cinética quia16

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  • Cintica qumica

    Disciplina: Fsico-qumica C Cdigo: QUIA16

    Profa: Rosangela R L Vidal

    Salvador 2014.2

    Definio

    Objetivos

    Introduo

    Velocidade de reao

    Velocidade mdia de reao

    Velocidade instantnea de reao

    Leis de velocidade

    Ordem de reao

    Reaes de Ordem zero, primeira e segunda ordens

    Determinao das leis de velocidade

    Mtodos da integrao, diferencial, da meia-vida, do isolamento

    Dependncia da velocidade de reao com a temperatura

    Equao de Arrhenius

    Teorias das velocidades de reao: teoria da coliso e teoria do estado de transio

    Mecanismo das reaes

    - Reaes elementares

    Aproximao do estado estacionrio

    Reaes unimoleculares

    Mecanismo de Lindemann-Hinshewood2

    3 4

    5 6

  • 7 8

    A cintica e a termodinmica clssica so baseadas na observao

    A cintica experimental requer que se faam medidas em um processo qumico e, ento, se tente explic-lo ou generaliz-lo.A cintica terica tenta descrever modelos adequados para as reaes qumicas

    9

    Velocidade de reao expressa como:

    variao na concentrao de reagentes ou de produtos com o tempo

    Informalmente, sabemos que:

    Uma reao rpida quando os produtos so formados quase que instantaneamente

    (Ex.: reao de precipitao ou exploso)

    Uma reao lenta quando os produtos levam muito tempo para se formar

    (Ex.: corroso ou decomposio de material orgnico)

    10

    Reao rpida: explosoReao rpida: exploso

    11

    Reao lenta: acmulo dos produtos de corrosoReao lenta: acmulo dos produtos de corroso Fatores QUALITATIVOS que afetam a velocidade de uma reao qumica:

    a. A natureza qumica dos reagentes;

    b. A habilidade dos reagentes para entrarem em contato um com o outro;

    c. A concentrao dos reagentes;

    d. A temperatura;

    e. A presena dos agentes aceleradores e inibidores da velocidade de reao.

    12

  • a. A natureza qumica dos reagentes

    Ligaes se rompem e novas ligaes se formam durante as reaes. As

    diferenas fundamentais entre as velocidades das reaes, portanto,

    encontram-se nos prprios reagentes, nas tendncias herdadas dos

    tomos, molculas ou ons que sofrem mudanas nas ligaes qumica.

    RPIDAS

    LENTAS

    13

    b. A habilidade dos reagentes se encontrarem (se colidirem)

    A maioria das reaes envolve dois ou mais reagentes (tomos, molculas,

    ons) que devem colidir uns com os outros para a reao ocorrer. Por isso, as

    reaes so realizadas frequentemente em soluo ou em fase gasosa,

    estados em que as espcies reagentes so capazes de colidirem umas com

    as outras mais facilmente.

    14

    c. A concentrao dos reagentes

    As velocidades das reaes qumicas so afetadas pelas concentraes dos

    reagentes.

    concentrao dos reagentes

    a probabilidade das molculas colidirem entre si.

    15

    d. A temperatura do sistema reacional

    A maioria das reaes qumicas ocorrem mais rpido em temperaturas mais

    elevadas do que em temperaturas mais baixas.

    e. A presena de catalisadores

    Os catalisadores so substncias que aumentam a velocidade das reaes

    qumicas. Os catalisadores afetam cada momento de nossas vidas. Isso

    acontece porque as enzimas que direcionam a qumica de nosso corpo so

    todas catalisadores.

    16

    ASPECTOS QUANTITATIVOS

    Investigar a velocidade das reaes qumicas e suas respectivas leis de

    velocidade) sob a influncia da concentrao dos reagentes, da

    temperatura e dos catalisadores e inibidores.

    17 18

    Definio de velocidade: mudana de valor de uma propriedade dividida pelo tempo que ela leva para correr

    Definio de velocidade: mudana de valor de uma propriedade dividida pelo tempo que ela leva para correr

    velocidade mdia do automvel =

    distncia percorrida

    Tempo gasto

    velocidade instantnea = leitura do velocmetro do carro em um dado instante

    Qumica

    quo rapidamente os reagentes so

    consumidos ou os produtos so formados

  • 19

    Reao simples

    EM QUMICA: a velocidade de reao

    a variao de um dos reagentes ou produtos divido pelo tempo que a mudana leva para ocorrer

    a variao na concentrao de uma espcie em relao ao tempo

    BA

    Velocidade com que o reagente A desaparece igual velocidade com que o produto B formado

    Velocidade mdia da reao: a reao ocorre em um determinado intervalo de tempo

    Velocidade mdia da reao: a reao ocorre em um determinado intervalo de tempo

    [ ] [ ]tempot

    Bt

    Av

    oconcentra unidade =

    +=

    =

    20

    Reao simplesReao simples PR [ ] [ ]

    t

    Pt

    Rv

    +=

    =

    Os reagentes so consumidos para a formao dos produtos

    12

    12][][][

    tt

    RRt

    R tt

    =

    [R] decresce com o tempo

    [R] negativa

    12

    12][][][

    tt

    PPt

    P tt

    =

    Os produtos so formados: [P] aumenta com o tempo

    [P] aumenta com o tempo

    [P] positivo

    Velocidade mdiaVelocidade mdia

    21

    Reao genrica dDcCbBaA ++

    Temos que considerar a estequiometria da reao

    Devido estequiometria da reao, esta relao vale igualmente para qualquer espcie, ou seja, haver uma nica velocidade para a reao

    Na prtica, essa variao pode ser medida por mtodos qumicos, fsicos ou fsico-qumicos, como variao de pH, volume, presso, condutividade, rotao ptica, absorbncia e fluorescncia

    Na prtica, essa variao pode ser medida por mtodos qumicos, fsicos ou fsico-qumicos, como variao de pH, volume, presso, condutividade, rotao ptica, absorbncia e fluorescncia

    [ ] [ ] [ ] [ ]t

    Ddt

    Cct

    Bbt

    Aa

    v

    +=

    +=

    =

    =1111

    Os coeficientes a,b,c e d nos denominadores so fatores de converso dados pela estequiometria da reao qumica balanceadaIsso permite que uma velocidade apresente sempre o mesmo valor numrico independente da espcie em que a variao na quantidade usada para express-la

    Os coeficientes a,b,c e d nos denominadores so fatores de converso dados pela estequiometria da reao qumica balanceadaIsso permite que uma velocidade apresente sempre o mesmo valor numrico independente da espcie em que a variao na quantidade usada para express-la

    22

    Velocidade instantnea da reao: a velocidade mdia calculada em um intervalo de tempo extremamente curto, em torno do instante de tempo de referncia

    Velocidade instantnea da reao: a velocidade mdia calculada em um intervalo de tempo extremamente curto, em torno do instante de tempo de referncia

    Em cada instante de tempo, a velocidade instantnea representada pela reta tangente curva e possui um valor diferente, que pode ser calculado de modo anlogo

    [ ] [ ]t

    RdtRd

    v tinst

    == 0lim

    [ ] [ ]t

    PdtPd

    v tinst

    +=+= 0lim

    23

    Reao genrica dDcCbBaA ++

    [ ] [ ] [ ] [ ]dtDd

    ddtCd

    cdtBd

    bdtAd

    avinst

    1111+=+===

    Reao simples BA

    Velocidade instantneaVelocidade instantnea

    [ ] [ ]dtBd

    dtAd

    vinst +==

    Velocidade instantneaVelocidade instantnea

    24

    Exemplo 1: A velocidade da reao A + 2B 3C + D 1,0 mol/L3.s. D as velocidades de formao e de consumo dos participantes do sistema reacional

    [ ] [ ] [ ] [ ]dtDd

    ddtCd

    cdtBd

    bdtAd

    avinst

    1111+=+===

  • 25

    Exemplo 1: A velocidade da reao A + 2B 3C + D 1,0 mol/L3.s. D as velocidades de formao e de consumo dos participantes do sistema reacional

    Respostas: velocidade de consumo:A = v = 1,0 mol/L3.s B = 2v = 2,0 mol/L3.s

    velocidade de formao:C = 3v = 3,0 mol/L3.s D = v = 1,0 mol/L3.s

    [ ] [ ] [ ] [ ]dtDd

    ddtCd

    cdtBd

    bdtAd

    avinst

    1111+=+===

    26

    Velocidade de uma reao

    Muda medida que a reao ocorre ou se a reao realizada em condies inicias diferentes

    Velocidade de uma reao

    Muda medida que a reao ocorre ou se a reao realizada em condies inicias diferentes

    Sabemos que

    26

    til determinar uma velocidade de uma reao, de modo que ela possa ser aplicada a diferentes condies, especialmente nas variaes das concentraes iniciais dos reagentes

    til determinar uma velocidade de uma reao, de modo que ela possa ser aplicada a diferentes condies, especialmente nas variaes das concentraes iniciais dos reagentes

    Por esta razo

    27

    Para a maioria das reaes

    A velocidade inicial est relacionada s quantidades iniciais dos reagentes

    Experimentalmente

    Observa-se que a velocidade inicial proporcional concentrao dos reagentes elevados a algum expoente

    28

    Expressando esse conceito matematicamente

    Para uma reao geral: A B + C

    Expressando esse conceito matematicamente

    Para uma reao geral: A B + C

    [ ]

    [ ] [ ]n

    n

    AkdtAd

    Avelocidade

    =

    A relao entre a velocidade e concentrao denominada Lei de velocidade

    A relao entre a velocidade e concentrao denominada Lei de velocidade

    [ ] [ ] [ ]dtCd

    dtBd

    velocidadedtAd

    velocidade === e

    k = cte de velocidade (depende da T)n = ordem de reao

    29

    Expressando esse conceito matematicamente

    Para uma reao geral: A B + C

    Expressando esse conceito matematicamente

    Para uma reao geral: A B + C

    [ ] [ ]nAkdtAd

    = Lei de velocidade

    A lei de velocidade mostra que a velocidade de reao depende da concentrao do reagente

    A lei de velocidade mostra que a velocidade de reao depende da concentrao do reagente

    30

    Expressando esse conceito matematicamente

    Para uma reao geral: aA + bB produtos

    Expressando esse conceito matematicamente

    Para uma reao geral: aA + bB produtos

    [ ] [ ]

    [ ] [ ]yx

    yx

    BAkvelocidade

    BAvelocidade

    =

    Lei de velocidade

    Constante de velocidade (Unidade = conc/tempo)(independe da concentrao dos reagentes, depende da T)

    Lei de velocidade

    Nos diz que a velocidade de uma reao no constante; Seu valor em um tempo qualquer proporcional s concentraes de A e B elevadas a determinadas potncias

    Lei de velocidade

    Nos diz que a velocidade de uma reao no constante; Seu valor em um tempo qualquer proporcional s concentraes de A e B elevadas a determinadas potncias

    Ordem (parciais) de reao em relao aos reagentes A e B, respectivamente.

  • 31

    Lei de velocidade

    Aps conhecida a lei de velocidade e a constante de velocidade- possvel prever a velocidade de reao para qualquer composio dada da mistura reacional

    A lei de velocidade um importante guia de mecanismo de reao - Qualquer mecanismo proposto tem que ser consistente com a lei de velocidade observada

    Lei de velocidade

    Aps conhecida a lei de velocidade e a constante de velocidade- possvel prever a velocidade de reao para qualquer composio dada da mistura reacional

    A lei de velocidade um importante guia de mecanismo de reao - Qualquer mecanismo proposto tem que ser consistente com a lei de velocidade observada

    Importante

    32

    Exemplo 2: Para a reao do tipo aA + bB produtos, as velocidades iniciais apresentadas na tabela abaixo foram determinadas experimentalmente. Admitindo que a lei de velocidade pode ser escrita como mostrado a seguir, determine os valores de x, y e k, e a lei de velocidade.

    [A] (M)

    [B](M)

    Velocidade inicial (M/s)

    1,44 0,35 5,37 x 10-3

    1,44 0,70 2,15 x 10-2

    2,89 0,35 2,69 x 10-3

    [ ] [ ]yx BAkvelocidade =

    Respostas: y = 2, x = -1 e k = 0,063 s-1

    [ ] [ ]21 063,0 BAv =

    33

    Como resolver

    1)Determinar a ordem parcial da reao, y, usando o 1 e 2 conjunto de dados2)Dividir o 1 pelo 23)Determinar a ordem parcial da reao, y, por INSPEO ou LOGARITMO a partir da equao resultante4)Determinar a ordem parcial da reao, x, usando o 1 e 3 conjunto de dados5)Dividir o 1 pelo 36)Determinar a ordem da reao , x, por INSPEO ou LOGARITMO a partir da equao resultante7)Determinar k utilizando qualquer conjunto de dados

    [A] (M)

    [B](M)

    Velocidade inicial (M/s)

    1,44 0,35 5,37 x 10-3

    1,44 0,70 2,15 x 10-2

    2,89 0,35 2,69 x 10-3

    [ ] [ ]21 063,0 BAv =Respostas: y = 2, x = -1 e k = 0,063 s-1 34

    A partir da lei de velocidade possvel definir a ordem de reao

    [ ] [ ]yx BAkvelocidade =Lei de velocidade

    Ordem (parciais) de reao em relao aos reagentes A e B, respectivamente.

    Ordem de reao

    Ordem x com relao a A e y com relao a B A reao tem ordem global (x + y) No h nenhuma relao entre a ordem de um reagente na expresso de velocidade e seu coeficiente estequiomtrico na reao qumica balanceada

    Ordem de reao

    Ordem x com relao a A e y com relao a B A reao tem ordem global (x + y) No h nenhuma relao entre a ordem de um reagente na expresso de velocidade e seu coeficiente estequiomtrico na reao qumica balanceada

    35

    Ex 1.: Reao de hidrlise alcalina do acetato de etila

    [ ] [ ]22022 ][ NOkCONOkv ==

    OHHCCOONaCHNaOHHCOOCCH 523523 ++

    A lei de velocidade determinada experimentalmente

    As ordens parciais em relao a cada reagente so de 1 ordemNeste caso, coincidem com os coeficientes estequiomtricos

    As ordens parciais em relao a cada reagente so de 1 ordemNeste caso, coincidem com os coeficientes estequiomtricos

    Ex 2.: Reduo do dixido de nitrognio pelo monxido de carbono

    )()()()( 22 gNOgCOgCOgNO ++

    [ ][ ]NaOHHCOOCCHkv 523 =

    A reao 2 ordem em relao ao NO2 (g) e de ordem zero em relao ao CO (g)As ordens parciais, neste caso, no coincidem com os coeficientes estequiomtricos

    A reao 2 ordem em relao ao NO2 (g) e de ordem zero em relao ao CO (g)As ordens parciais, neste caso, no coincidem com os coeficientes estequiomtricos 36

    importante observar que uma lei de velocidade estabelecida experimentalmente e no pode no geral ser inferida a partir da equao qumica para a reao

    importante observar que uma lei de velocidade estabelecida experimentalmente e no pode no geral ser inferida a partir da equao qumica para a reao

    Ateno

  • 37

    A partir da lei de velocidade possvel definir a ordem de reao

    [ ] [ ]yx BAkvelocidade =Lei de velocidade

    Ordem (parciais) de reao em relao aos reagentes A e B, respectivamente.

    Ordem de reao

    Estabelecida a partir de dados experimentais, considerando a(s) substncia(s) em que a concentrao depende da velocidade de reao e que sofrem uma variao relativa significativa durante uma reaoPode ser zero, um nmero inteiro ou um nmero fracionrioNa prtica, as mais importantes reaes so de ordem zero, primeira e segunda ordensDeve ser experimentalmente determinada e no pode ser meramente deduzida da equao qumica

    Ordem de reao

    Estabelecida a partir de dados experimentais, considerando a(s) substncia(s) em que a concentrao depende da velocidade de reao e que sofrem uma variao relativa significativa durante uma reaoPode ser zero, um nmero inteiro ou um nmero fracionrioNa prtica, as mais importantes reaes so de ordem zero, primeira e segunda ordensDeve ser experimentalmente determinada e no pode ser meramente deduzida da equao qumica 38

    Pode se zero, um nmero inteiro ou um nmero fracionrio

    [ ] [ ]yx BAkvelocidade

    produtosbBaA

    =

    +

    Lei de velocidade

    Ordem (parciais) de reao em relao aos reagentes A e B, respectivamente.

    Se x = y = 1 A reao de 1 ordem para as espcies A e B.

    A ordem global da reao a soma das ordens individuais (x+y)

    Ento: A lei de velocidade neste exemplo de 2 ordem global

    Ex 1.: [ ][ ]BAk v =

    39

    Ex 2.: ][][ 2/1 BAkv =

    Ordem em A

    1 ordem em B

    ordem 3/2 global

    Ordem em A

    1 ordem em B

    ordem 3/2 global

    0][Akv =

    A ordem de reao pode ser fracionria

    kv =

    A velocidade no depende da concentraoA velocidade no depende da concentrao

    Lei de velocidade de ordem zeroEx 3.:

    40

    Classificao das reaes de acordo com a ordem de reaoClassificao das reaes de acordo com a ordem de reao

    BA

    Para simplificar, as reaes discutidas so do tipo

    As diferentes leis de velocidade implicam diferentes dependncia de variao da

    concentrao em funo do tempo

    Tanto a expresso da velocidade de reao em dependncia da concentrao das

    espcies quanto a variao da concentraes dependem do tempo, expressam a

    CINTICA do processo

    De acordo com a ordem de reao, teremos reao de ordem zero, primeira, segunda e terceira ordens ou ordens cinticas mais complexas

    41

    Ordem zeroOrdem zero

    BA

    Velocidade constante, independente da concentrao do reagente

    [ ] kAkdtAd

    v === 0][

    kv =A velocidade no depende da concentraoA velocidade no depende da concentrao

    Constante de velocidade de ordem zero

    A velocidade de desaparecimento de A uma constante (k)

    Ex.: converso de lcool etlico (CH3CH2OH) em acetaldedo (CH3CHO) no corpo humano

    Ex.: converso de lcool etlico (CH3CH2OH) em acetaldedo (CH3CHO) no corpo humano

    42

    Primeira Ordem Primeira Ordem

    BA

    Velocidade dependente da concentrao do reagente elevada primeira potncia

    [ ] ][AkdtAd

    v ==

    [ ]Akv =A velocidade depende da concentraoA velocidade depende da concentrao

    Reao de primeira ordem

    [ ]0A

  • 43

    Segunda Ordem Segunda Ordem

    produtosA

    Velocidade dependente da concentrao do reagente elevada ao quadrado

    [ ] 2][AkdtAd

    v ==

    [ ]2Akv =A velocidade depende da concentraoA velocidade depende da concentrao

    Reao de segunda ordem

    [ ]0A

    Primeiro tipo:

    44

    Segunda Ordem Segunda Ordem

    produtosBA +

    [ ] [ ] [ ]BAkdtBd

    dtAd

    v ][===

    [ ][ ]BAkv = 1 ordem parcial com relao as espcies A e B 2 ordem global

    Segundo tipo:

    [ ] [ ]00 BA =

    Se [A]0=[B]0Se [A]0=[B]0

    45

    Segunda Ordem Segunda Ordem

    produtosBA +[ ] [ ] [ ][ ]BAk

    dtBd

    dtAd

    v ===

    [ ][ ]BAkv =

    Segundo tipo:

    Se [A]0[B]0Se [A]0[B]0

    1 ordem parcial com relao as espcies A e B 2 ordem global

    [ ] [ ][ ] [ ] xBB

    xAA=

    =

    0

    0Em que x (mol/L) a quantidade de A e B consumidas no tempo t

    46

    Em cintica qumica, uma das primeiras tarefas determinar a velocidade de uma reao. Alguns mtodos so disponveis para isso:

    Em cintica qumica, uma das primeiras tarefas determinar a velocidade de uma reao. Alguns mtodos so disponveis para isso:

    1. Mtodo da Integrao2. Mtodo diferencial3. Mtodo da meia-vida4. Mtodo do isolamento

    1. Mtodo da Integrao2. Mtodo diferencial3. Mtodo da meia-vida4. Mtodo do isolamento

    47

    Os experimentos em Cintica Qumica fornecem os valores das concentraes dasespcies em funo do tempo.

    A lei de velocidade que governa uma reao qumica corresponde a uma equaodiferencial que fornece a mudana das concentraes das espcies com o tempo:

    [ ] nAkdtAd

    v ][==

    Os dois mtodos principais para a determinao da lei de velocidade so:Mtodo Diferencial;Mtodo da Integrao.

    Estes dois mtodos permitem obter os parmetros cinticos n e k.

    Para esses dois mtodos, a lei de velocidade pode ser simplificada utilizando-se oMtodo do Isolamento.

    48

    Mtodo do isolamento Mtodo do isolamento

    A determinao de uma lei de velocidade simplificada pelo mtodo do isolamento

    Em que todos os reagentes, exceo de um, esto presentes em grande excesso, de modo que, essas espcies praticamente no variam durante o processo, ou seja, elas podem ser consideradas constantes

    Inicialmente, a lei de velocidade dessa reao pode ser expressa da seguinte forma:

    Considere a reao do tipo produtosCBA ++ 2

    [ ] [ ] [ ]zyx CBAkv =

    Leis de velocidade podem se tornar muito complicadas difcil determinar experimentalmente leis de velocidade de reao complicadas (com muitos termos de concentrao na expresso)

  • 49

    Mtodo do isolamento Mtodo do isolamento

    Considere a reao do tipo produtosCBA ++ 2

    [ ] [ ] [ ]zyx CBAkv =Considerando que [A] est na quantidade esperada, e que [B] e [C] esto em excesso, a velocidade de reao torna-se:

    A prxima etapa consiste em aplicar os mtodos diferencial ou da integrao para a nova equao de velocidade, de forma, a determininar os parmetros cinticos k e x

    Para obter os demais parmetros cinticos para [B] e [C] basta seguir o mesmo procedimento.

    [ ] [ ] [ ] [ ]zyx CBkkdtAdAkv === ' sendo '

    Pseudoconstante de velocidade Pseudoconstante de velocidade

    50

    Exemplo 3: Os dados mostrados na tabela foram coletados de uma reao qumica arbitraria A + B produto, temperatura constante. Admita que a lei de velocidade pode ser escrita como sendo:

    a)Determine os valores de x, y e k e a lei de velocidadeb)Calcule o valor da cte de velocidade de pseudoprimeira ordem, k, quando [B] = 0,5 M e todos as outras condies so mantidas

    [A] (M)

    [B](M)

    Velocidade inicial (x 10-7 M/s)

    0,00636 0,00384 2,91

    0,0108 0,00384 4,95

    0,00636 0,00500 4,95

    [ ] [ ]21 BAkvelocidade =Respostas: a) x = 1, y =2 e k = 3,13 M-2 s-1 e b) k = 0,775 s-1 (p [B] = 0,5 M) e ( )[ ]Asvelocidade 775,0 1=

    [ ] [ ]yx BAkvelocidade =

    51

    Como resolver

    1)Determinar a ordem parcial da reao, x e y, usando o 1 e 2 conjunto de dados ou 1 e 3conjunto de dados, respectivamente, dividindo pelo outro entre cada conjunto , por inspeo ou logaritmo 2)Determinar k utilizando qualquer conjunto de dados (vamos usar o 1)

    3)Determinar k para [B] = 0,5 M , sabendo que

    [A] (M)

    [B](M)

    Velocidade inicial (x 10-7 M/s)

    0,00636 0,00384 2,91

    0,0108 0,00384 4,95

    0,00636 0,00500 4,95

    [ ] [ ] [ ] 221 ][' que em ' BkkAkBAkv ===[ ] [ ]21 BAkvelocidade =Respostas: a) x = 1, y =2 e k = 3,1 M-2 s-1 e

    b) k = 0,775 s1 (p [B] = 0,5 M) e ( )[ ]Asvelocidade 775,0 1= 52

    Mtodo diferencialMtodo diferencial

    Mtodo direto, em que se determina diretamente o valor da velocidade (d[A]/dt) em cada instante representada pela tangente curva neste tempo t

    Mtodo direto, em que se determina diretamente o valor da velocidade (d[A]/dt) em cada instante representada pela tangente curva neste tempo t

    angularcoefvTangente

    .

    ,

    =

    [ ]dtAd

    v =

    [ ]nAkv =Considere a reao: A velocidade dada por:BA

    53

    2.1 Mtodo da velocidade inicial2.1 Mtodo da velocidade inicial

    [ ]nAkv =

    [ ] kAnv logloglog +=Mede-se v em vrias concentraes diferentes de A, em seguida, determina o valor de n atravs de um grfico de log v versus log [A]

    Mede-se v em vrias concentraes diferentes de A, em seguida, determina o valor de n atravs de um grfico de log v versus log [A]

    Procedimento satisfatrio medir a velocidade inicial (v0) da reao para diferentes concentraes de A, no tempo zero

    Procedimento satisfatrio medir a velocidade inicial (v0) da reao para diferentes concentraes de A, no tempo zero

    nangulareCoeficient

    =

    Considere a reao: A velocidade dada por:BA Aplicando o logaritmo

    Mtodo diferencialMtodo diferencial

    54

    2.1 Mtodo da velocidade inicial2.1 Mtodo da velocidade inicial

    [ ]nAkv = [ ] kAnv logloglog +=

    nangulareCoeficient

    =

    BA

    Mtodo diferencialMtodo diferencial

  • 55

    VANTAGENS de usar as velocidades iniciais:a.Evita possveis complicaes em virtude da presena de produtos que possam afetar a ordem de reaob.As concentraes dos reagentes so mais precisamente conhecidas nesse tempo (no incio da reao)

    VANTAGENS de usar as velocidades iniciais:a.Evita possveis complicaes em virtude da presena de produtos que possam afetar a ordem de reaob.As concentraes dos reagentes so mais precisamente conhecidas nesse tempo (no incio da reao)

    Mtodo diferencialMtodo diferencial

    O mtodo diferencial pode ser utilizado para determinar a velocidada de reao de duas maneiras1)Empregando o Mtodo das velocidades iniciais ou 2)Medindo a partir de uma nica curva a velocidade em diferentes tempo de reao

    Mtodo diferencialMtodo diferencial

    56

    MTODO 1 MTODO 2

    Este mtodo permite a obteno de valores

    mais precisos de x (e/ou y, ordem parcial

    da reao)

    A grande vantagem desse mtodo evitar

    que a formao de intermedirios de

    reao interfiram nas medidas.

    Considera-se uma nica curva e medi-se as

    inclinaes em diferentes tempos

    Resultados menos confiveis, interferncia de

    possveis intermedirios de reao.

    Mtodo diferencialMtodo diferencial

    57 58

    Mtodo da integraoMtodo da integrao

    Esse mtodo fornece os valores de k e x (e/ou y) a partir da integrao da equao diferencial

    Esse mtodo fornece os valores de k e x (e/ou y) a partir da integrao da equao diferencial

    Reaes do tipo:

    A Produtos

    A + B Produtos

    Podemos destacar:

    1) Reao de ordem zero: v = k

    2) Reao de 1 ordem: v= k[A]

    3) Reao de 2 ordem: 2 tipos v= k[A]2

    v= k [A] [B]

    [ ]xAkv =

    [ ] [ ]yx BAkv =

    59

    Mtodo da integraoMtodo da integrao

    Escrevemos a equao da velocidade na forma diferencial e, em seguida, integramos

    essa equao considerando as seguintes condies:

    i) em t=0 [A]=[A]0 e [B]=[B]0

    ii) transcorrido um tempo t [A] e [B]

    VANTAGEM As expresses em termos de concentrao e tempo so as grandezas observadas experimentalmente

    VANTAGEM As expresses em termos de concentrao e tempo so as grandezas observadas experimentalmente

    60

    Medir a concentrao do(s) reagente(s) em vrios intervalos de tempo e substituir os dados nas equaes na forma integrada, para determinar o valor de k

    Aquele que apresentar valor cte de k, para vrios intervalos de tempo, indica a ordem de reao correta

    Na prtica, este mtodo no possui grande preciso. Utilizado para distinguir reaes de primeira e segunda ordens

    Medir a concentrao do(s) reagente(s) em vrios intervalos de tempo e substituir os dados nas equaes na forma integrada, para determinar o valor de k

    Aquele que apresentar valor cte de k, para vrios intervalos de tempo, indica a ordem de reao correta

    Na prtica, este mtodo no possui grande preciso. Utilizado para distinguir reaes de primeira e segunda ordens

    Mtodo da integraoMtodo da integrao

  • 61

    Mtodo da integraoMtodo da integrao

    Ordem zeroOrdem zero

    BA

    Rearranjando a equao acima

    [ ] kAkdtAd

    v === 0][

    kv =A velocidade cte e independe da concentraoA velocidade cte e independe da concentrao

    Constante de velocidade de ordem zero

    [ ] [ ] kdtAdkdtAd

    ==

    62

    Mtodo da integraoMtodo da integrao

    Continuando

    [ ] kdtAd =A integrao entre t =0 a t =t com concentrao [A]0 e [A] fornece

    [ ][ ][ ]

    [ ] [ ]

    [ ] [ ] ktAA

    ktAA

    kdtAdtA

    A

    =

    =

    =

    0

    0

    00 [ ] [ ] ktAA = 0Cte de veloc. o Coeficiente angularInclinao Cte de veloc +

    Conc.inicial o Coeficiente linear

    63

    Primeira Ordem Primeira Ordem

    BA

    Velocidade dependente da concentrao do reagente elevada primeira potncia

    Rearranjando a equao acima

    [ ] ][AkdtAd

    v ==

    [ ]Akv =A velocidade depende da concentraoA velocidade depende da concentrao

    Reao de primeira ordem

    [ ] [ ] [ ][ ] kdtAAdAk

    dtAd

    ==

    Mtodo da integraoMtodo da integrao

    64

    Continuando[ ]

    [ ] kdtAAd

    =

    A integrao entre t =0 a t =t com concentrao [A]0 e [A] fornece

    [ ][ ][ ]

    [ ]

    [ ][ ]

    [ ] [ ] kt

    tA

    A

    eAAou

    ktAA

    kdtAAd

    =

    =

    =

    0

    0

    0

    ln

    0

    [ ][ ] ktA

    A=

    0

    ln

    [ ] [ ]0lnln AktA +=Coef. angular

    Coef. linear

    Mtodo da integraoMtodo da integrao

    [ ]0A

    65

    Exemplo 4: Uma reao de primeira ordem a isomerizao do isocianeto de hidrognio a cianeto de hidrognio

    Se a constante de velocidade em uma data temperatura 4,403 x 10-4 s-1, que massa de HNC permanece depois de 1,5 h, se uma amostra de 1,0 g de HNC estava presente no comeo da reao ?

    )()( gHCNgHNC

    66

    Como resolver

    1)Temos os valores de K = 4,403 x 10 -4 s-1 e [HNC]0 = 1,0 g , precisamos determinar [HNC] que permanece depois de t = 1,5 h (t = 5400 s)2)A reao de primeira ordem, logo V = k [A]3)Aplicar o mtodo diferencial para obter ln [A]/[A]0 = - kt

    4)Determinar [A] aplicando a propriedade do logaritmo ln [A]/[A]0 = kt, em que [A]/[A]0 = e-kt

    Respostas: [A] = 0,0928 g

    Comentrio: Pouco mais de 9 % do material original permanece como HNC que no reagiu

    Respostas: [A] = 0,0928 g

    Comentrio: Pouco mais de 9 % do material original permanece como HNC que no reagiu

  • 67

    Segunda Ordem Segunda Ordem

    produtosA

    Velocidade dependente da concentrao do reagente elevada ao quadrado

    Rearranjando a equao acima

    [ ] 2][AkdtAd

    v ==

    [ ]2Akv =A velocidade depende da concentraoA velocidade depende da concentrao

    Reao de segunda ordem

    [ ] [ ] [ ][ ] kdtAAdAk

    dtAd

    == 22

    Primeiro tipo:

    Mtodo da integraoMtodo da integrao

    68

    Continuando[ ]

    [ ][ ]

    [ ] kdtAAd

    oukdtA

    Ad+== 22

    A integrao entre t =0 a t =t com concentrao [A]0 e [A] fornece

    [ ][ ][ ]

    [ ]

    [ ] [ ]

    [ ] [ ]0

    0

    02

    11

    11

    0

    Akt

    A

    ou

    ktAA

    kdtA

    Ad tAA

    +=

    =

    +=

    0

    0

    ][1][][Akt

    AA+

    =

    verver

    Mtodo da integraoMtodo da integrao

    69

    Exemplo 5: Quais so as unidades da constante de velocidade de uma reao de segunda ordem em que a lei de velocidade

    Respostas: k = 1 / M.s

    [ ] [ ]2AkdtAd

    =

    Se as unidades das quantidade for molaridade (M).

    70

    Segunda Ordem Segunda Ordem

    produtosBA +

    Rearranjando a equao acima. Se [A]=[B]

    [ ] [ ] [ ]BAkdtBd

    dtAd

    v ][===

    [ ][ ]BAkv = 1 ordem parcial com relao as espcies A e B 2 ordem global

    [ ] [ ] [ ][ ] kdtAAdAk

    dtAd

    == 22

    Segundo tipo:

    Se a estequiometria for 1:1 (como na reao), de modo que [A]0=[B]0, elas permaneram iguais entre si no decorrer da reao, diminuindo na mesma proporo

    Se a estequiometria for 1:1 (como na reao), de modo que [A]0=[B]0, elas permaneram iguais entre si no decorrer da reao, diminuindo na mesma proporo

    [ ] [ ] [ ][ ] kdtBBdBk

    dtBd

    == 22

    [ ] [ ]00 BA =

    Se [A]0=B]0Se [A]0=B]0

    Mtodo da integraoMtodo da integrao

    71

    Continuando

    [ ][ ] kdtA

    Ad=2

    A integrao entre t =0 a t =t com concentrao [A]0 ,[B]0 e [A], [B] fornece, respectivamente

    [ ][ ][ ]

    [ ]

    [ ] [ ]

    [ ] [ ]0

    0

    02

    11

    11

    0

    Akt

    A

    ou

    ktAA

    kdtA

    Ad tAA

    +=

    =

    =

    kangulareCoeficient

    =

    [ ][ ][ ]

    [ ]

    [ ] [ ]

    [ ] [ ]0

    0

    02

    11

    11

    0

    Bkt

    B

    ou

    ktBB

    kdtB

    Bd tBB

    +=

    =

    =

    [ ][ ] kdtB

    Bd=2

    Mtodo da integraoMtodo da integrao

    72

    Segunda Ordem Segunda Ordem

    produtosBA +

    Rearranjando a equao acima. Se [A]0[B]0,

    [ ] [ ] [ ][ ]BAkdtBd

    dtAd

    v ===

    [ ][ ]BAkv =Segundo tipo:

    Se [A]0[B]0Se [A]0[B]0

    [ ] [ ] [ ][ ]BAkdtBd

    dtAd

    ==

    1 ordem parcial com relao as espcies A e B 2 ordem global

    [ ] [ ][ ] [ ] xBB

    xAA=

    =

    0

    0Em que x (mol/L) a quantidade de A e B que reagiu no tempo t

    Mtodo da integraoMtodo da integrao

  • 73

    Continuando

    [ ] [ ] [ ][ ]BAkdtBd

    dtAd

    ==[ ] [ ][ ] [ ] xBB

    xAA=

    =

    0

    0

    [ ] [ ]( ) [ ][ ][ ]( ) [ ]( )xBxAk

    dtdx

    BAkdtdx

    dtxAd

    dtAd

    ==

    ==

    =

    00

    0

    Rearranjando

    [ ]( ) [ ]( ) kdtxBxAkdx

    =

    00

    Integrando por funes parciais, tem-se:

    [ ] [ ][ ]( )[ ][ ]( )[ ] [ ] [ ]

    [ ][ ][ ][ ] ktBA

    ABAB

    ktBxAAxB

    AB=

    =

    0

    0

    0000

    00

    00ln1 ou ln1

    Essa equao foi obtida supondo que [A]0

  • 79

    J que kv =

    Ento:

    [ ] [ ]

    [ ]

    [ ]kA

    t

    Ak

    t

    ktAA

    0%90

    021

    0

    1,0

    21

    =

    =

    =

    t1/2t1/2

    Muitas decomposies em estado slido ou em suspenso seguem a cintica de ordem zeroEx.: o cido ascrbico (vitamina C) , degrada-se a mesma velocidade em condies anaerbicas, sem importar se a concentrao 1, 3 ou 5 M.

    Muitas decomposies em estado slido ou em suspenso seguem a cintica de ordem zeroEx.: o cido ascrbico (vitamina C) , degrada-se a mesma velocidade em condies anaerbicas, sem importar se a concentrao 1, 3 ou 5 M.

    Tempo de meia vida tempo que leva para a concentrao do reagente diminuir pela metade do seu valor original([A]=1/2 [A]0)

    Tempo de meia vida tempo que leva para a concentrao do reagente diminuir pela metade do seu valor original([A]=1/2 [A]0)

    Tempo de 90%, tempo necessrio para que ocorra o consumo de 90% da concentrao inicial do reagente ([A]=0,9 [A]0)

    Tempo de 90%, tempo necessrio para que ocorra o consumo de 90% da concentrao inicial do reagente ([A]=0,9 [A]0)

    Importantes no estudo de estabilidade (medicamentos)

    [ ]2

    0A

    Ordem zeroOrdem zero

    produtosA

    Mtodo da Meia-vida Mtodo da Meia-vida

    [ ]01,0 A

    t90%t90%

    80

    [ ]2

    1 021

    Ak

    t =

    t1/2t1/2

    Tempo de meia vida depende da quantidade inicial, [A]0

    Tempo de meia vida depende da quantidade inicial, [A]0

    Observe que depois de duas meias-vidas, todo reagente A foi gasto, e a reao termina

    Observe que depois de duas meias-vidas, todo reagente A foi gasto, e a reao termina

    [ ]2

    0A

    Ordem zeroOrdem zero

    Mtodo da Meia-vida Mtodo da Meia-vida

    O grfico da reao de ordem zero ser uma linha reta com interseces nos eixos x e y

    O grfico da reao de ordem zero ser uma linha reta com interseces nos eixos x e y

    81

    J que [ ]Akv =Ento:

    [ ][ ]

    [ ][ ]

    kkkt

    ou

    ktA

    A

    ktAA

    693,0693,021ln

    2ln

    ln

    21

    210

    0

    0

    =

    =

    =

    =

    =

    A meia-vida de reao de primeira ordem independe da concentrao inicial do reagentePara [A] diminuir de 1 a 0,5 M leva o mesmo tempo que para [A] diminuir de 0,1 a 0,05 M.

    A meia-vida de reao de primeira ordem independe da concentrao inicial do reagentePara [A] diminuir de 1 a 0,5 M leva o mesmo tempo que para [A] diminuir de 0,1 a 0,05 M.

    Tempo de meia vida tempo que leva para a concentrao do reagente diminuir pela metade do seu valor original([A]=1/2 [A]0)

    Tempo de meia vida tempo que leva para a concentrao do reagente diminuir pela metade do seu valor original([A]=1/2 [A]0)

    t1/2t1/2

    [ ]2

    0APrimeira ordemPrimeira ordem

    produtosA

    Mtodo da Meia-vida Mtodo da Meia-vida

    [ ][ ]

    [ ][ ]

    kkt

    ou

    ktAA

    ktAA

    693,02ln

    2ln

    ln

    21

    210

    0

    0

    ==

    =

    =

    82

    kt

    kkkt

    693,0

    693,02ln21ln

    21

    21

    =

    ==

    =

    Em processo de primeira ordem, o t1/2 no depende da concentrao inicial do reagente, apenas do valor de k, que permanece cte durante a transformao

    Em processo de primeira ordem, o t1/2 no depende da concentrao inicial do reagente, apenas do valor de k, que permanece cte durante a transformao

    Primeira ordemPrimeira ordem

    Mtodo da Meia-vida Mtodo da Meia-vida

    Duas reaes de primeira ordem

    O t1/2 de um reagente curto, se a k grande, porque o decaimento exponencial da concentrao do reagente mais rpido

    83

    Reaes de primeira ordem

    A meia-vida a mesma seja qual for a concentrao no incio do perodo considerado

    Reagente AProduto

    84

  • 85

    J que [ ]Akv =Ento:

    [ ][ ]

    [ ][ ]

    kkt

    ktA

    A

    ktAA

    105,09,0ln

    9,0ln

    ln

    %90

    0

    0

    0

    =

    =

    =

    =Tempo de 90 %, tempo necessrio para que ocorra um consumo de 90 % da concentrao inicial do reagente ([A]=0,9 [A]0)

    Tempo de 90 %, tempo necessrio para que ocorra um consumo de 90 % da concentrao inicial do reagente ([A]=0,9 [A]0)

    O tempo de 90 % de uma reao de primeira ordem independe da concentrao inicial do reagente, mas depende apenas do valor de k, que permanece cte durante o processo

    O tempo de 90 % de uma reao de primeira ordem independe da concentrao inicial do reagente, mas depende apenas do valor de k, que permanece cte durante o processo

    Primeira ordemPrimeira ordem

    Tempo de 90 %

    produtosA

    86

    J que [ ]2Akv =Ento:

    [ ] [ ]

    [ ] [ ]

    [ ]021

    021

    0

    1

    12

    1

    11

    Akt

    ou

    Akt

    A

    Akt

    A

    o

    =

    +=

    +=

    A meia-vida de reao de segunda ordem depende da concentrao inicial do reagente

    A meia-vida de reao de segunda ordem depende da concentrao inicial do reagente

    t1/2t1/2

    [ ]2

    0A

    Segunda ordemSegunda ordem

    produtosA

    Mtodo da Meia-vida Mtodo da Meia-vida

    87

    J que

    [ ][ ]BAkv =Ento: se [A]0=[B]0

    [ ] [ ]

    [ ] [ ]

    [ ]021

    021

    0

    1

    12

    1

    11

    Akt

    ou

    Akt

    A

    Akt

    A

    o

    =

    +=

    +=

    A meia-vida de reao de segunda ordem depende da concentrao inicial do reagente

    A meia-vida de reao de segunda ordem depende da concentrao inicial do reagente

    t1/2t1/2

    [ ] [ ]22

    00 BA=

    [ ] [ ]

    [ ] [ ]

    [ ]021

    021

    0

    1

    12

    1

    11

    Bkt

    ou

    Bkt

    B

    Bkt

    B

    o

    =

    +=

    +=

    Segunda ordemSegunda ordem

    produtosBA +

    Mtodo da Meia-vida Mtodo da Meia-vida

    88

    Exemplo 6: Considere a seguinte reao

    [ ] [ ]242 2.

    11007,3 CSsM

    xdtCSd

    =

    Se a lei de velocidade dessa reao fosse escrita como

    Quanto tempo levar para a concentrao de CS2 cair metade da concentrao inicial , para as seguintes concentraes iniciaisa)0,05 mol/Lb)0,005 mol/Lc)Comente as respostas

    )(2)()(3)( 2222 gSOgCOgOgCS ++

    89

    Exemplo 6: Considere a seguinte reao

    Respostas: a) t = 65.146,58 s (corresponde a 18,09 h, menos de 1 dia (24 h))b) t = 651.465,8 s (corresponde a 180,96 h = 7,5 dias)c) O tempo (meia-vida) muito maior para uma quantidade inicial

    menor (letra b). Isso mostra que a meia-vida para uma reao de segunda ordem no uma constante da reao, mas depende da quantidade inicial

    [ ] [ ]242 2.

    11007,3 CSsM

    xdtCSd

    =

    Se a lei de velocidade dessa reao fosse escrita como

    Quanto tempo levar para a concentrao de CS2 cair metade da concentrao inicial , para as seguintes concentraes iniciasa)0,05 mol/Lb)0,005 mol/Lc)Comente as respostas

    )(2)()(3)( 2222 gSOgCOgOgCS ++

    90

    Tabela 1: Resumo das equaes de velocidade para A Produtos

    Ordem Forma diferencial Forma integrada Meia-vidaUnidade da

    constante de velocidade

    0 M s-1

    1 s-1

    2 M-1 s-1

    [ ] kdtAd

    =

    [ ] [ ]AkdtAd

    =

    [ ] [ ]2AkdtAd

    =

    [ ] [ ] ktAA = 0 [ ]k

    A2

    0

    [ ] [ ] ktAA = 011

    [ ] [ ] kteAA = 0 k2ln

    [ ] kA 01

  • 91

    Tabela 2: Resumo das equaes de velocidade para A + B Produtos ([A][B])

    Ordem Forma diferencial Forma integrada Meia-vidaUnidade da

    constante de velocidade

    2 --- M-1 s-1

    2 --- M-1 s-1

    [ ] [ ][ ][ ][ ][ ] ktBA

    ABAB

    =

    0

    0

    00

    ln1[ ] [ ][ ]BAkdtAd

    =

    [ ] [ ][ ]BAkdtAd

    = [ ] [ ][ ]( )[ ][ ]( )[ ] ktBxA

    AxBAB

    =

    00

    00

    00

    2ln2

    1

    CONSIDERAES EXPERIMENTAIS

    Nenhum grfico suficiente bom para determinar a ordem se a escala de tempo curta

    1 ordem

    2 ordem

    Reao de 1ordem perfeita (ideal)

    Na prtica (dados experimentais)

    92

    1 ordem

    2 ordem

    CONSIDERAES EXPERIMENTAIS

    Para maiores perodo de tempo o melhor ajuste linha reta indica que a reao de primeira ordem

    Em cintica experimental, muito importante estender a experincia por um tempo suficientemente longo, para que a linha reta adequada (a ordem correta da reao) seja determinada de forma conclusiva 93

    Exemplo 7: Os dados experimentais foram obtidos para descobrir como a velocidade inicial de consumo de ons BrO3

    - na reao BrO3- (aq) + 5 Br- (aq) + 6 H3O

    + (aq) 3Br2 (aq) + 9 H2O (l) varia quando as concentraes dos reagentes variam

    a) A partir dos dados experimentais determine a ordem para cada reagente e a ordem global b) Escreva a velocidade da reao e determine o valor k

    94

    Como resolver

    Ordem em BrO3-:

    a)compare os experimentos 1 e 2 b)quando [BrO3

    -] dobra, v tambm dobra (2,4/1,2 = 2)c)Portanto , a reao de 1 ordem em BrO3

    -

    95

    Como resolver

    Ordem em Br-:a)compare os experimentos 1 e 3 b)quando [Br] triplica, v muda para um fator de 3,5/1,2 = 2,9 c)Portanto , a reao de 1 ordem em Br

    96

  • 97

    Como resolverOrdem em H3O

    +:a)compare os experimentos 2 e 4 b)quando [H3O

    +] aumenta por um fator 0,15/0,1 = 1,5c)A velocidade aumenta por uma fator 5,5 /2,4 = 2,3 d)Portanto , a reao de 2 ordem

    e)Assim, temos a lei de velocidade de desaparecimento do BrO3-

    A reao de 4 ordem global

    [ ] [ ] [ ]zyx CBAkv = [ ] [ ] [ ]23113 += OHBrBrOkv98

    Como resolver

    Determinar o valor de ka)A partir de qualquer experimento possvel calcular o valor de kb)Utilizando o experimento 4, k = 12 L3mol-3 s-1

    99 100

    Equao de ArrheniusEquao de Arrhenius

    A equao de velocidade expressa a dependncia da velocidade de reao com as concentraes dos reagentes

    Um aumento de 10 C, a velocidade de reao duplica ou triplicaUm aumento de 10 C, a velocidade de reao duplica ou triplica

    As concentrao e ordem de reao NO so sensveis ao aumento de T

    A cte de velocidade, k, DEPENDE da T

    [ ] [ ] ...yx BAkv =

    101

    Equao de ArrheniusEquao de Arrhenius

    Foi observado EXPERIMENTALMENTE que k varia com T , de acordo com a equao

    Vant Hoff e Arrhenius encontraram que a base terica dessa lei a relao entre a constante de equilbrio K e a temperatura T, conhecida como isocrica de VantHoff

    Tabk =10log

    a e b = ctesT = temperatura absoluta

    2ln

    RTE

    dTKd

    =

    K = cte de equilbrio em termos de concentraoE = variao de energia

    102

    Equao de ArrheniusEquao de Arrhenius

    Considere a reao

    A cte de equilbrio K

    A + B C + D

    k1 = cte de velocidade para reao direta

    k1= cte de velocidade para reao inversa

    k1

    [ ][ ][ ][ ]DCkv

    BAkv

    1

    1

    '=

    =

    k1

    [ ][ ] [ ][ ]DCkBAk 11 '=[ ][ ][ ][ ] 1

    1

    'kk

    BADCK ==

  • 103

    Equao de ArrheniusEquao de Arrhenius

    Substituindo K 2

    lnRT

    EdT

    Kd =

    Que pode ser expressa em duas equaes:

    Na equao

    1

    1

    'kkK =

    211 'lnln

    RTE

    dTkd

    dTkd

    =Obtm-se:Obtm-se:

    IRTE

    dTkd a += 2

    1ln IRTE

    dTkd a += 2

    1 ''ln

    -E' EE aa=

    integrao de cte I =

    Em que:

    104

    Equao de ArrheniusEquao de Arrhenius

    Arrhenius encontrou que muitas cte de integrao (I) eram iguais a zero e formulou a sua equao como:

    2ln

    RTE

    dTkd a

    =k = cte de velocidadeEa = energia de ativao

    Equao de ArrheniusEquao de Arrhenius

    RTEa

    Aek

    =

    RTEAk a= lnln

    Outras formas:

    fator de frequncia

    += ctexdx

    x

    112

    Em 1889 Arrhenius investigou a relao entre a constante da velocidade e a variao da

    temperatura

    k cte de velocidade

    A fator pr-exponencial ou fator de frequncia (frequncia de colises entre as molculas dos

    reagentes)

    Ea energia de ativao (energia mnima exigida para formao dos produtos - energia mnima

    necessria para comear a reao qumica)

    R a constante da lei dos gases (8,31 x 10-3 kj mol-1K-1)

    T temperatura absoluta

    RTEa

    Aek

    = RTEAk a= lnln

    A e Ea parmetros de Arrhenius

    Equao de ArrheniusEquao de Arrhenius

    105 106

    Parmetros de Arrhenius ( A e Ea)

    A = fator pr-exponencial

    (mesmas unidades de k)

    Ea= energia de ativao (kJ/mol)

    k= constante de velocidade

    R = constante universal dos gases

    RTEa

    Aek

    =

    ocorrer reao a para necessriamnima energia de quantidade a com molculas de fraoe RT

    Ea=

    Equao de ArrheniusEquao de Arrhenius

    Baixa Ea = Velocidade de reao varia apenas ligeiramente com a

    temperatura (pequena inclinao)

    Alta Ea = Velocidade de reao muito sensvel a variao de

    temperatura (inclinao acentuada)

    Grafico de ln k versus 1/TDetermina os parmetros de

    Arrhenius (A e Ea)

    107

    Quanto maior for a Ea, mais fortemente a constante de velocidade depender da temperatura

    Maior ser a variao da constante de velocidade com a temperatura

    108

  • Quando se conhece a Ea de uma reao, possvel calcular a constante de velocidade a uma temperatura diferente

    2ln

    RTE

    dTkd a

    =

    109

    =2

    1

    2

    12ln

    T

    Ta

    k

    k TdT

    REkd

    [ ] 21

    2

    1

    1lnT

    T

    akk TR

    Ek

    =

    =

    121

    2 11lnTTR

    Ekk aou

    += ctexdx

    x

    112

    =

    211

    2 11lnTTR

    Ekk a

    Permite calcular a constante de velocidade a uma temperatura diferente se Ea for conhecida

    Equao de ArrheniusEquao de Arrhenius

    Sabendo que

    1212 lnln RT

    ERTEkk aa +=

    =

    121

    2 11lnTTR

    Ekk a

    110

    =

    121

    2 11lnTTR

    Ekk a

    111

    Exemplo 9: Calcule a constante de velocidade de uma determinada reao a 35 C, sabendo que k1 = 1,0 x 10

    -3 L/mol.s, a 37 C. Considere a energia de ativao da reao da reao igual a 108 kJ/mol.

    =

    211

    2 11lnTTR

    Ekk a

    smolLxk ./106,7 42 =

    112

    smolLxkexk

    ekk

    ekk

    KKmolKJmolJx

    kk

    ./106,7)100,1(

    .

    3081

    3101

    /314,8/10108ln

    42

    27,032

    27,012

    27,0

    1

    2

    3

    1

    2

    =

    =

    =

    =

    =

    Exemplo 9: Calcule a constante de velocidade de uma determinada reao a 35 C, sabendo que k1 = 1,0 x 10

    -3 L/mol.s, a 37 C. Considere a energia de ativao da reao da reao igual a 108 kJ/mol.

    A alta Ea, a k sensvel a variao da T

    113

    A reao ocorre em fase gasosa (bimolecular)

    Para que dois gases A e B reajam preciso que ocorra uma coliso entre as

    molculas

    Na coliso, algumas ligaes se rompem e outras se formaram

    A velocidade de reao depende de choque entre as molculas dos

    reagentes

    Interpretao dos parmetros de ArrheniusInterpretao dos parmetros de Arrhenius

    Teoria das Colises de velocidade de reao

    114

    Interpretao dos parmetros de ArrheniusInterpretao dos parmetros de Arrhenius

    Teoria das Colises: reao em fase gasosa

    (b) Coliso em velocidades baixasE < Emin ricocheteiam

    (a) Coliso em velocidades altasE Emin ligaes podem quebrar e novas ligaes

    podem ser formadas

    Em que Emin energia cintica mnima necessria para a reao Em que Emin energia cintica mnima necessria para a reao

  • Quando se eleva a temperatura de uma reao qumica a

    velocidade de formao do produto aumenta

    Do ponto de vista termodinmico, aumentando a temperatura aumenta a

    energia cintica mdia das molculas reagentes.

    De acordo com a teoria das colises, este aumento de temperatura

    aumenta a energia de impacto da coliso a qual faz com que aumente a

    probabilidade de mais molculas excederem a energia de ativao,

    produzindo mais produtos a um aumento da velocidade.

    115 116

    A teoria de coliso de velocidade basea-se na teoria cintica dos gases

    Teoria das Colises: reao em fase gasosa

    117

    VN

    cdZ A21 2pi=

    A teoria de coliso de velocidade basea-se na teoria cintica dos gases

    Teoria das Colises: reao em fase gasosa

    produtosAA +Para reao elementar bimolecular

    NA/V = densidade do gs pid2 = rea transversal de um tudo fictcio

    = velocidade relativa

    =

    VNZZ AAA 12

    1

    Frequncia de colises de uma nica molcula

    22

    22

    =

    VN

    cdZ AAA pi

    Coliso entre 2 molculas

    c 2

    colises s-1

    colises m-3 s-1

    N de colises binrias entre molculas de A, supostas como esferas rgidas 118

    A teoria de coliso de velocidade basea-se na teoria cintica dos gases

    Teoria das Colises: reao em fase gasosa

    produtosAA +Para reao elementar bimolecular

    V = 1 m3

    NA = nmero de molculas / m3

    22

    22

    =

    VN

    cdZ AAA pi

    N de colises binrias

    MRT

    m

    Tkc B

    8

    8pipi

    ==

    colises m-3 s-1

    22

    22

    AAA NcdZ pi=

    kB = cte de BoltzmanT = temperatura absolutam = massa da molcula R= cte do gasesM = massa molar

    velocidade mdia

    d2 = dimetro de coliso entre A e A

    119

    A teoria de coliso de velocidade basea-se na teoria cintica dos gases

    Teoria das Colises: reao em fase gasosa

    produtosAA +Para reao elementar bimolecular

    N de colises binrias

    A

    BAAA

    m

    TkdNZ 2 22 pi=MRTdNZ AAA

    2 22 pi=ou

    120

    A teoria de coliso de velocidade basea-se na teoria cintica dos gases

    Teoria das Colises: reao em fase gasosa

    produtosBA +Para reao elementar bimolecular

    BA

    BA

    mm

    mm

    +=

    pi TkdNNZ BABBAAB

    8

    2=

    dAB = dimetro de coliso entre A e B

    = massa reduzida

    2 BA

    ABddd +=

    N de colises binrias

  • 121

    Z aumenta quando velocidade mdia aumenta (T aumenta)

    Molculas maiores tem maior probabilidade de se chocarem (d maiores,

    aumenta Z)

    Teoria das Colises: reao em fase gasosa

    Velocidade mdia tem pequena dependncia (T)1/2

    Para um aumento de T de 10 C (273 para 283 K), Z aumenta de um fator e

    1,02, enquanto a velocidade mdia de reao dobra

    Outro fator deve estar afetando a velocidade (Ea)

    122

    preciso saber a frequncia com que as espcies colidem e a frao das

    colises que tem pelo menos a Emin

    A frao aumenta rapidamente quando T aumenta

    (reas sombreadas)

    Frao de molcula que reagem maior a

    alta T

    Teoria das Colises: reao em fase gasosa

    123

    Se as colises fossem 100 % efetivas (um produto seria formado como

    resultado de cada coliso binria)

    Neste caso: a velocidade de reao = ZAA ou ZAB (ISSO NO POSSVEL!!)

    Teoria das Colises: reao em fase gasosa

    Em um gs P = 1 atm, Z (nmeros de colises) 1031 L-1 s-1 a 298 K

    Se cada coliso levasse a formao de um produto, todas as reaes em

    fases gasosas estariam completas em 10-9 s (Isso contraria a nossa

    experincia)

    Em um gs P = 1 atm, Z (nmeros de colises) 1031 L-1 s-1 a 298 K

    Se cada coliso levasse a formao de um produto, todas as reaes em

    fases gasosas estariam completas em 10-9 s (Isso contraria a nossa

    experincia)

    124

    O fator adicional necessrio nas equaes mostradas abaixo o termo que

    contm a energia de ativao

    Teoria das Colises: reao em fase gasosa

    A

    BAAA

    m

    TkdNZ 2 22 pi=

    pi TkdNNZ BABBAAB 8

    2=

    produtosBA +produtosAA +

    produtosBA +Para reao

    RTEBABBA

    RTEAB

    a

    a

    eTkdNNv

    eZv

    /2

    /

    8

    =

    =

    pi[ ][ ] BANkNBAkv ==

    125

    Teoria das Colises: reao em fase gasosa

    pi TkdNNZ BABBAAB

    8

    2=produtosBA +

    Para reao

    RTEBABBA

    RTEAB

    a

    a

    eTkdNNv

    eZv

    /2

    /

    8

    =

    =

    pi

    Cte de velocidade

    RTEAB

    BA

    aeZNN

    vk / == Em que

    82

    pi TkdZ BABAB =

    [ ][ ] BANkNBAkv ==

    126

    Teoria das Colises: reao em fase gasosa

    Comparando

    RTEAB

    BA

    aeZNN

    vk / ==RTEa

    Aek

    = e

    Obtemos pi TkdZA BABAB

    82==

    O fator frequncia (A) depende de TO fator frequncia (A) depende de T

    O fator frequncia (A) medida da velocidade com que as molculas colidem

    Ea Ec mnima necessria para que uma coliso resulte em uma reao

  • 127

    RTEAB

    BA

    aeZNN

    vk / == Para reaes que envolvam molculas simples k com exatido

    Para reaes que envolvam molculas simples k com exatido

    Para reaes que envolvam molculas complexas k (desvios significativos)

    Valores de k menores do que previstos pela equao, algumas vezes por fator de 106 ou

    mais

    Para reaes que envolvam molculas complexas k (desvios significativos)

    Valores de k menores do que previstos pela equao, algumas vezes por fator de 106 ou

    mais

    VALOR DA CTE DE VELOCIDADE, k

    Falha da teoria da coliso

    Teoria das Colises: reao em fase gasosa

    128

    Em muitas reaes na fase gasosa e na maioria das reaes na fase lquida, as ctes e velocidades das reaes determinadas experimentalmente apresentam valores menores que as determinadas pela Teoria das Colises!!

    uma possvel explicao para este fato que no apenas as molculas devem colidir-se com energia cintica suficiente, mas elas devem tambm se aproximar de acordo com uma orientao relativa especfica;

    Dependncia na direo fator estrico

    P

    129

    RTEaPZek /=

    Na realidade, as molculas nem sempre se aproximam umas das outras de forma correta para que a reao ocorra

    Para corrigir as discrepncias observadas adicionaremos na equao o fator P (fator de

    probabilidade ou estrico)

    A teoria cintica simples conta cada coliso como uma coliso efetiva

    P = leva em conta o fato de que em uma coliso complexa as molculas devem estar aproximadamente orientadas para que ocorra a reao

    Falha da teoria da Colises

    SOLUO ??

    130

    Comparando

    e

    Obtemos PZA =

    O fator frequncia (A) depende de P e ZO fator frequncia (A) depende de P e Z

    RTEaPZek /=RTEa

    Aek

    =

    Falha da teoria da Colises

    Uma reao s ocorre se as espcies reagentes colidem com uma Ec no mnimo = a Ea, e elas s o fazem se tiverem a orientao correta

    Fator estrico

    N de coliso

    Fator energtico

    Limitaes da teoria da coliso

    - Como se baseia na teoria cintica dos gases, supe que as espcies reagentes

    sejam esferas rgidas e ignoram completamente as estruturas das molculas

    - Por isso, no explica de forma satisfatria o fator de probabilidade (P) em nvel

    molecular

    - Sem a mecnica quntica no possvel usar a teoria das colises para calcular

    a Ea

    Ou teoria do complexo ativado

    131

    Teoria do estado de transio

    - Desenvolvida pelo qumico americano Henry Eyring (1901-1981) e outros na

    dcada de 1930 com objetivo de mostrar maiores discernimentos de uma

    reao em escala molecular

    - Essa teoria permite calcular a k com considervel exatido

    Ou teoria do complexo ativado

    132

  • A reao ocorre em fase gasosa ou em soluo;

    Essa teoria supe que a energia potencial aumenta medida que os reagentes

    se aproximam;

    O estado de transio ou complexo ativado a estrutura intermediria no

    mximo de energia;

    O Complexo Ativado definido como um aglomerado de tomos que pode

    tanto passar para o lado dos produtos, como retornar para o lados dos

    reagentes;

    Ou teoria do complexo ativado

    133 134

    A coordenao da reao o caminho conceitual seguido para que as duas molculas reagentes se tornem produtos

    Perfis de reao: grficos da energia total do sistema bimolecular versus a coordenada da reao (progresso da reao ou avano da reao)

    Mximo na curva do perfil da reao representa a barreira de energia potencial que os reagentes

    precisam ultrapassar para reagir

    Ou teoria do complexo ativado

    135

    Catalisadorsubstncia que aumenta a velocidade da reao e no sofre mudana qumica.permite uma nova trajetria de reao (que evita a etapa lenta) com Ea mais baixa

    A + B

    C + D

    136

    Estado de transio(Aglomerado de tomos)

    EP comea a diminuir medida que vai ocorrendo um rearranjo de tomos no aglomerado at alcanar os produtos

    No ponto mais alto da Ep as molculas reagentes alcanam um grau de proximidade e de distoro de suas nuvens eletrnicas levando a formao dos produtos

    Ou teoria do complexo ativado

    A + B

    C + D

    137

    Complexo Ativado: estado intermedirio formado entre reagentes e produtos, em cuja estrutura existem ligaes enfraquecidas e formao de novas ligaes

    O2 N2O-------N

    O N2 NO

    ReagentesComplexo

    Ativado

    Produtos

    Ou teoria do complexo ativado

    138

    O estado de transio (complexo ativado) a estrutura intermediria apresentada pelas duas molculas no mximo de

    energia potencial

    Ou teoria do complexo ativado

    Complexo ativado ou estado de transio

  • O complexo ativado (C*) formado a partir dos reagentes (A e B) e supe-se que exista uma condio de equilbrio entre as concentraes A, B e C*

    * CBA +

    ]B][A[]C[K

    *

    *

    eq =Cte de equilbrio

    Ou teoria do complexo ativado

    Velocidade de reao

    [ ][ ][ ] *

    *

    eqKBAvCvvelocidade

    =

    =

    frequncia

    Velocidade = N de complexo ativado que se decompe para formar produtos

    139

    Ou teoria do complexo ativado

    Velocidade de reao

    [ ][ ][ ] *

    *

    eqKBAvCvvelocidade

    =

    =

    Logo [ ][ ][ ][ ] [ ][ ]

    *

    *

    eq

    eq

    vKk

    BAkKBAvBAkvelocidade

    =

    =

    =

    v = frequncia de vibrao do complexo ativado que leva a formao de produtos (s-1)

    140

    Ou teoria do complexo ativado

    A partir da termodinmica estatstica

    hTk

    v B=

    Logo

    *

    *

    eqB

    eq

    KhTkk

    vKk

    =

    =

    h = cte de Plank (6,626x10-34 J)KB = cte de Boltzman (=R/NA = 1,381 x10

    -23J/K)

    Equao de EyringEquao de Eyring

    141

    Ou teoria do complexo ativado

    *

    eqB KhTkk =

    Equao de EyringEquao de Eyring Energia (J)

    Frequncia (s-1)

    O termo kBT/h surge da considerao dos movimentos dos tomos que levam ao decaimento de C* em produtos, quando ligaes especficas so quebradas e formadas

    T , velocidade, devido ao movimento mais intenso no C*, facilitando um rearranjo dos tomos e a formao de novas ligaes

    142

    Ou teoria do complexo ativado

    *

    eqB KhTkk =

    Equao de EyringEquao de Eyring k (cte de velocidade) pode ser relacionada s propriedades termodinmicas de uma reao

    Da TERMODINMICA Da TERMODINMICA

    Pode ser expressa em termo da energia livre de Gibbspadro

    *

    eqK

    *

    eq

    o

    *

    eqo

    K-RT

    G

    K-RTG

    ln

    ln

    =

    =

    =RTG

    eq

    o

    eK*

    *

    143

    Ou teoria do complexo ativado

    Da TERMODINMICA Da TERMODINMICA

    *

    eqB KhTkk =

    =RTG

    eq

    o

    eK*

    *

    A cte de velocidade pode ser escrita como:

    =RTG

    B

    o

    ehTkk

    *

    Como kBT/h independe da natureza de A e B, a velocidade de qualquer reao em uma dada temperatura determinada por G*

    Formulao termodinmica da cte de velocidade do estado de transio

    Formulao termodinmica da cte de velocidade do estado de transio

    144

  • *** ooo STHG =

    =

    RTH

    RSB

    o*o*

    eehTkk

    EaA

    Ou teoria do complexo ativado

    Da TERMODINMICA Da TERMODINMICA

    =RTG

    B

    o

    ehTkk

    *

    =RT

    STH

    B

    oo

    ehTkk

    **

    145

    =

    RTH

    RSB

    o*o*

    eehTkk

    Ou teoria do complexo ativado

    ComparaoComparao

    RTEaPZek /=

    RTEa

    Aek

    =Equao emprica, A e Ea determinados experimentalmente

    Baseia-se em parte na teoria da colisoO valor de Z pode ser calculado da teoria cintica dos gases. difcil determinar o valor de P com exatido

    Baseia-se na teoria do estado de transioFornece uma formulao termodinmica da ctede velocidade a mais confivel

    146

    =

    RTH

    RSB

    **

    eehTkk

    Ou teoria do complexo ativado

    Qual o significado de S* e H* ?Qual o significado de S* e H* ?

    RTEaPZek /=

    Comparando as equaes abaixo

    e

    RSB oehTkPZA /

    *==

    147

    Supondo que H = Ea

    Ou teoria do complexo ativado

    Qual o significado de S* e H* ?Qual o significado de S* e H* ?

    1) P nos termos da S*

    RSB oehTkPZA /

    *==

    Reagente (tomos e molculas simples) S* (n pequeno negativo ou positivo) pouca energia redistribuda entre os vrios graus de liberdade no complexo ativado exp(S*/R) ou P ser prximo da unidade (reao mais rpida do que prevista pela teoria das colises)

    148

    Ou teoria do complexo ativado

    Qual o significado de S* e H* ?Qual o significado de S* e H* ?

    1) P nos termos da S*

    RSB oehTkPZA /

    *==

    Reagentes (molculas complexas) S* (n grande negativo ou positivo) velocidade muito mais lenta

    149

    =

    RTH

    RSB

    **

    eehTkk

    Ou teoria do complexo ativado

    Qual o significado de S* e H* ?Qual o significado de S* e H* ?

    RTEaPZek /=

    Comparando as equaes abaixo

    e

    H*= est relacionada facilidade de quebra e formao de ligao na gerao do complexo ativado

    H*, mais rpido a velocidade

    150

  • =

    RTH

    RSB

    **

    eehTkk

    Ou teoria do complexo ativado

    Qual o significado de S* e H* ?Qual o significado de S* e H* ?

    RTEaPZek /=

    Comparando os coeficientes 1/T nas equaes abaixo, obtem-se H*= Ea

    e

    Um tratamento mais rigoroso mostra que:

    RTUE oa +=*

    151

    Ou teoria do complexo ativado

    Qual o significado de S* e H* ?Qual o significado de S* e H* ?

    A p = cte

    *** ooo VPUH +=

    RTVPHE ooa +=**

    Para reaes em soluo RTVPHE ooa +=**

    Muito pequeno, comparado com H

    RTEH ao

    *152

    Ou teoria do complexo ativado

    Qual o significado de S* e H* ?Qual o significado de S* e H* ?

    A equao RTEH ao

    *

    =

    RTH

    RSB

    **

    eehTkk

    Em soluo

    ( )RTRTRTERSB ee ehTkk

    a*

    =

    =RT

    ER

    SB

    a*

    eehTk

    e k

    153

    =RT

    RTER

    SB

    a*

    e ehTkk

    Ou teoria do complexo ativado

    Qual o significado de S* e H* ?Qual o significado de S* e H* ?

    *** ooo VPUH +=

    RTRTnHE oa +=**

    Para reaes em fase gasosa

    RTHE oa +=*

    Reao unimolecular n* = 0

    RTnVP o ** =

    154

    RTRTnHE oa +=**

    RTHE oa 2* +=

    Reao bimolecular n* = -1

    Ou teoria do complexo ativado

    Qual o significado de S* e H* ?Qual o significado de S* e H* ?

    RTEH ao

    *

    =

    RTH

    RS

    B**

    eehTkk

    Unimolecularfase gasosa

    Para reaes em fase gasosa

    =RT

    ER

    SB

    a*

    e ehTk

    ek

    =RT

    ER

    SB

    a*

    e ehTk

    ek 2

    Bimolecularfase gasosa

    155

    RTEH ao 2*

    ( )RTRTRTERSB ee ehTkk

    a*

    2

    =

    Exemplo 10: O fator pr-exponencial e a energia de ativao para a reao unimolecular mostradas a seguir so 4,0 x 1013 s-1 e 272 kJ/mol, respectivamente. Calcule H*, S* e G* a 300 K.

    Dados: kB = 1,381 x 10-23 J/K

    h = 6,626 x 10-34 J.s

    CH3NC (g) CH3CN (g)

    156

    Respostas

    S*= 7,12 J/mol.KH* = 270 kJ/mol.KG*= 268 kJ/mol

  • 157 158

    Reaes elementaresReaes elementares

    A maioria da reaes ocorre em uma sequncia de etapas chamadas reaes

    elementares, cada qual envolvendo um pequeno n de molculas ou de ons

    Uma reao elementar representada escrevendo uma equao qumica sem identificar o estado fsico das substncias

    BrHBrBrH ++ 2

    As reaes qumica, em geral, apresentam o balano estequiomtrico global , e no o mecanismo de reao especfico

    159

    Reaes elementaresReaes elementares

    Molecularidade de uma reao elementar o nmero de molculas que

    tendem a se proximar para, ento, reagirem

    Em uma reao unimolecular: uma nica molcula se decompe ou reorganiza seus

    tomos em uma nova configurao

    Ex.: isomerizao do ciclopropano em propeno

    2363 CHCHCHHCciclo =160

    Reaes elementaresReaes elementares

    Molecularidade de uma reao elementar o nmero de molculas que

    tendem a se proximar para, ento, reagirem

    Em uma reao bimolecular: duas molculas colidem trocando energia,

    tomos, grupos de tomos , ou sofrem algum outro tipo de transformao(Ex.: reao entre H e F2 ou H e Br2)

    161

    Reaes elementaresReaes elementares

    Ordem de reao x MolecularidadeOrdem de reao x Molecularidade

    Ordem de reao: grandeza emprica

    obtida a partir de uma lei de velocidade

    determinada experimentalmente

    Molecularidade: refere-se a uma etapa

    elementar que proposta como uma

    etapa individual que faz parte de um

    mecanismo

    162

    Reaes elementaresReaes elementares

    A lei de velocidade de uma reao elementar unimolecular de

    primeira ordem no reagente

    N de molcula de A que se decompe (em um intervalo de tempo curso) ao n de molculas que podem se decompor

    Velocidade de decomposio de A [A] reao de primeira ordem global

    [ ] ][AkdtAd

    =A produtos

  • 163

    Reaes elementaresReaes elementares

    Uma reao elementar bimolecular tem uma lei de velocidade de

    segunda ordem

    Velocidade de uma reao bimolecular a velocidade com que os reagentes se encontram s suas concentraes

    Velocidade da reao ao produtos das duas concentraesreao de segunda ordem global

    [ ] ]][[ BAkdtAd

    =A + B produtos

    164

    Reaes elementaresReaes elementares

    Se uma reao segue uma cintica de segunda ordem, ela pode ser uma reao

    elementar ou seguir um processo complexo

    preciso saber

    -Como encadear as etapas simples (elementares) para formar um mecanismo de

    uma reao

    - Como chegar a lei de velocidade global correspondente

    preciso saber

    -Como encadear as etapas simples (elementares) para formar um mecanismo de

    uma reao

    - Como chegar a lei de velocidade global correspondente

    Se a reao for um processo bimolecular elementar, a sua cintica ser de

    segunda ordem, mas o inverso nem sempre correto.

    165

    A sequncia de etapas elementares, reunidas em um mecanismo, conduz lei de

    velocidade da reao

    Muitas reaes envolvem a formao de um intermedirio

    Intermedirio: qualquer substncia que no aparece na reao global, mas que

    utilizado na proposio do mecanismo de reao

    REAGENTES INTERMEDIRIOS PRODUTOS

    Formulao das leis de velocidadeFormulao das leis de velocidade

    166

    Os mecanismos de reaes so propostos levando-se em conta os resultados experimentais

    Deve-se verificar a validade do modelo cientfico

    Um mecanismo de reao valido deve ser coerente com a equao qumica balanceada e com os dados experimentais

    Para verificar se o mecanismo proposto concorda com os dados experimentais, preciso:

    - Construir a lei de velocidade global imposta pelo mecanismo

    - Verificar se ela coerente com a lei de velocidade experimental

    167

    Ateno

    Embora as leis de velocidade calculada e experimental possam ser as mesmas, o mecanismo proposto pode no ser correto

    Outros mecanismos tambm podem levar mesma lei de velocidade

    As informaes cinticas podem apoiar somente um mecanismo proposto, mas no podem, NUNCA, provar que o mecanismo correto

    168

    Exemplo: oxidao em fase gasosa do xido ntrico (monxido de nitrognio NO) a NO2

    )()( 22)( 22 gg NOONO g +

    obtida experimentalmente

    Formulao das leis de velocidadeFormulao das leis de velocidade

    Velocidade de formao de NO2 = k [NO]2[O2]

    Reao de terceira ordem global

    Supor:1)A reao ocorre em uma nica etapa elementar tridimensional (coliso simultnea de 2 molculas de NO e 1 molcula de O2)2)Colises trimoleculares so pouco frequentes3)Mesmo ocorrendo, a velocidade de reao por este mecanismo muito lenta, que outro mecanismo geralmente domina

  • 169

    O seguinte mecanismo foi proposto:

    1 etapa: uma dimerizao bimolecular rpida e seu inverso

    2 etapa: uma reao bimolecular lenta, na qual uma molcula de O2 colide com um dmero

    122

    122

    NO kNOON kONNONO

    '+

    +

    222222 k NONOOON ++

    Formulao das leis de velocidadeFormulao das leis de velocidade

    Velocidade de formao de N2O2 = k1 [NO]2

    Velocidade de consumo de N2O2 = k1 [N2O2]

    Velocidade de consumo de N2O2 = k2 [N2O2][O2]

    Inverso muito lento (no precisa ser includo)170

    Obteno da lei de velocidade com base no mecanismo proposto

    A velocidade de formao do produto NO2 vem da 2 etapa

    Formulao das leis de velocidadeFormulao das leis de velocidade

    Velocidade de formao de NO2 = 2k2 [N2O2][O2]

    Expresso no pode ser considerada uma lei de velocidade global aceitvel, presena do intermedirio (N2O2)

    Uma lei de velocidade aceitvel para uma reao global deve incluir apenas substncias que aparecem na reao global

    Uma lei de velocidade aceitvel para uma reao global deve incluir apenas substncias que aparecem na reao global

    Formao de 2 molcula de NO2 para cada molcula de N2O2consumida

    171

    Obteno da lei de velocidade com base no mecanismo proposto

    preciso determinar uma expresso para a concentrao de N2O2 (intermedirio), vamos considerar a velocidade de formao lquida do intermedirio

    Formulao das leis de velocidadeFormulao das leis de velocidade

    Velocidade lquida de formao de N2O2 = k1 [NO]2 k1 [N2O2] k2 [N2O2][O2]

    Velocidade lquida de formao = velocidade de formao velocidade de decomposio de uma espcie

    Velocidade lquida de formao = velocidade de formao velocidade de decomposio de uma espcie

    Resoluo de uma equao diferencial muito difcil, levando a uma expresso bastante complexa SOLUO fazer uma aproximao 172

    A complexidade matemtica aumenta quando o mecanismo envolve vrias

    etapas elementares

    A aproximao do estado estacionrio admite que, depois de um intervalo de

    tempo inicial, as velocidades de variao das concentraes de todos

    intermedirios so desprezveis

    0][ dt

    Id

    Essa aproximao simplifica o estudo das leis de velocidade

    173

    .

    - Identificar os intermedirios;

    - escrever as equaes das velocidades de formao para os intermedirios;

    - usar aproximao do estado estacionrio;

    - escrever a variao da concentrao do intermedirio (N2O2);

    - resolver algebricamente o sistema de equaes.

    174

    .

    No estado estacionrio admitimos que as concentraes dos intermedirios permanecem ctes e pequenas durante a reao

    Exceto nos instantes inicial e final da reao

    Intermedirio qualquer substncia que no aparece na reao global

    Mas utilizado na proposio do mecanismo de reao

    No estado estacionrio, considera-se que a velocidade lquida de formao do intermedirio = 0

    No estado estacionrio, considera-se que a velocidade lquida de formao do intermedirio = 0

    Justificativa: reaes da etapa 1 so muitas rpidas. Elas mantm cte a concentrao do intermedirio

    Justificativa: reaes da etapa 1 so muitas rpidas. Elas mantm cte a concentrao do intermedirio

  • 175

    .

    Para o mecanismo em estudo, o intermedirio N2O2

    Velocidade lquida de formao de N2O2 = k1 [NO]2 k1 [N2O2] k2 [N2O2][O2]

    Logo:

    Velocidade lquida de formao de N2O2 = 0

    E:

    0 = k1 [NO]2 k1 [N2O2] k2 [N2O2][O2]

    A soluo dessa equao :

    [ ] [ ][ ] ' 22121

    22 OkkNOkON

    +=

    176

    .

    Velocidade de formao de NO2 dada por:

    [ ] [ ][ ] '

    2221

    22

    21

    OkkONOkk

    +=

    A partir da 2 etapa

    Substituindo a expresso para [N2O2]

    Velocidade de formao de NO2 = 2k2 [N2O2][O2]

    Verificar sob que condies as previses concordam com os resultados experimentais

    A lei de velocidade que deduzimos no idntica a experimental!!!

    177

    .

    Velocidade de formao de NO2 dada por:

    [ ] [ ][ ] '

    2221

    22

    21

    OkkONOkk

    +=

    A partir da 2 etapa

    Substituindo a expresso para [N2O2]

    Velocidade de formao de NO2 = 2k2 [N2O2][O2]

    As duas expresses tornam-se idnticas se:V decomposio do dmero (velocidade da etapa 1) >> V de reao

    com o oxignio (velocidade da etapa 2)k1 [N2O2] >> K2[N2O2][O2]

    OuAps simplificao do [N2O2], k1 >> k2[O2] 178

    .

    Velocidade de formao de NO2 dada por:

    [ ] [ ]221

    212

    '

    2 ONO

    kkkNOdeformaodevelocidade

    =

    Portanto

    kr

    Expresso tem a forma observada experimentalmente de terceira ordem global

    Cte de velocidade

    179

    Reaes como isomerizao cis-trans, decomposio trmica, abertura de anel racenizao so, em geral, unimoleculares (envolve somente uma espcie reagente na etapa elementar)

    Muitas reaes na fase gasosa seguem uma cintica de primeira ordem, como a isomerizao do ciclopropano em propeno (uma molcula triangular abre-se em um alceno aliftico)

    2363 CHCHCHHCciclo =

    As reaes em fase gasosa de primeira ordem so denominadas reaes unimoleculares! Como podemos explicar a discrepncia entre a lei de velocidadeprevista e a observada?

    [ ]63HCciclokv = Problema: a molcula do reagente adquire energia suficiente para reagir devido s colises com outras molculas. Colises so eventos bimoleculares! Como pode resultar em uma lei de velocidade de primeira ordem?

    180

    A primeira explicao bem sucedida foi proposta por FREDERICK LINDEMANN em 1922, e aperfeioada por CYRIL HISNHELWOOD

    A primeira explicao bem sucedida foi proposta por FREDERICK LINDEMANN em 1922, e aperfeioada por CYRIL HISNHELWOOD

    Lindemann demonstrou que reaes unimoleculares adquirem sua energia de ativao devido s colises bimoleculares, isso pode levar a cintica de primeira ordem, exceto a baixas presses

    Lindemann demonstrou que reaes unimoleculares adquirem sua energia de ativao devido s colises bimoleculares, isso pode levar a cintica de primeira ordem, exceto a baixas presses

  • 181

    Etapa 1 (ATIVAO): excitao de uma molcula de reagente A atravs da coliso com outra molcula A

    *1 AAAA k ++bimolecular

    Etapa 2 (DESATIVAO) a molcula excitada de A perde o excesso de energia pela coliso com outra molcula de A

    AAAA k ++'

    1*

    bimolecular

    Velocidade de formao de A* = k1 [A]2

    Velocidade de desativao de A* = k1 [A*][A]

    Mecanismo de Lindemann-Hinshelwood

    Admite-se que a molcula de reagente A fica excita na coliso com outra molcula AAdmite-se que a molcula de reagente A fica excita na coliso com outra molcula A

    182

    Etapa 3 (DECOMPOSIO UNIMOLECULAR): molcula pode fragmentar-se e formar os produtos

    produtosA k 2*

    unimolecular

    Mecanismo de Lindemann-Hinshelwood

    Velocidade de formao de P = k2 [A*]

    Velocidade de consumo de A* = k2 [A*]

    Se a etapa 3 for muito lenta (ser a etapa determinante da velocidade)

    A reao global apresentar uma cintica de primeira ordem

    183

    Aproximao do estado estacionrioAproximao do estado estacionrio

    Mecanismo de Lindemann-Hinshelwood

    Velocidade lquida de formao de A* = 0

    E:

    0 = k1 [A]2 k1 [A*][A] k2 [A*]

    A soluo dessa equao :

    [ ] [ ][ ] '* 122

    1

    AkkAkA

    +=

    184

    A lei de velocidade para a formao do produto A lei de velocidade para a formao do produto

    Mecanismo de Lindemann-Hinshelwood

    [ ] [ ][ ]AkkAkkAkPdeformaodevelocidade12

    221

    2'

    * +

    ==

    A lei de velocidade no de primeira ordem em A

    A altas presses: velocidade de desativao >> velocidade de decaimento unimolecular de A* em produtos

    Decaimento unimolecular de A* a etapa determinante da velocidade

    k1 [A*][A] >> k2 [A*], ou seja, k1[A]>> k2

    185

    Mecanismo de Lindemann-Hinshelwood

    [ ]1

    21

    '

    kkkkcomAkPdeformaodevelocidade rr ==

    A lei de velocidade de primeira ordem

    k1 [A*][A]

  • 187

    Mecanismo de Lindemann-Hinshelwood

    [ ]21 AkPdeformaodevelocidade =

    A lei de velocidade de segunda ordem

    k1 [A*][A] >> k2 [A*], ou seja, k1[A]>> k2

    De modo que:

    Est de acordo com a previso da teoria de Lindemann: a ordem aumenta com a diminuio da presso

    188

    Quando a presso parcial de A diminui, a reao passa a ter uma cintica de segunda ordem

    Razo: baixas presses a etapa bimolecular a etapa determinante da reao

    A baixas presses: a molcula excitada tem energia suficiente para gerar produtos

    Mecanismo de Lindemann-Hinshelwood

    Exemplo 11: adicionar

    189

    Atkins, P.W; Paula, J; Fsico-qumica Fundamentos, Volume 2. 2008.

    Atkins, P.; Paula, J; Fsico-qumica biolgica, 2008.

    Atkins, P.W; Paula, J; Fsico-qumica Fundamentos, 2011. Volume 1. 2003.

    Ball, D. W. Fsico-qumica. Vol. 2, So Paulo: Thomson, 2005.

    Chang, R., Fsico-qumica para cincias qumicas e biolgicas, Vol. 1, McGraw-Hill, 2009.

    Nertz, P.A; Ortega, G.G., Fundamentos de Fsico-qumica, Artmed, 2002.

    190