revista 7ª edição

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Editorial

Amantino Tadeu de Godoy

Diretora Comercial:Marly Izeppe de Godoy

Diretor Executivo:Amantino Tadeu de Godoy

Diretora Editorial e jornalistaresponsável:

Janaina Nees Dias Cescato - MTB: 57634e-mail: [email protected]

Arte e diagramação:Karina Prado Grin - MTB: 39440

Revisão:Maria Salete Cabeça

Fotógrafo:Fábio Bombonato - MTB: 47762

Publicitária:Cristina Spaulonci Silveira Benfatti

Administração:Danielle de Godoy Mathiazzi

Cristiane Almeida de JesusLígia Gerin Benvenutti

Serviços gerais:Alex Paulo Alves

Os anúncios e informes publicitários sãoespaços adquiridos pelos anunciantes e

seu conteúdo é de inteira responsabilidadede cada um deles, cabendo à Revista TOP

apenas reproduzi-los nos espaçoscomercializados.

A opinião de colaboradores nãonecessariamente é a opinião da revista.

Matérias assinadas são deresponsabilidade de seus autores.

Sugestões e críticas:e-mail: [email protected]

Rua João Pessoa, 254 - Vila NovaBarra Bonita / SP / CEP: 17340-000

Fone/fax: (14) 3641-5184e-mail: [email protected]

Tiragem: 1.500 exemplaresTexgraf Editora e Indústria Gráfica

Rua Ivan Fleury Meirelles, nº 30Vila Narcisa - Barra Bonita - SP

Fone: (14) 3641-6050

Revista TOPPublicação bimestralda Godoy Propagandae Publicidade

4

Em abril, a Revista TOP completa seu primeiroaniversário. Um ano de muita alegria e luta. Agradeço avocê, leitor, pois nossa dedicação se deve à cumplicidadeexistente entre nossa redação e você. A Revista TOP chegaem sua residência, em seu estabelecimento comercial ou nasbancas, trazendo o melhor da informação.

Com matérias interessantes, fotos diversificadas e leituraatraente, aos poucos, conquistamos mais e mais lares.Percebendo isso, sentimos a importância de, cada vez mais,prestarmos um serviço de relevância a você.

O que realmente importa é a produção de pautas em queos barra-bonitenses e igaraçuenses se identifiquem com aRevista TOP. Recebemos muitos e-mails com elogios,sugestões e críticas, os quais são cuidadosamenteanalisados para assim melhorarmos nosso trabalho.

Nossa equipe trabalha com dedicação, com umadiagramação moderna dando brilho às matérias elaboradaspelos jornalistas e colaboradores aos quais agradeço a todos.

É você, leitor, quem faz a Revista TOP ser um veículocom cadernos para todos os gostos: Moda, Beleza,Saúde, Cultura, Comportamento, Casa e Arquitetura,Viagem, Marketing, Gastronomia, Esporte, Entrevista,Economia, Direito, História, Nutrição, Perfil, Coisas &Causos, Teen e Circuito TOP.

Aproveitamos para agradecer aos assinantes e aosfiéis anunciantes, responsáveis pelo sucesso deste meiode comunicação.

A Revista TOP sempre será para nos comunicarmoscom todos que estão aprovando nosso trabalho econtinuará sendo nosso compromisso com a cidade e oleitor. A Revista é TOP porque você é TOP!

‘ A Revista TOP completa um ano! Graças a VOCÊ!

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Férias, praia, piscinaé tudo de bom! Mascom o fim doverão é hora dereparar osprejuízos. Seseus cabelos“estão por umfio”, leianestamatéria dicassimples eincríveis quea Elizandranos ensina!

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"Procuro cuidar do meucabelo fazendo hidrataçãouma vez ao mês no salão.Em casa utilizo produtos

indicados pela minhacabeleireira, como xampus

e condicionadores semsal. Acredito que

um cabelo bemcuidado é

essencial paraa nossa

aparência”.Beatriz

Guzzo Duz

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Por Janaina CescatoO sol, o vento, o sal, o cloro e as altas

temperaturas retiram a umidade natural edestroem a queratina do cabelo. Com isso,os fios perdem “massa” e ficam sensíveis. Oquadro se agrava, se o cabelo já estiverdanificado pelo uso excessivo de secador echapinha, abuso de processos químicos edieta desequilibrada. Resultado: cabelos semvida e maltratados.

Quem pode nos explicar melhor a respeitodeste assunto é Elizandra Bernardes Scalizza,proprietária do Instituto Elizandra HairDesign. “A queratina é o agente principal quecompõe a cutícula do cabelo. Pode serempregada através de tratamentos feitos nosalão ou até mesmo nos produtos usados namanutenção diária com os cabelos”, diz acabeleireira. Há muitas novidades no setor que,constantemente, lança produtos e tecnologiasque prometem sanar ou, ao menos, minimizaros desgastes causados pelos agentes do verão.“Hoje contamos com uma gama de produtosque nos auxiliam nos tratamentos. Uma dasmelhores opções para os cabelos danificados eressecados é a reposição da umidade natural dosfios feita através de uma hidratação. Mas, antes,o cabelo precisa ser avaliado por um profissionalpara recomendar o procedimento correto, poisa espessura dos fios, o grau do desgaste entreoutros fatores implicam na quantidade deproduto aplicado, método e duração”, alertaElizandra. Ela ainda indica o uso de filtro solar exampu antirresíduos (uma vez por semana paraeliminar o cloro e outros acúmulos).

Confira alguns dos problemasmais frequentes e suas soluções:Pontas duplas Causada pelas agressões externas(sal, cloro e até areia, que geram atrito na fibra capilar),essa bifurcação é comum em cabelos cacheados, cresposou que passaram por excesso de procedimentos químicos.A superfície irregular desses tipos de cabelos não permiteque o óleo (natural e protetor) dos fios chegue até aspontas. Use silicone para juntar as pontinhas;

Couro sensível Dor e vermelhidão sãoconsequências das queimaduras solares, que prejudicam aestrutura do fio e descamam o couro cabeludo. Apliqueum creme com alto poder hidratante, que contenhasilicones e ativos calmantes (camomila e aloe vera). Ahidratação intensa auxilia a restauração da barreiracutânea local, reduzindo a dor e a inflamação;

Cabelo desbotado Os raios UV penetram nointerior do fio (córtex), onde ficam os pigmentos naturaise artificiais, oxidando-os. Os escuros f icam avermelhadose os loiros adquirem um amarelado estranho. Pior aindaquando o cabelo já está maltratado e poroso. Xampustonalizantes são ótimos nesta situação. Mas, o ideal éprocurar um profissional caso seja necessário fazer uma

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decapagem para clarear os fios de maneira uniforme. Sódepois é recomendado aplicar o tonalizante escolhido;

Opaco As ceramidas (tipo de “cimento” que une asescamas dos f ios) sofrem deterioração quandoexpostas direta e constantemente ao sol. Então elas seabrem, perdem os nutrientes internos e o cabelo f icaáspero e opaco. Aplique uma máscara de alto poderhidratante de duas a três vezes por semana, useprodutos com ativos doadores de brilho (como extratode pérola e orquídea). Evite secador e chapinha (ocalor desidrata ainda mais o cabelo);

Arrepiado Fios desidratados -por processosquímicos ou pelo uso de produtos inadequados- ficamrebeldes e eriçados. Invista em ativos reconstrutores;máscaras enriquecidas com queratina (que repõem oslipídeos) e produtos à base de óleos ou ceras;

Embaraçado Nossos cabelos possuem cargaselétricas. Uma agressão provocada por escovação,tintura, alisamento ou descoloração desequilibram essascargas deixando os fios emaranhados. Cremesespecíf icos para pentear e pentes de madeira comdentes largos para desembaraçar são os maisindicados. Condicionadores e máscaras hidratantescontribuem para estabilizar as cargas elétricas. Elembre-se: nunca durma com os fios molhados;

Esverdeado Não! A culpa não é do cloro. Osulfato de cobre -utilizado no tratamento das águasdas piscinas– é um metal que se adere à queratina dosfios, deixando-os esverdeados. Nas madeixas escuras,a reação não é tão perceptível, mas f ica nítido nasloiras. Para amenizar use um xampu antirresíduos; façatambém um banho de leite (deixando agir 20 minutos),depois enxágue normalmente;

Quebradiço Essa fragilidade é causada pelos raiossolares que afetam a fibra capilar e rompem as ligaçõesquímicas responsáveis pela saúde do cabelo. A açãodos raios é ainda maior quando as mechas estãoúmidas, com resíduos de sal e cloro (sensibilizante).Mas, calma! Você pode fazer um tratamento poderosono salão. A cauterização, por exemplo, é um processode reconstrução capilar muito indicado que inserequeratina nos fios por meio de vapor ou com produtosativados pelo calor da chapinha ou do secador.“Recupera a elasticidade, promovendo uma hidrataçãoprofunda que sela as escamas dos fios. Já na nanocauterização, a queratina é aplicada de forma mais adequada e necessária, fixando nas áreas onde existem‘buracos’ na cutícula sem supersaturar de queratina osfios”, completa Elizandra.

Jana

ina C

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ElizandraBernardesScalizza –profissionalismo,beleza e simpatia

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Mais cálcio, menos peso

Pesquisas afirmam: aingestão diária e correta de

cálcio ajuda a emagrecer

Por Janaína CescatoQue o cálcio é indispensável para todos os organismos

vivos e, principalmente, para o crescimento e manutenção deossos e dentes, não é novidade para ninguém. Mas, vocêsabia que ele pode contribuir também para perder peso? É oque revelam as novas descobertas em nutrição e obesidade.

A nutricionista Fabiana Santiago Fedato, formada pelaUniversidade do Sagrado Coração (USC), afirma que ocálcio está, sim, relacionado com o controle do pesocorporal. Isso acontece porque, segundo ela, “o cálciodiminui o hormônio PTH (paratireoide) e a vitamina D eessas substâncias são responsáveis por diminuírem aconcentração do cálcio dentro das células, o que facilita aquebra de gordura, ajudando a emagrecer”. O consumocorreto do mineral modifica o trabalho das células “fazendocom que elas armazenem menos gordura ativando ometabolismo e eliminando aquelas gorduras que já estavamacumuladas”, complementa.

Quando ingerimos pouco cálcio, ou seja, umaquantidade insuficiente da qual necessitamos, o organismolibera mais vitamina D e paratormônio; esses doishormônios agem na célula de gordura para aumentar osseus estoques.

Outro processo explica essa relação entre cálcio eemagrecimento: o mineral pode influenciar o organismo aacumular energia. Isso acontece pelo aumento de umaproteína chamada UCP, que aumenta a liberação de calor,diminuindo a retenção de gordura.

E tem mais: há indícios de que o cálcio interfira noaproveitamento da insulina (hormônio que, além de regulara fome, é essencial aos processos metabólicos). Quando hádeficiência do mineral em nosso organismo, pode ocorrerum desequilíbrio da insulina. O excesso de insulina nacirculação sanguínea, por sua vez, estimula a retenção deenergia na forma de gordura, aumentando o tecido adiposo.

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Quantidade e qualidadeQuantidade e qualidadeQuantidade e qualidadeQuantidade e qualidadeQuantidade e qualidadeA quantidade de cálcio que consumimos,

sem dúvida, é importante. Porém, ainda maisrelevante é a qualidade da absorção destemineral – tanto sob a forma de suplementos ouobtido através do leite e seus derivados, carnese hortaliças. “O aproveitamento total destenutriente pode ser alterado por diversosfatores como a capacidade de digestão de cadapessoa e a saúde intestinal. Para melhorar aabsorção temos que diminuir a ingestão de sal(sódio), gordura e cafeína”, explica anutricionista. “O ideal é consumir o cálciopresente na alimentação, fazendo refeiçõesfracionadas, na quantidade e com a qualidadenutricional adequada”, acrescenta.

Inúmeros artigos sobre o tema diferemquanto seria a dose diária indicada do minérioque, além de garantir resistência aos ossos edentes, auxilia também na contração musculare na condução de impulsos nervosos. Algunsespecialistas concluíram que a suplementaçãode 2000mg de cálcio aumenta a excreção degordura em 6,8 a 7,4 %. Para Fabiana, a

o cálcio diminui o hormônio PTH(paratireoide) e a vitamina De essas substâncias sãoresponsáveis por diminuírem a

concentração do cálcio dentrodas células, o que facilita a quebra

de gordura, ajudando a emagrecer.explica a nutricionista Fabiana Santiago Fedato

Jana

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Fabiana Santiago Fedato dá exemplospráticos do consumo ideal de cálcio e ressalta:a qualidade da absorção é mais importante doque a quantidade que ingerimos

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queijos;leite;

iogurtes;peixes;

espinafre;amêndoa;gergelim;sardinha;

flor crua de brócolis;aveia;

couve-manteiga;castanha-do-pará;

avelã;abacate;agrião

A vitamina D -sintetizada pela luzsolar e encontrada em peixes oleosos-é fundamental para a absorção decálcio e fósforo dos alimentos; omagnésio -presente em cereaisintegrais, gérmen de trigo, nozes esementes, acelga, espinafre, feijãopreto, etc- importante para os ossos,funcionamento das células e dealgumas enzimas. Por isso, ossuplementos de cálcio mais eficazessão aqueles que apresentam em suafórmula o acréscimo de vitamina D emagnésio.

Outro dado interessante revela queo nível inadequado da vitamina D podeatrapalhar a capacidade de emagrecercom dietas pouco calóricas. Parece queesta vitamina inibe uma via hormonalque, quando ativada em excesso,contribui para problemas ligados àobesidade e afeta o desenvolvimento eo metabolismo de células adiposas.

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ção

quantidade necessária é de,aproximadamente, 1gr/dia, ou seja, até1000mg tanto para homens, mulheres ecrianças. Essa quantia difere somente emdeterminadas fases da vida como gestaçãoe menopausa, por exemplo. Lembrandoque existem muitas pessoas comintolerância à lactose (açúcar do leite) e,portanto, não podem consumir leite e seusderivados, então, a elas é prescrita asuplementação em cápsulas ou tabletes de1000mg - 1500mg de cálcio sempreministrado junto com a vitamina D queotimiza a absorção.

VVVVVitamina Ditamina Ditamina Ditamina Ditamina De Magnesioe Magnesioe Magnesioe Magnesioe Magnesio‘‘‘‘‘

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Por Carla IzeppeSeio turbinado, bumbum empinado, nariz

arrebitado, barriguinha sarada. Mais que nunca, acirurgia plástica estética tem aproximado homens emulheres do sonho de ter um corpo digno daspáginas de revistas. O Brasil, aliás, ocupa o segundolugar no ranking mundial de cirurgias plásticas –sãoaproximadamente 700 mil por ano– somente cerca de30% delas são reparadoras, enquanto as demais 70%são estéticas. O país só tem menos “adeptos aobisturi” que os Estados Unidos, de acordo com osdados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.

A cada ano, o número de cirurgias plásticasestéticas só cresce no Brasil. A ‘mais pedida’ entre asbrasileiras continua sendo a intervenção parainclusão de prótese mamária, o famoso implante desilicone, indicado para quem tem o desejo deaumentar o tamanho das mamas.

Para o médico cirurgião plástico Dr. MoacirManiero Júnior, a quantidade de adeptos a essas

cirurgias cresceu porque, com o passar do tempo, elasficaram mais acessíveis para a população. “É pelo maior

número de médicos atuando na área, a maior divulgação daespecialidade, a redução dos custos desses procedimentos. E devemosconsiderar também a melhora do poder aquisitivo da população”, diz.

No ranking de realização de cirurgiaplástica estética, os brasileiros sóperdem para os norte-americanos.Maior número de médicos, maisinformação, redução dos custos e odesejo do corpo perfeito motivam oboom nesse segmento da medicina

Adeptosao bisturi

Fonte: Dr. Moacir Maniero Júnior

As principais cirurgias plásticas estéticas

AbdominoplastiaIndicação: correçãode abdômen emavental (excesso depele no abdômen)Internação: 1 ou 2 diasRecuperação:aproximadamente3 semanas

MamoplastiaredutoraIndicação: correçãode mamas volumosasInternação: 1 diaRecuperação:aproximadamente3 semanas

RinoplastiaIndicação: correçãode deformidadesno narizInternação: 1 diaRecuperação:2 semanas

Inclusão deprótesemamária (implantede silicone)Indicação: para pessoasque desejam aumentar ovolume das mamasInternação: 1 diaRecuperação: 2 semanas

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“As pessoas devem estar conscientes das limitações das cirurgias, que não sãoum milagre e, sim, um meiopara obter uma melhora”

Dr. Moacir Maniero Júnior

O primeiro passo é ter plena convicção de qual parte docorpo você quer mudar e o porquê. Em seguida, épreciso procurar informações importantes para garantir osucesso da cirurgia, como: tipo de anestesia; tempo decirurgia e se é preciso ter internação; se é necessário umtratamento pré-operatório e como será o pós-operatórioda cirurgia; quais os riscos da cirurgia, se deixa cicatrizesgrandes; procurar por um cirurgião plástico especialistano que você quer modificar; verif icar se existe tratamentoalternativo não cirúrgico; saber quais resultados podemser alcançados com a cirurgia no seu corpo. Lembre-seque seu corpo nunca ficará igual ao da sua amiga.

Mas a partir de quando alguém podepensar na possibilidade de se submeter auma cirurgia plástica estética? “A partir domomento que tiver vontade de melhorar algocom o qual não é satisfeito”, responde Dr.Moacir. “As pessoas devem estar sempreconscientes das limitações das cirurgias, quenão são um milagre e, sim, um meio para seobter uma melhora”, pondera.

O médico também explica que algunsprocedimentos podem precisar ser adiadosno caso do paciente necessitar primeiroperder peso, para que se consiga o melhorresultado final. Já a escolha do tipo deanestesia utilizada, leva em conta aintervenção cirúrgica a ser realizada etambém as características de cada pessoa.

“As complicações são bastante rarasdesde que sejam seguidas as orientaçõesmédicas nos períodos pré e pós-operatório”,aponta o cirurgião plástico. “ E elas podem,sim, acontecer e o paciente deve estar bemesclarecido sobre tudo antes de se submeterà cirurgia”, acrescenta.

Fonte: Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica

Como planejar uma cirurgia plástica

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Por Janaina CescatoNão é de hoje que filmes policiais fazem sucesso e

conquistam o gosto popular. Mas, os programas eseriados que envolvem crimes hediondos, violênciaexplícita e torturas psicológicas estão, nitidamente,mais frequentes. Os protagonistas são, em suamaioria, serial killers, psicopatas entre outrosindivíduos com transtornos de conduta, antissocial esíndromes de dependência. Seus homicídios são

minuciosamente arquitetados com requinte ecrueldade. Exemplos não faltam: “CSI:

Investigação Criminal”(Record); “Dexter: o

serial killer mais queridoda TV” (Rede TV);

“OZ” (SBT); “Polícia24h”, “N.C.I.S.”,

“Tribunal na TV” e“Queima de Arquivo”

(todos na Bandeirantes); “Lie to Me”(Globo); sem contar os inúmeros filmes quese estendem em até sete edições como“Jogos Mortais”. No cinema, quem não selembra de Anthony Hopkins interpretando oardiloso canibal Hannibal Lecter. Natelevisão, Patrícia Pillar e Letícia Sabatellaindignaram milhões de espectadores emtodo o país com as maldades das vilãs Florae Ivone, respectivamente. Mas, afinal decontas, por que as pessoas gostam tanto deassistir a produções e a séries deste gênero?Albert Einstein acreditava que possuímosum “natural fascínio pela morte edestruição” e Freud concordou dizendo que“a espécie humana é dotada de umaagressividade inata”. No entanto, outrosestudiosos igualmente notáveis, enfatizam

os aspectos sociais e econômicoscomo determinantes daviolência.

Para o nosso entrevistado, opsiquiatra Carlos Manuel

Cristóvão, os seres humanos têmuma enorme capacidade de

simulação cognitiva em seuscérebros. “Fazer de conta,inventar narrativas semelhantesà realidade que criem falsasemoções (boas ou ruins),

depois saber que era tudo fictício eque você pode esquecer é base daliteratura, do teatro e do cinema.

Podemos reflexionar sobre umasituação hipotética que não sofreremos

os danos das situações reais cujas

18Assassinos doentis ecrimes de repercussãomundial - comoaconteceu, recentemente,na escola do Rio deJaneiro – inspiramproduções no cinema ena televisão. E estes filmesviolentos: será que elesinspiram mentesperigosas? Por quetamanha audiência?Segundo Einstein,possuímos um “naturalfascínio pela morte edestruição”. Freud diz que“a espécie humana édotada de umaagressividade inata”.

o perigomoraem casa

TV:

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histórias são meras simulações”.

TOP: Durante o Império Romano,TOP: Durante o Império Romano,TOP: Durante o Império Romano,TOP: Durante o Império Romano,TOP: Durante o Império Romano,na arena do Coliseu, milhares dena arena do Coliseu, milhares dena arena do Coliseu, milhares dena arena do Coliseu, milhares dena arena do Coliseu, milhares depessoas assistiam às barbáries (lutas,pessoas assistiam às barbáries (lutas,pessoas assistiam às barbáries (lutas,pessoas assistiam às barbáries (lutas,pessoas assistiam às barbáries (lutas,sacrifícios, esquartejamentos,sacrifícios, esquartejamentos,sacrifícios, esquartejamentos,sacrifícios, esquartejamentos,sacrifícios, esquartejamentos,torturas). Era uma medida de acalmartorturas). Era uma medida de acalmartorturas). Era uma medida de acalmartorturas). Era uma medida de acalmartorturas). Era uma medida de acalmaras massas e evitar revoltas populares.as massas e evitar revoltas populares.as massas e evitar revoltas populares.as massas e evitar revoltas populares.as massas e evitar revoltas populares.Existe aí algum parâmetro queExiste aí algum parâmetro queExiste aí algum parâmetro queExiste aí algum parâmetro queExiste aí algum parâmetro queaproxime o comportamento dosaproxime o comportamento dosaproxime o comportamento dosaproxime o comportamento dosaproxime o comportamento doshomens na antiguidade com oshomens na antiguidade com oshomens na antiguidade com oshomens na antiguidade com oshomens na antiguidade com osatuais?atuais?atuais?atuais?atuais?

DrDrDrDrDr. Carlos:. Carlos:. Carlos:. Carlos:. Carlos: Penso que a humanidadeera imatura do ponto de vista da civilidadenaquela época. Hoje os esportes têm regrasque diminuem os danos da agressividade ea canalizam para que todos fiquem maissaudáveis, saiam mais maduros eaprendam o jogo justo.

Que sentimentos e reações sãoQue sentimentos e reações sãoQue sentimentos e reações sãoQue sentimentos e reações sãoQue sentimentos e reações sãodesencadeados no indivíduo “normal”desencadeados no indivíduo “normal”desencadeados no indivíduo “normal”desencadeados no indivíduo “normal”desencadeados no indivíduo “normal”quando assiste a um filme destequando assiste a um filme destequando assiste a um filme destequando assiste a um filme destequando assiste a um filme desteestilo? E no indivíduo sociopata?estilo? E no indivíduo sociopata?estilo? E no indivíduo sociopata?estilo? E no indivíduo sociopata?estilo? E no indivíduo sociopata?

Apesar de não ter assistido aos filmes eseriados acima citados, assisti “LaranjaMecânica” que mostrava a violência

Dr. CarlosManuel

Cristóvão -médico,

especialistaem psiquiatria

geral doadulto, dainfância e

adolescência

gratuita e o personagem passava por umrecondicionamento para não sentir prazer com aviolência. As cenas provocavam uma reação moral daspessoas e um efeito moralizante do público em relaçãoà agressividade. O mesmo ocorria com o filmeCristiane F - mostrava a história de uma drogada etodas as complicações que envolviam a situação da

Jana

ina C

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19

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viciada. Padre Eugene Charbonneux (colunista da Folha de SãoPaulo naquela época) dizia que o filme não fazia propaganda dadroga, mas mostrava as complicações morais do uso e abuso,que tinha um efeito moralizante sobre o público para que essenunca a usasse. Quanto ao sociopata, se poderia educá-lo:pense nas consequências de seus atos. Pois é isso que falta nelee por isso é um sociopata.

A psicopatia apresenta vários graus e dois elementosA psicopatia apresenta vários graus e dois elementosA psicopatia apresenta vários graus e dois elementosA psicopatia apresenta vários graus e dois elementosA psicopatia apresenta vários graus e dois elementoscausais são fundamentais: uma disfunçãocausais são fundamentais: uma disfunçãocausais são fundamentais: uma disfunçãocausais são fundamentais: uma disfunçãocausais são fundamentais: uma disfunçãoneurobiológica e o conjunto de influências sociais eneurobiológica e o conjunto de influências sociais eneurobiológica e o conjunto de influências sociais eneurobiológica e o conjunto de influências sociais eneurobiológica e o conjunto de influências sociais eeducativas recebidas ao longo da vida. Deste modo,educativas recebidas ao longo da vida. Deste modo,educativas recebidas ao longo da vida. Deste modo,educativas recebidas ao longo da vida. Deste modo,educativas recebidas ao longo da vida. Deste modo,você acredita que a massiva e frequente exibição devocê acredita que a massiva e frequente exibição devocê acredita que a massiva e frequente exibição devocê acredita que a massiva e frequente exibição devocê acredita que a massiva e frequente exibição deseriados e programas violentos pode estimular algumseriados e programas violentos pode estimular algumseriados e programas violentos pode estimular algumseriados e programas violentos pode estimular algumseriados e programas violentos pode estimular algumcomportamento nocivo para quem assiste ou resultar emcomportamento nocivo para quem assiste ou resultar emcomportamento nocivo para quem assiste ou resultar emcomportamento nocivo para quem assiste ou resultar emcomportamento nocivo para quem assiste ou resultar emproblemas para a sociedade?problemas para a sociedade?problemas para a sociedade?problemas para a sociedade?problemas para a sociedade?

O jornal Folha de São Paulo publicou um artigo sobrepesquisas feitas pelo psicólogo Adrian Rian da Universidade daPensilvânia sobre transtorno de conduta e transtornoantissocial. Neste artigo Adrian diz que indivíduos comamígdalas - do sistema límbico do cérebro - menores têmtendência a apresentar mais esses transtornos. A Neuroética -que estuda a neuropsicologia das decisões morais- mostra umahipofrontalidade dos lobos frontais. Essas estruturas docérebro organizam o comportamento, analisam asconsequências dos atos, inibem comportamentos inadequados eemoções negativas. A falta de inibição das amígdalas peloslobos frontais faz com que esses indivíduos afetados nãotenham juízo moral. Pesquisas realizadas com presidiários,através de tomografias de pósitron, mostram que um poucomais de 50% destes detentos têm mau funcionamento fronto-límbico. Quanto aos outros 50% podem ser antissociais pormás influências culturais. Filmes que glorificam bandidoshistóricos, que viraram lendas, são péssimos, pois indivíduossem patologias podem ser criminosos por opção devido aosmaus modelos de comportamento.

Quais distúrbios pode apresentar um assassino emQuais distúrbios pode apresentar um assassino emQuais distúrbios pode apresentar um assassino emQuais distúrbios pode apresentar um assassino emQuais distúrbios pode apresentar um assassino empotencial?potencial?potencial?potencial?potencial?

Transtorno de conduta e transtorno antissocial - área depesquisa do Dr. Adrian Rian. E síndromes de dependências coma cocaína e o álcool, por exemplo. Os portadores destestranstornos e síndromes são os que apresentam maisagressividade podendo acabar em violência grave, mas cadacaso tem que ser analisado e não se pode generalizar.

O que difere uma mente psicótica de um homicidaO que difere uma mente psicótica de um homicidaO que difere uma mente psicótica de um homicidaO que difere uma mente psicótica de um homicidaO que difere uma mente psicótica de um homicidacomum? E por que um sociopata não é um doentecomum? E por que um sociopata não é um doentecomum? E por que um sociopata não é um doentecomum? E por que um sociopata não é um doentecomum? E por que um sociopata não é um doentemental?mental?mental?mental?mental?

Entramos aí, em outra área: Psiquiatria Forense. Umindivíduo tem uma doença mental e tem um surto. Nestesurto comete homicídio. Pode ser inimputável se, durante oato, teve uma perturbação de julgamento em função dealucinações e delírios. Fez o ato e não houve planejamento epremeditação. Mas, a grande maioria com transtornosmentais não comete assassinatos. Um sociopata aprendecomportamentos ruins por falta de referências e modelosbons. Um garoto saudável no Morro do Alemão, por opçãoquer ser traficante, por exemplo.

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22

Por Carla IzeppeO pequenino país de Portugal, localizado na Península Ibérica,

tem muito mais para oferecer do que o seu tamanho possa aparentar.A professora aposentada Maria Hermínia Gatto Saffi que o diga –dentre sua ‘coleção de viagens‘, ela escolheu a terra lusa como ocenário de sua viagem inesquecível.

Acompanhada do marido Aurélio Saffi, advogado e empresáriodo ramo de comunicação, Maria Hermínia visitou Portugal no ano2000. Na ocasião, o casal alugou um carro e por dez dias percorreuas principais cidades da terra dos descobridores.

Óbidos, uma das mais bem preservadas vilas amuralhadas dePortugal, foi uma das primeiras paradas. Com suas casas pintadasde branco, ladeiras empedradas, muralha e castelo, o local tem que

ser ponto obrigatório para qualquer viajante que esteja por lá. Charmee romantismo é o que não faltam nessa cidade, localizada no distrito

de Leiria.Em Lisboa -a bela capital

portuguesa que atrai milhares deturistas todos os anos- o casalaproveitou para visitar museus,parques, castelos, e, claro, comer otão famoso pastelzinho de Belém. “Osabor do pastel de Belém de Portugalé diferente, é inesquecível”, diz.

Em Fátima –principal centroreligioso de Portugal– houve umaparada para oração. E não erapara menos – a cidade émundialmente conhecida pelasaparições marianas aos três

Mosteiro deSão Jerônimo

Lisboa - Torrede Belém

Fátima

Torre daUniversidade

de Coimbra

Óbidos

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Quanto custa

ir para lá:A partir de

EUR 2.600

8 dias / 7 noites

visitando

12 cidades

pastorinhos (Lúcia e seus primos FranciscoMarto e Jacinta Marto), ocorridas entre 13de maio e 13 de outubro de 1917.

Na cidade do Porto, a segunda maior dopaís, localizada à margem direita do rio Douro,Maria Hermínia aproveitou para saborear osvinhos que ganharam fama no mundo todo.Mas uma curiosidade lá fica mesmo por contade uma comida no mínimo exótica. “O povodo Porto é chamado de tripeiro. Isso porque oinfante Don Manuel, o Venturoso, levava todacarne nas suas viagens e deixava as tripas parao povo, o que deu origem a um prato típicochamado ‘tripa ao modo do Porto’”, contaMaria Hermínia. “Nós fizemos questão deprovar o prato e é uma delícia”, aponta.

Em Coimbra, uma das grandes atraçõesfoi conhecer a mais antiga universidade dePortugal. Já em Trazos Montes, o casal pôdeconhecer de perto a tradição das mulheresque, quando viúvas, jamais vestem outra corde roupa que não seja o preto.

Em cada localidade -cada qual com suapeculiaridade- eles fizeram questão de

mergulhar na cultura: comer ospratos locais, falar com a gente

de cada região, ouvir muitofado – a música típica.

Ao final do passeio, nãopodia ser diferente: MariaHermínia e o marido trouxeramjunto da bagagem muitas eboas recordações. “Portugal élindo e o povo é muitosimpático e acolhedor”, avaliaa viajante desta edição.

Universidadede Coimbra

Lisboa - Monumentoaos Descobrimentos

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24

Por Carla IzeppeEra 23 de março de 1980 quando os irmãos Périco -

Luiz, Armando, Albino, Francisco, Alcides, Antônio eJosé- decidiram tirar do papel o plano de construir umhotel em Igaraçu do Tietê, acreditando no potencialturístico da região. O negócio entrou em atividadequatro anos mais tarde, em 12 de outubro de 1984. Eraa vez de Igaraçu ganhar seu primeiro hotel de categoriaturística, o Igaraçu Palace Hotel.

Na época da inauguração eram 48 apartamentos e umapiscina. “Com o tempo, o espaço triplicou em tamanho eofertas de lazer”, aponta José Aparecido Périco, que aolado da mulher Neusa Maria Bressan Périco, é responsávelpela administração e o fundo de comércio do hotel.Nessa missão, eles contam também com o apoio dosfilhos Alberto (administrador de empresas) e Aldo

A família Péricoapostou no

desenvolvimentoturístico de

Barra e Igaraçu,quando inaugurou,

na década de1980, o primeiro

hotel de categoriaturística da cidade.Várias celebridadesforam hóspedes,

inclusive o músicointernacional

Ray Conniff

grande hotelO primeiro

de Igaraçu(engenheiro mecatrônico); o primeiro demaneira direta, o segundo, indireta.

Segundo o casal Périco, com o passardos anos o espaço foi planejado para que ohóspede, além de aproveitar os passeiospor Barra Bonita, Igaraçu do Tietê e região,possa, se quiser, passar dias inteiros dentrodo hotel, sempre descobrindo um novo jeitopara se divertir, a começar pelo parqueaquático composto por cinco piscinas devários formatos.

O hotel tem atualmente 60 apartamentos,com ar condicionado, TV, frigobar e telefone.A infraestrutura de lazer oferece restaurante,piscina térmica coberta, piscina com deck-bar, bar aquático, sauna seca e a vapor,quadra poliesportiva, mini campo, salão dejogos, playground, american-bar, área paraconfraternizações, estacionamento e internetwi-fi. Na decoração, um toque intimista dafamília Périco: todos os quadros forampintados pela proprietária Neusa.

O empreendimento conta ainda com umCentro de Eventos, com dois salões paraocasiões como convenções, treinamentos eseminários. Nas datas comemorativas eferiados prolongados, o hotel tambémoferece programações temáticas, queincluem recreação, shows e apresentações

Carla Izeppe

Meu negócio, nossa históriaMeu negócio, nossa históriaMeu negócio, nossa históriaMeu negócio, nossa históriaMeu negócio, nossa história

Neusa eJosé Périco,responsáveispelaadministraçãoe fundo decomércio

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teatrais. O número de funcionários, porsua vez, saltou dos 12 no princípio para osaproximadamente 30 de hoje.

“Pra gente, o sucesso conquistado aolongo dos anos é motivo de grandesatisfação”, diz José Périco, ex-prefeito deIgaraçu. De acordo com ele, a receita parafazer o negócio crescer teve como ingredientesmuito empenho, visão estratégica e oinvestimento constante em modernização.

Hóspedes ‘de peso’Muitos famosos já se hospedaram no

Igaraçu Palace Hotel. Chitãozinho e Xororó,Sandy e Júnior, Daniel, Fábio Júnior, JucaChaves, Rick e Rener, Tonico e Tinoco e Falcãoforam alguns deles. Entre as fichas dehóspedes, tem até a de uma grande atraçãointernacional: o Ray Conniff, considerado o reido Easy Listenning - o nome inglês do estilo demúsica orquestrada que surgiu na década de1950 e fez sucesso na trilha sonora de grandesproduções do cinema. Mais recentemente, hácerca de seis meses, foram os pais do cantorsertanejo Luan Santana que passaram um finalde semana no hotel igaraçuense.

Novo negócioAs energias do casal José e Neusa Périco, e

também dos filhos, atualmente estãoconcentradas em mais um empreendimento –um novo hotel, que está sendo construído nasproximidades da Marinha da Barra e deve serinaugurado dentro de dois anos.

Segundo os administradores,o hotel triplicou emtamanho e ofertas de lazer

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As festas de casamento mudaram: antes realizadas nos fundos de quintaiscom o frango ou a leitoa abatidos pela família, aos luxuosos buffets ecardápios sofisticados e a compra de cotas ou presentes pela internet

Ontem,hoje e sempre

Por Wilson ChagasO casamento mudou muito nos últimos anos, a começar pelas decisões

que são tomadas. Hoje, quando o casal decide se casar, faz tudo de maneirabem rápida e acaba cuidando também, do planejamento dos preparativosdo casório, resolvendo tudo o que deve ser feito. Em outras épocas, quandoo casal decidia se unir, vinha primeiro o noivado, que durava anos. Nesseperíodo, planejava-se e realizava-se tudo o que fosse necessário para a vidade casado, desde os detalhes da festa até a montagem da casa. Além domais, a família do casal participava ativamente, dando opiniões einfluenciando as decisões dos pombinhos.

Hoje, os tempos mudaram e a modernidade não influenciou somente atomada de decisões. Os conceitos mudaram e a modernidade faz uso dainternet e de práticas pouco convencionais, até então, para a compra depresentes. Já se falam em dois tipos de casamento: o tradicional e omoderno, mas nem sempre pode se ver, ou um, ou outro. Às vezes, osnoivos colocam seu toque pessoal e ficam traços dessas duascaracterísticas.

O casamento virou uma indústria, um grande negócio para quemtrabalha diretamente com essa área. As festas passaram de simplescomemorações entre famílias e amigos para grandes eventos sociais, doqual é necessário estar atento a inúmeros protocolos.

Moderno ou tradicional, depois de marcada a data é hora de correratrás dos preparativos. A arrumação da igreja ou do local que serádecorado, a preparação do cerimonial, que determina quem fica onde equem é que faz o quê. Contratação do buffet, docinhos, bolo, DJ oubanda, fotografia, filmagem, o carro que levará a noiva até a cerimônia,confecção dos convites e roupa dos noivos, entre outros itens. Todosesses preparativos os recém-casados Ana Carolina Salmazo, 32, ePedro Di Muzzio, 30, conhecem bem. Eles começaram a preparar afesta de casamento um ano antes da sonhada data.

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pombinhos não esteve apenas na comida. Para o convitefoi um dia inteiro tirando fotos para escolher uma quelevasse aos amigos e familiares o matrimônio do casal eque esteve em exposição na recepção da festa, rito que emoutras épocas não se fazia tão necessário. Os noivinhosem cima do bolo tinham a caricatura deles. O vestido foiconfeccionado exclusivamente para ela e deixou-aparecida com a Barbie Butterfly.

A única coisa corriqueira do casamento de AnaCarolina e Pedro foi o casamento civil. A união foirealizada no cartório, uma semana antes da cerimôniano religioso. Atualmente, alguns casais levam o juiz até aigreja ou à festa do salão, no caso dos evangélicos. A festados recém-casados foi bem moderna, mas também tevealguns toques tradicionais. Mais do que toda a badalaçãoé o que ela sente atualmente. “Por mim casaria todosábado. Estou muito feliz. O Pedro é uma pessoa que mecompleta em tudo. É muito bom comigo”, afirma.

Época antigaÉpoca antigaÉpoca antigaÉpoca antigaÉpoca antigaSuria Arradi Olenski, 82, e Mário Olenski, 83,

casaram-se em 1960 e, naquela época, sem sombra dedúvidas, as festas de casamento eram bem tradicionais,totalmente diferentes dos dias atuais. A única coisa que,com certeza, não mudou e talvez nunca mude, e foibem lembrado pela professora, é a expectativa eemoção da noiva. “A gente se preparava como hoje. Sepreocupava com o cabelo, com a roupa e tudo o queuma noiva tem direito”, comenta.

Quando se casaram, não existia toda essa indústriaespecializada em cuidar do casamento dos outros quehoje há. A festa era feita em casa, assim como ocasamento civil. “Não tinha essa imensidão depadrinhos que vemos hoje, só para dar presentes. Eraum casal da noiva e um do noivo”, conta Mário.

A festa era preparada pela própria família. Bastava sairna porta da cozinha que dava acesso ao quintal e escolher ocardápio. Era só pegar uma galinha, ou uma leitoa e

Festa modernaFesta modernaFesta modernaFesta modernaFesta moderna

OOs dois buscaram algo para sair dotrivial e que agradasse a todos osconvidados, criando coisas diferentes parasurpreendê-los. Todos os detalhes docasório foram acompanhados por umconsultor, do toque do trompete para suaentrada triunfal na Matriz de São José, comodesejava quando criança, os rojões na saídado enlace, um sonho de seu marido, e até afesta realizada no salão do Ideal Ponte Clube,que foi todo decorado para a noite maisespecial da vida do casal.

Ana buscou algo diferente para o seucardápio, que fugisse do tradicional arrozbranco, filé ao molho madeira e rondeli,pratos bem diferentes de quando suas irmãsse casaram, há 10 anos. “Foi uma festa nosalão da Igreja de Santo Antônio e nemenfeite tinha. O cardápio era de churrasco,maionese, arroz à grega, cerveja e aquele boloque colocavam sobre uma porta. Nemdocinho tinha”, lembra.

Para a festa do casamento, Ana Carolina ePedro escolheram a dedo a comida do jantar,com cardápio sofisticado, que se diferenciabastante do que se está acostumado a ver.Teve carrinho de picolés, muitas variedadesem doces e ‘drinks’ diferenciados, preparadospor Mário Cuco.

E a modernidade no casamento dos

Wilson Chagas

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Apesar da modernidade da festa, a chegada danoiva foi num clássico Impala vermelho

Suria e Márioestão casadoshá 50 anos

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Mário Olenski comentou que quando se casou eradifícil o casal ganhar geladeira, fogão, TV, como nosdias atuais. Os presentes se resumiam a faqueiros,jogo de cristal e panelas. Essa realidade é totalmenteoposta aos casais de hoje. Muitos padrinhos acabamdando os melhores presentes aos noivos. E com amodernidade eles podem fazer a compra e garantir aentrega do presente sem saírem do conforto de casaou da sala do escritório onde, devido ao trabalho, aspessoas passam a maior parte do dia.

A única coisa do casamento de Suria e Mário que seiguala com o de Ana Carolina e Pedro é a lista depresentes. Tanto um casal quanto o outro deixou a listaem uma loja que costumam comprar. Porém, o últimocasal pode desfrutar da internet e abusar da modernidadena escolha dos seus presentes.

Ana e Pedro fizeram lista em três lugares do comérciode Barra Bonita e também criaram uma página do casórioem um site da internet. Lá, as pessoas entravam e tinhamacesso a uma lista de presentes feita nas lojas virtuais.

Com muito bom gosto e alguns cliques, osconvidados efetuavam a compra em uma dessas lojas,pagavam com cartão de crédito ou boleto bancário e opresente era entregue no local que determinavam.“Assim que a compra era concretizada, o site meavisava. Adorei esse sistema. É bem mais fácil e bem

Presentes ou cotas pela internetPresentes ou cotas pela internetPresentes ou cotas pela internetPresentes ou cotas pela internetPresentes ou cotas pela internet

‘pronto. Estavam determinados o almoço e o jantar. “Afamília se juntava e fazia arroz, farofa, salada, bolo.Tudo o que faz um buffet era feito em casa”, lembra ele.

A recepção dos convidados era realizada na casa deum dos noivos. Estendia-se um plástico no quintal paraproteger os convidados do sol e da chuva. A celebraçãodo matrimônio de ambos foi na rua Campos Salles, nacasa que até hoje está lá, ao lado do Banco Santander. Aanimação ficava por conta de uma rádio vitrola, nada debanda ou DJ.”Não havia clubes e salões como hoje. Osgarçons foram os meus irmãos”, recorda Suria.

Depois da festa, em 1960, o casal se despediu dosconvidados e, no Dodge importado dirigido peloDutrão, pai de Zequinha Dutra, Mário e Suria forampara Jaú e embarcaram no trem rumo ao litoral, lugar

escolhido para a lua de mel. Daquela data atéhoje já se passaram 50 anos do casamento.Dessa união, nasceram quatro filhos, quederam aos pais, seis netos.

melhor com essa vida corrida que todos têmhoje”, diz Ana.

Além de presentes é possível tambémcomprar cotas. Um site famoso por ofereceresse serviço é o www.icasei.com.br. Por meiodele é possível pagar um valor, que édepositado direto na conta do casal. É sóescolher a quantia e digitar o número docartão de crédito. Assim que a cota écomprada, os noivos também recebem umanotificação.

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O site Icasei oferece a possibilidade de comprade cota para presente pela internet

A recepção dos convidados era realizada na casa deum dos noivos. Estendia-seum plástico no quintal paraproteger os convidadosdo sol e da chuva.

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Por Janaína CescatoSurpreendente! Assim é a essência de tudo que é

novo, ousado e até mesmo excêntrico. E a moda é umadas vitrines dos nossos desejos mais loucos einconfessos. Imagine que agora muitas noivas não têmmais aquele zelo com o vestido antes guardado comorecordação de um dos momentos tão sonhados pelasmulheres. Agora, na era do descartável, o luxo é olixo! Isso mesmo! Esqueça aquelas convencionaisfotografias comportadas, posadas, feitas em paisagensfloridas e delicadas. A novidade é destruir o vestido! Ocasal escolhe lugares incomuns com clima de aventura,cômico ou, principalmente, sombrio. Uma fábricadesativada, por exemplo, um casarão em ruínas ouuma praia deserta.

Mas, afinal, o que significa “trash the dress”? Umadefinição mais próxima para explicar o termo seriaalgo como “acabar com o vestido”, “vestido no lixo” oucoisa parecida. Moda entre os casais norte-

O luxo é o lixoamericanos, o conceito está ganhandoadeptos no mundo todo e já caiu no gostodos brasileiros.

Eliane Cristina Marcondes Peroto,proprietária do Photo Estúdio EP, pioneiraneste tipo de produção em Barra Bonita,explica que o “trash the dress” surgiu em LasVegas, em 2001. “Lá as noivas mandam fazerseus vestidos, e logo após o casamento estesficam sem uso. Então, já que não têm maisutilidade, fazem fotos sem se preocuparemcom o que acontece com o vestido”. Elianediz que no Brasil nós adaptamos para umtrash mais light. “Não é de nosso costumequeimar, rasgar ou estragar o vestido deforma que não podemos mais utilizá-lo. Aquivivemos outra realidade, onde a maioria dosvestidos são locados e, portanto, devem serdevolvidos”, compara.

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ÁGUA, FOGO, TERRA E ARQuanto ao perfil dos casais que

procuram este tipo de produção, é o maisdiversificado possível. “Alguns que sonhamem ter fotos de revistas em seu álbum,outros que querem uma festa diferente,outros que são muito apaixonados e fazemqualquer coisa pela sua noiva! Tem atéaqueles que são tímidos, mas se imaginamem fotos como estas”, distingue Eliane.

Para os noivos mais ousados, oselementos da natureza (água, fogo, terra ear) aparecem de forma intensa nos ensaiostrash. A noiva pode deitar na lama, rolar naareia, pular no mar e até queimar o vestido!Quanto mais emoção e diversão melhor!

Muitas vezes as fotos que caracterizameste tipo de produção pedem uma atmosferaum tanto sinistra, por isso sombras,ventanias e dias nublados são ideais para ocenário que, quase sempre, é ao ar livre.

TÉCNICAPara este segmento há lentes, filtros,

focos, velocidades e luzes diferenciadas

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para cumprir com a proposta de inovar. Assim asimagens não ficam congeladas apenas no velhoritual do matrimônio e, sim, ficam como lembrançasde um momento deliciosamente divertido.

De acordo com Eliane, a técnica empregada nasseções depende muito do local que os “pombinhos”

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34escolhem. “Costumo utilizar duas filmadoras.Também procuro explorar a luz natural, o pôr do sole alguns recursos de iluminação para dar um climaromântico. Na verdade, o olhar do fotógrafo é sempremais importante do que o equipamento e nestes casosas posições e a descontração contam bastante”.

Para quem gostou da ideia é sóprocurar Eliane Peroto. O valordo pacote fica, em média,1.500 reais - incluindofilmagem (10 minutos), revistacontendo 80 fotografias eum banner (2 x 1,5 m)

A arte finaldepende muito dacriatividade e daespontaneidadedo casal, cabendoao fotógrafointeragir para quese sinta à vontade,deixando de lado atensão e a timidez.O ensaio costumaser apresentadonum álbum defotos separado,complementar aoálbum decasamento, emformato de foto-livro. O resultadodá o que falar e,sem dúvida, é agrande sensaçãodo momento.Então, saia do armário! Tire o vestido denoiva do guarda-roupa e liberte suasfantasias!

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Mãe

Por Janaina CescatoFilha exemplar de Marcos e Nayr, Domingas Tereza

Martins Perea, a Dô, é também uma supermãe! Casadacom Luiz Antonio Perea com quem tem três filhos - asmais belas e expressivas obras de sua vida: oeconomista Luiz Gustavo, a designer de moda LuizaFernanda e a jornalista Liza Mirela. Formada emDesenho e Artes Plástica com adaptação em EducaçãoArtística, pós-graduada em Fundamentos da Cultura eda Arte, Dô, na faculdade, encantou-se pela história daSemana de Arte Moderna de São Paulo. “Essemomento serviu para entender o que significaconsciência político-cultural de um país”, diz a artista.Conta também que, na adolescência, teve o privilégio

Maio é o mês das mães e para homenageá-las a Revista TOPentrevista a supermãe Domingas Tereza Martins Perea,

mãe de Luiza, Liza e Luiz Gustavo

A arte de ser

de ver de perto o Tropicalismo florescer e“ficou seduzida pelo caldeirão cultural emebulição na época”. Domingas inicioucarreira no magistério em Ilha Solteira e, emBarra Bonita, na década de 90, abriu umateliê - formador de aficionados por artesvisuais e palco de grandes exposições suas ede artistas consagrados. Em 1998, assumiu oDepartamento Municipal de Cultura, atravésdo qual desenvolveu programas em pró aarte. Na dança, música, teatro e artes visuaisDô promoveu grandes eventos dentro e forade Barra Bonita, revelando talentos. ABiblioteca e o Museu também receberam sua

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Domingasladeada pelomarido LuizAntonio epelos filhosLiza, LuizGustavo eLuiza

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atenção especial que, através de parceriascom as Secretarias da Cultura Regional eEstadual, realizou oficinas aperfeiçoando aatuação desses bens culturais.

Revista TOP: O homem é o único serRevista TOP: O homem é o único serRevista TOP: O homem é o único serRevista TOP: O homem é o único serRevista TOP: O homem é o único servivo capaz de tecer critérios estéticosvivo capaz de tecer critérios estéticosvivo capaz de tecer critérios estéticosvivo capaz de tecer critérios estéticosvivo capaz de tecer critérios estéticospara o que é o belo, o que emociona e opara o que é o belo, o que emociona e opara o que é o belo, o que emociona e opara o que é o belo, o que emociona e opara o que é o belo, o que emociona e oque nos permite sensibilizar o olharque nos permite sensibilizar o olharque nos permite sensibilizar o olharque nos permite sensibilizar o olharque nos permite sensibilizar o olhar.....Nesse sentido, a arte, dentro dasNesse sentido, a arte, dentro dasNesse sentido, a arte, dentro dasNesse sentido, a arte, dentro dasNesse sentido, a arte, dentro dasescolas, deveria ser elementoescolas, deveria ser elementoescolas, deveria ser elementoescolas, deveria ser elementoescolas, deveria ser elementofundamental para despertar o sensofundamental para despertar o sensofundamental para despertar o sensofundamental para despertar o sensofundamental para despertar o sensocrítico e afetivo dos alunos. Contudo,crítico e afetivo dos alunos. Contudo,crítico e afetivo dos alunos. Contudo,crítico e afetivo dos alunos. Contudo,crítico e afetivo dos alunos. Contudo,muitas vezes, é tratada como disciplinamuitas vezes, é tratada como disciplinamuitas vezes, é tratada como disciplinamuitas vezes, é tratada como disciplinamuitas vezes, é tratada como disciplinasecundária. Que tipo de aluno estamossecundária. Que tipo de aluno estamossecundária. Que tipo de aluno estamossecundária. Que tipo de aluno estamossecundária. Que tipo de aluno estamosformando?formando?formando?formando?formando?

Domingas: Domingas: Domingas: Domingas: Domingas: Muitas coisas mudaram noensino da arte no Brasil. Reformas foramfeitas, o nome da disciplina mudou e suatrajetória de ascensão sempre foi muitolenta, mas gradual. Primeiro tínhamos queensinar prendas domésticas para asmeninas, e oficinas para os meninos. Depois,tínhamos que deixar o aluno fazer o quequisesse, para não traumatizá-lo. Mas, numdado momento da história contemporânea,o mundo globalizou e o consumo selvagemdeflagrou uma corrida para o conhecimentodo novo. Cada lugar exótico pode se tornarfonte de inspiração ou um novo nicho demercado, ou ainda, se tornar um polocultural e atrair turistas. E quem descobreessas possibilidades de cada município?Exatamente quem foi treinado para ler nasentrelinhas. Recentemente, pesquisasverificaram que nossos alunos são treinadospara prestarem vestibular, mas não paraserem cidadãos. Agora, o Enem estácobrando conhecimentos em arte e aquelaescola que só priorizava o ensino das exatasvai ter que mudar essa postura.

‘ ...tem dias que nós, mães, temos nossos corações trepidantes de emoção pelas vitórias dos nossos filhos, emoutros, pesados como chumbopelos vossos fracassos, masnada que não nos adoça mais,que um sorriso de um filhonuma manhã de recomeços.

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38De que forma a educação e o desenvolvimentoDe que forma a educação e o desenvolvimentoDe que forma a educação e o desenvolvimentoDe que forma a educação e o desenvolvimentoDe que forma a educação e o desenvolvimento

de seus filhos foram influenciados por suade seus filhos foram influenciados por suade seus filhos foram influenciados por suade seus filhos foram influenciados por suade seus filhos foram influenciados por suaformação artística? Como se cria uma criançaformação artística? Como se cria uma criançaformação artística? Como se cria uma criançaformação artística? Como se cria uma criançaformação artística? Como se cria uma criançadentro de um universo artístico?dentro de um universo artístico?dentro de um universo artístico?dentro de um universo artístico?dentro de um universo artístico?

Oferecendo possibilidades para a criança ampliar seusconhecimentos e fazer escolhas. Ninguém gosta dodesconhecido. Para gostar é preciso romper com opreconceito que ainda se tem com relação ao ensino da arteno Brasil. Esse preconceito se fortaleceu nos tempos daditadura, devido ao engajamento dos artistas nosmovimentos sociais. O governo, na época, fez combateincisivo contra a arte e além de censurar, ainda desqualificouo artista. Nós ainda carregamos esse ranço histórico no bojoda educação. Hoje, todos têm acesso ao conhecimento, só épreciso despertar o olhar e o fazer artístico.

“““““A arte imita a vida”, dizia Aristóteles. QueA arte imita a vida”, dizia Aristóteles. QueA arte imita a vida”, dizia Aristóteles. QueA arte imita a vida”, dizia Aristóteles. QueA arte imita a vida”, dizia Aristóteles. Quetipo de vida temos pintado?tipo de vida temos pintado?tipo de vida temos pintado?tipo de vida temos pintado?tipo de vida temos pintado?

Tudo depende de nós. A vida é como uma pauta semnota, ou uma tela em branco. Diante da pauta ou da telao artista pode criar sua obra-prima. A sinfonia ou apintura depende do gesto de quem a executa. Sempreficaremos entre duas escolhas. Pode ser cores ou notasdissonantes, turbulentas, dantescas, ou uma calma eserena paisagem. Tudo é de livre arbítrio, o que estáfaltando é o comprometimento com os desdobramentosque as nossas escolhas acarretam.

Ser mãe é uma arte?Ser mãe é uma arte?Ser mãe é uma arte?Ser mãe é uma arte?Ser mãe é uma arte?Diz o ditado: ser mãe é padecer no

paraíso. Tem dias que concordo com oparaíso, em outros, tenho que fazer a escolhade Sofia. Trágicos! E assim, entre tapas ebeijos, tem dias que nós, mães, temos nossoscorações trepidantes de emoção pelas vitóriasdos nossos filhos, em outros, pesados comochumbo pelos vossos fracassos, mas nadaque não nos adoça mais, que um sorriso deum filho numa manhã de recomeços.

Em Londres,Domingas em umade suas viagensenriquecendo seurepertório cultural

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Page 40: Revista   7ª edição

Por Wilson ChagasGlam Rock. Metal. Punk. Pop. Indie.

Hardcore. Emo. Essas e muitas outrasdenominações são rótulos criadospara identificar os inúmeros estilosde rock, criados ao longo dos anos.A cada época, surge um novogrupo na mídia e com eleaparece uma nova vertente derock. Cada nascimento conquistamilhões de pessoas, mas hásempre uma boa quantia maisconservadora que torce o nariz para o novo.

O estilo mais recente criado e que ganhou fãs emmuitos locais do mundo é o emo, abreviação de“emotional hardcore”. Os fãs dos grupos que tocam essamúsica se caracterizam por usarem roupas pretas,maquiagem carregada nos olhos e cabelos com franjascompridas. As músicas das bandas emo são marcadas pormelodias e letras tristonhas, como as que faziam Nx Zeroe Fresno.

Mas todo esse sentimento deprê deu espaço para umnovo estilo musical no Brasil. A nova tendência temmexido com a cabeça e o visual de muitos adolescentesbrasileiros, deixando-o mais alegre e colorido. Tudo parapoder curtir o happy rock criado pelo Cine e Restart. Opreto deu espaço ao laranja, verde-limão, amarelo e rosachá. E elas estão nos tênis, camisetas, calças e unhas.

O Restart se tornou, em 2010, a grande revelaçãodo rock nacional. Para isso, a banda não se usufruiu denada que prega o manual do bom roqueiro. Osacordes poderosos, a atitude de contestação e a

A cada década, a músicado estilo evolui, novasvertentes surgem e tambémconflitos. A moda no Brasilagora é o happy rock

O rock

rebeldia deram espaço às roupas com coresvibrantes, refrões melosos e a conclamaçãodos princípios da família. A banda traz umdiscurso que vai contra tudo aquilo que orock já pregou. O negócio do grupo maisfamoso do momento é disseminar a alegriaingênua e passiva de suas músicas.

E isso se faz presente até nos gestos dosintegrantes da banda. Nada de dedo médio,como mostrou Johnny Cash, nem de línguacomo fez Rolling Stones. Chifrinho com asmãos e punhos cerrados, marcas respectivasde Black Sabbath e Rage Against Machine. Onegócio é formar um coração com as pontasdos dedos, sinal que tem levado o público aodelírio em seus shows.

Gostar de rock hoje é comum e isso nemcausa mais problemas na família, afinal ovisual é mais aceitável. A jaqueta de couro deantigamente, o jeans rasgado, coturnos

coragora ganhou

A bandaRestart é a

nova sensaçãodo momento

do rocknacional

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militares e correntes até aparecem vez ou outra, masfazem parte de outro estilo de rock que não está emevidência. Afinal, essa fama de mal, jamais vai mudar.Porém, Cine e Restart vêm disfarçando essa rebeldia,com a moda das camisas e calças de cores vibrantes,com jeito de recém-saídas da loja.

MudançaApesar de todas essas mudanças, o rock está mais

vivo do que nunca. Ele se recicla a cada época eganha novos adeptos de um ou outro estilo. Muitasbandas que surgiram lá nas décadas de 1960, 1970,1980 e 1990 permanecem na ativa até hoje. Algumaslançando CDs e fazendo shows.

“Para quem gosta de música, nenhum estilomusical jamais deixará de existir, ou morrer. Comoroqueiro inveterado nunca deixarei de gostar e deestar presente nos shows. No ano passado assisti a 12shows internacionais e todos estavam lotados. Algunsaté com duas datas. Portanto, o rock está mais vivo doque nunca”, disse José Carlos Resina, um dosdinossauros do rock de Barra Bonita.

Ele não acredita que as novas tendências possamcolocar fim aos velhos clássicos. “Não acredito que osurgimento de novos estilos e novas bandas oucantores e cantoras acabem com as bandas antigas,pelo contrário, as antigas, as clássicas, asdinossáuricas que ainda estão na ativa, jamais serãoesquecidas”, afirma.

Para Guilherme Mucare, músico e produtormusical, o Rock se transforma, pois está em constanteevolução, como todos os outros gêneros musicais e asboas bandas antigas nunca vão desaparecer, porquesão ícones paras as novas.

Muitas bandas antigas relutam em aceitar as novastendências, pois elas nem sempre têm sustentação elogo desaparecem, destacou o produtor. Ele acreditaque essas bandas novas que estão surgindo têm comose legitimarem e, para isso acontecer, dependem dacapacidade dos integrantes do grupo.

“Tantas bandas de outras décadas como as dos

Renata, Dan e Dash do Cine, uma dasbandas atuais da qual ela é fã

Wilson Chagas

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Rafael prefere o som das bandasclássicas de rock, como o Kiss

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Geralmente quem é fã daquele rock mais clássiconão suporta muito ouvir encarar o fato de que osgarotos coloridinhos sejam apontados como umabanda de rock. É o caso do universitário RafaelTrevisanuto Guiraldello, o Boi, 22. “A história do rockfoi construída resumidamente da seguinte maneira:músicas muito bem trabalhadas com instrumentalmuito bem arquitetado ou músicas que trazem algumamensagem forte. Na minha visão, estas bandas nãotrazem nada de inovador, nada diferente, não somam aoestilo. “Elas se resumem a coisa certa e fácil para lucrar nomercado musical atual”, alfineta.

Mas para a estudante Renata Morsoleto, 15, Restart eCine se encaixam no pop rock. “Não é um rock tãopesado, é algo mais suave. São músicas mais calmas”, diz.

Rafael é defensor da ideia de que mais alguns anos eestas bandas terão virado poeira no mercado musical e queninguém há de se lembrar delas. “Estas bandas são de vidacurta, terão o mesmo fim que várias outras que aparecem,pegam sua fatia e saem do mercado. Ou alguém acredita quedaqui a 15 anos alguém vai considerar isso um clássico?”,argumenta.

Renata concorda que um dia a febre Restart vaiacabar e isso pela consequência natural das coisas.“Acredito que daqui uns anos a banda não vai estarmais na mídia como hoje. Creio, também, que não estarãomais se vestindo com roupas coloridas, afinal, imaginem umcara com 30 anos se vestindo com uma calça laranja? Achoque não vai rolar. Eles vão crescer, e vão mudar o estilodeles, o que vai acabar perdendo a graça”, comenta.

É rock ou não é?Eis a questão

anos 80 sumiram e outras ficaram. Muitasdas que ficaram com certeza sofreram asmesmas críticas que as atuais recebem. Issotudo faz parte de um ciclo de renovação,embora devo confessar que minha geraçãoteve bem mais sorte que a atual”, destaca.

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Harmonia, ritmo,energia, equilíbrioe força! Tudo issosustenta omovimento paraque o todo seja belo.Dançar é uma arte depeso em todasas culturas. Dispensaferramentas, bastausar o própriocorpo e explorarsuas infinitaspossibilidadesde encantar!

Por Janaina CescatoConsiderada a arte mais antiga da

humanidade, a dança não se resume àtécnica e plasticidade. Antes de tudo elamanifesta, luta, celebra e ritualiza, além deentreter. Desde o homem primitivo que

dançava instintivamente até os artistascontemporâneos com suas coreografias

meticulosamente calculadas, a dança éessencial à linguagem humana que transcende o

verbal. Universal, independente de idiomas,transmite emoções e traduz culturas em constante

movimento. Não se limita aos espaços privados eacadêmicos; a dança está nas ruas, nos teatros, nas

aldeias, nos guetos, nas academias, nas igrejas e nas escolas.

Impossível falar em dança e não lembrar de duas mulheressensíveis e batalhadoras de Barra Bonita: Marcilena(Academia Roda Viva) e Cidinha Cândido (AcademiaPrimeiro Movimento). Ambas têm vasta formação na área,participaram de inúmeros eventos e festivais nacionais einternacionais. Dedicam-se para que esta arte deixe um dia deser vista como entretenimento e seja concebida em toda a suadimensão artística e educativa. Apesar do reconhecimento daimportância na cultura brasileira, muitos artistas alegam quenão dá para viverem exclusivamente da dança. Cidinha diz quedevemos comemorar no dia 29 de abril os benefícios e o poderde transformação proporcionado às crianças, jovens, adultose idosos. “Durante toda a história da humanidade, a dança

esteve presente na vida cotidiana até mesmo das maisinsensíveis sociedades”. Márcia celebra os inúmeros

bailarinos brasileiros espalhados pelo mundo –inclusive barra-bonitenses– e afirma que “ainda

pode ser feito muito para manter nossosbailarinos aqui no Brasil, criando novos

espaços, companhias de dança e formas deincentivo, para que a dança seja vistacomo profissão”.

E a dança pode ser um meiopara transformar a realidade

social? “Se pudermos estendê-

29 de abril:Dia Internacional da Dança

Photl

.com

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Marcilena Souza daSilva Gonçalves Diastem formação eextensão em baléclássico. Feztambém faculdadede educação física eespecializou-se emginástica rítmica. Há36 anos atua na áreae é proprietária daAcademia RodaViva há 34. Para ela,dança é uma formade oração

Daniela da SilvaGonçalves Dias jádividiu palco comAna Botafogo eCarlinhos de Jesus;interpretou o papelprincipal do Ballet deRepertório “Giselle”pela Cia Estável doElenco Promodança;conquistou o 1º lugarno FestivalInternacional deDanças de Joinvilleem 2004; recebeu otítulo de 1ª SolistaSenior RegionalPromodança em 2005e foi premiada noFestival CBDD em2006 (Rio de Janeiro)

la às comunidades carentes, contribuiríamosconsideravelmente para esta transformação. Umadolescente ou criança em uma academia de dançaaprende e aplica não somente a técnica damodalidade escolhida, mas também respeito,cidadania e cooperativismo”, explica a proprietáriada Academia Roda Viva. Para Cidinha, arte eeducação estão intimamente relacionadas e atravésda dança o aluno recupera a confiança, a plenitude esente-se capaz de reconquistar a própriapersonalidade. “ “ “ “ “A dança contribui de maneiradecisiva para formação de cidadãos mais críticos eparticipantes da sociedade. Permite o

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reconhecimento de nosso potencial físico,mental e espiritual, tornando-nos maissensíveis ao mundo que nos envolve”.

Segundo o diretor teatral Gil VicenteTavares “a dança, assim como o teatro, éum exercício prático diário de apurotécnico, estético e ético. Tem-se pensadomuito, mas dançado pouco. E isso ficaainda mais evidente quando vemosbailarinos despreparados, coreografiaspobres, mas cheias de conceito”. Diante doargumento do diretor pergunto: O mundoem que vivemos valoriza, em demasia, olado estético em detrimento dosentimental? Essa valorização exageradareduz a face primitiva da dança, sualiberdade inalienável de expressão? Aproprietária da Academia PrimeiroMovimento ressalta que “não devemos sócontemplar os movimentos, mas, sim,identificá-los, vivenciá-los e interpretá-loscorporalmente. Enquanto apenasreproduzimos movimentos, sem pensar ouagir sobre eles, pouca coisa estaremosconstruindo”. Para Márcia, a estética temimportância, principalmente nascompetições de dança. “Mas, suavalorização excessiva, não deve jamaisimpor-se sobre técnicas aprimoradas ousobre expressões de sentimentos. Muitaspessoas preferem assistir a um espetáculocom efeitos especiais e cenográficos, masos amantes da dança só se contentam coma verdadeira essência”.

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Tamirys Cândido Souza da Silva já recebeu menção honrosado ex-ministro da Cultura Gilberto Gil; ganhou uma bolsa deestudos da Konservatorium Wien Privat Universität atravésdo Concurso Internacional de Brasília; foi nomeada melhorintérprete no concurso Solos a Cinq; conquistou o 1º lugar noConjunto Neoclássico Prece (Nova Iorque) e no musical Beijoda Mulher Aranha (Rio de Janeiro); foi convidada para sersolista na Gala de Ano Novo no Teatro de Leipzig

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Maria AparecidaCândido cursou o

Método RoyalAcademy Of Dance;

formou-se emeducação física e

pós-graduou-se emfisiologia do

exercício. Trabalhacom dança há 26

anos e éproprietária da

Academia PrimeiroMovimento há 22.

Cidinha define:dançar é amor evida; é libertar a

alma e o corpo emmovimento Ar

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Eric Gehringer Ursini, supervisorde marketing da TV TEM Bauru

“Uma mãe e um bebê camelo estavam por ali, àtoa, quando de repente o bebê camelo perguntou:

- Por que os camelos têm corcovas?- Bem, meu filhinho, nós somos animais do

deserto e precisamos das corcovas parareservar água. Por isso somos conhecidos porsobreviver sem água.

- Certo! E por que nossas pernas são longase nossas patas arredondadas?

- Filho, certamente elas são assim parapermitir caminhar no deserto. Sabe, com essaspernas longas eu mantenho meu corpo maislonge do chão do deserto que é mais quenteque a temperatura do ar e assim fico maislonge do calor. Quanto às patas arredondadas,eu posso me movimentar melhor devido àconsistência da areia! - disse a mãe.

- Certo! Então, por que nossos cílios sãotão longos? De vez em quando elesatrapalham minha visão.

- Meu filho! Esses cílios longos e grossossão como uma capa protetora para os olhos.Eles ajudam na proteção dos seus olhosquando atingidos pela areia e pelo vento do

A filosofia do camelo

deserto! - respondeu a mãe com orgulho.- Tá! Então a corcova é para armazenar

água enquanto cruzamos o deserto, as pernaspara caminhar através do deserto e os cíliossão para proteger meus olhos da areia dodeserto. Então, o que é que estamos fazendoaqui no Zoológico, mãe???”

Habilidade, conhecimento, capacidade eexperiências só são úteis se você estiver nolugar certo! VOCÊ ESTÁ NO LUGAR CERTO?

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48 Três adjetivos queresumem a trajetória dociclismo de Barra Bonita, umesporte que hoje se tornoucaríssimo e que umabicicleta para a prática podecustar até o preço de umveículo zero quilômetro

Garra, forçae determinaçãoPor Wilson Chagas

Em 1978, bicicleta deixou de ser sinônimo de lazer oumeio de locomoção e passou a ser negócio sério paraalguns barra-bonitenses, entre eles, Celso Tozatto, JoãoJorge Fonseca, José Carlos Fonseca, Sighmura, AntonioChipechope, Paulo Ambrósio e Herculano.

Por muitos anos eles colocaram Barra Bonita no topo,em todas as competições de ciclismo da qualparticipavam. Fizeram muitas cidades respeitar os ciclistas.“Nós ganhávamos todas. Era a melhor equipe de ciclismodo Estado de São Paulo. Um dia fomos correr emPiracicaba e pegamos do primeiro ao nono lugar”, lembraJoão Fonseca, que coleciona 78 troféus e 150 medalhas.

No seu auge teve duas vitórias inacreditáveis. Umadelas foi em São Paulo, quando deu um ‘sprint’ fantástico euma volta em cima dos 300 atletas que participavam daprova e fez a chegada sozinho.

Celso Tozatto também tem história para contar. Eleparticipou de muitas competições e obteve muitostítulos, sendo: campeão paulista em 1979, no seusegundo ano como ciclista, campeão da Taça Staroup

em São Paulo, em 1980. Ele defendeu onome de Barra Bonita e da equipe AutoPeças Vale do Tietê patrocinada pela Usina daBarra; participou dos Jogos Regionais eAbertos, ficando em segundo lugar na provade velocidade; medalhista de prata por SãoManuel. O ciclista foi federado durante trêsanos, de 1982 a 1985 e esteve entre os trêsmelhores da média paulista.

À medida que os ciclistas barra-bonitensesiam se destacando, acabavam conseguindomais apoio. De uma vez só, a equipe ganhou daUsina da Barra, cinco bicicletas Peugeot,importadas, para melhor rendimento da equipe.

Tozatto pendurou a magrela em 1986 e sóvoltou a pedalar em 2001. “Com muito treino,consegui por duas vezes ir e voltar de BarraBonita até Aparecida do Norte, com o amigoPlínio Chiaratto”, conta. Fonseca participoudos Jogos Regionais de Lins, no ano passado emostrou que ainda está em boa forma.

A cidade deBarra Bonita

sempre foirespeitada

no ciclismo

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EvoluçãoDe quando Fonseca e Tozatto começaram

até os dias atuais, o ciclismo evoluiu muito. Hojeuma bicicleta para competição pode chegar aocusto de R$ 50 mil reais. Tanto o quadro, quantoalgumas peças são fabricados em fibra decarbono e seguindo a medida do corpo dociclista. Elas pesam pouco mais que um saco dearroz. O peso mínimo permitido pela UniãoCiclística Internacional é de 6,8 kg. Seus pneusultrafinos são calibrados com até 140 libras.

InícioUma bicicleta para quem tem vontade de

começar a pedalar e a cair na estrada custa emtorno de R$ 700 a R$ 1.500. Além da magrela épreciso também os equipamentos de segurançacomo capacete, luva e óculos, mesmo que nãohaja o interesse de competir. Agora, quem teminteresse pela competição, deve acrescentar aessa lista camiseta própria com bolsos nascostas, bermuda com proteção para o selim,meia curta e sapatilha. Os preços variam.Quanto mais qualidade desejar o ciclista, maisele vai ter que pagar por isso.

Investindo muito ou pouco o que interessaé curtir a sensação de liberdade que o esporteproporciona. “É indescritível a sensação desentir aquele ventinho no rosto, o cheiro doslocais por onde passo treinando, a paisagem, osol, a chuva, o cansaço físico... Tudo isso é

mágico”, salientaFernandaStradiotti, queganhou gosto pelociclismo em provasde triathlon e jáparticipou dosJogos Regionais noano passado.

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Fernanda nosJogos Regionaisde Pirassunungaem 2009

JoãoFonsecae Celso

Tozatto,quando

eramatletas daequipe de

BarraBonita

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A históriade umvencedor

O barra-bonitense André Pullini conseguiu atingirpicos altíssimos em sua carreira de ciclista. Desdequando começou ele sempre batalhou para conseguirmuitas vitórias e tem em seu currículo viagensinternacionais, medalhas, prêmios, passagem pelaseleção brasileira e muita história para contar.

Ele defendeu uma das equipes mais conceituadas doBrasil, a Memorial de Santos, e a ajudou a ficar no topodo ranking, enquanto vestiu sua camisa. Atualmente,Pullini é capitão da equipe São Lucas/Giant/CicloRavena de Americana e o mentor do Giro doInternacional de Ciclismo do Interior de São Paulo.

O ciclista defendeu Barra Bonita de 1993 a 2000 esuperou a falta de incentivo, dificuldade que, na opiniãodele, a maioria dos atletas brasileiros que não escolhe ofutebol como esporte, enfrenta. Mas graças aos pais, aosamigos e ao professor Tadeu Bressan ele venceu. De 2001a 2006 defendeu Americana. De lá foi para Santos, ondepermaneceu quatro anos e agora intcgra a antiga equipe,que está totalmente reformulada.

Em uma das competições disputadas, o atleta recebeua medalha de bronze das mãos de Fidel Castro, na 1ªOlimpíada do Deporte Cubano, realizada em Cuba.

Sobre vestir a camisa da seleção brasileiraele diz: “É inexplicável a sensação de vestiruma camisa que leva o nome de seu país eganhar medalhas”.

Além dessa conquista, as maissignificativas na sua vida são: medalha deprata e recorde brasileiro e panamericanono Equador; medalha de prata pan dejuniores do Uruguai; bicampeão brasileirode perseguição por equipes; medalha debronze no campeonato brasileiro deestrada (185 km); terminou por três vezesentre os 10 melhores na Volta Internacionaldo Estado de São Paulo e Volta Ciclísticado Rio Grande do Sul e foi vice-campeãode uma das etapas do Giro do Interiordisputado em Barra Bonita, terminando naoitava colocação no geral.

São 18 anos de sua vida dedicados aociclismo, esporte responsável pelo seusustento. Todos os dias ele sai de casa às7h30 e retorna lá pelas 13h, depois derodar aproximadamente 200 quilômetros,solitário. Afinal, ele é contratado paracorrer de bicicleta e precisa dar resultadopara a equipe.

Assim, o garoto que começou a andarde bicicleta por brincadeira com os amigosdepois da aula se sente feliz por realizar osonho de menino, de ser ciclistaprofissional.

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2

1 - Com André Pullini, aequipe da Memorial deSantos chegou ao topo doranking do ciclismo brasileiro

2 - O ciclista no início dacarreira se destacando emcompetição realizada nacidade pelo professor TadeuBressan; no pódio ao lado doamigo Tiago Chiaratto

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Em mais de dois milanos de história, ochocolate foi, pormuito tempo,considerado sagradopor sociedadesantigas. Os astecasacreditavam queuma divindadehavia trazido do céuas sementes decacau e, por isso,festejavam ascolheitas com rituaiscruéis de sacrifícioshumanos

Por Janaína CescatoForam povos primitivos da região do México e da América

Central que descobriram que as sementes de cacau poderiamser amassadas e transformadas em bebida. O chocolatedaquele tempo era muito diferente do que conhecemos hoje:não levava açúcar e ainda era misturado com pimenta, cereaise outros temperos fortes. O resultado era uma bebida fria,espumante, amarga, gordurosa e picante. Com o passar dotempo, os espanhóis começaram a agregar açúcar e outrosadoçantes à bebida, tornando-a menos amarga e maisaceitável ao gosto Europeu. Estes passaram a tomar o líquidoquente, e o chocolate começava, cada vez mais, cair no gostoda elite espanhola. Vários ingredientes continuavam sendomisturados ao chocolate líquido: leite, vinho, cerveja, açúcar eespeciarias. Somente em 1755 que o cacau apareceu nosEstados Unidos e em 1795 os ingleses começaram a usar umamáquina a vapor para esmagar os grãos de cacau - esteinvento deu início à fabricação de chocolate em maior escala.Mas, a verdadeira revolução do chocolate aconteceu cerca de30 anos depois, quando os holandeses desenvolveram umaprensa hidráulica que, pela primeira vez, permitia a extração,de um lado, a manteiga de cacau, e do outro, a massa. Estaúltima era pulverizada para se transformar em pó de cacauque, quando acrescido de sais alcalinos, se tornava facilmentedissolúvel em água. Daí ao desenvolvimento de bebidas

achocolatadas foi um passo rápido e, na sequência, amistura com manteiga de cacau fez aparecer osprimeiros tabletes de chocolate mais ou menos comoos conhecemos hoje.

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Trufa TradicionalIngredientes500g de chocolate ao leite ou meio amargo1 lata de creme de leite com soro2 colheres de rum ou vodka250g de chocolate ao leite ou meio amargo(para banhar)cacau em pó (para polvilhar)

Preparo: Em uma panela, deixe ferver o cremede leite com o soro. Após ferver, desligue ofogo e acrescente o chocolate bem picadinho,mexa até derreter e adicione o rum (ou vodka).Coloque em um recipiente de vidro ou plástico,deixe na geladeira por 24 horas. Depois, enrolee banhe no chocolate derretido. Por último,polvilhe cacau em pó para decorar.

Quem conhece ou já foi atendida pelaproprietária da Telemensagens e Telecestassabe que ela é um “doce” em pessoa! Isso semcontar as delícias que ela mesma faz paraacompanhar e diferenciar suas cestas. Sãotrufas, pão de mel, ovos de Páscoa, cachos deuva, rosas, entre outros quitutes, todos feitoscom muito carinho e CHOCOLATE! O nomedela é Lívia Cristine Reginato Gatti, trabalhano ramo de telemensagens e cestas há 15 anose com chocolates e guloseimas há sete. Líviasempre se preocupa em fazer cursos paraaperfeiçoar e aprender novas técnicas. Confirauma receita da tradicional trufa feita por Lívia.

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LíviaCristineReginatoGatti tem osegredo dasfamosastrufas dechocolate!

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Natália Alonso Di Muzio tem apenas 19 anos e há novemeses gerencia, com requinte, o Empório Café. Situado naRua Primeiro de Março, o ambiente é muito convidativo echarmoso. São tantas as opções que é impossível escolherapenas uma iguaria. Natália diz que com a queda datemperatura aumenta a procura pelos cappuccinos, cafés edoces que contenham CHOCOLATE em seu preparo.

Chocolate quenteChocolate quenteChocolate quenteChocolate quenteChocolate quente

Café em Cápsula (com notas de cacau):- Arpeggio - Uma torrefação prolongada de purosArábicas da América Central e do Sul, o Arpeggio temum caráter forte e um corpo intenso, aprimorado pornotas de cacau;- Decaffeinato Intenso - Os Arábicos sul-americanosaltamente torrados com um toque de Robustarevelam as sutis notas de cacau ede cereaistorrados desteencorpadoexpressodescafeinado

Café Trufado, Cappuccino de Alpino,Cappuccino de Chocolate,Chocolate Quente (tradicional e deovomaltine), Chocolate Gelado, CupCakes (NOVIDADE! Mini bolosrecheados), Bolos, Musses,Bombons (tradicional, prestígio,café, cereja e leite condensado),

Pão de Mel (brigadeiro,doce de leite e

prestígio), Trufas(Empório Café -trufa de café comchampanhe, cereja,maracujá, etc...),Cones Trufados,Brigadeiro de Colher

(recorde de venda!)

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Um espaçocharmoso econvidativogerenciadopor alguém

à altura:Natália

Alonso DiMuzio doEmpório

Café

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Normalmente não nos damos conta da grandediferença que irá fazer uma administração maisrigorosa das Finanças Pessoais, ou seja, o controle dosgastos de uma residência familiar, da conscientizaçãodos moradores dessa residência, para queeconomizem o máximo possível em tudo. Por maisinsignificante que possa parecer, o valor econômico oufinanceiro, ao longo do tempo, fará muita diferença,porque recuperar o que se perde será muito difícil.Assim como o tempo, passou não tem como voltar, odinheiro desperdiçado dificilmente será recuperado,podemos ganhar outro, mas aquele “já era”.

Quem é mais cuidadoso no trato com odinheiro, normalmente é “taxado” de “pão duro” eoutros adjetivos populares.

Esta atitude de cuidar do dinheiro demonstra orespeito e a importância que a pessoa dá aotrabalho ou a sua atividade econômica que exerce,muitas vezes com elevada dose de sacrifício.

Conscientizar quem depende desse resultado,da necessidade de economizar, não é tarefa dasmais fáceis, mas é necessário e exige paciência epersistência. O resultado desse trabalhoproporciona benefícios.

Os desperdícios se apresentam de várias formas,desde a manutenção e conservação adequada debens, melhor organização e disposição dosprodutos domésticos de uso comum e,principalmente, os de uso pessoal, roupas, calçadose outros produtos, que, às vezes, são adquiridos deforma impulsiva, sem necessidade, apenas porqueestavam em “oferta” ou “promoção” e lá se vai odinheiro, através do famoso “cartão de crédito” oudo limite do “cheque especial”.

Somos bombardeados diuturnamente, atravésde belos comerciais, das novelas, das mídiasescrita, falada e televisiva. Quem não conseguedesenvolver defesa contra isso, provavelmenteenfrentará problemas de ordem financeira, comconsequências danosas na “Saúde Financeira”.

O desequilíbrio f inanceiro acaba sendoagravado com as elevadas taxas do “chequeespecial”, do parcelamento no “cartão decrédito”; estes são instrumentos de crédito comas maiores taxas do mundo.

Chegar ao estágio de utilização dessesinstrumentos, o devedor passará a trabalhar muitashoras para pagar apenas os juros, ficando o saldodevedor que a todo mês vai gerar mais juros,

É de centavo em centavoque se economiza ou seperde R$ 1 milhão!

Por Luiz Roberto Nahun

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prejudicando e agravando a “saúde financeira”,desestabilizando e, às vezes, destruindo a família.

Vale uma boa reflexão sobre o assunto.Embora grande parte de pessoas não tenha

recebido orientação sobre como cuidaradequadamente das finanças pessoais, buscarajuda e informações sobre o assunto poderá ser agrande diferença para uma vida mais tranquila.

Passar essas orientações para os descendentespoderá ser a forma de poupá-los de problemasfinanceiros, mantendo uma boa “saúde financeira”,conduzindo-os para uma vida de prosperidade.

Vale lembrar que, grande parte da vida, nosdedicamos à escolaridade, à capacitaçãoprofissional e as necessidades nos fazem retornarcom frequência aos bancos escolares.

Afinal, por que fazemos isso?Para nos mantermos no mercado de trabalho,

visando obter melhor remuneração, traduzindo“ganhar mais dinheiro”.

Então, por que não valorizar esse resultado, ouseja, o dinheiro que se ganha?

Planejar, elaborar o orçamento familiar, controlar asdespesas, investir na formação de um patrimônio, viveruma vida com o melhor conforto e proporcionar issopara a família, acredito que seja o sonho de muitos.

Isso é possível e só depende de nós, de cada um!

Onde encontrar planilhas deorçamento familiar e orientações:

www.barracred.com.br ouwww.financenter.com.br

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57Por Janaína Cescato

Em meio a um turbilhão de emoções, a ansiedade e aalegria predominam nos preparativos para a chegada domais novo e ilustre habitante da casa: o bebê. Contando osdias, a mamãe vai criando uma atmosfera de receptividadee carinho. Para isso, ela passa horas escolhendo edecidindo o tipo de mobília, revestimento do piso, enxoval,motivos das paredes e as cores do quarto. Cores? Serámenino ou menina?

Apesar de todo o trabalho, as recordações desta fasesão inesquecíveis! Este momento é muito significativopara toda a família e em especial para a mãe. Sueli MariaFrollini Veguin, formada em Educação Artística comlicenciatura em Artes Plásticas, Desenho e Designer deInteriores, sabe muito bem disso. Trabalhando na áreadesde l995, a designer diz que cabe ao profissional em

Preparando oninho

decoração entender, decifrar e traduzir toda aemoção em praticidade, beleza e leveza.

Antes de definir o espaço que serádestinado ao recém-nascido, há inúmerasconsiderações. No entanto, o mais importanteé que o lugar seja bem arejado, iluminado e depreferência que receba a luz do sol da manhã.“O acesso deve ser facilitado para a mãe; e parao bebê o fundamental é o aconchego. Essecantinho, todo especial, também deve ser claroe, na medida do possível, silencioso”, descreveSueli. “Quando planejo um quarto de bebê,procuro harmonia e equilíbrio para que oberço, trocador e até a poltrona da mamãesejam confortáveis. Estes elementos sãoindispensáveis para um ambiente prático e

Na expectativa pelo nascimento de um filho a decoração doquarto é fundamental para receber o bebê. Mas, só estarmaravilhoso não basta; a futura mamãe sabe que este novoespaço deve, antes de tudo, ser acolhedor

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‘agradável para ambos”, completa.Quanto aos cuidados básicos necessários ao

decorar o espaço do bebê, certifique se os materiaispermitem uma higienização constante e se nãopropiciam a proliferação de ácaros ou quaisquer outrosagentes que provoquem alergia. Atenção aos objetos eaos excessos que podem prejudicar a estética e asegurança do quarto. “Temos que lembrar que estamosconstruindo um local para um bebê, então, móveispesados, escuros, muitos enfeites e cores fortes podemsufocar o ambiente e a própria criança. Como citeianteriormente, os objetos, móveis e tudo que compõemo espaço, devem ser certificados de que não apresentemriscos quando manuseados pelo bebê”, frisa a designer.

Sempre surgem novidades criativas e interessantes nosetor. “Há formas inteligentes, objetivas e econômicas paramelhorar um ambiente e a orientação de um profissional dedecoração é imprescindível. Quando isso não é possível,temos que recorrer ao bom senso para decidir a melhordistribuição e customização dos móveis e dos objetos jáexistentes. Uma remodelação, reforma ou repaginaçãosempre traz imagem nova ao local, lembrando que o ideal éter uma boa circulação interna”, explica a decoradora quefrequenta feiras especializadas para manter-se atualizadano que há de mais moderno e inovador para o segmento. Oprofissional deve também considerar os recursosfinanceiros disponíveis para esta adaptação que não fica,necessariamente, cara. Tem para todos os bolsos e gostos!

explica a designer de interiores, Sueli Maria Frollini Veguin

Quando planejo um quarto de bebê, procuroharmonia e equilíbrio para que o berço, trocadore até a poltrona da mamãe sejam confortáveis.

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TendênciasTendênciasTendênciasTendênciasTendênciasEliana Testa Moda, proprietária da Casa

Moda, mantém o bom gosto e a qualidade deseus artigos. Ela também frequenta showroomse eventos relacionados à área. Esteve na últimafeira da Associação Brasileira das Indústrias deMóveis de Alta Decoração (ABIMAD), em SãoPaulo, onde conferiu muitas novidades. Umadelas foi “um ‘moisés’ para recém-nascidos,tipo um miniberço com rodinhas, menor queum carrinho, bem alto, que possibilita a mãetransportar o bebê por onde for dentro decasa”, argumenta Eliana. Quanto às tendênciasela cita os motivos ecológicos, os de fazenda,nas cores verde combinada ao bege. Para oenxoval destacam-se o lilás, laranja, pastel eazul. “Verde é uma cor fresca e combina tantopara quartos femininos quanto paramasculinos. Já nos móveis, o provençal é umaforte pedida, mas o branco ainda predomina,pois é uma cor neutra”, ressalta.

Eliana Testa Moda,proprietária da Casa Moda –

diversidade e requinte emmóveis de alta decoração

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Prof. José Carlos Lourenção

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Era costume, na época do povoamento da nossacidade, chamar de barra as margens dos rios. Osfundadores, Nhonhô de Salles e Major Pompeu,foram à procura de novos moradores para opatrimônio e, depois de muita conversa, vinha aclássica pergunta:

- Mas onde fica isso?- Sabe, lá naquela barra bonita, onde o córrego

entra na pedreira e chega até o Tietê, então é lá,naquela barra...

Não sei se foi assim que tudo começou com onome de nossa cidade, mas a teoria ficou bem legal,não ficou?

Assim nascia um pequeno povoado que passa aser conhecido como Barra Bonita.

Estávamos no ciclo do café. A cultura do caféfoi um puro romantismo. A fazenda era umaverdadeira pintura. A Casa Grande, construída naparte alta da propriedade, onde o administradortinha a visão completa da fazenda.

A colônia, enfileiradas de casinhas iguais, acapela em louvor ao Santo Padroeiro, a tuia ondeguardavam o café colhido, o terreiro de tijolospara secagem, a roda d’água de onde saíam o fubáe a quirela, a horta e o imenso pomar.

Os animais na estrebaria, os porquinhos (leia-seleitoas no chiqueiro), somente as galinhas eramcriadas soltas de onde nasciam os frangos caipirasque no domingo iam para a panela junto com omacarrão que a nona fazia (Oh!...Que delícia!).

Sem esquecer o pão de casa feito no forninhode lenha, o leite tirado na hora da vaca mimosa, eaquela goiabada feita no tacho de cobre e que eramexido com uma pá de cabo comprido, pois o doce“pulava”. No final a nona colocava pedaços degoiaba e assim saía a goiabada cascão (era divina).

Com a abolição dos escravos, começa faltar mãode obra na lavoura cafeeira e o Governo libera aemigração para solucionar o problema: a Itália, quepassava por delicada situação financeira, foi o Paísde onde saiu mais emigrante. A Barra recebeu uma“enxurrada” de italianos. Geralmente vinham na 3ªclasse dos vapores e a viagem demorava trinta diascom tudo dentro da normalidade.

Aqui começa outra vida: clima, do frio para ocalor; as comidas, o modo de vestir, ou seja, hábitos

“Sabe, lá naquelabarra bonita”

e costumes completamente diferentes.A adaptação foi difícil e ainda a saudade da

terra-mãe fizeram a italianada arrumar meios parasobreviver. Era preciso lutar, trabalhar e conseguiruma nova maneira de viver. Mas, como dizia o meuavô Carlos: “quem não tem cão, caça com ocachorro e assim começou...”

O sentimento religioso fez com quearrumassem um local para orar. Uma pequena salade um emigrante solitário foi escolhida. Esseitaliano tinha feito seminário na Itália e tinhaconhecimento das celebrações. Diariamente, àtardinha, as rezas. Nos domingos e dias santos,eram bem mais longas as solenidades religiosas.Escolheram Santo Antônio para padroeiro.

Com o passar do tempo, a sala ficou pequena,pois o número de fiéis aumentava dia a dia. Erapreciso arrumar outra sala maior. Nhonhô de Sallesresolveu o problema cedendo uma ampla sala emseu estabelecimento comercial (hoje Barra Som).Como Nhonhô chamava José de “Salles Leme”, emsinal de agradecimento mudaram o Padroeiro deSanto Antônio para São José e o povoado passa aser conhecido como “São José da Barra Bonita”.

Para animar suas festas, barulhentas por sinal,apareceram as bandas musicais, algumas pequenas,outras maiores, mas todas animando os bailes dastuias de café e os casamentos. As bandas tocavam degraça, tocavam porque gostavam. Nos casamentos,

Sabe, lá naquela barrabonita, onde o córrego

entra na pedreira echega até o Tietê,

então é lá, naquelabarra... Assim nasciaum pequeno povoado

que passa a ser conhecidocomo Barra Bonita.

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depois do almoço para os noivos e convidados, eraservido o almoço para os músicos. Não podiam faltar:macarrão, leitoa, cabrito e frango; uma cartolinha devinho fazia animar ainda mais os músicos e era“Massorim De Fiori” até a noite.

Uma banda que deixou saudades foi a daCongregação Mariana da Paróquia de São José. Opatrono era o Cônego Francisco Ferreira DelgadoJúnior, carinhosamente chamado de PadreChiquinho. O maestro era o “retratista” JoaquimBentinho e várias pessoas faziam o papel de“mecenas”, ou seja, contribuíam para o sustento dabanda. Nos domingos, depois da missa das dezhoras (tradicional), era comum a apresentação dabanda no coreto do Jardim da Igreja Matriz.

As famílias reunidas, os casais de namorados, alise encontravam esperando a famosa macarronadacom frango e uma garrafinha de Cili, furada com

Sentado à frente opatrono Padre Chiquinho,ao seu lado, em pé, omaestro JoaquimBentinho. Os músicos:Bio Lourenção, DécioRicci, Antônio Pavani,Juraci Cestari, TanaOliveira (irmão do ZelãoBarbeiro), Nini Ricci,Pedro Pavani, Balan,Orozimbo Gonçalves,Anselmo Otero, MárioPavani, AmbrózioColombo e Agú Fagá. Osmecenas: ComendadorHermínio de Lima,Vicente Angélice, NiloBenfatti, Dr. GastãoLourenzon, Ruggero DeMarchi, AlbertoSimionato, João Ereno eprofessor Olésio deArruda Camargo. Asmeninas: Cleonice Iaia,Janete Iaia e Laís Vitório

prego na tampinha para durar mais.Um caso curioso do Maestro Joaquim

Bentinho. Como era o retratista, (fotógrafo atual)tinha seu estúdio na Rua Campos Salles (ondehoje funciona o colégio ADV) e a fotografiamuitas vezes era retocada, pois a técnica era bemmodesta e assim aconteceu.

O meu Tio Antônio que morava na esquina daPrudente com o jardim da Igreja (onde Dr. Camilotem seu escritório de advocacia), precisava renovar acarteira modelo 19, um tipo de passaporte, pois eraitaliano. Esse modelo exigia uma foto 6X9 em pretoe branco. Tio Antônio foi até o estúdio do JoaquimBentinho e tirou a foto. Qual não foi sua surpresa nahora de receber a fotografia: Tio Antônio saiu degravata borboleta, coisa que nunca teve na vida.Mas como ficou bonita! Tudo acabou numa boa emuitos agradecimentos (OH! NIVARDO!).

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Quando a festa é um sucesso, o brinde não podefaltar... Anaísa Moia, Lígia Gerin Benvenutti,Fernanda Souza Di Muzio e Cristina Silveira Benfatti

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No início de dezembro passado, o Dr CarlosManuel Cristovão esteve no Congresso Portuguêsde Psiquiatria no Estoril, em Lisboa. Na foto, aolado do Dr Antonio Geraldo, presidente da ABP(Associação Brasileira de Psiquiatria) e Dr AntonioPalha, presidente da SPPSM (SociedadePortuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental)

O cantorFelix está atoda com olançamentode seu CD“Frente aFrente”. Amúsica“AquelaNoite” já ésucesso nasrádios daregião

Diretores da Javep com Representantes da GM e do Banco GM, durante a premiaçãoque elegeu a JAVEP a número 1 em vendas pela 5ª vez consecutiva: Carlos AlbertoBortolucci, Augustin Celeiro, Antonio Carlos G. Pelegrina, Antonio Carlos Pelegrina,Lourenço Gomes, Francisco Domingos, Jorge Sakatani e Ricardo Gimenez

A cabeleireira Veronice da Cruz Bombonattoreinaugurou seu salão na noite de 23 de março.Um coquetel foi servido a todos quecompareceram. Agora um espaço mais amploe moderno para melhor atender a sua clientela

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O professor de tênis Euler Fanton reuniu suas alunas paraconfraternização em um saboroso café da manhã, no Tênis Clube deBarra Bonita, dia 2 de abril. A animação foi o ponto alto do encontro

Arqu

ivo P

esso

alAr

quivo

Pes

soal

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C I R C U I T ONum giro peloseventos maisbadaladosclicamos os casais:

Pedro EduardoMello Teixeira eKarina

Edilson daSilva eJuliana

Fernanda Pavanie CristóforoJorge Ferreira

Miguel Fedatoe Fabiana

Raquel eEvandroPulini

Lia BorgesHonório e

MárcioLuciano

GuilhermeBonaroti e

Paula

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Sara, Martha,Roberto e

Karina

Leila, Martha, Vera, Lúciae Ângela

Entre mulheres...

Arlene ePatrícia

Paula, Leila, Isabele Carolina

Célia, Cecília e Rosana

Cristiane,Giovana,Fabiana, Nancí,Natália e Deise

Sônia,Janete e

Alice

Maria, Martha eMaria Helena

Vera, Marisa, Conceição, Marta e Maria Helena

Neura, Edileuza e Zuleika

Dirce e Aparecida

...sempre há um bom motivo para comemoração.Um delicioso jantar regado a bons papos e muitaanimação marcou o aniversário de Martha TuschiSahade, no dia 25 de março.

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Vera, Fina, Neidee Natália

Arlete, Arlenee Marlene

Ilma, Marta, Márcia, Fabiana e Natália

Ida, Lara eVera

Maria Emília, Sandra,Mara Lúcia e Vera

Elaine, Gorete e Rita

Neusa Stradiotti

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Edileuza, Renata, Neura,Aline, Juliana e Ieda

Marlene, Mariana,Caroline, Eliana e Lenira

Soraia, Neia, Sueli, Cidinha,Cazuê e Maria José

Marisa eMariaEloísa

Elaine, Nica, Edésia, Marlene, Cristina e Dulce

Terezinha,Roseli, Sueli

e Luci

Terezinha,Roseli, Sueli

e Luci

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