEPENDÊNCIA PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO SARANDI 2010

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COLÉGIO ESTADUAL DO JARDIM

INDEPENDÊNCIA

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

SARANDI

2010

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO........................................................................................................................5

APRESENTAÇÃO.. ................................................................................................................9

1. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO... .........................................................12

1.1 ORGANOGRAMA.............................................................................................................14

1.2 INSTÂNCIAS COLEGIADAS .........................................................................................151.2.1 Conselho Escolar............................................................................................................151.2.2 Conselho de Classe.........................................................................................................151.2.3 Grêmio Estudantil ........................................................................................................161.2.4 APMF..............................................................................................................................16

1.3 COMUNIDADE ESCOLAR .............................................................................................181.3.1 Direção............................................................................................................................201.3.2 Corpo Docente................................................................................................................281.3.3 Professor monitor de turma..........................................................................................301.3.4 Aluno representante.......................................................................................................301.3.5 Equipe administrativa...................................................................................................311.3.6 Serviços gerais................................................................................................................31

2. RECURSOS FÍSICOS E PEDAGÓGICOS.....................................................................332.1 LABORATÓRIO DE QUÍMICA, FÍSICA, BIOLOGIA...................................................342.2 SALA DE APOIO..............................................................................................................342.3 SALA DE RECURSOS......................................................................................................342.4 BIBLIOTECA.....................................................................................................................352.5 ESPAÇO PARA O XADREZ.............................................................................................352.6 QUADRA............................................................................................................................352.7 COZINHA...........................................................................................................................352.8 REFEITÓRIO.....................................................................................................................352.9 ALMOXARIFADO............................................................................................................352.10 LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA...........................................................................36 2.11 RECURSOS PEDAGÓGICOS ........................................................................................362.12 PROFESSOR DE APOIO A COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA............................... 36

2.13 VIVA A ESCOLA............................................................................................................36

2.14 FESTIVAL DE MÚSICA E TEATRO........................................................................... 38

2.15 PASSEIO ECOLÓGICO..................................................................................................39

2.16 PROGRAMA SEGUNDO TEMPO.................................................................................39

2.17 PROJETO DE LEITURA ................................................................................................42

2.18 PROJETO ESPORTIVO EM PARCERIA COM A PREFEITURA DE SARANDI E SE-

SI-MARINGÁ......................................................................................................................43

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2.19 CULTURA AFRO-DESCENDENTE............................................................................. 43

2.20 FEIRA CIENTÍFICO CULTURAL................................................................................45

2.21 HINO ..............................................................................................................................45

2.22 CELEM...........................................................................................................................46

3. DIAGNÓSTICO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO.........................................47

4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.....................................................................................484.1 PRINCÍPIOS DIDÁTICOS PEDAGÓGICOS - ENCAMINHAMENTO TEÓRICO ME-TODOLÓGICO........................................................................................................................504.2 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO....................................................................................514.3 SISTEMA DE AVALIAÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO........................54

5. CONCEPÇÃO EDUCACIONAL......................................................................................56

6. FINS E OBJETIVOS DO ENSINO FUNDAMENTAL..................................................58

7. FINS E OBJETIVOS DO ENSINO MÉDIO....................................................................61

8. INCLUSÃO..........................................................................................................................63

9. CALENDÁRIO ESCOLAR...............................................................................................67

10. FORMAÇÃO CONTINUADA........................................................................................68

11. HORA ATIVIDADE.........................................................................................................69

12. PLANO DE AÇÃO...........................................................................................................70

13 DIRETRIZES CURRICULARES DO ENSINO FUNDAMENTAL ….......................79

13.1 DIRETRIZES CURRICULARES DO ENSINO FUNDAMENTAL ….........................80CIÊNCIAS................................................................................................................................81ARTE .......................................................................................................................................88EDUCAÇÃO FÍSICA.............................................................................................................101ENSINO RELIGIOSO............................................................................................................106 GEOGRAFIA..........................................................................................................................113HISTÓRIA..............................................................................................................................119LINGUA PORTUGUESA......................................................................................................127LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – INGLÊS............................................................143MATEMÁTICA .....................................................................................................................152

13.2 DIRETRIZES CURRICULARES DO ENSINO MÉDIO.............................................158 ARTE .....................................................................................................................................158LINGUA PORTUGUESA......................................................................................................162LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – INGLÊS............................................................168EDUCAÇÃO FÍSICA.............................................................................................................175MATEMÁTICA .....................................................................................................................180

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BIOLOGIA.............................................................................................................................185FÍSICA....................................................................................................................................189QUÍMICA...............................................................................................................................194HISTÓRIA..............................................................................................................................200GEOGRAFIA..........................................................................................................................204FILOSOFIA............................................................................................................................209SOCIOLOGIA .......................................................................................................................214

14. REFERÊNCIAS..............................................................................................................221

ANEXOS................................................................................................................................22

I

4

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INTRODUÇÃO

“O Ser humano é, naturalmente, um ser da inter-venção no mundo à razão de que faz a História. Nela, por isso mesmo, deve deixar suas marcas de sujeito e não pegadas de objeto” (PAULO FREIRE).

Tendo em vista a Deliberação nº 014/99 de 08/10/99 e que no art 12, inciso I,

estabelece que “[...] Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu

sistema de ensino terão a incumbência de: elaborar sua proposta pedagógica, assim como a

necessidade de todos os membros da comunidade escolar envolverem-se neste processo”. E

tendo como base a LDB n.º 9.394/96 que nos proporciona o entendimento de que o trabalho

pedagógico se materializa no projeto político-pedagógico, que constitui a opção política au-

têntica no trato da coerência entre o discurso e a prática, nos propomos a reelaborar nossa Pro-

posta Pedagógica com base na realização de um trabalho a partir de uma mediação do proces-

so ensino-aprendizagem fundada nas concepções teóricas da Pedagogia Histórico-Crítica, nor-

teada pelo método materialista-histórico.

Segundo Vasconcelos (1994, p. 143), a Proposta Pedagógica

É um instrumento teórico-metodológico que visa ajudar a enfrentar os desa-fios do cotidiano da escola, só que de uma forma refletida, consciente, siste-matizada, orgânica e, o que é essencial, participativa. É uma metodologia de trabalho que possibilita re-significar a ação de todos os agentes da institui-ção.

Idealizamos esta proposta como sendo a identidade da escola. E, uma vez que toda

escola deve ter definida, para si mesma e para sua comunidade escolar, uma identidade e um

conjunto orientador de princípios e normas que iluminem a ação pedagógica cotidiana, procu-

ramos rever tal documento, com base no pressuposto de que o mesmo retrate a escola como

um todo, em sua perspectiva estratégica, não apenas em sua dimensão pedagógica. Uma ferra-

menta que auxilia a escola a definir suas prioridades estratégicas, a converter as prioridades

em metas educacionais e outras concretas, a decidir o que fazer para alcançar os objetivos de

aprendizagem, avaliando os resultados e o próprio desempenho.

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É importante lembrar que o Projeto Político Pedagógico é diferente de Planejamento

Pedagógico. É um conjunto de princípios que norteiam a elaboração e a execução dos planeja-

mentos, por isso, envolvem diretrizes mais permanentes, que abarcam conceitos subjacentes à

educação, tais como, Conceitos Antropológicos: (relativos à existência humana); Conceitos

Epistemológicos: aquisição do conhecimento; Conceitos sobre Valores: pessoais, morais, étni-

co... e, Conceitos Políticos: direcionamento hierárquico, regras....

Na realização deste projeto, foi possível sintetizar a história do Colégio Estadual do

Jardim Independência, localizado em Sarandi-PR, caracterizar sua comunidade escolar, espe-

cificar seu perfil, assim como descrever os recursos físicos e pedagógicos existentes.

Na fundamentação teórica, subsidiados por autores como Libâneo, Kleiman, Gadotti,

Vasconcelos, Paro, Vygotsky, entre outros, buscamos levar ao conhecimento dos que consul-

tarem esse documento que, as transformações que ocorrem na base material da sociedade im-

plicam mudanças políticas, econômicas, culturais e, como não poderia deixar de ser, também

no âmbito da educação, n

o processo ensino-aprendizagem e, posteriormente, a base legal que estrutura a esco-

la. Em seguida, relatamos os projetos que encaminhados e o Plano de Ação 2009/2010 por en-

tender que as tomadas de decisões devem ser sistematizadas para nortear o cotidiano escolar.

As propostas curriculares do Ensino Fundamental e Médio, reestruturadas com os

professores de cada disciplina, sob orientação do Núcleo Regional de Ensino, à luz das Dire-

trizes Curriculares da rede Pública de Educação Básica do Paraná, também fazem parte deste

documento, norteando a prática pedagógica dos educadores na perspectiva da construção de

uma escola pública de qualidade para todos. Em seguida, anexamos os projetos que fazem

parte do “fazer pedagógico” da escola, os quais, acreditamos, contribuem significativamente

para que proporcionem aos alunos, atividades de cultura e lazer, apresentando-se, também,

como um fator que contribui para apreensão do conhecimento científico.

Nesse sentido, o presente projeto concretiza-se como resultado de uma construção

coletiva de educadores cujo processo iniciou-se em 2005, com a sua primeira publicação em

2007 e, desde então, vem sendo tema de discussões visando o aprofundamento de seus pressu-

postos teórico-metodológicos e a sua consolidação na prática pedagógica.

DIREÇÃO: Rosimeire Regina Guiroto

DIRETORES AUXILIARES: Ana Maria da Luz e Rosineide Cancelier CardosoSECRETÁRIA: Elza Forestiero

PROFESSORES PEDAGOGOS

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Angela Maria de SouzaAna Carolina Lopes da Silva

Ângela Maria RibeiroAntonia Galvão da Cunha

Márcia Maria Pinho Rosimeire Reina Batista Oliveira

Vera Lucia Pilan Iamamoto

QUADRO DE PROFESSO-

RES:

Adauto da SilvaAngela Silvana Rubin LemeCleusa BatistaDenise Coleto BassacoEdna Mariucio AranhaEdna Marly MarangoneEdna RaymundiniFernanda Fernandes RaboniHelen C. Fernandes FragnanIsabel Caciatore Isabel Cristina B. BrangerJefferson Francisco Leite LopesJefferson KloecknerLuciana Patrícia BilechiLurdes ForestieriMarcelo Junior dos SantosMarcos Gil de OliveiraMaria Aparecida Gomes dos SantosMaria das Graças Rocha KachbaMaria de Fátima Dias FernandesMaria Lucineide França Marisa de Fátima MartinsMarli SerafimMarta Eglae Camargo AsinelliMarzilei Silvestre Pereira de DeusNadia Silvana SalataNelci Alves Coelho SilvestreNivaldo BertoliniPatricia da Cruz AlvesRoseli Aparecida FloesRosemary DelizeRosilene Aparecida SilvestreRosineide Cancelier CardosoSandra Maria de Oliveira SilvaSandra Regina CrulSiulene Lopes de FariaTelma da Silva RodriguesValdirene Rezende SenegalheVera Lucia FerreiraWaldemar Gimenes Junior

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Adahir Aires PereiraAlysson Cipriano PereiraCarina Cristiane T. PieriniDébora de Moraes FonsecaFlávio Alessandro Braga ZuckertFulvio Branco Godinho de CastroHedivirges Ap. Cazeta ZacariaIlza Ferreira de JesusJennifer Tiara Pereira AbonizzioJoão Fernandes de BarrosJoão Moreno SantanaJosimar PrioriMarcos Antonio Soares OrtegaMaria José MonteiroMaria Simone Verissimo de SouzaMarilene Yukio ShimazakiMitchel Druz HieraPriscila Aparecida TencatiRodrigo Cavalcante SáSirlene Jordão Correa da SilvaSolange Cristina AlvesVera Lucia Teixeira GuedesVilma Ribeiro Martins

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APRESENTAÇÃO

Tendo em vista a aprovação da Lei 9394/96 que estabelece que as Diretrizes e Bases

da Educação Nacional e o parecer 15/96 do Conselho Nacional da Educação que apresenta

propostas de regulamentação da base curricular nacional de Ensino Fundamental e Médio,

este documento tem o objetivo de implementar o Projeto Político Pedagógico do Ensino Fun-

damental e Médio do Colégio Estadual do Jardim Independência - Sarandi-PR, o qual foi con-

cebido e elaborado a partir da compilação do conjunto de leituras críticas de documentos e in-

formações sobre as mudanças das diretrizes que norteiam os princípios teóricos e metodológi-

cos da prática educativa e da reflexão sobre a formação e o fazer pedagógico, considerando o

seu compromisso social, sem perder de vista a conjuntura contemporânea.

O debate sobre as possibilidades de reformulações na estrutura deste Projeto envolveu,

no último ano, o conjunto dos educadores em consonância com a comunidade escolar, num

processo coletivo, do qual participaram: professores, funcionários, pedagogos, direção, pais e

alunos. O trabalho constou, inicialmente, do estudo do perfil dos alunos e educadores do Co-

légio Estadual do Jardim Independência, de uma reflexão sobre a fundamentação teórica do

Ensino Fundamental e Médio.

Nesse sentido, a Pedagogia Histórico-Crítica, fundamentada na Teoria Histórico-Cul-

tural, embasada no Materialismo Histórico e Dialético tem orientado as reformulações visan-

do a docência como base de sua formação, respaldados nas transformações por que passa a es-

cola, e na superação da dicotomia escola e sociedade. Isso tem criado novas exigências no

mundo do trabalho para os educadores, impulsionando a educação, para que esta busque me-

lhorar a estrutura da escola, satisfazendo assim, as necessidades educacionais dos alunos.

Finalmente, é importante ressaltar que este Projeto não é um documento definitivo,

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ao contrário, seu caráter dinâmico possibilita mudanças que estejam de acordo com os interes-

ses e necessidades educacionais.

INTRODUÇÃO

O Ser humano é, naturalmente, um ser da intervenção no mundo à ra-zão de que faz a História. Nela, por isso mesmo, deve deixar suas mar-cas de sujeito e não pegadas de objeto (PAULO FREIRE).

Tendo em vista a Deliberação nº 014/99 de 08/10/99 que no art 12, inciso I, estabelece

que “[...] Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de

ensino terão a incumbência de: elaborar sua proposta pedagógica, assim como a necessidade

de todos os membros da comunidade escolar envolverem-se neste processo”. E tendo como

base a LDB n.º 9.394/96 que nos proporciona o entendimento de que o trabalho pedagógico se

materializa no projeto político-pedagógico, que constitui a opção política autêntica no trato da

coerência entre o discurso e a prática, nos propomos a reelaborar nossa Proposta Pedagógica

com base na realização de um trabalho a partir de uma mediação do processo ensino-aprendi-

zagem fundada nas concepções teóricas da Pedagogia Histórico-Crítica, norteada pelo método

materialista-histórico.

Segundo Vasconcelos (1994, p. 143), a Proposta Pedagógica

É um instrumento teórico-metodológico que visa ajudar a enfrentar os desa-fios do cotidiano da escola, só que de uma forma refletida, consciente, siste-matizada, orgânica e, o que é essencial, participativa. É uma metodologia de trabalho que possibilita re-significar a ação de todos os agentes da institui-ção.

Idealizamos esta proposta como sendo a identidade da escola. E, uma vez que toda es-

cola deve ter definida, para si mesma e para sua comunidade escolar, uma identidade e um

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conjunto orientador de princípios e normas que iluminem a ação pedagógica cotidiana, procu-

ramos rever tal documento, com base no pressuposto de que o mesmo retrate a escola como

um todo, em sua perspectiva estratégica, não apenas em sua dimensão pedagógica. Uma ferra-

menta que auxilia a escola a definir suas prioridades estratégicas, a converter as prioridades

em metas educacionais e outras concretas, a decidir o que fazer para alcançar os objetivos de

aprendizagem, avaliando os resultados e o próprio desempenho.

Na realização deste projeto, foi possível sintetizar a história do Colégio Estadual do

Jardim Independência, localizado em Sarandi-PR, caracterizar sua comunidade escolar, espe-

cificar seu perfil, assim como descrever os recursos físicos e pedagógicos existentes.

Na fundamentação teórica, subsidiados por autores como Libâneo, Kleiman, Gadotti,

Vasconcelos, Paro, Vygotsky, entre outros, buscamos levar ao conhecimento dos que consul-

tarem esse documento que, as transformações que ocorrem na base material da sociedade im-

plicam mudanças políticas, econômicas, culturais e, como não poderia deixar de ser, também

no âmbito da educação, no processo ensino-aprendizagem e, posteriormente, a base legal que

estrutura a escola. Em seguida, relatamos os projetos que encaminhados e o Plano de Ação

2009/2010 por entender que as tomadas de decisões devem ser sistematizadas para nortear o

cotidiano escolar.

As propostas curriculares do Ensino Fundamental e Médio, reestruturadas com os pro-

fessores de cada disciplina, sob orientação do Núcleo Regional de Ensino, à luz das Diretrizes

Curriculares da rede Pública de Educação Básica do Paraná, também fazem parte deste docu-

mento, norteando a prática pedagógica dos educadores na perspectiva da construção de uma

escola pública de qualidade para todos.

Em seguida, anexamos os projetos que fazem parte do “fazer pedagógico” da escola,

os quais, acreditamos, contribuem significativamente para que proporcionem aos alunos, ati-

vidades de cultura e lazer, apresentando-se, também, como um fator que contribui para apre-

ensão do conhecimento científico.

Nesse sentido, o presente projeto concretiza-se como resultado de uma construção co-

letiva de educadores cujo processo iniciou-se em 2005, com a sua primeira publicação em

2007 e, desde então, vem sendo tema de discussões visando o aprofundamento de seus pressu-

postos teórico-metodológicos e a sua consolidação na prática pedagógica. É importante ressal-

tar que este projeto é flexível, podendo ser alterando, caso haja necessidade.

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1 IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO

O Colégio Estadual do Jardim Independência, Ensino Fundamental e médio, está loca-

lizado à Rua Duque de Caxias nº 1.410, no Jardim Independência, cidade de Sarandi, Estado

do Paraná, telefone 32644477, e-mail [email protected], Cep:87113-120 có-

digo 2644. Este Colégio está a 10 km do Núcleo de Educação com sede em Maringá, a entida-

de mantenedora é a Secretaria de Estado da Educação do Paraná, foi autorizado como Colégio

em 1985, com a resolução nº 8319/84, e reconhecido com a resolução 2063/90 em 08/08/90,

ato de renovação do reconhecimento com a resolução nº 2181/2002 em 28.01/2003. O estabe-

lecimento de Ensino possui Regimento Escolar com resolução nº 3794/04 e parecer nº 086/01

e conta com 1557 alunos, 71 professores, 25 funcionários, 7 professoras pedagogas, 1 diretora

e 2 diretoras auxiliares. Possui 43 turmas, sendo 13 turmas no Ensino Médio, 27 turmas no

Ensino Fundamental e 03 turmas de Celem.

A escola funciona no período diurno e noturno, no período matutino tem 15 turmas, no

período vespertino 15 turmas e no período noturno, 10 turmas.

O colégio possui projetos que contribuem para a melhoria do processo ensino-aprendi-

zagem, tais como: No período matutino, possui uma sala de Recursos que atende alunos no

contraturno, configurando-se como um espaço onde o trabalho pedagógico realizado se desti-

na a contribuir com a minimização das dificuldades de aprendizagem dos alunos. São atendi-

dos no programa de apoio especializado, em sala de recursos de 5ª a 8ª séries, os alunos que

apresentam necessidades educacionais especiais: alunos egressos da educação especial ou de

sala de recursos de 1ª a 4ª séries, e ainda aqueles que apresentam dificuldades de aprendiza-

gem com atraso acadêmico significativo, distúrbios de aprendizagem e/ou deficiência mental

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e que necessitam de apoio especializado complementar para obter sucesso no processo de

aprendizagem na classe comum.

Contamos, também, com duas salas de apoio (Português e Matemática), que funcio-

nam também em contraturno. As salas de apoio efetivadas em 2004, com o objetivo de traba-

lhar as dificuldades referentes à apropriação dos conteúdos de oralidade, leitura, escrita, bem

como as formas espaciais e quantidades nas operações básicas e elementares.

O Colégio está inscrito no Projeto “Viva Escola”, buscando uma visão mais articulada

do processo de formação do aluno, aliando as atividades curriculares com as complementares

de maneira integrada, totalizando dois projetos: Rádio Estudantil e O espaço geográfico –

uma nova visão.

Para o ano de 2011 foram aprovados mais 07 projetos, os quais trabalharão com as

seguintes temáticas: Cultura Regional; Teatro; Música; Mídias; Jogos; Investigação Científica

e; Divulgação Científica.

Embora aprovados, os projetos não estão em desenvolvimento ainda pelo fato de o

funcionamento não ter sido autorizado pela Secretaria de Educação.

Contamos, também, com o “Programa Segundo Tempo”, um programa idealizado pelo

Ministério do Esporte, destinado a democratizar o acesso à prática esportiva, por meio de ati-

vidades esportivas e de lazer, realizadas no contraturno escolar. Tem a finalidade de colaborar

para a inclusão social, bem-estar físico, promoção da saúde e desenvolvimento intelectual e

humano, além de assegurar o exercício da cidadania.

No ano de 2010 foi implantando no colégio o Projeto CELEM – Centro de Línguas

Estrangeiras Modernas, com o objetivo de ofertar o ensino plurilíngüe e gratuito, aos alunos

da Rede Pública Estadual de Educação Básica, matriculados no Ensino Fundamental (anos fi-

nais), no Ensino Médio, aos professores e funcionários que estejam no efetivo exercício de

suas funções na rede estadual e, também, à comunidade. Contribuindo para a promoção do co-

nhecimento da cultura das etnias, bem como o aperfeiçoamento cultural e profissional dos

alunos, o CELEM funciona nos seguintes horários: segunda e terças-feiras, das 18h00 as

20h00 e quinta e sexta-feiras, das 18h30 as 20h30.

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1.1 ORGANOGRAMA

CONSELHO ESCOLAR

DIREÇÃO

Conselhode classe

A.P.M.F.

Secretaria

Técnico Administrativo

PROFESSORES

Auxiliar de Serviços Gerais

Auxiliares de Biblioteca

PAIS

COMUNIDADE

ProfessorPedagogo

Grêmio

N.R.E.

S.E.E.D.

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1.2 INSTÂNCIAS COLEGIADAS

1.2.1 Conselho Escolar

O atual Conselho Escolar do estabelecimento de ensino tomou posse no dia 16 de mar-

ço de 2011 por meio de eleição direta, tendo vigência para o biênio 2011/2012. O Conselho

Escolar é um órgão colegiado, representativo da Comunidade Escolar, de natureza deliberati-

va, consultiva, avaliativa e fiscalizadora, sobre a organização e realização do trabalho pedagó-

gico e administrativo da instituição escolar em conformidade com as políticas e diretrizes edu-

cacionais da SEED, observando a constituição, a LDB, o ECA, o PPP e o regimento escolar.

Formado por representantes de toda a comunidade escolar: alunos, pais, professores,

funcionários, pedagogos e equipe administrativa, a função deliberativa do Conselho Escolar

refere-se à tomada de decisões relativas às diretrizes e linhas gerais das ações pedagógicas,

administrativas e financeiras quanto ao direcionamento das políticas públicas, desenvolvidas

no âmbito escolar. Como função consultiva, o Conselho deve emitir pareceres para tirar dúvi-

das e tomar decisões quanto às questões pedagógicas, administrativas e financeiras, no âmbito

de sua competência. A função avaliativa refere-se ao acompanhamento sistemático das ações

educativas desenvolvidas pela unidade escolar, objetivando a identificação de problemas, e al-

ternativas para melhoria de seu desempenho, garantindo o cumprimento das normas da escola

bem como, a qualidade social da instituição escolar. A função fiscalizadora refere-se ao acom-

panhamento e fiscalização da gestão pedagógica, administrativa e financeira da unidade esco-

lar, garantindo a legitimidade de suas ações.

1.2.2 Conselho de Classe

É um órgão colegiado de natureza consultiva e deliberativa em assuntos didáticos pe-

dagógicos, com atuação restrita a cada classe do Colégio, tendo por objetivo avaliar o proces-

so ensino-aprendizagem na relação professor-aluno e nos procedimentos adequados a cada

caso.

Neste colégio, o Conselho de Classe conta com a participação da direção e/ou vice-di-

reção, professores, pedagogos, com o objetivo de proporcionar que todos participem do pro-

cesso de avaliação, buscando meios de levar os alunos a superar as dificuldades apresentadas

no processo ensino aprendizagem.

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O Conselho de Classe faz parte de uma rede de ações e intervenções do processo peda-

gógico da escola. As decisões do Conselho de Classe e o resultado da análise de todo o traba-

lho com os alunos, levando em conta o histórico escolar, o empenho, a responsabilidade, o do-

mínio dos conteúdos propostos para a série e a evolução apresentada. Neste momento, é feita

a análise do desenvolvimento global do aluno.

Durante todo o ano, os alunos são orientados pelos professores a respeito de seu de-

sempenho e as famílias são chamadas para o diálogo e parceria, no momento da entrega de

boletins de notas (realizada dias depois do conselho de classe).

Os conselhos de classe proporcionam um espaço de interação entre a equipe pedagógi-

ca para se chegar a decisões compartilhadas sobre cada aluno e as classes. Com a participação

de todos, são pensadas as futuras intervenções e encaminhamentos das ações dos professores

e dos alunos. Muitas vezes, os professores relatam suas experiências em cada sala de aula.

Nesses conselhos trimestais, falamos sobre a falta de estudo e de interesse, como tam-

bém sobre as modificações e aprimoramentos na postura de estudante e comemoramos os

avanços de cada aluno, proporcionando aos que ainda não se apropriaram do conhecimento

necessário, uma nova oportunidade de aprendizagem, analisando as turmas como entidades

coletivas, ou grupos, trabalhando as necessidades desse grupo, olhando com outros olhos sua

configuração e encontrando intervenções eficazes.

Entendemos que somente a troca de opinião de todos os professores possibilita a visão

da totalidade da sala. Depois disso, o professor encaminha, com auxílio da coordenação, as

novas diretrizes de atuação com o grupo

Dessa forma, o Colégio assegura que o Conselho é um instrumento para o pleno co-

nhecimento dos alunos, compreensão de suas individualidades, avaliação dos grupos. Eles tor-

nam mais claros e eficazes os caminhos planejados pela escola e encaminhamentos. Para Vas-

concellos (1994), o Conselho de Classe é “um momento de fundamental importância para a fi-

nalização da avaliação dos alunos, pois é nesse espaço que os participantes podem construir e

reconstruir sua prática, buscando avaliar os alunos frente aos objetivos propostos”.

A estrutura do conselho de classe do Colégio Estadual do Jardim Independência - Sa-

randi-PR está assim organizada: a cada trimestre destina-se dois dias para a sua realização. Na

oportunidade, utilizamos cerca de 50 minutos para discutir cada turma. Os horários são pré-

estabelecidos e divulgados antecipadamente, paralelamente ocorre um torneio ou festival da

modalidade esportiva estudada no trimestre, na disciplina de Educação Física.

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1.2.3 Grêmio Estudantil

Os grêmios estudantis compõem uma das mais duradouras tradições da nossa juven-

tude. Pode-se afirmar que no Brasil, com o surgimento dos grandes estabelecimentos de ensi-

no secundário, nasceram também os grêmios estudantis, que cumpriram sempre um importan-

te papel na formação e no desenvolvimento educacional, cultural e esportivo da nossa juven-

tude, organizando debates que envolvem a educação, apresentações teatrais, festivais de músi-

ca, torneios esportivos e outras festividades. As atividades dos Grêmios Estudantis represen-

tam, para muitos jovens, os primeiros passos na vida social, cultural e política. Assim, os Grê-

mios contribuem, decisivamente, para a formação e o enriquecimento educacional de grande

parcela da nossa juventude.

O regime instaurado com o golpe militar de 1964 foi, entretanto, perverso com a ju-

ventude, promulgando leis que cercearam a livre organização dos estudantes e impediram as

atividades dos Grêmios. Mas a juventude brasileira não aceitou passivamente essas imposi-

ções.

Em muitas Escolas, contrariando as leis vigentes e correndo grandes riscos, mantive-

ram as atividades dos Grêmios livres, as quais acabaram por se tornar importantes núcleos de-

mocráticos de resistência à ditadura. Com a redemocratização brasileira, as entidades estudan-

tis voltaram a ser livres, legais, ganhando reconhecimento de seu importante papel na forma-

ção da juventude. Em 1985, por ato do Poder Legislativo, o funcionamento dos Grêmios Estu-

dantis ficou assegurado pela Lei 7.398, como entidades autônomas de representação dos estu-

dantes.

O grêmio estudantil do Colégio Estadual do Jardim Independência, Sarandi-PR foi

fundado em 28 de agosto de 2009, nomeado como “Grêmio Estudantil Araguaia”.

1.2.4 APMF

As Associações de Pais, Mestres e Funcionários das escolas têm o objetivo de viabili-

zar a participação de um número crescente de cidadãos na implementação das políticas educa-

cionais, possibilitando a aproximação da Comunidade com o Projeto-Político-Pedagógico da

escola, em especial, no suporte aos Programas Culturais, Esportivos e de Pesquisa.

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Esse elo constante entre pais, professores e funcionários com a Comunidade, prima

também pela busca de soluções equilibradas para os problemas coletivos do cotidiano escolar,

dando suporte a Direção e Equipe, visando o bem estar e formação integral dos alunos.

Todos os envolvidos no processo são igualmente responsáveis pelo sucesso da educa-

ção gratuita e com qualidade nas Escolas Públicas Estaduais do Paraná.

As Associações de Pais, Mestres e Funcionários, têm o apoio e acompanhamento da

Secretaria de Estado da Educação, por meio da Coordenação de Assuntos da Comunidade Es-

colar (CACE), que através dos trabalhos de formação que vêm desenvolvendo, tem conscien-

tizando a importância da Comunidade de participar do cotidiano escolar, para discutir, partici-

par, colaborar e avaliar as decisões coletivas.

O objetivo da APMF (Associação de Pais, Mestres e Funcionários) é discutir o apri-

moramento do ensino e integração família – escola – comunidade, enviando sugestões, em

consonância com o projeto pedagógico, para apreciação do Conselho Escolar e Equipe Peda-

gógica -Administrativa.

A APMF deve prestar assistência aos educandos, professores e funcionários, assegu-

rando-lhes melhores condições e eficiência escolar, em consonância com o Projeto Político

Pedagógico, assim como representar os reais interesses da comunidade escolar, contribuindo,

para a melhoria da qualidade do ensino, administrar os recursos financeiros próprios e o que

lhe forem repassados através de convênios de acordo com as prioridades estabelecidas em

reunião conjuntas com o Conselho Escolar e, finalmente, colaborar com a manutenção e con-

servação do prédio escolar e suas instalações, conscientizando, sempre, a comunidade sobre a

importância desta ação. O Colégio Estadual do Jardim Independência contempla um trabalho

de articulação com a família e a comunidade, com cronograma trimestral, onde são feitos de-

bates, discussões, reuniões de estudos e confraternizações.

1.3 COMUNIDADE ESCOLAR

Para caracterizarmos a comunidade escolar do Colégio Estadual do Jardim Indepen-

dência - Sarandi-PR realizamos uma pesquisa por meio de um questionário distribuído a 20%

dos alunos do colégio, dos três turnos de funcionamento, com questões que nos permitiram

verificar o perfil dos alunos e familiares.

A primeira questão referia-se ao local de moradia dos alunos, cujas respostas está

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ilustrada no gráfico 01.

GRÁFICO 01

Local de Moradia dos alunos do CE do Jd. Independência

0

20

40

60

80

100

120

Inde

pen

dênc

ia

Nov

o In

dep.

Uni

vers

al

Panor

am

a

Bom P

asto

r

Our

o V

erde

São Jos

é

Jd. S

ocial

Pq.

Alvam

ar

Inde

p. 3

. Par

te

Alfaville

Independência

Novo Indep.

Universal

Panorama

Bom Pastor

Ouro Verde

São José

Jd. Social

Pq. Alvamar

Indep. 3. Parte

Alfaville

FONTE: Comunidade escolar do Colégio Estadual do Jardim Independência-Srandi-PR

A segunda questão apresenta a renda familiar dos alunos, conforme mostra o gráfico

02:

GRÁFICO 02

Renda Familiar

0

20

40

60

80

100

120

01 salário de 1 a 3salários

de 3 a 5salários

acima de 5salários

sem renda fixa nãoresponderam

01 salário

de 1 a 3 salários

de 3 a 5 salários

acima de 5 salários

sem renda fixa

não responderam

FONTE: Comunidade escolar do Colégio Estadual do Jardim Independência-Srandi-PR

Questionamos a comunidade, também, para saber quantas pessoas na família desen-

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volvem alguma função remunerada. O resultado está ilustrado no gráfico 03:

GRÁFICO 03

Número de pessoas na família que desenvolvem funções remuneradas

0

10

20

30

40

50

60

70

01 p

essoa

02 p

essoa

s

03 p

essoa

s

04 p

essoa

s

05 p

esso

as

06 p

essoa

s

07 p

essoa

s

não re

spon

dera

m

Não sabe

m

Nen

huma

01 pessoa

02 pessoas

03 pessoas

04 pessoas

05 pessoas

06 pessoas

07 pessoas

não responderam

Não sabem

Nenhuma

FONTE: Comunidade escolar do Colégio Estadual do Jardim Independência-Srandi-PR

A quarta, quinta e sexta questões referem-se à caracterização do emprego dos mem-

bros da família, cujas respostas podem ser observadas nos gráficos 04, 05 e 06:

Gráfico 04

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Característica do emprego do pai

0

20

40

60

80

100

120

140

regis

trado

autô

nom

o

com

ercia

nte

diaris

ta

apos

enta

do

02 o

pçõe

s

não

resp

onde

ram

registrado

autônomo

comerciante

diarista

aposentado

02 opções

não responderam

FONTE: Comunidade escolar do Colégio Estadual do Jardim Independência-Srandi-PR

GRÁFICO 05

Característica do emprego da mãe

0

20

40

60

80

100

120

regis

trado

autô

nom

o

com

ercia

nte

diaris

ta

apos

enta

do

02 o

pçõe

s

não

resp

onde

ram

registrado

autônomo

comerciante

diarista

aposentado

02 opções

não responderam

FONTE: Comunidade escolar do Colégio Estadual do Jardim Independência-Srandi-PR

Page 22: COLÉGIO ESTADUAL DO JARDIM INDEPENDÊNCIA · 2.19 cultura afro-descendente..... 43 2.20 feira cientÍfico cultural.....45

GRÁFICO 06

Característica do emprego dos demais membros da família

0

20

40

60

80

100

120

140

160

regis

trado

autô

nom

o

com

ercia

nte

diaris

ta

apos

enta

do

02 o

pçõe

s

não

resp

onde

ram

registrado

autônomo

comerciante

diarista

aposentado

02 opções

não responderam

FONTE: Comunidade escolar do Colégio Estadual do Jardim Independência-Srandi-PR

Questionamos a comunidade escolar quanto à moradia, buscando dados nos levem ao

conhecimento com relação à condição de seus imóveis e observamos o seguinte:

GRÁFICO 07

Característica do imóvel em que moram

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

prórpio alugado cedido compartilhado não responderam

prórpio

alugado

cedido

compartilhado

não responderam

FONTE: Comunidade escolar do Colégio Estadual do Jardim Independência-Srandi-PR

A oitava e nona questões referem-se ao grau de instrução dos pais, ilustradas nos grá-

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ficos 08 e 09:

GRÁFICO 08

Grau de instrução do pai

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

analfabeto 1. a 4 série 5. a 8. série ens.médioincomp.

ens. Médiocomp.

superior pós grad. n.responderam

analfabeto

1. a 4 série

5. a 8. série

ens.médio incomp.

ens. Médio comp.

superior

pós grad.

n. responderam

FONTE: Comunidade escolar do Colégio Estadual do Jardim Independência-Srandi-PR

GRÁFICO 09

Grau de instrução da mãe

0

10

20

30

40

50

60

70

80

analfabeto 1. a 4 série 5. a 8. série ens.médioincomp.

ens. Médiocomp.

superior pós grad. n.responderam

analfabeto

1. a 4 série

5. a 8. série

ens.médio incomp.

ens. Médio comp.

superior

pós grad.

n. responderam

FONTE: Comunidade escolar do Colégio Estadual do Jardim Independência-Srandi-PR

Questionamos os alunos a fim de sabermos o número de anos que já reprovaram e

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apresentamos os resultados no gráfico 10.a e no gráfico 10.b apresentamos o número de anos

que desistiram de estudar.

GRÁFICO 10.A

Número de anos que reprovou

0

20

40

60

80

100

120

140

160

nenhum 1 2 3 4 5 nãoresponderam

nenhum

1

2

3

4

5

não responderam

FONTE: Comunidade escolar do Colégio Estadual do Jardim Independência-Srandi-PR

GRÁFICO 10.B

Número de anos que desistiu de estudar

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

nenhum 1 2 3 4 5 nãoresponderam

nenhum

1

2

3

4

5

não responderam

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FONTE: Comunidade escolar do Colégio Estadual do Jardim Independência-Srandi-PR

Com relação aos motivos que levaram os alunos a desistir de estudar observamos o

seguinte, registrado no gráfico 11:

GRÁFICO 11

FONTE: Comunidade escolar do Colégio Estadual do Jardim Independência-Srandi-PR

Procuramos saber, também, os motivos que levaram os alunos a se matricularem nes-

te colégio. O resultado pode ser observado no gráfico 12:

GRÁFICO 12

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FONTE: Comunidade escolar do Colégio Estadual do Jardim Independência-Srandi-PR

Quanto ao tipo de lazer que realizam, o gráfico 13 mostra os resultados oferecidos.

GRÁFICO 13

FONTE: Comunidade escolar do Colégio Estadual do Jardim Independência-Srandi-PR

A partir dos dados coletados por meio do questionário, identificamos uma comunida-

de escolar de renda média/baixa, cujos adolescentes precisam inserir-se ao mundo do trabalho

logo cedo a fim de contribuir para a melhoria da renda familiar.

Pelo levantamento realizado, através de questionários, observou-se os seguintes da-

Motivos que levaram à matricular no colégio

0

20

40

60

80

100

120

proximidade daresidência

projetos daescola

colegas indicação deoutras pessoas

falta de vaga emoutro colégio

professores

proximidade da residência

projetos da escola

colegas

indicação de outras pessoas

falta de vaga em outro colégio

professores

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dos: 50% dos alunos, residem no bairro da escola e outros 50% residem em bairros vizinhos

e/ou distantes da escola; a maioria mora com seus pais ( diversos arranjos familiares). O grau

de instrução dos pais é de Ensino Fundamental e com as mais variadas profissões. Os alunos

quando não estão na escola, assistem TV, brincam ( diversas atividades ) e poucos estudam,

nessa ordem. A renda familiar, da maioria, concentra-se entre 1 e 3 salários mínimos. A ex-

pectativa quanto a escola, tanto da família como do aluno é de concluir o Ensino Fundamental

e Médio. Os critérios que os levaram a escolher esta escola foram baseados pelas necessidades

familiares, ou seja, proximidade da residência, seguida de recomendação de amigos e colegas,

também, pelo interesse de manter seus filhos longe do convívio do seu local de moradia (vio-

lência, drogas, etc ... ).

De acordo com esta pesquisa, nossos alunos esperam encontrar uma escola que seja

limpa, bem cuidada (higienização ); que se torne bonita e agradável, que tenha espaço para

brincar, correr e que os professores sejam exigentes e compreensivos. Entre as atividades pre-

feridas, na escola, ficou destacado: o gosto por jogos, freqüentar a biblioteca, assistir filmes,

fazer trabalhos de pesquisa de campo e em grupos e, atividades artísticas. Quanto a tarefa de

estudar, ficou evidenciado por eles a necessidade de que haja silêncio, atenção e colaboração

entre todos na sala de aula para que se tenha um bom trabalho e, onde todos possam resolver

suas dúvidas. A merenda escolar foi considerada muito boa e deliciosa.

Nesse levantamento, ficou claro que a escola é um espaço de interação onde os alu-

nos não só têm acesso aos diversos setores, como também, lhes é proporcionado momentos de

conversa sobre diversos assuntos. Os alunos, em conversas informais com professores e equi-

pe pedagógico-administrativa mostram o desejo de se tornarem bons profissionais, pessoas

disciplinadas e educadas, poder ter acesso a universidade e pertencer a uma classe social abas-

tada (ter dinheiro).

Com isso, percebemos o quanto a escola pode contribuir para a formação do aluno

sob todos os aspectos, uma vez que a maioria deles ainda vê a escola como uma das únicas

possibilidade de formação.

1.3.1 Direção

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O final dos anos 80 e o início dos anos 90 foram marcados pela reformulação da orga-

nização e gestão da educação no Brasil. As reformas privilegiaram a descentralização, a auto-

nomia e a democratização dos processos administrativos. A democratização no âmbito admi-

nistrativo escolar é associada à participação dos professores e pais nas decisões a respeito do

processo educativo, o que abrange composição de instâncias colegiadas (conselhos escolares,

grêmios estudantis), eleições para cargos administrativos, introdução de mecanismos que fa-

voreçam a eliminação da burocracia e flexibilização normativa e organizacional do sistema.

Nesse novo cenário, especialmente quando se trata da gestão de escolas públicas, é

inegável a importância da ação do gestor da escola para garantir a efetivação das conquistas

legais e a democratização das relações e do ensino. No entanto, embora as escolas públicas

possuam um diretor, escolhido pela comunidade, ainda se mantém um distanciamento entre as

exigências ou garantias legais e a prática da gestão democrática na escola, um distanciamento

entre os discursos e as ações.

Nesse sentido, o diretor da escola tem uma importância fundamental na organização e

funcionamento da instituição escolar, em todos os seus aspectos: físico, sócio-político, rela-

cional, material, financeiro e pedagógico.

A partir desta década, o gestor passa a ser “[...] um gestor da dinâmica social, um mo-

bilizador, um orquestrador de atores, um articulador da diversidade para dar unidade e consis-

tência, na construção do ambiente educacional e promoção segura da formação de seus alu-

nos” (LUCK, 2000, p. 16).

No estado do Paraná, no ano de 2003, com a mudança do governo do Estado, foi im-

plantado o modelo de gestão democrática. Sua característica principal passou a ser a eleição

de diretores e a valorização das instâncias de participação no interior das escolas. Para imple-

mentar essa política, o Decreto n º 450/03 destituiu da função de diretor e de diretor auxiliar

todos os professores e especialistas "interventores", delegando aos Núcleos Regionais de Edu-

cação a organização de um processo de consulta à comunidade escolar para a escolha do dire-

tor e diretor auxiliar.

Embora as eleições apresentem uma perspectiva legítima de democratização da escola,

não podemos perder de vista suas limitações de caráter representativo. A eleição não pode ser

um fim em si mesmo, mas faz parte de um processo de democratização das relações internas e

externas da escola, além de possibilitar a participação dos “eleitores” na gestão da escola. Não

se pode delegar ao eleito o poder de conduzir os destinos da escola, mas isto deve ser feito por

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toda a comunidade que o elegeu. Esse é o princípio da eleição direta que, segundo Dourado

(2003, p.30), “contribui para uma educação política, um aprendizado de participação do jogo

democrático resultando, dentre outros, em conscientização e responsabilidade dos diversos se-

gmentos da comunidade escolar”.

Neste sentido, a preocupação central da gestão escolar deve ser a de contemplar os in-

teresses e as necessidades da maioria da população, uma vez que democratizar a gestão deve

significar promover participação efetiva da comunidade na escola para poder pensá-la para

além de seus muros.

1.3.2 Corpo Docente

Na sociedade contemporânea, as vertiginosas transformações no mundo do trabalho, o

avanço tecnológico configurando a sociedade virtual e os meios de informação e comunicação

exercem uma força brutal nas relações sociais e em todas as instituições de nossa sociedade,

exigindo delas um reposicionamento e a busca de um novo perfil frente aos desafios do que

tem se chamado de pós-modernidade. Em decorrência disso, a atividade docente vem se mo-

dificando para atender essas transformações que atingem crucialmente a escola, suas concep-

ções, suas formas de construção do saber, pois há, sem dúvida alguma, uma mudança de para-

digma que está a exigir um novo modelo de escola e um novo perfil de professor que possam

estar a serviço de uma escolarização de qualidade social que atenda efetivamente, com efici-

ência e eficácia, a todas as crianças, jovens e adultos que demandam a instituição escolar.

A participação dos professores é fundamental na consolidação de mudanças que tra-

gam efetivamente uma melhoria da qualidade de ensino. Sem ela, sem seu consentimento,

seus saberes, seus valores, suas análises na definição de políticas de ensinar, de organizar e de

gerir escolas, de propor mudanças nas formas de ensinar, de definir currículos, projetos edu-

cacionais e formas de trabalho pedagógico, quaisquer diretrizes, por melhores que sejam suas

intenções, não se consolidam e não se efetivam. Sem o aval dos professores, mudanças não se

realizam. Por isso, não é qualquer um que pode ser professor. Por isso também não é qualquer

professor que consegue fazer frente a esses desafios.

É preciso um professor que exerça uma docência da melhor qualidade e que não se es-

gota na formação inicial, pelo contrário, está a exigir, também, um processo de formação per-

manente que tomem a prática docente como fundamento para a reflexão, que desenvolvam no

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professor a postura de profissional reflexivo, pesquisador da própria prática, munido de for-

mação teórica competente que o prepare para ver o mundo na sua globalidade e não de forma

fragmentada.

Observamos que são grandes as exigências. O desafio é gigantesco. Há questões estru-

turais e conjunturais a enfrentar. Mas, se acreditamos na tarefa da educação, não podemos

perder a esperança e mais do que isto, precisamos nos por a caminho e lutar para vê-la efeti-

vada.

O quadro docente do Colégio Estadual do Jardim Independência-Sarandi-PR está com-

posto por 71 professores, sendo 39 pertencentes ao Quadro Próprio do Magistério (QPM) e 32

contratados pelo regime Processo Seletivo Simplificado (PSS).

O professor pedagogo é o responsável pela coordenação, implantação e implementa-

ção, no estabelecimento de ensino, das Diretrizes Curriculares definidas no Projeto Político-

Pedagógico e no Regimento Escolar, em consonância com a política educacional e orienta-

ções emanadas da Secretaria de Estado da Educação. Tem como "principal atribuição a as-

sistência pedagógico-didática aos professores, para se chegar a uma situação ideal de quali-

dade de ensino (LIBÂNEO, 2001, p.183).

A Resolução SE/PR nº. 66, de 03 de outubro de 2006, dispõe sobre o professor pe-

dagogo, percebe-se que este possui uma função mais específica, como o próprio Libâ-

neo (2001) destacou. Para o estado do Paraná, as atividades deste profissional se referem

A: integração dos membros da equipe escolar; desenvolvimento da proposta pedagógica; tra-

balho nos HTPC’s (horário de trabalho pedagógico coletivo); acompanhamento dos pro-

fessores nas atividades curriculares; avaliação do desempenho dos alunos; acompanhamento

do processo de ensino e aprendizagem dos alunos; vínculo entre a escola e a comunidade.

Em resumo, nas prescrições das atividades deste profissional, está:

• integração curricular entre professores de cursos, períodos e turnos diversos;

• elaboração, implementação e avaliação da proposta pedagógica da escola;

• aprimoramento do processo de ensino-aprendizagem;

• acompanhamento e avaliação do desempenho escolar dos alunos;

• formação continuada dos docentes;

• articulação das ações da coordenação pedagógica e otimização de recursos e

parcerias com a comunidade;

• dinamização de todos os espaços pedagógicos e integração dos trabalhos da escola,

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das equipes e supervisão da oficina pedagógica da Diretoria de Ensino.

Assim, como pode ser notado, as atividades deste profissional se referem mais ao

âmbito pedagógico do trabalho da instituição, ou seja, ficam mais restritas ao atendi-

mento dos professores e dos alunos para poder melhorar e garantir a qualidade do pro-

cesso de ensino e aprendizagem. Isso, entretanto, não é o que efetivamente ocorre nas esco-

las, já que muitas vezes, o maior tempo destinado são para questões disciplinares.

A equipe pedagógica do Colégio Estadual do Jardim Independência-Sarandi-PR é

composta por 07 professores graduados em Pedagogia, sendo todas especialistas em Educa-

ção.

1.3.3 Professor monitor de turma

É o professor que mantém integração permanente entre os alunos, discute os proble-

mas existentes na turma com os demais setores da escola, buscando junto à referida turma

uma maior participação nos eventos da escola.

São funções do professor monitor de turma:

* Fazer o espelho da turma de forma a facilitar a disciplina da sala com o objetivo de

favorecer a aprendizagem.

* Eleger o líder de turma, mediando a definição do perfil e funções do líder, bem

como, o processo de eleição.

* participar, incentivar e coordenar as turmas nas atividades que a escola realizar,

sendo responsável em intermediar o trabalho realizado.

* representar a turma no Conselho de Classe, colocando a sua análise e avaliação da

turma, objetivando esclarecer questões que afetam a aprendizagem.

1.3.4 Aluno representante de turma

O aluno representante de turma tem o objetivo de melhorar o relacionamento entre

alunos da turma e facilitar o relacionamento desta com professores e demais serviços da esco-

la (direção, equipe pedagógica e administrativa).

São funções do líder de turma:

• Representar a turma quando solicitado pela equipe pedagógica ou secretaria;

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• Participar e incentivar a turma nas atividades promovidas pelo grêmio estudan-

til e campanhas que a escola organizar;

• Comunicar ao professor monitor as solicitações, sugestões da turma;

• Contribuir, por meio do diálogo, para evitar conflitos entre colegas da turma;

O líder de turma deve apresentar o seguinte perfil:

• Pontualidade e frequência;

• Não matar aula, mesmo que fique dentro da escola;

• Não ter registro de envolvimento em brigas e discussões, independente da

ação/reação;

• Bom relacionamento com os demais colegas da turma;

• Disponibilidade para estarem à frente da sala em caso de debates, recados e ou-

tros.

1.3.5 Equipe administrativa

É o setor que serve de suporte ao funcionamento de todos os setores do estabeleci-

mento de ensino.

A função de técnicos administrativos é exercida por profissionais que atuam nas

áreas da secretaria, biblioteca e laboratório de Informática do estabelecimento de ensino.

O técnico administrativo que atua na secretaria como secretário (a) escolar é indicado

pela direção do estabelecimento de ensino e designado por Ato Oficial, conforme normas da

SEED.

O serviço da secretaria é coordenado e supervisionado pela direção.

A equipe administrativa do colégio está composta por 06 funcionários, todos concur-

sados e trabalhando em regime estatutário.

1.3.6 Serviços gerais

Tem a seu cargo o serviço de manutenção, preservação, segurança e merenda escolar

do colégio, sendo coordenado pela direção.

O quadro de serviços gerais do Colégio Estadual do Jardim Independência está for-

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mado por 14 funcionários sendo 05 efetivos e 03 que trabalham pelo regime CLT e 05 pelo

regime Paranaeducação e 02 RPR. Os funcionários estão assim distribuídos:

04 cozinheiras

01 vigia (caseiro)

10 apoio e limpeza, sendo que uma atende, também, como inspetora de alunos.

Dos funcionários de serviços gerais, 06 possuem o Ensino Médio, 07 possuem o En-

sino Fundamental completo e 02 o Ensino Fundamental incompleto.

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2. RECURSOS FÍSICOS E PEDAGÓGICOS

Constitui-se em uma estrutura diversificada, composta por quinze salas de aula, La-

boratório de Química, Física, Biologia, Sala de Apoio, Laboratório de Informática, Sala de

Recursos, Cozinha, Refeitório, Biblioteca, Quadra e Almoxarifado.

2.1 LABORATÓRIO DE QUÍMICA, FÍSICA, BIOLOGIA

Constitui-se em um espaço pedagógico, com material disponível para professores e

alunos. Seu espaço é adequado a descobertas e constatações da teoria na prática.

O laboratório de Química do colégio possui uma funcionária que realiza o atendi-

mento aos alunos e professores durante o dia.

2.2 SALA DE APOIO

É um espaço destinado a democratização do ensino e garantir acesso e permanência

dos alunos de 5ª séries do Ensino Fundamental, no que refere aos conteúdos de leitura, escrita

e cálculo.

O cronograma de atendimento aos alunos por disciplina, funciona em horário contrá-

rio ao qual o aluno está matriculado.

A carga horária disponível para cada disciplina (Língua Portuguesa e Matemática)

são de 4 horas-aulas semanais, ofertadas em aulas geminadas.

2.3 SALA DE RECURSOS

De acordo com a Instrução n. 013/2008 – SUED/SEED, o Serviço apoio especializa-

do, de natureza pedagógica que complementa o atendimento educacional realizado em classes

comuns do ensino fundamental, atendendo alunos regularmente matriculados no ensino fun-

damental que apresentam dificuldades acentuadas de aprendizagem com atraso academico si-

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gnificativo, decorrentes de Deficiência Mental/Intelectual e/ou Transtornos Funcionais Espe-

cíficos.

Os alunos são avaliados no contexto do ensino regular pelos professores da classe co-

mum, professor especializado, pedagogo da escola, com assessoramento de uma equipe multi-

profissional externa (Universidades, Faculdades, Escolas Especiais, Secretarias Municipais de

Saúde) da equipe da Secretaria Municipal de educação e do Núcleo Regional de Educação.

No ano de 2011, o estabelecimento de ensino conta com uma sala de recursos, fun-

cionamento no período da manhã, atendendo 12 alunos, conforme cronograma.

2.4 BIBLIOTECA

A biblioteca constitui-se em um espaço pedagógico com cerca de oito mil livros em

acervo, incluindo romances, literatura, enciclopédias, possui também mapas, livros para a bi-

blioteca do professor, dentre outros.

A biblioteca disponibiliza de um espaço para que o aluno possa realizar pesquisas, ter

momentos de leitura agradável e prazerosa.

2.5 ESPAÇO PARA O XADREZ

Na escola há um espaço destinado ao jogo de xadrez com 10 mesas e espaço para 20

jogos. Os alunos participam dessa atividade em contraturno, sendo monitores os professores

contratados para atuarem no Programa Segundo Tempo, com aulas semanais e, também, nas

aulas de educação física.

2.6 QUADRA

Há no colégio três quadras poliesportivas que são utilizadas pelos alunos nas aulas de

Educação Física, também para treinamentos esportivos nos programas oferecidos pela escola

e aos finais de semana, abrindo espaço para a comunidade.

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2.7 COZINHA

O colégio dispõe de uma cozinha com espaço amplo.

2.8 REFEITÓRIO

O refeitório apresenta uma estrutura adequada, composta por dez mesas e diversos

bancos nos quais os alunos realizam a alimentação no horário de merenda.

2.9 ALMOXARIFADO

Espaço onde todo material de uso coletivo é guardado.

2.10 LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA

A escola conta com um laboratório de informática oferecido pelo programa Paraná

Digital, o qual dispõe de 20 computadores para serem utilizados no processo ensino-aprendi-

zagem.

O Paraná Digital (PRD) é um projeto de inclusão digital das escolas públicas (são

2.100 escolas, incluindo as escolas rurais) do Estado do Paraná. Está fundamentado na

disponibilidade de meios educacionais através de computadores e da Internet, com o objetivo

de melhorar a qualidade do ensino.

Os principais meios educacionais disponibilizados pelo governo do estado são a TV

Paulo Freire, o Portal Dia-a-dia Educação, a TV Multimídia e os laboratórios de informática.

Os dois últimos, caracterizados como infraestrutura que possibilita o acesso dos professores e

dos estudantes para o conteúdo educacional que visa melhorar o processo ensino-

aprendizagem.

2.11 RECURSOS PEDAGÓGICOS

O Colégio Estadual do Jardim Independência desenvolve, junto á comunidade, al-

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guns projetos de fundamental importância no que se refere ao processo ensino-aprendizagem,

numa ação constante, com o objetivo de amenizar contradições pelas quais a Escola passa de-

vido a mazelas sociais que prejudicam o alcance dos objetivos do ensino.

Os projetos “têm por justificativa e objetivo: melhorar o relacionamento entre os seg-

mentos da comunidade” escolar para, assim, desenvolver nesses mesmos segmentos, o ensi-

no-aprendizagem, o respeito, a união, a concentração, a qualidade de vida, a auto-estimam, a

consciência crítica, política, a educação e sua emancipação enquanto classe trabalhadora.

2.12 PROFESSOR DE APOIO A COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA

O Professor de Apoio à Comunicação Alternativa (PACA) é um profissional espe-

cializado, que atua no contexto da sala de aula, nos estabelecimentos do Ensino Fundamental,

Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos, onde o apoio fundamenta-se na mediação da

comunicação entre o aluno, grupo social e o processo de ensino e aprendizagem, cujas formas

de linguagem oral e escrita se diferenciam do convencionado.

No ano de 2011, o estabelecimento de ensino recebeu um aluno com deficiências

motoras e na comunicação, necessitando do serviço de apoio à Comunicação Alternativa.

Nesse sentido, a Secretaria de educação disponibilizou, além de um professor de apoio à co-

municação alternativa, um agente educacional para auxiliá-lo em suas necessidades básicas.

2.13 VIVA A ESCOLA

O projeto Viva a Escola se propõe a dar atendimento aos estudantes no horário con-

trário ao turno em que atualmente freqüentam o ensino regular. "A idéia é trazer para todas as

escolas atividades artísticas, culturais, científicas, esportivas e mesmo de aprendizagem.

No Colégio ofertamos, em 2010, dois projetos deste programa:

Rádio Estudantil: Pelas ondas do rádio

O Projeto “Rádio Estudantil” tem o objetivo de levar aos alunos, professores e fun-

cionários, o acesso a músicas de qualidade, bem como servir de veículo de informação e en-

tretenimento, na hora do intervalo. É importante observar que a mídia está presente na vida

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das pessoas e rapidez das informações dificulta a possibilidade de reflexão a respeito das notí-

cias. Nesse sentido, torna-se importante que o aluno reflita acerca desse elemento articulador.

Os conteúdos trabalhados neste projeto são:

- história da música;

- surgimento do rádio e sua importância para a comunicação humana;

- noções de manipulação de aparelhos do meio radiofônico;

- noções de criação e produção de programas.

Após sondagem com professores, família e equipe pedagógica, os alunos seleciona-

dos, realizam um trabalho de pesquisa, participando de discussões, debates, visitas a rádios lo-

cais, e palestras sobre os temas envolvidos. A rádio funciona durante o intervalo, no início e

término das aulas, incluindo eventos dentro da escola e também aos finais de semana, junta-

mente com o Grêmio Estudantil, que no momento é o responsável nesse período. Músicas que

fazer parte do repertório da música popular brasileira, terão prioridade na seleção musical,

contudo estilos musicais diferenciados poderão ser colocados nas programações e, a cada pe-

ríodo, a programação será renovada.

As letras das músicas são trabalhadas com antecedência pelos alunos participantes do

projeto e os professores são estimulados a fazer o mesmo. Através de perguntas e respostas

lançadas durante o funcionamento da rádio, os alunos sorteiam brindes específicos, servido de

estímulo para o gosto musical mais apurado. Alunos que revezam semanalmente a locução,

devem atingir nível suficientemente satisfatório na dicção e impostação vocal para que sejam

bem compreendidos pelos ouvintes, pois deverá haver interação entre locutores e ouvintes.

Ensaios acontecem constantemente sobre a orientação de seus professores de sala de aula,

bem como do orientador do presente projeto. Pesquisas feitas com certa antecedência sobre

temas variados, informações, utilidade púbica, curiosidade e concurso de piadas de salão são

estimulados, bem como declamação de poesias, clássicas ou não.

Participam deste projeto alunos que estudam no ensino fundamental, no período ves-

pertino no ano de 2010, indicado pelos seus professores como alunos que necessitam de um

trabalho diferenciado em relação a arte de se comunicar, bem como assumir um ato de res-

ponsabilidade que os traga de volta do convívio social, que por ventura, estão em defasagem.

Divulgação científica: O espaço geográfico – uma nova visão

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Percebemos que, embora trabalhado em sala de aula o espaço geográfico, uma parte

considerável dos alunos não consegue compreender questões inerentes ao espaço em que vi-

vem. Nesse sentido, torna-se importante promover aos educandos uma reflexão sobre os con-

teúdos produzidos historicamente e sua interação prática no cotidiano em que estão inseridos.

O conteúdo trabalhado neste projeto é a representação espacial do espaço geográfico

no qual a escola esta inserida.

O objetivo é oportunizar aos alunos a reflexão de conceitos básicos da Geografia, que

exigem esclarecimentos. Familiarizar os alunos com o espaço geográfico em que ele está inse-

rido, casa, escola, bairro, cidade, estado, país, continente, planeta Terra.

Após sondagem com os professores e equipe pedagógica, realizar-se-á um trabalho

voltado para os alunos com maior dificuldade de aprendizagem e que demonstrem pouco inte-

resse nas aulas de ensino regular. Realiza-se um trabalho de campo reconhecendo o percurso

de casa a escola; o bairro onde a escola está inserida, através de construção de desenhos e ma-

quetes, levar os educandos a compreenderem através de suas próprias experiências, vivências,

e apreensão dos conceitos trabalhados o espaço geográfico.

O projeto é desenvolvido na sala de apoio da escola. Utiliza-se, também, a biblioteca

para pesquisas e a sala de informática do Programa Paraná Digital.

Para o ano de 2011 foram aprovados 07 projetos, os quais trabalharão com as seguin-

tes temáticas: Cultura Regional; Teatro; Música; Mídias; Jogos; Investigação Científica e; Di-

vulgação Científica.

Embora aprovados, os projetos não estão em desenvolvimento ainda pelo fato de o

funcionamento não ter sido autorizado pela Secretaria de Educação.

2.14 FESTIVAL DE MÚSICA E TEATRO

Objetivos: Desenvolver oralidade e expressão artística dos educandos.

Metodologia: A partir dos conteúdos estudados nas disciplinas de Língua por-

tuguesa, Lingua Estrangeira Moderna e Artes, produzir trabalhos artísticos tais como:

l produção de poesias;

l escrita de peça teatral;

l representação teatral;

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l produção, reprodução e interpretação de músicas;

l paródias

Avaliação: Observação e acompanhamento dos alunos durante a produção dos traba-

lhos artísticos priorizando:

l envolvimento nas atividades;

l originalidade;

l criatividade;

l expressão artística.

Alunos participantes: Ensino Fundamental e Ensino Médio.

A concretização do projeto é apresentada na Semana Cultural.

2.15 PASSEIO ECOLÓGICO

O passeio ecológico é um evento que acontece todos os anos, próximo ao término do

período letivo, como forma de fechamento das atividades curriculares. Durante o passeio eco-

lógico, o que se faz é viver na prática, num ambiente diferente ao da escola, o que se aprendeu

na teoria: os efeitos nocivos do sol, os movimentos e esforços que se faz nas atividades dentro

da água; o desgaste de energia. A questão do lixo também é trabalhada, principalmente sobre

a sua reciclagem, coleta seletiva, limpeza. Enfim, todas as disciplinas desenvolvem, no decor-

rer dos quatro s, atividades que contemplem os conteúdos que serão cobrados durante o pas-

seio.

O passeio é realizado geralmente no dia 27 de novembro, feriado municipal, quando

esse cai num dia letivo.

2.16 PROGRAMA SEGUNDO TEMPO

O Segundo Tempo como Programa Estratégico do Governo Federal tem por objetivo

democratizar o acesso à prática e à cultura do Esporte de forma a promover o desenvolvimen-

to integral de crianças, adolescentes e jovens, como fator de formação da cidadania e melhoria

da qualidade de vida, prioritariamente em áreas de vulnerabilidade social.

O programa tem como público-alvo crianças, adolescentes e jovens expostos aos ris-

cos sociais.

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Princípios

Da reversão do quadro atual de injustiça, exclusão e vulnerabilidade social;

Do esporte e do lazer como direito de cada um e dever do Estado;

Da universalização e inclusão social;

Da democratização da gestão e da participação.

Linhas Estratégicas

Qualificar e ampliar a abrangência do Programa Segundo Tempo

Assegurar a oferta do Programa Segundo Tempo voltado ao público do ensino médio

e superior

Oportunizar aos beneficiados do Programa eventos e programações diferenciadas ao

longo do ano

Qualificar e aprimorar a gestão do Programa

Qualificar o processo de capacitação de gestores, professores e monitores

Ampliar ações intersetoriais do Programa Segundo Tempo e da SNEED – Rede

Criança!

As atividades serão desenvolvidas de forma a possibilitar:

Democratização da atividade esportiva, incentivando o acesso de crianças e adoles-

centes às atividades esportivas educacionais do Programa, sem qualquer distinção ou discri-

minação;

Qualidade, fomentando a melhoria da qualidade pedagógica do ensino de atividades

esportivas educacionais, principalmente pela oferta contínua de capacitação, de materiais di-

dáticos e esportivos adequados e, ainda, de acompanhamento e avaliações permanentes;

Segurança, incentivando que a prática das modalidades esportivas, no âmbito do Pro-

grama, aconteça com monitoramento e resguarde a integridade das crianças e adolescentes en-

volvidos no esporte educacional;

Liberdade de escolha, permitindo que as crianças e adolescentes atendidos exerçam

sua liberdade de escolha ao decidir pela prática do esporte educacional, optando, no mínimo,

pela participação em três modalidades esportivas, de acordo com seu interesse;

Autonomia Organizacional, permitindo que as organizações governamentais e não

governamentais interessadas se articulem com estabelecimentos públicos de educação locali-

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zados em suas regiões de atuação, objetivando se integrar ao Programa Segundo Tempo;

Descentralização Operacional, permitindo que o planejamento e a implantação do

Programa seja executado pelas Instituições regionais ou locais que mantêm contato direto

com o público-alvo do Programa e desenvolvem projetos de inclusão social

Objetivos

Objetivo Geral:

O Segundo Tempo é um programa do Ministério do Esporte, destinado a democrati-

zar o acesso à prática e à cultura do Esporte de forma a promover o desenvolvimento integral

de crianças, adolescentes e jovens, como fator de formação da cidadania e melhoria da quali-

dade de vida, prioritariamente em áreas de vulnerabilidade social.

Objetivos Específicos:

• Oferecer práticas esportivas educacionais, estimulando crianças e adolescentes

a manter uma interação efetiva que contribua para o seu desenvolvimento integral;

• Oferecer condições adequadas para a prática esportiva educacional de qualida-

de;

• Desenvolver valores sociais;

• Contribuir para a melhoria das capacidades físicas e habilidades motoras;

• Contribuir para a melhoria da qualidade de vida (auto-estima, convívio, inte-

gração social e saúde);

• Contribuir para a diminuição da exposição aos riscos sociais (drogas, prostitui-

ção, gravidez precoce, criminalidade, trabalho infantil e a conscientização da prática esporti-

va, assegurando o exercício da cidadania).

Resultados Esperados

Impactos diretos:

• Melhoria no convívio e na integração social dos participantes;

• Melhoria da auto-estima dos participantes;

• Melhoria das capacidades e habilidades motoras dos participantes;

• Melhoria das condições de saúde dos participantes;

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• Aumento do número de praticantes de atividades esportivas educacionais;

• Melhoria da qualificação de professores e estagiários de educação física peda-

gogia ou esporte envolvidos.

Impactos indiretos:

• Diminuição da exposição dos participantes a riscos sociais;

• Melhoria no rendimento escolar dos alunos envolvidos;

• Diminuição da evasão escolar nas escolas atendidas;

• Geração de novos empregos no setor de educação física e esporte nos locais de

abrangência do Programa;

• Melhoria da infra-estrutura esportiva no sistema de ensino público do país e

nas comunidades em geral.

Estrutura:

No Colégio Estadual do Jardim Independência, o Programa Segundo Tempo realiza

as seguintes atividades:

• Xadrez

• Atividades poliesportivas, tais como: voleibol, basquetebol, futsal.

2.17 PROJETO DE LEITURA

Despertar a importância da leitura como ferramenta para entender e dialogar com o

mundo. Possibilitar a escolha de leituras prazerosas que despertem a sensibilidade e o gosto

pela literatura.

No ano de 2010 iniciamos o projeto “Ler por prazer”, o qual acontece simultanea-

mente, uma vez por semana, de forma gradativa, em uma determinada aula do dia, conforme

calendário anexo.

O objetivo é o de desenvolver o gosto e o interesse pela leitura na compreensão;

identificação de idéias, perceber detalhes e pormenores, antecipar conclusões, fazer inferên-

cias, avaliar o material, desenvolver a habilidade de saber escolher o material de leitura de

acordo com o objetivo que tem em mente, formar hábitos de leitura silenciosa - tomar boa po-

sição corporal em relação ao material, permanecer atento e em silêncio durante a leitura, apri-

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morar o sentido poético através da leitura e audição de poesias ampliar o vocabulário, valori-

zar a leitura como instrumento de entretenimento e de aquisição de conhecimentos, desenvo-

lver hábitos de leitura para fins de estudo e selecionar fontes de informação.

2.18 PROJETO ESPORTIVO EM PARCERIA COM A PREFEITURA DE SARANDI E SE-

SI-MARINGÁ

O objetivo maior do trabalho com a escolinha esportiva é a recuperação e prevenção

dos alunos que estão ou poderiam estar partindo para o caminho do vício e da marginalização.

Nossa meta é preencher o tempo ocioso do aluno com atividades que eles gostem.

Considerando que não temos à nossa disposição, profissionais que possam desenvolver esse

trabalho, buscamos parceria com instituições como a Prefeitura do município de Sarandi e o

SESI – MARINGÁ-PR (Serviço Social da Indústria), o qual realiza trabalhos diários, em con-

traturno, com cerca de 50 alunos.

2.19 CULTURA AFRO-DESCENDENTE

Consideramos que a diversidade cultural é patrimônio comum da humanidade. A cul-

tura adquirida de formas diversas por meio do tempo e espaço manifesta-se na multiplicidade

que caracterizam os grupos e a sociedade que formam a humanidade. Assim, enfatizamos que

esse patrimônio deve ser reconhecido e consolidado em benefício das futuras gerações.

Observamos, portanto, que a promulgação da Lei nº. 11.645, de março de 2008, que

altera a Lei nº. 9.394, de dezembro de 19696, modificada pela Lei nº.10.639, de janeiro de

2003, contempla os pressupostos acima. Essa lei estabelece as diretrizes e bases da educação

nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade do tema “Histó-

ria e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”.

Transcrevemos na íntegra o Art. 26-A da Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996, o

qual passou a vigorar com a seguinte redação:

Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de médio, públi-cos e privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasi-leira e indígena.§ 1º O conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá diversos as-pectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil,

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a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da soci-edade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentes à história do Brasil.§ 2º Os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o currículo esco-lar, em especial nas áreas de educação artística e de literatura e história bra-sileira.

Percebemos, assim, a importância do espaço escolar possibilitar aos educando a re-

flexão sobre o conhecimento historicamente produzido: a identidade cultural e social, o co-

nhecimento de aspectos da ciência e da cultura nacional.

Segundo a SEED, na instrução Nº. 017/2006-SUED, caberá ao estabelecimento de

ensino garantir, no Projeto Político Pedagógico, que todas as disciplinas da matriz curricular

contemplem, obrigatoriamente, ao longo do ano letivo, a Educação das Relações Étnico-Ra-

ciais e o ensino da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Esse encaminhamento deve-

rá ser sob a perspectiva de proporcionar aos alunos uma educação compatível com uma socie-

dade democrática, multicultural e pluriétnica.

Diante do exposto, os professores das diferentes áreas do conhecimento deste estabe-

lecimento de ensino organizaram a proposta Federal nas Diretrizes Curriculares de História,

Literatura e Arte e a sistematizaram em seu plano de trabalho docente.

Julgamos oportunas na organização dessa proposta e de nosso trabalho pedagógico as

considerações de Arco-Verde(2005):

Trabalhar com as diversidades culturais, explorando as diferenças etno-ra-ciais que estão postas, tanto na sala de aula como na sociedade, possibilita a reflexão crítica, o pensar do aluno a partir de seu lugar, de suas experiências de vida, de suas lutas diárias. Propor ações afirmativas e trazer à tona a di-versidade não são , de imediato atitudes de pacifismo pedagógico ou de reso-luções da contradição posta na sociedade. Ao contrário, é inserir o conflito no seio da vida real, da escola, e enfrentá-lo, explicitando as diferenças, tra-balhando com clareza as contradições.

Essa compreensão deve favorecer o respeito à dignidade cultural, em suas relações

éticas e sociais. Dessa forma, será possível fomentar medidas de repúdio a toda e qualquer

forma de preconceito e discriminação e o reconhecimento de que todos são portadores de sin-

gularidades. Conforme calendário em anexo, o colégio desenvolve, no mês de novembro, a

semana da Consciência Negra, com diversas atividades voltadas para o tema.

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2.20 FEIRA CIENTÍFICO CULTURAL

A realização da feira científico-cultural tem o objetivo de proporcionar aos educan-

dos o desenvolvimento da pesquisa como parte da construção do conhecimento; desenvolver

atividades interdisciplinares possibilitando o diálogo científico com a comunidade escolar;

possibilitar atividades lúdicas de contato com a ciência, como construção de experiências e

saberes.

Desde 2009, a feira científico-cultural do Colégio é realizada concomitantemente

com o Fera Consciência (O Projeto Festival de Arte da Rede Estudantil (FERA) e o Projeto

Educação Com Ciência, que se configuraram como atividades integradoras de grande expres-

são educacional). Em 2011 a feira acontecerá de acordo com o calendário em anexo.

2.21 FESTIVAL ESPORTIVO

O festival esportivo interclasse é realizado na finalização do com atividades esporti-

vas relacionadas aos conteúdos estudados pelos educandos, relacionando teoria e prática. Seu

objetivo é proporcionar momentos de integração entre educadores e educandos através de ati-

vidades esportivas prazerosas.

2.22 HINO

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Os símbolos nacionais reúnem princípios e valores que devem ser defendidos e res-

peitados pelo povo brasileiro. Nesse sentido, é importante resgatar os hinos como símbolo,

trabalhando a letra, música e interpretação, exaltando o orgulho pelo espaço geográfico que

estamos inseridos, assim como a postura ao ouvir ou participar da sua entoação, assim como

conhecer e saber postar-se diante do Hino, da Bandeira, das Armas e do Selo Nacional, dever

do cidadão e necessidade da pátria.

O projeto do Hino Nacional está respaldado na Lei Federal nº 5.700, de 1º de setem-

bro de 1971, determina a forma e a apresentação desses símbolos, disponibilizadas neste do-

cumento, em linhas gerais e objetivas e acontece no colégio conforme cronograma em anexo.

2.23 CELEM

O curso de Língua Estrangeira Moderna foi implantado em 2010 no Colégio e tem

como proposta apresentar a língua como espaço de construções discursivas de produção de

sentido indissociável dos contextos em que ela adquire sua materialidade, inseparável das co-

munidades interpretativas que a constroem e são construídas por ela, alem de oportunizar aos

alunos a aprendizagem dos conteúdos que ampliem as possibilidades de ver o mundo, de ava-

liar os paradigmas já existentes e novas maneiras de construir sentidos do e no mundo.

Visa também, desenvolver a consciência do papel das línguas na sociedade, o reco-

nhecimento da diversidade cultural e o processo da construção das identidades transformado-

ras; proporcionar a todos os envolvidos no processo de ensino e de aprendizagem este tipo de

inclusão social, ou seja, fazer uso da língua que estão aprendendo em situações significativas

e não como mera prática de formas lingüísticas descontextualizadas; vivenciar, na aula de lín-

gua estrangeira, formas de participação que lhe possibilite estabelecer relações entre ações in-

dividuais e coletivas; alem de que, o estudo de Língua Estrangeira Moderna é importante, pois

contribui para formar alunos críticos e transformadores, além de ser meio para progressão no

trabalho e estudos posteriores. O ensino de língua estrangeira deve também desenvolver a

consciência do papel das línguas na sociedade e as diversidades culturais.

O Celem, no ano letivo de 2011 está estruturado no estabelecimento da seguinte for-

ma: 03 turmas: 02 turmas de 1. série e 01 turma de 2. série.

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3. DIAGNÓSTICO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO

Um fato que ninguém contesta é o de que o foco principal de um estabelecimento de

ensino é o aluno. Quando apresentamos o corpo docente, a equipe pedagógica, administrativa

e diretiva, à estrutura e aos projetos da escola, é visando que o aluno receba uma educação de

qualidade. No diagnostico da comunidade escolar, acreditamos que pudemos traçar, mesmo

que timidamente, a característica de nossa comunidade escolar.

Nesse momento, apresentamos mais indícios sobre a forma de estudo, comportamen-

tos e problemas característicos de nossos alunos.

Devido às condições sócio-econômicas, ao convívio social e à estrutura familiar,

grande parte de nossos alunos vêm para a escola desacreditado de que a educação realmente

pode contribuir para sua transformação. Devido, também, ao seu contato com violência, com

situações de risco, eles acabam reproduzindo na escola esse comportamento.

Dessa forma, temos grupos diferenciados de alunos. Aqueles que vêm para a escola

para estudar, aqueles que vêm obrigados e aqueles que vêm para a escola por ser esta ser o lu-

gar onde pode encontrar amigos, merenda, segurança, proteção, enfim, tudo menos formação

científica.

Essa heterogeneidade dificulta o trabalho pedagógico, pois impede de atingir o obje-

tivo principal que é o de ensinar os conhecimentos científicos historicamente produzidos. Os

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professores têm que se desdobrar em ensinar, chamar a atenção do aluno, resolver problemas

disciplinares. O pedagogo, ao invés de desenvolver sua função, restringe-se a atender alunos

doentes, indisciplinados, entrar em contato com pais para comunicar atitudes relacionadas ao

filho. Assim como os demais educadores não conseguem desenvolver seu trabalho com preci-

são.

No período vespertino a situação é ainda mais complicada, alunos inquietos, brigas,

faltas, dificuldades de aprendizagem. No período noturno é a evasão, faltas constantes, alunos

cansados do trabalho, desmotivados, alunos que fumam, gazeiam aula, fatores que interferem

no alcance dos objetivos da escola.

É importante lembrar que no ano de 2009 melhoramos nosso IDEB, superando a ex-

pectativa. Embora ainda sejamos escola de Superação, percebemos uma leve melhora, mas

ainda é preciso melhorar mais. E isso só acontecerá quando todos os envolvidos no processo

educacional, educadores, alunos, pais, comunidade e governo, conseguirem fazer a sua parte.

4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Assistimos, na atualidade, grandes mudanças na sociedade, tanto no campo socioeco-

nômico e político quanto no campo da cultura, da ciência e da tecnologia. Há grandes movi-

mentos sociais como ocorreram na década de 80 com a queda do muro de Berlim. Ainda não

há clareza do que deverá representar para todos nós a globalização da economia, das comuni-

cações e da cultura. As transformações tecnológicas tornaram possível o surgimento da era da

informação.

É um tempo de expectativas, de perplexidade e da crise de concepções e paradigmas,

não apenas porque estamos iniciando um novo milênio, mas as questões que estão fomentan-

do na sociedade remetem-nos a muitas reflexões uma vez que o imaginário parece ter maior

peso do que o real, daí a necessidade de se pensar a educação com muita cautela. A perplexi-

dade e a crise não podem nos levar ao imobilismo e sim, fortalecer nossas concepções, para

acreditar que a solidariedade vencerá a competitividade.

Neste contexto, elaborar um Projeto Político Pedagógico que dê conta das contradi-

ções colocadas socialmente, são necessárias muitas reflexões e prática coletivas capazes de

assegurar concepções que não podem ser desvinculadas do real.

Hoje, muitos educadores estão perplexos diante das rápidas mudanças na sociedade,

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na tecnologia, na economia, mas é necessário discutir e identificar o mundo das idéias, dos

valores e das perspectivas atuais da educação e entender que para entender o futuro é preciso

revisitar o passado.

Desde a sociedade escravocrata que a educação era privilégio de alguma idéia que é

mantida até os dias atuais, no entanto o deslocamento de enfoque do individual para o social,

para o político e para o ideológico é a grande revolução.

Neste contexto, pensar educação para todos requer pressupostos teóricos e metodoló-

gicos refletidos no coletivo da escola capaz de assegurar um trabalho com qualidade social.

Nos dias atuais, a escola pública é uma das possibilidades, para muitos, a única, de

apropriação do conhecimento científico; exerce um papel social, fundamental na formação do

cidadão. Entretanto, a escola só desempenhará bem sua função na medida em que, considerar

o que o aluno sabe, aproveitar o conhecimento que traz do cotidiano, suas idéias a respeito do

mundo que o cerca e ampliar e desafiar para a construção de novos conhecimentos que funda-

mentem a compreensão e reflexão sobre a prática social contemporânea.

Essa visão aponta para a relevância que a escola tem na formação plena do desenvo-

lvimento humano, bem como ação deste para a sociedade, pois a realidade é construída e

transformada pelos homens, coletivamente. Sendo assim, tal reflexão impõe a todos os educa-

dores, envolvidos com o ensino público, ir além da socialização dos conteúdos, porque se en-

tende que o processo democrático tem a ver com o conhecimento e está diretamente ligado ao

conhecimento enquanto condição de emancipação social.

Segundo Saviani, “A função política da educação se cumpre na medida em que ela

se realiza enquanto prática especificamente pedagógica” (1997, p. 93).

A opção política dá sustentação à realização da proposta pedagógica, bem como as

opções pedagógicas permitem compreender e reforçar a postura política na busca e socializa-

ção do conhecimento que fundamenta o pensar sobre a prática e sua transformação social.

Nesse processo, a qualidade e a diversidade dos recursos de ensino, bem como a ma-

neira de explorá-los podem desempenhar papel importante na formação do aluno, devendo os

mesmos ser avaliados constantemente.

O processo avaliativo ganha relevância, pois é, antes de tudo, o meio que permite

analisar, retomar, propor e interferir no processo ensino-aprendizagem de modo que se possa

avançar a cada conhecimento dominado.

A prática da avaliação diagnóstica e contínua permite que todos os envolvidos parti-

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cipem, superando a unilateralidade, tendo claro que só tem sentido se tiver como ponto de

partida e de chegada o sucesso no processo ensino-aprendizagem; para que, identificadas às

causas do fracasso do aluno, sejam estabelecidas formas de enfrentamento da situação.

Avaliar deve ser um processo permanente de acompanhamento que à luz da teoria do

conhecimento sócio-histórico, ofereça mediações e interferências no processo de formação de

sistemas cerebrais funcionais dos alunos. A avaliação deve ser colocada a favor da aprendiza-

gem do aluno, deve adequar o currículo a cada momento da aprendizagem, fonte de reflexão e

redefinição da proposta pedagógica que implica revisão do plano de ação, do currículo e dos

instrumentos de avaliação.

O processo educativo, entendido como compromisso da socialização do conhecimen-

to científico, efetiva-se na perspectiva de que é partindo da realidade vivida pelos alunos, pes-

quisando, objetivando, debatendo, analisando, refletindo sobre as questões tornem-se leitores

e escritores autônomos. A escola deve contribuir para que os mesmos desenvolvam-se e com-

preendam a sociedade, bem como as relações e contradições nela existente. Nesta perspectiva,

o processo pedagógico pressupõe planejamento, metodologia e avaliação, elementos essen-

ciais que se inter-relacionam numa totalidade, enquanto ação educativa.

O planejamento é um ato político. Para isso, busca-se superar a dimensão técnica,

pautando-se num processo integrado entre escola e contexto social, com vistas à soluções de

problemas comuns, primando pelo relacionamento entre teoria e prática. Planejar sempre, a

cada progresso do aluno, para que ele consiga mais e a cada insucesso seu, requer mudança,

para que ele aprenda.

Os conteúdos a serem trabalhados fazem parte da diretriz curricular, estruturada pre-

viamente, devendo ser passada por uma análise crítica, com vistas à identificação daquilo que

representa o essencial. A organização do chamado conteúdo programático, far-se-á conside-

rando-se os objetivos propostos em termos de aquisição, reelaboração e produção de conheci-

mentos.

Partindo desse pressuposto, é imprescindível que a metodologia de ensino seja nor-

teada pelas perspectivas histórica e dialética dos fatos e fenômenos sócio-educativos. Vascon-

cellos coloca que “[...] compreende-se que o conhecimento não é “transferido” ou “deposita-

do” pelo outro (conforme concepção tradicional) nem é inventada pelo sujeito (concepção es-

pontaneista), mas sim construída pelo sujeito na sua relação com os outros e com o mundo

(VASCONCELLOS, 1994, p.53).

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O compromisso das possibilidades e limites da escola na condição de projetos políti-

co pedagógico tornou-se mais densa nos últimos anos, dada a complexidade da sociedade, de-

terminada pelo avanço do processo de industrialização, tecnologia e desenvolvimento científi-

co. Há necessidade que a escola articule uma ação multidisciplinar em benefício do educando,

para isso o professor não pode mais continuar como único responsável pela ação educativa é

necessário a articulação de todos os profissionais que nela atuam.

4.1 PRINCÍPIOS DIDÁTICOS PEDAGÓGICOS - ENCAMINHAMENTO TEÓRICO ME-

TODOLÓGICO

Compete aos sistemas e aos estabelecimentos de Ensino Médio elaborar e de-

senvolver juntamente com equipes, docentes e a comunidade através de relações estabelecidos

com órgãos públicos e privados dos quais deverão desenvolver e formular de forma globaliza-

da as várias possibilidades de organização pedagógicas espacial e temporais, bem como as ar-

ticulações e rever parcerias que complementem a formação básica e a formação geral do jo-

vem para o mercado de trabalho, inclusive, integrando as séries finais do Ensino Fundamental

e as séries iniciais do Ensino Médio.

As relações estabelecidas deverão investigar no conjunto do estabelecimento de Ensi-

no Médio uma ampla diversificação das formas de estudo disponíveis na sua organização cur-

ricular, de maneira que estimulem as alternativas, que a partir de uma base comum ofereça

opções que atendam as características, as demandas de seus alunos e o meio social; dos estu-

dos mais abstratos e conceituais aos programas que alteram formação escolar e experiência

profissional; dos currículos mais humanísticos e aos mais científicos ou artísticos sem negli-

genciar em todos os casos os mecanismos de mobilidade para corrigir eventuais erros de deci-

são cometidos pelos alunos ou determinados por desigualdades na oferta de alternativas.

Compete ao projeto político pedagógico da escola a integração entre as diversas áreas

de conhecimento, proporcionando através da interdisciplinaridade a compreensão do todo,

aprendendo o conhecimento em suas várias formas e não mais de maneira fragmentada, como

ocorria na proposta anterior. Assim, o educando ao receber esses conhecimentos globalizados

poderá se apropriar de conhecimentos não só para sua vida mas também enquanto agente so-

cial ativo e transformador do meio em que vive. Dentro da atual proposta, pretende-se um es-

tudo que proporcione acúmulo de experiências, uma vez que o educando ao dirigir-se para a

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escola, o faz, buscando metas que o preparem para a vida adulta produtiva e também para a

atuação do agente de participação e transformação social.

Este projeto é apenas uma oportunidade para que algumas coisas aconteçam e dentre

elas: a tomada de consciência dos principais problemas da escola, das possibilidades de solu-

ção e de definição das responsabilidades coletivas e pessoais para eliminar ou atenuar as fa-

lhas detectadas conforme plano de ação da escola.

4.2. CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO

No âmbito das pedagogias progressistas, teoria que respalda este projeto a avaliação

busca constituir-se num meio de percepção das necessidades frente ao processo de ensino e de

aprendizagem, por considerar que a avaliação como prática de classificação, centrada nos erro

e nos acerto dos alunos traduz-se na lógica da exclusão social. Em função disso, as práticas

de uma avaliação inclusiva não apenas respeitam as diferenças, mas também criam mecanis-

mos de apoio à aprendizagem e comprometem-se com a reflexão crítica e permanente sobre o

cotidiano escolar. A avaliação, portanto, consiste em responsabilidade coletiva e orienta-se

no sentido da transformação das condições que naturalizam o fracasso escolar.

A avaliação é uma atividade essencial no processo de ensino e de aprendizagem e de

acordo com a Lei de Diretrizes e Bases (n. 9394/96) deve ser continua e cumulativa em rela-

ção ao desempenho do estudante, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantita-

tivos.

Uma maneira de valorizar os aspectos qualitativos de aprendizagem é realizá-la em

oposição a um processo classificatório que tem como base segundo Hoffman (1991) "transmi-

tir-verificar-registrar".

A avaliação no contexto escolar é um processo que implica na prática da reflexão crí-

tica do trabalho educativo no sentido de captar seus avanços, suas resistências, suas dificulda-

des e possibilitar a tomada de decisões sobre o que fazer para superar os pontos negativos ob-

servados.

Um posicionamento fundamental sobre a avaliação refere-se à concepção de homem,

de sociedade, da função da educação e dos objetivos que o coletivo dos profissionais da edu-

cação define para a escola.

No âmbito das pedagogias progressistas, que é a orientação teórica para as escolas

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públicas do estado do Paraná, não se admite a utilização da avaliação classificatória e exclu-

dente, ao contrário, se busca o desenvolvimento e a progressão dos alunos.

O ato de reprovar, desde seu sentido literal, expressa a intencionalidade da exclusão.

O aluno reprovado está, literal e psicologicamente, censurado, rejeitado.

Nas pedagogias liberais/neoliberais a avaliação é classificatória, a aprendizagem con-

siste em mérito individual, e a avaliação destina-se a eleger os melhores.

A reprovação justifica-se porque a avaliação reduz-se a uma exigência buro-crática e periódica, tendo como objetivo selecionar e classificar adequada-mente os alunos conforme os padrões esperados. A reprovação é considera-da um processo natural, pois a desigualdade quanto aos padrões atingidos é atribuída às condições próprias de cada um, e, portanto, considera-se inevitá-vel o fracasso escolar (FREITAS, 2005, p.75).

Porém, abolir a reprovação está longe de resolver o problema, pois se faz necessário

que os estudantes aprendam os conteúdos e esse é o nosso desafio.

Para reverter as dificuldades no desempenho dos alunos os professores, após o estudo

na capacitação de 2010, pela leitura de Betini, Salatti, Genesini & Silva (2007, p.83-104) op-

taram por modificar a sequencia clássica da didática de planeja, executar, avaliar.

Por essa razão, nessa prática os alunos que têm um nível de conhecimento mais baixo

que as expectativas do professor certamente irão ter dificuldade na aprendizagem, em contra-

partida, os alunos com nível mais elevado, também nada aprenderão. Não conhecer o nível de

conhecimento dos alunos para planejar atividades de mediação se constituirá numa prática

desconectada do real.

Neste colégio, a partir do estudo dos textos das autoras acima citadas o que se propõe

é inverter a lógica didática para avaliar, planejar, executar. Ao escolher essa sequência didáti-

ca o professor saberá o conhecimento prévio de seus alunos e será possível planejar formas de

mediação escolhendo atividades adequadas para que os alunos se apropriem do conhecimento.

Avaliar, planejar e executar são atividades que fazem parte da racionalidade humana, e no trabalho didático, seu direcionamento no sentido de atender a cada uma das crianças proporciona ao professor, que tem seu trabalho volta-do para as crianças das classes populares, a possibilidade de satisfação pro-fissional, de realização dos seus objetivos (2007, p.95, grifo das autoras).

Ressaltamos que essa não é uma prática para ser realizada ao início de cada ano com

pequena duração com o objetivo de “conhecer” o aluno. Reconhecemos que é uma atividade

importante, mas que não dá conta de perceber os conhecimentos do aluno. Iniciar pela a ava-

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liação é uma prática constante por isso deve permear todo o ano letivo. A avaliação voltada

para a aprendizagem contribui para formação do aluno e para isso é necessário que ela não

seja interpreta como um momento estático, mas antes, como a possibilidade de observação de

um processo dinâmico, intencional e planejado.

Uma avaliação classificatória promove um modelo excludente de escolarização e de

sociedade, com a qual a escola pública tem o compromisso de superação.

Para evitar a classificação e a exclusão na prática avaliativa, salientamos a importân-

cia da avaliação diagnóstica defendida por Luckesi:

[...] para que a avaliação sirva a democratização do ensino, é [preciso] modi -ficar a sua utilização de classificatória para diagnóstica. Ou seja, a avaliação deverá ser assumida como um instrumento de compreensão do estágio de aprendizagem em que se encontra o aluno, tendo em vista tomar decisões su-ficientes e satisfatórias para que possa avançar no seu processo de aprendiza-gem (2002, p. 81).

É diagnóstica por ser a referência do professor para planejar as aulas e avaliar os alu-

nos. A avaliação é também processual por permear todos.

Faz-se necessário ao se realizar a avaliação diagnóstica implementar as ações toma-

das a partir de um planejamento claro e adequado onde sejam explicitados, inclusive para os

alunos, os critérios de avaliação que serão utilizados, bem como, quais instrumentos que se-

rão utilizados.

Ressaltamos que os instrumentos são os meios utilizados para encaminhar o processo

avaliativo como a prova oral, escrita, as pesquisas, as produções textuais e outros e que os cri-

térios referem-se aos fins pretendidos e explicitados pelo professor no seu plano de trabalho

docente. Os critérios devem estar articulados aos instrumentos.

A avaliação deve estar a serviço da aprendizagem de todos os alunos, permeando o

conjunto das ações pedagógicas, e não como elemento externo a este processo utilizado ao fi-

nal de um período de trabalho.

O processo de avaliação, como integrante do processo de ensino e aprendizagem,

subsidia o professor com elementos para reflexão contínua sobre sua prática para que possa

planejar sua intervenção pedagógica, possibilita a criação de novos instrumentos de trabalho e

retomada dos aspectos que devem ser revistos, ajustados ou reconhecidos como adequados

para o processo de aprendizagem individual ou de todo o grupo. Possibilita, ainda, ajustes

constantes, num mecanismo de regulação do processo de ensino o que contribui afetivamente

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para que a atividade educativa tenha sucesso.

Promover a avaliação de forma democrática na escola é compreender que sua princi-

pal finalidade é garantir a apropriação do conhecimento por todos os alunos. Avaliar a apren-

dizagem, portanto implica avaliar o ensino oferecido – se, por exemplo, não há a aprendiza-

gem esperada significa que o ensino não cumpriu com sua finalidade que é o ensino.

4.3 SISTEMA DE AVALIAÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO

Os critérios numéricos de avaliação do Colégio Estadual do Jardim Independência

são organizados por disciplinas, traduzindo em notas bimestrais que são comunicadas aos pais

em reuniões mente. Inclui três momentos uma avaliação inicial com o objetivo de diagnosti-

car os conhecimentos que os alunos já possuem sobre o assunto a ser trabalhado e ela aconte-

ce sempre que o professor propõe novos conteúdos ou novas sequências de situações didáti-

cas. O critério de avaliação decidido coletivamente neste colégio será expresso através de no-

tas, numa escala de 0,0 (zero) a 10,0 (dez) sendo que rendimento mínimo exigido no ensino

fundamental é a nota 6,0 (seis) por matéria.

A média trimestral é somatória e dividida da seguinte maneira:

6 pontos - provas escritas

4 pontos – atividades diversificadas específicas de cada área, exemplo: produção tex-

tual, lista de exercícios, pesquisa e outros.

Deverão acontecer, no mínimo, duas provas escritas para formar os seis pontos de

cada . E após cada uma das provas deverá ser feita recuperação paralela e uma nova avaliação

se houver necessidade.

A recuperação do conteúdo é feita paralelamente, de acordo com a LDB 9394/96, in-

dicando que a recuperação constitui parte integrante do processo de ensino e de aprendizagem

e tem como princípio básico o respeito à diversidade de características, de necessidades e de

ritmos de aprendizagem de cada aluno; a necessidade de assegurar condições que favoreçam a

implementação de atividades de recuperação paralela significativas e diversificadas que aten-

dam à pluralidade das demandas existentes em cada escola; os indicadores do processo de

aprendizagem do aluno evidenciados nas avaliações externas.

É importante ressaltar que as atividades de recuperação paralela não eximem o pro-

fessor da classe/disciplina da responsabilidade de realizar a recuperação contínua, a partir da

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avaliação diagnóstica, desde o início do ano letivo.

As avaliações são retomadas assim que o professor verificar que a recuperação do

conteúdo foi completada, sendo propiciadas novas avaliações com os mesmos valores.

O Colégio bem como as instituições de ensino regular do país estabelece uma série

de instrumentos para registro e documentação da avaliação e cria os atestados oficiais de

aproveitamento. Assim, conceitos, ficha cumulativa do aluno, promoção, retenção, certifica-

dos, etc.; fazem parte das decisões que o professor deve tomar em seu dia-a-dia para respon-

der às necessidades de um testemunho oficial e social do aproveitamento do aluno. O profes-

sor pode aproveitar os momentos de avaliação quando precisa atribuir notas para sistematizar

os procedimentos que selecionou para o processo de avaliação. Este colégio não oferta a pro-

gressão parcial de estudos.

Compete aos professores anotar e registrar as notas que correspondem as avaliações

em livro-registro de classe. No entanto, é de competência da secretaria registrar em documen-

tos apropriados os registro ou informações que os professores sistematizaram.

O registro das avaliações é e feito através de notas de 0 a 10, registrado em docu-

mentos próprios, a fim de serem asseguradas, a regularidade escolar do aluno.

A avaliação final deverá considerar para efeito de promoção ou de retenção, todos os

resultados obtidos durante o ano ou período letivo e durante a recuperação paralela de estu-

dos.

5. CONCEPÇÃO EDUCACIONAL

As políticas públicas educacionais só podem ser compreendidas no contexto de sua

produção, uma vez que estas são elaboradas de acordo com as necessidades sociais, e dessa

forma, é impossível pensar a educação sem pensar nas alterações da base produtiva, nas exi-

gências de reorganização do capital, sendo explicitadas pela constante modernização do siste-

ma.

O homem se constitui nas relações entre os indivíduos e com a sociedade e é através

do trabalho que incorpora diferentes experiências e acumula conhecimentos, impulsionando a

criação de novas necessidades, que explicitam as ações humanas como resultado/produto das

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relações sociais de produção.

O conhecimento das leis históricas, transitórias, concretas produzidas pelos homens

que regulam a produção de vida em determinados momentos se expressa no conteúdo da edu-

cação, respondendo assim, as necessidades de uma dada sociedade. O conteúdo, por sua vez, é

organizado nos limites do nível das forças produtivas, por meio do trabalho humano enquanto

prática social, coletiva. A legislação educacional, portanto, tem um caráter provisório no sen-

tido de responder as necessidades sociais e históricas que caracterizam a sociedade, com

maior ou menor abrangência e marcadas pela ideologia de sua época (1990).

Ao elaborar uma Proposta Curricular que norteará o trabalho de uma rede de ensino,

considera-se a legislação educacional vigente, sendo o Estado, o responsável pela organização

e regulação dos processos educativos.

A organização dos sistemas de ensino está alicerçada na definição de áreas prioritá-

rias de atuação. Aos municípios compete atuar, prioritariamente, na Educação Infantil e no

Ensino Fundamental e aos Estados e o Distrito Federal no Ensino Fundamental e Médio.

O papel da União não se limita à organização do sistema de ensino, compreende tam-

bém, a função redistributiva e supletiva, cujo objetivo é garantir a equalização de oportunida-

des, padrão mínimo de qualidade e, ainda apoio técnico e/ou financiamento em todos os ní-

veis.

No âmbito da organização dos sistemas de ensino, o art. 210 da Constituição de-

monstra a preocupação para com o papel da educação na busca pela integração nacional, bem

como a preservação das peculiaridades regionais, mediante previsão de conteúdos mínimos

para o Ensino Fundamental, visando a formação básica comum.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9.394/96 (LDB), instituída em 20

de dezembro de 1996, reforça os fins e os princípios da educação expressos na Constituição

Federal, promove a descentralização e a autonomia das escolas e universidades, além de per-

mitir a criação de um processo regular de avaliação do ensino brasileiro. De acordo com a res-

pectiva Lei, a educação se organiza em Educação Básica, formada pela Educação Infantil, En-

sino Fundamental e Ensino Médio; e em Educação Superior.

O Plano Nacional da Educação (PNE), aprovado pela, lei no 10.172, de 9 de janeiro

de 2001, estabelece diretrizes, objetivos e metas para os níveis e modalidades de ensino, para

a formação e valorização do magistério e para o financiamento e a gestão da educação. Sua fi-

nalidade é orientar as ações do poder público nas três esferas da administração - Federal, Esta-

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dual e Municipal.

6. FINS E OBJETIVOS DO ENSINO FUNDAMENTAL

A educação está na pauta das discussões mundiais. Em diferentes lugares do mundo

discute-se cada vez mais o papel essencial que ela desempenha no desenvolvimento das pes-

soas e das sociedades.

A necessidade de que a educação trabalhe a formação ética dos alunos está cada vez

mais evidente. A escola deve assumir-se como um espaço de vivência e de discussão social

privilegiado de construção dos significados éticos necessários e constitutivos de toda e qual-

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quer ação de cidadania, promovendo discussões sobre a dignidade do ser humanos, igualdades

de direitos, recusa categórica de formas de discriminação, importância da solidariedade e ob-

servância das leis.

Em nível de Brasil, universidades, secretarias de educação, escolas, instituições de

estudos e pesquisas, organizações não governamentais, associações e sindicatos, mídia, edu-

cadores e profissionais de outras áreas debatem os problemas educacionais e apontam novas

perspectivas para a educação brasileira.

É preciso questionar a posição que está reservada aos jovens na escola, nos grupos

comunitários e na nação. Nesse sentido, há uma expectativa na sociedade brasileira para que a

educação se posicione na linha de frente da luta contra exclusões contribuindo para a promo-

ção e integração de todos os brasileiros, voltando-se à construção da cidadania, não como

meta a ser atingida num futuro distante, mas como prática efetiva.

A sociedade brasileira demanda uma educação de qualidade que garanta as aprendi-

zagens essenciais para a formação de cidadãos autônomos, críticos e participativos, capazes

de atuar com dignidade e responsabilidade na sociedade em que vivem e na qual esperam que

suas necessidades individuais, sociais, políticas e econômicas sejam atendidas.

O ensino Fundamental compõe, justamente com a Educação Infantil e o Ensino Mé-

dio, o que a Lei Federal nº 9394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nomeia

como Educação Básica e que tem por objetivo desenvolver o educando, assegurar-lhe a for-

mação indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no tra-

balho em estudos posteriores.

O quadro educacional brasileiro ainda não é satisfatório. A segmentação social de-

corre da iníqua distribuição de renda, tem funcionado como um entrave para que uma parte

considerável de população possa fazer valer seus direitos e interesses fundamentais, como di-

reito à educação. No entanto, observa-se avanços importantes em direção à superação do atra-

so educacional. Houve uma queda da taxa de analfabetismo, aumento expressivo do número

de matrículas em todos os níveis de ensino e crescimento sistemático das taxas de escolarida-

de média da população.

Como vivemos numa sociedade competitiva reconhecemos a necessidade de reestru-

turação do sistema educacional.

Desta forma, o Ensino Fundamental deve desenvolver objetivos que atendam a ne-

cessidade de compreensão das transformações sociais, políticas, econômicas e culturais atuais

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de maneira que o aluno possa atuar como agente transformador desta realidade. Para isso, o

aluno deverá ser capaz de:

l Compreender a cidadania como participação social e política, assim como exer-

cício de direitos e deveres políticos, civis e sociais, adotando, no dia a dia, atitu-

des de solidariedade, cooperação e repúdio às injustiças, respeitando o outro e

exigindo para si o mesmo respeito;

l Posicionar-se de maneira crítica, responsável e construtiva nas diferentes situa-

ções sociais, utilizando o diálogo como forma de mediar conflitos e de tomar

decisões coletivas;

l Conhecer características fundamentais do Brasil nas dimensões sociais, mate-

riais e culturais como meio para construir progressivamente a noção de identida-

de nacional e pessoal e o sentimento de ser integrante;

l Conhecer e valorizar a pluralidade do patrimônio sociocultural brasileiro, bem

como de outros povos e nações, posicionando-se contra qualquer discriminação

baseada em diferenças.

l Perceber-se como integrante e o agente transformador do ambiente.

l Desenvolver o conhecimento ajustado de si mesmo e o sentimento de confiança

em suas capacidades afetiva, física, cognitiva, ética, estética, de inter-relação

pessoal e de inserção social, para agir com perseverança na busca de conheci-

mento e no exercício da cidadania;

l Conhecer o próprio corpo e dele cuidar, valorizando e adotando hábitos saudá-

veis como um dos aspectos básicos de qualidade de vida e agindo com responsa-

bilidade em relação à saúde individual e coletiva;

l Utilizar diferentes linguagens – verbal, musical, matemática, gráfica, plástica e

corporal – com meio para produzir, expressar e comunicar suas idéias, interpre-

tar e usufruir das produções culturais, em contextos públicos e privados, aten-

dendo a diferentes intenções e situações de comunicação;

l Saber utilizar diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos para ad-

quirir e construir conhecimento;

l Questionar a realidade, utilizando para isso o pensamento lógico, a criatividade,

a intuição, a capacidade de análise crítica, selecionando procedimentos e verifi-

cando sua adequação.

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O Ensino Fundamental no estabelecimento de ensino está organizado da seguinte for-

ma:

No período da manhã da 6.ª a 8.ª séries. No período da tarde e noite de 5.ª a 8.ª sé,

sendo 08 turmas de 5.ª série; 07 turmas de 6.ª séries, 06 turmas de 7.ª séries e 05 turmas de 8.ª

séries.

O Ensino Religioso ofertado obrigatoriamente pelo estabelecimento, com freqüência

facultativa para os alunos, com carga horária de uma aula semanal na 5ª série e uma aula se-

manal na 6ª série, em todos os turnos, não sendo computada na carga horária de 800 horas

anuais.

A Matriz Curricular consta 25 horas- aulas semanais, em todos os turnos de atuação.

Os estudos sobre o Estado do Paraná são desenvolvidos interdisciplinarmente, princi-

palmente nas disciplinas de Geografia e História.

7. FINS E OBJETIVOS DO ENSINO MÉDIO

A globalização econômica, ao promover o rompimento de fronteiras, muda a geogra-

fia política e provoca de forma acelerada, a transferência de conhecimentos, tecnologias e in-

formações, além de recolocar as questões da sociabilidade humana em espaços cada vez mais

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amplos. Por sua vez, cria novas formas de socialização, processos de produção, até mesmo,

diferentes definições de identidade individual e coletiva.

Diante desse mundo globalizado, a educação torna-se essencial para que haja trans-

formações. Diante dessa perspectiva transformadora, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional (Lei nº 9.394/96), vem conferir uma nova identidade ao Ensino Médio. A referida

lei em seu artigo 35, explica que o ensino Médio é a “etapa final” da Educação Básica, com a

elaboração de conhecimentos básicos que situem o educando como sujeito produtor de conhe-

cimento e participante do mundo do trabalho e do desenvolvimento social, sendo assim, o

“Ensino Médio”, com duração mínima de três anos, terá como fins:

l a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino

fundamental, possibilitando a continuidade de estudos;

l a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para continuar

aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar a novas condições de ocupa-

ção ou aperfeiçoamento;

l o aprimoramento do educando como pessoa humana, a formação ética e o de-

senvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico;

l a compreensão dos fundamentos científicos e tecnológicos dos processos

produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada discipli-

na;

Sendo assim, o ensino médio enquanto etapa final da educação básica, visando um

aluno, político, crítico, e consciente de seu direito e dever de cidadão, bem como agente de

transformações deve desenvolver objetivos que propiciem:

l domínio dos princípios científicos e tecnológicos;

l conhecimento de várias formas de linguagem;

l domínio dos conhecimentos da Filosofia e de Sociologia também necessário

ao exercício da cidadania.

Com as inovações tecnológicas e as constantes transformações no interior das socie-

dades, compete às escolas adaptarem-se para que o Ensino Fundamental e Médio possibilitem

a integração e o desenvolvimento dos alunos neste processo.

O bom desempenho dos alunos do Colégio Estadual do Jardim Independência no

ENEM, desde o ano de 2005; a melhoria dos índices do IDEB em 2010, deve-se à qualidade

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de ensino, resultante do trabalho árduo de toda a equipe de educadores atuantes neste estabe-

lecimento de ensino.

Mesmo diante das adversidades, a nossa escola se destacou, provando que a aprendi-

zagem não depende exclusivamente do nível sócio-econômico, fato este, que não isenta a res-

ponsabilidade do governo quanto à educação.

O ensino médio do estabelecimento de ensino está assim organizado:

Período da manhã: 07 turmas, sendo 04 de 1.º ano, 02 de 2.º ano e 01 de 3.º ano.

Período noturno: 06 turmas, sendo 02 de 1.º ano, 02 de 2.º ano e 02 de 3.º ano.

A matriz curricular do Ensino Médio contempla 75% da carga horária, na Base Na-

cional Comum, e até 25% da carga horária na Parte Diversificada. A matriz curricular conta

com 20 hora-aula semanais, em todos os turnos e atuação.

A distribuição do número de aulas para cada disciplina na matriz curricular obedece

o princípio da equidade, uma vez que não há fundamento legal ou científico que sustente o

privilégio de uma disciplina sobre a outra, o que se depreende da leitura das Orientações Cur-

riculares.

As especificidades sociais, culturais,econômicas no âmbito regional e no âmbito lo-

cal, devem ser observados no interior de todas as disciplinas da Matriz Curricular, da Base

Nacional Comum e da Parte Diversificada.

As especificidades sociais regionais, segundo as Orientações Curriculares do Ensino

Médio, são conteúdos curriculares – não disciplinares.

A Língua Estrangeira Moderna é composto curricular obrigatório na Parte Diversifi-

cada.

Tendo em vista o horário reduzido do período noturno, com 45 minutos de hora/aula,

observamos a necessidade de elaborar um calendário de complementação de carga horária

para esse período. Dessa forma, o calendário escolar 2011 contempla essa carga horária, a

qual será realizada em determinados sábados do ano. (ver calendário anexo)

8. INCLUSÃO

A escola inclusiva tem como função principal criar um ambiente propício para o de-

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senvolvimento das potencialidades individuais dos educandos, aceitando as diferenças e se

adaptando à diversidade humana. Portanto, na formação dos educadores, há que se priorizar a

sensibilização e a aquisição do conhecimento a respeito das diferentes deficiências com vistas

ao atendimento dos alunos em suas diferenças.

Os profissionais da educação, portanto, necessitam entender o processo de desenvo-

lvimento humano e que as leis gerais desse desenvolvimento são iguais para todas as crianças,

existindo apenas algumas especificidades em caso de sujeitos que apresentam deficiência.

Para a formação da criança com deficiência, são exigidas condições educacionais es-

pecíficas, pautadas na compreensão da constituição de suas funções psicológicas superiores e

na valorização daquelas que não se encontram comprometidas. Esse processo é denominado

por Vygotsky (1989) de compensação. Ele afirma que as leis gerais do desenvolvimento são

iguais para todas as crianças, mas, para aquelas que possuem algum tipo de deficiência, o seu

desenvolvimento exige caminhos alternativos e recursos específicos. Enfim, como ser social,

a criança aprende por meio de experiências que lhe são propiciadas, sendo, portanto, a conce-

pção de deficiência do grupo social que determina o desenvolvimento da criança. Assim, a

constituição de suas funções psicológicas superiores depende das possibilidades de compensa-

ção ofertadas pela sociedade.

Nesse contexto, a educação especial tem os mesmos objetivos que o ensino comum,

ou seja, a inserção social e, para isso, há necessidade de priorizar o desenvolvimento das fun-

ções humanas complexas que, por dependerem das possibilidades de compensações ofereci-

das, são passíveis de modificação conforme a ação educativa. Desta forma, o educador ao

considerar a criança integralmente, precisa estar atento às suas dificuldades, mas sobretudo às

suas possibilidades, considerando-se a plasticidade neuronal do ser humano.

Neste sentido, não é possível pré-estabelecer, no tempo, os níveis de aprendizagem

(desenvolvimento real) que uma criança poderá alcançar. Sabe-se, isto sim, que as crianças

com deficiência necessitam de mais tempo e procedimentos especiais, sendo necessário, pois

oferecer-lhes condições concretas adequadas, caminhos alternativos, que atendam à sua con-

dição diferenciada de desenvolvimento. Daí a importância de os currículos contemplarem prá-

ticas que favoreçam o atendimento à diversidade dos educandos, priorizando a igualdade de

oportunidades e condições semelhantes de aprendizagem e acesso aos conteúdos, garantidas

por meio das adaptações curriculares (PARANÁ, 2006).

Conceber e levar a efeito uma prática educacional inclusiva requer a elaboração de

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um currículo único, porém aberto e flexível para atender todos os alunos, com necessidades

educacionais especiais ou não. Nele, deve estar prevista a utilização de diferentes estratégias

de planejamento e atuação docente. O ensino precisa ser organizado de maneira que todos os

alunos tenham acesso ao conteúdo, considerando que não aprendem da mesma forma, logo,

precisam de atenção e mediação particularizadas, além do emprego de recursos auxiliares, tais

como materiais pedagógicos diversificados.

É importante esclarecer que não é admissível a idéia da criação de um currículo espe-

cificamente adaptado para alunos que apresentam deficiências ou outros transtornos. O que

essas dificuldades requerem são estratégias metodológicas diferenciadas, ou seja, modifica-

ções no fazer pedagógico para a superação das dificuldades de aprendizagem. O conteúdo a

ser priorizado é o mesmo para todos ainda que com diferentes ajustes. No processo de escola-

rização, a fragmentação dos conteúdos precisa ser evitada, em especial para os alunos que

apresentam deficiência, uma vez que esses, mediante uma intervenção adequada, podem apre-

sentar respostas satisfatórias com relação à aprendizagem. Portanto, a finalidade das adapta-

ções curriculares é atingir as mesmas metas educacionais para todas as crianças, respondendo

as particularidades na aprendizagem de cada aluno, por meio de caminhos diferentes (PARA-

NÁ, 2006).

É necessário ressaltar que as adequações curriculares não são de responsabilidade ex-

clusiva do professor e podem ser realizadas nos diferentes níveis de atuação: sistemas de ensi-

no, projeto político pedagógico, planejamento do professor; de acordo com o que se fizer ne-

cessário. Para a complementação do trabalho pedagógico é importante considerar a necessida-

de de incluir os cuidados pessoais do aluno e também serviços de higiene que constituem um

aspecto essencial daqueles que necessitam de atendimento individualizado (PARANÁ, 2006).

A opção pela escolarização em uma determinada modalidade precisa estar de acordo

com as necessidades individuais, considerando: o tipo ou grau de deficiência do aluno; cara-

cterísticas relativas ou relacionadas ao meio escolar (possibilidades, recursos humanos e ma-

teriais, serviços, meios de acesso); circunstâncias familiares do aluno.

As adaptações curriculares podem contemplar um ou mais aspectos do processo de

escolarização: metodologia, atividades, avaliação, materiais, organização (do espaço e aspecto

físico da sala de aula, mobiliário, recursos didáticos e tempo), relações entre os alunos, pro-

fessor-aluno, professor da classe, equipe pedagógica e outros professores a depender da defi-

ciência desse aluno e do contexto em que se encontra. No entanto, estas modificações ou ada-

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ptações no currículo não caracterizam um currículo adaptado ou preparado para alguns. A fle-

xibilização e a adaptação curricular precisam ser entendidas como prerrogativas para a prática

da inclusão e da aceitação da diversidade. Somente assim o currículo será, de fato, um instru-

mento de acesso ao desenvolvimento e aprendizagem (FERNANDES, 2006). 006

O objetivo dessa modalidade educativa, isto é, a educação especial, é favorecer a in-

tegração social de forma a promover ao máximo o desenvolvimento das capacidades dos edu-

candos por meio da participação nas atividades curriculares.

O acesso e a complementação do currículo comum ao aluno com necessidades edu-

cacionais especiais, devido a: deficiência mental, visual, física, neuromotora e surdez; condu-

tas típicas, síndromes e quadros neurológicos, psicológicos graves e psiquiátricos; altas habili-

dades e superdotação, podem ser viabilizados por meio de serviços e apoios especializados e

têm como objetivo dar suporte educativo às dificuldades de aprendizagem desses alunos (PA-

RANÁ, 2006).

Os serviços de apoio pedagógico contam com a disponibilidade de recursos humanos

(profissional intérprete e instrutor surdo de libras, professor de apoio permanente para alunos

com deficiência física, neuromotora, com graves comprometimentos na comunicação e na lo-

comoção), técnicos, tecnológicos, físicos e materiais (sala de recurso para alunos com defici-

ência mental, distúrbio de aprendizagem e altas habilidades e superdotação, Centro de Atendi-

mento Especializado/CAE, nas áreas de surdez e deficiência visual, Centro de Apoio Pedagó-

gico para atendimento às pessoas com deficiência Visual CAP, Classes de Educação Bilíngüe

para surdos matriculados nas séries iniciais), podendo ser ofertados no contexto de sala de

aula e/ou no contraturno, conforme a necessidade. É oportuno salientar que, para atuarem com

os alunos que necessitam de apoio pedagógico ou serviços especializados, os profissionais ne-

cessitam de formação específica em nível médio (estudos adicionais) ou superior (graduação,

especialização, mestrado ou doutorado) (PARANÁ, 2006).

Além desses, existem os serviços especializados ofertados por instituições convenia-

das (APAE), em classes especiais, classes hospitalares, atendimento domiciliar ou em institui-

ções da rede pública ou conveniada, por meio dos quais se garante a complementação da es-

colarização formal dos alunos, contando-se, para isso, com profissionais das áreas da saúde,

trabalho e ação social, justiça, transporte, entre outros viabilizados pelo poder público através

de políticas públicas.

As salas de recursos têm como principal objetivo ampliar a capacidade de aprendiza-

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gem e de adequação dos alunos em relação ao grupo. Os professores dessas classes atendem

aos alunos com deficiências específicas e distúrbios de aprendizagem. Já nas classes espe-

ciais, são atendidos os alunos com comprometimentos intelectuais mais graves.

Para garantir que as classes especiais e de recursos atendam satisfatoriamente aos

educandos, é preciso estreitar a relação e a comunicação constante entre os professores da

classe regular e do ensino especial, assim como a cooperação na elaboração das adaptações

curriculares para o desenvolvimento individual das crianças integradas. Além disso, os pais

devem ser orientados para que realizem, em casa, um trabalho de acompanhamento e estimu-

lação que contribua para o desenvolvimento das crianças.

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9. CALENDÁRIO ESCOLAR

O calendário escolar será elaborado de acordo com as normas determinadas pela se-

cretária de Educação, sendo o início e término do período letivo determinado mediante acordo

entre Secretaria de Educação do Município e Escolas Estaduais visando uma unificação den-

tro do município facilitando o trabalho burocrático e também o transporte escolar.

Constará de atividades a serem desenvolvidas com alunos e professores, dentre elas,

grupo de estudos e reunião pedagógicas, momentos de integração escola-comunidade através

de realização de atividades abertas ao público.

* O calendário escolar 2011 está em anexo.

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10. FORMAÇÃO CONTINUADA

Este projeto contempla em seu conteúdo a formação continuada dos professores, por

acreditar que a formação continuada deve ser constante já que a sociedade vivencia processos

contínuos de mudanças. Em cada época, os desafios impõem aos homens novas atitudes e

comportamentos, novas consciências e conhecimentos, o que obrigam a refletirem a realidade

em que vivem, pautadas por suas experiências históricas e sociais que lhes trazem à luz a

aproximação de compreensão dos momentos vividos.

De acordo com Ferreira (2003), a formação continuada é um dos requisitos a ser pen-

sado numa perspectiva de desenvolvimento da sua capacidade, crítica e reflexiva embora a

formação continuada seja complexa e não algo espontâneo dá ao profissional a oportunidade

de aprendizagem do discurso e das práticas de liberdade e democracia, e de entendimento crí-

tico das situações, reais e culturais, de atuação na dimensão ética e política.

Por outro lado, o educador em geral, deve estar comprometido com sua formação,

posto que as demandas sociais e os avanços científicos exigem aperfeiçoamento contínuo e

estes acontecerão por meio da participação em atividades de aperfeiçoamentos docentes for-

mais e informais que propiciem reflexões constantes acerca da própria prática pedagógica.

No ano de 2009, os professores e equipe pedagógica tiveram 40 horas de cursos mi-

nistrados por docentes da Universidade Estadual de Maringá, custeado por recursos do Pro-

grama de Desenvolvimento Educacional (PDE). Além disso, os professores têm direito a mais

40 horas de cursos durante o ano letivo, para os quais, a Secretaria Estadual de Educação

(SEED) os dispensa das atividades funcionais. A maioria dos professores participa dos cursos

promovidos pela própria SEED, como o NRE Itinerante, as Jornadas Pedagógicas e os cursos

em Faxinal do Céu.

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11. HORA ATIVIDADE

A hora atividade neste Estabelecimento de Ensino é distribuída de forma a favorecer

o trabalho coletivo dos professores que desempenham as ações. sob a orientação pedagógica

ou do diretor da escola, e, por isto devem vir acompanhado de um processo de reflexão sobre

as necessidades e possibilidades de trabalho docente na escola.

A organização do trabalho docente na escola e, em especial as ações que nortearão a

hora atividade, são analisados sob a perspectiva, aproveitando este tempo e espaço para, esta-

belecerem as propostas, conteúdos, estratégias de planejamento, de reuniões pedagógicas, de

correção de tarefas dos alunos, de estudos, e reflexões sobre saberes curriculares e de ações,

projetos e propostas metodológicas, de troca de experiências, de atendimento de alunos e pais

e outros assuntos educacionais de interesse dos professores.

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12 PLANO DE AÇÃO

Tópicos discutidos Problemas levanta-

dos

Ações do colégio em

2011

Período

Projeto Político-Peda-

gógico

- Critérios de

avaliação

- Explicar me-

lhor a Recuperação

Paralela.

- Revisão e

atualização.

- disponibilizar a có-

pia do P.P.P. na sala

dos professores para

leitura e estudo com

compromisso de to-

dos de estudar na

Hora Atividade ou em

momentos oportunos.

- revisão dos critérios

de avaliação e mudan-

ça.

- Recuperação Parale-

la – retomada do con-

teúdo.

- Defasagem de con-

ceitos em alguns tre-

chos. Completar com

novos encaminha-

mentos metodológi-

cos.

Durante os meses de

fevereiro e março (re-

visão e atualização),

Durante o ano

Regimento Escolar - Falta de co-

nhecimento

- Leitura Regi-

mento Escolar

Período Letivo

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Instâncias

Colegiadas:Grêmio

Estudantil/APMF/

Conselho Escolar

- O Grêmio escolar

possui dificuldades

em definir seu papel e

as formas de atuação

no colégio.

- APMF, Conselho

Escolar – falta de par-

ticipação/envolvimen-

to

- Na 1ª reunião

do ano explicar aos

pais a importância

dos colegiados e da

participação dos

mesmos.

- Promover mo-

mentos de integra-

ção entre escola/co-

munidade.

- Duas assem-

bléias gerais.

- Sensibilizar/co

nscientizar os alu-

nos sobre a impor-

tância da participa-

ção no e do Grê-

mio.

Durante o ano letivo.

Regimento Escolar - Falta de co-

nhecimento

- Leitura Regi-

mento Escolar

Período Letivo

Instâncias

Colegiadas:Grêmio

Estudantil/APMF/

Conselho Escolar

- O Grêmio escolar

possui dificuldades

em definir seu papel e

as formas de atuação

no colégio.

- APMF, Conselho

Escolar – falta de par-

ticipação/envolvimen-

to

- Na 1ª reunião

do ano explicar aos

pais a importância

dos colegiados e da

participação dos

mesmos.

- Promover mo-

mentos de integra-

ção entre escola/co-

Durante o ano letivo.

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munidade.

- Duas assem-

bléias gerais.

- Sensibilizar/co

nscientizar os alu-

nos sobre a impor-

tância da participa-

ção no e do Grê-

mio.

Planejamento Partici-

pativo

- Nem todos os

segmentos da co-

munidade escolar

têm participação

efetiva.

Conscientização de

toda a comunidade es-

colar da importância

do Planejamento Par-

ticipativo por meio de

reuniões.

Durante o ano letivo

Cumprimento do Ca-

lendário Escolar em

dias letivos e ho-

ras-aula

- O maior problema

está na complementa-

ção de carga do notur-

no, pois a maioria dos

alunos não participa.

Conscientização dos

alunos para a partici-

pação das reposições

de aula.

Durante o ano letivo

Proposta Pedagógica

Curricular/Plano de

trabalho docente

Necessita revisão e

adequação.

O plano de trabalho

nem sempre consegue

expressar o trabalho

realizado em sala.

- Reuniões de

área para análise,

estudo e adequação

da proposta peda-

gógica curricular e

articulação entre as

Diretrizes Curricu-

lares, a Proposta

Pedagógica e o Pla-

no de Trabalho Do-

Durante o ano letivo

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cente.

1.

Avaliação escolar Nem sempre é diag-

nóstica e contínua ser-

vindo como subsídio

para rever a prática.

Estudar sobre a pro-

posta da avaliação tri-

mestral, para implan-

tação no ano de 2011,

bem como reunir a

comunidade escolar

para os devidos escla-

recimentos e aprova-

ções.

Durante o ano letivo

Conselho de Classe - Falta de encaminha-

mento claro de como

sanar problemas dos

alunos com dificulda-

de de aprendizagem

durante a reunião do

Conselho.

- Conselho participa-

tivo, nem sempre

acontece da forma

como desejada.

- O pré-conselho e o

pós conselho podem

ser melhor organiza-

dos.

- Realizar o pré con-

selho com metas mais

definidas e registros

específicos.

- Durante o Conselho

de Classe propor

ações individuais e

coletivas que promo-

vam a aprendizagem

dos alunos com difi-

culdades. Após o

Conselho de Classe

disponibilizar cópias

das atas para os pro-

fessores e cada setor

colocar em prática as

ações propostas. Re-

ver em cada Conselho

de Classe o conselho

anterior.

A cada trimestre

Recuperação de estu- 1. Na sala de aula te- - Reduzir o número Durante o ano letivo.

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dos mos um número ele-

vado de alunos e isso

dificulta a percepção

da dificuldade durante

o ensino.

2. Muitos professores

não compreendem a

inclusão dos alunos.

Alguns professo-

res fazem a recupera-

ção só ao final de

cada .

de alunos por turma

no próximo ano.

- Retomar o processo

ensino-aprendizagem.

Rotineiramente du-

rante todo o processo

de ensino, não só ao

final do .

- Repensar os instru-

mentos de avaliação

utilizados na recupe-

ração.

Sala de Apoio/Sala de

Recursos

Baixa freqüência Conscientizar as fa-

mílias sobre a impor-

tância da participação

nesses projetos

Início do ano

Reunião

Pedagógica/Semanas

Pedagógicas

- Falta de tempo para

o excesso de assuntos

que devem ser discu-

tidos o que leva a

pouco aprofundamen-

to.

- Grupo de estudo en-

tre as pedagogas.

Durante o ano letivo

Enfrentamento à eva-

são

- Falta de envolvi-

mento da família

- Dificuldades da es-

cola em conscientizar

os alunos sobre a im-

portância a continui-

dade dos estudos;

Encaminhamento ao

FICA.

Contato e diálogo

com a família.

Durante o ano letivo

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- Alunos que traba-

lham até mais tarde

evadem com mais fa-

cilidade do noturno

Jornadas Pedagógicas Pedagogas que traba-

lham 20 h na rede es-

tadual não podem par-

ticipar integralmente.

Tentar fazer acordo

de horário com outro

empregador.

Durante o ano letivo.

Grupos de Estudos Radicalismo na fre-

qüência para a certifi-

cação.

Cabe à SEED consi-

derar uma porcenta-

gem de ausência.

Durante o ano letivo

NRE Itinerante Não há problemas. ---------------- ---------

Simpósios/Seminários

Encontros/Cursos

Não há problemas ---------------- ---------

PDE/GTR PDE – número redu-

zido de vagas

GTR – atrasos de cur-

sistas e tutores no

cumprimento dos pra-

zos.

- SEED – aumentar

número de vagas.

- Delimitar mais cla-

ramente o trabalho do

GTR.

- Professores – se in-

formarem

Durante o ano letivo

Projetos específicos

da escola

A maioria está de

acordo com os objeti-

vos propostos, no en-

tanto, há necessidade

de maior envolvimen-

to da comunidade es-

colar

- Conscientizar os

alunos sobre a impor-

tância da participação

nos projetos

Durante o ano letivo.

1º Semestre

Semana cultural e es-

Coincidir com a se-

mana do Fera Com

Lutar pela autonomia

na definição da data

Inicio do ano

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portiva Ciência, dificulta a

realização devido à

falta de tempo, pelo

fato de a mesma

acontecer no inicio do

ano

do acontecimento

Programas Institucio-

nais da

SEED:FERA/Com

Ciência/JOCOPs/CEL

EM

Não há problemas.

Desafios educacionais

contemporâneos: edu-

cação ambiental, se-

xualidade, enfrenta-

mento à violência nas

escolas, prevenção ao

uso indevido de dro-

gas, educação fiscal,

História e Cultura

Afro-brasileira e Afri-

cana

Elaborar projetos

para trabalhar esses

assuntos.

Trabalhar esses as-

suntos nas disciplinas

específicas durante o

ano letivo.

Durante o ano letivo.

Recursos financeiros:

Fundo

Rotativo/PDDE

Escassez de recursos

e tempo reduzido para

aplicá-lo.

SEED - Enviar mais

recursos.

Escola – pensar com

antecedência como a

verba será aplicada.

Durante o ano letivo

Materiais e ambientes

didáticos-pedagógi-

cos: Laboratório de

Ciências e de Infor-

mática/TV Paulo

As verbas estão sendo

necessárias

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Freire, TV Pendrive,

acervo da biblioteca,

Livro Didático Públi-

co.

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