cinesioterapia em terapia intensiva prof. esp. kemil rocha sousa venha para o lado branco da força
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Cinesioterapia em TerapiaIntensiva
Prof. Esp. Kemil Rocha Sousa
Venha para o lado branco da força....
Mobilização no Paciente crítico
À medida que a sobrevida dos pacientes criticamente enfermos aumenta em consequência dos avanços tecnológicos e do olhar mais multiprofissional dos intensivistas, cresce também o interesse pelas repercussões causadas pelo imobilismo durante períodos prolongados de VM e de permanência na unidade de terapia intensiva (UTI/ CTI).
(FRANÇA et al, 2010)
Paciente Crítico
Monitorização Bombas de Infusão
Drenos Sondas
Eletrodos
Hierarquia das Atividades de Mobilização
Mudança de decúbito
Posicionamento funcional
Mpa
Exercícios ativo-assistidos
Exercícios ativo-livres (calistênicos)
Cicloergômetro no leito
Sentar no leito com costas livres
Sentar na borda da cama (sedestação no leito com membros apoiados ou com membros suspensos)
Ortostatismo
Caminhada estática
Transferência da cama para poltrona
Exercícios na poltrona
Caminhada (deambulação na unidade, no andar...)
European Respiratory Society and European Society of Intensive Care Medicine
Mobilização Precoce
Iniciadas o mais precoce possível (antes dos prejuízos fisiológicos)
Obs1: o desenvolvimento de fraqueza neuromuscular em pacientes críticos tem efeitos deletérios sobre a qualidade de vida durante a estada e após alta da UTI, com maiores prejuízos nas AVD´s.
Obs2: Tendência atual na UTI é redução da sedação profunda, mobilização precoce e manutenção da CV.
Fatores que alteram adversamente a capacidade funcional e QV: Imobilidade no leito
Desordens clínicas, sepse, déficit nutricional, DM
Exposição a agentes farmacológicos, como bloqueadores neuromusculares, corticosteróides e sedativos
Efeitos Adversos da imobilização
Meios Diagnósticos
Critérios p/ mobilização
Padrões de orientação p/ mob.
ENM
Pins máx
MRC
Din. e Miometria
Força Máx
Esc. Func e QVEst I (Inc)Est II (Con)Est IIIEst IVEst V
Protocolos
Ajuste T
F (Hz)
Intensidade
Efeitos Adversos
Contraturas musculares
Descondicionamento físico global
Redução do VO2 máx
Fraqueza muscular adquirida na UTI
TVP
Úlceras por pressão (escaras)
Pneumonia
Atelectasia
Desmineralização óssea
Alterações do estado emocional (ansiedade, apatia, depressão, labilidade emocional, isolamento social, etc)
Efeitos adversos
Redução da capacidade oxidativa dos músculos
Redução densidade mitocondrial
Redução performance cardiovascular
Menor volume de ejeção sistólico
Aumento da FC
Estase venosa
Desmineralização óssea
Redução do Na+ e da água corporal
Deslocamento diafragmático caudo-cefálico
Redução da CRF
Colapso alveolar
Redução da depuração secreções traqueais
“PARESIA ADQUIRIDA NA UTI”
LEMBRAR
Vários estudos demonstram que a sepse e a síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SIRS) em pacientes críticos sob VM são os principais fatores de risco para o desenvolvimento da fraqueza muscular adquirida na UTI.
(FRANÇA et al, 2010)
Paresia adquirida na UTI
Feminino
Número de dias com disfunção de dois ou mais órgãos
Duração da VM
Uso de corticosteróides
(De Jhonge e cols apud França et al, 2010)
Prevenção dos efeitos deletérios
Mpa e/ou exercícios ativos
Suspensão diária da sedação e redução da infusão de medicamentos, como corticosteróides e BNM´s
Manutenção da homeostase dos eletrólitos
Adequado aporte nutricional
Evolução no desmame da VM
Mensuração da Pinsp. Máx (40 mmHg)
Manutenção, por um segundo, do esforço muscular inspiratório máximo contra uma via aérea ocluída, após a exalação completa até o volume residual
Manovacuometria
Nível de consciência
Grau de colaboração
Capacidade do paciente de assimilar as instruções
Medical Research Council
Interromper a sedação
Despertar do paciente
Escala de força muscular 0-5 de Kendall
Abdução do ombro, flexão do cotovelo, extensão do punho, flexão de quadril, extensão de joelho, dorsiflexão de tornozelo
Pontuação inferior a 48 em duas avaliações diárias consecutivas é sugestiva de déficit motor grave
Dinamometria e miometria
Mensuração quantitativa voluntária da forçamuscular periférica
Força de preensão palmar na mão dominante
< 11 Kgf homens
< 7 Kgf mulheres
Escalas funcionais e QV
Índice de Barthel- nível de independência do indivíduo Alimentação
Higiene pessoal
Uso do sanitário
Tomar banho
Vestuário
Controle dos esfíncteres
Deambulação
Transferência da cadeira para cama
Subida de escadas
Descida de escadas
MIF (Medida de Independência Funcional)
Autocuidados
Transferências
Locomoção
Controle esfincteriano
Comunicação
Cognição social, que inclui memória, interação social e resolução de problemas
Qualidade de Vida (SF-36)
Multidimensional (36 itens)
Capacidade funcional (10)
Aspectos físicos (4)
Dor (2)
Estado geral de saúde (5)
Vitalidade (4)
Aspectos sociais (2)
Aspectos emocionais (3)
Saúde mental (5)
Mais uma questão de avaliação comparativa entre as condições de saúde atual e 1 ano atrás
Critérios para mobilização precoce- Cardiovasculares
FC< 50% da FC máx
PAS entre 90 e 170 mmHg
Sem uso de vasopressores
Ausência de arritmias descontroladas, angina instável, IAM recente ou disfunção cardíaca importante
Ausência de mudanças recentes no ECG de repouso
Critérios para mobilização precoce- Respiratórios
Possibilidade de manter VM durante o tratamento
Relação entre PaO2/ FiO2 > 300
SpO2> 90%
FiO2< 55%
PaO2> 60mmHg
PaCO2 de 50 a 55 mmHg
Vmin > 150mL/Kg
FR até 30 ipm
Critérios para mobilização precoce- outros
Hemoglobina > 7g/dL
Plaquetas > 20.000 células/ mm3
Células brancas 4.300-10.800
T < 38º
Nível de glicose 3,5-20mmol/L
Avaliar exaustivamente dor, fadiga e falta de ar
PIC< 20mmHg
Critérios de interrupção
Variação da PA em 20% da atual
Aumento excessivo de FC
Batimentos ectópicos ou arritmias
Diminuição importante da PaO2/FiO2 ou da SpO2
Ansiedade importante ou sinais de desconforto respiratório
Padrões de Orientação para Mobilização do Paciente CríticoEstágio I (inconsciente):
Alongamento passivo para MMSS- rotação externa com abdução de ombro, extensão de cotovelos, punho e dedos, rotação interna com adução de ombro e flexão de cotovelos, punho e dedos.
Alongamento passivo de MMII- isquiotibiais, adutores e abdutores de quadril, tríceps sural.
3X30’’
Mpa MMSS- extensão e flexão de dedos, flexão, extensão, desvio ulnar e radial do punho, flexão, extensão, pronação e supinação do cotovelo, flexão, abdução, adução, rotação interna e externa de ombro
Mpa MMII- flexão e extensão de dedos, dorsiflexão, flexão plantar, inversão e eversão do tornozelo, flexão e extensão de joelho, flexão, abdução, adução, rotação interna e externa do quadril.
10 mobilizações em toda ADM 2X/dia
Padrões de Orientação para Mobilização do Paciente Crítico
Estágio II- Obedece a comandos para abrir olhos, direcionar olhar, abrir a boca e protrair a língua (passível de interação), força 2 em MMSS
Incluir exercícios ativo-assistidos e ativo-livres nas mesmas articulações e movimentos
Manutenção da postura sentada por 20 min 2X/ dia
Padrões de Orientação para Mobilização do Paciente Crítico
Estágio III- força de MMSS acima de 3
Realizar exercícios anteriores 1º contra a gravidade, depois com peso
Transferência para beira-leito
Cicloergometria para MMII por 3, 5 e 10 minutos
Padrões de Orientação para Mobilização do Paciente Crítico
Estágio IV:
Caso apresente força muscular para flexão de quadril e extensão de joelho maior ou igual a 3, poderá ser transferido do leito para a cadeira e manter-se em ortostatismo
Padrões de Orientação para Mobilização do Paciente Crítico
Estágio V:
Ficar na postura ortostática e realizar os mesmos exercícios do nível IV com acréscimo de treino de equilíbrio, transferência de peso para os lados, para frente e para trás e deambulação assistida
Monitorização
THE END!