projeto ong vidanova

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE COMUNICAÇÃO SOCIAL BIANCA BURMANN MELLO GUILHERME LIMA JOANA BENITES PRISCILA RIZZON NATÁLIA GABINESKI TABORDA VITORIA ANDRADE GUIMARÃES A CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE DA ONG VIDANOVA Porto Alegre 2012

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Este projeto tem por objetivo discorrer sobre as Relações Públicas e a comunicação no contexto das organizações comunitárias, através de um estudo realizado com o propósito de avaliar o modelo administrativo e de comunicação da ONG Vidanova.

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Page 1: PROJETO ONG VIDANOVA

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

BIANCA BURMANN MELLO

GUILHERME LIMA

JOANA BENITES

PRISCILA RIZZON

NATÁLIA GABINESKI TABORDA

VITORIA ANDRADE GUIMARÃES

A CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE DA ONG VIDANOVA

Porto Alegre

2012

Page 2: PROJETO ONG VIDANOVA

1

BIANCA BURMANN MELLO

GUILHERME LIMA

JOANA BENITES

PRISCILA RIZZON

NATÁLIA GABINESKI TABORDA

VITORIA ANDRADE GUIMARÃES

A CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE DA ONG VIDANOVA

Projeto apresentado como requisito de avaliação da disciplina de Projeto Experimental Comunitário do departamento de Relações Públicas da Faculdade de Comunicação Social da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.

Porto Alegre

2012

Page 3: PROJETO ONG VIDANOVA

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RESUMO

Este projeto tem por objetivo discorrer sobre as Relações Públicas e a

comunicação no contexto das organizações comunitárias, através de um

estudo realizado com o propósito de avaliar o modelo administrativo e de

comunicação da ONG Vidanova, que atua em benefício dos animais

abandonados na Zona Sul de Porto Alegre. O trabalho apresenta as ações

desempenhadas pela organização, bem como seus processos de troca de

informação com públicos envolvidos por sua atuação. No intuito de colaborar

com a instituição, o grupo busca sintetizar a situação atual, o macro e o micro

ambiente para se traçar um diagnóstico e prognóstico para parceiros e

apoiadores que auxiliem na campanha que incentivou a doações diversas.

Palavras-chave: Relações Públicas. Comunicação Comunitária. ONG.

Voluntariado.

Page 4: PROJETO ONG VIDANOVA

3

ABSTRACT

This project aims to discuss Public Relations and communication in the context

of community organizations, through a study conducted for the purpose of

evaluating the business model and communication Vidanova NGO that works

on behalf of abandoned animals in the south of Port Alegre. The paper presents

the actions performed by the organization, its processes and information

exchange with audiences for his role involved. In order to collaborate with the

institution, the group seeks to summarize the current situation, the macro and

micro environment to draw a diagnosis and prognosis for partners and

supporters to assist in the campaign that encouraged several donations.

Keywords: Public Relations. Community Communication. NGOs. Volunteering.

Page 5: PROJETO ONG VIDANOVA

4

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ................................................................................................... 6

1. APRESENTAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO ....................................................... 7

1.1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO ..................................................................... 8

1.2. ORGANOGRAMA ....................................................................................... 9

1.3. HISTÓRICO ................................................................................................ 9

2. PRINCÍPIOS NORTEADORES .................................................................... 10

2.1 MISSÃO ..................................................................................................... 11

2.2. VALORES DA MISSÃO ............................................................................. 11

2.3. VISÃO ....................................................................................................... 11

3. ANÁLISE DE AMBIENTES .......................................................................... 12

3.1. ANÁLISE DO MACROAMBIENTE ............................................................ 12

3.2. ANÁLISE DO SETOR ............................................................................... 18

3.3. ANÁLISE DO MICROAMBIENTE ............................................................. 19

4. ANÁLISE DE PÚBLICOS ............................................................................ 20

4.1. SITUAÇÃO DE RELACIONAMENTO ........................................................ 23

5. DIAGNÓSTICO ............................................................................................ 25

5.1. CONCLUSÕES SOBRE ANÁLISE DOS AMBIENTES ............................. 26

6.2. RELATO DOS PONTOS FORTES E FRACOS ANALISANDO A

COMUNICAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO COM OS DIVERSOS PÚBLICOS ....... 27

6. PROGNÓSTICO .......................................................................................... 27

7. POLÍTICAS DE AÇÕES ............................................................................... 28

7.1. PONTOS FORTES/ POSITIVOS............................................................... 28

7.2. PONTOS FRACOS/ NEGATIVOS............................................................. 29

Page 6: PROJETO ONG VIDANOVA

5

8. A COMUNICAÇÃO COMUNITÁRIA NO CONTEXTO DAS

ORGANIZAÇÕES ........................................................................................... 31

8.1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA SOBRE A IMPORTÂNCIA DA

COMUNICAÇÃO COMUNITÁRIA NO CONTEXTO DAS ORGANIZAÇÕES ... 31

8.2. APLICAÇÃO AO CONTEXTO DA ORGANIZAÇÃO ESTUDADA ............. 32

9. PROGRAMA ................................................................................................ 34

9.1. NOME ........................................................................................................ 34

9.2. JUSTIFICATIVA ........................................................................................ 34

9.3. OBJETIVO ................................................................................................. 35

9.4. PÚBLICO ................................................................................................... 35

9.5. PERÍODO DE REALIZAÇÃO .................................................................... 35

9.6. ESTRATÉGIAS (AÇÃO) ............................................................................ 35

9.7. COMUNICAÇÃO - INSTRUMENTOS ....................................................... 37

CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................ 39

REFERÊNCIAS ................................................................................................ 41

APÊNDICES .................................................................................................... 43

ANEXOS .......................................................................................................... 45

Page 7: PROJETO ONG VIDANOVA

6

INTRODUÇÃO

O presente projeto é resultado da proposta de trabalho da disciplina

Projeto Experimental Comunitário, do curso de Relações Públicas da

Faculdade de Comunicação Social da Pontifícia Universidade Católica do Rio

Grande do Sul, ministrado pelas professoras Glafira Furtado e Maria Inês

Möllmann, tendo como foco o relacionamento institucional que ocorre entre as

organizações e seus públicos nos âmbitos humano, digital e internacional,

visando a formar profissionais diferenciados e preparados para os desafios do

cenário contemporâneo.

Este trabalho é um dos desdobramentos acadêmicos, com um viés

prático, do olhar específico dos seus alunos para os relacionamentos entre

pessoas humanas que se agrupam para fazer frente a dificuldades que

individualmente, não se encaminhariam para uma discussão pública. Trata-se

de uma leitura particular sobre segmentos da sociedade civil que se

organizaram para dar conta de demandas não atendidas pelo poder público e

às quais o cidadão tem direito.

As Organizações Não Governamentais – ONGs, geralmente realizam

trabalho social voltado às necessidades de uma determinada comunidade,

buscando contribuir para o bem estar de seus indivíduos. Muitas destas

organizações são mantidas com poucos recursos financeiros, e dependem de

voluntários, parceiros e doações da sociedade em geral. Para isso a

comunicação se faz de extrema importância para que estas consigam ganhar

maior visibilidade perante a sociedade e assim estejam preparadas, com um

planejamento estratégico eficiente, para buscarem novos recursos, e ganhar a

possibilidade de aumentar o trabalho social que vêm realizando.

O objetivo deste trabalho é auxiliar a ONG Vidanova na busca por

patrocínio, apoiadores e criar uma maior visibilidade para esta. Através da

construção de um planejamento avaliando o atual cenário, buscaram-se

propostas para o desenvolvimento da comunicação da organização para que

alcance uma maior ajuda, em especial financeira da sociedade, através de

ações desenvolvidas pelo grupo.

Page 8: PROJETO ONG VIDANOVA

7

1. APRESENTAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO

1.1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Nome Fantasia: Vidanova

Razão social: Organização Não

Governamental Vidanova

CNPJ: 06.316.816 / 0001-05

Localização: Rua Jardim Boa Vista, 50, Belém

Novo - Porto Alegre

Fone: (51) 9969-3441

E-mail: [email protected]

Descrição das instalações:

A sede da ONG Vidanova fica em uma região mais

afastada do Centro de Porto Alegre. Ela localiza-se no Bairro

Belém Novo e possui uma extensão de 1.600 m². Destes, 40 m²

são destinados a área interna que compreende uma casa de

material dividida em sala, cozinha, um dormitório, um banheiro,

uma garagem e um bloco cirúrgico. O terreno na área externa

apresenta um canil na extensão 15m² x 20m² onde abriga

atualmente 15 cães e dois canis que estão sendo construídos

com aproximadamente 300m², um deles será utilizado para a

maternidade e outro uma sede para animais recém operados.

(APÊNDICE A).

Presidência e Diretoria:

Possui como voluntários responsáveis legais por

desenvolver projetos e serviços para ONG a Drª. Berenice Klein

(Diretoria – Presidente e Diretora- Jurídica), Eduardo Tabaré

(Diretor – Administrativo), Beatriz Langlois (Diretora de Eventos e

Meio Ambiente), Drª. Rita Bernardes (Técnica – Responsável), Dr.

José Ricardo Canceco (Responsável por manter e organizar o

Page 9: PROJETO ONG VIDANOVA

8

espaço da ONG) e Monique Becker (Assistente). Além dos

membros da ONG Vidanova, há os voluntários que auxiliam nas

atividades rotineiras e nas realizações das Feiras para doações

de animais.

Ramo da atividade: proteção aos animais.

Negócio da Organização: atuar de forma eficaz em prol de

animais para dar-lhes um mundo melhor e conscientizar a população a

respeito dos cuidados que cães e gatos da capital gaúcha necessitam.

Produtos e serviços: A ONG Vidanova atua com o

assessoramento para os animais no sentido de cuidar das suas

enfermidades, bem como fazer castrações, desvermifugação, vacinação

e conceder um espaço nas feiras para que possam ser doados e

encontrem um lar que continue zelando pela sua saúde e bem-estar.

1.2. ORGANOGRAMA

A ONG Vidanova possui um organograma bem específico e

simples, mesmo havendo uma direção, todos os membros têm liberdade

para opinar e sugerir modificações, tornando a distribuição de poder

horizontal.

Considerando a importância de uma estrutura hierárquica que

possibilite uma divisão de tarefas linear, ou seja, sem que nenhum

membro seja sobrecarregado com as atividades necessárias para a

realização das ações o organograma apresenta como principais

membros:

Page 10: PROJETO ONG VIDANOVA

9

Organograma

Fonte: Organograma elaborado pelos autores a partir de documento encaminhado pela

diretoria.

1.3. HISTÓRICO

A ONG Vidanova é uma entidade sem fins lucrativos, estabelecida no

bairro Belém Novo da cidade de Porto Alegre, RS. Criada formalmente no ano

de 2004, por um grupo de pessoas que identificaram a carência de políticas

públicas voltadas aos animais de rua. O objetivo maior da ONG é a castração

desses animais, pois ela contribui para um controle da natalidade e proliferação

destes na tentativa de evitar o aumento do número de animais abandonados. A

castração também traz o beneficio de uma melhor qualidade de vida,

proporcionando muitas vezes uma maior longevidade ao animal.

Além da castração, a Vidanova promove feiras de adoção,

principalmente de cães, com intuito de auxiliar os protetores independentes no

encaminhamento dos animais que estão sob sua guarda, para uma família

responsável que os adote. Para isto, os candidatos a adotantes necessitam

Drª. Berenice Klein

Diretora-Presidente e Diretora- Jurídica

Drª. Rita Bernardes

Técnica – Responsável

Dr.Ricardo Canceco

Organização

Monique Becker

Assistente

Eduardo Tabaré

Diretor – Administrativo

Beatriz Langlois

Diretora-Eventos e Meio Ambiente

Page 11: PROJETO ONG VIDANOVA

10

preencher uma ficha de adoção (ANEXO A) com seus principais dados para

que a ONG consiga contatá-los e, quem sabe, manter relacionamentos.

A feira acontece na Praça Souza Gomes, na Avenida Wenseslau

Escobar. A ONG busca fazer um trabalho de conscientização, junto à

sociedade, ressaltando a importância que tem em cuidar dos cães, não só

socialmente, mas de forma a contribuir com a saúde pública, pois são

aproximadamente 200 enfermidades que o cão pode transmitir ao homem.

Através das atividades realizadas, a ONG ganhou visibilidade na

comunidade local e, durante os primeiros anos, conquistou alguns adeptos,

pessoas sentiram-se tocadas pelo trabalho realizado. Hoje infelizmente sofre

com a carência de recursos financeiros que na sua maioria provem de doações

voluntárias, a Srª. Medina é uma das que ajudam mensalmente. Recentemente

a Vida Nova ganhou em comodato de uma generosa senhora, uma área no

Belém Novo. O local tem aproximadamente 1600 m2, conta com uma pequena

casa onde mora Monique Becker, que toma conta voluntariamente de alguns

animais que foram abandonados e ainda não foram adotados, uma garagem,

um bloco cirúrgico e um canil que está sendo ampliado.

A Vidanova é credenciada pelo Conselho Regional de Medicina

Veterinária, que autoriza a dar responsabilidade técnica, para operar e

encaminhar cães de rua. A ONG que nasceu do amor e preocupação de seus

membros fundadores surgiu na tentativa de solucionar um problema de saúde

pública e amenizar o sofrimento de animais abandonados e que cada vez toma

dimensões maiores.

2. PRINCÍPIOS NORTEADORES

São fundamentais para o processo decisório e comportamento da

empresa. Trata-se da razão de ser, os itens de missão, visão e valores

posicionam a organização na sociedade.

A ONG Vidanova não possuí princípios organizacionais norteadores, de

acordo com as necessidades da organização o grupo sugere:

Page 12: PROJETO ONG VIDANOVA

11

2.1. MISSÃO

Conforme Chiavenato e Sapiro (2009, p.83) “A missão se refere ao papel

da organização dentro da sociedade em que está envolvida e indica a sua

razão de ser e de existir”.

2.2. VALORES

Segundo Chiavenato (2009, p.90) “os valores organizacionais

correspondem aos atributos e às virtudes prezados pela organização, como

prática de transparência, respeito à diversidade, cultura para a qualidade e

respeito ao meio ambiente”.

2.3. VISÃO

Conscientizar a população a respeito das necessidades e

cuidados que cães e gatos abandonados na capital gaúcha

necessitam, fornecendo informações sobre bem estar animal e

guarda responsável, além de incentivar a adoção desses animais e a

promoção da qualidade de vida destes, realizando a castração,

desvermifugação e vacinação.

Os valores da ONG Vidanova estão alicerçados na

responsabilidade, respeito, amor, dignidade, ética e tratamento

digno a cães e gatos. Creem em uma sociedade onde exista

respeito entre homens e animais, onde todos os seres vivos tenham

seus direitos respeitados.

Ser uma ONG de expressão municipal reconhecida pela

comunidade como uma instituição que se compromete com a

construção de um mundo melhor para cães e gatos abandonados,

que sirva como referência até 2016 para a conscientização da

população em relação aos cuidados que devem ser tomados com

esses animais.

Page 13: PROJETO ONG VIDANOVA

12

Para Chiavenato (2009, p.87) “Visão, literalmente, significa uma imagem.

Visão de negócios ou visão organizacional ou, ainda, visão de futuro é o sonho

acalentado pela organização. É a imagem com a qual ela se vê no futuro”.

3. ANÁLISE DE AMBIENTES

3.1. ANÁLISE DO MACROAMBIENTE

Fundamentação teórica sobre o que trata e análise sobre a comunicação

interna, a cultura, a estrutura da organização e estilo de liderança.

Segundo Chiavenato e Sapiro (2009, p. 84):

O macroambiente pode ser analisado considerando seus diferentes aspectos - que são os ambientes demográfico, econômico, sociocultural, político/legal, tecnológico e de recursos globais. Para cada aspecto do macroambiente, são escolhidos indicadores sensíveis que possam detectar as mudanças e tendências que devem chegar.

Macroambiente ou ambiente geral abrange segmentos que podem não

influenciar nas operações de uma organização, mas que há influência sobre ela

e inclui diversos setores. O ambiente de uma organização oferece

oportunidades e ameaças. As organizações bem sucedidas conhecem a

importância da observação e adaptações constantes, pois as mudanças podem

afetar de maneira radical o futuro das mesmas de maneira positiva ou negativa.

Para Pinho (2001, p. 27), o macroambiente é:

Constituído por fatores legais e políticos, demográficos, físicos,tecnológicos, econômicos, culturais e sociais com os quais a empresa deve interagir para obter uma vantagem competitiva e para enfrentar adequadamente eventuais ameaças provenientes de seus agentes.

Compreendendo a importância de tal análise, buscar-se realizar um

estudo que abranja à cidade e o estado no qual a organização está inserida,

procurando exemplificar sua cultura e especificidades.

Page 14: PROJETO ONG VIDANOVA

13

Variáveis Políticos-legais

Chiavenato e Sapiro (2009) apontam os fatores que mais afetam as

sociedades e empresas. Esses fatores são: política monetária, tributária, fiscal

e previdenciária; legislação tributária, comercial, trabalhista e criminalista;

política de relações internacionais; legislação sobre proteção ambiental;

políticas de regulamentação, desregulamentação e privatização; legislação

federal, estadual e municipal e estrutura de poder.

De acordo com Apasfa1, a declaração Universal dos Direitos dos

Animais incidem em dez tópicos (ANEXO B). Segundo Arca Brasil a Lei

Federal de Crimes Ambientais 9.605/98, em seu artigo 32, Cap. V condena

todo aquele que "Praticar ato de abuso e maus-tratos à animais domésticos ou

domesticados, silvestres, nativos ou exóticos", com pena de detenção de três

meses a um ano, e multa (a pena é aumentada de um sexto a um terço se

ocorre morte do animal).

Variáveis econômicas

As análises das tendências de variáveis econômicas afetam a demanda

e o oferta de produtos e serviços das organizações. De acordo com Chiavenato

e Sapiro (2009, p. 108):

Olhar para fora das fronteiras da organização é essencial para o sucesso de toda organização. Trata-se de desenvolver uma visão periférica capaz de descortinar horizontes e que permita visualizar o mundo dos negócios em toda sua dimensão e dinamismo.

A globalização influencia em tudo e em todos. Ela também é um dos

fatores preponderantes na indústria e no comércio. Esse mundo globalizado

pode tanto beneficiar (abrindo novos mercados) como prejudicar (fechar

mercados) as tendências de compras e de vendas dos mais variáveis produtos.

Trazendo esta realidade para a ONG VIDANOVA, percebemos que

alguns fatores das variáveis econômicas podem influenciar a ONG, como por

exemplo, a elevação no preço das rações, medicamentos, vermífugos, crises

1 Associação Protetoras de animais São Francisco de Assis.

Page 15: PROJETO ONG VIDANOVA

14

no macroambiente que influencie os fornecedores a não ajudar; aumento do

preço do transporte dos animais até veterinárias etc.

Portanto, alguma crise relacionado ao macroambiente que venha a

afetar diretamente ou indiretamente os colaboradores que auxiliam com a

doação destes produtos, pode interromper as doações.

Variáveis Demográficas

Segundo Chiavenato e Sapiro (2009), fatores como tamanho, densidade

e distribuição geográfica populacional; taxa de mobilidade da população e

processo migratório; taxa de crescimento e de envelhecimento da população;

taxa de casamentos, natalidade e mortalidade; estrutura etária, familiar e

residencial e nível de escolaridade, são fatores essenciais de conhecimento, já

que o mercado é constituído por pessoas.

De acordo com a FEE (Fundação de Economia e Estatística), o estado

do Rio Grande do Sul conta com uma população de aproximadamente

10.693.929 pessoas, sendo 5.205.057 homens e 5.488.872 mulheres (2010),

sua área total é de 281.748,5Km² e sua densidade demográfica é de 38

habitantes por Km².

A ONG VIDANOVA está situada no bairro Belém Novo, em Porto Alegre.

Cidade esta que possui uma população total de 1.409.351 habitantes (2010),

com uma área total de 496,8 km² (2010), densidade demográfica de 2.836,7

hab/km² (2010), taxa de analfabetismo de 2,28 % (2010). A expectativa de vida

ao nascer é de 71,59 anos (2000), coeficiente de mortalidade infantil de

10,53 por mil nascidos vivos (2010). PIB per capita (2009): R$ 26.312.

Exportações totais (2010): U$ FOB 1.434.159.666 e sua data de criação foi em

23/08/1808.

A Zona Sul de Porto Alegre deixou de ser estritamente comercial, se

tornando em um área de lazer, entretenimento e comércio. Com sua expansão,

tornou-se sede para grandes empreendimentos, como exemplo o Barra

Shopping Sul, trouxe uma demanda enorme de pessoal para a região. Esse

crescimento pode se tornar favorável para a ONG Vidanova pois, com novos

centros comerciais maiores oportunidades de apoios e patrocínios podem

Page 16: PROJETO ONG VIDANOVA

15

surgir, assim como o fluxo de pessoas nas feiras pode aumentar, e,

consequentemente, aumentar o número de adoções.

Variáveis Culturais

De acordo com Chiavenato e Sapiro (2009) a análise sociocultural diz

respeito às crenças básicas, valores, normas e costumes nas sociedades. Ela

é capaz de gerar indicadores, como: hábitos das pessoas em relação a atitudes

e suposições; crenças e aspirações pessoais; relacionamentos interpessoais e

estrutura social; mobilidade entre classes; origem urbana ou rural e os

determinantes de status; atitudes com as preocupações individuais versus

coletivas; situação socioeconômica de cada segmento da população,

composição da forma de trabalho; estrutura educacional; veículos de

comunicação em massa; preocupação com o meio ambiente; preocupação

com a saúde e preparo físico.

Chiavenato e Sapiro (2009) definem o ambiente sociocultural:

Hábitos das pessoas em relação a atitudes e suposições; crenças e aspirações pessoais; relacionamentos interpessoais e estrutura social; mobilidade entre classes; origem urbana ou rural e os detrimentos de status; atitudes com as preocupações individuais versus coletivas; situação socioeconômica de cada segmento da população; composição da força de trabalho; estrutura educacional; veículos de comunicação em massa; preocupação com o meio ambiente; preocupação com a saúde e preparo físico.

De acordo com a Associação São Francisco de Assis, para defesa

animal, há defensores e “defensores”. Os defensores são pessoas estudiosas,

idealistas, abnegadas, que sacrificam até interesses pessoais legítimos, em

prol da Causa. São movidos por um grande amor aos animais, por ter uma

grande consideração e admiração por eles, nutrem um sincero desejo de

promovê-los na sociedade. De consciência ecológica bem formada, estas

pessoas têm um passado de lutas e de realizações positivas e construtivas.

Mas, há os que não entendem nada de proteção dos animais, não respeitam e

nem praticam os princípios e valores que foram pregados pela Associação.

Desconhecem a humildade e pregam a prepotência, e, na ansia de se

posicionar sempre como pessoa muita esperta, enxerga nos assuntos

relacionados aos animais algo rendoso para conquistar seus interesses

pessoais.

Page 17: PROJETO ONG VIDANOVA

16

Quem realmente apoia uma causa, jamais se afasta dela, luta com

esforço e persistência para que ela cresça, evolua e seja cada vez mais

valorizada e respeitada. Cada um deve saber usar o seu discernimento, para

bem identificar e distinguir uns e outros, os que sabem assumir suas ações, e

os que acham mais cômodo “sumir”, quando a situação fica complicada para

seu lado, devido seu comportamento irresponsável e descomprometido com o

bem estar dos animais. É preciso que os bem intencionados, menos avisados,

não se deixem levar pelos falsos protetores que tentam se infiltrar na Causa

dos Animais, são verdadeiros malfeitores.

Neste sentido, a ONG VIDANOVA, que nasce do amor e preocupação

de seus membros fundadores, tendo como objetivos a proteção aos animais,

castração e adoção. Finalidades estas adquiridas a partir da constatação da

falta de políticas públicas e do convívio diário com o abandono e os maus

tratos de cães e gatos da Zona Sul de Porto Alegre/RS, nasce na tentativa de

sanar um problema e preservar a imagem de pequenos animais, ainda

indefesos.

Variáveis Tecnológicas

Segundo Stoner (1999) em qualquer sociedade ou indústria, a

tecnologia exerce um papel significativo na determinação dos produtos, dos

serviços, dos equipamentos e de como diversas operações serão

administradas dentro das empresas.

Nesse sentido, acredita-se que a tecnologia é um dos fatores que cada

vez mais determina a competitividade nas organizações e que o desempenho

das empresas para se destacar perante as concorrentes estará cada vez mais

dependente de inovações tecnológicas.

Argenti (2006, p. 8) defende:

A tecnologia fortaleceu os canais de comunicação em todo mundo, apagando as fronteiras nacionais para produzir o que o filosofo canadense Marshall McLuhan previu décadas atrás: a criação de um mundo tão interligado por conhecimento compartilhado que passará a ser uma “Aldeia Global”. Esta tendência teve um impacto monumental para as empresas, particularmente na década de 1990.

Consequentemente, a tecnologia é uma variável que influencia o

comportamento das organizações e acabam influenciando o seu ambiente

Page 18: PROJETO ONG VIDANOVA

17

interno e todo o seu segmento. O ambiente onde estão inseridas também

sofrem alterações de acordo com o grau de influencia que uma organização

tem a partir das inovações. O ramo de atividade que elas produzem podem

variar de acordo com as tecnologias aplicadas.

Atualmente são as redes sociais que evidenciam as tecnologias. Utilizá-

las dentro do âmbito das Organizações Não-Governamentais (ONGs), é

totalmente válido e interessante. Pode-se utilizar blogs que relatem temas

voltados aos cuidados com cães e gatos, bem como a importância de que a

sociedade cuide bem de seus animais domésticos e as vantagens de adotar

um animal em sites, comunidades em sites de relacionamento, fóruns de

discussão que envolvam os assuntos de especialidade das organizações

envolvidas. Além de eficientes as ações digitais podem ser um meio muito mais

barato de divulgar a ONG e captar novos colaboradores.

A comunicação via internet principalmente através das redes sociais,

tornou-se hoje uma maneira prática e barata para que as empresas possam se

comunicar com seus clientes e com seus prospects2. A utilização das redes

sociais para as empresas é de total importância, pelo status, pela questão de

divulgação e visibilidade perante o mercado, mas é preciso ter cuidado e

atenção ao lidar com os meios de comunicação, pois estes, sendo utilizados de

forma inadequada podem resultar em aspectos negativos para empresa, sendo

necessário tomar cuidado com as mensagens transmitidas de forma indevida.

Referente ao nosso cliente, ONG VIDANOVA, nota-se a carência

relacionando-se aos meios de comunicação e interligados à tecnologia. Não

sendo adepta às redes sociais, o único acesso a este meio é através do

facebook da organizadora da ONG, Beatriz Langlois e de pessoas que

compartilham as imagens e posts.

2 O significado da palavra em inglês segundo o dicionário COLLINS, significa probabilidade

perspectiva. Porém na área de comunicação emprega-se o mesmo para designar: cliente

potencial.

Page 19: PROJETO ONG VIDANOVA

18

Variáveis Ecológicas

De acordo com Chiavenato e Sapiro (2009) o ambiente dos recursos

naturais, assim abordado por eles, trata-se de uma questão recorrente em

relação à capacidade da Terra em prover alimento, água e energia para a

população humana e se há limites para o tamanho da população que a Terra

pode alimentar.

Embora a humanidade tenha enfrentado com sucesso o desafio de

produzir comida suficiente para todos os últimos 30 anos, há graves

desequilíbrios na distribuição e acesso aos alimentos.

Assim, Chiavenato e Sapiro (2009, p.109) demonstram os principais

indicadores utilizados no processo informacional do ambiente dos recursos

naturais: escassez das matérias-primas; custo da energia; aquecimento global;

novas ameaças de doenças; catástrofes naturais; sustentabilidade.

3.2. ANÁLISE DO SETOR

A análise de setor permite conhecer o contexto em que uma organização

está inserida e avaliar suas oportunidades e fraquezas, identificando

tendências que possam impactar na sua atuação.

No que se refere a terceiro setor, podemos identificar esta terminologia

usada para definir um setor que está situado entre o público e o privado. No

entanto, há um debate em torno do seu conceito, já que não existe consenso

quanto ao seu entendimento e o seu real significado.

Segundo Camargo (2001, p.18):

A essência do terceiro setor reporta-se a um conceito abstrato e ideológico, no qual se atribui a existência de um mecanismo social público, porém não-estatal. Ao mesmo tempo, tem um conteúdo concreto, referente ao conjunto de entidades filantrópicas sem fins lucrativos, que reúne um aparato de recursos particulares em defesa de interesses coletivos.

O terceiro setor, portanto, vai além da mera assistência a pessoas

carentes e da distribuição esporádica e paliativa de brinquedos e agasalhos.

Consiste na atuação como agente transformador social, cuja missão é

proporcionar um benefício coletivo, a fim de construir junto à sociedade uma

Page 20: PROJETO ONG VIDANOVA

19

nova consciência marcada pela urgência de reversão dos indicadores sociais

contrários à economia e à diversidade de recursos naturais do País.

As Organizações deste setor possuem comportamento e características

semelhantes. Atua de forma voluntária para promover qualidade de vida, bem

estar, dignidade e respeito para os animais de rua.

Normalmente são compostas por pessoas comuns, de diferentes classes

sociais, de forma individual (autônoma) ou coletiva (grupos organizados),

unidas pelo mesmo ideal: cuidar, proteger e permitir que animais de rua

tenham a chance de encontrar um lar e protetores responsáveis.

Algumas ONGs diferenciam-se das demais devido ao alto grau de

organização e estrutura, pois contam com apoiadores regulares e, em alguns

casos, patrocinadores fixos, além de instalações adequadas e apropriadas para

o abrigo e cuidado destes animais.

Outras, no entanto, carecem de recursos financeiros e humanos para

poder desempenhar suas atividades e, em muitos casos, são incapazes de

realizar tarefas básicas, como alimentação dos animais sob seus cuidados.

Para reverter este quadro e superar as barreiras impostas pela falta de

recursos, muitas ONGs realizam ações para arrecadação dos produtos

necessários no dia-a-dia (alimentos, remédios, jornais e produtos de limpeza),

bem como eventos destinados exclusivamente para a captação de recursos,

como jantares, almoços, bailes e feiras de artesanato.

Entre as diversas organizações existentes em Porto Alegre, podemos

citar a ONG Protetores Voluntários; AGPA – Associação Gaúcha de Proteção

aos Animais e ARPA – Associação Rio Grandense de Proteção aos Animais.

3.3. ANÁLISE DO MICROAMBIENTE

O microambiente diz respeito ao ambiente interno das organizações, o

que geralmente tem implicação imediata e específica na administração. Para

Chiavenato e Sapiro (2009) sua análise tem por finalidade identificar as

deficiências e forças das organizações, sendo aqui trabalhada a Organização

Não Governamental (ONG) Vidanova. De acordo com Kunsch (2009, p. 154)

Page 21: PROJETO ONG VIDANOVA

20

“A comunicação interna ocorre paralelamente com a circulação normal da

comunicação que perpassa todos os setores da organização, permitindo seu

pleno funcionamento”, por isso se fazem de extrema importância a análise das

competências organizacionais, os recursos físicos e os recursos humanos, que

englobam este universo, para a realização do trabalho social que a ONG vem

realizando.

Neste sentido, a ONG Vidanova apresenta profissionais voluntários

formados em medicina veterinária qualificados para a realização de sua

principal finalidade, a castração de cães e gatos. Possuem um sítio, que é a

sede, na Zona Sul de Porto Alegre onde realizam os procedimentos

necessários para realizarem as castrações, com canis para os animais se

recuperarem, onde recebem cuidados 24 horas da moradora, e também da

voluntária Monique Becker que cuida de mais seis cachorros que moram no

local. Também tem como objetivo promover a adoção destes animais, e,

portanto, realizam feiras aos sábados na praça Souza Gomes, na Zona Sul de

Porto Alegre.

Possuem regulamento interno (ANEXO C), porém não possuem

estrutura comunicacional, não havia missão ou valores, projetos estabelecidos

e organizados para desenvolvimento e divulgação e patrocínio, site, blog ou

facebook específico da ONG. O que já existia antes da produção deste trabalho

em termos de comunicação e ações comunicacionais, além da feira, era o logo

e um Jantar anual para arrecadação de verbas financeiras.

4. ANÁLISE DE PÚBLICOS

Públicos podem ser entendidos como grupos que possuem interesses

comuns e que influenciam ou são influenciados por ações de determinada

organização, como afirma Peruzzo (2009, p. 428), ao abordar o assunto em

relação ao terceiro setor:

Público é um segmento identificado pela proximidade de competências e de interesses entre seus componentes, que manifesta comportamento coletivo e consciência dos seus atos e com o qual a entidade se relaciona mais diretamente em razão de suas próprias necessidades ou de interesses específicos.

Page 22: PROJETO ONG VIDANOVA

21

Para França (2004) os públicos podem ser classificados de acordo com

seu grau de dependência, grau de participação e grau de interferência. Neste

primeiro, seriam os sistemas jurídicos e os públicos que influenciam para sua

sobrevivência e existência. O grau de participação diz respeito aos públicos

que influenciam, em maior ou menor participação, nos negócios da

organização, e por fim o grau de interferência é a classificação dada aos

públicos que não participam nem da sua constituição nem da sua manutenção,

mas interferem no desenvolvimento da organização.

Peruzzo (2007) apresenta uma tipologia da comunicação no terceiro

setor, onde é abordada a comunicação com três diferentes tipos de públicos:

Comunicação dos poderes públicos com o terceiro setor: diz respeito

aos órgãos públicos dos âmbitos governamentais, parlamentar e

jurídico, fundamentais para a transformação social;

Comunicação de empresas com o terceiro setor: institutos, fundações e

organizações similares de base empresarial com os programas sociais

desenvolvidos;

Comunicação das ONGs, movimentos sociais, associações comunitárias

e similares: diz respeito à comunicação do terceiro setor, das

organizações entre si.

Em relação aos públicos da ONG Vidanova, ao tratarmos seus públicos

abrange-se não só grupos interessados diretamente ou indiretamente no bem-

estar dos animais, mas nos próprios animais atendidos e a sociedade civil em

geral da cidade de Porto Alegre, pois acredita-se no respeito mútuo entre estes

indivíduos e os cães e gatos da capital gaúcha.

A ONG trabalhada não possui funcionários, ou seja, todos que trabalham

são voluntários, por isto seus públicos foram segmentados da seguinte

maneira:

Voluntários Membros da diretoria: São voluntários médicos veterinários e

voluntários cuidadores responsáveis pelas questões administrativas da ONG, o

relacionamento com os órgãos públicos e com apoiadores e fornecedores é

mediado por estes. Também são os responsáveis financeiros.

Page 23: PROJETO ONG VIDANOVA

22

Voluntários Veterinários: Participam da ONG atendendo aos cães e gatos,

realizam castrações gratuitas e, quando possível, procedimentos visando à

melhoria da qualidade de vida destes animais.

Voluntários Cuidadores: Apesar da principal finalidade da ONG ser a castração,

também estão engajados com a adoção de animais. Voluntários ficam

responsáveis por cuidar, em suas casas, de cães e gatos abandonados e

tratados pela ONG, até que seja encontrado um lar definitivo para eles.

Beneficiários – cães e gatos: São a razão de ser e existir da ONG, seu bem-

estar e melhores condições de vida são fundamentais. Em sua maioria, são

animais que vivem na Zona Sul de Porto Alegre, mas por voluntários e

apoiadores residirem ou trabalharem em outras áreas da cidade, entende-se

que é possível considerar como universo de abrangência a cidade de Porto

Alegre.

Patrocinadores/ Parceiros: A ONG ainda não possui patrocinadores, mas tem

este como um dos seus principais objetivos em longo prazo. Seus

patrocinadores em potencial são empresas de nutrição animal, principalmente

na contribuição através do fornecimento de ração, e indústrias de produtos

biológicos veterinários para obtenção de vacinas polivalentes para cães e

gatos.

Comunidade: A ONG sobrevive através de doações, e parte dela vem da

comunidade civil que nas feiras realizadas na praça Souza Gomes, na zona sul

de Porto Alegre, e no jantar anual que é realizado para arrecadação de verbas

financeiras. A conscientização da comunidade em relação ao respeito e os

cuidados com cães e gatos são de extrema importância para a organização,

por isso este público é amplo, com indivíduos de diversas idades, homens e

mulheres. A construção de bons relacionamentos com estes é fundamental

para a manutenção e a obtenção de resultados positivos a partir das ações

realizadas pela ONG Vidanova. Um dos objetivos mais importantes no

relacionamento com este público é o aumento do número de adotantes, ou

seja, indivíduos da comunidade que adotam cães e gatos para darem a estes

um lar saudável.

Imprensa: É muito difícil para muitas ONGs que não possuem muitos recursos

financeiros investir em publicidade através da imprensa, portanto esse

Page 24: PROJETO ONG VIDANOVA

23

relacionamento com a ONG Vidanova não é considerado essencial. O

propósito desta relação imprensa-ONG seria através de uma possível parceria

na realização de matérias que pudessem gerar visibilidade da ONG perante a

comunidade.

Demais ONGs: Geralmente as ONGs realizam trabalho social individualmente,

mas acredita-se que, quando há o mesmo objetivo, possam ser feitas parcerias

para realizações em benefício do objetivo em comum destas.

Órgãos Públicos: A ONG Vidanova possui relacionamento direto com a

Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Porto Alegre (SMAM) que regulariza

e fiscaliza as feiras de adoção de animais. Todas as feiras realizadas pela

ONG Vidanova são autorizadas pela secretaria, e espera-se dela a

fiscalização em busca de dizimar feiras ilegais, que podem trazem

consequências negativas como a perda de credibilidade para demais feiras,

que vêm cumprindo as exigências legais.

4.1. SITUAÇÃO DE RELACIONAMENTO

É necessário que todas as organizações conheçam as características de

seus públicos para que ocorra o planejamento estratégico do relacionamento

entre organização-público. Peruzzo (2009, p. 428) destaca que “o

relacionamento público – no âmbito comunitário, local, e/ou regional/ nacional –

sustenta-se em processos comunicativos presenciais e aqueles mediados por

suportes tecnológicos midiáticos impressos eletrônicos e digitais”. É claro que,

se tratando de Organizações Não Governamentais, além da avaliação da

melhor forma de se comunicar com determinado público, é imprescindível

avaliar a viabilidade para se manter esse relacionamento. De nada adianta criar

sites se não existe recursos financeiros ou humanos para mantê-lo.

Nesse intuito, Peruzzo (2009) define como atividade das relações

públicas na comunicação comunitária é realizar o estudo para definir os

públicos estratégicos a serem trabalhados e a definição e manutenção dos

canais de comunicação com estes.

Page 25: PROJETO ONG VIDANOVA

24

De acordo com o modelo proposto por França (2004), os públicos da

ONG Vidanova estão segmentados da seguinte forma:

Público Natureza do relacionamento

Objetivos da organização

Nível de dependência

Expectativas da organização

Expectativas dos públicos

Voluntários Membros da

diretoria

- Legal - Institucional - Operacional

- Ter capacidade administrativa

Essencial - Comprometimento - Engajamento nas causas sociais defendidas pela ONG

- Não informado

Voluntários Veterinários

- Social - Operacional

- Capacidade técnica Essencial - Realização de castrações e demais procedimentos necessários

- Melhores condições de vida para os animais

Voluntários Cuidadores

- Social - Institucional

- Assistência aos animais abandonados

Essencial - Comprometimento nos cuidados temporários aos cães e gatos até serem adotados

- Diminuição de animais nas ruas - Diminuição dos maus tratos de animais

Animais- beneficiários

(cães e gatos)

- Institucional - Social

- Atendimento de cães e gatos

Essencial - Aumento do número de castrações - Diminuição de animais doentes

- Não informado

Patrocinadores/ parceiros

- Institucional - Social

- Cooperação Essencial - Aumento de recursos financeiros -Aumento de recursos físicos - Possibilidade de aumentar o número de castrações - Melhoramento da nutrição dada aos animais

- Melhoria das condições de vida para os animais atendidos pela ONG - Aumento do número de animais atendidos

Comunidade - Social - Cooperação

- Estabelecer bom relacionamento para obtenção de participação e colaboração nas ações

Essencial -Participação e colaboração para manutenção da ONG - Aumentar o número de cães adotados, possibilitando assim que cada vez mais cães de rua e que atualmente estejam sofrendo maus tratos passem a ter um lar onde recebam carinho e cuidados

Diminuição de cães abandonados e maltratados

Imprensa -Institucional - Divulgação Não Essencial - Aumentar a visibilidade da ONG

- Conscientização da sociedade

Demais ONGs - Social - Cooperação - Parceria

Não Essencial - Realizar ações conjuntas - Chamar atenção da comunidade para os cuidados com os animais

- Realizar ações conjuntas - Chamar atenção da comunidade para os cuidados com os animais

Órgãos Públicos

- Institucional -Legal

- Obter autorização para funcionamento - Cooperação

Essencial - Colaboração - Aprovação

-Cumprimento das leis vigentes; - Boa conduta;

Quadro elaborado pelos autores a partir do modelo proposto por França (2004).

A ONG não possui um planejamento específico de comunicação para

cada um dos seus segmentos de público, como já citado, as únicas ações que

realiza são as feiras e o Jantar anual, sendo este os únicos canais de

comunicação com todos os seus públicos. A partir disto, pode-se dizer que o

maior problema de relacionamento da ONG Vidanova é o estabelecimento e a

Page 26: PROJETO ONG VIDANOVA

25

realização de ações voltadas para patrocinadores/ parceiros, comunidade e

imprensa. Também não possuem ações voltadas para seu público interno.

5. DIAGNÓSTICO

De acordo com Chiavenato e Sapiro (2009), o diagnóstico é como uma

avaliação competitiva das potencialidades e fragilidades da organização,

identificando os pontos fortes que devem ser explorados e os pontos fracos

que precisam ser ajustados. Assim, é possível conhecer o contexto na qual a

organização está inserida e traçar estratégias que resultem no sucesso da

tomada de decisão.

Ainda de acordo com Chiavenato e Sapiro (2009), o diagnóstico

estratégico externo é feito em dois estratos ambientais: no ambiente contextual

ou macroambiente e no ambiente relacional ou microambiente. No

macroambiente, a organização deve mapear as variáveis relevantes, que

caracterizam o ambiente demográfico, econômico, sócio-cultural, político-legal

e tecnológico. Com isso ela pode identificar com antecedência as mudanças e

tendências significativas entre os elementos externos. No microambiente, a

organização precisa conhecer profundamente seus clientes, fornecedores,

concorrentes e grupos estratégicos. Identificar mercados e segmentos,

características dos clientes e dos concorrentes com o objetivo de definir seu

comportamento estratégico como resposta às condições externas.

Page 27: PROJETO ONG VIDANOVA

26

5.1. CONCLUSÕES SOBRE A ANÁLISE DOS AMBIENTES

FATORES INTERNOS FATORES EXTERNOS

FORÇAS AMEAÇAS

● Feira de adoção e recolhimento de doações semanais;

● Bom número de parceiros e voluntários;

● Aumento do abandono de animais;

● Aumento de maus-tratos contra os animais;

● Não-apoio da prefeitura para ONGs;

● Aumento dos preços de ração e medicamentos utilizados pela organização

● Crises no macroambiente que influenciem os fornecedores a não ajudar;

● aumento do preço do transporte dos animais até veterinárias

FRAQUEZAS OPORTUNIDADES

● Área física precária; ● Recursos econômicos

escassos; ● Falta de visibilidade perante

empresas privadas para angariar recursos;

● Poucas doações fixas (mensais);

● Pouca divulgação em redes sociais, blogs, sites, Twitter, fóruns de discussão, loja virtual, flyers eletrônicos;

● Falta da manutenção do relacionamento com os adotantes;

● Comunicação interna pouco eficiente.

● Divulgação eletrônica e na

mídia; ● Aumento das adoções; ● Apoio da Prefeitura na

castração de animais de rua; ● Auxílio da comunidade aos

movimentos sociais em relação aos animais;

● Aumento de voluntariado e doação de recursos financeiros

Quadro elaborado pelos autores.

Page 28: PROJETO ONG VIDANOVA

27

5.2. RELATO DOS PONTOS FORTES E FRACOS ANALISANDO A

COMUNICAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO COM OS DIVERSOS PÚBLICOS

Como pontos fortes, a organização possui a feira de adoções semanais

onde também recebe doações de ração e de recursos materiais.

O maior ponto fraco que identificamos na organização é a falta de

relacionamento com a mídia. A ONG não possui canais de comunicação como

facebook, twitter e blog que através dessas poderia fidelizar voluntários,

parcerias e aumentar adoções e doações de recursos materiais e financeiros.

Podemos identificar também a área física que é bastante precária e a falta de

visibilidade de empresas privadas para arrecadar recursos. Foi observada a

necessidade de elaboração de planejamento das atividades a serem realizadas

ao longo do ano subsequente, incluindo cronograma de reuniões, eventos,

atividades externas, encontros com voluntários.

6. PROGNÓSTICO

Para Simões (2001) o prognostico ocorre com base no diagnóstico,

analisa ações e processos psicológicos para sintetizar dados e estimar um

ponto futuro. Baseado nesta análise, identificamos a necessidade da ONG

Vidanova fortalecer seus pontos fortes (feiras de adoção e recebimento de

doações), bem como aprimorar seus pontos fracos através de ações de

comunicação focadas na obtenção de recursos financeiros, materiais e

humanos.

É importante reverter o quadro atual. Se este cenário manter-se

inalterado, a ONG sofrerá as consequências da falta de apoio, e

consequentemente, permanecerá enfraquecida e sem destaque perante a

comunidade.

Os índices de abandono e maus-tratos de animais em situação de

vulnerabilidade cresce a cada dia. A alta dos preços dos alimentos,

medicamentos, tratamentos e produtos para animais persistirá. Neste contexto,

Page 29: PROJETO ONG VIDANOVA

28

o trabalho realizado pela ONG Vidanova é fundamental, pois permite que estes

animais tenham chance de sobreviver fora desta realidade.

As Feiras de Adoção continuarão sendo realizadas. Os voluntários e

protetores que participam destas ações continuarão engajados. Entretanto, é

fundamental expandir o alcance destas ações. É preciso buscar novos

parceiros, novos amigos, novos protetores. A ONG Vidanova precisa crescer

para que possa atingir seus objetivos e, cada vez mais, fazer a diferença na

vida destes animais.

7. POLÍTICAS DE AÇÕES

Para Chiavenato e Sapiro (2009, p.181) “é desenvolvida como uma

metodologia capaz de abordar tanto o ambiente externo como o ambiente

interno da organização em termos de oportunidades e ameaças exógenas e de

forças e fragilidades endógenas”.

7.1 PONTOS FORTES/ POSITIVOS

Pontos Fortes Estratégias Comunicação/Instrumentos

Feira de Adoção Aumentar a divulgação

do evento. Melhorar a

imagem da feira.

Através da internet, nos sites de relacionamento particular dos voluntários

Boca-a-boca

Panfletos que podem ser distribuídos em pontos estratégicos como: restaurantes, supermercados, universidades e veterinárias parceiras

Possuem veterinários

voluntários.

Utilizar os voluntários

veterinários como

multiplicadores de

informações

Através do boca-a-boca.

Page 30: PROJETO ONG VIDANOVA

29

Jantar para arrecadar

recursos financeiros

Divulgar

antecipadamente o

evento na comunidade

local, com pessoas que

já usufruíram dos

serviços da ong.

Cartazes na região

E-mail para todos que já de alguma maneira se relacionaram com a ONG.

Parceria com clínicas

veterinárias/ Pet

Shops

Reforçar essas

parcerias e criar

políticas de indicação,

divulgar as ONGs que

auxiliam a instituição

Manter um contato freqüente com as empresas parceiras.

Colocar propaganda das parceiras no site/blog, feira de adoção e todos matérias da ONG.

Tabela 2 – Pontos fortes e positivos elaborada pelos autores a partir de entrevista realizada com a diretoria da ONG.

7.2 PONTOS FRACOS/ NEGATIVOS

Pontos Fracos Estratégias (ações

para minimizar)

Comunicação –

instrumentos

Área física precária Quando possível,

realizar investimento

financeiro para a

melhoria das instalações

da ONG.

Através do boca-a-

boca

Escassos recursos

financeiros

Captar sócios contribui

tens mensais. Procurar

outros pontos da cidade

em que a ONG não é

conhecida, como no

Parque Moinhos de

Vento ou Redenção,

divulgando o trabalho

realizado pela ONG.

Através da divulgação da instituição, do boca-a-boca

Page 31: PROJETO ONG VIDANOVA

30

Falta de visibilidade

perante empresas

privadas para angariar

recursos /

Criar um email

marketing focado em

empresas especificas de

grande porte,

localizadas na região da

ONG e empresas que

trabalham com

remédios, ração para

animais

Email marketing

direcionados a grandes

empresas

Fraca manutenção de

relacionamento com os

adotantes

Manter e estabelecer um

vínculo entre adotantes

e ONG, a fim de captar

voluntários, recursos e

defensores da causa.

Comunicação boca a

boca

Falta de comunicação

com públicos de

interesse (publico

externo)

Divulgar através de sites

de busca, e em sites

específicos de ONG’s

para facilitar o acesso, a

procura e o

conhecimento da

mesma.

Internet

Ineficiente

comunicação entre

membros da ONG

(público interno)

Realizar encontros

periódicos com os

engajados na ONG a

fim de unir os

esforços.

Reuniões

Tabela 3 – Pontos fracos e negativos elaborada pelos autores a partir de entrevista realizada com a diretoria da ONG.

Page 32: PROJETO ONG VIDANOVA

31

8. A COMUNICAÇÃO COMUNITÁRIA NO CONTEXTO DAS

ORGANIZAÇÕES

8.1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA SOBRE A IMPORTÂNCIA DA

COMUNICAÇÃO COMUNITÁRIA NO CONTEXTO DAS ORGANIZAÇÕES

Segundo Peruzzo (2009) a comunicação comunitária, que também é

conhecida por comunicação popular, participativa, horizontal, alternativa entre

outras denominações, se refere ao processo comunicativo realizado por

organizações da sociedade civil (também conhecido como movimentos sociais)

que formam o terceiro setor. Envolve entidades sem fins lucrativos como

fundações, associações comunitárias, movimentos sociais e instituições

filantrópicas. Os meios comunitários de comunicação educam não só pelos

conteúdos que divulgam, mas, principalmente pela oportunidade de

participação direta dos cidadãos em todo o processo.

Peruzzo (1998), afirma que a comunicação popular sempre existiu, mas

foi na década de 1970, buscando encontrar alternativas para fugir dos modelos

da sociedade, que ela teve sua força. Anteriormente à popularização do

chamado terceiro setor, o povo já lutava pelos seus direitos e opiniões,

buscavam comunicar-se entre si. A mesma autora define povo como “todo um

conjunto de pessoas lutando contra algo e a favor de algo, com vistas aos

interesses da maioria” (Peruzzo 1998, p. 117).

A comunicação organizacional é formada pelas estratégias de

comunicação das organizações. Pode-se incluir a comunicação institucional

nessas estratégias.

Kunsch (2003, p.164) afirma que:

A comunicação institucional está intrinsecamente ligada aos aspectos corporativos institucionais que explicitam o lado público das organizações e tem como proposta básica a influência político-social na sociedade onde está inserida. Uma definição simples e objetiva é de que ela é um conjunto de procedimentos destinados a difundir informações de interesse público sobre as filosofias, as políticas, as práticas e os objetivos das organizações, de modo a tornar compreensíveis essas propostas.

Page 33: PROJETO ONG VIDANOVA

32

A comunicação institucional é responsável pela definição da missão,

visão, valores e filosofias das organizações e contribui para o desenvolvimento

do subsistema organizacional. Atualmente, no âmbito de uma sociedade cada

vez mais complexa, atribui-se à comunicação um papel de grande valor nas

organizações. As ONGs e os movimentos sociais necessitam do auxílio de

serviços integrados nessa área, seguindo uma política que privilegie o

estabelecimento de canais efetivos com os segmentos a eles vinculados, e a

abertura das fontes visando à disseminação e mobilização social.

Para Kunsch (2007, p.300), as relações públicas comunitárias realizam

um trabalho de conscientização, mobilização e ação de movimentos e

organizações sociais onde o grande desafio é saber gerenciar a comunicação

entre as partes e conseguir mudanças de atitude e de comportamento.

Segundo Mafra (2007, p.6-12), as dimensões que representam os

processos de mobilização social são:

Dimensão Espetacular: ações que buscam chamar a atenção dos

indivíduos, em uma tentativa de despertar um possível interesse na causa

mobilizadora;

Dimensão Festiva: ações de mobilização que permitem o

engajamento in loco, “corpóreo” dos indivíduos, reforçando os vínculos por

meio do lúdico, afetivo e emocional;

Dimensão Argumentativa: ações de mobilização que tornam

disponíveis os argumentos ligados à justificação da causa social.

Estes são significados que não se concretizam separadamente, pois

perpassam a dinâmica do movimento popular, tendo em vista a consecução

dos objetivos pontuais e de médio e longo prazos.

8.2. APLICAÇÃO AO CONTEXTO DA ORGANIZAÇÃO ESTUDADA

A partir do referencial teórico feito, podemos dizer que a comunicação é

essencial para o bom desempenho de uma organização, seja ela do primeiro,

segundo ou terceiro setor. Cabe às relações públicas comunitárias procurar

uma forma de utilizar a comunicação comunitária como ferramenta de

Page 34: PROJETO ONG VIDANOVA

33

formação e/ou melhoria da imagem. Conhecemos as características e as

finalidades da ONG Vidanova para a partir disso estabelecer uma estratégia

que contenha os valores criados, e assim possa abrir canais eficientes que

torne possível a interação entre as organizações e seus públicos de interesse a

opinião pública e a sociedade como um todo.

No Brasil, as ONGs são movidas pelo esforço de voluntários e

prestadores de serviços, por isso a comunicação para captação de recursos

necessários é fundamental para a sua sobrevivência. Neste sentido, percebe-

se a grande importância que a comunicação possui no âmbito das

organizações sem fins lucrativos, pois sem um planejamento e até mesmo uma

ajuda profissional é muito difícil conseguir recursos, doações e trabalhos

voluntários.

De acordo com os autores estudados, nos dias de hoje, informar apenas

não é mais o suficiente, é preciso ouvir o que os seus públicos de interesse tem

a dizer, para assim, planejar estratégias favoráveis para ambas as partes.

O Relações Públicas desempenha atividades sociais que permitem uma

otimização dos projetos e movimentos sociais em prol destes interesses,

acompanhando o processo de conscientização e mobilizando a sociedade,

fazendo a mediação com outras instituições do mesmo ramo, imprensa e

outras iniciativas. O principal objetivo é superar as desigualdades.

Para se obter uma resposta positiva no trabalho de comunicação, é

indispensável que essa comunicação seja de mão dupla, ou seja, além de

emitir a mensagem ao receptor, ser capaz de ouvir o que este está dizendo e

interpretar a sua fala a fim de utilizar os resultados a seu favor. Assim, será

possível compreender seus voluntários, membros e patrocinadores para

manter e buscar novas pessoas que se sintam engajados na causa. A ONG

VIDANOVA não possui canais de comunicação o que ressalta a necessidade

de aprimorar a estrutura de comunicação, implementando ações que

possibilitem a difusão da causa e a conquista de novos voluntários.

Page 35: PROJETO ONG VIDANOVA

34

9. PROGRAMA

9.1. NOME

Planejamento Comunicacional anual da ONG Vidanova

9.2. JUSTIFICATIVA

A partir dos dados coletados da ONG Vidanova e das análises

realizadas, se faz necessária a elaboração de um planejamento estratégico

para a organização, visto que não possuíam, antes da realização deste

trabalho, sua missão, visão e valores definidos, assim como não haviam

estruturado sua comunicação. De acordo com Chiavenato e Sapiro (2009, p.

39) “O planejamento estratégico é um processo de formulação de estratégias

organizacionais no qual se busca a inserção da organização e de sua missão

no ambiente em que ela está atuando”. Este planejamento é construído a partir

da análise dos cenários ao qual a organização está inserida, e só a partir da

construção deste é que poderão trabalhar da melhor maneira possível para

alcançarem seu objetivo.

Portanto acredita-se que a ONG Vidanova poderá obter maior sucesso

estabelecendo suas estratégias, e, a partir destas, suas ações, pois como

afirma Bueno (2009, p.27) “a comunicação transformou-se em um indicador de

desempenho de pessoas, de grupos, de empresas, de instituições e até de

países”. Como estudantes de relações públicas, os autores deste projeto

acreditam que melhorando sua comunicação a organização melhorará seu

relacionamento com seus diversos públicos, o que trará retornos positivos

como maior incentivo financeiro por parte da comunidade para que continuem a

realizar seu trabalho social.

Page 36: PROJETO ONG VIDANOVA

35

9.3. OBJETIVO

Melhorar a comunicação da ONG com seus diversos públicos, através da

construção do seu planejamento assim como a sugestão de ações para

divulgação, arrecadação de verbas e busca por patrocínio.

9.4. PÚBLICO

Comunidade em geral da Zona Sul de Porto Alegre, patrocinadores em

potencial e estabelecimentos comerciais da Zona Sul.

9.5. PERÍODO DE REALIZAÇÃO

Indeterminado, pois se trata de um planejamento com sugestões para a ONG,

em que muitas delas poderão ser implementadas sem o auxilio do grupo.

9.6 . ESTRATÉGIAS (AÇÃO)

a. Campanha de mobilização

Sugere-se que seja realizada uma campanha junto à comunidade da Zona Sul

de Porto Alegre, distribuindo folders para a comunidade de divulgação da ONG

e das feiras para adoção de cães e gatos que são realizadas na Praça Souza

Gomes. A intenção é aumentar a visibilidade da organização, o que trará como

resultante maior número de adotantes e de colaboradores da ONG;

b. Parcerias com empresas de nutrição animal para as doações

de ração e medicamentos e captação de patrocínio dessas

empresas

Acredita-se que, atualmente, as empresas estão cada vez mais preocupadas

com sua responsabilidade social, e a partir de um planejamento estratégico

Page 37: PROJETO ONG VIDANOVA

36

bem estruturado e organizado, que trará maior credibilidade para a ONG

Vidanova perante empresas de nutrição animal e de produtos biológicos

veterinários, o que possibilitará a conquista de apoios e patrocínios;

c. Arrecadação de verbas para procedimentos cirúrgicos

A ONG já realiza um jantar anual e também leva uma “caixinha” nas feiras para

arrecadação financeira, porém o que é arrecadado não chega a ir para a conta

da ONG, pois como o valor é muito baixo acaba apenas auxiliando para as

despesas dos voluntários durante a realização das feiras. Porém sugere-se a

construção de uma nova “caixinha”, que chame mais atenção das pessoas que

visitam a feira na Praça Souza Gomes e que as estimule a doar alguma

quantia, mesmo que pequena, para a ONG;

d. Arrecadação de ração, jornais e cobertores para os animais

Aproveitando a proximidade da Praça Souza Gomes, onde são

realizadas as feiras, com o Supermercado Zaffari, sugere-se uma ação

bimensal, onde voluntários da ONG aproveitariam a entrada dos clientes do

supermercado e, educadamente, pediriam uma contribuição, em especial de

ração. Também haverá um cartaz presente em todas as feiras comunicando

que a organização e os cães e gatos por ela ajudados, ficariam ainda mais

felizes se tivessem mais cobertores, jornais e ração, estimulando os

frequentadores da praça à sempre que possível realizarem doações;

e. Criação do blog, e-mail e redes sociais

Acredita-se que hoje em dia é de extrema importância as organizações

estarem presentes no mundo virtual. A ONG Vidanova não possui blog, e-mail

nem facebook próprio, a divulgação por esses meios ocorre nos sites

particulares dos voluntários. Sugere-se que seja criada essa identidade virtual

para a organização desde que exista algum voluntário disposto a mantê-la.

Page 38: PROJETO ONG VIDANOVA

37

9.7. COMUNICAÇÃO - INSTRUMENTOS

Pesquisa bibliográfica;

Definição de princípios norteadores;

Material explicativo, impresso, através de cartazes;

Criação de blog, e-mail e facebook;

Recursos Necessários

Humanos: Os voluntários da ONG Vidanova deverão participar das

ações de arrecadações de recursos, precisarão se organizar para que

em cada uma das ações tenha o número de voluntários suficiente para

realizá-las;

Materiais: referencial bibliográfico, cartazes;

Tecnológicos: computador e acesso à internet.

Custos: Para a implementação do programa o custo envolvido é a confecção

dos cartazes.

Públicos Envolvidos: Voluntários, comunidade da Zona Sul de Porto Alegre e

patrocinadores em potencial.

Cronograma com lista de providências e controle:

AÇÃO PERÍODO DATA DE INÍCIO

(PREVISTA)

INICIADA

(DATA)

Campanha de mobilização Contínuo Maio/ 2012 02/06/2012

Parcerias com empresas de

nutrição animal para as

doações de ração e

medicamentos e captação de

patrocínio dessas empresas

Contínuo Julho/ 2012

Arrecadação de verbas para Contínuo Maio/ 2012 02/06/2012

Page 39: PROJETO ONG VIDANOVA

38

procedimentos cirúrgicos

Arrecadação de ração, jornais

e cobertores para os animais

Contínuo Maio/ 2012 02/06/2012

Criação do blog, e-mail e

redes sociais

Contínuo Junho/ 2012

Sistemas de avaliação: Como o acompanhamento do grupo será até julho de

2012, acredita-se que será pouco tempo para aplicar um sistema de avaliação,

portanto recomenda-se para os gestores da ONG Vidanova mensurarem os

resultados das ações propostas através do número de adotantes (se aumentou

ou diminuiu), assim como de doações, tanto financeiras como de materiais e

rações e se, até o fim do ano de 2012, foi possível captar algum patrocínio.

Page 40: PROJETO ONG VIDANOVA

39

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os autores do presente projeto iniciaram o trabalho com a ONG

Vidanova no dia 17 de março do corrente ano, através do contato com a

veterinária e voluntária Beatriz Langlois. A partir desta data, buscou-se

estruturar a comunicação da organização. Não possuíam estrutura

comunicacional planejada, não tendo estabelecido sua missão, visão e valores.

Objetivou-se estruturar o planejamento estratégico, através da criação e

definição de valores, objetivos, públicos a serem trabalhados e ações a serem

realizadas.

O terceiro setor tem ganhado mais atenção da comunidade, porém ainda

é um desafio para muitas ONGs conseguir conquistar seu espaço e ser

reconhecida perante a sociedade. Em busca de melhorar a qualidade de vida

não só dos animais, mas de toda a sociedade, a Vidanova vem realizando seu

trabalho com voluntários apaixonados pela causa, porém ainda enfrentam

muitas batalhas, como a falta de recursos financeiros. Como sugerido, acredita-

se que a divulgação se faz de extrema importância, para que mais pessoas

também conheçam e apoiem a causa pela qual a ONG luta.

Notou-se durante todos os sábados em que o grupo acompanhou a feira

de adoção realizada na Praça Souza Gomes, na zona sul de Porto Alegre, que

os cuidadores não buscam pessoas só para adotarem os animais, e sim

aqueles que se comprometam a cuidar e a zelar por uma boa qualidade de vida

deles. Quando é realizada uma adoção, não só o animal ganha um novo lar, e

a esperança de uma vida melhor, mas seus donos também recebem um novo

amigo em suas casas, o que traz mais alegria e maior qualidade de vida

também para as pessoas.

Com o intuito de colaborar com a Vidanova e iniciar as ações

aconselhadas, os autores buscaram ajuda, em forma de apoio. A gráfica Casa

da Praça, localizada no bairro Menino Deus, em Porto Alegre, colaborou para a

confecção dos folders de divulgação, diminuindo os custos, o que se estenderá

ao longo do ano para os materiais gráficos que a ONG necessitar realizar. Na

semana do dia 28 de maio a primeiro de junho, já com o material gráfico

pronto, os autores realizaram a divulgação em suas comunidades para a

Page 41: PROJETO ONG VIDANOVA

40

arrecadação de ração, jornais, cobertores, dinheiro e demais necessidades da

organização. No dia dois de junho tudo arrecadado foi levado para a feira,

totalizando mais de 100 kg de ração, inúmeras pilhas de jornal, almofadas,

cobertores, toalhas, coleiras e ajudas financeiras. Também foi realizada uma

blitz para a entrega dos folders de divulgação nas proximidades da feira

(APÊNDICE B). Também foi doada uma nova caixa, para que seja arrecadada

ajuda financeira, através de contribuições voluntárias.

Para concluir, enfatizamos que o desenvolvimento deste projeto no

terceiro setor contribuiu para agregar conhecimento à nossa formação

acadêmica e pessoal, visto que tivemos a oportunidade de implantar ações

voltadas para a melhoria de uma organização carente de comunicação e

recursos financeiros.

Page 42: PROJETO ONG VIDANOVA

41

REFERÊNCIAS

ARGENTI, Paul A. Comunicação empresarial – A construção da

Identidade, Imagem e Reputação. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006.

Associação São Francisco de Assis. Disponível em:

http://www.apasfa.org/right.shtml. Acesso em: 07/04/2012.

BUENO, Wilson da Costa. Comunicação empresarial: políticas e estratégias.

São Paulo: Saraiva, 2009.

CAMARGO, Mariângela Franco et al. Gestão do terceiro setor no Brasil:

estratégias de captação de recursos para organizações sem fins lucrativos. 2

ed. São Paulo: Futura, 2001.

CHIAVENATO, Idalberto; SAPIRO, Arão. Planejamento estratégico:

fundamentos e aplicações – Da intenção aos resultados. 2° Ed, SP: Elsevier –

Campus, 2009.

FRANÇA, Fábio. Públicos: como identificá-los em uma nova visão estratégica.

São Paulo: Yendis Editora, 2004.

FEE – Fundação de Economia e Estatística. Disponível em:

http://www.fee.tche.br/sitefee/pt/content/capa/index.php. Acesso em:

30/05/2012.

KUNSCH, Margarida Maria Krohling. Planejamento de relações públicas na comunicação integrada. São Paulo: Summus, 2003.

______. Relações Públicas Comunitárias: a comunicação em uma nova

perspectiva dialógica e transformadora KUNSCH, Margarida M. Krohling,

Waldemar Luiz Kusch (organizadores). São Paulo: Summus, 2007.

Page 43: PROJETO ONG VIDANOVA

42

______. Planejamento Estratégico da comunicação. In: KUNSCH, Margarida

M. Krohling (org.). Gestão estratégica em Comunicação Organizacional e

Relações Públicas. São Caetano do Sul: Difusão Editora, 2009.

MAFRA, Rennan. Relações públicas e mobilização social: a construção

estratégica de dimensões comunicativas. Paper apresentado no GT 5 -

Relações Públicas comunitárias, comunicação no terceiro setor e

responsabilidade social . I Congresso Bras.Científico de Com.Organizacional e

Relações Públicas realizado de 3 a 5 de maio de 2007 em São Paulo.

Promoção: Abrapcorp / PPGCC-ECA/USP.

NASSAR, Paulo. Tudo é comunicação. 2ª Ed. São Paulo: Lazuli, 2006.

PINHO, J. B. Comunicação em marketing: princípios da comunicação

mercadológica. 5 ed. rev. atual. São Paulo: Papirus, 2001.

PERUZZO, Cicilia M.K. Comunicação nos movimentos populares: a

participação na construção da cidadania. 2a.ed. Petrópolis: Vozes, 1998.

__________. Comunicação e terceiro setor. In: DUARTE, Jorge (org.).

Comunicação Pública: Estado, governo, mercado, sociedade e interesse

público. São Paulo: Atlas, 2007.

__________. Relações públicas nos movimentos sociais e nas “comunidades”:

princípios, estratégias e atividades. In: KUNSCH, Margarida M. Krohling (org.).

Relações Públicas: história, teorias e estratégias nas organizações

contemporâneas. São Paulo: Saraiva, 2009.

SIMÕES, Roberto Porto. Relações públicas e micropolítica. São Paulo:

Summus Editorial, 2001

STONER, James A. F. Administração. Rio de Janeiro: LTC – Livros Técnicos

e Científicos Editora, 1999.

Page 44: PROJETO ONG VIDANOVA

43

APÊNDICE A – RECURSOS FÍSICOS DA ONG VIDANOVA

Page 45: PROJETO ONG VIDANOVA

44

APÊNDICE B – DOAÇÕES ARRECADADAS PELOS AUTORES DO

TRABALHO

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ANEXO A – FICHA DE ADOÇÃO

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ANEXO B – DECLARAÇÃO UNIVERSAL DO DIREITO DOS ANIMAIS

a. Todos os animais têm o mesmo direito à vida.

b. Todos os animais têm direito ao respeito e à proteção do homem.

c. Nenhum animal deve ser maltratado.

d. Todos os animais selvagens têm o direito de viver livres no seu habitat.

e. O animal que o homem escolher para companheiro não deve ser nunca

ser abandonado.

f. Nenhum animal deve ser usado em experiências que lhe causem dor.

g. Todo ato que põe em risco a vida de um animal é um crime contra a

vida.

h. A poluição e a destruição do meio ambiente são considerados

crimescontra os animais.

i. Os diretos dos animais devem ser defendidos por lei.

j. O homem deve ser educado desde a infância para observar, respeitar e

compreender os animais.

Preâmbulo

Considerando que todo o animal possui direitos;

Considerando que o desconhecimento e o desprezo desses direitos têm levado

e continuam a levar o homem a cometer crimes contra os animais e contra a

natureza;

Considerando que o reconhecimento pela espécie humana do direito à

existência das outras espécies animais constitui o fundamento da coexistência

das outras espécies no mundo;

Considerando que os genocídios são perpetrados pelo homem e há o perigo de

continuar a perpetrar outros;

Considerando que o respeito dos homens pelos animais está ligado ao respeito

dos homens pelo seu semelhante;

Page 48: PROJETO ONG VIDANOVA

47

Considerando que a educação deve ensinar desde a infância a observar, a

compreender, a respeitar e a amar os animais;

Proclama-se então:

Artigo 1º - Todos os animais nascem iguais perante a vida e têm os mesmos

direitos à existência.

Artigo 2º

1.Todo o animal tem o direito a ser respeitado.

2.O homem, como espécie animal, não pode exterminar os outros animais ou

explorá-los violando esse direito; tem o dever de pôr os seus conhecimentos ao

serviço dos animais

3.Todo o animal tem o direito à atenção, aos cuidados e à proteção do homem.

Artigo 3º

1.Nenhum animal será submetido nem a maus tratos nem a atos cruéis. 2.Se

for necessário matar um animal, ele deve de ser morto instantaneamente, sem

dor e de modo a não provocar-lhe angústia.

Artigo 4º

1.Todo o animal pertencente a uma espécie selvagem tem o direito de viver

livre no seu próprio ambiente natural, terrestre, aéreo ou aquático e tem o

direito de se reproduzir.

2.toda a privação de liberdade, mesmo que tenha fins educativos, é contrária a

este direito.

Artigo 5º

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1.Todo o animal pertencente a uma espécie que viva tradicionalmente no meio

ambiente do homem tem o direito de viver e de crescer ao ritmo e nas

condições de vida e de liberdade que são próprias da sua espécie.

2.Toda a modificação deste ritmo ou destas condições que forem impostas pelo

homem com fins mercantis é contrária a este direito.

Artigo 6º

1.Todo o animal que o homem escolheu para seu companheiro tem direito a

uma duração de vida conforme a sua longevidade natural.

2.O abandono de um animal é um ato cruel e degradante.

Artigo 7º

Todo o animal de trabalho tem direito a uma limitação razoável de duração e de

intensidade de trabalho, a uma alimentação reparadora e ao repouso.

Artigo 8º

1.A experimentação animal que implique sofrimento físico ou psicológico é

incompatível com os direitos do animal, quer se trate de uma experiência

médica, científica, comercial ou qualquer que seja a forma de experimentação.

2.As técnicas de substituição devem de ser utilizadas e desenvolvidas.

Artigo 9º

Quando o animal é criado para alimentação, ele deve de ser alimentado,

alojado, transportado e morto sem que disso resulte para ele nem ansiedade

nem dor.

Artigo 10º

1.Nenhum animal deve de ser explorado para divertimento do homem.

Page 50: PROJETO ONG VIDANOVA

49

2.As exibições de animais e os espetáculos que utilizem animais são

incompatíveis com a dignidade do animal.

Artigo 11º

Todo o ato que implique a morte de um animal sem necessidade é um biocídio,

isto é um crime contra a vida.

Artigo 12º

1.Todo o ato que implique a morte de grande um número de animais selvagens

é um genocídio, isto é, um crime contra a espécie.

2.A poluição e a destruição do ambiente natural conduzem ao genocídio.

Artigo 13º

1.O animal morto deve de ser tratado com respeito.

2.As cenas de violência de que os animais são vítimas devem de ser interditas

no cinema e na televisão, salvo se elas tiverem por fim demonstrar um

atentado aos direitos do animal.

Artigo 14º

1.Os organismos de proteção e de salvaguarda dos animais devem estar

representados a nível governamental.

2.Os direitos do animal devem ser defendidos pela lei como os direitos do

homem.

De acordo com Arca Brasil, o Decreto Nº 24.645/34 prevê pena para todo

aquele que incorrer em seu artigo 3º, item V, “abandonar animal doente, ferido,

extenuado ou mutilado, bem como deixar de ministrar-lhe tudo que

humanitariamente se lhe possa prover, inclusive assistência veterinária”.

Decreto lei N° 24.645, de julho de 1934

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50

O chefe do Governo Provisório da República dos Estados Unidos do Brasil,

usando das atribuições que lhe confere o artigo 1. do decreto n. 19.398, de 11

de novembro de 1930, decreta:

Art. 1. - Todos os animais existentes no País são tutelados do Estado.

Art. 2. - Aquele que, em lugar público ou privado, aplicar ou fizer aplicar maus

tratos aos animais, incorrerá em multa de Cr$.. e na pena de prisão celular de 2

a 15 dias, quer o delinqüente seja ou não o respectivo proprietário, sem

prejuízo da ação civil que possa caber.

§ 1° - A critério da autoridade que verificar a infração da presente lei, será

imposta qualquer das penalidades acima estatuídas, ou ambas.

§ 2°. - A pena a aplicar dependerá da gravidade do delito, a juízo da

autoridade. § 3° - Os animais serão assistidos em juízo pelos representantes

do Ministério Público, seus substitutos legais e pelos membros das sociedades

protetoras de animais.

Art. 3. - Consideram-se maus tratos:

I - Praticar ato de abuso ou crueldade em qualquer animal; II - Manter animais

em lugares anti-higiênicos ou que lhes impeçam a respiração, o movimento ou

o descanso, ou os privem de ar ou luz;

III - Obrigar animais a trabalhos excessivos ou superiores às suas forcas e a

todo ato que resulte em sofrimento para deles obter esforços que,

razoavelmente não se lhes possam exigir senão com castigo;

IV - Golpear, ferir ou mutilar voluntariamente qualquer órgão ou tecido de

economia, exceto a castração, só para animais domésticos, ou operações

outras praticadas em beneficio exclusivo do animal e as exigidas para defesa

do homem, ou no interesse da ciência; V - Abandonar animal doente, ferido,

extenuado ou mutilado, bem como deixar de ministrar-lhe tudo o que

humanitariamente se lhe possa prover, inclusive assistência veterinária; VI -

Page 52: PROJETO ONG VIDANOVA

51

Não dar morte rápida, livre de sofrimento prolongado, a todo animal cujo

extermínio seja necessário para consumo ou não;

VII - Abater para o consumo ou fazer trabalhar os animais em período

adiantado de gestação; VIII - Atrelar num mesmo veículo, instrumento agrícola

ou industrial, bovinos com suínos, com muares ou com asinos, sendo somente

permitido o trabalho em conjunto a animais da mesma espécie;

IX - Atrelar animais a veículos sem os apetrechos indispensáveis, como sejam

balancins, ganchos e lanças ou com arreios incompletos;

X - Utilizar em serviço animal cego, ferido, enfermo, extenuado ou desferrado

sendo que este último caso somente se aplica a localidades com ruas

calçadas; XI - Acoitar, golpear ou castigar por qualquer forma a um animal

caído sob o veículo ou com ele, devendo o condutor desprendê-lo para

levantar-se;

XII - Descer ladeiras com veículos de reação animal sem a utilização das

respectivas travas, cujo uso é obrigatório;

XIII - Deixar de revestir com couro ou material com idêntica qualidade de

proteção as correntes atreladas aos animais de arreio;

XIV - Conduzir veículo de tração animal, dirigido por condutor sentado , sem

que o mesmo tenha boléia fixa e arreios apropriados, como tesouras, pontas de

guia e retranca; XV- Prender animais atrás dos veículos ou atados a caudas de

outros; XVI - Fazer viajar um animal a pé mais de dez quilômetros sem lhe dar

descanso, ou trabalhar mais de seis horas continuas, sem água e alimento;

XVII - Conservar animais embarcados por mais de doze horas sem água e

alimento, devendo as empresas de transporte providenciar, sobre as

necessárias modificações no seu material, dentro de doze meses a partir desta

lei;

XVIII - Conduzir animais por qualquer meio de locomoção, colocados de

cabeça para baixo, de mãos ou pés atados, ou de qualquer outro modo que

Page 53: PROJETO ONG VIDANOVA

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lhes produza sofrimento; XIX - Transportar animais em cestos, gaiolas, ou

veículos sem as proporções necessárias ao seu tamanho e número de

cabeças, e sem que o meio de condução em que estão encerrados esteja

protegido por uma rede metálica ou idêntica que impeça a saída de qualquer

membro do animal

XX - Encerrar em curral ou outros lugares animais em número tal que não lhes

seja possível moverem-se livremente, ou deixá-los sem água ou alimento por

mais de doze horas; XXI - Deixar sem ordenhar as vacas por mais de vinte e

quatro horas, quando utilizadas na exploração de leite;

XXII - Ter animal encerrado juntamente com outros que os aterrorizem ou

molestem; XXIII - Ter animais destinados á venda em locais que não reunam

as condições de higiene e comodidade relativas;

XXIV- Expor nos mercados e outros locais de venda, por mais de doze horas,

aves em gaiolas, sem que se faca nestas a devida limpeza e renovação de

água e alimento; XXV - Engordar aves mecanicamente;

XXVI - Despelar ou depenar animais vivos ou entregá-los vivos à alimentação

de outros; XXVII - Ministrar ensino a animais com maus tratos físicos;

XXVIII - Exercitar tiro ao alvo sobre pombos, nas sociedades, clubes de caça,

inscritos no Serviço de Caça e Pesca;

XXIX - Realizar ou promover lutas entre animais da mesma espécie ou de

espécie diferente, touradas e simulacros de touradas, ainda mesmo em lugar

privado;

XXX - Arrojar aves e outros animais nas caças e espetáculos exibidos para tirar

sorte ou realizar acrobacias;

XXXI - Transportar. negociar ou caçar em qualquer época do ano, aves

insetívoras, pássaros canoros, beija-flores e outras aves de pequeno porte,

exceção feita das autorizações para fins científicos, consignadas em lei

anterior.

Page 54: PROJETO ONG VIDANOVA

53

Art. 4. - Só é permitida a tração animal de veículo ou instrumentos agrícolas e

industriais, por animais das espécies equina, bovina, muar e asina;

Art. 5. - Nos veículos de duas rodas de tração animal, é obrigatório o uso de

escora ou suporte fixado por dobradiça, tanto na parte dianteira como na parte

traseira, por forma a evitar que, quando o veículo esteja parado, o peso da

carga recaia sobre o animal e também para os efeitos em sentido contrário,

quando o peso da carga for na parte traseira do veículo.

Art.6. - Nas cidades e povoados, os veículos a tração animal terão tímpano ou

outros sinais de alarme e, acionáveis pelo condutor, sendo proibido o uso de

guisos, chocalhos ou campainhas ligados aos arreios ou aos veículos para

produzirem ruído constante.

Art. 7. - A carga, por veículo, para um determinado número de animais, deverá

ser fixada pelas Municipalidades, obedecendo ao estado das vias públicas e

declives das mesmas, peso e espécie veículo, fazendo constar nas respectivas

licenças a tara e a carga útil.

Art. 8. - Consideram-se castigos violentos, sujeitos ao dobro das penas

cominadas na presente lei, castigar o animal na cabeça, baixo ventre ou

pernas.

Art. 9. - Tornar-se-á efetiva a penalidade. em qualquer caso sem prejuízo de

fazer-se cessar o mau trato à custa dos declarados responsáveis.

Art.10. - São solidariamente passíveis de multa e prisão, os proprietários de

animais e os que tenham sob sua guarda ou uso, desde que consintam a seus

prepostos, atos não permitidos na presente lei.

Art. 11. - Em qualquer caso será legítima, para garantia da multa ou multas, a

apreensão do veículo ou de ambos.

Art. 12.- As penas pecuniárias serão aplicadas pela polícia ou municipal e as

penas de prisão da alçada das autoridades judiciárias.

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Art. 13.- As penas desta lei aplicar-se-ão a todo aquele que infligir maus tratos

ou eliminar um animal, sem provar que foi este acometido ou que se trata de

animal feroz ou atacado de moléstia peirgosa.

Art. 14. - A autoridade que tomar conhecimento de qualquer infração desta lei

poderá ordenar o confisco do animal. nos casos de reincidência.

§ 1° - O animal apreendido, se próprio para consumo, será entregue à

instituição de beneficêncía, e, em caso contrário, será promovida a sua venda

em beneficio de instituições de assistência social;

§ 2° - Se o animal apreendido for impróprio para o consumo e estiver em

condições de não mais prestar serviços, será abatido.

Art. 15. - Em todos os casos de reincidência ou quando os maus tratos venham

a determinar a morte do animal, ou produzir mutilação de qualquer de seus

órgãos ou membros, tanto a pena de multa como a de prisão serão aplicadas

em dobro.

Art. 16. - As autoridades federais, estaduais e municipais prestarão aos

membros das sociedades protetoras de animais a cooperação necessária para

fazer cumprir a presente lei.

Art. 17 - A palavra animal, da presente lei, compreende todo ser irracional,

quadrúpede, ou bípede, doméstico ou selvagem, exceto os daninhos.

Art. 18 - A presente lei entrará em vigor imediatamente, independente de

regulamentação.

Art. 19 - Revogam-se as disposições em contrário.

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ANEXO C - ESTATUTO

ESTATUTO DA ORGANIZAÇÃO NÃO GOVERNAMENTAL VIDANOVA

BELÉM NOVO PELO BEM ESTAR DA VIDA ANIMAL.

Capítulo I - Da denominação, finalidade, sede, prazo e área de ação.

Art.1- A Organização Não Governamental (ONG) Vidanova – Belém Novo pelo Bem Estar da vida Animal uma sociedade civil, funda-se sem limite de duração, sem fins lucrativos, em caráter apartidário e aberta a todas as pessoas com as mesmas afinidades, com patrimônio próprio e distinto de seus sócios, que se regerá por este estatuto, pelo Regimento Interno e pelas normas legais pertinentes., inclusive pela Lei 9790/99; Parágrafo Único - A Vidanova poderá atuar em todo o território nacional e internacional por tempo indeterminado. Art. 2 - A Vidanova tem sede na praça Inácio Antônio da Silva n0 75 no Bairro Belém Novo, cidade de Porto Alegre (RS), onde elege, para todo e qualquer ato, seu foro, por

mais privilegiado que outro venha a ser.

Capítulo II - Dos objetivos

Art. 3 - A Vidanova tem por finalidades e objetivos:

3.1- Educação da população, em especial dainfância e da juventude, para posse responsável, buscando desenvolver o sentimento de amor, caridade,

respeito e justiça, que deve orientar o homem no trato com os animais;

3.2-Controle da população animal, através de métodos cirúrgicos e medicamentosos;

3.3-Proteção dos animais domésticos e silvestres;

3.4-Repressão aos maus tratos, atos de crueldade e abusos praticados contra

os animais;

3.5-Promover meios e recursos para o bem estar animal

3.6-Cumprir e fazer cumprir as leis ambientais e de proteção animal

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56

Art. 4- A Vidanova poderá firmar contratos, convênios, estabelecer parcerias com voluntários e com instituições públicas e/ou privadas, nacionais e/ou estrangeiras, que possuam objetivos afins, sem alterar a personalidade própria, a critério de decisão

das maiorias absolutas da Diretoria e Conselho Fiscal.

Capítulo III - Dos sócios, suas responsabilidades, direitos e deveres.

Art. 5 - São associados da Vidanova todos aqueles que assinaram a Ata de Fundação ou em seu quadro se inscreverem, estes após efetiva participação em curso de formação, divididos nas seguintes categorias: I - Fundador: É aquele que participou do ato de constituição da Vidanova ; II - Efetivo: É todo aquele que venha a ingressar ou se recadastrar na Vidanova participando regularmente das atividades; III - Colaborador: É a pessoa física ou jurídica que venha a ingressar na Vidanova com o objetivo de colaborar com suas atividades por meio de doações (financeiras, materiais e serviços), não tendo direito a voto; IV - Honorário: É aquele que por relevantes serviços prestados a Vidanova e/ou para os animais, é indicado por qualquer integrante e aprovado pela Diretoria e pelo Conselho Fiscalll, conjuntamente,não tendo direito a voto; .

Art. 6- O número de sócios é ilimitado;

Art. 7 - Qualquer pessoa poderá ingressar no quadro da Vidanova, desde que seus interesses se coadunem com os interesses da ONG Vidanova . Art. 8 - Todo associado que vier a adquirir vínculo empregatício com a entidade terá suspendido o direito de voto enquanto permanecer o vínculo.

Parágrafo único- O voto é pessoal e indelegável;

Art.9-São direitos dos associados.: I - usufruir das prerrogativas deste Estatuto e Regimento Interno para exercer seu direito perante os órgãos da ONG Vidanova ; II - participar de todos os eventos e atividades desenvolvidas pela Vidanova , desde que estejam em dia com suas obrigações para com a ONG; III - participar das assembléias gerais, tendo direito a voz para opinar, discutir ou discordar dos temas abordados; IV- - votar e ser votado; V - usufruir de todas as demais vantagens oferecidas pela Vidanova; VI - propor medidas de interesse da instituição; VII - solicitar à diretoria esclarecimentos sobre as atividades da vidanova , sendo-lhe facultado consultar, na sede social, o relatório da diretoria, o balanço geral e o parecer do Conselho Fiscal. Art. 10 - São deveres dos associados: I - Observar e cumprir todas as normas promulgadas neste Estatuto e no Regimento Interno; II - manter conduta moral e pessoal compatível com as prerrogativas da Vidanova; III - contribuir financeiramente com o pagamento, em dia, da quota mínima de contribuição; IV - acatar as deliberações das assembléias e da diretoria;

V - cumprir com pontualidade todos os compromissos assumidos perante a Vidanova.

VI – Os sócios não respondem subsidiariamente pelas ações da ONG;

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Art. 11 - O associado não poderá praticar atos visando à autopromoção ou de terceiros, nem denegrir a imagem da ONG Vidanova., sendo ainda compromisso da entidade a observância dos principios de impessoalidade, moralidade, publicidade , economicidade e ainda da eficiencia; Art. 12- A qualidade de sócio extingue-se por: I - desfiliação; II - eliminação; III – exclusão. Art. 13- A desfiliação do associado se dará unicamente a seu pedido. Art. 14- A eliminação do associado será aplicada, por decisão da diretoria e/ou Conselho Fiscal, em virtude de: I - infração legal ou estatutária; II - descumprimento de qualquer obrigação assumida perante a Vidanova. Art. 15- O associado eliminado deverá ser notificado da decisão Art. 16- Art. 16 - A exclusão do associado será feita: I - por morte do associado; II - por incapacidade civil não suprida.

Capítulo IV - Dos recursos econômicos

Art. 17 - São recursos econômicos da Vidanova : I - A contribuição mensal dos associados; II - doações e legados;

III - quaisquer outros recursos eventuais.

Parágrafo ùnico - A prestação de contas de todos os recursos e bens de origem pública recebidos pela sociedade, será feita, de conformidade com o parágrafo único do aert. 70 da Constituição Federal. Art. 18 - Ocorrendo à dissolução ou liquidação da Vidanova os recursos, os bens patrimoniais , ou seja, o patrimônio líquido, serão transferidos a outra organização não-governamental com os mesmos objetivos social da Vidanova ., assim como,

caso a sociedade venha a perder a qualificação instituída pela Lei 9790/99;

Capítulo V - Da organização interna

Art. 19 - São órgãos da Vidanova: I- A Assembléia Geral; II - A Diretoria;

III –O Conselho Fiscal.

Da assembléia geral

Art. 20 - A Assembléia Geral é o órgão decisório máximo da Vidanova, dentro dos limites legais e estatutários, reunindo-se, ordinariamente, uma vez por ano, no mês de março e extraordinariamente sempre que necessário e suas deliberações obrigam a todos os associados ainda que ausentes ou discordantes. Art. 21 - A convocação para a Assembléia Geral é de responsabilidade da diretoria. Art. 22 - Os editais de convocação deverão conter: I - A denominação da Vidanova seguida da expressão "convocação de Assembléia Geral", com a especificação de se tratar de Ordinária ou Extraordinária;

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II - o dia e a hora da reunião assim como o local de sua realização; III - o quorum de instalação em cada convocação; IV - a ordem do dia dos trabalhos; V - o número de associados em dia com a Vidanova, para efeito da apuração do quorum; VI - a assinatura do responsável pela convocação. Art. 23 - A assembléia geral extraordinária que será convocada a qualquer tempo quando a Diretoria ou o Conselho Fiscal entender necessário, ou ainda um quinto dos associados em dia com suas obrigações perante a ONG, a pedir, indicando a ordem do dia e fundamentando sua solicitação, terá competência para deliberar sobre qualquer assunto, desde que relacionado no Edital de Convocação. Art. 24 - Compete exclusivamente à Assembléia Geral Extraordinária, e mediante aprovação de dois terços dos associados presentes, deliberar sobre os seguintes assuntos: I - A denominação da Vidanova seguida da expressão "convocação de Assembléia Geral", com a especificação de se tratar de Ordinária ou Extraordinária; II - fusão, incorporação ou desmembramento da Vidanova; III - dissolução voluntária da Vidanova e nomeação do liquidante;

IV - contas do liquidante.

V – alteração do estatuto

VI- destituição dos administradores;

Parágrafo ùnico- Para as deliberações a que se refere os incisos V e VI deste artigo, é exigido o voto concorde de 2/3 dos presentes à Assembléia Geral, especialmente convocada para esse fim, não podendo ela deliberar, em primeira convocação, sem a maioria absoluta dos associados, ou ainda, com menos de um terço nas convocações seguintes Art. 25 - A Assembléia Geral Ordinária será convocada pelo presidente da Vidanova ou, no seu impedimento pelo diretor que o substitui. Parágrafo Único - Quando da convocação da Assembléia Geral Ordinária a diretoria deverá informar que se acham à disposição dos associados: I - relatório da diretoria; II - balanço e conta de sobras e perdas; III - parecer do conselho fiscal. Art. 26 - A aprovação, sem reservas, do balanço e das contas exonera de responsabilidade os membros da Diretoria e do Conselho Fiscal, salvo erro, dolo, fraude ou simulação. Art. 27 - A Assembléia Geral é composta de todos os associados presentes e em dia com suas obrigações para com a Associação. Parágrafo Único - Não poderá participar das assembléias e, conseqüentemente, votar e ser votado, o associado que tenha sido admitido depois de convocada à assembléia ou que esteja em atraso com o pagamento de seus compromissos junto à ONG. Art. 28 - Salvo nos casos previstos neste Estatuto, as deliberações serão tomadas por maioria simples de votos dos associados presentes com direito de votar, e só poderão versar sobre os assuntos constantes do Edital de Convocação. Art. 29 - É Mesa da Assembléia Geral a Diretoria. § primeiro - O Presidente ou qualquer outro membro da Diretoria ou do Conselho Fiscal, não poderá dirigir os trabalhos quando a assembléia estiver deliberando sobre o relatório e as contas da administração, sendo então substituído pelo associado que for designado pelo plenário. § segundo - O Presidente da assembléia, designado na forma do parágrafo anterior,

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escolherá um associado para, na qualidade de Secretário, compor a mesa diretora dos trabalhos. Art. 30 - É da competência das assembléias gerais a destituição de membros da Diretoria e do Conselho fiscal, em face de causas que justifiquem por deliberações de dois terços dos associados presentes. Parágrafo Único - Ocorrendo destituição que possa afetar a regularidade da administração ou fiscalização da entidade, poderá a assembléia designar, entre os associados, administradores e conselheiros fiscais provisórios até a posse dos novos, cuja eleição se efetuará no prazo máximo de 30 dias, contados a partir da destituição. Art. 31 - O que ocorrer em assembléia geral deverá constar de ata circunstanciada, que será lavrada, lida e assinada pelos integrantes da mesa diretora e por uma comissão de pelo menos dois membros designada pelo plenário. Art. 32 - A Assembléia Geral instala-se, em primeira convocação, com a presença mínima de metade mais um dos associados votantes, ou, em segunda chamada, após 30 min (trinta minutos), com qualquer número. Art. 33 - É pauta mínima obrigatória da Assembléia Geral Ordinária a prestação de contas, o relatório de atividades do ano anterior e o plano de metas para o ano em curso, a ser apresentada pela Diretoria, assim como estipular o valor da contribuição

mensal dos associados.

Da Diretoria

Art. 34 - A Diretoria é o órgão representativo, administrativo e executivo da Vidanova e compõe-se dos cargos de Diretor-Presidente, Diretor-Administrativo, Diretor-Financeiro, Diretor Técnico-Científico , Diretor de Educação Ambiental e Eventos, e Diretor jurídico, eleitos em Assembléia Geral, com direito a voto e mandato de dois anos. Art. 35 - No caso de impedimento de algum membro da Diretoria exercer suas funções por período inferior a 90 dias, será adotado o seguinte procedimento: I - O Diretor- Presidente será substituído pelo Diretor-Administrativo e este por aquele; II - O Diretor-Financeiro será substituído pelo Diretor-Administrativo e este por aquele. Art. 36 - No caso de afastamento de membros da Diretoria em número que atinja 50% de ausência, por período superior a 90 dias, será convocada assembléia geral extraordinária, para eleições, visando à substituição do(s) membro(s) para a conclusão do mandato. Art. 37 - Havendo afastamento de três ou mais membros da Diretoria, desfazer-se-á esta e a Assembléia Geral será convocada extraordinariamente pelo Presidente do Conselho fiscal para que, em 30 (trinta) dias, se vote uma nova Diretoria, sendo que, provisoriamente, responderá pela Diretoria o Conselho fiscal da Vidanova. Art. 38 - No impedimento de todos os membros da Diretoria, ou no caso de vagarem todos os cargos por qualquer motivo, o Conselho Fiscal convocará imediatamente Assembléia Geral Extraordinária para eleição de novos diretores, podendo designar, até que ela se realize, administradores provisórios entre os associados. Art. 39 - Não podem compor uma mesma Diretoria os parentes entre si até segundo grau em linha reta ou colateral. Art.40 - Compete à Diretoria: I - administrar e representar a associação judicial e extrajudicialmente, ativa e

passivamente, em todos os atos que se fizerem necessários,

II - administrar a Vidanova, pelas atividades e poderes conferidos a cada diretor; III - atender às solicitações do Conselho e dos associados nos esclarecimentos de irregularidades; IV - respeitar e fazer respeitar o Estatuto e Regimento Interno vigentes;

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V - aplicar integralmente e corretamente seus recursos na manutenção e desenvolvimento dos seus objetivos sociais; VI - verificar a situação econômica da Vidanova e aprovar os balancetes mensais, bem como o desenvolvimento dos planos traçados; Art. 41 - Compete ao Diretor-Presidente:

I - representar a Vidanova, ativa e passivamente, em juízo ou fora dele,

II - convocar e presidir as assembléias gerais e as reuniões de Diretoria, ressalvados o disposto no Art. 29. III - supervisionar, coordenar e dirigir as atividades da Vidanova; IV -apresentar à Assembléia Geral Ordinária o relatório anual da Diretoria. Art. 42 - Compete ao Diretor-Administrativo: I - formalizar a admissão e demissão de empregados, observado o disposto no inciso I do artigo anterior; II - praticar, juntamente com o Diretor-Presidente, os atos previstos no inciso I do artigo anterior; III - secretariar as reuniões da Diretoria; IV - praticar todos os demais atos de natureza administrativa da Vidanova. Art. 43 - Compete à Diretoria: I - manter em ordem e atualizada a documentação contábil da Vidanova; II - manter-se informado e apto a informar aos demais membros da Diretoria e aos do Conselho fiscal sobre a posição contábil da entidade; III - abrir e movimentar em conjunto com o Diretor-Presidente, as contas bancárias da Vidanova; IV - praticar, juntamente com o Diretor-Presidente, os atos previstos no inciso I do Art.40. Art. 44 - Compete ao Diretor Técnico-Científico: I - elaborar e desenvolver projetos; II -elaborar pareceres técnicos; III -viabilizar a aquisição de materiais necessários aos projetos da Vidanova; IV -apoiar todos os projetos; V - buscar parceria para a realização de cursos, Art. 45 - Compete ao Diretor de Educação Ambiental e Eventos: I - manter-se informado e atualizado das atividades nacionais e internacionais de interesse da ONG; II - manter o associado sempre atualizado sobre os temas afins da Vidanova; III - organizar atividades, cursos ou palestras sobre assuntos de interesse dos objetivos da ONG; IV - cultivar o espírito de solidariedade entre os associados; V - organizar eventos que proporcionem encontros de confraternização e espírito de integração; VI - oferecer cursos e palestras com temas voltados para a educação ambiental;

VII - elaborar e organizar eventos com o objetivo de arrecadar fundos para os projetos

Art.46- Compete ao Diretor Jurídico:

I-Dar assessoria jurídica e orientação a todos os atos que seja necessário a presença de advogado devidamente habilitado.

Do Conselho Fiscal

Art. 47 - O Conselho Fiscal é formado por 3 (três) membros titulares e três membros suplentes com direito a voto, com mandato de 2 (dois) anos, permitida a recondução.

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Art. 48 - Os membros do Conselho serão votados em Assembléia Geral, e estes escolherão o Presidente do Conselho. Art. 49 - As reuniões do Conselho se darão, ordinariamente, uma vez por mês ou a qualquer momento quando se fizer necessário, e está aberta a qualquer associado. Art. 50 - Todas as reuniões do Conselho Fiscal serão transcritas em Ata e esta ficará sob a guarda e responsabilidade da secretaria da Vidanova. Art. 51 - Compete ao Conselho Fiscal: I - exercer sistematicamente fiscalização nas atividades da Vidanova, por intermédio do exame mensal dos relatórios e balancetes e dos livros e documentos da ONG; II - apreciar o balancete mensal e verificar, a qualquer momento, a posição de caixa; III - apresentar à assembléia Geral Ordinária o parecer sobre os negócios e operações sociais, tomando por base o inventário, o balanço e as contas do exercício; IV - apresentar à Assembléia Geral irregularidades que apurar, podendo, para tanto, determinar os competentes procedimentos; V - solicitar à diretoria esclarecimento sobre irregularidades; VI - convocar extraordinariamente, em qualquer tempo, a Assembléia Geral se

ocorrerem motivos graves e urgentes.

VII - deliberar sobre a avaliação, seleção e contratação de técnicos para os projetos da

Vidanova.

VIII- opinar sobre os relatorios de desempenho financeiro e contábil, bem como sobre as operações patrimoniais realizadas, podendo emitir pareceres para os organismos

superiores da entidade;

IX- poderá ainda, o conselho fiscal, instituir remuneração aos dirigentes da sociedade, que efetivamente atuem na gestão executiva, bem como aos que a ela prestem serviços específicos, respeitados, em ambos os casos, os valores praticados pelo

mercado na região correspondente a área de atuação;

Capítulo VI

Das eleições

Art. 52 - As eleições para o Conselho Fiscal e para a Diretoria se darão de dois em dois anos, sempre no mês de março, na Assembléia Geral Ordinária. Art. 53 - Para os cargos da Diretoria e Conselho Fiscal poderão se inscrever os associados em composição de chapa(s). Art. 54 - O prazo de inscrição para concorrer nas eleições é de 10 dias antes das eleições. Art. 55 - Somente poderá participar do processo eletivo o sócio que cumprir as condições abaixo determinadas: I - Estiver em dia com suas obrigações; II - Estiver inscrito como sócio efetivo antes da publicação do Edital de Convocação.

Capítulo VII

Das penalidades

Art. 56 - Ao infringir as disposições do presente Estatuto, bem como do Regimento Interno, fica sujeito a responder por seus atos perante o Conselho Fiscal, sem prejuízo

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das ações cíveis, como indenizações, e criminais, lhe sendo assegurado à ampla defesa e o uso do contraditório, na forma da Lei,

Capítulo VIII

Das Disposições Gerais

Art. 57 – A prestação de contas feitas pelo orgão competente da entidade, deverá sempre observar os princípios fundamentais de contabilidade bem como as normas Brasileiras de Contabilidade, sendo que, sempre no encerramento do exercício fiscal, deverá a entidade dar publicidade através dos meios convencionais do relatorio de todas as atividades e das demonstrações financeiras da entidade, inclusive certidões negativas de débitos junto ao INSS e FGTS, se for o caso, colocando à disposição

para o exame de qualquer cidadão;

Art. 58- Poderá ser determinado, se for o caso, a realização de auditoria, inclusive por auditores externos independentes, se for o caso, da aplicação dos eventuais recursos objeto de termo de parceria, conforme o ajustado no art. 17, inclusive em

seu Parágrafo ùnico do presente estatuto.

Art. 59-Os casos omissos, que não puderem ser resolvidos pela Diretoria ou pelo Conselho Fiscal, serão remetidos à assembléia geral. Art. 60 - Este Estatuto entra em vigor a partir de sua aprovação em assembléia e

registro em cartório.

Porto Alegre,15 de maio de 2004.