casos de sucesso (sebrae)

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Casos de sUCesso2008

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2008 SEBRAE/MG

Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução total ou parcial, de qualquer forma ou

por qualquer meio, desde que divulgadas as fontes.

30.000 exemplares – setembro / 2008

SEBRAE/MG

ROBERTO SIMÕES

Presidente do Conselho Deliberativo

AFONSO MARIA ROCHA

Diretor Superintendente

LUIZ MÁRCIO HADDAD PEREIRA SANTOS

Diretor Técnico

MATHEUS COTTA DE CARVALHO

Diretor de Operações

Unidade de Atendimento Individual ao Empreendedor

MARA REGINA VEIT

Coordenação

IZABELA ANDRADE LIMA

MICHELLE CHALUB COSSENZO

Supervisão

Assessoria de Comunicação SEBRAE/MG

LAURO JOSÉ DINIZ

MÁRCIA DE PAULA DA FONSECA

FERNANDA ALMEIDA RUAS

Redação

ROSELENA NICOLAU

Projeto Gráfico e Editoração Eletrônica

CASA DE EDITORAÇÃO E ARTE LTDA.

Ilustração

ANDRÉ ARAÚJO

C327 Cartilha Casos de Sucesso. / organização, Mara Regina Veit ; supervisão, Izabela

Andrade Lima, Michelle Chalub Cossenzo. - Belo Horizonte : SEBRAE/ MG, 2008.

64 p. : il.

Redação : Roselena Nicolau

1. Casos de Sucesso 2. Empreendedorismo I. Veit, Mara Regina II. Lima, Izabela Andrade III. Cossenzo, Michelle Chalub IV.Nicolau, Roselena V. Servi-ço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais

CDD: 658.022

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SEBRAE MG 3

A melhor recompensA

O Sebrae Minas apresenta a publicação Casos de Sucesso 2008. São

24 histórias de vidas marcadas por dedicação, trabalho e muita luta;

casos de empreendedores que acreditaram no sonho de ter um ne-

gócio próprio, arregaçaram as mangas e, em momentos decisivos da

trajetória da empresa, receberam o apoio do Sebrae. Seja por meio

de consultoria, planejamento, capacitação técnica ou gerencial, todos

tiveram a oportunidade de transformar o sonho em um negócio rentá-

vel, gerador de emprego, e, sobretudo, fonte de realização profissional

e pessoal.

Eles escreveram uma história de sucesso que é inspiradora para aque-

les que têm o mesmo sonho. E não são poucos: o Brasil é o nono país

do mundo com o maior número de pessoas que abrem negócios. De

cada 100 brasileiros, 13 são empreendedores. É uma vocação que tem

tudo para dar certo, só precisa ser orientada e estimulada de maneira

correta. Esta é a missão do Sebrae – promover a competitividade e o

desenvolvimento sustentável das micro e pequenas empresas (MPEs).

As pesquisas mostram que nossos esforços têm surtido efeito. Nos

últimos anos, cresceu o número das MPEs brasileiras que estão so-

brevivendo. Segundo levantamento do Sebrae, [suprimido] 78% dos

empreendimentos iniciados de 2003 a 2005 permanecem no mercado.

Resultado extremamente positivo, comparado ao obtido na pesquisa

anterior, em que o índice foi de 50,6%, para empresas abertas entre

2000 e 2002.

O Sebrae se orgulha de fazer parte dessa história. O sucesso das micro

e pequenas empresas e o crescimento econômico de Minas é a melhor

recompensa para os nossos esforços diários.

Afonso Maria Rocha

Diretor Superintendente

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empresÁrIos De sUcesso e sUAs empresAs VITorIosAs

Caro Leitor

O SEBRAE-MG, nos últimos anos, tem centrado seus esforços para disseminar experiências exitosas de pequenos empresários mineiros, que na sua trajetória empresarial se utilizaram dos produtos e serviços do SEBRAE na gestão do empreendimento.

Em cada página da cartilha um pouco da história destes empresários que tem se dedicado com afinco e paixão ao negócio, acreditando que o sucesso advém de muito esforço e coragem para empreender.

Com este propósito o SEBRAE Minas tem buscado propagar estes exemplos para os potenciais empreendedores, candidatos a empresá-rios bem como para aqueles empresários que estão na fase inicial do negócio e necessitam de orientação para tomar decisões na gestão da sua empresa.

Aprender com quem vem aprendendo a gerenciar nos últimos anos seus negócios pode servir de estímulo para quem deseja empreender. São empresários que tem contado com o apoio do SEBRAE Minas para ampliar e melhor gerenciar seus negócios. Eles já utilizaram vários produtos e serviços em suas empresas que são apresentados de forma prática no texto e podem ser acessados de forma presencial ou a dis-tância nos Pontos de Atendimento do SEBRAE ou pelo Portal SEBRAE www.sebraemg.com.br.

As vinte e quatro histórias são cheias de emoção, persistência, desafios e muita vontade de vencer.

Inspire-se em cada página e usufrua do melhor conhecimento sobre pequenas empresas.

Boa Leitura!

Mara VeitGerente de Atendimento ao Empreendedor

Coordenadora da Feira do Empreendedor 2008

SEBRAE MG

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mAcrorreGIÃocenTro

Persistência e determinação para uma gestão de qualidadeAIX SISTEMAS S/A

Belo Horizonte – MG

Aumento da produtividade com a organização do trabalhoDIVINO OPHÍCIO ARTESANATO LTDA.

Lagoa Dourada – MG

Tecnologia contra a dengueECOVEC LTDA.

Belo Horizonte – MG

Qualidade como princípioENGECLAM ENGENHARIA LTDA.

Belo Horizonte – MG

Foco no ClienteLUX COLOR FOTOGRAFIA E FILMAGENS DE EVENTOS LTDA.

Belo Horizonte – MG

Jeito Mineiro de Acolher POUSADA ENCANTO DA SERRA LTDA.

Tiradentes – MG

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8 Casos de sucesso

persIsTêncIA e DeTermInAçÃo pArA UmA GesTÃo De QUAlIDADe Ao vivenciar crise em meio ao crescimento, empresa dá guinada, opta por uma gestão de qualidade e amplia mercado ainda mais

Acreditar no potencial da empresa, quando esta passava por uma grande crise, foi a decisão do engenheiro eletricista Ian Campos Martins, dono da AIX Sistemas, criada em 1991. A persistência, traduzi-da na forte determinação de profissionalizar o negócio, focando-o num nicho de mercado e na implantação de um modo de gestão de qualida-de, foi recompensada e hoje, com um histórico de ganhos, o empresário diz com segurança: “Estamos prontos para crescer até 100%”.

A trajetória da AIX foi reconhecida com diferentes premiações. Em 2003, a empresa foi destaque, na categoria serviços, no Prêmio Exce-lência Empresarial – promovido pelo Sebrae e o Grupo Gerdau; no ano seguinte, venceu a premiação, na mesma categoria, repetindo o sucesso no ano passado, quando conquistou o prêmio na categoria Empresa Cidadã. “O prêmio também abre as portas para a empresa, colocando-a em contato com muitas pessoas e instituições que somam no nosso trabalho”, acredita Ian.

Quando entrou para a AIX, para completar uma sociedade, a empresa se dedicava ao desenvolvimento de software para área de concur-sos públicos e de implantação de planos de cargos e salários. Mas, em 1992, ocorreu a primeira experiência com o desenvolvimento de software na área de educação, para atender a um antigo colégio e cur-sinho da capital mineira. O programa faz a gestão completa do estabe-lecimento de ensino, abordando desde a administração até as funções acadêmicas. “O produto ficou muito bom e se tornou o principal obje-tivo da empresa”, atesta Ian, lembrando que hoje, com contrato ativo de suporte e manutenção, a AIX tem 400 clientes em todo o país.

A AIX possui uma estrutura bastante consolidada, assegura o empresá-rio, destacando que a caminhada teve grandes problemas, superados apenas porque a decisão estratégica foi a do foco em gestão de quali-dade. Na crise, a sociedade acabou se desfazendo. “Foi quando perce-bi que tínhamos, para sobreviver, de investir em qualidade, em gestão, preparando-nos para crescer, porque, na verdade, quando estávamos no auge, não tínhamos a estrutura de que precisávamos”, admite, lem-

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brando que contratou um serviço de consultoria, que implantaria um sistema de gestão de qualidade em busca da norma ISO 9001/2000, reformulando todo o suporte operacional e de administração da AIX.

Para o empresário, a AIX, com faturamento de cerca de R$ 160 mil mensais e quadro de 55 funcionários, está agora pronta para crescer até 100%. “A empresa está muito bem formatada em termos de pro-cesso e estrutura de gestão de pessoas, com sistemas muito acertados. Desde 2000, crescemos de 20 a 25% ao ano”, assinala. A comerciali-zação de 15 softwares de educação e novos projetos – como o lança-mento de um produto para avaliação institucional e outro de biometria associados a bibliotecas – se somam ao investimento que a empresa faz em ações de responsabilidade corporativa.

A empresa disponibiliza gratuitamente um software que atende a um leque enorme das necessidades da rotina do professor e que pode ser baixado pelo profissional no endereço www.educador.net. “Essa foi uma das maneiras que encontramos de atuar, mas também procura-mos projetos mais simples, que trazem resultados não apenas para a imagem da empresa”, diz. A AIX publica balanço social, o que ainda é raro no meio das pequenas empresas.

AIX SISTEMAS S/A

Belo Horizonte – MG – (31) 3218-7200

EMPRESÁRIO: Ian Campos

RESULTADOS CONQUISTADOS:

Prêmio Excelência Empresarial (2003, 2004 e 2007)

Prêmio Mineiro da Qualidade (bronze/2004),

Prêmio Eco, promovido pela Amcham Brasil, bicampeã

Vencedora do concurso Info de Software, com o educador.net

Finalista do Prêmio Balanço Social, em 2006

Certificação ISO 9001/2000

Reposicionamento no mercado

Reconquista da qualidade dos serviços e dos produtos

Mudança nos sistemas de gestão

Mudança de sede

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10 Casos de sucesso

AUmenTo DA proDUTIVIDADe com A orGAnIzAçÃo Do TrAbAlho Acreditando na força do artesanato e com estímulo profissional, casal monta empresa e vende para grandes lojas, como a Tok&Stok

Quando tentou, em 2002, formar uma sociedade com os seis irmãos, Josias Cardoso Santos descobriu que nem todo sonho pode se trans-formar em realidade. A empresa familiar não emplacou, e ele, arte-são e restaurador de peças de madeira, continuou trabalhando sozi-nho, dedicando-se especialmente à produção de objetos de decoração e arte. Josias quase desistiu da empreitada e só mudou o rumo da história ao conhecer dois consultores do Sebrae, em Lagoa Dourada (a 36 quilômetros de São João del-Rei, nos Campos das Vertentes), onde, anos depois, montou a Divino Ofhicio, que conta com a ajuda de sua mulher, a também artesã Marilene Alair da Silva.

Antes mesmo de estruturar a empresa, Josias começou a participar de feiras e mostras de decoração, estimulado e apoiado pelo Sebrae. Já em 2003, integrou o espaço da instituição na edição da Casa Cor e da Feira Nacional de Artesanato, organizada pelo Instituto Centro CAPE e pela ONG Mãos de Minas. “Eu fazia muitos outros trabalhos em ma-deira, mas vimos que era preciso direcionar a produção”, diz ele.

A visibilidade que as mostras deram ao trabalho de Josias estimulou-o a fazer, em 2005, o Empretec, curso do Sebrae que visa ao fortaleci-mento das características empreendedoras do participante. Durante o curso, em Belo Horizonte, Josias encontrou Marilene, mestre na arte do bordado que, em Sabará, na região metropolitana da capital mi-neira, já havia iniciado um processo de capacitação junto ao Sebrae, incentivada por sua presença na direção de uma associação de arte-sãos. “Quando fiz o Programa Sebrae de Artesanato, percebi que ele era um ponto de partida, que teria que buscar mercado para o meu trabalho. Depois de integrar o Empretec, isso ficou ainda mais certo”, salienta Marilene.

O Empretec fez com que Josias e Marilene acreditassem na criação de um negócio próprio e assim nasceu, em 2006, a Divino Ofhicio, quando os dois já haviam se enamorado e formado um casal. Com três anos de existência, instalada em um galpão no centro de Lagoa

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Dourada, a empresa fabrica atualmente 800 peças de madeira com a imagem do Divino Espírito Santo, além de cerca de 300 peças de bordados (toalhas de mesa, roupas de cama, capas de almofada e quadros). “Continuamos fazendo artesanato, mas ganhamos produti-vidade com a organização do trabalho, usando metodologia”, explica Josias, que começou a Divino Ophicio com um ajudante e conta hoje com cinco pessoas na produção do artesanato de madeira, duas bor-dadeiras (além de cinco terceirizadas) e uma pessoa responsável pelo escritório.

A arte do casal pode ser encontrada em grandes lojas. Entre os clientes estão a Tok&Stok, a paulista Depósito Santa Fé e a alagoana Encanto do Tear. “Temos cadastrados 170 clientes, 70 destes ativos, que com-pram com regularidade”, conta Josias, lembrando que a produção está espalhada por 16 estados. O faturamento da empresa é de cerca de R$ 20 mil mensais.

DIVINO OFHICIO ARTESANATO LTDA.

Lagoa Dourada – MG – (32) 3363-1650

EMPRESÁRIOS: Josias Cardoso Santos e Marilene Alair da Silva

PRODUTOS E SERVIÇOS SEBRAE: Empretec, Aprendendo a Empreender, participação em feiras regionais, Feira Nacional do Artesanato, Casa Cor, na Gift Fair (São Paulo); Programas Sebrae de Artesanato e Liderar; Participação em diferentes edições do Catálogo de Artesanato de Minas Gerais

RESULTADOS CONQUISTADOS:

Abertura e registro da empresa

Estruturação do sistema de produção

Aumento da produção, de 20 para 800 peças/mês de artesanato de madeira e 300 peças/mês de bordados

Aumento de 70% do faturamento

Contratação de mão-de-obra (oito funcionários fixos e cinco terceirizados)

Formação de carteira de 170 clientes (70 ativos e regulares)

Venda para grandes lojas

Distribuição para 16 estados

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12 Casos de sucesso

TecnoloGIA conTrA A DenGUePesquisadores mineiros criam sistema de combate a pragas urbanas que tem prefeituras como parceiras e é reconhecido no exterior

Nascida no Laboratório de Ecologia Química do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da Universidade Federal de Minas Gerais, a Ecovec – especializada em pesquisa e desenvolvimento de serviços e produtos para o controle de insetos vetores de doenças urbanas – é o exemplo, ainda raro, da união de esforços entre pesquisadores e o mercado. De-bruçando-se sobre um problema de saúde pública que afeta diferentes cidades no Brasil e no mundo, a empresa contribui para o combate da dengue com uso de tecnologia de ponta.

A Ecovec comercializa um avançado sistema de controle e de monito-ramento do mosquito Aedes aegypti. O sistema é fruto de pesquisas que se iniciaram há 10 anos, sob o comando do professor Álvaro Eduardo Eiras, do Departamento de Parasitologia do ICB. A empresa foi criada com recursos da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e com o apoio do Sebrae que, segundo o pesquisador, foi decisivo para que o invento alcançasse o mercado. “Assim que surgiu a idéia da armadilha para captura do mosquito Aedes aegypti, vetor da den-gue ficou pronta passei quase um ano pensando em como viabilizá-la. O projeto do produto foi desenvolvido com o apoio do Sebrae Minas, em parceria com a Escola de Design da Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG), em 2003”.

Eiras e equipe desenvolveram um conjunto: a armadilha (MosquiTrap), responsável pela captura da fêmea grávida, que voa em sua direção por causa de um atraente (AtrAedes). O mosquito é preso no contato com um cartão adesivo – patenteado pela UFMG – afixado na parede do recipiente, e assim fica impedido de depositar os ovos. O mecanis-mo possibilita também a estimativa da população de vetores na área.

Faz parte ainda do conjunto o serviço Monitoramento Inteligente da Dengue (MI-Dengue). A partir da instalação de armadilhas em lugares diferentes, uma equipe treinada e munida de celulares faz semanal-mente, a inspeção das áreas, transmitindo os dados simultaneamente, através de um software (Geo-dengue) que integra a pesquisa, para os

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sistemas de informação dos clientes. As informações compõem um mapa do monitoramento, capaz de traduzir, com rapidez, estimulan-do assim ações de controle.

Segundo o biólogo Bernard Meelhuysen, responsável pela área co-mercial da Ecovec, 11 cidades brasileiras já utilizam o M.I.Ecovec, nos estados de Minas, São Paulo, Espírito Santo e Rio de Janeiro. “As pre-feituras se tornam parceiras”, assinala, destacando que o retorno dado pela municipalidade ajuda a melhorar as características do sistema. Também fora do país o M.I.Ecovec é usado. No ano passado, a cidade de Cairnes, na Austrália, instalou o sistema, a partir do contato de Eiras com Scott Ritchie, então secretário de Saúde do Norte do país.

A Ecovec, que faturou no ano passado cerca de R$ 1 milhão, foi inicialmente instalada no Instituto de Inovação (uma empresa que trabalha na “aceleração” de negócios de base tecnológica), mas atu-almente possui sede desvinculada e conta com equipe de 19 funcio-nários.

ECOVEC LTDA

Belo Horizonte – MG – (31) 3284-1007

EMPRESÁRIO: Professor Álvaro Eduardo Eiras

PRODUTOS E SERVIÇOS SEBRAE: Sebraetec, Design

RESULTADO CONQUISTADOS:

Transformação das pesquisas em produto

Associação da empresa a uma entidade aceleradora de negócios

Comercialização do sistema para prefeituras

Adoção do sistema em cidade da Austrália

Avaliação da tecnologia, em processo, pelo Ministério da Saúde, para que faça parte do Plano Nacional de Combate à Dengu

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QUAlIDADe como prIncípIoNo competitivo setor da construção civil, empresa quebra paradigma e mostra que existe espaço para pequenas qualificadas

Há 22 anos no mercado, a Engeclam Engenharia tem no portfólio o que poucas pequenas empresas da construção civil podem exibir: ISO 9001 e PBQP-H nível A, duas certificações que atestam o pro-cesso de gestão adotado pela instituição e que foram conquistadas com a participação da empresa no Construquali – um programa do Sebrae dedicado à melhoria dos diferentes processos da cadeia do setor da construção civil. “Os programas nos efetivaram em qualidade. Com isso, somos uma empresa voltada não só para o Brasil, mas para o mundo”, diz o engenheiro Eduardo Henrique Moreira, de 56 anos, fundador da Engeclam com o também engenheiro Cláudio Maurelli, de 46.

A Engeclam foi criada em 1986, pouco depois de os dois engenheiros deixarem uma outra empresa do ramo, que havia fechado as portas. Naquela época, conta Moreira, o setor da construção estava passando por grandes dificuldades, mas ainda assim a decisão de continuar e se arriscar no mercado com um negócio próprio prevaleceu. A Engeclam nascia com a determinação de não contratar obras públicas, somente privadas. “Começamos com reformas, o que hoje não fazemos mais”, lembra o engenheiro. Atualmente, a Engeclam trabalha com obras industriais, comerciais, residenciais, de drenagem, restauração, insta-lação de lojas e incorporação imobiliária. “É um segmento que exige muita qualidade”, pondera, destacando que a empresa empreende de 8 a 10 obras por ano.

A preocupação com a qualidade, como quesito para se estabelecer no mercado competitivo das pequenas empresas de engenharia civil, foi exatamente o que levou a Engeclam a buscar certificações, num processo iniciado em 2000 e só avaliado em 2005. A ISO 9001, que pa-droniza internacionalmente sistemas de gestão, traz também, segundo Moreira, eficiência aos outros processos, por causa da organização im-posta ao cotidiano da empresa. A certificação do PBQP-H (Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat) tem como objeti-vo inserir as empresas num ambiente mais competitivo, com redução de custos e, ao mesmo tempo, com maior qualidade das obras.

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As certificações deram notoriedade à empresa, acredita Moreira, lem-brando que o portfólio da Engeclam foi acrescido ainda de outro im-portante atestado de competência: no ano passado, venceu o Prêmio Excelência Empresarial – uma iniciativa do Sebrae e do Grupo Ger-dau. Nos anos de 2003, 2004 e 2005, a Engeclam havia participado do prêmio como empresa selecionada. “O prêmio materializou o projeto de qualificação que começou em 2000”, afirma, ressaltando que, para ele, a construtora quebrou o paradigma de que o mercado da constru-ção de qualidade tem espaço apenas para as grandes.

ENGECLAM ENGENHARIA LTDA.

Belo Horizonte – MG – (31) 3476-2272

EMPRESÁRIOS: Eduardo Henrique Moreira e Cláudio Maurelli

PRODUTOS E SERVIÇOS SEBRAE: 5° Seminário Nacional dos Programas Estaduais e Setoriais de Qualidade, Produtividade e Competitividade, 5° Reconhecimento Nacional às Micro e Pequenas Empresas, Agenda de Relacionamento da Construção, Programa ConstruQuali, Consultoria para a implantação da ISO9001:2000 e PBQP-H, Fundamentos do Sistema de Gestão de Qualidade – ISO9001:2000, Formação de Auditores Internos, Orçamentos para construtoras, Gestão Empresarial para Construtoras, D’Olho na Qualidade, Saber Empreender, Análise e Planejamento Financeiro, Como Vender Mais e Melhor, Aprender e Empreender pela Internet

RESULTADOS CONQUISTADOS:

Aumento da produtividade e eficiência das obras

Maior qualidade – diminuição da necessidade de reparação das obras, cum-primento de prazos

Estabelecimento de menores preços

Maior solicitação de trabalho. De 2000 a 2008, dobrou o faturamento

Transparência contábil

De 30% a 40% dos empregados são atualizados em cursos

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Foco no clIenTeFotógrafo abraça oportunidade, torna-se empresário e vence dificuldades com determinação e apoio de assessoria especializada

Não levou muito tempo para que o mineiro Renato Luiz Soares Braga, de 31 anos, pulasse da posição de funcionário para empresário. Tam-bém não foi longo o percurso para que ele percebesse que teria de apostar no próprio amadurecimento como administrador, pois abraça-va uma tarefa que, então aos 24 anos, não era nada fácil. “Foi com muita luta, muito trabalho, mas conseguimos dar um rumo à empresa e, quando precisamos, demos uma reviravolta”, diz o proprietário da Lux Color, especializada em filmagem e fotografia de eventos.

As mudanças na empresa foram feitas com a assessoria do Sebrae, quando Renato se viu forçado a tomar uma decisão em favor da exis-tência da Lux Color. “O Sebrae me ajudou a não errar como eu vinha errando. Comecei a assistir a palestras e a contratar consultorias, o que foi clareando para mim os problemas da empresa”. A história do em-presário registra seu talento e dedicação. Durante cinco anos, ele foi funcionário da Lux Color, onde começou como laboratorista. “Naquela época, em 1997, trabalhávamos ainda com revelação em papel e o serviço não era pouco, mas eu sempre me esforcei muito”, diz.

O esforço foi recompensado, admite. O ex-patrão lhe deu a oportuni-dade de trabalhar também na área comercial e, em pouco tempo, ele se desligou do laboratório e ficou só no atendimento. Com um ano e meio na função, Renato recebeu a proposta para se tornar dono da Lux Color. “Não podia perder a oportunidade”, lembra ele, que tomou dinheiro emprestado e validou o negócio.

Quando a empresa já estava instalada em nova sede, depois de o empresário ter feito investimento em equipamentos e pessoal, a Lux Color sofreu um revés, por causa de um assalto. “O roubo desequili-brou a empresa. Não tínhamos capital de giro e foi muito difícil passar por isso. Tive que tomar uma decisão”, conta. “Precisávamos crescer, sabia que tinha mercado, mas não tínhamos mão-de-obra capacitada. Eu era dono e era também tudo o mais na empresa”, recorda, desta-

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cando que foi em 2006 que, depois de se sentir no fundo do poço, com dívidas acumuladas, procurou o Sebrae pela primeira vez.

Entre os problemas, Renato solucionou a questão da mão-de-obra e definiu o foco estratégico no quesito atendimento. “Trabalhamos com esse diferencial. O cliente para a gente é tudo e todo o esforço que fazemos é para atendê-lo muito bem”, diz. O empresário conta que assumiu uma gestão compartilhada, na qual os funcionários, hoje 33 pessoas, são motivados a participar o tempo todo. “Aprendemos a trabalhar com metas, porque quem não planeja não sabe aonde quer chegar. Mas tudo isso a gente só começa a enxergar quando participa de treinamentos, ouve o que os consultores falam e implementa a li-ção. Se não fizer isso, não dá certo”, diz.

LUX COLOR FOTOGRAFIA E FILMAGENS DE EVENTOS LTDA.

Belo Horizonte – MG – (31) 3498-7435

EMPRESÁRIO: Renato Luiz Soares Braga

PRODUTOS E SERVIÇOS SEBRAE: presença na Quarta Gerencial e contratação de consultorias

RESULTADOS CONQUISTADOS:Aumento da oferta de serviços Reforma na sede da empresa, visando à comodidade

do cliente

Adoção de regras de bom atendimento

Gestão compartilhada/formação de conselho adminis-trativo

Aumento de 25% no faturamento

Quitação das dívidas bancárias

Investimento de R$ 100 mil na compra de equipa-mentos e reforma da sede

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JeITo mIneIro De AcolherAdepta do turismo sustentável, pousada investe em melhoria dos serviços, com capacitação e em sintonia com o desenvolvimento regional

Vivendo em Tiradentes, uma das mais badaladas cidades do turismo mineiro, a empresária Cristina de Paiva Garcia Fiche, de 32 anos, não teve muita dificuldade para encontrar a profissão que seguiria. Turis-móloga, ela inaugurou, em 1999, a Pousada Encanto da Serra, seguin-do também os passos do pai, igualmente dono de pousada na mesma cidade.

Menos de 10 anos foram suficientes para a empresária e o marido Rogério Eduardo Fiche, 36 anos, professor de educação física, trans-formarem e ampliarem negócio acanhado: hoje, a Encanto da Serra possui 24 apartamentos. Instalada numa área muito ampla, oferece infra-estrutura de lazer completa, com duas piscinas (uma delas térmi-ca), sauna, parque infantil, sala de jogos, área para churrasco, salas de TV, internet e lareira.

Cristina tem investido cada vez mais em capacitação, o que inclui pro-fissionalização de funcionários (atualmente nove pessoas). A Encanto da Serra é uma das integrantes do Programa Bem Receber – uma par-ceria do Sebrae com o Instituto Hospitalidade, que tem como objetivo estimular o turismo sustentável, preservando a cultura local e o meio ambiente, ressaltando a preocupação com inclusão social e desenvol-vimento econômico regional.

O Bem Receber foi criado há três anos. O projeto atende a 30 destinos turísticos nacionais e trabalha com a profissionalização e capacita-ção em gestão dos estabelecimentos, por meio de oficinas, assistência técnica e ações pedagógicas. A Encanto da Serra está prestes a conse-guir a certificação, logo que a propriedade for avaliada por auditores.

Além do Bem Receber, a pousada participou também de outros pro-gramas do Sebrae, visando à melhoria dos custos e gestão, como o de eficiência energética, de design, o Programa de Alimento Seguro, o Liderar, Plano de Negócios, Técnicas de Vendas, Administração e Meios de Hospedagem e Cultura da Cooperação.

Segundo a empresária, a Encanto da Serra cresceu principalmente com

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recursos próprios, aproveitando o apelo turístico da cidade, que foi reforçado com a realização de eventos nacionais – Mostra de Cinema e Festival de Cultura e Gastronomia. Porém, para a última ampliação do negócio, que resultou em mais 11 apartamentos, o casal contratou empréstimo na Caixa Econômica Federal, destinado à compra de equi-pamentos.

Apesar dos bons resultados, Cristina diz que o negócio deve ser pen-sado com moderação, pois o “turismo em Tiradentes já esteve me-lhor”. Para ela, abrir nova pousada na cidade não seria tarefa nada fácil. Também proprietária de uma loja de artigos de artesanato há 10 anos (a Ophicina das Artes), ela avalia que o setor de turismo é um negócio, mas precisa ser profissionalizado. “A pousada mudou muito depois de programas como o de design, que deu uma identidade ao local”, atesta.

POUSADA ENCANTO DA SERRA LTDA.

Tiradentes – MG – (32) 3355-1591

EMPRESÁRIA: Cristina de Paiva Garcia Fiche

PRODUTOS E SERVIÇOS SEBRAE: Programas Bem Receber, Eficiência Energética, Design e consultorias, PAS (Programa de Alimento Seguro), Liderar, Plano de Negócios, Técnicas de Vendas, Administração e Meios de Hospedagem e Cultura da Cooperação.

RESULTADOS CONQUISTADOS:

Ampliação do estabelecimento, de 13 apartamentos, desde a última reforma, para 24

Melhoria da infra-estrutura, visando ao conforto dos hóspedes

Economia de energia com instalação de aquecimento solar e programa de eficiência energética (economia de cerca de 20% a 30%)

Aumento de 70% do faturamento depois da construção das novas unidades

Capacitação de funcionários, especialmente para a prática de turismo sus-tentável

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Plantando flores, colhendo resultados

ABARFLORES Barbacena – MG

Melhoria no negócio com qualificação empresarial

CETEMEC – CENTRO TÉCNICO MECÂNICO LTDA. Matias Barbosa – MG

Pioneirismo na qualidade e inovação

IDEM PER IDEM FARMÁCIA DE MANIPULAÇÃO LTDA. Juiz de Fora – MG

Inspiração familiar gera negócio de sucesso

MOVEIS MATOS E LOPES Visconde do Rio Branco – MG

Passo bem pensado para expansão do negócio

PÃO COM LINGÜIÇA & CIA Juiz de Fora – MG

União e integração fazem renascer uma pioneira

PARMA MÓVEIS LTDA. Ubá – MG

mAcrorreGIÃolesTe

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22 Casos de sucesso

plAnTAnDo Flores, colhenDo resUlTADosProdutores de Barbacena participam de iniciativas de gestão em conjunto e voltam a competir num mercado próspero, mas difícil

Quem foi rei nunca perde a majestade. O ditado se aplica direitinho a Barbacena ou, melhor ainda, aos produtores de rosas dessa cidade da região da serra da Mantiqueira que, durante décadas, foi reconhe-cida como um dos mais importantes pólos de plantação da bela flor. As dificuldades que marcaram especialmente o fim dos anos 80 foram vencidas pela força da união entre aqueles que não desistiram e acre-ditaram na tradição e no investimento em capacitação como forma de sobreviver num mercado associado não só à competição nacional, como também internacional.

Os números impressionam. Numa forte associação com o Sebrae, participando das ações estratégicas monitoradas, desde 2005, pela Geor (Gestão Estratégica Orientada para Resultados) – programa da instituição que define ações entre vários parceiros de um mesmo setor e acompanha os resultados –, a Abarflores (Associação Barbacenense de Rosas e Flores) conseguiu aumentar praticamente todos os índices positivos de avaliação.

Esta história de sucesso, diz Scheila Loschi, ex-presidente da Abarflo-res, é a soma de muito trabalho e de luta contra a descrença. Entre os anos 70 e 80, o plantio de rosas em Barbacena viveu o auge de uma tradição nascida com imigrantes alemães e italianos e favorecida pelo clima frio da região. O mercado interno era forte, mas o comércio com a Alemanha puxava um carro de muitas vantagens. Porém, a exporta-ção foi também um dos fatores responsáveis por maus momentos.

Segundo Scheila, vendas para os alemães que não foram bem sucedi-das, aliadas à má administração da antiga entidade, “quebraram” mui-tos produtores, causando desemprego e desestimulando as atividades. “Fomos dos poucos que sobraram”, diz ela sobre o negócio que ajuda a administrar – a Roselanche.

Ela conta ainda a respeito do período em que o grupo multinacional alemão Brazil Flowers resolveu investir na produção de rosas; de 1979 a 1986, dominando o mercado regional, comprando terras na cidade

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vizinha de Antônio Carlos e produzindo em grande escala, chegando a ser a maior empresa produtora de rosas do mundo. Também não deu certo e a empresa faliu.

A Abarflores nasceu, nesse contexto conturbado, no final de 1999, numa reação à baixa auto-estima dos produtores e à necessidade de uma nova organização do setor. Scheila se tornou presidente da enti-dade em 2005, exatamente no período em que o Sebrae começava a se relacionar com os produtores. “O Sebrae foi nosso grande incenti-vador e mudou tudo. Vimos que tínhamos experiência e tradição, mas não sabíamos o que fazer, estávamos mesmo perdidos, precisando de ajuda”, lembra ela, que foi substituída na direção da Abarflores no ano passado, por Cléber José Morais. O primeiro desafio era unir no-vamente os produtores. Depois veio a capacitação, em diferentes áre-as, abrangendo desde a administração dos negócios até o estímulo à tecnologia. “O que vemos agora é gente acreditando”, assinala Scheila.

ABARFLORES

Barbacena – MG – (32) 3332-3433

EMPRESÁRIA: Scheila Loschi (Roselanche)

PRODUTOS E SERVIÇOS SEBRAE: a entidade faz parte da Geor desde 2005; curso de associativismo, diagnóstico do setor, missões no Brasil e no exterior, participação em feiras (Fia Flora, em Brasília, Hortitec, em Holambra, HortFair, na Holanda)

RESULTADOS CONQUISTADOS: Aumento da produtividade em 180% (de 2005 até

hoje)Aumento do número de produtores associados, de

30 para 42Geração de 600 empregos diretos e 732 indiretosAumento da produção, de 20 milhões de hastes,

em 2004, para 42 milhões de hastes, em 2007Aumento do tamanho e da durabilidade das rosas

(de 15 a 17 dias para 20 ou 22 dias)Aumento das exportações, de 100 mil dúzias (2005/2006) para 140 mil

dúzias (2007/2008)

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24 Casos de sucesso

melhorIA no neGócIo com QUAlIFIcAçÃo empresArIAlO investimento em capacitação transformou a vida de uma mulher que se dedicou com garra ao negócio criado pelo marido.

A vida de Neide Aparecida Moraes Chapinotti, de 48 anos, começou a mudar quando ela decidiu, há sete anos, depois de ver os filhos cria-dos, encarar novamente o trabalho fora de casa, voltando-se para a empresa fundada e administrada pelo marido, o técnico em tornearia Moacir Chapinotti, de 58 anos.

Em 1970, com visão inovadora, Moacir Chapinotti inaugura em Matias Barbosa a Auto-Mecânica Brasil. Uma oficina moderna e especializada em mecânica de veículos em geral. Depois de 18 anos de atuação, a Auto Mecânica Brasil muda sua razão social para CETEMEC – Centro Técnico Mecânico Ltda., porque precisava se tornar uma empresa no padrão “indústria, comércio e serviços” para trabalhar com veículos de combate a incêndios.

A CETEMEC, empresa atuante desde de 20/7/1988 na indústria e co-mércio de peças, acessórios para veículos pesados, implementos rodo-viários, consertos e reparos, lanternagem, pintura de veículos e mecâ-nica em geral, oferece serviços de manutenção preventiva e corretiva para frotas.

Mas, assim como a fase da mecânica de carros passou, também a de montagem de caminhões contra-incêndio deixou de ser a mais impor-tante e Moacir se viu diante de novos clientes, como as empresas de transporte de cimento, de caminhões-pipa, limpa-fossas, restauração e reparos de carretas e adaptação do 3º eixo em caminhões e carretas. “Atendemos 17 fábricas de cimento no Brasil e 99% dos nossos clien-tes são de fora do estado” conta ele.

Já bastante estruturada, a empresa CETEMEC começou a dar o salto de qualidade em 2005, quando Neide Aparecida Moraes Chapinotti e o filho Moacir Chapinotti Júnior – técnico em mecânica, foram partici-par do Programa de Certificação de Qualidade Total do Sebrae; com o apoio do Sindimetal, o programa é dedicado às oficinas mecânicas e contou com a participação de 36 estabelecimentos da região.

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CETEMEC – CENTRO TÉCNICO MECÂNICO LTDA.

Matias Barbosa – MG – (32) 3273-1452

EMPRESÁRIOS: Moacir Chapinotti e Neide Aparecida Moraes Chapinotti

PRODUTOS E SERVIÇOS SEBRAE: Cursos de gestão financeira e econômica, departamento

pessoal, recursos humanos, Qualidade total, palestras, consultorias, Vender Mais e Melhor e Gestão de pessoas.

RESULTADOS CONQUISTADOS: Aumento do faturamento

Atendimento de 70 veículos em média/mês

Ampliação de atendimento fora do estado

Compra de terreno/obras de terraplenagem

A empresa CETEMEC teve a certificação no Programa Sebrae de Qualidade Total, no período de 9 de agosto de 2005 a 12 de janeiro de 2007, com carga horária de 120 horas e nível de implantação de 99%.

”Foi aí que tudo mudou, para mim e para a empresa”, diz Neide, que ajuda a administrar a oficina com 15 funcionários e fatura em média R$ 150 mil/mês. Desde então, ela participou de diferentes cursos e pa-lestras oferecidos pela instituição. “Fizemos de tudo: cursos de gestão financeira, de departamento de pessoal, atendimento ao cliente, recur-sos humanos, várias consultorias, o programa Vender Mais e Melhor. Todos eles ajudaram a empresa a crescer”, atesta.

O mais novo investimento da empresa CETEMEC foi a compra de um terreno às margens da BR-040, onde serão instalados nova e am-pla oficina, com dormitório para motoristas, sala de reuniões, sala de lazer depois do trabalho e também uma retífica de motores die-sel. Segundo Neide, “a aquisição atende à política de boa-vizinhança. A retífica, que se instalará no novo espaço, já está em funcionamento, mas por enquanto está trabalhando juntamente com a nossa empresa CETEMEC”.

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26 Casos de sucesso

pIoneIrIsmo nA QUAlIDADe e InoVAçÃo Apostar na qualidade e na inovação fez de uma farmácia de manipulação pioneira na conquista da ISO 9002 no mundo

Ao completar 20 anos no mercado, a farmácia de homeopatia e mani-pulação Idem per Idem, sediada em Juiz de Fora, na Zona da Mata, se prepara para dar um novo passo. A farmacêutica e bioquímica Denise Polato, mentora e administradora da empresa, investe na busca de parceria que criará uma indústria, dedicada à fabricação de nova linha de produtos cuja demanda já foi identificada no país e no exterior. “Estamos viabilizando um novo braço do negócio”, diz a empresária.

A história da Idem per Idem está permeada pela determinação de se implantar um negócio que, desde o início, seguiria a ótica da inova-ção e do profissionalismo. Ao entrar no mercado em Juiz de Fora, em 1988, onde existiam apenas duas concorrentes, a empresa optou pelo enfoque “científico”, traduzido pelo acolhimento das técnicas clássi-cas de produção aliadas a uma dinâmica de pioneirismo.

A atitude empreendedora de Denise sempre encontrou respaldo no Sebrae. “Estou em permanente contato com o Sebrae. Em 1995, o Projeto de Qualidade Total foi um divisor de águas para a empresa, determinando uma cultura organizacional muito forte, que nunca foi abandonada desde então”, explica. “Foi o que nos permitiu conquistar a ISO 9002, sendo a primeira farmácia no mundo a obter tal certifica-ção”, completa. Denise conta que também assistiu a muitas palestras, participou do Empretec, da Feira do Empreendedor, fez cursos de aná-lise financeira e outros de gestão. “Virei uma garota-propaganda do Sebrae, de tanto que estamos juntos”. A Idem per Idem foi agraciada com o Prêmio Excelência Empresarial (1997).

Ao longo dos anos, a Idem per Idem, lembra a proprietária, vivenciou tempos de muito sucesso financeiro, evidenciado na expansão de lo-jas, mas também amargou percalços – reflexo dos caminhos da eco-nomia nacional e também da vida pessoal de Denise –, que fizeram a empresa rever investimentos e estratégias. “Em 1995, começamos uma reestruturação grande”, diz ela, que concluiu mestrado em Adminis-tração e deslanchou, a partir daí, uma nova visão para o negócio. “A concorrência e as condições não eram mais as mesmas do início e pre-

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cisávamos definir-nos. Foi quando comecei a pensar em exportação e vi que era possível incluí-la em nossas metas”, assinala.

Entre as novas metas da empresária está a montagem de uma indústria para linhas de produção que não podem existir, por questões legais, em farmácias magistrais. “Já temos o projeto e estamos viabilizando os agentes financeiros“, diz ela, que percebeu a oportunidade ao investir no atendimento de demanda surgida do Hospital Albert Einstein e Sírio Libanês (ambos em São Paulo). “Desenvolvemos um sabonete que foi aprovado e que tem também demanda para exportação”, des-taca, ressaltando que, com a indústria, retomará também a fabricação de cosméticos, uma experiência já vivida pela Idem per Idem.

IDEM PER IDEM – FARMÁCIA DE MANIPULAÇÃO LTDA.

Juiz de Fora – MG – (32) 3690-1220/1230

EMPRESÁRIA: Denise Polato

PRODUTOS E SERVIÇOS SEBRAE: Programa de Qualidade Total, Empretec, Curso de Gestão Financeira, palestras, parti-cipação na Feira do Empreendedor

RESULTADOS CONQUISTADOS: Certificação de Qualidade Total Certificação ISO 9002 Abertura de loja em local estratégico Rede de atendimento à classe médica Primeira farmácia do Brasil a se conectar a uma rede ho-

meopática internacional de comunicação Primeira farmácia em Juiz de Fora a lançar mão de me-

canismos na área da produção, de marketing e relacio-namento com o cliente: uso de balança eletrônica nos processos, disponibilização de contato via discagens gratuitas (0800), enca-minhamento de receitas via fax, divulgação dos cuidados com medicamentos homeopáticos em folheto que acompanha o medicamento, uso de cartuchos de papelão reciclados nas embalagens de medicamentos, exposição do labo-ratório ao público etc.

Prêmios: Empresa Amiga da Criança e Excelência Empresarial

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28 Casos de sucesso

InspIrAçÃo FAmIlIAr GerA neGócIo De sUcessoInspirado na profissão do pai, marceneiro sem experiência aprende o ofício e cria negócio que rende hoje mais de R$ 500 mil mensais

Foi na oficina do pai, na cidade de Visconde do Rio Branco, na região da Mata, que Adílson Rodrigues de Matos, de 40 anos, se familiarizou com o trato da madeira. Seu Adomar, de 76, era um mestre na fabrica-ção de carroças e charretes. Ao montar a fábrica de móveis que hoje produz 20 conjuntos de sala por dia, quantidade bem superior à das primeiras vendas, no fim da década de 80, Adílson tentou aproveitar o fundo de quintal que durante muito tempo serviu ao pai, mas logo agarrou a chance de se profissionalizar com uma nova inserção no mercado.

Além de muita dedicação e trabalho – “Eu chego à empresa às seis horas e só saio por volta das 20 horas” –, Adílson, que tem o irmão como sócio, credita o crescimento da empresa ao bom momento em que iniciou o negócio, por causa da concorrência limitada, e à pro-fissionalização da fábrica, que participou do Programa de Qualidade Total do Sebrae, em 2005. “Hoje, não seria tão fácil abrir uma empresa. Quando começamos, tinha por perto apenas três fabricantes de sala. Agora, são mais de 20”, assinala, destacando que a concorrência é também um estímulo para o avanço do negócio. “Temos sempre que melhorar”, constata.

O Programa de Qualidade Total, lembra ele, transformou a empresa, que ganhou nova estrutura em todos os setores, inclusive adotando métodos de gestão que antes não faziam parte da rotina. A Matos e Lopes venceu, em 2006, o Prêmio Excelência Empresarial (Sebrae/Gerdau) e obteve a terceira classificação no prêmio Top Móbile, pro-movido pela revista Móbile.

Mas para chegar onde está, Adílson passou por maus pedaços. Até os 18 anos, viveu em Visconde do Rio Branco, acompanhando, com o irmão Edilberto, de 35 anos, o trabalho do pai. Mas foi tentar a vida em São Paulo, como militar, uma experiência que não durou mais do que dois anos. Ao voltar para a cidade natal, ele se deparou com a

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realidade da falta de emprego. “Fiz ficha em tudo que é lugar, mas ninguém chamava. Então, fui encarar o serviço de servente de pedrei-ro”, lembra.

Entretanto, a convivência com a oficina do pai lhe trouxe a grande oportunidade: “Arrumei um amigo que sabia fazer móveis e começa-mos a trabalhar nos fins de semana. Ele me ensinava, a gente fazia móveis por encomenda, e o negócio foi tomando rumo, até que eu decidi trabalhar só nisso”, conta Adílson.

Por volta de 1998, a fábrica ganhou da prefeitura um terreno de 2 mil metros quadrados num distrito industrial. Adílson construiu um pe-queno galpão e ali iniciou nova fase. Buscou em Ubá – cidade vizinha, já conhecida pela indústria moveleira que ali se instalou –, alguém para ajudá-lo a administrar a empresa. De lá para cá, quase tudo mu-dou: a Matos e Lopes emprega 80 pessoas, fabrica conjuntos de sala em série, tem clientes principalmente na região Sudeste, escoa gran-de parte de seus produtos em frota própria e fatura de R$ 500 mil a R$ 600 mil mensais. “Trabalhamos com metas que têm sido cumpridas totalmente”, assinala.

MÓVEIS MATOS E LOPES

Visconde do Rio Branco – MG – (32) 3551-1338

EMPRESÁRIO: Adílson Rodrigues de Matos

PRODUTOS E SERVIÇOS SEBRAE: Programa de Qualidade Total

RESULTADOS CONQUISTADOS: Construção da sede própria em distrito industrialAmpliação da área inicial da sede, de 2 mil metros

quadrados para 5 mil metros quadrados Reestruturação e organização da área de fábrica Adoção de métodos de gestão Contratação de equipe de venda (15 vendedores) na

região Sudeste, foco da empresaAumento do faturamento mensal de cerca de R$ 400 mil,

em 2005, para mais de R$ 500 mil em 2007/2008 Ampliação do quadro de funcionários, hoje com 80 em-

pregados

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30 Casos de sucesso

pAsso bem pensADo pArA expAnsÃo Do neGócIoO sanduíche com a cara de Minas pode ganhar o Brasil por meio de franquias de uma empresa que nasceu com dinheiro emprestado

Depois de quase 13 anos vivenciando os prazeres e os problemas do próprio negócio – uma empreitada iniciada aos 23 anos e quando não tinha mais do que R$ 10 mil emprestados – o administrador de em-presa Luiz Augusto Prata dos Santos dá um passo rumo ao amadureci-mento. Junto com a mulher Bianca Fortes Lage, de 29 anos inaugura o projeto-piloto de franquia da Pão com Lingüiça & cia, uma lanchonete, em Juiz de Fora, na Zona da Mata, cujo carro-chefe é o sanduíche que tem tudo a ver com a tradição da boa cozinha mineira.

Em abril, a Pão com lingüiça & cia inaugurou a franquia do empreen-dimento que surgiu pelas mãos de Luiz Augusto, quando, em 1995, ele montou a acanhada lojinha instalada bem no centro da cidade, com o dinheiro que tomou emprestado da mãe. “Eram apenas oito assentos”, recorda, quatro vezes menos acomodações na loja que, ainda no mes-mo endereço, adquiriu projeto arquitetônico novo no ano passado.

Luiz Augusto é um empresário estudioso e incansável. Além de ser administrador, é formado em Ciências Contábeis, Direito e já fez duas pós-graduações. Por conta própria e também como filiado da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes, ele sempre manteve um relacionamento muito próximo com o Sebrae. “Já fiz vários cursos e participo sempre das ações propostas junto com a Abrasel”, conta, destacando que a Pão com lingüiça & cia integrou projetos como de gestão financeira, eficiência energética consultorias financeiras e o programa Varejo Forte, quando foram verificadas várias práticas da empresa, definidas e mudadas outras tantas. “Esse programa nos aju-dou a traçar cenários, estabelecer ações e fazer o planejamento da empresa, reforçando a idéia de que era hora de avançarmos com a franquia”, atesta.

Há bastante tempo a Pão com lingüiça & cia se preocupa em registrar e padronizar procedimentos, como, por exemplo, a fabricação dos produtos e a forma de atendimento, conta Bianca, a psicóloga que decidiu assumir em tempo integral o negócio com o marido depois de fazer, em maio deste ano, o Empretec – programa do Sebrae que

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estimula as características empreendedoras do participante. A empresa tem seus processos de fabricação e cozinha auditados constantemente por uma empresa de segurança alimentar

A franquia foi inaugurada em abril, no Alto dos Passos, bairro onde o movimento noturno oferece também um novo tipo de clientela. A loja, explica Luiz Augusto, funciona com a estrutura de uma franquia – o ambiente, o atendimento e o cardápio se repetem.

As vantagens de se investir em franquia, ressalta Luiz Augusto, atende bem aos dois lados do investimento. “Para nós, a maior vantagem está em conseguirmos expandir a empresa com capital de terceiro, mantendo a marca e a qualidade do empreendimento. Já quem adquire a franquia evita todos os transtornos que tivemos para chegarmos até aqui”, diz.

PÃO COM LINGÜIÇA & CIA

Juiz de Fora – MG – (32) 3212-9016

EMPRESÁRIOS: Luiz Augusto Prata dos Santos e Bianca Fortes Lage

PRODUTOS E SERVIÇOS SEBRAE: Empretec, cursos de gestão financeira, formação de preço, de venda, eficiência energética, Varejo Forte, Gestão de Pequenos Negócios, Como Elaborar um Plano de Negócios, Programa de Alimentos Seguros.

RESULTADOS CONQUISTADOS: Início do processo de formatação de franquias, com a

abertura da segunda loja da empresa, que inaugurou o projeto-piloto do novo negócio

Duas grandes reformas do espaço da loja principal, passando de oito assentos (nos primórdios do negócio) para os 32 atuais assentos

Fabricação integral da lingüiça consumida nas lojasContratação de seis funcionários na loja do centro e

dois na loja do Alto dos Passos Aumento crescente nos ganhos financeiros Marca registrada no INPIAumento crescente nos ganhos finaceiros

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UnIÃo e InTeGrAçÃo FAzem renAscer UmA pIoneIrAArranjo Produtivo Local renova a força de empresa familiar que soube dar a volta por cima, com união e adequação aos tempos

O pioneirismo e a tradição não livraram a Parma Móveis – fábrica criada há 40 anos na cidade de Ubá, na Zona da Mata – de muitas dificuldades e riscos exatamente no momento em que o pólo regio-nal de produção de móveis mais se projetava no disputado mercado nacional. Marcada fortemente pela estrutura organizacional familiar, a empresa iniciou em 2004 uma grande redefinição e, priorizando o profissionalismo em sua formação administrativa e produtiva, come-çou a vencer velhos entraves.

Hoje, com a fábrica em pleno funcionamento e mais três lojas inaugu-radas em menos de quatro anos, o diretor comercial e de marketing, economista Silber da Silva Silveira, de 38 anos, enfatiza: “Propuse-mos uma organização bem clara. Cada um de nós assumiu sua área de competência, sendo fundamental o monitoramento do cargo pela questão profissional.” A empresa participou do Programa de Qualida-de Total do Sebrae, quando foi definido um planejamento estratégico do grupo, com a redefinição da missão empresarial, visão de futuro, metas de produção, de vendas, de abertura de marketing e ações de marketing.

A crise afetou particularmente a fábrica, fundada pelo patriarca Lou-ro Parma, quando em Ubá não havia nenhum negócio semelhante. A Parma foi a primeira indústria moveleira da cidade que, agora, se destaca como um Arranjo Produtivo Local (APL) de móveis, uma ini-ciativa que é capitaneada pelo Sebrae, junto a diferentes instituições.

A solução para quitar as dívidas e recompor o patrimônio, conta Silber, foi a readequação da composição societária, feita entre os familiares. O grupo teve que vencer problemas como o acúmulo de dívidas em bancos e com fornecedores e até atraso de salário de funcionários. “O essencial foi a união entre os diretores, porque não adianta um

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setor ir bem e outro não. Adotamos grande troca de informações e as áreas foram se somando. Também tomamos medidas de valorização dos nossos colaboradores”, assinala.

Para se recuperar diante do mercado, além de um planejamento de quitação das dívidas, o grupo fez investimentos em maquinário, em marketing e no desenvolvimento de novos produtos, adotando design. A empresa abriu três novas lojas e montou um cronograma de parti-cipação em feiras do setor. A integração no Consórcio de Exportação, nascido na região como resultado do fortalecimento das ações do APL de móveis, foi outra medida positiva. Silber destaca a importância da formação do APL de Ubá para a recuperação da Parma. “Foram feitas várias ações conjuntas, tivemos acesso a muitas informações, a muitos cursos, o que significou uma época de intensa profissionalização”, afirma, lembrando que a empresa sempre se integrou nos cursos e buscou as oportunidades oferecidas. “A imagem do APL se fortaleceu, Ubá realmente se firmou como pólo moveleiro, o que ajuda na comer-cialização dos nossos produtos”, assinala Silber.

PARMA MÓVEIS LTDA.

Ubá – MG – (32) 3531-2322

EMPRESÁRIO: Silber da Silva Silveira

PRODUTOS E SERVIÇOS SEBRAE: Programa de Qualidade Total e todos os cursos de gestão empresarial oferecidos no âmbito do APL de Ubá

RESULTADOS CONQUISTADOS:Quitação das dívidas com bancos e fornecedoresAbertura de três novas lojas Investimento na produção com lançamento de novos

produtos, incorporando designConstrução de estação de tratamento de resíduos na

fábrica Adoção de programa de benefícios para funcionários Integração ao Consórcio de Exportação do APL, com

venda para seis países

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Rede de lojas contribui para superação de desafios

REDE CONSTRUIR – ASSOCIAÇÃO DOS COMERCIANTES DE MATERIAL DE CONSTRUÇÃO

Januária – MG

Planejamento e Inovação – Pilares de referência de um negócio

LILIA DECORAÇÕES E FESTAS Salinas – MG

Pão com sabor de sucesso

PADARIA E CONFEITARIA CENTER PÃO Montes Claros – MG

A consolidação da maior produtora de cachaça artesanal do país

SELETA E BOAZINHA IND. COM. IMP. E EXP. LTDA. Salinas – MG

A profissionalização de um sonho

VERSÁTIL CABELEIREIROS Montes Claros – MG

mAcrorreGIÃonorTe

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reDe De loJAs conTrIbUI pArA sUperAçÃo De DesAFIosDonos de loja de material de construção se unem para su-perar dificuldades de mercado e se integram à maior rede da América Latina

Da vontade de se unirem para obter vantagens de preço nas mer-cadorias e enfrentar a evasão de clientes, quatro comerciantes de materiais de construção, em Januária, no norte de Minas, deram iní-cio a um projeto que faria, pouco tempo depois, parte de uma ini-ciativa nacional, que integra 220 lojas, espalhadas por sete estados. “Foi uma surpresa e enfrentamos muitas resistências, mas tem sido umaexperiência de resultados bastante positivos”, diz Anderson Garcia da Silva, presidente da Associação dos Comerciantes de Ma-terial de Construção de Januária, entidade que gere a Rede Construir (anteriormente Rede Mak) naquela região.

A idéia de formar em Januária uma rede de lojas, que precisava en-contrar novas formas de encarar o mercado, ocorreu aos proprietários da Comercial Aliança, Progresso, Multiluz e Construcentro, em 2005. “O motivo principal era arranjar um jeito de comprar mais barato”, lembra Anderson, destacando que as lojas enfrentavam a concorrên-cia não só em Januária, mas também de cidades vizinhas. Sem saber direito por onde começar, os empresários procuraram o Sebrae, que iniciou o trabalho com uma palestra de sensibilização aos interessa-dos, explicando a metodologia usada pela entidade para a formação de centrais de negócios.

Foi o primeiro passo de uma idéia que não demorou a atrair a atenção de outros empresários. Doze deles decidiram levar em frente o proje-to, que teve atividades durante um ano. No início de 2006, a central de negócios começou a funcionar e as lojas participantes, unidas na Associação, adotaram a designação de Rede Mak. Algumas reformas foram feitas, como no piso e na fachada das lojas.

No fim de 2006, os comerciantes da Rede Mak foram conhecer expe-riência semelhante em São Paulo, a Rede Construir, que é a maior do tipo na América Latina. A afinidade de projetos foi tanta e as conversa-ções caminharam tão bem que, em maio de 2007, a Rede Mak se trans-

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formou em Rede Construir e a Rede Construir adotou a metodologia do Sebrae como ponto de partida para novas parcerias.

Para os comerciantes de Januária e de onze cidades vizinhas que agora integraram o projeto, somando 25 participantes, tudo mudou. Os pro-cessos de ações conjuntas foram acelerados. A Rede Construir não se preocupa apenas com compras, mas com todo um arcabouço de pa-drões que identifica o projeto e lhe dá sustentação, como placas, layout de lojas, uniformes de funcionários, procedimentos comuns de gestão.

Os resultados têm mostrado que o passo foi acertado: a economia com as compras já chega a 10%, a média de clientes da rede subiu para 1,8 mil, o valor médio de compra é de R$ 65 por cliente, as despesas foram diminuídas em 5%. Para Anderson, que montou uma segunda loja, a experiência de unir concorrentes é surpreendente. “Tem valido a pena”, ressalta.

REDE CONSTRUIR – ASSOCIAÇÃO DOS COMERCIANTES DE MATERIAL DE CONSTRUÇÃO

Januária – MG – (38) 3621-3318

EMPRESÁRIO: Anderson Garcia da Silva

PRODUTOS E SERVIÇOS SEBRAE: Projeto Caminhos para o Desenvolvimento/Central de Negócios, cursos da matriz educacional, consultorias, Sebrae em Ação, Missão Técnica.

RESULTADOS CONQUISTADOS: União de empresários em central de negócios,

transformada posteriormente em rede de lojas de material de construção

Proposta de associação começou com quatro empresas e atualmente tem 25 participantes

Reforma nos estabelecimentos Padronização do layout das lojas, de uniformes,

de sacolas Marketing e propaganda conjuntos Redução de, em média, 10% nos gastos com comprasRedução de 5% nas despesas das lojasContratação de mão de obraCartão de crédito da RedeCriação de um centro de distribuiçãoCapacitação dos funcionáriosGeração de novos postos de trabalho

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plAneJAmenTo e InoVAçÃo – pIlAres De reFerêncIA De Um neGócIo Ao inaugurar um salão de eventos sem igual na região de Salinas, empresária se torna referência, fatura alto e planeja crescimento

Rafael e Renan, os filhos de 20 e 17 anos da empresária Maria Aparecida dos Anjos Xavier, deram a ela a idéia e a experiência ne-cessárias para a construção de um negócio que, ao completar 10 anos, ocupa um espaço de inovação na cidade e na região de Salinas, no norte de Minas. Dona do buffet e salão de eventos Lilia Decorações e Festas – que carrega seu apelido de infância – , ela define o negócio como uma delicada e trabalhosa tarefa de realizar sonhos.

Em uma área com 1,6 mil metros quadrados de construção, Lilia inau-gurou, no fim do ano passado, o salão de eventos que tirou dos fundos da sua casa as festas que organizava em Salinas, produzindo dos salgadinhos à decoração. Foram anos de aprendizado, atendendo familiares, vizinhos e outros clientes (que formavam grupos de até 250 pessoas), até que ela tomasse a decisão de ampliar o negócio, partindo para uma empreitada que colocou Salinas no mapa das festas particulares da região.

A obra é fruto de uma jornada de cinco anos, idealizada depois de Lilia se inscrever no Empretec – programa do Sebrae que tem como principal objetivo fortalecer a característica empreendedora do partici-pante, como estratégia competitiva do negócio. “Fazer o Empretec foi o que me estimulou a crescer e o salão é o resultado disso”, afirma. Ela investiu quase R$ 1 milhão em recursos próprios e financiamento bancário para fazer do sonho a realidade. “O Empretec me deu a cer-teza de que eu precisava disso para o crescimento do negócio. Demo-ramos, mas estamos indo muito bem”, assegura.

Com o financiamento bancário, usado na reta final da construção, Lilia adquiriu também uma máquina de fazer salgados e conta com o equi-pamento para saldar a dívida. “Está tudo no papel”, diz, garantindo o planejamento. A máquina é capaz de produzir até 2,5 mil salgados por hora, 500 a mais do que o buffet fabrica por dia, ocupando de três a quatro funcionários.

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O salão construído pela empresária fica no bairro Cândido Village e chama a atenção pela imponência da obra e, em especial, pelo fato de abrigar um negócio que não tem igual em Salinas e nem nos mu-nicípios próximos. É o primeiro salão de festas da cidade e, desde sua inauguração, uma referência para os festeiros da vizinhança. Com ca-pacidade para receber até 1,2 mil pessoas, o Lilia Decorações e Festas é dividido em três diferentes ambientes (salão, boate e gramado), com instalações próprias e independentes de infraestrutura. “Nunca, depois da inauguração, o salão ficou parado”, afirma Lilia, que contrata, em média, de 10 a 15 festas por mês. Antes, eram apenas três ou quatro eventos mensais.

LILIA DECORAÇÕES E FESTAS

Salinas – MG – (38) 3841-1936

EMPRESÁRIA: Maria Aparecida dos Anjos Xavier

PRODUTOS E SERVIÇOS SEBRAE: Empretec

RESULTADOS CONQUISTADOS:

Crescimento de em média de 300% no número de eventos realizados

Aumento de 100% no faturamento da empresa; antes, R$ 20 mil/mês de lucro, hoje, R$ 40 mil podendo em finais de ano chegar a R$ 80 mil

Aumento de 2 para 6 funcionários fixos; a mão de obra diarista contratada chega a 60 pessoas num fim de semana com quatro festas

Redução do tempo de montagem das festas

Participação com freqüência em feiras em São Paulo e em cursos de decoração e culinária

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pÃo com sAbor De sUcessoIrmãos adotam o diferencial como base para o negócio e, com criatividade, implantam mudanças em um tradicional mercado

A aposta feita foi na novidade. E foi com ela que a Center Pão – uma rede de cinco padarias em Montes Claros, no norte de Minas – con-quistou espaço num mercado de tradicionais estabelecimentos e que foi impulsionado e modificado pela reação da concorrência. Numa estrutura de empresa familiar, os proprietários foram responsáveis pela implantação não só de novo conceito de padaria na cidade, mas tam-bém de um novo modo de lidar com a estrutura administrativa e ope-racional desse tipo de empresa.

Os irmãos Ricardo Alencar, de 43 anos, e Carlos Alberto Dias Alencar, de 54, se juntaram em 1993 para a empreitada. Ao combina-rem a sociedade, os dois começaram a buscar informações de todos os lados sobre panificação. Ao longo dos anos, a dupla investiu sistema-ticamente em profissionalização: participaram do Programa de Apoio à Panificação (Propan) e de outras atividades junto ao Sebrae, como consultorias, palestras, clínicas tecnológicas. Atualmente, a Center Pão integra o projeto Gestão Estratégica Orientada de Resultados (Geor).

“Achávamos que, para fazer bem, tínhamos que conhecer muito bem a área”, diz Ricardo. Os empresários decidiram pela inovação do ramo em Montes Claros. Adotaram serviço de auto-atendimento e venda de produtos especiais, além de horário de funcionamento estendido. “Toda a loja foi reformada”, assinala Ricardo sobre o espaço ocupado, que pertencia a um dos seus 11 irmãos. “Então, visualmente, a padaria também já era bem diferente das concorrentes”, observa.

A Center Pão nasceu em 1994 com apenas 6 funcionários, equipa-mentos comprados de segunda mão e sem a experiência de fato dos proprietários. Em 1996, com o Propan, surgiu a primeira oportunidade de expansão. Em parceria com a Associação Brasileira da Indústria da Panificação e Confeitaria, a Associação Brasileira de Trigo e o Sebrae, o Propan introduziu metodologia de formatação de negócios no setor,

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prestando capacitação, treinamento e consultorias. A filial da Center Pão foi aberta em 1997, como Padaria Expresso, tendo à frente sócios também da família.

O estabelecimento prosperou e, no ano seguinte, a Pão Expresso abriu uma segunda loja. “O Propan e as consultorias foram muito importan-tes, porque deram mais visão ao negócio”, diz Ricardo, lembrando que, em 2000, a Center Pão abria uma nova loja (dessa vez com o mesmo nome), repetindo a estrutura da sociedade familiar. Nesse momento, a padaria já tinha 58 funcionários. “Passamos a ter sempre o suporte do Sebrae”, lembra ele, contando que, em 2005, a empresa se integrou ao projeto Geor que, capitaneado pelo Sebrae, com a participação de inúmeras entidades, traça metas de desenvolvimento para o setor.

Depois de passar pelo Propan 2, no ano passado a Center Pão III foi inaugurada, com 170 metros quadrados de área, surgindo novamente mais uma inovação no mercado: a padaria trabalha com produtos de padaria e também com mercearia, hortifrutigranjeiros e sorve-tes. São agora cinco lojas, com 252 funcionários e faturamento de R$ 1 milhão/mês.

PADARIA E CONFEITARIA CENTER PÃO

Montes Claros – MG – (38) 3212-2661

EMPRESÁRIO: Ricardo Alencar

PRODUTOS E SERVIÇOS SEBRAE: Consultorias gerenciais, SEBRAETEC, visitas técnicas, palestras gerenciais e clínicas tecnológicas

RESULTADOS CONQUISTADOS: Crescimento do número de lojas, de uma para cinco, em

14 anos

Aumento do número de funcionários, de 6 para 252

Aumento do faturamento de R$ 30 mil/mês, da primeira loja, para R$ 1 milhão/mês do grupo

Profissionalização da gestão

Implantação de novos serviços na cidade

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A consolIDAçÃo DA mAIor proDUTorA De cAchAçA ArTesAnAl Do pAís Marketing espontâneo ajuda a consolidar a maior produtora de cachaça artesanal do país, que cresce com os planos do fundador

Antônio Eustáquio Rodrigues, o homem magro, barbudo, cabeludo e, para muita gente, estranho, que anda destilando bom humor pe-las ruas de Salinas, no norte de Minas Gerais, é reconhecido como um grande empreendedor. Mas ele é também um personagem, da-queles que, com seu modo peculiar de falar, de se relacionar, de se vestir entra em cena ora divertindo, ora surpreendendo. Talvez por isso, aos 60 anos, o dono das marcas de cachaça artesanal Seleta e Boazinha, responsável pela produção de cerca de 1,5 milhão de litros por ano, não se prenda aos números, sempre grandiosos, quando fala dos negócios.

A determinação de fazer foi o que possibilitou o surgimento e o cres-cimento do seu negócio. “Passei 33 anos sem estudar. Quando voltei, fiz o ginásio e o segundo grau. Este ano, faço um curso de marketing”, diz Antônio, que tem o Sebrae em altíssima conta, como um compa-nheiro em sua trajetória empreendedora. “Tenho dezenas de certifica-dos do Sebrae. Já fiz de tudo, inclusive o Empretec”, afirma.

Com o dinheiro que ganha na empresa, Antônio quer comprar um helicóptero, um avião e construir 500 casas populares, tudo isso até 2010. “Você é do tamanho do seu sonho”, justifica. Não é por menos projeta crescimento de 25% a 30% da Seleta e Boazinha Indústria e Comércio de Bebidas Ltda., organização criada na década de 70, que se tornou a maior produtora de cachaça artesanal do país.

“Nós temos de graça um marketing nacional, que é a cidade de Salinas, de onde sempre sairam as melhores cachaças artesanais”, diz Antônio, ressaltando ainda: “Nossos consumidores são os nossos prin-cipais vendedores”. O desenvolvimento do setor é acompanhado na região pelo projeto Gestão Orientada de Resultados (Geor), que tem o Sebrae e diferentes parceiros trabalhando pelo fortalecimento da cadeia produtiva na região, com a definição de metas e avaliação constante dos saldos.

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Com 150 funcionários, 30% das vendas da Seleta e da Boazinha são feitas por telefone e por meio de representantes instalados em Belo Horizonte, Montes Claros, Brasília, Goiânia e São Paulo. Espaço para expandir os negócios não falta, assegura o empresário, lembrando que Minas produz cerca de 220 milhões de litros de cachaça artesanal e compra de São Paulo 140 milhões de cachaça industrializada. “É ou não uma boa briga?”, pergunta. “Mas não tem lugar para amador nessa disputa”, esclarece.

A empresa possui tanoaria e engarrafadora próprias, além de uma loja na entrada da cidade. Seleta e Boazinha não são as únicas marcas que saem com o selo da família Rodrigues. Um dos administradores da organização é Antônio Eustáquio Filho, dono da Saliboa, que faz parte de produtos da linha vendidos em todo o país.

SELETA E BOAZINHA INDÚSTRIA COMÉRCIO IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO LTDA.

Salinas – MG – (38) 3841-1254

EMPRESÁRIO: Antônio Eustáquio Rodrigues

PRODUTOS E SERVIÇOS SEBRAE: Cursos, consultorias, Empretec e Projeto GEOR da Cachaça de Salinas

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A proFIssIonAlIzAçÃo De Um sonho Dona de rede de salões de beleza investe em produtos cosméticos e eróticos para consolidar a marca e expandir o negócio pelo país

A empresária Enizanete Maria de Feitas, de 36 anos, é muito clara ao fazer a avaliação de sua trajetória na última década: “Eu ainda não co-nheço meu limite. Não sei aonde posso chegar. Só sei que é mais do que faço hoje”. Na longa caminhada, Nete deixou para trás um certo amadorismo que impregnava a prática entusiasmada e determinada que a fez criar o Salão de Beleza Versátil e transformou a marca numa referência em Montes Claros, no Norte de Minas, adotando um plano construído com olhos profissionais e que persegue a expansão e a diversificação da empresa.

Para Nete, o fator fundamental de mudança em sua vida profissional está localizado em 2002 e atende pelo nome de Empretec – curso do Sebrae que estimula o fortalecimento das características empreende-doras do participante. “Saí do Empretec percebendo que não pode-mos lidar com o negócio como se ele fosse um carro sem freio, que podemos sempre melhorar e que não basta ter coragem para ser em-presário”, assinala.

Naquela época, ela já havia feito muito desde quando, aos 15 anos, foi obrigada a desistir da formação técnica em computação. Nete en-controu a fórmula para ajudar a família vendendo, em Montes Claros, a lingüiça que a mãe produzia em sua cidade natal, Mato Verde, e fa-zendo cursos de cabeleireira. “Eu já tinha habilidade e acabei abrindo meu primeiro salão em Mato Verde, aos 16 anos, no lugar onde antes meu pai tinha um açougue. Passei uma mão de cal no lugar e trabalha-va muito. Logo o salão já era o mais cheio da cidade”, lembra.

O grande salto, entretanto, ocorreu quando, já casada, e vivendo no-vamente em Montes Claros, propôs parceria ao dono de uma farmácia. Ela atenderia clientes em uma salinha da farmácia e prometia aumen-tar o movimento do estabelecimento. Deu tão certo a proposta que, com dois meses de atuação, o empresário ofereceu a Nete um andar do edifício onde funciona a farmácia. Ela abriu ali, em 1998, o salão que se tornaria a matriz das quatro filiais de hoje, instaladas em bairros diferentes; as cinco unidades empregam 120 pessoas.

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O segundo salão foi aberto em 2002 e os outros três entre 2007 e junho passado. “Meu objetivo é ter 10 salões até o fim de 2009”, afir-ma Nete. O fôlego e os sonhos dela não abarcam apenas os salões. Há cinco ano, ela enveredou por um projeto de que começa a colher os frutos agora. Juntou-se a um amigo farmacêutico e industrial, em Manhuaçu, e lançou uma linha profissional e de varejo de produtos para tratamento de cabelos, batizada também de Versátil. Como se não bastasse, aproveitou a intimidade com o público feminino para abrir um terceiro negócio: o desenvolvimento de cremes, géis e óleos eróticos Roma Sensualy.

Nos dois projetos, a empresária investiu R$ 500 mil, que pagam desde as pesquisas, realizadas inclusive no exterior, até o plano de marketing. Quais são as perspectivas de retorno do investimento? Ela responde sem pestanejar: “As melhores possíveis, em no máximo um ano.” Desde o lançamento das marcas, em maio, a produção dos cosméticos quadruplicou e a dos produtos eróticos passou de três mil itens para 30 mil. Por enquanto, a distribuição se limita às cidades do norte mineiro, mas uma rede de 100 vendedores já está contratada para avançar pelo estado.

VERSÁTIL CABELEREIROS

Montes Claros – MG – (38) 3222-8760

EMPRESÁRIA: Enizanete Maria de Freitas

PRODUTOS E SERVIÇOS SEBRAE: Empretec e cursos de capacitação de gestão

RESULTADOS CONQUISTADOS:

Redefinição das metas de negócio em 2002

Abertura de quatro novos salões entre 2002 e 2008

Investimento de R$ 500 mil em linha de produtos para tratamento de cabelos e produtos eróticos

Lançamento das marcas Versátil Cosméticos e de

Roma Sensualy em maio de 2008

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A consolidação do negócio com gestão, qualidade e união

AGROPECUÁRIA TUCANINHA São João Batista do Glória – MG

A passos largos

ARPÉ CALÇADOS Guaxupé – MG

Investindo em criatividade e marketingLINDELUCY Juruaia – MG

Sem medo de competir

MÉTHODOS LABORATÓRIO – ANÁLISES CLÍNICAS E HEMATOLOGIA LTDA. Pouso Alegre – MG

Profissionalismo para crescer e vencer desafios

RELOJOARIA CENTRAL LTDA. Varginha – MG

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A consolidação do negócio com gestão, qualidade e união

AGROPECUÁRIA TUCANINHA São João Batista do Glória – MG

A passos largos

ARPÉ CALÇADOS Guaxupé – MG

Investindo em criatividade e marketingLINDELUCY Juruaia – MG

Sem medo de competir

MÉTHODOS LABORATÓRIO – ANÁLISES CLÍNICAS E HEMATOLOGIA LTDA. Pouso Alegre – MG

Profissionalismo para crescer e vencer desafios

RELOJOARIA CENTRAL LTDA. Varginha – MG

mAcrorreGIÃosUl

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48 Casos de sucesso

A consolIDAçÃo Do neGócIo com GesTÃo, QUAlIDADe e UnIÃo Empresa rural familiar acumula índices positivos de produtividade, refletindo os investimentos realizados especialmente em gestão

A decisão de adotar um sistema de gestão profissionalizado, basea-do no modelo de excelência apregoado pela Fundação Nacional de Qualidade, mudou a história de uma antiga fazenda no sudoeste de Minas Gerais. Na Agropecuária Tucaninha, em São João Batista do Glória, a produção de leite é a atividade principal que norteia o tra-balho de seis irmãos, na consolidação do patrimônio herdado e cuja construção remonta à década de 1940. Prêmio Excelência Empresarial de 2007, patrocinado pelo Sebrae e Grupo Gerdau, a empresa familiar conquistou relevantes índices de produtividade e organiza programas de treinamento para produtores da região.

Tempos antes da morte, em 2006, do patriarca da família, Osvaldo Ferreira Godinho, os filhos (cinco homens e uma mulher) já acompa-nhavam profissionalmente o trabalho da fazenda, o que foi reforçado com a decisão de que o patrimônio seria administrado por todos. Segundo o zootecnista Ricardo Ferreira Godinho, de 40 anos, ainda na década de 1990 a fazenda foi experimentando e adotando técnicas de gestão, tendo participado, em 1997, do Programa de Qualidade Rural, piloto na região, implantado pelo Sebrae.

“Nesse período, começamos a definir, do ponto de vista gerencial, fun-ções e responsabilidades entre os irmãos, demarcando as áreas de atua-ção, dando autonomia a elas, mas também mantendo o trabalho em conjunto”, diz Ricardo, destacando que ele e os irmãos perseguiram o rumo da profissionalização do negócio lançando mão de uma agenda de cursos e aperfeiçoamentos, muitos deles administrados pelo Sebrae – além do Qualidade Total Rural, Sebrae Ideal, Capacitação Rural, Empretec.

A fazenda, com 256 hectares, produziu, na safra 2007/2008, três mi-lhões de litros de leite, o que corresponde ao dobro da produção de 1997. Hoje, toda a produção é vendida para um laticínio da região. A produção de silagem e de milho em saca, toda para consumo próprio

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do plantel de vacas holandesas, também aumentou significativamente nos últimos anos. Em 2007, foram oito mil toneladas de silagem, con-tra as seis mil de 2000/2001; a produtividade por hectare, atualmente é de 51 toneladas e, há dez anos, era de 40,7 toneladas). O faturamento do ano passado, em relação ao de 1997, aumentou 87%.

Para Ricardo, o que realmente influenciou na mudança dos números foi imprimir à Agropecuária uma eficiência administrativa. Ele desta-ca que foram feitos investimentos em tecnologia (como a instalação de free stall – um sistema de confinamento que proporciona maior conforto aos animais), mas sustenta que todas as ações se deram em função da dinâmica de gestão aplicada ao negócio, que persegue re-sultados. Com os resultados reconhecidos, a Agropecuária Tucaninha começou também a repassar conhecimento. Há dois anos, o grupo – que é formado ainda pela Indústria de Cachaça Tucana e Tucaninha – oferece cursos e treinamentos em planejamento de empresas, gestão financeira e gestão de empresa rural.

AGROPECUÁRIA TUCANINHA

São João Batista do Glória – MG – (35) 3524-1675

EMPRESÁRIO: Ricardo Ferreira Godinho

PRODUTOS E SERVIÇOS SEBRAE: Empretec, Sebrae ideal, Qualidade Total Rural e Capacitação Rural

RESULTADOS CONQUISTADOS: Aumento no faturamento de 87%, no período de 1997

a 2007

Aumento de produtividade por vaca

Aumento da produção leiteira

Aumento da produção de silagem e milho em saca

Aumento da produtividade dos grãos

Investimento em free stall (sistema de confinamento das vacas)

Criação de cursos e treinamentos para fazendeiros da região

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A pAssos lArGos Tradição e qualificação são motores para transformação do pólo calçadista de Guaxupé, que se organiza para ampliação do mercado

Ainda namorados, o casal Érika Souza Oliveira e Silva e Rodinei da Silva decidiram, há 10 anos, tentar um negócio próprio, em sintonia com uma tradição na cidade onde moram – Guaxupé, no sudoeste de Minas Gerais. Para Rodinei, o setor calçadista – que constitui 80% das indústrias de pequeno porte no município – não era um desconheci-do, e foi nele que os dois embarcaram, tendo no bolso R$ 900,00 usa-dos para adquirir maquinário suficiente para fabricação de 150 pares ao mês, um número bem distante dos atuais 400 pares/dia.

A Arpé Calçados, diz Érika, mudou radicalmente depois de 2004, quan-do ela deixou o emprego que tinha na Cooperativa de Café (Cooxupé) e passou a se dedicar integralmente à administração da fábrica, que continua contando com Rodinei na gerência da produção. “Saí da Cooxupé e fui fazer o Empretec”, conta ela, destacando que o curso, administrado pelo Sebrae, lhe deu a base para uma nova postura dian-te dos negócios. A primeira constatação foi a de que os fabricantes do setor precisavam de uma organização que fortalecesse a união entre os empresários, dando-lhes diretriz conjunta.

Foi nessa época que nasceu a Associação do Setor Calçadista de Guaxupé (Associg), que reúne cerca de 20 associados, um número ain-da pequeno para os aproximadamente 100 fabricantes que alimentam o setor. Em Guaxupé, as botas e coturnos – calçados típicos do homem do campo – são uma tradição de meio século, cuja produção, apesar da importância na economia local, não refletia organização. “O Sebrae foi responsável pela nossa virada”, ressalta Érika, lembrando que não só a sua fábrica mudou, mas o setor na cidade ganhou nova cara.

A Arpé de hoje, assegura a empresária, não tem nenhuma semelhan-ça com a fábrica de outrora. “Adquirimos maquinário, passamos a trabalhar com qualidade e design, expandimos as vendas para outras cidades e regiões”, afirma, contando que as botas seguiam um mo-delo da década de 1930. “Continuamos a produzir esse modelo, mas incorporamos o design e criamos novas coleções”, explica. Em tudo, assinala, o Sebrae foi parceiro. ”Fizemos cursos, mantivemos contato

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com técnicos e tudo ajudou na reestruturação da fábrica”, que ganhou plano de produção e adotou técnicas de gestão. No ano passado, a Arpé faturou cerca de R$ 1 milhão.

Os planos atuais visam à continuidade da reestruração da fábrica e também à exportação dos produtos, atualmente distribuídos em Belo Horizonte, no interior mineiro e em São Paulo, incluindo a capital. A empresa tem uma rede de vendedores e de representantes. “Nossa idéia é chegar a fabricar de 500 a 600 pares/dia, mas nosso desafio é trabalhar com a qualidade do produto”, diz a empresária.

ARPÉ CALÇADOS

Guaxupé – MG – (35) 3552-3797

EMPRESÁRIOS: Érika Souza Oliveira Silva e Rodinei da Silva

PRODUTOS E SERVIÇOS SEBRAE: Empretec, cursos e consultorias de produção, custo e design, participação em feiras e no programa de Cultura da Cooperação. Atualmente, participa de curso destinado à exportação, numa parceria do Sebrae e Cetec

RESULTADOS CONQUISTADOS:Reestruturação da fábrica, especialmente no layout da

produçãoAdoção de técnicas de gestãoAquisição de maquinário Aumento da capacidade de produção Participação na formação da associação do setor calça-

dista na cidadeAdoção permanente de consultorias Aumento do faturamento e de mão-de-obra contratada

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InVesTInDo em crIATIVIDADe e mArkeTInG Criatividade e marketing destacam empresa de lingerie que, nascida em pólo nacional, pretende obter certificação

Um drama pessoal transformou em muitos sentidos a vida da empre-sária Lúcia Aparecida Silva, de 38 anos. Quando perdeu um filho de 5 anos, em 1994, enorme tristeza tomou conta dela e foram longos meses até que conseguisse reagir à dor. E foi no trabalho que Lúcia se apoiou, sem nunca imaginar que, ao se decidir por um novo caminho profissional, começava a traçar a trajetória de sucesso de uma empresa que nasceu com a máquina de costura emprestada por sua mãe.

Instalada em Juruaia – cidade do sul de Minas, pólo de fabricação de lingerie, responsável por 10% da produção nacional –, a Lindelucy Lingerie se tornou uma marca conhecida a partir de forte investimento em marketing. Ex-professora, que logo no primeiro ano da empresa decidiu se dedicar apenas ao negócio, contando com o apoio do ma-rido, João Carlos d’Iorio, de 42 anos, Lúcia conta que a abertura de franquias é a única meta que falta cumprir das traçadas no Empretec – curso do Sebrae que reforça as características empreendedoras dos participantes, estimulando o cumprimento de estratégias e metas para o negócio.

Lúcia fez o Empretec em 2003 e é assídua em treinamentos e cursos de gestão empresarial desde então, traçando metas e planos. Atual-mente, a empresa trabalha pela obtenção da IS0 9000. Na última Fenit, realizada em junho, em São Paulo, a Lindelucy atraiu a atenção de revendedores, consumidores e mídia ao lançar um espartilho branco, com detalhes em flores vermelhas, no qual vem acoplado um apare-lho de GPS, com o custo aproximado de R$ 2 mil. “Essa é uma lingerie conceitual, um fetiche que cria uma brincadeira entre parceiros. Nós sempre adotamos um diferencial, não dá para trabalhar só com base em preço”, assinala Lúcia.

Para produzir coleções como essa, a fábrica, instalada em prédio pró-prio, muda sua rotina. “Investimos em coleções que são quase arte-sanais. Aproximadamente, fazemos de 19 mil a 20 mil peças por mês, mas quando entra um lançamento como o da GPS a produção pode passar para oito mil, como foi em maio”, conta a empresária, que

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dirige cerca de 50 funcionários. Lúcia já esteve, por exemplo, no pro-grama da apresentadora Luciana Gimenez, exibindo uma outra peça exclusiva da marca – um sutiã com alça de ouro e detalhes em pedras preciosas, com o preço aproximado de R$ 7 mil.

“Já apareceram clientes de São Paulo e de Dubai (Emirados Árabes)”, diz ela, assegurando que o marketing não sustentaria a empresa se a qualidade dos produtos não fosse uma garantia. Para o crescimento da grife, a empresária já começou a mapear, por meio do site da empresa, o interesse de clientes em abrir franquias Lindelucy. “Estamos fazendo o levantamento, mas já foi possível perceber que o interesse é grande” Segundo Lúcia, até o fim do ano o projeto deve ser concluído.

LINDELUCY

Juruaia – MG – (35) 3553-1347 e 3553-1768

EMPRESÁRIA: Lúcia Aparecida Silva

PRODUTOS E SERVIÇOS SEBRAE: Empretec, curso Como Vender Mais e Melhor, cursos de gestão empresarial (recursos humanos, financeiro e de atendimento)

RESULTADOS CONQUISTADOS: Estruturação da empresa, que nasceu com duas máqui-

nas de costura e hoje produz cerca de 20 mil peças por mês

Compra de prédios próprios para a fábrica, loja e admi-nistração

Investimento em marketingParticipação com destaque em feiras do setor e da in-

dústria têxtilFaturamento de R$ 900 mil a R$ 1 milhão por mêsPlanejamento para lançamento de franquia

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sem meDo De compeTIrEncarar a concorrência com o diferencial da qualidade no atendimento foi o pressuposto do sucesso de uma recém-formada

O encontro da bioquímica Luzia Helena Almeida dos Anjos Silva, de 49 anos, com a cidade de Pouso Alegre se deu pelas mãos do marido, o hematologista Anísio dos Anjos Silva. Há 23 anos, vinda de Juiz de Fora, na Zona da Mata, mal sabia ela que ali, no sul de Minas, iniciaria um negócio que se tornaria uma referência na região – o Laboratório Méthodos, vencedor do Prêmio de Excelência Empresarial, em 2007, patrocinado pelo Sebrae e pelo Grupo Gerdau. “Não foi fácil. É uma luta diária e, muitas vezes, por mais que façamos, não conseguimos atender a todos. Mas também foi muito prazeroso e não tivemos ne-nhum grande empecilho, porque sempre procuramos fazer tudo mui-to certo”, assinala Luzia.

O Méthodos foi criado pouco mais de um ano depois de o casal se ins-talar em Pouso Alegre, onde Anísio foi lecionar no curso de Medicina da Universidade do Vale do Sapucaí e Luzia trabalhar no laboratório do hospital regional. “Quando nos formamos, sempre temos a idéia de montar um negócio próprio, mas eu achava que a cidade não tinha campo para um novo laboratório, porque já existiam 10”, lembra.

A experiência no hospital e os indicadores de bons resultados conquistados nesses anos, entre os quais Luzia destaca o Prêmio Excelência Empresarial, que trouxe reconhecimento no meio, mos-traram que o investimento no Méthodos valeu a pena. “Não havia um diferencial entre os laboratórios. Por isso, resolvermos montar um que se diferenciasse na qualidade da prestação dos serviços”, diz ela, que, com recursos próprios e ajuda financeira do pai, inaugurou o Méthodos em setembro de 1986.

O Méthodos expandiu o atendimento ampliando seu leque de exames (é o único laboratório que realiza alguns tipos de exame em Pouso Alegre) e também unidades. “Somos uma referência na região”, atesta Luzia. O laboratório possui, além da matriz, quatro unidades (três em Pouso Alegre e uma em Santa Rita do Sapucaí).

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O crescimento do negócio, assinala a bioquímica, foi estimulado pelo investimento feito em equipamentos e certificações – a ISO 9000 foi adquirida em 2004, passando pela recertificação em 2007. Se não fo-ram muitas as dificuldades vividas na trajetória do negócio, também não deixaram de existir desafios cruciais para a manutenção da em-presa. “O número de concorrentes chegou a nos atrapalhar um pouco, mas reagimos”, ressalta. A estratégia para crescer, no período mais complicado, entre 2005 e 2006, foi a de transformar a administração familiar em profissional. “Passamos a encarar a necessidade de a em-presa vender seus serviços. Não podíamos mais ficar esperando o público chegar. Criamos um setor comercial, investimos em marketing e nas certificações, em cursos para os funcionários, em consultoria particular”, destaca. A empresa se envolveu também em projetos de responsabilidade social, criando três programas.

MÉTHODOS LABORATÓRIO – ANÁLISES CLÍNICAS E HEMATOLOGIA LTDA.

Pouso Alegre – MG – (35) 3423-4522

EMPRESÁRIA: Luzia Helena Almeida dos Anjos Silva

PRODUTOS E SERVIÇOS SEBRAE: Prêmio Excelência Empresarial

RESULTADOS CONQUISTADOS: Crescimento da empresa nos últimos dois anos

Aumento do faturamento

Aumento do número de funcionários, de 20 para 69, de 2005 para 2008

Certificação ISO 9000 em 2004

Prêmio Excelência Empresarial em 2007

Troca de programa de informática da empresa

Aquisição de equipamentos (o mais recente é um aparelho de dosagem de bioquímica)

Reforma do laboratório

Capacitação da equipe

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proFIssIonAlIsmo pArA crescer e Vencer DesAFIosDono de grupo empresarial formado por relojoarias e óticas escolhe a profissionalização para vencer desafios e cresce estimulado pelo Sebrae

A história da Relojoaria Central, de Varginha, no sul de Minas, está di-vidida, por definição de seu proprietário, o ourives Wagner Brito Pio, de 56 anos, em antes e depois do Sebrae. A importância da instituição no grupo empresarial, composto por duas joalherias e duas óticas, remonta a 1995, quando pela primeira vez participou do Programa de Qualidade Total e, segundo Wagner, ganhou novas referências no mundo dos negócios.

“Começamos com a cara e a coragem”, ressalta o ourives ao lembrar quando, há 31 anos, abriu uma pequena loja no centro de Varginha, onde vendia jóias e relógios, prestava serviços e também produzia algumas peças. Wagner diz que a loja chamou maior atenção dos clientes quando ele passou a produzir uma gargantilha na qual se lia o nome da dona. “Hoje, estamos na terceira geração de clientes”, comemora.

O ano de 1995 é um marco para a empresa, avalia Wagner, porque foi quando “o negócio tomou consciência profissional”, incentivado pelo Programa de Qualidade Total. “Sempre amei muito o que faço e me dediquei no máximo ao programa, tanto que a empresa ficou em primeiro lugar, junto com outra participante. Foi aí que adquiri-mos a cultura da qualidade e nos tornamos referência regional”, diz, destacando ainda outra iniciativa do Sebrae que ajudou a redefinir a atuação da empresa no mercado.

“Foi com o Sebrae Ideal. Eu despertei para os problemas sociais e pro-curei direcionar a empresa para as pessoas, valorizando os clientes e o pessoal que trabalha comigo. Me desenvolvi como cidadão respon-sável”, assinala. O Sebrae Ideal propunha o estímulo a características em comum de empresários de sucesso, apontadas por pesquisa da Organização das Nações Unidas (ONU).

Em 1998, Wagner foi aluno do Empretec, outro programa do Sebrae que ressalta as qualidades empreendedoras do participante. “Esse cur-

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so teve reflexo muito grande na minha vida pessoal. Eu já tinha uma situação financeira muito boa, a empresa estava bem, mas percebi que ainda tinha muito gás e que podia fazer muito mais do que tinha fei-to”, admite Wagner. A partir daí, surgiram os projetos das novas lojas. Nos últimos cinco anos, o grupo cresceu 80%, atesta o empressário, que administra, junto com as duas filhas – Aline e Kelly – 25 funcio-nários.

Wagner acredita que sua empresa sobreviveu e cresceu em meio a tempos difíceis porque intensificou métodos de trabalho baseados na credibilidade e transparência do negócio. Ele conta que a empresa participou também de diferentes cursos de gestão empresarial pro-movidos pelo Sebrae e outros órgãos. “Aprimoramos processos quase que diariamente”, diz, ressaltando que ele e as filhas formam um trio bastante harmônico.

“Quando você se profissionaliza, cria outro diferencial no mercado, porque estabelece metas e avalia resultados, tem condições de plane-jar com segurança”. Além do sucesso do grupo, Wagner, que não gosta de traduzir sua empresa em números, conta com orgulho que está se diplomando em Direito.

RELOJOARIA CENTRAL LTDA.

Varginha – MG – (35) 3222-5480

EMPRESÁRIO: Wagner Brito Pio

PRODUTOS E SERVIÇOS SEBRAE: cursos de gestão empresarial, Empretec, Sebrae Ideal

RESULTADOS CONQUISTADOS:

Crescimento de 80% dos negócios nos últimos cinco anos

Abertura de 3 novas lojas, com diversificação do ramo

Redefinição de metas e acompanhamento de resultados

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Gestão e conhecimento para crescer

FAZENDA CINCO ESTRELAS Patrocínio – MG

Tradição e Gestão

FAZENDA MATEIRA Veríssimo – MG

mAcrorreGIÃooesTe

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GesTÃo e conhecImenTo pArA crescerPrograma Educampo Café ajudou fazendeiro a conhecer melhor sua propriedade, colhendo melhorias no processo de gestão e produção

Qualidade de vida e garantia do padrão financeiro já conquistado de-ram a Ricardo dos Santos Bartholo, de 59 anos, a certeza de que fez um bom negócio quando trocou o cargo de diretor de uma empresa de celulose, no interior paulista, pelo cotidiano de uma fazenda em Patrocínio, na região do Cerrado mineiro. Cafeicultor, como melhor se define, ele não se arrepende da guinada de mais de 15 anos e colhe os frutos de um investimento que tem sido respaldado pelo crescimento planejado do negócio.

Na Fazenda Cinco Estrelas, de 250 hectares, adquirida em 1988, Ricardo planta, na metade das terras, café da espécie arábica e das va-riedades mundo novo e catuai. No ano passado, ele colheu 5 mil sacas. Até 2002, também criava gado leiteiro e foi nessa época que conheceu o Educampo – um programa do Sebrae voltado para a gestão de proprie-dades rurais. “Já tinha feito alguns treinamentos com o Sebrae, através da cooperativa de café e de suínos (Suinco) e conheci o Educampo para o leite, em Araxá”, lembra, citando também os projetos de Capacitação Rural e o Programa Sebrae de Qualidade Total Rural.

Ricardo só foi ter contato direto com o Educampo em 2005, quando já havia desistido da produção de leite e passou a integrar o primeiro dos seis grupos do programa já formados em Patrocínio. Ele destaca que não foi fácil: “Na primeira avaliação dos resultados, puxei o grupo, com 17 participantes, para baixo”. O trabalho é avaliado no conjunto de medidas, inclusive taxa de retorno. Antes do Educampo, a Cinco Estrelas tinha uma taxa de retorno (contabilizando a terra) de 5,48%. No ultimo biênio, subiu para 8,46% e a perspectiva é de aumentar para 10%. A média do grupo a que Ricardo pertence é de 14%.

Segundo Ricardo, o Educampo o ajudou a melhor entender sua pro-priedade, detectando com clareza os problemas para atacá-los. “Minha estrutura é muito pesada e preciso crescer para atendê-la. O objetivo é crescer 10% ao ano”, assinala. “Daqui a cinco anos, vamos plantar 240 hectares de café, contra os 153 hectares de hoje”. A Cinco Estrelas ex-porta de 60% a 70% de sua produção através da Cooperativa dos Cafei-cultores do Cerrado Ltda., a Expocaccer. A fazenda também vende para

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o exterior o café especial que produz (30% do montante).

A diversificação da Cinco Estrelas veio por meio da criação de suínos (12 mil cabeças comercializadas por ano). Em outras duas proprieda-des (Serra Negra e Sobro, também na região), Ricardo cultiva milho e soja; em terras arrendadas, cria gado. O fazendeiro fez parceria com a empresa irlandesa AgCert, para comercialização de créditos de carbo-no. Um biodigestor, que produz fertilizante e biogás usando dejetos suínos foi instalado na propriedade, incentivando uma série de boas práticas ambientais, como tratamento de afluentes, que vão moldando a propriedade para participar da comercialização dos créditos, seguin-do critérios da Organização das Nações Unidas, que visam à redução de gases de efeito estufa.

FAZENDA CINCO ESTRELAS

Patrocínio – MG – (34) 3831-5187

EMPRESÁRIO: Ricardo de Martins Bartholo

PRODUTOS E SERVIÇOS SEBRAE: Educampo Café, Capacitação Rural e Programa Sebrae de Qualidade Total Rural

RESULTADOS CONQUISTADOS:

Antes do Educampo

Safra 02/04 Safra 03/05 Safra 05/07

COE/SC 152,74 175 181,1

COT/SC 193,1 221,78 228,02

CT/SC 206,18 237,06 243,72

LUCRO/SC 19,63 38,89 39,77

LUCRO/HECTARE 622,34 1137,73 1107,18

TRC COM TERRA 5,48 8,16 8,46

TRC SEM TERRA 14,95 21,26 21,2

PRODUTIVIDADE 31,7 29,26 27,84

COE: Custo Operacional Efetivo (custo direto=desembolso do produtor)

COT: Custo Operacional Total (COE+ depreciação de máquinas, benfeitorias elavoura + prolabore)

CT: Custo Total ( COT + Remuneração do Capital)

Lucro/ saca de café

TRC= Taxa de Retorno do Capital= é o indice maior do SEBRAE para medição de eficiência do produtor

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TrADIçÃo e GesTÃoSeleção genética de gado zebu é orgulho de fazendeiro que, ao herdar do pai, fez da propriedade rural exemplo de empresa afinada com a tecnologia

A tradição familiar não escapou ao fazendeiro e empresário Rivaldo Machado Borges Júnior, de 47 anos. Acostumado à lida rural, num aprendizado cultivado na família há mais de 100 anos, ele mantém na Fazenda Mateira – propriedade de 726 hectares, em Veríssimo, locali-dade na região de Uberaba, no Triângulo Mineiro – rebanho invejável, segundo suas próprias palavras. O orgulho de Rivaldo tem justificativa: o gado zebu, das raças Nelore PO (Puro de Origem) e Gir, é criado especialmente para melhoramento genético e tem árvore genealógica registrada na Associação Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ) des-de quando seu avô resolveu se dedicar a este tipo de plantel, sendo pioneiro no país ao importar gado da Índia só para reprodução.

“Temos vários touros premiados”, diz Rivaldo, dono de um plantel de quase 700 animais. O trabalho de seleção genética da fazenda é feito por meio da reprodução por inseminação artificial – 98% do re-banho. Não só os touros são premiados. A propriedade foi vencedo-ra, em 2006, do Prêmio Excelência Empresarial, de iniciativa do Gru-po Gerdau e Sebrae. Presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Uberaba e vice-presidente da Federação da Agricultura de Minas Gerais, Rivaldo conta que o aprendizado rural tem-se dado igualmente com o contato com entidades como o Sebrae. “O sindicato tem grande parceria com o Sebrae, especialmente no que diz respeito à agricultura familiar. Temos tentado trazer o máximo de ações e de projetos para nossa região e os resultados são bem satisfatórios”, diz ele, destacando que a entidade tem 1,3 mil filiados.

A clientela da Mateira está espalhada por todo o país. “Tenho gado vendido até no Acre”, salienta o fazendeiro que, este ano, exportou pela primeira vez, para Angola. A comercialização da Mateira atinge, em média, 120 tourinhos/ano e de 90 a 100 fêmeas/ano.

A Mateira é administrada, diz Rivaldo, segundo parâmetros de gestão empresarial. “Meu pai também era empresário rural. Peguei a experi-ência dele e lapidei”, afirma, contando que sua visão empresarial foi adquirida como proprietário de uma siderúrgica, há 20 anos. “Nossa

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preocupação com a qualidade nos processos é muito grande e somos reconhecidos por isso. A Mateira tem cuidados com o meio ambien-te muito antes disso virar moda, o que é outra herança de meu avô. A fazenda possui reservas ambientais registradas há anos”, assegura.

Até então, o negócio rural de Rivaldo girou sempre em torno da cria-ção de zebu. Porém, com a aquisição de mais 300 hectares, compra-dos de outros herdeiros, a Mateira estreará em outro ramo: a produção de cana para uma usina sucroalcooleira regional. “Vamos tentar esse novo tipo de investimento, diversificando a produção da fazenda”, assinala Rivaldo.

FAZENDA MATEIRA

Veríssimo (povoado próximo de Uberaba) – MG (34) 3332-3777

EMPRESÁRIO: Rivaldo Machado Borges Júnior

PRODUTOS E SERVIÇOS SEBRAE: participação nas ações e projetos oferecidos pelo Sindicato dos Produtores Rurais de Uberaba, o que inclui projetos de horticultura, de controle financeiro e diagnósticos nas comunidades rurais, de alimentos artesanais e de desenvolvimento de doces para a comunidade de Santa Rosa e o Curso Saber Rural, incluindo ações de Sebrae em Ação.

RESULTADOS CONQUISTADOS: Ganhador do Prêmio Excelência Empresarial 2006 na

categoria Agropecuária

Criação com árvore genealógica registrada

Premiações diversas conquistadas pelo rebanho

Comercialização do rebanho para diversos estados: média de 120 tourinhos/ano e 90 a 100 vacas/ano

Exportação para Angola

Aquisição de mais de 300 hectares de área que se incorporou à fazenda

Início do projeto de plantio de cana-de-açúcar para comercialização junto a usina sucroalcooleira

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MACRORREGIÃO CENTRO

Antônio Augusto Vianna de FreitasGustavo Moratori Nunes Coelho

Ruth do Nascimento Veiga

MACRORREGIÃO LESTE

João Roberto Marques LoboPaulo César Barroso Veríssimo

Eliane Rosignoli de OliveiraFelipe Alvim Quinet de Andrade

Marcelo Rother de Souza

MACRORREGIÃO NORTE

Cláudio Luiz de Souza OliveiraAlbertino Corrêa dos Santos Filho

Antônio Carlos Soares PereiraArmírio Duque de Oliveira NetoHebbe Cruz Carvalho Mendes

Kênia Cardoso Santos

MACRORREGIÃO SUL

Brenner LopesRenata Carolina do Nascimento

Elaine de Fátima RezendeEucília Paulinelli de Oliveira

Juliano CornélioMarlene Imaculada Ramos

MACRORREGIÃO OESTE

Marden Marcio MagalhãesFabiano Alves Pereira

Sabina Maria de Oliveira SilvaAndrea Marques Lima

Marcos Geraldo Alves da Silva

SEDE

Anízio Dutra ViannaIvanildes Aguiar de Souza Santos

Ludmila Pereira de AraújoSabrina Campos Albuquerque

Vanessa Visacro

AGrADecImenTos

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