clipping - microsoft · 2019-05-08 · são paulo — foto: arquivo pessoal segundo o presidente da...
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Grupo de Comunicação e Marketing
CLIPPING 8 de maio de 2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
SUMÁRIO
ENTREVISTAS ............................................................................................................................... 4
Governo de SP promove semana estadual de mobilização para recolhimento de pneus usados | ............. 4
SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE ....................................................................... 5
Acúmulo de aguapé transforma Rio Tietê em 'tapete' verde ................................................................ 5
Acúmulo de aguapés transforma rio do interior de SP em 'tapete' verde ............................................... 6
Câmara e servidores são surpreendidos por projeto que entrega serviço de água e esgoto à Sabesp ....... 8
Prefeitura de Santo André encaminha projeto de convênio com a Sabesp ............................................. 9
Sabesp diz que prefeitura de Santo André envia projeto para permitir prestação de serviços pela empresa
................................................................................................................................................... 9
Paulo Serra apresenta acordo com Sabesp para zerar dívida ............................................................. 10
Santo André abre caminho para atuação da Sabesp ......................................................................... 11
Nas mãos dos vereadores ............................................................................................................. 12
Paulo Serra envia projeto de acerto com a Sabesp .......................................................................... 13
Comissão aprova parecer sobre MP que muda marco de saneamento................................................. 15
Único pátio de Pirassununga que recebia entulho, restos de cordas e materiais inservíveis foi embargado
pela Cetesb ................................................................................................................................ 16
Após embargo de aterro, descarte de materiais preocupa moradores e ambientalistas de Pirassununga . 17
Câmara de Pindamonhangaba pede avaliação de aterro sanitário pela CETESB ................................... 19
Câmara de Ribeirão alerta Cetesb para contaminação do rio Pardo por urânio ..................................... 20
VEÍCULOS DIVERSOS .................................................................................................................. 21
Maia diz que lei do licenciamento só vai a plenário depois de todos serem ouvidos .............................. 21
MP abre inquérito para apurar possível improbidade na destinação de resíduo urbano em Sorocaba ...... 22
Extinção de espécies aumenta em escala sem precedentes, alerta relatório ........................................ 23
Ministério do Meio Ambiente reduz verba de combate à mudança climática ......................................... 26
É inadmissível saneamento ainda ser um problema ......................................................................... 28
Saneamento básico a perder de vista ............................................................................................. 29
A tecnologia aliada às industrias em favor do meio ambiente ............................................................ 30
FOLHA DE S. PAULO .................................................................................................................... 32
Painel - Cúpula do Congresso vai comandar novos ministérios; governo promete liberar R$ 4 bi em troca de reforma ................................................................................................................................. 32
Lucro da Petrobras cai 42% no primeiro trimestre ........................................................................... 33
No ano, gasolina sobe 35% na refinaria, mas só 3,7% na bomba ...................................................... 34
Comissão aprova relatório que obriga fim dos lixões até 2023 ........................................................... 35
Mônica Bergamo: 'Ataques de Olavo de Carvalho a Villas Bôas é favelagem e passaram dos limites', dizem militares ..................................................................................................................................... 36
Avanço da dengue deixa cerca de mil cidades em patamar de epidemia ............................................. 38
Painel S.A.: Indústria do plástico envia carta a Covas em defesa de canudo e outros produtos .............. 40
ESTADÃO ................................................................................................................................... 41
A boa notícia do Inmetro - Opinião ................................................................................................ 41
ONGs divulgam nota de repúdio contra votação de PL do Licenciamento Ambiental ............................. 42
VALOR ECONÔMICO .................................................................................................................... 43
Salles refuta ataques e nega desmonte no Meio Ambiente ................................................................ 43
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Grupo de Comunicação e Marketing
Disputa por prefeitura antecipa movimentos de Doria e Bolsonaro ..................................................... 47
Proposta para saneamento passa em comissão ............................................................................... 49
Lucro da Petrobras cai 42% no 1º trimestre .................................................................................... 50
Clima favorável reduz preços de hortifrútis em SP ........................................................................... 51
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Grupo de Comunicação e Marketing
ENTREVISTAS Veículo: Portal do Governo SP
Data: 07/05/2019
Governo de SP promove semana estadual
de mobilização para recolhimento de
pneus usados |
Com o lema “Pneu guardado só quem usa é o
Aedes”, Governo busca conscientizar a população
paulista sobre o descarte correto destes
materiais
De 6 a 17 de maio, as secretarias estaduais
de Infraestrutura e Meio Ambiente e da
Saúde promovem mais uma ação para eliminar
criadouros do Aedes aegypti, mosquito
transmissor da dengue, zika e chikungunya. As
pastas estaduais são responsáveis pela
divulgação e articulação com os municípios,
definidas por meio da Sala Estadual de
Coordenação e Controle de Arboviroses de São
Paulo.
Cabe às prefeituras organizar o sistema de
recolhimento dos pneus. A Reciclanip, entidade
gestora do sistema de logística reversa de pneus
inservíveis no Brasil, deve ser acionada para
fazer a retirada. As cidades que não possuírem
convênio com a entidade podem estabelecer
parcerias intermunicipais e otimizar a logística de
recolhimento.
“Para que esta campanha tenha êxito é preciso o
envolvimento da sociedade com uma atitude
positiva em disponibilizar os pneus usados que
estão nas residências para a coleta pública”, diz
o Secretário de Infraestrutura e Meio
Ambiente, Marcos Penido.
De acordo com o Secretário da Saúde, José
Henrique Germann Ferreira, “o pneu é um dos
criadouros preferenciais do mosquito transmissor
devido a sua natureza e condições favoráveis de
abrigo e proteção. Precisamos diminuir esses
possíveis focos de propagação do Aedes
aegypti.”
Os materiais gráficos para a divulgação da
campanha de mobilização para a coleta de
pneus, incluindo as artes e as fontes, para
divulgar nos jornais, sites e redes sociais estão
disponíveis aqui.
Para solicitar a coleta de pneus, escreva para o
email [email protected] ou ligue para (11)
3165-4430. Em caso de dúvida sobre o
download, entrar em contato pelo telefone (11)
3133-3808 ou pelo email [email protected].
Da Secretaria de Infraestrutura e Meio
Ambiente
http://www.saopaulo.sp.gov.br/sala-de-
imprensa/release/governo-de-sp-promove-
semana-estadual-de-mobilizacao-para-
recolhimento-de-pneus-usados/
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Grupo de Comunicação e Marketing
SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E
MEIO AMBIENTE Veículo: TEM Notícias 2ª edição/TV
Globo/Bauru
Data: 07/05/2019
Acúmulo de aguapé transforma Rio Tietê
em 'tapete' verde
Duração: 00:02:32
As plantas aquáticas indicam poluição,
resultado do esgoto urbano além de rejeitos
agrícolas e industriais.
Cetesb.
http://cloud.boxnet.com.br/y64u8ljp
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Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: G1
Data: 08/05/2019
Acúmulo de aguapés transforma rio do
interior de SP em 'tapete' verde
Cena foi registrada em um trecho do Rio Tietê
com o Rio Piracicaba, entre Barra Bonita e
Anhembi.
Vídeo mostra que rio se transforma em ´tapete verde´
Um trecho do Rio Tietê com o rio Piracicaba,
em Barra Bonita e em Anhembi, está tomado
por aguapés e chamando a atenção dos
moradores que passam pelo local.
Um vídeo enviado para a reportagem do G1
mostra como o trecho do Rio Piracicaba, que
deságua como afluente do Rio Tietê, está
coberto pelas plantas aquáticas.
Nas imagens a embarcação navega em uma
área em que quase não é possível VER a água
do rio.
Aguapés tomam conta das águas de rios no interior de São Paulo — Foto: Arquivo pessoal
Segundo o presidente da ONG Mãe Natureza,
Hélio Palmezan, essa cena é comum para a
época do ano.
"Os reservatórios de água atingem a cota
máxima, o que faz os aguapés do Rio
Piracicaba se desprenderem e desaguam no
Rio Tietê, que é um dos seus afluentes",
explica.
Ele ainda argumenta que a única forma de
conter a proliferação excessiva de aguapé é
investir na despoluição dos rios.
"Os agrotóxicos jogados nos rios e também o
lançamento de esgoto contribuem para a
formação de aguapés de maneira
desordenada".
No trecho do Rio Tietê com Rio Piracicaba, entre Barra Bonita e Anhembi, água está coberta pela vegetação de aguapé — Foto: Arquivo pessoal
De acordo com informações da Cetesb, o Rio
Tietê recebe esgoto de uma população
aproximada em 32 milhões de habitantes de
cerca de 200 cidades.
O trecho do Rio Tietê em Barra Bonita é um
dos cartões postais do interior paulista e atrai
turistas durante o ano inteiro, principalmente,
por causa do turismo náutico.
Acúmulo de aguapé transforma Rio Tietê em 'tapete' verde
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Grupo de Comunicação e Marketing
"Quando o acúmulo de aguapés fica muito
excessivo, as usinas hidrelétricas abrem as
comportas para evitar que a planta aquática
danifique alguma turbina, o que resulta em
um efeito dominó. Abrindo as comportas, elas
vão seguindo pelo rio. Daqui devem ir pra
Bariri, depois Ibitinga e assim por diante",
contextualiza.
As proliferações excessivas de plantas
aquáticas prejudicam a navegação e
comprometem a paisagem natural do rio. Em
2015, por exemplo, a quantidade de aguapés
fez com que os passeios de embarcações
fossem suspensos temporariamente.
https://g1.globo.com/sp/bauru-
marilia/noticia/2019/05/08/acumulo-de-
aguapes-transforma-rio-do-interior-de-sp-em-
tapete-verde-video.ghtml
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Grupo de Comunicação e Marketing
Veiculo: RD Repórter online Santo André
Data: 07/05/2019
Câmara e servidores são surpreendidos
por projeto que entrega serviço de água e
esgoto à Sabesp
Funcionários do Semasa tomaram a plateia da
Câmara em protesto e o vereador Eduardo
Leite, disse que não emitirá parecer de última
hora.
A Câmara de Santo André recebeu nesta
terça-feira (07/05) projeto de lei que autoriza
a prefeitura a celebrar contratos com a
Arsesp (Agência Reguladora de Saneamento
e Energia do Estado de São Paulo) e a Sabesp
o que, na prática, entrega os serviços de
abastecimento de água e esgoto, que hoje são
atribuições do Semasa (Serviço Municipal de
Saneamento Ambiental de Santo André) à
companhia estadual. A medida foi protocolada
às 15h27, pouco antes da sessão legislativa,
pegando os vereadores de surpresa. A
oposição conseguiu se movimentar e o
vereador Eduardo Leite (PT), presidente da
Comissão de Justiça e Redação, disse que não
emitirá parecer para a votação no afogadilho.
Havia até pedido de sessão extraordinária
para que o projeto passasse, no mesmo dia,
pela primeira e segunda votações. O plenário
foi tomado por servidores do Semasa,
temendo por seus empregos e a sessão
acabou encerrada por falta de quórum.
“É um projeto muito complexo, vamos
designar um relator, acredito que vou trazer
para mim a relatoria, pois é um projeto
bastante complexo, que trata da concessão do
serviço de água para a Sabesp assim como o
esgotamento sanitário. Acho importante para
seja discutido principalmente para que haja
garantia dos empregos”, disse o vereador
Eduardo Leite.
A maior preocupação em torno do projeto é
que ele não fala da manutenção dos
empregos. Segundo o Sindserv (Sindicato dos
Servidores Públicos), o Semasa emprega
atualmente 1,2 mil trabalhadores. “Não houve,
em momento nenhum, chamado para
conversar com o assunto. Protocolamos um
pedido de reunião com o superintendente e
com o governo e não fomos recebidos. Não
discutimos nenhuma dessas bases e fomos
pegos de surpresa, com o projeto chegando
para a Câmara para a votação em primeira e
segunda instância sem nem conhecimento dos
vereadores, muito menos dos trabalhadores”,
apontou o presidente do Sindiserv, Durval
Ludovico. “A ideia do sindicato é preservar o
emprego, para não ocorrer nenhum prejuízo
para os trabalhadores, mas ao contrário há
um artigo que fala de um PDV (Plano de
Demissão Voluntária), e queremos o contrário
disso, queremos discutir emprego”, critica o
sindicalista.
A discussão na Câmara dividiu inclusive a base
do governo, vereadores como Edilson de
Oliveira Santos, o Fumassa (PSDB) e Tonho
Lagoa (PMB) chegaram a usar a tribuna para
falar contra o projeto. O vereador e líder do
governo , Fábio Lopes (Cidadania), disse que
esses vereadores vão levar um “puxão de
orelhas”.
Lopes foi encarregado de falar sobre o
assunto, defendendo o projeto. Ele justificou
que a medida é uma forma de quitar uma
dívida de R$ 3,5 bilhões que o município tem
com a Sabesp. “Não estamos dando a água e
o esgoto para a Sabesp, é uma concessão por
40 anos, podendo ser renovada por mais 40,
para que se tenha a possibilidade da Sabesp
receber os R$ 3,5 bilhões de dívida. Com isso
vamos resolver vários problemas, primeiro o
débito, que é uma dívida impagável porque é
muito superior ao PIB (Produto Interno Bruto)
do município, vamos resolver o problema da
falta de água e principalmente garantindo os
empregos. Vai existir o PDV para aquele que
tiver necessidade de sair, quem ficar terá a
garantia de que a prefeitura irá absorvê-los,
se a Sabesp não absorver”.
O representante do governo na Câmara
minimizou o envio do projeto para discussão e
votação no mesmo dia. “A oposição está
fazendo palanque por causa disso. Em quatro
horas discutimos o projeto e 90% dos
vereadores apresentou suas dúvidas”. O líder
disse ainda que o município está na iminência
de sofrer um sequestro de receita de R$ 1
bilhão por causa de precatório da dívida do
Semasa. “Nós precisamos tomar uma medida
amarga, para mostrar para o governo do
estado que temos interesse na negociação”.
Ainda de acordo com Fábio Lopes, além do
pagamento da dívida e a regularização do
abastecimento o projeto garante
investimentos. “Essa é a cereja do bolo desse
projeto, a capacidade de investimento. Serão
investidos R$ 800 milhões em obras de
infraestrutura na cidade, que perde cerca de
40% do que é enviado para a cidade em
vazamentos e gatos (ligações clandestinas)
porque não se investe na rede”.
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Diante da rápida e negativa repercussão do
projeto, o prefeito Paulo Serra (PSDB) gravou
um vídeo falando sobre o assunto. “Projeto
muito importante porque dá para a cidade
uma capacidade de investimento na rede de
distribuição da cidade. Nos últimos anos não
tivemos investimentos, além do
endividamento, e hoje enviamos um projeto
que permite convênio e parcelamento da
dívida e principalmente um grande pacote de
investimentos, para que a gente nunca mais
sofra com a falta de água. Isso, de forma
nenhuma vai por em risco o emprego dos
servidores, ao contrário, queremos fortalecer
o Semasa, mas principalmente, queremos
água na torneira”, disse o prefeito em vídeo
de um minuto e meio de duração.
http://cloud.boxnet.com.br/y3kkfo2t
Veiculo: Isto É online
Prefeitura de Santo André encaminha
projeto de convênio com a Sabesp
Estadão Conteúdo
A prefeitura de Santo André encaminhou nesta
terça-feira, 7, para a Câmara Municipal o
Projeto de Lei número 20, que autoriza o
Poder Executivo a celebrar contratos e
convênios de saneamento básico na cidade,
assegurando a prestação destes serviços pela
Companhia de Saneamento Básico do Estado
de São Paulo (Sabesp).
Além disso, o PL permite que a prefeitura
celebre acordos para equacionar as dívidas e
as disputas judiciais com a Sabesp, instituir a
Agência Reguladora de Saneamento e Energia
do Estado de São Paulo (Arsesp) como
reguladora, e o Fundo Municipal de
Saneamento Ambiental e Infraestrutura
(FMSAI).
http://cloud.boxnet.com.br/y2tpmnjp
Veiculo: R7 Notícias
Sabesp diz que prefeitura de Santo André
envia projeto para permitir prestação de
serviços pela empresa
http://cloud.boxnet.com.br/yyesxh8d
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Grupo de Comunicação e Marketing
Veiculo: Diário Do Grande ABC
Data: 07/05/219
Paulo Serra apresenta acordo com Sabesp
para zerar dívida
O prefeito de Santo André, Paulo Serra
(PSDB), protocolou na tarde desta terça-feira
(7) projeto de lei pedindo autorização da
Câmara para firmar parceria com a Sabesp
(Companhia de Saneamento Básico do
Estado de São Paulo) com o objetivo de
zerar a dívida de R$ 3,4 bilhões que a estatal
cobra da cidade pelo pagamento incompleto
da tarifa de água comprada no atacado.
O texto prevê serviço compartilhado entre
Semasa (Serviço Municipal de Saneamento
Ambiental de Santo André), Sabesp e Arsesp
(Agência Reguladora de Saneamento e Energia
do Estado de São Paulo). O acordo envolve
contrato de 40 anos, sendo a Sabesp
responsável pelo serviço de oferta de água e
coleta de esgoto. Há projeção de investimento
para melhoria da rede de água do município –
a estimativa da administração de Paulo Serra
é obter até R$ 700 milhões para obras.
“Com a presente concessão haverá a
suspensão dos pagamentos da dívida bilionária
do Semasa perante a Sabesp e o valor da
dívida será progressivamente abatida durante
a execução do contrato, de modo a regularizar
o passivo do município, que impacta
diretamente na execução orçamentária,
compreendendo grande parte da receita
corrente líquida com pagamento de
precatórios”, justificou o chefe do Executivo.
Ainda no projeto, Paulo Serra assegura que o
Semasa seguirá existindo, cuidando do serviço
de varrição, destinação de lixo e gestão
ambiental.
A dívida de Santo André com a Sabesp
remonta decisão da década de 1990 do então
prefeito Celso Daniel (PT, morto em 2002), de
não pagar integralmente o valor cobrado pelo
metro cúbico de água adquirida junto à estatal
paulista. A empresa estadual ingressou na
Justiça contra o município e ganhou as ações,
fazendo com que a dívida virassem
precatórios. Atualmente o passivo está em R$
3,4 bilhões.
http://cloud.boxnet.com.br/yxr2ohcv
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Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Metro ABC
Data: 08/05/2019
Projeto libera gestão da Sabesp em SA
Fim da falta de água? Prefeitura de Santo
André enviou à Câmara Projeto de Lei que
permite que a companhia estaduai assuma o
saneamento básico da cidade. Município tem
dívida de R$ 4 bilhões com a empresa, que se
arrasta desde a década de 1990
Santo André abre caminho para atuação
da Sabesp
Água e esgoto. Prefeitura envia para Câmara
projeto de lei que autoriza convênio para
saneamento básico. Dívida do município com a
companhia estadual alcança R$ 4 bilhões
A Prefeitura de Santo André encaminhou
ontem para a Câmara Municipal o Projeto de
Lei número 20, que autoriza o a celebrar
vênios de sico na cidade, assegurando a
prestação destes serviços pela Sabesp
(Companhia de Saneamento Básico do
Estado de São Paulo).
Além disso, o PL permite que a prefeitura
celebre acordos para equacionar as dívidas e
as disputas judiciais com a Sabesp, instituir a
Arsesp (Agência Reguladora de Saneamento e
Energia do Estado de São Paulo) como
reguladora, e o Fmsai (Fundo Municipal de
Saneamento Ambiental e Infraestrutura).
Atualmente, Santo André é uma das poucas
cidades da Região Metropolitana de São Paulo
que realiza a gestão própria do abastecimento
de água. Para isso, o Semasa (Serviço Mu-
Poder Executivo contratos e consaneamento
bánicipal de Saneamento Ambiental de Santo
André) precisa comprar água no atacado da
Sabesp. Desde a década de 1990, a autarquia
não faz o pagamento integral do produto por
discordar do preço. A Sabesp cobra dívida de
R$4 bilhões da cidade, valor que ultrapassa o
orçamento anual de Santo André, estimado
neste ano em R$ 3,36 bilhões.
Desde o inicio de sua gestão, em 2017, o
prefeito Paulinho Serra negocia com a Sabesp
como resolver o impasse. Uma opção já
adotada em outras cidades que enfrentaram o
mesmo problema, como Diadema e Guarulhos,
é passar a gestão de água e esgoto para a
companhia.
O prefeito disse em entrevista ao Metro Jornal
publicada na segunda-feira que o modelo a ser
adotado para Santo André ainda não foi
definido, mas pode envolver gestão mista do
serviço.
“O Semasa é forte, importante para a cidade
nos resíduos sólidos e questões ambientais,
mas perdeu a capacidade de investir. Sem a
Sabesp, não tem como resolver [o problema
da falta de água]”, afirmou na ocasião. ©
http://cloud.boxnet.com.br/y2adkb2n
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Veículo: Diário do Grande ABC
Data: 08/05/2019
editorial
Nas mãos dos vereadores
Para quem defendia solução contundente para
o crônico problema no abastecimento em
Santo André, como este Diário fez no domingo
neste mesmo espaço, não surpreende a
proposta enviada ontem pelo governo Paulo
Serra (PSDB) à Câmara. A administração
propõe entregar à Sabesp (Companhia de
Saneamento Básico do Estado de São
Paulo) a distribuição de água e a coleta de
esgoto em troca do perdão da dívida de R$ 3,4
bilhões, passivo monstruoso que, na prática,
impede qualquer investimento da autarquia
municipal há 20 longos anos.
Ao pedir autorização aos vereadores para
transferir à Sabesp, empresa de capital misto
controlada pelo governo do Estado, a
responsabilidade pela entrega da água, além
da coleta e do tratamento de esgoto, Paulo
Serra encontra saída exequível para solucionar
grave distúrbio administrativo em plena época
de recursos escassos causada pela grave crise
financeira enfrentada pelo Brasil. É a tal
criatividade exigida dos gestores públicos em
época de vacas magras.
Protocolado ontem na Câmara, o projeto
agora aguarda a avaliação parlamentar.
Espera-se que os vereadores compreendam a
importância do momento e o tamanho do
desafio que têm pela frente. Todos, ou a
maioria deles, podem entrar para a história
como responsáveis por livrar Santo André de
um dos gargalos que mais incomodam os
moradores. Isso sem abrir mão da
responsabilidade compartilhada de defender
os interesses dos moradores. Aprimoramentos
ao texto original, se for o caso, serão bem-
vindos.
A missão cabe também à oposição, o que
inclui os vereadores do PT. Seria, aliás, uma
oportunidade de ouro para corrigir erro
causado pela legenda no passado. Afinal,
como se sabe, foi no governo do Partido dos
Trabalhadores, gestão do prefeito Celso
Daniel, ainda na década de 1990, que o
município decidiu deixar de pagar o valor
integral pelo litro de água fornecido pela
Sabesp ao Semasa, decisão que está na
origem da dívida bilionária que há duas
décadas trava a modernização dos serviços de
saneamento em Santo André.
http://cloud.boxnet.com.br/y5uwh7g6
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13
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Veículo: Diário do Grande ABC
Data: 08/05/2019
Paulo Serra envia projeto de acerto com a
Sabesp
Por dívida, proposta trata de concessão por 40
anos; ajuste envolve serviços de água e
esgoto
Fábio Martins
O governo do prefeito de Santo André, Paulo
Serra (PSDB), encaminhou ontem à Câmara
projeto de lei em que pede autorização
legislativa para firmar acordo de gestão
compartilhada do Semasa (Serviço Municipal
de Saneamento Ambiental de Santo André)
com a Sabesp (Companhia de Saneamento
Básico do Estado de São Paulo), tendo
como um dos principais alvos equalizar a
dívida da ordem de R$ 3,4 bilhões. O acerto
regulamenta a concessão de serviços de
abastecimento de água e esgoto sanitário em
contrato, pelo prazo de 40 anos, prorrogáveis
pelo mesmo período.
A matéria é o segundo passo dado pela gestão
tucana para selar convênio com a Sabesp a
etapa inicial se deu, em março, com a
assinatura de protocolo de intenções com a
empresa paulista. O aval da casa, ainda sem
data concreta para votação em plenário,
permitirá ao Executivo celebrar convênios,
contratos, termos aditivos e outros ajustes
necessários com a companhia estadual e a
Arsesp (Agência Reguladora de Saneamento e
Energia do Estado de São Paulo).
“Com a presente concessão haverá a
suspensão dos pagamentos da dívida bilionária
do Semasa perante a Sabesp e o valor da
dívida será progressivamente abatido durante
a execução do contrato, de modo a regularizar
o passivo do município, que impacta
diretamente na execução orçamentária,
compreendendo grande parte da receita
corrente líquida com o pagamento de
precatórios”, diz o trecho do projeto. O
montante do passivo é maior que o orçamento
total da cidade para este ano R$ 3,3 bilhões.
O débito que a Sabesp cobra da cidade gira
em torno do pagamento incompleto da tarifa
de água comprada no atacado. O passivo
remonta decisão da década de 1990 do então
prefeito Celso Daniel (PT, morto em 2002), de
não quitar integralmente o valor pelo metro
cúbico. O Semasa compra 94% da água da
empresa paulista, que, em razão do histórico,
ingressou ações na Justiça contra o município.
Alguns desses processos já se tomaram
precatórios cerca de R$ 400 milhões.
As negociações acontecem em meio a novo
caso de problema de falta d’água na cidade e
diante do déficit na operação. O projeto foi
protocolado pela administração dois dias
depois que o Diário mostrou que, com o
passivo vultoso, o Semasa deixou de realizar
investimento de grande porte há pelo menos
20 anos na rede de distribuição. O sistema
antigo gera perda de 42% do volume.
A estimativa do Paço é que, com o acordo, a
Sabesp possa aplicar entre R$ 500 milhões e
R$ 700 milhões em obras de modernização.
“Serão realizados amplos investimentos para
regularizar, em um curto espaço de tempo, o
abastecimento de água em todo o território
municipal, beneficiando toda a população
andreense”, registrou na mensagem do texto.
“Há de ser destacado que o Semasa
prosseguirá existindo”, reitera no conteúdo.
Cita também que o Paço vai instituir PDV
(Programa de Demissão Voluntária) aos
servidores. Os empregados do quadro “que
não aderirem poderão ser cedidos à
Prefeitura”.
São Bernardo e Diadema fecharam acordos
semelhantes
A possibilidade de acordo entre a Prefeitura de
Santo André e a Sabesp (Companhia de
Saneamento Básico do Estado de São Paulo)
seria a terceira parceria firmada entre gestões
municipais da região com a estatal com o
objetivo de sanar dívida com a companhia
paulista.
O primeiro a puxar a fila foi São Bernardo. Em
2003, a gestão do ex-prefeito William Dib
(sem partido) fechou a venda do antigo DAE
(Departamento de Água e Esgoto) para a
Sabesp. A contrapartida era zerar dívida de R$
265 milhões que a cidade tinha com a estatal
e garantir investimento de R$ 700 milhões. A
Sabesp administra o sistema de água e esgoto
de São Bernardo.
Em 2014, após 13 meses de negociação, o
prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV),
também recorreu ao expediente para acabar
com passivo que ultrapassava R$ 1 bilhão.
Para isso, concedeu o sistema de água e
esgoto da cidade antes a cargo da Saned
(Companhia de Saneamento Básico de
Diadema) para a Sabesp. O passivo foi
perdoado e a autarquia paulista aportou R$ 95
14
Grupo de Comunicação e Marketing
milhões, boa parte utilizada em recapeamento
asfáltico.
Resta Mauá definir o futuro. A Sarna
(Saneamento Básico do Município de Mauá)
deve, segundo a Sabesp, R$ 3 bilhões.
http://cloud.boxnet.com.br/y4x8afzq
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15
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Veiculo: DCI online
Data: 07/05/2019
Comissão aprova parecer sobre MP que
muda marco de saneamento
Reuters
Uma comissão mista do Congresso Nacional
aprovou nesta terça-feira a Medida Provisória
868, que altera o marco regulatório do setor
de saneamento básico, e a proposta será
agora analisada pelos plenários da Câmara
dos Deputados e do Senado.
A comissão mista aprovou o relatório do
senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) por 15
votos a 10. A MP perderá validade no dia 3 de
junho caso não seja aprovada por deputados e
senadores.
A medida é elogiada pela Confederação
Nacional da Indústria (CNI), que afirmou que
ela modernizará o setor brasileiro de
saneamento básico.“A expansão das redes de
saneamento é urgente e um dos principais
desafios do país. O aumento da participação
privada, assim como um melhor mapeamento
de onde a participação do Estado é realmente
necessária, precisa ser o foco do
desenvolvimento do setor para os próximos
anos”, disse o presidente em exercício da CNI,
Paulo Afonso Ferreira, segundo comunicado da
entidade.
O governo do Estado de São Paulo,
comandado por João Doria (PSDB), aguarda a
definição da MP para decidir o futuro da
Sabesp. Caso o marco regulatório do setor
seja alterado, a opção deve ser pela
privatização da estatal. Se isso não ocorrer, a
Sabesp deverá ser capitalizada, por meio da
criação de uma empresa holding, de acordo
com o secretário de Fazenda do Estado,
Henrique Meirelles. (Por Eduardo Simões)
http://cloud.boxnet.com.br/yydtrwoj
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16
Grupo de Comunicação e Marketing
Veiculo: ETV 1ª ed TV Globo São Carlos
Data: 07/05/219
Único pátio de Pirassununga que recebia
entulho, restos de cordas e materiais
inservíveis foi embargado pela Cetesb
Duração: 00:04:44
http://cloud.boxnet.com.br/y4wjb2sh
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17
Grupo de Comunicação e Marketing
Veiculo: G1 São Carlos e Araraquara/
EPTV
Data: 07/05/219
Após embargo de aterro, descarte de
materiais preocupa moradores e
ambientalistas de Pirassununga
Ministério Público pede que poder público
descontamine o local. Até a publicação dessa
reportagem, a prefeitura não se posicionou.
Pátio para descarte de inservíveis é embargado em Pirassununga
Após a Companhia Ambiental do Estado de
São Paulo (Cetesb) embargar o pátio do aterro
municipal de Pirassununga (SP),
ambientalistas e moradores da cidade estão
preocupados com o destino dos materiais que
seriam descartados no local.
O pátio, que recebia os descartes de entulho
de construção e outros produtos que não são
recicláveis, está fechado por tempo
indeterminado até que a prefeitura assuma a
descontaminação do local.
Procurada pela EPTV, afiliada da TV Globo,
para falar sobre quais serão as medidas para
resolver o problema, a Prefeitura de
Pirassununga não se posicionou.
Risco de Contaminação
Ambientalista vê problema no fechamento do aterro — Foto: Rodrigo Sargaço/EPTV
Segundo o ambientalista Marcelo Eduardo
Kornfeld, o aterro embargado era um antigo
vale que chegava ao Horto Florestal com pelo
menos 10 metros de profundidade. Hoje,
depois de tantos anos sendo o único local de
descarte, já está no nível da rua.
O local foi interditado porque, além do
material inerte, a população também
descartava resíduos de poda, que apodrecem
e geram chorume. Esse líquido poderia
escorrer para o Horto e contaminar nascentes
de rios.
O fechamento do aterro piorou o problema,
pois agora a população está fazendo o
descarte de materiais inertes também em
locais não indicados, como estradas rurais e
terrenos baldios.
“O foco do problema era aqui, estava
centralizado. Agora com o embargo, as
pessoas não têm onde jogar e infelizmente ou
por falta de conhecimento, elas vêm com a
carretinha para descartar. Não pode, eles vão
para estrada rural e despejam”, explicou.
Descarte Prejudicado
Cetesb fez o embargo até que prefeitura descontamine o local e levante a documentação necessária — Foto: Rodrigo Sargaço/EPTV
Para o microempreendedor José Luiz Moura, a
decisão prejudicou o seu trabalho. Ele trabalha
com medidas ambientais e é responsável por
dar a finalidade correta a resíduos.
“É super importante a gente ter uma
alternativa. A prefeitura tem que falar para
jogar em algum lugar, vamos fazer uma outra
doca, um outro local livre de danos
ambientais. Se ela não nos dá alternativa, não
tem o que fazer”, disse.
18
Grupo de Comunicação e Marketing
Historico Sujo
Promotora de Pirassununga pede que o local seja descontaminado — Foto: Rodrigo Sargaço/EPTV
Há quase 10 anos o destino dos entulhos e
lixo orgânico produzidos em Pirassununga
levantam discussões entre o Ministério Público
(MP) e moradores da cidade.
Desde 2010, segundo o MP, os materiais
inertes eram colocados irregularmente no
aterro da cidade que funciona em outro local,
junto com lixo orgânico.
Em 2013, a prefeitura foi condenada pela
Justiça a retirar os restos de construção e
colocar em um aterro licenciado. Entre 2014 e
2018, a administração municipal foi autuada
cinco vezes, multada três e advertida duas
vezes por disposição indevida de materiais e
queimadas.
“A municipalidade já está com uma área
para a disposição de resíduos inertes, mas só
tem a licença prévia, precisa ainda da licença
de instalação e operação para que possa
iniciar a disposição regular dos resíduos no
local”, disse a promotora Telma Regina
Pagoto.
Sobre a reclamação das pessoas de não terem
onde levar os materiais, a promotora lembra
que a responsabilidade não cabe apenas ao
poder público.
“Aqueles que geram os resíduos são
responsáveis por eles, não só o poder público,
então quem é responsável pelo recolhimento
com as caçambas têm que dar o destino
correto. Os munícipes que estão sem onde
dispor [os resíduos] têm realmente que pagar
algum lugar”, explicou.
http://cloud.boxnet.com.br/y68q2yas
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19
Grupo de Comunicação e Marketing
Veiculo: Rádio Metropolitana 101,9FM
Taubaté
Data: 07/05/219
Câmara de Pindamonhangaba pede
avaliação de aterro sanitário pela CETESB
Duração: 00:03:26
Transcrição
aterro, resíduos, Pindamonhangaba, descarte,
coletora Pioneira, ouvintes, odor, Câmara
Municipal, vereador Vanderlei Mioto, chorume,
mau cheiro, CETESB, sofrendo, desagradável,
http://cloud.boxnet.com.br/yyvynkjz
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20
Grupo de Comunicação e Marketing
Veiculo: O Município / São João da Boa
Vista
Data: 08/05/219
Câmara de Ribeirão alerta Cetesb para
contaminação do rio Pardo por urânio
A comissão permanente de meio ambiente da
Câmara Municipal de Ribeirão Preto alertou
oficialmente a Cetesb (Companhia
Ambiental do Estado de São Paulo) para
um possível risco de contaminação da bacia do
Rio Pardo por rejeitos radioativos. A
preocupação foi reforçada ao gerente da
agência ambiental em Ribeirão Preto,
Otávio Okano.
Foi protocolado um oficio na Companhia
Ambiental solicitando investigação e
providências imediatas. Segundo a comissão
responsável, o risco de contaminação da bacia
deve-se ao iminente perigo de rompimento da
barragem de rejeitos radioativos localizada em
Caldas, no Estado de Minas Gerais, que
acumula milhares de toneladas de misturas
contaminantes, como urânio.
A Câmara de Ribeirão Preto foi acionada pelo
Legislativo de São José do Rio Pardo, por meio
de uma indicação assinada por quatro
parlamentares daquela cidade.
Na reunião, Okano informou à Comissão que
encaminharia o documento com o alerta à
diretoria da Cetesb, para análise imediata dos
técnicos. A Agência Nacional de Mineração
também deve ser contatada, pois o
rompimento da barragem de rejeitos
radioativos geraria um problema sério para
toda a bacia do Rio Pardo.
Para o vereador Marcos Papa (Rede), é
inadmissível que casos como de Brumadinho e
de Mariana, também em Minas Gerais, voltem
a ocorrer. “Solicitamos aos órgãos uma
averiguação imediata dos riscos porque está
claro que, se a barragem de Caldas se romper,
a tragédia será ainda maior. Estamos
preocupados com vidas. Estamos preocupados
com o nosso meio ambiente. Precisamos evitar
novas tragédias”, frisou o presidente da
Comissão.
MINA DE URÂNIO
No oficio protocolado na Cetesb, a Comissão
destaca que diversas irregularidades na
infraestrutura da barragem de Caldas foram
apontadas pelo Ibama e pela Comissão
Nacional de Energia Elétrica (CNEM). A
barragem é, na verdade, uma velha mina de
urânio.
A exploração daquele local tenninou em 1995,
mas nada foi feito com relação à
descontaminação. Um estudo encomendado à
Universidade Federal de Ouro Preto em
setembro de 2018 prova que há infiltração,
aumentando mais o risco de ruptura.
Especialistas estimam que a solução do
problema repousa na quantia de US$ 500
milhões ao longo dos próximos 40 anos.
RIO PARDO
A nascente do rio Pardo está localizada no
município de Ipuiúna, no sul de Minas Gerais,
e adentra o Estado de São Paulo após passar
por Poços de Caldas. De grande
aproveitamento hidroelétrico e curso total de
573 quilômetros, o rio atravessa inúmeros
municípios paulistas, como São José do Rio
Pardo e Ribeirão Preto, até desembocar no rio
Grande.
500 mi
de dólares, éa estimativa de especialistas para
solução do problema.
Barragem: Câmara Municipal de Ribeirão alertou para contaminação de urânio
Reinaldo Benedetti [email protected]
http://cloud.boxnet.com.br/yxd8pa6j
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Data: 08/05/2019
21
Grupo de Comunicação e Marketing
VEÍCULOS DIVERSOS Veículo1: Portal Terra
Veículo2: Isto É Independente
+ 7 veículos
Data: 07/05/2019
Maia diz que lei do licenciamento só vai a
plenário depois de todos serem ouvidos
O presidente da Câmara dos Deputados,
Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que não vai
pautar a votação da nova Lei do
Licenciamento Ambiental até que todos os
interessados no assunto sejam ouvidos e que
se chegue ao mais próximo possível de um
consenso.
Nesta terça-feira, 7, mais de 80 organizações
não governamentais ligadas à área do meio
ambiente divulgaram uma nota de repúdio
contra o projeto de lei que altera
profundamente as regras de licenciamento
ambiental do País. As ONGs temiam que o
Projeto de Lei 3.729/2004 poderia ser
colocado em votação em regime de urgência
no plenário da Câmara, por decisão de Maia.
Questionado sobre o assunto pela reportagem,
o presidente da Câmara negou a intenção.
"Como eles (as ONGs) podem ficar contra algo
que não conhecem? Vamos trabalhar a
construção do texto ouvindo a todos", disse
Maia. "Todos os lados serão ouvidos."
No documento, as organizações afirmam que
os empreendedores também serão afetados,
pois o texto causará insegurança jurídica e
aumento de conflitos sociais. "Entre as graves
ameaças que podem ser aprovadas estão a
exclusão dos direitos à informação e à
participação das populações atingidas, bem
como de seus órgãos representativos, a
inclusão de lista de dispensa de licenciamento
para atividades degradadoras, a permissão
para que os Estados flexibilizem as regras
nacionais para o licenciamento, gerando
legislações concorrentes e dando início a uma
espécie de 'guerra anti-ambiental' entre
Estados, entre outros pontos negativos."
A nota de repúdio é assinada por organizações
como Greenpeace Brasil, Instituto Ethos,
Instituto Socioambiental (ISA) e WWF-Brasil.
Rodrigo Maia entregou a relatoria nas mãos do
deputado Kim Kataguiri (DEM-SP), com a
missão de que ele submeta para votação em
regime de urgência na Casa, o que significa ir
direto para o plenário da Câmara, sem passar
por discussões em duas comissões.
Kataguiri, que passou a integrar a Frente
Parlamentar Agropecuária, esteve na sede da
FPA nesta terça e disse que o PL será
analisado pelo plenário da Câmara ainda este
mês. "O atual processo inviabiliza grandes
obras, principalmente as de infraestrutura,
como por exemplo o saneamento básico",
disse durante sua exposição.
Na apresentação realizada, o deputado
afirmou que os custos com licenciamento
ambiental podem chegar até a 27% do valor
do empreendimento e que, pela atual
legislação, a agropecuária é obrigada a obter
uma nova licença mesmo quando o solo é de
uso alternativo. "Não faz sentido o produtor
começar o licenciamento ambiental do zero
porque plantava algodão em um ano e, no
outro, vai usar a área, já desmatada, para
plantar milho".
Código Florestal
As ONGs também estão preocupadas com a
Medida Provisória (MP) 867/2018, que traz
mudanças drásticas no código florestal. A
comissão mista que analisa a MP pediu vistas
e deve votar a medida amanhã. Uma segunda
nota de repúdio foi publicada sobre esse
assunto.
A MP estende o prazo para adesão ao
Programa de Regularização Ambiental pelo
proprietário ou posseiro rural inscrito no
Cadastro Ambiental Rural. "Caso aprovado, o
Projeto de Lei significará revisão inadmissível
do Código Florestal e rompimento do pacto
firmado pela Lei n.º 12.651/2012 para o
cumprimento das obrigações florestais, além
de diminuir drasticamente a eficiência
administrativa e aumentar exponencialmente
a insegurança jurídica, com a ampliação da
judicialização e do comprometimento do
ambiente de negócios", declaram 25
instituições que assinam a nota de repúdio.
http://cloud.boxnet.com.br/y528oeq2
http://cloud.boxnet.com.br/y6m2kl64
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Data: 08/05/2019
22
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: G1 Sorocaba e Jundiaí
Data: 07/05/2019
MP abre inquérito para apurar possível
improbidade na destinação de resíduo
urbano em Sorocaba
Denúncia aponta que a administração
municipal teria prorrogado contratos.
O Ministério Público abriu inquérito para
apurar possível improbidade administrativa e
violações aos princípios da administração
pública na Prefeitura de Sorocaba (SP).
O MP aponta que a administração municipal
teria feito prorrogações nos contratos de
serviço de transporte e destinação final dos
resíduos da limpeza urbana.
A promotoria apontou ainda irregularidades
nos editais que provocaram a contratação
emergencial da empresa. A prefeitura foi
questionada sobre a denúncia, mas até a
publicação desta reportagem não houve
resposta.
Em nota, a Proactiva disse que não recebeu
qualquer notificação do MP e, caso isso venha
a ocorrer, estará apta a prestar
esclarecimentos. Quanto às supostas
ilegalidades no processo licitatório, a empresa
reafirmou que sua participação sempre esteve
de acordo com as normas legais.
http://cloud.boxnet.com.br/y37935qs
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Data: 08/05/2019
23
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Exame.com
Data: 07/05/2019
Extinção de espécies aumenta em escala
sem precedentes, alerta relatório
Elton Alisson /Agência Fapesp
As taxas de extinção de espécies animais e
vegetais estão aumentando em uma escala
sem precedentes. A abundância média de
espécies nativas na maioria dos principais
hábitats terrestres caiu em, pelo menos, 20%,
principalmente desde 1900. Mais de 40% das
espécies de anfíbios, quase 33% dos corais e
mais de um terço de todos os mamíferos estão
ameaçados.
Essa perda é resultado direto da atividade
humana e constitui uma grave ameaça ao
bem-estar humano em todas as regiões do
mundo, alerta um grupo de cientistas de 50
países, incluindo do Brasil. Eles são autores da
primeira avaliação global do estado da
natureza da Plataforma Intergovernamental
sobre Biodiversidade e Serviços
Ecossistêmicos (IPBES, na sigla em inglês).
O sumário para os formuladores de políticas
do relatório foi lançado nesta segunda-feira
(06/05), em Paris, após ter sido aprovado por
132 países durante a sétima sessão plenária
do órgão, chamado de “IPCC para a
biodiversidade”, que aconteceu na semana
passada na capital francesa.
“A saúde dos ecossistemas de que toda a
humanidade e as espécies dependem está se
deteriorando mais rapidamente do que nunca.
Estamos erodindo os próprios alicerces de
nossas economias, meios de subsistência,
segurança alimentar, saúde e qualidade de
vida em todo o mundo”, disse Robert Watson,
presidente da IPBES.
Elaborado ao longo dos últimos três anos por
145 especialistas, com contribuições de outros
310 autores, o relatório avaliou mudanças na
biodiversidade e nos serviços ecossistêmicos –
como o fornecimento de alimentos e de água –
durante as últimas cinco décadas. Para isso,
foi feita uma revisão sistemática de cerca de
15 mil fontes científicas, governamentais e de
conhecimento indígena e de comunidades
tradicionais.
“Esse é primeiro relatório intergovernamental
que foca não só a biodiversidade, mas
também suas interações com trajetórias de
desenvolvimento econômico e com fatores que
afetam a natureza, como as mudanças
climáticas”, disse Eduardo Sonnewend
Brondizio, professor da Indiana University, dos
Estados Unidos, à Agência FAPESP.
“Nunca tantos dados, de diferentes áreas,
como das ciências naturais e sociais, foram
reunidos para fazer uma avaliação detalhada
da condição do ambiente em escala global e
em uma perspectiva integrada de interação
com a sociedade”, disse Brondizio.
Radicado há mais de 20 anos nos Estados
Unidos, o cientista brasileiro, que foi um dos
três copresidentes do relatório, é um dos
pesquisadores responsáveis por um projeto
apoiado pela FAPESP em parceria com o
Belmont Forum – um consórcio das principais
agências financiadoras de projetos de
pesquisa sobre mudanças ambientais no
mundo.
Os outros brasileiros autores do relatório são
Ana Paula Aguiar, do Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais (Inpe); Bernardo Baeta
Neves Strassburg, do Instituto Internacional
para Sustentabilidade (ISS); Cristina Adams,
da Universidade de São Paulo (USP); Gabriel
Henrique Lui, do Ministério do Meio Ambiente;
Maria Manuela Ligeti Carneiro da Cunha, da
USP; Pedro Henrique Santin Brancalion,
também da USP; e Rafael Dias Loyola, da
Universidade Federal de Goiás (UFG).
“A contribuição dos autores brasileiros foi
excepcional porque todos eles conseguiram
trazer uma perspectiva social e ecológica
integrada para o relatório. Eles colocaram suas
respectivas especialidades, como ecologia,
políticas públicas e cenários ambientais, em
um contexto interdisciplinar”, disse Brondizio.
Rede mais desgastada
O relatório aponta que ecossistemas, espécies,
populações selvagens, variedades locais de
plantas e de animais domesticados estão
encolhendo, deteriorando ou desaparecendo.
Dessa forma, a rede essencial e
interconectada da vida na Terra está ficando
menor e cada vez mais desgastada.
Pelo menos 680 espécies de vertebrados
foram levadas à extinção desde o século 16 e
mais de 9% de todas as raças domesticadas
de mamíferos usados para alimentação e
agricultura foram extintas até 2016. Além
disso, estima-se que 1 milhão de espécies
animais e vegetais estão agora ameaçadas de
extinção.
Data: 08/05/2019
24
Grupo de Comunicação e Marketing
Entre os fatores responsáveis por esse declínio
de espécies estão, em ordem decrescente, as
mudanças no uso da terra e do mar, a
exploração direta de organismos, as mudanças
climáticas, a poluição e espécies tóxicas
invasoras.
Desde 1980, as emissões de gases do efeito
estufa dobraram, elevando a temperatura
média global em pelo menos 0,7 ºC. O
aquecimento global já tem afetado a natureza,
do ecossistema à genética das espécies, e os
impactos devem aumentar nas próximas
décadas, em alguns casos, superando o
impacto da mudança do uso da terra e do mar
e outros fatores, apontam os autores.
“O sumário mostra que a situação da
biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos,
essenciais para a qualidade de vida, é ainda
mais crítica do que a do aquecimento global”,
disse Carlos Joly, professor da Universidade
Estadual de Campinas (Unicamp) e
coordenador do programa BIOTA-FAPESP.
Joly coordenou o Painel Multidisciplinar de
Especialistas da IPBES nos seus primeiros
anos de existência, ao lado do australiano
Mark Londsdeale, da Organização de Pesquisa
Científica e Industrial da Commonwealth
(CSIRO), e é membro da coordenação da
Plataforma Brasileira de Biodiversidade e
Serviços Ecossistêmicos (BPBES, na sigla em
inglês), cuja criação foi inspirada na IPBES.
O relatório também destaca que três quartos
do meio ambiente terrestre e 66% do
ambiente marinho foram significativamente
alterados pelas ações humanas. Em média,
essas tendências foram menos severas ou
evitadas em áreas mantidas ou geridas por
povos indígenas e comunidades locais.
Mais de um terço da superfície terrestre do
mundo e quase 75% dos recursos de água
doce são agora dedicados à produção agrícola
ou pecuária. O valor da produção agrícola
aumentou em cerca de 300% desde 1970, a
extração de madeira aumentou em 45% e
aproximadamente 60 bilhões de toneladas de
recursos renováveis e não renováveis são
extraídos globalmente a cada ano – número
que quase duplicou desde 1980.
A degradação da terra, contudo, reduziu a
produtividade de 23% da superfície terrestre
global. Até US$ 577 bilhões em safras globais
anuais estão em risco de perda de
polinizadores e entre 100 e 300 milhões de
pessoas estão em risco aumentado de
inundações e furacões devido à perda de
hábitats costeiros e proteção, ressaltam os
autores do relatório.
A poluição plástica cresceu 10 vezes desde
1980 e entre 300 e 400 milhões de toneladas
de metais pesados, solventes, lama tóxica e
outros resíduos de instalações industriais são
despejados anualmente nas águas do mundo.
Os fertilizantes usados na agricultura e que
entram nos ecossistemas costeiros produziram
mais de 400 “zonas mortas” oceânicas,
totalizando mais de 245 mil quilômetros
quadrados (km2) – uma área combinada
maior que a do Reino Unido, calcularam os
pesquisadores.
“O relatório mostra que as populações mais
ricas ou privilegiadas se acostumaram a
ignorar os problemas ambientais porque não
convivem com os impactos no dia a dia. São
as populações mais pobres ou menos
privilegiadas que estão sofrendo o impacto
desse padrão de vida, na forma de poluição,
desmatamento e atividades de mineração em
lugares longe dos olhos do resto do mundo”,
disse Brondizio.
Segundo os pesquisadores, as tendências
negativas na natureza continuarão até 2050 e,
além desse período, persistem em todos os
cenários de política explorados no relatório,
exceto aqueles que incluem mudanças
transformadoras – devido aos impactos
projetados de mudanças crescentes no uso da
terra, exploração de organismos e mudança
climática, embora com diferenças significativas
entre regiões.
Apesar do progresso nas políticas de
preservação, os autores consideram que as
metas globais para conservar e usar a
natureza de forma sustentável e para alcançar
a sustentabilidade não podem ser alcançadas
nas trajetórias atuais. As metas até 2030 e
para além desse período podem ser
alcançadas apenas por meio de mudanças
transformadoras e de fatores políticos e
tecnológicos, ponderam.
Uma das ações indicadas é a adoção de
abordagens integradas e intersetoriais de
gestão que levem em conta as compensações
da produção de alimentos e energia,
infraestrutura, manejo de água doce e costeira
e conservação da biodiversidade.
“Ainda não chegamos a um ponto de
irreversibilidade na perda de biodiversidade e
a consequente degradação dos serviços
ecossistêmicos essenciais para a qualidade de
Data: 08/05/2019
25
Grupo de Comunicação e Marketing
vida. Se tomarmos decisões agora, para, em
conjunto e de forma coordenada e
cooperativa, promovermos mudanças
transformativas integradas, inclusivas e
baseadas no melhor conhecimento científico
disponível, é possível reverter a velocidade da
degradação”, disse Joly.
“Isso passa, obrigatoriamente, por conseguir
cumprir as metas do Acordo de Paris, pois o
aquecimento global já é um dos principais
impulsionadores da perda de biodiversidade e
degradação dos serviços ecossistêmicos”,
ressaltou.
Os autores também identificam como um
elemento-chave de políticas futuras mais
sustentáveis a evolução dos sistemas
financeiros e econômicos globais, visando a
construção de uma economia global
sustentável, afastando-se do atual paradigma
limitado de crescimento econômico.
“O relatório mostra que é preciso mudar a
narrativa de que o desenvolvimento
econômico é um fim em si mesmo e que todos
os custos para alcançá-lo, como a degradação
ambiental e a desigualdade social, são
inevitáveis e justificáveis”, disse Brondizio.
http://cloud.boxnet.com.br/y5epmkj8
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Data: 08/05/2019
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Veículo: Exame.com
Data: 07/05/2019
Ministério do Meio Ambiente reduz verba
de combate à mudança climática
Por Estadão Conteúdo
Intervenções contra o aquecimento global
estão entre as mais afetadas pelo bloqueio de
recursos feito pelo governo federal
Ricardo Salles: ministro classificou discussão sobre aquecimento global como algo "secundário" (Jales Valquer/Folhapress)
Brasília – Na área ambiental, as intervenções
contra o aquecimento global estão entre as
mais afetadas pelo bloqueio de recursos feito
na semana passada pelo governo federal –
que também atingiu outras áreas, como a
Educação. Dos R$ 11,8 milhões que seriam
usados neste ano na Política Nacional sobre
Mudança do Clima, para atender a
compromissos assumidos pelo Ministério do
Meio Ambiente, R$ 11,3 milhões foram
contingenciados (96%), sobrando apenas R$
500 mil.
Como o jornal O Estado de S. Paulo adiantou
na semana passada, os repasses ao Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis (Ibama), inicialmente
previstos em R$ 368,3 milhões, foram
reduzidos para R$ 279,4 milhões – um corte
de 24%, que não havia sido detalhado. Só que
a faca também atingiu as operações do
Instituto Chico Mendes de Biodiversidade
(ICMBio), além de programas do próprio MMA.
Os efeitos dos cortes já são sentidos pela
agenda de projetos ligados à área do clima.
Um exemplo é o programa ProAdapta, um
acordo de cooperação firmado entre o
Ministério do Meio Ambiente e o governo da
Alemanha. Pelo compromisso, o governo
alemão injetou 5 milhões de euros na
iniciativa.
O Brasil entraria com a contrapartida de 2
milhões de euros. Umas das ações desse
projeto, realizada em Salvador, prevê a
recuperação de áreas de encostas afetadas
por chuvas ou aumento do nível do mar. “As
ações tiveram início do lado alemão, mas do
lado brasileiro pararam”, afirmou ao jornal
uma fonte que lida diretamente com o
programa.
Outro projeto que ficou “no limbo” diz respeito
a uma parceria firmada com a Fundação
Oswaldo Cruz (Fiocruz). A ideia era fazer um
diagnóstico em todos os Estados do País, a
partir de situação socioeconômica e de
estrutura para enfrentamento de desastres
associados a mudanças climáticas, com o
propósito de estabelecer prioridades de ações.
A Fiocruz chegou a fazer esse trabalho em seis
Estados, mas agora será paralisado. Segundo
a mesma fonte, o contrato estava pronto e só
precisava ser assinado.
Resíduos sólidos
Outra área muito afetada foi a Política
Nacional de Resíduos Sólidos, que trata de
reciclagem de lixo, por exemplo. Dos R$ 7,7
milhões previstos no orçamento original,
restou R$ 1,3 milhão, uma redução de 83%.
No Ibama, a área de licenciamento ambiental,
um dos setores mais demandados dentro do
órgão, por causa dos empreendimentos de
infraestrutura, sofreu uma queda de 43% em
seus recursos. Nem as ações de combate a
incêndios florestais, que nos últimos anos têm
afetado diversas regiões, foram poupadas. No
ICMBio, 20% dos recursos voltados para
prevenção e combate a incêndios acabaram
cortados.
Os órgãos, sob o comando do ministro Ricardo
Salles, ainda não sabem como farão para se
resolver sem os recursos. A Política Nacional
sobre Mudança do Clima (PNMC), por
exemplo, foi instituída em 2009 por meio de
uma lei (12.187), com o objetivo de garantir
que o desenvolvimento econômico e social do
País contribua, paralelamente, com a proteção
climática. Trata-se de um compromisso
assumido pelo Brasil com a Convenção-Quadro
das Nações Unidas sobre Mudança do Clima.
Data: 08/05/2019
27
Grupo de Comunicação e Marketing
Esse acordo prevê, por exemplo, a redução de
emissões de gases de efeito estufa entre 36%
e 39% até 2020.
O tema do aquecimento global, no entanto,
tem sido encarado como uma discussão
política pelo governo Bolsonaro. Em janeiro, o
ministro das Relações Exteriores, Ernesto
Araújo, afirmou que as mudanças climáticas
são uma “trama marxista”. O próprio ministro
do Meio Ambiente, Ricardo Salles, chegou a
classificar a discussão sobre aquecimento
global como algo “secundário”.
Repercussão
O professor Carlos Nobre, pesquisador do
Instituto de Estudos Avançados da
Universidade de São Paulo (USP), criticou o
corte na área, que chama de “enorme
retrocesso”. “A pauta não é mais de interesse,
como era desde 1992, com todos os governos
que tivemos, com vários partidos políticos.
Havia uma continuidade cada vez maior da
participação do Brasil em discussões de
políticas globais”, diz ele. Segundo o
professor, o Ministério da Ciência e Tecnologia
continua com ações envolvendo o tema, assim
como o da Agricultura. “Mas o Ministério do
Meio Ambiente é o que pode ter um olhar para
todos os setores, de forma transversal.”
A reportagem tentou repercutir o assunto com
o ministério, com o Ibama, com o ICMBio e
com o próprio ministro Ricardo Salles desde
quinta-feira, dia 2. Não houve nenhuma
resposta. Ibama e ICMBio só têm se
manifestado após o aval do ministério.
Notícias sobre Aquecimento globalMeio
ambienteMinistério do Meio Ambiente
https://exame.abril.com.br/brasil/ministerio-
do-meio-ambiente-reduz-verba-de-combate-
a-mudanca-climatica/
http://cloud.boxnet.com.br/y4ywa35q
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Data: 08/05/2019
28
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Hoje em Dia / BH
Data: 08/05/2019
É inadmissível saneamento ainda ser um
problema
0 PlanoNacional de Saneamento Básico
estabeleceu uma meta de universalização doserviço no Brasil para
2033. No entanto, a lei 445 de 2007, que determinou as diretrizes nacionais
para o setor, buscou proteger as concessionárias estatais e os interesses
corporativos por trás, e na ocasião limitou a partiapação privada nos
investimentos necessários. A promessa era que as estatais dariam conta do
recado. No entanto, mais de uma década depois, quase metade da população ainda não possui acesso a
estes serviços básicos.
Sem saneamento adequado, 0 país
registra mais de 15 mil mortes porano em razão das deficiências do serviço.
Continuamos despejando dejetos em rios e mares e convivendo com doenças
de países miseráveis, como dengue e malária.
As projeções não são nada animadoras. Se mantivermos o ritmo de investimento
atual, a universalização do saneamento básico só vai acontecer em 2052 (dados
da CNI). 0 Estado brasileiro, quebrado tanto a nível naaonal quanto nos
estados, não possui os R$60 bilhões/ano necessários para atingira meta.
As companhias privadas, que possuem
condições de investimento, atendem apenas 9% da população, em sua
maioria municípios menores (com menos de 20 mil habitantes) e entregam
água de maior qualidade.
Ao comparar com países que possuem
melhor acesso ao saneamento básico, como EUA, Alemanha e Chile, fica claro
que a abertura para 0 investimento privado é essencial. Mas não precisamos
ir longe para buscar exemplos. A cidade
de Limeira, SP, foi 0 primeiro município
do país a fazer uma concessão à iniciativa privada. Quando isso
aconteceu, em 1995, apenas 5% da população era atendida. Hoje toda a
ddadetem acesso a água tratada e esgoto coletado, e os índices de perda
de água são mínimos.
Nesta terça-feira, o Congresso votou e aprovou em Comissão Especial a Medida
Provisória 868/18, queabre 0 setor para que a iniaativa privada possa competir
com as estatais nas licitaçõesdeserviçosde saneamento.
Além disso, ela dá diretrizes regulatórias para garantir segurança jurídica aos
agentes, 0 que éfundamental para que investidoressejam incentivados a aplicar
seus recursos no setor. Agora 0 projeto segue para votação no plenário da
Câmara e, em seguida, para o Senado.
Não podemos mais admitir que em
plenoséculo XXI0 Brasil ainda conviva de forma tão precária com problemas que
outros países resolveram ainda no século XIX. Precisamos apoiar medidas como esta, que trazem mais
concorrência e liberdade para os agentes econômicos. Só assim
deixaremos para trás nosso subdesenvolvimento e começaremos a
construir o país admirável que tanto queremos.
Não podemos mais admitir que em pleno século XXI o Brasil ainda conviva
de forma tão precária com problemas que outros países resolveram ainda no
século XIX.
Tiago Mitraud. Administrador e deputado federal pelo Novo/MG. É líder do RenovaBR e dirigiu a Fundação Estudar.
Escreve neste espaço às quartas-feiras
http://cloud.boxnet.com.br/y27hxtpy
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Data: 08/05/2019
29
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Diário de Sorocaba - Opinião
Data: 08/05/2019
Saneamento básico a perder de vista
Depois de tanto tempo falando-se a respeito,
não deixa de ser extremamente preocupante a
previsão dos órgãos competentes de que só
daqui a 30 anos o Brasil terá condições de
garantir água tratada e tratamento de esgoto
para todos os brasileiros. É justamente em
razão de problemas dessa natureza que o País
se vè obrigado a enfrentar as mais variadas
doenças que atingem a saúde de todos,
principalmente as famílias que vivem próximas
de córregos onde o esgoto é despejado
diariamente. É importante lembrar que. se o
Brasil não melhorar de forma substancial o
quanto antes os serviços de saneamento
básico. todo o conjuntode ações de combate
ao vírus da malária, da zika. da febre amarela,
da dengue e de outras mais não será
suficiente para afastar o risco de surgirem
novos e graves problemas de saúde pública
em todo o território nacional, principalmente
por conta do Aedes aegypti.
Embora em Sorocaba a situação tenha
melhorado ao longo dos anos. infelizmente,
em todo o Brasil, a ampliação da rede de
abastecimento de água e da rede de coleta de
esgotos. além do aumentodo volume de
dejetos tratados antes de seu lançamento nos
cursos d'agua. não tem ocorrido na velocidade
necessária para que. como os governantes
sempre prometem, o País possa se livrar
desses problemas o quanto antes. Agora, por
exemplo, fala-se que as metas só poderão ser
alcançadas de fato a partir de 2050. o que não
deixa de ser um absurdo, levando-se em conta
que os brasileiros continuarão sujeitos a atrair
todos os tipos de doenças. Como aceitar que
até lá a população seja obrigada a conviver
com tudo aquilo que existe de pior? Como
sempre, as crianças é que continuarão sendo
as vítimas preferenciais das más condições
sanitárias em todas as regiões do Brasil.
É preciso enfatizar que ainda hoje. em pleno
século 21. mais de 30 milhões de brasileiros
não são atendidos por redes de abastecimento
de água. enquanto metade da população não
conta com serviços de coleta de esgoto. Daí a
razão de os postos de atendimento e hospitais
serem obrigados a gastar rios de dinheiro para
tratar da saúde da população que sofre por
causa da transmissão de doenças que esses
problemas causam.
O fato é que todos acabam pagando a conta
pelo atraso em que o Brasil vive em razão do
excesso de burocracia, da baixa qualidade dos
projetos executivos, da incompetência e da
falta de vontade política para buscar soluções
adequadas para todos os problemas que
proliferam pelo Pais. Mais do que nunca, a
Nação precisa de medidas urgentes para sanar
a falta de água potável e de coleta de esgoto
para a maioria da população brasileira. Os
mais desprotegidos não podem continuar
eternamente levando a pior.
Ainda hoje, mais de 30 milhões de brasileiros
não são atendidos por redes de abastecimento
de água, enquanto metade da população não
conta com serviços de coleta de esgoto.
http://cloud.boxnet.com.br/y4jz5gns
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Data: 08/05/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Jornal da Cultura
Data: 08/05/2019
A tecnologia aliada às industrias em favor
do meio ambiente
Duração: 00:05:13
Transcrição
A preocupação com o meio ambiente faz
indústrias investirem em soluções e novas
tecnologias para reduzir o impacto do plástico
na natureza.
É nos oceanos que o descarte irregular de lixo
plástico mostra sua face mais cruel.
No mês passado, uma baleia foi encontrada
com a maior quantidade de plástico dentro de
um mamífero: quarenta quilos.
O Brasil é o quarto maior produtor de lixo
plástico do mundo, atrás apenas dos Estados
Unidos, China e Índia.
São mais de dez milhões de toneladas de
resíduos plásticos. Pouco mais de um por
cento dos produtos descartados são
reaproveitados. Na Alemanha, são trinta e oito
por cento.
“O plástico não reciclado, acaba indo parar nos
córregos, nos rios, no mar. Acaba causando
grandes prejuízos patrimoniais, perdas de
vidas humanas, no caso das enchentes porque
entope bueiros. Então esse prejuízo é muito
grande quando ele é descartado de modo
inadequado.”
A preocupação com o meio ambiente faz parte
da política desta indústria, há mais de trinta
anos. Além de oferecer a opção de refis dos
produtos nas embalagens dos cosméticos, são
reutilizadas quatrocentos e trinta e duas
toneladas de plástico, o equivalente a nove
milhões de garrafas PET de dois litros. Uma
das linhas, usa embalagens de plástico verde
que vem da cana de açúcar. A empresa
também busca alternativas ao uso do
microplástico, como nos esfoliantes, por
exemplo, ele é substituído por sementes de
maracujá, andiroba, açaí e outras plantas.
“Ainda existem em alguns casos algumas
barreiras tecnológicas, mas hoje é a gente
mostra que é possível termos linhas inteiras
feitas a partir de plástico, cem por cento
reciclado”.
A preocupação com o meio ambiente também
foi destaque na feira Internacional do Plástico
em São Paulo.O plástico reciclado é usado em
novas tecnologias. A caneta em 3D usa resina
de fontes renováveis. A horta com sensores de
umidade foi feita com plástico reaproveitado
da mesma forma que a prótese barata, leve e
sustentável. Separar, reciclar e ver como o
plástico pode ser reaproveitado.
“Todos estão buscando novas soluções. Todo o
departamento de PD de todas as indústrias
estão a todo vapor aí buscando realmente
novas inovações, como atender essa demanda
mais sustentável.”
Outras iniciativas também ajudam a reduzir o
impacto ambiental. Estados estão banindo o
uso de canudos plásticos e uma lei tramitando
no Senado Federal quer proibir o uso de
sacolas e embalagens plásticas em comidas e
alimentos.
“A única coisa que não podemos fazer com o
plástico é jogar no lixo. É aproveitá-lo.”
É uma mudança de comportamento necessária
para a gente garantir a nossa preservação no
planeta.
Para mim, o dano mundial do plástico é
incrível, é gigantesco em vários lugares. O Mar
Cáspio, na Rússia, por exemplo, ele foi poluído
primeiro pela retirada maciça de sal e de
peixes. Ele está reduzido a um quinto do que
ele e, totalmente, virou uma lixeira de
plásticos. A gente tem outros casos. Eu acho
que nós temos que pensar no problema sob
vários ângulos, um dos ângilos é o
educacional. Quando se ensina as pessoas a
usar uma garrafa descartável. Por que não
reutilizar garrafa de vidro que nós usamos
durante tanto tempo. voltavam novamente
para as indústrias e eram reaproveitadas. Hoje
você não aproveita nada. Isso é um hábito
terrível.
Nessa linha, tem vários aspectos, mas, por
exemplo, um que o Brasil está muito atrasado
é você combinar a questão da reciclagem não
só do plástico, mas de vários desses produtos
que podem ser reciclados com estratégia de
coleta de lixo urbano que no Brasil, nessas
megacidades é sempre um problema com a
questão do despejo. É que você tem no Brasil,
um modelo ultrapassado de coleta de lixo, que
já está associado a uma tecnologia
ultrapassada de você fazer esses grandes
depósitos desses aterros sanitários longe da
cidade. Custoso. Quando tem tecnologia hoje
já e no no mundo inteiro, onde você não
precisa fazer deslocamento, você não precisa
ter aterro, você pode reaproveitar uma
porcentagem enorme desse lixo urbano para
uso propriamente urbano, para reciclagem de
Data: 08/05/2019
31
Grupo de Comunicação e Marketing
material ou por compostagem ou para
produção de energia dentro do próprio
ambiente. Você precisa de incentivos
econômicos. É política pública que conecte a
questão da reciclagem com a gestão urbana,
com a gestão do lixo e com a viabilidade
industrial. Esse tipo de Coordenação de
política pública é que vai dar o resultado, não
adianta ficar estocando só no aspecto sem
gerar um ambiente favorável.
http://cloud.boxnet.com.br/y5hmw2md
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Data: 08/05/2019
32
Grupo de Comunicação e Marketing
FOLHA DE S. PAULO Painel - Cúpula do Congresso vai comandar
novos ministérios; governo promete liberar
R$ 4 bi em troca de reforma
Dando que se recebe Ao recriar os ministérios de
Cidades e Integração Nacional, o governo Jair
Bolsonaro dará a cartada final na tentativa de
terceirizar a montagem de uma base que garanta
a reforma da Previdência. Os titulares das duas
pastas serão indicados pela cúpula do Congresso
e devem centralizar a liberação de dinheiro da
União para projetos de interesses de
parlamentares. Deputados dizem que o governo
se comprometeu a liberar até R$ 4 bilhões por
meio dos novos órgãos até o fim do ano.
Mão do gato A indicação dos ministros caberá aos
presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). Com
isso, o governo vai deixar na mão do Congresso
a intermediação de pleitos por recursos às bases
parlamentares, consolidando o DEM, que já tem
três pastas, como o operador político do governo.
Agentes múltiplos Maia quer fazer de sua
indicação para Cidades um símbolo da parceria
com partidos do centrão, como o PP. Por isso,
Alexandre Baldy (PP-GO) é o mais cotado. A
simbiose, porém, despertou críticas dentro da
sigla do presidente da Câmara. O nome do
Senado seria o de Fernando Bezerra (MDB), hoje
líder do governo.
Quem sabe faz a hora… Aliados afirmam que Jair
Bolsonaro vai aproveitar as mudanças na
Esplanada para tirar Marcelo Álvaro Antônio do
comando do Turismo. A ideia é apresentar o
pacote como uma minirreforma ministerial.
…não espera acontecer Auxiliares do presidente
passaram a defender que ele aproveite a medida
provisória que reorganiza o organograma do
governo para tirar a Comunicação das mãos de
Santos Cruz (Secretaria de Governo).
Arte da guerra O anúncio da recriação de
ministérios foi feito no mesmo dia em que o
presidente deu publicidade ao decreto que vai
facilitar o porte de armas. Bolsonaro acenou,
portanto, com uma mão à política e com a outra
ao núcleo duro de seu eleitorado.
Arte da guerra 2 O fato de as duas jogadas terem
deslanchado em meio à crise com os militares –
hoje um dos pilares do governo– indica que o
presidente pode estar buscando uma alternativa
para depender menos da força institucional dos
generais.
Dois coelhos O governo produziu nos últimos
meses mais de dez versões do decreto que vai
facilitar o porte de armas para determinadas
categorias. Em algumas minutas, havia artigo
que ampliava ainda mais o número de pistolas e
rifles que civis podem ter.
Meu povo Tomando pelo valor de face o que já
foi anunciado pelo governo, especialistas
apostam que o texto do decreto vai abrir
caminho para o fim do monopólio da Taurus –
demanda do núcleo duro da base eleitoral de
Bolsonaro.
Ver para crer Entusiastas de Bolsonaro e de
políticas armamentistas, porém, querem
aguardar a publicação do decreto. Dizem que,
quando legislou sobre a posse, o presidente foi
mais conservador do que eles esperavam.
Uni-vos Reitores de ao menos duas universidades
públicas recorreram a assembleias de docentes e
conselhos universitários para pedir que as
entidades organizem protestos contra os cortes
impostos pelo Ministério da Educação.
Vai ter luta O PSB preparou uma série de filmes
contra a reforma da Previdência proposta pelo
governo. Os vídeos da campanha atacam pontos
da projeto como o sistema de capitalização e a
desconstitucionalização dos direitos
previdenciários.
Visitas à Folha Caio Mesquita, presidente da Acta
Holding, que publica a Empiricus, visitou a Folha
nesta terça-feira (7). Estava acompanhado de
Ricardo Mioto, sócio da FSB Comunicação.
Eduardo Sanovicz, presidente da Abear
(Associação Brasileira das Empresas Aéreas),
visitou a Folha nesta terça (7). Estava
acompanhado de Adrian Alexandri, diretor de
comunicação, e Luiz Caversan, consultor.
TIROTEIO
Estudantes e sindicatos ressuscitaram em uma
canetada só. Mantido, o corte vai provocar
inadimplência generalizada
De Ivan Camargo, ex-reitor e professor do
Departamento de Engenharia da UnB, sobre o
contingenciamento imposto pelo MEC
https://painel.blogfolha.uol.com.br/2019/05/08/c
upula-do-congresso-vai-comandar-novos-
ministerios-governo-promete-liberar-r-4-bi-em-
troca-de-reforma/
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Data: 08/05/2019
33
Grupo de Comunicação e Marketing
Lucro da Petrobras cai 42% no primeiro
trimestre
Nicola Pamplona
Com queda na produção de petróleo e menores
margens nas vendas de combustíveis, a
Petrobras fechou o primeiro trimestre de 2019
com lucro líquido de R$ 4 bilhões, queda de 42%
com relação ao verificado no mesmo período do
ano anterior.
Segundo a empresa, o resultado foi fortemente
impactado por mudanças em normas contábeis a
respeito de arrendamento de equipamentos e
também por provisão de R$ 1,4 bilhão para litígio
envolvendo a empresa de sondas Sete Brasil.
Sem isso, disse a companhia, o lucro seria de R$
5,1 bilhões, ou 5% a menos do que o resultado -
também ajustado - do mesmo período do ano
anterior. Na comparação com o quarto trimestre
de 2018, o lucro de R$ 4 bilhões anunciado pela
estatal é 93% superior.
Em comunicado ao mercado, a companhia
comemorou o 16º trimestre seguido com fluxo de
caixa positivo e disse que está "firmemente
comprometida" com o objetivo de reconquistar o
selo de boa pagadora no mercado internacional.
Em sua mensagem aos acionistas, o presidente
da estatal, Roberto Castello Branco, reforçou que
a estratégia é focar recursos na exploração e
produção de petróleo e aprofundar seu plano de
venda de ativos. Em abril, a companhia anunciou
desejo de se desfazer de 8 de suas 13 refinarias.
"Acreditamos que a redução da alavancagem
financeira e do valor absoluto do endividamento,
o aumento do prazo médio de duração e a
melhoria considerável no relacionamento com o
mercado global de capitais viabilizará a melhoria
da percepção de risco da Petrobras", escreveu o
executivo.
No trimestre, a Petrobras produziu uma média de
2,54 milhões de barris de petróleo e gás, 5% a
menos do que no mesmo período do ano
anterior, devido à venda de ativos e declínio em
campos mais antigos. Com queda na produção e
petróleo 5% mais barato, o lucro da área de
exploração e produção de petróleo caiu 12%,
para R$ 10,1 bilhões.
Responsável pela produção e venda de
combustíveis, a área de refino da Petrobras teve
lucro de R$ 1,9 bilhão, queda de 38% com
relação ao primeiro trimestre de 2018. A
companhia vendeu 5% a mais no período e diz
ter recuperado mercado que era abastecido por
importação ao praticar menores margens. A
margem do segmento caiu 3 pontos percentuais,
para 8%.
Foi o primeiro balanço divulgado sob a nova
norma contábil IFRS 16, que determina a
contabilização nos ativos também de
equipamentos arrendados -- e contabilizando
como dívida os valores previstos para o
pagamento dos aluguéis no longo prazo. Com
grande número de plataformas alugadas, a
Petrobras contabilizou um aumento de R$ 103,4
bilhões em seu endividamento, que chegou a R$
372,2 bilhões.
Assim, o indicador de dívida líquida sobre Ebitda
(indicador que mede a geração de caixa) foi de
3,19 vezes. Sem considerar os efeitos da
mudança contábil, disse a companhia, a dívida
seria de R$ 266,3 bilhões e o indicador de
endividamento, de 2,37 vezes. Castello Branco
vem dizendo que a meta é chegar a 1,5 vez.
No primeiro trimestre, a Petrobras teve receita
de R$ 80 bilhões, 7% a mais do que no mesmo
período de 2018. O Ebitda também aumentou
7%, para R$ 27,5 bilhões. Com o resultado, a
estatal aprovou pagamento de R$ 1,3 bilhão aos
acionistas como dividendos antecipados pelo
lucro trimestral.
Em 2018, a Petrobras teve o seu primeiro lucro
líquido anual após quatro anos de prejuízos com
a contabilização de perdas provocadas pelo
esquema de corrupção investigado pela Operação
Lava Jato. Com o resultado, de R$ 25,7 bilhões,
se comprometeu a pagar a seus acionistas
dividendos de R$ 7,1 bilhões.
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/05
/lucro-da-petrobras-cai-42-no-primeiro-
trimestre-para-r-4-bilhoes.shtml
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Data: 08/05/2019
34
Grupo de Comunicação e Marketing
No ano, gasolina sobe 35% na refinaria,
mas só 3,7% na bomba
Nicola Pamplona
O preço da gasolina nas refinarias da Petrobras
subiu 35% desde o início do ano, mas o repasse
ao consumidor está sendo represado nas
distribuidoras e, principalmente, nos postos de
gasolina. Nas bombas, a alta acumulada do ano é
de 3,7%.
Segundo dados da ANP (Agência Nacional do
Petróleo, Gás e Biocombustíveis), o preço médio
de venda da gasolina no país chegou a R$ 4,505
por litro na semana passada. É o maior valor do
ano, mas ainda bem abaixo do pico de R$ 4,725,
atingido no fim de setembro de 2018.
Nesta quarta-feira (8), os motoristas de
aplicativos de transportes, como Uber, farão
manifestações em todo o mundo contra as tarifas
cobradas pela empresa. No Brasil, os
profissionais que aderiram a paralisação afirmam
que a falta de reajuste na taxa somada a alta na
gasolina tem prejudicado o lucro.
A escalada dos preços das refinarias em 2019 é
explicada pela variação das cotações
internacionais do petróleo. Do fim de dezembro
até agora, a cotação do petróleo do tipo Brent,
referência internacional negociada em Londres,
subiu cerca de 30%.
Desde 2017, a Petrobras vem ajustando seus
preços de acordo com o conceito de paridade de
importação, que representa o custo para trazer
combustíveis do mercado internacional, incluindo
os gastos com transporte e instalações portuárias
e margem de lucro.
A política tem sido questionada, principalmente
em momentos de alta nas cotações
internacionais, mas empresa e governo
defendem que o controle dos preços pode afastar
investimentos do setor de petróleo no país. Além
disso, como é importadora, a Petrobras tem
prejuízos se vender combustíveis abaixo do preço
de compra.
Apesar da alta nos preços durante o ano,
importadores questionam os cálculos da
Petrobras, alegando que a empresa pratica
valores abaixo do mercado internacional e
dificulta a concorrência com fornecedores
privados.
Nas refinarias, a gasolina é vendida a R$ 2,045
por litro, em média, desde o último reajuste, no
dia 30 de abril foi o terceiro aumento apenas
naquele mês. O preço da Petrobras, portanto,
representa 45% do preço final do produto.
Com vendas em baixa devido à crise econômica,
porém, os outros elos da cadeia vêm alegando
dificuldades para repassar. Segundo a ANP, o
preço médio de venda do combustível pelas
distribuidoras chegou a R$ 4,082 por litro na
semana passada, aumento de 5,8% ante o início
do ano.
Já a margem de lucro dos postos caiu 12,8% no
ano, chegando na semana passada a R$ 0,423
por litro, recuando a níveis históricos após um
período de alta no fim de 2018, quando as
cotações do petróleo e, consequentemente, o
preço nas refinarias da Petrobras estava mais
baixo.
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/05
/no-ano-gasolina-sobe-35-na-refinaria-mas-so-
37-na-bomba.shtml
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Data: 08/05/2019
35
Grupo de Comunicação e Marketing
Comissão aprova relatório que obriga fim
dos lixões até 2023
MP que trata de novo marco legal do saneamento
ainda precisa passar por Câmara e Senado
Daniel Carvalho
Brasília
Municípios que ainda têm lixões terão que trocá-
los por aterros sanitários até 2023, segundo
relatório aprovado nesta terça-feira (7) pela
comissão mista que analisa a medida provisória
do novo marco legal do saneamento básico.
O texto precisa ainda passar pelos plenários da
Câmara e do Senado.
O prazo foi estabelecido pelo relatório do senador
Tasso Jereissati (PSDB-CE). Pela versão anterior,
o prazo caberia a cada prefeitura.
Capitais de estados e municípios das regiões
metropolitanas ou regiões integradas de
desenvolvimento de capitais têm até 2 de agosto
2020 para acabar com os lixões.
Para os demais municípios, há um escalonamento
com base em critérios demográficos
estabelecidos pelo Censo de 2010, do IBGE.
O limite para os municípios com população
superior a 100 mil habitantes é 2 de agosto de
2021.
Para os municípios com população entre 50 mil e
100 mil habitantes, o prazo é 2 de agosto de
2022.
Aqueles municípios com população inferior a 50
mil habitantes, os aterros sanitários deverão ser
implantados até 2 de agosto de 2023.
Para que isso ocorra, o texto prevê que a União e
os estados manterão ações de apoio técnico e
financeiro aos municípios.
A medida provisória também abre possibilidade
para a privatização de empresas estaduais de
saneamento básico.
Trabalhadores da Sabesp, companhia de
saneamento do estado de São Paulo,
protestaram contra a privatização da empresa.
https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2019/0
5/comissao-aprova-relatorio-que-obriga-fim-dos-
lixoes-ate-2023.shtml
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Data: 08/05/2019
36
Grupo de Comunicação e Marketing
Mônica Bergamo: 'Ataques de Olavo de
Carvalho a Villas Bôas é favelagem e
passaram dos limites', dizem militares
Joshua Roberts - 16.mar.2019/Reuters
Os termos usados por Olavo de Carvalho, guru
de Jair Bolsonaro, para se referir ao general
Eduardo Villas Bôas, na terça (7), no Twitter,
fizeram a temperatura entre os militares subir
novamente.
SOU FÃ
O guru afirmou que Villas Bôas, que o criticara
um dia antes, era “um doente preso a uma
cadeira de rodas”. Mesmo depois disso, foi
elogiado publicamente pelo presidente Jair
Bolsonaro e por um dos filhos dele, Eduardo.
SÓ PIORA
O texto foi considerado ainda mais ofensivo, em
alguns círculos militares do Palácio do Planalto,
do que os ataques de Carvalho ao general Santos
Cruz, da secretaria de governo —a quem o guru
chamou de “merda” e “bosta”.
MORDAÇA
GERAL
No segundo escalão militar, que lota os gabinetes
de ministros de Bolsonaro, a indignação era a
mesma.
Em mensagens de WhatsApp, coronéis se
referiam às atitudes de Olavo de Carvalho,
apoiado por Bolsonaro, como “favelagem”.
VOZ ALTA
O ex-ministro Gustavo Bebianno, que coordenou
a campanha de Bolsonaro e se mantém próximo
de militares mesmo depois de demitido da
Secretaria-Geral, quebrou o silêncio em relação
ao governo para defender Villas Bôas.
ALVO
“É um dos melhores seres humanos que já tive a
oportunidade de conhecer. Exemplo de força,
bravura, inteligência, serenidade e resiliência.
Não pode ser alvo de ataques covardes e
infames, como esses recentes, promovidos por
teóricos remotos que só atrapalham o governo”,
diz ele.
VAI TRABALHAR
“O governo precisa entender a dureza e
pragmatismo do mundo real e começar a
trabalhar de verdade, em prol da nação. O
general Villas Bôas merece respeito. Forças
Armadas merecem respeito”, completa Bebianno.
MÚSICA SOLAR
A cantora pernambucana Duda Beat está na capa
da segunda edição da revista The Summer
Hunter, que será lançada no dia 17 de maio no
festival MECAInhotim
SINAL VERDE
O TCU (Tribunal de Contas da União) suspendeu
o veto que um de seus ministros havia imposto à
Ancine de usar os recursos do fundo setorial do
audiovisual. A agência de cinema agora pode
funcionar plenamente, financiando produções
nacionais.
SINAL AMARELO
Ao mesmo tempo, o tribunal exigiu que a agência
cumprisse os compromissos que assumiu de
colocar em dia as análises de prestações de
contas dos projetos beneficiados com recursos do
fundo.
SUSPENSÃO
O Tribunal de Justiça de São Paulo suspendeu o
edital da 34ª edição do Programa Municipal de
Fomento ao Teatro. A corte acolheu pedido de
liminar formulado em abril pela Rede de Teatro e
Produtores Independentes.
NO PRAZO
A Rede questiona o formato da comissão que
julga os projetos inscritos no edital. A Secretaria
Municipal de Cultura diz que foi notificada da
decisão na última sexta-feira (3) e afirma que irá
se manifestar dentro do prazo legal.
INÉDITO
Entidades ligadas ao cinema nacional como o
Siaesp (Sindicato da Indústria Audiovisual do
Estado de SP) e a Apaci (Associação Paulista de
Cineastas) se manifestaram contra o que
chamam de “fatos extremamente graves e nunca
antes vistos no mercado de salas de cinema do
país”.
EM CARTAZ
As entidades reclamam da ocupação de 92,5%
das salas de exibição com “Os Vingadores”. “Nos
EUA esse mesmo filme não ultrapassou 12% das
salas do país”, diz o texto. Eles afirmam que o
longa “De Pernas para o Ar - 3” foi
“sumariamente tirado de cartaz”.
NÃO PODE
Data: 08/05/2019
37
Grupo de Comunicação e Marketing
Na segunda (6), o ministro da Cidadania, Osmar
Terra, assinou a cota de tela —regra que obriga
cinemas brasileiros a exibirem filmes nacionais.
Ainda não ficou definido qual será o percentual
de ocupação dos cinemas.
PÁGINAS
O livro “Garota, Pare de Mentir Para Você
Mesma” será lançado pela editora Sextante no
Brasil em junho. A obra está há 51 semanas na
lista dos mais vendidos do jornal The New York
Times.
NA TELONA
O ator Leonardo Medeiros e o diretor do Itaú
Cultural, Eduardo Saron, foram à pré-estreia de
“Tunga: O Esquecimento das Paixões”, de Miguel
de Almeida, no Itaú Cultural, na segunda (6). O
editor Samuel Leon , a galerista Rosa Barbosa e
a designer Elisa Stecca também compareceram
CURTO-CIRCUITO
O longa “45 Dias Sem Você” tem pré-estreia na
quarta (8). Às 20h30, na Cinemateca Brasileira.
A mostra “Um Minuto Antes”, de Camila Alvite
abre na quarta (8). Às 19h, na Bianca Boeckel
Galeria.
Mariana Kupfer lança o livro “Eu, Mãe e Pai - A
Maternidade Independente como Escolha”. Na
quarta (8), na Livraria da Vila do JK Iguatemi.
O cantor Geraldo Azevedo lança o CD “Solo
Contigo” em show. Na quarta (8), no Teatro
Gamaro.
com Bruna Narcizo, Bruno B. Soraggi E Victoria
Azevedo
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabe
rgamo/2019/05/no-whatsapp-militares-chamam-
de-favelagem-atitudes-de-olavo-de-
carvalho.shtml
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Data: 08/05/2019
38
Grupo de Comunicação e Marketing
Avanço da dengue deixa cerca de mil
cidades em patamar de epidemia
Natália Cancian
Com novo avanço da dengue neste ano, ao
menos 965 cidades do país já apresentam
incidência da doença em patamar que pode
indicar epidemia. Os dados são de levantamento
do Ministério da Saúde feito a pedido da Folha.
O balanço considera os municípios com incidência
acima de 300 casos a cada 100 mil habitantes –
parâmetro que, somado ao aumento de casos, é
um dos fatores observados por especialistas para
qualificar um cenário como epidêmico.
Com 158 mil casos, São Paulo é o estado com
maior número de cidades com incidência
considerada alta, ou 283 ao todo. Em seguida,
está Minas Gerais, com 221, e Goiás, com 146.
Três cidades paulistas —Bilac, Nova Aliança e
União Paulista— lideram em proporção de casos
da doença, com mais de 6.700 casos a cada 100
mil habitantes. A lista engloba ainda as capitais
Campo Grande, Belo Horizonte, Goiânia e
Brasília.
Dados do Ministério da Saúde apontam que, até
o dia 13 de abril, o Brasil havia registrado 451
mil casos da dengue, um crescimento de 340%
em relação ao mesmo período do ano passado.
Apesar desse aumento, técnicos do governo
avaliam que a incidência atual não indica uma
epidemia no país, mas localizada em alguns
estados e municípios. É o caso das 965 cidades
que constam no balanço. A situação nestes locais
é dividida. De um lado, alguns municípios
relatam uma redução de casos. Outros dizem que
a situação ainda é de alerta.“Estamos em alarme
24h”, afirma secretária municipal de saúde de
Nova Aliança, Andrea Machado.
Desde janeiro, o alto número de casos da doença
levou a prefeitura a organizar mutirões semanais
atrás de focos do mosquito e palestras nas
escolas sobre como prevenir e identificar a
dengue. Outras cidades também tiveram que
adequar a rede para dar conta do avanço de
casos. Em Belo Horizonte, cidade que já soma 16
mil notificações, cerca de 54 militares foram
deslocados nesta semana para trabalharem em
unidades de atendimento a pacientes com
dengue.
Também foram instaladas tendas para agilizar a
oferta de hidratação a pessoas que aguardam
atendimento e apresentam sintomas. O horário
de postos de saúde também foi estendido para os
sábados. As medidas devem durar por tempo
indeterminado. “Ainda temos uma temperatura
alta e chuva presente, e ainda estamos
recebendo casos. Essa estrutura vai
permanecer”, afirma Taciana Malheiros,
subsecretária de atenção à saúde.
O professor de infectologia da Faculdade de
Medicina da USP de Ribeirão Preto, Benedito
Lopes da Fonseca, afirma que embora a situação
exija atuação da rede de saúde, um aumento de
casos neste ano já era esperado.O motivo está
na maior circulação de um subtipo de vírus da
dengue que teve pouca predominância nos
últimos dez anos: o den-2.
Ao todo, a dengue tem quatro tipos de vírus (1,
2, 3 e 4). Isso significa que um mesmo paciente
pode ter a doença até quatro vezes.E é
justamente essa mudança no padrão de
circulação de sorotipos influencia o
comportamento de epidemias. “Vivemos uma
situação epidemiológica diferente. Ficamos dois
anos sem casos, e com isso o sorotipo 2
encontrou uma população bastante suscetível”,
afirma Fonseca. “Era uma epidemia anunciada”.
Segundo ele, o fato de haver 83% das cidades
com média e baixa incidência indica a chance de
novas epidemias nestes locais nos próximos dois
a três anos. “Mesmo que a gente faça o controle
adequado do mosquito, vamos ter novos casos,
porque temos circulação de um novo vírus e a
população suscetível.”
CASOS MAIS GRAVES
Além de ter um novo aumento da doença, a
maior circulação do tipo 2 também tem chamado
a atenção para gravidade dos casos em alguns
locais. “Em São Paulo, vemos que o número de
casos graves aumentou”, afirma Fonseca.
Balanço do Ministério da Saúde aponta que já
foram registrados no país ao menos 3.830 casos
de dengue com sinais de alarme e 321 casos de
dengue grave, o dobro do ano anterior. Destes,
cerca de 35% ocorreram em São Paulo.
Especialistas, porém, apontam possibilidade de
que os dados sejam maiores devido à
subnotificação. “O que a gente observou foi uma
sintomatologia diferente de epidemias anteriores,
evoluindo com maior gravidade”, afirma José
Eduardo Fogolin, secretário de saúde de Bauru,
uma das cidades com maior incidência da
doença.
A situação levou a prefeitura a concentrar
atendimentos em unidades específicas e adotar
protocolos para acelerar o tratamento. De acordo
Data: 08/05/2019
39
Grupo de Comunicação e Marketing
com especialistas, alguns fatores explicam esse
cenário: uma possível maior “agressividade” do
tipo 2 do vírus da dengue em relação aos demais
e o histórico de outras infecções –em geral, uma
segunda infecção por dengue tem maior risco de
complicações.
Mas o que fazer para driblar esses casos? Para
Rivaldo Venâncio, coordenador de vigilância da
Fiocruz-MS, é preciso estruturar a rede para
evitar erros que possam atrapalhar o tratamento
dos casos –seja pela demora dos pacientes em
procurar a unidade de saúde ou por diagnósticos
que não apontam a gravidade do quadro. “Tanto
que é raro encontrar alguém que morreu por
dengue que tenha sido atendido apenas uma
vez”, diz.
A boa notícia é que, agora, pelo histórico das
últimas epidemias, a expectativa agora é de
redução de casos devido à queda nas
temperaturas, o que torna o clima desfavorável
ao mosquito.“O impacto pior já passou”, avalia
Venâncio. O que não retira a necessidade de
investir em ações de prevenção. “Depois desse
período, podemos ter novo aumento de casos em
outubro.”
https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2019/0
5/avanco-da-dengue-deixa-cerca-de-mil-cidades-
em-patamar-de-epidemia.shtml
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Data: 08/05/2019
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Painel S.A.: Indústria do plástico envia carta
a Covas em defesa de canudo e outros
produtos
Joana Cunha
José Ricardo Roriz Coelho, presidente do
Sindiplast, que reúne a indústria de plásticos,
escreveu nesta terça (7) uma carta ao prefeito
de São Paulo, Bruno Covas, para defender seus
produtos das recentes investidas ambientais.
Na onda contra os plásticos, Covas abraçou neste
ano a iniciativa do vereador Reginaldo Tripoli
para a proibição de fornecimento de canudos
plásticos em estabelecimentos comerciais da
cidade.
Em tempos de desemprego resistente, o
missivista alerta o prefeito de que o setor é um
dos maiores empregadores da indústria de
transformação na cidade e no estado.
Na carta, Roriz tenta convencer o prefeito de que
o banimento de um produto não é o melhor
caminho para solucionar o problema do resíduo
no meio ambiente.
"É importante que haja visão sistêmica,
ampliando a discussão para a gestão de resíduos
sólidos, saneamento básico, coleta seletiva e
descarte adequado por parte dos consumidores,
incluindo a responsabilidade da indústria em
transitar de uma economia linear para uma
circular, que tenha mais como princípio a
reintrodução dos seus produtos voltando ao
processo produtivo e eliminando o conceito de
resíduo", escreve Roriz.
O presidente do Sindiplast pede para ter uma
conversa com o prefeito para pensar outra
solução em conjunto, evitando a "vilanização" do
produto.
Roriz, que costuma fazer fortes defesas do
canudinho, ressalta na carta o papel da assepsia
relacionado ao plástico.
"Em relação aos descartáveis, a utilização
desses produtos muitas vezes se relaciona com
assepsia. Os canudos, por exemplo, por pessoas
com deficiência muitas vezes é fundamental para
facilitar ou até mesmo dar a possibilidade da
ingestão de alimentos e bebidas", escreve ele na
mensagem ao prefeito.
Com Paula Soprana
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/painelsa/
2019/05/industria-do-plastico-envia-carta-a-
covas-em-defesa-de-canudo-e-outros-
produtos.shtml
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Data: 08/05/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
ESTADÃO A boa notícia do Inmetro - Opinião
Em uma iniciativa sensata, a presidente do
Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e
Tecnologia (Inmetro), Angela Furtado, anunciou
um projeto de revisão do emaranhado de regras
relacionadas à qualidade, à segurança e ao
desempenho dos produtos comercializados no
País. A autarquia é vinculada ao Ministério da
Economia e o projeto faz parte de um amplo
programa de modernização da legislação sobre a
ciência da medição, que afeta o cotidiano das
empresas e dos cidadãos.
A ciência da medição envolve o cálculo da
velocidade de um automóvel, do tempo de
cozimento de alimentos, da temperatura de uma
geladeira e do consumo de energia elétrica, por
exemplo. Também permite saber se a quantidade
de arroz na embalagem é a mesma mencionada
no rótulo e se os valores informados na bomba
de combustível ou na balança de um
supermercado e de uma padaria são corretos.
Atualmente, há em vigor cerca de 300
regulamentos baixados pelo Inmetro. Eles
cobrem 647 tipos distintos de produtos, o que dá
mais de uma regra para cada duas categorias. Na
área de produtos para crianças, por exemplo,
existem quase 300 mil marcas certificadas pelo
órgão. Segundo as estimativas do Inmetro, o
volume de vendas de produtos que estavam
dentro de sua jurisdição regulatória, em 2015,
totalizou R$ 460 bilhões.
A implementação do projeto está prevista para o
segundo semestre e a primeira medida será a
desburocratização dos processos de registro e
autorização de produtos. A estratégia foi
inspirada no modelo de regulação adotado na
União Europeia. Em vez de ter um regulamento
específico para cada produto, como ocorre entre
nós, a ideia é ter regras e dispositivos mais
amplos, abrangendo categorias de produtos.
Hoje, brinquedos, berços e artigos de festas têm
um regulamento específico para cada item. Já na
União Europeia, com apenas 22 regulamentos
gerais, eles integram a categoria de produtos
infantis. Dependendo do setor, como o químico, o
elétrico e o metalúrgico, os regulamentos gerais
podem, quando for o caso, ser eventualmente
complementados por normas específicas.
Com a desburocratização e a substituição de
regulamentos específicos por normas gerais, o
Inmetro pretende mudar sua forma de atuação.
Em vez de concentrar a atenção no controle
prévio de cada produto, que resulta num imenso
cipoal regulatório, o objetivo é adotar uma
vigilância posterior mais rigorosa, por meio de
acordos de fiscalização com entidades de classe e
entidades privadas. “Regulação mais flexível não
se confunde com bagunça e anarquia”, afirmou a
presidente do Inmetro em entrevista ao jornal
Valor.
Quando a implementação do projeto estiver
concluída, diz ela, os fabricantes ou importadores
poderão fazer uma autodeclaração de que seus
produtos estão de acordo com a regulamentação.
Pela legislação em vigor, esses certificados
dependem de testes e ensaios em laboratórios, o
que leva tempo e tem um alto custo. Em média,
um registro no Inmetro demora pelo menos seis
meses. E, dependendo do setor, o prazo pode
chegar a dois anos, o que é incompatível com os
produtos que têm um ciclo de vida útil de três
anos.
Pelo projeto, quando houver necessidade,
fabricantes e importadores poderão fazer testes
numa rede de 2 mil laboratórios autorizados pelo
órgão. Só os produtos com riscos específicos,
como os dos setores químico e elétrico, passarão
obrigatoriamente pelo processo de certificação
com base em ensaios. Já o trabalho de vigilância
será feito com base na análise de bancos de
dados com informações sobre acidentes de
consumo e no monitoramento de plataformas
digitais que divulgam reclamações e avaliações
de consumidores.
A iniciativa do Inmetro se insere no rol de
reformas microeconômicas de que o Brasil tanto
necessita para reduzir os custos de produção e
diminuir a insegurança jurídica causada por uma
malha normativa anacrônica e asfixiante. Ela
favorece consumidores e produtores, ao mesmo
tempo que propicia melhorias no ambiente de
negócios.
https://opiniao.estadao.com.br/noticias/notas-e-
informacoes,a-boa-noticia-do-
inmetro,70002819847
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Data: 08/05/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
ONGs divulgam nota de repúdio contra
votação de PL do Licenciamento Ambiental
André Borges, O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA – Mais de 80 organizações não
governamentais ligadas à área do meio ambiente
divulgaram uma nota de repúdio contra o projeto
de lei que altera profundamente as regras de
licenciamento ambiental do País. Segundo as
organizações, o Projeto de Lei 3729/2004 poderia
ser colocado em votação em regime de urgência
no plenário da Câmara dos Deputados, pelo
presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ). Os detalhes
dessa proposta, no entanto, não foram debatidos
com as organizações.
"Desastres recentes, como o rompimento das
barragens em Mariana e em Brumadinho,
deveriam ser exemplos reais da importância de
se conduzir um amplo e legítimo debate com a
sociedade sobre o aprimoramento do
Licenciamento Ambiental, um dos principais
instrumentos da Política Nacional do Meio
Ambiente", declaram as ONGs.
Na foto, área desmatada para agricultura em
Mato Grosso
Na foto, área desmatada para agricultura em
Mato Grosso Foto: Tiago Queiroz/Estadão
"Ao imprimir um ritmo emergencial de votação,
menospreza-se a participação da sociedade em
um tema altamente impactante na vida dos
brasileiros. Com a falsa justificativa de que o
Licenciamento é um impeditivo ao
desenvolvimento, o projeto de lei, na forma
como está sendo proposto, aumenta o risco ao
meio ambiente e às populações potencialmente
impactadas, que ficarão menos protegidas e com
seus direitos ameaçados."
No documento, as organizações afirmam que os
empreendedores também serão afetados, pois o
texto causará insegurança jurídica e aumento de
conflitos sociais.
"Entre as graves ameaças que podem ser
aprovadas estão a exclusão dos direitos à
informação e à participação das populações
atingidas, bem como de seus órgãos
representativos, a inclusão de lista de dispensa
de licenciamento para atividades degradadoras, a
permissão para que os Estados flexibilizem as
regras nacionais para o licenciamento, gerando
legislações concorrentes e dando início a uma
espécie de 'guerra anti-ambiental' entre Estados,
entre outros pontos negativos."
A nota de repúdio é assinada por organizações
como Greenpeace Brasil, Instituto Ethos,
Instituto Socioambiental (ISA) e WWF-Brasil.
As ONGs têm sido alvos de constantes críticas
pelo governo de Jair Bolsonaro (PSL). Em janeiro,
o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles,
suspendeu todos os convênios e parcerias da
pasta e autarquias com organizações não
governamentais pelos próximos 90 dias.
Salles também determinou que todos os
convênios, acordos de cooperação, atos e
projetos do Ibama, do Instituto Chico Mendes
para a Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e
do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio
de Janeiro feitos com ONGs deverão ser
remetidos para anuência prévia do gabinete.
https://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/
geral,ongs-divulgam-nota-de-repudio-contra-
votacao-de-pl-do-licenciamento-
ambiental,70002819095
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Data: 08/05/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
VALOR ECONÔMICO Salles refuta ataques e nega desmonte no
Meio Ambiente
Por Daniela Chiaretti | De São Paulo
O ministro do Meio Ambiente Ricardo de Aquino
Salles reage às acusações de protagonizar o
desmonte ambiental do país. "Recebi o ICMBio
destruído, com frota sucateada, prédios
abandonados, falta de quadros. O Ibama, a
mesma coisa", diz, referindo-se aos órgãos
ambientais que cuidam das unidades de
conservação, do licenciamento e da fiscalização.
"Estou consertando o que eles fizeram."
Diferentemente de seus antecessores, que
reclamavam de cortes no orçamento, Salles -
fundador do Movimento Endireita Brasil e filiado
ao partido Novo - acha que o problema é de
gestão. O advogado de 43 anos tem outro
entendimento também quanto a colocar o time
em campo quando pautas desembarcam no
Congresso e ameaçam a área ambiental: "Se por
acaso avançar, aí sim o Executivo vai se
posicionar".
A pauta dos produtores rurais é cara ao ministro
do Meio Ambiente, que já foi diretor da
Sociedade Rural Brasileira. Ele enxerga a
preservação dos recursos naturais pela ótica da
produção. O caso do Parque Nacional dos
Campos Gerais, no Paraná, é exemplo. Salles
quer resolver um problema fundiário herdado de
governos passados. Convencido de que os
proprietários rurais têm razão no caso, estuda
mudar parte do status da unidade de
conservação.
Salles recebeu o Valor na semana passada, na
sede do Ibama em São Paulo, e deu a sua versão
dos fatos. A seguir, trechos da entrevista:
Valor: Por que o senhor militarizou o Ministério
do Meio Ambiente?
Ricardo Salles: Não militarizei. Trouxe policiais
ambientais que tinham trabalhado comigo em
São Paulo. Pessoas da minha confiança, que
entendem do tema, mas, acima de tudo, pela
capacidade de gestão. Um pessoal muito
qualificado.
Valor: Qualificado para ocupar secretarias do
ministério?
Salles: Sim. Vários atuam na área ambiental. O
brigadeiro Camerini [Eduardo Camerini, atual
secretário de Biodiversidade] é a maior
autoridade da Aeronáutica em biociências. Além
disso, há um corpo técnico no ministério. Não é
uma pessoa sozinha que vai qualificar uma ação.
Funcionários que lá estão dão suporte aos
dirigentes.
Valor: O sr. diz que dará prioridade ao
saneamento, mas o MMA não tem verba nem
atribuição para isso.
Salles: Nem nunca teve. O papel do ministério é
o de chamar a atenção para tornar o tema
prioritário. Para avançarmos na política pública
de universalização. Temos um problema
nacional, inclusive nos Estados ricos, com
consequências ambientais e na saúde. A
mudança na MP do saneamento e a vinda do
investimento privado é que vão dar um
encaminhamento. Nenhum ministério sozinho vai
dar conta de resolver um tema tão negligenciado
no Brasil.
Valor: O sr. quer rever o status do Parque
Nacional dos Campos Gerais, onde está a maior
área protegida de araucárias do mundo?
Salles: É um lugar espetacular, mas nem tudo ali
é floresta de araucária. Delimitou-se um
perímetro para o parque sem estudo. Sobrevoei
a região, não tem problema ambiental nenhum. E
não é graças ao parque ou ao ICMBio [Instituto
Chico Mendes de Conservação da
Biodiversidade], mas graças aos que produzem
de modo sustentável e cuidam da natureza.
Valor: São 150 proprietários e há um problema
fundiário.
Salles: O problema fundiário é decorrência da
falta de planejamento em instituir unidades de
conservação. Ali as propriedades integram áreas
de cultivo e APPs (Área de Preservação
Permanente), Reserva Legal, florestas. Não tem
problema nenhum.
Valor: Os produtores estão em um lugar onde
não deveriam estar.
Salles: O problema é jurídico, não ambiental.
Não se pode criar uma unidade de conservação à
revelia da realidade do entorno. Todas essas
áreas afetadas são propriedades sustentáveis e
ainda assim o Estado tem que desapropriá-las?
Não faz sentido.
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Grupo de Comunicação e Marketing
Valor: Estão ao lado do maior maciço de
araucárias do mundo.
Salles: O maciço de floresta continua lá, e as
propriedades, também. Devem conviver. Colocar
R$ 2 bilhões para desapropriar áreas totalmente
sustentáveis é incoerência administrativa. O
Estado tinha cinco anos para desapropriar. Não
desapropriou. Isso foi em 2006. Está tudo errado
e há vários casos assim. O ilegal é o governo. Foi
ele quem criou uma restrição à propriedade
privada e não indenizou.
Valor: Mas os cientistas e técnicos querem salvar
o que sobrou das araucárias, que é menos de
0,8%.
Salles: Deveriam ter dito "isso está preservado".
E por quem? Pelas pessoas do entorno. É
importante reconhecer quem tem mérito. Senão
parece que até a criação do parque todos
estavam destruindo, e o ICMBio reverteu a
tendência. Não é verdade.
Valor: Mais ou menos. Se fosse assim, Mata
Atlântica e outros biomas estariam preservados.
Salles: A Mata Atlântica foi preservada porque
vários dos lugares onde ela continuou eram
inadequados para a agricultura. E foi o Estado
quem obrigou os proprietários a abrirem a terra.
Não pode tirar isso de horizonte.
Valor: Como se arruma isso?
Salles: Não tem sentido gastar R$ 2 bilhões em
um país que não tem saúde e educação,
saneamento e segurança pública. Gastar para
desapropriar em área que está cuidada, na mão
de alguém que produz, gera renda, emprega.
Mas do jeito que está, a unidade de proteção
integral exige que tudo o que está dentro seja
desapropriado. Isso só se justifica neste caso.
Aqui não pode ter atividades que prejudiquem.
Vamos fazer um mapeamento. Existe uma ideia
de fazer um mosaico de áreas protegidas.
Valor: O sr. vai juntar Ibama com ICMBio de
novo?
Salles: Não sei ainda. Nossa ideia continua sendo
dar maior eficiência na gestão. Se não tiver
ganho de sinergia, não faremos.
Valor: O sr. demitiu 21 superintendentes das 27
regionais do Ibama. Ainda estão acéfalas?
Salles: Quatro superintendências estão
preenchidas, estamos no processo final de
entrevista para mais três Estados e, em duas
semanas, mais quatro. Entrevisto pessoalmente
os candidatos.
Valor: Quais os requisitos?
Salles: Pessoas de conduta exemplar e que
tenham conhecimento da matéria.
Valor: E nas fronteiras onde queimam sedes e
viaturas do Ibama?
Salles: Nesses lugares, a pessoa tem que ser
muito boa de fiscalização. Há também uma
questão de remuneração. Nem todos estão
dispostos a mudar para lugares onde precisa. Um
superintendente do Ibama ganha R$ 9 mil.
"Os outros fizeram muito menos pelo meio
ambiente do que estou fazendo. Recebi o ICMBio
destruído, com frota sucateada"
Valor: Quais as novidades no Pagamento por
Serviços Ambientais?
Salles: Conversamos com o Banco Mundial para
destinação de recursos para PSA. Na primeira
leva, uma parte de US$ 30 milhões iria para
florestas, para PSA, e US$ 20 milhões, para a
Marinha, no programa de combate ao lixo do
mar.
Valor: É doação? Para este ano?
Salles: Sim. Estamos estabelecendo os critérios.
Dando certo, é um bom instrumento de
preservação para captar no exterior. Qual é a
lógica? Vamos usar estes US$ 30 milhões para
um projeto-piloto. Estamos estudando locais nos
Estados que têm melhor capacidade. Depois, a
ideia é conversar lá fora e dizer: vocês não
querem que a gente preserve? Está aqui um
instrumento financeiro eficiente.
Valor: Como vai funcionar?
Salles: Com uma lógica de determinado
montante por hectare de produção que a pessoa
renuncia.
Valor: Além do que a lei manda?
Salles: Tem dois tipos de PSA. Um para a
Reserva Legal, pequeno, porque está se
cumprindo a obrigação. E um PSA significativo,
provavelmente dez vezes maior, para o
excedente de Reserva Legal. O proprietário opta
se quiser.
Valor: Qual a contrapartida?
Data: 08/05/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
Salles: É manter a área preservada. Isso permite
que através do captador, que é o Banco Mundial,
no mundo inteiro, pessoas digam: tenho
interesse em doar US$ 10 milhões. Quanto dá
para preservar em um ano? É uma correlação
direta entre recurso e preservação.
Valor: É o Fundo Amazônia.
Salles: O Fundo Amazônia não faz isso. Dá
dinheiro para estruturar projetos que têm uma
lógica, na minha opinião, complexa e de pouca
efetividade para dar alternativas à produção.
Tanto que não se consegue mensurar de maneira
direta, quanto se colocou de dinheiro e quanto de
floresta foi preservada com esse dinheiro.
Fizemos um filtro de qualidade, desempenho e
resultados. Muitos recursos estavam sendo
desperdiçados em coisas sem resultado prático.
Valor: Ministro, é o BNDES quem gere, o fundo
tem comitê gestor.
Salles: O Fundo Amazônia está cheio de casos
sem resultado prático algum. Tem recursos
demais para resultados de menos. O comitê
gestor não faz análise de qualidade, faz análise
formal. Precisa melhorar a governança. A parte
formal, do encaminhamento do recurso, ok. Mas
a qualitativa, do resultado do trabalho, não. A
turma conta uma história linda na hora de
captar, a maior parte dos recursos vai para o
salário do pessoal das ONGs, e não ao
destinatário final.
Valor: Voltando ao PSA: contemplará só
produtores rurais? Ou também índios,
quilombolas e comunidades que preservam
floresta?
Salles: Pode haver comunidades tradicionais cuja
forma de preservar e produzir ensejem o
recebimento. No caso das terras indígenas, o
titular é a União. Em tese o PSA poderia
contemplá-los, mas a quem pagar me parece o
ponto complicado. Mas não descarto, não. Acho
até bom avaliar isso em um segundo momento.
Valor: Por que Ibama ignorou parecer técnico e
liberou leilão de petróleo em área perto de
Abrolhos?
Salles: Informação equivocada: não liberou nada,
nem eu nem ninguém. Não me meti nesse
assunto. Mas foi decisão correta do Eduardo Bim,
presidente do Ibama. Dando um passo atrás: o
corpo técnico do licenciamento de petróleo e gás
no Rio de Janeiro disse que três ou quatro lotes
previstos no leilão da 16ª rodada, não
comprovaram sua viabilidade ambiental. Não
disseram que estava negado, disseram que não
houve comprovação de viabilidade ambiental, e
portanto recomendavam retirar estes lotes do
leilão. Quando tivesse essas informações, fazer
novo leilão. Mas isso, comercialmente falando, é
impossível.
Valor: Impossível por quê?
Salles: Complica a estrutura da Agência Nacional
de Petróleo (ANP) para o leilão. O importante é o
seguinte: ninguém disse que pode fazer,
simplesmente disse que a empresa que comprar
os lotes tem que ficar ciente de que essas áreas
ainda precisam passar por licenciamento
ambiental. E feita a ressalva, o presidente do
Ibama disse que não havia necessidade de
retirada dos lotes. Quem comprar compra
sabendo do risco se o licenciamento não for
aprovado. Entrando no caso de Abrolhos, outros
lotes já licitados e arrematados no passado estão
mais próximos a Abrolhos do que estes. O Ibama
da dona Suely [Araújo, que presidiu o Ibama
entre 2016 e janeiro] foi quem deu a licença. A
tendenciosidade com que isso foi divulgado omite
o fato verdadeiro.
Valor: Por que o sr. demitiu o fiscal do Ibama
que multou o presidente por pesca irregular em
área protegida?
Salles: Eu não demiti. Estamos reestruturando
várias diretorias; natural que os novos titulares
façam mudanças. Se eu quisesse punir esse
funcionário, teria feito logo que assumi, não três
meses depois.
Valor: O que o sr. fará com o Conselho Nacional
do Meio Ambiente?
Salles: Precisamos aprimorar o Conama. Um
órgão que tem cem titulares e mais cem
suplentes é ineficiente. Virou um palco de
decisões políticas, mais do que técnicas.
Coletamos informações de todos que participam
do Conama e agora cabe ao MMA escolher o
modelo. Vamos manter a mesma proporção de
hoje, de participação de setores. Se deixar, as
ONGs querem transformar o Conama em um
órgão só de ONGs. E, se deixar, o setor privado
quer tirar todas de lá.
Valor: O sr. quer colocar o valor da multa da
Vale, pela tragédia de Brumadinho, em sete
parques de Minas? Pode esclarecer?
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Salles: O que estamos negociando com a Vale
através da AGU e do Ibama, com contribuições
do governo do Estado e do Ministério Público,
está em uma figura jurídica chamada "acordo
substitutivo".
Valor: Que significa o quê?
Salles: Há duas premissas importantes. A
primeira é a integralidade da punição, sem
nenhum desconto. A segunda é a destinação do
recurso. Eu não posso usar o recurso do acordo
substitutivo para fazer algo que a Vale já teria
que fazer em razão das indenizações. Não posso
colocar em Brumadinho porque a lei impede. A
recuperação do ambiente, do rio Paraopeba, da
vegetação, a Vale vai fazer e não tem nada a ver
com a multa do Ibama.
Valor: Qual o plano?
Salles: A Vale vai investir, de acordo com a
orientação do ministério, R$ 250 milhões na
estruturação de sete parques de Minas para
deixá-los prontos à visitação e serem
concessionados. Os recursos que não forem
usados nos parques, usaremos em outra coisa.
Podemos ajudar no turismo no entorno de
Inhotim, que é um polo que não tem nada a ver
com a mineração.
Valor: A crítica ao sr. é que age mais como
ministro da Agricultura do que do Meio Ambiente.
Salles: Sou ministro do Meio Ambiente. Os outros
fizeram muito menos pelo Meio Ambiente do que
estou fazendo. Recebi o ICMBio destruído, com
frota sucateada, prédios abandonados, falta de
quadros. O Ibama, a mesma coisa. Não estava
tudo perfeito e eu destruí em três meses. Estou
consertando o que eles fizeram.
Valor: Seus antecessores lutavam por mais
recursos e mais força para os órgãos ambientais.
Salles: Mais recurso desperdiçado não adianta
nada. Faço mais do que fizeram com até menos.
Valor: O Código Florestal está ameaçado. No
Congresso há grande pressão para desmatar.
Salles: O Congresso é o Congresso. Eu respondo
pelo Executivo. Aqui a nossa função é fazer
cumprir a utilização dos mecanismos previstos no
Código.
Valor: Há urgências: um projeto de dois
senadores quer acabar com a Reserva Legal. Um
deles é Flavio Bolsonaro, filho do presidente.
Salles: Isso ainda é uma discussão que vai dar
muito caminho. E, se por acaso avançar, aí sim o
Executivo vai se posicionar.
Valor: E a Amazônia?
Salles: Teremos que ter uma postura sincera do
que está acontecendo lá e que não seja a falsa
dicotomia de "todos do lado de cá querem
destruir" e "todos do lado de lá só querem o
bem". O aumento do desmatamento vem
acontecendo nos últimos cinco anos, e mais
ativamente nos últimos dois anos. Não
encontramos o ponto de equilíbrio. É verdade
que a floresta vale mais em pé do que deitada,
mas desde que com mecanismos para gerar
riqueza.
Valor: Como conseguirá deixar a fiscalização
eficiente com corte de 25% no orçamento do
Ibama?
Salles: Tivemos que cortar por ordem do
Ministério da Economia. O próprio Ibama
escolheu as áreas com menor execução
orçamentária no ano anterior. A minha
determinação é que as decisões sejam nas
verbas de custeio, de locação, limpeza, vigilância
predial.
Valor: Porque mandou tirar do site do MMA os
mapas com as áreas prioritárias para a
conservação?
Salles: Não mandei tirar. A secretaria executiva
recebeu informação do corpo técnico de que
havia muito erro. Estão arrumando e vão subir
para o site de novo.
Valor: O sr. é acusado de protagonizar o
desmonte ambiental brasileiro. O que acha disso?
Salles: Em todas as unidades de conservação que
fui, os carros estão destruídos, os barcos,
rasgados. Por que me acusam? São eles que
destruíram. Não há desmonte.
Valor: O sr. é monarquista?
Salles: Sou. Acho os países monarquistas muito
mais estáveis. Mas, se daria certo aqui, não sei.
https://www.valor.com.br/brasil/6244719/salles-
refuta-ataques-e-nega-desmonte-no-meio-
ambiente
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Data: 08/05/2019
47
Grupo de Comunicação e Marketing
Disputa por prefeitura antecipa movimentos
de Doria e Bolsonaro
Por Cristiane Agostine e Malu Delgado | De São
Paulo
As eleições municipais de 2020 serão o teste de
fogo da direita que ascendeu com a vitória do
presidente Jair Bolsonaro. Como a disputa na
capital paulista será termômetro da força
nacional das legendas, tanto o presidente quanto
o governador de São Paulo, João Doria (PSDB),
já anteciparam movimentos pensando no cenário
do próximo ano. Partidos que se colocam como
independentes em relação ao governo federal e
os oposicionistas apostam no desgaste e
instabilidade da gestão federal para consolidar
um nome do polo da centro-esquerda na capital.
Bolsonaro agiu para ter amplo controle sobre o
PSL em São Paulo e indicou o filho Eduardo
Bolsonaro, deputado federal, para comandar a
legenda no lugar do líder do partido no Senado,
Major Olímpio. O PSL recebeu 6,6 milhões de
votos no Estado considerando as eleições
proporcionais (deputado estadual e federal), mas
seus dirigentes avaliam que o partido só se
consolidará se conquistar a prefeitura de grandes
cidades, em especial da capital, para dar base à
eventual reeleição de Bolsonaro.
"O partido tem que se estruturar. Se não tomar
corpo e uma cara não virá bem nas próximas
eleições", afirmou Gil Diniz, líder do PSL na
Assembleia e integrante da executiva estadual,
escalado para ajudar Eduardo a fortalecer a sigla
na capital e no Estado.
Doria declarou que vai apoiar a reeleição do
prefeito Bruno Covas (PSDB) e flerta com a
possibilidade de uma fusão dos tucanos com o
DEM, mas nos bastidores vê com simpatia outras
candidaturas do campo da direita. A
administração de Covas não é bem avaliada e
novos nomes, como o da deputada federal Joice
Hasselmann (PSL), líder do governo no
Congresso, contam com a simpatia do
governador. Joice foi eleita com 1 milhão de
votos. Ela e Doria são amigos, e dirigentes dos
dois partidos admitem, reservadamente, que
Joice poderia ser um nome futuro para a vice-
presidência numa chapa com Doria em 2022,
caso o governo Bolsonaro naufrague.
"O apoio do Doria ao Bruno Covas não significa
absolutamente nada. O governador trabalha para
ter o PSL na sua base. É só o que falta a ele",
analisa, reservadamente, um dos envolvido no
xadrez da sucessão na capital. Segundo uma
outra fonte, o governador deve joga com três ou
quatro candidaturas no tabuleiro.
"Joice afirma que não é pré-candidata, mas não
descarta disputar "se assim o povo quiser". "Não
podemos deixar a prefeitura nas mãos de
esquerdistas como o Fernando Haddad ou Marcio
França", justifica. A líder do governo no
Congresso dá pistas sobre uma eventual
candidatura: "Não tinha a intenção de ser
deputada, mas fui pressionada e empurrada pelo
povo." A deputada defende que o PSL anuncie
até o fim do ano seu candidato.
Além de Joice, o PSL mantém no radar o nome
de Janaina Paschoal, a deputada estadual mais
bem votada da história, com mais de dois
milhões de votos. Janaina resiste. Apesar de
dizer que "ganharia a disputa" se fosse candidata
e afirmar que foi incentivada por Eduardo, afirma
que continuará na Assembleia paulista.
Parlamentares do PSL têm restrições a Joice por
desconfiar de sua relação com Doria, e pelos
inúmeros conflitos que ela já travou com
dirigentes como Major Olímpio e Eduardo. Se o
PSL entender que [Joice Hasselmann] é o melhor
nome, não vamos trabalhar contra, mas ela tem
de representar o partido e não ser uma linha
auxiliar do PSDB", avisa Diniz.
Ao se colocar fora da disputa, Janaina faz elogios
a dois nomes: o ex-vereador Andrea Matarazzo
(PSD) e o deputado estadual Arthur do Val
(DEM), youtuber conhecido como Mamãe Falei.
Na semana passada, Olímpio reuniu-se com o
apresentador José Luiz Datena (DEM) para
discutir uma possível migração partidária e
eventual candidatura do apresentador, que já foi
filiado inclusive ao PT. Depois de já ter desistido
de concorrer à prefeitura em 2016 e ao Senado
em 2018, Datena evitou se pronunciar sobre
qualquer movimento agora. Desta vez, porém,
fez uma promessa: caso se apresente como pré-
candidato, irá "até o fim".
As candidaturas de centro podem embolar o
cenário. O ex-governador Márcio França (PSB)
admite ao Valor que é candidato e articula uma
dobradinha com o presidente da Fiesp, Paulo
Skaf. França, porém, não descarta a
possibilidade de o ex-presidente do Supremo
Joaquim Barbosa despontar como um nome do
PSB para a disputa de 2020, ou em São Paulo, ou
no Rio de Janeiro.
Data: 08/05/2019
48
Grupo de Comunicação e Marketing
O ex-governador vê sua candidatura como
natural pelo fato de ter recebido, na capital,
quase 60% dos votos na disputa ao governo, no
segundo turno, com Doria. Já Bolsonaro teve na
capital 60,3% dos votos, chegando a superar
70% em alguns redutos eleitorais, como na Vila
Prudente, zona oeste. Este resultado, observa
França, mostra que o eleitor paulistano não
decide por critérios ideológicos o voto. "Não é
ainda um quadro definitivo, porque todos os
jogadores não estão no tabuleiro ainda e todo
mundo está na expectativa: o bloco Bolsonaro
vai estar sobrevivente na época certa?", diz o ex-
governador.
O PSL, segundo França, não é um partido e sua
sobrevivência depende exclusivamente de
Bolsonaro. "Todo mundo deste grupo deve a sua
eleição ao Bolsonaro. Neste ponto os filhos dele
estão certíssimos." Por conta da restrição às
coligações proporcionais, observa, todos os
grandes e médios partidos vão lançar nomes em
grandes cidades e capitais para assegurar a sua
sobrevivência.
Após ter um bom desempenho eleitoral no
segundo turno, ameaçando a vitória de Doria,
França descarta aproximações com PT e PSDB.
"No meu horizonte está fora, mas em política
nada está fora 100%, nem com PT, nem com o
PSDB, até porque tem segundo turno."
Um possível candidato que joga ainda calado é o
deputado federal Celso Russomanno (PRB).
"Russomanno sempre embaralha o jogo",
reconhece Márcio França.
Já o ex-ministro e ex-prefeito Gilberto Kassab,
presidente nacional do PSD, apostou as fichas no
ex-vereador Andrea Matarazzo. Segundo Kassab,
Matarazzo é um dos nomes mais bem preparados
para a disputa e a lógica de esquerda versus
direita não é o que prevalecerá em 2020. "O PSD
baixou uma resolução obrigando o partido, nas
capitais e em cidades com mais de 100 mil
habitantes, a ter um candidato. A candidatura do
Andrea está encaminhada", explica o ex-prefeito.
O ex-vereador é categórico: "A Prefeitura de São
Paulo é o único sonho eleitoral que tenho", diz
Matarazzo. Esta eleição vai exigir muito preparo
de todos os candidatos, porque é possível que
todos os partidos lancem nomes no primeiro
turno", prevê.
Hoje presidente do Fundo Social do governo
Doria, Felipe Sabará é a aposta do Novo para a
capital paulista. Sua passagem pela prefeitura,
como secretário de Assistência Social, foi
marcada por críticas, inclusive por seus
sucessores na pasta, na gestão Bruno Covas.
https://www.valor.com.br/politica/6244685/disp
uta-por-prefeitura-antecipa-movimentos-de-
doria-e-bolsonaro
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Data: 08/05/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
Proposta para saneamento passa em
comissão
Por Rafael Bitencourt | De Brasília
O novo marco legal do saneamento básico, criado
pela Medida Provisória 868/18, avançou ontem
com a aprovação do relatório do senador Tasso
Jereissati (PSDB-CE). Novos ajustes foram
incorporados, incluindo a definição de prazos
escalonados, entre 2020 e 2023, para municípios
substituírem lixões por aterros.
No relatório, Jereissati havia retirado o prazo
legal para pôr fim aos lixões. O senador foi alvo
de críticas por ceder ao apelo de prefeitos. O
setor se queixa que a lei da política de resíduos
sólidos já tinha sido descumprida, quando definiu
2014 como o último ano de adotar o modelo
sustentável.
Agora, o cronograma foi definido de acordo com
a classificação dos municípios no Censo
2010/IBGE. O prazo mais próximo para acabar
com os lixões, agosto de 2020, valerá para as
capitais de Estados e municípios integrantes de
regiões metropolitanas.
O prazo-limite para os municípios com população
superior a 100 mil habitantes é agosto de 2021.
Os municípios com população entre 50 mil e 100
mil habitantes terão até agosto de 2022. Por fim,
os aterros sanitários deverão ser implantados nos
municípios com população inferior a 50 mil
habitantes até agosto de 2023. O texto coloca
que a União e os Estados deverão manter ações
de apoio técnico e financeiro para ajudar a
cumprir a meta.
Outra novidade do relatório tratou da concessão
de descontos à população de baixa renda, a ser
subsidiada pela tarifa de regiões mais rentáveis.
Essa tarifa reduzida será oferecida apenas às
pessoas em situação de pobreza comprovada
com a inscrição em programas como o Bolsa
Família, questão que precisará ser
regulamentada por decreto. Antes, os descontos
seriam oferecidos a todos os moradores dos
bairros carentes.
Jereissati ainda mudou o nome da agência
reguladora, a ANA, Agência Nacional de Águas e
Saneamento Básico, mantida a sigla atual. Na
sessão, o debate foi interrompido por protestos
de trabalhadores da Sabesp, contrários à
privatização da companhia de SP.
https://www.valor.com.br/politica/6244707/prop
osta-para-saneamento-passa-em-comissao
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Data: 08/05/2019
50
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Lucro da Petrobras cai 42% no 1º trimestre
Por Rodrigo Polito, Rafael Rosas, Marcelle
Gutierrez e Rodrigo Rocha
Em seu primeiro balanço com a nova norma
contábil IFRS 16, a Petrobras confirmou a
expectativa do mercado e registrou queda de
42% no lucro líquido do primeiro trimestre de
2019, em relação a igual período de 2018,
totalizando R$ 4,031 bilhões. De acordo com a
companhia, a redução refletiu a queda de 5% na
produção de petróleo e gás natural no período e
menores volumes de vendas. Também pesaram
no resultado a retração dos preços do petróleo e
as menores margens de comercialização de
derivados no período.
No primeiro trimestre, a receita líquida da
petroleira alcançou R$ 80 bilhões, com alta de
7% em relação a igual período de 2018. Na
mesma comparação, o Ebitda (sigla em inglês
para lucro antes de juros, impostos, depreciação
e amortização) também cresceu 7%, para R$
27,487 bilhões.
Excluindo o efeito da mudança contábil e de
outros itens especiais, a petroleira alcançou lucro
de R$ 5,142 bilhões, com queda de 5%, em
relação ao apurado no primeiro trimestre de
2018, considerando a mesma fórmula.
A norma IFRS 16 eliminou a classificação entre
arrendamentos mercantis financeiros e
operacionais, passando a existir um único
modelo. Assim, a Petrobras deixa de reconhecer
custos e despesas operacionais oriundas de
contratos de arrendamento e passa a reconhecer,
em sua demonstração de resultado, os efeitos da
depreciação dos direitos de uso dos ativos
arrendados e a despesa financeira e a variação
cambial apurados com base nos passivos
financeiros dos contratos de arrendamento
mercantil.
Como as operações de exploração e produção
(E&P) da empresa são predominantemente em
águas profundas e ultra profundas, a Petrobras
possui grande número de plataformas e
embarcações arrendadas, o que afeta fortemente
a dívida da companhia.
Nesse cenário, a dívida líquida da Petrobras
alcançou R$ 372,2 bilhões no primeiro trimestre,
com crescimento de R$ 103,4 bilhões (38%),
ante os R$ 268,8 bilhões reportados no trimestre
exatamente anterior. De acordo com a petroleira,
desconsiderando a mudança contábil, o
endividamento líquido no primeiro trimestre seria
de R$ 266,3 bilhões.
O crescimento da dívida influenciou o nível de
endividamento, que passou de 2,34 vezes a
dívida líquida/Ebitda, no fim do ano passado,
para 3,19 vezes ao fim de março deste ano.
Segundo a empresa, retirando os efeitos da IFRS
16, essa relação seria de 2,37 vezes.
Com relação a itens não-recorrentes, conforme
havia anunciado anteriormente, a Petrobras
registrou uma provisão para perdas e
contingências com processos judiciais de R$
1,374 bilhão referente ao litígio envolvendo a
empresa de sondas Sete Brasil.
Na parte operacional, a área de exploração e
produção da Petrobras registrou queda de 12%
do lucro líquido no primeiro trimestre, ante igual
período do ano anterior, para R$ 10,138 bilhões.
A queda foi influenciada pela diminuição de 6%
na produção de petróleo, na mesma comparação,
para 1,971 milhão de barris diários.
Considerando a produção de óleo e gás natural, a
média do primeiro trimestre deste ano foi de
2,46 milhões de barris de óleo equivalente por
dia (BOE/dia), recuo de 5% ante os primeiros
três meses de 2018.
De acordo com a empresa, a queda na produção
foi motivada principalmente pela concentração de
paradas para manutenção e atraso na entrada
em operação de algumas plataformas.
O preço do petróleo também não ajudou. Nos
primeiros três meses do ano, o preço médio de
venda de petróleo da companhia, de US$ 59,05
por barril, foi 5% menor que o apurado em igual
período do ano passado.
O segmento de refino também registrou forte
queda (38%) do lucro no primeiro trimestre, em
relação a igual período de 2018, totalizando R$
1,905 bilhão. Apesar do crescimento de 4% da
produção de derivados na mesma comparação,
para 1,74 milhão de barris por dia, o resultado
foi enfraquecido pelas menores margens de
vendas.
O fator de utilização do parque de refino cresceu
de 72%, no primeiro trimestre de 2018, para
75% de janeiro a março deste ano.
https://www.valor.com.br/empresas/6244657/lu
cro-da-petrobras-cai-42-no-1-trimestre
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Data: 08/05/2019
51
Grupo de Comunicação e Marketing
Clima favorável reduz preços de hortifrútis
em SP
Por Marina Salles | De São Paulo
O Índice Ceagesp, que mede o comportamento
dos preços de 150 produtos hortifrutigranjeiros e
serve de termômetro para as oscilações no
atacado de São Paulo, encerrou abril com
retração de 1,28%. Mesmo assim, fechou o
primeiro quadrimestre do ano com variação
positiva de 8,7% e acumulou valorização de 11%
nos últimos 12 meses. Essas altas foram
determinadas sobretudo pelos reflexos do calor e
do excesso de chuvas na oferta de frutas,
verduras e legumes no primeiro trimestre.
"Esta queda em abril, mesmo tímida, sinaliza a
tendência para os próximos meses. As
temperaturas mais amenas e a menor incidência
de chuvas são benéficas para a produção,
enquanto o consumo tradicionalmente cai", disse
Flavio Godas, economista da Ceagesp, ao Valor.
Em abril, os preços das verduras recuaram
13,28%. As principais baixas foram das alfaces
crespa (35,4%), lisa (28,6%) e americana
(27,6%) e da escarola (25,6%). "Como são
culturas de desenvolvimento rápido, de 30 a 40
dias, as verduras já responderam ao cenário de
clima mais favorável", explicou Godas. A
produção direcionada à Ceagesp chega do
próprio "cinturão verde" de São Paulo e de
propriedades situadas no município.
O grupo formado pelos legumes registrou queda
menos expressiva, de 3,64%. Deram alívio maior
ao bolso do consumidor a ervilha torta (queda de
47,5%), o pepino caipira (31%), o chuchu (quase
30%) e a abobrinha italiana (19%). Já o
pimentão vermelho ficou 42,8% mais caro e o
tomate subiu 20%. De acordo com Godas, o
consumidor ainda deve encontrar o tomate verde
mais barato que o maduro na Ceagesp em
virtude do clima, que atrabalhou a maturação
dos frutos.
As frutas recuaram, em média, 0,26%. Mas
houve retrações significativas, como as do
maracujá doce (39%), da laranja lima (30%), do
mamão formosa (25%) e do papaya (21%). As
principais altas foram as da melancia (32%), da
jaca (25,7%), da banana prata (20%), do
morango (14%) e do melão amarelo (13%).
O volume comercializado no entreposto de São
Paulo totalizou cerca de 1 milhão de toneladas no
primeiro quadrimestre de 2019, queda de 4%
ante o mesmo período do ano passado. Segundo
Godas, o clima desfavorável, associado a
interdições da Marginal Pinheiros e à conjuntura
econômica explicam o resultado.
https://www.valor.com.br/agro/6244545/clima-
favoravel-reduz-precos-de-hortifrutis-em-sp
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