citologia 4º bimestre

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  • 8/18/2019 Citologia 4º Bimestre

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    “Proliferação, diferenciação e apoptose” - Frase chave da embriologia.Delaminação - Formação de cavidades e entrada de líquidos.

    Gametogênese• É o processo pelo qual células germinativas (2n) geram células altamente

    especializadas (n).• As células germinativas são as espermatogônias e ovogônias.• As células 2n tem um conjunto diploide de cromossomos. Na espécie

    humana 23 cromossomos oriundos do espermatozóide e 23 oriundos doovócito II.

    • A redução do número de cromossomos é oriundo do processo denominadomeiose I, que faz parte da gametogênese. Esse processo possibilita areprodução sexuada.

    • Ela, a gametogênese, acontece nas gônadas, testículos nos homens eovários nas mulheres.

    • Ocorre um processo de variabilidade genética, advindo do crossing over naprófase I da meiose I.

    • Tem como resultado/consequência a redução do numero de cromossomos,variabilidade genética (crossing over na prófase I) e alterações da forma

    celular.• Quando é determinado o sexo do indivíduo:1. Determinação do sexo genético, no momento da fecundação. Depende

    exclusivamente do espermatozóide (que carrega ou o comossoma X ouY). Ainda apresentam gônadas indiferenciadas.

    2. Determinação do sexo gonadal.• Por volta da 4ª semana do desenvolvimento embrionário, as células

    germinativas primordiais, com origem na parede do saco vitelínico,são diferenciadas e sofrem migração por movimentos amebóides

    para uma região específica, onde sofrem proliferações, formando osbrotos genitais.

    • Dão origem a canais, os canais mesonéfricos (canais de Wolff) eparamesonéfricos (canais de Muller).

    3. Determinação do sexo hormonal, diferente nos homens e nas mulheres,serão estudadas a partir dos tópicos de gametogênese masculina egametogênese feminina (desenvolvimento embrionário do sistemareprodutor masculino/feminino).

    4. Determinação do sexo secundário. Após o nascimento ainda há odesenvolvimento das características sexuais secundárias e dos órgãosreporodutores.

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    Gametogênese MasculinaDesenvolvimento Embrionário do Sistema Reprodutor Masculino• Por volta da 5ª semana do desenvolvimento embrionário, o gene SRY,

    promotor da substância MIF (fator inibitório de Muller) ou FDT (fatordeterminante testicular).

    • O gene SRY inibe a formação dos órgãos femininos, formando o testísculo,que contém as células de Leydig e elas, sob a influência de hCG(gonadatrofina coriônica humana) produz testosterona, indicando aprodução de um sistema reprodutor masculino completo.

    • O testículo embrionário contém túbulos seminíferos que formam cordõesmaciços e praticamente sem luz (não há a espermatogênese), lá sãoobservadas as:

    • Células de Leydig (células instersticias): são responsáveis pela produçãode testosterona, que promove a diferenciação da genitália externa.

    • Células indiferenciadas, que, na puberdade sofrem diferenciação emcélulas de Sertoli.

    • Espermatogônias.• Na puberdade, sob ação dos hormônios LH e FSH (produzidos pelahipófise) há um aumento do diâmetro dos túbulos seminíferos,diferenciação das células de Leydig e de Sertoli, crescimento dos genitais edesenvolvimento das características sexuais secundárias.

    • O LH ativa as células de Leydig que começam a produzir a testosterona ea ativina, que faz um feedback positivo na hipófise (produtora de LH).

    • O FSH ativa as células de Sertoli que vão expressar um receptor demembrana (ABP) que vai promover uma ligação com a testosterona e a

    ativação da espermatogênese. As células de Sertoli produzem também ainibina, um hormônio que faz feedback negativo na hipófise.

    Túbulos Seminíferos e Epitélio Seminífero• Os túbulos seminíferos são envoltos por membrana basal e células

    pavimentosas mióides.• O tecido instersticial, entre os túbulos seminíferos, há células de Leydig e

    grande quantidade de Leydig.• O epitélio seminífero apresenta células da linhagem espermatogênicas e

    de sertoli e não segue a nomenclatura geral dos epitélios.• Células de Sertoli:

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    • Apresenta o tamanho (altura) do epitélio.• Apresenta numerosos prolongamentos citoplasmáticos laterais.• Região apical extremamente irregular.• As células de Sertoli são dispostas de maneira regular no epitélio e são

    unidas umas as outras por junções de oclusão, cria, portanto,

    compartimentos de composição iônica e molecular próprias.• Apresenta numerosas junções do tipo GAP, permitindo a passagem de

    cAMP e de mediadores químicos de ação local.• Essas células promovem uma barreira hematotesticular, importante pois

    os espermatozóides apresentam carga genética diferente das outrascélulas do corpo (devido ao crossing over contínuo) e podem ser tidascomo células estranhas pelo sistema imunológico.

    Barreira Hematotesticular:• Divide o epitélio em compartimento basal contendo espermatogônias e

    espermatócitos I e compartimento adluminal contendo demais estágios dalinhagem espermatogênica.

    • Tem uma importância grande pois cria um ambiente adluminal rico emandrógenos e íons, além de promover a proteção dessse compartimentoadluminal.

    Espermatogênese:

    • Apresenta uma fase de multiplicação, responsável pelo aumento donúmero de células, outra de crescimento, em que há a diferenciaçãocelular e a meiótica, em que ocorre a divisão meiótica.

    • Espermatogônias(2n) (localizadas na região basal):• Do tipo A divide-se por mitose formando 2 células do tipo A que podem,

    ou não, se diferenciar em células do tipo B. Isso ocorre com o objetivode aumentar o número de células.

    • Do tipo B divide-se por meiose, participando, efetivamente, daespermatogênese. Podem também dividir-se por mitose para promover

    o aumento do número de células do tipo B. Essas células do tipo B sãomantidas unidads por pontes citoplasmáticas que permitem umadessincronização do desenvolvimento, só de um grupo de células, nãode todas estão no mesmo ponto da meiose. Se estivesses só haveriaprodução de espermatozóides a cada 45 dias (tempo de demora pelaespermatogênese).

    • A espermatogônia do tipo B sofre diferenciação aumentando o tamanho,sendo chamada de espermatócito I(2n) que se desloca para ocompartimento adluminal, onde irá iniciar o processo de divisão meiótica

    (ele pode até iniciar a meiose no compartimento basal, mas depois daprófase I, onde ocorre o crossing over e o DNA passa a ser reconhecido

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    como um corpo estranho, essa célula deve estar no compartimentoadluminal).

    • Ao final da meiose I, que é reducional, há a formação de doisespermatócitos II(n). Eles passam pela meiose II, formando 4espermátides(n).

    • A última etapa é a diferenciação celular das espermátides emespermatozóides(n), para que ele consiga realizar a sua função. A esseprocesso dá-se o nome de espermiogênese (etapa da espermatogênese).Os resíduos de citoplasmas resultante do processo de diferenciação dasespermátides em espermatozóides é fagocitado pela célula de Sertoli.

    • “O complexo de Golgi é o local onde a proteína ganha especificidadebiológica. Como a função do espermatozóide não é produzir proteínas, ocomplexo de golgi vai produzir, por último, enzimas lizossomais que vãodar origem ao acrossoma. O restante vai sofrer autofagia. O centrossomaorganiza os microtúbulos nas célula em intérfase e em divisão. Como nãohaverá mais divisão, não há necessidade de centrossoma, os centríolos seseparam e migram para a região próxima a membrana, atua como umcorpo basal que vai dar origem a um axonema que vai dar origem aformação do flagelo. O núcleo não vai ter tanta atividade, perde onucleoplasma e se condensa, moldado pelo acrossoma. Todas asmitocôndrias migram para ficar em torno do axonema.” (JUNÇÃO DECONTEÚDOS)

    Gametogênese Feminina• As condições de fecundação, condições de desenvolvimento e proteção do

    feto/embrião e o estabelecimento de condições de parto e lactação sãosincronizadas por um complexo hormonal (mais complexo que o do homempelo vasta quantidade de coisas que esses hormônios precisam regular).

    Desenvolvimento Embrionário do Sistema Reprodutor Feminino• Por volta da 3ª semana do desenvolvimento embrionário os gonócitos vão

    migrar das paredes do saco vitelínico formando os cordões mesonéfricos eparamesonéfricos.

    • Pela 10ª semana do desenvolvimento embrionário, a ausência do MIF/FDT(fator determinante testicular), toda a rede primitiva vai dar origem aoovário fetal (vão fazer uma série de expressões gênicas que vãodeterminar a produção de hormônios).

    Estrutura Histológica do Útero

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    1. Endométrio• É a mucosa uterina, contém tecido epitelial cilíndrico simples e lâmina

    própria com glândulas tubulares.• Constituída de 2 camadas, a basal (mais externa), que possibilita a

    proliferação de glândulas e células do conjuntivo e a funcional (mais

    interna), que é descamada na menstruação.2. Miométrio

    • Apresenta 3 camadas de músculo l iso, importantes nodesenvolvimento embrionário bem como no processo de parto(capacidade de hiperplasia e hipertrofia).

    3. Perimétrio• Composto pelo mesotélio e pelo tecido submesotelial.

    Ciclo Menstrual ou Endometrial• Para desenvolver e manter essas funções, o útero sofre modificações

    cíclicas, denominada de ciclo menstrual ou endometrial.• São alterações cíclicas no endométrio determinadas pela variação dos

    níveis de estrógeno e progesterona.• É dividido em 3 fases: menstrual, proliferativa (estrogênica) e secretora

    (progesterônica).1. Fase proliferativa (dias 4 a 14)

    • Dura, aproximadamente, 9 dias.

    • Há a formação de uma grande quantidade de glândulas, determinar umaumento na espessura do endométrio e um aumento do teor de água doendométrio.

    2. Fase secretora (dias 15 a 28)• Dura, aproximadamente, 13 dias.• Inicia-se após a ovulação.• Há um acúmulo das secreções das glândulas (mucopolissacarídeos e

    glicogênio) e um aumento da irrigação pelas artérias espiraladas.3. Fase menstrual (dias 1 a 4)

    • Dura, aproximadamente, 4 dias.• Ocorre a descamação da camada funcional do endométrio, através de

    isquemia das artérias espiraladas (apoptose, ou seja, morte celularprogramada).

    Ovogênese:• Processo pelo qual células germinativas/ovogônias (2n) geram células (n)

    no máximo grau de especialização, ou seja, gametas/ovócitos II.• A ovogênese é divida em 3 fases: de multiplicação, de crescimento e de

    diferenciação (meiose).

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    1. Fase de mutiplicação• Inicia-se na vida intra-uterina, em que um ovário fetal contêm gonócitos,

    que se diferenciam-se em ovogônias (2n)• Acontece exclusivamente pelo processo de mitose.

    • Quando não conseguem mais realizar mitose, após um certo grau dediferenciação, as ovogônias (2n) passam a ser chamadas de ovogôniasde última ordem (2n).

    • Essa fase ocorre até a 15ª semana do desenvolvimento embrionário2. Fase de crescimento

    • Ovogônias de última ordem (2n) sofrem um aumento de volumeacentuado (ou seja, um processo de diferenciação), sendo chamados deovócitos 1ª (2n).

    • Isso acontece da 15ª semana do desenvolvimento embrionário até o 7ºmês de gravidez.

    3. Fase de diferenciação• Acontece no 7º mês da vida intra-uterina.• Os ovócitos 1ª iniciam a meiose I, realizando as 4 primeiras sub-fases

    da prófase I (fase mais longa do processo), que é interrompida até aadolescência.

    • Os ovócitos 1ª são envolvidos por células pavimentosas denominadascélulas foliculares, e, o conjunto do ovócito 1ª com essas células

    foliculares é chamado de folículo primordial.• No nascimento há, aproximadamente, 2 milhões de folículos primordiais.Na puberdade há cerca de 40 mil folículos primordiais eaproximadamente 400 são ovulados durante o período reprodutivo.

    Desenvolvimento Folicular• Na puberdade, entre 10-12 anos, através de fatores culturais, biológicos,

    físicos e químicos, ocorre o desenvolvimento folicular. para a ovulação.• O hipotálamo ativa a hipófise que produz o LH e o FSH. Esse último

    (FSH) ativa as células foliculares.• Os folículos primordiais são constituídos pelo ovócito I (2n) e uma camadade células foliculares.

    • Os folículos aumentam seu volume e organelas, transformando as célulasfoliculares de pavimentosas para cubóides. São denominados, então, defolículo 1ª unilamelar (1 camada de células foliculares) e multilamelar (maisde 1 camada de células foliculares).

    • O desenvolvimento folicular é uma proliferação de células foliculares pormitose (forma a camada granulosa). Os ovócitos I também secretam

    glicoproteínas que vão formar a zona pelúcida. Além disso, as células doestroma ovariano (tecido conjuntivo em que os folículos estão imersos)

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    formam a teca externa. Os espaços entre as células foliculares formam olíquido folicular, composto predominantemente por água, íons, proteínas,hormônios (progesterona, estradiol, inibina e ativina, que regulam aliberação de FSH e LH). O líquido folicular é responsável pela delaminaçãodo folículo.

    • O folículo 2ª ou antral é caracterizado pela formação do antro contendolíquido folicular (é formado pelo processo de delaminação). Há, nessesfolículos, também a formação da corona radiata (camada de células dagranulosa em torno do ovócito I) e do cúmulo oóforo (que junta a coronaradiata a camada granulosa).

    • O folículo maduro (ou de Graaf) tem uma separação do cúmulo oóforo dacorona radiata e a corona radiata e o ovócito I flutuam no líquido folicular.

    • O final do desenvolvimento folicular é o final da meiose I do ovócito I (2n),que estava estacionada em prófase I. Assim, será gerado o 1º glóbulo polare um ovócito II (n).

    • Agora, o ovócito II (n) entra em meiose II e estaciona na fase de matáfaseII.

    • O LH vai estimular a ovulação  (liberação do ovócito II) e a fecundação,uma vez que atua na musculatura lisa das fímbrias da tuba uterina. Ofolículo, depois da ovulação, pelo estímulo do LH, vai formar o corpo lúteo.

    • o Corpo Lúteo é uma glândula endócrina. As células do corpo lúteo passama produzir em grande quantidade a progesterona, que tem como células

    alvo as do endométrio a fim de manter a fase secretora para liberarglicogênio, acumular líquidos e formar as artérias espiraladas.

    Liberação, Transporte deGametas e Fecundação

    IntroduçãoA cada ciclo endometrial estimulado pelo FSH, um grupo de folículos vai sedesenvolver e apenas 1 vai chegar a formar um folículo maduro. O pico deLH estimulado pela hipófise, faz a liberação do ovócito II em metáfase II.Após a liberação, o folículo rompido forma uma glândula temporária, o corpolúteo, que terá ações diferentes no caso de haver (manter a fase secretora,inibir a produção do LH e FSH - para não haver o desenvolvimento folicular -formação de uma placenta primitiva que produz hormônios que vão estimularo corpo lúteo a continuar a produção de progesterona) ou não fecundação( o corpo lúteo degenera, baixos níveis de progesterona que vão estimular a

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    produção do FSH e LH novamente - tem que começar um novodesenvolvimento folicular -).

    Ovulação• A ovulação consiste no rompimento do folículo maduro e a liberação do

    ovócito II (n) com a zona pelúcida e a corona radiata (esse folículo já estápróxima do local onde deve ser ovulado, no espaço entre o ovário e asfímbrias da trompa uterina).

    • Ela é induzida pela liberação de LH pela hipófise. Essa liberação de LH vaiestimular muitos eventos, que são chamados de eventos do estigma.• O LH vai estimular as células da teca (externa e interna) a produzirem

    enzimas hidrolíticas, que vão promover a digestão enzimática de célulasfoliculares da camada granulada. Tudo isso acarreta em um aumento depressão do líquido intrafolicular. Depois disso tudo acontecer, acontecea ovulação (rompimento e liberação do ovócito.

    • É liberado o ovócito II circundado pela zona pelúcida e pela corona radiata• Vai ser capturado, então, pelas fímbrias da tuba uterina que, pelo estímulo

    do LH, vão realizar movimentos contráteis de varredura coordenados(através de várias junções GAP) que vai, através dos epitélio ciliar esecretor, movimentar o ovócito II. Esse ovócito fica no 1º 1/3 da tubauterina. No epitélio da tuba uterina há também a produção de muco, paradiminuir o atrito entre o próprio epitélio e o ovócito, que também vem

    protegido pela corona radiata (função dela é proteger a membrana doovócito II).

    Liberação e Transporte dos Espermatozóides• O sêmen é um solução onde os espermatozóides estão imersos. Ele

    contém substâncias que vão favorecer a fecundação, como mucolubrificante, água para manter a osmolaridade, tampões que neutralizam opH vaginal, substâncias que farão a nutrição do espermatozóide eprostaglandinas, que vão atuar na contração da musculatura lisa das

    trompas.• O espermatozóide tem que percorrer do fundo da vagina até o 1º 1/3 da

    tuba uterina. Para realizar esse trajeto, além dos componentes do sêmen,conta com a sua motilidade própria (que só é ativada depois da ejaculação)como a do aparelho do reprodutor feminino.

    • Os obstáculos enfrentados nesse transporte são: o muco cervical, com umpH ácido. A junção útero-tubária (esfíncter funcional) e o movimento nosentido contrário ao espermatozóide do epitélio ciliar.

    Fecundação1. Reação de Capacitação do Espermatozóide

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    • O espermatozóide deve proteger a sua membrana plasmática, uma vezque lá estarão expressos receptores de membrana fundamentais para aviabilização da fecundação.

    • Essa proteção, feito por glicoproteínas na região apical da membranaplasmática, no trato genital feminino, não tem mais sentido, uma vez

    que a membrana deve estar exposta para entrar em contanto com azona pelúcida do ovócito II.

    • Então, no trajeto até a tuba uterina, há a remoção dessas glicoproteínasque realizam a proteção da membrana apical do espermatozóide.

    • Essa reação de capacitação proporciona o aumento da motilidade doflagelo, uma vez que são ativados canais iônicos que aumentam aentrada de Ca2+ que aumentam a hiperpolarização… Agora também háa expressão (inserção na membrana plasmática) de receptores deglicoproteínas da zona pelúcida.

    2. Reação Acrossômica do Espermatozóide• Depois de realizada a reação de capacitação, o espermatozóide está

    apto a realizar a reação acrossômica. Entretanto, essa reaçãoacrossômica só acontece quando há o contato do espermatozóide comas células da corona radiata.

    • Consiste na fusão da membrana do acrossoma com a membrana doespermatozóide. Com essa fusão ocorre a liberação de enzimashidrolíticas, para possibilitar a dissolução das células da corona radiata.

    • A passagem do espermatozóide pela corna radiata pelo conjuntos deenzimas liberados pela reação acrossômica e pelo movimento da caudado espermatozóide. Todos os espermatozóides trabalham juntos.

    • Quando passam pela zona pelúcida, acontece uma adesão doespermatozóide nela (a zona pelúcido é um conjuntos de glicoproteínasque são reconhecidas por receptores de membrana da região apical doespermatozóide). Acontece a passagem através da zona pelúcida.

    • Então, acontece a fusão das membranas plasmáticas do ovócito e doespermatozóides. Essa fusão vai possibilitar a introdução do núcleo do

    espermatozóide ao citoplasma do ovócito, onde passa a serdenominado de pró-núcleo masculino.3. Reação Cortical do Ovócito II

    • Depois que aconte a penetração do núcleo do espermatozóide noovócito, para impedir a triploidia (que outro núcleo, de outroespermatozóide entre no ovócito), há a reação cortical.

    • O ovócito vai promover a liberação de enzimas contidas em vesículasna região cortical, que vão promover a inativação de glicoproteínas ereceptores para espermatozóides, impedindo a ligação de outros

    espermatozóides.

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    • Além disso, o conteúdo dessas vesículas corticais promovem oafastamento da membrana plasmática da zona pelúcida, criando-se umespaço denominado de membrana de fecundação.

    • O contato do espermatozóide promove:• Ativação do ovócito II, realizando o término da meiose II, formação do 2º

    corpúsculo polar.• Formação do pró-núcleo feminino.• Acontece então o crescimento dos pró-núcleos (duplicação do DNA)

    para, só então, acontecer a fusão desses pró-núcleos (início da vidapara a biologia).

    • Dentre as consequências da fecundação, estão:• O reestabelecimento do número diplóide da espécie.• Da variabilidade genética.• Determinação do sexo genético.• Ativação da clivagem/segmentação.

    1ª Semana do DesenvolvimentoEmbrionário

    Eventos da 1º Semana do Desenvolvimento Embrionário• Fertilização.• Segmentação/clivagem.• Formação da mórula.• Formação do blastocisto.• Implantação.• Formação do hipoblasto.

    Segmentação/Clivagem

    • Ocorre induzido pela fecundação no trajeto entre o 1º 1/3 da tuba uterinaaté o útero.

    • Consiste em repetidas divisões mitóticas que resultam em um rápidoaumento do número de células.

    • Essa divisão mitótica resulta no aumento do número de células semaumentar o volume, isso é possível devido a ausência da fase G1 do ciclode divisão celular. Isso é necessário para a mórula passar pela junçãouterotubário.

    •Ciclo de divisão celular:1. Intérfase (não está se divindo)

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    • Período G1: fase de crescimento da células até chegar no pontoG0 ,onde ela desenvolve suas funções características.

    • Período S: fase de duplicação do material genético.• Período G2: fase de condensação do material genético.

    2. Fase M (está se divindo)

    • Perdura ao redor de 4 dias.• Os blastômeros (células resultantes das divisões do zigoto) da 1ª e 2ª

    divisão são totipotêntes. A partir da 3ª divisão, onde formam-se 8 células,elas perdem a totipotências, uma vez que, quando separadas, não formamum indivíduo completo (gêmeos univitelinos são formados por separaçãode blastômeros da 1ª ou 2ª divisão).

    • Ao final da 1ª e 2ª divisão já começam a se expressar na membrana dosblastômeros inumeras CAMs (proteínas de adesão).

    Mórula• Formada por uma massa celular (16 blastômeros) circundada pela zona

    pelúcida e expressam CAMs, que ambas permitem a compactação.• Sofrem um grande processo de compactação e entra na cavidade uterina.

    Blastocisto• Sua formação é por volta do 4º dia e ele fica imerso nos fluídos da

    cavidade uterina.

    • Esse líquido uterino entra na mórula através da zona pelúcido.• Esse líquido divide a mórula em 2 massas celulares distintas (delaminação)que unidas tem o nome de blastocisto.

    • O espaço entre essas massas celulares recebe o nome de cavidadeblastocística.

    • Trofoblasto: camada externa de células, dará origem a parte embrionáriada placenta.

    • Embrioblasto: grupo de blastômeros que dará origem ao embrião.• O blastocisto é o alvo de reprodução assistida pois ele que sofre

    implantação no útero.

    Implantação• Após a diferenciação dessas duas massas celulares distintas a zona

    pelúcida vai ser diluída, uma vez que o trofoblasto expressou diversasCAMs que manterão essa estrutura unida.

    • O início da implantação do blastocisto ocorre em torno do 6º dia após afecundação e acontece no endométrio da parede posterior do útero.

    • A adesão (penetração) do blastocisto com o endométrio ocorre na fase

    secretora que acarreta na diferenciação do trofoblasto em duas camadas:citotrofoblasto (interna) e sinciciotrofoblasto (externa).

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    • A camada sinciciotrofoblasto faz uma intensa divisão celular a partir domomento que entra em contato com o endométrio. Além disso, essascélulas que se dividiram sofrem fusão, resultando em uma massaprotoplasmática multinucleada.

    • Prolongamentos digitiformes dos sinciciotrofoblasto invadem o endométrio

    liberando enzimas hidrolíticas que promovem a erosão do endométrio quepermite a penetração do blastocisto no endométrio. Liberação do hCGnessa época do desenvolvimento embrionário pelo sinciciotrofoblasto (eoutros hormônios) impede a involução do corpo lúteo.

    • O embrioblasto, simultaneamente a implantação, diferencia-se em 2camadas:1. Epiblasto: uma camada de células voltada para o endométrio e para o

    sinciciotrofoblasto.2. Hipoblasto: uma camada de células voltada para a cavidade

    blastocística.• Uma cavidade entre o epiblasto e o o citotrofoblasto é formada,

    denominada de cavidade amniótica.• A cavidade entre o hipoblasto e o citotrofoblasto é o saco vitelino.• Há também um espessamento do hipoblasto que indica o local do

    desenvolvimento da boca (chamado também de placa pré-cordal).

    2ª Semana do DesenvolvimentoEmbrionário

    Formação da Cavidade Amniótica• Amnioblastos são células oriundas da diferenciação de células do

    epiblastos. Eles, os amnioblastos, formam o âmnio que envolve a cavidadeamniótica.

    Formação do Mesoderma Extra-Embrionário• Células migram do hipoblasto e formam a membrana exocelômica. Essa

    membrana e a cavidade são denominadas de saco vitelínico primitivo. Ascélulas da membrana exocelômica começam a sintetizar componentes deuma matriz extracelular, tecido conjuntivo frouxo (se comportam COMO umfibroblasto, não é um), que começa a se depositar entre o citotrofoblasto ea membrana exocelômica, dando origem ao mesoderma extra-embrionário

    •Cavidade no mesoderma extra-embrionário dão origem ao celoma extra-embrionário (cavidade coriônica), através de delaminação. Essa cavidade

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    preenche quase todo o espaço do mesoderma extra-embrionário, excetopor uma região, que dará origem ao cordão umbilical.

    • O que restar do mesoderma extra-embrionário somado ao citotrofoblastovai formar o que é denominado de córion.

    Formação da Circulação Útero-Placentária• Surgem lacunas no sinciotrofoblasto que fazem comunicação com as

    atérias espiraladas do endométrio materno.• Essas lacunas são preenchidas com sangue materno e secreções das

    glândulas endometriais. As trocas metabólicas acontecem por transporteatravés de membrana, portanto, não há o contato direto do sangue edessas secreções com o embrião.

    • No 10º dia ocorre o final da implantação.• Há a formação do tampão, constituído por coágulo sanguíneo do sangue

    endometrial.• O espessamento do hipoblasto no final da 1ª semana do desenvolvimento

    embrionário indica o local do desenvolvimento da placa pré-cordal. Essaplaca vai determinar a formação da linha primitiva, que vai dar origem aosulco primitivo e a notocorda que vai garantir a simetria bilateral doembrião.

    3ª e 4ª Semanas doDesenvolvimento Embrionário

    Eventos da 3ª Semana do Desenvolvimento Embrionário• Caracteriza-se pelo rápido desenvolvimento do embrião.• A gastrulação acontece, que é um processo pelo qual o embrião bilaminar

    é convertido em um embrião trilaminar.

    • A gastrulação representa o início da morfogênese.

    Gastrulação• Formação da linha primitiva marca o início da gastrulação.• Uma intensa proliferação de células do hipoblasto convergem para a região

    central e formam a linha primitiva. O embrião bilaminar passa de umaforma de disco para uma forma oval. (A Ana Meyer e o slide dela dizhipoblasto. O vídeo dela e o Moore dizem epiblasto…… e agora?)

    • Formação do sulco primitivo a partir da linha primitiva.

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    • Na região central, há a formação do nó primitivo, que é um acúmulo decélulas na extremidade cefálica do sulco primitivo. O nó primitivo apresentauma depressão chamada de fosseta primitiva.

    • Formação de uma endoderme definitiva, a partir de células que migram doepiblasto.

    • Células derivadas do epiblasto migram para o espaço entre o epiblasto e oendoderme definitivo e formam o mesoderma embrionário. E, assim, há aformação de um disco trilaminar.

    • Ocorre uma expansão, então, do mesoderma embrionário a medida queoutros eventos acontecem na 3ª semana.

    Formação da Notocorda• Proliferação, diferenciação e apoptose de células do nó primitivo para

    formar o canal notocordal.• A notocorda é fundamental para o desenvolvimento do esqueleto axial

    além de ser indutor da placa neural

    Formação do Tubo Neural• A formação da notocorda em contato com a ectoderme induz a formação

    da placa neural.• A placa neural é um grupo de células localizadas acima da notocorda,

    oriundas da camada ectodérmica que sofrem invaginação e diferenciação

    para a formação de uma placa espessa. (toda a mofogênese é, também,determinada pelo citoesqueleto).• Invaginação da placa neural forma a goteira neural. Posterior fechamento

    da goteira neural e origem do tubo neural.

    Diferenciação do Mesoderma• Em para-axial (próximo a notocorda)

    • Sua segmentação dá origem aos somitos (determinam a idade doembrião) que acompanha o eixo da notocorda.

    • Cada somito diferencia-se em 3 partes de massas celulares:esclerótomo (estruturas ósseas), miótomo (estruturas musculares) edermátomo (estruturas dérmicas).

    • Sindótomo seria uma massa celular, também no somito, específica paraformar tendões (ainda não está na literatura, descoberto recentemente).

    • Mesoderma intermediário• Mesoderma lateral

    • Sofre delaminação e forma 2 camadas, sendo que o espaço entre essascamadas dá-se o nome de celoma:

    1. Somática (ou parietal): contínua ao mesoderma que recobre oâmnio.

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    2. Visceral (ou esplânica): contínua ao mesoderma que recobre osaco vitelínico.

    Desenvolvimento do Sistema Cardiovascular• Grupos de células mesenquimais da parede do saco vitelínico formam

    ilhotas sanguíneoas.• As ilhotas sanguíneas originam células sanguíneas primitivas (nucleadas) e

    vasos. A rede de vasos é formada pela fusão de pequenos vasos.• A placa cardiogênica está localizada entre a parede do saco vitelinico e o

    mesoderme visceral e é formada pela diferenciação de célulasmesenquimais formando cordões maçicos de células cardiogênicas. Há aapoptose de células dos cordões maciços e formam tubos que se fundem,dando origem ao coração primitivo.

    • O encéfalo em desenvolvimento projeta-se para dentro da cavidadeamniótica, encobrindo a região cardíaca. Com o fechamento do sacovitelinico, parte do endoderma dela é incorporado ao embrião como partedo sistema digestório.

    Membranas Fetais1. Córion???????? (Não falou na aula da turma B)2. Âmnio

    • Reveste/forma o saco amniótico.• Conteúdo do líquido amniótico: água (99%), células descamadas,proteínas, carboidratos, lipídeos, hormônios e pigmentos. Contémtambém excretas fetais.

    • O conteúdo do líquido amniótico é trocado a cada 3 horas e essa trocaacontece com o cordão umbilical e com a superfície fetal da placenta.

    • O líquido amniótico permite que o feto tenha movimento, permitindo oincentivo ao desenvolvimento do sistema músculo-esquelético.

    3. Saco vitelínico

    ?????? (Não falou na aula da turma B)4. Alantóide• Pequena invaginação formada na parede do saco vitelinico. É um órgão

    vestigial para humanos.