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CESÁRIO VERDE – EM PETIZ – III PARTE: HISTÓRIAS Sara Guerra nº21 Vanessa Pinto nº25 11ºL1

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Page 1: Cesário Verde | Em Petiz - III Parte: Histórias

CESÁRIO VERDE – EM PETIZ – III

PARTE: HISTÓRIAS

Sara Guerra nº21Vanessa Pinto nº25

11ºL1

Page 2: Cesário Verde | Em Petiz - III Parte: Histórias

Biografia• José Joaquim Cesário Verde , filho de José Anastácio

Verde e Maria da Piedade dos Santos.• Nasceu a 25 de Fevereiro de 1855, na rua da Padaria,

Lisboa.• Curso Superior de Letras em 1873.• Clube artístico do Leão. • Escreve no Expresso, Renascença, etc, mas deixa os

media devido a acusações de prosaísmo e um mal-estar com os meios literários oficiais.

• Morre a 19 de Junho de 1886 no Lumiar, vítima de tuberculose.

• Em 1901 Silva Pinto publica “O Livro de Cesário Verde”.

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Corrente estético literária• Parnasianismo:

• Objetividade • Retrato da realidade, apesar desta ser fruto

da imaginação do autor• Descrição do quotidiano• Transmissão de sensações

Page 4: Cesário Verde | Em Petiz - III Parte: Histórias

Temáticas• Binómio cidade-campo: Tendo alternado a sua vida

entre o campo e a cidade, transmite ao leitor os sentimentos que local lhe provoca.

• A mulher: O alvo de destaque dos seus poemas, em que é geralmente retratado um dos seus opostos:

Cidade:(sentimentos negativos)• Morte • Aprisionamento (desejo de evasão)• Melancolia• Doença

Campo:

(sentimentos positivos)• Refúgio• Saúde• Felicidade

Mulher anjo:•Angelical•Feminina•Inocente •Mulher da província

Mulher-fatal:

•Fria•Distante•Maltrata e rejeita o sujeito •Mulher da cidade

• Questão social:Preocupação e revolta com os desfavorecidos ou as minorias, com a atitude da sociedade perante eles.

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Cismático, doente, azedo, apoquentado,Eu agourava o crime, as facas, a enxovia,Assim que um besuntão dos tais se apercebiaDa minha blusa azul e branca, de riscado. Mináveis, ao serão, a cabecita loira, aCom contos de província, ingénuas criaditas: bQuadrilhas assaltando as quintas mais bonitas, bE pondo a gente fina, em postas, de salmoira! a Na noite velha, a mim, como tições ardendo, cFitavam-me os olhões pesados das ciganas; dDeitavam-nos o fogo aos prédios e arribanas; dCercava-me um incêndio ensanguentado, horrendo. c E eu que era um cavalão, eu que fazia pinos,Eu que jogava a pedra, eu que corria tanto,Sonhava que os ladrões - homens de quem me espanto -Roubavam para azeite a carne dos meninos! E protegia-te, eu, naquele Outono brando,Mal tu sentias entre as serras esmoitadas,Gritos de maiorais, mugidos de boiadas,Branca de susto, meiga, e míope, estacando!

Page 6: Cesário Verde | Em Petiz - III Parte: Histórias

Análise formal• Figuras retóricas:

• Dupla adjetivação:“Cercava-me um incêndio ensanguentado,

horrendo.“      • Hipálage:

“Fitavam-me os olhões pesados das ciganas;”• Assíndeto:

“Scismático, doente, azedo, apoquentado”

Page 7: Cesário Verde | Em Petiz - III Parte: Histórias

Sinestesia:´”Na noite velha, a mim, como tições

ardendo”  Metáfora

“Na noite velha, a mim, como tições ardendo,                   

Fitavam-me os olhões pesados das ciganas;”                     

Page 8: Cesário Verde | Em Petiz - III Parte: Histórias

Análise temática• Figura feminina:

• Ciganas → raparigas da cidade;• Cabecita loira → Rapariga da província

• Relação cidade-campo: A história retrata um clima de violência e terror citadino, que contrasta com o campo, um local de paz e harmonia, ambiente onde se encontram os sujeitos (o autor e a personagem feminina).

Page 9: Cesário Verde | Em Petiz - III Parte: Histórias

Relações com outros poemasÉ a 3º e última parte do poema “Em Petiz”,que significa criança pequena: Todos estes poemas são inspirados na sua infância.