coaching em revista - edição 4

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índiceAno 1 | Nº 04Diretor Editorial: Mauricio SitaDiretora Executiva: Julyana Rosa Diretora de Operações: Alessandra Ksenhuck Gerente de Projetos: Gleide SantosProjeto Grá�co: Danilo Bianchini e Henrique MeloDireção de Arte, ilustrações e capa: Danilo Scarpa (www.estudiomulata.com.br)Relacionamento com o cliente: Claudia Pires

Serviço ao Assinante: [11] 2659-0964 e [11] 2659-0968Cartas para a redação: Rua Antônio Augusto Covello, 472São Paulo - CEP 01550-060Orientamos para que as cartas com a opinião e crítica do leitor estejam assinadas e contenham nome e endereço completos, telefone e e-mail. Reservamo-nos o direito de selecionar e editar aquelas que poderão ser publicadas.O pedido de edições anteriores poderá ser feito através de qualquer uma das informações de contato supracitadas (carta, fax ou telefone; e será atendido desde que haja disponibilidade de estoque.

Central do Anunciante:[11] 2691-6706Representante Comercial – Região Sul:Beth MegerRua Cândido de Abreu, 140 - 5º andar / Cj. 509Curitiba – Paraná – CEP: 80.530-901 [41] 7812-2898

Revista oficial da AAPSA (Associação Paulista de Recursos Humanos e Gestores de Pessoas).Distribuição Exclusiva: Fernando Chinaglia Comercial e Distribuidora S/AImpressão e Acabamento: Grá�ca PallottiO conteúdo de artigos produzidos pelos especialistas são de inteira responsabilidade dos próprios autores. É proibida a reprodução total ou parcial de informações sem autorização e os devidos créditos.

EXPEDIENTE

ESPECIALISTAS NESTA EDIÇÃO

EditorialO propósito de um trabalho de life coaching Manual de coaching para a crise Neurotudo sim!Educar x ensinarUp 2 dateVocê quer ter razão ou ser feliz?Cidadão 21Moda, Beleza e Estilo2.0Português em diaInformativo AAPSA CONARH 2015MANUAL DO SUCESSOÉ tempo de aprender a dizer não!Coaching �nanceiro O maior desa�o dos jovens digitaisVendasVocê quer chorar ou vender lenço em tempos desa�adores?Fun LearningComo se dá o processo de autoconhecimento No alvoVitrine de sucessosMauricio respondeDe�nindo metasCuidado com pesquisas falsas e estatísticas mentirosas

6 8101214161823262738404243444648505254565860626466

Guilherme Licursi Ines Cozzo

Rodrigo Rodrigues Del Papa

Heloísa Capelas

Érika Stancolovich

Reuque Milke

José Augusto Correa

JacsonAndrade

Carlos Sampaio

Ruy Leal

Juliana Lustosa dy

MirandaIvael FreitasAndré Percia

Leila Navarro

Marcelo Ortega

Marcos Wunderlich

MaurícioSita

Reinaldo Polito

Roberto Scola

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Coaching em Revista

Coaching e mentoring

O coaching e a resiliência

Coaching executivo

CAPA - A conquista de um objetivo

Jogo RápidoSara Sarres

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DESTAQUES

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283036

Coaching e mentoringCoaching e mentoring

O coaching e a resiliênciaO coaching e a resiliência

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6 Coaching em Revista

Julyana RosaDiretora executiva

EDITORIAL

Caro leitor,

Vamos ao nosso bate-papo com a certeza de termos cumprido, ao longo do ano, nossa missão ao levar conteúdos para auxiliar no seu desenvolvimento pessoal e profissional.Apesar de já estarmos bem perto de um novo recesso, ainda há tempo para fechar com cha-ve de ouro mais este ciclo que se encerrará.Esperamos verdadeiramente poder, nas pró-ximas páginas, levar ao seu conhecimento informações importantes, capazes de fazer a diferença e de promover a mudança, para melhor.Nesta edição, você encontrará artigos sobre coaching de vida, coaching para enfrentar a crise, educação, neurologia e até felicidade, afinal de nada adianta alcançar o sucesso sem satisfação pessoal.Aliás, a matéria de capa deste número tem muito para ensinar sobre fazer aquilo que se gosta e como conciliar as paixões por diferen-tes áreas de atuação ou hobbies. Nosso escritor, José Augusto Correa, traz diversas dicas sobre o tema e ainda fala sobre como se tornou um enxadrista com titulação internacional, vale muito a leitura. Outra boa pedida é a nova coluna de portu-guês do palestrante e professor Jacson Andra-de que trará a cada novo número da sua revis-ta orientações e macetes sobre o nosso idioma.No mais, esperamos que desfrute das próxi-mas páginas e aprenda mais com as experiên-cias de nossos colaboradores.

Um forte abraço!

Dan

ilo S

carp

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O ser humano é um ser que está em constante necessidade de desenvolvimento. Podemos perceber essa característica a partir do processo de evolução da gestão de pessoas no mundo. No século XX as necessidades prioritárias dos trabalhadores eram coisas como estabili-dade, necessidade de certeza e atividades mais simples. As pessoas eram comandadas por ges-tores que tinham foco no trabalho e nos resultados, o trabalhador se sentia como uma máquina dentro da organização, tendo pouco poder de decisão e sendo tratado como um recurso humano que estava ali apenas para fornecer mão de obra.

ARTIGO GUILHERME LICURSI

O PROPÓSITO DE UM TRABALHO DE LIFE COACHING

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Com o passar do tempo, as carac-terísticas dos gestores foram mu-dando e então o homem foi se sen-tindo como parte da organização, os líderes foram tratando pessoas como pessoas e um ser que possui estima e desejo de realização. No século XXI podemos observar uma evolução nesse comportamento, o homem passou a buscar melhoria contínua de seus trabalhos, neces-sidade de mudanças, empowerment (empoderamento), criatividade e muitas outras coisas. As organi-zações foram evoluindo com es-ses conceitos, elas trouxeram um conceito diferente para equipes de trabalho, a tecnologia também con-tribuiu bastante no sentido de bene-fícios pessoais e organizacionais.

As coisas difíceis de antigamente foram ficando mais fáceis no mun-do moderno e essa facilidade es-timulou mais ainda a necessidade de evoluir do homem e com isso trouxe uma outra característica: a insatisfação. Essa insatisfação não é uma característica genérica, ela atua na principal área do ser humano, a vida pessoal. Hoje é comum en-contrarmos pessoas que “têm tudo e não têm nada”. Seriam aquelas pessoas que possuem grandes em-pregos, uma posição de destaque na empresa que trabalham, reconheci-mento no mercado de trabalho, po-dendo chegar até a um reconheci-mento nacional, mas não possuem a coisa mais importante, a satisfação pessoal. Muitas vezes essas pessoas ficaram tão focadas em resolver os seus objetivos profissionais que aca-baram esquecendo os pessoais. A partir dessa demanda e dentro des-se cenário que surge o life coaching.

O life coaching é uma modalidade do coaching que trabalha justamente os objetivos pessoais do coachee (clien-te). Dentro dessa modalidade, o coach trabalha com a pessoa o resgate ou o estabelecimento dos objetivos pessoais do coachee, por meio de en-contros e sessões de coaching. Nesses encontros, além dos objetivos, tam-bém serão trabalhadas metas a serem alcançadas, os desafios a serem su-perados, os patrocinadores (pessoas que apoiam) que irão contribuir para o seu desenvolvimento e muito mais.

A importância de trabalhar esses as-pectos com a pessoa é que, a partir do reconhecimento do seu status, o coach consegue colocar o coachee em uma posição de liderança da sua própria vida e, com isso, conquistar suas metas e atingir seu objetivo. O interessante é que depois que o coachee consegue atingir um certo grau de independência do coach, ele já consegue desenvolver esse trabalho de estabelecer novas metas e superar desafios sozinho. O coach funciona apenas como um organis-mo de staff (apoio) para o coachee e, com isso, realiza apenas o trabalho de manutenção da motivação até o coachee conquistar sua completa au-tonomia. É incrível como o poder de decisão e determinação das pessoas que passam pelo processo de life coaching vai aumentando e ganhan-do força dentro delas.

Acredito que a maior satisfação de um coach é ver o quanto ele pôde contribuir para o crescimento e de-senvolvimento pessoal de alguém e essa pessoa reconhecer que é uma nova pessoa graças ao traba-lho desenvolvido em conjunto. Um grande mal que as pessoas fazem a si próprias é focar apenas em suas

vidas profissionais. A importân-cia do life coaching é mostrar que todos somos capazes de viver nos-sas vidas em completa harmonia e equilíbrio. Podemos conciliar vida profissional, pessoal e social sem sobrecarregar nenhuma das partes e, assim, aumentar a sensação de plenitude. Não necessariamente para se ganhar em uma das partes precisamos sacrificar outra. Mui-tas pessoas acreditam que para se conseguir algo profissionalmente é necessário sacrificar coisas como fa-mília, lazer, viagens e diversão. Po-rém essa relação de “perde-ganha” foi substituída pela “ganha-ganha”, na qual a pessoa ganha em todos os aspectos da vida e acaba contagian-do as pessoas ao seu redor.

O processo de life coaching é impor-tantíssimo para quem está sem um direcionamento na vida ou precisa de uma mudança, muitas vezes ra-dical, em seus relacionamentos ou até mesmo para montar um projeto de vida novo, largando tudo que até o momento “atrasou” a conquista da tão almejada felicidade. Algo que costumo dizer para meus coachees é que sempre temos uma solução para problemas que enfrentamos na vida e as respostas estão todas dentro de nós mesmos, bastando apenas algu-mas perguntas para encontrarmos as soluções e caminharmos ao dire-cionamento certo.

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Guilherme Licursi

Pro�ssional Coach formado pela ABRACOACHING, certi�cado pelo Beha-vioral Coaching Institute, membro da International Coaching Federation. Coach nas categorias de Life Coaching e Coaching de Carreira. Escritor

do livro Team & Leader Coaching pela Editora Ser Mais.www.guilhermecoach.com / [email protected]

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Jamais em toda a história as pessoas foram tão testadas e colocadas à prova quanto no momento atual. Em pleno século XXI só terá espaço aquele que buscar o desenvolvimen-to de novas competências e habilidades e colocá-las em prática em seu cotidiano pes-soal e profissional.

Devemos viver o presente pensando no fu-turo e planejando este futuro. Afinal, ele é o reflexo do que fazemos no presente. É co-mum querermos conquistar vários objetivos e, posteriormente, em uma rápida análise, sermos surpreendidos com o insucesso de grande parte das metas que tínhamos.

Somos condicionados a fazer e posterior-mente pensar no que deu errado, quando deveríamos gastar grande parte do nosso tempo efetuando o planejamento da ação. Para quebrar este paradigma e condicionar os gestores ao planejamento das ideias é que utilizamos o processo de coaching, que nos mostra de forma clara por onde devemos começar e quais os rumos a serem tomados ao longo da execução. O mais importante é

MANUAL DE COACHING PARA A CRISESUPERE DIFICULDADES FINANCEIRAS COM O COACHING

ARTIGO MARCOS ESTEVES

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que todo o planejamento é feito pelo coachee (cliente). É ele quem vive cada etapa e faz com que seja gerado comprometimento com a tarefa.

O processo de coaching a cada dia torna-se mais comum dentro das or-ganizações, principalmente no que tange ao trabalho voltado às com-petências de gestão e liderança. Mas será que posso utilizar os benefícios do coaching para alavancar e melho-rar minha performance pessoal? Se você tem essa dúvida, eu pergunto: depende de quem para que você atinja seus objetivos pessoais?

Foi com este foco que recentemente atendi um coachee (cliente) que bus-cava entender o que ocorria com as finanças dele em meio ao tempo de crise e por onde começar a buscar uma forma de se equilibrar e con-duzir sua vida pessoal novamente aos trilhos.

Sabemos que sair cortando tudo em tempos ruins nem sempre é a melhor decisão. Para isso foi ne-cessário entender qual a real situ-ação em que se encontrava a vida financeira do coachee. Valendo-se de uma ferramenta comumente chamada de “Roda da Vida”, pude entender quais seriam os pontos a serem trabalhados frente às difi-culdades encontradas pelo coachee naquele momento.

É muito importante que possamos trabalhar um ponto principal e um ponto de apoio, que normalmen-

te vai auxiliando o foco principal no atingimento do objetivo. Neste caso, colocamos alguns questio-namentos que levaram o coachee a refletir sobre seus atuais gastos e entender que para aquele momen-to eles eram exacerbados. Outro ponto crucial para o sucesso do coaching foi o equilíbrio emocional que contribuiu para que o coachee não tomasse decisões precipitadas sem planejamento e organização. Despertar a reflexão de que para que sua vida financeira esteja equi-librada é necessário gerar receitas necessárias para suprir as despesas parece muito simples. No entanto, muitas vezes, o foco é cortar tudo e nesta ânsia de diminuir rapida-mente os custos você acaba refle-tindo diretamente na obtenção de receitas e lucros.

Neste processo fizemos com que o coachee pudesse analisar, por meio de um planejamento estruturado, onde estavam os gastos que pudes-sem ser diminuídos inicialmente ou eliminados e que não refleti-riam na busca de novas receitas, onde estavam os investimentos em lazer e qualidade de vida e se con-seguiríamos diminuir, sem perder a qualidade de vida que ele já pos-suía e quais eram os gastos que, ao longo de semanas e meses, pode-riam ser reduzidos ou até mesmo extinguidos.

Ao final dessa sessão de planeja-mento, foi surpreendente a reação

do coachee ao saber que havia inú-meras despesas que ele não obser-vava em seu cotidiano e que soma-das ultrapassavam 15% do seu fatu-ramento. O mais interessante é que com as mudanças de hábitos pode-ria reduzir radicalmente os gastos, mantendo a qualidade de vida e o bem-estar muito próximo do atual.

Costumo afirmar aos meus coache-es que não somos especialistas em tudo, mas temos especialistas para tudo. E neste momento em que se encontra a economia é muito im-portante ter o equilíbrio para saber por onde começam as mudanças.

Neste caso, houve muitos avan-ços durante as sessões de coaching. Partimos de um coachee totalmente perdido em relação ao que fazer para frear suas despesas e enfren-tar o novo cenário econômico, para uma pessoa que hoje consegue aplicar as lições que ele mesmo descobriu nas sessões e que irão ajudá-lo em seu cotidiano pessoal e que também podem ser estendidas ao seu cotidiano de trabalho.

Deixo alguns questionamentos ao final deste texto: quais são suas di-ficuldades? O que você está fazen-do hoje para mover-se ao encontro do seu objetivo? Você depende de quem para que atinja suas metas?

O processo de coaching o ajudará a responder estes questionamen-tos e descobrir novos caminhos que poderão ser traçados.

Marcos EstevesHá mais de 12 anos no mercado nas áreas Comercial e Gestão de Pesso-

as. Professor da Pós-Graduação em Administração da FGV. Fundador e diretor da Consultrain Consultoria e Treinamentos Ltda. em que presta consultoria para os setores público e privado. Escritor do livro Estraté-

gias Empresariais pela Editora Ser Mais. www.consultrain.com.br

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Estamos vivendo mais um momento histó-rico que juramos que não merecemos. Bem, eu não tenho nenhuma intenção de argu-mentar sobre isso. “Tô” no time dos que preferem usar tempo, recursos e inteligên-cia para fazer acontecer aquilo que pode melhorar a situação. A minha e a de todos!

Minha base, há mais de 30 anos, para fa-zer isso tem sido a Neurociência, mesmo quando ela ainda nem era famosa. Sabe por quê? Porque, enquanto o objeto foco de estudo e interesse da Psicologia é o indi-víduo (do latim indivisível; aquele que não se divide; único) o objeto foco de estudo da Neuropsicologia é o Humano, ou seja, não o que nos diferencia, mas o que nos torna iguais, enquanto espécie: Um cérebro/Sis-tema nervoso e suas características.

Veja bem, nossa individualidade é funda-mental! Trabalhar a gestão da singulari-

ARTIGO INES COZZO

NEUROTUDO SIM! PORQUE SEM NEUROLOGIA NÃO EXISTE NADA!

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dade é a única forma de ser justo e equi-tativo nas relações. Acontece que existem atalhos para problemas quando consegui-mos sensibilizar ou, melhor ainda, tocar a consciência de todas as pessoas que estão, de alguma forma, a serviço dos resultados esperados.

Para conseguir “acessar” não algumas, mas todas as pessoas, só mesmo via neurologia.

Outro ponto importante é que toda tran-sição requer um “X” de mudança. O mer-cado mudou e ainda está mudando logo, eu preciso mudar e continuar mudando. O que está ótimo, já que nunca somos mesmo a mesma pessoa. A questão não é mudar ou não, a questão é mudar como e para quê.

Vou partir também do princípio de que não existe mudança sem novas aprendiza-gens. O que eu fazia da forma como fazia

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forma para você e para toda a hu-manidade. Inclusive, ultrapassando a barreira do idioma.

Nosso sistema como um todo (cé-rebro e sistema nervoso são uma e a mesma coisa) recebe cerca de 400 bilhões de bits de informação por segundo, mas só libera para nossa consciência dois mil bits. Uma por-cariazinha de nada. Só que não. Se tivéssemos consciência de mais do que isso, ficaríamos maluquinhos. Autistas recebem mais do que dois mil bits/seg. Esta é uma das razões pelas quais eles ficam balançando o corpo o tempo todo. Fique, pois, bem feliz com seus dois mil bits/seg., tá bom? Apenas leve em con-sideração uma consequência fun-damental desta condição de fun-cionamento do cérebro: se todo e qualquer ser humano “normal” só recebe uma pequeníssima parte do todo de um evento, como uma co-municação, por exemplo, ensinar é impossível! Isso mesmo. Se eu não tenho como saber quanto nem que parte dos 400 bilhões de bits de informação que eu dei e você efe-tivamente assimilou, ensinar é im-possível. Mas olha só que lindo isso agora. Se recebemos cerca de 400 bilhões de bits de informação por segundo, ou seja, TUDO que está à nossa volta entra como informação no nosso sistema, APRENDER É INEVITÁVEL! Então, ensinar é im-possível, mas aprender é inevitável! O que posso fazer como mentora ou coach de alguém é criar um contex-

não me dá mais o que eu preciso; não me dá mais os mesmos resulta-dos satisfatórios que dava antes da mudança ocorrer. “Toca” aprender a fazer o mesmo de forma diferente, ou fazer outra coisa.

Meu propósito aqui, com base em todas essas premissas, é oferecer uma super dica da neurociência aplicada à aprendizagem. Imagi-ne essa leitura como uma sessão de mentoring onde a questão para tutoria seria “Como lidar com a aprendizagem a partir da única fer-ramenta que existe para isso: a co-municação?”.

A palavra “mentor” vem da ‘Odis-seia’ de um poeta grego chamado Homero. Na ‘Odisseia’, Homero relata que Ulisses parte para a guer-ra e deixa seu filho Telêmaco – seu único herdeiro, aos cuidados de um amigo da família chamado Mentor para o ser o orientador.

Um mentor precisa, entre outras coisas, de uma comunicação clara para ajudar seu pupilo na direção do seu melhor desenvolvimento. Por isso, minha dica será no sentido de ajudar você com sua comunica-ção. Mais que isso, com uma das questões de neurocomunicação, ou seja, o que funciona da mesmíssima

Ines CozzoDiretora da T’AI Consultoria, Dir. de Comitês do Neurobu-siness.org, Palestrante, Consultora e escritora Internacio-nal, Psicologia, Coautora dos Manuais de T&D, Autora do Livro “Neuroaprendizagem e Inteligência Emocional”. Cria-

dora do curso de formação em Gestão Estratégica com Neurociências - [email protected]

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to, um conjunto de circunstâncias, onde o coachee possa aprender aquilo que seja mais importante e urgente para ele, sacou?

A primeira coisa a fazer é checar constantemente se o que você disse entrou nos dois mil bits dele. Não porque você seja incompetente para explicar ou ele para entender, mas porque é assim que o sistema ner-voso funciona.

Daqui para a frente, aconteça o que acontecer, torne sua vida e suas re-lações mais leves. Em casos de:

- Você não me disse isso, não!

- Eu te disse isso sim!

Relaxe e responda somente:

- Desculpe. Talvez você tenha dito sim. Só não entrou nos meus dois mil bits. Agora isso é passado. O que poderemos fazer agora?

Em tempos de dificuldades, essa regrinha vale para tudo. O que foi é (s)ido. O que podemos fazer AGORA?

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E m um bate papo infor-mal, entre alunos e al-guns professores um fato me chamou atenção, e re-solvi fazer uma pequena

reflexão e compartilhá-la com vocês.

Será que nosso sistema de educa-ção está preparado para as crian-ças do século 21? E ainda vou mais longe... será que nós pais estaremos preparados para a nova geração de jovens e adolescentes? Ou vamos simplesmente ignorar tudo que está acontecendo e deixar que esta gera-ção seja moldada por suas próprias experiências?

Crescer dói. E aprender com as próprias experiências é uma neces-sidade da evolução humana, mas, devemos preparar nossos jovens adolescentes para o que irão en-contrar, ou já estão encontrando no mundo e na vida, pois, cabe a nós, pais e educadores auxiliá-los nesta dura tarefa de florescer.

As necessidades e as mudanças da vida contemporânea, o excesso e a rapidez da divulgação de toda infor-

mação disponível, estão tornando o tempo um recurso cada vez mais es-casso, e por isso, valioso. E acredite, educar filhos toma tempo, um tem-po sempre muito gratificante, mas, considerável.

Nossas instituições de ensino estão preparadas e cada vez mais especia-lizadas em transmitir e reproduzir conhecimento técnico e científico, inclusive nas universidades, onde os universitários são “adestrados” para passar no exame de qualificação, feito por meio de avaliação teórica, diga-se de passagem de conheci-mentos técnicos/teóricos.

A qualidade de uma instituição de ensino é baseada no número de apro-vações, seja em vestibular, concursos públicos ou exames dos órgãos fis-calizadores das profissões. Cria-se uma verdadeira indústria de provas e concursos, que alimenta uma outra indústria de cursos e preparatórios, que vai deixando como detrito frus-trações e traumas, daqueles que não se adequam a este sistema. E o ser humano, e a integração profissional, e a realização pessoal-profissional é

avaliada quando, onde e como?

Estamos criando uma espécie de máquinas fazedoras de provas, ver-dadeiro banco de dados com pernas que decoram conceitos e procedi-mentos para reproduzirem em uma avaliação. E ai daquele que não con-seguir “gravar” em seu “banco de memória” tudo aquilo que “precisa” ser gravado, não é necessário com-preender e sim apreender a maior quantidade de conteúdo, indepen-dente de sua utilidade ou de suas aspirações pessoais.

A criatividade e a subjetividade es-tão sendo aos poucos limitadas, po-dadas e em breve serão sufocadas, mortas e enterradas, pois, o que nas-ceu para ser livre não sobrevive ao cárcere.

Na era do computador onde temos acesso a “gigalhões” de informações na ponta dos dedos não podemos continuar valorizando a “decoreba” de fórmulas, conceitos e procedi-mentos dos quais não compreende-mos a finalidade, é necessário ques-tionar, nós não somos máquinas.

ARTIGO RODRIGO RODRIGUES DEL PAPA

ENSINAR X EDUCAR

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acesso a recursos que até então nem conseguíamos imaginar, a maioria de nossos fi lhos terá profi ssões que ainda nem existem.

A captação de conhecimentos técni-cos e científi cos desta nova geração é muito superior a nossa capacidade de transmiti-los, portanto, precisa-mos urgentemente reavaliar todo o nosso sistema de ensino e, sem deixar de lado a iniciação acadêmi-ca clássica, nos preocupar agora em formar humanos mais HUMANOS.

Precisamos nos preocupar um pou-co mais em formar cidadãos cons-cientes de seu papel junto à huma-nidade que pertencem, pessoas que possuam valores morais e sociais no-bres, e principalmente um profundo respeito ao próximo.

Respeito ao próximo é um valor que deve ser passado para os fi lhos no berço, e este deve ser prolonga-do à escola e toda a sociedade, pois é o respeito ao próximo a base mais sublime de todos os demais valores básicos de uma sociedade forte e du-radoura.

Devemos respeitar o próximo e nos fazer respeitáveis. Cabe aos pais res-peitarem os fi lhos, e se fazerem res-peitados pelos fi lhos e isso deve ser prolongado à escola, cabe ao aluno respeitar os professores e aos profes-sores respeitarem os alunos e assim em toda estrutura hierárquica da es-cola e da sociedade.

Para a convivência pacífi ca em socie-dade devemos nos submeter ao re-gramento desta comunidade, e uma comunidade acadêmica deve ser re-

À escola cabe o delicado papel de tentar, na era da informática, e em meio ao turbilhão louco de infor-mações, ser mais atrativa, sensível e perceptiva aos alunos que lhe são entregues pelos pais. E a nós pais cabe o duro trabalho de dedicar aos nossos fi lhos um pouco mais do nos-so precioso e escasso tempo.

Não podemos delegar às escolas a responsabilidade de educar nossos fi lhos, mas a escola deve auxiliar, e muitas vezes orientar os pais nessa tarefa, afi nal de contas, não existe nenhum manual de instruções para ser pai ou mãe.

As instituições de ensino não devem substituir os pais na educação dos fi lhos, não é essa a sua missão, nós pais é que devemos nos aproximar dos educandários e principalmente de nossos fi lhos, o fi lho é o espelho do criador, refl ete em sociedade aquilo que vê em seu seio familiar, ou seja, onde for que está sendo cria-do, moldado e educado.

Nós pais, mães e educadores, deve-mos fazer também uma profunda análise de consciência para ver o tipo de educação que estamos trans-mitindo aos nossos herdeiros, qual tipo de comportamento estamos de-monstrando e que está sendo repe-tido em sociedade por nossos fi lhos, e se são valores e comportamentos que realmente apreciamos e quere-mos nas gerações futuras.

Estamos próximos a uma geração que terá acesso a muito mais conhe-cimento técnico científi co do que tivemos em toda história da huma-nidade. Nossos descendentes terão

Rodrigo Rodrigues Del PapaAtua com gerenciamento de equipes, Gestão de Pesso-

as, organização de eventos, treinamentos e palestras.Personal & Professional Coaching com habilitação pela

Sociedade Brasileira de Coaching.blogdodelpapa.blogspot.com.br

15Coaching em Revista

vestida do mais alto nível de educa-ção e respeito, é o que se espera de uma instituição que está formando seres humanos. Não é?

Cabe à escola manter padrões mais altos do que a média de disciplina e respeito, e exigir dos pais e dos alunos que cumpram essas regras, afi nal de contas o ambiente de es-tudo deve ser respeitado como tal, e devemos nivelar-nos sempre pelo padrão mais alto se quisermos realmente evoluir.

Os pais e a escola do século XXI devem estar preparados para insti-tuir regras claras e rígidas dentro de um padrão de disciplina que muitas vezes é considerado ob-soleto pela sociedade, entretanto, necessário para que se desenvolva um ambiente de respeito mútuo e aprendizado satisfatório.

A instituição de ensino não deve nunca se nivelar aos padrões me-díocres de disciplina e respeito de nossa sociedade atual, deve sem-pre ser um espelho do ideal de respeito, responsabilidade e disci-plina. Destacando claro que esses padrões devem ser acompanhados pelas mudanças e transformações de nossa sociedade, e devem res-peitar a heterogeneidade e a diver-sidade humana e social existente.

E a nós, pais e educadores, cabe a difícil e incessante tarefa de sem-pre procurar demonstrar e agir dentro dos valores sociais que pre-gamos e que esperamos ver refl eti-dos em nossa sociedade, como mo-delos que somos de nossos fi lhos e educandos.

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16 Coaching em Revista

Microscópio no celularO μHandy é um acessório que transforma o seu celular em um verdadeiro microscópio. O item vem com um kit para ser colocado sob a lente da câmera do telefo-ne, composto por lâmina e um clipe, que se ajustam e fixam por meio de ímãs. Ao contrário dos aparelhos de microscópios tradicionais, já vem com o foco ajustado. À venda pelo site da empresa Aidmics por 199 dólares. http://www.aidmics.com/

Celular parrudoA Huawei, fabricante chinesa de eletrônicos e provedora de equipamen-tos para telecomunicações, acaba de lançar o smartphone Huawei Mate S. O aparelho está no top de linha da marca e vem com recursos para fazer in-veja a qualquer outro da mesma categoria. O modelo oferece sensor leitor de digitais na parte traseira, sistema Android e uma bateria potente para carregar até outros gadgets. A grande novidade do celular é a função Force Touch, em que a tela consegue reconhecer a pressão feita pelo dedo e pode funcionar até como uma balança, além de controlar funções, a exemplo do volume ao ouvir música. Além disso, o telefone ainda conta com um recurso que permite utilizar a tela com os dedos dobrados. Disponível nas versões de 32, 64 e 128 GB. Possui processador octa-core Kirin 935 e 3GB de ram. Tela Gorilla Glass 4, Super Amoled 1080p. A partir de 650 euros, não disponível para venda no Brasil. Mais informações: http://goo.gl/EA4lQA

UP 2DATE

NOVIDADES PARA VOCÊ SE ATUALIZAR

Canivete suíço para gadget ou celularO Wonder Cube é um item que vem para facilitar o dia a dia de quem não vive sem o celular e outros portáteis eletrônicos. O gadget tem o tamanho de um dado de jogo de tabuleiro e funciona como um cha-veiro que possui carregador para smartphone, USB OTG, lanterna, pen drive, cabo para sincronização e suporte para celular. Ao fazer a aquisição, o usuário ainda pode escolher o conector do acessório, se de-seja micro USB para Android, iPhone, Windows Phone ou Blackberry. Pré-venda já disponível no site de fi-nanciamento coletivo Indie Gogo. Por 189 dólares. Acesse: https://goo.gl/wJQuVQ

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17Coaching em Revista 17Coaching em Revista

Samsung anuncia novo relógio inteligente A gigante coreana acaba de trazer ao mercado seu mais recente wearable, o relógio Gear S2. O acessório mudou de formato, deixou a caixa quadrada do mostrador para dar lugar a uma tela redonda com a coroa giratória que facilita o controle de comandos sem utilizar a função touch. São três tamanhos diferentes 40mm, 42mm e 44mm, este último com suporte 3G por meio de um Sim Card Digital que dispensa o uso de chip. O item vem com tela Super AMOLED de 1,2 polegadas com 360x 360 pixels, sistema Tizen, que lembra o Android, e bateria de 250 mAh, para uso de até dois dias sem carregar. A partir de 329 libras.

Computador do tamanho de uma moedaO Black Swift vem para superar o tamanho mínimo em microcompu-tadores, antes ocupado pelo Rasp-berry Pi. O aparelho é tão pequeno quanto uma moeda e capaz de ro-dar os mais diferentes aplicativos como editores de texto, jogos e até vídeos. Como sistema operacio-nal vem com o Linux Open WRT e permite ser programado em outras linguagens como C/C ++, PHP, Phy-ton, Perl e Bash. O computador conta com 32 bits, Wi-Fi integrado, 802.11 b/g/n e USB 2.0. Disponível pelo site de financiamento de projetos Kicks-tarter. A partir de 19 dólares. Saiba mais em: https://goo.gl/odWQLh

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18 Coaching em Revista

ARTIGO HELOÍSA CAPELAS

F alar sobre autoritarismo nos dias de hoje parece fora de moda, afinal, a maioria das pessoas deixou no passado a

lembrança das dores causadas pelo regime ditatorial que marcou a his-tória do País. Mas não quero falar sobre regimes ou governantes. O meu assunto é comigo mesma – e com você, se quiser refletir sobre os seus próprios sentimentos e com-portamentos em relação ao assunto.

O dicionário relaciona a palavra ‘autoritário’ aos adjetivos altivo, impositivo, dominador e também arrogante, impetuoso, impulsivo, violento. Muitas dessas característi-cas eu encontro em mim. Em maior grau em algumas situações, quase imperceptíveis em outras. Como (talvez) a maioria das pessoas, eu tive pais autoritários. Criados eles próprios sob um sistema autoritá-rio, acreditavam que criança não tinha querer. Então, aprendi que, quando crescesse, eu deveria ser como eles.

Porém, os tempos mudaram. Se no campo social e político muitos ho-mens e mulheres alteraram o cená-rio das nações e fizeram com que a democracia se tornasse possível, no campo pessoal e emocional o que eu faço com o meu aprendiza-do infantil, que foi fundamental na formação da minha personalidade adulta? Será que, para conseguir aquilo que almejo, devo continuar a ser autoritária, impetuosa, impositi-va, violenta? Ou posso escolher ou-tras atitudes que talvez me tragam mais rapidamente o que quero na relação com as pessoas?

Enquanto eu quiser controlar a ação dos outros para que tudo saia do meu jeito, o autoritarismo prevale-cerá. Mas, se eu puder pensar que somos todos iguais e desejamos as mesmas coisas para as nossas vidas, deduzo que o que queremos, como seres humanos, é que sejamos acei-

Heloísa Capelas

tos e amados. Como grupo, nação ou indivíduos queremos ser reco-nhecidos pelo nosso valor; e, como seres que habitam o mesmo plane-ta, queremos a paz.

Não serei capaz de me amar e de me aceitar se isso for uma imposi-ção. Como cidadã do mundo não posso fazer a paz se houver guerra dentro de mim. A saída talvez esteja na consciência da sua própria histó-ria, no perdão dos seus próprios er-ros e na construção de um novo ca-minho, que começa por reconhecer onde estamos e quem somos, com honestidade e abertura.

Do meu ponto de vista, o começo da mudança pode ser a reflexão e a aceitação de que todos nós te-mos o autoritarismo como cami-nho aprendido, mas que pode ser transformado se nós quisermos. Não quero dizer que esta é a única saída, nem que é a mais fácil. Mas é nela que, por enquanto, eu acredito. Então, você quer ter razão ou quer ser feliz? Enquanto sua vontade for ter razão, o autoritarismo será a ma-neira mais rápida e fácil de garantir isso. No entanto, se você quiser ser feliz, há um longo caminho de re-flexão e mudança à sua frente e mi-lhões de possibilidades.

Heloísa Capelas é autora do livro recém-lançado, o Mapa da Felicidade (Editora Gente).Especialista em

Autoconhecimento e Inteligência Comportamental, atua no desenvolvimento do potencial humano há

cerca de 30 anos.

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Page 20: Coaching em Revista - Edição 4

20 Coaching em Revista

Este texto está forma-tado em duas partes. Na primeira, que está sendo publicada agora vou explicitar a visão sistêmica em

si, na próxima edição apresenta-rei detalhamento do pensamento sistêmico e o pensamento holo--sistêmico, sempre aplicado às atividades de coaching, mentoring e desenvolvimento de pessoas como um todo.

Há pouco mais de 30 anos, foi--me apresentada, na época o cur-so de Sinopse Holográfica que derivou da Cibernética Social de Waldemar de Gregori, uma tal de “visão sistêmica”. Confesso que não só tive muita dificuldade de entender, como até mesmo tive impulsos de rejeição. Minha for-mação de engenheiro mecânico

exigia modelos certinhos, lineares, mecânicos, com precisão matemá-tica cartesiana... O que, no entan-to, me atraiu, na época, e me fez continuar foi o ambiente aberto, não impositivo, que transpareceu no evento. Além disso, vislumbrei uma possível saída para uma forte crise pessoal e relacional, apoiado na época na orientação segura e carinhosa de minha mentora, e atualmente minha sócia no Ho-los, Maria Luiza Klein que junto comigo e seu marido Renato Klein nos tornamos os mentalizadores do Sistema ISOR® de Mentoring e Coaching Holo-Sistêmico.

Por causa dessa minha dificulda-de de aceitação e de compreensão do pensamento sistêmico é que compreendo hoje as resistências de muitas pessoas. As pessoas se veem a si mesmas e as outras

pessoas, bem como a sociedade e a vida como um todo segundo os modelos mentais que carregam.

E as pessoas não se dão conta de que todo o sofrimento, os confli-tos, as crises existenciais, tudo está em nossa mente. A mente é rígida, linear, que exige tudo certinho, não permite à pessoa perceber a vida como ela é: dinâmica, evolu-tiva, integradora.

É por isso que, na introdução de nosso curso de nível Master Mas-ter ou Módulo II da Formação em Mentoring e Coaching Holo-sistê-mico ISOR® (Holomentoring®), já estamos propondo, de saída, a visão sistêmica, como primeiro fundamento de nossa metodolo-gia de atendimentos como men-tores e coaches. Nossa metodologia tem por foco instrumentalizar as

COACHING E MENTORING MARCOS WUNDERLICH

A AMPLIAÇÃO DA MENTALIDADE EM

MENTORING E COACHING – PARTE I

20 Coaching em Revista

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21Coaching em Revista

pessoas a buscar coerência (isomor-fismo) entre o campo mental e o campo de nossas ações em nossos relacionamentos conosco, com as outras pessoas e com todos os seres com quem compartilhamos nossa existência.

E, se é com nossa mente que vemos e buscamos entender a vida, é por aí que vamos nos concentrar, inicial-mente, isto é, em buscar entender nossa mente, nossa forma de pen-sar, sentir e agir.

Você já pensou como é o seu pen-samento? Como é que você pensa?

Entender sua mente, entender como você se vê, como você vê as pessoas com quem você convive, como vê o mundo... esta é a chave capaz de ativar o seu vasto potencial de in-teligência, felicidade e excelência no viver e também na sua atuação profissional.

O que é sistema?

Sistema é um pacote, um campo de energia que tem entradas, tem processamento e tem saídas. Um sistema é um conjunto ordenado de elementos que se encontram in-terligados e que interagem entre si. Ou, na definição da Wikipédia, ”um sistema é um conjunto de elementos interconectados, de modo a formar um todo organizado”.

Vejamos os seguintes aspectos:

1. Podemos dizer que qualquer ser, qualquer objeto, qualquer pessoa ou grupo ou organização, humana ou não, pode ser visto como um sistema.

2. Os sistemas têm ENTRADAS, que podem ser um alimento, um estímulo, uma proposta, uma per-gunta, uma informação, um cum-primento, um apertar de botão, etc.

3. Os sistemas então executam um PROCESSAMENTO, que ocorre no interior do sistema, e que é a diges-tão, a transformação, a forma de or-ganizar, de classificar, de entender, de cruzar dados, etc.

4. E os sistemas dão SAÍDAS, que podem ser a resposta, o efeito, o produto, a reação, a mudança, o despacho, etc.

5. Atento a tudo, nas entradas, no processamento interior e nas saídas, está o FEEDBACK, o regulador, o observador.

O sistema tem uma pele que o deli-mita frente a outros sistemas, man-tendo sua coesão energética. Esta pele determina que haja uma Faixa Interna (FI), que contém sua estru-tura interior e forma própria de ser, e uma Faixa Externa (FE), onde es-tão todos os sistemas com os quais o sistema está em interação.

Todo sistema busca equilibrar sua faixa interna com a faixa externa, busca equilíbrio, busca harmonia, HOMEOSTASE.

Conforme o seu processamento in-terior, vai gerando SINTROPIA e ENTROPIA.

A SINTROPIA é a evolução, o cres-cimento, o desenvolvimento – se-gundo a resultante evolutiva do sis-tema. O sistema vai integrando em sua estrutura interna as energias, as

Marcos WunderlichPresidente do Instituto Holos. Referência nacional

na Formação e Instrumentação de Coaches e Mentores. Consultor, Master Coach e Mentor

de Executivos, Formador de Coaches e Mentores. [email protected]

ideias, as experiências que vai ad-quirindo ao longo de seus proces-samentos.

Mas, ao mesmo tempo, há uma for-ça de desintegração, a ENTROPIA, que vai promovendo desgastes, en-velhecimento, perda de energia, ge-rando detritos, fumaça, calor, lixo, excrementos, etc.

No sistema, tudo está em movi-mento, tudo é cíclico. Nada é sóli-do, fixo. Tudo evolui. O universo tem uma pressão originante que faz com que tudo esteja em expansão, novos CICLOS emergem de ciclos entropisados, num processo de re-ciclagem, de reprodução, de trans-formação, que utiliza as energias desgastadas como fertilizantes de novos sistemas.

No sistema tudo está ligado a tudo, não há nada isolado. Existe uma interconexão de cada sistema com miríades de sistemas, com os quais está em interdependência.

Como diz o mestre Eckart Tolle, “Você não é separado do Todo. Você é um com o sol, terra e ar. Você não tem uma vida. Você é a própria vida”.

Como sempre falo aos meus alunos: eu estou no universo e o universo está em mim. Somos um com tudo e em tudo. Enquanto sistema, es-tamos ligados a tudo no universo. Tudo nos afeta e nós afetamos tudo: cada partícula, cada átomo, cada célula viva, cada ser vivo, cada pla-neta, cada estrela, cada galáxia. Pul-samos simultaneamente a energia e a vida do universo.

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22 Coaching em Revista

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23Coaching em Revista

POR UM PLANETA SUSTENTÁVEL

Com a otimização do espaço e pouco uso de água, a estufa vertical já é uma alternativa para produzir alimentos durante a época das monções em Cingapura. A novidade é da empresa Sky Greens, que afirma ser possível produzir entre cinco a dez vezes mais pro-dutos hortícolas em detrimento dos métodos tradicionais. O item é um meio viável ao país fortemente afetado pelas chuvas, capaz de produzir apenas 7% da demanda de legu-mes e verduras por conta das intempéries.

A linha Evo combina madeira e plástico nos utensílios domésticos e de-cks modulares. O material empregado em seus produtos é um composto chamado WPC (Wood Plastic Composite) que utiliza até 50% de madeira de reflorestamento e deixa de utilizar parte da matéria-prima de origem fóssil (plástico). Graças a essa combinação, há até 66% menos de emissão CO2 na atmosfera. Conheça mais os itens em: http://goo.gl/tUVxLS

A Coca-Cola anunciou recentemente uma garrafa pioneira, feita 100% com a matéria--prima cana de açúcar. A plantbottle, como foi apelidada, deve substituir as garrafas feitas de plásticos até 2020 e já conta com uma em-presa de biotecnologia para produzi-la em grande escala. A inovação foi apresentada este ano na feira Expo Milano, conferência de tecnologia e alimentação.

GARRAFA FEITA 100%

DE CANA DE AÇÚCAR

ESTUFA VERTICALAUMENTA

PRODUÇÃO DE ALIMENTOS EM

CINGAPURA

PRODUTO ALIA MADEIRA E

PLÁSTICO

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24 Coaching em Revista

ARTIGO ÉRIKA STANCOLOVICH

P or entender como a mudança se dá, como a mudança pode nos apoiar no processo da vida é usar o coaching como uma ferra-menta ou metodologia a fim de potencializar as mudanças. A questão é: que mudanças você está interessado em produzir? Como trabalhar o motor de sua mudança, motivação para colo-

car um novo gás para vencer seus desafios? O coaching vai lidar com o nosso campo equilibrado de prospecção de futuro, desejos, sonhos... Ao contrário da terapia, que lida com o nosso campo desequilibrado, as dores e traumas que precisamos superar.

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O COACHING E A RESILIÊNCIA

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O coaching ajuda a clarear os propó-sitos, a alinhar a vida à nova reali-dade, enquanto não sabemos o que queremos, quando não temos uma direção a seguir. Todos os dias ao acordar abrimos os nossos olhos. Imagine seus olhos como setas que são lançadas ao se abrirem. Sem um alvo, a seta é lançada em vão.

O mesmo acontece com nossa vida, se não sabemos o alvo que quere-mos acertar, desperdiçando energia e qualidade de vida. É importante termos clareza da forma mais ade-quada possível para realizar algo, assim como entender os métodos de que precisaremos para alcançar-mos os propósitos de vida. E às ve-zes precisamos parar e verificar se o método que estamos usando está sendo eficiente para nos levar aon-de queremos.

A escolha de um método não nos deixa à prova de erros. Nós vamos errar, somos humanos, e a perfeição é utopia. O que precisamos é não in-correr nos mesmos erros e conside-rar o erro como parte integrante do ciclo para evoluir no método e nas escolhas. Errar é parte do processo de acertar.

“Se você não sabe aonde quer chegar, qualquer caminho serve”– extraído da fábula Alice no País das MaravilhasEis o paradoxo da mudança: é im-portante mudar para ser quem é,

para deixar de ser quem não é. Precisamos nos des-cobrir, o autoconhecimento é tudo. É fundamental saber quem somos, onde estamos e o que queremos. A partir de mim, começo a entender melhor o outro, a vida, os relaciona-mentos, minhas limitações e o meu jeito de SER no mundo. O desper-tar é intrínseco e pode ser acessado somente por nós mesmos, com a chave do autoconhecimento, quan-do nos permitimos vivenciar as si-tuações a que somos submetidos transformando conhecimento em comportamento.

E após reconhecer a sua resiliência, você estará mais propício a enten-der o outro, a conviver melhor com as diferenças, e ter sucesso em suas relações, pessoais, sociais ou fami-liares, gerando um equilíbrio para os campos financeiros, emocionais, entre outros.

Assim, a mudança acontece natural-mente, sem pressão, mas por perce-ber as questões essenciais que fazem parte da vida. Vivenciamos mudan-ças o tempo todo e, para que essas mudanças sejam positivas, é preciso conhecer quem somos, o que quere-mos e como nos desenvolveremos. O projeto de vida deve ser elaborado passo a passo, estabelecendo objeti-vos claros, metas a serem atingidas. Depende de fazer escolhas, de au-toconhecimento, de decidir o que é melhor para si mesmo.

Para tanto, algumas perguntas devem ser respondidas:

1) Quem é você?

2) Quais seus valores, suas crenças?

3) Quais são suas expectativas nas várias dimensões da sua vida?

4) Quais são seus objetivos e em quanto tempo pretende atingi-los?

5) Quais são seus pontos fortes?

6) Em que precisa melhorar para atingir seus objetivos? Como? De qual recurso precisa para atingi-los?

Lembre-se: o que eu quero ser de-pende do quanto eu estou realizan-do no meu dia a dia para que isso aconteça. Se quer algo, construa!

“Quanto mais alto seu nível de ener-gia, mais eficiente seu corpo. Quanto mais eficiente o seu corpo, melhor você se sentirá e mais você utilizará seu talento para produzir resultados extraordinários”.Anthony Robbins

Escritora do livro Resiliência pela Editora Ser Mais.Doutora em Psicanálise. Mestre em Educação e Psicaná-

lise. Executive Coach. É O�cial da Força Aérea Brasileira. Palestrante e conferencista internacional.

www.stancolovich.com.br

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Érika Stancolovich

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MODA, BELEZA E ESTILO

Fixador de batom

Elegante eCHEIROSO

Cuidar dos cabelos no verão pode ser um grande desafio quando se está na praia ou na piscina. Para as mulheres que gostam de praticidade nesta época do ano, o modelador “Surf Breeze” da Beauty Box é uma boa pedida. O cosmé-tico promete deixar os cachos soltinhos e naturais e pode ser aplicado tanto com os fios úmidos como secos. Por R$ 47,90. Encontre em: http://goo.gl/zcsOoE

A pele masculina também precisa de cuidados e, se o rosto é o cartão de visitas de qualquer pessoa, nada melhor do que cuidar dele. Para a região, há o hidratan-te “Biotherm Homme High Recharge”. O produto atua para combater os sinais de fadiga e tem ação anti-idade, hidratando e ao suavizar as linhas de expressão. Por R$ 202. À venda em: http://goo.gl/NJaLJa

CACHOS

DEFINIDOS

Para o rosto

deles

Quer manter a cor do seu batom ao longo do dia? O fixador Artdeco Magic Fix Incolor a ajudará nessa tare-fa. O item evita que o batom desbote, hidrata os lábios e ainda possui sabor de men-ta. Por R$ 84,90. Adquira em: http://goo.gl/REBj7I

Acaba de chegar ao Brasil a nova fragrân-cia de Jean Paul Gaul-tier, “Le Beau Male”. A água de toalete mas-culina contém notas de menta congelada, lavanda e um toque de musk, que trazem refrescância e exaltam a sensualidade. Dispo-nível nas versões de 40, 75 e 125 ml. A partir de R$ 260. Saiba mais em: http://goo.gl/J9O2Rj

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2.0 NOVIDADES DO MUNDO DA WEB

Tinder A N I M A L

Para aprender

Aqui tem rede!

O Instapaper é um aplicativo para facilitar a vida de quem gosta de ler em dispositivos móveis. O programa, em versão para An-droid e iOS, permite marcar conteúdos on-line para serem lidos posteriormente até de maneira offline. Além de gravar essas infor-mações, o software ainda conta com a perso-nalização de layout a ser exibido, deixando o usuário escolher a fonte, cor de fundo, e até a diagramação dos textos. Se você quer falar um outro idioma, mas não

tem tempo, nem dinheiro para investir em cursos, o app Duolingo pode dar aquela força. O software está disponível para Android, iOS, Windows Phone e com extensão para o Chro-me. É uma plataforma dinâmica e colaborativa que libera ferramentas didáticas e exercícios para o aprendizado.

Acabe com a falta de sinal de internet. Tenha acesso a senhas wifi de locais próximos a onde estiver com o Mandic Magic. O app, além exibir pontos de acesso no mapa, ainda oferece serviços de reser-va de hotel, carros para locação, compras de pas-sagem e a possibilidade de chamar táxis. Dispo-nível para Android, iOS e Windows Phone.

Marque e leia

Há aplicativo de tudo, até para encontrar um compa-nheiro ou companheira para o seu pet. O Tindog tem como objetivo achar animais de estimação próximos ao seu a partir do GPS e possui a mesma dinâmica do software Tinder para humanos. Dispo-nível para Android e iOS, to-talmente em português.

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28 Coaching em Revista

ATENDIMENTO REUQUE MILKE

Existem empresários, gerentes, líderes, que não têm ideia de onde po-dem chegar, pessoas que têm um potencial enorme, mas não sabem colo-car seus talentos para fora. Isso se dá muitas vezes pela acomodação, não trocam experiências, não usam o sucesso ou fracasso de outros profissio-nais para ajustarem seus caminhos e chegarem com mais facilidade em objetivos infinitamente maiores que os que experimentam. O coaching executivo é uma forma de ajudar a colocar esses talentos para fora, desa-fiando os limites do coachee, abrindo sua visão e galgando voos maiores em suas vidas. O objetivo do coaching é motivar o líder a abrir mão de tudo que não funciona e expandir o que ele tem de bom e que funciona. É a busca da alta performance.

Imagine como seria sua vida, tendo ao seu lado uma pessoa que o acom-panha, ajudando a criar caminhos para superar os obstáculos e desen-volver suas capacidades, o motivando a sair de sua zona de conforto e ir para um patamar maior, de mais resultados positivos. É isso que o coach faz, usa todo potencial de seu cliente para gerar novas capacidades, novas visões, provocando mudanças e acelerando seus resultados. Na verdade, coaching é o processo de ajudar o cliente a sair do estado atual e ir para o estado desejado, acreditando sempre que o cliente já tem todos os recursos necessários para evoluir, o desafio do coach é evocar esses recursos para que ele os coloque em prática.

Na última década, tive a oportunidade de desenvolver o coaching com diversos líderes e pude perceber de perto a transformação dessas pes-soas. Alguns acomodados, que ao passar pelo processo se transforma-ram em pessoas ativas; outros atolados em tarefas que se transformaram em pessoas organizadas e com tempo disponível; pessoas com um forte desequilíbrio entre trabalho e família que agora desfrutam do sucesso profissional e familiar, pessoas com dificuldades em bater metas que passaram a ser realizadoras de seus sonhos.

28 Coaching em Revista

COACHING EXECUTIVO MUDANÇA DE PARADIGMAS PARA O ALCANCE DE RESULTADOS EMPRESARIAIS

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29Coaching em Revista

Reuque Milke

O primeiro passo para o sucesso no coa-ching executivo é ajudar seus clientes a terem metas bem claras, bem definidas. Muitas pessoas querem mudar, mas não sabem especificamente o que querem. Nosso desafio é ajudá-las a visualizar suas metas, de forma tão clara que são capazes de enxergá-las nos mínimos de-talhes. Em seguida ajudá-las a criar as estratégias necessárias para desenvolver suas capacidades e atingir o que desejam.

Certa vez apareceu em minha sala um professor universitário interessado em melhorar sua comunicação. Até nosso primeiro encontro a avaliação dele em sala de aula era baixa, tinha dificuldade de manter a atenção dos alunos, era vago em suas explicações. Quando perguntei qual era seu verdadeiro objetivo, ele fa-lou que era “dar aula sem passar vergo-nha, sem ser ridicularizado”. Esse tipo de resposta é muito comum nas primeiras sessões de coaching, os clientes estão mui-to mais pensando no que não querem, do que no que querem. Objetivo é justamen-te o contrário, é olhar para onde está indo e não de onde está fugindo.

A primeira coisa que fiz foi ajudá-lo a criar um objetivo bem definido, que passou a ser, “quero ser um excelente professor universitário, com uma comu-nicação empolgante e clara, dando aten-ção aos alunos, explorando todo o meu potencial comunicativo”. Pedi a ele para detalhar o mais especificamente possí-vel este objetivo e fazer um desenho que o representasse.

29Coaching em Revista

Em seguida, perguntei, como ele iria se transfor-mar nesse professor? E a partir dessa pergunta, ele criou várias estratégias, muitas de sua própria experiência, pois ele era advogado e se expressa-va muito bem no tribunal ou com seus clientes, e outras estratégias foram criadas tendo modelos de professores de sucesso como referências, para modelar suas estratégias de comunicação. Foram alguns meses de muito empenho e dedicação de meu cliente, seguimos avaliando seus resultados semanalmente, corrigindo comportamentos, de-senvolvendo novas habilidades, até que finalmen-te alcançou seu estado desejado.

Atualmente este cliente desfruta de uma comuni-cação empolgante e envolvente, e o mais extraor-dinário é que quando são desenvolvidas novas capacidades, se vai muitas vezes além do objetivo desejado, pois capacidades são recursos disponí-veis para se elevar os resultados. Ele conseguiu se transformar no professor que queria, é respeitado e admirado a ponto de atualmente ser convidado para realizar palestras em simpósios e congressos.

Temos um potencial gigantesco dentro de nós e, às vezes, passamos a vida toda sem explorá-lo. Lembre-se que tudo que precisa para fazer a di-ferença está dentro de você, só esperando alguém ajudá-lo a colocar suas capacidades para fora. Este é o verdadeiro papel do coach, se faz necessário em muitos momentos de nossas vidas. Por mais que você pense que consegue ter sucesso sozinho, ex-perimente passar pelo processo de coaching e vai descobrir que tudo pode ser muito mais simples do que se imagina e seus resultados podem chegar muito mais rápido também.

Um grande abraço,

Professor, palestrante e coach executivo. Escritor do livro Team & Leader Coaching

pela Editora Ser Mais.rmilke.com.br

[email protected]

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30 Coaching em Revista

CAPA JOSÉ AUGUSTO CORREA

Olá pessoal, como estão vocês?

Hoje falarei sobre a conquista de um objetivo no qual pude ver na prática todos os conceitos que estou divul-gando em meus canais na internet e palestras.

Às vezes você pode ter dúvidas em relação ao seu objetivo e dizer coisas como: “Não irei conquistar, isto é ba-lela” ou “isso só acontece com quem é muito sortudo, não vai acontecer comigo”. Eu com certeza o com-preendo neste momento, pois é fácil falar de fé em si mesmo mas, às ve-zes, é complexo acreditar nisso. Este, creio eu, talvez seja o segundo prin-cipal motivo que leva as pessoas a falharem: a falta de fé em si mesmas. Por isso, resolvi compartilhar estas informações com vocês para ajudar os que querem acreditar em si mes-mos ainda mais e conseguirem seus reais objetivos. Acredite: se você está lendo isso que vou escrever, você está recebendo esta informação por algum motivo.

Mas vamos lá. Quando criança, mais precisamente em 1990, no meu ani-versário de 11 anos, recebi um pre-sente inusitado: um tabuleiro de xadrez. Achei aquilo belo e senti uma atração grande já em um pri-meiro momento, mas como morava em uma cidade que não tinha uma infraestrutura de xadrez naquela época (como professores que ensi-nassem o jogo) e a internet era bem escassa (acreditem, o MS-DOS era o sistema operacional das máquinas,

30 Coaching em Revista

A CONQUISTA DE UM OBJETIVO

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31Coaching em Revista 31Coaching em Revista

se não me engano algumas tinham o Windows 3.1 com o maravilhoso conceito de “janelas”), só fui aprender a jogar o xadrez um ano depois onde aprendi o movimento das peças e entrei em um campeonato ficando em penúltimo. Mas fascinado com o novo “brinquedo” queria jogar o tem-po todo e fui aos poucos evoluindo com livros de catálogo (Ediouro para os saudosos) e com as colunas de xadrez no O Estado de S. Paulo do Sr. Herman Claudius Van Riemsdi-jk que meu tio, assinante do jornal, gentilmente guardava, assim como as revistas Manchete que possuíam colunas de xadrez. Também nessa época começava a ganhar dos jogadores existentes na cidade.

Em 1992, consegui os primeiros títulos de ex-pressão na categoria escolar, sendo campeão citadino, microrregional, regional e vice--campeão estadual, aí sim vendo que aquela brincadeira iria um pouco mais longe. Nesta época treinava sozinho e me imaginava fa-zendo três coisas que se tornarão fundamen-tais nos dias de hoje para o nosso artigo:

Jogar com o campeão mundial (que na época era Kasparov, hoje um dos mais solicitados palestrantes do mundo e que manteve seu título por vários anos).

Participar de um mundial.

Ser um jogador internacional, um mestre inter-nacional.

Inicialmente, claro, naquela época, com 13 anos não conhecia bem essas questões de objetivos, metas, planejamento, pensamento positivo, fé, etc... Simplesmente tinha SONHOS, mas não objetivos como sei que devo fazer hoje. Sonhos na pureza de uma criança que so-nha com algo que quer muito. Fé era so-mente em Deus, mas fé em mim mesmo não tinha plenamente. Era gordinho e sofria muito bullying com isso (mesmo que o nome disso não fosse esse na época), mas come-çava a “madurar” e com isso já chegava a juventude que ia me

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32 Coaching em Revista

deixando mais autoconfiante. Foi um período de muita superação. Nessa época, o esporte e as competições moldaram o homem que sou hoje e que foi conquistando cada vez mais seus objetivos.

Joguei xadrez nessa primeira fase até 2000, quando devido ao grande fluxo de atividades profissionais acabei tendo que optar por ser

empresário e deixei o xadrez de lado. Foram oito anos de xadrez competitivo e mais de 30

troféus conquistados. Também nesse meio tempo ganhei troféus de Damas, Basquete, truco e domi-

nó. Enfim, era competição, tava dentro !

Em 2013, na semana entre natal e ano novo, re-solvi voltar a jogar. Nesses 13 anos que se pas-

saram desde a minha parada, muita coisa po-sitiva aconteceu em minha vida. Foram dez formações internacionais, nove livros, uma carreira e empresa sólidas, um casamento maravilhoso, superação de problemas de saú-

de, finanças sólidas e uma pessoa praticamente completa em sua essência. Foram anos maravi-lhosos. Nesse meio tempo aprendi a maioria das coisas que ensino hoje em relação ao pensamen-to positivo: objetivos, metas, planos, habilidades, afirmações, superação, etc... e achei que agora que a situação estava mais estável era hora de voltar aos tabuleiros, porém nem de longe poderia sa-

ber como seria voltar após tantos anos e com uma geração subsidiada de milhares de horas

de informação, treinando com mestres pela internet, milhares de livros gratuitos, sites

para jogar, etc... e eu totalmente fora desse mundo.

Voltei em 2014 a jogar, primei-ro torneio e primeiro troféu de campeão da minha categoria no Aberto do Brasil de São Bento do

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CAPA

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Sul – SC. O que aumentou muito minha autoconfiança e vi que se treinasse bastante conseguiria voltar a jogar em um bom nível.

Depois dessa primeira competição, algo muito bom aconte-ceu relacionado ao objetivo 1. Na Festa da Uva (tradicional festa em Caxias do Sul – RS) o campeão mundial Magnus Carlsen veio para participar de um torneio e de uma simultânea. Resolvi ir até Caxias para jogar com ele. Até o momento de me sentar frente a frente com ele não tinha ainda percebido que eu, ao alto dos 34 anos estava ali na frente do campeão mundial de xadrez REALIZANDO o meu objetivo de criança de 13 anos. E foi uma partida maravilhosa em um momento incrível de realização.

Nesse momento, eliminei qualquer dúvida em relação ao alcance de objetivos. O importante nesse momento é o RECONHECIMENTO de que você atingiu um objetivo. Isso acontece praticamente todos os dias com as pessoas respeitando as três leis: atração, compensação e gestação. O difícil, às vezes, é reconhecer. O ato de você nascer já mostra que é um vitorioso que venceu centenas de esper-matozoides na corrida da vida !

O ano se seguiu muito bem, fiz minha lição de casa, coloquei no papel o meu objetivo de ser Mestre Interna-cional de xadrez e comecei a treinar com foco nisso.

Aí entramos em um outro conceito que preconiza que o UNIVERSO CONSPIRA para seu objetivo se você REALMENTE o quer.

Quando estabeleci o objetivo de ser Mestre Internacio-nal (MI), o processo que permitia que este sonho fosse realizado estava ligado a uma série de competições nas quais teria que obter rating para conseguir ser um MI. Complexo para conciliar as atividades diárias e os custos para isso. Mas objetivo é objetivo e coloquei

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a lei da gestação a meu favor dando dez anos para a realização do objetivo, pretendendo atingi-lo em 2025.

Continuei a vida normalmente, treinando forte e todos os dias, até que no início do ano a FIDE (Federação Internacional de Xa-drez) resolveu abrir a FIDE Arena, um local online para jogar xa-drez oficialmente e com rating oficial. Junto com a FIDE Arena, uma política para as pessoas se tornarem MIs, bem mais acessí-vel que o processo clássico.

Não tive dúvida. Abracei a OPORTUNIDADE e foquei neste objetivo intensamente com ações para consegui-lo e, no dia 07 de abril de 2015, consegui o título de Arena International Master, obtendo assim meu objetivo! O fator mais forte deste objetivo para mim é que consegui dez anos antes e com o universo conspirando favoravelmente dando oportunidade, recursos e estrutura emocional para conseguir minha 11ª certificação internacional e a mais relevante para o meu lado pessoal.

Você acha que ficou faltando o mundial.

Sobre o mundial, aconteceu algo no dia 09 de abril de 2015 que realmente impressiona e se não tivesse vivido, creio que seria complexo de entender.

Como era um objetivo em início de 2015, estabeleci que iria jogar o mundial de xadrez amador na Grécia. Foquei em toda a infraestrutura necessária para isso, treinei um monte e nos-so ano de 2015 ficou muito “estranho” para o Brasil. Em uma decisão triste no mês de fevereiro, quando venciam os pra-zos para inscrição, decidi que não poderia jogar com receio do que poderia acontecer com o país economicamente e que esse dinheiro “faria falta”, pois estávamos falando de milhares de dólares e, com a subida do dólar atual, este valor ficaria na casa de 30 mil reais, um bom fluxo de caixa para qualquer empresa de consultoria. Isso me impediu de jogar “aquele” mundial, porém o que vi-ria novamente mostrar o que aconteceu sobre o universo conspirar.

CAPA

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Logo depois, a FIDE Arena promove os 8 qualifiers do mundial de xadrez (en-tre abril e agosto) para a disputa do: “Mundial Amador FIDE ARENA de Xadrez Relâmpago”. E claro, eu ESTAVA LÁ, de dentro de minha casa, com um custo irrisório, jogando o 1º qua-lifier no dia 09 de abril de 2015, sendo o me-lhor brasileiro e o 3º melhor latino do torneio até agora. Classificam oito por etapa e agora co-loquei como objetivo jogar a semifinal do mun-dial, para isso preciso me qualificar entre os oito em alguma das etapas. Esse é um outro conceito importante. O que fazer quando você atinge o objetivo? Acabou? Atingir um objetivo é sim-plesmente o início de uma nova declaração de objetivo. Viver também é uma consecução de objetivos. Nunca “pare na pista”, como diria nosso grande Raul.

Então faça seus pedidos, declare seus obje-tivos e conquiste. Conquistando reconheça, viva a alegria e faça seu novo objetivo. Com certeza, a fé em si mesmo e a fé em algo maior cresce a cada conquista realizada.

Talvez este seja o primeiro artigo meu que você esteja lendo, então o convido a acessar a fanpage do Facebook em https://www.facebook.com/joseaugustocorreapa-lestrante e os artigos que estão disponibilizados no site http://joseaugustocorrea.com.br/category/blog/

Para finalizar, deixo a mensagem que tenho feito como lema de vida nos últimos anos: acredite em você e em seus objetivos! Tenha fé, preparação e pla-nejamento. Você merece o sucesso!

Obrigado!

Empresário, palestrante, consultor, professor, auditor, coach, escritor, coautor de nove livros na área de

gestão e enxadrista com titulação internacional (FIDE Arena International Master).

http://joseaugustocorrea.com.br/[email protected]

José Augusto Correa

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}JO GORÁ

PI DO

Como você iniciou a carreira artística? Tentou seguir uma outra profissão?

Comecei muito cedo. Aos 13 anos já cantava em corais e tocava em eventos e pequenos concertos em Brasília. Também trabalho com Arte-Educa-ção e já sonhei em ser médica, mas não teve jeito.

Quais os principais desafios ao ser atriz de tea-tro musical no Brasil? Há alguma diferença de público para o teatro não musical e televisão?

- Acho que o principal desafio é manter-se sem-pre pronta para os desafios. Hoje em dia a com-

Sara Sarres

Por Julyana Rosa

Uma artista multifacetada, que vai da atuação ao canto, e à dança com naturalidade. A atriz e can-tora Sara Sarres já esteve em palcos do Brasil e do mundo. Representou diferentes papeis no teatro musical e protagonizou peças como “Os miserá-veis” e o “Fantasma da ópera”, espetáculo que agora parte em turnê para a China. Conheça um pouco mais de sua carreira.

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petição é muito acirrada e estar prepa-rada para a oportunidade acaba sendo o grande segredo. O público de teatro é bem diferente, afinal lá ele também é vivo, faz parte do seu momento de criação artística, troca energia com você durante toda a performance e dá um feedback instantâneo do que viven-ciou.

Que tipo de dicas daria a quem de-seja entrar para o meio artístico?

-Muito estudo, perseverança e dedicação.

Existe alguma similaridade entre o trabalho no meio artístico; caracterís-ticas necessárias que também sejam comuns ao profissional inserido no mundo corporativo? Quais?

Manter a prática e acompanhar o de-senvolvimento e a atualização na sua área é sempre imprescindível. Ler, es-tudar, pesquisar. Acomodar-se, nun-ca.

Como é a sua rotina diária? Há algum planejamento ou cronograma que se-gue para atingir metas?

Sou muito aérea, se não me organizo com rigor qualquer coisa tira a mi-nha atenção. Costumo fazer crono-gramas semanais e tento segui-los à risca. Desde horários de alimen-tação, exercícios, aulas, trabalho e eventos. Todos os dias antes de dor-mir confiro os dias seguintes. Sem essa organização fico perdidinha.

Foto: Carlo Locatelli.

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PORTUGUÊS EM DIA JACSON ANDRADE

Quero começar a participação nes-te espaço com o assunto de amplo interesse para o universo coaching, o gerundismo. Afinal, a principal ferramenta dos profissionais dessa área é a comunicação verbal. Então que não “esteja sendo gravada” na mente do contratante, uma má im-pressão.

Gerúndio - assim como o particípio e o infinitivo, o gerúndio é uma das formas nominais do verbo. Na nos-sa língua é formado pelo tema do verbo + a partícula -ndo e deve ser empregado para expressar ação no tempo presente ou ideia de progres-são indefinida. Estou almoçando, estava estudando.

Gerundismo - supostamente in-fluenciado pelo gerúndio inglês (verbo+ing), por ocasião da tradu-ção de manuais técnicos, gerundis-mo é a locução formada pelo verbo ir + verbo estar + verbo no gerúndio, transpassando a ideia de um futuro permanente. Vou estar te ligando.

Ainda que haja alguns defensores, essa prática cristalizou-se como um péssimo uso da língua, um vício de linguagem.

O pior gerundismo - o título desse é considerado como a pior constru-ção nesse aspecto, nele vemos qua-tro verbos, inclusive o uso das três formas nominais:

Esta ligação vai estar (infiniti-vo) sendo (gerúndio) gravada (particípio).

Endorreia - considerada como uma figura de linguagem, trata-se do uso frequente do gerúndio, mas não em combinação com outros verbos - partícula endo (vendendo, comen-do...) + reia (do grego rheo, fluir, espalhar...).

Jacson Andrade

Um bom exemplo de endorreia é a música Explode coração de Gon-zaguinha, nela há o uso frequente apenas do gerúndio, mas alguns autores erroneamente a consideram um exemplo de gerundismo. Veja-mos: “Chega de tentar dissimular e disfarçar (...) quero sentir a dor des-sa manhã nascendo, rompendo, ras-gando / tomando meu corpo e então / eu chorando, sofrendo, / gostando, adorando, gritando / feito louca alucinada e criança / eu quero meu amor se derramando não dá mais para segurar / explode coração!”

O uso correto - nem tudo está per-dido, há uma construção relaciona-da ao futuro que está corretíssima: Amanhã, durante o almoço, vou estar atendendo a ligação de uma operadora de telemarketing. (Isso sempre acontece justamente na hora em que estou almoçando!)

Abraço e até a próxima.

Palestrante, escritor, mestre em linguística aplicada (Unitau) e autor do projeto Gramática em Quadrinhos

www.jacsonandrade.com.br

ESTA LIGAÇÃO VAI ESTAR SENDO GRAVADA

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INFORMATIVO AAPSA

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*Por Fátima Farias

A transparência é abastecida pela co-municação clara, franca, honesta e baseada em valores. Para alavancar a empresa, o ideal é que exista equilí-brio entre crescimento e resultado. A busca por cumprir a meta a qualquer custo, leva ao desalinhamento e riscos elevados desnecessários. Uma reflexão mais profunda se faz necessária na cri-se: quais são as boas práticas de gover-nança das empresas que sobrevivem e prosperam em tempos difíceis?

Dentro deste cenário mais constrange-dor e diante de últimos acontecimentos, o Brasil terá um longo e árduo caminho a percorrer, pois a governança precisa ser atingida com maior afinco porque o “quadro de fraudes”, excesso de riscos e falta de transparência ainda permeiam algumas empresas que despencaram e criam expectativas falsas com perdas e riscos enormes interfronteiras.

Nos momentos de crise, entram em jogo as incertezas e os conflitos de agentes e de interesses. Os protagonis-tas neste cenário são: governo, acionis-tas, stakeholders, administradores, clien-tes, fornecedores e comunidades. Cada um entra com a respectiva demanda e reciprocidade neste amplo ambiente corporativo. Como consequência desse conflito, aumenta a dificuldade para realizar as ações gerenciais decisivas.

A ética é um dos elementos essenciais para que diferentes interesses dos prota-gonistas não ultrapassem de forma direta ou indireta a linha tênue na maximização de seus ganhos.

Outro ponto de vista refere-se às di-ferentes práticas de governança entre os países, ou seja, dependendo das diretrizes escolhidas e traçadas pelos dirigentes de cada nação, abre-se um importante elemento decisivo e tam-

AAPSA - GOVERNANÇA CORPORATIVA AVALIAR A TRANSPARÊNCIA DAS EMPRESAS, UM DOS PRINCÍPIOS MAIS IMPORTANTES

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bém problemático para compreender quais são os interesses envolvidos e as reais prioridades de cada um. As mé-tricas para mensuração dos resulta-dos de governança também variam de acordo com cada país, o que difi culta a assertividade dos dados em uma escala real desses ganhos e interesses de cada um. Algo ainda mais amplo, quando há necessidade de se medir o quanto foi atingido em uma escala real destes ganhos e interesses.

Torna-se necessário avaliar o grau de proteção aos investidores que pode ser atingido com incentiva e maior proteção nos investimentos a proje-tos, na geração de empregos, na am-pliação de renda e retorno para toda a sociedade.

Os governantes dos países ou empre-sas não podem ser consolidados por meio de discursos eufóricos e rasos. As narrativas entusiastas são segui-das de um vazio posterior nas ações e boas condutas e não representam pro-messas de retorno.

Avaliar o volume de informação e sua consistência, torna-se a base para análise e aprofundamento de decisões que devem ser tomadas com austeri-dade e seriedade, com base na criação de valor real, atrelado à visão sistêmi-ca dos mercados locais e globais.

Em suma, a transparência só acontece quando há um valor fundamental en-volvido da honestidade, sinceridade e franqueza na exposição de dados positivos e negativos relacionados ao desempenho de uma empresa.

Uma das grandes contribuições dos princípios da Governança Corpora-tiva se deve entender o quão impor-tante é detectar “confl itos de inte-resses” antes que eles se instalem e que o conceito de parceria deve ser embutida no conceito do signifi cado de “Stake”, em inglês, ou seja, no sen-tido de aposta de risco, onde ambas as partes assumem riscos expressivos nesta relação e devem buscar preve-ni-los ao máximo e de forma efetiva na confi rmação de seus princípios e valores diários.

Hoje, a visão correta a perseguir é criar valor para a sociedade. E isso deve ser iniciado pelos sócios, tan-to no âmbito familiar, educacional� formador da base e acadêmico mais amplo �, assim como no empresarial e no governamental.

* Fátima Farias é Vice-Presidente de Governança Corporativa da AAPSA e Consultora de Projetos de RH & Governança Corporativa na e-TA-LENT Consulting

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Entre os dias 17 e 20 de agosto foi realizada a 41ª edição do CO-NARH (Congresso Nacional de Recursos Humanos). O evento

contou com mais de 28 mil pesso-as, que circularam pelos estandes e puderam também conferir o espaço da Editora Ser Mais. Lá, além de pu-blicações da casa, os congressistas participaram de lançamentos e ses-sões de autógrafos dos livros Estra-tégias empresariais, Arte da guerra, O segredo do sucesso, Capital intelectual, A mulher é um show e Quem fala bem, vende mais. Os escritores Douglas de

CONARH 2015

CONARH JULYANA ROSA

Matt eu, Bob Floriano, Ana Laura de Queiroz, Antonia Braz, Benedito Mi-lioni, Edson de Paula, Risolene Cou-tinho de Sousa e Rodrigo Machado estiveram presentes e autografaram exemplares de seus livros.

O congresso é realizado anualmente pela Associação Brasileira de Recur-sos Humanos (ABRH) e reúne conte-údos relacionados à gestão. Este ano, teve como tema “A arte da gestão de pessoas: desafi os, incertezas e com-plexidade” e foi sediado no Transa-mérica Expo Center em São Paulo. Confi ra as fotos dos momentos de autógrafos no estande.

Ana Laura de Queiroz, à direita.

Rodrigo Machado.

Benedito Milioni.

Risolene Coutinho de Sousa autografa.

Edson De Paula.

Douglas de Matt eu.

Antonia Braz com leitor.

Reinaldo Polito e Bob Floriano.

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LEILA NAVARRO COMPORTAMENTO

O escritor norte-americano Ernest Hemingway dizia que tardamos dois anos para aprender a andar e falar, e a vida toda para aprender a calar. Mas se pensarmos um pouco, concluiremos que há muitas outras coisas importantes que não chegamos a aprender ou, se aprendemos, demora-mos muito para colocar em prática. Uma delas é o aprender a dizer não.

Há pessoas que não dizem não porque têm medo de magoar o outro. Outras evitam dizer não porque temem que a negativa torne um impe-dimento e feche portas. Algumas outras nem ousam pensar na palavra “não” porque são dominadas pelo sentimento de inferioridade. Mas cá entre nós, é fato que dizer sim e amém para tudo é muito mais fácil porque gera menos problemas e faz todos se sentirem bem.

Frente às numerosas vezes que os pais educam seus filhos com o não - “menino, isso não se faz”, “isso não se diz”, “isso não se toca”- tem muitas crianças que já são capazes de dizer não e, por isso, são vistas como crianças com personalidade forte. Mas este ainda não é o “não” que estou falando. Outra fase que nós costumamos colocar em prática o “não” é na adolescência, com os pais, porque queremos começar a

É TEMPO DE APRENDER A DIZER

NÃO!

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COMPORTAMENTO

Leila Navarro

Palestrante motivacional, autora de 14 livros, entre eles, “Talento para ser Feliz”, “Talento à prova de crise” , “O po-der da superação”, “Obrigado, equipe” e “Autocoaching de Carreira & de Vida”.leilanavarro.com.br

nos afirmar como adultos, mas é um não que retrata nossa insegurança e vontade de ser do contra e de afron-tar. Ainda não é desse não que esta-mos falando. Pois esse aponta para um “não” reativo e não de um “não” profundo, uma escolha consciente, que é o não a que me refiro.

Por outro lado, existem pessoas que demonstram coragem, dizem não de forma contundente! São pessoas difíceis de serem esquecidas porque muitas vezes nos identificamos (se-cretamente) com elas na forma de pensar e como gostaríamos de ter a coragem de dizer o que elas dizem na hora em que dizem. Pessoas as-sim são admiráveis!

Algumas, nem quando algo colide diretamente com seu interesse arris-cam dizer não, outras, sim, mas sem dúvida, isso ainda é insuficiente. O tipo de não que destaco neste artigo (e proponho que seja praticado) é aquele que marca um antes e um de-pois em nosso comportamento, na nossa maneira de conduzir a vida. Então, esses “nãos” devem surgir como: não quero seguir assim, não quero mais você, não estou me valo-rizando, não vou me enganar mais,

não estou dando tudo, não estou aproveitando meu potencial, não es-tou passando a ação, não estou me respeitando.

Nesse contexto, o não é usado como uma demonstração de que não acei-tamos, de que sabemos o que que-remos e que chegaremos aonde nos propomos porque confiamos em nossas capacidades. É o que chama-mos de assertividade. A capacidade de dizer sim ou não nos momentos em que essas palavras indicam cla-ramente o nosso posicionamento.

Parabéns para todos que já são as-sim, para quem ainda não é, tenho uma boa notícia. Essa habilidade pode ser desenvolvida. No portal www.leilanavarro.com.br eu dispo-nibilizo um teste de assertividade e também tenho um livro com o nome “Autocoaching da assertividade”. Se você entende que precisa exercitar a assertividade na sua vida, estão aí algumas dicas importantes. Para di-zer sim, temos que antes dizer não, na verdade um não vive sem o outro.

Pense nisso !!!

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É bom lembrar que o ní- vel de aprendizado de incompetência conscien- te é aquele em que a pessoa se encontra quando se deu conta de que NÃO SABE, mas tem a curiosidade e sente a necessidade de aprender algo. É um estado intermediário de aprendizado. Temos, ainda, antes des-se nível a incompetência inconsciente, que precisa ser despertada para algo que se queira aprender ou desenvolver. Ou seja, a pessoa não sabe que não sabe. É um estado de “alegria ignorante”.

O coaching financeiro é um processo que visa chamar atenção para esses três níveis de aprendizado, que correspondem ao estado de despertar, estimular e maximizar em cada um os melhores resul-tados financeiros, levando-os à realização planejada e consciente de sonhos e da independência financeira. Este é o estado da competên-cia inconsciente. A pessoa nem sabe mais que sabe, ela pratica natu-ralmente o que aprendeu.

Muitas são as razões para o cuidado com a vida financeira. Temos um aumento de longevidade da população, ofertas aceleradas de bens de consumo, induzindo as compras supérfluas que viram necessárias, a economia com oscilações de índices de inflação, fazendo preços des-controlar orçamentos. Hábito de consumo privilegiando o presente e comprometendo o futuro, aumento de crédito facilitando compras a prazo, desconhecimento da importância de juros compostos, da im-portância de fazer poupança cedo na vida e falta de conhecimento do mercado financeiro, entre outros.

Carlos Sampaio ESTRATÉGIA

COACHING FINANCEIRO:

O CAMINHO PARA SAIR DA INCOMPETÊNCIA CONSCIENTE PARA

A COMPETÊNCIA INCONSCIENTE

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Para quem se destina?

Considerando dados estatísticos do IBGE, 95% dos brasileiros que chegam à idade da aposentadoria, apenas 1% deles mantém o mes-mo padrão de vida. Assim sendo, o coaching financeiro ou a educação financeira pessoal é indicada para todas as pessoas que sinceramen-te buscam melhorar a sua relação com o dinheiro no presente e ga-rantir um futuro mais seguro para si e seus filhos, independentemente de idade ou renda. Para adolescen-tes iniciarem seus projetos de vida de forma consciente e madura, fa-mílias, adultos que não ainda não fazem um planejamento e também para adultos que já fazem e querem ainda qualificar o que fazem.

Quais as razões da falta de pla-nejamento financeiro pessoal?

São várias, mas a principal é a fal-ta de educação financeira, a qual não foi fornecida pelas escolas ou pelas famílias. (Nos países de-senvolvidos a família se encar-rega de educar os filhos. É uma transferência de pai para filho). O Brasil, além de aspectos cultu-rais desfavoráveis, viveu muitos problemas econômicos como falta de equilíbrio de suas contas (gas-tos maiores do que receitas), com inflação elevada, criando, além de tudo, o que se chama de memória inflacionaria. A memória inflacio-

ESTRATÉGIA

nária significa falta de sentimen-to com o dinheiro, ou seja, quanto mais rápido você gastar, melhor será. Dessa forma, condena-se ou se deixa à revelia o futuro financeiro. Outro aspecto de grande influência são as crenças firmadas na infância com ideias deturpadas sobre di-nheiro, comparando pessoas ricas com desonestas, por exemplo. Ou confusões religiosas, onde o dinhei-ro não representa algo de bom.

Como é o processo de coa-ching financeiro e por que pode ajudar?

É um processo que consiste no le-vantamento da situação financeira atual e interpretação dos seus sen-timentos de satisfação em relação a cada item avaliado, numa escala de referência de um a dez. Alguns itens básicos são: fluxo de caixa, a renda atual, bens ativos, rendimen-tos, o controle de gastos, as reservas financeiras para a realização de so-nhos, dívidas, investimentos e pla-nos de aposentadoria.

Com esse ponto de partida, iden-tificam-se prioridades a serem resolvidas, estabelecendo qual a situação desejada no futuro. É fir-mado um compromisso com tare-fas a serem feitas semanalmente. As sequências de tarefas são fei-tas com foco no objetivo futuro, e assim gera confiança e sinergia, para, por exemplo: criar um plano

de independência financeira para aposentadoria aos 40, 50 ou a ida-de desejada; criar um método de controle de gastos da família mais eficaz, aprender a poupar, eliminar dívidas prejudiciais, usar cartão de crédito com inteligência financeira, decidir gastos e compras sem emo-ções, eliminar consumo compulsi-vo, construir carteiras de investi-mentos adequadas às necessidades de cada um, transformar sonhos em metas, calcular o valor das metas, trabalhar questões relativas a cren-ças limitantes que impedem e boi-cotam a independência financeira e uma vida plena.

Como é desenvolvido o processo: Pode ser feito em até oito reuniões individuais de 1h30min em média de forma presencial ou por skype. Pode ser feito por meio de curso de 8 ou 12 horas. O processo segue os moldes de metodologia e técnicas de coaching, acrescidos da aplicação de concei-tos financeiros básicos.

O planejamento financeiro pode ser feito sem um pro-cesso de coaching?Sim, ele pode. Contudo, com coa-ching, ou seja, com o processo, a metodologia e o acompanhamento de um profissional coach habilitado o caminho é direto e mais rápido. O coaching equivale a andar por ruas desconhecidas de uma cidade usan-do um GPS. Você chega ao destino com exatidão e mais depressa.

“Se você estiver disposto a reali-zar o que é fácil, a vida será difícil. Mas, se concordar em fazer o que é difícil, a vida será mais fácil.” Li-vro: Os segredos da mente milio-nária – T. Harv Eker

Carlos Sampaio

Master Coach, Business Executive Coaching e Professional Personal Coaching. Executivo Financeiro e consultor Só-cio Diretor da Integral Coaching e Consultoria Empresa-rial e CDS – Desenvolvimento Humano Ltda. Escritor do livro “Mapa da vida” pela Editora Ser Mais. [email protected]

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MOTIVAÇÃORUY LEAL

Sinceramente, acredito que os jovens são o único capital que a humanidade tem para o futuro. Jovens representam, por sua natureza e definição, a continuidade das coisas, a evo-lução e a existência neste planeta. Qualquer horizonte só pode ser alcançado se houver outro horizonte à frente e, nesta metáfora, o jovem é o próprio instrumento de construção do futuro e da permanência humana neste pequeno planeta Terra.

Quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha? Na relação entre jovens e gestores de em-presas neste século, quem deve se adequar a quem? Tanto na primeira situação como na segunda há quem valorize muito a busca da resposta, como há quem não valorize isso. No meu ponto de vista, o que importa é que um precisa do outro, só fazendo sentido se um contar com o outro.

O MAIOR DESAFIO DOS JOVENS DIGITAIS

O livro Jovens Digitais aborda os onze combates que o jovem do século XXI precisará enfrentar em sua inadiável caminhada ao mundo produ-tivo, destacando as questões relevantes dessa empreitada profissional e considerando o que é valor para o contratante e o que é valor para o contratado.

Propõe transgredir e transpassar a maneira re-corrente utilizada na abordagem da relação dos jovens deste século com as empresas. Assumiu a necessidade que um tem do outro, insistindo que o campo de atuação de ambos não se dará somente dentro das fronteiras da empresa, mas, obrigatoriamente, olhando os impactos do que for realizado diante das necessidades deste planeta, que grita por urgentes mudanças nos sistemas produtivos vigentes.

No segundo combate do livro, “O mundo que

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MOTIVAÇÃO

deixamos aos jovens”, é desnu-dada a dramática situação do nosso planeta, mostrando que o aquecimento global é somente a ponta do iceberg, apontando incontáveis ambientes bastante deteriorados que apresentam enorme perigo à existência hu-mana, além de destacar que os seus estoques estão se exaurin-do. No contraponto, aos nos-sos jovens, estamos deixando vigorosos instrumentos como o desenvolvimento tecnológico forte e disponível, num patamar suficientemente poderoso para se alcançar metas impossíveis. E a biotecnologia, com força su-ficiente para ressemear a vida no planeta. Se conseguirmos passar valores suficientes para alcan-çarem o necessário desenvolvi-mento humano, essa garotada avançará até onde precisamos que avancem.

Os jovens que chegaram ou que chegarão ao meio empresarial neste século trazem consigo um modo novo de enxergar o mun-do, sendo educados e prepara-dos com o uso de diferenciada parafernália tecnológica e, pos-sivelmente, por isso, capazes de encontrar soluções novas para as mais variadas necessidades. Se são portadores de propostas que levarão a inéditos processos produtivos, serão hábeis o sufi-ciente para desenvolver inova-dores e sustentáveis modelos de produção? Terão a sensibilidade para estabelecer outras formas, bem menos poluidoras e extrati-

vistas, de promover o bem-estar da humanidade nesta única mo-radia que ainda se tem para vi-ver? Essa é a grande aposta que o livro Jovens Digitais está fazen-do em suas páginas, somando-se à corrente que prega profundas transformações no centenário jeito de produzir, comprovada-mente poluidor e responsável direto pelas dramáticas mudan-ças climáticas e ambientais que vivenciamos.

Você, leitor, poderá igualmente verificar no livro a apresentação das melhores práticas existentes no mercado de trabalho para a introdução e desenvolvimento de jovens em programas bas-tante utilizados para a formação de novas equipes nas empresas. São dedicados sete dos onze combates para uma conversa no detalhe com você, sobre os pro-gramas de estágio, aprendiz e trainee. Em muitos momentos de sua leitura, identificará pelas pá-ginas do livro, a proposição, por diversas vezes reiterada, de que os jovens representam a única es-trada para a formação de futuras lideranças e, por conseguinte, a sempre almejada revitalização dos negócios.

Há dezenas de anos, notadamen-te nos últimos sete ou oito, ob-servo que tem havido acentuada preocupação, quase obsessão, de escolados gestores em descobrir a fórmula mágica que possa en-cantar os talentosos jovens deste século a abraçar profissional-

mente suas organizações. E os jovens, de seu lado, procuram organizações dos sonhos, que possam ser o oásis nesse monu-mental emaranhado de realidade empresarial, disponibilizando, a um só tempo, rápida ascensão profissional e proporcionando consistente qualidade de vida aos seus colaboradores. Se não existe fórmula mágica de en-cantamento, como também não há empresa dos sonhos, de que modo se promoverá o casamen-to ideal de empresas reais com os talentosos jovens, que não es-tão prontos, mas que enxergam o mundo por um prisma único e só seu? Como no casamento, em que um lado não pode subjugar o outro, Jovens Digitais indica, em seu décimo primeiro combate, o amálgama, propondo aos dois lados, empresas e jovens, a fu-são das gerações, com o entendi-mento de que qualquer que seja o caminho a trilhar, que ele possa nos levar a soluções que trans-cendam os muros empresariais e nos leve ao futuro sustentável.

Tenho a sensação e a expectati-va de que você, leitor, viajará se sentindo muito bem por essas páginas, rumando ao seu melhor amanhã. Que assim seja!

Ruy LealSuperintendente Geral do Instituto Via de Acesso, organização da Sociedade Civil de caráter sócio-educacional e de assistência social de Interesse Público. Autor dos livros Condutores do amanhã, Jovens inteligentes entram no mercado de trabalho e Superdicas para empre-ender seu próprio negócio.www.viadeacesso.org.br/

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VENDASMARCELO ORTEGA

Caros leitores,

No momento atual, a empresa que não prepara bem sua equipe irá amargar terríveis resultados negativos este ano. O mercado está reclamando muito, não é para menos. Re-cessão, juros altos, queda da indústria, no comércio, de-semprego. O empresário precisar virar o jogo e, para isso, será preciso tomar decisões especialmente na área de ven-das, onde moram os maiores desafios.

Segundo o dicionário, empresa é o lugar onde se empreende e onde se visa ter lucro.

Há muito empresário, no entanto, que sofre com perdas e prejuízos especialmente gerados pelas falhas no processo de vendas, antes durante e depois do fechamento de ne-gócios.

Quero destacar a seguir dez formas para reduzir conces-sões excessivas, perdas desnecessárias e proteger assim a lucratividade de sua empresa ou negócio.

Ensine sua equipe a negociar pelo valor, não por preço. O vendedor de desconto agride fortemente sua margem de contribuição e lucro. Como empresário ou dirigente de uma equipe de vendas, devemos sempre visar o posicio-namento estratégico pelo valor de nossos produtos e ser-viços, não pelo “precinho” e “prazão”.

DESCONTO, CONCESSÕES, PERDA DE LUCRATIVIDADE. PARE COM ISSO AGORA MESMO!

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VENDAS

Mostre como se faz: estimule as pessoas a aprenderem pelo seu exemplo. Para tanto, simule uma situação real de venda ou realmente faça uma venda em que a negocia-ção tenha ênfase em superar a ob-jeção a preço ou prazo, e que seja bem-sucedida em termos do con-vencimento do cliente a comprar pelo resultado que ele terá com sua empresa.

Atenção ao volume de desconto dado: empresas que vendem mui-to podem não vender bem. Quem vende com desconto, por exemplo, média de 5% pode estar jogando fora 30 a 40 % de sua margem. Esse é o caminho para o fracasso gene-ralizado.

Não dê, troque: muitos vendedores concedem antes de ter o fechamen-to. Eu até entendo ter que flexibili-zar (um pouco) o preço ou o prazo de pagamento, mas isso só seria válido quando estamos no momen-to de fechar o negócio. Há muito vendedor que mostra todas as car-tas que tem na manga, e não fecha. Precipitação e ansiedade podem co-locar tudo a perder.

Desafie sua equipe a criar alter-nativas durante uma semana: im-plemente o modelo “semana sem desconto”e veja o resultado. Pro-mova na equipe a criatividade es-sencial para o desenvolvimento de

Marcelo OrtegaPalestrante, consultor e treinador focado em aumentar a produ-tividade de equipes de vendas. Autor de bestsellers como Suces-so em vendas, Inteligência em Vendas, Red Book. É colunista de importantes canais de conhecimento como Exame.com, revista Venda Mais, Época Negócios, Portal G1, Catho, HSM entre ou-tros. www.marceloortega.com.br

uma área de vendas saudável. Eles podem associar serviços extras na hora de fechar negócios, ao invés de dar descontos. Agregar valor com esforço extra é um caminho e dife-rencial para vender em momentos difíceis. Estabeleça um patamar de iniciativa e autonomia para o ven-dedor ser colaborativo e expor me-lhores práticas com seus colegas. Os melhores negociadores precisam contar suas táticas e técnicas.

Desenhe um novo modelo de ven-das orientado a resultados por pe-ríodo. Monte um fluxo de vendas como um funil, onde na entrada es-tão todos os contatos e se pode me-dir a conversão de contatos iniciais até o fechamento, passando por to-das as etapas da venda.

Analise as vendas perdidas no estágio de levantamento de neces-sidades, apresentação de proposta, negociação e fechamento. Se seus vendedores não conseguem levar pelo menos 50% dos contatos frios (clientes em nível de primeiro con-tato) à etapa seguinte, de levanta-mento de necessidades e, conse-quentemente, proposta, pode ser o caso de rever seus métodos de trei-namento técnico e comportamental.

Demita alguns vendedores que não realizam entre 20 e 30% de fe-chamentos. Se mesmo depois de ter lhes dado treinamento, ações e

materiais de marketing, fluxo de potenciais clientes ou meios para construir carteira, o vendedor não desenvolve um volume de dois a três fechamentos para um volume de dez contatos, será perda de tem-po mantê-lo no time.

Crie um plano para cada vendedor, antes de demitir. Construa uma meta possível, embasada em resul-tados já realizados por outros na equipe e mostre os caminhos para que cada profissional possa desen-volver contatos e negociações bem--sucedidas.

Monitore o lucro: compartilhe--o com sua equipe, criando assim metas não apenas por volume de vendas, mas também metas por lucratividade, qualidade da venda, produtividade x liquidez.

Conheça mais ferramentas de nego-ciação e vendas em meu site www.marceloortega.com.br nas sessões ferramentas, vídeos e artigos de vendas.

Ao investir tempo e dinheiro na re-modelagem de seus processos de vendas, você pode minimizar drasti-camente os prejuízos que, fatalmen-te, terá ao perder mercados, seus bons vendedores e clientes ainda fieis. Valorize seu time comercial in-vestindo em treinamento, o melhor caminho para tirar o “s” da crise.

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52 Coaching em Revista

VOCÊ QUER CHORAR OU VENDER LENÇO EM TEMPOS DESAFIADORES?

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MOTIVAÇÃO JULIANA LUSTOSA DY MIRANDA JULIANA LUSTOSA DY MIRANDA

Vivemos momentos desafi adores, e mui-tas coisas são ditas e até “inventadas” para que a maioria das pessoas fi que paralisada, no entanto, trago um pensamento que tem funcionado, “Você quer chorar ou vender lenços?”, a escolha é somente sua. Nosso destino é construído de acordo com nossos pensamentos, sentimentos, ações e os re-sultados virão de acordo com sua decisão.

O que me chama a atenção é como as pes-soas estão dedicando seu tempo para as tragédias e eventos negativos, e como o uso da tecnologia tem espalhado essas no-tícias e imagens rapidamente.

Na última semana, inúmeras mensagens, fotos e piadas de mau gosto foram publi-cadas e compartilhadas a respeito da mor-te de uma pessoa famosa, e muitas vezes as pessoas se esquecem de respeitar o luto da família, e isso vira um evento, uma atração, aonde vão apenas para tirar fotos e postar e compartilhar nas redes sociais.

Acredito que cabe uma refl exão neste mo-

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53Coaching em Revista

Juliana Lustosa dy MirandaMaster Coach e Treinadora Comportamental. Escritora do livro Team & Leader Coaching pela Editora Ser [email protected]://diamondd.com.br/

mento referente aos pensamentos, sentimentos, ações e resultados que estão tendo, cito esses quatro elementos porque eles caminham sempre juntos.

Responda intimamente essas ques-tões: quais foram os seus resultados deste 1º semestre do ano?

Você está fazendo o que se propôs a fazer na virada do ano?

Você está satisfeito com sua vida e com suas colheitas?

Trabalha onde gostaria de tra-balhar? Ganha o que gostaria de ganhar?

Se as respostas foram sim, PA-RABÉNS! Você está com o foco positivo, certo e trabalhando em prol das suas metas. Continue a se aperfeiçoar e dedicando seu tem-po ao que realmente é importante para a sua vida.

Porém se suas respostas foram não, PARE. Faça uma reflexão dos seus pensamentos, onde você está colocando foco e empregando seu tempo. É preciso começar a mu-dar seus pensamentos e direcio-ná-los para os seus objetivos.

Compartilho com você um exercí-

cio simples e muito profundo:

As três peneiras de Sócrates...

Verdade

Bondade

Necessidade

Um homem procurou um sábio e lhe disse: - Preciso contar-lhe algo sobre alguém! Você não imagina o que me contaram a respeito de... Nem chegou a terminar a frase, quando Sócrates ergueu os olhos do livro que lia e perguntou: - Espere um pouco. O que vai me contar já passou pelo crivo das três peneiras? - Peneiras? Que pe-neiras? - Sim.

A primeira é a da VERDADE. Você tem certeza de que o que vai me contar é absolutamente verdadeiro? - Não. Como posso saber? O que sei foi o que me con-taram! - Então suas palavras já va-zaram a primeira peneira. Vamos então para a segunda peneira: a BONDADE. O que vai me contar, gostaria que os outros também dissessem a seu respeito? - Não! Absolutamente, não! - Então suas palavras vazaram, também, a se-gunda peneira. Vamos agora para

a terceira peneira: a NECESSIDA-DE. Você acha mesmo necessário contar-me esse fato, ou mesmo passá-lo adiante? Resolve alguma coisa? Ajuda alguém? Melhora alguma coisa? - Não... Passando pelo crivo das três peneiras, com-preendi que nada me resta do que iria contar. E o sábio sorrindo con-cluiu: - Se passar pelas três penei-ras, conte! Tanto eu, quanto você e os outros iremos nos beneficiar. Caso contrário, esqueça e enterre tudo. Será uma fofoca a menos para envenenar o ambiente e fo-mentar a discórdia entre irmãos. Devemos ser sempre a estação terminal de qualquer comentário infeliz! Da próxima vez que ouvir algo, antes de ceder ao impulso de passá-lo adiante, submeta-o ao crivo das três peneiras porque: Pessoas sábias falam sobre ideias; Pessoas comuns falam sobre coi-sas; Pessoas medíocres falam so-bre pessoas.

Mantenha pensamentos e ações positivas, evite assuntos e pessoas pessimistas e lembre-se de focar sempre na solução. Seja positivo. A VIDA RETRIBUI!

Compartilhe seus resultados: [email protected]

MOTIVAÇÃO

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54 Coaching em Revista

coffee break

Aqui você aprende inglês e se diverte. A cada edição são novas piadinhas e vocabulários diferentes para enriquecer o seu outro idioma.

Ladies manThe elderly man fl att ered himself that he was still a ladies’ man and decided to fl irt with the beautiful waitress.“So tell me, sweetheart, where have you been all my life?’” he crooned.“Actually, sir,” she pointed out sweetly, “for the fi rst 45 years of it, I wasn’t even around.”

CookiesOne day a blonde walked into a cookie shop to see a small tray full of cookies. The sign said ‘free sample’ so she took one.The next day the blond was sick and could barely move. She swore revenge upon the cookie shop. She marched back to the cookie shop and burst into the cookie shop and slammed her foot. Your cookies made me sick! she screamed, pointing to the ‘free sample’ tray.Oh, what are we going to do about that? said the store clerk, as he bit his lip.I want my money back! screamed the blonde.

Vocabulary Helpcroon - cantarolar, murmurarelderly - idosofl att ered - lisonjeadofl irt - fl ertarstill - aindasweetheart - querida, docinho, amortell me - diga-mewaitress - garçonetewhere have you been all my life? - onde você esteve toda a minha vida?

Vocabulary Helpcookie shop - loja de biscoitostray - bandejafree sample - amostra grátistake (take, took, taken) - pegarsick - doentecould barely move - mal podia se moverswear (swear, swore, sworn) - jurarrevenge - vingançaslam - baterfoot - péscream - gritarbit - morderlip - lábio

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ARTIGO IVAEL FREITAS

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a. O autoconhecimento disponibiliza forças pessoais

Muitas pessoas não vencem seus desafios pessoais por falta de consci-ência de suas forças. Possuem carac-terísticas “nobres”, mas porque não as encaram como forças, tais habili-dades ficam inacessíveis.

b. O autoconhecimento revela os limites

Prefiro o termo “limites” do que “fra-quezas”. É através do autoconheci-mento que o coachee vai poder conhe-cer seus limites, ou seja, as barreiras que o impedem de avançar. Quando ele conhece seus limites, pode envi-dar esforços sistemáticos e focados para superá-los. Todo esforço que não tem um objetivo específico em mente é apenas perda de tempo.

c. O autoconhecimento potencializa os valores

Os valores governam nossas ações e, juntamente com as crenças, são os agentes que nos permitem ou proí-bem de fazer algo. Um processo de coaching vai trazer à tona os verda-deiros valores do coachee o qual, as-sim, pode tomar decisões soberanas e com significado.

d. O autoconhecimento reforça as virtudes

Virtudes são comportamentos que fazem com que alguém seja bom ou voltado para o bem. Somente as pes-soas virtuosas conseguem ser real-mente felizes. O autoconhecimento deste poder de felicidade torna as pessoas melhores e, consequente-mente, melhora os ambientes.

COMO SE DÁ O PROCESSO DE AUTOCONHECIMENTO PELO COACHING.

e. O autoconhecimento consolida o propósito

É terrível viver por viver, sem um propósito. Quando alguém se conec-ta ao seu verdadeiro propósito, até a pior tarefa vai fazer sentido e haverá aumento de resiliência, automotiva-ção e clareza de princípios.

Após mais de 25 anos trabalhando com formação de pessoas, em 2011/12 fiz duas formações em coaching e em setembro de 2014 passei a atuar 100% como coach para propósito. Muito mais do que uma simples “moda”, o coa-ching é uma realidade e está presente quase que universalmente em todos os campos da vida humana. E ele veio para ficar. Seja nos esportes, na carreira, nos negócios, no estilo de vida, na saúde ou mesmo para melhoria pessoal, coaching é um tipo de parceria altamente recomendável para quem quer ter incremento na performance.

Como o coaching é baseado em autoconhecimento, em primeiro lugar, é preciso entender a importância do autoconhecimento em si. Afinal, por que buscar autoconhecimento se torna tão fundamental?

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57Coaching em Revista 57Coaching em Revista

Ivael FreitasLife Coach, palestrante, sócio proprietário da Opção 12 Consultoria e Assessoria, coautor do livro Team &

Leader Coaching pela Editora Ser Mais. Idealizador do programa Desperte Sua Melhor Versão (despertesua-

melhorversao.com.br)[email protected]

ivaelfreitas.com.br

a. Um profi ssional treinado

Todo processo de coaching deve ser con-duzido por um profi ssional que tenha for-mação não só nas técnicas e ferramentas do coaching em si, mas também de vida, ou, no mínimo, da área em que atua.

b. Feedback saudável

O coaching não é composto de aulas, mas, principalmente, de feedbacks. O coachee deve estar preparado para rece-ber feedbacks sem tentar se defender ou se proteger.

a. O coaching é voltado para a ação

Desde a primeira sessão, o coachee já po-derá saber como ele age e reage diante dos desafi os propostos para atingir os objetivos acordados com o coach.

b. O coaching põe foco no futuro

Diferentemente do que muitos pensam, autoconhecimento tem muito mais a ver com o que se é capaz de fazer no futuro do que entender os porquês de se ter feito ou não algo no passado. De ação em ação e de planejamento em planejamento, o coachee se conhece cada vez mais e melhor.

c. Perguntas instigantes

O bom coach não é aquele que sabe tudo sobre todos os assuntos, mas aquele que sabe fazer as perguntas certas, que levem o coachee a pensar e a desejar as mudanças que precisa viver.

d. Desafi os pessoais

O coaching pressupõe mudança e mu-dança signifi ca saber enfrentar desafi os. O próprio autoconhecimento em si já é um grande desafi o. Deve-se estar pre-parado para desafi os de superação, de criatividade, de opções.

c. O coaching removecrenças limitantes

Henry Ford disse certa vez que “se você acredita que pode ou se você acredita que não pode, você estará sempre cer-to.” O coaching remove as crenças limi-tantes e faz o coachee alcançar o que an-tes era impossível.

d. O coaching une as pontas soltas

Vários princípios da educação tradicio-nal, da religião, do convívio em socie-dade e mesmo da experiência da vida passam a fazer sentido quando o coachee se depara com as ferramentas e práticas

e. Mensuração de resultados

Parte importante do processo de coaching é a possibilidade de mensuração dos re-sultados. Autoconhecimento que termine numa análise “ótima” ou “ruim” não vai signifi car muita coisa, mas se todas as análises tiverem uma medida compreen-sível, então fará todo sentido.

de coaching, por serem técnicas que fo-ram estudadas e agrupadas em torno de alguns temas e princípios universais.

e. O coaching impacta a performance

O melhor resultado de autoconhecimen-to é poder fazer melhor aquilo que não podia antes.

Em segundo lugar, é preciso entender que o coaching é um processo de par-ceria, não mágica. Assim, deve conter os seguintes elementos básicos:

Em terceiro lugar é importante frisar que o próprio processo de coaching é pensado exatamente para gerar esse autoconhecimento no coachee. Veja por que:

Portanto, o autoconheci-mento é praticamente ine-rente ao coaching, sendo per-feitamente possível alguém passar pelo processo sendo exatamente esse o objetivo: conhecer-se melhor.

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A capital paulista já possui a maior redução proporcional de empregos no comércio varejista do Estado nos sete primeiros meses de 2015. Houve uma queda de 2,1% em relação ao ano passado. Somente em julho foram eliminadas 438 vagas, 24.725 admissões e 25.163 desligamentos, resultan-do na ocupação formal de 666.074 empregados. Os dados são da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com base em informações do Ministério do Trabalho e Emprego por meio do CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).

Até dia 23 de novembro estudantes de Ciências Exatas poderão inscrever seus proje-tos de conclusão de curso (TCC) no Academic Working Capital (AWC). O programa é desenvolvido pelo Instituto Tim e apoia negócios com base tecnológica para a criação de produtos, estimulando jovens empreendedores a abrirem empresas a partir de suas ideias. Para participar, os estudantes devem ter mais de 18 anos e comprovar que estão trabalhando no TCC. Mais informações pelo site: awc.institutotim.org.br

Estudantes, atenção! Termina no dia 23/10 o acesso ao simulado gratuito para o ENEM desenvolvido pelo Sistema Ari de Sá em parceria com o UOL. Para realizar as provas e conferir o desempenho nas disciplinas, basta fazer a inscrição pelo site: http://simula-do.educacao.uol.com.br/

Emprego em baixaFecomercioSp aponta redução

de 14 mil vagas

Oportunidade para estudantes de exatas

Simulado gratuito para o ENEM

NO ALVO

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59Coaching em Revista

O Conselho de Administração da Seguros Unimed elegeu o Dr. Helton Freitas para o cargo de Diretor--Presidente da Seguros Unimed, com mandato estabelecido até abril de 2017. Esta deliberação deve-se à vacância do cargo em razão do prematuro passamento do Dr. Rafael Moliterno Neto, no dia 15, sábado último. Não há alteração na Diretoria Executiva. O próximo passo é encaminhar a decisão do Conselho de Administração da Seguros Unimed para homologação da Susep - Superintendência de Seguros Privados. O Dr. Helton Freitas é médico do trabalho e especialista em Saúde Pública, com foco em Planejamento e Administração de Serviços de Saúde.

DANÇA DAS CADEIRAS

Fonte: assessorias de imprensa das empresas.

Carolina Morand, até então âncora do CBN Total, assume o comando do CBN Rio. Para o lugar dela no CBN Total segue Fernando Andrade. Carolina dividirá os microfones do CBN Rio com Lilian Ribeiro, que continua no noticiário. Para o lugar dela no CBN Total se-gue Fernando Andrade. Todos são veteranos na CBN: Carolina entrou na emissora como estagiária, em 1998; Fernando já foi repórter e chefe de Reportagem e soma 14 anos na Redação de São Paulo. Fonte: Portal Jornalistas.

CBN substitui âncoras

Nova direção na Istoé Brasília Mudança na diretoria de criação da NBS em São Paulo

Débora Bergamasco é a nova diretora da Istoé Brasília. A jornalista deixou a assessoria espe-cial do ministro da Justiça José Eduardo Cardo-zo e assumiu a sucursal da revista. Fonte: Portal Jornalistas.

O publicitário Serginho Lobo, como é mais co-nhecido no mercado, assume a criação da NBS em São Paulo respondendo diretamente a An-dré Lima e a Carlos André Eyer. Serginho vem da NBS no Rio de Janeiro e antes de trabalhar na unidade carioca da agência, foi diretor de criação da Isobar por três anos. Antes, passou pela Leo Burnett de Lisboa e Madrid.

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60 Coaching em Revista

A era da curadoria

O acesso cada vez maior à tecnologia permite hoje que informações de toda sorte cheguem até nós das mais diferentes formas. Num mo-mento em que todos pode-mos ser, ao mesmo tempo, leitores e autores, surge a necessidade de saber se-lecionar no meio do caos aquilo que, de fato, tem re-levância e credibilidade. Afi -nal, em que prestar atenção? O que realmente importa? Mario Sergio Cortella e Gil-berto Dimenstein levam a debate neste livro a ideia de curadoria do conhecimento. Em bate-papo instigante, eles apresentam esse novo conceito e iluminam vários aspectos de nossa cidadania.

Mario Sergio Cortella e Roberto DimensteinPapirus 7 maresR$ 27,90

Ted - Falar, convencer, emocionarGrandes ideias merecem ser compartilhadas. Com essa fi losofi a, as palestras TED se tornaram mundialmente co-nhecidas por sua qualidade e alcance. Em TED: falar, con-vencer, emocionar, Carmine Gallo revela as técnicas utiliza-das por grandes oradores para conquistar plateias e vencer o medo de falar em público.Para entender como são feitas as melhores apresentações, Gallo analisou centenas de vídeos de palestrantes presti-giados, como Steve Jobs, Bono Vox, Stephen Hawking e Bill Clinton, além de entrevistar importantes pesquisadores das áreas de comunicação, neurociência e psicologia. A partir disso, o autor desen-volveu um método que possi-bilita a qualquer um ser capaz de idealizar, estruturar e apre-sentar uma palestra no melhor estilo do TED: envolvente e memorável.

Carmine GalloEditora SaraivaR$ 22,80

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Comunicar para liderar

Liderar é comunicar. Quem chegou à posição de liderança pode inferir que já se comu-nica bem. Ou, por outro lado, que o essencial é fazer e não comunicar. Neste livro reve-lador, dois craques na área explicam a importância da boa comunicação e mostram os segredos para chegar lá. Além das questões verbais, como a escolha das palavras, o jornalista Mílton Jung e a fonoaudióloga Leny Kyrillos destacam aspectos como o olhar, a postura, o humor, a roupa e, claro, a fala. Afi nal, dar o recado corretamente não é questão apenas de conteúdo, mas também de forma. Além disso, o líder que sabe comuni-car também sabe escutar. Para auxiliar o leitor a desenvolver suas habilidades de expressão, o livro traz dicas práticas vol-tadas a mudanças de hábitos. Os autores abordam também os principais desafi os enfren-tados cotidianamente, em di-ferentes situações e para qual-quer plateia. Obra essencial tanto para líderes quanto para futuros líderes.

Leny KyrillosMilton JungEditora Contexto R$ 39,90

O poder da ação

Neste livro, Paulo Vieira o convida a quebrar o ciclo vicioso e iniciar um cami-nho de realização. Para isso, ele apresenta o método res-ponsável por impactar 250 mil pessoas ao longo de sua carreira - e que pode ser a chave para o que você tanto procura. No decor-rer destas páginas, o autor lhe entrega uma bússola. E para conseguir se guiar por ela você terá de assumir um compromisso com a mu-dança. Preparado? Apro-veite todas as provocações e os desafi os propostos nes-ta obra para conseguir, de fato, fazer o check-up com-pleto sobre si mesmo. Acor-de, creia, comunique, tenha foco, AJA! Pare de adiar sua vida e seja quem quer ser a partir de agora. Não existe outra opção. E está em suas mãos reescrever seu futuro.

Paulo VieiraEditora GenteR$ 23,90

VITRINE DE SUCESSOS

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61Coaching em Revista

O que fazer com as mãos enquanto fala?Com se livrar dos terríveis “ahhs” e “humm” que demonstram insegurança e interrupções de raciocínio? Como colocar suas opiniões de maneira clara e precisa, convencendo seus ouvintes? Essas são dú-vidas que povoam a mente de todos os que precisam se apresentam em público.Com os sete princípios da persuasão criados por Bill Mcgowan, você aprenderá a vencer as armadilhas da comunicação para alcan-çar aquilo que deseja. O método de Mcgo-wan, além de efi caz, é reconhecidamente fácil de aprender, implementar e dominar.

Os 7 princípios da persuasão

Sugestão de sucesso

Todo mês, uma escolha para vocêampliar seu conhecimento

Bill Mcgowan e Alisa BowmanEditora SaraivaR$ 23,80

Com se livrar dos terríveis “ahhs” e “humm” que demonstram insegurança e interrupções de raciocínio? Como colocar suas opiniões de maneira clara e precisa, convencendo seus ouvintes? Essas são dú-vidas que povoam a mente de todos os que

Com os sete princípios da persuasão criados por Bill Mcgowan, você aprenderá a vencer as armadilhas da comunicação para alcan-çar aquilo que deseja. O método de Mcgo-wan, além de efi caz, é reconhecidamente

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62 Coaching em Revista

SUA PERGUNTA...

...MAURICIO RESPONDE

Você também procura respostas? [email protected]

Estou num grande dilema. Tive problemas de re-lacionamento na última empresa em que trabalhei e, agora, já em vias de começar em outro trabalho, tenho medo de descobrirem os erros do passado.

Como posso trabalhar essa insegurança?

Gabriela Mantovan Siqueira

Cara Gabriela,

O seu problema é mais comum do que imagina. No dia a dia sempre ouvimos desabafos como o seu, não se sinta tão insegura. Ao começar a trabalhar, pense realmente em uma nova vida e no aprendizado anterior, como o que fez pode-rá ajudá-la a crescer como ser humano e a não ter as mesmas atitudes. Não encuque, dará tudo certo. Sucesso!

Um forte abraço.

Mauricio SitaMestre em Psicanálise Clínica, jornalista e experiência de 20 anos em cargos

executivos de empresas nacionais e multinacionais.

MAURICIO RESPONDE

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COACHING ANDRÉ PERCIA

DEFININDO METAS PARA O COACHINGMuitas coisas nos animam e nos interessam, mas nem tudo o que nos interessa ou que nos já cogitamos ter será de fato uma meta. Meta é alguma coisa a qual escolhemos tirar do universo incerto das possibilidades para transformar em realidade.O que já desejou ou sonhou ter em sua vida que merece ser eleva-da ao “status” de meta?Metas serão mais fáceis e motivantes quando estão em consistên-cia com seus valores, ou seja, quando vão de encontro ao que lhe parece mais importante. Ou que ajudam que essas coisas conside-radas importantes sejam alcançadas ou atendidas.O que lhe parece mais importante? O que gostaria que se trans-formasse em uma META a qual, ao mesmo tempo, contempla ou está em harmonia com o que me é caro?

A meta que eu desejo realizar:

_________________________________________________________

1. A META DEVE SER DECLA-RADA DE FORMA POSITIVA: O que especificamente você quer conseguir/ obter?

2. A META DEVE SER INICIA-DA A PARTIR DE SEU ESTADO ATUAL: Especifique a situação atual. Onde está hoje em sua vida se compa-rado com o objetivo desejado? Como – especificamente – pode iniciá-la a partir deste ponto?

3. A META DEVE GERAR MOTIVAÇÃO: Especifique o objetivo. Por que a meta é importante em si e na sua vida como um todo? Quais valo-res serão contemplados, qual o prazer e a satisfação que experi-mentará ao construir e alcançar a meta? Por que valerá à pena?

4. A META DEVE PROVER EVIDÊNCIA de que está sendo construída e alcançada: Crie uma representação motiva-dora com o que vai ver, ouvir e sentir DURANTE O PROCESSO DE CONSTRUÇÃO e CONQUIS-TA da meta. Se imaginar que já a vive num futuro e que esse futuro é agora presente, o que vai ver, ou-vir e sentir?

5. A META DEVE LEVAR EM CONTA A ECOLOGIA PESSOAL: ELA é compatível com o resto da sua vida? Vai repercutir de forma harmônica em seu entorno? Senão, quais ajustes necessita fazer para que esta se torne mais harmônica?

6. A META DEVE TER A PRÓPRIA PESSOA COMO RESPONSÁVEL POR SUA MANUTENÇÃO E INI-CIAÇÃO: Que passos podem ser iniciados e gerenciados por você?

7. A META DEVE LEVAR EM CON-TA O CONTEXTO: Onde, como, com quem – especifi-camente - pretende alcançar o SEU objetivo?

8. A META DEVE LEVAR EM CONTA OS RECURSOS DISPONÍVEIS: Quais recursos estão disponíveis dentro e fora de si e quais outros re-cursos são necessários para o alcance de sua meta?

9. A META DEVE SER REALÍSTICA, ou seja, possível de ser iniciada e alcançada. O que realmen-te é possível e realmente pode ser fei-to para o alcance de seus objetivos?

10. A META DEVE GERAR PRAZER. Quanto prazer poderá obter e supor-tar com o alcance da meta?

Para AUMENTAR O PODER de sua meta dentro de sua mente, trabalhe um a um os critérios abaixo:

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André PerciaPsicólogo clínico e hipnoterapeuta com formação internacional

em Coaching. Coordenador de livros da Editora Ser Mais.youtube.com/Andrepercia

[email protected]

Agora que formulou sua meta de acordo com cri-térios que favorecem sua realização, é chegado o momento de se perguntar: O que vou começar a fazer para alcançar essa meta? Como vou agir na realidade, para materializá-la?

TRABALHANDO METAS E ESTIMULANDOO CÉREBRO A AUMENTAR O FOCO Para complementar o processo, arranje fotos, panfletos, recortes de revista e tudo mais que pu-der acerca da prática esportiva em questão. Mon-te um painel ou impresso e coloque na sua ge-ladeira prendendo com ímãs ou na parte interna da porta do armário que você abre todos os dias, no espelho no qual se olha e escova os dentes to-dos os dias e talvez como descanso de tela em seu computador, por exemplo. Tal exposição repetida ajudará a “mostrar” repetidas vezes para seu cé-rebro o que deve de ser procurado, mesmo que não fique pensando muito a respeito.

Se existem dissonâncias entre suas ações do dia a dia e suas metas, identifique os elementos disso-nantes e se pergunte o que pode aprender com eles.

Dissonâncias e indecisões a respeito do que estamos buscando conseguir indicam que temos que exami-nar algo que está emergindo do fundo de nosso ser. Interesse-se pelo que pode aprender com elas.

Ao identificar dissonâncias, agradeça a essa “par-te interior” por estar “sinalizando” aspectos que precisam de sua atenção e use a estratégia de per-guntar-se quais são as intenções positivas poten-ciais desta parte, ou seja, o que ela está tentando fazer por você por meio da manifestação dessas desarmonias ainda presentes. Elas estão servindo para quê? Em seguida, desenvolva formas curio-sas e saudáveis de lidar com isso diferentemente do que vinha fazendo até agora.

Muitas são as nossas metas: profissionais, físicas (relacionadas ao corpo e saúde), metas espiri-tuais, familiares, afetivas, sociais, religiosas en-tre outras. É importante que todas essas metas sejam congruentes entre si, e, evidentemente, congruentes com as suas grandes metas na vida. Se isso não ocorrer, você estará gerando disso-nâncias múltiplas de metas, o que atrapalha o coaching. Por exemplo: Meta de ser saudável que se contrasta com o ato de fumar dois maços de cigarro por dia.

O QUE DEPENDE DE MIM PARA CONSTRUIR MAIS HARMONIA, CONGRUÊNCIA E CON-SISTÊNCIA PESSOAL?

Pergunte-se sempre: Como posso me divertir e sentir prazer no processo de construir minha meta?

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66 Coaching em Revista

ARTIGO REINALDO POLITO

extremos de ser ou não ético há um campo cinzento que fica mais cla-ro ou mais escuro dependendo da época, da cultura, da circunstância e das necessidades das pessoas en-volvidas. Jean Valjean, protagonista da eterna obra de Victor Hugo, foi absolvido pela história por ter rou-bado alimento quando precisava matar a fome. Foi ético ou não?

Por outro lado, quem foram essas pessoas pesquisadas? Será que es-ses ingredientes também não estão presentes nos produtos concorren-tes que não foram mencionados? Ocultar essas informações para di-recionar a compra do produto pode ser considerado uma atitude ética?

Para minimizar informações negati-vas, por exemplo, um órgão gover-

namental pode comparar números atuais com os do ano anterior, que já

era muito ruim, para dizer que a situação não piorou

tanto. Deixa de dizer, entretan-to, que se a comparação fosse feita

com os dados do início do seu go-verno, o resultado seria visto como catastrófico.

E assim, quando é favorável o re-sultado é apresentado em números absolutos, quando é conveniente mudar, os dados passam a ser for-necidos em percentuais. A percep-ção de um problema muda muito de um caso para outro. Se disserem que a criminalidade em uma região aumentou apenas 0,01% pode dar a impressão de ser um número irri-sório. Quando nos damos conta de que esse percentual corresponde a mil pessoas assassinadas, não pare-ce ser tão irrelevante assim.

A conduta ética e responsável deve pautar todas as nossas ações. Divul-gar números, estudos, estatísticas e pesquisas sabendo que os dados escondem informações importantes não nos torna melhores cidadãos. Ficar atentos a informações distorci-das e alertar os que nos cercam sobre essas mentiras e omissões é atitude que demonstra sim nossa cidadania.

Quando cursei a Faculdade de Ciências Econômicas tive um pro-fessor de estatística que fez uma ad-vertência em tom solene: “Cuidado com as pesquisas e com as estatísti-cas. Muitas delas são falsas e menti-rosas”. E passou a aula toda dando exemplos de estudos divulgados que não correspondiam à realidade.

Alguns anos depois, um econo-mista brilhante, Roberto Campos, em tom jocoso nos presenteou com uma pérola que se inseriu de forma definitiva no folclore econômico brasileiro: “Estatística é como bi-quíni – mostra tudo, mas esconde o essencial”. Em outras palavras, e de maneira mais engraçada, deu a mesma lição ensinada pelo saudoso professor de estatística.

A comunicação tem essas armadi-lhas. Alguns números são apresen-tados de uma maneira para atender às conveniências de uns, e de outra para atender aos interesses de ou-tros. Cabe a quem os recebe inter-pretar o que efetivamente está por trás dos dados anunciados. Algu-mas informações são estabelecidas como premissas verdadeiras, nos confundem e nos levam a acreditar que as conclusões delas deduzidas são mesmo verdadeiras.

A questão toda se apoia na ética, ou na falta dela, para transmitir informações enganosas. Entre os

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Reinaldo PolitoMestre em Ciências da Comunicação, palestrante,

professor de expressão verbal e autor consagrado.www.polito.com.br

CUIDADO COM PESQUISAS FALSAS E ESTATÍSTICAS MENTIROSAS

Informações propositalmente falsas, todavia, ferem os preceitos éticos, independentemente das circuns-tâncias. Quantos de nós já ouvimos anúncios de sabonetes ou cremes dentais que com algumas variações afirmam que determinadas substân-cias neles contidas são apreciadas por nove de cada dez pessoas pes-quisadas. Parece que estamos falan-do mesmo de excelentes produtos.

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