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CENTRO UNIVERSITÁRIO FRANCISCANO CENTRO DE CIÊNCIAS NATURAIS E TECNOLÓGICAS ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA TRATAMENTO DE ÁGUAS RESIDUÁRIAS

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CENTRO UNIVERSITÁRIO FRANCISCANO

CENTRO DE CIÊNCIAS NATURAIS E TECNOLÓGICAS

ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA

TRATAMENTO DE ÁGUAS RESIDUÁRIAS

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O filtro de areia é um método de tratamento bastante antigo, inicialmente adotado na remoção de turbidez da água potável. A partir do século XIX, na Europa e nos Estados Unidos, passou a ser aproveitado na depuração de esgotos. O funcionamento deste sistema baseia-se na aplicação de afluente intermitentemente sobre a superfície de um leito de areia. Durante a sua infiltração, ocorre a purificação por meios físicos, químicos e biológicos. O tratamento físico é resultante do peneiramento e o químico se dá pela adsorção de determinados compostos. Mas, a purificação depende principalmente da oxidação bioquímica que ocorre no contato do afluente com a cultura biológica.

Filtro de Areia: Tanque preenchido de areia e outros meios filtrantes, com fundo drenante e com esgoto em fluxo descendente, onde ocorre a remoção de poluentes, tanto por ação biológica quanto física.

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Sobre a superfície do filtro aberto de areia devem ser admitidas somente as águas das precipitações pluviométricas diretas;

Não devem ser permitidas percolações ou infiltrações de esgotos ao meio externo ao filtro de areia;

Conforme a necessidade local, pode ser empregado o filtro compacto pré-fabricado de pressão em substituição ao filtro aberto.

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Materiais que podem ser utilizados como meio filtrante, conjuntamente ou isoladamente:

Areia, com diâmetro efetivo na faixa de 0,25 m a 1,2 m, com coeficiente de uniformidade inferior a 4;

Pedregulho ou pedra britada.

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O filtro de areia deve ser operado de modo a manter condição aeróbia no seu interior. Para tanto, a aplicação do efluente deve ser feita de modo intermitente, com emprego de uma pequena bomba ou dispositivo dosador, permitindo o ingresso de ar através do tubo de coleta durante o período de repouso.

Deve ser prevista caixa de reservação do efluente do tanque séptico com uma bomba de recalque ou com um sifão, a montante do filtro. A primeira é utilizada preferencialmente onde o nível previsto do filtro de areia está acima do nível de tubulação de efluente do tanque séptico; a segunda opção é adequada onde o filtro de areia está em nível inferior à saída do tanque séptico. O volume da caixa deve ser dimensionado de modo a permitir no máximo uma aplicação do efluente a cada 6 h.

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Além da intermitência do fluxo de efluente, deve ser prevista alternância de uso do filtro de areia para permitir a digestão do material retido no meio filtrante e remoção dos sólidos da superfície do filtro de areia. Para tanto, devem ser previstas duas unidades de filtro, cada uma com capacidade plena de filtração;

O filtro deve ser substituído por outro quando se observar um excessivo retardamento na velocidade de filtração do esgoto.

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Durante o período de repouso de um dos filtros, deve-se proceder à limpeza e manutenção daquele em repouso. Após a secagem da superfície do filtro de areia, deve-se proceder à raspagem e remoção do material depositado na superfície, juntamente com uma pequena camada de areia (0,02 m a 0,05 m). A camada removida de areia deve ser reposta imediatamente com areia limpa com características idênticas àquela removida. A eventual vegetação na superfície do filtro deve ser imediatamente removida.

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Na construção dos filtros, foi utilizada uma caixa cilíndrica com estrutura de fibra de vidro e diâmetro de 100 cm e, conforme apresentado na figura 3 (página 46), a disposição do leito dos filtros foi sobreposta em três camadas. A base foi constituída de brita e possuía 20cm de profundidade. Logo acima estava a ca- mada formada por pedregulho, com 10 cm de profundidade. Ela objetiva sustentar a areia, impedindo que suas partículas fossem arrastadas para fora da estrutura do sistema. Quanto à camada de areia, buscando-se determinar qual era a espessura ideal para a realização do tratamento, empregaram-se quatro filtros com diferentes profundidades de leito, conforme apresentado na tabela 1. A areia empregada foi a popularmente denominada de grossa comercial, possuindo um diâmetro efetivo (D10) de 0,093 mm e coeficiente de desuniformidade (DU) de 4,516. Salienta-se que estes materiais foram os mais comumente encontrados na região de desenvolvimento do projeto.

Para a distribuição uniforme do afluente sobre o leito dos filtros, empregou-se uma placa quadrada de 20 cm de comprimento, feita de madeira e posicionada no centro da camada superficial (figura 4). Após o lançamento do afluente pela tubulação de distribuição, existe o choque do líquido com esta placa, distribuindo as gotículas sobre a superfície. Com a adoção deste aparato, evita-se a formação de canais preferenciais e a erosão do leito de areia. Buscando a ampliação da aeração do lei-to, foi instalado na lateral de cada filtro um tubo de PVC com 50 mm de diâmetro interno. No interior, ele penetra na camada de brita, onde há maior porosidade, possibilitando uma melhor distribuição de ar nestas áreas inferiores. Buscando determinar a capacidade de tratamento de cada um destes filtros de areia, foram aplicadas sobre as superfícies as taxas de 20, 40, 60, 80 e 100 L/m2.dia de efluente originário dos filtros com recheio de bambu. Cada taxa foi empregada pelo período de um mês enas segundas e sextas-feiras. Na figura 5 está apresentado de forma esquemática o fluxograma de funcionamento deste projeto de pesquisa.

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É um poço sem laje de fundo que permite a infiltração da parte líquida dos esgotos no solo;

As paredes do poço devem ser vazadas e o fundo permeável;

O tamanho do sumidouro depende da quantidade de efluentes e do tipo de solo.

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Solos arenoso têm boa capacidade de infiltração e o sumidouro pode ser pequeno;

Solos argilosos, ao contrário, necessitam de sumidouros maiores;

Em muitos locais, o tipo de terreno não é favorável à infiltração no solo, acontecendo o extravasamento do sumidouro. Nesse caso, o dimensionamento do sumidouro não foi adequado ou pode ter ocorrido perda da capacidade de infiltração do solo. Recomenda-se construir um maior número de sumidouros ou optar por vala de infiltração com a finalidade de melhorar a área de absorção para o esgotamento;

O fundo do sumidouro deve estar no mínimo 1,5 metros acima do nível máximo do lençól freático.

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Em locais onde o lençol freático atinge no período chuvoso o seu nível máximo, próximo a superfície do terreno, torna-se inviável a execução de sumidouro.

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Os sumidouros podem ser construídos em alvenaria de tijolo comum, furado ou anéis de concreto;

Para uso de tijolo comum, devem ser colocados afastados e com argamassa só na horizontal, para facilitar o escoamento dos efluentes;

O fundo do sumidouro é a própria terra batida, devendo ter uma camada de brita para uma infiltração mais rápida.