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CIRCULAR SEAGRI N° 09/2009 Rio de Janeiro, 23 de dezembro de 2009. Ref.: BNDES AUTOMÁTICO Ass.: Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar – PRONAF Investimento O Chefe da Secretaria de Gestão da Carteira Agrícola – SEAGRI, no uso de suas atribuições, e com base na Resolução BACEN nº 3.812, de 26.11.2009, COMUNICA aos AGENTES FINANCEIROS a inclusão, dentre as finalidades da Linha Especial de Crédito de Investimento para Produção de Alimentos - PRONAF Mais Alimentos, do apoio às propostas ou projetos de investimento para transporte, respeitadas as condições estabelecidas no item 5.6 da presente Circular. Outrossim, acrescentou-se a erva-mate dentre as culturas apoiáveis pela Linha Especial de Crédito para Produção de Alimentos - PRONAF Mais Alimentos. Ademais, comunica, também, que houve alteração em relação à Linha PRONAF Agroindústria, especificamente, quanto àqueles beneficiários de que tratava a alínea “b” do item 4.2.1 da Circular Conjunta SEAGRI nº 05/2009, SUP/AOI nº 104/2009, de 13.10.2009, passando a enquadrar-se como beneficiárias da referida Linha de Crédito as cooperativas ou associações, constituídas por agricultores familiares que comprovem seu enquadramento no PRONAF mediante apresentação de Declaração de Aptidão ao PRONAF (DAP) atestando que, no mínimo, 70% (setenta por cento) de seus participantes ativos são agricultores familiares enquadrados nesse Programa, comprovado pela apresentação de relação com o número da DAP de cada cooperado ou associado, e que, no mínimo, 55% (cinquenta e cinco por cento) da produção beneficiada, processada ou comercializada são oriundos de cooperados ou associados enquadrados no PRONAF, e cujo projeto de financiamento comprove esses mesmos percentuais quanto ao número de participantes e à produção a ser beneficiada, processada ou comercializada referente ao respectivo projeto, nos termos da Resolução BACEN n º 3.797, de 15.10.2009. Por fim, esclarece que as máquinas e equipamentos novos adquiridos em projetos de investimento no âmbito das linhas de financiamento do PRONAF devem atender aos parâmetros relativos ao índice de nacionalização previsto para o PRODUTO BNDES AUTOMÁTICO, conforme item 10 da presente Circular. Desta forma, os critérios, condições e procedimentos operacionais do PRONAF Investimento, no Ano-Safra 2009/2010, são definidos a seguir, observado, no que couber, o disposto no Manual de Crédito Rural – MCR. 1. OBJETIVO Apoio financeiro das atividades agropecuárias e não agropecuárias exploradas mediante emprego direto da força de trabalho do produtor rural e de sua família, entendendo-se por atividades não-agropecuárias os serviços relacionados com turismo rural, produção artesanal, agronegócio familiar e outras prestações de serviços no meio rural, que sejam compatíveis com a natureza da exploração rural e com o melhor emprego da mão-de-obra familiar.

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CIRCULAR SEAGRI N° 09/2009 Rio de Janeiro, 23 de dezembro de 2009. Ref.: BNDES AUTOMÁTICO Ass.: Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar – PRONAF Investimento

O Chefe da Secretaria de Gestão da Carteira Agrícola – SEAGRI, no uso de suas atribuições, e com base na Resolução BACEN nº 3.812, de 26.11.2009, COMUNICA aos AGENTES FINANCEIROS a inclusão, dentre as finalidades da Linha Especial de Crédito de Investimento para Produção de Alimentos - PRONAF Mais Alimentos, do apoio às propostas ou projetos de investimento para transporte, respeitadas as condições estabelecidas no item 5.6 da presente Circular.

Outrossim, acrescentou-se a erva-mate dentre as culturas apoiáveis pela Linha Especial de Crédito para Produção de Alimentos - PRONAF Mais Alimentos.

Ademais, comunica, também, que houve alteração em relação à Linha PRONAF Agroindústria, especificamente, quanto àqueles beneficiários de que tratava a alínea “b” do item 4.2.1 da Circular Conjunta SEAGRI nº 05/2009, SUP/AOI nº 104/2009, de 13.10.2009, passando a enquadrar-se como beneficiárias da referida Linha de Crédito as cooperativas ou associações, constituídas por agricultores familiares que comprovem seu enquadramento no PRONAF mediante apresentação de Declaração de Aptidão ao PRONAF (DAP) atestando que, no mínimo, 70% (setenta por cento) de seus participantes ativos são agricultores familiares enquadrados nesse Programa, comprovado pela apresentação de relação com o número da DAP de cada cooperado ou associado, e que, no mínimo, 55% (cinquenta e cinco por cento) da produção beneficiada, processada ou comercializada são oriundos de cooperados ou associados enquadrados no PRONAF, e cujo projeto de financiamento comprove esses mesmos percentuais quanto ao número de participantes e à produção a ser beneficiada, processada ou comercializada referente ao respectivo projeto, nos termos da Resolução BACEN n º 3.797, de 15.10.2009.

Por fim, esclarece que as máquinas e equipamentos novos adquiridos em projetos de investimento no âmbito das linhas de financiamento do PRONAF devem atender aos parâmetros relativos ao índice de nacionalização previsto para o PRODUTO BNDES AUTOMÁTICO, conforme item 10 da presente Circular.

Desta forma, os critérios, condições e procedimentos operacionais do PRONAF Investimento, no Ano-Safra 2009/2010, são definidos a seguir, observado, no que couber, o disposto no Manual de Crédito Rural – MCR.

1. OBJETIVO

Apoio financeiro das atividades agropecuárias e não agropecuárias exploradas mediante emprego direto da força de trabalho do produtor rural e de sua família, entendendo-se por atividades não-agropecuárias os serviços relacionados com turismo rural, produção artesanal, agronegócio familiar e outras prestações de serviços no meio rural, que sejam compatíveis com a natureza da exploração rural e com o melhor emprego da mão-de-obra familiar.

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2. ABRANGÊNCIA

Todo o território nacional.

3. BENEFICIÁRIAS

3.1. São Beneficiárias do PRONAF Investimento, os agricultores familiares que:

3.1.1. Explorem parcela de terra na condição de proprietário, posseiro, arrendatário, parceiro ou concessionário do Programa Nacional de Reforma Agrária;

3.1.2. Residam na propriedade ou em local próximo;

3.1.3. Não disponham, a qualquer título, de área superior a 4 (quatro) módulos fiscais, quantificados segundo a legislação em vigor;

3.1.4. Obtenham, no mínimo, 70% (setenta por cento) da renda familiar da exploração agropecuária e não agropecuária do estabelecimento;

3.1.5. Tenham o trabalho familiar como predominante na exploração do estabelecimento, utilizando apenas eventualmente o trabalho assalariado, de acordo com as exigências sazonais da atividade agropecuária, podendo manter até 2 (dois) empregados permanentes;

3.1.6. Tenham obtido renda bruta anual familiar nos últimos 12 (doze) meses que antecedem a solicitação da Declaração de Aptidão ao PRONAF - DAP acima de R$ 6.000,00 (seis mil reais) e até R$ 110.000,00 (cento e dez mil reais), incluída a renda proveniente de atividades desenvolvidas no estabelecimento e fora dele, por qualquer componente da família, excluídos os benefícios sociais e os proventos previdenciários decorrentes de atividades rurais.

3.2. São também Beneficiárias e se enquadram como agricultores familiares do PRONAF Investimento, desde que tenham obtido renda bruta familiar nos últimos 12 (doze) meses que antecedem a solicitação da DAP até R$ 110.000,00 (cento e dez mil reais), incluída a renda proveniente de atividades desenvolvidas no estabelecimento e fora dele, por qualquer componente da família, excluídos os benefícios sociais e os proventos previdenciários decorrentes de atividades rurais e não mantenham mais do que 2 (dois) empregados permanentes:

3.2.1. Pescadores artesanais que se dediquem à pesca artesanal, com fins comerciais, explorando a atividade como autônomos, com meios de produção próprios ou em regime de parceria com outros pescadores igualmente artesanais;

3.2.2. Extrativistas que se dediquem à exploração extrativista ecologicamente sustentável;

3.2.3. Silvicultores que cultivem florestas nativas ou exóticas e que promovam o manejo sustentável daqueles ambientes;

3.2.4. Aquicultores, maricultores e piscicultores que:

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a) Se dediquem ao cultivo de organismos que tenham na água seu normal ou mais freqüente meio de vida; e

b) Explorem área não superior a 2 (dois) hectares de lâmina d’água ou ocupem até 500 m³ (quinhentos metros cúbicos) de água, quando a exploração se efetivar em tanque-rede;

3.2.5. Comunidades quilombolas que pratiquem atividades produtivas agrícolas e/ou não-agrícolas e de beneficiamento e comercialização de produtos.

3.2.6. Povos indígenas que pratiquem atividades produtivas agrícolas e/ou não-agrícolas e de beneficiamento e comercialização de seus produtos.

3.2.7. Agricultores familiares que se dediquem à criação ou ao manejo de animais silvestres para fins comerciais, conforme legislação vigente.

3.3. Critérios Adicionais de Enquadramento como Agr icultor Familiar do PRONAF

3.3.1. Para efeito de enquadramento como agricultor familiar do PRONAF, devem ser rebatidas em:

a) 30% (trinta por cento), a renda bruta proveniente das seguintes atividades: açafrão, algodão-caroço, amendoim, apicultura, arroz, aveia, bovinocultura de corte, centeio, cevada, feijão, girassol, grão-de-bico, mamona, mandioca, milho, soja, sorgo, trigo e triticale;

b) 50% (cinqüenta por cento) a renda bruta proveniente das seguintes atividades intensivas em capital: ovinocaprinocultura, aquicultura, sericicultura, fruticultura, cafeicultura e a renda bruta proveniente da produção de cana-de-açúcar;

c) 70% (setenta por cento) a renda bruta proveniente das atividades de turismo rural, agroindústrias familiares, olericultura, floricultura, pecuária leiteira, avicultura não integrada e suinocultura não integrada;

d) 90% (noventa por cento) a renda bruta proveniente das atividades avicultura e suinocultura integrada ou em parceria com a agroindústria.

3.4. Restrições para Concessão de Crédito às Benefi ciárias

3.4.1. É vedada a concessão de crédito ao amparo do PRONAF relacionado com a produção de fumo desenvolvida em regime de parceria ou integração com indústrias fumageiras, observado o disposto no item 3.4.2.

3.4.2. Admite-se a concessão de financiamento de investimento a produtores de fumo que desenvolvem a atividade em regime de parceria ou integração com agroindústrias, desde que:

a) o investimento não se destine exclusivamente à cultura do fumo e seja utilizado em outras atividades que fomentem a diversificação de explorações, culturas e/ou criações e a reconversão da unidade familiar; e

b) no cálculo da capacidade de pagamento, especificado em projeto técnico, fique comprovado que, no mínimo, 20% (vinte por cento) da receita gerada

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pela unidade de produção tenha origem em outras atividades que não o fumo.

3.4.3. É vedada a concessão de novo financiamento com recursos controlados do crédito rural a mutuário do PRONAF, exceto:

a) se sob a égide do PRONAF;

b) quando se tratar de financiamentos previstos no item 10-1-17 do Manual de Crédito Rural ou destinados a investimento rural, no caso de operações de outros programas de investimento, conforme estabelecido no item 3.4.4. abaixo;

c) quando o mutuário não mais se enquadrar como Beneficiário do PRONAF.

3.4.4. O mutuário do PRONAF pode ter acesso aos créditos dos programas de investimentos conduzidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento ou a outros créditos de investimento rural, desde que o projeto técnico:

a) demonstre a capacidade produtiva representada por terra, mão-de-obra familiar e acompanhamento técnico;

b) comprove a capacidade de pagamento, bem como que o limite de endividamento é compatível com as condições financeiras estabelecidas para a operação pretendida no programa de investimento; e

c) apresente as garantias exigidas pelo Agente Financeiro.

3.5. A DAP, nos termos estabelecidos pela Secretaria da Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário- SAF/MDA, será exigida para qualquer financiamento no âmbito do PRONAF.

3.6. São aptas a emitir a DAP as entidades cadastradas junto à Secretaria da Agricultura Familiar – SAF, do Ministério do Desenvolvimento Agrário, listadas no endereço eletrônico http://www.mda.gov.br/saf/ .

3.7. Os agricultores que têm DAP válida e que integravam os Grupos “C”, “D” ou “E” do PRONAF, em caso de novos financiamentos, serão enquadrados como agricultores familiares conforme definido no item 3.1.

3.8. Formas de Concessão de Crédito

Os créditos podem ser concedidos de forma individual ou coletiva. É considerado crédito:

a) Individual : quando formalizado com um produtor, para finalidade individual;

b) Coletivo : quando formalizado com grupo de produtores, para finalidades coletivas.

Os créditos individuais, independentemente da classificação das Beneficiárias a que se destinam, devem objetivar, sempre que possível, o desenvolvimento do estabelecimento rural como um todo.

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4. LINHAS DE FINANCIAMENTO

4.1. Linha Convencional

4.1.1. Beneficiárias

Pessoas físicas enquadradas como Agricultores Familiares do PRONAF, conforme previsto nos itens 3.1, 3.2 e 3.3.

4.1.2. Finalidades

Investimentos de implantação, ampliação ou modernização da infra-estrutura de produção e serviços agropecuários ou não agropecuários no estabelecimento rural ou em áreas comunitárias rurais próximas, de acordo com projetos específicos.

4.2. Linha de Crédito de Investimento para Agregaçã o de Renda à Atividade Rural – PRONAF Agroindústria

4.2.1. Beneficiárias

a) Pessoas Físicas enquadradas como Agricultores Familiares no PRONAF, conforme previsto nos itens 3.1, 3.2 e 3.3;

b) Cooperativas ou associações constituídas por agricultores familiares que comprovem seu enquadramento no PRONAF mediante apresentação de Declaração de Aptidão ao PRONAF (DAP) atestando que, no mínimo, 70% (setenta por cento) de seus participantes ativos são agricultores familiares enquadrados nesse Programa, comprovado pela apresentação de relação com o número da DAP de cada cooperado ou associado, e que, no mínimo, 55% (cinquenta e cinco por cento) da produção beneficiada, processada ou comercializada são oriundos de cooperados ou associados enquadrados no PRONAF, e cujo projeto de financiamento comprove esses mesmos percentuais quanto ao número de participantes e à produção a ser beneficiada, processada ou comercializada referente ao respectivo projeto; e

c) Cooperativas, exclusivamente em financiamentos destinados ao processamento e industrialização de leite e derivados, que comprovarem ao emitente da DAP, que têm, no mínimo, 70% (setenta por cento) de seus associados ativos agricultores familiares enquadrados no PRONAF e, no projeto técnico, que, no mínimo, 55% (cinqüenta e cinco por cento) da matéria-prima a beneficiar ou industrializar são de produção própria ou de associados enquadrados no PRONAF, mediante apresentação de relação escrita com o número da DAP de cada um.

4.2.2. Finalidades

Investimentos, inclusive em infra-estrutura, que visem o beneficiamento, processamento e comercialização da produção agropecuária, de produtos florestais e do extrativismo, ou de produtos artesanais, e a exploração de turismo rural, incluindo-se:

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a) A implantação de pequenas e médias agroindústrias, isoladas ou em forma de rede;

b) A implantação de unidades centrais de apoio gerencial, nos casos de projetos de agroindústrias em rede, para a prestação de serviços de controle de qualidade do processamento, de marketing, de aquisição, de distribuição e de comercialização da produção;

c) A ampliação, recuperação, ou modernização de unidades agroindustriais de agricultores familiares já instaladas e em funcionamento;

d) A implantação, recuperação, ampliação ou modernização de infra-estrutura de produção e de serviços agropecuários e não agropecuários, assim como para a operacionalização dessas atividades no curto prazo, de acordo com projeto específico em que esteja demonstrada a viabilidade técnica, econômica e financeira do empreendimento;

e) O capital de giro associado limitado a 35% (trinta e cinco por cento) do financiamento para investimento fixo;

f) A integralização de cotas-partes vinculadas ao projeto a ser financiado.

4.3. Linha de Crédito de Investimento para Mulheres - PRONAF Mulher

4.3.1. Beneficiárias

Mulheres agricultoras integrantes de unidades familiares de produção enquadradas no PRONAF, conforme previsto nos itens 3.1, 3.2 e 3.3, independentemente de sua condição civil.

4.3.2. Finalidades

Destina-se ao atendimento de propostas de crédito de mulher agricultora, conforme projeto técnico ou proposta simplificada.

4.4. Linha de Crédito de Investimento para Agroecol ogia - PRONAF Agroecologia

4.4.1. Beneficiárias

Pessoas Físicas enquadradas como Agricultores Familiares no PRONAF, conforme previsto nos itens 3.1, 3.2 e 3.3, e desde que apresentem proposta simplificada ou projeto técnico para:

a) Sistemas agroecológicos de produção, conforme normas estabelecidas pela Secretaria da Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário;

b) Sistemas orgânicos de produção, conforme normas estabelecidas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

4.4.2. Finalidades

Financiamento dos sistemas de produção agroecológicos ou orgânicos, incluindo-se os custos relativos à implantação e manutenção do empreendimento.

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4.5. Linha de Crédito para Investimento em Energia Renovável e Sustentabilidade Ambiental - PRONAF ECO

4.5.1. Beneficiárias

Pessoas Físicas enquadradas como Agricultores Familiares no PRONAF, conforme previsto nos itens 3.1, 3.2 e 3.3, desde que apresentem proposta ou projeto técnico para investimentos em uma ou mais das finalidades a seguir.

4.5.2. Finalidades

Implantar, utilizar e/ou recuperar:

a) Tecnologias de energia renovável, como o uso da energia solar, da biomassa, eólica, mini-usinas de biocombustíveis e a substituição de tecnologia de combustível fóssil por renovável nos equipamentos e máquinas agrícolas;

b) Tecnologias ambientais, como estação de tratamentos de água, de dejetos e efluentes, compostagem e reciclagem;

c) Armazenamento hídrico, como o uso de cisternas, barragens, barragens subterrâneas, caixas d'água e outras estruturas de armazenamento e distribuição, instalação, ligação e utilização de água;

d) Pequenos aproveitamentos hidroenergéticos;

e) Silvicultura, entendendo-se por silvicultura o ato de implantar ou manter povoamentos florestais geradores de diferentes produtos, madeireiros e não madeireiros;

f) Adoção de práticas conservacionistas e de correção da acidez e fertilidade do solo, visando sua recuperação e melhoramento da capacidade produtiva.

4.6. Linha de Crédito de Investimento para Produção de Alimentos - PRONAF Mais Alimentos

4.6.1. Beneficiárias

Pessoas Físicas enquadradas como Agricultores Familiares no PRONAF, conforme previsto nos itens 3.1, 3.2. e 3.3, desde que tenham 70% (setenta por cento) da renda da unidade familiar oriunda das atividades previstas no item 4.6.2.

4.6.2. Finalidades

Financiamento de propostas ou projetos de investimento para produção, armazenagem e transporte de:

a) açafrão, arroz, café, centeio, erva-mate, feijão, mandioca, milho, sorgo e trigo;

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b) fruticultura, olericultura, apicultura, aquicultura, avicultura, bovinocultura de corte, bovinocultura de leite, caprinocultura, ovinocultura, pesca e suinocultura.

4.7. Linha Especial de Crédito de Investimento para Reconstrução e Revitalização

4.7.1 Beneficiárias

Pessoas Físicas enquadradas como Agricultores Familiares no PRONAF, conforme previsto nos itens 3.1, 3.2. e 3.3, situados nos municípios do Estado de Santa Catarina que decretaram estado de calamidade pública ou situação de emergência em função do excesso de chuvas ou suas conseqüências entre 01.10.2008 e 10.12.2008, com reconhecimento da decretação pelo Governo Estadual; e

4.7.2 Finalidades

Financiamento de investimentos em projetos de reconstrução e revitalização das unidades familiares de produção, conforme projeto técnico.

5. ITENS FINANCIÁVEIS

5.1. São financiáveis os bens e serviços necessários ao empreendimento, desde que diretamente relacionados com a atividade produtiva e de serviços, e destinados a promover o aumento da produtividade e da renda da família produtora rural, ou economia dos custos de produção, observado o disposto no MCR, e tais como:

a) Construção, reforma ou ampliação de benfeitorias e instalações permanentes;

b) Obras de irrigação, açudagem, drenagem, proteção e recuperação do solo;

c) Desmatamento, destoca, florestamento e reflorestamento;

d) Formação de lavouras permanentes;

e) Formação ou recuperação de pastagens;

f) Eletrificação e telefonia rural;

g) Aquisição de máquinas e equipamentos novos de provável duração útil superior a 5 (cinco) anos;

h) Aquisição de instalações, máquinas e equipamentos novos de provável duração útil não superior a 5 (cinco) anos;

i) Aquisição de máquinas e equipamentos usados, com certificado de garantia;

j) Recuperação ou reforma de máquinas e equipamentos;

k) Em projeto de implantação de cultura permanente, gastos com tratos culturais (fertilizantes, adubos, corretivos de solo etc.) até a ocorrência da primeira safra em escala comercial, desde que os gastos para a implantação da cultura também estejam sendo financiados;

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l) Em pecuária, gastos tradicionalmente considerados como de custeio, tais como aquisição de larva, pós-larva, pintos de um dia e ração, desde que ocorram até a primeira safra em escala comercial e que os demais gastos de implantação do projeto estejam sendo financiados;

m) Gastos com assistência técnica até 2% (dois por cento), a cada ano, do saldo devedor do financiamento, nos termos do item 11.

n) O crédito para aquisição dos veículos, em qualquer linha, deverá observar o disposto no item 3-3-5 do Manual de Crédito Rural – MCR e atender às seguintes condições:

• podem ser adquiridos veículos de carga, automotores, elétricos ou de tração animal, adequados às condições rurais, inclusive caminhões, caminhões frigoríficos, isotérmicos ou graneleiros, camionetes de carga, reboques ou semirreboques e motocicletas adaptadas à atividade rural;

• deve ser apresentada comprovação técnica e econômica de sua necessidade, ao agente financeiro, fornecida pelo técnico que elaborou o plano ou projeto de crédito, sempre que o veículo a ser financiado seja automotor ou elétrico;

• deve ser apresentada comprovação de seu pleno emprego nas atividades agropecuárias e não agropecuárias geradoras de renda do empreendimento, durante, pelo menos, 120 (cento e vinte) dias por ano;

• não podem ser financiados camionetes de passageiros, caminhonetes mistas e jipes.

5.2. Pode ser ainda financiada a aquisição de equipamentos e de programas de informática voltados para melhoria da gestão dos empreendimentos rurais e/ou das unidades agroindustriais, mediante indicação em projeto técnico.

5.3. Na hipótese de o projeto técnico ou a proposta de crédito prever a utilização de recursos para custeio ou capital de giro associado ao investimento, o valor do crédito destinado àquelas finalidades não poderá exceder 35% (trinta e cinco por cento) do valor do projeto ou da proposta.

5.4. As máquinas e equipamentos adquiridos em projetos de investimento financiados no âmbito da Linha PRONAF Mais Alimentos e da Linha Especial de Crédito de Investimento para Reconstrução e Revitalização, devem ser novos, atender os parâmetros relativos ao índice de nacionalização previstos no Produto FINAME AGRÍCOLA (Circular n° 197, de 18.08.2006), e, em se tratando de tratores e motocultivadores, ter até 78 CV (setenta e oito Cavalo-Vapor) de potência.

5.5. No âmbito do PRONAF Mais Alimentos, em se tratando de crédito para atividade de aqüicultura e pesca, serão concedidos financiamentos para os seguintes itens:

a) aquisição de redes e tanques-rede e estruturas de fixação;

b) infra-estrutura de armazenagem de ração e guarda de equipamentos, redes, tarrafas, puçás, kits de análise de água;

c) tubulação, materiais para estruturas de abastecimento e drenagem de viveiros;

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d) aluguel de máquinas para construção de viveiros e mão-de-obra;

e) aquisição de matrizes para o primeiro ciclo de produção;

f) modernização e reforma de embarcações, o que inclui melhorias nas condições de manipulação e conservação do pescado a bordo, e melhorias nas condições de saúde e segurança do trabalhador;

g) finalização de obras de construção de embarcações que sejam portadoras de Permissão Prévia de Pesca;

h) substituição da embarcação, conforme especificações determinadas pela Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca – SEAP.

5.5.1. Aplicam-se aos financiamentos destes itens as seguintes condições:

a) os beneficiários dos créditos deverão estar registrados na SEAP, em conformidade com a Instrução Normativa SEAP/PR nº 03/2004;

b) nos financiamentos previstos nos subitens “g” e “h” do item anterior, aplica-se o disposto na Instrução Normativa SEAP/PR nº 03/2004;

c) nos casos de finalização de obras de construção e modernização de embarcações, o agente financeiro deverá vincular a concessão do crédito ao registro da embarcação pela autoridade marítima definido pela Lei nº 7.652/88;

d) devem ser atendidas as demais exigências e diretrizes estabelecidas pelo Ministério da Pesca e Aquicultura.

5.6. No âmbito da Linha PRONAF Mais Alimentos, o crédito para investimento em transporte deve estar relacionado à finalidade dessa Linha e observar o disposto nos itens 5, 6 e 7 da Seção 3 do Capítulo 3 do MCR, o item 40 da Seção 1 do Capítulo 10 do MCR, bem como o disposto no item 5.4 da presente Circular, sendo vedado o financiamento de motocicletas.

6. CONDIÇÕES DE FINANCIAMENTO

Nos financiamentos concedidos no âmbito do PRONAF Investimento deverão ser seguidas as condições estabelecidas nos itens 6.1 a 6.3.

A Condição Operacional Vigente definida para o Programa neste item é representada pelo código SAFRA2009/2010.

6.1. Taxas Efetivas de Juros para a Beneficiária Fi nal

6.1.1. Linha Convencional e Linhas PRONAF Mulher, P RONAF Agroecologia e PRONAF Eco

As Taxas Efetivas de Juros para os créditos de investimento na Linha Convencional do PRONAF e nas Linhas PRONAF Mulher, PRONAF Agroecologia e PRONAF Eco são de:

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6.1.1.1. 1% a.a. (um por cento ao ano), para uma ou mais operações que, somadas ao saldo devedor dos financiamentos “em ser”, não excedam R$ 7.000,00 (sete mil reais);

6.1.1.2. 2% a.a. (dois por cento ao ano) para uma ou mais operações que, somadas ao saldo devedor dos financiamentos “em ser”,, superem R$ 7.000,00 (sete mil reais) e não excedam R$ 18.000,00 (dezoito mil reais);

6.1.1.3. 4% a.a. (quatro por cento ao ano) para uma ou mais operações que, somadas ao saldo devedor dos financiamentos “em ser”,, superem R$ 18.000,00 (dezoito mil reais) e não excedam R$ 28.000,00 (vinte e oito mil reais);

6.1.1.4. 5% a.a. (cinco por cento ao ano) para uma ou mais operações que, somadas ao saldo devedor dos financiamentos “em ser”,, superem R$ 28.000,00 (vinte e oito mil reais) e não excedam R$ 36.000,00 (trinta e seis mil reais);

6.1.1.5. Sempre que o mutuário contratar nova operação de investimento que, somada aos saldos devedores dos financiamentos “em ser” nessa finalidade, ultrapasse o limite de enquadramento da operação anterior, conforme definido nos itens 6.1.1.1 a 6.1.1.4, o novo financiamento terá os encargos previstos na faixa de taxa de juros correspondente ao somatório do saldo devedor dos financiamentos “em ser”, com o valor da nova proposta;

6.1.1.6. Para as operações coletivas, a taxa efetiva de juros será a contida no item 6.1.1.3.;

6.1.1.7. Os saldos “em ser” dos financiamentos de investimentos contratados até 30.06.2009 não serão computados para a definição da Taxa Efetiva de Juros constante dos itens 6.1.1.1 a 6.1.1.4.

6.1.2. Linha PRONAF Agroindústria

As Taxas Efetivas de Juros na Linha PRONAF Agroindústria são de:

6.1.2.1. 1% a.a. (um por cento ao ano), para agricultores familiares que realizarem contrato individual de até R$ 7.000,00 (sete mil reais), ou quando realizarem contrato coletivo, ou para cooperativas e associações, com financiamentos de até R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais), limitados a R$ 7.000,00 (sete mil reais) por sócio ou participantes ativos; e

6.1.2.2. 2% a.a. (dois por cento ao ano), para agricultores familiares que realizarem contrato individual de mais de R$ 7.000,00 (sete mil reais) até R$ 18.000,00 (dezoito mil reais), ou quando realizarem contrato coletivo, ou para as cooperativas e associações, com financiamentos acima de R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais) até 10.000.000,00 (dez milhões de reais), limitados a R$ 18.000,00 (dezoito mil reais) por sócio ou participantes ativos.

6.1.3. Linha PRONAF Mais Alimentos

A Taxa Efetiva de Juros é de 2% a.a. (dois por cento ao ano).

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Nessa taxa, está incluída a Remuneração da Instituição Financeira Credenciada, de 3,0% a.a. (três por cento ao ano).

6.1.4. Linha Especial de Crédito de Investimento para Reco nstrução e Revitalização:

A Taxa Efetiva de Juros é de:

6.1.4.1. 1% a.a. (um por cento ao ano) para operações de até R$ 7.000,00 (sete mil reais); e

6.1.4.2. 2% a.a. (dois por cento ao ano) para operações acima de R$ 7.000,00 (sete mil reais) e até R$ 100.000,00 (cem mil reais).

Nessa taxa, está incluída a Remuneração da Instituição Financeira Credenciada, de 3,0% a.a. (três por cento ao ano).

6.2. Prazos

6.2.1. Prazo Total

6.2.1.1. Nas Linhas Convencional e PRONAF Mulher

a) Até 10 (dez) anos, para a aquisição de máquinas, tratores e implementos novos, quando a atividade assistida requerer esse prazo e o projeto técnico comprovar sua necessidade; e

b) Até 8 (oito) anos nos demais casos.

6.2.1.2. Na Linha PRONAF Eco

a) Até 12 (doze) anos para projetos de mini-usinas de biocombustíveis, previstos no item 4.5.2. “a” e para a finalidade prevista no item 4.5.2. “e”;

b) Até 8 (oito) anos para as demais finalidades previstas no item 4.5.2. “a” a “d”;

c) Até 5 (cinco) anos para a finalidade prevista no item 4.5.2. “f”.

6.2.1.3. Nas Linhas PRONAF Mais Alimentos e Linha E special de Crédito de Investimento para Reconstrução e Revitalização

Até 10 (dez) anos.

6.2.1.4. Na Linha PRONAF Agroindústria e PRONAF Agr oecologia

Até 8 (oito) anos.

6.2.2. Prazo de Carência

6.2.2.1. Nas Linhas Convencional e PRONAF Mulher

a) Até 3 (três) anos para a aquisição de máquinas, tratores e implementos novos e para os demais itens, podendo, neste último

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caso, ser observado o disposto na alínea “b”;

b) Até 5 (cinco) anos, quando a atividade assistida requerer esse prazo e o projeto técnico comprovar a sua necessidade;

6.2.2.2. Na Linha PRONAF Agroecologia

Até 3 (três) anos, quando a atividade assistida requerer esse prazo e o projeto técnico comprovar sua necessidade.

6.2.2.3. Na Linha PRONAF Eco

a) Até 2 (dois) anos para a finalidade prevista no item 4.5.2, “f”;

b) Até 5 (cinco) anos, para as finalidades previstas no item 4.5.2. “a” a “d”, quando a atividade assistida requerer esse prazo e o projeto técnico comprovar a sua necessidade; e

c) Até 8 (oito) anos, para a finalidade prevista no item 4.5.2. “e”, quando a atividade assistida requerer esse prazo e o projeto técnico comprovar sua necessidade.

6.2.2.4. Nas Linhas PRONAF Mais Alimentos e Linha Especial de Crédito de Investimento para Reconstrução e Revitalização

Até 3 (três) anos.

6.2.2.5. Na Linha PRONAF Agroindústria

Até 3 (três) anos de carência, podendo ser elevado para até 5 (cinco) anos quando a atividade assistida requerer esse prazo e o projeto técnico comprovar a sua necessidade.

6.2.3. Nível de Participação

Até 100% (cem por cento).

6.3. Sistema de Amortização

A data da primeira amortização e a periodicidade de pagamento do principal deverão ser definidas pelo Agente Financeiro de acordo com o fluxo de recebimento de recursos da propriedade beneficiada.

A periodicidade de pagamento do principal poderá ser MENSAL, TRIMESTRAL SEMESTRAL ou ANUAL.

O período de carência tem início no dia 15 (quinze) subseqüente à data da contratação da operação e término no dia 15 (quinze) correspondente a um período de amortização antes da data da primeira amortização.

Durante o período de carência, não haverá pagamento de juros, os quais serão capitalizados na mesma periodicidade de pagamento do principal que vier a ser pactuada, ressalvadas as operações com periodicidade MENSAL cujos juros serão capitalizados trimestralmente. Durante a fase de amortização, os juros serão pagos juntamente com o principal.

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O principal da dívida será amortizado em prestações, segundo a periodicidade definida, sendo essas sucessivas e correspondentes ao valor do principal vincendo da dívida dividido pelo número de prestações de amortização ainda não vencidas.

7. LIMITES DE FINANCIAMENTO

7.1. Linha Convencional

7.1.1. O limite dos créditos de investimento de que trata o item 6.1.1.4 pode ser elevado em até 50% (cinqüenta por cento), desde que o projeto técnico ou a proposta de crédito comprove o incremento da renda ou economia de custos, no caso de recursos destinados à aquisição de máquinas, tratores e implementos, veículos utilitários, embarcações, equipamentos de irrigação, equipamentos de armazenagem e outros bens destinados especificamente à agropecuária, exceto veículos de passeio;

7.1.2. Para operações coletivas, observado o disposto no item 6.1.1.6:

a) o valor individual obtido pelo critério de proporcionalidade de participação, fica limitado a R$ 18.000,00 (dezoito mil reais), independentemente dos limites definidos para outros financiamentos ao amparo do PRONAF; e

b) o valor por operação fica limitado a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais).

7.1.3. Não são computados, para fins de enquadramento no disposto nos itens 6.1.1.1 a 6.1.1.5:

a) os créditos contratados nas Linhas PRONAF Agroindústria, PRONAF Floresta, PRONAF Semi-árido, PRONAF Mulher, PRONAF Jovem, PRONAF Cotas-partes, PRONAF Agroecologia e PRONAF Eco;

b) os financiamentos ao amparo do item 10-1-17 do Manual de Crédito Rural;

c) as despesas previstas no item 2-4-1 do Manual do Crédito Rural;

d) os créditos de custeio contratados ao amparo do PRONAF; e

e) os créditos de investimento coletivo previstos nos itens 6.1.1.6.

7.2. Linha PRONAF Agroindústria

7.2.1. Limites por Beneficiária: independentemente dos limites definidos para outros investimentos ao amparo do PRONAF, observado o disposto no item 7.2.2:

a) Pessoa Física: até R$ 18.000,00 (dezoito mil reais) por Beneficiária, aplicável a uma ou mais operações;

b) Pessoa Física (contrato coletivo) ou Pessoa Jurídica: de acordo com o projeto técnico e o estudo de viabilidade econômico-financeiro do empreendimento, observado o limite individual de R$ 18.000,00 (dezoito mil reais) por sócio/associado/cooperado relacionado na DAP emitida para a agroindústria;

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c) Até 30% (trinta por cento) do valor do financiamento para investimento na produção agropecuária objeto de beneficiamento, processamento ou comercialização;

d) Até 15% (quinze por cento) do valor do financiamento de cada unidade agroindustrial pode ser aplicado para a unidade central de apoio gerencial, no caso de projetos de agroindústrias em rede, ou, quando for o caso de agroindústrias isoladas, para pagamento de serviços como contabilidade, desenvolvimento de produtos, controle de qualidade, assistência técnica gerencial e financeira.

e) Os créditos para aquisição de veículo utilitário ficam limitados a 50% (cinquenta por cento) do valor de aquisição do bem.

7.2.2. O limite, estabelecido nas alíneas “a” e “b” do item 7.2.1, concedido à pessoa física em contrato coletivo ou à pessoa jurídica é independente daquele concedido à pessoa física em contrato individual;

7.3. Linha PRONAF Mulher

7.3.1. O limite dos créditos de investimento de que trata o item 6.1.1.4 pode ser elevado em até 50% (cinqüenta por cento), desde que o projeto técnico ou a proposta de crédito comprove o incremento da renda ou economia de custos, no caso de recursos destinados à aquisição de máquinas, tratores e implementos, veículos utilitários, embarcações, equipamentos de irrigação, equipamentos de armazenagem e outros bens destinados especificamente à agropecuária, exceto veículos de passeio;

7.3.2. Para operações coletivas, observado o disposto no item 6.1.1.6:

a) o valor individual obtido pelo critério de proporcionalidade de participação, fica limitado a R$ 18.000,00 (dezoito mil reais), independentemente dos limites definidos para outros financiamentos ao amparo do PRONAF; e

b) o valor por operação fica limitado a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais).

7.3.3. Não são computados, para fins de enquadramento no disposto nos itens 6.1.1.1 a 6.1.1.5:

a) os créditos contratados nas Linhas Convencional, PRONAF Agroindústria, PRONAF Floresta, PRONAF Semi-árido, PRONAF Jovem, PRONAF Cotas-partes, PRONAF Agroecologia e PRONAF Eco;

b) os financiamentos ao amparo do item 10-1-17 do Manual de Crédito Rural;

c) as despesas previstas no item 2-4-1 do Manual do Crédito Rural;

d) os créditos de custeio contratados ao amparo do PRONAF; e

e) os créditos de investimento coletivo previstos nos itens 6.1.1.6.

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7.3.4. A mesma unidade familiar de produção pode contratar até 2 (dois) financiamentos ao amparo do PRONAF Mulher, sendo que o segundo fica condicionado:

a) à quitação ou ao pagamento de pelo menos 3 (três) parcelas do financiamento anterior; e

b) à apresentação de laudo de assistência técnica que confirme a situação de regularidade do empreendimento financiado e a capacidade de pagamento.

7.4. Linha PRONAF Agroecologia

7.4.1. Para operações coletivas, observado o disposto no item 6.1.1.6:

a) o valor individual obtido pelo critério de proporcionalidade de participação, fica limitado a R$ 18.000,00 (dezoito mil reais), independentemente dos limites definidos para outros financiamentos ao amparo do PRONAF; e

b) o valor por operação fica limitado a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais).

7.4.2. Os limites por mutuário, definidos nos itens 6.1.1.1 a 6.1.1.5 e 7.4.1, independem daquele definidos para outros financiamentos ao amparo do PRONAF.

7.4.3. A mesma unidade familiar de produção pode contratar até 2 (dois) financiamentos na Linha PRONAF Agroecologia, sendo que o segundo fica condicionado ao pagamento de pelo menos uma parcela da primeira operação e à apresentação de laudo de assistência técnica que ateste a situação de regularidade do empreendimento financiado e capacidade de pagamento.

7.5. Linha PRONAF Eco

7.5.1. Para operações coletivas, observado o disposto nos item 6.1.1.6:

a) o valor individual obtido pelo critério de proporcionalidade de participação, fica limitado a R$ 18.000,00 (dezoito mil reais), independentemente dos limites definidos para outros financiamentos ao amparo do PRONAF; e

b) o valor por operação fica limitado a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais).

7.5.2. Os limites por mutuário, definidos nos itens 6.1.1.1 a 6.1.1.5 e 7.5.1., independem daquele definidos para outros financiamentos ao amparo do PRONAF.

7.5.3. A mesma unidade familiar de produção pode contratar até 2 (dois) financiamentos consecutivos, condicionada a concessão do segundo ao prévio pagamento de pelo menos 3 (três) parcelas do primeiro financiamento e à apresentação de laudo de assistência técnica que ateste a situação de regularidade do empreendimento financiado e capacidade de pagamento.

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7.6. Linha PRONAF Mais Alimentos

7.6.1. Limite por Beneficiária: acima de R$ 7.000,00 (sete mil reais) até R$ 100.000,00 (cem mil reais), observado que:

a) Este limite independe dos definidos para a Linha de Crédito de Investimento Convencional do PRONAF, de que trata a seção 10-5 do MCR; e

b) Em caso de contratação de operação nas condições estabelecidas para a Linha Convencional do PRONAF Investimento, por beneficiária, deverão ser considerados os saldos “em ser” dos financiamentos de investimento contratados após 30/06/2009 no âmbito da Linha PRONAF Mais Alimentos para definição do enquadramento nos itens 6.1.1.1 a 6.1.1.4, observado o disposto nos itens 6.1.3, 6.2.1.3 e 6.2.2.4.

7.7. Linha Especial de Crédito de Investimento para Reconstrução e Revitalização:

Até R$ 100.000,00 (cem mil reais), observado que:

a) Este limite independe dos definidos para a Linha de Crédito de Investimento Convencional do PRONAF, de que trata a seção 10-5 do MCR; e

b) Em caso de contratação de operação nas condições estabelecidas para a Linha Convencional do PRONAF Investimento, por beneficiária, deverão ser considerados os saldos “em ser” dos financiamentos de investimento contratados após 30/06/2009 nesta Linha de financiamento para definição do enquadramento nos itens 6.1.1.1 a 6.1.1.4,, observado o disposto nos itens 6.1.4, 6.2.1.3 e 6.2.2.4.

8. GARANTIAS

As garantias serão definidas pelo Agente Financeiro, observadas as normas pertinentes do Banco Central do Brasil.

Não será admitida como garantia a constituição de penhor de direitos creditórios decorrentes de aplicação financeira.

9. SISTEMÁTICA OPERACIONAL

Os pedidos de financiamento deverão ser enviados ao BNDES, observadas as seguintes orientações:

9.1. Nos financiamentos concedidos nas Linhas Convencional, PRONAF Mulher, PRONAF Agroindústria, quando se tratar de projeto de agroindústrias isoladas por pessoas físicas, PRONAF Agroecologia, PRONAF ECO, PRONAF Mais Alimentos, Linha Especial de Crédito de Investimento para Reconstrução e Revitalização e quando se tratar de crédito coletivo:

9.1.1. Os pedidos de financiamento deverão ser transmitidos pela INTERNET, após a formalização jurídica do crédito, por meio do endereço eletrônico “http://online.bndes.gov.br”;

9.1.2. Por meio do referido endereço, poderão ser obtidas todas as informações necessárias à operacionalização, tais como: layout dos arquivos, tabela

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de código de municípios e tabela de código de erros;

9.1.3. O Anexo I apresenta as condições relativas ao processamento das operações por intermédio da INTERNET;

9.1.4. O “Envio com a Solicitação de Financiamento para o BNDES” deverá seguir os formatos dos arquivos adequados a cada linha de financiamento, conforme especificado abaixo:

a) Anexo II – Linha Convencional;

b) Anexos III, IV, V e VI – respectivamente para Linha PRONAF Agroindústria Isolada (Pessoa Física), PRONAF Agroindústria lista de Produtores (Pessoa Jurídica), e Linha PRONAF Agroindústria Leite Isolada (Pessoa Física), e PRONAF Agroindústria Leite lista de Produtores (Pessoa Jurídica), esses dois últimos, em financiamentos destinados ao processamento e industrialização de leite e derivados;

c) Anexo VII – Linha PRONAF Mulher;

d) Anexo VIII – Linha PRONAF Agroecologia;

e) Anexo IX – Linha PRONAF Mais Alimentos;

f) Anexos X, XI, XII e XIII – Linha PRONAF ECO, Linha PRONAF ECO Silvicultura para financiamentos destinados à Silvicultura, Linha PRONAF ECO Mini-usinas para financiamentos destinados à implantação, utilização e recuperação de mini-usinas, e Linha PRONAF ECO Solo para correção de solos, respectivamente;

g) Anexo XIV – Linha Especial de Crédito de Investimento para Reconstrução e Revitalização;

h) Anexo XV – Linha ECO SOLO Coletivo;

i) Anexo XVI - Linha ECO MINI-USINAS Coletivo;

j) Anexo XVII – Linha ECO SILVICULTURA Coletivo;

k) Anexo XVIII - Linha ECO Coletivo;

l) Anexo XIX – Linha CONVENCIONAL Coletivo;

m) Anexo XX – Linha MULHER Coletivo;

n) Anexo XXI – Linha AGROECOLOGIA Coletivo;

9.1.5. O “Retorno com as Solicitações Homologadas para o Agente”, o “Retorno com as Solicitações com Erro para o Agente” e o “Retorno com as Liberações para o Agente” seguirão os formatos dos arquivos adequados a cada Linha de Financiamento, conforme especificado abaixo:

a) Anexos XXII – Linha Convencional;

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b) Anexos XXIII e XXIV – Linha PRONAF Agroindústria Isolada (Pessoa Física), e Linha Agroindústria Leite Isolada (Pessoa Física), para financiamentos na Linha PRONAF Agroindústria não destinados ao processamento e industrialização de leite e derivados e aqueles a eles destinados, respectivamente;

c) Anexo XXV – Linha PRONAF Mulher;

d) Anexos XXVI – Linha PRONAF Agroecologia;

e) Anexos XXVII, XXVIII, XXIX e XXX – Linha PRONAF ECO, Linha PRONAF ECO Silvicultura para financiamentos destinados à Silvicultura, Linha PRONAF ECO Mini-usinas para financiamentos destinados à implantação, utilização e recuperação de mini-usinas, e Linha PRONAF ECO Solo para correção de solos, respectivamente;

f) Anexo XXXI – Linha PRONAF Mais Alimentos;

g) Anexo XXXII – Linha Especial de Crédito de Investimento para Reconstrução e Revitalização;

h) Anexo XXXIII- Linha ECO SOLO Coletivo;

i) Anexo XXXIV – Linha ECO MINI-USINAS Coletivo;

j) Anexo XXXV – Linha ECO SILVICULTURA Coletivo;

k) Anexo XXXVI – Linha ECO Coletivo;

l) Anexo XXXVII – Linha CONVENCIONAL Coletivo;

m) Anexo XXXVIII – Linha MULHER Coletivo;

n) Anexo XXXIX – Linha AGROECOLOGIA Coletivo;

9.1.6. O processamento das operações deverá obedecer aos seguintes procedimentos:

a) De acordo com o registro tipo 1 dos formatos dos arquivos de "Envio com a Solicitação de Financiamento para o BNDES", as operações serão encaminhadas por meio de Solicitação de Financiamento;

b) As Solicitações de Financiamento deverão ser numeradas em ordem seqüencial por Linha de Financiamento, ou seja, serão estabelecidas seqüências distintas para as Linhas: Convencional, PRONAF Agroindústria Isolada (Pessoa Física), PRONAF Agroindústria Isolada (Pessoa Física) – Leite, PRONAF Mulher, PRONAF Agroecologia, PRONAF ECO, PRONAF ECO – Silvicultura, PRONAF ECO – Mini-usinas, PRONAF ECO Solo, PRONAF Mais Alimentos, Linha Especial de Crédito de Investimento para Reconstrução e Revitalização, PRONAF ECO Solo Coletivo, PRONAF ECO Mini-Usinas Coletivo, PRONAF ECO Silvicultura Coletivo, PRONAF ECO Coletivo, PRONAF Convencional Coletivo, PRONAF Mulher Coletivo, PRONAF Agroecologia Coletivo;

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c) A cada instrumento contratual, que poderá contemplar um (crédito individual) ou mais mutuários (crédito coletivo), corresponderá uma Solicitação de Financiamento;

d) Após o processamento da Solicitação de Financiamento, a cada mutuário corresponderá uma operação na relação BNDES/Agente Financeiro, vale dizer, para cada mutuário, seja ele participante de crédito individual ou coletivo, será atribuído um número de contrato;

9.1.7. Os Agentes Financeiros que ainda não têm acesso ao referido endereço eletrônico, e que tenham intenção efetiva de operar neste Programa ou em algum outro operado por meio da INTERNET, deverão solicitar autorização de acesso através do telefone (21) 2172-8800 ou pelo endereço eletrônico “[email protected]”, quando receberão senha para acesso e instruções para instalar o certificado digital que garante a segurança da página;

9.1.8. Para esclarecimentos de dúvidas relativas à transmissão das operações pela INTERNET, o Agente Financeiro deverá utilizar os mesmos telefone ou endereço eletrônico mencionados no item anterior.

9.2. Nos financiamentos na Linha PRONAF Agroindústria, quando se tratar de financiamento a agroindústrias isoladas para pessoas jurídicas, conforme disposto no item 7.2.1, “b”, desta Circular:

9.2.1. Os pedidos de financiamento deverão ser enviados ao BNDES segundo o processamento convencional do Produto BNDES AUTOMÁTICO, ou seja, por meio de Ficha Resumo de Operação – FRO, em 3 (três) vias;

9.2.2. Na Linha PRONAF Agroindústria, em financiamentos de que trata o item 9.1, junto com o pedido de financiamento deverá ser transmitido pela INTERNET, no endereço “http://online.bndes.gov.br”, arquivo especificando os “Produtores que participarão da Solicitação de Financiamento para o BNDES”, conforme formatos constantes dos Anexos IV e VI, para operações não destinadas ao processamento e industrialização de leite e derivados e aquelas a eles destinadas, respectivamente, para registrar informações relativas aos produtores responsáveis pelos projetos.

Caso haja algum erro relacionado ao registro do produtor, a carga da lista de beneficiários ficará pendente até que o registro seja corrigido pelo Agente Financeiro.

9.2.3. Os números da Solicitação de Financiamento de um determinado arquivo, que constam do Registro Tipo 1, dos Anexos mencionados no item 9.2.2 acima, deverão ser informados na Descrição Sucinta do Projeto ao qual está relacionado o referido arquivo;

9.2.4. Com relação ao preenchimento da FRO, cabem os seguintes esclarecimentos:

a) No campo "Programa", deverá ser indicado ''PRONAF Agroindústria Isolada (Pessoa Jurídica)", ou “PRONAF Agroindústria em Rede”, conforme o caso;

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b) Nas operações na Linha PRONAF Agroindústria, o campo “Taxa de Juros” deverá ser preenchido com o percentual de 1% a.a. (um por cento ao ano), ou 2% a.a. (dois por cento ao ano), conforme o caso, e o campo “Remuneração do Agente”, com 3% a.a. (três por cento ao ano);

c) Nas operações da Linha PRONAF Agroindústria Em Rede, na "Descrição Sucinta do Projeto" deverá ser informado, além da descrição propriamente dita, dados que permitam identificar as outras agroindústrias que compõem a rede (Razão Social e CNPJ no caso de pessoas jurídicas e CPF no caso de pessoas físicas) e o número de produtores familiares responsáveis pelo empreendimento;

d) No preenchimento do “Quadro de Usos e Fontes”, em operação da Linha PRONAF Agroindústria em Rede, deverão ser destacados os valores a serem investidos nos itens:

• Agroindústria propriamente dita;

• Unidade Central de Apoio Gerencial;

• Produção Agropecuária;

• Capital de Giro Associado.

Os Agentes Financeiros devem ter especial atenção, relativamente às operações enviadas, para que não sejam cometidos erros nas informações prestadas, pois o desenvolvimento de sistema para reparação de erros só será realizado na medida em que não prejudique a programação de trabalho das equipes do BNDES dedicadas àquela atividade.

10. ANÁLISE

O Agente Financeiro deverá analisar os pedidos de financiamento com base: i) em projeto técnico a ser apresentado pelo produtor, observadas as condições estabelecidas pela Secretaria de Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário; e ii) nas orientações vigentes no Produto BNDES AUTOMÁTICO, inclusive, quanto à necessidade de atendimento ao índice de nacionalização exigido por esse Produto para as máquinas e equipamentos novos adquiridos em projetos de investimento.

No âmbito do PRONAF, é dispensada a apresentação dos seguintes documentos:

a) planta da propriedade onde estão previstos os novos investimentos com locação das benfeitorias existentes e as previstas no projeto nos projetos agropecuários e agroindustriais que contemplam investimentos em fundação, recuperação, expansão de culturas, linhas de transmissão e de energia elétrica, cercas, açudes, currais, saleiros, comedouros e outras benfeitorias;

b) planta georeferenciada da propriedade onde estão previstos os novos investimentos, com locação das benfeitorias existentes e as a realizar, contendo os pontos de coordenadas planas (UTM) que definam a linha poligonal da propriedade e das benfeitorias, tipos de cultura ou em único ponto para as do tipo casa, saleiros, entre outros itens relevantes, nos projetos agropecuários e agroindustriais que contemplam investimentos em recuperação, expansão de culturas (permanentes ou temporárias) ou à reforma de pastagens.

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O Agente Financeiro deverá dar preferência ao atendimento de propostas que objetivem a produção agroecológica.

Preferencialmente, 30% (trinta por cento) do volume de crédito do Programa deverá ser destinado a Beneficiárias do sexo feminino.

É de responsabilidade do Agente Financeiro verificar o cumprimento, em cada financiamento concedido, das normas deste Programa e daquelas constantes do Manual de Crédito Rural.

A exigência de qualquer forma de reciprocidade bancária na concessão do crédito é considerada infração grave, sujeitando a instituição financeira e seus administradores às sanções previstas na legislação e regulamentação em vigor, em especial às do art. 44 da Lei nº 4.595, de 31.12.1964.

As liberações deverão ser realizadas em parcela única nas operações das Linhas Convencional, PRONAF Mulher, PRONAF Agroindústria Isolada (Pessoa Física), PRONAF Agroecologia, PRONAF ECO, PRONAF Mais Alimentos e Linha Especial de Crédito de Investimento para Reconstrução e Revitalização, e parceladamente, de acordo com o cronograma físico-financeiro do projeto, nas operações da Linha PRONAF Agroindústria Isolada (Pessoa Jurídica) e Agroindústria em Rede.

A documentação pertinente à relação contratual entre o proprietário da terra e a Beneficiária do crédito não está sujeita à exigência de registro em cartório, ficando dispensada para os posseiros, sempre que a condição de posse estiver registrada na DAP.

11. ASSISTÊNCIA TÉCNICA

11.1. A prestação de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER), quando considerada necessária pelo Agente Financeiro, para fins de concessão do financiamento de investimento poderá ser requerida, observado que os serviços:

a) Devem compreender o estudo técnico, representado pelo plano simples, projeto ou projeto integrado e a orientação técnica em nível de imóvel ou agroindústria;

b) No caso de investimento, devem contemplar, no mínimo, o tempo necessário à fase de implantação do projeto, limitado ao máximo de (4) quatro anos;

c) No caso das agroindústrias, devem contemplar aspectos gerenciais, tecnológicos, contábeis e de planejamento;

d) A critério do mutuário, seus custos podem ser objeto de financiamento ou pagos com recursos próprios;

e) Quando financiados, terão seus custos calculados na forma da seção 2-4 do Manual de Crédito Rural, que tem custos específicos de assistência técnica;

f) Quando previstos no instrumento de crédito, podem ser prestados de forma grupal, inclusive para os efeitos do Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro), no que diz respeito à apresentação de orçamento, croqui e laudo.

11.2. Devem ser observadas as demais disposições previstas no MCR.

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11.3. A forma de prestação da Ater, de seu pagamento, monitoria e avaliação são definidos pela SAF/MDA e pelo INCRA, no âmbito de suas respectivas competências.

12. CONTRATAÇÃO

Na contratação dos financiamentos, deverão ser inseridas as “Condições a serem observadas pelos Agentes Financeiros na contratação da operação com as Beneficiárias Finais (TJLP)” aplicáveis às operações no âmbito do Produto BNDES AUTOMÁTICO.

Deverão ser feitas as adaptações às particularidades deste Programa, sendo livre a inclusão de novas cláusulas, desde que não conflitem com as Normas Operacionais vigentes.

Para a formalização dos créditos, poderão ser utilizados Contrato de Abertura de Crédito Fixo, Cédula de Crédito Rural ou a Cédula de Crédito Bancário.

Para a formalização do instrumento contratual no âmbito do PRONAF, não se aplica a exigência de comprovação da quitação do Imposto Territorial Rural – ITR.

Deverá ser incluída no instrumento contratual cláusula contendo declaração sobre a existência ou inexistência de financiamentos de investimento “em ser” no âmbito do BNDES, e reconhecimento de que a declaração falsa implica substituição da taxa de juros pactuada por aquela constante do item 6.1.1.4 desde a data da contratação, além das demais penalidades aplicáveis.

A declaração a que se refere o parágrafo anterior não exime o Agente Financeiro da responsabilidade de verificar a regularidade da operação, especialmente no tocante à citada obrigação.

13. REGISTRO COMUM DE OPERAÇÕES RURAIS – RECOR

O Agente Financeiro deverá, obrigatoriamente, registrar as operações realizadas no sistema Registro Comum de Operações Rurais – RECOR.

14. ACOMPANHAMENTO

14.1. O acompanhamento dos projetos financiados deverá ser efetuado pelos Agentes Financeiros, com base nas normas de acompanhamento do Produto BNDES AUTOMÁTICO e do Manual de Crédito Rural e ter por objetivo comprovar a realização dos investimentos propostos e acompanhar o desenvolvimento das atividades projetadas.

14.2. A operação deverá ser considerada vencida antecipadamente se verificada a ocorrência de desvio ou aplicação irregular dos recursos, hipóteses em que o Agente Financeiro/mutuário ficará sujeito às penalidades aplicáveis às irregularidades da espécie.

14.2.1. Verificada qualquer ocorrência nesse sentido, o fato deverá ser imediatamente comunicado pelo Agente Financeiro ao Departamento de Acompanhamento de Operações Indiretas – DEAOI da Área de Operações Indiretas - AOI, acompanhado de relato das providências tomadas. As

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informações relativas ao assunto deverão estar disponíveis para fins de auditoria.

14.2.2. A liquidação financeira da referida operação pelo Agente Financeiro somente deverá ser efetuada após autorização do BNDES, ficando o Agente Financeiro/Beneficiária sujeito ao pagamento de encargos/custos decorrentes da descaracterização da operação como passível de obtenção de subvenção econômica sob a forma de equalização de encargos e, nos termos do item 19.

14.3. Competindo ao Agente Financeiro acompanhar e fiscalizar a boa e regular aplicação dos recursos na finalidade a que se destinam, as operações sobre as quais não houver nenhuma comunicação de irregularidade serão consideradas em situação regular, inclusive para fins de informação aos órgãos federais de controle e ao Tesouro Nacional.

14.4. O encaminhamento do “Relatório de Situação da Operação” ao BNDES não será mais exigido. Os referidos Relatórios, entretanto, deverão ser mantidos, pelos Agentes Financeiros, nos dossiês das operações.

14.5. O Agente Financeiro deverá encaminhar semestralmente, em papel timbrado, ao Departamento de Suporte e Controle Operacional – DESCO, do BNDES, até os dias 05/07 e 05/01 de cada ano, a Declaração de Regularidade conforme Anexo XL. O não recebimento da referida Declaração implicará no impedimento do Agente Financeiro, de realização de novas operações no âmbito deste Programa.

14.6. Fica dispensada, quando se tratar de insumos de produção própria ou de mão- de-obra própria da unidade familiar, desde que prevista no projeto ou proposta de crédito do empreendimento financiado, a apresentação dos comprovantes de aplicação na aquisição de insumos e no pagamento de mão-de-obra, conforme o disposto no item 12 da Seção 5 do Capítulo 2 do MCR.

15. SISTEMÁTICA DE CÁLCULO

Os juros devidos pela Beneficiária deverão ser calculados segundo a seguinte fórmula:

Jn = SDn-1 •

+ 1100

1365

N

i,

onde:

Jn : Juros devidos pela Beneficiária, em R$, no momento “n”;

SDn-1: Saldo Devedor, em R$, no momento “n-1”;

i : Taxa de juros contratual: 1% a.a, 2%a.a, 4%a.a. ou 5% a.a., conforme o caso;

N: Número de dias existentes entre a data de cada evento financeiro e a data de capitalização, vencimento ou liquidação de obrigação, considerando-se como evento financeiro todo e qualquer fato de natureza financeira do qual possa resultar alteração do saldo devedor do contrato.

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16. PRESTAÇÃO DE CONTAS DA BENEFICIÁRIA AO AGENTE

As prestações vencerão para a Beneficiária nos dias 15 (quinze). Todo vencimento de prestação de amortização e encargos que ocorra em sábados, domingos ou feriados nacionais, inclusive os bancários, será, para todos os fins, deslocado para o primeiro dia útil subseqüente, sendo os encargos calculados até essa data, e se iniciando, também a partir dessa data, o período seguinte regular de apuração e cálculo dos encargos devidos.

É admitido que os Agentes Financeiros emitam e enviem aos mutuários carnê para pagamento das prestações do financiamento.

17. PRESTAÇÃO DE CONTAS DO AGENTE

A cobrança das prestações devidas pelo Agente Financeiro será feita mediante Aviso de Cobrança expedido pelo BNDES, no valor correspondente às importâncias devidas pelas Beneficiárias das operações, excluindo a Remuneração da Instituição Financeira Credenciada, até o limite do valor correspondente à aplicação da Taxa Efetiva de Juros a que se refere o item 6.1.

A parcela da Remuneração da Instituição Financeira Credenciada que ultrapassar o valor correspondente à aplicação da Taxa Efetiva de Juros será calculada sobre os Saldos Médios Diários das Aplicações devidos pelo Agente ao BNDES, conforme metodologia e condições a serem definidas em Portaria do Ministério da Fazenda, e repassada ao Agente Financeiro no prazo de até cinco dias úteis do pagamento a ser efetuado pela Secretaria do Tesouro Nacional ao BNDES da equalização de encargos financeiros.

18. LIQUIDAÇÃO ANTECIPADA

Sempre que ocorrer a liquidação, total ou parcial, antecipada da operação formalizada no âmbito do PRONAF, o Agente Financeiro deverá recolher ao BNDES o valor correspondente, observando os seguintes procedimentos:

18.1. Caso a liquidação antecipada ocorra em um mês em que haja vencimento de parcela da dívida, a parcela que constar do Aviso de Cobrança deverá ser regularmente recolhida no pagamento do mencionado Aviso de Cobrança.

18.2. Os valores vincendos pagos antecipadamente deverão ser recolhidos, pelos Agentes Financeiros, em separado dos valores relativos aos Avisos de Cobrança, atualizados, desde o dia útil imediatamente posterior ao do pagamento até a data do recolhimento ao BNDES, pela TJLP acrescida de 1% a.a. (um por cento ao ano).

19. ENCARGOS MORATÓRIOS

O Agente Financeiro que vier a ficar inadimplente com o BNDES, relativamente a operações por ele realizadas no âmbito deste Programa de financiamento, estará sujeito ao disposto no item “ENCARGOS MORATÓRIOS” do Produto BNDES AUTOMÁTICO, aplicando-se a Taxa de Juros de Longo Prazo - TJLP + 1% a.a. (um por cento ao ano) como encargo financeiro contratual.

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20. VENCIMENTO ANTECIPADO DO FINANCIAMENTO

Nas hipóteses de não-comprovação física e/ou financeira da realização do projeto objeto da colaboração financeira, assim como de aplicação dos recursos concedidos em finalidade diversa daquela prevista no instrumento formalizador da operação, ocorrerá o vencimento antecipado do contrato, ficando o Agente Financeiro sujeito, a partir do dia seguinte ao fixado através de notificação judicial ou extrajudicial, à multa de 50% (cinqüenta por cento) incidente sobre o valor liberado e não comprovado, acrescido dos encargos devidos na forma contratualmente ajustada até a data da efetiva liquidação do débito.

O saldo devedor apurado na forma acima deverá ser acrescido do valor correspondente à devolução em dobro da subvenção da equalização de juros recebida, devidamente atualizada monetariamente, nos termos da Lei nº 8.427, de 27.05.1992.

21. VIGÊNCIA

Esta Circular entra em vigor na presente data, podendo ser atendidos os financiamentos contratados até 30.06.2010, observado o limite orçamentário do Programa.

Os pedidos de financiamento encaminhados por meio de FRO deverão obedecer aos seguintes procedimentos:

a) Para possibilitar a contratação até o dia 30.06.2010, as operações encaminhadas previamente à contratação deverão ser protocoladas no BNDES, para homologação, até o dia 28.05.2010;

b) As operações encaminhadas posteriormente à contratação poderão ser protocoladas no BNDES, para homologação, até o dia 16.07.2010, acompanhadas do Pedido de Liberação;

As operações encaminhadas pela INTERNET serão recebidas no BNDES a partir de 17.08.2009 e, impreterivelmente, até às 16hs do dia 16.07.2010.

Ressalte-se que as condições da Linha Especial de Crédito de Investimento para Reconstrução e Revitalização são aplicáveis aos financiamentos contratados até 20.12.2009, devendo tais operações ser protocoladas no BNDES, para homologação, até o dia 08.01.2010, acompanhadas do pedido de liberação.

Para fins de controle de comprometimento dos recursos, o BNDES poderá solicitar, a qualquer tempo, o envio de informações relativas às operações em curso nos Agentes Financeiros e definir limites de comprometimento por Agente.

Fica revogada a Circular Conjunta SEAGRI n° 05/2009 - SUP/AOI nº 104/2009, de 13.10.2009.

William George Lopes Saab Chefe da SEAGRI

Secretaria de Gestão da Carteira Agrícola BNDES

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Anexos à CIRCULAR SEAGRI Nº 09/2009, de 23.12.2009 Anexo I: Operações Através da Internet Anexo ll: PRONAF CONVENCIONAL Formato do Arquivo de Envio com a Solicitação de Financiamento para o BNDES Anexo Ill: PRONAF AGROINDÚSTRIA Formato do Arquivo de Envio com a Solicitação de Financiamento para o BNDES Anexo lV: PRONAF AGROINDÚSTRIA PRODUTORES Formato do Arquivo com os Produtores que participarão da Solicitação de Financiamento para o BNDES Anexo V: PRONAF AGROINDÚSTRIA LEITE Formato do Arquivo de Envio com a Solicitação de Financiamento para o BNDES Anexo VI: PRONAF AGROINDÚSTRIA LEITE PRODUTORES Formato do Arquivo com os Produtores que participarão da Solicitação de Financiamento para o BNDES Anexo VII: PRONAF MULHER Formato do Arquivo de Envio com a Solicitação de Financiamento para o BNDES Anexo VIII: PRONAF AGROECOLOGIA Formato do Arquivo de Envio com a Solicitação de Financiamento para o BNDES Anexo IX: PRONAF MAIS ALIMENTOS Formato do Arquivo de Envio com a Solicitação de Financiamento para o BNDES Anexo X: PRONAF ECO Formato do Arquivo de Envio com a Solicitação de Financiamento para o BNDES Anexo XI: PRONAF ECO SILVICULTURA Formato do Arquivo de Envio com a Solicitação de Financiamento para o BNDES Anexo XII: PRONAF ECO MINI-USINAS Formato do Arquivo de Envio com a Solicitação de Financiamento para o BNDES Anexo XIII: PRONAF ECO SOLO Formato do Arquivo de Envio com a Solicitação de Financiamento para o BNDES Anexo XIV: LINHA ESPECIAL DE CRÉDITO DE INVESTIMENTO PARA RECONSTRUÇÃO E REVITALIZAÇÃO Formato do Arquivo de Envio com a Solicitação de Financiamento para o BNDES Anexo XV: ECO SOLO Coletivo Formato do Arquivo de Envio com a Solicitação de Financiamento para o BNDES Anexo XVI: ECO MINI-USINAS Coletivo

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Formato do Arquivo de Envio com a Solicitação de Financiamento para o BNDES Anexo XVII: ECO SILVICULTURA Coletivo Formato do Arquivo de Envio com a Solicitação de Financiamento para o BNDES Anexo XVIII: ECO Coletivo Formato do Arquivo de Envio com a Solicitação de Financiamento para o BNDES Anexo XIX: CONVENCIONAL Coletivo Formato do Arquivo de Envio com a Solicitação de Financiamento para o BNDES Anexo XX: MULHER Coletivo Formato do Arquivo de Envio com a Solicitação de Financiamento para o BNDES Anexo XXI: AGROECOLOGIA Coletivo Formato do Arquivo de Envio com a Solicitação de Financiamento para o BNDES Anexo XXII: PRONAF CONVENCIONAL Formato dos Arquivos de: Retorno com as Solicitações Homologadas para o Agente Retorno com as Solicitações com Erro para o Agente Retorno com as Liberações para o Agente Anexo XXIII: PRONAF AGROINDÚSTRIA (Agroindústria Isolada – Pessoa Física) Formato dos Arquivos de: Retorno com as Solicitações Homologadas para o Agente Retorno com as Solicitações com Erro para o Agente Retorno com as Liberações para o Agente

Anexo XXIV: PRONAF AGROINDÚSTRIA LEITE (Agroindústria Isolada – Pessoa Física) Formato dos Arquivos de: Retorno com as Solicitações Homologadas para o Agente Retorno com as Solicitações com Erro para o Agente Retorno com as Liberações para o Agente

Anexo XXV: PRONAF MULHER Formato dos Arquivos de: Retorno com as Solicitações Homologadas para o Agente Retorno com as Solicitações com Erro para o Agente Retorno com as Liberações para o Agente

Anexo XXVI: PRONAF AGROECOLOGIA Formato dos Arquivos de: Retorno com as Solicitações Homologadas para o Agente Retorno com as Solicitações com Erro para o Agente Retorno com as Liberações para o Agente

Anexo XXVII: PRONAF ECO Formato dos Arquivos de: Retorno com as Solicitações Homologadas para o Agente Retorno com as Solicitações com Erro para o Agente Retorno com as Liberações para o Agente

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Anexo XXVIII: PRONAF ECO SILVICULTURA Formato dos Arquivos de: Retorno com as Solicitações Homologadas para o Agente Retorno com as Solicitações com Erro para o Agente Retorno com as Liberações para o Agente

Anexo XXIX: PRONAF ECO MINI-USINAS Formato dos Arquivos de: Retorno com as Solicitações Homologadas para o Agente Retorno com as Solicitações com Erro para o Agente Retorno com as Liberações para o Agente

Anexo XXX: PRONAF ECO SOLO Formato dos Arquivos de: Retorno com as Solicitações Homologadas para o Agente Retorno com as Solicitações com Erro para o Agente Retorno com as Liberações para o Agente Anexo XXXI: PRONAF MAIS ALIMENTOS Formato dos Arquivos de: Retorno com as Solicitações Homologadas para o Agente Retorno com as Solicitações com Erro para o Agente Retorno com as Liberações para o Agente

Anexo XXXII: LINHA ESPECIAL DE CRÉDITO DE INVESTIMENTO PARA RECONSTRUÇÃO E REVITALIZAÇÃO Formato dos Arquivos de: Retorno com as Solicitações Homologadas para o Agente Retorno com as Solicitações com Erro para o Agente Retorno com as Liberações para o Agente Anexo XXXIII: ECO SOLO Coletivo Formato dos Arquivos de: Retorno com as Solicitações Homologadas para o Agente Retorno com as Solicitações com Erro para o Agente Retorno com as Liberações para o Agente Anexo XXXIV: ECO MINI-USINAS Coletivo Formato dos Arquivos de: Retorno com as Solicitações Homologadas para o Agente Retorno com as Solicitações com Erro para o Agente Retorno com as Liberações para o Agente Anexo XXXV: ECO SILVICULTURA Coletivo Formato dos Arquivos de: Retorno com as Solicitações Homologadas para o Agente Retorno com as Solicitações com Erro para o Agente Retorno com as Liberações para o Agente

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Anexo XXXVI: ECO Coletivo Formato dos Arquivos de: Retorno com as Solicitações Homologadas para o Agente Retorno com as Solicitações com Erro para o Agente Retorno com as Liberações para o Agente Anexo XXXVII: CONVENCIONAL Coletivo Formato dos Arquivos de: Retorno com as Solicitações Homologadas para o Agente Retorno com as Solicitações com Erro para o Agente Retorno com as Liberações para o Agente Anexo XXXVIII: MULHER Coletivo Formato dos Arquivos de: Retorno com as Solicitações Homologadas para o Agente Retorno com as Solicitações com Erro para o Agente Retorno com as Liberações para o Agente Anexo XXXIX: AGROECOLOGIA Coletivo Formato dos Arquivos de: Retorno com as Solicitações Homologadas para o Agente Retorno com as Solicitações com Erro para o Agente Retorno com as Liberações para o Agente Anexo XL: Declaração de Regularidade Os anexos acima listados encontram-se disponíveis no sítio eletrônico do BNDES: http://www.bndes.gov.br, assim como a presente Circular.