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Page 2: 10 casos sucesso 2

M E N S A G E M D O D I R E T O R

Tal como os

casos de

sucesso de

Portugueses

focamos os

trabalhos e as

conquistas de

sucesso de

membros do

Clube

“EPAMAC Além

Fronteiras…”

Página 2 P O T U G A L E P O R T U G U E S E S N A E U R O P A — C A S O S D E S U C E S S O

O livro “Portugal e Portugue-

ses na Europa – 10 casos de

sucesso” teve como ponto de

partida o objetivo de desen-

volver um trabalho de pesqui-

sa e apresentação do melhor

que Portugal tem e que, ao

longo dos últimos anos, tem

contribuído para o seu papel

preponderante na Europa. De

10 casos de sucesso passa-

mos a 10 personalidades, 3

factos e 5 empresas de suces-

so. O número dezoito surge

em honra a dezoito membros

do Clube Europeu “EPAMAC

além Fronteiras…” que se

destacaram como casos de

sucesso em atividades desen-

volvidas pela escola ao longo

do ano letivo de 2013/2014.

Assim, referimos os alunos/

jovens que:

ganharam o 1.º lugar nas

Olimpíadas da CriAtividade

- Modalidade Resolução

CriAtiva de Assuntos Glo-

bais (casos) 2.ª divisão do

ensino secundário,

(Adriano Rodrigues Rocha

da Silva, Diana Filipa Perei-

ra da Silva, Inês Maximiana

Sampaio Areias e Marta

Azevedo Luz Aguiar);

tiveram um desempenho

de destaque no Parlamento

Jovem Regional (Jorge Dio-

go Soares Ferreira Pinto de

Jesus e Emanuel Joaquim

Madureira Teixeira);

participaram com grandes

elogios na Assembleia Mu-

nicipal de Jovens do Marco

de Canaveses (João Paulo

Teixeira Soares, Jorge Dio-

go Soares Ferreira Pinto de

Jesus, Emanuel Joaquim

Madureira Teixeira, Ângela

Cristina do Vale Ribeiro,

Hugo Daniel Sousa Santos,

Daniel António Pinto de

Sousa e Diana Filipa Perei-

ra da Silva);

formaram duas equipas

para concorrer no

“Empreend + Ideias” – do

Projeto CAERUS, ficando

ambas as equipas classifi-

cadas em 1.º lugar do con-

curso (Diana Filipa Pereira

da Silva, Florbela Beatriz

Vaz Couto Inês Maximiana

Sampaio Areias e Ana Luísa

Belchior Monteiro em uma

equipa; e João Paulo Teixei-

ra Soares, Jorge Diogo Soa-

res Ferreira Pinto de Jesus,

Emanuel Joaquim Madurei-

ra Teixeira, Ângela Cristina

do Vale Ribeiro, Hugo Dani-

el Sousa Santos e Daniel

António Pinto de Sousa na

outra equipa – equipa esta

que concorreu igualmente

no Concurso “+bin Marco

de Canaveses” e foram

novamente vencedores);

apoiando a sua turma,

participaram mais ativa-

mente como “artistas” no

Concurso de Pos-

tais eTwinning: da Criativi-

dade à Inovação (António

Gabriel Dias de Sousa e

Flávia Filipa Garcês Teixeira

por uma turma, bem como,

o João Paulo Teixeira Soa-

res e a Helena Manuela de

Sousa Caetano de outra

turma);

foram destacados com mais

votos no projeto eTwinning

“The Beauty of my Region/

European Contrasts – Pho-

tographic Contest” (Adriano

Rodrigues Rocha da Silva e

Sílvia Raquel Cardoso Lo-

pes);

ajudaram com a criação de

uma peça teatral e no aco-

lhimento das crianças em

visita à escola para toma-

rem consciência da exposi-

ção sobre o contributo de

Portugal para a preservação

do ambiente e a sustentabi-

lidade do planeta, que pas-

sa essencialmente pelos

nossos atos (Ana Luísa Bel-

chior Monteiro, Diana Filipa

Pereira da Silva, Florbela

Beatriz Vaz Couto, Mariana

Sofia Campo Couto Reis e

Rita Chaves Pereira).

Esperando que continuem a

plantar sementes para o futu-

ro, formalizamos assim o nos-

so reconhecimento aos alunos:

Adriano Rodrigues R. Silva

Ana Luísa Belchior Monteiro

Ângela Cristina V. Ribeiro

António Gabriel Dias Sousa

Daniel António Pinto Sousa

Diana Filipa Pereira da Silva

Emanuel J. M. Teixeira

Flávia Filipa Garcês Teixeira

Florbela Beatriz Vaz Couto

Helena Manuela S. Caetano

Hugo Daniel Sousa Santos

Inês Maximiana S. Areias

João Paulo Teixeira Soares

Jorge Diogo S. F. P. Jesus

Mariana Sofia C. C. Reis

Marta Azevedo Luz Aguiar

Rita Chaves Pereira

Sílvia Raquel C. Lopes

Por último, mas não em menor

grau, o Clube “EPAMAC Além

Fronteiras…” estende o seu

agradecimento à professora

Ana Mónica Dias pelo apoio

dado ao Clube na pesquisa e

formalização dos textos, aos

alunos e professores do Clube

Europeu do Agrupamento de

Escolas de Vilela que cederam

a imagem para a capa e à

professora Verónica Dias, que

mesmo não sendo docente da

EPAMAC, amavelmente se

ofereceu para elaborar o de-

sign da capa desta publica-

ção.

Pelos alunos do Clube,

Ana Paula Silva

Coordenadora do Clube

N O T A I N T R O D U T Ó R I A

O projeto que o Clube Europeu da EPAMAC construiu e concretizou no ano letivo 2013-2014

teve como tema "EPAMAC além-fronteiras" e constituíu-se como um desafio que conduzisse

os alunos a compreender até que ponto, nas relações entre Portugal e a Europa, será possí-

vel ao nosso país, com a sua cultura cheia, ela própria, de multiculturalidade e de diversida-

de "plantar sementes para o futuro".

Através da análise da biografia de dez portugueses, bem como do estudo da atividade de

cinco empresas e, ainda, da análise do papel do nosso país em três factos diplomaticos con-

temporâneos, percorreram os alunos um caminho que é aquele que Portugal e os portugue-

ses têm sabido trilhar no mundo, semeando, talvez, mais respeito pela diversidade e pela

diferença.

Esperamos que este seja um primeiro projeto que crie uma forte dinâmica que se coloque, cada vez

mais, a EPAMAC além fronteiras!

João Miguel Gonçalves

Page 3: 10 casos sucesso 2

N O T A I N T R O D U T Ó R I A

Página 3 1 0 P E R S O N A L I D A D E , 3 F A C T O S E 5 E M P R E S A S

Leila Marques

Nadadora de alta competi-

ção e médica

Gonçalo Ribeiro Telles

Arquiteto paisagista

Médica e nadadora de alta

competição, tem 33 anos e já

conquistou inúmeras medalhas

de ouro, prata e bronze, para

além dos recordes nacionais e

mundiais. Participou, também,

nos jogos paralímpicos de

Atlanta, Sydney e de Pequim.

Apesar da sua deficiência con-

génita no braço direito, a atleta

concilia as 5 horas de treino

diário, na piscina de Loures,

com a sua profissão de médica,

que desenvolve na Maternidade

Alfredo da Costa.

Acorda todos os dias às 6 horas

da manhã para duas horas de

treino na piscina, após o treino

desloca-se para o hospital e ao

final da tarde regressa aos trei-

nos. Esta atleta nunca se sentiu

limitada pela sua deficiência, o

que a levou com apenas 11

anos a mergulhar na natação

profissional, transformando-se

numa referência internacional

no desporto para deficientes.

publicamente contra as políticas

de urbanização vigentes. Em

1969 concorreu à Assembleia

Nacional dentro das listas pró-

Socialistas da Comissão Eleito-

ral de Unidade Democrática

(CEUD) liderada por Mário Soa-

res, não sendo, tal como os

restantes membros das listas da

oposição, eleito. Em 1971 aju-

dou a fundar o movimento Con-

vergência Monárquica.

Após o 25 de Abril fundou o

Partido Popular Monárquico, a

cujo Directório presidiu. Foi Sub-

secretário de Estado do Ambien-

te nos I, II e III Governos Provisó-

rios, e Secretário de Estado da

mesma pasta, no I Governo

Constitucional. Em 1979 inte-

grou a Aliança Democrática,

liderada por Francisco Sá Car-

neiro. Deputado à Assembleia

da República, eleito em 1980,

1983, 1985, integrou o VIII Go-

verno Constitucional, como Mi-

nistro de Estado e da Qualidade

de Vida. Durante esse período

Nascido a 25 de maio de 1922

em Lisboa. Arquiteto paisagista,

pai da ecologia em Portugal.

Figura notável no âmbito das

questões sobre o ordenamento

do território e do uso da terra

em Portugal. Licenciou-se em

Engenharia Agrónoma e termi-

nou o curso livre de Arquitetura

Paisagista, no Instituto Superior

de Agronomia. Foi professor

catedrático na Universidade de

Évora, sendo o mentor das

licenciaturas em Arquitetura

Paisagista e Engenharia Biofísi-

ca.

Com Francisco Sousa Tavares

fundou, em 1957, o Movimento

dos Monárquicos Independen-

tes, a que se seguiria o Movi-

mento dos Monárquicos Popu-

lares, assumindo-se claramente

contra o salazarismo. Em 1958

manifestou o seu apoio à candi-

datura presidencial de Humber-

to Delgado. Em 1967, aquando

das cheias de Lisboa, impôs-se

criou as zonas protegidas da

Reserva Agrícola Nacional, da

Reserva Ecológica Nacional e

lançou as bases do Plano Dire-

tor Municipal. Em 1984 fundou

o Movimento Alfacinha, com o

qual se apresentou candidato à

Câmara Municipal de Lisboa,

tendo sido eleito vereador. Pos-

teriormente fundou o Movimen-

to o Partido da Terra, de que é

presidente honorário, desde

2007.

Em Abril de 2013 foi distinguido

com o Nobel da Arquitetura Pai-

sagista, o Prémio Sir Geoffrey

Jellicoe, pela federação interna-

cional do setor. O prémio, segun-

do a Associação Portuguesa dos

Arquitetos Paisagistas (APAP),

"representa a maior honra que a

Federação Internacional dos

Arquitetos Paisagistas (IFLA)

pode conceder e reconhece um

arquiteto paisagista, cuja obra e

contribuições ao longo da vida

tenham tido um impacto incom-

parável e duradoiro no bem-

P E R S O N A L I D A D E S : L E L I A M A R Q U E S

G O N Ç A L O R I B E I R O T E L L E S

L U Í S M A N U E L C A P O U L A S S A N T O S

Desde 2004 que é Deputado do

Parlamento Europeu, tendo sido

membro efetivo da Comissão

Parlamentar da Agricultura e da

Comissão Parlamentar das Pes-

cas. Atualmente é membro da

Comissão da Agricultura e Vice-

Presidente da Assembleia Parla-

mentar Euro-Latina-Americana.

Atualmente é, também, membro

da Delegação à Comissão Parla-

mentar Mista UE-México e da

Comissão da Agricultura e do

Desenvolvimento Rural.

Foi distinguido em 2012 com

o prémio de melhor deputado

ao Parlamento Europeu de

2012 na área da agricultura e

desenvolvimento rural, numa

iniciativa da revista de atuali-

dade política "The Parlia-

ment", denominada “MEP

awards”.

Nascido a 22 de agosto de

1951 em Montemor-o-novo.

Eurodeputado do partido socia-

lista, licenciado em sociologia, é

nos domínios das políticas agrí-

colas que é reconhecido. Foi

deputado da Assembleia da

República, Secretário de Estado

da Agricultura e do Desenvolvi-

mento Rural e das Pescas, nos

XIII e XIV Governos Constitucio-

nais. Luís Manuel Capoulas Santos

Deputado Europeu — Políticas

Agrícolas

estar da sociedade e do ambi-

ente e na promoção da profis-

são de Arquitetura Paisagista".

Da sua vida profissional, o

arquiteto paisagista destaca o

estabelecimento em 1983 das

reservas agrícola e ecológica

nacionais, “figuras de planea-

mento que deviam estar incluí-

das com mais sapiência no

ordenamento do território” e

“a defesa de uma agricultura

em função do território e da

instalação das pessoas”.

Já nos anos 80, o arquiteto,

chamou a atenção, para o

atual fenómeno, das hortas

urbanas.

Page 4: 10 casos sucesso 2

Político português, Pedro Lynce

Faria nasceu em 1943, em Lis-

boa.

Na sua juventude dividiu-se

entre os estudos e o desporto,

como praticante de râguebi.

Nesta modalidade foi campeão

universitário, capitão da seleção

portuguesa e selecionador naci-

onal. Entretanto, licenciou-se em

Engenharia Agronómica e, pos-

teriormente, doutorou-se em

Ciências Agronómicas - Nutrição

e Fertilidade, no Instituto Superi-

or de Agronomia. Neste estabe-

lecimento de ensino acabou por

chegar a professor catedrático

na secção de Agricultura, no

Departamento de Produção

Agrícola e Animal. Foi, também,

presidente do Conselho Científi-

co. Paralelamente, tornou-se

membro dos conselhos científi-

cos das escolas superiores agrá-

rias de Beja e Elvas.

Pedro Lynce integrou pela primei-

ra vez um elenco governativo em

1987, num governo do Partido

Social Democrata (PSD) liderado

por Aníbal Cavaco Silva, mas

antes já tinha sido Diretor-Geral

do Ensino Superior. Desempe-

nhou as funções de Secretário

de Estado do Ensino Superior,

situação que se manteve outra

vez entre 1991 e 1995.

Depois de abandonar a governa-

ção, coordenou a disciplina de

Agricultura Geral das licenciatu-

ras em Engenharia Agronómica,

Engenharia Florestal, Engenharia

Agroindustrial e Arquitetura Pai-

sagista do Instituto Superior

Agrónomo. Em paralelo, realizou

conferências e trabalhos no âm-

bito dos Sistemas de Agricultura

numa perspetiva sustentável.

Para além da atividade pedagógi-

ca, Lynce foi convidado pelos

governos dos Estados Unidos da

América e de Israel para visitar

projetos financiados por organi-

zações internacionais, no âmbi-

to das ciências agrárias. Foi

também consultor de diversas

organizações a atuar em Angola

em projetos de investigação e

desenvolvimento. Em 2001,

Pedro Lynce chefiou a delega-

ção portuguesa que participou

nas Universidades de Pequim,

na China.

Em abril de 2002 regressou à

governação, por convite do soci-

al-democrata Durão Barroso,

quando este formou o XV Gover-

no Constitucional.

Atualmente dedica-se a ativida-

des académicas no Instituto

Superior de Agronomia da Uni-

versidade Técnica de Lisboa.

P E D R O L Y N C E F A R I A

S Ó N I A M A T I A S

pria tradição portuguesa, que

tentava excluir desta profissão as

mulheres, encabeça carteis, en-

che praças e enfrenta os touros

com a garra de quem sempre

soube o que quis.

Em 1999 tomou a alternativa de

cavaleira profissional. Foi a pri-

meira mulher a "quebrar a tradi-

ção" ao tornar-se toureira. Hoje,

Sónia Matias, tem um percurso

invejável no mundo da tauroma-

quia. Ao longo da sua vida foram

muitos os que ajudaram a ga-

nhar o nome que tem. Hoje, con-

tinua com o apoio da família. Um

apoio fundamental para que

brilhe de cada vez que entra na

arena para enfrentar o touro.

Quando decidiu ser cavaleira

tauromáquica Sónia Matias teve

de enfrentar muita resistência,

mas agora garante que é respei-

tada. Apesar de estar em um

mundo de homens, não perdeu

a vaidade e faz questão de ser

feminina até no traje com que

toureia. Em 2010 foi homenage-

ada pelos seus 10 anos de Alter-

nativa. Já venceu vários prémios

e trofeus de lide a cavalo.

Já fez muitas corridas na Fran-

ça, em Espanha e nos Estados

Unidos mas ainda falta-lhe a

América Latina. O seu maior

sonho é tourear no México e

gostava de se retirar em glória.

Sónia Matias, de 32 anos, for-

mou-se em Gestão do Ambiente

e foi a primeira mulher a tomar

alternativa em Portugal. Apaixo-

nou-se pela festa brava graças

ao pai, que é um aficionado e a

levava todas as quintas--feiras à

tourada. Determinada a tornar-

se cavaleira tauromáquica des-

de os 13 anos, fez um percurso

da menina da cidade que so-

nhou montar o cavalo, desafiar

o touro, e ganhar troféus num

desporto que foi só para ho-

mens. Desbravou caminho num

mundo dominado por homens e,

hoje, conquistou o seu lugar,

apesar de não ter na família

ninguém relacionado com esta

arte. Assim, lutou contra a pró-

“Realizou

trabalhos no

âmbito dos

Sistemas de

Agricultura

numa

perspetiva

sustentável”

Página 4 P O T U G A L E P O R T U G U E S E S N A E U R O P A — C A S O S D E S U C E S S O

Sónia Matias

Cavaleira Tauromáquica

Pedro Lynce Faria

Agricultura Sustentável

Page 5: 10 casos sucesso 2

Político português nascido a

23 de março de 1956, em

Lisboa. Licenciado em Direi-

to pela Universidade de

Lisboa, realizou uma pós-

graduação em Ciência Políti-

ca na Universidade de Gene-

bra. De um passado político

de extrema esquerda, evolu-

iu para a direita liderada por

Aníbal Cavaco Silva, sendo

eleito deputado à Assem-

bleia da República por diver-

sas vezes. Entre 1985 e

1987 foi secretário de Esta-

do adjunto do ministro da

Administração Interna e

entre 1987 e 1992 ocupou

o cargo de secretário de

Estado dos Negócios Estran-

geiros e Cooperação. Foi

ministro dos Negócios Es-

trangeiros de 1992 a 1995,

obtendo especial destaque

como mediador do processo

de paz de Angola. No Parti-

do Social Democrata (PSD),

tem ocupado vários cargos

de responsabilidade: mem-

bro do Conselho Nacional,

presidente da Comissão de

Relações Internacionais do

PSD e presidente da Comis-

são de Negócios Estrangei-

ros da Assembleia da Repú-

blica. No primeiro semestre

de 1999, substituiu Marcelo

Rebelo de Sousa na lideran-

ça do partido. Tornou-se

professor convidado na

Universidade de George-

town, de Washington. O PSD

venceu as eleições legislati-

vas de 17 de março de

2002, e Durão Barroso co-

mo líder do partido ocupou o

cargo de primeiro-ministro.

Em fevereiro de 2003, foi o

anfitrião de uma importante

cimeira internacional

realizada nos Açores,

destinada a discutir a

crise no Iraque, que

contou com as parti-

cipações de George

W. Bush, Tony Blair e

José María Aznar.

Após as eleições para

o Parlamento Euro-

peu, realizadas em maio de

2004, Durão Barroso foi

convidado, em junho do

mesmo ano, para ocupar o

cargo de Presidente da Co-

missão Europeia, em substi-

tuição de Romano Prodi. Foi

eleito para o cargo a 22 de

julho de 2004.

Foi reeleito pelo Parlamento

Europeu para um segundo

mandato como Presidente

da Comissão Europeia em

setembro de 2009. Em Ju-

nho de 2009 foi novamente

nomeado, por unanimidade,

pelo Conselho Europeu para

um segundo mandato como

Presidente da Comissão

Europeia, tenso sido eleito

pelo Parlamento Europeu

em setembro do mesmo ano

com maioria absoluta.

Recebeu vários títulos hono-

ris causa concedidos, nome-

adamente, pela Universida-

de de Georgetown, Washing-

ton, D.C. (2006), pela Uni-

versidade de Génova, Itália

(2006), pela Universidade

de Kobe (2006), pela Uni-

versidade de Edimburgo

(2006), pela Universidade

Sapienza de Roma (2007),

pela Universidade de Varsó-

via (2007), pela Pontifícia

Universidade Católica de S.

Paulo (2008), pela Universi-

dade de Nice Sophia Antipo-

lis (2008), pela Universida-

de de Chemnitz (2009), pela

Universidade de Genebra

(2010), pela Universidade

de Ghent (2011), pela Uni-

versidade Técnica de Lisboa

(2011), pela Universidade

de Haifa (2012), pela Uni-

versidade Nacional da Mon-

gólia (2013).

Foi nomeado Global Leader

for Tomorrow pelo World

Economic Forum, em 1993.

Em 2006, foi considerado

"Europeu do ano" pelo jornal

European Voice. Recebeu a

medalha de ouro da cidade

de Lamego em 2007 e a

chave de honra da cidade

de Lisboa em maio do ano

seguinte. É autor de várias

publicações sobre ciência

política, relações internacio-

nais e a União Europeia.

J O S É M A N U E L D U R Ã O B A R R O S O

Página 5 1 0 P E R S O N A L I D A D E , 3 F A C T O S E 5 E M P R E S A S

José Manuel Durão Barroso

Page 6: 10 casos sucesso 2

É uma das mais importantes

sopranos a nível mundial e a

maior e internacionalmente

mais conhecida cantora de

ópera portuguesa. Já cantou

ao lado de Plácido Domingo,

José Carreras e de outros

nomes sonantes do canto

lírico. Possui uma voz grande

que já a levou a atuar nos

principais teatros mundiais.

Terminou os estudos de canto

em Madrid, a cidade onde

reside desde os finais da dé-

cada de 1980.

Elisabete Matos nasceu em

Caldas das Taipas, Guima-

rães, e começou os seus pri-

meiros estudos musicais, no

Conservatório de Música Ca-

louste Gulbenkian de Braga,

onde estudou violino, e canto.

Ganhou uma bolsa da Funda-

ção Calouste Gulbenkian, que

permitiu terminar os seus

estudos em Madrid, Espanha.

Um segundo lugar num Con-

curso Europeu de Canto foi o

início da sua carreira interna-

cional, foi lançada pelos pa-

péis de “Donna Elvira” em

Don Giovanni de Mozart e

“Alice Ford” da ópera Falstaff

de Verdi, no Hamburgo Opera.

Em 1997, fez uma estreia

triunfal em Madrid na reaber-

tura do Real Teatro de Ópera

de Madrid, interpretando o

papel principal de “Marigaila”

na estreia mundial de

“Divinas Palabras”, ao lado de

Plácido Domingo que a convi-

dou de imediato para cantar

com ele Massenet Le Cid

(Chimene) e na Washington

Opera House, estreou o papel

de “Dolly”, numa produção de

“Sly”, com José Carreras como

protagonista.

Depois destes sucessos, Elisa-

bete Matos tem cantado em

muitas grandes óperas de

todo o mundo, como o Gran

Teatre del Liceu, em Barcelo-

na, La Fenice, Teatro Nacional

de São Carlos (Lisboa), Teatro

Real, La Scala, Maestranza de

Sevilla, Teatro Regio di Torino,

Teatro di San Carlo

(Nápoles), Alla Scala de Mi-

lão, a Arena de Verona e as

Óperas de Nice, Reno, Toulon

e Roma. Ela marcou presen-

ça no Festival Macerata e os

Merida Festival, no Japão,

Washington, Chicago e toda

a Espanha, bem com atuou

no Festival de Salzaburgo.

Em 2001, participou nas co-

memorações do centenário da

morte de Giuseppe Verdi,

cantando com Plácido Domin-

go e José Carreras em Roma.

Em Dezembro de 2010, Elisa-

bete Matos estreou-se no

Metropolitan de Nova Iorque,

interpretando o papel princi-

pal da ópera de Puccini, “La

Fanciulla del West”, foi um

enorme sucesso, tendo o se-

gundo ato sido interrompido

pelos enormes aplausos. Ter-

minou com toda a plateia

aplaudindo de pé por mais de

cinco minutos. Em 2013, ao

celebrar os seus 25 anos de

carreira Elisabete estreou-se

Regressada a Portugal foi

investigadora principal no

Instituto Gulbenkian da Ciên-

cia. Desde 2005 é investiga-

dora principal do Instituto de

Medicina Molecular, onde

dirige a investigação da malá-

ria, e professora da Faculdade

de Medicina da Universidade

de Lisboa e da Harvard School

of Public Health.

Maria Mota conduz uma in-

vestigação inédita sobre o

parasita da Malária. Já fez

uma descoberta de relevo que

lhe valeu vários prémios des-

tacando-se o European Young

Investigator Award da Europe-

an Science Foundation em

2004 com mais de 200 mil

contos para continuar a sua

Nascida em 1971, na Madale-

na (Vila Nova de Gaia), Maria

Manuel Mota, licenciou-se na

Faculdade de Ciências da

Universidade do Porto, tendo

feito depois o mestrado em

Imunologia.

Ao longo da sua carreira, a

bióloga e investigadora inte-

ressou-se por parasitologia,

sobretudo pela patologia da

malária, tendo concluído a

sua tese de doutoramento em

Parasitologia Molecular, na

University College of London,

em 1998, e o pós-

doutoramento na New York

University Medical Center, em

2001. Maria Manuel Mota foi

também docente na New York

University Center.

investigação.

Trabalha atualmente no Insti-

tuto de Medicina Molecular.

Foi distinguida com o Prémio

Pessoa 2013. Além destes

prémios a Maria Manuel Mota

foi igualmente premiada com

o EMBO Young Investigator

Award em 2003, o Internatio-

nal Research Scholar do

Howard Hughes Medical Insti-

tute, em 2005, nomeada Ofi-

cial da Ordem do Infante D.

Henrique pelo Presidente da

República Portuguesa em

2005, o AMI Prémio de Saúde

da Fundação AMI igualmente

em 2005, o prémio CESPU da

Fundação CESPU em 2007, o

Seeds of Science da Ciência

Hoje em 2007, a Mulher Acti-

E L I S A B E T E M A T O S

M A R I A M O T A

Página 6 P O T U G A L E P O R T U G U E S E S N A E U R O P A — C A S O S D E S U C E S S O

Maria Mota

Bióloga e Investigadora

Elisabete Matos

Soprano

va 2008 da Revista Activa 2008 e

o prémio Mello da Fundação Mello

igualmente em 2008.

Em 2014 o trabalho do grupo

liderado por Maria Mota recebeu

um financiamento significativo da

Fundação Bill & Melinda Gates.

Está na elite das elites dos cientis-

tas mundiais.

na Wiener Staatsoper em Vienna

e na Los Angeles Opera, atuou

igualmente em Lisboa, Nova

Iorque, Toulouse, Nápoles e Pal-

ma de Maiorca.

Foi nomeada Oficial da Ordem do

Infante D. Henrique pelo Presi-

dente da República Portuguesa.

Foi galardoada com a Medalha

de Ouro por Mérito Artístico da

Cidade de Guimarães e foi agra-

ciada com o Prémio Femina

2013 por mérito nas artes musi-

cais e bel canto, em Guimarães.

Em 2000, o álbum La Dolores,

em que participou, recebeu o

Grammy Latino para Best Classi-

cal Album.

Page 7: 10 casos sucesso 2

Nasceu em Lisboa, a 2 de outu-

bro de 1943. É um dos mais

respeitados Diretores de Foto-

grafia a nível mundial. Eduardo

Serra emigrou para França nos

anos 60 e aí construiu uma car-

reira impressionante. Nos últi-

mos anos teve oportunidade de

filmar com os nomes mais famo-

sos da sétima arte. Foi nomeado

duas vezes para os Óscares da

Academia de Hollywood na cate-

goria de Melhor Direção de Foto-

grafia. Hoje continua a viver em

Paris e dá-se ao luxo de escolher

todos os filmes que deseja fa-

zer. É o mais internacional e

conceituado dos diretores de

fotografia portugueses, há vá-

rias décadas que trabalha so-

bretudo fora de Portugal, entre

projetos de grandes estúdios e

produções independentes, entre

os Estados Unidos e a Europa.

Desde cedo interessado pelo

cinema, era fã de cineclubes,

especialmente ligado ao ABC

até 1963, altura em que emi-

grou para França devido à per-

seguição de que foi alvo pela

PIDE quando frequentava o Ins-

tituto Superior Técnico. Em Pa-

ris, licenciou-se primeiro em

cinema pela École Louis-

Lumière (1966) e depois em

Letras – História da Arte e Ar-

queologia – pela Universidade

de Paris – Sorbonne (1970).

Depois, entrou na Escola de

Vaugirard, uma escola técnica

que forma diretores de fotogra-

fia e engenheiros de som e, em

1974, trabalhou nas filmagens

de 1789, um épico de Ariane

Mnouchkine. Dois anos depois,

integrou a equipa do filme de

estreia como realizador de Jean-

Jacques Annaud, o drama de

guerra Noirs et Blancs en Coleur

(Pretos e Brancos a Cores). Em

1976, estreou-se finalmente

como diretor de fotografia na

curta-metragem Les Derniers

beaux jours e, quatro anos de-

pois, colaborou em À Vendre, de

Christian Drillaud, a sua primeira

longa-metragem.

Em 1983, participou na comé-

dia Debout les crabes, la mer

monte! e, no mesmo ano, traba-

lhou no seu primeiro filme portu-

guês: Sem Sombra de Pecado,

de José Fonseca e Costa, com

Victoria Abril e Armando Cortez

nos principais papéis. Em 1990,

voltaria a trabalhar com um

realizador português, desta vez

João Mário Grilo, no filme O

Processo do Rei e, em 1992,

participou em Le Zebre (Marido

Louco), de Jean Poiret. No ano

seguinte, trabalhou com Luís

Filipe Rocha em Amore Dedi-

nhos de Pé, com Joaquim de

Almeida.

Em 1996, colaborou com Mi-

chael Winterbottom em Jude e,

no ano seguinte, em The Wings

of the Dove (As Asas do Amor),

de Iain Softley, baseado no ro-

mance de Henry James. Aqui,

apresentou-se com uma exce-

lente cinematografia cujo traba-

lho valeu a Serra a sua primeira

nomeação para o Óscar de Me-

lhor Fotografia, ganhando o

BAFTA da mesma categoria.

Segiu-se What Dreams May

Come (Para Além do Horizonte,

1998), de Vincent Ward, adapta-

ção do romance de Richard

Matheson, com Robin Williams

no papel principal – um filme

visualmente belo, com imagens

que permanecem na retina do

espectador na sua quase totali-

dade, passada no mundo dos

mortos, em cenários irreais,

levados à tela por efeitos especi-

ais que não são meras execu-

ções técnicas, mas verdadeira

"arte".

Em 2000 colaborou com com M.

Night Shyamalan no seu thriller

de suspense Unbreakable (O

Protegido), com Bruce Willis no

papel de um segurança de um

estádio de futebol e Samuel L.

Jackson no papel de um homem

que nasceu com uma doença

rara.

Em 2002, foi a vez de O Delfim,

filme de Fernando Lopes, basea-

do no romance homónimo de

José Cardoso Pires, com Alexan-

dra Lencastre e Rogério Samora.

No ano seguinte, trabalhou em

Girl with a Pearl Earring

(Rapariga com Brinco de Péro-

la), de Peter Webber, um filme

que, baseado no romance de

Tracy Chevalier, passado no

século XVII, nos fala o pintor

Johannes Vermeer que se apai-

xona pela criada, transformando

-a na sua musa. Serra foi nome-

ado para o Óscar Melhor Foto-

grafia, para o BAFTA da mesma

categoria e venceu o prémio de

Melhor cinematografo Europeu

da Academia Europeia de Filme,

bem como, o prémio de Melhor

Fotografia no Festival de San

Sebastian.

Trabalhou depois com Kevin

Spacey no seu filme Beyond the

Sea (Bobby Darin – O Amor é

Eterno, 2004), sobre a vida do

cantor Bobby Darin. Outros fil-

mes que constam no seu currí-

culo são "Diamantes de san-

gue" (2006), Defiance (2008) e,

mais recentemente, os dois

últimos Harry Potter, nomeada-

mente, “Harry Potter and the

Deathly Hallows - Part 1 and

Part 2" (Harry Potter e os talis-

mãs da morte 1.ª e 2.ª parte).

Foi nomeado Oficial da Ordem

do Infante D. Henrique - comen-

dador pelo Presidente da Repú-

blica Portuguesa em 2004.

E D U A R D O S E R R A

“Nomeado duas

vezes para os

Óscares da

Academia de

Hollywood na

categoria de

Melhor Direção

de Fotografia”

Página 7 1 0 P E R S O N A L I D A D E , 3 F A C T O S E 5 E M P R E S A S

Eduardo Serra

Diretor de Fotografia

Page 8: 10 casos sucesso 2

José Carvalho formado em

Gestão de Marketing, teve, em

2008, o sonho de criar uma

exploração de morangos, a

Hortivolátil. Deixou a metrópo-

le de Lisboa por Vila Nova de

Famalicão, abandonou o escri-

tório onde trabalhava e se

sentia fechado num mundo

que não era o seu e dedicou-se

à Agricultura, investindo no

cultivo de morangos em sus-

pensão. Hoje, com 32 anos,

vive a vida que quer, dedican-

do-se àquilo que realmente o

motiva, a produção de cerca

de 150 toneladas de moran-

gos por ano.

Diz ter sido um acaso, até por-

que a sua família nunca fez da

Agricultura um modo de vida,

mesmo assim, José arriscou e,

sem base de conhecimentos,

pôs mãos ao trabalho e reapro-

veitou os terrenos da família.

Através de fundos próprios e

comunitários, criou uma estufa

com um hectare e hoje em dia,

com a ajuda de mais dois cola-

boradores, produz morangos

em hidroponia suspensa, que

já lhe valeram o prémio de

“Projeto mais Inovador da Eu-

ropa” do Concurso de Jovens

Agricultores – promovido no

âmbito do 1º Congresso Euro-

peu de Jovens Agricultores em

2012.

O produtor de Vila Nova de

Famalicão tem no total 12

estufas dispersas por uma

área de um hectare e refere

que a produção em altura é

“três vezes mais” rentável do

que no solo. A plantação está

suspensa a 1,80 metros de

altura, que baixa para 60 centí-

metros na altura da colheita.

O método, ainda pouco difundi-

do, trata-se de um sistema de

produção no ar através de um

mecanismo oscilante, que

permite uma total ocu-

pação do espaço dis-

ponível. José Carvalho

produz 200 000 pés

de morango por hecta-

re, o que comparando

com o sistema tradicio-

nal de produção de

morango, onde apenas se con-

seguem cerca de 60 000 pés,

lhe permite um aumento bas-

tante significativo na produção

por m/2 além de significar

uma poupança “enorme” em

termos de consumo de água.

O grande objetivo deste jovem

agricultor é chegar a produzir

1500 toneladas por ano, sem-

pre com a humildade de estar

disponível para obtenção de

ajuda ou informação, uma vez

que acredita que “Quantos

mais formos, melhor, porque

talvez tenhamos capacidade

de produzir em maior escala e

começar a exportar”.

construção europeia, são

incluídas uma série de refe-

rências sobre os Parlamentos

nacionais, considerando que

estes contribuem ativamente

para o bom funcionamento da

União Europeia (artigo 12.º

TUE).

Acresce que o Tratado reforça

os poderes dos Parlamentos

nacionais no âmbito do pro-

cesso legislativo europeu,

consagrando a possibilidade

de os Parlamentos de cada

Estado-Membro, no caso por-

tuguês a Assembleia da Repú-

blica, poderem dirigir aos Pre-

sidentes do Parlamento Euro-

peu, do Conselho e da Comis-

são Europeia, a sua opinião

sobre uma determinada pro-

posta legislativa europeia.

Essa pronúncia pode ser feita,

por um lado, através de um

Entrou em vigor a 1 de dezem-

bro de 2009.

Foi assinado em Lisboa, a 13

de dezembro de 2007, no

culminar da terceira Presidên-

cia portuguesa da União Euro-

peia.

O Tratado de Lisboa é, na

verdade, composto pelos dois

principais Tratados da UE

revistos: o Tratado da União

Europeia e o Tratado que insti-

tui a Comunidade Europeia

(agora designado Tratado

sobre o Funcionamento da

UE), bem como por vários

protocolos e declarações, que

se encontram em anexo e

dele fazem parte integrante.

Entre as várias novidades que

o Tratado de Lisboa apresen-

ta, cumpre destacar que, pela

primeira vez na história da

parecer fundamentado, no

qual o Parlamento nacional

refira que a proposta regula

uma área que, sendo da com-

petência partilhada entre os

Estados-Membros e a UE,

seria melhor regulada por

cada Estado-Membro do que

por regras europeias – por

outras palavras, o Parlamento

nacional entende que a pro-

posta legislativa não observa

J O S É C A R V A L H O

F A C T O S : T R A T A D O D E L I S B O A

Página 8 P O T U G A L E P O R T U G U E S E S N A E U R O P A — C A S O S D E S U C E S S O

José Carvalho

Agricultor

Este jovem português é mais

um dos exemplos contrastan-

tes da realidade do Portugal

dos nossos dias, alguém que

se negou a viver a conturbada

e precária vida da sociedade

contemporânea e optou por

“construir” o seu destino, fo-

cando-se na atividade portu-

guesa de excelência, ao longo

de muitos anos esquecida no

nosso país, a afamada Agricul-

tura.

o princípio da subsidiariedade.

E, por outro lado, os Parlamen-

tos nacionais podem pronunci-

ar-se através de pareceres em

que exprimam comentários

sobre aspetos substanciais

das propostas legislativas,

esta última pronúncia enqua-

dra-se no denominado diálogo

político com a Comissão Euro-

peia.

Page 9: 10 casos sucesso 2

As relações diplomáticas entre

a UE e o Brasil iniciaram-se em

1960. Desde 2007, são par-

ceiros estratégicos. O Brasil é

o oitavo parceiro comercial da

UE e a sua principal origem de

produtos agrícolas importados

(dados de 2012). A UE consti-

tui o principal parceiro comer-

cial do Brasil e o seu principal

investidor direto estrangeiro. O

Brasil é também um dos princi-

pais investidores na Europa (o

quinto). A UE é o maior ator de

cooperação no Brasil, nomea-

damente na área académica,

na defesa da Amazónia, na

luta contra a exclusão social e

em iniciativas tecnológicas.

As relações UE-Brasil são regu-

ladas pelo Acordo-Quadro de

Cooperação (1992) e pelo

Acordo de Cooperação Científi-

ca e Tecnológica (2004). Regi-

onalmente, são enquadradas

pelas parcerias da UE com a

América Latina e com o Merco-

sul. A UE é o primeiro investi-

dor estrangeiro na América

Latina, a primeira entidade

financiadora da região e, tam-

bém, o primeiro parceiro co-

mercial de numerosos países,

nomeadamente os do Merco-

sul. Em 2007, teve lugar

a primeira Cimeira da UE com

o Brasil, durante a Presidência

portuguesa do Conselho da UE.

Em dezembro de 2008, em

outubro de 2009, em julho de

2010, em outubro de 2011,

em janeiro de 2013 e fevereiro

de 2014 decorreram, respeti-

v a m e n t e , a s e g u n d a ,

a terceira, a quarta, a quinta,

a sexta e a sétima Cimeiras.

As relações da UE com o Brasil

são reguladas pelo Acordo-

Quadro de Cooperação entre a

Comunidade Económica Euro-

peia e a República Federativa

do Brasil - assinado em 29 de

junho de 1992 - e pelo Acordo

de Cooperação Científica e

Tecnológica entre a Comunida-

de Europeia e a República

Federativa do Brasil (2004).

As relações

entre a

União Euro-

peia e o

M e r c o s u l

fundamen-

tam-se no

t e x t o

do Acordo Quadro de Coopera-

ção Inter-regional assinado em

Madrid, a 15 de dezembro de

1995. Em vigor desde julho de

1999, o documento estabelece

as bases das negociações de

um futuro Acordo de Associa-

ção entre a UE e o Mercosul. O

Acordo tem como objetivo con-

duzir à liberalização do comér-

cio de bens e serviços, de acor-

do com as regras estabelecidas

pela Organização Mundial de

Comércio (OMC) e reforçar a

cooperação e o diálogo político

entre os dois blocos. Depois de

estarem suspensas durante

seis anos, as negociações fo-

ram relançadas, em maio de

2010.

Os países do Mercosul têm

beneficiado do Sistema de Pre-

ferências Generalizadas (SPG):

conjunto de regras da UE que

permite que os exportadores de

países em desenvolvimento

paguem direitos mais baixos

sobre a totalidade ou parte dos

produtos que vendem à UE. A

partir de 2014, entra em vigor a

reforma do SPG da UE. Argenti-

na, Brasil, Uruguai e Venezuela

- países de rendimento médio/

elevado, de acordo com o Ban-

co Mundial - passam a ser

parceiros não beneficiários

deste sistema.

Após uma ronda de negocia-

ções o presidente da Comissão

Europeia, José Manuel Durão

Barroso, voltou a defender que

a União Europeia e o Brasil

tenham um acordo de comércio

bilateral, o que depende de

uma assinatura com o Merco-

sul. "A mim, parece absurdo

que a União Europeia tenha

acordos de livre comércio com

praticamente o mundo inteiro e

não com o Brasil. O Brasil é o

ponto mais importante do Mer-

cosul", disse.

Durão Barroso afirmou que,

como o Brasil, a União Europeia

defendeu as negociações multi-

laterais da Rodada Doha, que,

segundo ele, não avançaram

porque alguns países, "não

estavam preparados". Apresar

da falha nas negociações entre

a União Europeia e o Mercosul,

deixando de fora a economia

Brasileira como mercado impor-

tante para a zona Euro, Portu-

gal tem estabelecido vários

acordos económicos com o

Brasil que, no futuro poderão

continuar a abrir as portas para

melhores situações de negocia-

ção entre a União Europeia e o

Mercosul. Alguns dos acordos

são o memorando de entendi-

mento que liberta o azeite por-

tuguês da obrigatoriedade de

controlo de qualidade à entrada

n o m e r c ad o b r a s i l e i r o

(assinado em 2012); o acordo

sobre cooperação económica e

industrial entre os dois países

que já foi assinado na década

do 1980; o acordo de Comércio

entre o Brasil e Portugal, assi-

nado em 1966 e que ainda não

foi denunciado por nenhuma

das partes.

Devido as estes acordos e as

boas relações mantidas as

trocas comerciais entre os dois

países é de dois mil milhões de

euros, com Portugal a desequili-

brar recentemente a balança a

seu favor. O que não se sucede

no investimento que é o campo

em que as relações económi-

cas entre os dois países se

deviam intensificar.

Até ao momento, Portugal in-

vestiu no Brasil 25 mil milhões

de euros, e o Brasil investiu em

N E G O C I A Ç Õ E S U E E O M E R C O S U L

“A UE é o primeiro

investidor estrangeiro

na América Latina, a

primeira entidade

financiadora da

região e, também, o

primeiro parceiro

comercial de

numerosos países do

Mercosul.”

“Portugal investiu no

Brasil 25 mil milhões

de euros, e o Brasil

investiu em Portugal

três mil milhões de

euros.”

Página 9 1 0 P E R S O N A L I D A D E , 3 F A C T O S E 5 E M P R E S A S

Portugal três mil milhões de

euros. O desajustamento tem

a ver com o facto de Portugal

concentrar a maior parte dos

seus investimentos nos paí-

ses da CPLP, enquanto o

Brasil os tem muito mais dis-

persos pelo mundo.

A falta de maior investimento

Brasileiro em Portugal é devi-

do à impossibilidade de Por-

tugal e Brasil terem acordos

bilaterais ao nível económico.

Os países não podem negoci-

ar sozinhos, têm de o fazer

com a UE e o Mercosul. Para

tal, tem de existir sucesso nas

negociações de livre comércio

entre a União Europeia (UE) e

o Mercosul. Nos últimos anos

a diplomacia Portuguesa tem-

se empenhado e desenvolvi-

do um papel fulcral na tentati-

va de conseguir o acordo.

Page 10: 10 casos sucesso 2

A língua portuguesa pode ser

um instrumento estratégico

ao nível das relações externas

da União Europeia. De facto, é

a 3ª língua oficial da UE mais

falada no mundo e a diploma-

cia portuguesa tem aumenta-

do esforços para que a UE

rentabilize esta vantagem.

Portugal tem vários protoco-

los/acordos bilaterais de coo-

peração económica, empresa-

rial, da promoção e a proteção

recíproca de investimentos e

na área do turismo, hotelaria

e do comércio, bem como, da

indústria e energia com os

países PALOP.

A União Europeia estabelece

relações com os Estados ACP,

com a Ásia, com a América

Latina e as Caraíbas (ALC) e

com as organizações Merco-

sul, União Africana e Fórum

Regional ASEAN, entre outras.

Em particular, relaciona-se

com cada um dos países de

língua oficial portuguesa: An-

gola, Brasil, Cabo Verde, Gui-

né-Bissau, Moçambique, São

Tomé e Príncipe e Timor-

Leste. Em 2007, a Comissão

Europeia assinou memoran-

dos de entendimento com a

CPLP e com os Países Africa-

nos de Língua Oficial Portu-

guesa (PALOP) e Timor-Leste.

Ao longo da integração portu-

guesa na UE, tem sido valori-

zado e potenciado o papel

intermediário de Portugal

junto dos (PALOP), de Timor-

Leste e, mais recentemente,

do Brasil.

Em 2006, o relatório do Parla-

mento Europeu sobre um

novo quadro estratégico para

o multilinguismo considera

que, algumas línguas europei-

as se prestam particularmen-

te ao estabelecimento de uma

comunicação direta com ou-

tras regiões do mundo.

Em 2008, a Comissão Euro-

peia reconhece, numa Comu-

nicação, o contributo do multi-

linguismo para o diálogo inter-

cultural a nível das relações

externas da UE destacando o

potencial das línguas da UE

faladas nos países terceiros. A

língua portuguesa, como lín-

gua europeia de “dimensão

mundial”, surge, assim, como

uma oportunidade a potenciar

no âmbito da estratégia euro-

peia para o multilinguismo.

As relações da UE com os

Países Africanos de Língua

Oficial Portuguesa e Timor-

Leste inserem-se no âmbito

da Política Comunitária de

Cooperação para o Desenvol-

vimento. Têm como enquadra-

mento global as relações da

UE com o continente africano

(cf. Cimeiras UE-África) e co-

mo enquadramento regional

as relações da UE com os

Países de África, Caraíbas e

Pacífico (ACP). O programa

PIR-PALOP materializou as

relações da UE com os PALOP

- grupo regional específico dos

países ACP. Em 2007, os PA-

LOP e Timor-Leste assinaram

um Memorando de Entendi-

mento com a Comissão Euro-

peia.

A Política Comunitária de Coo-

peração para o Desenvolvi-

mento é complementar das

políticas de cooperação dos

Estados-Membros da UE.

Constitui um aspeto funda-

mental do relacionamento

externo da UE assentando

num conjunto de instrumen-

tos políticos, financeiros, eco-

nómicos e comerciais. A União

Europeia e os seus Estados-

Membros são os maiores doa-

dores mundiais de ajuda ao

desenvolvimento.

O objetivo fundamental da

política de desenvolvimento

da UE é a erradicação da po-

breza de uma forma sustentá-

vel. Os Objetivos de Desenvol-

vimento do Milénio (ODM)

assumem uma importância

crucial neste contexto.

A ação para o desenvolvimen-

to da UE, dos seus Estados-

Membros e países parceiros

assenta na vontade de promo-

ver os direitos humanos, de-

mocracia, Estado de direito e

boa governação, assim como

um crescimento inclusivo e

sustentável.

Durante a Presidência portu-

guesa do Conselho da EU, em

2007, teve lugar em Lisboa a

II Cimeira UE-África, nos dias 8

e 9 de dezembro de 2007,

tendo estado representados

os 80 países da parceria e os

responsáveis pelas institui-

ções regionais dos dois conti-

nentes.

A Cimeira procurou levar em

conta as profundas mudanças

que afetaram África (foi criada

a União Africana e o seu ins-

R E L A Ç Õ E S D A U E C O M A C P L P ( P A L O P / T I M O R - L E S T E )

Página 10 P O T U G A L E P O R T U G U E S E S N A E U R O P A — C A S O S D E S U C E S S O

trumento económico, a NE-

PAD), a UE (cresceu em núme-

ro de membros e em esfera

de ação) e o Mundo, ao longo

de sete anos, lançando as

bases para uma parceria es-

tratégica no longo prazo.

Da Cimeira resultou a aprova-

ção dos documentos estrutu-

rantes da nova parceria UE-

África – a Estratégia conjunta

e o Plano de ação - e uma

discussão aberta em torno de

cinco temas fulcrais no relaci-

onamento mútuo: a paz e a

segurança; a democracia e os

direitos Humanos; o comércio,

as infraestruturas e o desen-

volvimento; as migrações e a

energia e as alterações climá-

ticas.

Ao nível do comércio

e integração regional, o docu-

mento refere o processo de

implementação dos Acordos

de Parceria Económica (APE) e

os esforços para uma maior

integração no sistema de co-

mércio mundial com o apoio

do FED (e outros instrumen-

tos) e dos Estados-Membros

da UE.

Estes acordos e relacionamen-

tos são conseguidos devido ao

papel preponderante da lín-

gua portuguesa, bem como,

dos esforços da diplomacia

portuguesa no sentido de

Page 11: 10 casos sucesso 2

A Nutrally, é uma empresa

incubada na Universidade

Católica do Porto, por dois

microbiólogos, Silvino Henri-

ques e Filipa Rocha, que está

agora a dar os primeiros pas-

sos. O projeto amadureceu,

ganhou forma e recorreu ao

"crowdfunding”. Pediam cinco

mil e um euros e conseguiram

cinco mil e dez.

A Nutrally é uma marca de

gomas que nasceu de uma

simples ideia: dar aos doces

um maior valor nutricional

As gomas Nutrally são enrique-

cidas com vitaminas. São fei-

tas com sumos de fruta, não

contêm glúten ou lactose e

usam apenas aromas e coran-

tes naturais.

A indústria com maquina-

ria adequada é inexisten-

te em Portugal, pelo que

neste momento a produ-

ção passa pelo outsour-

cing fora do País. Neste

momento já exportam o

produto para países co-

mo França, Espanha, EUA e

Canadá.

E M P R E S A S : N U T R A L L Y — E A T I N G C A N B E F U N 2

C O L O R A D D — M I G U E L N E I V A

integrar esta rede que junta já

mais de 2500 empreendedo-

res sociais a nível global e foi

escolhido por "estar a trans-

formar a comunicação visual

através de um código simples,

universal e inclusivo, que re-

presenta as cores. Através do

ColorADD, Miguel está a cons-

truir um mundo no qual a

inclusão social das pessoas

daltónicas passa a ser a nor-

ma", descreve a Ashoka.

Designer, Miguel Neiva criou

um código universal de identi-

ficação de cores desenhado a

pensar na inclusão das pesso-

as que sofrem de daltonismo -

cerca de 350 milhões em

todo o mundo e 10% de toda

a população masculina.

O daltonismo é uma alteração

congénita, diagnosticada ape-

nas em 1974, que limita a

capacidade de distinção de

cores. Num mundo onde a

comunicação é cada vez mais

visual e gráfica, aumenta o

potencial de exclusão social

das pessoas afetadas por

esta patologia. As implicações

são inúmeras e começam a

manifestar-se, por norma, nos

primeiros anos de escola

quando a criança demonstra

uma escolha considerada

desadequada das cores. Ao

longo da vida, o daltonismo

tem implicação em decisões

de compra e de seleção (no

caso da roupa, por exemplo),

pode ser um fator de impedi-

mento profissional por ques-

tões de segurança (piloto de

aviões, por exemplo) e de

limitação social (em alguns

países, como no Brasil, as

pessoas daltónicas não po-

dem conduzir).

Aliando o design, à semiótica

e ao marketing, Miguel Neiva

desenhou um código que per-

mite aos daltónicos identificar

qualquer tipo e variante de

cor. Este código tem vindo a

ser progressivamente aplica-

do em materiais escolares e

didáticos, indicações de li-

nhas de metro, catálogos de

tintas, etiquetas de roupas,

sistemas de triagem em hos-

pitais e de rotulagem

em produtos farma-

cêuticos, por exem-

plo.

Considerado pela

revista brasileira

"Galileu" como uma

das 40 inovações que

vão mudar o mundo,

o ColorADD tem uma

curta vida já recheada de

distinções, entre as quais a

Medalha de Ouro comemorati-

ColorAdd é um sistema de

identificação de cores para

daltónicos. Desenvolvido por

Miguel Neiva, designer gráfico

português e professor da Uni-

versidade do Minho, o projeto

ColorADD procura ajudar a

minorar um problema que

afeta cerca de 10% da popula-

ção masculina mundial.

Este código universal de cores

para daltónicos apoia-se nas

cores primárias como ponto

de partida (ciano, magenta e

amarelo), às quais foram

acrescentadas o preto e o

branco. Para cada uma destas

cinco cores foi criado uma

forma geométrica básica. A

conjugação destes símbolos

básicos permite representar

simbolicamente todas as co-

res existentes.

A ColorADD App foi vencedora

da Vodafone Foundation Mo-

bile for Good Europe Awards

de 2013 na categoria de

acessibilidades.

Chama-se Miguel Neiva e é o

primeiro português a integrar

a rede da Ashoka, organiza-

ção que identifica e apoia

ideias socialmente inovadoras

que têm potencial para mudar

o mundo.

Miguel Neiva, inventor do

projeto ColorADD, acaba de

Página 11 1 0 P E R S O N A L I D A D E , 3 F A C T O S E 5 E M P R E S A S

va do 50º aniversário da

Declaração Universal dos

Direitos do Homem (2012).

No âmbito deste projeto,

Miguel Neiva tem vindo tam-

bém a desenvolver a Colo-

rADD Social, uma associação

sem fins lucrativos criada

para apoiar a implementa-

ção do código nas escolas e

bibliotecas escolares.

Page 12: 10 casos sucesso 2

Nascida há 43 anos no seio de

uma família de tradição corti-

ceira, Sandra Correia inicial-

mente dedicou-se à empresa

familiar, a Novacortiça, SA.

Em 2002, a convite da Associa-

ção Portuguesa de Mulheres

Empresárias para representar o

país na Feira Internacional de

Mulheres Empresárias, em

Almeria, no sul de Espanha,

apresentou um guarda-chuva

de cortiça de sucesso que se

tornou um ícone da nova mar-

ca, criada em 2003. Sandra

Correia é a presidente executi-

va da empresa algarvia de corti-

ça Pelcor,

Licenciada em 'Comunicação

Empresarial' pelo Instituto Su-

perior de Comunicação Empre-

sarial em Lisboa, é Mestre em

Ciências Económicas pela Uni-

versidade de Huelva. Na Univer-

sidade Católica obteve o Grau

de Executivo em Empreendedo-

rismo e Inovação e está a con-

cluir o doutoramento em Ciên-

cias Económicas na Universida-

de de Huelva. Sandra Correia é

empresária com um currículo

académico considerável e uma

carreira de negócios que pro-

mete.

"Fazer da cortiça um material

moderno e um produto na mo-

da" foi o objetivo que a levou a

criar a sua própria marca. O

sucesso tem sido tal que foi

distinguida com troféus vários,

designadamente o "Prémio

Desafio 2010", pela grupo In-

veste, de "Empreendedor do

Ano 2009", pelo grupo Lena, de

"Empresário do Ano 2007" pela

Associação Nacional de Jovens

Empresários, “Melhor Empresá-

ria da Europa de 2011, troféu

atribuído pelo Parlamento Euro-

peu e Conselho Europeu das

Mulheres Empresárias

e “Mulher de Negócios 2012”

atribuído pela revista Máxima.

A Pelcor é uma marca que tem

vindo a crescer: além de produ-

zir rolhas para champanhes,

licores e vinhos de grande pres-

tígio internacional, cria também

produtos de design luxuosos

tendo por base a casca de so-

breiro. Um dos princípios da

empresa é produzir produtos

verdes, sustentáveis para o

planeta e que reduzem o aque-

cimento global.

Alguns desses objetos de

“design” feitos em cortiça estão

à venda no Museu de Arte Mo-

derna (MOMA) de Nova Iorque,

um dos mais conceituados do

mundo.

Entre estes produtos estão, por

dia, Holanda e Estados Unidos

da América; e concorrendo a

mercados como o irlandês, o

polaco, o mexicano, o Chileno…,

é na Europa que a Brisa está a

apostar estrategicamente.

A Brisa juntou-se em 2005 à

austríaca Kapsch, através da

Kapsch Telematik Services, com

o objetivo de ganhar as conces-

sões operativas da República

Checa e dos países vizinhos.

Em termos de negócio a opera-

ção conjunta desta joint-venture

"Portugal-Áustria" teve os seus

primeiros resultados visíveis na

República Checa em Janeiro de

2007, através de um sistema

eletrónico de cobrança que na

primeira fase restringiu-se aos

camiões e depois alastrou para

os automóveis.

O sistema eletrónico usado na

República Checa é muito pareci-

A Brisa exporta know-how tecno-

lógico. Em 40 anos, transformou

-se numa das maiores operado-

ras de autoestradas a nível in-

ternacional e na maior empresa

de infraestruturas de transporte

em Portugal. O portfólio da Brisa

integra um conjunto de ativos,

divididos por cinco áreas de

negócio: concessões, serviços

viários, inspeções automóveis e

negócios internacionais. É uma

empresa portuguesa que tem

vindo a ser reconhecida interna-

cionalmente como um caso de

sucesso em termos operacio-

nais. Talvez por isso esta empre-

sa lusa esteja a apostar na ex-

portação do seu know-how para

países emergentes - e, até mes-

mo, para países já considerados

desenvolvidos.

Presente em Portugal, no Brasil,

em Espanha, na Áustria, na Ín-

do com o que é atu-

almente utilizado na

Áustria. Trata-se de

um aparelho que é colocado

dentro dos camiões e que per-

mite a cobrança de forma ele-

trónica através de um sistema

que tem por nome free-flow.

A Brisa é uma empresa portu-

guesa, fundada por Jorge de

Brito, existe há 42 anos e está

hoje nas mãos do grupo Mello.

Sendo o maior operador portu-

guês de autoestradas, com

uma concessão principal em

seis concessões rodoviárias –

Concessão Brisa, Atlântico,

Brisal, Douro Litoral, Baixo Tejo

e Litoral Oeste –, que integram

17 autoestradas e totalizam 1

678 km, a Brisa começou a

diferenciar-se no mercado em

termos tecnológicos e internaci-

onais.

P E L C O R — S A N D R A C O R R E I A

B R I S A ( V I A V E R D E )

Página 12 P O T U G A L E P O R T U G U E S E S N A E U R O P A — C A S O S D E S U C E S S O

Sandra Correia da PELCOR

exemplo, bolsas de cosmética,

carteiras, aventais e até uma

linha exclusiva criada para a

cantora norte-americana Ma-

donna em 2008, ano em que a

artista veio atuar em Portugal.

Sandra Correia defendeu que

"numa época de crise, o empre-

endedorismo deve ser fomen-

tado pelo próprio empreende-

dor e não ser imposto". "Foi

assim que nasceu a Pelcor,

com base numa necessidade

da nossa empresa, criando um

nicho de mercado que não

existia a nível nacional e inter-

nacional", frisou a empresária,

que considera a marca um

A Via Verde foi, sem dúvida, a

grande invenção implantada

pela Brisa. Para quem pensa

que as aplicações desta tecno-

logia já se esgotaram, desen-

gane-se. A Brisa, que tem vin-

do a apostar em Investigação

e Desenvolvimento, promete

apresentar em breve novas

aplicações da "jóia da coroa"

desta empresa.

O seu sistema de pagamento

eletrónico inovador, Das porta-

gens ou concessões rodoviá-

rias aos postos de abasteci-

mento de combustível e aos

parques de estacionamento, a

Via Verde apareceu no merca-

do como uma "invenção made

in Portugal". Uma invenção

que, cada vez mais, dá frutos.

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O Grupo Pestana, cuja ori-

gem remonta a 20 de No-

vembro de 1972, por ocasi-

ão da fundação da M & J

Pestana - Sociedade de

Turismo da Madeira, desen-

volve a sua atividade princi-

palmente no sector do Turis-

mo, tendo ainda interesses

na Indústria e nos Serviços.

De empresa eminentemente

local ou regional, hoje em

dia, o Grupo Pestana é cla-

ramente o maior grupo por-

tuguês no sector do Turis-

mo, sendo a sua cadeia

hoteleira - Pestana Hotels &

Resorts -, com 48 unidades

e cerca de 10.000 quartos,

a maior cadeia de origem

portuguesa.

O Grupo Pestana continua o

processo de transversalida-

de da sua internacionaliza-

ção, tendo já presenças

consolidadas em 15 países

(Portugal, Inglaterra, Alema-

nha, Brasil, Argentina, Vene-

zuela, Moçambique, África

do Sul, Cabo Verde e São

Tomé e Príncipe, EUA, Cuba,

Marrocos, Colômbia e Espa-

nha).

Em 2010, marcando o início

da entrada na Europa, o

Grupo abriu a sua primeira

unidade em Londres, o Pes-

tana Chelsea Bridge Hotel &

Spa. Em Maio de 2011,

abriu o Pestana Berlim Tier-

garten, na capital alemã.

Entre 2012 e 2013, abriram

novos investimentos inter-

nacionais, para além dos

O G R U P O P E S T A N A

Página 13 1 0 P E R S O N A L I D A D E , 3 F A C T O S E 5 E M P R E S A S

2013/2014

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