cirurgia bariátrica - enfermagem cirúrgica ii
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ENFERMAGEM CIRÚRGICA II
UNIJORGE - CENTRO UNIVERSITÁRIO JORGE AMADO Bacharelado em Enfermagem – 6º SemestreEnfermagem Cirúrgica II
Docente: Neilda Dantas da SilvaDiscente: Genivaldo Icaro Araújo
Novembro 2015Salvador/BA
CONCEITO
Os procedimentos realizados pelos especialistas em cirurgia geral incluem cirurgias no abdômen e todos os órgãos contidos nele, cabeça e pescoço, tecido macio e músculo-esqueletal, sistema endócrino, traumas em geral oncologia e pacientes doentes em fase crítica.
CIRURGIA GERAL
FINALIDADE
Tem como finalidade atender pacientes portadores de doenças de ordem aguda ou crônica.
CIRURGIA GERAL
DIVISÕES
• Cirurgia abdominal: subdividida em cirurgia abdominal alta e baixa, compreende os órgãos do diafragma até a pélvis.
• Cirurgia videolaparoscópica: cirurgia minimamente invasiva feita com auxílio de uma pequena câmera (laparoscópio) para visualização dos órgãos internos.
• Cirurgia do trauma: atendimento a pacientes que sofreram algum tipo de lesão corporal, como queda, colisão ou ferimentos por armas brancas ou de fogo.
CIRURGIA GERAL
TIPOS
• Colecistectomia –Retirada da vesícula biliar;
• Gastrectomia parcial- Retirada de parte do estômago;
• Jejunostomia – Abertura do jejuno para fora;
• Hepatectomia – Retirada do fígado.
CIRURGIA GERAL
A CIRURGIA BARIÁTRICA
A cirurgia bariátrica, também chamada de gastroplastia, é uma cirurgia de redução do estômago, que é apropriada para pacientes que estão em alto risco de, ou que já têm complicações médicas da obesidade mórbida.
Para ser submetido aos tratamentos cirúrgicos, o paciente deve: Estar com 45kg acima do peso ideal ou com o IMC de 40 ou
superior a isso; Pacientes com IMC de 35, mas que tenham problemas de saúde
relacionados à obesidade; Faixa etária de 16 a 60 anos; Histórico em não conseguir perder peso; Não ter nenhuma doença que seja contraindicada para a cirurgia; Avaliação clínica completa e exames pré-operatórios.
É uma cirurgia não recomendada para pessoas que tenham cirrose hepática, problemas graves no pulmão, lesão no músculo cardíaco e insuficiência renal.
REQUISITOS
A CIRURGIA BARIÁTRICA
CLASSIFICAÇÃO
A CIRURGIA BARIÁTRICA
• Segundo a Urgência Cirúrgica: ELETIVA• Segundo Risco Cardiológico: GRANDE PORTE• Segundo Tempo de Duração da Cirurgia: PORTE III• Segundo o Potencial de Contaminação: POTENCIALMETE CONTAMINADA• Segundo a Finalidade do Tratamento: CURATIVA• ASA: 2 e 3
• Está situado no abdome, logo abaixo do diafragma, anteriormente ao pâncreas, superiormente ao duodeno e a esquerda do fígado. É parcialmente coberto pelas costelas.
• O estômago desempenha um papel central na digestão dos alimentos.
ANATOMIA E FISIOPATOLOGIADO ESTÔMAGO
ANATOMIA E FISIOPATOLOGIADO ESTÔMAGO
TIPOS DE CIRURGIAS
BARIÁTRICAS
BYPASS GÁSTRICO OU CIRURGIA DE FOBI-CAPELLA
Consiste em um desvio de uma grande parte do
estômago e uma pequena parte do intestino delgado.
Ocorre uma redução do estômago através de
grampeamento.
TIPOS DE BARIÁTRICAS
GASTRECTOMIA VERTICAL OU SLEEVE:
Consiste em uma ressecção
(retirada) de dois terços do estômago em seu eixo vertical transformando-o em
um tubo afilado.
TIPOS DE BARIÁTRICAS
BANDA GÁSTRICA AJUSTÁVEL:
Consiste na colocação de um anel de silicone com
uma pequena câmara pneumática interna ao redor do estômago em
sua porção inicial.
TIPOS DE BARIÁTRICAS
DUODENAL SWITCH - DERIVAÇÃO BILIOPANCREÁTICA
Consiste em uma ressecção (retirada) de dois terços do estômago em seu eixo vertical transformando-o em um tubo afilado seguida de um desvio intestinal ampliado, existindo uma ligação direta com o intestino, deixando uma área aproximada de um terço da área total de absorção de nutrientes.
TIPOS DE BARIÁTRICAS
VIDEOLAPAROSCOPIA No tratamento da
obesidade, as cirurgias do gênero se diferenciam da convencional, aberta (laparotomia), em função do acesso utilizado .
Técnica moderna, menos invasiva e mais confortável para o paciente.
Menos tempo de recuperação e riscos. No pós-operatório, os benefícios são maiores.
TIPOS DE BARIÁTRICAS
FINALIDADE
Melhora da qualidade de vida, dos parâmetros cárdio-respiratórios (dor torácica, dispnéia, apnéia do sono e hipertensão) e metabólicos (diabetes e distúrbios lipídicos) associados a uma perda substancial de peso induzida pela cirurgia.
EXAMES DIAGNÓSTICOS PRÉ OPERATÓRIOS
• Parecer do cardiologista (eletrocardiograma + ecocardiograma + risco cirúrgico)• RaioX de tórax - PA e Perfil;• Ultrassonografia abdominal e pélvica;• Endoscopia digestiva alta;• Exames Laboratoriais• Parecer do endocrinologista;
ANESTESIA
A cirurgia bariátrica é acompanhada de anestesia peridural ou raquidiana associada à anestesia geral. As primeiras permitem um consumo menor de anestésicos gerais no intra-operatório e uma boa analgesia no pós, permitindo recuperação mais rápida.
Tesoura curva HARMONIC ACE
Recarga Azul 45mm para grampeador ETS
Grampeador linear articulado endoscópico
ETS-Flex45
MATERIAIS CIRÚRGICOS ESPECÍFICOS
MATERIAIS CIRÚRGICOS ESPECÍFICOS
Trocarte endopath xcell sem lâmina
11mm, 12mm e 5mm
Cânula endopath xcell avulsa para trocarte
12mm e 5mm
Carga 45mm para grampeador ETS
DECÚBITO DORSALÉ aquela em que o paciente se encontra deitado de costas, com as pernas estendidas e os braços estendidos e apoiados em talas. O dorso do paciente e a coluna vertebral estão repousando na superfície do colchão da mesa cirúrgica.
POSICIONAMENTO CIRÚRGICO
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
GERAL
O assistência de enfermagem otimiza a segurança e os resultados da cirurgia bariátrica e metabólica. Solicita-se ao paciente que se esforce para perder um pouco de peso antes da cirurgia, pois alguns quilos a menos podem oferecer melhores condições à anestesia geral e à operação. Nessa fase, também é obrigatório o preenchimento do documento Consentimento Informado, no qual o paciente reconhece estar devidamente informado sobre os benefícios e riscos da cirurgia.
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
GERAL
Logo após o procedimento ser realizado, a equipe de enfermagem atua de forma que o paciente possa fazer consultas e exames laboratoriais periódicos no pós-operatório, conforme o tipo de cirurgia e as rotinas estabelecidas pela equipe responsável. Em caso de comorbidades, elas devem ser acompanhadas por profissionais especialistas nessas doenças. Também recomenda-se ao paciente atividade física e complemento vitamínico. E, nas operações abertas, recomenda-se ainda o uso da faixa abdominal.
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEMESPECÍFICAS
OXIGENAÇÃORESULTADOS ESPERADOS: Manter um padrão respiratório eficaz/normal
ESTÁGIO INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM
PRÉ OPERATÓRIO • Explicar a importância dos movimentos respiratórios e de tossir para a prevenção de complicações;
• Incentivar o exercício da tosse, para aumentar o volume inspiratório e expiratório;
• Mostrar ao paciente a importância de seu posicionamento no leito com a cabeceira elevada de 45 a 75 graus;
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEMESPECÍFICAS
OXIGENAÇÃORESULTADOS ESPERADOS: Manter um padrão respiratório eficaz/normal
ESTÁGIO INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM
TRANS OPERATÓRIO • Manter controle rigoroso dos sinais vitais e observar nível de consciência, saturação de oxigênio e perfusão periférica dos membros;
• Avaliar o padrão respiratório e administrar oxigênio suplementar, quando prescrito;
• Realizar medidas preventivas para aspiração (vômitos), caso seja necessário;
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEMESPECÍFICAS
OXIGENAÇÃORESULTADOS ESPERADOS: Manter um padrão respiratório eficaz/normal
ESTÁGIO INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM
PÓS OPERATÓRIO • Estimular a manutenção dos exercícios respiratórios (tosse e respiração profunda), promovendo a expansibilidade e mobilidade das secreções;
• Realizar ausculta pulmonar, a fim de verificar as condições dos ruídos respiratórios;
• Orientar o paciente a monitorar sinais de desconforto respiratório, febre e acúmulo de secreções.
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEMESPECÍFICAS
ALIMENTAÇÃORESULTADOS ESPERADOS: Demonstrará alterações apropriadas no estilo de vida para o alcance de uma nutrição necessária ao atendimento das suas necessidades metabólicas
ESTÁGIO INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM
PRÉ OPERATÓRIO • Explicar a importância da quantidade e da frequência da dieta prescrita, já estabelecida pela nutrição hospitalar;
• Monitorar a perda de peso;
• Orientar sobre o jejum.
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEMESPECÍFICAS
ALIMENTAÇÃORESULTADOS ESPERADOS: Demonstrará alterações apropriadas no estilo de vida para o alcance de uma nutrição necessária ao atendimento das suas necessidades metabólicas
ESTÁGIO INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM
TRANS OPERATÓRIO • Atentar para qualquer intercorrências que houver com relação ao estado do órgão (estômago) durante processo cirúrgico;
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEMESPECÍFICAS
ALIMENTAÇÃORESULTADOS ESPERADOS: Demonstrará alterações apropriadas no estilo de vida para o alcance de uma nutrição necessária ao atendimento das suas necessidades metabólicas
ESTÁGIO INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM
PÓS OPERATÓRIO • Reforçar as orientações nutricionais;
• Estimular a adesão e a obediência às recomendações dietéticas;
• Orientar a ingerir lentamente os alimentos, mastigá-los por completo e não ingerir líquido com as refeições
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEMESPECÍFICAS
ELIMINAÇÕESRESULTADOS ESPERADOS: Restabelecer e manter o padrão normal de funcionamento intestinal;
ESTÁGIO INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM
PRÉ OPERATÓRIO • Investigar as queixas de diarreia, dor ao evacuar ou urinar;
• Avaliar os hábitos intestinais do paciente;
• Determinar a ingestão de líquidos;
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEMESPECÍFICAS
ELIMINAÇÕESRESULTADOS ESPERADOS: Restabelecer e manter o padrão normal de funcionamento intestinal;ESTÁGIO INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM
TRANS OPERATÓRIO • Auscultar o abdome para determinar a presença e a localização dos ruídos hidroaéreos;
• Monitorizar presença de íleo paralítico (os ruídos hidroaéreos deverão retornar em média de 6 a 12 h após a cirurgia), flatulência, distensão abdominal;
• Avaliar débito urinário no sistema de drenagem fechada no processo cirúrgico;
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEMESPECÍFICAS
ELIMINAÇÕESRESULTADOS ESPERADOS: Restabelecer e manter o padrão normal de funcionamento intestinal;
ESTÁGIO INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM
PÓS OPERATÓRIO • Verificar presença, aspecto, características e frequência de eliminações intestinais;
• Observar e anotar eliminações e outras perdas como: diurese, vômitos, débitos de drenos, ingestão hídrica;
• Medir diariamente o débito do dreno;
COMPLICAÇÕES
As complicações do período pós-operatório podem ser classificadas em precoces e tardias.
PRECOCES TARDIAS
• Infecção da ferida operatória
• Estenose/ulceração gástricas
• Náuseas e vômitos• Deiscência de sutura• Pneumonia• Embolia pulmonar
• Má-absorção de vitaminas• Má-absorção de sais
minerais• Colelitíase• Diarréia• Neuropatia periférica• Anemias
PLANO DE ALTA
Assim que o paciente é internado, a equipe médica e multidisciplinar começar a elaborar o plano de alta contendo o diagnóstico do paciente, seu plano terapêutico e período necessário e previsto de internação.
O plano de alta hospitalar do paciente é discutido e reavaliado, caso necessário, nas reuniões diárias pela equipe clínica e decidido em conjunto pela equipe médica e terapêutica.
A família participa ativamente neste processo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A pesquisa foi de grande utilidade pois trouxe informações indispensáveis ao enfermeiro para prestar uma assistência de qualidade voltada às necessidades do paciente que se submete ao procedimento de cirurgia bariátrica. O desejo de ter qualidade de vida com um peso ideal é desejo da totalidade desses pacientes, porém nem todos conseguem esse objetivo devido ao fato da obesidade ser uma doença de questão pública que afeta as relações sociais do indivíduo, gerando transtornos psicológicos ainda maiores.
CONCLUSÃO
Atentar para a educação em saúde desses pacientes é uma tarefa comum a todos os profissionais da equipe de saúde, mas ao enfermeiro deve ser também uma atividade que atue como uma medida profilática, visando reduzir os custos posteriores com o tratamento cirúrgico e com as doenças de base como hipertensão, aterosclerose e diabetes.
Portanto, a cirurgia bariátrica é apenas um meio de alcançar o objetivo de redução do peso, e depende do empenho e determinação do paciente e da equipe de saúde, visando uma adequação a um novo estilo de vida e principalmente, o desejo de se manter saudável. Cabe a nós enfermeiros, orientar e acompanhar esse paciente para que o sucesso terapêutico seja real.
REFERÊNCIAS
• Monteiro C. Epidemiologia da obesidade. Em: Halpern A, Godoy Matos AF, Suplicy HL, Mancini MC, Zanella MT. Obesidade, São Paulo: Lemos Editorial; 1998. p. 15-31.• Segal A, Fandiño J. Indicações e Contra indicações para
realização das Operações Bariátricas. Rev Bras Psiq 2002;24 (SuplIII):68-72.• BAGATINI A. et al. Anestesia para cirurgia bariátrica.
Avaliação retrospectiva e revisão da literatura. Revista Brasileira de Anestesiologia. v. 56, n. 3, p. 205-222, 2006. • www.endocrino.org.br• www.tuasaude.com• www.francoerizzi.com.br• https://www.hospitalsiriolibanes.org.br
OBRIGADO!