cibercultura e as teorias pedagógicas ressignificadas

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Universidade Federal Fluminense Cibercultura e as Teorias Pedagógicas Ressignificadas Heliomara Rodrigues Limias São Paulo, 2014

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Universidade Federal Fluminense

Cibercultura e as Teorias Pedagógicas Ressignificadas

Heliomara Rodrigues Limias São Paulo, 2014

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Cibercultura e a teoria curricular crítica

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“Não haverá mudanças efetivas enquanto a elite intelectual do campo científico da educação e os educadores profissionais não se derem conta de algo muito simples: escola existe para formar sujeitos preparados para sobreviver nesta sociedadee, para isso, precisam da ciência, da cultura, da arte, precisam saber coisas, saber resolver dilemas, ter autonomia e responsabilidade, saber dos seus direitos e deveres, construir sua dignidade humana, ter uma auto-imagem positiva, desenvolver capacidades cognitivas para apropriar-se criticamente dos benefícios da ciência e da tecnologia em favor do seu trabalho, da sua vida cotidiana, do seu crescimento pessoal.” (Libâneo, 2005)

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Em tempos de intensa atividade intelectual compartilhada promovida pela mobilidade urbana e as relações do homem frente aos espaços virtuais e a tecnologia torna-se necessário e urgente aos participantes da cultura escolar repensar a educação.

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Cibercultura

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A cibercultura é a cultura contemporânea estruturada pelo uso das tecnologias digitais em rede nas esferas do ciberespaço e das cidades.

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Compreendemos tais esferas como espaçostempos cotidianos de ensinoaprendizagem, que preferimos nomear de redes educativas ou espaços multirreferenciais de aprendizagem. Redes educativas são espaçostempos que se instituem em múltiplos contextos, nos quais vamos tecendo o conhecimento (Alves, 2010).

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Os espaços multirreferenciais de aprendizagem são aqueles que contemplam e articulam diversos espaços, tempos,linguagens, tecnologias para além dos espaços legitimados pela tradição da ciência moderna. Aprendemos com a diversidade e a pluralidades de referências. Essas referências são compreendidas como “estruturantes”, e não meros adereços (Macedo, 2011).

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Teoria

curr

icul

arcrítica

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Com características neomarxistas, acentua os fatores sociais e culturais

na construção do conhecimento, lidando com temas como cultura,

ideologia, currículo oculto, linguagem, poder, multiculturalismo (Moreira & Silva, 1994).

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Tem origem explícita na Sociologia Critica inglesa e norte-americana. A teoria curricular crítica questiona como são construídos os saberes escolares, propõe analisar o saber particular de cada agrupamento de

alunos, porque esse saber expressa certas maneiras de agir, de sentir, falar e ver o mundo.

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Na visão da Sociologia Crítica não há uma cultura unitária, homogênea; a cultura é um terreno conflitante

onde enfrentam-se diferentes concepções de vida social e onde emergem a diversidade cultural e a diferença.

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O currículo, nesse sentido, tem a ver menos com a seleção e organização de conteúdos e mais com as experiências socioculturais que fazem

da escola um terreno de luta e de contestação para se criar e produzir cultura.

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Quando se pensa um currículo, é precisocomeçar captando as “significações” que os sujeitos

fazem de si mesmos e dos outros através da experiência compartilhada de vivências, abrindo espaço para o

currículo multicultural, currículo em rede, etc.

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Na esfera dos sistemas de ensino, leva a políticas de integração de minorias sociais, étnicas e culturais ao processo de escolarização, opondo-se à

definição de currículos nacionais.

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Como as tecnologias podem ser usadas na educação segundo a teoria curricular crítica?

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Todos os aspectos abordados pela teoria crítica do currículo dialogam com o ciberespaço. Identidade, cultura, poder, linguagem, ideologia, etc.

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As redes sociais, por exemplo, é um espaço dentro da cibercultura onde constitui-se uma interface em que operam todas essas características. Encontramos sujeitos, grupos e empresas, com identidades diferentes, multiculturais, que dialogam com diferentes linguagem e diferentes discursos.

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Quando o professor se apropria do universo da tecnologia, está reduzindo a barreira que se encontra entre a escola e o aluno, pois ele se insere no universo do ciberespaço e media as relações entre o jovem e o conhecimento que está disponível.

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Para isso, é necessário a formação consistente do professor para não só operar e ensinar os alunos a também operar as tecnologias mas um agir pedagógico com intencionalidade e boa formação intelectual para a mediação do aprendizado.

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Referências Bibliográficas

LÍBÂNEO. J. C. As teorias pedagógicas modernas designadas pelo debate contemporâneo da educação. In: Educação na era do conhecimento em rede e transdisciplinaridade. São Paulo: Alínea, 2005.

SANTOS, E. A cibercultura e a educação em tempos de mobilidade e redes sociais: conversando com os cotidianos. Práticas Pedagógicas, Linguagem e Mídias: desafios à Pós-graduação em educacão em suas múltiplas dimensões. Rio de Janeiro: ANPED Nacional, 2011.