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Interação nas redes sociais

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A interação das redes sociais é um trabalho de Cibercultura do curso de Comunicação Social-Jornalismo da Universidade Federal de Viçosa (UFV)

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Page 1: Apresentação cibercultura

Interação nas redes sociais

Page 2: Apresentação cibercultura

RAQUEL DA CUNHA RECUERO

Leciona no Centro de Educação e Comunicação da Universidade Católica de Pelotas (ECOS- UCPel)

Áreas de interesse: Redes sociais e comunidades virtuais na Internet; fluxos de informação e capital social no ciberespaço e Jornalismo digital

Page 3: Apresentação cibercultura

INTERATIVIDADE E REDES SOCIAIS ONLINE

CMC – Comunicação mediada por computador:

1) A inovação que constrói, interage e comunica;

2) Os atores e as conexões, elementos importantes;

3) A metáfora estrutural da rede.

Page 4: Apresentação cibercultura

ATORES

Construção identitária no ciberespaço: paixões, ódios e gostos (Orkut, fotolog e Facebook).

Döring (2002): personalização através das páginas sociais;

Sibilia (2004) e Lemos (2002): “narração do eu” e o “imperativo da visibilidade”

Page 5: Apresentação cibercultura

CONEXÕES

Interação social entre os atores -> laços sociais -> conexões de um rede social

Principal foco do estudo das redes sociais

Interações são perceptíveis pela possibilidade de manter “rastros” sociais

Page 6: Apresentação cibercultura

INTERAÇÃO, RELAÇÃO E LAÇOS SOCIAIS Interação é a matéria-prima das relações e laços sociais

Parsons e Shill (1975): interação compreende o alter e o ego

. Watzlawick, Beavin e Jackson (2000): interação representando um processo comunicacional

Cooley (1975): comunicação compreende o mecanismo último das interações sociais

Page 7: Apresentação cibercultura

COMPREENDENDO A INTERAÇÃO SOCIAL NO CIBERESPAÇO

Particularidades a respeito dos processos de interação

Interação pode se dar de duas formas distintas

Primo (2003): tipologia para tratar da interação mediada na rede

Page 8: Apresentação cibercultura

ALEX PRIMO

• É professor do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Informação da UFRGS;

• Publicou o livro “Interação Mediada por Computador: comunicação, cibercultura, cognição”. Atualmente pesquisa escrita colaborativa de hipertextos e conversações online.

Page 9: Apresentação cibercultura

Comunicação como processo (BERLO, 1991)

Teoria dos sistemas: interação humana como um sistema aberto

Características de um sistema aberto : a) troca entre o sistema e o ambiente b) impossibilidade de equilíbrio puro, perfeitoc) estabilidade independe das condições iniciais

Page 10: Apresentação cibercultura

Propriedades dos sistemas abertos :

1) Globalidade : impossibilidade de relações unilaterias

2) Retroalimentação ou circularidade: cada comportamento individual afeta e é afetado pelo comportamento de cada um dos outros indivíduos

3) Eqüifinalidade: permite aos sistemas abertos atingir um estado independentemente das condições iniciais

4) Processos de negociação: processo de comunicação para a resolução de diferenças. As resoluções desses processos de negociação vão definindo a relação.

Page 11: Apresentação cibercultura

As “ofertas” colocadas na negociação não definem por si só a relação. Essa definição surge da qualidade de sincronização e reciprocidade na interação.

De acordo com o relacionamento mantido entre os agentes envolvidos em uma interação mediada por computador pode-se estabelecer:

1) Interações Reativas

2) Interações Mútuas

Page 12: Apresentação cibercultura

Sistema: conjunto de objetos que se inter-relacionam entre si formando um todo

Processo: acontecimentos que apresentam mudanças no tempo

Operação: a produção de um trabalho ou a relação entre a ação e a transformação

Fluxo: curso ou seqüência da relação

Relação: o encontro, a conexão, as trocas entre elementos ou sub-sistemas

Interface : superfície de contato, agenciamentos de articulação , interpretação e tradução

Page 13: Apresentação cibercultura

INTERAÇÃO REATIVA

Apresenta relações lineares , o reagente tem pouca ou nenhuma condição de alterar o agente;

Não possui eqüifinalidade;

Resume-se aos pares estímulo-resposta, ação-reação

Os processos de decodificação e codificação se ligam por programação, tudo é pré-determinado .

Page 14: Apresentação cibercultura

Pressupõe a sucessão temporal de dois processos, onde um é causado pelo outro;

Estabelece interface potencial, ou seja, desenvolve um conjunto de possíveis ações que apenas aguardam por suas realizações;

Page 15: Apresentação cibercultura

INTERAÇÃO MÚTUA

Forma um todo global , seu elementos são interdependentes;

O relacionamento evolui a partir de processos de negociação;

Cada mensagem recebida é decodificada e interpretada, podendo então gerar uma nova codificação;

O fluxo é dinâmico, está sempre em desenvolvimento e , portanto, tem-se uma construção negociada pelos interagentes.

Page 16: Apresentação cibercultura

QUANTO À/ AO INTERAÇÃO REATIVA INTERAÇÃO MÚTUASISTEMA FECHADO ABERTO

PROCESSO ESTÍMULO-RESPOSTA NEGOCIAÇÃO

OPERAÇÃO AÇÃO-REAÇÃO AÇÕES INTERDEPENDENTES

FLUXO LINEAR, PRÉ-DETERMINADO DINÂMICO, EM DESENVOLVIMENTO

RELAÇÃO CONSTRUÇÃO CAUSAL, OBJETIVISMO

CONSTANTEMENTE CONSTRUÍDA, RELATIVISMO

INTERFACE POTENCIAL VIRTUAL

INTERAÇÃO REATIVA X MÚTUA

Page 17: Apresentação cibercultura

Multi-interação: podem haver várias interações simultâneas

Interação pseudo-mútua: ainda que as possibilidades de cruzamentos de informação sejam praticamente infinitas, elas ainda são guiadas por regras e valores bem determinados.

Page 18: Apresentação cibercultura

RELAÇÕES SOCIAIS

conjunto das interações sociais;

Unidade básica de análise em uma rede social;

Variedade de apresentação de interações na Internet; pois há troca de diferentes tipos de informação em diferentes sistemas

Page 19: Apresentação cibercultura

A idéia de relação social independe de seu conteúdo, pois uma mesma relação pode ter conteúdos variados;

As relações podem ser mediadas pelo computador - nessas relações, devido às limitações contextuais da mediação, o distanciamento entre as pessoas envolvidas pode alterar a forma através da qual ela é estabelecida;

As relações sociais atuam na construção dos laços sociais

Page 20: Apresentação cibercultura

LAÇOS SOCIAIS

Laços consistem em uma ou mais relações específicas, tais

como proximidade, contato frequente, fluxos de informação , conflito ou suporte emocional. A interconexão destes laços canaliza recursos para localizações específicas na estrutura dos sistemas sociais. Os padrões dessas relações – a estrutura da rede social- organiza os sistemas de troca, controle, dependência, cooperação e conflito. (WELLMAN, 2001, p.7)

Page 21: Apresentação cibercultura

São efetivas conexões entre os atores envolvidos nas interações resultado da sedimentação das relações estabelecidas entre agentes.

Laços relacionais: constituídos através de relações sociais que apenas acontecem através da interação entre os vários atores de uma rede social

Laços de associação: necessitam, unicamente, de um pertencimento a um determinado local, instituição ou grupo

Page 22: Apresentação cibercultura

TIPO DE LAÇO TIPO DE INTERAÇÃO EXEMPLO

LAÇO ASSOCIATIVO INTERAÇÃO REATIVADecidir ser amigo de alguém no Orkut, trocar links com alguém no Fotolog , etc.

LAÇO DIALÓGICO INTERAÇÃO MÚTUAConversar com alguém através do MSN, trocar recados no Orkut, etc.

Page 23: Apresentação cibercultura

LAÇOS FORTES (intimidade, proximidade e intencionalidade de conexão)

X

LAÇOS FRACOS ( relações esparsas e trocas mais difusas)

(GRANOVETTER, 1973)

Page 24: Apresentação cibercultura

Um aspecto derivado da características da força dos laços é que nem todos estes laços são recíprocos

De acordo com a força , os laços são divididos em:

Simétricos : o sentido da relação partilha da mesma força

Assimétricos: os dois sentidos não partilham da mesma força

Page 25: Apresentação cibercultura

Os laços sociais ainda podem ser classificados como multiplexos quando refletem interações acontecendo em diversos espaços e sistemas

Os laços sociais auxiliam a identificar e compreender a estrutura de uma determinada rede social

O processo de desterritorialização dos laços é conseqüência direta da criação de novos espaços de interação

Page 26: Apresentação cibercultura

CAPITAL SOCIAL

Putnam

Bourdieu

Coleman

Page 27: Apresentação cibercultura

PUTNAM

Aspectos:1) Individual2) Coletivo

Elementos centrais: 1) Obrigação moral e as normas 2) Confiança 3) Redes sociais

Page 28: Apresentação cibercultura

BOURDIEU

Componentes:1) Recurso2) Conhecimento e reconhecimento mútuo

Tipos de capital:1)Econômico2) Cultural 3) Social

Page 29: Apresentação cibercultura

COLEMAN

Elementos:

• 1) Aspectos das estruturas sociais

• 2) Ações dos atores dentro da estrutura

Page 30: Apresentação cibercultura

COMO O CAPITAL SOCIAL APARECE NA INTERNET

Wellman e seu grupo em uma vizinhança em Toronto:

1) Fortalecer e trazer novas formas de comunidades baseadas na localidade , gerando capital social

2) Comunicação mediada por computador modifica fluxo de capital social

3) Via alternativa para desenvolvimento de grupos sociais – via de construção do capital social (ex: Orkut, fotolog)

Page 31: Apresentação cibercultura

ORKUT

Forma reativa;

Formação da rede sem desgaste da manutenção

Não necessita de interação para ser mantida

Page 32: Apresentação cibercultura

FACEBOOK

Capital social de manutenção;

Manter contato

Page 33: Apresentação cibercultura

BLOG

Laços mais fortes: relacionais;

Próprio espaço de visibilidade;

Interação descentralizada;

Maior variedade de capital acumulado;

Page 34: Apresentação cibercultura

APLICAÇÕES DO CAPITAL SOCIAL

Compreensão dos laços sociais;

Compreensão dos padrões de conexão;

Compreensão da existência de valores nas conexões sociais;

Page 35: Apresentação cibercultura

Obrigado !!!

Filipe Norberto Isabela ZampierIsabela Careta Iago Miranda Felipe PachecoEduardo Lopes