cesário verde

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Cesário Verde Ana Pontes, Catarina Almeida, Madalena Meca, Susana Pinto

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Page 1: Cesário verde

Cesário Verde

Ana Pontes, Catarina Almeida, Madalena Meca, Susana Pinto

Page 2: Cesário verde

Índice

Biografia

Lisboa na sua época

Temáticas de Cesário Verde

Realismo na Poesia

Estilo

Análise do Poema

Page 3: Cesário verde

Biografia

Nome José Joaquim Cesário Verde

Data de nascimento 25 de fevereiro de 1855

Local de nascimento Caneças, concelho de Loures, Lisboa

Pai José Anastácio Verde

Mãe Maria da Piedade dos Santos Verde

Data da morte 19 de julho de 1886

Local da morte Lumiar, Lisboa

Page 4: Cesário verde

Lisboa na época de Cesário

1886 600 000 Habitantes

Laços com o campo :• bailes campestres;• concertos ao ar livre;• touradas;• magia;• peças de teatro.

Algumas inovações : • 1848 – candeeiro a gás;• 1878 – seis candeeiros na zona do Chiado.

Apesar de tudo isto, a maior parte das ruas eram malcheirosas e escuras.Nos bairros antigos a higiene era deplorável.

Page 5: Cesário verde

Lisboa na época de Cesário

Dois tipos e habitantes

RicosRicos e poderosos em Portugal,

mas patéticos face aos seus companheiros europeus.

Pobres

Na rua amontoavam-se cegos, crianças abandonadas, estropiados

e idosos.

A maioria dos que tralhavam eram costureiras, artesão, vendedeiras ou simples operários. Tinham um

salário irrisório e condições de trabalho péssimas, como a grande carga horária e a elava taxa de

acidentes.

Page 6: Cesário verde

Temáticas

“Cesário Verde, o repórter do quotidiano”

A deambulação

O binómio cidade/campo

Cidade: aprisionamento, doença, morte.

Campo: liberdade, vida

A imagética feminina

Mulher fatal, bela, fria (cidade)

Mulher simples, regeneradora (campo)

A preocupação social

Critica

Anticlericalismo

Page 7: Cesário verde

A Mulher

A mulher fatal• Pertence a um estrato social superior ao do

sujeito poético• É elegante• Mostra desprezo em relação ao “eu” lírico

A mulher frágil e inocente• É simples, pura, inocente e bondosa• É frágil e desamparada• Está associada ao povo

Page 8: Cesário verde

Estilo

“ Ele não descreve, mas desenha, grava, esculpe “

A transfiguração do real, a “visão de artista”

Objetividade / Subjetividade

Apreensão impressionista (e surrealista) do real

Page 9: Cesário verde

Realismo na poesia

O pormenor, a cor, o pitoresco

A múltipla adjetivação

O jogo de sensações – a sinestesia

Versos longos: decassilábicos e alexandrinos

Page 10: Cesário verde

DeslumbramentosMilady, é perigoso contemplá-la,

Quando passa aromática e normal,

Com seu tipo tão nobre e tão de sala,

Com seus gestos de neve e de metal.

Sem que nisso a desgoste ou desenfade,

Quantas vezes, seguindo-lhe as passadas,

Eu vejo-a, com real solenidade,

Ir impondo toilettes complicadas!...

Em si tudo me atrai como um tesouro:

O seu ar pensativo e senhoril,

A sua voz que tem um timbre de ouro

E o seu nevado e lúcido perfil!

Ah! Como me estonteia e me fascina...

E é, na graça distinta do seu porte,

Como a Moda supérflua e feminina,

E tão alta e serena como a Morte!...

Eu ontem encontrei-a, quando vinha,

Britânica, e fazendo-me assombrar;

Grande dama fatal, sempre sozinha,

E com firmeza e música no andar!

O seu olhar possui, num jogo ardente,

Um arcanjo e um demónio a iluminá-lo;

Como um florete, fere agudamente,

E afaga como o pêlo dum regalo!

Pois bem. Conserve o gelo por esposo,

E mostre, se eu beijar-lhe as brancas mãos,

O modo diplomático e orgulhoso

Que Ana de Áustria mostrava aos cortesãos.

E enfim prossiga altiva como a Fama,

Sem sorrisos, dramática, cortante;

Que eu procuro fundir na minha chama

Seu ermo coração, como um brilhante.

Mas cuidado, milady, não se afoite,

Que hão de acabar os bárbaros reais;

E os povos humilhados, pela noite,

Para a vingança aguçam os punhais.

E um dia, ó flor do Luxo, nas estradas,

Sob o cetim do Azul e as andorinhas,

Eu hei-de ver errar, alucinadas,

E arrastando farrapos - as rainhas!

Page 11: Cesário verde

Temática da mulher associada à humilhação

Desumanidade

Duas facetas de realidade: a objectiva e a subjectiva

No poema, faz-se o retrato da mulher fatal, bela e artificial,

poderosa e desumana e a consequente humilhação do poeta

(humilhação sentimental).

Análise

Page 12: Cesário verde

Contrariedades / Nevroses

Page 13: Cesário verde

Temática da humilhação de que o sujeito poético e a

engomadeira são vítimas

Crítica de uma sociedade corrupta, decadente, injusta e

desumana

Irritação, nervosismo e desespero

“Agora sinto-me eu cheio de raivas frias”

Análise

Page 14: Cesário verde

Num bairro moderno

Page 15: Cesário verde

O binómio cidade/ campo

Consciência social

Drama da injustiça social

“E recebi naquela despedida/ As forças, a alegria, a

plenitude”

O poeta mostra-se solidário com os mais desfavorecidos.

Análise

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Curiosidade