clínica cirúrgica ll · o centro cirúrgico (cc), é um espaço dentro da unidade hospitalar...
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Clínica Cirúrgica ll
Docente: Enf. Jhon Leno Lima Gonzaga
PORTO VELHO/RO
2020
▪ O centro cirúrgico (CC), é um espaço dentro daunidade hospitalar voltado para a cirurgias debaixa, média ou alta complexidade.
▪ Independente do grau do procedimento, o centrocirúrgico é um ambiente complexo, pois requerpessoal qualificado (especialistas em cirurgias eafins), avançados equipamentos tecnológicos,destinados à manutenção da vida dos clientes elimpeza adequada e especializada.
▪É um espaço isolado, geralmente localizadono primeiro ou no último andar de umhospital, longe da circulação principal. Paraevitar infecção hospitalar e desvio dematerial e melhorar o controle de pessoal eequipamentos.
▪ No contexto hospitalar a localização e a planta física da Unidade do Centro Cirúrgico deverão favorecer a dinâmica do funcionamento e da assistência ao paciente cirúrgico.
▪ Deve estar localizado em uma área que:
➢Ofereça a segurança necessária à técnica asséptica,
➢Distante de locais de grande circulação de pessoas, de ruído e poeira,
➢Localizada próxima das Unidades de Internação Cirúrgica, Pronto Socorro e da Unidade de Terapia Intensiva, de modo a contribuir a intervenção imediata e melhor fluxo de paciente.
São considerados essenciais os elementos descritos a seguir:
• Vestiários masculinos e femininos;
• Sala administrativa;
• Área de recepção do paciente e sala de espera;
• Copa;
• Sala de Estar (repouso);
• Sala de expurgo;
• Sala de material de Limpeza ou DML;
• Rouparia;
• Sala para guarda de aparelhos e equipamentos;
• Arsenal ou farmácia satélite;
• Área de escovação ou lavabos;
• Sala de estocagem de material esterilizado;
▪ Localizados na entrada do CC, onde é realizado o controle de entrada das pessoas autorizadas após vestirem a roupa privativa da unidade. Deve possuir chuveiros, sanitários e armários para guarda de roupas e objetos pessoais.
▪ Reservada ao controle administrativo do CC. Deve estar em local de fácil acesso e com boa visão de todo o conjunto do setor.
▪ Espaço para receber os pacientes. Este ambiente deve ser o mais calmo possível a fim de diminuir o estresse do período pré-operatório.
▪ Área destinada aos familiares ou acompanhantes do paciente, enquanto aguardam o termino da cirurgia e alta da sala de recuperação pós-anestésica (SRA). Este ambiente deve ser provido de poltrona e sanitário anexos.
Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-SA
▪ E o local destinado à equipe para a realização de lanches rápidos para toda a equipe, a fim de evitar que o façam em local inadequado ou deixar a unidade em momentos inoportunos.
▪ Deve estar próximo aos vestiários e a copa, sempre que possível, servindo de área de descanso para a equipe cirúrgica nos intervalos.
▪ Parte destinada para desprezar ou descartar os fluidos provenientes das cirurgias.
▪ Local destinado à guarda de materiais, utensílios e produtos utilizados nalimpeza do centrocirúrgico.
▪ É a área destinada a armazenar a roupa de uso na unidade, como lençóis da mesas cirúrgicas não esterilizadas entre outros.
▪ Essa área se destina a guardar os aparelhos que, no momento, não estão em uso, como bisturi elétrico, aspirador portátil, focos auxiliares, unidade móvel de raio X ou arco cirúrgico e outros.
▪ É o local de guarda de materiais descartáveis como seringa, agulha de raquianestesia, lâmina de bisturi, fios, sondas e medicamentos, em geral, onde os kits cirúrgicos são montados e distribuídos para as salas de acordo com a cirurgia entre outros;
Localiza-se numa área ao lado da SO;
Local onde a equipe cirúrgica faz a degermação das mãos e antebraços (degermantes antissépticos,);
Escovação cirúrgica;
Torneiras com o uso de pedais ou automaticas para evitar o contato das mãos já degermadas.
Acima do lavabo localizam-se os recipientes contendo a solução degermante e um outro, contendo escova esterilizada.
▪ É a área onde se armazena o material esterilizado, como pacotes de roupa, compressas, gases, caixas de instrumentais e outros.
▪ É a área destinada à realização de intervenções cirúrgicas e endoscópicas. Preconizam-se duas salas para cada 50 leitos não especificados ou para cada 15 leitos cirúrgicos.
O tamanho da sala de cirurgia varia de acordo com a especialidade. De acordo com a portaria 1884/94 e a RDC 50 preconiza os seguintes tamanhos:
Sala pequena cirurgia: 20m², com dimensões mínimas igual a 4 m². São realizadas cirurgia de pequeno porte, exemplos: Otorrino e Oftalmologia.
Sala média de cirurgia: 25m², com dimensão mínima igual a 4,7m. São realizadas cirurgias gerais como exemplo: Herniorrafia, Tireoidectomia e Laparotimia exploratória.
Sala grande de cirurgia: 36m², com dimensão mínima igual a 6m. São realizadas cirurgias especializadas como exemplo: Neurológicas, Cardiovascular, Ortopédica entre outras.
OBS: A ARQUITETURA E OBRIGADA A SEGUIR AS PADRONIZAÇÕES.
PAREDES E PISOS
As paredes e o piso devem ser lavável, com cantos arredondados, superfície lisa, resistente, cor neutra e não refletor de luz (cores claras). Essas recomendações decorrem da necessidade de se evitar reflexos, facilitar a limpezar e contribuir para a manutenção das condições de menor risco ambiental.
PORTAS
Devem ser amplas para facilitar apassagem de macas e equipamentoscirúrgicos, devem ser corrediças para evitarmovimentação de ar, devem ser revestidasde material lavável e de cor neutra. Devem,ainda, possuir proteção, a fim de prevenirdanos por possíveis esbarrões de macas.Precisam, também, ser providas de visorfacilitando visualizar o interior da sala sem anecessidade de abri-las durante o atocirúrgico.
JANELAS
Deve estar localizadas demodo a permitir a entrada de luznatural em todo o ambiente,desprovida de parapeito tento naparte interna como externa, vidrofosco e torneado de fácilpossibilidade de limpeza.
OBS: NÃO PODEM SER ABERTAS AOAR ESSAS JANELAS, ELAS TÊM AFUNÇÃO EXCLUSIVA DE AUXILIARNA ILUMINAÇÃO.
ILUMINAÇÃO
Luz geral de teto, comlâmpada fluorescente e luzdireta. Os focos permitem aluminosidade ideal em todo ocampo operatório, garantem aausência de sombra e a altanaturalidade na cor dostecidos. Os tipos de focos são:fixo ou central, auxiliar efrontal.
VENTILAÇÃO
Deve prover a renovação do arambiente sem produzir correntezas,remover as impurezas e gases de ar eproporcionar temperatura e umidadeadequadas ao ambiente; isso contribuipara a diminuição dos riscos deinfecção da ferida operatória,considerando a renovação do ar, ondepodem estar suspenso bactérias eoutras partículas, além dos gases evapores (sistema de ar condicionadocentral com pressão negativa).
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
As tomadas devem estarlocalizadas a 1,5 m do piso,devendo possuir sistema deaterramento para prevenirchoque e queimaduras nopaciente e equipe. Comtomadas de voltagem de 110w e 220 w.
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❖Equipamentos fixo: são adaptados á estrutura física da sala cirúrgica, tais como: Foco central, canalização de ar, ar condicionado, negatoscopio, interruptores e tomadas de ar entre outros.
❖Equipamentos móveis: São os que se deslocam de uma sala para outra durante o planejamento do ato cirúrgico: mesa cirúrgica e acessórios. São estes:
➢Mesa cirúrgica
➢Desfibrilador
➢Aspirador de secreção
➢Bisturi elétrico
➢Aparelho de anestesia, completo com kit
➢Foco auxiliar
➢Banco giratório
➢Suporte de braço, hamper, bacia, soro;
➢Escadas de degraus
➢Coxins de diferentes tamanhos
➢Aparelhos monitores entre outros
➢Tablados
MATERIAIS DA SALA DE
CIRURGIA
Os materiais usados na salade cirurgia incluem aqueles básicosao atendimento de cirurgia geral eespecifico. São divididos em:materiais esterilizados, soluçõesantissépticas, impressos e todos osmedicamentos necessários àassistência ao paciente notransoperatório.
▪ São agrupados em pacotes específicos para cada momento como: pacote de capotes, de campos cirúrgicos, de compressa, de impermeável, de caixas instrumentais, de látex para aspirar, e material para anestesia entre outros.
▪ Clorexidine na apresentação aquosa, degermantes e alcoólica, álcool a 70%, água oxigenada entre outros.
▪ Sistematização de enfermagem, gráfico deanestesia, relação de gastos, receituáriopara medicamentos controlados e comunsde uso da unidade, requisição de banco desague, de laboratório, cheque list decirurgia segura, busca ativa de CCIH,relatório de cirurgia (feito pelo medico)controle hídrico, entre outros.
▪Soluções glicosadas, fisiológica, ringer, manitol, bicarbonato, medicamentos controlados, antibióticos, anticoagulantes, antieméticos entre outros.
O controle de infecção na unidade de centro cirúrgico deve ser uma preocupação constante de toda a equipe envolvida, sendo que no Brasil o trabalho epidemiológico e de controle é executado pela Comissão de Controle de Infecção Hospitalar – CCIH, que dentre muitas atividades, desenvolve uma politica de exames periódicos, treinamentos e elaboração de protocolos a serem seguidos pela equipe.
▪ Área não restrita- São asáreas de circulação livreque compreendem osvestiários, corredor deentrada para os clientes efuncionários e sala deespera deacompanhantes. Ovestiário, localizado naentrada do CC, é a áreaonde todos devemcolocar o uniformeprivativo: calça comprida,túnica, gorro, máscara epropés.
▪Área Semi-restrita – Localde atendimento assistencialao paciente no período pré-operatório (sala de pré-operatório) e pós-operatório(recuperação anestésica),incluindo corredores e locaisde guarda de materiais eequipamentos (não estéreis).
▪Área Restrita – Local deguarda de material estérile de atendimento aocliente no intra-operatório(sala cirúrgica).
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