cinética enzimática_2012

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  • Cintica EnzimticaDenise Godoy

    Universidade do Estado do Rio de JaneiroProcessos Bioqumicos

  • ENZIMAS

  • Introduo

    O conhecimento das propriedades cinticas das enzimas importante para compreender as transformaes que ocorrem no interior das clulas que participam dos processos fermentativos e tambm dos reatores enzimticos.

  • Introduo

    ENZIMA APLICAO

    Proteases *Fabricao de aspartame*Obteno de insulina humana a partir de insulina suna

    Amilase (Bacillus subtilis) *Indstria de fermentao alcolica *Produo de glicose

    Tripsina (pncreas animal) Amolecimento de carnes

    Papana (mamo) e Bromelina (abacaxi) *Auxiliar digestivo *Amolecimento de carnes

    Pepsina (estmago animal) Auxiliar digestivo

    Renina (estmago de bezerros) Fabricao de queijo

    Pectinase (Aspergilus niger) Retirada de pectina na clarificao de sucos de frutas

    Tabela 1: Enzimas aplicadas na indstria

  • Introduo

    Enzimas so protenas (seqncia de aminocidos) com peso molecular muito grande, e com propriedades catalticas. Na maioria das vezes so protenas globulares

    http://www2.uah.es/biomodel/biomodel-misc/anim/prot/estruc.html

  • Caractersticas Produtos naturais biolgicos;

    Alto grau de especificidade;

    Reaes baratas e seguras;

    Mecanismo turnover: desempenha funesconsecutivas;

    Altamente eficientes: aceleram a velocidade dasreaes 108 a 1011 vezes;

    Econmicas: reduz a energia de ativao.

  • Caractersticas

    mostrado na tabela 2 uma comparao entre as caractersticas das enzimas e dos catalisadores inorgnicos.

  • Caractersticas

    mostrado na tabela 2 uma comparao entre as caractersticas das enzimas e dos catalisadores inorgnicos.

  • Caractersticas

    CARACTERSTICA ENZIMAS CATALISADORES QUMICOS

    1 Especificidade ao substrato Alta Baixa2 Natureza da estrutura Complexa Simples3 Sensibilidade temperatura Alta Baixa4 Condies de reao (T, P e pH) Suaves Drsticas (geralmente)5 Custo de obteno (isolamento epurificao)

    Alto Moderado

    6 Natureza do processo Batelada/contnuo Batelada/contnuo7 Consumo de energia Baixo Alto8 Formao de subprodutos Baixa Alta9 Reutilizao do catalisador Simples/cara Simples10 Atividade cataltica (temperaturaambiente)

    Alta Baixa

    11- Presena de cofatores Sim No12 Energia de ativao Baixa Alta13 Velocidade de reao Alta Baixa

    Tabela 2: Comparao entre as enzimas e os catalisadores inorgnicos.

  • Caractersticas Stio ativo: regio especfica da superfcie

    Constituda por grupos R de aminocidos; Especificidade catalise enzimtica.

  • Especificidade Enzimtica

    A caracterstica mais importante das enzimas a elevada especificidade.

    Muitas enzimas possuem um grupo limitado de substratos, mas outras possuem uma especificidade absoluta para um nico substrato.

  • Especificidade Enzimtica

    http://www2.uah.es/biomodel/biomodel-misc/anim/enz/conform.htmlhttp://www2.uah.es/biomodel/biomodel-misc/anim/enz/quim.html

  • Especificidade Enzimtica Como exemplo de especificidade enzimtica pode ser tomado a

    hidrlise enzimtica do amido:

    -amilase atua na amilose rompendo a ligao -1,4 produzindo maltose e glicose.

    -glicosidase atua na -1,6 produzindo amilose. Com a atuao das duas enzimas no amido produzido maltose e

    a glicose. Amiloglicosidase ( ou glicoamilase ) atua na -1,6 e -1,4 de forma

    a produzir tambm maltose e glicose a partir do amido.

  • Velocidade das ReaesE + S ES EP E + P

    Catalisador: velocidade da reao NOafetam o equilbrio.

    Diagrama de coordenadas da reao:

    http://www2.uah.es/biomodel/biomodel-misc/anim/enz/e-t.html

  • Atividade Enzimtica Medida da atividade velocidade da reao;

    Dosagem Amostra + concentraes de substrato; Velocidade da reao Unidades

    Internacionais (U); U = quantidade de enzima capaz de formar 1 mol de P por minuto em condies timas;

    Atividade especfica = Umg de protena

  • Influncia do pH Valor de pH timo = atividade mxima;

    Velocidade da reao: pH afasta do timo;

  • Influncia do pH

    pH 5 e 8 = no afeta a atividade;

    Declnio entre pH 6,8-8 e 6,8-5 = forma inica no adequada;

    5 > pH > 8 = inativao irreversvel.

  • Influncia da Temperatura T velocidade de reao = energia

    cintica;

    T muito elevadas = desnaturao da enzima Rompidas as pontes de hidrognio alteraes

    estruturas = nova conformao; T desnaturao pouco acima da T tima.

  • Influncia da TemperaturaInfluncia da Temperatura

    Enzimas so termolbeis reaoenzimtica = inativao trmina

    Efeito da T na velocidade das reaes coeficiente de temperatura

    Velocidade quando a T 10C.

    10log3,2 1012 QTTREa

    RTekk

    '0'

  • CINTICA ENZIMTICA

  • Objetivos Medir velocidade das transformaes;

    Estudar a influncia das condies de trabalho;

    Correlacionar: velocidades fatores;

    Otimizao do processo;

    Critrios para o controle;

    Projetar o reator mais adequado.

  • Influncia do Substrato Concentrao de substrato [S]: afeta a

    velocidade da reao;

    Efeito de [S]: varia durante o curso de umareaoS P;

    Velocidade inicial (V0): [S] >> [E] tempomuito curto [S] = constante.

  • Influncia do Substrato

    [E] = cte

    [S] = V0 linear

    [S] = V0

    V0 = Vmx

  • Influncia do Substrato Alguns casos a V0 no pode ser medida No existe tcnica experimental; Equao qumica no representa a

    transformao;

    Velocidade da reao: Velocidade mdia de consumo ou produo; Variao de uma propriedade no sistema.

  • Influncia do Substrato

    Vitor Henri (1903): E liga-se ao S para formar ES passo obrigatrio;

    Leonor Michaelis e Maud Menten (1913) E combina-se reversivelmente com SES

    k1E + S ES k-1

    ES se rompe E e Pk2

    ES E + P

  • Influncia do Substrato Qualquer instante da reao: E e ES;

    [S] = velocidade da reao [S];

    Vmx = todas as molculas de E estiverem naforma ES enzima saturada;

    [S]: estado pr-estacionrio ES; Estado estacionrio [ES] = cte; V0 estado estacionrio.

  • Equao Michaelis-Menten

    Curva: possui amesma forma para amaioria das enzimas;

    Expressa pelaEquao de Michaelise Menten;

    Hiptese: limitante quebra de ES E + P.

  • Equao Michaelis-Menten Equao da velocidade para uma reao

    catalisada enzimaticamente e com um nicosubstrato;

    Relao quantitativa entre a V0, a Vmx e a [S]inicial relacionadas atravs de Km.

    SKSVV

    m

    mx

    0

  • Equao Michaelis-Menten

    Relao numrica:V0 metade de Vmx;

    km = afinidade pelosubstrato; KKmm afinidadeafinidade

    mxVV 21

    0

    Vmx proporcional [E].

  • Significado de Km e Vmx Equao Michaelis e Menten = dependncia

    hiperblica;

    Mecanismos de reao diferentes catalisamreaes com 6 ou 8 passos;

    Significado e magnitude de Vmx e Km varia;

    Km: depende de aspectos especficos domecanismo de reao.

  • Parmetros Cinticos Lineweaver-Burk

    mxmxm

    VSVK

    V111

  • Parmetros Cinticos Mtodo de Hanes S

    VVK

    VS

    mxmx

    m 1

  • Parmetros CinticosParmetros Cinticos

    Mtodo de Eadie-Scatchard SV

    KVV mmx

  • Parmetros Cinticos Exemplo:

    [S] (g/L) Vo (g/L.h)0,25 0,780,51 1,251,03 1,662,52 2,194,33 2,357,25 2,57

    0,0

    1,0

    2,0

    3,0

    0 2 4 6 8[S] (g/L)

    Vo

    (g/L

    .h)

  • Parmetros CinticosParmetros Cinticos

    Exemplo: Lineweaver-Burk

    y = 0,228x + 0,3668R2 = 0,9991

    0,0

    0,4

    0,8

    1,2

    1,6

    0 1 2 3 4 51/[S] (L/g)

    1/Vo

    (L.h

    /g)

    LgK

    VK

    hLgV

    V

    SV

    VSVK

    V

    mmx

    m

    mxmx

    mxmx

    m

    622,0228,0

    73,23668,01Portanto,

    3668,01228,01

    111

    0

    0

  • Parmetros CinticosParmetros Cinticos

    Exemplo: Mtodo de Hanes

    y = 0,3595x + 0,2419R2 = 0,9993

    0,00,51,01,52,02,53,0

    0 2 4 6 8[S] (g/L)

    [S]/V

    o (h

    )

    LgK

    VK

    hLgV

    V

    SVS

    SVV

    KVS

    mmx

    m

    mxmx

    mxmx

    m

    672,02419,0

    78,23595,01Portanto,

    3595,02419,0

    1

    0

    0

  • Reao de 1 Ordem

    [S]

  • Reao de 1 Ordem

    Determinar S utilizadoou P formado durantequalquer intervalo detempo Equaointegrada de 1 ordem.

    0

    0log3,2 ttkSS

  • Reao de 1 Ordem

    t1/2 = tempo demeia vida temponecessrio paraconverter em Pmetade do Spresente.

    kt 693,0

    21

  • Reao de Ordem Zero

    [S] >> Km

    S

    SVV mx0

    mxVV 0

  • Inibio Enzimtica

  • Inibio Enzimtica

    Um inibidor uma substncia que reduz a atividade de uma enzima.

    H 2 tipos de inibio: Reversvel Irreversvel

  • Inibio Enzimtica

    Inibio Irreversvel O inibidor se liga covalentemente ao stio ativo da

    enzima. Ele pode agir de modo a destruir o stio ativo.

  • Inibio Enzimtica Inibio Reversvel Ligao no-covalente ao stio ativo da enzima.

    A atividade pode ser restaurada removendo o inibidor. Inibio Competitiva (IC) Inibio Acompetitiva (IA) Inibio No-Competitiva (INC) Inibio pelo Substrato

    E + S ES E + Pkb

    k-b

    kcat

    +I

    ki

    EI

    +I

    ki

    EIS

    IC

    IA

    + S

    INC

  • Inibio Enzimtica Inibio Competitiva

    Afeta a afinidade ES; muda o km mas no muda Vmx;

    S e I competem pelo mesmo stio de ligao; I e S so mutuamente excludentes por

    impedimento estrico; A ligao do I ou do S provoca mudana de

    conformao que no permite a ligao de outro S ou I, logo no tem a possibilidade de forma ESI.

  • Inibio Enzimtica Inibio Competitiva

  • Inibio Enzimtica Inibio Competitiva

  • Inibio Enzimtica Inibio Competitiva

  • Inibio Enzimtica Inibio Competitiva

    0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 500

    0.05

    0.1

    0.15

    0.2

    0.25

    0.3

    0.35

    0.4

    0.45

    0.5

    s, g/L

    v, 1

    /hcom inibio competitiva

    alfa=0 alfa=2 alfa=4 alfa=6 alfa=8 alfa=10

  • Inibio Enzimtica Inibio Competitiva

  • Inibio Enzimtica Inibio Acompetitiva

  • Inibio Enzimtica Inibio Acompetitiva

    0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 100

    0.05

    0.1

    0.15

    0.2

    0.25

    0.3

    0.35

    0.4

    0.45

    0.5

    s, g/L

    v, 1

    /hCom inibio acompetitiva

    alfa=1 alfa=2 alfa=4 alfa=6 alfa=8 alfa=10

  • Inibio Enzimtica Inibio Acompetitiva

  • Inibio Enzimtica Inibio No-competitiva

  • Inibio Enzimtica Inibio No-competitiva

    0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 500

    0.05

    0.1

    0.15

    0.2

    0.25

    0.3

    0.35

    0.4

    0.45

    0.5

    s, g/L

    v, 1

    /h

    Com inibio no-competitiva

    alfa=alfai alfa=2 alfai=1.5alfa=4 alfai=3 alfa=6 alfai=5 alfa=8 alfai=6.5alfa=10 alfa=8

  • Inibio Enzimtica Inibio No-competitiva

  • Inibio Enzimtica Inibio pelo Substrato

    Ocorre em altas concentraes de substrato em 20% de todas as enzimas conhecidas (p. ex., a invertase inibida pela sacarose). causado por mais de uma molcula se ligando a diferentes substios do stio ativo. Se o complexo resultante inativo, esse tipo de inibio causa uma reduo na taxa de reao.

  • Inibio Enzimtica Inibio pelo Substrato