a máquina do tempo (parte i) - artigo para a revista coaching brasil

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Caro leitor,

Nesta edição, vamos falar sobre Crise.Em um momento em que especialmente o Brasil vive momentos difíceis, esta palavra não sai dos noticiários.O que fazer em momentos de crise?O normal é a retração, o encolhimento, a paralisação. É com este cenário que os consultores estão acostumados. A verem os programas de treinamento e capacitação cortados subitamente.Entretanto, cada vez mais se fala sobre aproveitar o momento da crise para rever, avaliar, capacitar, preparar e inovar. Quando a crise passa, o que acontece é que a maior parte das organizações saem da caverna, tal qual o bicho que hiberna para economizar reservas. Só que, diferente dos bichinhos, as empresas que não hibernaram, que utilizaram este momento para preparação, dão um grande salto à frente das outras. Com o Coaching acontece o mesmo. Para muitas pessoas, o Coaching aparece como uma alternativa em um momento de crise, e elas fazem deste momento um divisor de águas em suas vidas, conseguindo alcançar resultados antes nem imaginados.

Para falar sobre crise convidamos um trio especial: Marco Ornelas, que já frequentou nossas páginas e encantou os leitores com sua competência, experiência e simpatia. Anibal Viegas, outro querido amigo que com sua visão diferenciada do ser humano, cruza disciplinas pouco conhecidas para obter grandes resultados. E, Carolina Nalon, uma jovem coach que vem encantando o mercado com seus vídeos simples, autênticos e profundos. Por este posicionamento, a convidamos para estrear em nossas páginas.

Tenha uma excelente leitura,

Luciano Lannes Editor

Luciano LannesEditor

Editorial

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ExpedienteRevista Coaching Brasil

Publicação mensal da

Editora Saraswati

ano III – num. 29 – Outubro 2015

Diretor e Publisher

Luciano S. Lannes

[email protected]

Projeto gráfico e editoração

Estúdio Mulata

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Editora Saraswati

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são de idéias e conceitos.

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6 Um Outro Olhar - Cláudia MIranda Gonçalves

8 Papo Rápido - Coaching e o fato oculto - Eliana Dutra

10 Dossiê - CRISE: SOMOS TODOS RESPONSÁVEIS - Marco Ornelas

16 Dossiê - 12 Segundos de Escuridão - Carolina Nalon

20 Dossiê - Crise abre espaço para muito Ruído e pouco Sinal - Anibal Viegas

24 Coaching Executivo - Conexão que leva ao empoderamento - Cristina Maia Mendes

28 Coaching de Carreira - Testes Vocacionais no processo de Coaching - Maurício Sampaio

32 Filosofia e Coaching - Coaching, emoção e Spinoza Parte III - Marcello Árias Danucalov

36 Para Refletir - O que vou experimentar hoje? - Marcia F. Yokota

38 Para Refletir - Storytelling Coaching - Telma Penteado

40 Eu, Cada Vez Melhor - A máquina do tempo parte I - Ana Paula Barros

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Eu, cada vez melhor

Não tenhamos pressa, mas não percamos tempo.

José Saramago

Quem nunca imaginou viajar no tempo?Voltar ao passado, consertar algumas coisinhas, reviver outras... Visitar o futuro e ver como as coisas serão, como você estará daqui a 5, 10, 20 anos... Pausar o tempo presente, para ter a oportunidade de avaliar melhor suas ações e atitudes... E viver um hoje mais alinhado com a vida que você quer ter, um hoje planejado em detalhes por ninguém menos que você, do jeito que sempre sonhou! Já pensou?Pois hoje eu convido você a conhecer a máquina do tempo. E o melhor: a viajar nela!Mas, para desfrutar de seus benefícios, há um preço a se pagar: Ao optar por adquirir a passagem, você automaticamente aceita deixar de lado seu lado crítico e olhar para tudo com olhos de criança, como se estivesse des-cobrindo o mundo pela primeira vez.Uma vez de posse do seu tíquete para a incrível viagem na máquina do tempo, você também concorda em assumir o papel de observador da sua própria vida.O que isto quer dizer? Que, pelo menos durante esta viagem, você se compromete a desligar seus mecanismos de autojulgamento, autocen-sura e autopiedade.

Ana Paula BarrosCoach de Autoconhecimento Criativo

As melhores viagens são aquelas que se encontram na sua cabeça

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A máquina do tempo PARTE I

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Por quê? Porquê nossos julgamentos nos tornam rígidos e céticos demais. E rou-bam o que há de melhor na essência hu-mana: a diversão e a criatividade. Nossa censura nos desestimula a criar e a seguir adiante, consolidando os inúme-ros limites que impomos a nós mesmos. E nossa autopiedade nos coloca numa po-sição extremamente desprivilegiada de vítima, como se não tivéssemos contro-le das nossas escolhas, que determinam nossas ações, que por fim determinam nossos destinos.Então, se você estiver disposto a pagar o preço e deixar o peso extra mencionado acima de lado, coloque seu passado, pre-sente e futuro na mala, faça seu check-in agora mesmo e dirija-se ao portão de em-barque. Ah, dispor de um caderninho para anotar suas viagens mentais durante o passeio não é imprescindível, mas poderá ser ex-tremamente útil para que você possa re-lembrar os roteiros, dicas e experiências vividas.E, um último aviso: ao embarcar na máqui-na do tempo, solte o cinto, solte os om-bros, solte a imaginação. Caso você se sin-ta pressionado, as máscaras despencarão de sua cabeça, e em caso de emergência existem saídas sobre as asas: abra aque-las contidas na sua imaginação e você fa-cilmente será capaz de chegar a um des-tino infinitamente melhor do que jamais ousou idealizar.Sua passagem o levará a um tour por ter-ritórios distintos, todos muito instrutivos e cuidadosamente pensados para que sua viagem seja prazerosa e memorável, a sa-ber:REWIND (REW): passado PAUSE (PSE): parada para conexão FORWARD (FRD): futuroPLAY (PLY): presente Tanto seu ponto de partida como de che-gada será o presente (PLY), no entanto informamos que ao retornar da viagem esperamos que você já não seja o mesmo. 

Pronto? Então vamos embarcar nesta aventura, come-çando com uma viagem… ao passado!

Trecho: PLY-REWHorário de embarque: imediato!Você finalmente entra na máquina do tempo por uma portinhola surreal, de tão apertada. Pensa em reclamar, mas algo sussurra em seus ouvidos que poucos são os que passam pela porta estreita, então você começa a se sentir sortudo. Há uma névoa de cor azul royal no ar, um perfu-me de infância que você não consegue identificar ao certo. Ainda meio confuso, você pensa avistar algumas bolhas de sa-bão com desenhos de cenas da sua vida, e quando se distrai e começa a apreciar o brilho ofuscante das paredes metálicas da embarcação, sente um impacto, segui-do de um estrondo. E eis que uma voz pa-recida com a do metrô, só que bem mais familiar, conduz você à saída.

Bem-vindo a REW!Este é um dos trechos mais especiais da nossa viagem. Expedições ao passado podem e costumam ser muito delicadas, então sugiro que você revisite tudo com calma, cuidado e carinho. Não podemos mudar o passado, mas podemos mudar a nossa interpretação acerca dele. E esta é uma das faculdades humanas mais sensacionais: a capacidade de dar novos significados a fatos já ocor-ridos, que até então nos enfraqueciam, bloqueavam, desequilibravam ou entris-teciam.Neste trecho da viagem, você terá a oportunidade de rever e reavaliar rotei-ros não concluídos, passear pelos mu-seus de suas obras inacabadas e jogar fora os ingressos daqueles eventos que

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já não fazem mais sentido pra você.Ao aterrissar no seu passado, avalie atentamente o que deixou pra trás e percorra aqueles pontos históricos que ficaram em aberto, no intuito de fechar ciclos para então poder seguir adiante viagem. Um bom roteiro para seus primeiros dias de passagem pelo seu passado (REW), seria:- Avaliar quem você precisa perdoar, - Perdoar a si mesmo por seus erros e imperfeições, e aceitar-se,- Procurar saldar dívidas com terceiros que ficaram pendentes, - Devolver pertences que você se es-queceu de retornar, - Passar a limpo promessas a terceiros que não cumpriu, renovando-as ou desobrigando-se delas,- Libertar-se de promessas feitas a si mesmo que quebrou, - Doar, vender ou jogar fora objetos que já não lhe servem mais, - Declarar seus sentimentos a quem sentir necessário.  Há também uma excursão comple-mentar, muito divertida e indicada a

quem estiver de passa-gem em

REW e busca mais aventura e emoção:Revisite a criança que você foi quando tinha cerca de 6, 7, 8 anos, perceba de que gostava, como agia, quais eram as coisas que mais lhe interessavam, o que amava fazer, do que adorava brin-car, como se expressava...Depois, bata na porta do seu eu ado-lescente e tente se lembrar destas mesmas coisas.Em seguida, vá atrás de você mesmo ao adentrar a vida adulta e anote to-das as suas recordações destas 3 fa-ses da sua vida.Busque similaridades, trace paralelos, descubra padrões. Avalie quais eram suas características mais marcantes e originais e que acabou sufocando, descartando ou reprimindo por conta do que algumas pessoas lhe disseram, além das limitações e barreiras que você mesmo e o meio lhe impuseram. Anote tudo, tudinho, no seu caderninho de viagens. Você ficará perplexo com os resultados e com as conexões que co-meçará a fazer nos próximos dias.É hora de voltar para a máquina do tempo.Você anseia pela próxima parada e com tanta coisa vivida no primeiro trecho, acaba se esquecendo de al-guns pesos do passado em REW. Mas tudo bem, você aprendeu que não

precisará mais deles.

Trecho: REW-PSEEmbarque: imediato

Já dentro da máqui-na, desta vez você

se atém às bo-lhas de sabão e

consegue vi-sualizar sua

família, sua casa, seu m a i o r desafio

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derninho de viagens.Você realmente sente que

está no caminho certo? Ou será que na ânsia de se manter em movimento você acabou pegan-do uma estrada qualquer e ainda não se deu conta de que ela não o levará onde você quer realmente chegar?Pode ser que você até tenha percebi-do que está indo na direção errada, mas a esta altura seu GPS perdeu o si-nal. E você não tem um mapa e já não sabe mais como proceder. Nestas horas, o melhor a se fazer é realmente aproveitar ao máximo para fazer uma reconexão consigo mesmo no PAUSE. Para poupar tempo, com-bustível, energia e reavaliar se a estra-da o leva ao destino desejado, se seu meio de transporte é o mais indicado: talvez você esteja usando um trem--bala para chegar na esquina ou pode ser que você esteja tentando atraves-sar o continente de bicicleta. Ambos os objetivos são válidos e justos, mas sem avaliá-los friamente, dificilmen-te serão alcançados se você estiver usando recursos incompatíveis.Assim, aproveite que você está em PSE e analise seus objetivos, recursos, planos e confronte tudo isso com seus sonhos, com o que você realmente de-seja pra você, com como você quer se sentir e com a pessoa que você quer se tornar.Feito isto, você estará pronto para seguir viagem, e visitar seu passado e seu presente...

(continua na próxima edição)

no momento e até aquela situação que mais o atormenta, tudo retratado nelas. Mas, você pensa, não é possível! E quando seu cérebro começa a proces-sar toda aquela informação, o condu-tor da máquina do tempo o convida a desembarcar em PSE.No primeiro trecho, lá em REW, você teve a oportunidade de voltar ao pas-sado, fechar alguns ciclos e também acessar seu verdadeiro eu, quem você verdadeiramente é, antes do mundo lhe dizer quem você deveria ser.Aqui em PSE você fará uma parada para conexão, ou seja, terá a oportuni-dade de simplesmente pausar a corre-ria do seu dia a dia, desligar-se de sua busca frenética por resultados, fugir um pouco dos seus compromissos, tarefas e obrigações, para atuar como sujeito observador e avaliar de fora o que você tem feito.Como está sua vida? Boa, ruim, mais ou menos?Você está vivendo, de algum modo, a vida que você sempre sonhou? Ou pelo menos sente-se caminhando em direção a ela?Vamos supor que você fosse outra pessoa, olhando de forma mais racio-nal e objetiva a sua própria vida.Quais seriam as percepções, os co-mentários, os pontos de melhoria apontados?Desligue-se por alguns breves mo-mentos e reflita sobre sua situação atual, sobre onde gostaria de ter che-gado até agora, sobre suas metas, pla-nos, sonhos e objetivos.Anote suas considerações no seu ca-

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